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«- Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exactamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu
não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a
cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo.
E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...»
Antoine Saint-Exupery, "O Principezinho"
I - O AGRUPAMENTO
1. Caracaterização do Agrupamento de Escolas de São Martinho
O Agrupamento de Escolas de São Martinho tem a sua sede na escola básica com o mesmo nome, situada
na freguesia de Vila Nova do Campo, concelho de Santo Tirso, distrito do Porto.
O Agrupamento integra estabelecimentos de educação e ensino de três freguesias, sendo uma Vila Nova
do Campo, fruto da agregação de São Mamede de Negrelos, São Salvador do Campo e São Martinho do
Campo e as outras duas, Roriz e Vilarinho, todas com o estatuto de Vila.
O Agrupamento de Escolas procura articular pedagogicamente o pré-escolar com os três ciclos do ensino
básico, ao mesmo tempo que procura manter-se em constante articulação com o meio envolvente,
desenvolvendo projetos culturais e formativos e respondendo a necessidades socio-económicas.
1.1. Escolas que compõem o Agrupamento
Vila de Roriz
Há nesta freguesia duas escolas: a EB da Costa e a EB da Ribeira.
A EB da Costa abriu como Centro Escolar em setembro de 2011, projetado e construído pela Câmara
Municipal de Santo Tirso. Possui duas salas do pré-escolar com uma anexa para atividades de complemento
curricular e prolongamento de horário, quatro do primeiro ciclo e mais três para atendimento, reuniões e
funcionamento da Associação de Pais. Possui também uma cantina, um espaço polivalente, balneários e uma
biblioteca inserida na rede de bibliotecas escolares. Tem ainda um polivalente desportivo descoberto e um
vasto espaço envolvente com um parque infantil e zonas ajardinadas.
A EB da Ribeira é uma escola do tipo Plano Centenário, construída em 1962 em terreno doado pelo Dr.
Almeida e Costa. Foi restaurada e ampliada em 1991 pela Câmara Municipal de Santo Tirso. Comporta os
seguintes espaços: uma sala do pré-escolar e duas salas de aula do 1.º ciclo, para além de outras onde
funcionam as atividades de enriquecimento curricular e prolongamentos. Tem ainda uma biblioteca, uma sala
de professores, uma cozinha, um refeitório e um logradouro com parque infantil.
Vila Nova do Campo
Há nesta freguesia três escolas: a EB do Olival, a EB de São Martinho do Campo e a EB da Quelha.
Na zona de São Mamede de Negrelos funciona a escola EB do Olival, sendo constituída por um edifício do
tipo P3, inaugurado em 1991. No interior do edifício existem duas salas de aula, uma sala do pré-escolar, duas
salas para atividades de enriquecimento curricular e outra onde funciona uma biblioteca inserida na rede de
bibliotecas escolares. Tem também uma cantina, uma sala de professores e uma área exterior com
aproximadamente 1500 m2, onde decorrem os intervalos e onde se localiza um parque infantil. Ao lado da
escola existe o Parque do Olival, uma zona verde de importância para a freguesia e para o concelho.
Na zona de São Martinho do Campo, lugar de Escorregadoura, funciona a antiga escola básica integrada
(Experiência pioneira na região norte do país e com quase trinta anos de vida), hoje EB de São Martinho do
Campo.
A EB de São Martinho do Campo é composta por três edifícios: o mais antigo é um edifício tipo P3, com
oito salas de aula onde funciona uma sala do pré-escolar, seis salas do 1º ciclo e uma sala para a Unidade de
Ensino Estruturado (Autismo). Tem também uma sala destinada a apoios educativos. Possui igualmente um
espaço ocupado pela equipa da Educação Especial, uma sala de professores, outra destinada à Associação
de Pais e uma sala mais pequena onde se encontra o arquivo morto do agrupamento. No exterior possui um
parque infantil, um polivalente desportivo e uma zona ajardinada. Este espaço foi recentemente
intervencionado pela autarquia.
Na ligação entre este edifício e outro, onde funcionam os restantes ciclos e os diversos serviços escolares,
há um conjunto de três salas pré-fabricadas, funcionando exclusivamente como arrumos.
O edifício maior e mais recente concentra os serviços centrais e a Direção do Agrupamento. É um edifício
com três corpos ligados entre si e onde existem vinte e cinco salas de aula, um Centro de Recursos (Biblioteca,
Sala de Informática e Ludoteca), uma sala de Informática, um Gabinete do Serviço de Psicologia e Orientação
uma sala dos Diretores de Turma, duas salas dos professores, uma sala do pessoal não docente e um espaço
adaptado onde funciona o Gabinete de Apoio ao Aluno. Possui ainda os Serviços Administrativos, a reprografia,
a papelaria, o polivalente dos alunos, o bufete, a cantina, as instalações sanitárias e as arrecadações. Dentro
do vasto recinto escolar existe ainda um pavilhão gimnodesportivo com dois espaços desportivos funcionais,
com balneários, arrecadação, sala de apoio e casa da caldeira. Há ainda um espaço desportivo exterior, com
uma pista de atletismo, dois campos de basquetebol, um de andebol, um de ténis, uma caixa de saltos e os
balneários.
Na zona de São Salvador do Campo existe a EB da Quelha. O edifício é do tipo Plano Centenário, com
duas salas de aula do 1.º ciclo, uma sala do pré-escolar e uma biblioteca escolar. Tem também uma cantina,
instalações sanitárias e um recreio amplo e com vegetação.
Vila de Vilarinho
Há nesta freguesia apenas uma escola: a EB da Lage.
A EB da Lage é uma escola do tipo Plano Centenário, com dois pisos e oito salas, estando duas ocupadas
com o pré-escolar, quatro como salas de aula do 1.º ciclo e outra onde funcionam atividades de enriquecimento
curricular. Há também uma biblioteca escolar integrada na rede nacional a funcionar na oitava sala e um
polivalente que serve igualmente de refeitório e cozinha. Há ainda instalações sanitárias, dois pequenos pátios
cobertos e um logradouro amplo e vedado, estando uma parte do espaço adaptado a um campo de futebol.
1.2. O Agrupamento em números
O Agrupamento de Escolas de São Martinho é atualmente bem mais reduzido do que acontecia há alguns
anos. Neste momento conseguiu estabilizar o seu número de discentes e consequentemente o seu corpo
docente, técnico e não docente, permitindo um trabalho pautado pela continuidade, colaboração e articulação,
significando uma mais-valia para o desenvolvimento das diversas atividades educativas e uma melhoria das
atitudes comportamentais, das aprendizagens e do sucesso educativo.
Conhecer o Agrupamento é conhecer também os seus recursos…
a) Discentes
198
521
319
455
1511
160
383
188
365
1096
0 500 1000 1500 2000
Pré-Escolar
1º Ciclo
2º Ciclo
3º Ciclo
Total
AGRUPAMENTO VERTICAL DE S. MARTINHONº de alunos por nível de ensino
b) Docentes
c) Não Docentes (técnicos e operacionais)
II – O MEIO ENVOLVENTE
7
31
8
2 + 3 terapeutas
51
0 20 40 60
Ass. Técnicos
Ass. Operacionais
Ass. Op. CMST
Psicólogo
Total
11
24
21
31
5
96
0 20 40 60 80 100
Pré-escolar
1º Ciclo
2º Ciclo
3º Ciclo
Ed. Especial
Total
As freguesias que fazem parte deste Agrupamento pertencem ao extremo nascente do concelho de Santo
Tirso e situam-se no limite do distrito do Porto, confrontando mesmo com o distrito de Braga.
O meio local assentava economicamente na indústria têxtil e de confecção, outrora com relevância
superior, uma vez que era um dos pólos mais industrializados do concelho e da região do Vale do Ave. Não
se poderá, contudo, ignorar que uma percentagem da população ainda se dedica à agricultura, havendo
algumas estufas de hortícolas e alguma produção vinícola. Num passado mais recente, o comércio tem surgido
como alternativa ao encerramento de empresas fabris, sendo um setor em expansão, para além de uma
pequena franja da população que se dedicada à construção civil. As dificuldades que o setor têxtil da região
tem vindo a sentir com a globalização da economia e a concorrência de países de mão-de-obra barata têm
dado origem a elevadas taxas de desemprego no setor e a uma retoma da emigração (França, Luxemburgo,
Alemanha e Suíça).
Relativamente aos serviços públicos, estas freguesias são servidas por correios, centro de emprego e
segurança social, bem como um Espaço Cidadão com apoio multifacetados aos fregueses. Em Vila Nova do
Campo existe ainda o Centro de Saúde, que funciona articulado com o Centro de Saúde de São Tomé de
Negrelos.
