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Colégio Laura Vicunha Projeto Educativo de Escola 2014.15 | 2016.17

Projeto Educativo de Escola - colegiolauravicunha.com EDUCATIVO DE ESCOLA... · que é conferida ao ensino privado mediante o recente Decreto-Lei n.º 152/2013 ... nos cinco continentes,

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Colégio Laura Vicunha

Projeto Educativo de Escola

2014.15 | 2016.17

Mod. FMA15i-001/ Rev.A

Mod. FMA15i-001/ Rev.A

Colégio Laura Vicunha

Projeto Educativo de Escola

2014.15 | 2016.17

“Para que uma obra surja, é necessário um projeto; o projeto parte do presente, mas é uma

condição de futuro; para que ele se realize, é necessário um ato de vontade.”

Adaptado de Agostinho da Silva

Mod. FMA15i-001/ Rev.A

Mod. FMA15i-001/ Rev.A

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................

PARTE 1. ENQUADRAMENTO DO INSTITUTO DAS FILHAS DE MARIA AUXILIADORA ....................... 3

1.1. História do IFMA no Mundo ........................................................................................................................................... 3

1.2. História do IFMA em Portugal ....................................................................................................................................... 3

1.3. História do Colégio Laura Vicunha ............................................................................................................................. 4

1.4. Ideário das escolas do IFMA – estilo educativo .................................................................................................... 6

PARTE 2. CONCEITO DE PROJETO EDUCATIVO ............................................................................................ 8

2.1. Enquadramento legal ........................................................................................................................................................ 8

2.2. Relevância e pertinência do Projeto Educativo .................................................................................................... 8

PARTE 3. APRESENTAÇÃO DA ESCOLA ....................................................................................................... 10

3.1. Missão ..................................................................................................................................................................................... 10

3.2. Visão ........................................................................................................................................................................................ 10

3.3. Valores ................................................................................................................................................................................... 10

3.4. Política de qualidade ....................................................................................................................................................... 11

3.5. Tipologia de Escola .......................................................................................................................................................... 12

3.6. Organogramas .................................................................................................................................................................... 14

3.7. Comunidade Educativa ................................................................................................................................................. 16

3.8. Estruturas Físicas ............................................................................................................................................................ 17

PARTE 4. CARACTERIZAÇÃO DO MEIO ENVOLVENTE DA ESCOLA ........................................................ 19

4.1. Perspetiva histórica: as raízes .................................................................................................................................. 20

4.2. Demografia e outros indicadores de desenvolvimento ............................................................................... 21

4.3. Caracterização Socioeconómica e Cultural .......................................................................................................... 22

4.4. Realidade escolar ............................................................................................................................................................ 23

PARTE 5. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL .......................................................................................... 26

5.1. Resultados da avaliação interna .............................................................................................................................. 26

5.2. Resultados da avaliação externa .............................................................................................................................. 33

5.3. Inquirição do grau de satisfação de alunos e encarregados de educação ........................................... 34

PARTE 6. A ESCOLA QUE QUEREMOS CONSTRUIR . ................................................................................. 36

6.1. Objetivos Estratégicos ................................................................................................................................................... 36

Índice

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6.2 - Potencialidades e Constragimentos ..................................................................................................................... 37

6.2.1. Recursos Humanos ............................................................................................................................................ 37

6.2.2. Recursos Físicos ................................................................................................................................................... 39

6.2.3. Dinamização Pedagógica ................................................................................................................................. 40

6.2.4. Meio envolvente ................................................................................................................................................... 41

6.3. Áreas de Intervenção – Metas para os próximos 3 anos ............................................................................. 42

PARTE 7. AVALIAÇÃO E DIVULGAÇÃO DO PROJETO EDUCATIVO DE ESCOLA . ................................. 44

7.1. Divulgação ............................................................................................................................................................................ 44

7.2. Avaliação do Projeto Educativo de Escola .......................................................................................................... 44

CONCLUSÃO ......................................................................................................................................................... 46

BIBLIOGRAFIA E RECURSOS ELETRÓNICOS ............................................................................................... 48

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O Projeto Educativo é o rosto da escola, o eixo estratégico que se torna relevante e pertinente, na

medida exata em que orienta e fundamenta a intervenção e constitui um guia de compromisso num

futuro próximo para o destino da nossa Instituição. A grande finalidade do projeto educativo é ajudar a

comunidade educativa a partilhar e assumir os mesmos objetivos educacionais, devendo ser sempre

pensado em relação com o território em que a escola se encontra.

A proposta educativa do Colégio Laura Vicunha é confessional, não é neutra: estrutura-se na base de

uma visão e missão assentes em valores universais, mas com fundamento evangélico. Para além de ser

uma escola católica, a sua pedagogia inspira-se num carisma próprio – o carisma salesiano – que

privilegia o diálogo (razão), a religião (abertura ao transcendente) e amabilidade (relação próxima e

afetuosa).

A escola salesiana oferece um ambiente tecido de proximidade, de acompanhamento aos diferentes

níveis das necessidades das crianças e adolescentes, de alegria e momentos de festa que potenciam os

talentos e o protagonismo dos alunos. Oferece igualmente tempos de celebração da fé cristã que lhes

permitem a valorização da interioridade e da abertura a Deus e ao seu projeto de vida.

É uma escola aberta à cultura nas diferentes vertentes – semanas culturais, música, desporto,

literatura, dança - e intercâmbios com outros organismos que promovam a cidadania e o contacto com

as realidades da sociedade contemporânea.

A estruturação do currículo é feita com base no cumprimento da legislação ministerial e na autonomia

que é conferida ao ensino privado mediante o recente Decreto-Lei n.º 152/2013 de 4 de novembro,

que nos permite enriquecê-lo com outras ofertas e com uma gestão flexível dos tempos letivos de

modo a proporcionar maior e melhor rendimento, aliado ao rigor e exigência colocada no processo de

ensino/ aprendizagem.

O presente Projeto Educativo apresenta um esquema que foi delineado pela Melhoria da Qualidade,

com critérios e conteúdos comuns a todas as escolas do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora

(IFMA), aprovados em Conselho Provincial. Tendo em atenção estas diretrizes, o PE foi elaborado com

o contributo de todos os professores através do trabalho de departamentos.

Na parte VII – A escola que queremos construir – o diagnóstico da realidade não é de modo nenhum

exaustivo (centra-se nos aspetos que nos parecem mais evidentes) e as metas estabelecidas para o

período de três anos orientam-se pelo critério da sustentabilidade e da viabilidade do seu

cumprimento.

Introdução

Mod. FMA15i-001/ Rev.A

Assim, podemos dizer que o PE foi elaborado com “asas” para voar, mas também com “raízes” que o

prendem à realidade.

3

“Basta que sejais jovens para que eu vos ame”

S. João Bosco

1.1. História do IFMA no Mundo

O IFMA - Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (salesianas) - é uma Instituição religiosa feminina.

Foi fundado por S. João Bosco e por Santa Maria Domingas Mazzarello, em Mornese, próximo de Turim,

no norte de Itália, em 1872. Este enquadramento do Instituto deve ser lido em chave histórica: na

atenção ao contexto do norte da Itália no século XIX, com particular atenção à situação dos

adolescentes e jovens que acorriam às cidades na procura de trabalho, em plena fase de

industrialização, e à mentalidade do clero de então.

Em Turim, a decisão de Dom Bosco em fundar uma instituição a favor das jovens, resultou da

constatação do estado de abandono e pobreza das mesmas, da solicitação de várias pessoas, do

contacto com vários institutos femininos, da profundidade do seu amor a Nossa Senhora, da

confirmação do Papa Pio IX que o encorajou a isso e também por repetidos “sonhos” e factos

extraordinários que ele mesmo contou.

Contemporaneamente, em Mornese, a jovem Maria Domingas Mazzarello animava um grupo de jovens

que se dedicavam às meninas da terra, com o objetivo de as tornar aptas numa profissão, mas,

sobretudo, com a determinação de as orientar na vida cristã.

D. Bosco quis chamar ao novo Instituto religioso “Filhas de Maria Auxiliadora” (FMA) para que fosse

um “Monumento vivo” da sua gratidão a Nossa Senhora Auxiliadora. Desde o longínquo 5 de agosto de

1872, o IFMA foi crescendo e, hoje, exerce a sua ação educativa nos cinco continentes, formando 83

Províncias Religiosas, em 93 nações, com um total de 1443 comunidades locais.

Na Europa são 6359 FMA (Filhas de Maria Auxiliadora) que trabalham em 493 comunidades presentes

em 22 países, com propostas educativas diversas.

1.2. História do IFMA em Portugal

Em Portugal, o Instituto iniciou a sua missão educativa em 1940 na cidade de Évora. As primeiras

Irmãs chegaram a Portugal em janeiro desse ano, a pedido de D. Manuel Mendes da Conceição Santos,

1 Enquadramento do Instituto

Filhas de Maria Auxiliadora

4

Arcebispo de Évora. Foi-lhes confiada a Casa Pia Feminina da cidade. Três anos mais tarde, assumiram

a Secção “28 de Maio” da Casa Pia Feminina de Lisboa com mais de 500 meninas. 1

Atualmente, o Instituto, em Portugal tem 126 Irmãs, distribuídas por treze comunidades em nove

distritos: Viana do Castelo, Porto, Guarda, Aveiro, Castelo Branco, Lisboa, Setúbal, Évora e Faro.

