Projeto Integrador Lixo Orgânico - Revisão 1

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O PROBLEMA DO LIXO ORGNICO NA CIDADE DE SO PAULO

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Universidade Virtual do Estado de So PauloCurso: Engenharia | Polo: CEU Jaan

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O PROBLEMA DO LIXO ORGNICO NA CIDADE DE SO PAULO

O PROBLEMA DO LIXO ORGNICO NA CIDADE DE SO PAULO

ENGENHARIAPOLO: JaanTURMA: 3 Feira NoturnoMEDIADORA: Liliana Pietro CastilloINTEGRANTES:Allynne dos Santos MachadoIvan Paulo Rodrigues QuadradoJesus Gomes SampaioLuis Ricardo VieiraMarcelo Araujo OlivieriWilliam Haruo TodaENGENHARIAPOLO: JaanTURMA: 3 Feira NoturnoMEDIADORA: Liliana Pietro CastilloINTEGRANTES:Allynne dos Santos MachadoIvan Paulo Rodrigues QuadradoJesus Gomes SampaioLuis Ricardo VieiraMarcelo Araujo OlivieriWilliam Haruo Toda

So Paulo, Agosto de 2014RESUMOEste trabalho analisa a situao atual dos resduos presentes no lixo da cidade de So Paulo.Apresenta a situao atual especificamente dos resduos orgnicos, as formas de disposio e tratamento existentes. Descreve as polticas pblicas de coleta, seleo e destinao final e busca tambm, atravs de uma pesquisa, identificar o grau de conhecimento, envolvimento e pr-disposio da comunidade em relao destinao do lixo orgnico. Nesta abordagem foram levados em conta aspectos tecnolgicos, econmicos e ambientais, mas principalmente aspectos de envolvimento e conscientizao da comunidade.A partir dos dados levantados, bem como da pesquisa junto comunidade, identificou-se o panorama atual, suas vicissitudes e deficincias e pontos de melhoria na tratativa do lixo orgnico para o futuro.

1. INTRODUO E JUSTIFICATIVAUma das caractersticas da nossa sociedade atual o alto grau de consumo e desperdcio.A consequncia deste alto consumo a grande gerao de resduos por habitante. Numa cidade como So Paulo com uma grande concentrao populacional, torna-se cada vez mais difcil a destinao final destes resduos. Faz-se cada vez mais necessrio a intensificao de programas de reciclagem, bem como a conscientizao da populao para este fato. Uma das grandes preocupaes dentre a gerao de resduos o lixo orgnico. Alm de ser o resduo de maior proporo em nosso lixo, necessita um manejo especfico e mais cuidadoso qualquer outro resduo do lixo gerado. O lixo orgnico deve ser tratado como um problema de sade pblica e requer uma ateno mais apurada dos rgos pblicos de vigilncia sanitria. Alm de propiciar a proliferao de microrganismos, parasitas, insetos e animais que podem nos causar diversas doenas, quando dispostos de forma errada podem contaminar pessoas e o meio ambiente atravs da gerao de gases como o metano, sulfeto e pela gerao do chorume. Mesmo sendo to nocivo populao e ao meio ambiente muitas vezes o lixo orgnico no possui um descarte apropriado e nem um plano de reciclagem ou reaproveitamento. Devem-se buscar solues apropriadas para eliminar ou pelo menos minimizar esta situao.A soluo a ser aplicada ao problema do lixo orgnico seria o melhor tratamento e aproveitamento de seu potencial que desperdiado.