Algo sempre importante no pulsar de uma região é a área dos transportes e das vias de comunicação.
Embora carecendo de mais e melhor, esta região é servida por uma empresa de camionagem, que faz as
ligações entre Vizela e a cidade capital de distrito (Porto), permitindo igualmente o contacto com outras
freguesias limítrofes e inclusive com a sede de concelho. É precisamente esta empresa que assegura o
transporte escolar na deslocação diária dos alunos para a escola sede. A zona é servida também por caminho-
de-ferro, através da linha de Guimarães e da estação de Lordelo, que se situa relativamente perto de Vila Nova
do Campo e da sede do agrupamento, embora carecendo de ligações mais eficazes e de proximidade das
populações.
Por último, uma referência indispensável à existência de inúmeras associações culturais, recreativas e
desportivas e ao património histórico-cultural, de que se salientam:
- a Capela da Santíssima Trindade, vulgarmente conhecida por Capela do Espírito Santo, fundada em
1560, onde existe um curioso retábulo com a imagem da Santíssima Trindade apresentando três caras;
- a ponte romana de Negrelos, símbolo heróico da resistência popular ao invasor napoleónico;
- a belíssima igreja paroquial de Vilarinho, antigo Mosteiro dos Cónegos Regrantes de Stº Agostinho,
dedicada a S. Miguel e que no interior tem a imagem do mesmo santo, escultura do séc. XV em pedra de Ançã;
- a igreja de São Pedro de Roriz, um dos melhores exemplos do românico português;
- o Mosteiro Beneditino de Singeverga, famoso pelo seu licor;
- o Mosteiro de Santa Escolástica, famoso pelas suas bolachas claustrais;
- o elegante chafariz de S. Mamede de Negrelos, mandado erigir em 1821, bem como a capela de
Santa Maria de Negrelos.
Vila Nova do Campo e todas as freguesias que compõem este Agrupamento têm em toda esta riqueza
patrimonial um certo orgulho que os leva a preservar estas construções e a manter vivas as tradições.
III - O PROJETO EDUCATIVO 2017-2021
Os Projetos Educativos que vigoraram entre 2004 e 2017, embora com pontuais e pertinentes alterações,
têm sido a principal referência do quotidiano escolar do Agrupamento.
Um Projeto Educativo não tem por objetivo ser um mero documento formal ou uma obra acabada, mas
sim uma construção permanente que sintetize metas e oriente uma missão que se pretende global, objetiva e
realizável para o público-alvo. Por outro lado, o assunto central de um Projeto Educativo pode estar
praticamente cumprido, mas não esgotado ou ultrapassado, pelo que deve ser foco de uma periódica e
sistemática atenção por parte dos seus destinatários.
Partindo destes pressupostos, através de inquéritos que foram sendo efetuados pela equipa de
autoavaliação a diversos intervenientes da comunidade educativa, bem como das constantes reflexões que
foram surgindo nos diferentes órgãos escolares, conseguiu-se identificar os principais pontos fracos do
agrupamento, o que contribuiu para a elaboração do Projeto Educativo Municipal e Metropolitano.
Assim, todas estas fontes serviram de base à elaboração do Projeto de Intervenção do Diretor do
Agrupamento, sendo então reconhecidas as seguintes áreas mais problemáticas:
A existência de alguns problemas infra-estruturais nas instalações;
A falta de motivação das famílias para uma vertente de acompanhamento dos seus educandos tendo em vista a melhoria dos resultados escolares;
As taxas de insucesso de algumas disciplinas ao longo do ano letivo;
A dificuldade na aplicação da supervisão pedagógica.
Em contrapartida, os pontos fortes identificados no Agrupamento e que devem ser tidos como aspetos a
preservar são:
A postura e o trabalho desenvolvido por docentes, assistentes técnicos e operacionais;
O voluntarismo e o envolvimento do pessoal docente em diversas atividades curriculares e de complemento educativo;
A componente formativa sobretudo com alunos e pessoal docente;
A boa articulação com a autarquia, as famílias e o meio envolvente.
Focalizando a nossa atenção nas áreas consideradas mais pertinentes para reflexão e intervenção por
parte da comunidade educativa, queremos acrescentar um quinto elemento que continuamos a considerar
fundamental para o sucesso educativo, que é a valorização das atitudes e valores vivenciadas em prole de
uma cidadania ativa.
No que diz respeito à Cidadania, continua a sentir-se que uma parte significativa dos alunos tem dificuldade
em adaptar-se às regras de funcionamento e de relacionamento que uma escola exige, sendo certo que a
maioria gosta da sua escola.
Comportamentos que revelam falta de respeito pelo espaço físico e equipamento escolar sugerem a
necessidade de continuar a considerar a formação para a Cidadania como um dos vetores fundamentais do
Projeto Educativo, atribuindo e exigindo responsabilidades individuais e de grupo aos alunos, em diversos
domínios, ao mesmo tempo que se lhes atribui e reconhece direitos. A integração da "cultura de cidadania" na
"cultura de escola ", em cada uma das escolas do Agrupamento, deve ser um objetivo permanente para toda
a comunidade educativa.
O acompanhamento que os pais e encarregados de educação fazem aos seus educandos deve ser
pautado por uma atitude de reforço da importância da escola enquanto meio de promoção social, pelo que
devem ser mais participativos e colaborantes, algo que já tem vindo a ser reforçado por parte das Associações
de Pais.
Atendendo a que o nível médio de escolarização das famílias vai sendo maior, este pode potenciar um
melhor apoio familiar em domínios curriculares e uma maior promoção de hábitos de leitura e de trabalho
intelectual, por parte dos alunos, repercutindo-se favoravelmente no aproveitamento escolar.
Este Projeto Educativo propõe como lema:
…formando crianças e jovens cidadãos atentos, responsáveis, autónomos e solidários
…contribuindo para um futuro individual e coletivo com qualidade de vida
…valorizando a Escola e o seu papel na sociedade a na intervenção a nível local
I V- ORIENTAÇÕES FUNDAMENTAIS
Dando continuidade a boas práticas do Agrupamento desde a sua constituição pretende-se assumir com
este Projeto Educativo o compromisso e a intenção de prestar um serviço público:
de qualidade,
acessível a toda a comunidade da zona de influência do Agrupamento,
aberto à participação de todos os intervenientes do processo educativo,
apostado no sucesso escolar,
sustentado pelo desenvolvimento na educação para a cidadania. A Escola tem assim a missão de promover um ensino de qualidade e garantir que o sucesso se traduza
em aprendizagens efetivas e significativas para a construção integral e cada indivíduo. Importa que consolidem
conhecimentos e que fiquem cada vez mais capacitados para desenvolverem uma cidadania ativa e, no futuro,
possam enveredar de forma preparada numa via profissional.
Neste sentido importa apresentar um conjunto de objetivos gerais para o Agrupamento de Escolas de São
Martinho, que ao longo deste documento estruturante serão pontualmente preconizados. Também um conjunto
de prioridades se impõem para ajudarem a alcançar tais objetivos gerais e outros mais específicos que serão
descritos e implementados.
1. Objetivos gerais do Agrupamento
Apetrechar as escolas das condições necessárias ao exercício de um ensino de qualidade;
Procurar uma identidade e uma cultura próprias, que o identifique e oriente;
Reforçar o sentido de pertença ao Agrupamento;
Melhorar as condições de utilização de espaços e equipamentos;
Otimizar recursos físicos e humanos;
Respeitar e preservar o património escolar inventariado;
Melhorar a comunicação e partilha de informação;
Promover uma boa organização e gestão de órgãos e serviços;
Fomentar dinâmicas de trabalho reflexivo e colaborativo entre docente e não docentes;
Consolidar os atos formativos para os intervenientes no processo educativo;
4C (Conhecer, Compreender, Cativar, Construir)
Promover o sucesso e melhorar as oscilações na avaliação dos alunos;
Diversificar opções curriculares e de complemento curricular no âmbito da gestão do mesmo;
Promover o desenvolvimento pessoal e social dos alunos;
Promover a saúde física, psicológica, a integração e a inclusão;
Formar cidadãos cultos, críticos, participativos, solidários e empreendedores;
Desenvolver a interligação e articulação com as famílias, as associações e as entidades locais;
Promover a satisfação e a motivação de docentes, discentes e não docentes;
Promover atividades culturais, artísticas, desportivas e de solidariedade que contribuam para a
formação integral dos alunos;
Valorizar a disciplina como fator reconhecido para alimentar respeito e legitimar autoridade;
Valorizar a Escola e os papéis diferenciados dos seus intervenientes e parceiros.
