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COLÉGIO ESTADUAL DR. CAETANO MUNHOZ DA ROCHA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PANGARÉ - QUITANDINHA - PARANÁ PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO QUITANDINHA 2010

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

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Page 1: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

COLÉGIO ESTADUAL DR. CAETANO MUNHOZ DA ROCHA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PANGARÉ - QUITANDINHA - PARANÁ

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

QUITANDINHA

2010

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................4

2. IDENTIFICAÇÃO E HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO............................................. 5

2.1 Organização da Entidade Escolar

2.2 Estrutura física …...................................................................................................7

2.3 Recursos financeiros..............................................................................................7

3. OBJETIVOS GERAIS............................................................................................ 9

4. MARCO SITUACIONAL .......................................................................................10

5. MARCO CONCEITUAL....................................................................................... 14

6. MARCO OPERACIONAL.................................................................................... 15

7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO P.P.P........................................................... 16

8. REFERÊNCIAS.................................................................................................... 17

9. ANEXOS

ENSINO FUNDAMENTAL:

PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES....................................................................20

PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS...............................................................31

PROPOSTA CURRICULAR DE ED. FÍSICA ............................................................48

PROPOSTA CURRICULAR DE ENS. RELIGIOSO ................................................ 62

PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA …......................................................71

PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA.............................................................. 86

PROPOSTA CURRICULAR DE LING. PORTUGUESA ...........................................96

PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA ....................................................111

PROPOSTA CURRICULAR DE L.E.M. - INGLÊS......................................….........121

ENSINO MÉDIO

PROPOSTA CURRICULAR DE ARTES .................................................................133

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PROPOSTA CURRICULAR DE BIOLOGIA ............................................................146

PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................187

PROPOSTA CURRICULAR DE FILOSOFIA.......................................................... 198

PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA ….............................................................208

PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ....................................................... 214

PROPOSTA CURRICULAR DE HISTÓRIA.............................................................224

PROPOSTA CURRICULAR DE LINGUA PORTUGUESA …................................. 233

PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA...................................................... 243

PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA ............................................................. 253

PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA …................................................. 263

PROPOSTA CURRICULAR DE L.E.M. - INGLÊS.................................….............. 273

PROJETO VIVA ESCOLA ..................................…........................................…..... 282

CELEM..................................…........................................…....................................285

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1. APRESENTAÇÃO

O processo de reelaboração do Projeto Político Pedagógico iniciou-se em

2008, com os professores e funcionários foram feitas reuniões para leitura e

discussões sobre o Projeto. Foram realizadas leituras das DCE's, de

aprofundamento sobre a Escola do Campo, avaliação e reelaboração das

Propostas Curriculares, foi realizada uma pesquisa com as famílias, com o objetivo

de saber o composição familiar, escolaridade, profissão, principal fonte de renda,

eventos que acontecem na comunidade e participação em Projetos Sociais, entre

outros.

A democracia na escola se fundamenta na socialização do conhecimento. A

elaboração do Projeto Politico Pedagógico, da Proposta Pedagógica Curricular está

prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, nos seus

artigos 13,14 e 15.

O processo de construção do Projeto Politico Pedagógico é dinâmico e exige

esforço coletivo e comprometimento, não se resume, somente, à elaboração de um

documento escrito por um grupo de pessoas que se cumpra uma formalidade. É

concebido solidariamente com possibilidade de sustentação e legitimação.

O PPP é um instrumento necessário para a ação e transformação da e na

escola, leva a reflexão sobre a educação, buscando esclarecer as funções e

objetivos da escola, sua inserção na comunidade, seus princípios, valores e política

educativa. Permitindo que a escola identifique seus problemas, seus objetivos a

longo prazo e suas possibilidades de atuação.

O Projeto Político Pedagógico é um documento que não se reduz à

dimensão pedagógica, muito menos ao conjunto de projetos e planos isolados de

cada professor em sua sala de aula, pois, ele nos dá o norte no processo ensino

aprendizagem.

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2. IDENTIFICAÇÃO E HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha – Ensino Fundamental e

Médio, situado em Pangaré, Estrada Principal s/nº, com distância de 10 quilômetros

do centro da cidade de Quitandinha, Pr, e aproximadamente 80 quilômetros da sede

do NRE. Teve sua origem como Escola Rural Municipal Dep. João Leopoldo

Jacomel, pelo Ato Municipal nº 165/81 de 21/12/81, tendo autorização para

funcionamento pela resolução nº 3.393/82 de 29 de Outubro de 1980.

Com terreno doado pelo Senhor José Taborda de Ribas e sua esposa

Cristina Ferreira do Espírito Santo, mediante escritura pública Nº 15243, lavrada em

11 de outubro de 1973, inicialmente a estrutura era em alvenaria com 4 salas de

aula, onde funcionavam turmas de 1ª à 4ª série (antigo colegial). Mais tarde com a

municipalização do ensino, no ano de 1987, a mesma passou a dividir-se em duas

escolas: Escola Municipal Dep. João Leopoldo Jacomel e Escola Estadual Dr.

Caetano Munhoz da Rocha, criada através da Resolução Nº 5.434 DOE de

06/01/1987 e reconhecida pela Resolução 3.276 do DOE de 22/11/1990, passando

por grandes reformas e mantida pelo Governo do Estado do Paraná.

No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio,

estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao Ensino

Médio, passando a denominar-se Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha.

2.1 Organização da Entidade Escolar.

Atualmente a escola atende um total de alunos distribuídos entre o Ensino

Fundamental, Ensino Médio e CELEM, divididos nos períodos manhã, tarde e noite.

TURNOTURMAS

5ª 6ª 7ª 8ª 1ª 2ª 3ª CELEM VIVA ESCOLA

TOTAL

MANHÃ ** ** 16 25 56 40 28 165

TARDE 38 26 18 18 ** ** ** 23 123

NOITE ** ** ** ** 16 12 12 33 73

TOTAL 38 26 34 43 72 52 40 33 23 361

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Quadro geral do Corpo Docente e Funcionários do Colégio Estadual Dr. Caetano

Munhoz da Rocha:

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO HORAS/AU

LA

Adriane Aparecida Iargas Pedagoga Licenciado em

Pedagogia

20

Afonso Roberto Ferreira Diretor História 40Ageane Rogovski Mendes Professora Matemática 17Andreia de Fatima Farago Professora Acadêmica em

Pedagogia23

Ângela Procópio Professora Licenciatura Artes Visuais e História

38

Bernadete Wojcikievicz Professora Licenciatura Ciencias/Matemática

16

Carolina Kaiss Professora Sociologia 6Celia Regina Conterno Agente

Educacional II

Licenciatura em Pedagogia

20

Cleonice Mara Rautte Professora Ciencias 16Claudete Barros Ribas Cardoso

Agente

Educacional II

Letras Português/Inglês

40

Cristiane Terezinha Carvalho Camilo

Pedagoga Pedagogia 20

Dionéia Aparecida Gabardo Fonseca

Agente

Educacional II

Ensino Médio 40

Dorotéia das Graças Gabardo dos Anjos

Professora Letras 15

Edson Luiz Scmidt Professor Educação Física 6Eunice Maria Train Stuy Prof./Pedagoga Normal Superior 16Felipe Iarek Professora Educação Física 3Flora Kmiecik de Souza Pedagoga Pedagogia 20Franciele Regiane Kuzeratski

Professora Acadêmico em Ciências Biologicas

18

Gilvane Santana Pinto Professor Licenciatura Matemática 24Goreti da Luz Gonçalves Padilha

Professora Educação Física 6

Ines Terezinha Pyrychovski Agente Educacional I

Ensino Médio em curso Secretariado

40

Josiane Mendes de Moura Professora Ciências de 1º G c/ habilitação Biologia

16

Jonathan Kleiton Boiano Professor Matemática 4

José Smokovicz Professor CiênciasJosiane Sodré Agente

Educacional IEnsino Médio 40

Josiete Terezinha de Oliveira Rocha

Secretária Tecnólogo em Gestão Pública/Acadêmica de Arte

40

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Juliana Margarida Siqueira Professora Geografia 32Jusciano Renato Malakoski Professor História 3Lucia Liebel de Siqueira Mendes

Professora História 8

Luis Henrique Figura Diretor Auxiliar Educação Física 40Luiz Taborda Pereira Professor Ciências Biológicas 6Maria Jocelia Barrão Professora HistóriaMaiara Parrilha Tel Benk Professora Matemática/Oceanografi

a8

Maike dos Santos Correa Professor Acadêmico em Matemática

1

Maria Ivone da Cruz Professora Letras Português/Inglês 8Marisa Aparecida Miniskowski

Professora Bacharel Assistência Social

4

Rosa de Lima Colaço Agente Educacional I

Ensino Médio 40

Rosemari Lesniovski Gadonski

Professora Pedagogia 8

Roxane Parrilha Tel Professora Ciências Biológicas 8Rubens António da Rocha Professor Desenho e História da

Arte12

Soeli Terezinha Kuchinski Ferreira

Professora Letras Português /Inglês 33

Suelen Janine Ribeiro Professora Acadêmico em Pedagogia

16

Tatiane Karpinski Professora Acadêmica de Letras Português/Espanhol

4

Thays Aparecida de Oliveira Tuchinski

Professora Letras Português/Inglês 22

Tânia Mara Maciel Agente Educacional I

Ensino Fundamental 20

Valdete Maria Alves Bormann

Pedagoga Pedagogia 20

Vanderleia Santos Colaço Professora História 3Vera Lucia Hirt Portela Professora História 15Veronica dos Santos Agente

Educacional IEnsino Médio 40

2.2 Estrutura Física

O Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha, possui uma área de

aproximadamente 5.000 m², tendo 550m² de área construída, encontra-se em bom

estado de conservação, porém necessita de uma pintura em todo o prédio, a

construção é em alvenaria, com instalações elétrico-hidráulicas regular, está

cercada com muro. Tanto o terreno como a edificação do prédio pertencem ao

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Estado ou Fundepar.

Possui atualmente os seguintes espaços:

9 Salas de aula

1 Sala de direção

1 secretaria

1 Sala de professores

1 biblioteca

1 laboratório de informática

1 sala do PROINFO

1 Cozinha

1 Banheiro para professores

1 Conjunto de banheiro masculino

1 Conjunto de banheiro feminino

2 salas de aula em fase de acabamento

1 sala multiuso (em fase de acabamento)

2.3 Recursos Financeiros

O Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha recebe recursos

financeiros provindos de:

- Fundo Rotativo

- Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)

Além da ajuda dos projetos citados a escola também recebe colaborações

espontâneas através da A P M F.

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3. OBJETIVOS GERAIS

A função do Colégio é proporcionar condições de ensino- aprendizagem

nas diversas áreas do conhecimento, possibilitando a compreensão da sociedade

em constante transformação e as complexidades decorrentes destas.

Despertar o interesse pelas particularidades das diferentes disciplinas

valorizandos-as e integrando-as ao seu cotidiano, compreendendo a importância da

unidade do conhecimento científico, reconhecendo a diversidade do currículo

escolar, assim espera-se que os alunos do Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz

da Rocha, exerçam sua cidadania, participem ativamente da vida social e política,

adquiram e ampliem seus conhecimentos, tendo atitudes de solidariedade,

cooperação e conhecimentos das ações praticadas em nosso meio social, tendo

condições de:

Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas

diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar e

de tomar decisões coletivas: com os interesses focados no bem comum.

Questionar a realidade formulando problemas e tratando de resolvê-

los utilizando, para isso, o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a

capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando

sua adequação, na intenção da busca da sistematização e aplicação do

conhecimento construído no decorrer de sua vida.

Conhecer a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro,

regionais e locais, posicionando-se contra a discriminação.

Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do

ambiente, compreendendo e sendo agente multiplicador do respeito ao

meio ambiente, do desenvolvimento sustentável, parcimônia no uso dos

recursos naturais esgotáveis, criando situações que visem conscientizar o

controle e economia destes.

Desenvolver o conhecimento de si mesmo e o sentimento de

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confiança em suas capacidades afetivas, física, cognitiva, ética, de inter-

relação pessoal e de inserção social, para agir, com perseverança na

busca de um conhecimento e o exercício da cidadania, visando o próprio

bem, dos seus pares e de seus diferentes.

Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando

hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e

agindo com responsabilidade em relação a sua saúde e a de outros,

combatendo o uso de drogas e a auto-medicação.

Utilizar as diferentes linguagens: para produzir, expressar e comunicar

suas ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, atendendo a

diferentes intenções e situações de comunicação, usando o bom-senso.

Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos

para adquirir e construir conhecimentos, porém, sem negar sua história de

vida e sua cultura familiar.

Possibilitar a interação entre os segmentos do Colégio Estadual Dr.

Caetano Munhoz da Rocha, bem como verificar o andamento das

atividades, resolução de problemas e ações coletivas através de reuniões

periódicas.

4. MARCO SITUACIONAL

O Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha Ensino Fundamental e

Médio, situado na rua Principal s/nº em Pangaré, Quitandinha, PR, presta serviços

educacionais as comunidades de Doce Fino, Rio da Várzea, Lambari, Quicé,

Cerrinho, Pepes, Pangaré Velho, Pangaré I, Lagoa Verde Cerro Verde I, II e III e Rio

Vermelhinho, sendo todas as localidades atendidas pelo transporte escolar. Divide

seu espaço físico com a Escola Rural Municipal Dep. João Leopoldo Jacomel,

sendo de uso comum: a biblioteca, sala de informática, a cozinha, banheiros, três

salas de aula, sala dos professores e quadra esportiva.

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Segundo o levantamento de dados obtido através do questionário feito com

os pais dos alunos, constatamos que a maioria da população é de baixo poder

aquisitivo, basicamente agrícola, com pouco acesso a informações, onde os pais

não cultivam o hábito do conhecimento através da leitura limitando-se às poucas

informações repassadas pela TV e Rádio.

O número de telefones fixos é muito pequeno, porém quase todas as

famílias possuem celular, embora não tenha cobertura em todas as localidades.

Praticamente todas as famílias possuem rádio, televisão e geladeira,

poucas possuem computadores, a maioria das famílias possuem carro e moto.

A principal atividade é agrícola sendo que os produtos mais plantados são

fumo, feijão, milho, batata salsa, o plantio de verduras vem crescendo nos últimos

anos, sendo o fumo a atividade responsável pelo número de faltas de muitos alunos

que precisam ajudar na época de plantio e colheita, todos os agricultores que fazem

uso de agrotóxicos dizem saber dos cuidados ao utilizá-lo e o destino correto das

embalagens.

Existem poucas atividades de lazer nas comunidades atendidas pelo

Colégio, sendo basicamente Festas do Padroeiro das capelas da Igreja Católica,

futebol entre amigos e rodeio em algumas comunidades, o lazer acaba sendo

sempre visita a familiares e alguns têm o hábito de pescar.

A comunidade em geral é muito religiosa, sendo em sua maioria católica,

mas com um número expressivo de evangélicos, existe o costume das novenas em

família e uma das principais atividades é a participação nas missas e nos cultos.

O índice de evasão e repetência é baixo e a participação dos pais é

considerável, visto que a maioria mora longe e não possui condução própria,

dificultando o acesso ao Colégio, porém tem se notado maior participação e

interesse dos pais em relação a vida escolar de seus filhos.

Os alunos participam de Concursos de Poesias, de Redações, Festivais de

Dança e Jogos Escolares, do Programa Viva Escola, Prova Brasil, ENEM e OBMEP.

O Colégio oferece merenda do Programa Escola Cidadã durante todo o

período letivo, servindo inclusive o desjejum matinal, recebe recursos financeiros

como: Fundo Rotativo, Programa Dinheiro Diretos na Escola, (PDDE) ambos

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destinados à manutenção e conservação da Escola, aquisição de materiais didático-

pedagógicos e de expediente.

A cozinha é pequena, e o mesmo espaço é utilizado para o

armazenamento de uma parte da merenda e preparo da mesma, necessitando de

um espaço maior e de armários para guardar os utensílios da cozinha, visto que os

mesmos ficam expostos; as crianças fazem o lanche em pé, pois o Colégio não

possui refeitório.

O Colégio necessita de mais salas de aulas, sala ambiente, sala de uso

múltiplo, biblioteca adequada e laboratório de ciências para que as aulas possam

ser desenvolvidas plenamente, a falta desses espaços limita a execução de aulas

práticas dificultando a aprendizagem efetiva dos conteúdos.

O espaço físico não é adaptado para atender alunos portadores de

necessidades especiais. Atualmente o Colégio não atende alunos portadores de

deficiências físicas e mentais, porém possui alguns alunos com dificuldades de

aprendizagem, estes são atendidos pelos próprios professores em sala de aula, que

na maioria das vezes sentem dificuldades para atender suas necessidades.

Segundo a LDB, é dever do Estado oferecer atendimento educacional

especializado gratuito ao educando com necessidades especiais, preferencialmente

na rede regular de ensino; (Art. 4º, § 3º).

Quanto aos pais de nossos alunos podemos dizer que as longas distâncias,

meios de comunicação ineficiente e o baixo nível de instrução dificultam a

participação destes nas decisões colegiadas, a maioria estudou até a quarta série,

normalmente as mães têm mais estudo, além transmissão do conhecimento os pais

esperam que o Colégio ofereça uma educação nos moldes tradicionais de ensino e

a possibilidade de conseguir bons empregos.

A participação dos pais na vida escolar dos filhos é fundamental para a

aprendizagem, e participar não significa estar todos os dias na escola ou ensinar o

dever de casa. Os responsáveis pelo educando podem e devem participar da vida

escolar dos filhos, na organização de momentos de estudo diário em casa e

conversando sobre as suas dificuldades de aprendizagem e relacionamento com os

colegas e professores. Para Jorge Visca (1991, p.25)

A criança toma como principal objeto de interação os membros do grupo familiar e as relações dos mesmos entre si e com os objetos, em função de uma escala de

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valores. A frequência, a intensidade e a alternância de tais interações constituem um nível que determina a percepção de mundo.

Os programas sociais do Governo Federal que incentivam a permanência

do aluno no Colégio beneficiam aproximadamente 60% dos alunos com a Bolsa

Família, um pequeno número de alunos frequenta o PETI e o PROJOVEM.

A hora atividade concentrada tornou possível à interação e troca de

experiências, considerando-se um grande avanço na Educação, pois deu

condições para a troca de ideias entre professores e equipe pedagógica, conversas

com pais e alunos, elaboração de trabalhos, planejamento, avaliação conjunta do

desenvolvimento das turmas.

A Proposta Pedagógica Curricular é elaborada pelos professores de cada

disciplina, com o auxílio da Equipe Pedagógica e Direção, seguindo as DCEs, os

critérios estabelecidos pela SEED e o PPP do estabelecimento, porém devido a

rotatividade de professores e a falta de professores habilitados em algumas

disciplinas tivemos dificuldade para uma reformulação mais abrangente.

Os programas de capacitação atendem todos os segmentos da escola

dentro das necessidades específicas através de oficinas e cursos oferecidos pela

SEED.

A avaliação é entendida como um aspecto de ensino pelo qual o professor

estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, dando-lhe

condições para que tome decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de

aprendizagem. Os instrumentos de avaliação são diversificados, podendo ser:

provas escritas e orais, palestras, debates, teatros, trabalhos de pesquisas

individuais e em grupo, produções de textos e cartazes, visando alcançar os

objetivos propostos, ponderando os aspectos qualitativos da aprendizagem, sendo

esta contínua, cumulativa e processual. Os resultados serão expressos por

disciplina, através de notas numa escala de 0 (zero) a 10 (dez), computados

trimestralmente. A apuração para a média anual, para cada disciplina, será realizada

através da seguinte fórmula:

M.A.= 1º TRI. + 2º TRI. + 3º TRI.

3

Através das avaliações o professor detecta as dificuldades dos alunos,

revê a sua metodologia e estabelece novas ações pedagógicas para recuperar

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paralelamente os conteúdos trabalhados. A recuperação de estudos é direito de

todos os alunos, independente do nível de apropriação do conhecimento.

Sistema de promoção:

Será considerado promovido o aluno que obtiver, em cada componente

disciplina, frequência igual ou superior a 75% e média igual ou superior a 6,0 (seis)

O aluno que não obtiver média anual igual a 6,0 (seis), terá seu

desempenho submetido à avaliação do conselho de classe/série.

Sistema de Retenção:

Considera-se retido o aluno que não obteve:

média anual igual ou superior a 6,0 (seis) em cada disciplina;

aprovação, quando submetido ao Conselho de Classe/série;

frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento), durante o

ano letivo, em cada disciplina.

A avaliação, classificação e promoção do educando será de

responsabilidade dos docentes, equipe pedagógica seja em Conselho de Classe ou

reuniões extraordinárias com a Direção, Pedagogos, Professores e o Conselho

Escolar. A avaliação deve ser compreendida como uma consequência, decorrente

de um processo de letramento, análise, reflexão formação do senso crítico e

assimilação do conhecimento, e não como acúmulo de notas para se fechar médias,

é indispensável que após o processo avaliativo o professor identifique as

dificuldades dos alunos e realize a recuperação paralela dos conteúdos trabalhados

a fim de efetuar uma aprendizagem significativa.

Atualmente a escola conta com todas as instâncias colegiadas organizadas

como APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil, trabalhando em prol da

comunidade escolar, dando suporte às necessidades que surgem no contexto

escolar durante o ano.

A organização e distribuição de turmas são realizadas de acordo com a

demanda do Colégio. Em 2010 o Colégio desenvolve o Programa Viva Escola:

“Elaboração de uma Agenda 21 no C. E. Dr. Caetano Munhoz da Rocha”, que tem a

participação de alunos do Ensino Fundamental e Médio no período da tarde e

oferece o curso de espanhol, através do CELEM, no período noturno.

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5. MARCO CONCEITUAL

O Colégio deverá transmitir o conhecimento voltado para a realidade que

está inserida. É uma Entidade que serve a comunidade e sociedade, sem

discriminação, aberta a todos os cidadãos, propiciando-lhes acesso ao

conhecimento, respeitando as individualidades e oferecendo meios para que os

profissionais realizem reflexões e definam as ações que venham de encontro com

as necessidades.

É primordial que o educando perceba a confiança que a família deposita na

escola e valorize suas aquisições e avanços. Ao Colégio compete criar um contexto

favorável à aprendizagem no qual se observe uma interação instrutiva e o

desenvolvimento do educando.

Cabe ao professor desenvolver práticas pedagógicas que estimulem a

reflexão e o comprometimento social, oferecendo uma educação emancipadora,

preocupada com a elevação cultural do educando, partindo do meio vivido e

articulando com a cultura elaborada, elevando-o a um novo nível de compreensão,

resultando na apropriação efetiva dos conhecimentos científicos e filosóficos

historicamente construídos, fazendo com que o aluno leve para sua realidade a

prática do conhecimento adquirido, podendo assim interferir na evolução e

transformação de sua história e da história da humanidade.

Com a crescente produção do conhecimento e o avanço científico e

tecnológico cada vez mais acelerado, faz-se necessário que a escola acompanhe

essas mudanças, que seus profissionais sejam capacitados e procurem atualizar-se

sempre para poderem desenvolver essas práticas no seu trabalho.

O Colégio Caetano prioriza uma educação emancipadora para a

transformação da sociedade, que atenda os interesses da maioria, que possa lutar

pelas mudanças de regras das relações sociais, preconiza-se uma escola atualizada

e ativa que desperte a curiosidade e possibilite o desenvolvimento do senso crítico e

o posicionamento consciente na tomada de decisões, refletindo na transformação da

sociedade, tornando-a mais justa, autônoma e igualitária.

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6. MARCO OPERACIONAL

Ações conjuntas como participação no programa “Paraná Alfabetizado”,

“Escola para todos”, elaboração da Agenda 21 Escolar, e outros deverão acontecer

nos âmbitos: estadual e municipal, contando principalmente com o empenhos dos

participantes dessas ações, pretende-se a colaboração de todos os segmentos

envolvidos com o ensino- aprendizagem do Colégio para que se possam atingir

todas as metas desejadas.

Quando a família se insere no espaço da escola, participando de seu

cotidiano, todos saem ganhando, ambas devem estarem preparadas para novas

configurações nas relações familiares. Segundo Bassedas et al. (1996, p.35)

A angústia e a ansiedade de pais e professores interferem na relação e a criança sente-se prejudicada. (...) É preciso fazer um trabalho de aproximação dos dois sistemas, ajudar a buscar canais mais fluídos de comunicação e colaboração, para planejar e estabelecer compromissos e acordos mínimos que levam ao fim do bloqueio criado nesta situação.

Para garantir a qualidade da aprendizagem de todos os alunos, é

necessário que o professor, equipe pedagógica, direção e agentes educacionais

estejam sempre atualizados, participando das Formações Continuadas, Grupos de

Estudos, e aproveitem a hora atividade, reuniões pedagógicas e Conselho de

Classe para reavaliar sua prática educativa, fazendo uma discussão continuada e

coletiva, uma análise e reflexão do caminho percorrido, buscando o

desenvolvimento de uma prática pedagógica que articule conteúdos e o uso de

recursos diferenciados e facilitadores da aprendizagem, proporcionando condições

de apropriação de conteúdos à todos os alunos.

Como nosso Colégio está inserido no campo e atende basicamente a filhos

de trabalhadores do campo necessitamos de uma política pública que nos ampare

legalmente para garantirmos uma escola de qualidade para nossos alunos, sem que

estes precisem deslocar-se para a sede do município.

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7. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

O P.P.P. foi elaborado por todos os componentes do Colégio através de

reuniões onde se refletiu e discutiu sobre ações que viriam a proporcionar a

comunidade e alunos numa educação de qualidade, bem como alternativas para

realizar da melhor forma o cumprimento social da escola que é educar para a vida

em sociedade e o preparo para o trabalho.

Ocasionalmente os profissionais da escola realizam trocas de ideias visando

efetivar o compromisso de todos com a educação, permitindo o resgate pelo

conhecimento e crescimento de todos, dentro de um trabalho cotidiano da escola,

superando as dificuldades e as tornando oportunidade de amadurecimento.

O P.P.P. tem como objetivo fundamental a melhoria do Ensino Público e a

garantia de aquisição de aprendizagens, analisando e propondo as revisões

necessárias para que os objetivos sejam atingidos. Sendo um norteador da prática

pedagógica que possibilita a autonomia e criticidade do aluno.

É importante reconhecer que o P.P.P. não é algo pronto e acabado, mas

um referencial sujeito a mudanças reconhecidas como necessárias pelo coletivo da

escola, na busca de concretizar os objetivos comuns que levam a formação de

novos cidadãos para uma sociedade mais justa, humana e democrática.

Quanto à avaliação do P.P.P. deverá acontecer na medida do

desenvolvimento do trabalho da comunidade escolar, ao longo do ano letivo sendo

ajustado conforme as necessidades, considerando que a escola deve possibilitar

condições para evolução dos indivíduos e com isso a transformação da sociedade.

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8. REFERÊNCIAS

DCE's, Paraná. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. – Curitiba: SEED – PR, 2008.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994

LOCH, Valdeci Valentim. Jeito de Avaliar: O construtivismo e o Processo de Avaliação. Curitiba: Renascer, 1995.

GADOTTI, Moacir. História das ideias Pedagógicas. 3 ed. São Paulo: Ática, 1995.

LDB. Lei de Diretrizes e Bases Nº 9394/96

BACH, Richard. Fernão Capelo Gaivota. São |Paulo: Record, 2001.

ESTATUTO DO CONSELHO ESCOLAR / Paraná. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Coordenação de Apoio a Direção e Equipe Pedagógica. – Curitiba: SEED – PR., 2005.

ESTATUTO APMF / Paraná. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Coordenação de Apoio às APMFs. Curitiba: SEED – PR, 2003.

GRÊMIO ESTUDANTIL/ Paraná. Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Coordenação de Acompanhamento e Avaliação do Discente CAADI – Curitiba: SEED – PR.

REGIMENTO ESCOLAR do Colégio Estadual Dr. Caetano Munhoz da Rocha.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – ECA -

CHALITA, Gabriel. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2001.

WITTMANN. Lauro Carlos. Práticas em Gestão Escolar. Curitiba: Ibpes, 2006.

CERVI, Rejane de Medeiros. Planejamento e avaliação educacional. Curitiba: Ibpes, 2006.

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ANEXOS

ENSINO FUNDAMENTAL

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DIRETRIZ CURRICULAR DE ARTE

PROF. RESPONSÁVEL:RUBENS ANTONIO DA ROCHA

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE ARTE

O ensino de arte no Brasil, historicamente vem passando por constantes

processos de mobilizações sociais e de caráter ideológico, tendo como objetivo a

melhoria da educação. Na década de 80, Demerval Saviani propõem os

Fundamentos da Pedagogia Histórico-Crítica e Paulo Freire, nos anos 60 com a

Teoria da Libertação, a partir das experiências de Freire desde a década de 40 com

a educação popular numa proposta em que os conhecimentos da cultura

resultassem uma prática social transformadora. Essas propostas educacionais

repercutiram diretamente na prática pedagógica e na metodologia de ensino em

suas formas de aplicação. A Lei nº 5692 / 71, imposta para a Educação no período

da ditadura militar, que em seu Artigo 7º, determinou a obrigatoriedade do ensino

da Arte no Brasil na época 1º e 2º Graus, hoje Ensino Fundamental e Ensino

Médio , o que contribuiu para que o preconceito ocupasse maior espaço no “sofrido”

ensino de arte.

Nesse período, as discussões para se definir “Educação Artística” e “Ensino

de Arte” foram determinantes para que os professores refletissem a questão. A

“Educação Artística” se ocupava de ensinar a técnica pela técnica, desvinculada do

processo histórico. O “Ensino de Arte” por sua vez, estabelecia um vínculo entre

metodologia, compreensão e produção do fazer artístico e suas relações sociais e

históricas do homem, no seu tempo e espaço.

A DCE em sua “Dimensão Histórica da Disciplina”, organizou

cronologicamente os acontecimentos que marcaram o desenvolvimento da Arte

no Brasil. Atribui-se aos padres jesuítas os primeiros ensinamentos de arte, os

quais, mesmo impondo valores comportamentais europeus e cristãos,

influenciaram com essa visão clássica, a formação das futuras classes dirigentes

oriundas da burguesia que se instituía, e que compreendia a arte como acessório

cultural, um refinamento para a classe dominante.

Desde o período colonial, nas distantes reduções jesuíticas, ocorria a

catequização indígena por meio da música, do teatro, da dança, pintura, escultura,

artes manuais e outras que contribuíram para a fragmentação cultural daqueles

povos indígenas. Contrariando costumes da época, os padres jesuítas, ao mesmo

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tempo em impunham novos comportamentos, valorizavam e assimilavam hábitos e

costumes dos povos que aqui viviam a milênios, e que já tinham uma cultura própria,

muito antes da chegada dos europeus.

No Paraná, com a fundação do Liceu de Curitiba, em 1846, hoje Colégio

Estadual do Paraná que seguia o currículo do Colégio D. Pedro II; a Escola Normal,

atual Instituto de Educação e a Escola Profissional Feminina ofereciam além do

desenho, cursos de corte e costura, arranjos florais e bordados, conhecimentos que

faziam parte da formação cultural da mulher, educada para os afazeres domésticos.

Após esse longo período histórico de desenvolvimento, em 1886, Antonio

Mariano de Lima criou a Escola de Belas Artes e Indústrias, que por sua vez

impulsionou a fundação da Universidade Federal do Paraná em 1912, por Vítor

Ferreira do Amaral, e da Escola de Música e Belas Artes do Paraná – EMBAP, no

ano de 1948. A iniciativa de Mariano de Lima, cuja metodologia vinha do Liceu de

Artes e Ofício do Rio de Janeiro, tinha por objetivo formar profissionais e educadores

em Língua e Ciências, Música, Desenho, Arquitetura, Pintura, Artes e Indústria,

Propaganda e Biblioteca.

Entre outros que contribuíram com Mariano de Lima para implantar, o ensino

de Artes no Paraná figuram, Alfredo Andersen, Guido Viaro, Eny Caldeira, Augusto

Rodrigues, Emma Koch, o Maestro Bento Mossurunga na Música e tantos outros.

A década 60, marcada pelo Regime Militar que implantou o Ato Institucional

Nº 5, o famigerado (AI-5) em 1968, reprimiu movimentos sociais, e implantou a Lei

Federal 5.692/71, que em seu Artigo 26, § 2º dizia: “O ensino de Arte constituirá

componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma

a promover o desenvolvimento cultural dos alunos”, e neste período de intensa

agitação política, o ensino de Artes passou a valorizar a técnica, reduziu conteúdos,

a criatividade se restringiu ao domínio da técnica e uso de materiais, e o ensino de

música enfatizou a execução de hinos pátrios e de festas cívicas.

Sendo a Arte a síntese do trabalho criador do homem, sujeitos

transformadores da sociedade, que direciona os modos de pensar e agir de acordo

com suas necessidades, que muda e interfere na natureza e nos padrões culturais,

reorganizando seu espaço, não esquece a história passada para construir a

presente, tem nesse contexto histórico, a inserção dos conteúdos de História e

Cultura Afro-Brasileira, conforme a Lei Federal nº 10.639, aprovada em 09 de janeiro

de 2003, que em seu Artigo 26-A diz: “nos estabelecimentos de ensino fundamental

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e médio, oficiais e particulares torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura

Afro-Brasileira” e também a Deliberação nº 04/06 do Conselho Estadual de

Educação aprovada em 02 de agosto de 2006, que instituiu Normas

Complementares as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das

Relações Étnicas – Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana, as quais tratam “do respeito ao direito dos descendentes de africanos, a

valorização da sua identidade étnico-histórico-cultural”, e a inserção destes temas

nos currículos escolares. Para que as escolas cumpram a função social, foi incluído

em seu calendário escolar, o dia 13 de maio como o “dia nacional de luta contra o

racismo” e o dia 20 de novembro como o “dia nacional da consciência negra”,

mobilizando a comunidade escolar e a sociedade para o resgate da auto-estima dos

afros-descendentes como cidadãos, com sua identidade, individualidade, sujeitos da

nossa história com sua beleza étnica e capacidade de produzir material e

intelectualmente, para a conscientização da importância que essa cultura tem na

construção do nosso país ao longo da nossa história.

A formação da matriz cultural brasileira compreende não somente as culturas

afro-descendentes, como também a européia e asiática que estão presentes, pois,

falar da história do Brasil é falar desses povos que aqui aportaram. Falar da

escravização, é falar dos índios e dos negros que no período da colonização muito

contribuíram, e logo após a abolição da escravidão negra, europeus aqui chegaram

para substituí-los.

A multiculturalidade da população brasileira deve ser tema cotidiano na

escola, e conforme indicam as Diretrizes Curriculares, deve figurar no Projeto

Político Pedagógico da escola e trabalhada pelas disciplinas que compõem a matriz

curricular. Portanto, cabe em especial aos professores de Artes / Arte, História,

Geografia e Literatura destacar a contribuição dos Africanos e Afros- Descendentes

na formação da cultura local, regional e na construção da história brasileira.

2. OBJETIVOS

O ensino de Artes no Ensino Fundamental tem por objetivo conduzir o aluno

a entender que a organização do fazer artístico acontece por meio da análise dos

elementos utilizados nas composições, contemplados nas quatro linguagens

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artísticas - Artes Visuais, Música, Dança e Teatro, cada uma delas com suas

especificidades, com seus objetos de estudos e seus elementos caracterizadores.

Para que os alunos vivenciem os conhecimentos artísticos e compreendam

seus significados, como produto social em constante evolução, resultado da ação

criadora do homem, e como este interfere nos padrões sociais estabelecidos

historicamente, é importante que o professor organize suas aulas com informações

que aproximem o educando da sua realidade, das diversidades culturais, que

ocorram afinidades entre os saberes artísticos que contribuirão para que os alunos

desenvolvam ações, conforme a linguagem artística em destaque.

Para que se efetive as ações do professor, estas deverão considerar os

seguintes campos conceituais:

O conhecimento estético - diz respeito ao pensamento, a sensibilidade e a

percepção, este, organiza-se de forma concreta nas representações artísticas,

fundamentadas nos campos da sociologia e da psicologia mas que acima de tudo, é

parte da sensibilidade humana..

O conhecimento da produção artística – diz respeito ao processo criativo e

imaginativo, a elaboração e formalização do fazer artístico, em suas formas, em

suas experiências com materiais e técnicas e os componentes distintos das Artes

Visuais, da Dança, da Música e do Teatro.

Os conhecimentos estéticos e artísticos sistematizados, conduzem a mais

três importantes concepções de arte, conforme citado na DCE, p.25, fundamentado

por Vasquez, 1978, e que compõem o universo da cultura humana, que norteiam e

organizam a metodologia, a seleção dos conteúdos e a avaliação no Ensino

Fundamental e no Ensino Médio, que são: Arte como forma de conhecimento, Arte

como ideologia e Arte como trabalho criador.

Arte como forma de conhecimento: pode revelar aspectos do real, em

sua relação com a individualidade humana, através dos objetos produzidos,

revelando o meio em que o seu criador está inserido.

Arte como ideologia: é o resultado final da construção histórica de uma

sociedade, e compreende os modos de agir, pensar e de se comportar nas inter-

relações humanas e com a natureza.

A arte como trabalho criador: compreende o trabalho criador e a criação

artística produzida e historicamente acumulada, resultado de uma ação intencional,

complexa, que pode ser um som, uma representação ou movimento, uma forma ou

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uma cor, estas sintetizam o humanismo, resumem a complexidade do ser humano.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os Conteúdos Estruturantes segundo as DCE, “constituem os fundamentos

para a compreensão de cada uma das áreas de Arte.” São apresentados

separadamente mas devem ser metodologicamente trabalhados de forma articulada

entre as linguagens artísticas. Os conteúdos estruturantes são:

Elementos formais;

Composição;

Movimentos e períodos.

Elementos formais: está relacionado à forma em questão, aos recursos

empregados no desenvolvimento do trabalho artístico, caracterizada pela cultura

presente bem como o conhecimento em arte.

Composição: é o processo de organização dos elementos formais que compõem o

conjunto da obra artística, onde cada elemento visual ocupa um espaço

determinado.

Movimentos e períodos: caracterizam-se pelos contextos históricos em relação

aos conhecimentos da Arte, em seus aspectos sociais, culturais, econômicos e

também aos gêneros, estilos e correntes artísticas.

4- CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os conteúdos específicos, são organizados para favorecer e enriquecer o

desenvolvimento cultural do educando, sua produção artística e sua compreensão,

pois as algumas linguagens da arte apresentam pontos comuns entre os elementos

artísticos que as compõem, tais como: ritmo, harmonia, simetria, tonalidade e

intensidade, permitindo aos alunos estabelecer as relações entre esses

conhecimentos e a linguagem artística em questão.

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5ª SÉRIE

ARTES VISUAIS MÚSICA TEATRO DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS

ELEMENTOS FORMAIS

ELEMENTOS FORMAIS

ELEMENTOS FORMAIS

PontoLinhaSuperfícieTexturaFormaVolumeLuzCor

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais, faciais.AçãoEspaço

Movimento corporalTempoEspaço

6ª SÉRIE

ARTES VISUAIS MÚSICA TEATRO DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS

ELEMENTOS FORMAIS

ELEMENTOS FORMAIS

ELEMENTOS FORMAIS

PontoLinhaSuperfícieTexturaFormaVolumeLuzCor

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais,faciais.AçãoEspaço

Movimento corporalTempoEspaço

7ª SÉRIE

ARTES VISUAIS MÚSICA TEATRO DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS

ELEMENTOS FORMAIS

ELEMENTOS FORMAIS

ELEMENTOS FORMAIS

LinhaSuperfícieTexturaFormaVolumeLuzCor

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais,faciais.AçãoEspaço

Movimento corporalTempoEspaço

8ª SÉRIE

ARTES VISUAIS MÚSICA TEATRO DANÇA

ELEMENTOS FORMAIS

ELEMENTOS FORMAIS

ELEMENTOS FORMAIS

ELEMENTOS FORMAIS

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LinhaSuperfícieTexturaFormaVolumeLuzCor

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais,faciais.AçãoEspaço

Movimento corporalTempoEspaço

5- METODOLOGIA

De acordo com as Diretrizes Curriculares, o ensino de Arte é proposto

como fonte de humanização, ou seja, a consciência da existência individual e social,

e como tal, sujeito capaz de mudar os rumos da própria história. Nesse sentido, o

encaminhamento metodológico para o ensino de arte deve possibilitar ao educando

“um novo olhar, um ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além das

aparências, como a criação de uma nova realidade, bem como a ampliação das

possibilidades de sentir e perceber.” Assim, a metodologia a ser empregada deve

contemplar três momentos da organização pedagógica, a saber, conforme as

diretrizes:

Teorizar: possibilita ao aluno que perceba e se aproprie da obra artística, bem como

desenvolva trabalhos artísticos que o ajudem formar conceitos artísticos.