2. QUADRO TERICOComo forma de aprofundamento no tema, organizamos o trabalho em trs eixos de pesquisa: o cenrio atual da coleta de resduos orgnicos na cidade de So Paulo; as tecnologias disponveis para o descarte do lixo orgnico e os meios de classificao e separao do lixo orgnico na cidade de So Paulo. Com relao ao cenrio, a cidade de So Paulo, segundo o Portal da Prefeitura, gera em mdia 18 mil toneladas de lixo diariamente (lixo residencial, de sade, restos de feiras, podas de rvores, entulho etc.). S de resduos domiciliares so coletados quase 10 mil toneladas por dia.Dos resduos domsticos, 5.000 toneladas dirias so resduos orgnicos. Estamos falando em cerca de 50% dos resduos que vo para os aterros e podero ser desviados de l se a populao se engajar. A compostagem em domiclio, alm de ser uma ao cidad, tambm uma ao de conscincia ambiental, segundo Silvano Silvrio, presidente da Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana).Quando depositados nos aterros sanitrios, os resduos orgnicos resultam em problemas ambientais, como por exemplo, a formao de chorume txico, que pode infiltrar-se no solo e contaminar a gua subterrnea.O Portal da Prefeitura de So Paulo esclarece que as diretrizes para a gesto de resduos na cidade esto organizadas no Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos da Cidade de So Paulo (PGIRS), documento elaborado de maneira participativa com entidades e cooperativas. Atendendo Poltica Nacional de Resduos Slidos, o plano lanado em abril deste ano estabelece metas e aes na rea para os prximos 20 anos.Leite complementa em seu artigo:A Prefeitura de So Paulo quer reduzir, nos prximos 20 anos, de 98,2% para 20% o volume de lixo gerado pela capital paulista que despejado nos aterros sanitrios. Para atingir a meta, a administrao espera que at 2033 ao menos 30% dos paulistanos tratem dentro de casa os resduos orgnicos domiciliares, que correspondem a 51% das 20,1 mil toneladas de lixo coletado por dia na cidade. (Leite, Fabio. So Paulo quer reciclar e compostar 80% do lixo. 02/04/2014).A necessidade de intensificar as aes de educao ambiental mostra-se evidente para declarao de AbSaber (1991), citado pelo Portal Cened, que considera que a Educao Ambiental constitui um processo que envolve um vigoroso esforo de recuperao de realidades, nada simples. Uma ao, entre missionria e utpica, destinada a reformular comportamentos humanos e recriar valores perdidos ou jamais alcanados.O Portal Cened ainda reitera que imensas quantidades e lixo so produzidos atualmente pela sociedade moderna, sendo desperdiados milhes de toneladas de materiais potencialmente valiosos; e que a conscientizao destes problemas ambientais atravs de uma campanha de linguagem simples com imagens, faro a populao desejar contribuir para a melhoria das condies do meio ambiente e da qualidade de vida. Por outro lado, h fortes crticas ao cenrio atual. Figueiredo afirma que alguns condomnios da cidade de So Paulo esto com dificuldade para manter a coleta seletiva. A ideia pegou, a quantidade de material reciclvel separado do lixo orgnico aumentou, mas a estrutura montada pela Prefeitura para sua retirada domiciliar e triagem nas centrais ficou do mesmo tamanho. Gonalves aponta que a boa vontade da populao, porm, no suficiente para resolver um dos maiores problemas de metrpoles como So Paulo: o destino de seus resduos. Apenas 1% do lixo produzido diariamente na cidade passa pela coleta seletiva da prefeitura. Quando comparado com os sistemas de coleta seletiva de capitais como Curitiba e Porto Alegre, que existem h duas dcadas e atendem 100% da populao, o atual programa paulistano, vigente desde 2003, vergonhoso.Gonalves cita uma boa prtica desenvolvida em Curitiba-PR:Educao ambiental com foco na periferia: Alm de morar em reas onde os caminhes de coleta seletiva no costumam chegar, a populao de baixa renda a que mais carece de educao ambiental. Para reverter esse quadro e acabarem com os pontos viciados de desova de lixo, os chamados morceges, a prefeitura de Curitiba criou 88 pontos de Cmbio Verde. Neles, 4 quilos de material reciclvel podem ser trocados por 1 quilo de alimento normalmente plantados por pequenos produtores da regio metropolitana, que tambm tm seu trabalho estimulado pelo poder pblico. Com isso, a coleta seletiva da cidade atinge o total de habitantes: 1,8 milho. (Gonalves, Daniel Nunes. Reciclagem em So Paulo um lixo, mas h solues. 28/01/2011).Jazzar alerta que os desafios colocados pelo "Plano de Gesto Integrada de Resduos Slidos" (PGIRS) so enormes, pois dependem de muito planejamento, infraestrutura e um trabalho de educao contundente. So Paulo, apesar de estar frente da maioria dos municpios brasileiros no que diz respeito a vrios aspectos do gerenciamento de resduos slidos, tem um desafio ainda maior pela frente, mediante sua complexidade e extenso fsica.Jazzar complementa:Seja voc uma pessoa fsica ou jurdica, um pequeno ou um grande gerador de resduos slidos, voc hoje tem a responsabilidade sobre seu lixo gerado. E os condomnios, compostos de pessoas fsicas e/ou jurdicas, portanto, tm a mesma responsabilidade. Mas que responsabilidade esta? a responsabilidade se separar, armazenar e destinar os resduos adequadamente. (Jazzar, Adriana. Como as novas polticas de resduos chamam os condomnios responsabilidade?).Com relao s tecnologias disponveis para o descarte do lixo orgnico, uma das aes de destaque da Prefeitura o Programa Composta SP que prope a destinao In situ do lixo orgnico domstico. Iniciativa da Secretaria de Servios, por meio da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb) e