2. Prioridades para alcançar os objetivos gerais
Adequação do currículo nacional à realidade do agrupamento;
Articulação de conhecimentos, capacidades, atitudes e valores entre os diferentes níveis de ensino
de modo a facilitar as aprendizagens e a transição de ciclo dos alunos;
Criação de equipas pedagógicas (promoção da transversalidade e do trabalho em equipa) se possível
por ano de escolaridade, para melhor rentabilização de sinergias e definição de estratégias de ação
comuns;
Coordenação de trabalho ao nível dos Departamentos Curriculares (preparação de materiais, troca
de informações e de estratégias de atuação, ... ) e articulação entre os docentes dos diferentes ciclos;
Otimização dos créditos horários disponíveis para a escola e das horas de componente não letiva,
bem como a utilização de todos os espaços disponíveis incluindo a sua partilha;
Criação de clubes e de sala de estudo, para rentabilizar as horas de complemento educativo, para
que dinamizem projetos e espaços destinados a ocupar os alunos em tempos livres;
Dinamização do Plano Nacional de Leitura e de outras iniciativas que animem o currículo;
Promoção das Bibliotecas/Centros de Recursos como locais que informam e gerem saberes;
Adoção de novas estratégias no ensino-aprendizagem de português e matemática;
Elaboração de estratégias adequadas às necessidades/dificuldades educativas de cada aluno;
Atuação concertada do Serviço de Psicologia e Orientação com os coordenadores de ciclo, ano e
turma;
Implementação de tutorias para desenvolver hábitos e métodos de trabalho;
Elaboração de Planos Curriculares de Turma que as caraterizem e as orientem;
Promoção da participação ativa dos alunos em assembleias de turma e no âmbito da sua comissão;
Responsabilização de pais e encarregados de educação no acompanhamento escolar do educando;
Promoção de estratégias conducentes ao sucesso educativo e, consequentemente, de prevenção do
risco de abandono escolar.
V - ESTRATÉGIAS ORIENTADORAS DA AÇÃO EDUCATIVA
1. Orientações gerais para a ação educativa
Para conseguir pôr em prática os objetivos atrás mencionados é necessária a envolvência de todos aqueles
que se constituem uma parte interessada do processo ensino-aprendizagem, isto é, pais e encarregados de
educação, alunos, professores e funcionários. Só a participação ativa de todos permitirá uma melhoria na
qualidade de ensino, uma melhor vivência da cidadania e a integração plena de cidadãos com necessidades
educativas especiais.
Assim, este Projeto Educativo pressupõe:
1. Uma participação ativa e comprometida de pais e encarregados de educação;
2. Uma intervenção empenhada dos alunos na defesa dos seus direitos e uma responsabilização
esclarecida no cumprimento dos seus deveres;
3. Uma postura empenhada e ativa dos professores e de forma a contribuir para a melhoria da qualidade
de ensino e sucesso educativo dos alunos, defendendo simultaneamente os valores definidos e aceites pela
maioria, contribuindo para criar um agrupamento com «alma» e características próprias através de uma
grande abertura, da cultura da diversidade, da implicação e da participação;
4. A valorização do trabalho dos funcionários junto das comunidades docente e discente, dos pais e
encarregados de educação, através de uma participação ativa, empenhada, construtiva e reconhecedora da
sua função;
5. A intervenção empenhada de todos os docentes de alunos com necessidades educativas especiais,
na definição e adaptação dos respetivos currículos.
2. Organização temporal dos horários dos alunos em regime normal:
Pré-escolar:
Tempos letivos
Início Termo
9h00 12h00
ALMOÇO
13h30 15h30
APOIO À FAMÍLIA (15h30 às 16h00)
1.º Ciclo:
2.º e 3.º Ciclos:
No caso do 1.º ciclo os intervalos são inseridos na componente letiva dos alunos e no horário dos
professores titulares de turma.
As atividades de enriquecimento curricular devem funcionar preferencialmente após a componente
letiva e, a haver necessidade de flexibilização, a mesma deve ser no final da componente letiva
No caso dos 2º e 3º ciclos as aulas estão agrupadas em blocos de 90 minutos, podendo o mesmo ser
constituído pelo somatório de duas disciplinas de 45 minutos cada. Algumas disciplinas podem ter uma carga
horária de quarenta e cinco minutos mais quarenta e cinco minutos, caso venha a ser proposto pelo
respetivo departamento, sendo um exemplo o das línguas estrangeiras quando tiverem apenas 90 minutos.
Outras situações, como Educação Moral Religiosa e Católica, têm somente um tempo de quarenta e cinco
minutos letivos.
Os alunos e professores não devem ter mais do que oito tempos letivos diários, sendo o intervalo de
almoço de pelo menos dois tempos.
As turmas têm uma tarde livre por semana, concretamente à sexta-feira.
Tempos letivos
Início Termo
9h00 10h30
Intervalo (10h30 às 11h00)
11h00 12h00
ALMOÇO
13h30 15h30
Pausa (15h30 às 15h45)
Atividades de Enriquecimento Curricular e EMRC
15h45 às 16h45
Apoio à família 16h45 às 17h30
Tempos letivos
Início Termo
8.15 9.00
9.00 9.45
10.00 10.45
10.45 11.30
11.45 12.30
12.30 13.15
13.30 14.15
14.15 15.00
15.15 16.00
16.00 16.45
3. O Currículo
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÃO MARTINHO
1.º CICLO – Matriz curricular atual vs Nova proposta flexível
Carga horária atual Carga horária flexível proposta
Áreas 1.º e 2.º ano
3.º e 4.º ano
Áreas 1.º e 2.º ano
3.º e 4.º ano
Português 8 8 Português 7 7
Matemática 8 8 Matemática 7 7
Estudo do Meio 3 3 Estudo do Meio 4 4
Exp. Artística 1,5 1,5 Educação Artística 2 2
Exp. Físico-motora 1,5 1,5 Educação Física 2 2
Oficina de Cidadania
1 1 CD (Cidadania e Desenvolvimento)
TIC (Tecnologias de Informação e
Comunicação)
(*)
(*)
Apoio ao Estudo 2 2 Apoio ao Estudo 3 1
Inglês …. 2 Inglês …. 2
Total 25 27 PI (Projeto Interdisciplinar) (* *) …. ….
EMRC 1 1 Total 25 25
AEC 4 2 EMRC 1 1
Total geral 30 30 AEC (* * *) 4 4
Total Geral 30 30
(*) As componentes curriculares Cidadania e Desenvolvimento (CD) e Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC), por serem de natureza transdisciplinar serão abordados de uma forma global e
integrada nas outras componentes.
(**) A DAC Projeto Interdisciplinar (PI) parte de um tema lançado anualmente a todo o agrupamento,
interpretado de forma livre a autónoma e operacionalizado no Plano Curricular de Turma (PCT). Será
de apresentação pública no final do ano letivo.
(***) As atividades de enriquecimento curricular propostas são:
AEC 1 – Toca a mexer (TM), para movimentar e jogar com a linguagem corporal
AEC 2 – Música e Ritmo (M&R), para ouvir, tocar, cantar e dançar
AEC 3 – Ciência Divertida (CD), para descobrir, observar e experienciar
AEC 4 – Ler e representar (L&R), para ler, expressar e dramatizar
Nota: Está ainda prevista a paragem de um período temporal por mês para realização de iniciativas
transversais relacionadas com o Projeto Interdisciplinar a nível de toda a escola do 1.º ciclo
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÃO MARTINHO
2.º CICLO – Matriz curricular atual vs Nova proposta flexível
Carga horária atual Carga horária flexível proposta
Disciplinas 5.º ano 6.º ano Disciplinas 5.º ano 6.º ano
Português 3x90 3x90 Português 90+90+45 90+90
Inglês 90+45 90+45 Inglês 90+45 90+45
HGP 90+45 90+45 HGP 90+45 90+45
Matemática 3x90 3x90 Matemática 90+90+45 90+90
Ciências Naturais 90+45 90+45 Ciências Naturais 90+45 90+45
Ed. Visual 90 90 Ed. Visual 90 90
Ed. Tecnológica 90 90 Ed. Tecnológica 90 90
Ed. Musical 90 90 Ed. Musical 90 90
Ed. Física 90+45 90+45 Ed. Física 90+45 90+45
Oficina de Cidadania (oferta complementar)
45 45 Cidadania e Desenvolvimento (*)
45 45
EMRC 45 45 EMRC 45 45
Total 1440 1440 TIC 45 45
AE 5x45 5x45 PI (Projeto
Interdisciplinar) (**) … …
Total Geral 1665 1665 Oficina BDT (Bichinho Do Teatro) (Oferta Complementar) (***)
45 45
Total 1440 1440
AE 4x45 4x45
Total Geral 1620 1620
(*) Possui programa própria definido pelo Ministério da Educação, com algumas opções do
Agrupamento.