1.3. História do Colégio Laura Vicunha

O Colégio Laura Vicunha - CLV - situa-se em Vendas Novas, cidade designada de “sala de visitas do

Alentejo” por se encontrar numa região “fronteiriça” entre as áreas próximas da grande Lisboa

(Montijo e Setúbal) e a entrada na região alentejana, situação que poderá contribuir, entre outros

fatores, para que a cidade apresente uma identidade bastante diluída.

Figura 1. Colégio Laura Vicunha

O Colégio Laura Vicunha iniciou a sua atividade educativa em 1966, na então Vila de Vendas Novas, no

atual edifício da GNR, sendo apenas frequentado por alunas. Em 1972, a escola transferiu-se para as

atuais instalações, ganhando uma nova projeção e aumento de alunos.

Para melhor se responder a um novo crescimento, construiu-se em setembro de 2003 um edifício

específico para o primeiro ciclo.

Laura Vicunha, que dá o nome ao Colégio, é o nome de uma jovem argentina que viveu no início do

século XX. Foi aluna das Irmãs Salesianas no Chile. Morre com 13 anos incompletos, oferecendo a Deus

a sua vida pela felicidade da mãe, sendo um modelo de adolescente profundamente crente em Jesus e

1 Cf. INSTITUTO FILHAS DE MARIA AUXILIADORA – PROVÍNCIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA. FMA em Portugal. [Em linha]. Lisboa: FMA. [Consult. 09 de maio de 2014]. Disponível em WWW:<URL: http://www.salesianas-por.net/fmaportugal.html>.

5

Maria, generosa, abnegada, amiga de todos, humilde e sempre disponível para realizar qualquer tarefa

em favor das colegas no Colégio que frequentava como aluna interna.

Em 1998 foi declarada Bem-aventurada por Sua Santidade, o Papa João Paulo II. Desde sempre os

alunos demonstraram por ela carinho, afeto e admiração.

Reconhecendo o trabalho desta escola salesiana, a autarquia atribuiu-lhe, em setembro de 2007, a

Medalha de Mérito Municipal, Classe de Ouro.

O Colégio Laura Vicunha possui dois símbolos que dão rosto à sua identidade:

Brasão

Figura 2. Brasões

A evolução dos brasões mostra uma ligeira alteração dos mesmos que ocorreu já na década de 1990.

O brasão atual é encimado pelo lema educativo-religioso “Firmes na Fé, Fortes na Esperança”.

Apresenta, mais em baixo, um seara de tons amarelos, beijada por um sol radioso que identifica a

região do Alentejo onde se encontra. Nessa seara, surge uma espiga, rica de grão, que simboliza o fruto

da educação salesiana. Ao lado, está desenhada Nossa Senhora Auxiliadora de quem Dom Bosco disse,

no final da sua vida e obra: ”Foi Ela quem tudo fez”.

Hino

A letra do hino foi escrita pela Irmã Rosa Teixeira e a música pela Irmã Maria das Dores Ribeiro, nos

finais da década de 1970, sendo, então, ambas docentes no Colégio.

I

Seara nova, trigo a crescer

Somos a vida a acontecer!

Do Alentejo somos a esperança.

Ser Portugal é nossa herança!

II

Em horizontes de infinidade,

Sinais seremos de eternidade!

P’ra o mundo novo seremos pão,

Ao sol de Deus, na sua mão!

III

De Deus um marco nestas planuras,

A Laura of’rece metas de alturas.

Nas investidas do inimigo,

A Auxiliadora está contigo!

Coro

Ser cidadão honesto e forte.

Ser bom cristão até à morte.

É ideal que vai connosco

E nos foi dado por S. João Bosco

1.4. Ideário das escolas do IFMA – estilo educativo

Todos as Escolas ou Centros Educativos do IFMA em Portugal têm a sua identidade educativa

consignada no Ideário dos Centros Educativos das FMA em Portugal. As características fundamentais

advêm do facto de serem escolas de matriz católica e salesiana.

Identidade Católica 2

Como Instituição Católica é um centro educativo que se inspira, fundamenta e centraliza a sua ação

educativa numa matriz de valores inspirados em critérios evangélicos.

Atua em comunhão com a Igreja Católica, seguindo as suas orientações, no plano individual,

comunitário e eclesial para que o conhecimento seja iluminado não apenas pela razão, mas também

pela fé de modo a que crianças e jovens se tornem fermento de uma sociedade humanizada.3

Identidade Salesiana4

O Projeto Educativo salesiano é inspirado na caridade de Cristo-Bom Pastor. Assim “a alma da

educação é a paixão pelos jovens, a arte de lhes dar confiança, de amar o que eles amam, de os

acompanhar na busca de sentido para a vida” 5.

Como Instituição Salesiana, assume características específicas que se inspiram no carisma e herança

deixados por S. João Bosco e Santa Maria Mazzarello. Este carisma apresenta uma pedagogia educativa:

o Sistema Preventivo, síntese original entre educação e evangelização que orienta os jovens a

formarem-se como “honestos cidadãos e bons cristãos”6.

Estilo Educativo

2Cf. INSTITUTO FILHAS DE MARIA AUXILIADORA-PORTUGAL. Portal de Melhoria da Qualidade IFMA-Portugal. Ideário de Centros Educativos [Em linha.] Lisboa: 2014. [Consult. Maio de 2014]. Disponível em http://qualidade.salesianas.pt/qualidade/I Centros Educativos.pdf. 3 V. Idem, Ibidem. 4 V. Idem, Ibidem.

5 Cf. Idem – Para que tenham vida em abundância: linhas orientadoras da missão educativa das FMA.P.24.

6 CF. Idem, Ibidem.

7

As Filhas de Maria Auxiliadora têm como missão educar segundo o sistema preventivo de D. Bosco – razão,

religião, amabilidade -potenciando:

1. um ambiente educativo, feito de proximidade familiar, que favoreça a educação integral numa síntese

entre fé, cultura e vida em corresponsabilidade educativa, onde os alunos são protagonistas da própria

formação.

2. o acompanhamento que pressupõe a atenção do educador, a escuta, o diálogo e discernimento que

orienta e ampara a capacidade de decisão das crianças e jovens, ajudando-os a escutarem a própria

voz, que se manifesta, a partir de sentimentos e vivências, nem sempre expressos segundo os habituais

códigos do mundo adulto.

3. o rigor científico e pedagógico que exige profissionalismo, entrega e atualização dos saberes e

competências por parte dos docentes e outros educadores.

4. apoio e incentivo a um trabalho constante por parte dos alunos, realizado com persistência,

organização, qualidade e rigor.

5. valorização dos momentos de festa (teatro, música, desporto, convívio…), celebrativos e litúrgicos, de

convívio com as famílias (encontros) que são expressão da educação carismática salesiana. Todo o

ambiente juvenil, para D. Bosco, estava marcado pela alegria e pela festa. Ele dizia que uma casa

Salesiana sem música era como um corpo sem alma. Por isso, é habitual que no ambiente Salesiano se

organizem, periodicamente, festas que ajudam a criar o ambiente de alegria e, simultaneamente,

desenvolvem capacidades artísticas e educam o carácter das crianças e jovens.

6. formação e o trabalho em conjunto como uma oportunidade de crescimento através também do

intercâmbio: é uma prioridade, pois é a chave de uma boa atuação do projeto educativo como

comunidade.

8

“Para que uma obra surja, é necessário um projeto; o projeto parte do presente, mas é uma condição de

futuro; para que ele se realize, é necessário um ato de vontade.”

Adaptado de Agostinho da Silva

2.1. Enquadramento legal

O Projeto Educativo, num âmbito legal e geral para todos os estabelecimentos de ensino, é

regulamentado pelo Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, alterado pelo Decreto-Lei n.º 137/2012,

de 2 de julho, que o definem como “o documento que consagra a orientação educativa das escolas, (…)

elaborado e aprovado pelos seus órgãos de administração e gestão para um horizonte de três anos, no

qual se explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais a escola (…) se

propõe cumprir na sua função educativa” (cf. artigo 9.º alínea a), Decreto-Lei nº 137/2012).7

As escolas privadas apoiam-se também nos princípios orientadores expostos no recente Decreto-Lei

n.º 152/2013 de 4 de novembro que aprovou o novo Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de

nível não superior.

2.2. Relevância e pertinência do Projeto Educativo

O Projeto Educativo de um Centro de Educação constitui “a proposta educativa própria e a forma global

como se organiza para dar resposta à educação das crianças, às necessidades dos pais e às características

da comunidade”8, daí a necessidade de se identificarem as necessidades da comunidade discente com o

objetivo de se encontrar, em cada ano, um tema integrador para que se possam definir as áreas

prioritárias de intervenção visando uma maior qualidade nas respostas educativas de forma a

promover o sucesso. Por isso o PE, a partir da própria identidade salesiana e da situação concreta de

cada centro educativo, realiza um diagnóstico, aponta metas, determina estratégias, enuncia recursos e

prevê uma avaliação.

O Projeto Educativo assenta num eixo estratégico que se torna relevante e pertinente na medida exata

em que orienta e fundamenta a nossa intervenção e constitui um guia de compromisso num futuro

próximo para o destino da nossa Instituição.

7Cf GOVERNO DE PORTUGAL – Diário da República Portuguesa, 1ª série - Nº 79 – 22 de Abril de 2008. P. 2241.

2 Conceito de

Projeto Educativo

9

Sendo a escola um espaço físico e temporal de socialização dos alunos, onde gradualmente se faz a

passagem do “eu” ao “nós”, parece-nos pertinente colocar a questão: qual o modelo de organização

escolar que melhor viabilizará a consecução e o êxito dum projeto educativo?