das empresas concessionrias Loga e Ecourbis, o Composta SP foi idealizado e executado pela empresa Morada da Floresta, que vai selecionar dois mil domiclios de diversos perfis para receber uma composteira domstica e participar de oficinas de compostagem e plantio. Alm de fazer parte de uma comunidade online de troca de conhecimento e experincias, os participantes iro ajudar a gerar informaes e aprendizados que sero utilizados para impulsionar e fomentar a elaborao de uma poltica pblica que estimule a prtica da compostagem domstica na cidade de So Paulo. A campanha inicial encerrou-se com mais de 10 mil inscries em 45 dias de interessados em receber uma composteira domstica.Cada composteira domstica tem capacidade para reciclar de um a dois quilos de resduos orgnicos por dia e pode reduzir metade o volume de resduos gerados por cada famlia. Ao todo, sero compostadas, diariamente, entre duas e quatro toneladas de resduos orgnicos domsticos, o que resultar na reduo do volume destinado aos aterros sanitrios, alm da diminuio dos custos da coleta e dos impactos ambientais. O adubo orgnico produzido pelas composteiras pode ser utilizado tanto em pequenos plantios domsticos e urbanos, quanto em rvores da cidade.Segundo o prefeito, nesta fase inicial, as composteiras sero distribudas em carter experimental, para avaliar os hbitos da populao e formatar o melhor modelo para ampliao da escala do projeto. "Ns estamos iniciando um projeto em So Paulo para cuidar dos resduos orgnicos, que pode ser aproveitado na forma de adubo orgnico, para hortas comunitrias, nos parques e nas praas. A nossa meta diminuir em 20 anos 80% do resduo que vai para aterro hoje e que ocupa espao precioso na cidade, que deveria estar sendo usado para parques ou CEUs conclui Haddad.Em reportagem do Portal Jovem Pan, foi informado que a prefeitura pode incluir as escolas municipais no projeto de compostagem devido grande quantidade de alimentos consumidos pelos alunos. O Portal Catraca Livre noticiou que a Prefeitura de So Paulo pretende criar ainda quatro centrais de compostagem at 2016. Uma feira livre de So Mateus, zona leste, est servindo como testes para o projeto. Todo o lixo orgnico ali produzido deixou de ser enviado para o aterro que fica na divisa com Guarulhos para compostagem no prprio bairro. Os prprios feirantes tm colaborado, descartando os restos de frutas e verduras nas caambas que sero destinadas para compostagem, diminuindo o lixo jogado no cho. Cerca de 40 agricultores da zona leste j esto aguardando o adubo da feira livre de So Mateus, o que pode baratear a produo e o custo final dos alimentos. O programa deve ser expandido a 900 feiras livres em toda a cidade. A meta da gesto Haddad aumentar de 2% para 10% a coleta de lixo reciclado na capital paulista at 2016.Alm da compostagem de resduos orgnicos domsticos ou pblicos, foram observadas alternativas tecnolgicas e economicamente viveis: Segundo Henriques, A busca por tecnologias alternativas para o aproveitamento dos resduos slidos urbanos se mostra como uma ao de extrema importncia devido falta de reas para disposio final dos resduos prximas aos grandes centros urbanos - aonde esses resduos so gerados - ao potencial de aproveitamento energtico apresentado pelo lixo urbano brasileiro e reduo de emisses de gases do efeito estufa. Os motivos apresentados, somados, levaram busca por tecnologias que resolvam essas trs questes, de forma ambientalmente correta, com viabilidade tcnica e econmica. (HENRIQUES, RACHEL MARTINS. Gerao de energia com resduos slidos urbanos: Anlise custo benefcio. IVIG-COPPE/UFRJ.).Existem hoje no mundo 1.483 usinas trmicas que queimam resduos para produzir energia. O Japo lidera o ranking com 800 oitocentas usinas, seguido do bloco europeu (452), China (100), e Estados Unidos (86), afirma Trigueiro no Portal G1.No Brasil, h apenas um prottipo com tecnologia 100% nacional operando no campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundo. a Usina Verde. A plena carga, uma usina como essa capaz de produzir energia suficiente para abastecer 15 mil residncias. Mais do que produzir energia, o grande benefcio da Usina Verde transformar lixo em cinzas. Para cada tonelada de resduo que entra no forno, saem 120 kg de material carbonizado. menos volume e menos peso. Essas cinzas podem ser aproveitadas em calamento ou base asfltica para pavimentao de cidades, ou pode ir para aterros, ocupando 12% da rea que seria ocupada normalmente com todos os resduos sendo destinados, diz Mrio Amato Neto, presidente da Usina Verde.Em outra reportagem do Portal G1, Galvez informa que outra forma de produzir energia a partir do lixo j comea a ganhar escala no Brasil. o biogs. A parte orgnica do lixo, que aquela composta principalmente de restos de comida, podas de rvore ou qualquer resduo de origem animal ou vegetal, leva aproximadamente seis meses para se decompor e virar gs metano, um gs de efeito estufa, de fcil combusto. So Paulo foi a primeira cidade do Brasil a aproveitar o biogs como fonte de energia. Vinte e quatro geradores de alta potncia queimam todo o gs do lixo. As mquinas transformam o biogs do aterro em energia eltrica suficiente para abastecer 35 mil domiclios da cidade de So Paulo.So dois aterros: juntos, o Bandeirantes e o So Joo respondem por mais de 2% de toda a energia eltrica consumida na maior cidade do pas. A queima do biogs ainda gera receitas extras para o municpio. So os crditos de carbono.Galvez comenta em sua publicao Faltam alternativas para lixo orgnico no Dirio do Grande ABC que segundo o professor de Gesto Ambiental da Universidade