(**) A DAC Projeto Interdisciplinar (PI) parte de um tema lançado anualmente a todos o agrupamento,
interpretado de forma livre a autónoma e operacionalizado no Plano Curricular de Turma (PCT).
Será de apresentação pública no final do ano letivo.
(***) A Oficina BDT (Bichinho Do Teatro) possui programa próprio centrado na descoberta de textos
(poesia, prosa ou outros) e na expressão dramática, dando a conhecer a linguagem corporal e
fomentando a capacidade de interpretação.
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÃO MARTINHO
3.º CICLO – Matriz curricular atual vs Nova proposta flexível
Carga horária atual Carga horária flexível proposta
Disciplinas 7.º ano
8.º ano
9.º ano
Disciplinas 7.º ano
8.º ano
9.º ano
Português 2x90+45 2x90+45 2x90+45 Português (*) 90+90+45
90+90 90+90
Inglês 90+45 90+45 90+45 Inglês 90+45 90+45 90+45
Francês 90+45 90 90 Francês 90+45 90+45 90
História 90+45 90+45 90+45 História 90+45 90+45 90+45
Geografia 90 90 90+45 Geografia 90 90 90
Matemática 2x90+45 2x90+45 2x90+45 Matemática (*) 90+90+45
90+90 90+90
Ciências 90+45(*) 90+45(*) 90+45(*) Ciências (**) 90+45 90+45 90+45
Físico-Química 90+45(*) 90+45(*) 90+45(*) Físico-Química (**) 90+45 90+45 90+45
Ed. Visual 90 90 90+45 Ed. Visual 90 90 90
Ed. Física 90+45 90+45 90+45 Ed. Física 90+45 90+45 90+90
Ed.Tecnológica 45 45 … Cidadania e Desenvolvimento (***)
45 45 45
Oficina de Cidadania (oferta
complementar)
45 45 45 TIC 45 45 45
TIC 45 45 … EMRC 45 45 45
EMRC 45 45 45 PI (Projeto Interdisciplinar)
(****) …. …. ….
Total 1575 1575 1575 Ed.Tecnológica 45 (*****)
45 (*****)
45 (*****)
Oficina de audiovisual 1, 2 3
45 (******)
45 (******)
45 (******)
Total 1620 1620 1620 4.
(*) Um tempo de 45 minutos a partilhar entre as duas disciplinas, pelo que haverá rotatividade
quinzenal ou mensal ao longo do ano
(**) Possui desdobramento de um tempo por semana. Periodicamente os dois docentes desenvolverão
uma temática comum de forma articulada.
(***) Possui programa própria definido pelo Ministério da Educação, com algumas opções do
Agrupamento.
(****) A DAC Projeto Interdisciplinar (PI) parte de um tema lançado anualmente a todos o agrupamento,
interpretado de forma livre a autónoma e operacionalizado no Plano Curricular de Turma (PCT).
Será de apresentação pública no final do ano letivo.
(*****) Esta disciplina possui programa próprio e utiliza 15 minutos de tempo que sobram no total da
carga curricular e é reforçada em 30 minutos do crédito próprio.
(******) A Oficina de Audiovisual possui programa próprio centrado na exploração do som e da imagem,
da luz e da estética, expressos em registos fotográficos e cinematográficos potenciando
experiências já existentes no agrupamento há muitos anos.
OA1 (7.º ano) A imprensa e a fotografia;
OA2 (8.º ano) A música e a rádio;
OA3 (9.º ano). O cinema e a televisão.
Observação: No ano letivo 2017/2018 entra em vigor o novo currículo apenas nos 1.º, 5.º e 7.º anos de escolaridade
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÃO MARTINHO
Matriz curricular Ensino Especial (CEI)
Esta matriz curricular é para vigorar nos alunos com necessidades educativas especiais, concretamente
os que possuem currículo específico individual (CEI) e complementam as horas em que estão integrados nas
turmas e outras que possam surgir no âmbito do português e da matemática. As áreas de Snoezlan, Natação
e Hipoterapia são protocoladas com a Câmara Municipal de Santo Tirso e funcionam apenas para os alunos
integrados na Unidade de Ensino Estruturado/Autismo.
4. Os Complementos Curriculares
O Núcleo de Desenvolvimento Educativo é formado por:
Projetos Escolares de âmbito nacional e internacional que possam existir no agrupamento
Comunicar na Escola (jornal e rádio escolares)
Equipa TIC
Centro de Recursos Educativos/Biblioteca Escolar Desporto Escolar
O trabalho desempenhado em cada núcleo é objeto de análise nas reuniões trimestrais, da qual é
lavrada a ata. O coordenador redige um relatório trimestral (no final de cada período), que será entregue
ao Diretor e o levará a apreciação do Conselho Pedagógico.
Há ainda outros complementos educativos relacionados com clubes afetos a departamentos
curriculares e a outros projetos de âmbito global do agrupamento, caso do programa Eco-escolas e
Proteção Civil.
Disciplina/oficina Carga horária
Informática 3 tempos (90 +45 )
Jardinagem 2 tempos (90 )
Artes Plásticas 3 tempos (90+45)
Atividades de vida diária 3 tempos (90+45)
Higiene Saúde e Segurança 2 tempos (45+ 45)
Psicomotricidade 2 tempos (90 min.)
Musicoterapia (*) 2 tempos (45+45)
Snoezlan (CAID) (*) 2 tempos (45 min. para viagem e 45 min. snoezlan)
Natação (*) 4 tempos (90min. + 90 min.)
Obs: 45 min.+ 45 min para viagem
Hipoterapia (*) 2 tempos (45+ 45)
5. Os Apoios Educativos
Estes são definidos genericamente em Conselho Pedagógico e tendo em conta diretrizes
ministeriais, bem como os resultados da avaliação sumativa interna e externa.
No primeiro ciclo os alunos têm Apoio ao Estudo com o docente titular de turma.
Será disponibilizado um número suficiente de professores para o Apoio ao Estudo no segundo
ciclo, uma vez que tem que ser mais sistemático e quase diário, sempre que possível no início ou final
de um turno.
No terceiro ciclo poderão surgir apoios pontuais mediante a disponibilidade de créditos de tempos
e horas de componente não letiva.
Estão previstas coadjuvações a turmas que revelem atrasos significativos nas aprendizagens
ou que estejam em ano de exames, funcionando as mesmas como reforço e preparação para a
avaliação externa.
Estão também previstas tutorias a serem implementadas no âmbito do Gabinete de Apoio ao
Aluno, havendo inclusive apoio tutorial específico a alunos dos 2.º e 3.º ciclos que acumulem duas ou
mais retenções, havendo neste caso créditos próprios e estratégias específicas para trabalho
personalizado com o grupo de alunos que venha a ser constituído.
Haverá apoios educativos no primeiro ciclo em todas as turmas das escolas do agrupamento e
rentabilizando todas as horas disponibilizadas pela legislação, sendo ainda possível outra estratégia
de apoio, nomeadamente com recurso a docentes dos restantes ciclos, docentes com cargos
diretivos que tenham que prestar apoio, docentes sem componente letiva ou estagiários que possam
ser acolhidos mediante protocolo.
Finalmente, haverá ainda um trabalho articulado com o Serviço de Psicologia e Orientação e o
Gabinete de Apoio ao Aluno, quando se verificarem comportamentos disruptivos ou outros que
reflitam qualquer situação anómala a nível familiar ou problema de saúde considerado grave.
6. Um Plano de Ação Estratégica
Tendo por base o Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, que visa criar um vasto
compromisso social sobre o processo de escolarização e o papel da escola na capacitação dos
indivíduos, o Agrupamento preparou um Plano de Ação Estratégica (PAE), acompanhado por uma
comissão que o avalia e vai verificando o cumprimento das metas. Trata-se de um plano com assente
nas disciplinas estruturantes, português e matemática, bem como na cidadania, sendo ainda
contemplado algum reforço na área das ciências físico-químicas e das línguas estrangeiras. O PAE
destina-se prioritariamente aos anos iniciais de ciclo e visa contribuir para a inexistência de abandono
escolar no Agrupamento, o que acontece há muitos anos, bem como promover estratégias e boas
práticas que antecipem e previnam o insucesso. No caso do Agrupamento pretende-se que o trabalho
sistemático e continuado continue a dar bons resultados e que possa evoluir positivamente dentro dos
bons resultados já alcançados.