Sentir e perceber: são as formas de apreciação, leitura e acesso à obra de arte,

familiarizando-o com as diversas possibilidades de produções artísticas.

Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe

uma obra de arte.

A escola é o espaço de articulação e socialização desses conhecimentos,

evidenciando a experimentação e exploração de materiais representativos da

produção artística, conduzindo o aluno ao contato com as diferentes linguagens

artísticas.

As DCE propõem que o “espaço escolar e o professor atuem de modo a

evitar a padronização nas atividades artísticas a partir da visão do adulto”,

ampliando as condições de aprendizagens das linguagens artísticas delineadas em

um argumento incluído num determinado momento histórico, contribuindo para que

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o aluno, ator principal desse processo, descubra o prazer da criação e do fazer

artístico, que faz parte da formação integral do ser humano.

Assim, o encaminhamento metodológico e as práticas pedagógicas para o

ensino de artes no Ensino Fundamental, estão fundamentados de acordo com as

Diretrizes Curriculares, e consideram Arte, Cultura e Linguagem, devendo estes

temas abranger os seguintes conteúdos:

As manifestações culturais e produções artísticas locais, aquelas

arraigadas aos costumes das diferentes comunidades locais e regionais, sendo

estas compreendidas como bens materiais e imateriais.

O conhecimento empírico de cada educando e suas peculiaridades, sendo

estes o início para a ampliação dos saberes artísticos a serem adquiridos, e a partir

desses conhecimentos, compreender como e porque o ser humano recria

constantemente seu meio, distribuindo-o em espaços estruturados conforme seu

modo de vida, seu tempo e seu espaço particular.

Proporcionar aos educandos processos de criação e execução de atividades

cuja elaboração esteja intrinsecamente embasada na compreensão do que lhe foi

proposto, nas linguagens artísticas em questão – Artes visuais, Dança, Música e

Teatro.

A compreensão e experienciação estética – (estudo racional do belo), e como

esse conceito expressa a diversidade de emoções e sentimentos do ser humano,

sendo este capaz de contrapor além da percepção e emoção daquilo que é belo,

reconhecer o próprio desenvolvimento através dos sentidos.

6. AVALIAÇÃO

O processo de avaliação na disciplina de Artes de acordo com as Diretrizes

Curriculares é Diagnóstica e Processual. Diagnóstica por ser a referência do

professor para planejar as aulas e avaliar os alunos, e é Processual por pertencer a

todos os momentos da prática pedagógica, incluindo as formas de avaliação da

aprendizagem, de ensino (metodologia das aulas), e também a auto-avaliação do

professor, dos educandos sobre o desenvolvimento das aulas e a auto-avaliação do

aluno. De acordo com a LDB (nº 9394/96, art.24, inciso V) a avaliação é “contínua e

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cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos

sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais

provas finais”, e conforme a Deliberação 07/99 do CEE - Conselho Estadual de

Educação, no (Cap.I, art. 8º), a avaliação almeja “ o desenvolvimento formativo e

cultural do aluno” e deve levar em consideração a capacidade individual, o

desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas.

O conhecimento empírico do educando deve ser socializado entre os colegas,

e também constituir referência, permitindo ao professor propor novas abordagens,

consolidando as avaliações efetivas, individuais ou coletivas, considerando o

diagnóstico inicial e o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem no ano

letivo.

A avaliação no ensino de Artes mostra a concepção de ensino aprendizagem

utilizada pelo professor, e deve ser um processo permanente no qual o professor

constata o conhecimento assimilado pelo aluno, e como mediador dos

conhecimentos fazer uma avaliação dos resultados e se necessário retornar

conteúdos totais ou parcialmente.

O professor pode ainda considerar dois tipos de avaliação: a imediata e a

mediata. A avaliação imediata é aquela feita no decorrer da realização do trabalho

pelo aluno, está vinculada ao ato de reproduzir imagens ou obras. A avaliação

mediata é aquela que se efetua ao longo do desenvolvimento do trabalho proposto,

no qual o aluno deixa clara a assimilação do conteúdo no processo avaliativo,

superando a prática inicial reprodutora, repensando o seu trabalho, reorganizando-o

conforme seu processo evolutivo e de compreensão.

Ainda como sugere a LDB, são necessários vários instrumentos de

verificação, como diagnóstico inicial e acompanhamento da aprendizagem no

decorrer, tais como:

• trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• pesquisas bibliográficas e de campo;

• debates em forma de seminários e simpósios;

• provas teóricas e práticas;

• Registros em forma de relatórios;

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7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Diretrizes Curriculares de Arte para os Anos Finais do Ensino Fundamental e para o

Ensino Médio. Curitiba – 2008.

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DIRETRIZ CURRICULAR DE CIÊNCIAS

PROF.RESPONSÁVELJOSIANE MENDES DE MOURA

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

A história da ciência está relacionada e integrada aos processos que

constituem a própria história da sociedade humana. Todas as diferentes visões de

mundo e suas teorias correspondem a diferentes abordagens do fenômeno

científico, da produção científica e do que é ser cientista.

A ciência, Além de um acervo de conhecimentos, continuamente

confirmados, retificados e, por vezes, completamente superados, também constitui

um modo de pensar, de chegar à conclusões coerentes a partir de premissas, de

questionar preconceitos, de estimular o equilíbrio entre novas ideias e as já

estabelecidas.

A Ciência é uma construção humana coletiva da qual participam a

imaginação, a intuição e a emoção. A comunidade científica sofre a influência do

contexto social, histórico e econômico em que está inserida. Portanto, não existem

neutralidade e objetividade absolutas: fazer Ciência exige escolhas e

responsabilidade humanas. Como toda construção humana, o conhecimento

científico está em permanente transformação: as afirmações científicas são

provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definitivas.

Além disso, não há uma acumulação linear, contínua e sucessiva de

conhecimentos com pretensão de proximidade em relação ao verdadeiro. As teorias

que se sucedem são elaborações de modelos com os quais os cientistas interpretam

o mundo, buscando o entendimento e a explicação racional da natureza, para nele

intervir.

Os últimos vinte e cinco anos assistiram a uma mudança de enfoque no

ensino de Ciências. Em lugar de ser vista como um corpo de conhecimentos

estabelecidos, a Ciência passou a ser tratada como uma atividade humana,

acentuando-se de forma progressiva o caráter experimental dos processos e

procedimentos científicos, que são amplos e variados, produtos de respostas ao

contexto da investigação, visto que não há um “método científico” aplicável em todo

e qualquer caso.

A relação entre observação e formulação de teorias é complexa. Uma

teoria está sempre fortemente lastrada por fatores subjetivos e a criatividade do

cientista pesará de forma relevante em suas propostas. Embora as descobertas do

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observador ocorram no interior de um contexto social, histórico, político e

econômico, elas também dependem, em grande medida, dele próprio e daquilo que

ele já especulou.

Como qualquer investigador, para fazer suas descobertas o aluno utiliza

uma base conceitual prévia. Dessa forma, na construção de seu conhecimento, o

aluno, ao ser colocado diante de desafios e problemas, busca resolvê-los com seus

próprios conhecimentos e modelos; assim,, ele sempre poderá encontrar uma

explicação para a questão, mesmo que ela pareça incoerente para o Professor.

Então, a ação do professor deve voltar-se para:

Identificar as ideias prévias dos alunos;

Propor conflitos cognitivos para os alunos, isto é, questionamentos;

Introduzir novas ideias capazes de esclarecer e, se possível, resolver o

conflito cognitivo;

Proporcionar aos alunos oportunidades de aplicar as novas ideias em

situações diferentes.

Segundo Maria C. Campos e Rogério G. Nigro (1999):

“Atualmente, acredita-se que o objetivo do ensino de Ciências Naturais não pode se limitar à promoção de mudanças conceituais ou ao aprendizado do conhecimento científico. É necessário também buscar uma mudança metodológica e de atitude nos alunos. Busca-se formar pessoas que pensem sobre as coisas do mundo de forma não superficial. Busca-se, então, um ensino de Ciências como investigação, levando os alunos a serem capazes, cada vez mais, de construir conhecimentos sobre a natureza, mais próximos do conhecimento científico que do senso comum. De qualquer forma, busca-se como ponto inicial para o ensino-aprendizagem de Ciências os problemas com os quais os alunos se defrontam”.

A ciência é uma construção humana coletiva da qual participam a

imaginação, a intuição e a emoção. A comunidade científica sofre a influencia do

contexto social, histórico e econômico em que esta inserida. Portanto, não existem

neutralidade e objetividade absolutas: fazer ciência exige escolhas e

responsabilidade humanas. Como toda construção humana, o conhecimento

científico está em permanente transformação: as afirmações científicas são

provisórias e nunca podem ser aceitas como completas e definitivas.

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2. OBJETIVOS

Propiciar condições para que os alunos discutam, analisem, argumentem

e avancem na compreensão do seu papel frente às demandas sociais, nas

questões de saúde, sexualidade e meio ambiente, entre outras e que

entenda a ciência como processo de construção humana, provisória,

falível e intencional, cujos conteúdos estão interligados de forma

intrínseca, compreendendo os fenômenos da natureza e suas

interferências no mundo de forma a estabelecer as relações entre as

transformações físicas, químicas e biológicas, entendendo que estas

estão em constante transformação, são provisórias e nunca podem ser

aceitas como completas e definitivas;

Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano

parte integrado e agente de transformações do mundo em que vive, em

relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do

ambiente;

Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia

e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica;

Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a

partir de elementos das ciências naturais, colocando em prática conceitos

procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escola;

Relacionar os aspectos políticos, sociais e econômicos com a qualidade

de vida, colocando como um problema social, enfocando o aprimoramento

do nível de saúde físico, mental e social;

Compreender a tecnologia como um meio para suprir necessidades

humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais

ao equilíbrio da natureza e ao homem.

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3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

5ª SÉRIE:- CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE - MATÉRIA E

ENERGIA - TECNOLOGIA

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos

Tecnologia usada para preparar o solo para o cultivo.

Composição do solo: arenoso, argiloso, calcário e húmus;

Agentes de transformação do solo;

Água, ar, seres vivos; Utilidades do Solo; Adubação: orgânica e

inorgânica (compostagem e fertilizantes);

Correção do ph dos solos;

Processos que contribuem para empobrecer o solo: queimadas, desmatamentos e poluição, dentre outros.

Combate a erosão; tipos de erosão; mata ciliar;

Contaminação do solo; Doenças - prevenção e

tratamento; Condições para manter

a fertilidade do Solo: curvas de nível, faixas de retenção, terraceamento, rotação de culturas, culturas associadas.

ÁGUA NO ECOSSISTEMA

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos

Estados Físicos da água;

Forças de atração e repulsão entre as partículas da água;

Mudanças de estado físico da água;

Pressão, temperatura e densidade;

Pressão exercida pelos líquidos;

Empuxo; Água como recurso

energético .

Composição da água; potencial de hidrogênio (ph); salanidade;

Água como solvente universal;

Pureza; soluções e misturas heterogêneas.

Ciclo da água,disponibilidade da

água na natureza; Água e os seres vivos;

habitat aquático; Contaminação da

água:doenças-preservação e tratamento; equilíbrio ecológico.

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AR NO ECOSSISTEMAConhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos

Existência do ar; ausência do ar: vácuo; aplicação do vácuo;

Atmosfera: camadas; propriedades:compressibilidade, expansão, exercer pressão;

Movimentos do ar: formação dos ventos, tipos de vento, brisa terrestre e marítima;

Velocidade e direção dos ventos;

Resistência do ar; pressão atmosférica;

Aparelhos que medem a pressão do ar;

Pressão atmosférica e umidade;

Meteorologia e previsão do tempo;

Eletricidade atmosférica; ar como recurso energético;

Tecnologia aeroespacial e aeronáutica.

Composição do ar; oxigênio (o2) e gás carbônico (co2) -

Fotossíntese, respiração e combustão;

Ciclos biogeoquímicos; outros elementos presentes no ar;

Gases nobres: suas propriedades e aplicações.

O ar e os seres vivos; Pressão atmosférica e a

audição; Contaminação do ar:

doenças causadas por bactérias e vírus - prevenção e tratamento; causas e consequências:

Efeitos nocivos resultantes do contato com esses agentes;

Medidas para diminuir a poluição do ar.

POLUIÇÃO E CONTAMINAÇÃO DA ÁGUA,DO AR E DO SOLO.

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos

Fenômenos: superaquecimento do planeta, e feito estufa, buraco na camada de ozônio.

Causas e consequências da poluição e contaminação da água,e do ar.

Equilíbrio e conservação da natureza: fauna , flora, ar, água e solo.

Agentes causadores e transmissores de doenças;

Prevenção e tratamento das doenças relacionados a poluição e contaminação do ar.

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INTER-RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS E O AMBIENTE

Conhecimentos físicos Conhecimentos químicos Conhecimentos biológicos

População; seres vivos - ambiente.

Comunidade: transferência de matéria e energia (ciclo biogeoquímicos, teias e cadeias alimentares) ;

Fotossíntese: importância da produção e armazenamento de energia química (glicose).

Biosfera - ecossistema-comunidade – população - individuo;

Habitat e nicho ecológico; divisões da biosfera;

Biociclos terrestres, marinho e de água doce;

Teias e cadeias alimentares: produtores, consumidores e decompositores.

6ª SÉRIE: - CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE - MATÉRIA E ENERGIA - TECNOLOGIA

Conhecimentos físicos

Conhecimentos Químicos Conhecimentos biológicos

Biosfera - elementos e interdependência (sol, água, solo, ar, seres vivo - homem.)

Seres vivosclassificação - características básicas.

Reinos: monera, protista, fungos, vegetais e animais. -adaptação e relações dos seres vivos.

Vegetais: adaptações morfológicas e fisio lógicas. - raiz, caule e folha: absorção de água e sais minerais, condução de seiva, armazenamento, fotossíntese, respiração, transpiração e gustação;

Flor, fruto, semente: reprodução e hereditariedade; - polinização, fecundação, formação do fruto e semente -disseminação .

Animais: adaptações morfológicas e fisiológicas.-características básicas. -alimentação,

Aspectos políticos, sociais e econômicos.

Preservação da flora. Desmatamento. - efeito estufa.

Poluição do ar, água e solo.

Camada de ozônio. -Agrotóxicos x agentes biológicos. - adubação orgânica e inorgânica.

Preservação da flora e da fauna. - extinção de animais e plantas.

Plantas tóxicas e medicinais.

Parasitoses - principais doenças causadas por animais, fungos,bactérias e vírus; meios de prevenção.

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digestão e cadeia alimentar.

Respiração, circulação, excreção, locomoção, coordenação, reprodução e hereditariedade, hibridação, inseminações artificiais.

TECNOLOGIA

Biotecnologia da utilização industriais de microorganismos e vegetais; indústria farmacêutica, química e alimentícia.

Organismos geneticamente modificados. Tecnologia - impacto ambiental; efeitos positivos e negativos.

7ª SÉRIE:-CORPO HUMANO E SAÚDE – AMBIENTE - MATÉRIA E ENERGIA - TECNOLOGIA

Conhecimentos físicos

Conhecimentos Químicos Conhecimentos biológicos

A espécie humana, os seres humanos e o meio ambiente. Relação entre a espécie humana e os outros seres vivos.

Relação do homem com o ambiente físico.

Corpo humano visto por fora e por dentro.

Níveis de organização do organismo humano.

Organismo – sistemas

Tecidos do corpo humano, agrupamentos celulares. Sistema locomotor; aspectos morfo - fisiológicos básicos do sistema ósseo - muscular.Sistema sensorial e a saúde.Nutrição do organismo; os alimentos; classificação dos alimentos; conservação dos alimentos.Sistema digestório, aspecto morfo-fisiológicos; doenças do sistema digestório.Sistema respiratório,aspectos morfo-fisiológicos, doenças do sistema respiratório.Sistema circulatório, aspectos morfo- fisiológicos. Doenças do sistema circulatório.Sistema hormonal, aspectos morfo -fisiológicos - Doenças do sistema hormonal.

Alimentação, necessidade de alimentação balanceada.

Aleitamento materno.

Desnutrição. Higiene dos

alimentos: cuidados, preparação, conservação, parasitores.

Alimentos naturais e industrializados aditivos alimentares e agrotóxicos.

Higiene bucal. Drogas, efeitos

sobre o sistema nervoso e o organismo em geral, automedicação.

Queimaduras,cânce

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-órgãos -tecidos -células: aspectos-morfo-fisiológicos- básicos.

Sistema nervoso, aspectos morfo-fisiológicos - Doenças do sistema nervoso.Conservação da espécie humana, reprodução humana, contracepção, doenças sexualmente transmissíveis.Noções de genética.

r de pele. Educação sexual,

necessidade do conhecimento básico sobre reprodução humana.

Métodos anticoncepcionais; naturais, artificiais e aborto.

Doenças sexualmente transmissíveis, prevenção e tratamento.

Exercícios físicos, vida sedentária.

TECNOLOGIA

Próteses que substituem partes e funções de alguns órgãos do corpo. Aparelhos e instrumentos para corrigir algumas deficiências físicas. Objetos e aparelhos fabricados para corrigir deficiências dos órgãos dos sentidos.

8ª SÉRIE:- CORPO HUMANO - SAÚDE – AMBIENTE - MATÉRIA E ENERGIA - TECNOLOGIA

Conhecimentos físicos

Conhecimentos Químicos Conhecimentos biológicos

História da Química. Química

ciência experimental

A química no cotidiano.

Matéria - propriedades gerais e especificas da matéria.

Introdução à química.

A química nos alimentos.

Adubos e inseticidas.

As substâncias químicas e a medicina.

A química e o funcionamento do corpo.

Desequilíbrios ecológicos: efeito estufa, camada de ozônio,chuva ácida, desmatamentos, queimaduras,

aquecimento global, degelo das calotas

polares. Acidentes de trânsito

relacionados com o uso de drogas.

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Substâncias e misturas.

Elemento químico.

O átomo. Partículas

elementares do átomo.

Tabela periódica.

Introdução a física.

No mundo da física.

Transformações físicas.

Grandezas físicas.

Cinemática. Dinâmica. Princípios da

dinâmica. Trabalho e

potência. Energia e

máquinas. Energia

mecânica. Energia

térmica. Energia

sonora. Energia

luminosa. Eletricidade e

magnetismo.

As substâncias químicas que ingerimos.

Química da digestão.

A água na natureza.

Substâncias simples e compostas.

Misturas homogêneas e heterogêneas.

Classificação dos elementos químicos.

Efeitos do álcool e outras drogas no organismo;

Prevenção de acidentes.

TECNOLOGIA

Serão trabalhados os conteúdos que tratam de sistemas tecnológicos que revolucionaram a economia, a cultura, a eletricidade, a comunicação e a biotecnologia.

Tecnologia e o meio ambiente.

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MEIO- AMBIENTE

Nas últimas décadas intensificaram-se nos meios de comunicação os debates sobre problemas ambientais, permitindo tornar o ambiente uma preocupação cotidiana para as populações. Mas a simples divulgação não assegura a aquisição de informações e conceitos indicados pelas Ciências. É frequente a simplificação demasiada do conhecimento científico - o emprego do termo ecologia como sinônimo de “meio ambiente”é um exemplo- e a difusão de visões distorcidas sobre a questão ambiental.

A partir do senso comum, não raro, os indivíduos desenvolvem ideias equivocadas sobre o meio ambiente e problemas ambientais. É papel da escola provocar a revisão dos conhecimentos dos alunos, valorizando-os sempre e buscando enriquecê-los com informações científicas.

Esse tema permite apontar para as relações recíprocas entre sociedade e ambiente, marcadas pelas sociedades humanas, seus conhecimentos e valores.

O tema transversal ''meio ambiente'' traz a discussão a respeito da relação entre problemas ambientais e fatores econômicos, políticos, sociais e históricos .

São problemas que acarretam discussões sobre responsabilidades humanas voltadas ao bem – estar comum e ao desenvolvimento sustentado, perspectiva da relação homem – natureza , subsidiada pela Educação Ambiental.

A ideia básica do conceito de Desenvolvimento Sustentado é permitir a sobrevivência e manutenção das próximas gerações com um bom nível de qualidade de vida . A exploração dos recursos naturais deve ser racional e planejada, de modo que os recursos naturais não se esgotem e que os impactos gerados sejam minimizados ou condições ambientais satisfatórias.

Portanto serão desenvolvidos projetos de 5ª à 8ª séries, sobre os problemas ambientais que afetam a vida do planeta , como; Poluição da água do ar e do solo, desmatamento , queimadas , efeito estufa , camada de ozônio , falta d' água , extinção de plantas e animais; e a tecnologia e os impactos negativos sobre o meio ambiente. Os temas serão gradativamente aprofundados no decorrer das séries.

CULTURA AFRO-DESCENDENTEEste tema será explorado por meio de pesquisas relacionadas à África ,como:

Cultura Agricultura Técnicas de irrigação Origem de animais e vegetais dessa região Doenças Genética Nutrição Plantas usadas na indústria farmacêutica Mortalidade infantil.

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4. METODOLOGIA

Os procedimentos dentro das ciências naturais corresponderão a

observação, experimentação, comparação, elaboração de hipóteses, suposições,

debates orais, estabelecendo relações entre fatos ou fenômenos e ideias, leitura e

escrita de textos informativos, pesquisas bibliográficas, busca de informações em

várias formas, organizações em várias formas, organizações de informações através

de desenhos, tabelas, gráficos, esquemas e textos, elaboração de perguntas,

problemas e proposição de solução dos problemas, levando-se em conta um

crescimento de autonomia entre os alunos.

É essencial que o ensino seja realizado em atividades variadas que

promovam o aprendizado da maioria, evitando que as fragilidades e carências se

tornem obstáculos intransponíveis para alguns.

O erro não será tratado como incapacidade de aprender, mas como

elemento que sinaliza ao professor a compreensão efetiva do aluno, servindo, então,

para reorientar a prática pedagógica e fazer com que ele avance na construção mais

adequada de seu conhecimento.

Será enfatizado os trabalhos de pesquisa ilustrações com vídeos, projetos

de acordo com áreas de interesse dos alunos. A maioria dos trabalhos serão

desenvolvidos em grupos proporcionando condições de melhorias nos

relacionamentos interpessoais e valorizando as diferenças no contexto social.

Os conteúdos específicos serão encaminhados por meio de uma

metodologia crítica e histórica, de modo a considerar a articulação entre os

conhecimentos físicos, químicos e biológicos.

Os conteúdos propostos serão articulados com os conhecimentos de outras

ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem no mundo. A

Química, a Física, a Biologia, a Geociências, a Astronomia e outras áreas que

contribuem significativamente para esse fim.

Serão estabelecidas as relações entre os diversos conteúdos específicos,

de forma a possibilitar o reconhecimento de que existem conhecimentos físicos,

químicos e biológicos basilares no processo pedagógico, que precisam ser

abordados em cada uma das séries desse nível de ensino.

Os conteúdos específicos serão tratados ao longo dos quatro anos do

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Ensino Fundamental, respeitando o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a

diversidade cultural, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos específicos

por parte dos alunos e que se adote uma linguagem coerente com a faixa etária,

para aumentar gradativamente o aprofundamento do estudo.

Nos conteúdos de significativa relevância na vida dos alunos como a água

será enfocada a disponibilidade da água na natureza, seu tratamento, distribuição,

consumo e desperdício norteiam um estudo crítico e histórico e propiciam verificar

que os problemas relacionados à degradação das nascentes, poluição e

contaminação da água interferem na vida do ser humano, dos demais seres vivos e

do ambiente.

A discussão poderá se estender para uma reflexão sobre a intencionalidade

dessas práticas, os interesses sociais, políticos e econômicos envolvidos, por

exemplo, na ausência de saneamento básico em muitas regiões, que afetam a

qualidade de vida de uma parcela significativa da população. As relações de poder

que influenciam as decisões sobre o acesso ao saneamento básico podem ser

discutidas sob o viés dos interesses políticos. Quanto aos interesses econômicos,

pode-se abordar a relação custo-benefício envolvida nesse processo. Outro aspecto

que também poderá ser estudado são as implicações decorrentes da água como

recurso energético (usina hidrelétrica).

As considerações sobre o conteúdo específico Água no ecossistema e seus

desdobramentos não se esgotam. Neste caso irá se estabelecer as relações desse

conteúdo com a ciência, a tecnologia e a sociedade e considerar que o progresso

industrial e tecnológico traz consequências e pode gerar graves problemas

socioambientais.

Sob o enfoque da ciência, tecnologia e sociedade, serão propostas

discussões e vídeos que possibilitem discussões sobre os seguintes fatores:

Motivos que levam países desenvolvidos a investir cada vez mais em

pesquisas científicas e tecnológicas para diminuir a exploração de

recursos naturais não-renováveis e, por efeito, recuperar o meio

ambiente;

Tecnologias para reaproveitamento de água, sobretudo nos países

desenvolvidos;

Razões pelas quais esses países têm tanto interesse nos recursos

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naturais dos países em desenvolvimento; por que se paga tanto pela

água no Brasil e, comparativamente, muito mais em outros países;

Quanto significa possuir terras que contêm água e as implicações dessa

problemática para a sociedade.

Sendo a ciência dinâmica e a todo momento ocorrem novas pesquisas que

geram novas teorias e tecnologias que, gradativamente, podem ser substituídas por

outras que mais bem atendam às demandas da atualidade. Com isso, não se pode

desconsiderar a produção científica; cada conhecimento adquire sentido à medida

que se considera o contexto no qual foi produzido.

Para estudar o conteúdo específico Água no ecossistema, pretende-se partir

da prática social com ênfase num problema selecionado conforme sua amplitude;

isto é, ele não pode ser escolhido de modo aleatório nem deve representar o

interesse de um ou outro sujeito, mas deve ser de interesse coletivo.

É importante dar preferência a problemas locais que possam ser ampliados

para situações mais abrangentes, como, por exemplo: a relação entre o consumo,

custo e o desperdício da água de uso doméstico. Para falar desse problema, o

professor propõe, de início, que os alunos investiguem quanto suas famílias

consomem de água diariamente.

A investigação poderá ser feita num final de semana, desde o momento em

que o aluno acorde até o final do dia . As atividades a serem observadas são:

Higiene pessoal: lavar o rosto, escovar os dentes, dar descarga no

banheiro e tomar banho;

Higiene da casa: limpezas em geral, calçadas, roupas;

Alimentação: café da manhã, almoço e jantar;

Outras atividades: regar as plantas, lavar louça, lavar o carro etc.

A partir da observação da rotina familiar, o aluno poderá produzir um

relatório, com os dados coletados e o apresentará em sala de aula. Por sua vez, o

professor orientará a análise dos dados obtidos e estabelecerá relações entre o

consumo e o custo, de maneira a enfatizar o desperdício de água em cada atividade

relatada.

Numa perspectiva crítica, poderá se provocar análise e discussão sobre as

diferentes formas de economizar água e contrapõe os dados coletados com a leitura

da fatura (talão) de água da residência do aluno. A evidência do consumo de água

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por pessoa, em litros, fica clara por meio de um cálculo efetuado pelo aluno, que

mostrará quanto cada pessoa da família consomem de água num dia. Então, o

professor relaciona o consumo e o desperdício ao valor pago pela água.

Os conteúdos específicos que subsidiarão teoricamente essa análise são:

investigação sobre o consumo de água;

disponibilidade de água na natureza - o ciclo da água;

usos da água: doméstico;

saneamento básico — captação, tratamento e abastecimento;

distribuição de água doce no Paraná, no Brasil e no mundo;

ações importantes para a economia de água;

medidas para redução da poluição e contaminação da água.

No processo pedagógico para este conteúdo, será possível estudar:

Os conhecimentos físicos: mudanças de estado físico da água, água

como recurso energético;

Os conhecimentos químicos: composição da água, fase química do

tratamento da água e poluição da água;

Os conhecimentos biológicos: equilíbrio ecológico e contaminação da

água.

Tais articulações não se esgotam; podem agregar outras abordagens para o

mesmo conteúdo.

Ao verificar qual questão da prática social foi analisada, seguem-se a

elaboração e a síntese do pensamento dos alunos, que devem expressar o novo

grau de conhecimento a respeito do assunto.

A partir de então, pode-se observar que tanto os alunos quanto o professor

assumem uma visão diferente diante do problema inicial, pois os conhecimentos

científicos tratados lhes propiciam modificações intelectuais qualitativas, referentes

às concepções prévias sobre o conteúdo específico estudado. Os alunos alcançam

uma compreensão científica mais elaborada, o que determina novo posicionamento

em relação à prática social inicial, do confronto entre as informações que o aluno

possuía e o conhecimento científico adquirido, ele demonstra interesse em

apresentar soluções alternativas para o problema. Esse interesse é demonstrado

por meio de propósitos e do compromisso com a respectiva ação que pretende

realizar.

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Se sua intenção é economizar água, propõe como ação fechar a torneira ao

escovar dentes. Se é aprender mais sobre a água, expõe a proposta de ler mais

sobre o assunto, assistir a um filme e depois discuti-lo. Se é manter a limpeza da

água, sua proposta é verificar se a sua casa possui água tratada, se é feita a

limpeza na caixa d’água, se na sua casa tem fossa séptica ou tratamento de esgoto,

para não sujar rios.

Também se interessa em verificar os níveis de poluição dos rios em sua

região, e em propor sugestões de saneamento para as empresas responsáveis. E

se sua intenção é conhecer os processos de tratamento de água de sua região,

propõe-se a visitar as instalações da Estação de Tratamento de Água (ETA)

(GASPARIM, 2005).

As propostas assumidas como compromisso pelos alunos serão sempre

orientadas e acompanhadas pelo professor. Dessa forma, a prática social inicial

será analisada com base na fundamentação teórica, a partir das relações entre o

objeto de estudo da disciplina, os conteúdos estruturantes e específicos e os

elementos do Movimento C’T’S.

Os conteúdos específicos podem ser tratados, ainda, em atividades e aulas

práticas, desde que se considerem a coerência entre a teoria e a prática e o

conteúdo e a forma.

Nas aulas práticas, os alunos passam a compreender a inter - relação entre

os conhecimentos físicos, químicos e biológicos envolvidos na explicação dos

fenômenos naturais, bem como os processos de extração e industrialização da

matéria - prima, os impactos ambientais decorrentes desses processos, os materiais

usados, os procedimentos dessas atividades e o destino dos resíduos.

O encaminhamento metodológico para a disciplina de Ciências não pode

ficar restrito a um único método. Entre as possibilidades de trabalho, destacam-se:

a observação;

trabalho de campo;

jogos de simulação e desempenho de papéis;

visitas a indústrias, fazendas, museus;

projetos individuais e em grupos;

a redação de cartas para autoridades;

palestras com pessoas convidadas;

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fóruns, debates, seminários, conversação dirigida.

Outras atividades que estimulam o trabalho coletivo e que despertam a

vontade de aprender nos alunos são as que envolvem música, desenho, poesia,

livros de literatura, jogos didáticos, dramatizações, histórias em quadrinhos, painéis,

murais, exposições e feiras, entre outras.

Para essas atividades, os professores serão utilizados variados recursos

pedagógicos: slides, fitas VHS, DVDs, CDs, CD-ROMs educativos e softwares

livres, entre outros.

Vale destacar a importância dos registros que os alunos fazem no decorrer

das atividades em aula, podendo ser um instrumento de avaliação. Além disso,

serão realizados trabalhos de divulgação da produção dos alunos com o intuito de

promover a socialização dos saberes, a interação entre os estudantes e destes com

a produção científico-tecnológica.

Pretende-se contribuir para que os alunos estudem, compreendam e

expliquem os fenômenos naturais envolvidos nessa área do conhecimento e, com

isso, elaborem projetos científico-pedagógicos, para apresentação em projetos

diversos.

A partir desse encaminhamento metodológico, a disciplina de Ciências

poderá resgatar na escola a sua principal função: o estudo dos fenômenos naturais

por meio do tratamento dos conteúdos específicos, de forma crítica e histórica.

No que se refere a CULTURA AFRO – DESCENDENTE pretende-se

trabalhar este tema por meio de pesquisas relacionadas à África, como: Cultura,

Agricultura, Técnicas de irrigação, Origem de animais e vegetais dessa região,

Doenças, Genética, Nutrição, Plantas usadas na indústria farmacêutica,

Mortalidade infantil.

5. AVALIAÇÃO

A avaliação do processo pedagógico será feita numa interação diária do

professor com a classe e em procedimentos que permitem verificar em que medida

os alunos se apropriam dos conteúdos específicos tratados.

O processo avaliativo ocorrerá de forma sistemática e a partir de critérios

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estabelecidos pelo professor, relativamente:

Aos conhecimentos acumulados pelos alunos e à prática social deles;

Ao confronto entre esses conhecimentos e os conteúdos específicos;

Às relações e interações estabelecidas em seu progresso cognitivo, no

cotidiano escolar e fora dele.

As formas de avaliar o ensino de ciências poderá ocorrer de acordo com a

realidade do aluno, do seu nível cognitivo, entre outros fatores. Podendo ser:

Prova escrita: abrangendo questões dissertativas e questões de múltipla escolha e

procurando fazer com que os alunos justifiquem a resposta escolhida;

Prova oral: pode ser desenvolvida por entrevistas e questões respondidas

oralmente, avaliando conhecimentos e habilidades de expressão oral.

Trabalhos de pesquisa, ou tarefas para casa: devem ser avaliados, levando em

conta que nem sempre é o aluno quem executa o trabalho;

Tarefa de classe: Podem ser realizadas individualmente ou em grupos, ajudam a

reforçar o aprendizado dos grupos;

Trabalho expositivo: alguns temas mais polêmicos poderão ser expostos sob a

forma de cartazes na sala de aula ou nos murais da escola;

Trabalhos em seminários: os alunos desenvolverão pesquisas em grupo e

apresentarão aos colegas da sala durante as aulas.

6. REFERÊNCIAS

TRIVELLATO, José, Silvia. Ciências, Natureza e Cotidiano, 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries.

FTD, 2006.

Ciências – Projeto Araribá – 5ª, 6ª 7ª e 8ª séries. Editora Moderna, 2006.

DEMÉTRIO, Gowdak. Martins, Eduardo. Ciências. Novo pensar. Editora FTD, 2006.

Currículo Básico. Diretrizes curriculares de ciências para a Educação Básica.

Curitiba, 2006.

VALLE, Cecília, Vida e Ambiente 5ª, 6ª, 7ª e 8ª séries.

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DIRETRIZ CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

PROF. RESPONSÁVEL:LUIS HENRIQUE FIGURA

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

O ser humano, desde suas origens, produziu cultura. Sua história uma

história de cultura, na medida em que tudo o que faz está inserido num contexto

cultural, produzindo cultura. O conceito de cultura é entendido como produto da

sociedade, da coletividade quais os indivíduos pertencem, antecedendo-os e

transcendendo.

A Educação física tem uma história de pelo menos um século e meio no

mundo Ocidental Moderno, possui uma tradição e um saber-fazer e tem buscado a

formulação de um recorte epistemológico próprio.

A Educação física passou por varias tendências: A higienista até 1930,

militarista (1.930 a 1.945), pedagogista (1.945 a 1.964), competivista (pós 64), a

popular (após a abertura democrática), e social (atualidade).

Couto Ferraz tornou obrigatória a Educação Física nas escolas da corte em

1.851.

Em 1.882. Rui Barbosa maior defensor da Educação Física no contexto

escolar deu seu parecer no Projeto 224 de Leôncio Carvalho Decreto 7.247 de

19/04/1879. Inclusão da Ginástica nas escolas.

Em relação ao âmbito escolar, a partir do Decreto nº69. 450 de 1.971

consideraram-se a Educação Física como atividade que por seus meios, processos

e técnicas, desenvolvem e aprimoram forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e

sociais ao educando.

Na década de 80 o enfoque passou a ser o desenvolvimento psicomotor do

aluno, tirando da escola à função de promover os esportes de alto rendimento.

Segundo as DCEs; a Educação psicomotora surgiu com a finalidade de

valorizar a formação integral da criança. Nessa perspectiva, centrada na educação

“pelo movimento”, a Educação Física ficou subordinada a outras disciplinas

escolares, ou seja tornou-se elemento colaborador para o aprendizado de conteúdos

diversos daqueles próprios de disciplina de Educação Física.

E ainda no inicio da década de 1990, um momento significativo para o

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Estado do Paraná foi à elaboração do Currículo Básico. Seu processo de elaboração

deu-se num contexto nacional de redemocratização do país e resultou de um

trabalho coletivo dos profissionais comprometidos com a Educação Publica do

Paraná.

O Currículo Básico para a Educação Física, de então se fundamentava na

pedagogia histórico-crítica, denominada de Educação física progressista,

revolucionária e critica, sob pressupostos teóricos pautados no materialismo

histórico-dialético. Em tal currículo, propunha-se uma pratica político-pedagógica

que contribuísse para superar as condições e injustiças sociais.

“Busca-se assim, superar formas anteriores de concepção e atuação na

escola pública, visto que a superação é entendida como ir além, e não como

negação do que precedeu, mas considera objeto de análise, de crítica, de

reorientação e / ou transformação daquelas formas”.

Dar um novo significado às aulas é exercício necessário que requer uma

amplitude das possibilidades de intervenção, superando a dimensão meramente

motriz por uma dimensão histórica, cultural, social rompendo com a idéia de que o

corpo se restringe somente ao biológico ao mensurável.

Pois a Educação consciente é aquela que contribui para a formação do

indivíduo na sociedade.

Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultura

Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao

conhecimento e a reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas corporais

historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal

mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se

como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.

2. OBJETIVOS

Proporcionar ao educando melhorias de sua capacidade de observação,

reflexão, criação, discriminação, decisão e ação que o leve em ritmo

próprio a melhorar suas habilidades e relações sociais na escola e no

meio o qual está inserido.

Integrar os alunos da melhor forma possível nas atividades propostas;

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Vivenciar os diferentes esportes;

Relacionar teoria com a prática;

Conhecer a origem das diversas modalidades esportivas;

Analisar os diferentes esportes no contexto social e econômico;

Estimular a integração social para a melhoria da auto-imagem e auto-

estima;

Mostrar os diversos hábitos saudáveis relacionados à qualidade de vida;

Verificar as mudanças ocorridas nos esportes no decorrer dos anos;

Realizar exercícios aeróbicos e anaeróbicos;

Analisar criticamente o uso de doping no esporte;

Valorizar os efeitos positivos dos exercícios físicos no corpo humano;

Conhecer os aspectos históricos da ginástica artística e das práticas

circenses;

Montar coreografias utilizando o máximo de criatividade;

Vivenciar o lúdico a partir de materiais alternativos;

Analisar a importância do exercício físico na sociedade atual;

Conhecer os aspectos históricos das diferentes lutas;

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

1. Esporte 2. Jogos e brincadeiras3. Ginásticas.4. Lutas 5. Dança

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4. CONTEÚDOS BÁSICOS:

5ª Série Conteúdos Estruturante

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Esporte

Coletivos

Futebol; voleibol;basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; beseibol;cabo de guerra;jogo da malha;caçador;rouba bandeira.

Individuais

Atletismo:(salto em distancia,altura,triplo),corrida:(velocidade,meio fundo,fundo,marcha atlética); natação; tênis de mesa; tênis de campo; frescobol; badminton; hipismo.

Jogos e

brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

bulica; bets; peteca; corridas de sacos; jogo do peão; jogo dos paus; queimada; polícia e ladrão;jogo do mês,amarelinha; elástico; cinco marias; caiu no poço; mãe pega; stop;telefone sem fio;esconde-esconde;gato mia;confecção de brinquedos e sucatas.

Brincadeiras e cantigas de roda

Não atire o pau no gato;ficarás sozinha;o cravo e a rosa;chapéu de três pontas; gato e rato; adoleta; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira.

Jogos de tabuleiros Dama; trilha; dominó; xadrez; resta um;campo minado; caça palavras;forca;ludo; bingo;gamão;banco imobiliário;detetive;dado;

Jogos dramáticos Improvisação; imitação e mímica;teatrais

Jogos cooperativos

Futepar; volençol; eco-nome; novelo de lâ,basquetinho;amigos de jó;troca de palavras;Kará pintada;tartatuga gigante;vai e vem;limpar o

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lago;campo minado;dominó maluco;jogo da macacada; voleibol divertido.

Dança

Danças folclóricas

Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; balainha; bumba meu boi;fulia de reis;moçambique;junina.

Dança de salão

Valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango;country.

Danças de ruaBreak;street dançe funk;house;locking;popping;ragga.

Danças criativas

Elementos de movimento (Tempo, espaço, peso e fluência) qualidades de movimentos; improvisação; atividades de expressão corporal.

Danças circularesContemporâneas; folclóricas;sagradas.

Ginástica

Ginástica artística/olímpicaSolo e elementos de GO no dia-a-dia ; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas.

Ginástica rítmica Corda, arco; bola; massas; fita.

Ginástica de academia Alongamentos; ginástica aeróbicas; ginástica localizadas; step; core board; pular corda; pilates.

Ginástica círcense Malabares; tecido; trapézio; acrobacias;trampolim.