A finalidade primeira da escola é a educação integral da pessoa. A escola compromete-se a realizar

com ela uma viagem, crente na sua educabilidade, para levá-la à melhoria de si e à perfeição possível.

Para alcançar este fim, a escola apresenta a sua visão da pessoa, da educação e dos valores em que

acredita com vista ao Bem. É, antes de tudo, a procura de sentido!

A acção educativa da escola realiza-se mediante a intervenção de todos os membros da comunidade

numa atuação coerente e convergente. Esta diversidade de pessoas e papéis representa uma riqueza

pela alteridade que oferece. A escola educa também eticamente pelo modo como se organiza e pela

qualidade das relações que nela se estabelecem, pelos espaços de liberdade e autonomia que torna

possíveis. Assim, um projeto educativo tem mais possibilidades de alcançar as metas a que se propõe

numa escola que não se limite a uma mera organização, mas seja comunidade.

É a busca incessante do Bem!

10

[A educação tem] uma ambição humanista: formar uma pessoa para que se torne capaz de se situar no

mundo e de situar a atual humanidade na história e no universo, que respeite o legado transmitido pelos

antigos, que integre os novos elementos e que participe ativamente no movimento para o futuro.

Marcel Postic

3.1. MISSÃO

As Filhas de Maria Auxiliadora têm como missão educar segundo o sistema preventivo de D. Bosco

potenciando um ambiente que favoreça a educação integral numa síntese entre fé, cultura e vida em

corresponsabilidade educativa, onde os alunos são protagonistas da própria formação. Além do rigor

científico e pedagógico, valorizam-se os momentos de festa, os celebrativos e litúrgicos, que são

expressão da educação salesiana, Vive-se em ambiente de família e por isso é importante a presença

educativa dos adultos, docentes e não docentes, entre as crianças/alunos, numa atitude de

acompanhamento que ajuda a interpretar, de modo positivo, as situações do próprio ambiente, a

história pessoal e social, educando também a acolher e a amar a vida.

3.2.VISÃO

A comunidade educativa das casas das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) promove nos centros

educativos uma cultura aberta aos valores evangélicos educando à fé, segundo a espiritualidade

salesiana. Atualiza o estilo de D. Bosco e Madre Mazzarello, fazendo uma leitura crítica do mundo

juvenil e propondo pistas que ajudem os jovens a crescer em todas as dimensões e a viverem felizes,

através do encontro pessoal com Jesus Cristo.

A comunidade religiosa constituída por um grupo de irmãs nomeadas pela Provincial, vive e trabalha

unida, testemunham a sua pertença a Deus e sendo sinal do seu amor pelos jovens de qualquer cultura.

Ela é o suporte carismático que dá continuidade ao projeto educativo de S. João Bosco e Santa Maria

Mazzarello, em vista a formar honestos cidadãos e bons cristãos segundo as perspetivas:

evangelizadora, cultural, social e comunicativa.

A escola salesiana FMA pretende ser uma referência na educação católica e reconhecida pelas suas

qualidades educativas e pastorais.

3.3. VALORES

Fé e vida

3 Apresentação da

Escola

11

Valorizamos uma vida de abertura a Deus como fonte de verdadeira humanização da pessoa e da

comunidade, segundo o estilo da espiritualidade salesiana. Acreditamos no trabalho e no empenho

como fonte de educação, de realização pessoal, de convívio e de melhoria permanente da qualidade de

vida pessoal e social.

Família

Conscientes de que a família tem um papel fundamental no próprio crescimento, promovemos a

estabilidade dos laços familiares na responsabilidade e no dom recíproco, segundo uma visão

antropológica cristã.

Concretizamos o ato educativo como uma vivência em que a criatividade, a subjetividade, a dimensão

emocional e afetiva, o diálogo, a amizade e a alegria de viver se contextualizam em ambiente de

família: acolhendo e valorizando positivamente a pessoa e acompanhando-a na construção de um

projeto de vida mais humano e feliz.

Cidadania e solidariedade

Trabalhamos na construção de um mundo mais solidário e justo, mediante uma partilha de bens com

os mais desfavorecidos, a valorização do diálogo intercultural e a cidadania responsável e democrática.

Comprometemo-nos a superar as atitudes individualistas, valorizando a sobriedade de vida e o

voluntariado local e internacional, como forma de contribuir para a uma sociedade mais humana e

fraterna.

Integridade e honestidade

Acreditamos na visão positiva do ser humano e no seu potencial de desenvolvimento. Educamo-nos e

educamos, acreditando na capacidade de cada um em construir o seu projeto de vida a partir de

relações integras, honestas e fraternas.

Respeito e autonomia

Respeitamos os direitos e liberdades de cada grupo e, em particular, de cada pessoa, proporcionando

experiências que ajudem a desenvolver progressivamente a autoestima, a autonomia pessoal, o

sentido crítico, a responsabilidade, a gestão positiva dos conflitos e o compromisso com o

desenvolvimento sustentável. Educamos, também, ao sentido de beleza presente em toda a criação.

Empenho e exigência

O clima da escola salesiana defende igualmente o valor do trabalho, do empenho pessoal em cada

tarefa, da exigência no sentido de levar cada aluno a dar o melhor de si mesmo, potencializando as

qualidades e competências que cada um possui.

3.4. Política da Qualidade

As Filhas de Maria Auxiliadora, no âmbito do sistema de qualidade, compromete-se a:

12

Promover a satisfação dos seus clientes, procurando ir ao encontro das suas necessidades e

expetativas quanto ao ambiente educativo e socioeducativo em que o ato de educar e formar se

concretiza;

Melhorar continuamente os seus processos em prol de uma educação e evangelização de

referência, contribuindo assim para o crescimento integral da pessoa e para a construção do

bem-estar pessoal, familiar e social;

Acompanhar e monitorizar os seus progressos, através de avaliações externas e internas,

prosseguindo critérios de sustentabilidade institucional, social, financeira e ambiental;

Desenvolver, nos seus Centros Educativos e Educativo-Sociais, uma cultura institucional que

estimula o empenho, o envolvimento e o compromisso dos seus educadores para, através da

formação contínua e da qualificação, responder aos desafios educativos, numa sociedade em

permanente transformação;

Cumprir os requisitos legais aplicáveis nos serviços e atividades que desenvolve, e fomentar

ligações e parcerias numa lógica de trabalho em rede de modo a cumprir integralmente a sua

missão.

A presente política da qualidade é divulgada a todos os colaboradores e revista periodicamente de

modo a garantir a sua adequabilidade à instituição.

3.5. Tipologia da escola

O Colégio Laura Vicunha é propriedade do IFMA, cuja entidade titular é a Província Portuguesa de

Nossa Senhora de Fátima. Está sediado na av. 25 de Abril, nº 15, 7080-134, Vendas Novas. É uma

escola privada, católica e salesiana que integra o ensino Pré-Escolar (IPSS), 1º, 2º e 3º ciclos do Ensino

Básico. Como escola privada, está associada à rede de Associação de Estabelecimentos de Ensino

Privado e Cooperativo. (AEEP).

A escola, cujo alvará é o número 2166, goza de autonomia pedagógica para o Ensino Básico a partir da

aprovação dos Estatutos do Ensino Particular e Cooperativo através do Decreto-Lei n.º 152/2013 de

4 de Novembro e o ensino Pré-escolar é uma instituição de segurança social (IPSS). Existem estas duas

valências.

O Colégio Laura Vicunha celebra com o Ministério de Educação o Contrato Simples ao abrigo do

Decreto-Lei n.º 152/2013 de 4 de novembro. Este permite às famílias dos alunos com menores

recursos uma candidatura a um apoio que tem como objetivo a comparticipação no pagamento das

13

mensalidades de frequência. A existência deste contrato obriga, desde logo, a escola a cumprir alguns

requisitos entre os quais se encontram a existência de uma contabilidade organizada com a entrega

dos respetivos balanços anuais e balancetes trimestrais. É feita também uma apresentação periódica

de declarações de não dívida às autoridades tributárias, da segurança social e CGA. Deve ainda a escola

no cumprimento do disposto no número 3 do Despacho nº 24 934/2006, de 31 de outubro, afixar em

local onde possa ser amplamente divulgado um quadro síntese com a indicação do número de alunos,

por escalão, subsidiados pelo Ministério da Educação.

O Externato Maria Auxiliadora - jardim de Infância para as crianças dos 3, 4 e 5 anos – é uma

Fundação orientada pelo IFMA (IPSS), com atividade nas instalações do Colégio.

Desenvolve a sua atividade em conformidade com o Acordo de Cooperação entre o Centro Regional de

Segurança Social do Alentejo, a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares do Alentejo, em

harmonia com a Lei - Quadro da Educação Pré-Escolar (Lei nº 5/97 de 10 de Fevereiro) e as disposições

assinadas entre ambas as partes.

A Educação Pré-Escolar constitui a primeira etapa da educação básica, destinando-se a crianças com

idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso no ensino básico. Rege-se ainda pelo

Decreto Lei nº 147/97 que estabelece o ordenamento jurídico do desenvolvimento e expansão da rede

nacional de educação pré-escolar, definindo o respetivo sistema de organização e financiamento.

O Despacho Conjunto n.º 300/97, de 4 de setembro define as normas que regulam a comparticipação

dos pais e encarregados de educação no custo das componentes não educativas dos estabelecimentos

de educação pré-escolar.