7. As Necessidades Educativas Especiais
A garantia de igualdade no acesso e no sucesso educativo é um dos grandes desafios que enfrenta
a escola inclusiva. Havendo alunos com necessidades educativas especiais importa que, pelo respeito
ao desafio anteriormente mencionado e pela diversidade de situações reais existentes, a escola deve
procurar métodos, estratégias e gestão curricular e de sala de aula que possam ir ao encontro de uma
efetiva diferenciação pedagógica.
O programa educativo individual (PEI) deve espelhar uma boa referenciação do aluno a que se destina
e um bom planeamento que conduzirá todo o trabalho a desenvolver .
O currículo específico individual (CEI) decorre do perfil de funcionalidade do aluno, das suas
capacidades, especificidades e aptidões, sendo por isso um currículo que parte de uma base comum e
se especifica em função do aluno e numa perspetiva colaborativa e multidisciplinar, pelo que deve estar
adaptado à sua idade cronológica e assegurar a transição para uma vida pós-escolar através do PIT
(plano individual de transição para a vida pós-escolar).
Também nesta área, das necessidades educativas especiais, o Agrupamento de Escolas de São
Martinho tem estado atento à realidade local e às necessidades das famílias. Neste sentido a criação de
uma Unidade de Ensino Estruturado para alunos com perturbação do espetro do autismo (PEA), única
no concelho e uma das poucas existentes na região do Vale do Ave, para além de um desafio constitui
uma boa forma de agir e interagir com o meio envolvente, indo ao encontro das suas necessidades. O
currículo deste alunos, integrado sempre que possível, tem naturalmente uma estrutura organizacional
própria com recursos humanos especializados: psicólogos, terapeutas na área da fala, fisioterapia e
ocupacional, bem como reforço de assistentes operacionais.
8. Plano Curricular de Turma
No início de cada ano letivo é entregue a cada Professor Titular de Turma/Diretor de Turma
uma grelha para a elaboração do Plano Curricular de Turma que é devidamente divulgada pelos
Coordenadores de Ciclo. Pretende-se criar um documento que sintetize aspetos relacionados com a
caraterização da turma, com destaque para aspetos socioeducativos e de identificação
comportamentos disruptivos, bem como fazer um levantamento de dados relativos a dificuldades de
aprendizagem (incluindo retenções) que necessitem de estratégias de remediação.
Os Coordenadores de Ciclo fazem o balanço destes planos nas reuniões periódicas e no final
do ano letivo, altura em que nos conselhos de turma devem refletir particularmente as estratégias a
implementar aos alunos sujeitos a retenção.
O Plano Curricular de Turma é ainda de grande importância na definição do contributo das
várias disciplinas ou áreas disciplinares para a definição de trabalhos integradores e interdisciplinares,
bem como de projetos que sejam desenvolvidos ao abrigo da autonomia e da flexibilização do
currículo.
9. Uma participação empenhada
A participação empenhada de todos os agentes educativos deve revelar-se em diferentes momentos
e situações, tais como:
A- Fora da Escola:
1. Acompanhamento diário, efetivo e comprometido dos educandos, por parte de pais e
encarregados de educação, no que respeita à escola e à evolução da aprendizagem;
2. Contacto frequente dos pais e encarregados de educação com o professor titular de turma/ diretor
de turma para que os educandos sintam que o sucesso educativo também é importante para os seus
pais;
3. Reforço positivo para que a aprendizagem e o conhecimento se tornem elementos importantes
da formação e estruturação da personalidade das crianças e jovens;
4. Envolvimento dos pais e encarregados de educação na criação e no cumprimento de regras
comportamentais comummente aceites para que as escolas do agrupamento se tornem lugares
agradáveis onde todos convivam em harmonia;
5. Colaboração ativa entre pais/ encarregados de educação, professores e equipa dos Serviços
Especializados de Apoio Educativo de forma a permitir uma melhor integração de alunos com
necessidades educativas especiais.
B – Atividades letivas:
1. Promoção do cumprimento dos deveres dos alunos e defesa dos seus direitos, como forma de
desenvolvimento do sentido de cidadania, debatendo temas no âmbito da ”Cidadania e
Desenvovimento”;
2. Promoção do gosto pelo uso correto da língua materna (na oralidade e na escrita), fomentado a
partir da leitura e do manuseamento de livros, jornais, revistas, enciclopédias;
3. Desenvolvimento da capacidade de comunicação em línguas estrangeiras, numa perspetiva de
abertura do indivíduo ao mundo, promovendo estratégias adequadas a uma efetiva apropriação das
competências de comunicação de acordo com a idade e o nível de ensino, dando especial relevância à
aprendizagem do Inglês;
4. Desenvolvimento de ferramentas de iniciação às novas tecnologias de informação e
comunicação, integradas nas diferentes áreas disciplinares;
5. Permanente diálogo com os alunos para a resolução de pequenos conflitos.
C - Atividades não letivas:
1. Aproveitamento dos diferentes espaços destinados aos alunos, promovendo em simultâneo a sua
conservação bem como o respeito pelo trabalho dos outros;
2. Utilização e conservação dos equipamentos nos espaços de lazer e entretenimento existentes
nas escolas do Agrupamento;
3. Promoção/participação em atividades de complemento curricular em áreas sociais, artísticas,
culturais e científicas (clubes e projetos escolares de âmbito local, nacional ou internacional), com
especial atenção a iniciativas empreendedoras e sustentáveis;
4. Desenvolvimento do gosto pela escrita e oralidade, bem como de alguns saberes técnicos e
artísticos, produzindo materiais para divulgação nos sistemas de comunicação do Agrupamento;
5. Promoção de uma vida saudável com iniciativas no âmbito da alimentação, higiene e desporto
escolar.
D – Relações entre os membros da comunidade educativa:
1. Humanização dos espaços comuns das escolas através de um relacionamento cordial entre
alunos, funcionários e professores, de forma a proporcionar um ambiente de trabalho estimulante;
2. Respeito pelo outro enquanto pessoa, não utilizando em circunstância alguma a violência física
ou verbal, cumprindo regras de socialização comummente aceites;
3. Criação do hábito de uma participação ativa dos alunos no cumprimento dos seus deveres, mas
também na defesa dos seus direitos (melhoria das condições de estudo e convivência na escola) através
dos seus representantes (delegados, subdelegados ou representantes de ano) junto dos professores
titulares de turma, dos diretores de turma, Conselho Pedagógico e Direção;
4. Acolhimento dos Encarregados de Educação e seu encaminhamento para os setores mais
indicados de acordo com os seus objectivos;
5. Promoção de espaços de debate e reflexão sobre temas e desafios da sociedade atual que
possibilitem uma partilha de preocupações e a prevenção de alguns problemas (toxicodependência,
alcoolismo, obesidade, etc.).
10. Critérios para a constituição de grupos/turmas
A - Prioridades na organização dos horários:
1. Regime normal para as turmas do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico;
2. Turnos desdobrados para as turmas dos 2.º e 3.º ciclos, mais centradas no turno da manhã;
3. Equipas docentes prioritariamente por anos de escolaridade;
4. Os professores especializados colocados em Quadro de Escola (grupos 910, 920 e 930) devem
desenvolver o seu trabalho com alunos abrangidos pela medida de «Ensino Especial» com currículos
alternativos e escolares próprios, articulados com os docentes titulares (pré e 1.º ciclo) e responsáveis
pelas diversas disciplinas (2.º e 3.º ciclos);
5. Continuidade ao trabalho desenvolvido no ano letivo transato, pelos professores colocados em
apoio educativo aos alunos com NEE, mantendo a ligação ao grupo de trabalho e/ou alunos apoiados;
6. Equilíbrio na distribuição dos tempos letivos, entre aulas teóricas e práticas;
7. Otimização dos horários com os espaços físicos;
8. Otimização dos horários dos alunos de modo a terem duas manhãs ou duas tardes sem atividades
letivas (2.º e 3.º ciclos);
9. Otimização dos horários dos professores e dos alunos de modo a terem uma tarde livre por ano de
escolaridade para permitir a realização de reuniões de conselho de turma (2.º e 3.º ciclos);
10. Nos dias mistos evitar ultrapassar os 8 tempos letivos;
11. As disciplinas de Línguas Estrangeiras e Educação Física são obrigatoriamente lecionados em
dias não consecutivos;
12. A carga horária dos alunos do Ensino Especial deverá incidir, preferencialmente, no período da
manhã.