Ginástica geral Com e sem material;Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha; vela; rolamentos; paradas; estrela; rodante; ponte).

Lutas

Lutas de aproximação Judô; luta olimpica; jiu-jitsu; sumô greco romana.

Lutas que mantêm a distância

Karatê; boxe;muay thai; taekwondo.

Lutas com instrumento mediador

esgrima; kendô.

Capoeira Angola; regional.

6ªSérie

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Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Esporte

Coletivos

Futebol; voleibol;basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; beseibol;cabo de guerra;jogo da malha

Individuais

Atletismo:(salto em distancia,altura,triplo),corrida:velocidade,meio fundo,fundo,marcha atlética; natação; tênis de mesa; tênis de campo; frescobol;pin-pong; badminton; hipismo;tênis de mesa;triatlo;ténis;video games.

Jogos

e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

Amarelinha; elástico; cinco marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; corridas de sacos; jogo do peão; jogo dos paus; queimada; polícia e ladrão;cara ou coroa;pedra,papel,tesoura;stop;jogo da velha;cabra cega.

Brincadeiras e cantigas de roda

Não atire o pau no gato;ficarás sozinha;o cravo e a rosa;chapéu de três pontas; gato e rato; adoleta; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira.

Jogos de tabuleiro

Dama; trilha; dominó; xadrez; resta um;campo minado; caça palavras;forca;ludo; bingo;gamão;banco imobiliário;detetive;dado;

Jogos cooperativos

Futepar; volençol; eco-nome; novelo de lâ,basquetinho;amigos de jó;troca de palavras;Kará pintada;tartatuga gigante;vai e vem;limpar o lago;campo minado;dominó maluco;jogo da macacada; voleibol divertido.

Danças folclóricas Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; balainha; bumba meu boi;fulia de reis;moçambique.

Danças de rua Break;

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Dança

funk;house;locking;popping;ragga.

Danças criativas Elementos de movimento (Tempo, espaço, peso e fluência) qualidades de movimentos; improvisação; atividades de expressão corporal.

Dança Circulares Contemporâneas; folclóricas;sagradas.

Ginástica

Ginástica rítmica Corda, arco; bola; massas; fita.

Ginástica círcenses Malabares; tecido; trapézio; acrobacias;trampolim.

Ginástica geral Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha; vela; rolamentos; paradas; estrela; rodante; ponte).

Lutas

Lutas de aproximação Judô; luta olimpica; jiu-jitsu; sumô.

Capoeira Angola; regional.

7ª série Conteúdos Básicos

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Esporte

Coletivos

Futebol; voleibol;basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; futevolei; rugby; beisibol;badminton;biribol;bocha;cabo deguerra;espiribol;flescobol;futevôlei;jogo da malha;softbol.

Radicais Skate;rappel;rafting;treking;bungee;jumping;surf.

Jogos e brincadeiras populares

Amarelinha; elástico; cinco marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; corridas de sacos; jogo do peão; jogo dos paus; queimada; polícia e ladrão;cara ou coroa;pedra,papel,tesoura;stop;jogo da velha;cabra cega.

Dama; trilha; dominó; xadrez;

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Jogos e

brincadeiras

Jogos de tabuleiroresta um;campo minado; caça palavras;forca;ludo; bingo;gamão;banco imobiliário;detetive;dado.

Jogos dramáticos Improvisação; imitação e mímica;teatrais

Jogos cooperativos

Futepar; volençol; eco-nome; novelo de lâ,basquetinho;amigos de jó;troca de palavras;Kará pintada;tartatuga gigante;vai e vem;limpar o lago;campo minado;dominó maluco;jogo da macacada; voleibol divertido.

Dança Danças criativas

Elementos de movimento (Tempo, espaço, peso e fluência) qualidades de movimentos; improvisação; atividades de expressão corporal.

Danças circulares Contemporâneas; folclóricas;sagradas.

Ginástica

Ginástica rítmica Corda, arco; bola; massas; fita.

Ginástica círcenses Malabares; tecido; trapézio; acrobacias;trampolim.

Ginástica geral Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha; vela; rolamentos; paradas; estrela; rodante; ponte).

Lutas

Lutas com instrumento mediador Esgrima; kendô.

Capoeira Angola; regional.

8ª série Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos

Conteúdos Específicos

Esporte Coletivos

Futebol; voleibol;basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; futevolei; rugby; beisibol;badminton;biribol;bocha;cabo deguerra;espiribol;flescobol;futevôlei;jogo da malha;softbol.

Skate;rappel;rafting;treking;bungee;ju

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Radicais mping;surf;montanhismo;moutain bike;parkour;corrida de aventura

Jogos e

brincadeiras

Jogos de tabuleiro

Dama; trilha; dominó; xadrez; resta um;campo minado; caça palavras;forca;ludo; bingo;gamão;banco imobiliário;detetive;dado;

Jogos dramáticos Improvisação; imitação e mímica;teatrais

Jogos cooperativos

Futepar; volençol; eco-nome; novelo de lâ,basquetinho;amigos de jó;troca de palavras;Kará pintada;tartatuga gigante;vai e vem;limpar o lago;campo minado;dominó maluco;jogo da macacada; voleibol divertido;futebol divertido;voleibol gigante.

Dança

Danças criativasElementos de movimento (Tempo, espaço, peso e fluência) qualidades de movimentos;J jazz dance. improvisação; atividades de expressão corporal.

Danças circulares Contemporâneas; folclóricas;sagradas.

Ginástica

Ginástica rítmica Corda, arco; bola; massas; fita.

Ginástica geral Jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha; vela; rolamentos; paradas; estrela; rodante; ponte).

Lutas Lutas com instrumento mediador

Esgrima; kendô.

Capoeira Angola; regional.

5. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

Considerando o objeto de ensino de estudo da Educação Física tratado nas

Diretrizes, isto é, a Cultura Corporal, por meio dos conteúdos estruturantes

propostos – esporte; dança; ginástica; lutas; jogos, brinquedos e brincadeiras – a

Educação física tem a função social de contribuir para que alunos se tornem sujeitos

capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal

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consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

O conjunto de procedimentos, representados por métodos e técnicas de

ensino, devem levar o aluno a desenvolver suas potencialidades em sala de aula

bem como em ambiente externo, através das diversas aplicações e materiais como:

Prática de exercícios através de jogos esportivos, recreativos, educativos,

brincadeiras, dança ginástica e caminhadas.

Textos informativos, revistas, jornais abordando os diversos temas da

atualidade, seminários, exposições de trabalhos, registro no caderno, leitura,

interpretação escrita, debate e análise crítica.

Pesquisa local de jogos e brincadeiras antigas, elaboração de quadro

comparativo dos jogos e brincadeiras antigas com as dos dias atuais, apontando os

aspectos positivos e negativos, confecção de brinquedos, debate e prática dos

mesmos. Ex: (Peteca, cinco Marias).

Análise histórica dos jogos de tabuleiro, objetivos e apreensão básica do

jogo durante as aulas práticas. Organização de campeonato na sala de aula de

jogos de tabuleiro definindo o jogo, regras e tempo.

Leitura da origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história

valorizando os direitos adquiridos ao longo do tempo.

Estudo dos fundamentos e regras básicas dos esportes, exercícios práticos

dos fundamentos e técnicas simples de modo isolado e depois de modo combinado,

(Jogo).

Trabalho de pesquisa sobre a ginástica, diálogo em grupo e desenho. Prática

de movimentos básicos (rolamento, roda). Construção e experimentação de matérias

utilizados nas diferentes modalidades.

Registro, leitura e debate sobre a origem e histórico das lutas. Musicalização

ginga esquiva e golpes simples.

Pesquisa sobre a origem, histórico e importância da dança.

Vivenciar e montar pequenas composições coreográficas.

Semana Cultural : semana que almeja-se envolver todos os alunos nas mais

diversas atividades: dança, teatro, jogos de tabuleiros , jogos esportivos e cantinho

da reflexão, (musicalização ,alongamento , relaxamento e massagem ).

A partir das aulas teóricas e práticas integrar os alunos da melhor forma

possível dentro das atividades valorizando sua participação, comprometimento,

cooperação, espírito de equipe, procedimento social e limitações.

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Favorecer ao educando através dos trabalhos desenvolvidos a oportunidade

de uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual esta inserida valorizando

suas experiências e limitações.

Por meio dos conteúdos propostos, a educação física pretende promover

mudanças ao convívio social e integração no processo pedagógico, como elemento

fundamental para formação humana do aluno.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação existe para garantir o sucesso do ensino e da aprendizagem e,

nesse sentido, ela é essencial para professores e alunos se auto-avaliarem, em

busca de uma prática que efetive o aprendizado e a troca de experiências.

A avaliação deve ser diversificada, e desenvolvida de diferentes maneiras,

usando diferentes instrumentos.

A criança é um corpo ativo e pensante, que deve atuar com tempo para

refletir, experimentar, dialogar e testar, de modo que possa construir seus

conhecimentos.

A avaliação deve ser compreendida como elemento integrador entre

aprendizagem e o ensino, conjunto de ações cujo objetivo é o ajuste a orientação da

intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma, conjunto de

ações que busca obter informações sobre o que foi aprendido e como elemento de

reflexão contínua sobre a prática educativa, instrumento que deve possibilitar ao

aluno tomada de consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades, ação

que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas em

momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de

trabalho.

A avaliação da aprendizagem é um recurso pedagógico útil e necessário

para auxiliar cada educador e cada educando na busca e na construção de si

mesmo e do seu melhor modo e ser na vida.

A avaliação da aprendizagem em Educação Física será um processo

contínuo, sendo vista como um recurso que contribui para o desenvolvimento e

aprendizagem do aluno, instrumento pelo qual o professor poderá acompanhar a

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aquisição e evolução do educando no seu comprometimento na ação do

aprendizado, assiduidade nas aulas práticas e teóricas,responsabilidade na

execução das atividades, efetiva participação nas aulas e demonstração de

colaboração com o grupo, espírito de equipe, discussão em grupo, apresentação

coreográficas demonstrando iniciativa e qualidade na execução , atividades

escritas, análise crítica, registro no caderno, trabalhos de pesquisa e exposição,

seminários, debate e produção de texto.

A avaliação escolar só faz sentido se tiver o intuito de buscar caminhos para

a melhor aprendizagem, e lembrando sempre que avaliar é valorizar o conhecimento

que o aluno traz e não somente a quantidade de conhecimentos. Conforme

Hoffmann “O ato de avaliar não é um ato impositivo, mas sim dialógico amoroso e

construtivo”.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

SEED, Secretaria de Estado da Educação Currículo básico para a Escola pública do Estado do Paraná 3ª ed. Curitiba, SEED, 1997.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba: SEED. 2008.

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DIRETRIZ CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

PROF. RESPONSÁVEL:ANGELA PROCÓPIO

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

A religião é tão antiga como a história do próprio ser humano. O medo do

desconhecido e a necessidade de ser humano a fundar diversos sistemas de

crenças, cerimônias e cultos.

Em outras palavras, pode-se dizer que:

De nossos ancestrais pré históricos, temos apenas os ossos. Mas seus indícios

permanecem: os marcos de pedras e os dólmenes que salpicam a Irlanda, os

monumentos de Stonehenge e as sensacionais pinturas nas cavernas em

Lascaux (FARINGTON, 1999, p.9)

As civilizações mais primitivas, deixaram as evidências e tipos de

adorações, centradas na figura de um animal ou pessoa nos quais buscavam

compreender o significado da natureza.

Os povos primitivos do Egito, Mesopotâmia, Grécia, e Roma são os que

deram origem à religião ao preservarem antigos modos de viver e pensar, não eram

civilizados, mas têm sua cultura baseada na totalidade de comportamento

transmitidas.

Segundo FARRINGTON (p. 30 a 41), os Egípcios acreditavam que o faraó

estava no mesmo nível dos deuses. Por isso, quando descobriram a técnica dos

deuses. Por isso, quando descobriram a técnica da mumificação, era apropriado

que, na morte, eles fossem tratados como realezas, assim como tinham sido em

vidas. Os gregos e romanos acreditavam que a religião era uma mistura de crenças

e o povo podia mistura de crenças e o povo podia escolher qualquer uma. Os

deuses eram bem humanos: como egos para ser lisongeados e defeitos para ser

explorados.

As religiões integram o campo simbólico que os homens criam para se

relacionar com o mundo e consigo mesma. Permitem explicar aquilo que não é

compreendido pelas ciências de cada época, seja uma manifestação da natureza,

seja uma elaboração da mente.

Assim, religião constitui “um corpo de sistema organizado de crenças que

ultrapassa a realidade da ordem natural e que tem por objetivo o sagrado ou

sobrenatural, sobre qual elabora sentimentos, pensamentos e ações”. (BARSA,

2001, p.276)

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No Brasil, o Ensino Religiosos era determinado pela Constituição de 1824,

voltado pela religião Católica Apostólica Romana. Após a Proclamação da

República, o Estado Brasileiro passou a ser laico. Isso significa que ele não deve

ter, e não tem religião. Tem sim, o dever de garantir a liberdade religiosa.

“É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o

livre exercício dos cultos religiosos e garantia, na forma de lei, a proteção

aos locais e cultos e suas liturgias” ( CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA, Art. 5º,

inciso VI)

Amparados por lei, a liberdade religiosa é um direito fundamental do

cidadão, como também afirma a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Apesar da constituição garantir a liberdade aos cultos e crenças religiosas,

constatava-se que o Ensino Religioso nas escolas apresentava o tradicionalismo da

sociedade brasileira apresentar manifestações do pluralismo religioso.

A pluralidade e as manifestações da sociedae civil e religiosa foram

ignorados pelo Estado e o Ensino Religioso continuaram vinculadas aos princípios

catequéticos.

Em 1972, o Ensino Religioso tem início oficial, previsto no artigo 7 da Lei

5.692. Concretizam os primeiros entendimentos entre as diversas manifestações

religiosas.

“Em decorrência dessa lei, o Ensino Religioso foi instituído como disciplina escolar

em 1972, no Estado do Paraná, com a criação da Associação Interconfessional de

Curitiba (ASSINTEC). (DCEs, 2006, p.16)

Em 1973, oficialmente é reconhecida a ASSINTEC: Associação

Internacional de Educação de Curitiba. Desde então, contatos, convênios, reuniões,

cursos fazem com que o Ensino Religioso seja assumido pela disposição dos

próprios educadores de Curitiba !”Crescer em Cristo”. O Ensino Religioso cresce,

toma forma, e a ASINTEC não é mais um grupo de trabalho. Ela é uma união e a

reunião de todos os educadores, que com espírito ecumênico, aberto a todos

assumem o Ensino Religioso como parte do processo gradual, permanente,

contínuo da Educação. Também assume o ensino como sentido de fé para os

valores que a Educação se propõem em contra partida aos pseudos valores de

nossa sociedade.

“Crescer em Cristo”, para a ASSINTEc, não é um lema, mas um desafio de

Crescer num processo de evangelização dinâmico, unitário e abrangente. Dinâmico

porque envolve um crescimento sem rupturas; unitário porque integra fé e vida, de

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modo consciente e sistematizado, abrangente porque integra a vida escolar os

educadores, os educandos e a família e, por isso, necessita ser complementados na

Comunidade de Fé (igreja) pela catequese, pelo culto, pela escola dominical ou

assembléia de sua respectiva confissão religiosa.

As reações do homem frente ao sagrado, em diferentes contextos históricos

expressam um fenômeno cultural e social. Assim, a busca para procura de

respostas levou o homem a crer em manifestações de seres sobrenaturais.

2. OBJETIVOS

Promover por meio do Ensino Religioso a convivência entre grupos

diferentes, conhecendo, aprendendo e respeitando a multiculturalidade,

excluindo preconceitos e valorizando o pluralismo religioso.

Reconhecer a diversidade do conhecimento humano e suas diversas

formas de ver o SAGRADO;

Respeitar e compartilhar a diversidade cultural e religiosa no Brasil;

Trabalhar conteúdos sobre Meio Ambiente, ressaltando a importância do

mesmo no futuro para uma boa convivência e menos precariedade;

Promover a educação para a paz, desenvolvendo atitudes éticas que

qualifiquem as relações de ser humano consigo mesmo, com o outro e

com a natureza;

Perceber a relação entre a ciência, a cultura e a fé, ao buscar respostas

para os próprios questionamentos;

Contribuir para que os educandos possam encaminhar sua opção por um

quadro referencial de valores, como sustentação de seus juízos diante do

BEM, da VERDADE, da JUSTIÇA e do AMOR.

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3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

A Paisagem Religiosa

O Símbolo

O Texto Sagrado

Sentimento Religioso.

4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

5ª Série

Cultura Européia e as manifestações religiosas no Paraná;

Italianos – Católicos;

Ucranianos – Cristãos Ortodoxos.

Manifestações da cultura africana: Religiosidade e folguedos, umbanda e

candomblé;

O Ensino Religioso na Escola Pública;

Respeito à Diversidade Religiosa;

Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira:

respeito à liberdade religiosa;

Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão;

Direito à liberdade de reunião e associações pacíficas; Direitos Humanos

e sua vinculação com o Sagrado;

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação,

de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão

do sagrado nesses locais;

Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, cujo os

nomes são oriundos das diversas crenças reli;

Lugares construídos: templos, cidades sagradas, presentes no mundo

atual e que são patrimônios da diversidade Religiosa;

Textos orais e escritos – Sagrados – Ensinamentos sagrados

transmitidos de forma oral e escrita (cantos ,narrativas, poemas, orações,

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como: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá'is – Fé Bahaá'l, Tradições

Orais Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo.

Organizações Religiosas – características, estrutura e dinâmica social.

Exemplos: Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec),

Taoísmo (Lao Tse)

Religiosidade indígena no Paraná

6ª Série

Universo Simbólico Religioso – Significados simbólicos dos gestos, sons,

formas, cores e textos nos Ritos, Mitos e no cotidiano;

Ritos de passagem, Mortuários, Propiciatórios e outros;

Festas Religiosas, peregrinações, festas familiares, festas nos templos,

datas comemorativas;

Vida e Morte;

O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas;

Reencarnação;

Ressurreição – ato de voltar à vida;

Além Morte;

Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se

tornam presentes;

A religiosidade e a cultura africana no Paraná e no Brasil: congada e

carnaval;

Manifestações originárias da cultura européia no Paraná;

- Alemães – protestantes

- Poloneses – Católicos

A religiosidade indígena e a miscigenação religiosa no Paraná.

5. METODOLOGIA

O compromisso da Educação Religiosa expressa uma reflexão em torno de

uma diversidade cultural, a fim de promover a Paz Global, o respeito pelo ser

humano e suas crenças.

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Portanto, faz-se necessário uma metodologia abrangente, o que implica na

concepção de seus objetivos, conteúdos através de aulas expositivas, filmes,

documentários, debates, seminários, dinâmicas em grupos, palestras

complementares com representantes de diversas religiões, produção de textos e

cartazes, os quais possam favorecer explicações aos fenômenos que não

obedecem as leis da natureza.

Organizar entrevistas com pessoas negras e idosas da comunidade, sobre

elementos da cultura afro-brasileira presente no cotidiano, como na religião,

culinária, linguagens, lendas e histórias populares, vestuários, festas, etc. Registrar

e discutir com a turma.

Identificar através das entrevistas possíveis manifestações de preconceito

racial.

Trabalhar em grupos na elaboração de cartazes, desenhos e colagens sobre

a presença da cultura negra e indígena no Paraná.

Elaborar painéis sobre diversos elementos formadores da população

brasileira, ressaltando a questão das injustiças praticadas, pela falta da consciência

tanto no passado como no presente, valorizando todas as pessoas sem distinção de

raça, classe social, credo, etc.

Promover debates e seminários, a fim de resgatar valores essenciais, como

a virtude, valores humanos, fé, auto-estima, humildade, responsabilidade,

prudência, coragem, solidariedade, amizade, respeito e honestidade, tendo como

objetivo construirmos uma sociedade melhor, mais justa e menos violenta.

Desenvolver atividades como jogos e brincadeiras atrelados ao Ensino

Religioso, partindo da reflexão dos problemas as alternativas.

Por intermédio dessas discussões espera-se uma democratização religiosa,

onde os direitos a liberdade de pensamento e crença, possam ser respeitados, para

formação de uma sociedade mais justa, sem preconceito religioso.

Diante desta perspectiva, as aulas de Ensino Religioso tem como objetivo

superar o preconceito e aprofundar o conhecimento a qualquer expressão do

sagrado.

Para efetivar esse processo pedagógico, propõe-se que os conhecimentos

de bases teóricas, como o Universo Simbólico, ritos, organizações religiosas, festas,

questões de vida e morte e os lugares sagrados das diferentes culturas inclusive a

local propiciem uma maior interação dos indivíduos.

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6. AVALIAÇÃO

De acordo com as DCEs (2006, p.34), O processo avaliativo no Ensino

Religioso não constitui objeto de aprovação ou reprovação. As práticas avaliativas,

serão diagnósticas, contínuas e cumulativa, assim sendo, será passível o processo

de apropriação de conhecimento dos conteúdos e objetivos pelo aluno.

Observar a apropriação dos conteúdos em diferentes situações, avaliando a

sua capacidade de discernir e vivenciar atitudes, valores de forma subjetiva e

objetiva.

Considerar a participação do aluno em debates, na expressão da fé e seu

conhecimento das diversas culturas com relação ao sagrado.

Identificar por meio de textos, provas e debates se o aluno apropriou-se das

informações transmitidas por intermédio dos conteúdos, os temas enfocados

referentes ao índio, ao negro e a outros elementos formadores da população

brasileira.

Promover atividades práticas e teóricas, no sentido de reflexão e

experiência, sobre os temas que envolva a alegria, tristeza e sofrimento dos outros

compartilhando com eles suas dificuldades, necessidades e preocupações.

Observando se os alunos demonstram preocupações e são capazes de aceitar e

valorizar as pessoas.

Dinamizar o Estudo Religioso através de pesquisas com palavras chaves

relacionadas aos conteúdos, promovendo assim, seminários e debates, dando

oportunidade para que o aluno expresse seus pensamentos, sentimento e

compromisso pessoal e comunitário de assumir novas atitudes de vida, partir do que

foi refletido.

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7. REFERÊNCIAS

FARRINGTON, Karen. História Ilustrada da Religião. São Paulo: Manole, 1999.

NOVA. Enciclopédia Barsa. Vol.30. São Paulo: Barsa Consultoria Editorial, 2001.

ASSINTEC. Ensino Religioso – O encontro consigo mesmo – Ed. Experimental, número 01, SEED,PR.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para a Educação Básica. Curitiba: SEED. 2008.

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DIRETRIZ CURRICULAR GEOGRAFIA

PROF. RESPONSÁVEL:JULIANA MARGARIDA SIQUEIRA

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

A geografia tem assumido um papel muito importante em uma época em

que as informações são transmitidos com muita rapidez em grande volume. é

impossível acompanhar e entender as mudanças e os fatos ou fenômenos que

ocorrem no mundo sem conhecimentos geográfica. É no espaço geográfico conceito

fundamental da ciência geográfica que se realizam as manifestações da natureza e

as atividades humanas. Por isso, compreender a organização e as transformações

sofridas por esse por esse espaço é essencial para formação do cidadão consciente

e crítico dos problemas do mundo em que vive. Por consequência, pensamos no

aluno como agente atuante e modificador do espaço geográfico, dentro de uma

proposta educacional que requer responsabilidade de todos, visando conseguir um

mundo mais ético e menos desigual.

Procuramos demonstrar que a busca do conhecimento é um processo único

e que a geografia faz parte dele, assim atividades interdisciplinares são essenciais

além de compreender que o conhecimento adquirido na sala de aula não está

dissociado dos acontecimentos diários.

2. OBJETIVOS

Contribuir na formação de um aluno capaz de compreender o espaço

geográfico e atuar de maneira crítica na produção Socioespacial.

Compreender os conceitos geográficos de Paisagem, Região, Lugar,

Território, Natureza, Sociedade.

Localizar-se e orientar-se com exatidão no espaço geográfico, através

da leitura cartográfica.

Entender que o espaço geográfico é composto pela

materialidade(natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas,

culturais e políticas.

Identificar as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e

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suas consequências econômicas, socioambientais e políticas.

Reconhecer as diferentes formas de regionalização do espaço

geográfico.

Entender as consequências ambientais geradas pelas atividades

produtivas.

Reconhecer e analisar os diferentes indicadores demográficos e suas

implicações socioespaciais.

Identificar a configuração socioespacial mundial por meio da leitura dos

mapas, gráficos, tabelas e imagens.

Compreender a atual configuração do espaço mundial e suas

implicações sociais, econômicas e política.

Compreender que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e

política global, porém apresentam particularidades.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Dimensão Econômica, Política, Sócioambiental, Cultural e Demográfica do

espaço geográfico.

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4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

5°Série

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos

Conteúdos Específicos

Dimensão

Econômica

do espaço

geográfico

A formação, localização e

exploração dos recursos

naturais.

A distribuição espacial das

atividades produtivas, a

transformação da paisagem,

a (re) organização do

espaço.

- Exploração econômica

dos elementos naturais

pelas atividades extrativas (mineral

e vegetal).

- As interno-relações das atividades

econômicas (agricultura, pecuária,

cooperativismo, indústria e

comércio) do espaço local ao

global.

- A distribuição espacial das fontes

de energia e sua importância para

a produção industrial.

- A distribuição das indústrias e sua

importância na economia nacional

e mundial.

- As atividades econômicas

definindo a configuração do espaço

geográfico local, regional e global.

- As relações econômicas entre os

lugares: o urbano e o o rural.- A

circulação da produção: os

transportes e o comércio de

mercadorias.

Page 75: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

Dimensão

política do

Espaço

Geográfico

As relações entre campo e a

cidade na sociedade

capitalista

As diversas regionalizações

do espaço geográfico

- Conhecendo o espaço urbano do

local para o global: a constituição e

distribuição dos micro territórios

urbanos.

- A organização política dos

lugares: fronteiras e limites.

- A interdependência entre o campo

e a cidade: a cidade como centro

de decisões políticas.

- As diferentes formas de

regionalização do espaço

geográfico.

Dimensão

Socioambiental

do Espaço

Geográfico

Formação e transformação

das paisagens naturais e

culturais

Dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção Cultural e

Demográfica

- A distribuição espacial dos

recursos vegetais e as

transformações causadas pelas

sociedades humanas.

- O uso do solo no desenvolvimento

das atividades agrícolas:

terraceamento, erosão,

lixiviação,etc.

- O clima, seus elementos e sua

relação com atividades produtivas e

lazer.

- A constituição da Litosfera e a

construção das cidades: erosão,

impermeabilização dos solos,

ocupação das áreas de riscos.

- As implicações da circulação

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atmosférica e da poluição na

Cultural e Demográfica

organização do espaço geográfico.

- A influência dos movimentos do

planeta Terra na organização do

espaço geográfico.

Dimensão

Cultural e

Demográfica do

Espaço

Geográfico

A mobilidade populacional e

as manifestações

socioespacias da diversidade

cultural

A evolução demográfica, a

distribuição espacial da

população e os indicadores

estatísticos

Êxodo Rural e sua influência na

configuração espacial urbano e

rural.

A distribuição da população em

diferentes espaços: rural e urbano.

A dinâmica populacional

influenciada pela produção do meio

rural e urbano.

Os diferentes grupos culturais em

sua relação com a natureza.

Os diferentes grupos socioculturais

e suas marcas na paisagem.

Crescimento populacional e a

estrutura etária da população:

envelhecimento da população,

expectativa de vida, etc.

6° Série

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Dimensão

A formação, o crescimento das

cidades, a dinâmica dos

A exploração econômica dos

recursos naturais repercutindo

Page 77: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

Econômica do

espaço

geográfico

espaços urbanos e a

urbanização.

A distribuição espacial das

atividades produtivas, a (re)

organização do espaço

geográfico.

A circulação de mão-de-obra,

das mercadorias e das

informações

na ocupação do território

brasileiro.

A distribuição e as

produtividades dos diferentes

agrossistemas, no Brasil.

A relação das fontes de

energia com a produção

econômica nas regiões

brasileiras.

A influência dos fatores

econômicos na distribuição

das indústrias no espaço

geográfico brasileiro.

As implicações espaciais do

uso da tecnologia na produção

agropecuária e industrial.

Os espaços de produção e a

circulação de mercadorias no

território (rodovias, ferrovias,

portos e aeroportos).

O aproveitamento econômico

das bacias hidrográficas:

abastecimento das cidades,

lazer, transportes.

Dimensão política

do Espaço

A formação, mobilidade das

fronteiras e a reconfiguração

Expansão territorial e a

configuração atual do território

Page 78: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

Geográfico do território brasileiro.

As diversas regionalizações do

espaço brasileiro.

Os movimentos sociais,

urbanos e rurais, e a

apropriação do espaço.

brasileiro:apropriação dos

territórios indígenas do século

XVI a atualidade.

Formação do território

brasileiro: expansão e

regionalização.

Movimentos sociais no espaço

urbano e o direito a cidade:

transporte, moradia,

saneamento e saúde.

A distribuição e configuração

espacial dos territórios

urbanos marginais.

Importância estratégica da

água, dos recursos minerais e

da bioenergia.

As guerras fiscais entre os

lugares e a globalização em

sua relação com distribuição

industrial no Brasil.

Dimensão

Socioambiental

do Espaço

Geográfico

Formação do território

brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

O espaço rural e a

A distribuição e a exploração

dos elementos naturais no

espaço brasileiro.

A degradação dos ambientes

e dos recursos naturais.

Os diferentes climas e sua

Page 79: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

modernização da agricultura. influência nas atividades

agropecuárias no Brasil.

As consequências ambientais

decorrentes do processo

industrial e uso de agrotóxicos.

Problemas sociais e

ambientais urbano: a falta de

saneamento básico, ocupação

de áreas de risco, depósitos

de lixo, assoreamento dos

rios, etc.

A formação de áreas de

proteção ambiental: os

parques e reservas

ambientais.

Dimensão

Cultural e

Demográfica do

Espaço

Geográfico

A mobilidade populacional e as

manifestações socioespaciais

da diversidade cultural

A evolução demográfica da

população, sua distribuição

espacial e indicadores

estatísticos.

Movimentos migratórios e suas

motivações.

Formação e distribuição da

população brasileira: as

contribuições culturais das

diversas etnias: indígenas,

africanos, europeus e

asiáticos.

A população brasileira:

crescimento, distribuição e

migração.

Indicadores sociais e as

condições de vida da

população brasileira.

O deslocamento da população

Page 80: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

e o processo de crescimentos

das cidades médias e das

metrópoles.

As manifestações culturais no

espaço urbano e rural.

7° Série

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Dimensão

Econômica do

espaço

geográfico

O comércio em suas

implicações socioespaciais.

A circulação de mão-de-obra,

do capital, das mercadorias e

informações.

A distribuição espacial das

atividades produtivas, a (re)

organização do espaço

geográfico.

A apropriação dos recursos

minerais e sua importância

econômica.

A distribuição espacial das

tecnologias e sua relação com

a industrialização e

comunicações.

Circulação de informação,

mercadorias configurando os

diferentes espaço mundiais.

Divisão internacional do

trabalho e as novas formas de

exploração do trabalhador no

Brasil e no mundo.

Dimensão política

do Espaço

Geográfico

As diversas regionalizações do

espaço geográfico.

A formação, mobilidade das

fronteiras e a reconfiguração

dos territórios do continente

A formação territorial dos

estados nacionais.

A reconfiguração das

fronteiras e a formação dos

territórios na

Page 81: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

americano.

A nova ordem mundial, os

territórios supranacionais e o

papel do estado.

globalização:importância dos

blocos econômicos.

A disputa global pelos

recursos naturais e sua

localização estratégica.

Conflitos étnicos regionais, o

narcotráfico e a formação dos

microterritórios.

Dimensão

Socioambiental

do Espaço

Geográfico

As relações entre o campo e a

cidade na sociedade capitalista

O espaço rural e a

modernização da agricultura.

A formação, a localização,

exploração dos recursos

naturais.

A formação dos recursos

minerais: tempo geológico e a

dinâmica da natureza.

A degradação das áreas

agricultáveis no mundo:

arenização, desertificação e

erosão.

O desenvolvimento de

técnicas e de tecnologias na

agricultura, sua relação com o

relevo e o clima.

Os impactos ambientais

decorrentes da

industrialização.

Dimensão

Cultural e

Demográfica do

Espaço

A evolução demográfica da

população, sua distribuição

espacial e os indicadores

estatísticos.

Crescimento demográfico e

políticas populacionais.

Os fluxos migratórios gerados

por questões econômicas,

Page 82: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

Geográfico Os movimentos migratórios e

suas motivações.

A mobilidade populacional e as

manifestações socioespaciais

da diversidade cultural.

culturais, geopolíticas e

ambientais.

A distribuição da população e

os impactos de sua

urbanização.

8° Série

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Dimensão

Econômica do

espaço geográfico

A revolução tecnico-científico-

informacional e os novos

arranjos no espaço da

produção.

O comércio mundial e as

implicações socioespaciais.

A distribuição das atividades

produtivas, a transformação da

paisagem e a (re) organização

do espaço geográfico.

Agricultura subsidiada e

emprego de novas

tecnologias.

As atividades agrícolas e suas

disparidades técnicas.

Atividades econômicas, o

desenvolvimento tecnológico

(agropecuária, indústria, e

comércio) e a transformação

do espaço mundial atual.

A organização das economias

regionais a partir dos Blocos

Econômicos.

Dimensão política

do Espaço

Geográfico

A diversas regionalizações do

espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os

territórios supranacionais e o

papel do Estado.

A formação, mobilidade das

A espacialização dos

principais conflitos mundiais,

suas causas e efeitos.

A nova ordem mundial: do

mundo bipolar ao multipolar.

As organizações mundiais-

Page 83: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

fronteiras e a reconfiguração

dos territórios.

ONU e as instituições

multilaterais que a compõem-

suas ações na organização do

espaço.

A regulamentação do fluxo de

comércio internacional pela

OMC.

A nova ordem mundial no

século XXI: as relações de

poder e as novas

regionalizações.

Dimensão

Socioambiental

do Espaço

Geográfico

A formação, localização,

exploração dos recursos

naturais.

A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção.

O espaço em rede:produção,

transporte e comunicações na

atual configuração territorial.

Questões ambientais mundiais

e os danos no espaço

geográfico: o aquecimento

global e suas consequências.

A sociedade de consumo, a

degradação ambiental em sua

configuração espacial.

O uso e a preservação dos

recursos naturais e o

desenvolvimento econômico.

Dimensão Cultural

e Demográfica do

Espaço

Geográfico

A evolução demográfica da

população, sua distribuição

espacial e os indicadores

estatísticos.

A mobilidade populacional e as

manifestações socioespaciais

da diversidade cultural.

Crescimento demográfico e a

emigração a emigração dos

países pobres: identidade

étnica e cultural.

As migrações mundiais e sua

influência sobre a formação

cultural, distribuição espacial e

Page 84: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

Os movimentos migratórios

mundiais e suas motivações.

configuração demográfica dos

países.

Os indicadores sociais

demonstrando as

desigualdades espaciais.

Os conflitos étnicos: xenofobia

e racismo em suas

consequências espaciais.

5. METODOLOGIA

A metodologia utilizada será baseada na de João Luiz Gasparin, uma

Didática para a Pedagogia histórico-crítica que consta das seguintes etapas:

Prática social inicial do conteúdo, que tem por objetivo partir do que os

alunos e os professores já sabem;

Problematização cuja a intenção é levar o aluno a refletir sobre os

principais problemas da sua prática social;

Instrumentalização será a ação didático-pedagógica adotada pelo

professor para atingir os seus objetivos.

Catarse será como o aluno compreendeu o conteúdo, ou seja,

seu novo entendimento sobre o que foi trabalhado.

Prática social final do conteúdo é a nova proposta de ação a

partir do novo conteúdo sistematizado.

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6. AVALIAÇÃO:

A avaliação é um dos elementos no processo pedagógico que faz parte da

interação entre professor, aluno e conhecimento.

Há muitos métodos para se avaliar de forma diagnóstica, se o aluno

reelaborou seu saber, e se desenvolveu novas habilidades e conhecimentos,

considera–se também a participação do aluno nos trabalhos didáticos, envolvimento

nos debates em sala de aula. Reconhecer a importância da leitura e interpretação

de mapas, textos, imagens, gráficos, tabelas, relatórios, seminários, construções de

maquetes, pesquisas; enfim a avaliação ocorrerá em dois aspectos: formativa e

somativa, sempre considerando o empenho e dedicação do aluno.

Assim a construção do conhecimento será feita em cada aula, e o que será

avaliado é a posição crítica adquirida pelo aluno, para que esse procure

desmistificar as ideologias do mundo capitalista.

7. REFERÊNCIAS:

GASPARIN, João Luiz Gasparin. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. São Paulo: Autores Associados, 2002.

Secretária de Estado da Educação – SEED. Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica. Curitiba, 2007.

CASTROGIOVANNI,A.C.(org.) Geografia em sala de aula:práticas e reflexões.Porto Alegre:Ed.UFRS,1999.

LACOSTE,Y.A Geografia:isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra.Campinas: Papirus, 1988.

SENE, Eustáquio de.; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização. São Paulo: Scipione, 1998.

ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de.; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática,2003.

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DIRETRIZ CURRICULAR HISTÓRIA

PROF. RESPONSÁVEL:LUCIA LIEBEL DE SIQUEIRA MENDES

MARIA JOCELIA BARÃO

Page 87: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

A história tem como objetivo de estudo os processos históricos relativos as

ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como as respectivas

significações atribuídas pelos sujeitos tendo ou não consciência dessas ações. As

relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas

sócio - históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de

representar, de imaginar, de instituir, portanto de se relacionar social, cultural e

politicamente.

As relações humanas determinam os limites e as possibilidades das ações

dos sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as

estruturas sócio - históricas. Mesmo condicionados, as ações dos sujeitos permitem

espaços para escolha e projetos de futuro. Como objetivo de estudo, devem - se

considerar também as relações dos seres humanos como os fenômenos naturais,

tais como as condições geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época

e local, que também se conformam a partir das ações humanas.

A história é entendida como as diferentes formas pelas quais as

comunidades, a partir de suas diferenças sociais e culturais, percebem e

compreendem sua sociedade e a própria história.

As concepções que marcam a produção historio gráfica permitem

compreender que o conhecimento histórico possui diferentes formas de explicar o

seu objeto de investigação, constituídos nas experiências dos sujeitos.

O ensino de história constitui para a formação de uma consciência histórica

crítica dos alunos, uma vez que o estudo das experiências do passado, permite

formar pontos de vista históricos por negação aos tipos tradicional e exemplar de

consciência histórica que permitem ampliar as possibilidades de explicação e

compreensão de fatos históricos.

2. OBJETIVOS

Ampliar estudos sobre as problemáticas contemporâneas servindo

como reflexão sobre as possibilidades de mudanças e a preservação

das espécies.

Page 88: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

Construir a identidade social e individual.

Compreender o tempo histórico como construção cultural.

Estabelecer relações entre as permanências e as mudanças ocorridas na

sociedade.

Analisar o papel do indivíduo como sujeito do produto histórico.

Reconhecer as problemáticas atuais e de outros tempos.

Verificar fontes documentais de natureza diversa.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

RELAÇÕES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER

RELAÇÕES CULTURAIS

4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª Série

1- O que é história

Quem faz a história

Tempo histórico

A história da família

A história local, cultura popular, festas, costumes e tradições

A história do Paraná

2- A pré - história

O surgimento do homem

O processo histórico

A evolução das espécies

Os períodos históricos

As descobertas e invenções

A poluição ambiental.

3- As primeiras civilizações

As gerações e etnias

Page 89: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

A mesopotâmia

O Egípcios (negros)

Os Fenícios e os Hebreus

Os Persas

Os gregos

Os romanos

4- A formação do mundo medieval

A idade média

A cultura medieval

O Cristianismo

O Feudalismo

6ª Série

1- A Europa Medieval

As grandes mudanças

O absolutismo

O mercantilismo

A queda do Feudalismo

O tratado de Tordesilhas

A expansão marítima

2- A conquista da América

Os povos pré Colombianos

A propriedade coletiva, publica e particular

Os índios brasileiros

O encontro de culturas

A civilização africana

A cultura afro

A colonização do Brasil

As primeiras cidades

O mercantilismo colonial

O escravismo

Os holandeses no Brasil

Page 90: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

A crise do açúcar

O monopólio colonial

3- A imigração no Brasil

O ouro

O tropeirismo (PR)

A questão de terra (MST)

O trabalho compulsório

O monopólio colonial

A cultura européia

A questão ambiental

4- A revolução científica

As descobertas

O renascimento

Os filósofos e cientistas

A reforma protestante

O calvinismo

O anglicanismo

A contra-reforma

A inquisição.