14

3.6. Organogramas

a. Organograma do Colégio Laura Vicunha

Figura 3. Organograma do CLV

15

b. Organograma do Externato Maria Auxiliadora (IPSS)

Figura 4. Organograma do EMA

A Direção é o órgão coletivo, de administração e gestão da Escola nas duas valências. Tem por missão

gerir pedagógica e financeiramente a escola, apoiar a elaboração do PE, RI, e PAA, aprovar e fazer

cumprir os documentos referidos, elaborar o orçamento, bem como acompanhar e monitorizar os

mesmos, segundo a política da qualidade e os princípios do carisma salesiano.

Os seus membros são nomeados pela Provincial do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora em

Portugal.

A Direção é constituída pela Diretora da Escola, Diretora Pedagógico, Coordenador de Pastoral e

Administradora.

Sempre que a Provincial das Filhas de Maria Auxiliadora considere necessário, pode nomear outros

elementos para integrar a Direção.

16

3.7. Comunidade Educativa

Alunos - Os alunos da escola são essencialmente originários do concelho de Vendas Novas, mas

também de Montemor-o-Novo, Montijo e Alcácer do Sal. Embora a maioria dos alunos pertença à

classe média, o CLV é uma escola aberta a todas as classes sociais, mais ou menos favorecidas

economicamente. As turmas são, até ao presente, turmas com um pequeno ou médio número de

alunos como podemos ver na tabela abaixo:

Figura 5. Tabela com a evolução do número de alunos por ano/ciclo de 2010-11 a 2013-14

Professores - O Colégio conta, no presente, com 20 professores habilitados profissionalmente, que

desenvolvem o seu trabalho com competência e rigor, empenhados no sucesso dos alunos. A

estabilidade do corpo docente, a par da sua assiduidade, é uma mais-valia da escola, permitindo o

acompanhamento continuado dos alunos. Os professores participam na formação proposta pela

Instituição, aos diferentes níveis de oferta ou por iniciativa própria. Embora em graus diversos,

identificam-se com a proposta educativa salesiana. Desempenham o seu trabalho com

profissionalismo e grande entrega à missão escolhida.

Encarregados de Educação – Os encarregados de educação que escolhem o Colégio Laura Vicunha

têm diferentes motivações, sendo as mais frequentes a qualidade do ensino e a segurança dos filhos.

2010-11 2011-12 2012-13 2013-14

PRÉ 35 alunos 34 alunos 41 alunos 33 alunos

1º CICLO

1º ano 16 17 14 16

2º ano 14 17 19 17

3º ano 16 13 17 19

4º ano 20 18 13 16

66 65 63 68

2º CICLO

5º ano 20 21 19 15

6º ano 18 18 20 18

38 39 39 33

3º CICLO

7ºano 11 16 15 19

8ºano 10 9 17 15

9ºano 11 7 08 15

32 32 40 49

TOTAL 170 170 183 183

17

O conhecimento mais consciente do projeto educativo, característico de uma escola salesiana, e a

identificação com o mesmo é diminuto. No entanto, uma boa parte dos encarregados de educação são

também antigos alunos do Colégio, o que significa que reconhecem a sua competência e carisma

educativo (fig. 6), tal como os pais que mantêm mais do que um filho no Colégio (fig. 7).

O diálogo entre escola e família limita-se ao necessário. Existe o atendimento semanal mas, na maior

parte das situações, os encarregados de educação comparecem apenas quando solicitados ou em

situações pontuais.

Figura 6. EE antigos alunos Figura 7. EE e o número de filhos no Colégio

Pessoal administrativo e auxiliar – O pessoal administrativo desempenha o seu trabalho com

eficiência e rigor, na dependência da sede e Direção da Escola, atento às mudanças impostas por

legislação; o pessoal auxiliar, nas diferentes situações do quotidiano, está atento ao maior bem dos

alunos e da escola, mantendo boas relações com todos os outros elementos da comunidade educativa.

3.8. Estruturas físicas

As instalações onde atualmente funciona o Colégio Laura Vicunha constam de edifícios construídos por

diferentes fases e não de uma só vez.

O bloco central e principal consta de três pisos e foi construído em duas fases:

Piso 0

Hall com prateleiras de apoio às mochilas dos alunos do 2º e 3º ciclos

2 salas do Pré-Escolar, precedidas por hall e corredor de comunicação; sanitários ao serviço deste

setor.

Bar e armazém de alimentos; papelaria e anexos de apoio; duas salas de música.

Piso 1

A comunicação entre o piso 0 e o piso 1 é feita por uma escadaria com corrimão que permite a ligação

entre os dois pisos de construção mais antiga.

Este é o edifício central que tem:

Antigos Alunos

Pais AA 8

Pai ou Mãe AA 33

Total 41

Número de filhos

a frequentar o

colégio

Encarregados de

educação

2 filhos 37

3 filhos 11

4 filhos 1

18

Cinco salas de aulas;

Sala de informática, gabinete química e outro de física e ciências naturais;

Receção, serviços administrativos, reprografia;

Gabinete da diretora pedagógica, sala de atendimento, gabinete de psicologia, capela;

Arquivo;

Cozinha e refeitório;

Serviços sanitários;

Vestiário das funcionárias.

Há uma escadaria interna, que desce a um piso inferior, onde encontramos:

Sanitários dos alunos;

Hall que comunica com o exterior e com salas;

Salas de EV e ET para o 2º ciclo;

Sala de EV para o 3º ciclo (com saída para o pátio);

Piso 2 – este piso superior é residência da comunidade religiosa.

O Gimnodesportivo, balneários e sanitários são construções posteriores (década de 1980), sendo o

pavilhão quase totalmente reconstruído no ano de 2009. Situam-se ao fundo do pátio exterior.

O edifício do primeiro ciclo é a construção mais recente: data de 2003. Tem dois pisos, com três salas

em cada um deles. No piso do rés-do-chão, funcionam o 1º e 2º ano anos e ainda a biblioteca da escola

na sala central; no piso superior as salas do 3º e 4ºanos com uma sala polivalente.

Em ambos os pisos, que comunicam por uma escadaria em mármore, existem sanitários para alunas,

alunos e professores bem como uma sala para reuniões e outra para atendimento aos encarregados de

educação.

Os espaços exteriores são amplos: um pátio de grandes dimensões para o 2º e 3 º ciclos, dois pátios

para o 1º ciclo (futebol e polivalente com tabelas de basquete), estruturas para o 1º ciclo e estruturas

para o Pré-Escolar. Existe uma grande área de quinta, com terreno cultivável, que já permitiu

experiências pedagógicas.

19

O que sabemos dos lugares é coincidirmos com eles durante um certo tempo no espaço que são.

O lugar estava ali, a pessoa apareceu, depois a pessoa partiu, o lugar continuou,

o lugar tinha feito a pessoa,

a pessoa havia transformado o lugar.

José Saramago

Vendas Novas é uma cidade portuguesa situada no distrito de Évora. Integra a região do Alentejo e

sub-região do Alentejo Central, contando com uma população residente estimada9 de 11 827

habitantes (INE, 2012). A sua densidade populacional é consideravelmente superior à média regional,

pois regista 54,3 habitantes/Km2 (INE, 2011),ante os 23,6 habitantes /Km2 fixados no Alentejo.

Enquadramento do Município de Vendas Novas a nível nacional e regional

Figura 8. Mapa nacional/Região do Alentejo/ Vendas Novas na sua região.10

9Cf. INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA [INE] – Estimativas de população residente em Portugal a 31 de Dezembro

de 2012 nos Municípios. Lisboa: PORDATA/INE, 2012. [Em linha].[Consult. 12 Mar. 2014]. Disponível em: <URL:http://www.pordata.pt/Municipios/Populacao+residente++estimativas+a+31+de+Dezembro-120.>. 10 Cf. CÂMARA MUNICIPAL DE VENDAS NOVAS [CMVN]– Carta Educativa de Vendas Novas. Vendas Novas: CMVN, 2006. [Em linha]. [Consult. 12 Mar. 2014]. Disponível em

4 Caracterização do meio

envolvente da escola

20

4.1. Perspetiva histórica: as raízes

A oportunidade da localização de Vendas Novas vem definindo, marcadamente desde o séc.XVI, a

identidade e atividade locais: no passado, a circulação real, militar, de dignitários de Estado e de

comerciantes, fazia-se já através de Vendas Novas, rumo ao sul do país e à fronteira espanhola, por

caminhos coincidentes com a estrada nacional que hoje atravessa a cidade. D. João III teve importância

decisiva para este facto, outorgando o estabelecimento de uma Posta Sul, e uma sede da dita em Aldeia

Galega (atual Montijo). Em 1526, foi então aberto caminho entre Aldeia Galega e Montemor-o-Novo, o

qual facilitou a travessia de uma vasta charneca, até aí fundamentalmente utilizada como território de

pastoreio e caçada. Neste caminho, no centro do que hoje é a cidade de Vendas Novas, foi, então, por

ordem régia aliada à iniciativa local, mandado erigir um local de estalagem (então designada venda).

Anos mais tarde, D. João V mandaria construir nesta zona um paço real, atualmente em processo de

classificação pelo IGESPAR. Tal edifício, erguido por ocasião dos casamentos da princesa D. Maria

Bárbara com o futuro monarca espanhol D. Fernando VI, bem como da união do futuro rei D. José I com

a princesa espanhola Mariana Vitória, cumpria o objetivo de servir como pousada para as deslocações

reais da (e até à) fronteira espanhola. A povoação de Vendas Novas cresceu, pois, em redor e função de

tal palácio, numa zona de terreno fértil, que ainda hoje preserva essas características. O Palácio das

Passagens teve, subsequentemente, várias utilizações, albergando no último século e meio a Escola

Prática de Artilharia.