13. A lecionação de Educação Tecnológica e Iniciação às Tecnologias de Informação e Comunicação
(7.º e 8.º anos) é efetuada por semestres, sendo articulada entre os docentes destas disciplinas;
14. Nas disciplinas de Ciências Naturais e Físico-química (3.º ciclo) haverá desdobramento das turmas
num tempo de 45 minutos, para possibiitar a realização de atividade experimentais mais acompanhadas;
B - Prioridades na constituição das turmas:
1. Cumprir o número mínimo de alunos por grupo/turma previsto na legislação para o pré-escolar e
para os três ciclos do ensino básico e sempre que esse número for superior devem equilibrar-se as
mesmas.
2. As turmas que ultrapassarem o número máximo legal, por questões pedagógicas ou de distribuição
de serviço, devem ser apresentadas a Conselho Pedagógico para aprovação;
3. Em Educação Moral Religiosa e Católica (nos três ciclos), sempre que surgirem casos pontuais de
alunos não inscritos numa turma, quando este tempo não for ao início ou final de cada turno, devem os
mesmos ser encaminhados para o Centro de Recursos, onde haverá um controlo de presenças;
4. Anualmente a base de dados com a listagem dos alunos do Ensino Especial deve ser revista
registando em ata do Conselho Pedagógico as turmas que devem ser reduzidas em função das
problemáticas dos alunos;
5. No caso de se verificar que o número definido para turmas que integrem alunos do Ensino Especial
seja ligeiramente ultrapassado, não justificando a abertura de mais uma turma, tal deve ficar referenciado
e aprovado em Conselho Pedagógico;
6. Atender às recomendações dos conselhos de turma feitas na última ata do ano letivo anterior;
7. Dar continuidade às turmas. O pedido de separação do grupo turma deverá ser devidamente
justificado e analisado em Conselho Pedagógico;
8. Sempre que possível deve evitar-se a formação de turmas com mais de um ano de escolaridade
(no 1.º ciclo), sendo justificável e compreensível em escolas com poucos alunos;
9. Fica aberta a possibilidade de criar turmas de percurso curricular alternativo, desde que autorizadas
superiormente;
10. Excecionalmente, em alternativa e devidamente justificado em Conselho Pedagógico e autorizado
pelos encarregados de educação, podem surgir turmas de nível com alunos com dificuldades de
aprendizagem, desde que sejam adotadas medidas de reforço e de acompanhamento conducentes ao
sucesso escolar dos referidos alunos.
C - Prioridades na distribuição de serviço:
1. O mínimo de professores por turma, sendo possível um docente lecionar mais do que uma
disciplina;
2. Equipas docentes por ano de escolaridade e que preferencialmente transitem anualmente com as
turmas, exceto quando o professor pedir expressamente a quebra da continuidade alegando razões
pertinentes;
3. Na distribuição de serviço atender prioritariamente: ao número de horas letivas do docente; ao
desempenho de cargos para que foi eleito ou nomeado; à possibilidade de dar continuidade às turmas;
ao envolvimento em projetos significativos para a escola e à graduação na docência;
3. Atribuição do cargo de Diretor de Turma a docentes com perfil adequado garantindo a continuidade
do cargo ao longo do ciclo, mas libertando sempre que possível docentes de português e matemática
para poderem ocupar essas horas em apoios educativos e reforçarem o trabalho com os alunos,
sobretudo no nono ano de escolaridade, ano em que há exames nacionais;
4. Sempre que possível o docente que leciona Educação Visual e Educação Tecnológica, no 2.º ciclo,
deve ser o mesmo;
5. Caso dos professores de Educação Especial:
a) Os professores especializados devem desenvolver o seu trabalho com alunos abrangidos pela
medida "Ensino Especial" nomeadamente com os que têm currículos alternativos e com os que
apresentam notória deficiência sensorial, motora e/ou mental;
b) Os professores que continuam no agrupamento devem, preferencialmente, dar continuidade ao
trabalho desenvolvido no ano transato, mantendo a ligação ao grupo de trabalho e/ou alunos apoiados.
6. A componente não letiva no estabelecimento deve ser de três horas, sendo ocupada em atividades
autorizadas pela legislação. No caso do pré-escolar, as educadoras cumprem este serviço no apoio à
família, sendo a carga horária distribuída pelos cinco dias da semana. No caso do primeiro ciclo estas
horas são lecionadas em apoio ao estudo e supervisão pedagógica.
11. Critérios Gerais de Avaliação
1. Avaliação
A avaliação na Educação Pré-Escolar assume uma dimensão marcadamente formativa, pois
trata-se, dum processo contínuo e interpretativo, que se interessa mais pelos processos do que pelos
resultados. Procura tornar a criança protagonista da sua aprendizagem, de modo a que vá tomando
consciência do que já conseguiu, das dificuldades que vá tendo e como as vai ultrapassando.
A avaliação dos alunos do 1º ao 9º ano de escolaridade é regulada pelo Despacho n.º 5908/2017,
de 5 de julho, concretamente os artigos que constituem a secção III. Assume particular destaque a avaliação
formativa, assente na certificação das aprendizagens dos alunos, nomeadamente dos conhecimentos adquiridos e
das capacidades desenvolvidas e atitudes e valores interiorizados no âmbito das áreas das competências inscritas
no Perfil do Aluno à saída da escolaridade obrigatória.
A avaliação constitui também um processo regulador das aprendizagens com um caráter essencialmente
formativo, mas também diagnóstico e sumativo, devendo contribuir para que:
- os alunos tomem consciência das suas dificuldades, sejam responsáveis e possam melhorar os seus
métodos de estudo sempre que verificarem que os resultados não são os esperados;
- os professores criem oportunidades de aprendizagem para todos os alunos e utilizem formas
diversificadas de a valiação, conforme a natureza das aprendizagens e o contexto em que ocorram;
- professores e alunos colaborem ativamente nessa aprendizagem;
- os Pais e Encarregados de Educação acompanhem de modo eficaz o percurso escolar dos seus
educandos e se responsabilizem pelo seu sucesso educativo.
2. Critérios de avaliação
Designa-se por critérios de avaliação o conjunto de regras, definidas pelo Agrupamento, que são utilizadas
para estabelecer a proposta de classificação a atribuir por cada professor em Conselho de Turma, no final de
cada período. Também o pré-escolar e o 1.º ciclo realizam três momentos de avaliação, no final de cada período
letivo.
Por deliberação do Conselho Pedagógico deste Agrupamento, o nível a atribuir em cada disciplina é
constituído pelos seguintes parâmetros, comuns a todo o agrupamento:
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DAS ÁREASCURRICULARES DISCIPLINARES
Domínios
Percentagem
Conhecimentos adquiridos 33,(3)%
Capacidades desenvolvidas 33,(3)%
Atitudes e valores interiorizadas 33,(3)%
a) Os conhecimentos adquiridos têm os seguintes instrumentos de avaliação: fichas de avaliação,
relatórios, trabalho individual e em grupo, apresentações orais, entre outras;
b) As capacidades desenvolvidas têm os seguintes instrumentos de avaliação: fichas de avaliação, relatórios,
trabalho individual e em grupo, apresentações orais, entre outras;
c) As atitudes e valores têm os seguintes instrumentos de avaliação: registos de observação.
Nas atitudes e valores verifica-se uma subdivisão nos seguintes parâmetros, que passam a valer
11,(1)% cada: Comportamento (autonomia, relações interpessoais, cumprimento de regras e respeito);
Responsabilidade (material escolar, cumprimento de prazos, trabalho de casa, pontualidade) e
Participação (cumprimento de tarefas, intervenções, espírito colaborativo e espirito de iniciativa).
É de referir que vai ser facultada aos docentes uma grelha de avaliação em sistema Excel, que
efetua automaticamente os cálculos, sendo por isso a avaliação trabalhada de uma forma rigorosa e
objetiva. Em articulação com estas grelhas estarão outras para registo das evidências, bem como das
próprias planificações.