7ª Série

1- A era das revoluções

A Revolução Inglesa

A Revolução Francesa

O Iluminismo

A economia do Brasil

A administração e as relações de trabalho na vida e na sociedade da

época e na atualidade

O século do ouro no Brasil

O tropeirismo e o latifúndio no Paraná

2- A Independência das treze colônias inglesas

O sistema de colonização do Brasil e dos E.U.A

A queda do absolutismo

Page 91: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

O Império napoleônico

O bloqueio continental

A Independência da América espanhola

A vinda da família real

3- A Revolução Industrial

As grandes transformações econômicas, sociais e ambientais

A divisão do trabalho

As condições de vida do proletariado

Os sindicatos e a conquista dos direitos trabalhistas

O liberalismo político

As revoltas anti coloniais

4- O Brasil Império

A Independência do Brasil

A constituição do Brasil

A administração do Império

A instabilidade política

Os movimentos abolicionistas

A cultura afro-brasileira

A proclamação da República

As mudanças econômicas e militar.

5- A Independência do Brasil

O primeiro imperador

A constituição do Brasil

A queda de D. Pedro l

O segundo imperador

O Período regencial

A instabilidade política

Os movimentos sociais do séc. XXXI

6- Os imigrantes

As parcerias

Os movimentos abolicionistas

Page 92: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

As etapas da abolição

5- A Proclamação da República no Brasil

As mudanças econômicas

A questão militar

A questão religiosa

8ª série

1-As instituições sociais

A República velha (1889 - 1930) e na atualidade

A política da época relacionada com a ditadura e a democracia atual.

As guerras e revoluções

A política (o coronelismo)

A economia

As rebeliões

O tenentismo

As imigrações

A Revolução nas Artes e nas ciências

2- A 1ª Guerra Mundial (1914 – 1918)

O imperialismo

Causas e consequências

A nova ordem mundial

A crise de 1929

A Revolução Russa (1917)

O socialismo científico

A planificação da economia

Capitalismo X socialismo

3- A Revolução Mexicana

A ação militar

A Guerra fria

A vida democrática no Brasil

A ação militar

A Guerra fria

A vida democrática no Brasil

Page 93: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

A crise de 1929

A superprodução

As ditaduras fascistas

4- O Governo de Getúlio Vargas (1930-1945)

A economia

As leis trabalhistas

A ditadura de estado

5- A 2º Guerra Mundial (1939 - 1935)

A ação militar

O Brasil na 2ª guerra

O fim do estado novo

A Guerra fria

Estados Unidos – capitalistas

URSS – Socialista

A descolonização da África e da Ásia

A vida democrática no Brasil

A crise econômica

O 2º mandato de Getúlio Vargas

O governo de Jucelino Kubitschek

O desenvolvimento econômico

As grandes obras

O golpe de 1964

A ação militar

A Guerra fria

A vida democrática no Brasil

Os movimentos sociais

O exôdo rural e o crescimento das cidades

6- A ditadura militar no Brasil (1964 – 1985)

A política

O regime militar

A economia

Page 94: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

A volta a democracia

Os problemas sociais

A globalização

A constituição de 1988

Os problemas atuais.

5. METODOLOGIA

As aulas de história serão ministradas de forma expositivas, seguidos de

leituras, interpretação de textos, debates, sínteses, pesquisas diversas em livros

didáticos, jornais, revistas e internet uso do vídeo fotos, gravuras e atividades extra -

classe levando-os a desenvolverem a capacidade de refletir e analisar criticamente

sobre a realidade atual proporcionando condições de compreender as

transformações sociais, políticas e culturais do mundo atual e as consequências da

ação humana.

A metodologia de sala de aula deve levar em consideração o saber que o

aluno trás consigo para o saber mais complexo existente na sociedade e as

modificações existentes com o passar dos tempos.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação deverá partir da realidade do aluno para poder avançar na

compreensão dos conceitos estudados e as relações existentes entre si e o meio em

que vivem, num processo de produção e organização dos diferentes grupos

humanos e desenvolvimento e as transformações existentes.

Cabe ao professor avaliar o desempenho do aluno de acordo com os

trabalhos apresentados pelos mesmos levando em consideração a participação e

habilidade de cada um.

A avaliação será de forma contínua, somatória e periódica de modo que

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possa facilitar a compreensão dos mesmos.

7.REFERÊNCIAS

SILVIA, Francisco de Assis, História – Século XX: A Caminho do 3º Millenio. 1ª ed. São Paulo: Moderna, 2001.

PILETTI, Claudino e Nelson. Historia e Vida Integrada. 1ª ed. São Paulo; Ática, 2001.

PANAZZO, Silvia e Vaz, Maria Luíza. Navegando pela História. 1ª ed. São Paulo: Quinteto Editorial, 2002.

SCHIMIDT, Mario. Nova História Crítica. São Paulo: Editora Nova Geração, 2001.

TUMA, Magda M. Peruzin. História do Paraná. 2ª ed. São Paulo: FTD, 2005.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.Diretrizes Curriculares de História para a Educação Básica. Curitiba: SEED. 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.Currículo básico para a escola pública do estado do Paraná. Curitiba: SEED. 1990

FERRETE, Eliane Regina. Paraná: Sua gente – suas paisagens. Curitiba: Base, 2004.

SOURIENT, Lilian. História, Interagindo e percebendo o Paraná. São Paulo: Editora do Brasil, 2001.

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DIRETRIZ CURRICULAR DE LINGUA PORTUGUESA

PROF. RESPONSÁVEL:DOROTEIA DAS GRAÇAS GABARDO DOS ANJOS

SOELI TEREZINHA KUCHINSKI FERREIRATHAIYS APARECIDA DE OLIVEIRA TUCHINSKI

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

A Língua Portuguesa desde a sua inserção na história do nosso país, vem

sofrendo alterações e adequações a cada contexto histórico pelo qual a sociedade

passa. As modificações são evidentes, pois se faz necessário igualmente a tudo que

vem suprir as necessidades de um povo.

A cultura brasileira é dinâmica, de fácil absorção, porém jamais é desprezada

a história de nossos antepassados no que diz respeito, principalmente à Língua

Portuguesa. As diversas formas de expressão falada dos brasileiros vêm

demonstrando a riqueza de nossa comunicação.

No contexto escolar, há que ser respeitado, trabalhado e direcionado a cada

ocasião os falares de nosso povo, sem que seja deixado de mostrar a Língua

Portuguesa dentro das suas normas gramaticais.

Um fator importante na nossa língua é a habilidade e competência que cada

cidadão deve adquirir para que possa lançar mão dela quando necessário, seja na

vida profissional ou pessoal, algo que a informatização e a tecnologia trouxe a todos

nós, e por assim dizer, diferentes práticas na comunicação hoje se evidenciam.

A globalização, a comunicação on-line, aproximaram distâncias e

simplificaram nosso cotidiano, porém jamais substituirão a leitura, a escrita e a

interpretação advindas do início de nossa História.

O ensino da Língua Portuguesa tem sido o centro da discussão da

necessidade de melhorar a qualidade de ensino no País, por isso é fundamental o

domínio da leitura, oralidade e da escrita, pelos alunos, para que estes desenvolvam

a capacidade de interpretação.

A língua portuguesa deve ser utilizada e trabalhada na escola da forma como

existe na sociedade, com suas diversidades culturais. É preciso criar situações em

que a escrita, a fala e a leitura tenha finalidade especifica e que não configurem um

exercício mecânico e sem sentido. Portanto, a língua portuguesa deve ser

estruturada em torno de projetos de leitura e escrita, destinadas a todas as séries de

modo que o ato de escrever e ler na escola, não perca seu caráter social.

Não basta o saber falar e escrever, é necessário dominar a linguagem para

participar da vida do bairro, da cidade e do país. Pelo uso da linguagem, escolhendo

as palavras certas para cada tipo de ocasião, as pessoas se comunicam, trocam

opiniões, tem acesso às informações, protestam e fazem cultura. Em outras

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palavras, se tornam cidadãs. É uma nova postura de ensino, que procura levar em

conta a realidade e os interesses dos próprios alunos, compartilhando assim,

diversas formas de comunicação.

É pela linguagem que as pessoas se comunicam, expressam e sustentam

pontos de vista, aprendem a respeitar posições diferentes; elas têm acesso à

informação, à literatura, partilham e constroem visões do mundo, produzem cultura e

também exercem plenamente sua cidadania.

Com isso devemos formar indivíduos que saibam fazer o uso da linguagem

em diferentes situações; compreendendo textos falados ou escritos, se

expressando de forma oral como escrita.

2. OBJETIVOS

Fornecer uma grande linha de ação integradora de unidade,

desenvolvendo um trabalho de linguagem que leve o aluno a observar,

perceber, descobrir, refletir sobre o mundo, interagir com seu semelhante,

através do uso funcional da linguagem, o capacitando assim, a uma

realização de leitura, análise e confecção de textos orais e escritos, de

forma autônoma, crítica, através do estímulo à reflexão e a prática da

língua oral e escrita, possibilitando a ampliação de seu universo

linguístico, o tornando apto à apropriação e construção de sua própria

linguagem, para que possa atuar crítica e, conscientemente no decorrer

de sua vida social e possa dessa forma usufruir os direitos e deveres de

um cidadão, vivendo a cidadania plenamente.

Ampliar progressivamente o conjunto de conhecimentos discursivos

semânticos e gramaticais envolvidos na construção dos sentidos dos

textos;

Utilizar a linguagem escrita, quando for necessário, como apoio para

registro, documentação e análise;

Ampliar a capacidade de reconhecer as intenções do enunciado, sendo

capaz de aderir ou recusar as posições ideológicas sustentadas em seu

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discurso;

Selecionar textos segundo seu interesse e necessidade;

Ler de maneira autônoma, textos de gênero e temas com os quais vai

construindo familiaridade;

Ser receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, por

meio de leituras desafiadoras para sua condição atual, se apoiando em

formas do próprio texto com ou sem orientações fornecidas pelo

professor;

Trocar impressões com outros leitores a respeito de textos lidos, se

posicionando diante da crítica, tanto a partir do próprio texto como de sua

prática enquanto leitor;

Compreender a leitura em suas diferentes dimensões: o dever de ler, a

necessidade de ler e o prazer de ler;

Ser capaz de aderir ou recusar as posições ideológicas que reconheça

nos textos que ler;

Planejar a fala pública usando a linguagem em função das exigências da

situação e dos objetivos estabelecidos;

Considerar os papéis assumidos pelos participantes, ajustando o texto à

variedade linguística adequada;

Utilizar e valorizar o repertório linguístico de sua comunidade na produção

da fala;

Redigir diferentes tipos de textos, os estruturando;

Realizar escolhas de elementos lexicais, sintáticos, figurativos e

ilustrativos, os ajustando às circunstâncias, formalidade e propósitos de

interação;

Utilizar com propriedade e desenvoltura os padrões da escrita em função

das exigências do gênero e das condições de produção;

Analisar e revisar o próprio texto em função dos objetivos estabelecidos,

da própria intenção comunicativa e do leitor a que se destina, redigindo

tantas quantas forem as versões necessárias para considerar o texto bem

escrito;

Fazer um paralelo entre a ficção e realidade, inserindo o texto no

contexto;

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Pesquisar a biografia do autor, destacando aspectos positivos e negativos

da obra;

Reconstruir a escrita da narrativa, inserindo uma nova personagem que

venha modificar o desfecho;

Reconstruir o texto mudando o foco narrativo ou re-escrever um texto em

prosa para poesia (ou vice-versa), texto jornalístico, texto teatral...

Criar histórias em quadrinhos a partir de uma narrativa, se atendo,

naturalmente, aos fatos mais relevantes da história;

Debater sobre temas polêmicos, desenvolvendo o senso crítico;

Analisar as transformações sofridas por uma obra literária ao ser

adaptada para a TV, a linguagem utilizada e identificar os valores;

Verificar as regularidades das diferentes variedades do português,

reconhecendo os valores sociais nelas implicados e, consequentemente o

preconceito às formas populares em oposição às formas dos grupos

socialmente favorecidos.

3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

3.1 DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL - A estrutura da Língua

Portuguesa está basicamente pautada na Escrita, na Leitura e na Oralidade. O

estudo da mesma vem sofrendo alterações por conta das mudanças de hábitos e

comportamentos de nosso povo.

Ensinar a Língua Portuguesa hoje, compreende abordar dentro das normas

gramaticais estabelecidas, os falares de diversas e múltiplas leituras.

Compreendendo assim, a diversidade cultural, sem se distanciar da legitimidade da

Língua Materna.

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4. CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª série

Leitura

Identificação do tema;

Interpretação textual observando: informatividade, interlocutores, intertextualidade, intencionalidade;

Conteúdo temático, fonte; pontuação; recursos gráficos – aspas, travessão, negrito itálico;

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

Inferências.

Oralidade

Adequação ao gênero: conteúdo temático, marcas linguísticas, elementos

composicionais;

Finalidade do texto

Variedades linguísticas;

Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;

Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Escrita

Adequação ao gênero: conteúdo temático , elementos composicionais, marcas linguísticas – coesão, coerência- pontuação; recursos gráficos;

Discurso direto e indireto; Argumentação;

Paragrafação;

Clareza de ideias;

Uso da linguagem formal e informal;

Re-escrita textual.

Análise Linguística – perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno;

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo, numeral,verbo;

A pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;

Acentuação gráfica;

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Processo de formação de palavras;

Gírias;

Figuras de linguagem: prosopopeia, ironia, metáfora;

Concordância verbal e nominal;

Particularidades de grafia de algumas palavras.

Gêneros discursivos

História em quadrinhos, lendas, fábulas, contos de fadas, poemas, piadas,

adivinhas, receita, classificados, verbete, cantigas de roda, bilhetes, regras

de jogo, horóscopo, biografia, autobiografia, narrativa de aventura,

narrativa de enigma, dramatização, exposição oral, carta pessoal, fotos,

notícia, reportagem, aviso.

6ª série

Leitura

Interpretação textual, observando: conteúdo temático, interlocutores, fonte,

ideologia, papéis sociais representados, intertextualidade,

informatividade, intencionalidade, marcas linguísticas;

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

Particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal

e informal;

Texto verbal e não – verbal.

Oralidade

Tema do texto;

Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais,

marcas linguísticas;

Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação;

Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

Escrita

Contexto de produção;

Interlocutor;

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Discurso direto e indireto;

Adequação ao gênero: elementos composicionais, marcas linguísticas,

conteúdo temático;

Linguagem formal e informal;

Argumentação;

Coerência e coesão textual;

Finalidade do texto;

Re-escrita textual.

Análise Linguística – perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

Discurso direto, indireto e indireto livre, das vozes que falam no texto;

Função do substantivo, adjetivo, advérbio, pronome, artigo, numeral,

verbo, conjunção, como elementos do texto;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, itálico, parênteses, hífen;

Acentuação gráfica;

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;

Representação do sujeito no texto (expressivo/elíptico; determinado/indeterminado; ativo/passivo);

Neologismo;

Figuras de pensamento (hipérbole, ironia, eufemismo, antítese);

Concordância verbal e nominal;

Linguagem digital;

Semântica – ambiguidade,sentido figurado;

Particularidades de grafia de algumas palavras.

Gêneros discursivos:

Entrevista (oral e escrita), crônica de ficção, música, notícia, narrativa

mística, tiras, propagandas, exposição oral, álbum de família, literatura de

cordel, carta de reclamação, carta ao leitor, instruções de uso, mapa,

cartum, provérbios, conto,poema.

7ª série

Leitura

Interpretação textual: conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia,

intencionalidade, informatividade, marcas linguísticas;

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Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Intertextualidade;

Diferentes vozes sociais representadas no texto;

Linguagem verbal e não-verbal;

Relações dialógicas entre textos.

Oralidade

Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais,

marcas linguísticas;

Coerência global do discurso oral;

Variedades linguísticas;

Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos de

fala;

Particularidades dos textos orais – adequação da fala ao contexto;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

Finalidade do texto oral.

Escrita

Adequação ao gênero: conteúdo temático, marcas linguísticas, elementos

composicionais;

Argumentação;

Coerência e coesão textual;

Contexto de produção;

Intencionalidade do texto;

Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

Paragrafação;

Re-escrita textual. Análise Linguística – perpassando as práticas de leitura, escrita e

oralidade:

Semelhanças e diferenças entre o discurso escrito e oral;

Conotação e denotação;

Função das conjunções na conexão de sentido do texto;

Progressão referencial (locuções adjetivas, pronomes, substantivos)

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Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo, verbo, conjunção, como

elementos do texto;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;

Acentuação gráfica;

Figuras de linguagem;

Concordância verbal e nominal;

Elipse na sequência do texto;

Estrangeirismos;

Irregularidades e regularidades da conjugação verbal;

Função do advérbio: modificador e circunstanciador;

Adjunto adverbial;

Complementos: verbal e nominal;

Aposto e vocativo;

Oração, frase e período.

Gêneros discursivos:

slogan, charge, telejornal, telenovela, reportagem (oral e escrita), resumo,

pesquisa, poema, conto fantástico, crônica jornalística, haicai, sinopse de

filme, narrativa de terror, narrativa de humor, narrativa de ficção científica,

anúncio publicitário, biografia, relato pessoal, outdoor, regulamentos,

memórias literárias,notícia, dissertação escolar.

8ª série

Leitura

Interpretação textual: conteúdo temático, interlocutores, fonte, ideologia, intencionalidade, informatividade, marcas linguísticas, intertextualidade;

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; Informações implícitas em textos; Vozes sociais presentes no texto; Relação de causa e consequência entre as partes do texto; Estética do texto literário.

Oralidade

Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais, marcas linguísticas;

Variedades linguísticas; Papel do locutor e do interlocutor: participação e cooperação, turnos de

fala

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Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; Intencionalidade do texto oral.

Escrita

Adequação ao gênero: conteúdo temático , elementos composicionais,

marcas linguisticas;

Argumentação;

Contexto de produção;

Paragrafação;

Intertextualidade;

Informatividade;

Re-escrita textual.

Análise Linguística – perpassando as práticas de leitura, escrita e

Oralidade:

Conotação e denotação;

Coesão e coerência textual;

Vícios de linguagem;

Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;

Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação

ao que diz, como: felizmente, comovedoramente);

Semântica – ironia, humor;

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

Função do adjetivo, advérbio, pronome, artigo, preposição, conjunção,

como elementos do texto;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;

Acentuação gráfica;

Estrangeirismos, neologismos, gírias;

Figuras de linguagem;

Concordância verbal e nominal;

Valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais;

A função das conjunções na conexão das partes do texto;

Coordenação e subordinação nas orações do texto.

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Gêneros discursivos:

artigo de opinião, debate, reportagem oral escrita, narrativa fantástica,

romance, contos, músicas, charges, curriculum vitae, entrevista oral e

escrita, imagens, instruções, reportagem, HQ, tiras.

5. METODOLOGIA

A leitura de uma variedade de textos (fotos, gráficos, tiras, quadrinhos,

charges...), respeitando a preferência do aluno, será o início do despertar da busca

de novos conhecimentos, através dessa leitura, o aluno percebe seu papel na

interação com o texto, aceitando ou não os valores ali presentes, de acordo com sua

visão de mundo, desenvolvendo assim, uma atitude crítica, o convocando ao ato de

pensar e discutindo sobre: a finalidade do texto, fonte, interlocutor.

Na prática da escrita, o aluno necessita saber quem será o leitor do texto,

quem será seu destinatário, compartilhando suas ideias, seu ponto de vista; discutir

sobre o tema a ser produzido; selecionar: o gênero, finalidade; fazer revisão

textual, re-estrutura e re-escrita textual.

A oralidade precisa ser valorizada tanto quanto à escrita, no ambiente

escolar, pois através dela se incentiva o aluno a falar, a expor seus pensamentos,

ainda que de “seu jeito”, empregando a variedade de linguagem usada em suas

relações sociais, servindo como base para a escrita,o motivando para a produção

textual, narrando os fatos reais ou fictícios.

A entonação, as variantes linguísticas são fatores importantes que devem ser

consideradas, oferecendo ao educando condições de falar com fluência em diversas

situações.

A gramática será trabalhada de forma textualizada em diversos tipos de

textos.

A escola não pode ignorar a linguagem que o aluno traz, e sim possibilitar

apropriação da linguagem padrão através do domínio efetivo do falar, ler e escrever.

O texto será o principal apoio em todo o trabalho através do confronto entre

diferentes tipos (literário, informativo, publicitário, dissertativo) para realização da

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leitura contrastiva. A sala de aula deve se transformar em local agradável e

prazeroso, onde o aluno deixa de escrever apenas para o professor corrigir para tirar

nota ou para preencher determinado número de linhas, agora sabendo que existe a

presença de outros que irá conhecer e refletir a sua produção oral ou escrita.

Em relação aos filmes e músicas, estes serão de acordo com os temas

abordados – meio ambiente, discriminação – proporcionando debates, análise

crítica, elaboração de slogans, produção de poemas e músicas.

Na Cultura Afro-brasileira e Africana, trabalhar com diversos tipos de textos

que propiciem aos alunos o conhecimento e a contribuição dessas culturas, desde o

descobrimento do nosso país, abordando: a fala, trajes, comidas trazidas e que

foram incorporados à nossa cultura.

Conscientizar os alunos que o meio ambiente de que tanto se fala é urgente

a mudança de atitudes de cada um para que tenhamos condições de viver neste

espaço (planeta) e garantir a sobrevivência no mesmo para futuras gerações é

tarefa de grande responsabilidade. O professor em contato diário com essa

demanda de alunos tem oportunidades de mostrar através de pesquisas, as grandes

dificuldades que outros povos enfrentam com a destruição do Meio Ambiente.

Na História do Paraná, o trabalho será com textos literários, informativos e

autores paranaenses, onde os alunos, através da leitura, debate e escrita contarão a

história em verso e em prosa.

Dentro dessas perspectivas a metodologia será:

Interpretação oral escrita de textos diversos, selecionados a partir do interesse

do aluno,o levando a reflexão e ao debate sobre questões de natureza pessoal

social e científica;

Análise linguística de textos prontos para que o aluno perceba a organização

textual em sua totalidade, aperfeiçoando assim a sua compreensão e expressão

verbal;

Produção de textos a partir daqueles já interpretados e outros feitos

individualmente ou em grupo, buscando a interação dos alunos e diversidade no

trabalho;

Encenação de textos dados, pesquisados, ou produzidos em sala de aula

possibilitando ao aluno a oportunidade de expressar a realidade, desenvolvendo sua

capacidade criadora;

Exercício de identificação de ideias principais e secundárias e a partir disso,

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propostas de elaboração de sínteses orais e escritas;

Além da leitura de textos selecionados pelo professor e dos textos em sala de

aula, este deve incentivar a leitura de livros revistas e jornais, visando desenvolver o

gosto e o hábito de ler entre os alunos, através das seguintes maneiras: leitura de

obras literárias, apresentação prévia da obra pelo professor, contação de histórias,

relatos, experiências e conscientização sobre os benefícios que a leitura faz;

Produção textos onde haja coerência, argumentação, coesão textual,

criatividade na expressão e na elaboração de textos solicitados, incentivando a

participação dos alunos em todas as atividades propostas em sala de aula, debates,

palestras, exposição de temas e argumentação.

Como recursos serão utilizados: vídeos (DVD), laboratório de informática ,

rádio (CD), TV pendrive, Internet, livros, revistas, jornais, jogos, textos, papéis

diversos.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação, como instrumento de averiguação do trabalho docente será

contínua, com intervenções, visando o progresso do aluno com a apropriação dos

conteúdos ensinados.

Não se pretende avaliar a aprendizagem estagnada, mas a caminhada do

aluno com base nos registros e apreciações de suas construções, considerando

sempre o tempo de cada um, visto que trabalhamos com alunos que acumulam

diferentes bagagens de conhecimento, possibilidades e disponibilidades de acesso

ao mesmo.

Em outras palavras, entendemos que a avaliação não pode ser pensada e

realizada sem uma vinculação intrínseca com o modo como concebemos a

linguagem e como definimos os objetivos e a metodologia. Não podemos nos

esquecer de que as atividades de avaliação nunca se esgotam em si mesma, elas

não servem apenas para cumprir calendário e para dar notas, mas sim ser vista

como uma oportunidade de reflexão sobre o processo de ensino e seus resultados.

Quanto a leitura se espera que o aluno: realize a leitura compreensiva do

texto; localize informações implícitas e explícitas no texto; emita opiniões a respeito

do que leu; amplie o horizonte de expectativas e seu léxico; analise as intenções do

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autor; compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e expressões no

sentido conotativo e denotativo; identifique o tema; conheça e utilize os recursos

para determinar causas e consequências entre as partes e elementos do texto;

reconheça o estilo próprio de diferentes gêneros.

Na oralidade, se espera que o aluno: utilize seu discurso de acordo com a

situação de produção (formal, informal); apresente clareza de ideias ao se colocar

diante dos colegas; obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero

proposto; compreenda o discurso do outro; organize a sequência da fala; participe

ativamente de diálogos, relatos, discussões; exponha objetivamente os seus

argumentos.

Em relação à escrita, se espera que o aluno: expresse suas ideias com

clareza; produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta (gênero,

interlocutor, finalidade); diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

use a coesão e coerência textual; utilize a pontuação corretamente.

Os alunos serão avaliados quanto:

Produção textual ( coesão, coerência, ortografia, pontuação);

Análise de filmes, livros, música e diferentes tipos de textos;

Trabalhos em equipe; debates, discussões acerca de assuntos diversos

(noticiários na TV, rádio, jornais e demais eventos );

Dramatizações;

Avaliação individual.

7. REFERÊNCIAS

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1992.

BAGNO, Marcos. A Língua de Eulália. São Paulo: Contexto, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. 3ª edição. Curitiba, 1997.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED. 2006.

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DIRETRIZ CURRICULAR MATEMATICA

PROF. RESPONSÁVEL:

BERNADETE WOJCIKIEVICZCLEONICE MARA RAUTTE

JONATHAN KLEITON BOIANO

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

Compreender a Ciência matemática desde suas origens e como a disciplina

Matemática tem se configurado no currículo escolar brasileiro.

A Historia da Matemática nos revela que os povos das Antigas civilizações

conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram

a compor a Matemática que se conhece hoje.

Há menções na literatura da História da matemática de que os babilônios, por

volta de 2000 a. C. acumulavam registros que hoje podem ser classificados como

álgebra elementar.

São as primeiras considerações que a humanidade fez a respeito de ideias

que se originaram de simples observações provenientes da capacidade humana de

reconhecer configurações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos e

quantidades.

As primeiras propostas de ensino de Matemática baseadas em práticas

pedagógicas ocorreram no século V a. C. com os sofistas, considerados

profissionais do ensino. O objetivo desse grupo era a formação do homem político,

que pela retórica, deveria dominar a arte da persuasão. Aos sofistas devemos

popularização do ensino da Matemática, o seu valor formativo e a inclusão de forma

regular nos círculos de estudos. A Matemática ensinada se baseava nos

conhecimentos da aritmética, geometria, musica e astronomia. Com suas

metodologias, introduziram uma educação com caráter de intelectualidade de valor

científico.

Por volta dos séculos IV à II a. C. a educação foi ministrada de forma clássica

e enciclopédica. O ensino de Matemática desse período estava reduzido a contar

números inteiros cardinais e ordinais. Era um ensino baseado na memorização e na

repetição. A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de

pessoas a partir do século I a. C.

No século V d. C. o ensino teve um caráter estritamente religioso. As

aplicações práticas e o caráter empírico da Matemática não eram explorados.

Entre o século VIII e IX o ensino passa por mudanças significativas com o

surgimento das escolas e as organizações do sistema de ensino. Surgiram as

primeiras ideias que privilegiavam o aspecto empírico na Matemática.

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Após o século XV, o avanço das navegações e as atividades comerciais e

industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática. As descobertas

Matemáticas desse período contribuíram para uma fase de grande progresso

científico e econômico que se aplicou na construção, aperfeiçoamento e uso

produtivo de máquinas e equipamentos, tais como, armas de fogo, imprensa,

moinho de vento, relógios e embarcações. Foi o momento no qual prevaleceu o

conhecimento proveniente das engenharias e o valor da técnica, aspecto que

determinou uma concepção mecanicista de mundo e, em função disso, os estudos

concentraram-se, principalmente, na Matemática pura e na Matemática aplicada.

No Brasil, na metade do século XVI, os Jesuítas instalaram colégios católicos

com uma educação de caráter clássico- humanista. Entretanto o ensino de

conteúdos Matemáticos como disciplina escolar nos colégios Jesuítas, não

alcançaram destaque nas práticas pedagógicas.

No século XVII a Matemática desempenhou o papel fundamental para

comprovação e generalização de resultados.

O século XVIII é demarcado pelas revoluções francesa e industrial. Este

momento marcou o início da intervenção estatal na educação. A pesquisa

Matemática se direcionou a atender aos processos da industrialização. Assim,

cresce a importância de colocar à prova as teorias matemáticas criadas, ou seja,

havia a necessidade dos métodos, pois as leis matemáticas não poderiam falhar nos

diferentes ramos da atividade humana.

O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por Ribnikov

(1987) como o período das matemáticas contemporâneas. O autor assinalou que as

relações que expressam formas e quantidades aumentaram consideravelmente.

No período que abrange o final do século XIX e início do século XX,

levantaram-se preocupações voltadas para o ensino de Matemática, sendo as

mesmas traduzidas em ações concretas, decorrentes das discussões em encontros

internacionais promovidos por matemáticos que já tinham uma preocupação com

propostas de ensino da matemática. Por conta dessas discussões, iniciou-se a

tarefa de transferir para a prática docente os ideais e as exigências advindas das

revoluções do século anterior. Nesse contexto os matemáticos antes

pesquisadores, passaram a ser também professores preocupando-se mais

diretamente com as questões de ensino, observando entre outros, estudos

psicológicos, filosóficos e sociológicos. Esse foi o início de um movimento mundial

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de renovação do ensino da matemática.

A finalidade da matemática é fazer o aluno compreender e construir por

intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa,

visando à formação integral do ser humano e do cidadão, isto é, do homem, partindo

de situações do cotidiano para o conhecimento elaborado cientificamente.

DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação do Estado do

Paraná:Matemática,SEED. pg.15 à 23.

2. OBJETIVOS

Proporcionar ao aluno uma visão geral dos conhecimentos matemáticos

para desenvolver a capacidade de analisar, comparar, conceituar,

representar, abstrair e generalizar; desenvolver a capacidade de

julgamento e o hábito de concisão e rigor; habituar-se ao estudo, atenção,

responsabilidade e cooperação; conhecer, interpretar e utilizar

corretamente a linguagem usual; adquirir conhecimentos básicos a fim de

possibilitar sua integração na sociedade em que vive; associar a

matemática a outras áreas do conhecimento: construir uma imagem da

matemática como algo agradável e prazeroso, desenvolvendo sua auto-

confiança e a perseverança na busca de soluções.

Ampliar e construir novos significados para os números e as operações,

resolver situações – problema que envolvam os vários tipos de números e

operações, identificar e utilizar diferentes representações para esses

números; utilizar vários procedimentos de cálculo: mental, estimativas,

arredondamentos e algaritmos;

Generalizar propriedades aritméticas; traduzir situações – problema na

linguagem matemática; generalizar regularidades; traduzir tabelas e

gráficos em leis matemáticas que relacionem duas variáveis dependentes;

interpretar expressões algébricas, igualdades e desigualdades e resolver

equações, inequações e sistemas;

Adquirir primeiro as figuras espaciais ou tridimensionais e, em seguida, os

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contornos de figuras planas ou figuras unidimensionais; classificando

essas figuras, observar semelhanças e diferenças entre elas; compor,

decompor, ampliar e reduzir figuras geométricas; planas; localizar pontos

no plano cartesiano; verificar o que varia e o que não varia em uma

transformação geométrica levando aos conceitos de congruência e

semelhança; trabalhar inicialmente de modo experimental para, pouco a

pouco a pouco, apresentar pequenas demonstrações;

Observar a variação entre grandezas e estabelecer relações entre elas;

resolver situações – problema que envolvam proporcionalidade;

representar a variação entre duas grandezas em um plano cartesiano e

identificar se elas são direta ou inversamente proporcionais ou se não são

proporcionais;

Analisar quais e quantas são as possibilidades de algo ocorrer e resolver

situações – problemas;

Coletar, organizar e analisar informações; elaborar tabelas, construir e

interpretar gráficos, desenvolver a ideia de chance e de sua medida

(probabilidade); resolver situações – problema dados estatísticos e

conceito de probabilidade;

Ampliar e aprofundar o conceito de uma grandeza; utilizar unidades

adequadas de medida em cada situação e resolver situações – problema

que envolvam grandezas e medidas; utilizando vários instrumentos de

medida.

Procurar desenvolver a comunicação das ideias matemáticas de

diferentes formas: oral, escrita, por tabelas, diagramas e gráficos.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

NÚMEROS E ÁLGEBRA

GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIA

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

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4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

5ª Série

Números e Álgebra

Números naturais

Operações com números naturais

Divisibilidade

Números Racionais na forma fracionária

Números racionais na forma decimal

Grandezas e medidas

Medidas e história

comprimento

superfície

volume

perímetro

superfície: área

volume e capacidade

massa

tempo

ângulos

Sistema Monetário

Geometria

Formas do mundo - figuras geométricas espaciais

Ponto, seta, plano, ângulo e posições da reta

Polígonos

Circunferência e círculo

Poliedro

Tratamento da informação

Porcentagem

Interpretando gráficos

Cultura Afro-Brasileira e Africana

6ª Série

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Número e Álgebra

Números inteiros

Operações com números inteiros

Números Racionais

Equações e sistemas do 1º grau

Razões e proporções

Grandezas e medidas

Medidas de temperatura

Ângulos

Tratamento da informação

Porcentagem, juros e probabilidade

Pesquisa estatística

Média Aritmética

Moda e Mediana

Geometria

Noções de simetria

Geometria plana: área de figuras planas

Geometria espacial: sólidos geométricos

Geometria não-Euclidiana: conceito de interior, exterior, fronteira,

vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

Cultura Afro-Brasileira e Africana

7ª série

Número e Álgebra

Conjunto dos números reais

Polinômios

Equações e inequações

Fatoração

Grandezas e medidas

Polígonos

Triângulos e quadrilátero

Geometrias

Noções de geometrias

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- retas coplanares

- retas transversais

- retas paralelas

- figuras geométricas: propriedades e teoremas

Circunferência e círculo

Tratamento de informação

Noções de estatísticas

Tabelas e gráficos

Cultura Afro-Brasileira e Africana

8ª série

Números e Álgebra

Potenciação e Radiciação

Equação do 2º grau

Regra de três composta e problemas financeiros

Grandezas e medidas

Relações trigonométricas nos triângulos

Área de superfícies planas

Funções

Funções

Geometrias

Semelhança

Relações métricas na circunferência

Tratamento da informação

Noções de probabilidade

Noções de estatística

Cultura Afro-Brasileira e Africana

5. RECURSOS DIDÁTICOS

Usar ilustrações, fotos e esquemas explicativos;

Usar calculadora para determinados conteúdos em que facilita para o

aluno a resolução de algum problema com mais rapidez;

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Jogos e brincadeiras envolvendo os temas sugeridos;

Vídeos;

Exposição participativa e atualizada do conteúdo com leitura de gráficos,

tabelas, jornais, revistas e livros;

Uso de sucatas, materiais diversos (dominó, bingos, material dourado,

mimeógrafo, retroprojetor).

6. METODOLOGIA

A iniciação matemática deve focalizar os inter – relacionamento de sua

prática diária e concreta com um contexto histórico e social do educando,

trabalhando os temas dentro do conteúdo estruturante proposto.

Esse enfoque deu maior autonomia no processo de mudança da prática

pedagógica, é necessário que o professor assuma esse compromisso de construção

desses conceitos matemáticos por meio de situações reais que possibilitam o aluno

tomar consciência de que já tem algum conhecimento sobre o assunto.

A situação problema é o ponto de partida da atividade matemática. os

conteúdos devem ser abordados com a apresentação de problemas, e este não

deve ser um ato de resolução mecânicas com a simples aplicação de fórmulas ou

processo operatório aprendido durante a aula, pois um problema quando o aluno for

levando a interpretar a questão a estruturar e contextualizar a situação

apresentada.

O saber matemático deve ser considerado como um conjunto de ideias no

qual o aluno percebe que para resolver a questão é necessário recorrer a

conhecimentos já apreendidos e que precisam ser interligados, pois a resolução não

deve ser apresentada como uma finalidade em si, mas com base nela, é possível

desenvolver conceitos atitudes e procedimentos matemáticos voltados ao campo.

Em relação ao tratamento de informações, trabalhar com exemplos

concreto, interpretar suas informações e fazer comparações para construir atitudes

críticas diante de situações apresentadas no dia – a – dia.

Ao final de cada conteúdo serão utilizados recursos didáticos auxiliares

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como: Calculadora, livros paradidáticos, jornais, revistas, folhetos de propaganda,

vídeos, computador, internet e jogos para o enriquecimento da aprendizagem.

7. AVALIAÇÃO

Deve ser coerente com os objetivos da proposta e com os conteúdos das

Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Devemos considerar a vivência do aluno, as suas tentativas de solucionar

problemas que são propostos e, a partir do diagnóstico de suas dificuldades,

procurar ampliar sua visão, o seu saber, sobre o conteúdo em estudo, levando em

consideração o processo como um todo, é necessário observar o processo de

construção do conhecimento. Os erros não devem apenas ser constatados, e sim

resultar numa visão parcial do que o aluno possui do conteúdo, para que o professor

possa dar o encaminhamento metodológico necessário para aprofundar e

sistematizar o conhecimento científico.

Para aplicar o Plano Político Pedagógico, devemos atuar em duas grandes

frentes, ou seja: avaliação escrita com recuperação paralela de conteúdos que

envolverá trabalho coletivo, exercícios, oralidade matemática, trabalhos extra-classe

e avaliação de múltipla escolha e discursiva. Estas avaliações terão de 0 à 10,0 para

obtenção da nota, estas serão somadas e divididas pelo número de avaliações.

8. REFERÊNCIAS

BONJORNO & AYRTON. Matemática: Fazendo a diferença. São Paulo. FTD, 2006.

MIGUEL, A; MIORIM, M.A. História na Educação Matemática: Propostas e desafios. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica. Curitiba: SEED. 2006.

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DIRETRIZ CURRICULAR L.E.M. INGLES

PROF. RESPONSÁVEL:DOROTEIA DAS GRAÇAS GABARDO DOS ANJOS

SOELI TEREZINHA KUCHINSKI FERREIRA

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1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: LEM INGLÊS

A língua é a expressão natural de uma cultura, compreendê-la significa

também compreender os valores daquela cultura e valorizar a sua própria língua e

seus valores. Por isso, privar o cidadão do aprendizado de outras línguas, é negar-

lhe o mais poderoso subsídio de acesso a outras culturas e restringi-lo à

universidade limitada de seu próprio mundo. Incentivá-lo a esse aprendizado é

subsidiá-lo na compreensão do homem, enquanto ser histórico, criador de si

mesmo.

A língua estrangeira está cada vez mais presente na vida de nossas crianças:

na televisão, nos programas de computador, nas grifes de moda, nos produtos

alimentícios e nos Outdoors. Com a globalização da economia e dos mercados, hoje

já não se pode conceber nenhuma profissão em que o conhecimento da Língua

Estrangeira não seja necessário, a LEM tem estado presente como língua

hegemônica (dominadora), nas várias áreas de atividade humana, nos meios de

comunicação, no comércio, na ciência, na tecnologia.

Segundo as DCEs, a aprendizagem de uma língua estrangeira deve levar a

uma nova concepção da natureza da linguagem, aumentar a compreensão sobre

como a linguagem funciona e desenvolver maior consciência do funcionamento da

língua materna, permitindo ampliar a compreensão tanto das culturas estrangeiras

quanto da cultura materna. Nesse sentido, supõe-se uma nova postura

metodológica do professor na conduta de seu trabalho em sala de aula, numa

abordagem mais comunicativa, mais criativa e mais integradora no ensino da língua

estrangeira, não enfatizando tanto o ensino gramático, o simples treinamento de

habilidades linguísticas, ou pela imposição de conteúdos fechados, tendo o

professor o desafio de organizar formas de desenvolver os trabalhos de maneira a

incorporar os diferentes níveis de conhecimento dos alunos e ampliar suas

oportunidades de acesso a ele, partindo de uma diversidade de experiência e

interesses, contribuindo para formar um cidadão consciente, crítico e agente

transformador de sua realidade.

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2. OBJETIVOS

Conscientizar-se dos conhecimentos de língua estrangeira que já possui

como participante de um mundo globalizado;

Praticar formas comunicativas básicas com bases em temas de interesse

de sua faixa etária;

Refletir sobre os temas dos assuntos trabalhados;

Demonstrar compreensão geral de tipos de textos variados, apoiados em

elementos icônicos (gravuras, tabelas, fotografias, desenhos) e, ou em

palavras cognatas;

Selecionar informações específicas do texto;

Demonstrar consciência de que a leitura não é um processo linear que

exige o entendimento de cada palavra, mas sim do todo;

Demonstrar consciência crítica em relação aos objetivos do texto, em

relação ao modo como escritores e leitores estão posicionados no mundo

social;

Praticar formas comunicativas básicas com base em temas de interesse

do aluno, dando ênfase na leitura, compreensão, interpretação e produção

de textos variados.