Outros bens patrimoniais11 de valor cultural, indissociáveis da identidade local12, são também: a

Capela Real (junto ao Palácio Real, séc. XVIII);a Capela de S. Fernando (hoje denominada Igreja de

Santo António do Outeiro, o seu único imóvel já classificado); o Palácio e Capela do Vidigal (séc. XIX); a

Igreja de Nossa Senhora da Nazaré, na Landeira (séc. XV), e a Capela do Monte Velho da Ajuda (sécs.

XVII/XVIII).Em Vendas Novas, existem ainda alguns pontos de interesse arqueológico que remetem

para uma ocupação humana mais remota, nomeadamente: a estação paleolítica da Bica-Fria; a estação

romana da sesmaria de Cuncos; as Ferrarias da Lavra de Maio e do Quintal de Henrique Rosa (na

Landeira) e contam-se também duas estações medievais (no olival de Amieira e nas terras frias, na

Landeira).

Em 7 de Setembro de 1962, a vila conquistou independência em relação a Montemor-o-Novo, com a

criação do concelho de Vendas Novas. Este passou a contar com as freguesias de Vendas Novas e

Landeira, dispondo de sete aglomerados urbanos (Vendas Novas, Landeira, Bombel, Afeiteira,

Piçarras, Nicolaus e Marconi). O município possui 222,51 km²de área, sendo limitado a leste pelo

<URL:https://www.cm-vendasnovas.pt/NR/rdonlyres/0000561b/tuylzpizimruzbxkhzqzctwlhbvojhpa/CARTAEDUCATIVA2.pdf>. 11

Cf. DIREÇÃO GERAL DOS EDIFÍCIOS E MONUMENTOS NACIONAIS – Concelho de Vendas Novas. Lisboa: Sistema de Informação para o Património Arquitetónico [SIPA], 2014. [Em linha]. [Consult. 12 Mar. 2014]. Disponível em: <URL:http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPASearch.aspx?id=0c69a68c-2a18-4788-9300-11ff2619a4d2>. 12Cf. AAVV – Portugal Património. pp.324-327.

21

município de Montemor-o-Novo, a sul por Alcácer do Sal, a oeste por Palmela e, a noroeste, pela parte

oriental do Montijo.

Em 1993, a Vila de Vendas Novas foi elevada a Cidade, tendo vindo progressivamente a afirmar-se

como um dos principais polos urbanos do Alentejo Central.

4.2. Demografia e outros indicadores de desenvolvimento

De acordo com os dados definitivos13 do último recenseamento geral da população, efetuado em 2011,

a região do Alentejo tem como residentes 757,302 mil pessoas, sendo 48,4% homens e 51,6%

mulheres. Persiste o Alentejo, pois, como a área mais despovoada do país, apesar de representar acima

de um terço do território nacional, a região alberga apenas 7,2% da sua população. É, ainda, a região

mais envelhecida de Portugal, com 24,1% da população com 65 e mais anos, ante uma média nacional

de 19%.

Em 2011, apenas 11 dos 5814 concelhos do Alentejo viram aumentara sua população residente. Vendas

Novas foi um deles, com um crescimento de 1,88%. Para além da população, que passou de 11619 (em

2001) para 11846 (em 2011), também cresceu o número de famílias, que de 4404 aumentou até 4726.

O edificado evoluiu também, positivamente, de 4815 para 5238, e os alojamentos, que registam mais

700 unidades, cresceram de 5734 para 6434.

Constata-se, assim, que numa década marcada por fortes constrangimentos económicos e financeiros –

em particular a sua segunda metade –, os quais afetaram fortemente os fatores de desenvolvimento

local, incluindo as autarquias, Vendas Novas conseguiu fixar população e empresas, dando

continuidade a um processo de crescimento já manifestado em 2001, momento em que se apresentou

como o concelho que mais cresceu em todo o Alentejo (11%, entre 1991 e 2001).

Figura 9. Demografia do concelho (1970-2011)

Fonte: INE

O concelho possui uma rede viária com extensão superior a 90km. Através da autoestrada A6,que está

no centro nevrálgico da ligação a Norte (A13) e a Sul (A2) do país, é possível acederá rede nacional de

auto estradas, bem com à rede europeia, em excelentes condições.

13Cf. INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA [INE] – Censos 2011: Resultados Definitivos. Aplicação interativa. (Nuts II

Alentejo Central; Município). Lisboa: INE, 2012. [Em linha]. [Consult. 12 Mar. 2014]. Disponível em <URL:http://www.ine.pt/scripts/flex_definitivos/Main.html> 14Cf.INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA [INE]–Portugal (Des)Continuidades Demográficas. Que (des)continuidades no Sul? Lisboa: 2011. [Em linha]. [Consult. 12 Mar. 2014]. Disponível em <URL:http://www.apdemografia.pt/ficheiros/74717983.pdf>

População do concelho de Vendas Novas (1970 – 2011)

1970 1981 1991 2001 2011

8 587 10 933 10 476 11 619 11 846

22

Vendas Novas localiza-se a 70km de Lisboa; a 50km de Évora e 130km de Espanha; a 70 km de

Santarém (com ligação à A1/Porto) e a 35km de Setúbal. Em acréscimo, o concelho de Vendas Novas

beneficia da proximidade e fácil acesso ao porto de Lisboa, aos portos marítimos de Setúbal e Sines,

bem como aos principais mercados de produção, de consumo e infraestruturas logísticas nacionais e

internacionais. A rede ferroviária representa também um importante meio de comunicação, tendo

principal peso o transporte de materiais e mercadorias (de e) para a área industrial do concelho.

O desemprego em Vendas Novas tem vindo a diminuir face à média do país. Segundo o índice de

desemprego registado nos Centros de Desemprego do IEFP, entre 2001 e 2005, o desemprego

observado em Vendas Novas que correspondia a 70% da média do continente em 2001, reduziu para

60% em 2005. De salientar que, em 2001, Vendas Novas já apresentava uma boa situação face ao

desemprego, registando, nesse ano, segundo os dados censitários do INE, a segunda menor taxa de

desemprego dos concelhos do Alentejo Central (5,7%), apenas superada pela taxa de desemprego de

Évora (5,1%).

4.3. Caracterização socioeconómica e cultural

Na região, a população que se encontra inserida no mercado de trabalho aproxima-se dos trezentos

milhares15. A taxa de emprego é, no presente, a menos expressiva do país (47,3%) e a de desemprego é

superior à média nacional, atingindo os 17,2%, no segundo trimestre do ano de 2013. A região

apresenta ainda a maior taxa de desemprego feminino (com 19,3%). Os jovens são, de modo especial,

afetados pelo desemprego nesta região: cerca de 44% dos jovens com menos de 35 anos encontravam-

se desempregados no 2º trimestre de 2013.A maior parte do território alentejano é dedicada à

agricultura (aliada, em regra, à criação de gado). Esta regista uma cada vez maior especialização e

mecanização, facilitada pela maior dimensão das explorações agrícolas na região (a qual atinge, de

momento, uma dimensão média de mais de 60 hectares).Assim sendo, as atividades no sector agrícola

representam cerca de 13,2% do emprego na região. Em contrário, o Alentejo é uma das regiões

portuguesas em que o setor secundário apresenta menor dinamismo (apenas 21,1% da população

empregada). Verifica-se, porém, um certo nível de especialização industrial, diretamente associado aos

ramos agroalimentar (fabrico de queijo, vinhos e fumeiros, com certificação DOP), de produtos

químicos e derivados do petróleo (estes últimos associados ao complexo industrial de Sines),

componentes para automóveis e aviões e componentes eletrónicos. No total, as Indústrias

transformadoras representam 12,2% da população empregada e, entre o 2º trimestre de 2012 e de

2013, registaram um ligeiro acréscimo de emprego.

Atualmente, em Vendas Novas, a existência de empresas de alguma dimensão– as quais concentram

uma grande parte do emprego concelhio – e que apresentam um perfil fortemente exportador

15Cf. EURES – Informações sobre o Mercado de Trabalho: Alentejo. Bruxelas: Comissão Europeia, 2013. [Em linha]. [Consult. 12 Mar. 2014]. Disponível em <URL:https://ec.europa.eu/eures/main.jsp?lang=pt&acro=lmi&catId=437&countryId=PT&regionId=PT1>.

23

(fazendo em alguns casos parte de grupos internacionais), tem tido impacto direto na vida local. O

peso das empresas com presença de capital estrangeiro é superiora25%, estando francamente acima

da média nacional. O município continua a deter importante atividade industrial, dispondo de um

Parque Industrial e Empresarial. Constata-se, pois, a dupla identidade rural/urbana de Vendas Novas,

expressa, por exemplo, nas diferentes feições das suas duas freguesias: se, por um lado, Landeira se

evidencia predominantemente rural, Vendas Novas afigura-se mais urbana e industrial,

concentrando em si mesma grande parte da população do concelho. A atratividade da região a novos

moradores, como espaço para investir, trabalhar e estudar, encontra-se condicionada por uma oferta

limitada, em termos de quantidade e diversidade, ao nível de um conjunto de serviços (como por

exemplo, oferta hoteleira, cobertura médica e equipamentos de saúde, bem como alguns serviços às

empresas).