3. Notações das fichas de avaliação e trabalhos
As fichas de avaliação e os trabalhos escritos destinados a avaliação deverão conter uma classificação
qualitativa e quantitativa nos seguintes termos:
Qualitativa
Fraco Não
Satisfaz
Satisfaz Satisfaz
Bastante
Excelente
Quantitativa
0 –19 (%)
20–49 (%)
50–69 (%)
70 -89 (%)
90–100 (%)
A avaliação sumativa assume diferentes modelos, a saber:
a) no pré-escolar consiste numa apreciação descritiva;
b) no 1.º ciclo é qualitativa acompanhada de uma apreciação descritiva;
c) nos 2.º e 3.º ciclos é quantitativa, expressa numa escala de 1 a 5 em todas as disciplinas e
domínios;
d) as atividades de enriquecimento curricular são apenas apreciadas descritivamente;
e) nos 2.º e 3.º ciclos as fichas de avaliação têm que conter a menção qualitativa e respetiva
percentagem.
Para além da avaliação do final de cada período estão igualmente previstas reuniões de avaliação
intercalar, a meio dos 1.º e 2.º períodos, utilizando uma menção qualitativa, de acordo com a matriz de
classificação de fichas de avaliação e trabalhos escritos. Embora não seja obrigatório, por opção
entendemoss que os dois alunos representantes da turma devem estar presentes nestas reuniões, até
porque faz parte da cidadania ativa que se pretende desenvolver no perfil dos alunos.
Observação: sairá um documento próprio com a especificação dos critérios de avaliação, sendo
obrigatório ser do conhecimento dos alunos e respetivos pais e encarregados de educação.
VI – OBJETIVOS
Durante o quadriénio 2017-2021, com o lema «4C (Conhecer, Compreender, Cativar, Construir)»
o Projeto Educativo assenta em duas vertentes estratégicas, a saber:
- como organizador da ação educativa, promovendo um trabalho curricular assente na reflexão e
trabalho colaborativo, apostado na monitorização, na formação, na articulação e na supervisão, tendo
em vista um sucesso educativo sistematizado e sem grandes oscilações avaliativas ao longo do ano
letivo;
- como agente de transformação, promovendo atividades integradoras que facilitem a interiorização
de regras básicas de conduta e cultivem a cidadania como algo em constante construção e
aperfeiçoamento.
Nas duas vertentes há uma evidente envolvência do serviço docente como motor e promotor do
sucesso educativo, que só pode ser bem sucedido com famílias esclarecidas e motivadas para
acompanharem devidamente os seus filhos tendo em vista o referido sucesso educativo.
Ainda assim apresenta-se esquematicamente a lista de aspetos a melhorar, as estratégias, os
intervenientes, a temporização e os resultados que se esperam obter no final do quadriénio (em anexo a
este documento ficarão grelhas com as metas a alcançar anualmente, definidas pela comissão de
acompanhamento deste projeto).
Aspetos a melhorar
Estratégias
Intervenientes
Temporização
Resultados
esperados
1 Algumas
infraestruturas das escolas
Efetuar o levantamento de
necessidades
Perspetivar intervenções
Dialogar com as entidades competentes para
realização de obras
Direção do
Agrupamento
Representantes de escolas
Autarquia
A trabalhar
ao longo dos quatro anos
Uma melhoria dos espaços escolares
Uma melhoria do
bem-estar da comunidade
escolar
2
Acompanhamento parental
Reforçar a informação
sobre: - matrizes curriculares - critérios de avaliação
- apoios e tutorias
Sensibilizar os encarregados de educação para o acompanhamento da vida escolar dos seus
filhos
Aumentar os atos formativos destinados aos encarregados de educação
Direção do
Agrupamento
Departamentos Curriculares
Diretores de Turma e professores Titulares
de Turma
Associações de Pais
Autarquia
A trabalhar
ao longo dos quatro anos
Uma melhoria da comunicação e
informação
Uma intervenção ativa e responsável
Aumento do
sucesso educativo
3
Taxas de insucesso ao longo do ano
letivo
Reforçar o trabalho
colaborativo
Reforçar o acompanhamento e
supervisão nos departamentos curriculares
Conselho Pedagógico
Departamentos
Curriculares
Docentes Equipamento de autoavaliação
A trabalhar ao longo do quatro anos
Diminuição das
oscilações avaliativas ao longo
do ano
Diminuição das oscilações entre a avaliação interna e
externa
4
Supervisão pedagógica
Realizar a supervisão pedagógica e acompanhamento docente centrado no trabalho colaborativo no seio do departamento curricular Criar o projeto de “Sala de aula aberta”, com acesso a outros elementos do departamento Criar registos de observação e registo de evidências
Conselho Pedagógico Coordenadores e subcoordenadores dos departamentos curriculares
A trabalhar ao longo do quatro anos
Uma melhoria dos mecanismos de supervisão do trabalho docente e um aumento do trabalho colaborativo Uma melhoria da articulação curricular, permitindo resultados mais consistentes
5
Promover mais e melhor cidadania
Realizar formação no
âmbito da Educação para a Cidadania e de promoção da Saúde e do bem-estar
Publicitar a cidadania como algo importante no dia-a-
dia
Fomentar os clubes: Eco-Escolas, Proteção Civil e Educação para a Saúde
Dinamizar espaços
escolares com regras bem definidas
Promover e desenvolver
uma cidadania ativa
Toda a comunidade
educativa
A trabalhar ao longo do quatro anos
Uma melhoria dos hábitos dos alunos, tornando-os mais
saudáveis e respeitadores do
outro
VII - APLICAÇÃO DO PROJETO
O Projeto Educativo entrará em vigor no início do ano letivo 2017/18, depois de aprovado pelo
Conselho Geral de Agrupamento. O Regulamento Interno, o Plano Anual de Atividades, o Plano de
Formação, o Plano de Ação Estratégica e outros planos que possam existir no âmbito da ação educativa,
bem como as grelhas anexas a este projeto deverão estar em articulação, como forma de atingir os
objetivos propostos, para melhor se alcançar índices de eficácia e eficiência bem como o sucesso
educativo dos alunos.
Na sua aplicação e operacionalização devem ainda ser tidos em conta as opções que anualmente
vão sendo tomadas pelos órgãos escolares, ao abrigo da legislação e do seu processo de autonomia. A
educação funciona como um ato construtor e este Projeto Educativo como um motor de desenvolvimento
de capacidades e atitudes e valores dos alunos do agrupamento.
Este Projeto Educativo deverá vigorar até ao final do ano letivo 2020/2021, altura em que deverá
ser revisto, podendo ser alterado.
7.1- CONDIÇÕES ESPECIAIS DE APLICAÇÃO
A aplicação deste projeto deverá estar centrada nas diferentes escolas a fim de conquistar cada
vez mais os seus interlocutores. Reveste-se de particular importância a nova gestão flexível do currículo
na qual o agrupamento pretende mais uma vez assumir um caráter pioneiro, apostando em áreas
curriculares inovadoras e potenciadoras do espírito crítico, do empreendedorismo, da criatividade e da
autonomia.
Neste sentido, e com o objetivo de alcançar o ponto cinco dos aspetos a melhorar, assumem
particular destaque os referenciais internos construídos na área da educação para cidadania, saúde,
ambiente, proteção civil, artes& humanidades, inclusão e media e bibliotecas escolares.
Sucintamente, os objetivos dos referenciais a desenvolver, no sentido dos alunos adquirirem
conhecimentos, desenvolvem competências, interiorizarem valores e melhorarem atitudes são:
1. Educação para a Cidadania – preparar cidadãos ativos, com caráter reflexivo, espírito crítico
e solidário. De algum modo será o culminar de todas as outras abordadas de uma forma
transversal, mas também nas disciplinas de Cidadania e Desenvolvimento, em Projeto
Interdisciplinar, nas Oficinas, nos Clubes e no Desporto Escolar;
2. Educação para a Saúde – preparar os alunos para o bem-estar físico, pessoal e social e para
a saúde, em hábitos quotidianos, na alimentação, pratica de exercício físico e sexualidade;
3. Educação para o Ambiente – preparar os alunos para uma maior consciencialização e
responsabilidade ambiental e social, contribuindo assim para o desenvolvimento sustentável e
harmonioso de componentes associadas à ecologia e bem-estar animal, ao consumo e literacia
financeira;
4. Educação para a Arte e Humanidades – preparar os jovens para a construção de uma
sociedade mais justa, centrada na dignidade humana e nos direitos de cada indivíduo,
abordando-se temas como os Direitos do Homem, as Instituições, a Igualdade de Género, a
Interculturalidade, o Mundo do Trabalho; olhar ainda a dimensão artística como algo importante
na cultura e vida das comunidades, reconhecendo-lhe o caráter universal e intemporal;
5. Educação para a Proteção Civil – preparar os alunos para situações de risco, em casa, na
escola, nos espaços públicos, mas também levá-los a refletirem sobre questões de segurança
nacional e mundial, bem como de segurança rodoviária e de outras catástrofes naturais e
acidentais;
6. Educação para a Inclusão (Educação Especial) – preparar os alunos para viverem e
conviverem com outros jovens e adultos com necessidades educativas especiais, mas também
com a multiculturalidade e diversidade;
7. Educação com recurso à Biblioteca Escolar – preparar os alunos para melhorarem
competências que os auxiliem a transformar a informação em conhecimento, através de
diversos instrumentos de pesquisa promotores de melhorias comunicacionais, sendo um bom
exemplo o funcionamento dos media,
Contudo, e sempre que possível, estes devem abrir-se aos pais e encarregados de educação dos
alunos que as frequentam, bem como à comunidade envolvente, através de visitas de estudo ou
realização de intercâmbios escolares, de palestras temáticas que as escolas possam realizar, acolhendo
pessoas qualificadas para os temas a abordar.