O principal objetivo do listening e speaking é sistematizar, treinar e fixar a

pronúncia do vocabulário, procurando desenvolver a compreensão auditiva.Na

escrita, o objetivo é compreender as estruturas do texto, identificar elementos e

associar ideias de forma coerente.

Na 5ª série, espera-se que o aluno expresse-se num vocabulário básico,

utilizando o verbo to be no present e no present continous, fornecendo informações

pessoais, descrevendo cenários, qualidades do dia – a –dia.

Na 6ª série, descreva hábitos e fatos utilizando o simple present, simple past

e o present continuous e expresse-se sobre ações futuras empregando a forma

going to.

Na 7ª série, descreva hábitos e fatos, utilizando o simple present, o simple

past, o present continuous e o past continuous e expresse-se sobre ações futuras,

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empregando as formas going to e will.

Na 8ª série, espera-se que o aluno descreva hábitos e fatos utilizando o

simple present, simple past, o present continuous, o past continuous, o present

perfect, a voz passiva, os phrasal verbs e os modal verbs.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Discurso: enquanto prática social.

A diversidade de gêneros textuais devem proporcionar uma abordagem

crítica de leitura, relacionando o texto/contexto para contribuírem com a

compreensão da linguagem tanto na produção escrita quanto na oralidade.

4. CONTEÚDOS BÁSICOS

5ª SÉRIE -

LEITURA

Identificação do tema, do argumento principal;

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto;

Linguagem não verbal.

ORALIDADE

Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em

diferentes países.

ESCRITA

Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e

marcas linguísticas;

Clareza de ideias.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

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Coesão e coerência;

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras

interrogativas,substantivos, preposições, verbos, concordância verbal e

nominal e outras categorias como elementos do texto;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Vocabulário.

GENÊROS DISCURSIVOS

História em quadrinho, exposição oral (diálogos), e-mail, cartaz, lista de

compras, músicas.

6ª SÉRIE:-

LEITURA

Identificação do tema, do argumento principal;

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto;

Linguagem não-verbal.

ORALIDADE

Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Exemplos de pronúncias e de uso de vocábulos da língua estudada em

diferentes países.

ESCRITA

Adequação ao gênero: elementos composicionais,elementos formais e

marcas linguísticas;

Clareza de ideias;

Adequar o aquecimento adquirido à norma padrão.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Coesão e coerência;

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras

interrogativas, advérbios, preposições, verbos, substantivos, substantivos

contáveis e incontáveis, concordância verbal e nominal e outras categorias

como elementos do texto;

Acentuação;

Vocabulário;

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Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

GENÊROS DISCURSIVOS

entrevista, músicas, cartoon, narrativa.

7ª SÉRIE:-

LEITURA

Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto;

Linguagem não-verbal.

ORALIDADE

Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudada em diferentes

países.

ESCRITA

Adequação ao gênero: elementos composicionais,elementos formais e

marcas linguísticas;

Clareza de ideias;

Adequar o aquecimento adquirido à norma padrão.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Coesão e coerência;

Função dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições,

advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas, substantivos,

substantivos contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos,

conjunções, e outras categorias como elementos do texto;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Vocabulário.

GENÊROS DISCURSIVOS

reportagem, sinopse de filme, anúncio publicitário, blog.

8ª SÉRIE:-

LEITURA

Identificação do tema, do argumento principal;

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

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intertextualidade do texto;

Linguagem não-verbal.

Realização de leitura não linear dos diversos textos.

ORALIDADE

Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudada em países

diversos.

Finalidade do texto;

Elementos linguísticos: entonação, pausas e gestos.

ESCRITA

Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e

marcas linguísticas;

Paragrafação;

Clareza de ideias;

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Coesão e coerência;

Funções dos pronomes, artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições,

advérbios, palavras interrogativas, locuções adverbiais, substantivos,

substantivos contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos,

conjunções, e outras categorias como elementos do texto;

Pontuação e seus efeitos no texto;

Vocabulário.

GENÊROS DISCURSIVOS

Reportagem oral e escrita, músicas, entrevistas, depoimentos, narrativas,

imagens.

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5. METODOLOGIA

O ensino e a aprendizagem têm como suporte básico a realidade escolar,

assim devemos escolher atividades nas quais os alunos obtenham conscientização

do papel da L.E.M. na sociedade, sensibilização para a compreensão e produção

oral e escrita, desenvolvimento de condições para lidar com diferentes tipos de

textos; discursar sobre habilidades, rotinas, diversões, apresentações, preferências,

convites, falar sobre viagens, planos de futuro e façam comparações, descrições de

pessoas e de países.

É preciso criar situações que envolvam atividades como: discussão, criação e

tradução, painéis, slogan, análise de rótulos, orientações informativas e técnicas de

maquinários, eletrodomésticos, informação, música, avisos, propagandas,

reportagens, informação via internet e outras.

Pretende-se desenvolver um trabalho para que o aluno tenha o domínio

básico e necessário para participar do mundo social, produtivo e econômico com

consciência e conhecimento podendo, assim, se posicionar frente às suas relações

sem utilizar um conhecimento fragmentado, tornando-se um ser realmente

participante, através do domínio do conhecimento da língua.

Pretende-se trabalhar com os conteúdos gramaticais nos textos, explorando e

aprofundando-os no decorrer das atividades, na série correspondente. Nas

atividades trabalhadas serão desenvolvidas as quatro habilidades da língua

(speaking, reading, listening, writing).

Na leitura, desenvolver o senso crítico através de textos variados para que o

aluno construa o sentido da leitura e interprete o texto com o conhecimento que

possui.

Quanto a oralidade, levar o aluno a sistematizar e aprender a pronúncia do

vocabulário para que aprimore a compreensão auditiva e a linguagem oral.

No trabalho da escrita, fixar as estruturas por meio de atividades onde o aluno

é levado a escrever, identificar os elementos da LEM e associar as ideias.

Quanto a Cultura Afro-brasileira, Africana, história do Paraná, trabalhar com

diversos textos, como: músicas (samba, rap, hip hop), poemas, textos ficcionais e...,

pesquisar em livro, revista, jornal, Internet a contribuição e influências dessas

culturas em nossa sociedade, levando os alunos a reflexão, debate e registro das

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informações obtidas.

Em relação ao meio ambiente, pesquisar na Internet, revistas, jornais , livros

sobre o desmatamento, procurando observar as causas e conseqüências da

devastação, produzindo cartazes, slogans que retratem o meio ambiente.

Nas 5ª e 6ª séries, dar ênfase à oralidade e aquisição de vocabulário,

executando jogos e revisão dos conteúdos constantemente, visto que a LEM

necessita da repetição para assimilação. Nas séries iniciais, levando em

consideração a faixa etária, necessita-se de um trabalho lúdico.

Nas 7ª e 8ª séries serão trabalhados textos diversos, onde os temas serão

aplicados antes do início da leitura e através de perguntas para que os alunos

discutam.

Como recursos necessários serão utilizados equipamentos de som (CD),

vídeo, DVD, Tv pen drive, dicionário de inglês, livro didático, biblioteca, laboratório

de informática, jogos, revistas, jornais, cartolina e papéis diversos para trabalhos em

sala de aula.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação se constitui num instrumento facilitador na busca de orientações

e intervenção pedagógica, não somente o conteúdo desenvolvido, mas aqueles

vivenciados durante o processo, identificando as dificuldades e propondo um

encaminhamento para superar as dificuldades constatadas.

Na avaliação da LEM, deve-se levar em conta a dimensão afetiva, a frustração

da não comunicação de outra língua que parece artificial e ridícula, por isso o

professor deve aconselhar, animar, estimular, aceitar e respeitar o limite do aluno o

compreendendo.

Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua

condição de produção.

Na leitura:

Localizar informações explícitas no texto.

Emitir opiniões a respeito do que leu.

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Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a

informações de outras culturas e de outros grupos sociais.

Na oralidade:

Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção.(formal e

informal)

Apresentar clareza nas ideias.

Na escrita:

Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção proposta.

Diferenciar a linguagem formal da informal.

Os testes ou provas não serão os únicos meios de se avaliar a aprendizagem,

mas também a participação do aluno em classe, a pesquisa e o trabalho em grupo,

a leitura de textos – pronúncia – e dramatização, a interpretação e tradução de

textos farão parte do processo avaliativo.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Demonstrar compreensão geral de tipos variados de textos, apoiados em

elementos icônicos (gravuras, tabelas, fotos, desenhos, rótulos) e/ou

palavras cognatas.

Selecionar informações específicas do texto.

Demonstrar consciência crítica em relação aos objetivos do texto, sendo

como escritores ou leitores;

Demonstrar nível de conhecimento geral, comum a cada tipo de texto;

A avaliação das produções tanto escritas como orais, dependerá

naturalmente da ênfase com que as habilidades serão enfocadas no

programa de ensino.

7. REFERÊNCIAS

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação - Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º grau. Currículo Básico da Escola Pública do

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Paraná. Curitiba: SEED,1990.

VIGOTSKI, L. S. Pensamento e Linguagem. 2. ed. São Paulo:Martins Fontes, 1989.

Conselho Nacional de Educação – Resolução CEB nº 0002 de 07/Abril/1998 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental 1998.

ALVES, Nilda – Educação e Supervisão – O Trabalho Coletivo na Escola. 8. ed. São Paulo: Cortez, 1997.

Conselho Estadual de Educação – Deliberação 014/99: institui indicadores para a elaboração da P.P.P. dos estabelecimentos de ensino da Educação Básica em suas diferentes modalidades, 1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação - Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006.

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ENSINO MÉDIO

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DIRETRIZ CURRICULAR ARTE

PROF. RESPONSÁVEL:RUBENS ANTONIO ROCHA

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ARTE ENSINO MÉDIO:

Historicamente o ensino de arte no Brasil, percorre caminhos nem sempre

capaz de modificar a compreensão de que a Arte é o resumo dos vínculos que unem

pessoas de um mesmo círculo social. As primeiras manifestações de arte no Brasil,

atribuídas aos padres jesuítas , deixa claro a relação de poder, ao submeter os

índios aos caprichos da pacificação e catequização e transformá-los na categoria de

trabalhadores, vencidos pelas classes dominantes da época.

Este trabalho de “catequização e pacificação”, acabou por diluir os traços

culturais daqueles povos, conduzindo-os a total desagregação cultural e social, tal

qual hoje comprovamos.

A síntese histórica contida na DCE, retrata este período (1500 a1759), e

mostra a contribuição jesuítica na cultura paranaense , da música caipira, no canto,

no toque da viola, nas Cavalhadas de Guarapuava, a Folia de Reis do Litoral, a

Congada da Lapa e outras manifestações importantes da nossa cultura.

No início do século XIX, com a vinda da Corte portuguesa para o Brasil,e a

Missão Francesa em 1816, que trouxe a arte com objetivos e características

voltadas a atender os anseios da realeza, onde o estilo Neoclássico fincou raízes,

confrontando-se com a Arte Barroca Colonial, trabalhada por artistas brasileiros e

valorizada popularmente mas desprezada pela classe dominante.

A escola Neoclássica aqui estabelecida pela Missão Francesa e apoiada pela

Corte, encontra resistência com a sensual arte popular Barroca, e, contava com

poucos alunos vindos da nababesca aristocracia instaurada, assim, a arte popular

distanciou-se da arte erudita, a qual encontrou na contemplação e lazer o seu

conteúdo representativo de arte voltada exclusivamente aos caprichos e vaidades da

realeza

A predominância da pedagogia tradicional se fortalecia nas escolas,

desvinculadas da realidade social no qual o aluno era apenas observador e o

professor o transmissor do conhecimento e conteúdos.

Por volta da década de 20, o movimento desencadeado pela Escola Nova,

contrapôs-se as ideias tradicionais, enfatizando a livre expressão, então, o processo

educacional, posiciona-se com nova ação entre professor-aluno, fundamentando

diferentes estratégias para o ensino da Arte.

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A Escola Nova notabilizou o embate entre as concepções Positivistas e

Liberalistas, iniciado pela força e revisão do ensino de artes nas escolas primárias e

secundarias. A concepção pedagógica Positivista tinha a arte como poder de

regeneração do povo por meio de um instrumento que lhe educasse a mente. Os

Liberalistas valorizavam o ensino da arte voltado para o desenho geométrico. Os

Socialistas por sua vez, romperam alguns padrões artísticos da época, estimulando

movimentos que culminaram com a Semana de Arte Moderna de 1922.

Com as mudanças ocorridas historicamente ao longo do período, em 1948,

Augusto Rodrigues cria a primeira Escola de Arte no Rio de Janeiro com o objetivo

de desenvolver a livre expressão.

Os conturbados anos 60 e início da década de 70, no auge da repressão do

governo militar no Brasil, ocorreu à implantação da Lei Federal 5.692/71, quando o

ensino da arte passou a ser obrigatório nos currículos escolares. Nessa época, os

educadores valorizavam a técnica e os materiais, e o mimeógrafo era um recurso

didático muito utilizado nas aulas de arte, com desenhos reproduzidos fielmente e

propósitos pedagógicos duvidosos, questionáveis.

Resquícios desse período ainda hoje se verificam como metodologia por

alguns professores descontextualizados que valorizam o calendário cívico e outras

datas comemorativas, transformando suas aulas em oficinas de confecção de

bandeirinhas, cartões homenageando pais e mães, e inacreditavelmente

preenchendo desenhos mimeografados.

Ao final dos anos 70 e no decorrer da década de 80, a redemocratização

ocorrida em nosso país, possibilitou discussões a respeito das teorias educacionais

até então vigentes, fortemente carregadas de influências européias.

A concepção Progressista desenvolveu o trabalho fundamentado na crítica

das relações sociais, na construção do conhecimento e humanização do homem.

Somente ao final da década de 90, a Lei Federal 9.394/96 determinou em seu

Artigo 26, § 2º - O ensino da Arte constituirá componente curricular obrigatório, nos

diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural

dos alunos.

A conclusão desta apresentação não se completa sem a Inserção dos

Conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira nos Currículos Escolares, que, nos

Cadernos Temáticos, Educando para as relações étnico-raciais, apresenta a Lei

Federal Nº 10.639, que entrou em vigor na data de 9 de janeiro de 2003, a qual

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altera a Lei Federal 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que passa a vigorar

acrescida dos seguintes artigos 26-A e 79-B, que diz:

Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e

particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como “Dia

Nacional da Consciência Negra”.

Também a Deliberação Nº 04/06 do Conselho Estadual de Educação,

aprovada em 02 de agosto de 2006, que institui Normas Complementares às

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico Raciais e

para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, as quais tratam “ do

respeito aos direitos dos descendentes de africanos, a valorização da sua identidade

étnico-histórico-cultural” e a inserção destes temas nos currículos escolares, e para

que se concretizem, convém abordar inicialmente, de forma histórica esse processo

discriminatório.

Falar da História do Brasil, é falar dos europeus que aqui chegaram, é falar da

escravização dos índios imediatamente à chegada do povo dominador, é falar da

escravização negra com o avanço da colonização e finalmente relembrar que após a

abolição da escravidão negra, outros europeus aqui chegaram não para dominar

como ocorreu inicialmente, mas para substituir os negros libertos. A

multiculturalidade da população brasileira deve ser tema cotidiano na escola, e de

acordo com as Diretrizes, trabalhadas em todas as disciplinas que compõem a

matriz curricular e que devem estar contempladas no Projeto Político Pedagógico da

cada escola, incumbindo de maneira especial aos professores de Arte/Artes, História

e Literatura, destacar a contribuição dos africanos e afrodescendentes na formação

da cultura local e regional, da história brasileira passada e recente, mostrar as

diferenças entre “não ser escravo e ser escravizado”, os negros com suas histórias,

saberes e conhecimentos transmitidos oralmente, a África como continente de

grandes civilizações, nações e impérios, povos que trouxeram para o Brasil, sua

identidade, individualidade, sujeitos da nossa história com sua beleza étnica e

capacidade de produzir material e intelectualmente, o ambiente escolar é o meio

para se organizar adequadamente tão relevante conhecimento dessa cultura que

muito contribuiu para a construção de nosso país.

É importante citar neste trabalho de reflexão coletiva, a formação da matriz

cultural brasileira que compreende não só a cultura afro, mas as demais que estão

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presentes e que também contribuem para enriquecer nossa cultura, como a

européia, oriental, asiática e a indígena.

De acordo com a Professora Doutora Petronilha Beatriz Gonçalvez e Silva em

seu texto “Aprendizagem e Ensino das Africanidades Brasileiras”, convém salientar

que tais processos fazem parte de uma pedagogia anti-racista que tem como

exigência o diálogo sem sentimentos de superioridade ou de inferioridade; a

reconstrução do discurso e da ação pedagógica, no sentido de que participem do

processo de resistência dos grupos e classes postos à margem; e o estudo da

recriação das diferentes raízes da cultura brasileira. Estas contribuições

destacadas no texto, formam um conjunto de ações que as escolas poderão

desenvolver, desde que apoiadas pela mantenedora, sejam contempladas com

materiais de apoio para a formação de professores, capacitando-os para este

desafio.

2- OBJETIVOS:

O ensino de Arte no Ensino Médio, de acordo com as DCE privilegia as

relações de arte e sociedade e nessa perspectiva destaca três suportes básicos que

fundamentam as concepções teóricas e críticas de arte, a saber:

Arte e ideologia;

Arte e o seu conhecimento; e

Arte e trabalho criador.

Estas três concepções de visão progressista compreendem o ensino da arte a

partir da crítica das relações sociais, coloca o homem como centro das ações

transformadoras de acordo com seu tempo e um significado histórico e social.

Para que o processo de ensino – aprendizagem atinja os objetivos desejados,

cabe ao professor desenvolver seu trabalho nas áreas de Ares Visuais, Música,

Teatro e Dança.

A concepções teóricas de Arte e ideologia, Arte e o seu conhecimento e Arte

e trabalho criador, embasam a organização dos conteúdos estruturantes e

específicos, da metodologia desenvolvida e do sistema de avaliação e a partir

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dessas interpretações, a seleção dos conteúdos será:

Arte e ideologia: a Ideologia definida nas DCE como conjunto de ideias,

crenças e doutrinas de uma sociedade, época ou classe social, é o

resultado das ações que orientam as convicções coletivas. Todavia a

Ideologia também esta associada a elemento de dominação social, de

uma classe sobre a outra e como forma de união social, de pertencimento

a um grupo, classe ou sociedade. Estas funções conduzem a três

importantes formas de como a arte se origina e se incorpora na sociedade,

transformando-a:

O sistema de arte: é aquele que torna a arte excludente, restringe seu

acesso a poucas pessoas, ocorre no silêncio dos seletos museus.

Arte popular: é a arte produzida individual ou coletivamente, por grupos

sociais abrangentes, que se perpetua como identidade histórica da cultura

local ou regional.

A indústria cultural: é o processo que transforma a arte em mercadoria

barata, de consumo de massa, por meio da produção intensa,

desvinculada social e culturalmente da arte popular e erudita, visando

lucro imediato.

Arte e seu conhecimento: o conhecimento é construído e transmitido no

decorrer do processo histórico evolutivo do ser humano, e a arte contida

nesse processo revela a essência do ser humano que a cria e transforma

a natureza e seu meio, adaptando-a as suas necessidades.

Arte e trabalho criador: não há arte sem criação e trabalho e portanto não

há aprendizagem. A criação ocorre quando o “homem transforma uma

matéria dando-lhe nova forma, e ainda segundo Fayga, atribui-lhe

significado e emoções e a impregna com a presença do seu próprio

existir...” É esse trabalho que evidencia esse sujeito criador, e a escola é o

espaço que socializa, que permite ao educando vivenciar a transformação

social pelo fazer artístico.

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3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

O conhecimento sistematizado em Arte, de acordo com estas Diretrizes,

propicia ao aluno o direito a esses conhecimentos, organizados metodologicamente

de tal forma que se inter-relacione com as áreas de Artes visuais, Música, Teatro e

Dança, as quatro áreas que compõem os conteúdos estruturantes, base para a

ampliação dos conceitos que englobam as áreas afins. Os Conteúdos Estruturantes

de Arte para o Ensino Médio são:

Elementos formais;

Composição;

Movimentos e períodos; e

Tempo e espaço.

Elementos formais:

O sentido de formal esta relacionado à forma, a estrutura, aos recursos

técnicos utilizados num trabalho artístico. Estas formas e estruturas são diferentes

conforme as áreas artísticas e os elementos utilizados em uma determinada

proposta pedagógica.

Composição:

A composição diz respeito à organização dos elementos formais numa

determinada produção artística, e como afirma Fayga Ostrower, a composição por si

só, “...não tem significados, nada representam, nada descrevem, não são símbolos

de nada, não definem nada – nada, antes de entrarem num contexto formal”. Assim

a organização compositiva está relacionada a grande variedade de técnicas

conforme a área de Arte em que o aluno esteja trabalhando ou que se identifique

como possibilidade explorativa.

Movimentos e períodos:

No conceito de Conteúdos Estruturantes, movimentos e períodos estão

relacionados aos conhecimentos específicos de cada área de arte. Este conteúdo

apresenta questões socioculturais e econômica numa composição artística, de tal

forma que este componente curricular contribui, facilitando o domínio e

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aprendizagem do aluno, e que estes, fazem parte do imaginário social e representa

uma determinada consciência coletiva, em qualquer uma das quatro áreas de Arte

como conhecimento construído historicamente em, Artes Visuais, Música, Dança e

Teatro.

Tempo e Espaço:

Estes conteúdos estruturantes, Tempo e Espaço, estão presentes nas quatro

áreas de Arte, e também como conteúdos específicos dos elementos formais, da

composição, movimentos ou períodos. Tempo e Espaço são relevantes socialmente,

pois atuam na noção de tempo e espaço histórico e constitui elemento de

organização pedagógico-metodológico em cada área de Arte.

4- CONTEÚDOS BÁSICOS:

Durante a elaboração das Diretrizes Curriculares, houve o cuidado e

preocupação quanto aos conteúdos até então, ausentes nas propostas curriculares,

e o resgate destes conteúdos fundamentados nos quatro conteúdos estruturantes

para a disciplina de Arte no Ensino Médio: elementos formais, composição,

movimentos e períodos e tempo e espaço.

Para que a compreensão de como os conteúdos estruturantes se

organizam no encaminhamento metodológico, estes se apresentam organizados

para o 1º e 2º ano do Ensino Médio, a saber:

1º Ano

Área de artes Visuais:

Elementos Formais: ponto, linha, superfície, textura, volume luz e cor,

também serão consideradas as contribuições e influências da arte africana e afro-

brasileira nas artes visuais.

Composição: figurativa, abstrata, relação figura - fundo, bidimensão /

tridimensão, semelhanças, contrastes, ritmo visual, gêneros e técnicas. Da cultura

afro-brasileira a inclusão de expressões visuais como: máscaras, escultura, (argila,

madeira, metal,etc), ornamentos, tapeçaria, tecelagem, pintura corporal,

indumentária.

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Movimentos e períodos: Arte Pré-Histórica, Arte no Egito Antigo, Arte

Greco-Romana, Arte Pré-Colombiana, Arte Africana, a presença de elementos e

rituais das culturas de matriz africana nas manifestações populares brasileiras,

renascimento e barroco.

Área de Música:

Elementos Formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade.

Composição: ritmo, melodia, harmonia, improvisação, gêneros e técnicas. A

origem do batuque, do lundu, do samba, entre outros gêneros.

Movimentos e períodos: a história da música no Brasil, do início do século

XX aos movimentos contemporâneos, a música caipira de raiz, a música

paranaense. A contribuição artística da cultura africana na formação da música

brasileira.

Área de Teatro:

Elementos formais: personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e

faciais.

Ação / espaço cênico.

Composição: representação, sonoplastia / iluminação, cenografia / figurino,

caracterização / maquiagem e adereços.

Jogos teatrais, roteiro, enredo, gêneros e técnicas.

Movimentos e períodos: história do teatro brasileiro e paranaense,

vanguardas artísticas, teatro pobre, teatro do oprimido. A contribuição da cultura

africana e afro-brasileira nas representações de natureza religiosa, e de grande

impacto cênico.

Área de Dança:

Elementos formais: movimento corporal, tempo / espaço.

Composição: ponto de apoio, salto e queda, rotação, formação,

deslocamento, sonoplastia, coreografia, gêneros, técnicas.

Movimentos e períodos: dança moderna, vanguardas artísticas, hip hop,

funk, rap. As danças de natureza religiosa da cultura afro-brasileira: – candomblé,

funerária – axexê, guerreira – congada, dramática – maracatu, profana – jongo.

2º Ano

Área de Artes visuais:

Elementos formais: linha, superfície, diferentes suportes para expressão

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artística, volume, cor pigmento.

Composição: relação figura – fundo, construções bidimensionais e

tridimensionais,semelhanças e contrastes, técnicas.

Movimentos e períodos: Arte brasileira e elementos da cultura afro-brasileira

e africana, artistas plásticos negros na arte contemporânea, cubismo, dadaísmo,

surrealismo e pop – arte.

Área de Música:

Elementos formais: altura, duração, timbre, intensidade e densidade.

Composição: ritmo, melodia, harmonia, improvisação, gêneros e técnicas,

Movimentos e períodos: música serial, música eletrônica, música de

contestação, caipira de raiz, música popular brasileira. Os cantores e compositores

negros que fizeram e fazem nossa história cultural.

Área de Teatro:

Elementos formais: ação e espaço cênico.

Composição: jogos teatrais, roteiro, enredo, gêneros e técnicas.

Movimentos e períodos: teatro paranaense, teatro pobre e teatro de

comédia.

Área de Dança:

Elementos formais: movimento corporal, tempo e espaço.

Composição: formação, deslocamento, sonoplastia, coreografia e gêneros,

técnicas.

Movimentos e períodos: dança moderna, rap, funk, hip hop, a presença de

elementos e rituais das culturas de matriz africana como nas manifestações

populares brasileiras: puxada de rede, maculelê, capoeira, congada, maracatu,

samba de roda, etc.

5- METODOLOGIA:

De acordo com as DCE, a metodologia deve contemplar três aspectos da

organização pedagógica:

O conhecimento em arte: é o que fundamenta e possibilita ao aluno,

sentir, perceber, e desenvolver um trabalho artístico para formar os

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conceitos desse fazer.

O sentir e perceber: são as formas de analisar, criticar e se apropriar da

obra de arte.

O trabalho criador: é a prática e o desenvolvimento de uma obra de arte.

Estes três processos pedagógicos permitem que os alunos vivenciem na

prática o processo criativo, familiarizando-se com as técnicas e materiais,

gradativamente, sensibilizando os sentidos.

O encaminhamento metodológico pode ser escolhido pelo professor, e este,

por meio de ações pedagógicas, conduza os alunos na realização do trabalho

artístico, enfatizando a compreensão a partir das experiências percebendo o

desenvolvimento do ato criador. Assim a metodologia se desenvolve apoiada em

práticas pedagógicas fundamentadas e complementadas pela articulação dos

conhecimentos com outros importantes conhecimentos que se inter-relacionam com

a arte, a saber:

História da Arte: A História e História da Arte são duas áreas do

conhecimento que se complementam na busca por outras possibilidades

de elaborações de conhecimentos, estimulando os alunos a se envolver na

pesquisa. Este conhecimento está atrelado aos conteúdos estruturantes

movimentos e períodos, no amplo campo da arte, que compreende as

áreas da disciplina de Arte – Artes Visuais, Música, Dança e Teatro. No

estudo de História , “permanências e mudanças” são dois importantes elos

para a compreensão da produção artística ao longo da história da

humanidade.

Semiótica: Este campo de estudo que procura desvendar os

conhecimentos que envolvem as representações de signos e ou sinais, da

linguagem e da imagem, relacionados a transmissão e recepção de

informações das artes e linguagens e outras formas de expressão nas

áreas de artes.

Estética: A compreensão da Estética como “estudo do belo” é muito

simplista, requer cuidado em sua conceituação por sua abrangente

diversidade de emoções e sentimentos, e do período clássico da história,

sinônimos de beleza, harmonia e equilíbrio, destacando a importância do

ser humano e sociedade como prática pedagógica e organização

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curricular.

6- AVALIAÇÃO:

As Diretrizes Curriculares propõem a Avaliação diagnóstica e processual.

Sendo diagnóstica, permite ao professor melhor planejar suas aulas e avaliar os

alunos. E sendo processual, está presente em todos os momentos da ação

pedagógica, incluindo a avaliação do professor, da classe, sobre o desenvolvimento

das aulas e a auto-avaliação do aluno.

Ainda de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases Nº 9.394/96, em seu Artigo

24, Inciso V, a Avaliação é “contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantativos e dos resultados ao

longo do período sobre os de eventuais provas finais.” A Deliberação 07/99 do

Conselho Estadual de Educação – Capítulo I, Artigo 8º, rege que a avaliação almeja

“ o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a

capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades

realizadas”. Esta metodologia de avaliação, possibilita além dos registros de

aprendizagem,avanços e dificuldades, uma intervenção nas dificuldades

apresentadas durante o processo criativo, oportunizando ao aluno a socialização da

reflexão e discussão da própria produção e da construção coletiva. A Avaliação no

Ensino Médio considera entre outras abordagens, o conhecimento empírico do

aluno, e aquele conhecimento acumulado deve ser socializado entre seus pares,

constituindo referência para o professor propor ou rever conteúdos diferenciados.

Uma avaliação completa requer diversificadas formas de verificação, desde o

diagnóstico inicial, acompanhamento do processo de aprendizagem durante os

trabalhos, através observações durante o período letivo, por meio de trabalhos,

pesquisas, provas teóricas e práticas em qualquer das áreas em questão.

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7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – DCE. Curitiba – 2006.

Universidade Estadual de Londrina – UEL. História & Ensino: Revista do Laboratório de História / publicação do Departamento de História. Vol. 1, Ed. UEL, 1995.

COSTA, Cristina. Questões de Arte. A natureza do belo, da percepção e do prazer estético. – São Paulo: Ed. Moderna, 1999.

Secretaria de Estado da Educação – SEED, SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO, DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL, Cadernos Temáticos – História e cultura afro-brasileira e africana: educando para as relações étnico - raciais. Curitiba – 2006

SILVA, e Petronilha Beatriz Gonçalves e. Aprendizagem e Ensino das Africanidades Brasileiras. Texto apresentado para o IV Grupo de Estudos – História e Cultura Afro – Brasileira e Africana. SEED, 2007.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de Artes para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006.

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DIRETRIZ CURRICULAR BIOLOGIA

PROF. RESPONSÁVEL:JOSIANE MENDES DE MOURA

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA

Na área biológica o conhecimento cresce em ritmo acelerado. Acompanhar

esse crescimento é um desafio imensurável. É muita pretensão querer dominar todo

o conhecimento. Devemos ter consciência de que estamos vivendo um período de

grandes avanços do saber e precisamos nos preparar para compreender os

significados desses avanços. Assim, adequar o que o aluno já sabe e prepará-lo

para compreender os avanços que virão, dosando a quantidade de informações e

proporcionando a reflexão e o desenvolvimento da cidadania é o objetivo da área.

A influência cada vez maior da ciência em nossa vida exige que estejamos

bem informados para acompanhar as descobertas científicas, avaliar os seus

aspectos sociais e participar de forma esclarecida de decisões que dizem respeito a

coletividade. Se faz cada vez mais necessário que o aluno tenha condições de

relacionar os conceitos científicos aos fenômenos do cotidiano e a temas atuais nas

área de tecnologia, saúde e maio ambiente. Desta forma o conhecimento da Biologia

que consiste em uma ciência que estuda a vida ou, mais precisamente as

características dos seres vivos, permite compreender as rápidas transformações

provocadas pelo avanço da Ciência e da Biotecnologia.

No ensino médio, em que já se pode contar com uma maior maturidade do

aluno, os objetivos educacionais podem passar a ter maior ambição formativa, tanto

em termos da natureza das informações tratadas, dos procedimentos e atitudes

envolvidas, como em termos das habilidades, das competências e dos valores

desenvolvidos. Mais amplamente integrado à vida comunitária, o estudante da

escola de nível médio já tem também condições de compreender e desenvolver

consciência mais plena de suas responsabilidades e direitos, juntamente com o

aprendizado disciplinar.

Cada vez mais a área biológica vem desenvolvendo formas de melhorar a

qualidade do meio ambiente, aumentar a oferta de alimentos, melhorar as condições

de saúde, compreender os mecanismos que regem a vida. Esses procedimentos

precisam ser compreendidos por pessoas das mais diversas áreas de atuação, para

que possamos entender e respeitar o mundo em que vivemos. Assim, a área

biológica está assumindo cada vez mais importância na vida das pessoas e se faz

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necessário desenvolver os meios adequados de promover o aprofundamento dos

conceitos para viabilizar a melhoria das condições de vida no planeta, bem como a

sua sustentabilidade.

Ao longo do ensino médio, para garantir a compreensão do todo, é mais

adequado partir-se do geral, no qual o fenômeno vida é uma totalidade. O ambiente,

que é produto das interações entre fatores abióticos e seres vivos, pode ser

apresentado num primeiro plano, e é a partir dessas interações que se pode

conhecer cada organismo em particular e reconhecê-lo no ambiente e não vice-

versa. Ficará então mais significativo saber que, por sua vez, cada organismo é fruto

de interações entre órgãos, aparelhos e sistemas que, no particular, são formados

por um conjunto de células que interagem. E, no mais íntimo nível, cada célula se

configura pelas interações entre suas organelas, que também possuem suas

particularidades individuais, e pelas interações entre essa célula e as demais.

Para promover um aprendizado ativo que, especialmente em Biologia,

realmente transcenda a memorização de nomes de organismos, sistemas ou

processos, é importante que os conteúdos se apresentem como problemas a serem

resolvidos com os alunos, por exemplo aqueles que envolvendo interações entre

seres vivos, incluindo o ser humano, e demais elementos do ambiente. Essa

visualização da interação pode preceder e ensejar a questão da origem e da

diversidade, até que o conhecimento da célula se apresente como questão dentro da

questão, como problema a ser desvendado para uma maior e melhor compreensão

do fenômeno vida. Para que se elabore um instrumental de investigação desses

problemas, é conveniente e estimulante se estabelecerem conexões com aspectos

do conhecimento tecnológico a eles associados.

As considerações acima sugerem uma articulação de conteúdos no eixo

Ecologia – Evolução que deve ser tratado historicamente, mostrando que distintos

períodos e escolas de pensamento abrigaram diferentes ideias sobre o surgimento

da vida na Terra. Importa relacioná-las ao momento histórico em que foram

elaboradas, reconhecendo os limites de cada uma delas na explicação do

fenômeno. Para o estabelecimento da hipótese hoje hegemônica, concorreram

diferentes campos do conhecimento como a geologia, a física e a astronomia. Essa

hipótese se assenta em prováveis interações entre os elementos e fenômenos

físico-químicos do planeta, em particular fenômenos atmosféricos, e que resultaram

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na formação de sistemas químicos nos mares aquecidos da Terra primitiva. A vida

teria emergido quando tais sistemas adquiriram determinada capacidade de trocar

substâncias com o meio, obter energia e se reproduzir.

Reconhecer tais elementos da Terra primitiva, relacionar fenômenos entre si e

às características básicas de um sistema vivo são habilidades fundamentais à atual

compreensão da vida. Os estudos dos processos que culminaram com o surgimento

de sistemas vivos leva a indagações acerca dos diferentes níveis de organização

como tecidos, órgãos, aparelhos, organismos, populações, comunidades,

ecossistema, biosfera, resultantes das interações entre tais sistemas e entre eles e o

meio. Identificar e conceituar esses níveis de organização da matéria viva,

estabelecendo relações entre eles, permite a compreensão da dinâmica ambiental

que se processa na biosfera.

Uma ideia central a ser desenvolvida é a do equilíbrio dinâmico da vida. A

identificação da necessidade dos seres vivos de obter nutrientes e metabolizá-los,

permite o estabelecimento de relações alimentares entre os mesmos, uma forma

básica de interação nos ecossistemas, solicitando do aluno a investigação das

diversas formas de obtenção de alimento e energia e o reconhecimento das relações

entre elas, no contexto dos diferentes ambientes em que tais relações ocorrem. As

interações alimentares podem ser representadas através de uma ou várias

sequências-cadeias e teias alimentares, contribuindo para a consolidação do

conceito em desenvolvimento e para o início do entendimento da existência de um

equilíbrio dinâmico nos ecossistemas, em que matéria e energia transitam de formas

diferentes - em ciclos e fluxos respectivamente- e que tais ciclos e fluxos

representam formas de interação entre a porção viva e a abiótica do sistema.

A tecnologia, instrumento de intervenção de base científica, pode ser

apreciada como moderna decorrência sistemática de um processo, em que o ser

humano, parte integrante dos ciclos e fluxos que operam nos ecossistemas, neles

intervém produzindo modificações intencionais e construindo novos ambientes.

Estudos sobre a ocupação humana, através de alguns entre os diversos temas

existentes, aliados à comparação entre a dinâmica populacional humana e a de

outros seres vivos, permitirão compreender e julgar modos de realizar tais

intervenções, estabelecendo relações com fatores sociais e econômicos envolvidos.

Possibilitarão, ainda, o estabelecimento de relações entre intervenção no ambiente,

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degradação ambiental e agravos à saúde humana e a avaliação do desenvolvimento

sustentado como alternativa ao modelo atual.

Para o estudo da dinâmica ambiental contribuem outros campos do

conhecimento além da Biologia: Física, Química, Geografia, História, Filosofia,

possibilitando ao aluno relacionar conceitos aprendidos nessas disciplinas, numa

conceituação mais ampla de ecossistema. Um aspecto da maior relevância na

abordagem dos ecossistemas diz respeito a sua construção no espaço e no tempo e

à possibilidade da natureza absorver impactos e se recompor. O estudo da

sucessão ecológica permite compreender a dimensão espaço - temporal do

estabelecimento de ecossistemas, relacionar diversidade e estabilidade de

ecossistemas, relacionar essa estabilidade a equilíbrio dinâmico, fornecendo

elementos para avaliar as possibilidades de absorção de impactos pela natureza.

Conhecer algumas explicações sobre a diversidade das espécies, seus

pressupostos, seus limites, o contexto em que foram formuladas e em que foram

substituídas ou complementadas e reformuladas, permite a compreensão da

dimensão histórico-filosófica da produção científica e o caráter da verdade científica.

Focalizando-se a teoria sintética da evolução, é possível identificar a contribuição de

diferentes campos do conhecimento para a sua elaboração, como, por exemplo, a

paleontologia, a embriologia, a genética, a bioquímica. São centrais para a

compreensão da teoria os conceitos de adaptação e seleção natural como

mecanismos da evolução e a dimensão temporal, geológica do processo evolutivo.

Para o aprendizado desses conceitos, bastante complicados, é conveniente criarem-

se situações em que os alunos sejam solicitados a relacionar mecanismos de

alterações no material genético, seleção natural e adaptação, nas explicações sobre

o surgimento das diferentes espécies de seres vivos.

As relações entre alterações ambientais e modificações dos seres vivos,

estas últimas decorrentes do acúmulo de alterações genéticas, precisam ser

compreendidas como eventos sincrônicos, que não guardam simples relação de

causa e efeito; a variabilidade como consequência de mutações e de combinações

diversas de material genético, precisa ser entendida como substrato sobre o qual

age a seleção natural; a própria ação da natureza selecionando combinações

genéticas que se expressam em características adaptativas, também precisa

considerar a reprodução, que possibilita a permanência de determinado material

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genético na população. A interpretação do processo de formação de novas espécies

demanda a aplicação desses conceitos, o que pode ser feito por exemplo, pelos

alunos, solicitados a construir explicações sobre o que poderia determinar a

formação de novas espécies, numa população, em certas condições de isolamento

geográfico e reprodutivo.

Para o estudo da diversidade de seres vivos, tradicionalmente da Zoologia e

da Botânica, é adequado o enfoque evolutivo-ecológico, ou seja a história geológica

da vida. Focalizando-se a escala de tempo geológico, centra-se atenção na

configuração das águas e continentes e nas formas de vida que marcam cada

período e era geológica. Uma análise primeira permite supor que a vida surge, se

expande, se diversifica e se fixa nas águas. Os continentes são ocupados

posteriormente à ocupação das águas e, neles também, a vida se diversifica e se

fixa, não sem um grande número de extinções.