As empresas de maior escala localizadas em Vendas Novas dedicam-se a atividades relacionadas com

material de transporte, observando-se forte relevância de instalações de produção elétrica e

eletrónica, de indústrias extrativas e agroalimentares. Outro dos setores que apresenta importância

considerável em Vendas Novas é o setor corticeiro, predominando no território, dada a mancha

considerável de montado de sobro, um conjunto importante de empresas pertencentes à fileira da

transformação deste recurso.

O concelho onde nasceu e permanece o Colégio Laura Vicunha é – em conclusão e a um tempo –

lugar de passagem e fixação.

4.4. Realidade escolar

A nível educativo, o concelho de Vendas Novas tem uma limitada oferta escolar, que se traduz num

reduzido número de estabelecimentos escolares do ensino público e privado, os quais ministram

desde a Educação Pré-Escolar ao Ensino Secundário. O número de estabelecimentos de ensino privado

no concelho é muito pouco significativo.

No concelho de Vendas Novas, existem nove estabelecimentos com valência de creche e/ou pré-

escolar: a Associação Amigos da Landeira (creche e pré-escolar); a Associação 25 de Abril (creche e pré-

escolar);Renascer de Bombel (creche); Santa Casa da Misericórdia (creche);Jardim de Infância Monte

Branco (pré-escolar);Jardim de Infância da Afeiteira (pré-escolar); Consigo – Cooperativa de Ensino e

Solidariedade Social (creche); EB1 nº2 de Vendas Novas ou Centro Educativo (pré-escolar) e Colégio

Laura Vicunha (pré-escolar).

No que respeita ao 1º ciclo, há oito estabelecimentos de ensino no município: EB1 dos Campos da

Rainha; EB1 Foros da Misericórdia; EB1 nº 1 e nº2 ou Centro Educativo;EB1 do Monte Branco; EB1 dos

Campos dos Infantes;EB1 da Landeira e Colégio Laura Vicunha.

24

Relativamente ao 2º e 3º ciclos, existem três estabelecimentos de ensino, a saber, EB de Vendas Novas

nº1, Escola Secundária de Vendas Novas e Colégio Laura Vicunha. A Escola Secundária e a Associação

Técnico-Profissional D. Carlos I constituem a oferta existente relativamente ao ensino secundário.

O gráfico abaixo apresentado ilustra o número de alunos matriculados nos diferentes níveis de ensino,

nos anos de 2009, 2010 e 2011.

Alunos matriculados nos ensinos pré-escolar, básico e secundário

Figura 10. Alunos matriculados nos diferentes níveis de ensino de 2009 a 2011

Fonte: PORDATA, 2013.

Deve salientar-se que nos últimos três anos, de 2009 a 2011, houve um decréscimo de alunos

matriculados em todos os níveis de escolaridade, exceção feita ao ensino secundário, onde se verificou

uma ligeira evolução.

De acordo com os dados escolares fornecidos pelo município de Vendas Novas, podemos observar o

número de alunos matriculados nos ensinos pré-escolar, básico e secundário no concelho no ano letivo

2012-2013. Comparativamente com os dados referentes a 2011, denota-se uma diminuição do número

de alunos inscritos em todos os níveis de ensino, exceto no Pré-escolar, onde se registou uma ligeira

subida.

Existem, também, dois estabelecimentos de ensino no concelho de Vendas Novas que promovem

cursos profissionais: a Escola Secundária de Vendas Novas e a Associação Técnico Profissional Dom

Carlos I, também designada por Escola Agrícola. No corrente ano letivo, 2013-2014, a oferta ao nível do

ensino profissional na Escola Secundária é a seguinte: Curso Profissional de Informática de Gestão;

Curso Profissional de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos e Curso Profissional de Técnico

de Apoio à Atividade Desportiva. Embora existam outras áreas, nem sempre o número de alunos é

suficiente para iniciar novos cursos, o que tem por consequência a deslocação de muitos alunos para

fora do concelho em busca de alternativas.

25

Na Associação Técnico Profissional Dom Carlos I, o curso a decorrer é o de Técnico de Produção

Agropecuária, destinado a jovens com o 9ºano que pretendam equivalência ao 12ºano.

Número de alunos matriculados - ano letivo 2012-2013

Pré-escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundário

Regular Profissional

328 512 270 411 287 120

Figura 11. Número de alunos matriculados no ano letivo de 2012-13

Fonte: CÂMARA MUNICIPAL DE VENDAS NOVAS, 2013.

Relativamente ao Colégio Laura Vicunha, este situa-se numa zona de grande densidade estudantil,

próximo de duas escolas públicas: a Escola Básica nº 1 de Vendas Novas e a Escola Secundária,

atualmente agregadas num Mega Agrupamento.

Importa ainda referir que a taxa de analfabetismo passou de 13%, em 2001, para 8,2%, em 2011. De

forma conexa, a taxa de iliteracia é bastante elevada nos cidadãos com mais de 60 anos, prevendo-se a

manutenção da tendência de melhoria neste índice, consequência da natural substituição de gerações.

Existe, em suma, uma oferta de oportunidades de formação ao nível do ensino e/ou formação

profissional a incrementar.

26

“Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.

Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido de outras etapas que precisamos de viver…”

Fernando Pessoa

O Colégio Laura Vicunha é uma escola dotada de uma organização e filosofia educativa próprias, tendo

como objetivo uma cultura de qualidade. É igualmente uma escola que se pauta pelo sucesso escolar.

Tendo em vista analisar esta situação, apresentam-se abaixo os resultados referentes ao último ano

letivo 2012/2013.

5.1. Resultados da avaliação interna

1º CICLO

Os gráficos que se seguem apresentam classificações nas disciplinas de Português, Matemática e

Estudo do Meio, obtidos pelos alunos que constituíram o grupo do 1º, 2º e 3º anos no ano letivo 2012-

2013 .Estes valores resultaram da média anual das classificações obtidas nas fichas trimestrais. As

referidas fichas tiveram, como resultados classificatórios, percentagens que variam entre 0 e 100, de

acordo com a seguinte distribuição: Fraco (0-19); Não Satisfaz (20-49); Satisfaz (50-69); Bom (70-89)

e Muito Bom (90-100).

1º ANO

5

Diagnóstico da situação atual

Figura 12. Classificações na disciplina de Matemática

27

2º ANO

Figura 13. Classificações na disciplina de Português

Figura 14. Classificações na disciplina de Estudo do Meio

Figura 15. Classificações na disciplina de Matemática

28

3º ANO

Figura 16. Classificações na disciplina de Português

Figura 17. Classificações na disciplina de Estudo do Meio

0

1

3

6

7

Fraco N. Satisfaz Satisfaz Bom M. Bom

Figura 18. Classificações na disciplina de Matemática

29

0

23

4

9

Fraco N. Satisfaz Satisfaz Bom M. Bom

0 0

23

12

Fraco N. Satisfaz Satisfaz Bom M. Bom

Na disciplina de Matemática, a percentagem de negativas é ligeiramente superior à que se registou na

disciplina de Português. Na disciplina de Matemática ,a classificação mais frequente é o BOM,

seguindo-se o MUITO BOM.

A maioria dos alunos destas turmas obteve uma classificação positiva (acima dos 50%) na disciplina

de Português, havendo a registar apenas dois alunos com resultados negativos. As classificações de

BOM e MUITO BOM são aquelas que representam a maioria dos resultados dos alunos, como é visível

nos gráficos.

O Estudo do Meio é a disciplina em que se regista uma menor percentagem de negativas, representa

apenas um aluno. O BOM e MUITO BOM são as classificações mais frequentes.

Não se referem os resultados internos do 4º ano pelo facto de se apresentar a avaliação externa

mediante os resultados das provas finais.

Figura 19. Classificações na disciplina de Português

Figura 20. Classificações na disciplina de Estudo do Meio

30

Para além da representação do que consideramos sucesso nestas disciplinas, o currículo do 1º ciclo

integra, desde o 1º ao 4º ano, o Inglês, a Expressão Musical, a Expressão Físico-Motora, a Expressão

Plástica, EMRC e a coadjuvação com os professores que lecionam no 2º e 3º ciclo.

2º CICLO

Na turma de 5°ano, disciplinas de Inglês e de História e Geografia de Portugal, o nível 2 obtido pela

turma foi de aproximadamente 10%. Nas restantes disciplinas, nenhum aluno obteve nível 2.

Relativamente às disciplinas de Português e Inglês, a percentagem atribuída ao nível 4 é de

aproximadamente 60%. Quanto às áreas excedentes, o nível 4 encontra-se dentro do intervalo dos 40

a 50 %.

Figura 22. % de níveis no 6º ano

Figura 21. % de níveis no 5º ano

31

Na turma do 6° ano, o nível 5 está entre os 40 e 70 % nas disciplinas de EV, EM, EF, ET, EC e EMRC. O

nível 4 oscila entre os 20 e 40% em todas as outras. O nível 3, nas disciplinas de Português, Inglês,

História e Geografia de Portugal, Matemática e Ciências Naturais, varia entre os 30% e 40%

aproximadamente. O nível 2 é de, sensivelmente, 20% nas disciplinas de Matemática e de História e

Geografia de Portugal.

3º CICLO

Fig. 16 -% de níveis no 9º ano

Figura 23. % de níveis no 7º ano

Figura 24. % de níveis no 8º ano

32

Na turma do 7° ano, o nível 4 varia entre 10 e 40 % em todas as disciplinas. O nível 5 está entre os 40 e

90 % nas áreas de EV, EM, EF, ET, EC e EMRC. Em ET, EF, EC, EMRC e Oferta de escola (Música),os

alunos não obtiveram níveis 2 nem 3. Nas restantes disciplinas, a percentagem dos níveis 3 atribuídos

varia entre 10 e 30 %. Apenas nas disciplinas de História e Geografia foram atribuídos níveis

negativos.