7.2 - MEIOS FINANCEIROS PARA A APLICAÇÃO DO PROJETO:
O tema central deste Projeto Educativo não implica forçosamente custos avultados para a sua
aplicação, uma vez que parte essencialmente dos recursos materiais e humanos disponíveis no
Agrupamento ou articulados com alguns parceiros. Neste sentido procurar-se-á rentabilizar os recursos
já existentes, melhorando a sua utilização e reforçando a aquisição de bens essenciais e utilitários.
O apoio financeiro para melhor responder aos desafios colocados com este Projeto Educativo
deverá ser encontrado através dos seguintes processos:
a) Recurso ao orçamento de receitas próprias (o crescimento previsto permite não apenas reforçar
a execução de algumas obras importantes para a escola, mas também a aquisição de materiais
e equipamentos complementares não contemplados no orçamento estatal);
b) Apoio das Associações de Pais e da Autarquia;
c) Donativos (monetário e outros bens materiais) solicitados a empresas do meio envolvente e que
têm mostrado recetividade em colaborar com as escolas do Agrupamento;
d) Apoios resultantes da apresentação, aprovação e financiamento de projetos ministeriais e de
outras entidades;
e) Solicitação à autarquia, como uma das primeiras entidades que deve apostar na educação, de
modo a melhorar a formação e a cultura dos seus habitantes mais próximos;
f) Realização de atividades de animação escolar que possibilitem a angariação de fundos.
8 - AVALIAÇÃO DO PROJETO
A avaliação do projeto, embora sendo a última fase de um ciclo, não deixa de ser a mais importante.
Avaliar é preciso, pontualmente, no final de cada atividade, período ou ano letivo. O importante é saber
o que se pretende e saber se os objetivos propostos foram alcançados.
É fundamental avaliar de forma crítica e construtiva, acompanhando, corrigindo, melhorando
sempre que possível o presente projeto. Para tal, a execução deste Projeto Educativo será acompanhada
pela comissão permanente do Conselho Pedagógico criada para o efeito e pelo próprio Conselho
Pedagógico através dos relatórios trimestrais apresentados pelo coordenador dessa comissão.
Todos os projetos parcelares constantes deste Projeto Educativo prevê formas de avaliação por
estruturas externas.
A aplicação e avaliação do Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas de São Martinho é
naturalmente supervisionado pelo Conselho Geral e pela Equipa de Autoavaliação, bem como pelas
equipas inspetivas que venham a surgir.
9 - DIVULGAÇÃO DO PROJETO
A divulgação do Projeto Educativo é considerada uma das fases mais importantes do processo que
conduziu à sua feitura, na medida em que se entende que um documento desta natureza – nascido para
dar resposta a problemas concretos diagnosticados na escola - só faz sentido se conseguir passar a
mensagem contida no seu lema, na filosofia e clima de Agrupamento sugeridos e nas estratégias
preconizadas.
O Projeto Educativo do Agrupamento de Escolas de São Martinho será divulgado através dos
serviços de informação e formação existentes nas escolas e com o apoio dos diferentes órgãos
escolares, que devem possuir um exemplar para consulta de todos os interessados. Por um lado, reforça-
se a ideia de que o Plano Anual de Atividades deverá ser já uma forma de divulgação do Projeto
Educativo, na medida em que as atividades a desenvolver devem estar inseridas no ideário definido para
o Agrupamento. Por outro lado, sendo uma das vertentes abordadas pelo Projeto Educativo a relação
interpessoal e a correção cívica, também o Regulamento Interno reforçará a sua divulgação numa fase
de informação de critérios e de aplicabilidade das regras determinadas.
O fundamental é que o Projeto Educativo seja visto numa perspetiva de acção contínua, que deve
ser constantemente aplicada e pontualmente corrigida e reformulada nas trajetórias a seguir...
10 - ARTICULAÇÃO COM OUTROS DOCUMENTOS
1. PLANO ANUAL DE ATIVIDADES
O Plano Anual de Atividades, é o documento de planeamento, elaborado e aprovado pelos órgãos
de administração e gestão do agrupamento, que define, em função do Projeto Educativo do
Agrupamento, os objetivos, as formas de organização e de programação das atividades e que procede
à identificação dos recursos envolvidos.
O Plano Anual de Atividades tem como função planear a atividade escolar e permitir que a
aprendizagem aconteça, com o contributo de todos os departamentos curriculares, que podem
promover/participar coletivamente ou em momentos mais específicos das respetivas áreas
curriculares nomeadamente:
- ao caráter educacional do agrupamento;
- à sua dimensão socializadora;
- à sua finalidade de estimular cidadãos mais atentos, responsáveis e solidários;
- ao seu desejo de contribuir para uma formação integral dos alunos.
O Projeto Educativo, por ser o documento estruturante que compila todo o ideário do
Agrupamento influencia naturalmente as opções que venham a surgir no Plano Anual de
Atividades, bem como no Plano Plurianual de Atividades,
2. REGULAMENTO INTERNO
O Regulamento Interno é considerado um documento basilar para a organização e orientação
do Agrupamento de Escolas de São Martinho, construído de uma forma participada por todos os
elementos que constituem a comunidade educativa, pelo que traduz o interesse e o empenho em
fazer surgir uma nova escola, mais humana, solidária e cooperante.
A comunidade educativa deve comprometer-se a conhecer os princípios orientadores constantes
do Regulamento Interno e cumprir as disposições legais que e s t e determina, fomentando as
relações interpessoais e valorizando o respeito, a camaradagem e a cooperação no trabalho. A
preservação das instalações e equipamento escolares é igualmente um dos pontos do regulamento
Interno que todos devem interiorizar e cultivar.
Estas orientações são, evidentemente, um elencar de regras e disposições gerais e específicas
que ajudam a operacionalizar o próprio Projeto Educativo.
NOTA FINAL
A Escola não tem apenas a função de transmitir saberes. Um dos objetivos centrais deste Projeto
Educativo, cujo lema «4C (conhecer, compreender, cativar, construir)» procura responder aos
desafios da Escola atual, é precisamente levar a um melhor conhecimento e aquisição de competências,
só alcançáveis com compreensão, mas também com motivação e incentivo. No fundo procura-se
contribuir para uma Escola mais atenta, mais próxima dos alunos e da sociedade em que vivemos, em
constante e rápida mudança.
A Escola deve ter em conta todo o ambiente cultural que a envolve e procurar preservá-lo, no
entanto, deve intervir também de forma a contribuir para a modernização do meio. Nesta ambivalência
reside um segundo objetivo deste Projeto Educativo.
Com ele pretendemos valorizar o saber, as tradições, o papel dos diferentes intervenientes no
processo educativo, mas também trazer algo de novo ao ambiente escolar para que este se possa
repercutir na sociedade envolvente. Nem sempre será possível chegar ao final de cada ano letivo com
um «projeto ambicioso» cumprido na sua totalidade. Porém, qualquer que seja o ponto a que se consiga
chegar, deverá ter sido feito algo que seja visível e palpável, isto é, algo em que os alunos e toda a
comunidade educativa se revejam, algo a partir do qual toda a comunidade tenha a perceção clara de
que o projeto vale a pena.
Assim, esperamos que a renovação do ambiente escolar contribua para uma melhoria acentuada
do gosto pela escola por parte de toda a sua comunidade e para um prazer acrescido às tarefas do dia-
a-dia e que a cidadania ativa seja uma prática consciente e valorizada.
Apreciação positiva e recomendação de uma equipa de trabalho em 6 de julho de 2017
Parecer positivo e Conselho Pedagógico do 12 de julho de 2017
Aprovado em Conselho Geral de 17 de julho de 2017