O estudo das funções vitais básicas, realizadas por diferentes estruturas,

órgãos e sistemas, com características que permitem sua adaptação nos diversos

meios, possibilita a compreensão das relações de origem entre diferentes grupos de

seres vivos e o ambiente em que essas relações ocorrem. Caracterizar essas

funções, relacioná-las entre si na manutenção do ser vivo e relacioná-las com o

ambiente em que vivem os diferentes seres vivos, estabelecer vínculos de origem

entre os diversos grupos de seres vivos, comparando essas diferentes estruturas,

aplicar conhecimentos da teoria da evolução na interpretação dessas relações, são

algumas das habilidades que esses estudos permitem desenvolver.

Ao abordar as funções acima citadas, é importante dar destaque ao corpo

humano, focalizando as relações que se estabelecem entre os diferentes aparelhos

e sistemas e entre o corpo e o ambiente, conferindo integridade ao corpo humano,

preservando o equilíbrio dinâmico que caracteriza o estado de saúde. Não menos

importante são as diferenças que evidenciam a individualidade que cada ser

humano, que indicam que cada corpo é único, permitindo o desenvolvimento de

atitudes de respeito e apreço ao próprio corpo e ao do outro.

O objetivo educacional geral de se desenvolver a curiosidade e o gosto de

aprender, praticando efetivamente o questionamento e investigação, pode ser

promovido num programa de aprendizado escolar, por exemplo, nos estudos das

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relações entre forma, função e ambiente, que levam a critérios objetivos através dos

quais os seres vivos podem ser agrupados. Ao estudar o indivíduo, se estará

estudando o grupo ao qual ele pertence e vice-versa; o estudo aprofundado de

determinados grupos de seres vivos em particular – anatomia, fisiologia e

comportamentos – pode se constituir em projetos educativos, procurando verificar

hipóteses sobre a reprodução/evolução de peixes, samambaias ou seres humanos.

Nesses projetos coletivos, tratando de questões que mereceram explicações

diversas ao longo da história da humanidade, até que se estabelecessem as atuais

leis da genética, pode-se discutir algumas dessas explicações, seus pressupostos,

seus limites, o contexto em que foram formuladas, permitindo a compreensão da

dimensão histórico-filosófica da produção científica e o caráter da verdade científica.

As discussões sobre tais representações e sobre aquelas elaboradas pelos alunos,

devem provocar a necessidade de obter mais informações com a intenção de

superar os limites que cada uma delas apresenta para o entendimento da

transmissão de características.

A descrição do material genético em sua estrutura e composição, a

explicação do processo da síntese protéica, a relação entre o conjunto protéico

sintetizado e as características do ser vivo e a identificação e descrição dos

processos de reprodução celular, são conceitos e habilidades fundamentais à

compreensão do modo como a hereditariedade acontece. Cabe também, nesse

contexto, trabalhar com o aluno no sentido de ele perceber que a estrutura de dupla

hélice do DNA é um modelo construído a partir dos conhecimentos sobre sua

composição.

É preciso que o aluno relacione os conceitos e processos acima expressos,

nos estudos sobre as leis da herança mendeliana e algumas de suas derivações,

como alelos múltiplos, herança quantitativa e herança ligada ao sexo, recombinação

gênica e ligação fatorial. São necessárias noções de probabilidade, análise

combinatória e bioquímica, para dar significado às leis da hereditariedade, o que

demanda o estabelecimento de relações de conceitos aprendidos em outras

disciplinas. De posse desses conhecimentos é possível ao aluno relacioná-los às

tecnologias de clonagem, engenharia genética e outras ligadas à manipulação do

DNA, proceder a análise desses fazeres humanos identificando aspectos éticos,

morais, políticos e econômicos envolvidos na produção científica e tecnológica, bem

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como na sua utilização; o aluno se transporta de um cenário meramente científico

para um contexto em que estão envolvidos vários aspectos da vida humana. É um

momento bastante propício ao trabalho com a superação de posturas que, por omitir

a real complexidade das questões, induz a julgamentos simplistas e, não raro,

preconceituosos.

Noções sobre citologia podem aparecer em vários momentos de um curso de

Biologia, com níveis diversos de enfoque e aprofundamento. Ao se tratar, por

exemplo, da diversidade da vida, vários processos celulares podem ser abordados,

ainda em um nível fenomenológico: fotossíntese, respiração celular, digestão celular

etc. Estudando-se a hereditariedade pode-se tratar a síntese protéica e, portanto,

noções de núcleo, ribossomos, ácidos nucléicos. A compreensão da dinâmica

celular pode se estabelecer quando for possível relacionar e aplicar conhecimentos

desenvolvidos não só ao longo do curso de Biologia, mas também em Química e

Física, no entendimento dos processos que acontecem no interior das células.

Elaborar uma síntese, em que os processos vitais que ocorrem em nível celular se

evidenciem relacionados, permite a construção do conceito sistematizado de célula:

um sistema que troca substâncias com o meio, obtém energia e se reproduz.

Compreende-se, assim, a teoria celular atualmente aceita, assim como se abre

caminho para o entendimento da relação entre os processos celulares e as

tecnologias utilizadas na medicina ortomolecular, a aplicação de conhecimentos da

Biologia e da Química no entendimento dos mecanismos de formação e ação dos

radicais livres, a relação desses últimos com o envelhecimento celular.

É recomendável que os estudos sobre embriologia atenham-se à espécie

humana, focalizando-se as principais fases embrionárias, os anexos embrionários e

a comunicação intercelular no processo de diferenciação. Aqui cabem duas

observações: não é necessário conhecer o desenvolvimento embrionário de todos

os grupos de seres vivos para compreender e utilizar a embriologia como evidência

da evolução; importa compreender como de uma célula - o ovo- se organiza um

organismo; não é essencial, portanto, no nível médio de escolaridade, o estudo

detalhado do desenvolvimento embrionário dos vários seres vivos.

Se faz necessário trabalhar conceitos básicos sobre células-tronco e suas

possibilidades no que se refere a tratamentos de doenças diversas.

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Não é possível tratar, no ensino médio, de todo o conhecimento biológico ou

de todo o conhecimento tecnológico a ele associado, devido a crescente quantidade

de assuntos. Mais importante é tratar esses conhecimentos de forma

contextualizada, revelando como e porque foram produzidos em que época,

apresentando a história da Biologia como um movimento não linear e

frequentemente contraditório. Mais do que fornecer informações, é fundamental que

o ensino de Biologia se volte ao desenvolvimento de competências que permitam ao

aluno lidar com as informações, compreendê-las, elaborá-las, refutá-las, quando for

o caso, enfim compreender o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos

conhecimentos adquiridos da Biologia e da Tecnologia. O desenvolvimento de tais

competências se inicia na escola fundamental, mas não se restringe a ela. Cada um

desses níveis de escolaridade tem características próprias, configuram momentos

particulares de vida, de desenvolvimento dos estudantes, mas guardam em comum

o fato de envolverem pessoas desenvolvendo capacidades, potencialidades que

lhes permitam o exercício pleno da cidadania, nesses mesmos momentos.

Entre as intenções formativas, garantida essa visão sistêmica, importa que o

estudante saiba: relacionar degradação ambiental e agravos à saúde humana,

compreendendo-a como bem estar físico, social e psicológico e não como ausência

de doença; compreender a vida, do ponto de vista biológico, como fenômeno que se

manifesta de formas diversas, mas sempre como sistema organizado e integrado,

que interage com o meio físico-químico através de um ciclo de matéria e de um fluxo

de energia; compreender a diversificação das espécies como resultado de um

processo evolutivo, que compreende dimensões temporais e espaciais;

compreender que o universo é composto por elementos que agem interativamente e

que é essa interação que configura o universo, a natureza, como algo dinâmico, e o

corpo como um todo, que confere à célula a condição de sistema vivo; dar

significado a conceitos científicos básicos em Biologia, como energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio dinâmico, hereditariedade e vida;

formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir de

elementos da Biologia, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes

desenvolvidos no aprendizado escolar.

No ensino de Biologia, enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e

valores pertinentes às relações entre os seres humanos, entre eles e o meio, entre o

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ser humano, o conhecimento, a ética e a tecnologia, contribuindo para uma

educação que formará indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos

processos e regularidades do mundo e da vida, capazes assim de realizar ações

práticas, de fazer julgamentos e de tomar decisões que favoreçam as condições

para a continuidade da vida no planeta.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

De acordo com a nova proposta da SEED o ensino de Biologia deve

fundamentar-se em quatro conteúdos estruturantes, sendo:

- ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS: que aborda o estudo acerca da

organização dos seres vivos, iniciou-se com as observações macroscópicas dos

animais e plantas da natureza.

Somente com o advento da invenção do microscópio por Robert Hooke

século XVII, com base nos estudos sobre lentes de Antonie von Leewenhoeck, o

mundo microscópico até então não observado foi evidenciado à luz da Ciência e da

Tecnologia.

A descoberta do mundo microscópico colocou em xeque várias teorias sobre

o surgimento da vida e proporcionou estudos específicos sobre as estruturas

celulares. Como exemplos desta influência têm-se o estudo da anatomia das células

das plantas pelo holandês Jan Swammerdam e, o aperfeiçoamento das Teorias

Evolucionistas ambas no séc. XVII.

No séc. XIX, à luz destas descobertas e Teorias, o alemão Christian Heineich

Pander e o estoniano Karl Ernst von Baer desenvolveram estudos sobre a

embriologia que estabeleceram as bases para estudos da Teoria Celular. Hugo von

Mohl descobriu a existência do núcleo e do protoplasma da célula; Walther Fleming

estudou o processo de mitose nos animais e Eduard Strasburger estudou este

processo nas plantas.

Assim, como relatam GAGLIARD & GIORDAN (apud BASTOS, 1998, p 255)

"... a relação entre o nível microscópico e o macroscópico é um conceito

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estruturante: uma vez que o aluno tenha adquirido poderá entender que a

compreensão de todos os fenómenos de um ser vivo requer um conhecimento dos

níveis moleculares subjacentes".

Justifica-se este conteúdo estruturante por ser a base do pensamento

biológico sobre a organização celular do ser vivo, relacionando-a com a distribuição

dos seres vivos

na Natureza, o que proporcionará ao aluno compreender a organização e o

funcionamento dos fenómenos vitais e estabelecer conexões com os demais

conteúdos estruturantes da disciplina.

- BIODIVERSIDADE: que compreende a curiosidade humana sobre os fenômenos

naturais e a necessidade de caçar para se alimentar e vestir, tentar curar doenças,

entre outras atividades vitais, fizeram com que o homem passasse a estudar e

observar a Natureza.

Tem-se registros deste conhecimento biológico empírico das atividades

humanas, através das representações de animais e plantas nas pinturas ruprestes

realizadas nas cavernas e também de alguns manuscritos deixados pelos Babilônios

por volta do ano 1800 a.C.

A organização dos seres vivos começou a ser registrada em documentos com

o Filósofo Aristóteles, que viveu no século IV a.C. e através de suas observações ele

escreveu o livro "As Partes dos Animais". Seu discípulo Teofasto deteve-se mais aos

estudos das plantas, iniciando uma pré-classificação dos vegetais agrupando-as em

espécies afins. Pelos seus estudos detalhados dos órgãos vegetais e descrição dos

tecidos que as formam, Teofasto é considerado o fundador da anatomia vegetal.

Percebe-se que as primeiras áreas da Biologia foram a zoologia e a botânica,

não só pela curiosidade e necessidade, mas também pela facilidade de observação.

Justifica-se estudá-las pelos mesmos motivos dos povos antigos que seria conhecer

a diversidade de plantas e animais que habitam a Terra, qual sua utilidade para a

nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres vivos.

Além destes aspectos, há a necessidade de se estudar outras implicações

decorrentes da história da humanidade que permeiam hoje as atividades agrícolas,

de manejo de Florestas, o mau uso dos recursos naturais, a destruição das espécies

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de animais e vegetais, a construção de cidades em lugares impróprios para

habitação, como também, a influência da tecnologia em nosso cotidiano.

Esclarecer que ao estudar a Biodiversidade estaremos diante de grandes

desafios diante do progresso científico

O significado científico, econômico e ético do estudo da diversidade biológica

deve ser compreendido pêlos alunos, não só como análise de espécimes mas

entendendo que a observação e sistematização do observado é uma atividade

científica relevante que se consolida nos sistemas de classificação e na taxionomia.

(KRASILCHIK,2004)

- MECANISMOS BIOLÓGICOS: que aborda que no século XVII com a invenção do

microscópio pelo holandês Antonie van Leewenhoock (ROOSI, 2001), a biologia

chamada celular e molecular tiveram um grande avanço significativo em suas

descobertas. Marcelo Malpighi examinou grande quantidade de tecidos animais e

vegetais, Robert Hooke descobriu a estrutura celular, e os primeiros

micoorganismos, inicialmente denominados animáculos, foram observados (ROSSI,

2001).

Houve muitos avanços tecnológicos decorrentes do advento do microscópio,

inclusive a formulação de novas teorias sobre o surgimento da vida, colocando à

prova teorias tão dogmáticas como foi a Teoria da Geração Espontânea. Diferentes

ideias transformistas foram se consolidando entre os cientistas, mas o grande marco

para o mundo científico e biológico foi a publicação do livro "Origens das Espécies"

de Charles Darwin, no século XIX. Foi também, na mesma época que Louis Pasteur,

demonstrou o papel desempenhado pêlos microorganismos no desenvolvimento de

doenças infecciosas e realizou estudos sobre a fermentação.

No século XX com o advento da invenção do microscópio eletrônico foi

possível em 1953, a descoberta do DNA (ácido desoxirribonucléico), material

químico que constitui o gene. Foram desenvolvidas técnicas de manipulação do

DNA, que permitem modificar espécies de seres vivos; produzir substâncias como a

insulina, através de bactérias; criação de cabras que produzem remédios no leite;

criação de plantas com toxinas contra pragas e, de porcos com carne menos

gordurosa. Além disso, a terapia gênica tem sido bastante estudada com fins de

eliminar doenças geneticamente transmitidas.

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A Biologia ajuda a compreender melhor essas e outras técnicas que podem

transformar a nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de nós mesmos.

Daí a importância do seu estudo, dar o mínimo de conhecimento a todas as

pessoas, para que elas possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas, uma

vez que o controle delas e a aplicação destas descobertas científicas são função

importante da própria sociedade.

- IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENÔMENO VIDA: que

aborda que os avanços científicos atuais permitiram que a genética e a biologia

molecular alcançassem uma formidável capacidade tecnológica, que se torna cada

vez mais efetiva, como, por exemplo, em poder-se modificar substancialmente um

vírus, bactérias, plantas, animais e os próprios seres humanos. (SIDEKUM, 2002)

Esse acelerado desenvolvimento científico e tecnológico nos deixa

atordoados, sem saber exatamente até onde podemos chegar e do que realmente

podemos nos apropriar, mas por outro lado, estes avanços nos proporcionam um

enorme conhecimento sobre a natureza, nos colocando muitas vezes acima dela.

É importante o estudo da biotecnologia, dos avanços científicos e de suas

implicações éticas e morais na sociedade, para que os estudantes no caso, de

biologia, possam discutir questões como nutrição, saúde, emprego e preservação do

ambiente que indiretamente influenciam suas vidas.

A análise de fenômenos biotecnológicos serve também para diminuir a divisão

entre a escola e o mundo em que os estudantes vivem, na medida em que estes

podem constatar as relações entre a pesquisa científica e a produção industrial ou a

tecnologia tradicionalmente usada em sua comunidade. A busca das raízes

científicas destas tecnologias tradicionais e de maneiras de aprimorá-las, a fim de

que melhor sirvam à necessidade de elevar a qualidade de vida é uma forma de

vincular o ensino à realidade em que vive o aluno. (KRASILCHIK, 2004, p. 186)

Quanto às questões éticas, a atual discussão sobre a manipulação genética

do ser humano provoca inúmeras controvérsias sobre o uso da tecnologia

(biotecnologia) e as perspectivas de mudanças de valores morais. Para CHAUÍ,

1995, "nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral" e movidos

pela sensibilidade, somos capazes de reagir, de questionar, de nos manifestar

contra ou a favor de determinadas atitudes para procurar esclarecer ou resolver

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problemas.

Porém, questões sobre aborto, eutanásia, clonagem, transgenia, geram

dúvidas quanto à decisão a ser tomada e põem à prova, além do nosso senso moral,

nossa consciência moral, "... pois exigem que decidamos o que fazer, que

justifiquemos para nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e

que assumamos todas as consequências delas, porque somos responsáveis por

nossas decisões". (CHAUÍ, 1995).

É objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda sua diversidade de

manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos

organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda, de

organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação, entre seus

elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e os demais

componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas à

transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo,

transformadas e transformadoras do ambiente.

Ao longo da história da humanidade várias foram as explicações para o

surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos conviveram

e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração

filosófica ou religiosa.

Elementos de História e da Filosofia tornam possível, aos alunos, a compreensão de

que há uma ampla rede de relações entre a produção científica e os contextos

sociais, econômicos e políticos.

No século XX presenciou-se um intenso processo de criação científica,

inigualável em tempos anteriores. A .associação entre Ciência e Tecnologia se

ampliou, tornando-se mais presente no cotidiano e modificando cada vez mais o

.mundo e o próprio ser humano. Questões relativas à valorização da vida em sua

diversidade; á ética nas relações dos seres humanos entre si, seu meio, e o planeta;

ao desenvolvimento tecnológico e sua relação com a qualidade de vida, marcaram

fortemente nosso tempo, pondo em discussão os valores envolvidos na produção e

aplicação do conhecimento científico e tecnológico.

O conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de

questões polêmicas que valorizem o respeito ao desenvolvimento; ao

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aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em

intensa intervenção humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos

ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a

vida se processa.

Sabe-se que desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana, ou

homo sapiens, não foi o ser predominante, e muito menos, o ser vivo mais

importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui passaram. Por outro

lado, ao longo deste processo de humanização, que durou aproximadamente três

milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala, diferenciando-se de

todas as demais formas de vida. Isso possibilitou ao homem a socialização, a

organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários o Início das

atividades agrícolas. Enfim, a humanidade organizou-se em sociedade.

Com o surgimento e desenvolvimento do modo de produção capitalista e sua

lógica produtiva baseada na exploração intensa da natureza, os seres humanos

tornaram-se consumidores (reais ou imaginados), fragmentados em diferentes

classes sociais, alienados dentro de sua própria existência. Pior ainda, não

percebem quantas necessidades são criadas pela sedução das inovações

tecnológicas e, o quanto estão submetidos aos apelos do mercado de consumo. As

organizações sociais, sob a égide do capitalismo, estão permeadas, cada vêz mais,

pelo espírito do individualismo e, de forma concreta não enfrentam os problemas

causados pela racionalidade do lucro às custas da destruição da natureza.

Cabe ressaltar qual é o papel da Ciência e da sociedade como pontos

articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos,

enquanto sujeitos históricos atuantes em determinado grupo social, reconhecerem

suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza que os levem a

quebrar estes paradigmas impostos pelo modo de produção capitalista. É preciso

que estes sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie, depende do

equilíbrio e do respeito a todas as formas de vida que fazem do planeta o maior ser

vivo conhecido.

Embora os discursos das tecnologias limpas e do desenvolvimento

sustentável venham nos acenando com promessas de solução mágica, é preciso

lembrar que a racionalidade do modo de produção capitalista torna impotente

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quaisquer soluções que porventura venham a ser; propostas pela ciência ou pe|a

tecnologia. Reatar uma relação de equilíbrio com a natureza pressupõe que a

sociedade desenvolva relações solidárias internas e isso dependo de um

posicionamento crítico diante da organização social que está posta pelo capitalismo.

Somente quando o ser humano sentir-se parte da biosfera deste planeta Terra, terá

consciência dos seus atos, usará sua inteligência com criticidade para, quem sabe,

reorganizar os processos de produção relacionados com o consumo e trabalho, para

que esta sociedade em que vivemos se torne justa e respeitosa com todas as

formas de vida.

A Biologia deve resolver problemas que atingem direta ou indiretamente a

perspectiva de futuro dos jovens, tornando-os sujeitos críticos, capazes de entender

e analisar o mundo, de contribuir para a melhoria da qualidade de vida pessoal e de

sua comunidade.

O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes deve ocorrer de forma

integrada. À medida que se discuta um conteúdo específico do conteúdo

estruturante biodiversidade, por exemplo, requerem-se conhecimentos sobre os

mecanismos biológicos e organização dos seres vivos para compreender por que

determinados fenômenos acontecem e como a VIDA se organiza na Terra e quais

implicações dos avanços biológicos são decorrentes.

4. OBJETIVOS

É fundamental que o ensino da Biologia se volte à:

Relacionar os conceitos da Biologia aos acontecimentos do cotidiano

de forma a compreender a vida, do ponto de vista biológico, como

fenômeno que se manifesta de formas diversas, mas sempre como

sistema organizado e integrado, que interagem com o meio físico-

químico podendo modificá-lo.

Propiciar a compreensão da vida do ponto de vista biológico;

Possibilitar situações de compreensão e análise de situações

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problemas relacionadas aos conceitos da biologia, buscando a

resolução destes problemas e conflitos a partir dos conceitos

assimilados;

Propor o desenvolvimento de projetos e ações voltadas a preservação

da vida em todos os seus aspectos;

Compreender que o universo é composto por elementos que agem

interativamente, o que configura a natureza como algo dinâmico e

interativo.

Compreender a diversificação das espécies como resultado evolutivo,

que inclui dimensões temporais e espaciais;

Dar significado a conceitos científicos básicos em biologia, como

energia, matéria transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio

dinâmico, hereditariedade e vida;

Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas

reais a partir de elementos da biologia, colocando em prática conceitos,

procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;

Realizar experimentos para demonstrar na prática alguns conceitos,

bem como ilustrar e possibilitar uma compreensão mais ampla.

Possibilitar a compreensão do avanço da ciência, suas possibilidades,

comprometimentos e apontar possíveis conseqüências, de forma a

trabalhar os aspectos éticos e bioéticos, estimulando a participação e

intervenção nas diversas situações emergentes e a compreensão das

reportagens abordadas pela mídia falada e escrita.

Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos

Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos

em estudo.

Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológico

apreendido, através de textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas,

vídeos, etc

Conhecer diferentes formas de obter informações (observação,

experimento, leitura de texto e imagem, entrevista), selecionando

aquelas pertinentes ao tema biológico em estudo.

Relacionar os diversos conteúdos conceituais de biologia na

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compreensão de fenômenos.

Estabelecer relações entre parte e todo de um fenômeno ou processo

biológico.

Formular questões, diagnósticos e propor soluções para problemas

apresentados, utilizando elementos da Biologia.

Utilizar noções e conceitos da Biologia em novas situações de

aprendizado (existencial ou escolar).

Relacionar o conhecimento das diversas disciplinas para o

entendimento de fatos ou processos biológicos.

Reconhecer a Biologia como um fazer humano, e portanto, histórico,

fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais,

religiosos e tecnológicos

Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos

conhecimentos do senso comum relacionados a aspectos biológicos.

Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações

intencionais por ele produzidas no seu ambiente.

Identificar ações de intervenção, identificando aquelas que visam a

preservação e implementação da saúde individual, coletiva e do

ambiente;

Compreender o conceito Biologia, sua complexidade e relações.

Possibilitar a compreensão da vida através do entendimento das

relações complexas que integram átomos formando moléculas que se

unem formando a matéria e a vida, promovendo condições para

diferenciação entre um e outro.

Compreender o trânsito de matéria orgânica para a matéria inorgânica.

Explicar sobre os ciclos da matéria, produção de energia e o papel dos

organismos nestes processos.

Explicar sobre os primeiros sistemas vivos e seus níveis de

organização

Caracterizar quanto às formas de obtenção de alimentos e energia ,

considerando as condições da Terra Primitiva.

Conhecer os diversos níveis de organização (de tecidos a Biosfera)

Estudar as diversas relações ecológicas existentes entre os seres:

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Harmoniosas e desarmoniosas.

Compreender os processos de transformação de matéria em energia.

Diferenciar a transferência de matéria e energia entre teias e cadeias

alimentares.

Compreender a relação das teias e cadeias alimentares no equilíbrio

ecológico, bem como possibilitar o entendimento da importância dos

predadores tanto no equilíbrio quanto no desequilíbrio ecológico.

Explicar os diferentes níveis tróficos

Explicar sobre os ciclos da matéria, produção de energia e o papel dos

organismos nestes processos.

Representar o transito de energia nos ecossistemas através de

pirâmides de energia.

Pesquisar fauna, flora, condições climáticas que configuram as

principais regiões brasileiras.

Conhecer os diversos biomas, suas faunas e floras

Discutir e refletir a respeito da ação humana no ecossistema - extração

e transformação dos recursos naturais para manutenção do

consumismo desenfreado.

Compreender o impacto dos desequilíbrios ambientais na natureza.

Estimular a pesquisa e a elaboração de projetos de ação ambiental.

Refletir sobre a importância do desenvolvimento sustentável para

assegurar a continuidade da vida.

Estimular pesquisas sobre ações globais para a melhoria e

continuidade das condições de vida no planeta.

Possibilitar a compreensão sobre a constituição dos vírus e sua

identificação como não vivo

Estudar os diversos reinos da natureza e seus respectivos filos de

forma sintetizada, visando relacionar as diferenças entre os seres que

pertencem a cada grupo e sua importância na manutenção da vida no

planeta.

Estudar as características de cada grupo de seres vivos e relacioná-los

de forma a perceber a ligação destes no que se refere à evolução dos

seres, considerando os aspectos anatômicos e fisiológicos.

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Estudar a célula e as reações químicas que nela ocorrem.

Possibilitar a compreensão das moléculas que constituem as células.

Compreender os processos de diferenciações celulares, os tipos e

diferenças de funções.

Diferenciar celular eucariótica de procariótica

Ter noções sobre citologia de forma que possibilite elaborar um

conceito sistematizado de célula.

Conhecer as organelas citoplasmáticas e suas funções, bem como

compreender através das suas funções a célula como unidade viva.

Estudar os tipos de membranas e os seus mecanismos de transporte

de substâncias.

Compreender o metabolismo energético da célula.

Compreender os processos de transformação de energia através da

fotossíntese, quimiossíntese, respiração aeróbia e anaeróbia e

fermentação.

Compreender os processos de síntese de proteínas e o DNA e RNA.

Entender os processos de reprodução celular e a transmissão do

material genético.

Diferenciar os tipos de divisões celulares

Classificar as estruturas e composição do material genético .

Compreender o que é gene e seu papel no mecanismo hereditário,

bem como os principais conceitos utilizados em genética.

Compreender o que é mutação e como ela ocorre.

Conhecer os trabalhos de Mendel, ressaltando a escolha do material e

o método utilizado.

Aplicar os conceitos da 1ª e 2ª Lei de Mendel e derivações.

Compreender a importância do trabalho desenvolvido por Mendel

buscando entender o significado de suas Leis.

Compreender a herança dos grupos sanguíneos dos sistema ABO, do

sistema Rh, transfusões sanguíneas, herança determinada pelo sexo,

herança ligada ao sexo, herança limitada ao sexo.

Compreender a importância dos mapas genéticos para o planejamento

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familiar

Reconhecer o impacto na sociedade e discutir a respeito dos

resultados das experiências genéticas.

Pesquisar os avanços da Ciência e da Biotecnologia e sua influência.

Conhecer as técnicas utilizadas para a clonagem. Discutir os aspectos

éticos, morais e político-econômicos envolvidos.

Possibilitar a compreensão da complexidade das experiências

genéticas, o avanço e o impacto.

Relacionar e entender sob um aspecto crítico as ideias sobre o

surgimento de vida na terra bem como os experimentos.

Interpretar a opinião dos cientistas, segundo a época em que tais

teorias eram levantadas.

Entender as principais fases do desenvolvimento embrionário.

Visualizar as sucessivas mitoses e as transformações que configuram

um embrião.

Estudar os processos de desenvolvimento do embrião.

Compreender a composição dos diversos tecidos e sua importância na

composição dos órgãos e sistemas.

Sensibilizar sobre a importância da sexualidade responsável, uso da

camisinha, métodos contraceptivos, doenças sexualmente

transmissíveis e suas consequências.

Sensibilizar sobre as consequências da gravidez na adolescência e da

responsabilidade da concepção para a melhoria da vida na sociedade,

bem como na diminuição dos conflitos sociais e de relacionamentos.

Explicar as formas que o sistema imunológico combate as doenças e

suas relações.

Sensibilizar sobre a importância da doação de sangue, órgãos e

medula óssea para salvar vidas.

Descrever as atividades metabólicas, a relação entre radicais livres, o

envelhecimento celular, o papel das vitaminas e a medicina

ortomolecular.

Compreender os processos evolutivos.

Entender o significado de adaptação biológica.

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Reconhecer e caracterizar as principais evidências evolutivas.

Comparar os indícios nos diferentes grupos de seres vivos.

Reconhecer a importância histórica das contribuições dos

pesquisadores

Relacionar as evidências com a teoria sintética da evolução.

Averiguar e interpretar as evidências da evolução.

Evolução humana

Entender o isolamento reprodutivo e o isolamento geográfico.

Conhecer sobre a configuração das águas e dos continentes e formas

de vida que marcam cada período e era geológicos.

Compreender a importância dos fósseis para a comprovação das

teorias e para possibilitar novas descobertas a respeito da evolução.

Estudar os fatores fundamentais para uma vida saudável

Apresentar alternativas para manter a saúde física, mental e espiritual

em equilíbrio.

Ressaltar a importância do desenvolvimento espiritual para a saúde

mental, psicológica e consequentemente física.

Relacionar os desequilíbrios orgânicos com os diversos desequilíbrios

emocionais relacionando a similaridade entre os conflitos e as funções

orgânicas.

Estudar o sistema locomotor e compreender suas funções

Identificar a importância do controle das funções pelo sistema nervoso

em todo o organismo

Estudar o sistema locomotor e nervoso de forma comparativa com os

demais seres vivos.

Orientar sobre a importância de uma nutrição adequada para a

qualidade de vida do homem, bem como informar as fontes dos

principais nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo.

Orientar sobre a utilização de diversos tipos de alimentos

complementares e alternativos para aprimorar a qualidade de vida e a

saúde

Desenvolver pesquisas sobre os diversos tipos de nutrição e sobre as

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doenças relacionadas a má nutrição, bem como aquelas pertinentes ao

sistema digestivo.

Estudar o sistema digestivo de forma comparativa.

Evidenciar como são realizadas as trocas gasosas. Identificar os gases

envolvidos no processo respiratório, os órgãos que compõe o sistema

responsável e sua ligação com os demais sistemas. Relacionar as

doenças respiratórias e formas de prevenção.

Estudar o sistema respiratório de forma comparativa

Identificar as formas que se dão o transporte de substâncias pelo

organismo, assim como as estruturas que realizam esta função.

Identificar os órgãos que compõe o sistema circulatório e o

funcionamento do sistema em relação aos demais órgãos.

Verificar as doenças relacionadas ao sistema circulatório e linfático.

Estudar o sistema circulatório de forma comparativa com os demais

seres vivos.

Reconhecer as formas que o corpo se desintoxica, e eliminar os restos

imprestáveis ao seu organismo. Evidenciar os órgãos responsáveis e

sua atuação enquanto sistema.

Reconhecer a Hemodiálise e sua importância

Identificar as doenças relacionadas ao sistema excretor e estudá-lo de

forma comparativa com os demais seres.

Compreender a ação dos hormônios no controle das diversas funções

fisiológicas.

Explicar a importância da reprodução para manutenção das espécies,

compreender os meios reprodutivos e os sistemas especializados para

realizar esta função nos diversos seres e no homem.

Esclarecer a respeito da gravidez, e dos métodos contraceptivos .

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4. CONTEÚDOS BÁSICOS

1º ANO

Conteúdos Estruturantes

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS / BIODIVERSIDADE

Conteúdos específicos

Vida e composição química dos seres vivos Definição de vida

A química das células

Diferença de crescimento entre seres vivos e brutos

Fotossíntese na formação de matéria orgânica

Vida e energia

Os primeiros sistemas vivos e seus níveis de organização

Ecossistemas

Relações entre os seres vivos

Biosfera, ecossistemas, comunidades e populações

Transferência de matéria e energia

Cadeias, redes e teias alimentares

Equilíbrio ecológico

Interações entre a porção biótica e abiótica do sistema.

Pirâmides ecológicas

Fluxo de energia

Ciclo da matéria .

Ecossistemas brasileiros

Ecologia das populações

Biomas e vegetação no Brasil

Impacto ambiental

Recursos naturais e esgotamento:

Poluição da água do ar e do solo

Água e sustentabilidade

Solo e desmatamento

Poluição do ar e Aquecimento global

Desenvolvimento sustentável

Eco 92 / Protocolo de Kyoto / Agenda 21

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Os seres vivos e os vírus

Os reinos da natureza

2º ANO

Conteúdos estruturantes

IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO FENÔMENO VIDA /

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

Conteúdos específicos:

Biologia celular

Citologia

A química da célula

Célula: tamanho, forma e funções.

Organelas citoplasmáticas

Mecanismos de transporte entre membranas.

Metabolismo energético da célula

Biologia molecular do gene: síntese de proteínas

Núcleo e divisões celulares

Hereditariedade e Biotecnologia Genética

Herança Mendeliana

Recombinação Gênica

Mapa Genético

Biotecnologia:

Projeto Genoma e manipulação do DNA

Clonagem

Experiências genéticas

O fenômeno da vida Origem da vida na Terra:

Teoria Heterotrófica

Autotrófica

Abiogênese, Biogênese, Cosmozóica, Panspermia.

Teoria de Oparin

Embriologia

Histologia

Aquecimento global

Escassez de água e consumo sustentável

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Desenvolvimento sustentável

Aproveitamento de lixo reciclável

Reflorestamento

Recursos naturais e consumo

Ameaça a Biodiversidade através do desmatamento e escassez de água

Problemas de saúde devido a carência de saneamento básico

Conseqüências da falta de reciclagem e saneamento básico

Buraco na camada de ozônio

Leis e crimes ambientais

Desequilíbrios climáticos e as consequências para a humanidade e os

ecossistemas

3º ANO

Conteúdos estruturantes

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS / IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS

BIOLÓGICOS NO FENÔMENO VIDA

Conteúdos específicos

A diversidade da vida e a evolução

Algumas explicações sobre a diversidade da vida: Teorias da Evolução -

Fixismo, Evolucionismo, Lamarquismo, Darwinismo, Mutacionismo,

Teoria Sintética ou Moderna .

Evidências e provas da evolução

Especiação

A diversidade dos seres vivos no tempo geológico

Fósseis

Saúde Noções de saúde física, mental e espiritual.

Posturas e valores para o equilíbrio.

Diga-me onde dói e dir-te-ei porque

Funções vitais Básicas e as diferentes estruturas que permitem sua

realização nos diferentes meios

Locomoção

Sistema locomotor: esqueleto e músculos

Coordenação

Sistema nervoso

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Nutrição e digestão

Trocas gasosas e respiração

Circulação e transporte

Excreção

Controle hormonal

Reprodução

Sexualidade e DST´s

Gravidez na adolescência e responsabilidade

Sistema Imunitário

Transplante de órgãos, doação de sangue e de medula óssea.

Medicina ortomolecular

Radicais Livres

Envelhecimento celular

5. METODOLOGIA

Os procedimentos dentro da Biologia corresponderão a observação,

experimentação, comparação, elaboração de hipóteses, suposições, debates orais,

estabelecendo relações entre fatos ou fenômenos e ideias, leitura e escrita de textos

informativos, pesquisas bibliográficas, busca de informações em várias formas,

organizações em várias formas, organizações de informações através de desenhos,

tabelas, gráficos, esquemas e textos, elaboração de perguntas, problemas e

proposição de solução dos problemas, levando-se em conta um crescimento de

autonomia entre os alunos.

É essencial que o ensino seja realizado em atividades variadas que

promovam o aprendizado da maioria, evitando que as fragilidades e carências se

tornem obstáculos intransponível para alguns.

O erro não será tratado como incapacidade de aprender, mas como elemento

que sinaliza ao professor a compreensão efetiva do aluno, servindo, então, para

reorientar a prática pedagógica e fazer com que ele avance na construção mais

adequada de seu conhecimento.

Será enfatizado os trabalhos de pesquisa ilustrações com vídeos, projetos de

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acordo com áreas de interesse dos alunos. A maioria dos trabalhos serão

desenvolvidos em grupos proporcionando condições de melhorias nos

relacionamentos interpessoais e valorizando as diferenças no contexto social.

Os conteúdos específicos serão encaminhados por meio de uma metodologia

crítica e histórica, de modo a considerar a articulação entre os conhecimentos

físicos, químicos e biológicos.

Os conteúdos propostos serão articulados com os conhecimentos de outras

ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem no mundo. A

Química, a Física, a Biologia, a Geociências, a Astronomia e outras áreas que

contribuem significativamente para esse fim.

Serão estabelecidas as relações entre os diversos conteúdos específicos, de

forma a possibilitar o reconhecimento de que existem conhecimentos físicos,

químicos e biológicos basilares no processo pedagógico, que precisam ser

abordados em cada uma das séries desse nível de ensino.

Os conteúdos específicos serão tratados ao longo dos quatro anos do Ensino

Fundamental, respeitando o nível cognitivo dos alunos, a realidade local, a

diversidade cultural, as diferentes formas de apropriação dos conteúdos específicos

por parte dos alunos e que se adote uma linguagem coerente com a faixa etária,

para aumentar gradativamente o aprofundamento do estudo.

Nos conteúdos de significativa relevância na vida dos alunos como a água

será enfocada a disponibilidade da água na natureza, seu tratamento, distribuição,

consumo e desperdício norteiam um estudo crítico e histórico e propiciam verificar

que os problemas relacionados à degradação das nascentes, poluição e

contaminação da água interferem na vida do ser humano, dos demais seres vivos e

do ambiente.

A discussão poderá se estender para uma reflexão sobre a intencionalidade

dessas práticas, os interesses sociais, políticos e econômicos envolvidos, por

exemplo, na ausência de saneamento básico em muitas regiões, que afetam a

qualidade de vida de uma parcela significativa da população. As relações de poder

que influenciam as decisões sobre o acesso ao saneamento básico podem ser

discutidas sob o viés dos interesses políticos. Quanto aos interesses econômicos,

pode-se abordar a relação custo-benefício envolvida nesse processo. Outro aspecto

que também poderá ser estudado são as implicações decorrentes da água como

recurso energético (usina hidrelétrica).

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Os conteúdos de Biologia serão desenvolvidos através de pesquisas em

equipes e individualmente de maneira a estimular o aluno a buscar respostas as

suas curiosidades, com exposições verbais para aprender a comunicar suas ideias e

conhecimentos, ilustrações com transparências, realização de cartazes, desenhos e

esquemas ilustrativos para melhor comunicar, leitura de casos e avaliação de

situações problemas. Utilização do livro didático do MEC e livro didático público na

compreensão dos conteúdos e nas atividades propostas.

A realidade dos alunos, da sociedade e do mundo serão os principais

enfocados buscando agregar valor à disciplina e procurando possibilitar maior

compreensão dos acontecimentos em especial os avanços da ciência e da

Biotecnologia.

Os fatores relacionados a saúde e a melhoria da qualidade de vida terá maior

atenção, bem como aquele que se referem ao meio ambiente.

Serão identificados os interesses dos alunos sobre vestibular, ENEM e outros

e serão desenvolvidas atividades especiais para beneficiar esta clientela.

Os trabalhos de seminários serão desenvolvidos com o objetivo de propiciar

aos alunos experiências com exposições de conteúdos, apreendidos nas aulas seja

através de pesquisas, trocas de ideias ou aulas expositivas, considerando a postura

e os recursos necessários para uma boa comunicação, bem como para fixação dos

conceitos e participação social.

Também fará parte do processo educativo à observação e experimentação,

através de aulas prática e observações do cotidiano, visando possibilitar ampla

compreensão dos conceitos desenvolvidos.

O aprendizado de Biologia deve contribuir para aprimorar o indivíduo,

desenvolvendo meios para se interpretarem fatos naturais, para se compreenderem

procedimentos e equipamentos do cotidiano social e profissional, assim como para

articular uma visão do mundo natural e social. Deve propiciar a construção de

compreensão dinâmica da nossa vivência material, de convívio harmônico com o

mundo da informação, de entendimento histórico da vida social e produtiva, de

percepção evolutiva da vida, do planeta e do cosmos, enfim, um aprendizado com

caráter prático e crítico e uma participação no romance da cultura científica,

ingrediente essencial da aventura humana.

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Nunca é demais insistir que não se trata de se incorporarem elementos da

ciência contemporânea, simplesmente por conta de sua importância instrumental

utilitária. Trata-se, isto sim, de se proverem os alunos com condições para

desenvolver uma visão de mundo atualizada, o que inclui uma compreensão mínima

das técnicas e dos princípios científicos em que se baseiam. Vale a pena também

lembrar que, lado a lado com uma demarcação disciplinar, é preciso desenvolver

uma articulação interdisciplinar, de forma a conduzir organicamente o aprendizado

pretendido. O sentido da interdisciplinaridade tem uma variedade de sentidos e de

dimensões que podem se confundir, mas são todos eles importantes.