O nível 5 auferido nas disciplinas de Português, Inglês, Francês, História , Geografia, Matemática,

Ciências e Físico-química varia, aproximadamente, entre os 10% e os 20 %. Também nestas disciplinas

o nível 3 varia entre 30% e 50%.Na turma de 8° ano, em História, foram concedidos níveis negativos.

Na turma do 9º ano, simplesmente na disciplina de Matemática, foram atribuídos níveis negativos. Nas

disciplinas de EV, EF, EC e EMRC não obtiveram níveis inferiores a 5. Nas restantes, os níveis 3 e 4

variam entre 10% e 40% e o nível 5 entre 40% e 50%, aproximadamente.

Figura 25. % de níveis no 9º ano

33

5.2. Avaliação externa

A avaliação externa realiza-se através dos Testes Intermédios, Projeto do GAVE ao qual o Colégio

aderiu desde o início, e das provas finais de ciclo.

a. Testes Intermédios – tal como se comprova pela tabela abaixo, o Colégio aderiu a este Projeto nas

disciplinas com maior impacto nas opções dos alunos no Ensino Secundário, situando-se sempre

acima da média nacional.

Português Matemática Inglês C. Naturais Físico-Química

Nacional 49 32.4 56.3 56.6 47.5

Colégio 74.5 58.8 65.8 58.1 59.1

Figura 26. Comparação dos resultados entre média nacional e Colégio Laura Vicunha

b. Provas finais de ciclo - Nas provas finais do 1º, 2º e 3º ciclos, verificou-se que a média é positiva

em ambas as disciplinas e acima da média nacional.

Figura 27. Gráfico comparativo da média nacional das provas finais do 1º ciclo com a do Colégio

Provas Finais do 6º ano

69%

57%51% 49%

0%10%

20%30%

40%50%

60%70%

80%

Português Matemática

Colégio

Nacional

Figura 28. Gráfico comparativo da média nacional das provas finais do 2º ciclo com a do Colégio

34

Provas Finais do 9º ano

70%

53%47%

43%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Português Matemática

Colégio

Nacional

Figura 29. Gráfico comparativo da média nacional das provas finais do 3º ciclo com a do Colégio.

5.3. Inquirição do grau de satisfação de alunos e encarregados de educação

De salientar que os dados apresentados têm como base inquéritos feitos aos alunos do 9º ano, no ano

letivo de 2012/2013, elaborados pelas Serviços de Qualidade da Melhoria.

O grau de Satisfação Global é de 4,1 numa escala de 5 pontos.

Figura 30. Grau médio de satisfação dos Alunos, por dimensão

Fonte: inquéritos feitos aos alunos pela “Qualidade para a Melhoria”, 2013

O grau de Satisfação Global dos Encarregados de Educação dos estabelecimentos de ensino Externato

Maria Auxiliadora e Colégio Laura Vicunha, tendo por base os inquéritos preenchidos, é de 4,3.

35

Figura 31. Grau médio de satisfação dos Encarregados de Educação, por dimensão

Fonte: inquéritos feitos aos pais pela “Qualidade para a Melhoria”, 2013

Constata-se, pela análise dos resultados, que os Encarregados de Educação estão mais satisfeitos que

os alunos em todas as dimensões. As dimensões nas quais as diferenças são mais acentuadas são as

seguintes: “Informação, Comunicação e Atendimento”, “Serviços, Responsabilidade e Recetividade” e

“Competência Técnica e Pedagógica”. Por sua vez, as dimensões cujos resultados diferem apenas em

duas décimas são a da “Satisfação Global” e a do “Ambiente Educativo.

36

“O único passo entre o SONHO e a realidade é a ATITUDE”

6.1. Objetivos Estratégicos

Eixo Estratégico

Áreas ou atividades consideradas chave para o cumprimento da Missão da organização.

2 Eixos a considerar:

1. Sucesso Educativo e Impacto na Sociedade 2. Sustentabilidade

Sucesso Educativo e Impacto na Sociedade

A essência de uma Escola e de um Centro Educativo-Social é o sucesso educativo e o seu impacto na

sociedade, em termos de desenvolvimento humano, cultural e salesiano.

Sustentabilidade

Um centro educativo ou educativo-social que não seja auto-sustentável, quer a nível financeiro,

económico, educacional e social, institucional e ambiental, não acrescenta valor à sociedade.

Sustentabilidade Financeira: A organização tem capacidade para gerar receitas que cobrem as

despesas e lhe permitem manter e/ou expandir as atividades com vista à realização da sua missão.

Sustentabilidade Económica: Retorno financeiro de uma organização, permitindo o seu

funcionamento de forma efetiva e indefinida.

Sustentabilidade Institucional: Capacidade para assegurar o sucesso da organização a longo prazo e ao

mesmo tempo contribuir para o desenvolvimento económico, educacional e social da comunidade,

para um meio ambiente saudável e uma sociedade estável.

Sustentabilidade Educacional e Social: A organização deve ter a capacidade de manter e desenvolver

os seus próprios colaboradores, assegurar, com sucesso, a educação das crianças e jovens da sua

comunidade e contribuir para a resolução de problemas atuais e/ou antecipação de problemas

futuros.

Sustentabilidade Ambiental: Capacidade da organização dar resposta às necessidades do presente

sem comprometer a capacidade de as gerações futuras darem resposta às suas próprias necessidades,

em termos de ambiente.

6

A Escola que queremos construir

37

6.2. Potencialidades e Constrangimentos

Foi feito um levantamento/diagnóstico das potencialidade e constrangimentos mais evidentes e com

maior incidência na vida da escola por parte dos departamentos, envolvendo todos os professores,

desde o Ensino Pré-Escolar até ao 3º ciclo. Desta análise, resultou a síntese que consta nos diagramas

abaixo.

6.2.1 Recursos Humanos

Docentes e não docentes

Potencialidades

Estabilidade do corpo docente e dos não

docentes, permitindo um melhor

acompanhamento educativo;

Qualificação científica e pedagógica dos

docentes, competência e

profissionalismo por parte de todos.

Elevados índices de assiduidade por

parte do pessoal docente e não docente;

Interesse e acompanhamento aos

alunos por parte de docentes e não

docentes;

Investimento no sucesso das

aprendizagens dos alunos com tempos

de apoio pedagógico acrescido e

atendimento personalizado;

Relação familiar e de proximidade entre

alunos e restantes membros da

comunidade educativa.

Constrangimentos

Reduzido número de professores das

várias áreas disciplinares em virtude da

condicionante de turmas únicas o que

exige maior esforço profissional na

lecionação de diferentes níveis de

ensino.

Nem sempre é visível a identificação

com a proposta de uma escola católica e

salesiana por parte de docentes e não

docentes;

Necessidade de mais formação aos

diferentes níveis, quer seja procurada

pelos docentes/não docentes ou

proposta pela escola.

38

6.2. Recursos físicos

Encarregados de Educação

Potencialidades

Confiança na Escola de um modo global;

Participação nas festas onde os filhos

tomam parte;

Um número significativo de pais

valoriza verbalmente o trabalho

desenvolvido pelos professores e o

esforço da escola na melhoria da

mesma.

Grande adesão no preenchimento do

questionário anual relativo à “Satisfação

da Qualidade”.

Constrangimentos

Desinteresse em tomar conhecimento

da informação enviada pela Escola para

casa, seja por que via for (suporte de

papel ou eletrónica);

Pouco envolvimento dos encarregados

de educação nas atividades,

especialmente do 2º e 3º ciclos;

Dificuldades/desinteresse no

acompanhamento dos alunos por parte

de algumas famílias;

Dificuldades por parte de algumas

famílias em sustentar a ação educativa

dos filhos realizada na escola.

Alunos

Potencialidades

Sentido de pertença à escola;

Confiança nos professores;

Relação de proximidade/familiaridade

entre alunos e restantes membros da

comunidade educativa;

Interesse, da maioria dos alunos, pela

aprendizagem;

Elevada taxa de sucesso;

Adesão aos valores propostos pela

escola por parte da maioria dos alunos.

Constrangimentos

Dificuldades comportamentais

resultantes do modo de ser do próprio

aluno, em parte relacionadas com o

fraco acompanhamento familiar por

parte de algumas famílias ou diferentes

critérios educativos;

Dificuldade na interiorização de valores

uma vez que os mesmos não encontram

continuidade na família.

39

6.2.2. Recursos Físicos

Potencialidades

Salas com muita luz, equipadas com

quadros interativos desde o 1º ao

9ºano;

Escola cuidada, limpa e com boas

instalações;

Bom gimnodesportivo e salão de festas

As infraestruturas e equipamentos estão

de acordo com as normas de segurança;

Serviço de catering para as refeições de

acordo com as normas do HACCP;

Amplos espaços exteriores;

Segurança no espaço escolar;

Boa qualidade ambiental.

Constrangimentos

O isolamento térmico das salas do

2º e 3º ciclos acusa necessidade de

melhoramento o que já está em

curso;

Falta de um espaço coberto que

acolha os alunos, particularmente o

1º ciclo e pré-escolar;

Necessidade de melhoramento do

espaço dos balneários.

40

6.2.3. Dinamização Pedagógica

6.1.3. Meio Envolvente

Potencialidades

Articulação entre o ensino pré-escolar

com o 1º ciclo e, deste, com os outros

ciclos.