Metodista de So Paulo, Carlos Henrique de Oliveira, h duas alternativas viveis para grandes centros urbanos: a compostagem, processo de decomposio do material orgnico que resulta em adubo para plantas, e a biodigesto, que acelera essa mesma decomposio e produz gs metano, utilizado para gerar energia. " possvel fazer ambos em larga escala. A diferena o tempo que leva para a matria se decompor: de 2 a 3 dias no caso do biodigestor e cerca de 60 dias para a compostagem."Para Oliveira, importante que o poder pblico pense na questo do lixo orgnico alm do reciclvel, mas a conscientizao tambm precisa partir da populao. "No adianta nada ter destinao correta se o morador no colabora na separao do lixo."Outras alternativas tecnolgicas identificadas foram: Gomes, com a apresentao de um equipamento redutor de resduos orgnicos que reduz de volume os resduos em torno de 83% a 93% da carga inicial e tem um ciclo de trabalho de 18 horas com capacidade para 100 kg de sobras de alimentos. O equipamento encontra-se em uso no Hospital do Corao (HCor-So Paulo).O Portal Bolsa de Mulher apresentou a reportagem Por dia, 700 kg de lixo orgnico de shopping de SP viram adubo que descreve a tcnica da compostagem orgnica, que transforma os resduos orgnicos da praa de alimentao do Shopping Eldorado, em So Paulo, em adubo, nutre uma grande horta que fica no telhado. o nico telhado verde feito com lixo, em todo o mundo, afirma o engenheiro agrnomo e responsvel pelo projeto, Rui Signori, da empresa BioIdeias.Para acelerar o processo de transformao dos resduos em adubo, duas enzimas biopolmeras so utilizadas. O conceito foi criado no centro de estudos de tecnologia da BioIdeias. O processo normal demoraria cerca de 180 dias, o que seria invivel para o shopping. Com a tcnica de acelerao, leva no mximo 15, explica Signori.Foram identificadas ainda outras duas prticas de atividade de compostagem em larga escala:O Portal TV Globo, apresentou a prtica da cidade de So Jos do Rio Preto-SP que tem 400 toneladas de lixo coletadas todos os dias e possui uma central de triagem que separa todo o lixo orgnico do lixo inorgnico. O lixo inorgnico vendido para empresas recicladoras e o lixo orgnico depositado em um galpo para a compostagem e produo de adubo, e depois vendido para os produtores rurais da regio. O processo de compostagem dura 90 dias e so empregados equipamentos que reviram o lixo e auxiliam a sua decomposio. Segundo os tcnicos responsveis, o processo seria otimizado caso o lixo fosse separado j nas residncias, o que ainda no ocorre. So Jos do Rio Preto uma das poucas cidades que cumpre a Poltica Nacional de Resduos Slidos e a nica cidade com nota 10 em compostagem avaliada pela Cetesb. Outras sete cidades tambm fazem a compostagem em larga escala no estado de So Paulo.Outra alternativa de grande escala, desta vez fora da gesto pblica da empresa Tera Ambiental que recebe em Jundia-SP, segundo informao de seu site, resduos orgnicos para tratamento atravs do processo de compostagem termoflica. Com uma rea coberta de mais de 30.000 m, sua planta licenciada no rgo ambiental CETESB (Companhia Ambiental do Estado de So Paulo) e no MAPA (Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento), atendendo a legislao e garantido segurana e qualidade na operao.Com relao classificao e separao do lixo orgnico na cidade de So Paulo, foi localizada a classificao geral de resduos, disponibilizada no site da Ambiente Brasil:A classificao do lixo quanto s caractersticas fsicas:Seco: papis, plsticos, metais, couros tratados, tecidos, vidros, madeiras, guardanapos e tolhas de papel, pontas de cigarro, isopor, lmpadas, parafina, cermicas, porcelana, espumas, cortias. Molhado: restos de comida, cascas e bagaos de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, etc.Quanto composio qumica:Orgnico: composto por p de caf e ch, cabelos, restos de alimentos, cascas e bagaos de frutas e verduras, ovos, legumes, alimentos estragados, ossos, aparas e podas de jardim. Inorgnico: composto por produtos manufaturados como plsticos, vidros, borrachas, tecidos, metais (alumnio, ferro, etc.), tecidos, isopor, lmpadas, velas, parafina, cermicas, porcelana, espumas, cortias, etc. Quanto origem:Domiciliar, Comercial, Servios Pblicos, Hospitalar, "Portos, Aeroportos, Terminais Rodovirios e Ferrovirios", Industrial, Radioativo, Agrcola e Entulho.Caractersticas fsicas do lixoComposio gravimtrica, Teor de umidade e Compressividade.Na pgina 117 do documento PGIRS-2014 - Item VII-2 - Resduos Slidos Orgnicos, consta: "A administrao pblica de So Paulo no faz atualmente o manejo diferenciado dos resduos orgnicos, salvo experincias pblicas pontuais como a coleta seletiva de resduos orgnicos em feiras livres e posterior compostagem, ainda incipiente...".Com essa afirmao foi possvel constatar que em So Paulo no h manejo diferenciado do lixo orgnico, ou seja, no h identificao do resduo, o que demanda a criao e implementao de solues ou alternativas eficazes nesse sentido.3. OBJETIVODiante do problema gerado pelo lixo orgnico, muito se tem discutido em diversas esferas do governo e da sociedade, sobre qual a melhor destinao do lixo orgnico e tambm como reduzi-lo. Desta forma, desenvolvemos esse trabalho com o objetivo de pesquisar o problema gerado pelo lixo orgnico, conhecer o cenrio e os atores envolvidos, estudar e descobrir alternativas e possibilidades no tratamento destes resduos com a utilizao da tecnologia, que possam estar sendo criadas ou que j exista, e propor uma soluo vivel que possam ser aplicada na cidade de So Paulo para eliminao destes resduos orgnicos.