O aprendizado disciplinar em Biologia, cujo cenário, a biosfera, é um todo

articulado, é inseparável das demais ciências. A própria compreensão do surgimento

e da evolução da vida nas suas diversas formas de manifestação demanda uma

compreensão das condições geológicas e ambientais reinantes no planeta primitivo.

O entendimento dos ecossistemas atuais implica um conhecimento da intervenção

humana, de caráter social e econômico, assim como dos ciclos de materiais e fluxos

de energia. A percepção da profunda unidade da vida, diante da sua vasta

diversidade, é de uma complexidade sem paralelo em toda a ciência e também

demanda uma compreensão dos mecanismos de codificação genética, que são a

um só tempo uma estereoquímica e uma física da organização molecular da vida.

Ter uma noção de como operam esses níveis submicroscópicos da biologia não é

um luxo acadêmico mas sim um pressuposto para uma compreensão mínima dos

mecanismos de hereditariedade e mesmo da biotecnologia contemporânea, sem os

quais não se pode entender e emitir julgamento sobre testes de paternidade pela

análise do DNA, a clonagem de animais ou a forma como certos vírus produzem

imunodeficiências.

Cada ciência particular possui um código intrínseco, uma lógica interna,

métodos próprios de investigação, que se expressam nas teorias, nos modelos

construídos para interpretar os fenômenos que se propõe explicar. Apropriar-se

desses códigos, dos conceitos e métodos relacionados a cada uma das ciências,

compreender a relação entre Ciência, Tecnologia e Sociedade, representa

ampliação das possibilidades de compreensão do mundo e de participação efetiva

nesse mundo.

É objeto de estudo da Biologia, o fenômeno vida em toda sua diversidade de

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manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos

organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda de

organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre seus

elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e demais

componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas a

transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo,

propiciadoras de transformações no ambiente.

Ao longo da história da humanidade, várias foram as explicações para o

surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos conviveram

e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração

filosófica ou religiosa. O aprendizado da Biologia deve permitir a compreensão da

natureza viva e dos limites dos diferentes sistemas explicativos, a contraposição

entre os mesmos e a compreensão de que a ciência não tem respostas definitivas

para tudo, sendo uma de suas características a possibilidade de ser questionada e

de se transformar. Deve permitir, ainda, a compreensão de que os modelos na

ciência servem para explicar tanto aquilo que podemos observar diretamente, como

também aquilo que só podemos inferir; que tais modelos são produtos da mente

humana e não a própria natureza, construções mentais que procuram sempre

manter a realidade observada como critério de legitimação.

Elementos da história e da filosofia da Biologia tornam possíveis, aos alunos,

a compreensão de que há uma ampla rede de relações entre a produção científica e

o contexto social, econômico e político. É possível verificar que a formulação, o

sucesso ou fracasso das diferentes teorias científicas estão associados ao seu

momento histórico.

O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões

polêmicas, que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos

naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana

no ambiente, cuja avaliação de levar em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos

organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa.

O desenvolvimento da Genética e da Biologia Molecular, das tecnologias de

manipulação do DNA e de clonagem, traz à tona aspectos éticos envolvidos na

produção e aplicação do conhecimento científico e tecnológico, chamando à reflexão

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sobre as relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade. Conhecer a estrutura

molecular da vida, os mecanismos de perpetuação, diferenciação das espécies e

diversificação intra específica, a importância da biodiversidade para a vida no

planeta, são alguns dos elementos essenciais para um posicionamento criterioso

relativo ao conjunto das construções e intervenções humanas no mundo

contemporâneo.

Na Biologia estabelecem-se modelos para as microscópicas estruturas de

construção dos seres, de sua reprodução e de seu desenvolvimento. Debatem-se,

nessa temática, questões existenciais de grande repercussão filosófica, sobre ser a

origem da vida um acidente, uma casualidade ou, pelo contrário, a realização de

uma ordem já inscrita na própria constituição da matéria infinitesimal.

Neste século presencia-se um intenso processo de criação científica,

inigualável a tempos anteriores. A associação entre Ciência e Tecnologia se amplia,

tornando-se mais presente no cotidiano e modificando cada vez mais o mundo e o

próprio ser humano. Questões relativas à valorização da vida em sua diversidade, à

ética nas relações entre seres humanos, entre eles, seu meio e o planeta, ao

desenvolvimento tecnológico e sua relação com a qualidade de vida, marcam

fortemente nosso tempo, pondo em discussão os valores envolvidos na produção e

aplicação do conhecimento científico e tecnológico.

Um tema central para a construção de uma visão de mundo é a percepção da

dinâmica complexidade da vida pelos alunos, a compreensão de que a vida é fruto

de permanentes interações simultâneas entre muitos elementos, e de que as teorias

em Biologia, como nas demais ciências, se constituem em modelos explicativos,

construídos em determinados contextos sociais e culturais. Essa postura busca

superar a visão a-histórica que muitos livros didáticos difundem, de que a vida se

estabelece como uma articulação mecânica de partes, e como se para compreendê-

la, bastasse memorizar a designação e a função dessas peças, num jogo de montar

biológico.

Ao longo do ensino médio, para garantir a compreensão do todo, é mais

adequado partir-se do geral, no qual o fenômeno vida é uma totalidade. O ambiente,

que é produto das interações entre fatores abióticos e seres vivos, pode ser

apresentado num primeiro plano, e é a partir dessas interações que se pode

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conhecer cada organismo em particular e reconhecê-lo no ambiente e não vice-

versa. Ficará então mais significativo saber que, por sua vez, cada organismo é fruto

de interações entre órgãos, aparelhos e sistemas que, no particular, são formados

por um conjunto de células que interagem. E, no mais íntimo nível, cada célula se

configura pelas interações entre suas organelas, que também possuem suas

particularidades individuais, e pelas interações entre essa célula e as demais.

Para promover um aprendizado ativo que, especialmente em Biologia,

realmente transcenda a memorização de nomes de organismos, sistemas ou

processos, é importante que os conteúdos se apresentem como problemas a serem

resolvidos com os alunos, por exemplo aqueles que envolvendo interações entre

seres vivos, incluindo o ser humano, e demais elementos do ambiente. Essa

visualização da interação pode preceder e ensejar a questão da origem e da

diversidade, até que o conhecimento da célula se apresente como questão dentro da

questão, como problema a ser desvendado para uma maior e melhor compreensão

do fenômeno vida. Para que se elabore um instrumental de investigação desses

problemas, é conveniente e estimulante se estabelecerem conexões com aspectos

do conhecimento tecnológico a eles associados.

As considerações acima sugerem uma articulação de conteúdos no eixo

Ecologia – Evolução que deve ser tratado historicamente, mostrando que distintos

períodos e escolas de pensamento abrigaram diferentes ideias sobre o surgimento

da vida na Terra. Importa relacioná-las ao momento histórico em que foram

elaboradas, reconhecendo os limites de cada uma delas na explicação do

fenômeno. Para o estabelecimento da hipótese hoje hegemônica, concorreram

diferentes campos do conhecimento como a geologia, a física e a astronomia. Essa

hipótese se assenta em prováveis interações entre os elementos e fenômenos

físico-químicos do planeta, em particular fenômenos atmosféricos, e que resultaram

na formação de sistemas químicos nos mares aquecidos da Terra primitiva. A vida

teria emergido quando tais sistemas adquiriram determinada capacidade de trocar

substâncias com o meio, obter energia e se reproduzir.

Reconhecer tais elementos da Terra primitiva, relacionar fenômenos entre si e

às características básicas de um sistema vivo são habilidades fundamentais à atual

compreensão da vida. O estudo dos processos que culminaram com o surgimento

de sistemas vivos leva as indagações acerca dos diferentes níveis de organização

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como tecidos, órgãos, aparelhos, organismos, populações, comunidades,

ecossistema, biosfera, resultantes das interações entre tais sistemas e entre eles e o

meio. Identificar e conceituar esses níveis de organização da matéria viva,

estabelecendo relações entre eles, permite a compreensão da dinâmica ambiental

que se processa na biosfera.

Uma idéia central a ser desenvolvida é a do equilíbrio dinâmico da vida. A

identificação da necessidade dos seres vivos de obterem nutrientes e metabolizá-

los, permitem o estabelecimento de relações alimentares entre os mesmos, uma

forma básica de interação nos ecossistemas, solicitando do aluno a investigação das

diversas formas de obtenção de alimento e energia e o reconhecimento das relações

entre elas, no contexto dos diferentes ambientes em que tais relações ocorrem. As

interações alimentares podem ser representadas através de uma ou várias

sequências-cadeias e teias alimentares, contribuindo para a consolidação do

conceito em desenvolvimento e para o início do entendimento da existência de um

equilíbrio dinâmico nos ecossistemas, em que matéria e energia transitam de formas

diferentes - em ciclos e fluxos respectivamente- e que tais ciclos e fluxos

representam formas de interação entre a porção viva e a abiótica do sistema.

A tecnologia, instrumento de intervenção de base científica, pode ser

apreciada como moderna decorrência sistemática de um processo, em que o ser

humano, parte integrante dos ciclos e fluxos que operam nos ecossistemas, neles

intervém produzindo modificações intencionais e construindo novos ambientes.

Estudos sobre a ocupação humana, através de alguns entre os diversos temas

existentes, aliados à comparação entre a dinâmica populacional humana e a de

outros seres vivos, permitirão compreender e julgar modos de realizar tais

intervenções, estabelecendo relações com fatores sociais e econômicos envolvidos.

Possibilitarão, ainda, o estabelecimento de relações entre intervenção no ambiente,

degradação ambiental e agravos à saúde humana e a avaliação do desenvolvimento

sustentado como alternativa ao modelo atual.

Para o estudo da dinâmica ambiental contribuem outros campos do

conhecimento além da Biologia: Física, Química, Geografia, História, Filosofia,

possibilitando ao aluno relacionar conceitos aprendidos nessas disciplinas, numa

conceituação mais ampla de ecossistema. Um aspecto da maior relevância na

abordagem dos ecossistemas diz respeito a sua construção no espaço e no tempo e

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à possibilidade da natureza absorver impactos e se recompor. O estudo da

sucessão ecológica permite compreender a dimensão espaço - temporal do

estabelecimento de ecossistemas, relacionar diversidade e estabilidade de

ecossistemas, relacionar essa estabilidade a equilíbrio dinâmico, fornecendo

elementos para avaliar as possibilidades de absorção de impactos pela natureza.

Conhecer algumas explicações sobre a diversidade das espécies, seus

pressupostos, seus limites, o contexto em que foram formuladas e em que foram

substituídas ou complementadas e reformuladas, permite a compreensão da

dimensão histórico-filosófica da produção científica e o caráter da verdade científica.

Focalizando-se a teoria sintética da evolução, é possível identificar a contribuição de

diferentes campos do conhecimento para a sua elaboração, como, por exemplo, a

paleontologia, a embriologia, a genética, a bioquímica. São centrais para a

compreensão da teoria os conceitos de adaptação e seleção natural como

mecanismos da evolução e a dimensão temporal, geológica do processo evolutivo.

Para o aprendizado desses conceitos, bastante complicados, é conveniente criarem-

se situações em que os alunos sejam solicitados a relacionar mecanismos de

alterações no material genético, seleção natural e adaptação, nas explicações sobre

o surgimento das diferentes espécies de seres vivos.

As relações entre alterações ambientais e modificações dos seres vivos,

estas últimas decorrentes do acúmulo de alterações genéticas, precisam ser

compreendidas como eventos sincrônicos, que não guardam simples relação de

causa e efeito; a variabilidade como consequência de mutações e de combinações

diversas de material genético, precisa ser entendida como substrato sobre o qual

age a seleção natural; a própria ação da natureza selecionando combinações

genéticas que se expressam em características adaptativas, também precisa

considerar a reprodução, que possibilita a permanência de determinado material

genético na população. A interpretação do processo de formação de novas espécies

demanda a aplicação desses conceitos, o que pode ser feito por exemplo, pelos

alunos, solicitados a construir explicações sobre o que poderia determinar a

formação de novas espécies, numa população, em certas condições de isolamento

geográfico e reprodutivo.

Para o estudo da diversidade de seres vivos, tradicionalmente da Zoologia e

da Botânica, é adequado o enfoque evolutivo-ecológico, ou seja a história geológica

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da vida. Focalizando-se a escala de tempo geológico, centra-se atenção na

configuração das águas e continentes e nas formas de vida que marcam cada

período e era geológica. Uma análise primeira permite supor que a vida surge, se

expande, se diversifica e se fixa nas águas. Os continentes são ocupados

posteriormente à ocupação das águas e, neles também, a vida se diversifica e se

fixa, não sem um grande número de extinções.

O estudo das funções vitais básicas, realizadas por diferentes estruturas,

órgãos e sistemas, com características que permitem sua adaptação nos diversos

meios, possibilita a compreensão das relações de origem entre diferentes grupos de

seres vivos e o ambiente em que essas relações ocorrem. Caracterizar essas

funções, relacioná-las entre si na manutenção do ser vivo e relacioná-las com o

ambiente em que vivem os diferentes seres vivos, estabelecer vínculos de origem

entre os diversos grupos de seres vivos, comparando essas diferentes estruturas,

aplicar conhecimentos da teoria da evolução na interpretação dessas relações, são

algumas das habilidades que esses estudos permitem desenvolver.

Ao abordar as funções acima citadas, é importante dar destaque ao corpo

humano, focalizando as relações que se estabelecem entre os diferentes aparelhos

e sistemas e entre o corpo e o ambiente, conferindo integridade ao corpo humano,

preservando o equilíbrio dinâmico que caracteriza o estado de saúde. Não menos

importante são as diferenças que evidenciam a individualidade que cada ser

humano, que indicam que cada corpo é único, permitindo o desenvolvimento de

atitudes de respeito e apreço ao próprio corpo e ao do outro.

O objetivo educacional geral de se desenvolver a curiosidade e o gosto de

aprender, praticando efetivamente o questionamento e investigação, pode ser

promovido num programa de aprendizado escolar, por exemplo, nos estudos das

relações entre forma, função e ambiente, que levam a critérios objetivos através dos

quais os seres vivos podem ser agrupados. Ao estudar o indivíduo, se estará

estudando o grupo ao qual ele pertence e vice-versa; o estudo aprofundado de

determinados grupos de seres vivos em particular – anatomia, fisiologia e

comportamentos – pode se constituir em projetos educativos, procurando verificar

hipóteses sobre a reprodução/evolução de peixes, samambaias ou seres humanos.

Nesses projetos coletivos, tratando de questões que mereceram explicações

diversas ao longo da história da humanidade, até que se estabelecessem as atuais

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leis da genética, pode-se discutir algumas dessas explicações, seus pressupostos,

seus limites, o contexto em que foram formuladas, permitindo a compreensão da

dimensão histórico-filosófica da produção científica e o caráter da verdade científica.

As discussões sobre tais representações e sobre aquelas elaboradas pelos alunos,

devem provocar a necessidade de obter mais informações com a intenção de

superar os limites que cada uma delas apresenta para o entendimento da

transmissão de características.

A descrição do material genético em sua estrutura e composição, a

explicação do processo da síntese protéica, a relação entre o conjunto protéico

sintetizado e as características do ser vivo e a identificação e descrição dos

processos de reprodução celular, são conceitos e habilidades fundamentais à

compreensão do modo como a hereditariedade acontece. Cabe também, nesse

contexto, trabalhar com o aluno no sentido de ele perceber que a estrutura de dupla

hélice do DNA é um modelo construído a partir dos conhecimentos sobre sua

composição.

É preciso que o aluno relacione os conceitos e processos acima expressos,

nos estudos sobre as leis da herança mendeliana e algumas de suas derivações,

como alelos múltiplos, herança quantitativa e herança ligada ao sexo, recombinação

gênica e ligação fatorial. São necessárias noções de probabilidade, análise

combinatória e bioquímica, para dar significado às leis da hereditariedade, o que

demanda o estabelecimento de relações de conceitos aprendidos em outras

disciplinas. De posse desses conhecimentos é possível ao aluno relacioná-los às

tecnologias de clonagem, engenharia genética e outras ligadas à manipulação do

DNA, proceder a análise desses fazeres humanos identificando aspectos éticos,

morais, políticos e econômicos envolvidos na produção científica e tecnológica, bem

como na sua utilização; o aluno se transporta de um cenário meramente científico

para um contexto em que estão envolvidos vários aspectos da vida humana. É um

momento bastante propício ao trabalho com a superação de posturas que, por omitir

a real complexidade das questões, induz a julgamentos simplistas e, não raro,

preconceituosos.

Noções sobre citologia podem aparecer em vários momentos de um curso de

Biologia, com níveis diversos de enfoque e aprofundamento. Ao se tratar, por

exemplo, da diversidade da vida, vários processos celulares podem ser abordados,

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ainda em um nível fenomenológico: fotossíntese, respiração celular, digestão celular

etc. Estudando-se a hereditariedade pode-se tratar a síntese protéica e, portanto,

noções de núcleo, ribossomas, ácidos nucléicos. A compreensão da dinâmica

celular pode se estabelecer quando for possível relacionar e aplicar conhecimentos

desenvolvidos não só ao longo do curso de Biologia, mas também em Química e

Física, no entendimento dos processos que acontecem no interior das células.

Elaborar uma síntese, em que os processos vitais que ocorrem em nível celular se

evidenciem relacionados, permite a construção do conceito sistematizado de célula:

um sistema que troca substâncias com o meio, obtém energia e se reproduz.

Compreende-se, assim, a teoria celular atualmente aceita, assim como se abre

caminho para o entendimento da relação entre os processos celulares e as

tecnologias utilizadas na medicina ortomolecular, a aplicação de conhecimentos da

Biologia e da Química no entendimento dos mecanismos de formação e ação dos

radicais livres, a relação desses últimos com o envelhecimento celular.

É recomendável que os estudos sobre embriologia atenham-se à espécie

humana, focalizando-se as principais fases embrionárias, os anexos embrionários e

a comunicação intercelular no processo de diferenciação. Aqui cabem duas

observações: não é necessário conhecer o desenvolvimento embrionário de todos

os grupos de seres vivos para compreender e utilizar a embriologia como evidência

da evolução; importa compreender como de uma célula - o ovo- se organiza um

organismo; não é essencial, portanto, no nível médio de escolaridade, o estudo

detalhado do desenvolvimento embrionário dos vários seres vivos.

Se faz necessário trabalhar conceitos básicos sobre células-tronco e suas

possibilidades no que se refere a tratamentos de doenças diversas.

Não é possível tratar, no ensino médio, de todo o conhecimento biológico ou

de todo o conhecimento tecnológico a ele associado, devido a crescente quantidade

de assuntos e a complexidade de cada tema.

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6. AVALIAÇÃO

Por meio desse critério, torna-se possível avaliar também em que medida o

aluno compreende quanto os conhecimentos científicos abordados em Água no

ecossistema se aplicam à sua prática social, quanto eles se relacionam com outros

conteúdos e até mesmo com conhecimentos de outras disciplinas.

Para que esta proposta de avaliação possa atender ao que se propõe, são

necessários meios, recursos e instrumentos avaliativos diversificados. A coerência

entre os critérios propostos e a natureza dos instrumentos avaliativos é fundamental

para propiciar uma avaliação real do progresso cognitivo dos alunos. Por isso, não

faz sentido que o professor proponha aos alunos uma prova objetiva ou

questionários com perguntas e respostas diretas.

Por meio dos diversos instrumentos avaliativos, o aluno pode expressar os

avanços na aprendizagem porque interpreta, produz, discute, relaciona, analisa,

justifica, posiciona-se e argumenta, defende o próprio ponto de vista.

Ao reestruturar continuamente o processo educativo, o professor também faz

uma auto-avaliação para orientar-se em sua prática pedagógica, em intervenções

coerentes com os objetivos propostos para o ensino da disciplina.

Conforme estas Diretrizes Curriculares, a avaliação ocorre ao longo do ano

letivo, não está centralizada em uma única atividade ou método avaliativo e

considera os alunos sujeitos históricos do processo pedagógico.

- Prova escrita: abrangendo questões dissertativas e questões de múltipla escolha e

procurando fazer com que os alunos justifiquem a resposta escolhida de forma

contextualizada, priorizando a situação do seu cotidiano.

- Prova oral: Pode ser desenvolvida por entrevistas e questões respondidas

oralmente, avaliando conhecimentos e habilidades de expressão oral;

- Trabalhos de pesquisa ou tarefas para casa( individual ou em grupo) : devem ser

avaliados, levando em conta que nem sempre é o aluno quem executa o trabalho;

- Trabalhos em sala; podem ser realizados individualmente ou em grupos, ajudam a

reforçar o aprendizado dos alunos;

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- Trabalho expositivo: alguns temas mais polêmicos poderão ser expostos sob a

forma de cartazes na sala de aula ou nos murais da escola;

- Participação: pode considerar-se o interesse do aluno na aula, manifestado sob a

forma de respostas às perguntas que o professor faz, entrega das atividades

extraclasse solicitadas e postura adequada e respeitosa diante do professor e dos

colegas.

- Trabalhos em seminários: os alunos desenvolverão pesquisas em grupo e

apresentarão aos colegas da sala durante as aulas.

Análises críticas de vídeos e produção de textos com pesquisas complementares

sobre o tema de enfoque: os alunos assistirão aos vídeos propostos e realizarão

pesquisas sobre o tema de enfoque, produzindo textos contendo suas análises

críticas e pesquisas complementares.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares da Secretaria da Rede de Educação Básica do Estado do

Paraná, Curitiba – 2006.

Orientações curriculares- Biologia – julho/2005

LAURENCE, J. Biologia – volume único editora Nova Geração, São Paulo, 2006

BIOLOGIA, VÁRIOS AUTORES, Curitiba: SEED –PR. 2006.

BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, ns 118, dez 2002, p.19

BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de ciências. In: NARDI.R.

Questões Atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras, 1998.

BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio, MEC, Brasília,

2004.

BERNARDES.J.A .& FERREIRA, F. P. de M. Sociedade e Natureza. In: CUNHA,

S.B. da & GUERRA,A.J.T. A Questão Ambiental.Diferentes Abordagens. Rio de

Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.

Page 186: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

CARRETRO, Mário. Construir y ensenar Ias ciências experimentales. Aique Grupo

Editor. Argentina.

FRIGOTTO, Gaudêncio, CIAVATTA, Maria. Ensino Médio: ciência, cultura e

trabalho. Secretaria de Educação Média e Tecnológica - Brasília: MEC, SEMTEC,

2004.

KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4- ed. revisado e ampliado. -

São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.

KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: Editora da

Universidade de São Paulo, 1987.

KUENZER,A . Z. Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do

trabalho. São Paulo: Cortez, 2002.

MEC/SEB - Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília, 2004.

MORIN.E. O Pensar Complexo e a Crise da Modernidade. In: GUIMARÃES,M. A

formação de Educadores a Ambientais Campinas, São Paulo: Papirus, 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de

Ensino Médio. Texto elaborado pêlos participantes do "l e II Encontro de Relações

(Im) pertinentes". Pinhais (2003) e Pinhão (2004).

SIDEKUM,A. Bioética: como interlúdio interdisciplinar. Revista Centro de Educação.

vol.27,n.e 01. Edição 2002, disponível em www.ufsm.br/ce/revista/index.htm

CURRICULO BÁSICO DO ESTADO DO PARANÁ

LOPES,SONIA, SERGIO ROSSO- Biologia-volume único-1.Ed. – São Paulo: Saraiva, 2005

LINHARES, SERGIO, FERNANDO GEWANDSZNAJDER- Biologia. Volume único, 1 Ed. São Paulo: Ática, 2005

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DIRETRIZ CURRICULAR EDUCAÇÃO FISICA

PROF. RESPONSÁVEL:LUIS HENRIQUE FIGURA

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A Educação Física propõe-se a estruturar uma nova forma de atuação

pedagógica, promovendo a interdisciplinaridade, buscando o desenvolvimento

pessoal do educando, sustentando uma nova Educação Física, que não seja um

amontoado de exercícios repetitivos, dominadores, mas que abram caminhos para

uma verdadeira emancipação e crescimento de todos para a construção humana.

O sucesso no esporte como sinônimo de vitória, racionalização de meios e

técnicas é uma espécie de atividade que determina relações competitivas. Vários

autores têm abordado essa temática coincidindo suas opiniões, na necessidade de

“superação”. Essa discussão não se dá inicialmente no Brasil. Educadores de

diversos países têm se preocupado com essas questões e buscando alternativas

para superá-las.

Segundo as DCEs 2006, p.22 “Os conteúdos Esporte,Jogos e Brincadeiras,

Ginástica, Dança,lutas e jogos devem estar comprometidos com uma Educação

Física transformadora” “... que permita não apenas a Educação do movimento,o

aprimoramento das funções orgânicas, mas também desenvolver qualidades de

caráter, sociabilidade,coleguismo,solidariedade e ajuda igualmente no

desenvolvimento da inteligência”p32. Se pretende prestar serviços a educação

social dos alunos e contribuir para a vida produtiva, criativa e bem sucedida, nessa

nova proposta apresenta-se como pretensões principais à dos alunos poderem

compartilhar sua experiência, inicialmente com os colegas, ampliando para toda a

escola e comunidade.

A Educação Física traz as possibilidades de conhecer as expressões

corporais/motoras, perceber e utilizá-las em momentos de lazer; ensinam a entender

e conviver de acordo com as regras estabelecidas na sociedade democrática,

ensinam a não ter vergonha de expressar-se e reivindicar, enfim, contribuem para

melhor viver em sociedade, isso tudo vai corresponder um planejamento de

atividades que venham de encontro aos interesses e necessidades dos alunos.

Procura-se fazer com que o jovem de hoje seja atuante, crítico, conhecedor

de seus direitos, já que, exposto a toda espécie de informações veiculadas nos

meios de comunicação, saiba discernir o bom do ruim, o certo do errado e saiba

aproveitá-las no seu cotidiano. Tendo a preocupação de visualizar o futuro do aluno,

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mesmo que desconhecido, mas pretendido.

A Educação Física, componente do currículo escolar, tem assim, por meta, a

valorização do homem, auxiliando-o no desenvolvimento contínuo de seus

horizontes, para então, conseguir acompanhar a constante evolução e

transformação da sociedade em que está inserido.

2.OBJETIVOS:

Conhecer,valorizar,respeitar e desfrutar da pluralidade de manifestações de

cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso

valioso para a integração entre as pessoas e diferentes grupos sociais e

étnicos

Elevar o nível de consciência e domínio corporal, trabalhando através dos

movimentos da ginástica, dança, jogos e esporte, que lhe permita

perceber no mundo em que vive, e de posse dessa consciência, interferir

criticamente no processo de construção da sociedade brasileira.

Valorizar o relacionamento homem/natureza,que se acentua cada vez

mais em virtude da necessidade da aproximação do ser humano aos

espaços verdes, sufocados pelo crescimento das cidades.

Relacionar a pratica do esporte e lazer com a busca do bem estar e de

uma vida com mais qualidade, representado pelo aumento de atividades

corporais na forma de caminhadas, corridas,passeios,etc.

Conhecer a diversidade de padrões de saúde,beleza e desempenho que

existem nos diferentes grupos sociais, compreendendo sua inserção

dentro da cultura em que são produzidos .

Socializar através do esporte;

Compreender regras e normas de convivência social;

Adquirir informações e formação para compreensão do equilíbrio

energético que seu corpo requer;

Aprender a concepção e capacidades corporais, buscando superar seus

possíveis bloqueios;

Vencer desafios reconhecendo seus próprios limites físicos;

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Adquirir melhor performance física através dos exercícios físicos

aprimorando seus conhecimentos e técnicas reconhecendo seus

benéficos para a pratica desportiva e melhora da qualidade de vida .

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Esporte;

Jogos e brincadeiras.

Dança;

Ginástica;

lutas

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª série

Conteúdos Estruturante

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Esporte

Coletivos

Futebol; voleibol;voleibol de praia;jogo da malha;basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei;bocha; beisebol;cabo de guerra;flescobol;badminton;biribol;queimada.

Individuais

Modalidades do Atletismo:(salto,corrida,arremesso e lançamentos)natação; tênis de mesa; tênis de campo;triatlo; frescobol; badminton; hipismo;balonismo;ciclismo;escalada;esqui;esgrima;biatlo.

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Radicais

Skate; rappel; rafting;treking;bungee; jumping;surf;aggressive inline;BMX;corrida de aventura;motanhismo,mountain bike;parkour;sandboard;skate,snowboard

motorizadosAutmobilismo;kart; motociclismo;motovelocidade;motocross

Jogos e

brincadeiras

jogos de tabuleiros raciocínio,cognitivo intelectivos,

Jogos dramáticos Improvisação; imitação e mímica.

Jogos cooperativosFutepar; volençol; eco-nome; tato contato; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.

Dança

Danças folclóricas

Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá; fubá; ciranda; carimbó.

Dança de salãoValsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; chote; bolero; salsa; swing; tango.

Danças de ruaBreak; funk;house;locking;popping;ragga.

Ginástica

Ginástica artistica/olimpicaSolo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas.

Ginástica de academia Alongamentos; ginástica aeróbicas; ginástica localizadas; step; core board; pular corda; pilates ;fitness;trampolins.

Ginástica geral Ginástica para todos;,compensação ;corretiva.

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Lutas

Lutas com aproximação Judô; luta olimpica; jiu-jitsu; sumô.

Lutas que mantêm a distância Karatê; boxe;muay thai; taekwondo.

Lutas com instrumento mediador esgrima; kendô.

Capoeira Angola; regional.

2ª série

Conteúdos Estruturante

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Esporte

Coletivos

Futebol; voleibol; voleibol de praia;jogo da malha;basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei;bocha; beisebol;cabo de guerra;flescobol;badminton;biribol;queimada.

Individuais

Modalidades do Atletismo:(salto,corrida,arremesso e lançamentos)natação; tênis de mesa; tênis de campo;triatlo; frescobol; badminton; hipismo;balonismo;ciclismo;escalada;esqui;esgrima;biatlo.

Radicais

Skate; rappel; rafting;treking;bungee; jumping;surf;aggressive inline;BMX;corrida de aventura;motanhismo,mountain bike;parkour;sandboard;skate,snowboard

Jogos e

brincadeiras

jogos de tabuleiros raciocínio,cognitivo intelectivos,

Jogos dramáticos Improvisação; imitação e mímica.

Futepar; volençol; eco-nome; tato contato; dança das cadeiras

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Jogos cooperativos cooperativas; salve-se com um abraço.

Dança

Danças folclóricas

Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá; fubá; ciranda; carimbò.

Dança de salãoValsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; chote; bolero; salsa; swing; tango.

Danças de ruaBreak; funk;house;locking;popping;ragga.

Ginástica

Ginástica artistica/olimpicaSolo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas.

Ginástica de academia Ginástica para todos;,compensação ;corretiva.

Ginástica geral Ginástica para todos;,compensação ;corretiva.

Lutas

Lutas com aproximação Judô; luta olimpica; jiu-jitsu; sumô.

Lutas que mantêm a distância Karatê; boxe;muay thai; taekwondo.

Lutas com instrumento mediador esgrima; kendô.

Capoeira Angola; regional.

3ª série

Conteúdos Estruturante

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

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Esporte

Coletivos

Futebol; voleibol; voleibol de praia;jogo da malha;basquetebol;punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei;bocha; beisebol;cabo de guerra;flescobol;badminton;biribol;queimada.

Individuais

Modalidades do Atletismo:(salto,corrida,arremesso e lançamentos)natação; tênis de mesa; tênis de campo;triatlo; frescobol; badminton; hipismo;balonismo;ciclismo;escalada;esqui;esgrima;biatlo.

Radicais

Skate; rappel; rafting;treking;bungee; jumping;surf;aggressive inline;BMX;corrida de aventura;motanhismo,mountain bike;parkour;sandboard;skate,snowboard

Jogos e

brincadeiras

jogos de tabuleiros raciocínio,cognitivo intelectivos,

Jogos dramáticos Improvisação; imitação e mímica.

Jogos cooperativosFutepar; volençol; eco-nome; tato contato; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.

Dança

Danças folclóricas

Fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá; fubá; ciranda; carimbó.

Dança de salãoValsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; chote; bolero; salsa; swing; tango.

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Danças de ruaBreak;Hip-hop funk;house;locking;popping;ragga.

Ginástica

Ginástica artistica/olimpicaSolo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas.

Ginástica de academia Alongamentos; ginástica aeróbicas; ginástica localizadas; step; core board; pular corda; pilates ;fitness;trampolins.

Ginástica geral Ginástica para todos;,compensação ;corretiva.

Lutas

Lutas com aproximação Judô; luta olimpica; jiu-jitsu; sumô.

Lutas que mantêm a distância Karatê; boxe;muay thai; taekwondo.

Lutas com instrumento mediador esgrima; kendô.

Capoeira Angola; regional.

5.METODOLOGIA

A Educação física consciente é aquela que contribui para a formação do

individuo na sociedade e comunidade em que está inserido. Portanto dentro desta

nova tendência, a educação física deve trabalhar com o movimento do corpo,

visando formar um individuo critico, participativo, reflexivo, criativo, capaz e atuante,

contribuindo este, para uma sociedade mais justa e participativa, como expressões

corporais do homem em suas relações sociais, a ginástica, a dança, os jogos e os

esportes, devem cumprir um papel verdadeiramente educativo.

Devendo-se, entretanto, considerar-se a sua origem sua finalidade e história

sendo o professor responsável por todo este processo de valores, da maneira como

se inicia e se desenvolvem.

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Os métodos utilizados serão os mais variados possíveis como:dinâmicas em

grupo, estudo em textos, interpretação e dramatização, pesquisas, estatísticas

realizadas com uso do computador, experiências práticas e/ou teóricas, testagens

de métodos, avaliações contínuas, vídeos, filmes e documentários, relatórios e

análises trabalhadas no laboratório de informática, desenvolvimento de atividades

sem restringir ambientes – extensão da sala de aula.

Para quadra de esportes e campo elaboração de seminários, apresentações,

diferentes tipos de exposições, discussões, trabalhos,inclusive em painéis.

6. AVALIAÇÃO

A Educação Física diante desta proposta de avaliação prioriza a sua função

diagnóstica, detectando pontos fortes e fracos, aspectos positivos e negativos da

aprendizagem, este sistema era intervir no acompanhamento do progresso do aluno

como um todo.

Será visualizado de forma abrangente e contextualizado, pois um

movimento/gesto, deve ser analisado, debatido, discutido e praticado em todos os

momentos do processo ensino-aprendizagem, observando, considerando as

possibilidades individuais, segurança, organização, o respeito, a colaboração com o

grupo, postura receptiva frente a diferentes manifestações culturais como fonte de

aprendizagem, práticas de hábitos saudáveis no desenvolvimento das atividades

propostas.

O aluno será avaliado pelos progressos e aprendizagens que atingiu no

decorrer do desenvolvimento das aulas, dando ênfase a suas potencialidades.

7.REFERÊNCIAS

CARROLL, Stephen. Guia prática da vida saudável. Tony Smth; (tradução texto e CIA). São Paulo: public Folha, 2000.

MATTOS, Mauro Gomes de; MEIRA, Marcos Garcia. Educação Física na

Page 197: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

adolescência: construindo o conhecimento na Escola. São Paulo: Phorte Editora, 2000.

NAHAS, Marcos Vinícius. Atividade física, saúde e qualidade de vida. Conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 2.Ed. Londrina: Midiograf, 2001.

SEED. Educação Física Ensino Médio esporte, dança, ginástica, jogos,lutas. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação V. Título.

SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação, 2006.Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Ensino Fundamental.Cadernos Temáticos:Inserção de história e cultura afro-brasileira nos currículos escolares. Paraná- Curitiba: SEED-PR,2005.

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DIRETRIZ CURRICULAR FILOSOFIA

PROF. RESPONSÁVEL:ROSEMARI GADONSKI

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA

No cenário, mundial e brasileiro, onde se questionam os sentidos dos valores

éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a ocupar e

uma contribuição relevante: enquanto investigação de problemas que têm

recorrência histórica e criação de conceitos que são ressignificados também

historicamente, gera discussões promissoras e criativas que podem desencadear

ações transformadoras, individuais e coletivas, nos sujeitos do fazer filosófico.

Considerando que um dos sentidos do Ensino Médio é a formação

pluridimensional e democrática, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de

compreensão das complexidades do mundo contemporâneo, que se manifesta

quase sempre de forma fragmentada com suas múltiplas particularidades e

especializações, não se pode prescindir de um saber que opera por

questionamentos, conceitos e categorias de pensamento que buscam articular a

totalidade espaço-temporal e sócio-histórica em que se dá o pensamento e a

experiência humana. Neste sentido a disciplina de Filosofia é importante para a

constituição da identidade do Ensino Médio enquanto etapa educacional.

A disciplina de Filosofia é um espaço para o exercício do pensamento

filosófico. Os passos para a experiência filosófica são a sensibilização, a

problematização, o diálogo investigativo e interlocução com o texto filosófico, no

sentido de compreender seu conteúdo e seu significado para o nosso tempo, e

finalmente a conceituação e sua ressignificação. Considera-se que a filosofia, como

disciplina na matriz curricular do Ensino Médio, pode viabilizar interfaces com as

outras disciplinas para a compreensão da linguagem, da literatura, da história, das

ciências e da arte, apresentado-se tanto como conteúdo filosófico, quanto como

ferramenta que possibilita ao estudante o desenvolvimento de um estilo próprio de

pensamento.

As Orientações Curriculares de Filosofia organizam seu ensino a partir de seis

conteúdos estruturantes, conhecimentos de maior amplitude e relevância que,

desmembrados no plano de Ensino de Filosofia, deverão garantir conteúdos

relevantes e significativos ao estudante do Ensino Médio.

Estes conteúdos estruturantes são:

Mito e Filosofia;

Page 200: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

Teoria do Conhecimento;

Ética;

Filosofia Política;

Estética;

Filosofia da Ciência.

Os conteúdos estruturantes devem ser organizados, no planejamento escolar,

de modo que o conteúdo estruturante Mito e Filosofia seja sempre o conteúdo de

introdução à Filosofia, seguido pela Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia

Política; Estética; e Filosofia da Ciência. O desmembramento deles no plano de

ensino, é o ponto de partida para que a atividade filosófica realize interfaces com

outros conteúdos da filosofia, como a Lógica e a Ontologia que são elementos que

perpassam todos os conteúdos estruturantes.

O ensino de filosofia deve procurar avaliar a capacidade do estudante do

Ensino Médio em criar conceitos ressignificando-os; observar qual o discurso que se

tinha antes e qual o discurso se tem após o estudo, na aula de filosofia. Neste

sentido a avaliação de filosofia começa no início do trabalho com o conteúdo

estruturante, coletando o que o estudante pensa antes (preconceitos) e o que pensa

após o processo de criação dos conceitos. Neste sentido, é possível entender a

avaliação como um processo que se dá no interior da própria aula de filosofia e não

um momento em separado destinado a avaliar.

2. OBJETIVOS

Adquirir noções e conceitos para explicar o pensamento de diferentes

sociedades;

Caracterizar e distinguir diferentes formas de pensamento;

Conhecer as principais características, a formação e a dinâmica das

correntes filosóficas;

Conhecer, analisar e discutir a realidade social na qual está inserido para

atuar consciente nela;

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Contribuir para o desenvolvimento de um pensamento analítico livre de

noções preconceituosas e deterministas;

Debater ideias e expressá-las oralmente e de forma escrita;

Levar o aluno a refletir sobre o lugar, a natureza e a tarefa da filosofia

dentro do quadro intelectual contemporâneo e a entender a natureza

específica da reflexão filosófica.

Levar o aluno a perceber a importância da filosofia política como

enquadramento necessário para a filosofia da educação e a

compreender a natureza básica da filosofia política, a saber, a reflexão

sobre o indivíduo em relação com a sociedade.

Levar o aluno a conhecer a teoria do liberalismo através do estudo de seus

principais representantes, tanto nos séculos XVIII e XIX como no século

XX (Unidade 3).

Levar o aluno a refletir sobre a relação existente entre a filosofia e a

educação.

Levar o aluno a investigar a questão das causas das desigualdades

sociais e até escolares, a partir da ótica da filosofia e a contrastar as

conclusões alcançadas com propostas alternativas apresentadas pela

própria disciplina.

Levar o aluno a pensar sobre algumas iniciativas implementadas na

sociedade com vistas a reduzir a gama de desigualdades e a promover

igualdade de oportunidades .

Levar o aluno a refletir sobre o problema da desigualdade social e

econômica, sobre a questão da justiça -- a propriamente dita e a

chamada "justiça social" -- e sobre o eventual papel da escola nessa

problemática .