O Ensino Pré-Escolar e 1º ciclo

usufruem de áreas de complemento

curricular lecionadas por professores de

outros níveis de ensino, sem aumento

de custos;

Flexibilização do atendimento por parte

da Direção, dos DT e professores

titulares e educadoras;

Qualidade das atividades extraletivas

(Escola de Música, Desporto Escolar e

Classe de Dança);

Boa relação com entidades externas e

existência de algumas parcerias:

Festas e celebrações de cariz religioso e

salesiano bem preparadas e com

criatividade;

Participação nas atividades promovidas

pela autarquia;

Dinamização de um campo de férias -

Verão Bosco.

Constrangimentos

Necessidade de incentivar e orientar a

prática de trabalhos de pesquisa com

normas científicas;

Realização de poucas visitas de estudo

em virtude do distanciamento dos

meios de cultura e ciência;

Necessidade de realizar com mais

frequência exercícios de simulacro

dentro do Plano de Segurança.

41

6.2.4. Meio envolvente

Potencialidades

Os índices de natalidade não são tão

baixos como noutras zonas do país;

A taxa de desemprego não é das mais

elevadas do país;

Relativo distanciamento de outros

colégios privados.

Constrangimentos

Contexto económico agravado com a

situação de crise;

Baixa taxa de natalidade;

Fraco reconhecimento do mérito da

escola.

42

6.3. Áreas De Intervenção – Metas para Os Próximos 3 Anos Tendo em conta que o Projeto Educativo é elaborado para um período de três anos, as intervenções

apontadas assentam no diagnóstico executado com base nos resultados dos inquéritos feitos aos pais e

alunos, nas potencialidades encontradas para as otimizar e nos constrangimentos que se

experimentam para os suprimirmos ou minimizarmos. O critério subjacente é uma visão realista:

propor o que é possível.

Assim sendo, seguem-se as metas.

SUSTENTABILIDADE

1. Promover a imagem do Colégio no contexto urbano do concelho de Vendas Novas e concelhos

limítrofes como estabelecimento de excelência educativa.

2. Aumentar o número de inscrições dos alunos no Colégio, nomeadamente ao nível do Pré-Escolar e

do 1º ciclo.

VALORES

1. Criar na comunidade educativa uma maior consciência e sinergia na educação aos valores e a um

comportamento respeitador e cívico dos alunos.

2. Apelar aos encarregados de educação que desenvolvam uma maior colaboração com a escola na

ação educativa dos filhos e conhecimento do Regulamento Interno e do Estatuto do Aluno e Ética

Escolar, Lei nº 51 de 2012 de 05 de setembro.

3. Desenvolver um ação pastoral e evangelizadora junto de toda a comunidade educativa de modo a

anunciar Jesus Cristo e o seu Evangelho a fim de educarmos os alunos a serem “honestos cidadãos

e bons cristãos.”

DINAMIZAÇÃO PEDAGÓGICA

1. Manter/melhorar os bons resultados internos e externos pautando-se sempre pela exigência e não

pelo facilitismo;

2. Estimular o envolvimento colaborativo dos EE no apoio às aprendizagens dos alunos e ao reforço

dos métodos de trabalho individual;

3. Estimular o trabalho autónomo dos alunos e orientar a prática de técnicas de pesquisa que

permitam a realização de trabalhos científicos.

4. Continuar a organizar e participar em atividades culturais de diferentes âmbitos.

43

FORMAÇÃO

1. Planificar a formação dos docentes e não docentes de modo a qualificar o desempenho dos

mesmos.

2. Planificar também para os encarregados de educação encontros de formação que os ajudam a

orientarem-se e orientar os filhos na sociedade atual.

3. Realizar, pelo menos uma vez por ano, um plano de evacuação de acordo com as medidas de

proteção definidas no Plano de Segurança.

RECURSOS FÍSICOS

1. Concluir o isolamento térmico das salas do 2º e 3º ciclos.

2. Construir um espaço coberto de abrigo e lazer destinado particularmente aos alunos do Pré-

Escolar e 1º ciclo.

3. Melhorar o espaço dos balneários junto ao gimnodesportivo.

44

Verifico, Lucílio, que não apenas me estou corrigindo, antes me estou transformando.

Não garanto, nem sequer espero,

que nada já reste em mim sem necessitar de mudança!

Como não hei de eu ter ainda muito que deva ser refreado ou diminuído ou elevado?

Séneca

7.1. Avaliação do PEE

A avaliação do PEE é um dos seus eixos fundamentais, visto que o estrutura em permanência. Ela está

presente na própria conceção do projeto, uma vez que se partiu da reflexão sobre as avaliações

interna e externa e se definiram as áreas de intervenção e as metas a alcançar.

No entanto, a fiabilidade e a pertinência das componentes do PEE devem ser objeto de revisão cíclica, a

fim de serem validados os suportes ou reforçados/substituídos os pilares que permitem a sua

continuidade. Impõe-se, pois, a monitorização do projeto, ou seja, a recolha de informação sobre o

faseamento das atividades nos seus diferentes aspetos.

A prossecução dos objetivos estratégicos em vista das metas propostas será objeto de revisão anual,

permitindo que as diferentes estruturas e órgãos responsáveis pela sua implementação possam tomar

as medidas corretivas, preventivas e de melhoria que concorram efetivamente para os resultados

pretendidos. A monitorização dos objetivos e metas é assegurada por indicadores de natureza interna

e externa, constituindo-se como contributos relevantes os inquéritos de satisfação aos alunos e

pais/EE às partes interessadas e colaboradores, as auditorias pela tutela e outras entidades que nos

ajudam nesta caminhada da melhoria contínua.

7.2. Divulgação

O Projeto Educativo será divulgado junto de toda a comunidade educativa e de quantos o queiram

conhecer através da página web do Colégio www.colegiolauravicunha.com. Saliente-se o facto de este

também existir na escola em suporte de papel.

Será elaborado um folheto para uma maior e mais fácil divulgação com uma síntese da proposta

educativa aqui apresentada.

7 Avaliação do

Projeto Educativo de Escola

45

46

O Projeto Educativo do Colégio Laura Vicunha, elaborado para os próximos três anos, assenta em

quanto ficou escrito, como seja, o conhecimento da proposta educativa salesiana, dos diferentes atores,

da escola e seus recursos físicos e humanos, do meio onde a escola se situa, do sucesso alcançado, das

suas fragilidades, potencialidades e projetos de ação.

Situamo-nos num meio onde a urbanidade e a ruralidade convivem, onde a oferta de atividades

culturais (exceto o desporto) não é muita. Este poderá ser um desafio para a escola, como, aliás, já o é:

promover a cultura a diferente níveis.

O facto de Vendas Novas ser um concelho do Alentejo onde a baixa de natalidade menos se encontra

acentuada assim como a taxa de desemprego, lança alguma esperança na possibilidade do aumento de

alunos – grande prioridade para o próximo triénio.

Tendo em conta os recursos fiscos da escola (embora haja necessidade de melhorias) bem como os

recursos humanos, nomeadamente a estabilidade, assiduidade e profissionalismo dos docentes, sente-

se a necessidade de mais formação e identificação (por opção própria) com o projeto educativo da

escola católica e salesiana para assegurar e aumentar o sucesso escolar e a formação de pessoas que se

regem por valores universais e evangélicos. Esta é uma outra prioridade.

Há ainda ouros desafios, tais como o de criar uma maior dinamização pedagógica, níveis de maior

sucesso, educação e bom comportamento num trabalho que envolve também as famílias. Ambos nos

devemos pautar pela exigência e não pelo facilitismo.

Concluindo: será a sinergia de pessoas, ideias e projetos que tornará possível a concretização do

Projeto Educativo.

Conclusão

47

48

AAVV – Portugal Património, vol. VI, Lisboa: Círculo de Leitores, 2008.

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COSTA, Jorge Adelino – O Projeto Educativo da Escola e as políticas educativas locais. Discursos e

Práticas. 2ª ed.. Aveiro: Universidade de Aveiro Edições, 2003.

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FONTOURA, Madalena - Projeto Educativo de Escola: realidade ou ficção? Revista da Educação. Vol. X,

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GOVERNO DE PORTUGAL – Diário da República Portuguesa, 1ª série - Nº 79 – 22 de Abril de 2008.

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INSTITUTO FILHAS DE MARIA AUXILIADORA – PROVÍNCIA DE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA. Portal

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Bibliografia e

Recursos Eletrónicos19

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IDEM – Para que tenham vida em abundância: linhas orientadoras da missão educativa

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INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – – Censos 2011: Resultados Definitivos. Aplicação

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IDEM – Estimativas de população residente em Portugal a 31 de Dezembro de 2012 nos

Municípios. Lisboa: PORDATA/INE, 2012. [Em linha]. Consultado em 12 de Março de 2014.

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2011. [Em linha]. [Consult. 12 Mar. 2014]. Disponível em

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Cf.INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA [INE] MATEUS, Augusto, et al. –Vendas Novas 2020: Construir a Sustentabilidade de uma Localização

Privilegiada – Uma Estratégia para 2020; Um Plano de Acção para 2007-2013. Revisão

Intercalar do Plano Estratégico de Desenvolvimento de Vendas Novas[Em linha]. Vendas Novas,

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PAIS, Artur Aleixo– Monografia do Concelho de Vendas Novas. Vendas Novas: Câmara Municipal de

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SUAREZ, Jesús Garrido – Projeto Educativo de Escola [PEE]. Guia para elaboração,

desenvolvimento e controlo do PEE. Lisboa, AEEP, 1999.

50

Mod. FMA15i-001/ Rev.A