4. METODOLOGIAAs aes e atividades que permitiro alcanar os objetivos mencionados so: Pesquisar por meio de um questionrio acerca do lixo orgnico e identificar o conhecimento da populao sobre o assunto, o envolvimento quanto separao e destinao desses rejeitos e a pr-disposio da comunidade para colaborar e participar de tratativas a fim de reduzir a problemtica do lixo orgnico. Pesquisar a viabilidade quanto ao emprego de tecnologia para a reduo e aproveitamento do lixo orgnico. Levantar e analisar projetos j aplicados ou em fase de teste, que incentivem o reaproveitamento de alimentos, bem como os que estimulam a prtica da compostagem domstica, para assim verificar a adeso da populao e os resultados obtidos. Inquirir quanto identificao do resduo orgnico na cidade de So Paulo.

5. ANLISE DOS RESULTADOSPara conhecer o tratamento dado ao lixo orgnico pelos moradores da cidade de So Paulo, elaboramos uma pesquisa em 07/08/2014, onde os entrevistados foram convidados a responder a quatro perguntas, de onde ns obtivemos os seguintes resultados, conforme os grficos abaixo:

Conforme o resultado tabulado verificou-se que 96% dos entrevistados sabiam o que era lixo orgnico e apenas 4% no sabiam o que era lixo orgnico. Uma porcentagem bastante expressiva, o que demonstra que a identificao do lixo orgnico algo que quase a totalidade das pessoas pode realizar, caso haja uma obrigatoriedade ou um incentivo, separao do lixo orgnico do inorgnico.

Verificou-se que h um empate tcnico entre os entrevistados. Pois 52% no separam e 48% separam o lixo orgnico. Contudo, esse percentual, no retrata somente a inteno ou vontade da comunidade em separar o lixo orgnico. A questo como coleta seletiva, ou uma estrutura apropriada para isso tambm deve ser considerada, j que a simples separao do lixo apenas uma das etapas, que antecedem a coleta e a destinao dos resduos orgnicos.

Das pessoas entrevistas que j fazem a separao do lixo, 82% do lixo so destinados coleta seletiva, e apenas 18% destinado ao lixo comum. Assim, verificamos que o lixo no 100% reciclvel, havendo um percentual de perda que sero depositados em aterros sanitrios. O que podemos identificar que os materiais que so descartados no lixo comum, praticamente so os resduos orgnicos, que na verdade no so materiais reciclveis e desta forma so descartados com destino ao lixo comum.

Um aspecto muito positivo foi verificao de que todos os entrevistados esto dispostos a contribuir de alguma maneira em reduzir o problema do lixo orgnico. O que podemos entender que h uma preocupao da sociedade, alm de muita vontade em eliminar ou pelo menos diminuir o impacto causado pelo lixo na cidade.

Deixamos a ltima para os entrevistados, para que os mesmos pudessem dar a sua sugesto em relao ao problema gerado pelo lixo orgnico. Um grupo pequeno apontou que o problema poderia ser eliminado ou reduzido j na fabricao dos produtos, ou seja, o fabricante do produto j deveria ter essa preocupao. J um grupo, que representou 9% disse que no sabia ou no tinha noo exata de como sugerir uma soluo.Contudo, verificamos que 31% apontaram a coleta como uma sada eficiente para solucionar o problema, outros 30% apontaram a conscientizao e a ampla informao como soluo. Dentre o grupo de informao e conscientizao, tambm foram apontados questo de poltica pblica e incentiva fiscais por partes do poder pblico. E 26% apontaram que a transformao do lixo orgnico em adubo como sendo a soluo mais vivel e eficiente para o problema do lixo orgnico.

6. CONSIDERAES FINAISFoi constatado que uma das caractersticas da sociedade brasileira em geral o baixo grau de comprometimento com a destinao dos seus resduos orgnicos domsticos; em especial nas regies de menor renda.Como consequncia houve a saturao do sistema e hoje o poder pblico tem que desenvolver novas polticas, inclusive responsabilizando os cidados pela destinao dos seus resduos.Por outro lado, dentro do universo de respondentes da pesquisa ora desenvolvida, nota-se uma evidente disposio da populao em contribuir para a soluo do problema do lixo orgnico domstico.Pode-se concluir que os projetos desenvolvidos pela Prefeitura do Municpio de So Paulo, ainda que estejam em fase experimental, tem o potencial de mobilizar parte da populao para aes positivas e que podem servir de modelo de atitude para a disseminao de uma nova cultura com relao gesto dos resduos orgnicos domsticos.Resta saber se programas como o Composta SP, com as composteiras domsticas ou a coleta de resduos orgnicos das feiras livres sero implementados em larga escala a mdio prazo em nossa cidade, possibilitando um melhor aproveitamento dos aterros sanitrios e o aumento de sua vida til. Em paralelo, aes como as do HCor e do Shopping Eldorado, contribuem para um cenrio otimista com relao a aes da iniciativa privada a favor da reduo do lixo orgnico In situ.Definitivamente, a soluo para o problema do lixo orgnico no uma s. A cincia colabora atravs de pesquisas e estudos que nos revelam novas formas de aproveitamento dos materiais, indicando novos processos de descarte, porm, a resposta conscientizao precisa partir da sociedade, pois no adianta nada ter a alternativa de destinao correta se o cidado no colabora na separao do lixo.Precisamos de um processo de educao que garanta um compromisso com o futuro. Envolvendo uma nova filosofia de vida. E, um novo iderio comportamental, tanto em mbito individual, quanto na escala coletiva.

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