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Mito e Filosofia

Teoria do Conhecimento

Ética

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Filosofia política

Filosofia da ciência

Estética

4. CONTEÚDOS BÁSICOS

MITO E FILOSOFIA

Antiga

1. Os pré-socráticos (Tales, Parmênides, Heráclito)

2. Sócrates

3. Platão

4. Aristóteles

Medieval

1. Agostinho

2. Anselmo de Aosta

3. Tomás de Aquino

4. Guilherme de Ockham

Moderna

1. Descartes (O discurso do método)

2. O empirismo inglês (Locke, Hume)

3. A filosofia crítica de Kant

4. A dialética hegeliana

5. A crise da razão: Schopenhauer, Kierkegaard e Nietzsche

Contemporânea

1. Fenomenologia: Heidegger e Merleau-Ponty

2. Existencialismo: J.-P. Sartre e G. Marcel

3. Filosofia da linguagem: Wittgenstein. O desenvolvimento da filosofia da

linguagem no século XX até nossos dias.

4. Desafios e impasses na discussão filosófica atual

5. Foucault, Deleuze

6. Pós-modernidade?

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A RAZÃO E O CONHECIMENTO

1. A razão

2. Realismo e idealismo

3. Racionalismo (inatismo) e empirismo

4. A síntese kantiana

5. A verdade: dogmatismo e relativismo

6. O conhecimento: sujeito/objeto, objetividade/subjetividade

7. Inteligência e pensamento: a necessidade do método

8.Descartes: o "eu" como fundamento do saber ou a guinada antropológico

na filosofia;

9. A crítica empirista das ideias

10. A síntese kantiana

11. A guinada linguística na filosofia contemporânea

12. Thomas Kuhn: paradigmas, ciência normal e revolução científica

13. O anarquismo epistemológico de Feyerabend

14. Habermas: o questionamento sistemático como marca diferencial da

ciência

ÉTICA

1. Moral, vontade e razão

2. A questão dos valores

3. Dever, liberdade e responsabilidade

4. As principais concepções éticas modernas e atuais. A ética do discurso de

Habermas e de Apel.

5. O desenvolvimento da consciência moral: Piaget e Kohlberg

6. Temas de Bioética: clonagem, manipulação genética, eutanásia, aborto,

eugenia, vida e morte.

7. Ética e Meio-ambiente

FILOSOFIA POLITICA

1. Sofistas X filósofos: ética da eficácia X ética da excelência.

2. O Gorgias: retórica, virtude e justiça.

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3. Platão: A República: a "ciência da justiça".

4. Aristóteles: Política. A sociabilidade natural do homem.

5. Poder, Estado e Democracia

6. História das ideias políticas

7. As teorias modernas do Estado: Hobbes, Maquiavel, Rousseau

8. Marx e o marxismo

9. Liberalismo, socialismo e comunismo

10. Ideologia

11. Reflexão atual sobre a política: globalização, neoliberalismo, terceira

via...

ESTÉTICA

1. A criação artística

2. Teorias do belo

3. Intuição, imagem, poesia

4. Concepções estéticas: naturalismo, romantismo, classicismo, vanguarda,

pós-modernismo

FILOSOFIA DA CIÊNCIA

1. As Noções de Problema, Hipótese, Lei e Teoria

2. A Noção de Explicação Científica

3. A Abordagem Filosófica ao Conhecimento: Karl Popper

4. A Natureza do Conhecimento Científico

5. A Objetividade do Conhecimento Científico

6. Conhecimento Científico e Racionalidade

7. A Abordagem Científica ao Conhecimento

Thomas Kuhn e a Estrutura das Revoluções Científicas

Imre Lakatos e a Metodologia de Programas de Pesquisa

Paul Feyerabend e o Anarquismo Metodológico

Karl Mannheim e a Sociologia do Conhecimento

Adam Schaff e Paul Ricoeur: Ideologia e Verdade

As Abordagens Filosófica e Científicas ao Conhecimento

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Intercomplementares ou Incompatíveis?

A Indispensabilidade da Abordagem Filosófica

5. METODOLOGIA

Todas as aulas terão componentes expositivos, dialogados e "discutitivos".

Defino uma aula puramente expositiva como uma aula em que apenas o professor

fala, no estilo de uma conferência. Uma aula "discutitiva" é uma aula em que o

professor promove a discussão de uma tema com os alunos. Todos aqui falam -- e o

professor intervém mais para coordenar a discussão do que para externar seu ponto

de vista (o que, porém, pode e deve fazer se for necessário). Uma aula dialogada é

uma mistura de uma aula expositiva com uma aula "discutitiva": o professor expõe

determinados conceitos e abre a discussão sobre eles, podendo, em determinados

momentos, fazer pequenas exposições que se mostrem necessárias.

O pressuposto desta metodologia é que a filosofia apenas caminha à medida

que opiniões e teorias (mesmo as do professor) são cuidadosamente analisadas e

criticadas. Análise e crítica são dois dos pilares básicos em que se assenta a

metodologia. O terceiro é o respeito pelas opiniões alheias, respeito este que se

manifesta quando as levamos a sério, analisando-as com rigor e submetendo-as à

mais severa crítica que conseguirmos fazer.

O professor fornecerá textos para a leitura anterior aos debates. É

responsabilidade dos alunos, lê-los e estar preparados para a discussão em classe.

Essa discussão, porém, raramente se limitará ao material contido nos textos.

Espera-se, portanto, e será incentivada a participação dos alunos. Ao longo

do semestre serão apresentados pequenos trabalhos a serem realizados

individualmente ou em grupo. As provas, quando aplicadas, serão de teor aberto,

em que se procurará interagir com o que o aluno aprendeu.Para estes fins o

Professor poderá promover ainda:

Interpretação de textos;

Textos complementares;

Pesquisas bibliográficas com apresentação;

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Filmes

Exercícios escritos;

Debates sobre conteúdos propostos;

Exercícios individuais e em grupos;

Para alcançarmos os objetivos acima citados, também será necessário dispor

de materiais e recursos didáticos tais como:

Livro didático

Livros bibliográficos

Mapas

Revistas

Acesso á internet, por meio do laboratório de informática,

Pesquisas de campo, como viagens á museus, localidades históricas

etc.;

Retroprojetor

Televisão, DVD, rádio.

6. AVALIAÇÃO

Como está fundamentado na Diretriz Curricular da Rede Pública de

Educação Básica do Estado do Paraná, a DCE da Disciplina de Filosofia, página 34,

“a avaliação se inicia com a sensibilização, com a coleta do que o estudante

pensava antes e o que pensa após o estudo, com isso, torna-se possível entender

avaliação como um processo que se dá no processo e não como um momento

separado, visto em si mesmo.”

Assim sendo, professor deverá explorar ao máximo seu aluno, fazer com ele

use todo o seu potencial em sala de aula. A avaliação deverá verificar a

aprendizagem a partir daquilo que é básico, fundamental, para que ela se processe.

Ao avaliarmos é importante considerar a bagagem de experiências culturais, que o

aluno possui e fazer com que ele compreenda a construção do pensamento e as

transformações Filosóficas que ocorrem ao seu redor e no mundo.

A avaliação se realizará por meio de:

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Observação com roteiro e registro;

Prova escrita com atividades diversas;

Debate e pesquisas bibliográficas;

Roteiro de filme;

Avaliação quantitativa pelos trabalhos em grupo;

Prova com consulta;

Pesquisa de campo;

Avaliação de conteúdos apresentados em equipe.

7. REFERÊNCIAS

ABAFNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia, São Paulo. Mestre Jou, 1962

BORDIEU, Pierre. O poder Simbólico. Lisboa. DIFEL/BERTRAND, 1989

BHEHIER, Emile História da Filosofia. São Paulo. Mestre Jou, 1977 e 1978

BUNGE, Mário. Seudociência e Ideologia. Madrid. Aliança 1985

DIRETRIZES CURRICULARES DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA 2007, fornecidas

pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná.

DUCASSE, Pierre. As Grandes Correntes da Filosofia. 3ª ed. Lisboa. Euro-

América, S/S

FREITAG, Bárbara. Teoria Crítica Ontem e Hoje. 2ª ed. São Paulo.

Brasiliense.1988

HEBERMANN, Leo. História da Riqueza do Homem, 19ª ed. Rio de Janeiro.Zahar,

1983

MONDIN, Batista. Curso de Filosofia . São Paulo. Paulinas, 1983. Vol I, II e III.

MENDONÇA, Eduardo Prado. O Mundo Precisa de Filosofia. São Paulo,.

Agir,1983.

PADOVANI, Umberto. História da Filosofia. 14ª ed. São Paulo.

Melhoramentos,1984.

PRADO JR. O que é Filosofia. 12 ª ed. São Paulo. Brasiliense, 1986

POPPER, Karl. Em busca de um mundo melhor. Lisboa, Fragmentos, 1989.

Portal Dia-a-dia Educação da Secretaria Estadual de Educação do Paraná:

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br .

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DIRETRIZ CURRICULAR FISICA

PROF. RESPONSÁVEL:ROBERTO DEBACCO

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1. APRESENTAÇAO GERAL DA DISCIPLINA DE FÍSICA1. APRESENTAÇAO GERAL DA DISCIPLINA DE FÍSICA

A Física é um conhecimento que nos permite elaborar modelos de evoluçãoA Física é um conhecimento que nos permite elaborar modelos de evolução

cósmica, investigar os mistérios do mundo submicroscópico, das partículas quecósmica, investigar os mistérios do mundo submicroscópico, das partículas que

compõem a matéria, ao mesmo tempo que permite desenvolver novas fontes decompõem a matéria, ao mesmo tempo que permite desenvolver novas fontes de

energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias.energia e criar novos materiais, produtos e tecnologias.

Incorporando à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esseIncorporando à cultura e integrado como instrumento tecnológico, esse

conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea.conhecimento tornou-se indispensável à formação da cidadania contemporânea.

Espera-se que o ensino de Física na escola media contribua para a formação deEspera-se que o ensino de Física na escola media contribua para a formação de

uma cultura científica efetiva, que permita ao individuo a interpretação dos fatos,uma cultura científica efetiva, que permita ao individuo a interpretação dos fatos,

fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do serfenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser

humano com a natureza como parte da própria natureza em transformação. Parahumano com a natureza como parte da própria natureza em transformação. Para

tanto, é essencial que o conhecimento físico seja explicitado como um processotanto, é essencial que o conhecimento físico seja explicitado como um processo

histórico, objeto de continua transformação e associado às outras formas dehistórico, objeto de continua transformação e associado às outras formas de

expressão e produção humana. É necessário também que essa cultura em Físicaexpressão e produção humana. É necessário também que essa cultura em Física

inclua a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos, técnicos ouinclua a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos, técnicos ou

tecnológicos, do cotidiano domestico, social e profissional.tecnológicos, do cotidiano domestico, social e profissional.

O aprendizado da Física promove a articulação de toda uma visão de mundo,O aprendizado da Física promove a articulação de toda uma visão de mundo,

de uma compreensão dinâmica do universo, mais ampla do que entorno materiaisde uma compreensão dinâmica do universo, mais ampla do que entorno materiais

imediatos, capazes, portanto, de transcender nossos limites temporais e especiais.imediatos, capazes, portanto, de transcender nossos limites temporais e especiais.

2. OBJETIVOS2. OBJETIVOS

Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentosIdentificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos

necessários para a produção, análise e interpretação de resultados denecessários para a produção, análise e interpretação de resultados de

processos ou experimentos científicos;processos ou experimentos científicos;

Apropriar-se dos conhecimentos da física e aplicar essesApropriar-se dos conhecimentos da física e aplicar esses

conhecimentos para explicar o funcionamento do mundo natural,conhecimentos para explicar o funcionamento do mundo natural,

planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade natural;planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade natural;

Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, noAplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no

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trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.

Entender o conceito da física e seus princípios ;Entender o conceito da física e seus princípios ;

Criar condições para o exercício do aluno em relação á melhoria daCriar condições para o exercício do aluno em relação á melhoria da

qualidade das necessidades de aprendizagem de um ou mais alunos;qualidade das necessidades de aprendizagem de um ou mais alunos;

Socializar o aluno e permitir que suas dificuldades sejam superadasSocializar o aluno e permitir que suas dificuldades sejam superadas

pelo grupo;pelo grupo;

Oferecer aos alunos oportunidades de opções sobre quais temasOferecer aos alunos oportunidades de opções sobre quais temas

gostariam de explorar na prática.gostariam de explorar na prática.

3. CONTEUDOS ESTRUTURANTES3. CONTEUDOS ESTRUTURANTES

MOVIMENTOMOVIMENTO

TERMODINAMICATERMODINAMICA

ELETROMAGNETISMOELETROMAGNETISMO

4. CONTEÚDOS 4. CONTEÚDOS

1ºSÉRIE1ºSÉRIE

1. MOVIMENTO1. MOVIMENTO

1 – Introdução à física1 – Introdução à física

2 – Notação cientificas2 – Notação cientificas

3 – Descrições de movimentos3 – Descrições de movimentos

4 – Velocidades médias4 – Velocidades médias

5 – Movimento uniforme5 – Movimento uniforme

6 – Movimento uniforme variado6 – Movimento uniforme variado

7 – Cinemática vetorial7 – Cinemática vetorial

8 – Movimento circular uniforme8 – Movimento circular uniforme

9 – Leis de Newton9 – Leis de Newton

10 – Atrito10 – Atrito

11 – Plano inclinado11 – Plano inclinado

12 – Dinâmica dos movimentos curvilíneos12 – Dinâmica dos movimentos curvilíneos

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13 – Energia trabalho, potência13 – Energia trabalho, potência

14 – Conservação da energia mecânica14 – Conservação da energia mecânica

15 – Conservação da quantidade de movimento15 – Conservação da quantidade de movimento

2ºSÉRIE2ºSÉRIE

2. TERMODINAMICA 2. TERMODINAMICA

1 – Equilíbrio estático dos sólidos 1 – Equilíbrio estático dos sólidos

2 – Equilíbrio estático dos líquidos2 – Equilíbrio estático dos líquidos

3 – Temperatura 3 – Temperatura

4 – Dilatação térmica4 – Dilatação térmica

5 – Calor5 – Calor

6 – Termodinâmica 6 – Termodinâmica

7 – Introdução á óptica geométrica7 – Introdução á óptica geométrica

8 – Reflexão da luz e espelhos planos8 – Reflexão da luz e espelhos planos

9 – Espelhos esféricos9 – Espelhos esféricos

10 – Refração da luz10 – Refração da luz

11 – Lentes esféricas e aplicações11 – Lentes esféricas e aplicações

12 – Ondas 12 – Ondas

13 – Natureza do som e da luz13 – Natureza do som e da luz

3ª SÉRIE3ª SÉRIE

3. ELETROMAGNETISMO3. ELETROMAGNETISMO

1 – Corrente elétrica1 – Corrente elétrica

2 – Resistores2 – Resistores

3 – Geradores e receptores Elétricos3 – Geradores e receptores Elétricos

4 – Potência Elétrica e Circuitos Simples4 – Potência Elétrica e Circuitos Simples

5 – Interação entre as Cargas Elétricas5 – Interação entre as Cargas Elétricas

6 – Campo Elétrico6 – Campo Elétrico

7 – Capacitores7 – Capacitores

8 – Campo Magnético8 – Campo Magnético

9 – Força Magnética9 – Força Magnética

10 – Indução Eletromagnética. 10 – Indução Eletromagnética.

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5. METODOLOGIA5. METODOLOGIA

Habituar o desenvolvimento dos conteúdos de física a capacidade deHabituar o desenvolvimento dos conteúdos de física a capacidade de

construção, investigação, críticas em problemas, advindos da evolução em seusconstrução, investigação, críticas em problemas, advindos da evolução em seus

aspectos ambientais, econômicos, sanitários e industriais, proporcionando naaspectos ambientais, econômicos, sanitários e industriais, proporcionando na

sociedade o despertar do espírito crítico e pensamento científico , formandosociedade o despertar do espírito crítico e pensamento científico , formando

indivíduos pensantes buscando melhor qualidade de vida.indivíduos pensantes buscando melhor qualidade de vida.

6. AVALIAÇÃO6. AVALIAÇÃO

Nessa perspectiva de trabalho, a avaliação passa a ter como objetivoNessa perspectiva de trabalho, a avaliação passa a ter como objetivo

fundamental fornecer informações sobre o processo de ensino-aprendizagem comofundamental fornecer informações sobre o processo de ensino-aprendizagem como

um todo, informando não apenas o aluno sobre seu desempenho em física, masum todo, informando não apenas o aluno sobre seu desempenho em física, mas

também o professor sobre sua prática em sala de aula. Desse modo, a avaliaçãotambém o professor sobre sua prática em sala de aula. Desse modo, a avaliação

deve subsidiar o trabalho pedagógico, direcionando o processo de ensino-deve subsidiar o trabalho pedagógico, direcionando o processo de ensino-

aprendizagem, sempre que necessário.aprendizagem, sempre que necessário.

Quando o resultado da avaliação foi insatisfatório cabe ao professor buscar asQuando o resultado da avaliação foi insatisfatório cabe ao professor buscar as

causas desse fracasso, corrigindo as possíveis falhas e distorções observadas aocausas desse fracasso, corrigindo as possíveis falhas e distorções observadas ao

longo do processo.longo do processo.

A avaliação deve ser essencialmente formativa, contínua e processual, vistoA avaliação deve ser essencialmente formativa, contínua e processual, visto

como um instante dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalhocomo um instante dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalho

do professor. Diante disto não podemos avaliar o aluno por uma simples provado professor. Diante disto não podemos avaliar o aluno por uma simples prova

escrita, limitando seus meios e estratégias de demonstrar o conhecimento.escrita, limitando seus meios e estratégias de demonstrar o conhecimento.

O processo de avaliação do aluno pode ser descrito, a partir da observaçãoO processo de avaliação do aluno pode ser descrito, a partir da observação

continua de sela de aula, da produção de trabalhos individuais e em grupos, tambémcontinua de sela de aula, da produção de trabalhos individuais e em grupos, também

a partir de resultado de provas ou testes escritos, o professor poderá identificar osa partir de resultado de provas ou testes escritos, o professor poderá identificar os

processos e as dificuldades dos alunos, utilizando essas informações para recuperarprocessos e as dificuldades dos alunos, utilizando essas informações para recuperar

ou avançar o processo de ensino-aprendizagem. Em nenhum momento essesou avançar o processo de ensino-aprendizagem. Em nenhum momento esses

instrumentos devem ser utilizados como promoção ou punição dos alunos diante doinstrumentos devem ser utilizados como promoção ou punição dos alunos diante do

grupo.grupo.

A avaliação pode ser concebida como:A avaliação pode ser concebida como:

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um conjunto de ações que permitem ao professor rever sua praticaum conjunto de ações que permitem ao professor rever sua pratica

pedagógica;pedagógica;

um conjunto de ações que possibilita ao aluno identificar seus avanços e suasum conjunto de ações que possibilita ao aluno identificar seus avanços e suas

dificuldades, levando-o a buscar caminho para solucioná-los;dificuldades, levando-o a buscar caminho para solucioná-los;

um elemento integrador entre o ensino aprendizagem;um elemento integrador entre o ensino aprendizagem;

um instrumento que vise o aperfeiçoamento do processo de ensino-um instrumento que vise o aperfeiçoamento do processo de ensino-

aprendizagem em um ambiente de confiança e naturalidade.aprendizagem em um ambiente de confiança e naturalidade.

Finalmente, podemos afirmar que avaliação é um elemento significativo doFinalmente, podemos afirmar que avaliação é um elemento significativo do

processo de ensino-aprendizagem, envolvendo a pratica pedagógica do professor, oprocesso de ensino-aprendizagem, envolvendo a pratica pedagógica do professor, o

desempenho do aluno e os princípios que norteiam o trabalho da unidade escolar,desempenho do aluno e os princípios que norteiam o trabalho da unidade escolar,

ou seja, a avaliação vai além de simplesmente qualificar os resultados de umou seja, a avaliação vai além de simplesmente qualificar os resultados de um

processo ao termino de um período. Cabe ao professor apresentar o conceito ouprocesso ao termino de um período. Cabe ao professor apresentar o conceito ou

nota ao aluno, desde que acompanhadas de orientações sobre como ele pode agirnota ao aluno, desde que acompanhadas de orientações sobre como ele pode agir

para aperfeiçoar seu desempenho e progredir no aprendizado da Física.para aperfeiçoar seu desempenho e progredir no aprendizado da Física.

7. REFERÊNCIAS7. REFERÊNCIAS

SEED - SEED - DIRETRIZES CURRICULARES DIRETRIZES CURRICULARES – Física. Curitiba: SEED, 2006.– Física. Curitiba: SEED, 2006.PARANÁ, da Silva Nunes Djalma. PARANÁ, da Silva Nunes Djalma. Física Ensino Médio.Física Ensino Médio. 6ª ed. São Paulo: Atica, 6ª ed. São Paulo: Atica, 2003 2003 MAXIMO, Antonio e ALVARENGA Beatriz. Física Ensino Médio.MAXIMO, Antonio e ALVARENGA Beatriz. Física Ensino Médio. De Olho noDe Olho no Mundo do Trabalho.Mundo do Trabalho. 1ª ed. 1ª ed. São Paulo:São Paulo: Scipione, Scipione, 2003. 2003.VARIOS AUTORES.VARIOS AUTORES. Física. Curitiba:SEED/PR. 2006. Física. Curitiba:SEED/PR. 2006.

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DIRETRIZ CURRICULAR GEOGRAFIA

PROF. RESPONSÁVEL:JULIANA MARGARIDA SIQUEIRA

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

A geografia tem assumido um papel muito importante em uma época em que

as informações são transmitidos com muita rapidez em grande volume. é

impossível acompanhar e entender as mudanças e os fatos ou fenômenos que

ocorrem no mundo sem conhecimentos geográfica. É no espaço geográfico conceito

fundamental da ciência geográfica que se realizam as manifestações da natureza e

as atividades humanas. Por isso, compreender a organização e as transformações

sofridas por esse por esse espaço é essencial para formação do cidadão consciente

e crítico dos problemas do mundo em que vive. Por consequência, pensamos no

aluno como agente atuante e modificador do espaço geográfico, dentro de uma

proposta educacional que requer responsabilidade de todos, visando conseguir um

mundo mais ético e menos desigual.

Procuramos demonstrar que a busca do conhecimento é um processo único

e que a geografia faz parte dele, assim atividades interdisciplinares são essenciais

além de compreender que o conhecimento adquirido na sala de aula não está

dissociado dos acontecimentos diários.

2. OBJETIVOS

Compreender os conceitos geográficos de Paisagem, Região, Lugar,

Território, Natureza, Sociedade.

Localizar-se e orientar-se com exatidão no espaço geográfico, através da

leitura cartográfica.

Entender que o espaço geográfico é composto pela materialidade(natural e

técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas.

Identificar as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas

consequências econômicas, socioambientais e políticas.

Reconhecer as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.

Entender as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas.

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Reconhecer e analisar os diferentes indicadores demográficos e suas

implicações socioespaciais.

Identificar a configuração socioespacial mundial por meio da leitura dos

mapas, gráficos, tabelas e imagens.

Compreender a atual configuração do espaço mundial e suas implicações

sociais, econômicas e política.

Compreender que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e

política global, mas, também apresentam particularidades.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Dimensão Econômica, Política, Sócioambiental, Cultural e Demográfica do

espaço geográfico.

4. CONTEÚDOS

Ensino Médio (1º Série, 2°Série, 3°Série)

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

Dimensão

Econômica

do Espaço

Geográfico

A distribuição espacial das

atividades produtivas, a

transformação da paisagem, a (re)

organização do espaço

geográfico.

A revolução técnico-científica-

informacional e os novos arranjos

A produção agrícola nas pequenas

propriedades e na agricultura

familiar.

Mecanização do campo e seus

impactos econômicos.

Uso do solo agrícola: a

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no espaço da produção.

A circulação de mão-de-obra, do

capital, das mercadorias e das

informações.

O Comércio e as implicações.

monocultura de soja, cana-de-

açucar, laranja e outros produtos e

suas implicações espaciais.

Protecionismo comercial e as

barreiras alfandegárias: subsídios

e a produção agrícola européia e

norte-americana.

Agroindústria: grandes grupos

industriais, agrícolas e a produção

para exportação.

Abertura econômica e seus

impactos sociais e econômicos

nos países subdesenvolvidos.

Distribuição espacial das

indústrias nas diferentes escalas

geográficas e suas diferenças

tecnológicas e econômicas.

Industrialização dos países

pobres: a industrialização

clássica, periférica e planejada.

Novas tecnologias e a alteração

do espaço urbano e rural.

Revolução tecno-científica-

informacional e o novo arranjo no

espaço da produção: os

tecnopolos.

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Redes de transportes(portos,

ferrovias, rodovias, aeroportos,

hidrovias), de comunicação e a

circulação de produtos.

Dimensão Política do

Espaço Geográfico

O espaço em rede: produção,

transporte e comunicação na atual

configuração territorial.

Formação,mobilidade das

fronteiras e a reconfiguração dos

territórios.

As relações entre o campo e a

cidade na sociedade capitalista.

O movimentos sociais, urbanos e

rurais, e a apropriação do espaço.

Estrutura agrária: distribuição de

terras e as relações de trabalho.

As implicações espaciais do

movimento dos trabalhadores

rurais áreas de assentamento e de

disputa.

A constituição do Estado-nação e

sua fragmentação pós Guerra

Fria.

A formação dos Blocos

Econômicos e as relações de

poder entre os territórios.

O papel do Estado na organização

do espaço interno e na relação

entre países.

Conflitos territoriais e étnicos e a

redefinição de fronteiras.

O papel das organizações

internacionais na mediação de

conflitos:OMC, ONU, e OTAN.

A pressão internacional para a

preservação dos recursos naturais.

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Os conflitos gerados pela

escassez de recursos naturais:

água, petróleo entre outros.

A reorganização do espaço

industrial e as guerras fiscais.

O acesso as tecnologias, as

informações e as relações de

poder definindo territórios.

Territórios urbanos marginais e a

formação de micro territórios.

Dimensão

socioambiental do

Espaço Geográfico

A formação e transformação das

paisagens.

A dinâmica da natureza e sua

alteração pelo emprego de

tecnologias de exploração e

produção de exploração e

produção.

A formação, localização e

exploração dos recursos naturais.

O espaço rural e a modernização

da agricultura.

As possibilidades de produção e

uso de energia: bio-combustível,

energia nuclear etc.

Os impactos da biotecnologia na

produção do espaço rural,

transgênicos, Revolução verde,

insumos agrícolas e seus impactos

ambientais.

As técnicas agrícolas acelerando

os problemas ambientais: erosão,

terraceamento, deslizamento,

arenização e salinização.

Os impactos ambientais da

expansão das fronteiras agrícolas.

Problemas ambientais globais:

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aquecimento atmosférico, a crise

da água e outros.

Dinâmica da natureza, a formação

e a distribuição das paisagens

naturais.

Destino do lixo doméstico e

industrial: aterros sanitários,

reciclagem, depósitos impróprios

(lixões) e danos ambientais.

Distribuição e utilização da água

no espaço urbano: redes de

saneamento, poços artesianos

entre outros.

Ocupação das áreas de risco

ambiental decorrentes das

desigualdades sociais.

Dimensão Cultural e

Demográfica do

Espaço Geográfica

A formação e o crescimento das

cidades a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização rescente.

A evolução demográfica, a

distribuição espacial da população

e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e

suas motivações.

A mobilidade populacional e as

Os impactos demográficos no

espaço urbano e rural, provocados

pela mecanização do campo.

Resistência a globalização e as

identidades culturais: a

importância dos lugares.

A reafirmação dos grupos

culturais na configuração espacial

da Nação e os conflitos étnicos

separatista e a xenofobia.

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manifestações socioespaciais da

diversidade cultural. Políticas migratórias dos países e

as restrições aos imigrantes

pobres.

Distribuição da população

vinculada ao processo

tecnológico: zona de atração e

repulsão(migrações).

Identidades culturais e regionais

enfatizando a cultura afro-

brasileira e indígena.

Políticas demográficas:

crescimento, controle e

envelhecimento da população.

Composição demográfica dos

lugares: expectativa de vida,

transição demográfica, estrutura

etária, etnias.

Diferentes grupos socioculturais e

suas marcas na paisagem.

5. METODOLOGIA

A metodologia utilizada será baseada na de João Luiz Gasparin, uma

Didática para a Pedagogia histórico-crítica que consta das seguintes etapas:

Prática social inicial do conteúdo, que tem por objetivo partir do que os

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alunos e os professores já sabem;

Problematização cuja a intenção é levar o aluno a refletir sobre os

principais problemas da sua prática social;

Instrumentalização será a ação didático-pedagógica adotada pelo

professor para atingir os seus objetivos.

Catarse será como o aluno compreendeu o conteúdo, ou seja, seu

novo entendimento sobre o que foi trabalhado.

Prática social final do conteúdo é a nova proposta de ação a partir

do novo conteúdo sistematizado.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação faz parte do processo pedagógico entre professor e aluno que

faz parte do conhecimento e da interpretação dos problemas encontrados.

Embora fundamental, a avaliação não pode ser simplesmente uma definição

por notas ou conceitos, deverá verificar a aprendizagem a partir do básico, do

cotidiano, para que o aluno avance na aquisição do conhecimento. Se o aluno

reelaborou o seu saber colocando seu ponto de vista para explicar os problemas a

partir de debates em sala de aula, trabalhos escritos, interpretação de leituras,

mapas, pesquisas, tabelas e gráficos, elaboração de textos (relatórios), pode-se

dizer que ele apropriou-se dos conteúdos.

A avaliação deve ser contínua e diagnóstica priorizando a qualidade, o

processo de aprendizagem, e o desempenho do aluno ao longo do ano letivo,

usando instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão

como: leitura, interpretação de imagens, leitura e interpretação de gráficos, tabelas,

mapas, pesquisas, relatórios de aulas de campo, apresentação de pesquisas,

construções de maquetes, localização no espaço, construção de conceitos

geográficos, formulação de textos dissertativos sobre a situação da sociedade no

tempo espaço e contexto, pesquisa bibliográfica, debates, apresentações de

estradas como BR, PR e outras.

A avaliação deverá obedecer critérios, de acordo com os conteúdos, avaliando

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conceitos geográficos, e a apreensão das relações sócio-espaciais, de poder,

espaço – tempo, sociedade – natureza, enfim, saber observar as transformações

ocorridas no espaço através do homem.

7. REFERÊNCIAS:

GASPARIN, João Luiz Gasparin. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. São Paulo: Autores Associados, 2002.

Secretária de Estado da Educação – SEED. Diretrizes Curriculares de Geografia para a Educação Básica. Curitiba, 2007.

CASTROGIOVANNI,A.C.(org.) Geografia em sala de aula:práticas e reflexões.Porto Alegre:Ed.UFRS,1999.

LACOSTE,Y.A Geografia:isso serve, em primeiro lugar para fazer a guerra.Campinas: Papirus, 1988.

SENE, Eustáquio de.; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização. São Paulo: Scipione, 1998.

ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de.; RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia: Novo Ensino Médio. São Paulo: Ática,2003.

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DIRETRIZ CURRICULAR HISTÓRIA

PROF. RESPONSÁVEL:LUCIA LIEBEL DE SIQUEIRA MENDES

MARIA JOCELIA BARÃOVERA LUCIA PORTELA

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

Sempre presente nos currículos escolares, a disciplina de História já assumiu

diversas caracterizações ao longo da história da educação, definindo um caminho

com a certeza de que a busca continua atualmente e que a História está em

processo de mudanças substanciais quanto ao conteúdo e a metodologia. Hoje a

História busca reafirmar a importância no currículo escolar enquanto disciplina que

contribui para o desenvolvimento dos alunos como sujeitos conscientes e que

compreenderão a mesma como prática da cidadania, dando assim relevância aos

conhecimentos, à experiência e à prática.

Para tanto é necessário pensarmos a História enquanto conhecimento

ampliado, tanto pelos historiadores com seus estudos teóricos (fontes documentais)

como pela aproximação das demais ciências – a interdisciplinaridade.

A História está voltada para ir além do senso comum, da mesmice. Procura

apresentar as descontinuidades políticas, avanços e retrocessos, rupturas, conflitos,

diversidades espacial e temporal que são transformações lentas e rápidas, as

diferenças de acordo com as culturas, a formação dos povos e suas consequências.

Pode-se definir o conhecimento histórico como fundamental para

compreensão social e a História então desempenhando papel relevante na formação

da cidadania, levando à visão reflexiva sobre a pessoa enquanto indivíduo e

elemento da sociedade.

A História é um processo de compreensão humana das diferentes e múltiplas

possibilidades existentes na sociedade, a partir da experiência do presente, portanto

possibilita ao aluno uma compreensão ativa da realidade, condição para o

desenvolvimento e a formação da cidadania.

A História do homem rumo ao Terceiro Milênio revela-se mais dinâmica e

complexa se a confrontarmos com a de outros tempos históricos, uma vez que a

descoberta de novas fontes e a velocidade dos fatos nos remetem a um

emaranhado de contradições; num mundo de incertezas e crises, de perplexidade

diante do legado das questões sociais, étnicas, políticas, culturais, econômicas,

enfim torna provisória a história do homem. O passado está sob a luz do presente a

todo instante, mergulhado nos acontecimentos e nas ações do homem articulados

no desafio à compreensão da História.

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Cabe a nós, como profissionais dessa ciência humana e como pessoas

preocupadas com a justiça social promover a reflexão e a visão crítica do educando,

para que ele possa avaliar a sua própria importância como agente dinâmico do

processo histórico, bem como as relações humanas produzidas por essas ações, na

forma de agir, pensar, raciocinar, representar, imaginar, instituir, se relacionando

social, cultural e politicamente.

Estudar História não é decorar um amontoado de datas e nomes, é produzir

fatos e feitos, é adquirir consciência do mundo, do que fomos para transformar o que

somos, considerando nossas relações com os fenômenos naturais, condições

geográficas, físicas e biológicas no tempo e localidade. Somente nesse momento

conseguiremos formar jovens que respeitem e compreendam a atuação e a

importância do outro na sociedade.

2. OBJETIVOS

Far-se-á necessário ao aluno compreender os diferentes processos históricos,

criando a percepção de mudanças, propondo a construção do conhecimento através

do embasamento científico estabelecendo relações entre as condições dos sujeitos

históricos nos diferentes tempos e espaço, promovendo a compreensão dos padrões

culturais contemporâneos, possibilitando ao aluno a sua inserção na sociedade atual

com domínio no modo de pensar e criar universalizado, tornando-o capaz de

desmistificar e destruir ideologias de manobra social, fermentando no mesmo o

raciocínio à conscientização da possibilidade de um mundo melhor e mais justo,

estabelecendo a percepção das estruturas do poder e das demais relações

econômicas, sociais e culturais.

Distinguir conceitos fundamentais para análise e interpretação dos

acontecimentos históricos nos diferentes aspectos do pensamento, partindo

do cotidiano do aluno, levando-o a refletir sobre a disputa dos espaços

mundiais e suas implicações, causas e consequências e as mudanças

frente a crises e quedas do poder contextualizando as novas doutrinas

sociais.

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Possibilitar o entendimento e a formação da noção de identidade social.

Estabelecer relações entre o individual, social e o coletivo.

Desenvolver a formação da cidadania, articulada à reflexão.

Construir as noções de diferenças e semelhanças, transformações e

mudanças, continuidade e permanência.

Dar ao aluno condições de adquirir conhecimento sobre si mesmo.

Articular o saber histórico, reelaborando assim o conhecimento produzido

pelos especialistas.

Compreender o sujeito da história enquanto agentes da ação social.

Compreender o conceito de tempo histórico dimensionando-o: tempo

biológico, tempo psicológico, tempo institucionalizado, ou seja, cronológico

e astronômico.

Formar alunos capazes de ler, interpretar compreendendo a realidade para

poder posicionar-se, escolhendo e agindo conforme seus critérios.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de Trabalho

Relações de Poder

Relações Culturais

4. CONTEÚDOS

1ª Série

Tempo

Tempo histórico – periodizações Vídeo: Guerra do Fogo

Concepção - História

Fontes históricas

Pré - história

Sociedade da Antiguidade

Mesopotâmia

Egípcia – sociedade cultural, religião, etnia, trajetória na história do povo

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africano;

Hebraica

Fenícia Vídeo: A Odisséia ou Tróia

Persa

Grega

Bizantina

Islâmica

Idade Média

Formação dos reinos Bárbaros

Reino dos francos Vídeo: O Nome da Rosa

Sistema Feudal

Poder da Igreja

Cultura

Fim da Idade Média

2ª Série

Idade Moderna

Centralização do poder

Absolutismo monárquico

Conquista da América Vídeo: A Missão

Expansão marítima e comercial

Navegações

Mercantilismo

Sistema colonial

Renascimento cultural europeu

Reforma protestante

Reação católica

Revolução industrial Vídeo: Tempos Modernos

Independência dos Estados Unidos

Crise do sistema colonial

Luta pela independência

História dos municípios do Paraná, Porto de Paranaguá

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Indústria, patrimônios, economia, locais que preservam a história,

construção da Estrada da Graciosa, cidades turísticas como

Guaraqueçaba, Antonina, Morretes, praias.

3ª Série

Colonialismo

Rebeliões coloniais

Primeiro Reinado

Período Regencial

Segundo Reinado

República

República Velha – Revolta

Vídeo: Canudos, Lista de Schindler e Indochina

Crise do capitalismo e regimes totalitários

Segunda Guerra Mundial

Era Vargas

Período democrático

Descolonização e conflitos regionais

Vídeo: A Cor púrpura e “Um Grito de Liberdade” – Apartheid da África do

Sul

Terceiro Mundo

Crise do socialismo autoritário

Primeiro mundo

Ditadura Militar

Brasil Contemporâneo

Em todas as séries será trabalhado:

Meio Ambiente – leis ambientais, conscientização do desenvolvimento

sustentável, desmatamento, erosão, poluições sonora, visual e ambiental;

a preocupação com o gasto exacerbado de água potável, gás natural,

energia elétrica; a importância da reciclagem.

Contemplação da Cultura Afro-brasileira – história da escravidão: a vinda,

vida, luta dos construtores da nação brasileira pelo seu trabalho, cultura,

usos, costumes, religião, culinária, palavras da língua portuguesa de

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raízes africanas, lendas, danças, música, miscigenação; lei Afonso

Arinos...

5. METODOLOGIA

O objetivo da História leva a considerar a formação integral do aluno, levando-

o a desenvolver e capacidade de observar, analisar, interpretar e pensar

criticamente a realidade, para melhor compreendê-la e buscar a sua transformação.

No Ensino de História, preocupa-se com o desenvolvimento do senso crítico

do aluno, implica em desenvolver nele a compreensão do papel histórico. Nesse

sentido não se trata apenas de repassarmos fatos que eles memorizem, mas de

propiciar condições de compreenderem como sujeitos da história e agentes da

transformação social. É dentro desta perspectiva que devemos proceder na escolha

e no tratamento dos conteúdos.

Desta forma caberá ao professor trabalhar com clareza, estimulando no aluno

a análise, o questionamento, as comparações e organizações nas pesquisas em

grupos e de campo, leituras, interpretações, aulas expositivas, debates, passeios

(museus, pontos turísticos e históricos), elaborações de textos, músicas, painéis,

reciclagem, maquetes, fotografias, cartas, mapas, cartazes, teatro e atividades

extraclasse, relatórios e testes; atividades voltadas ao meio ambiente como plantio

de árvores, visitas a rios, nascentes, conhecer erosão, desmatamentos, etc;

pesquisa de jornais, livros didáticos, jornais falados, rádio, computadores, revistas

que o levem a narração do seu contexto dentro do contexto do país e do mundo.

Enfim, a metodologia da sala de aula deve levar em consideração relação

existente entre o que se ensina na escola com a realidade vivida pelo aluno,

desenvolvendo-lhe o senso crítico, permitindo-lhe uma melhor compreensão do

espaço em que vive, real, concreto e dinâmico, conscientizando-os sobre as

constantes modificações que possam ocorrer com argumentos, explicação e

problematização focalizadas na História, que fundamentem a resposta para a

problemática.

Abordagens por meio de temas localizando o acontecimento, processo,

sujeito representativo da história, delimitando o início e o final, definindo espaço ou

território de observação do conteúdo tematizado de forma a construir uma narração

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descritiva, com argumentos, explicações de causas e origens de ações e relações

humanas. O trabalho com documentos em sala de aula leva a produção histórica e

conceitos sobre o passado e questionamento sobre conceitos pré-determinados. O

trabalho de campo leva a elaborar pesquisas, levantar históricos, conhecer fatos e

consequências no mundo e principalmente em sua cidade.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação deverá verificar a aprendizagem a partir do básico, do cotidiano,

fundamental, para que ela se processe. E para que o aluno avance na aquisição do

conhecimento, envolve a participação efetiva do professor na definição dos objetivos

e conteúdos, onde levará os alunos a se instrumentalizar, possibilitando a apreensão

das relações entre si e com o meio no processo de produção e organização dos

diferentes tipos de espaços, realizados por diversos grupos humanos, assegurados

pelo desenvolvimento, pelas transformações e necessidades.

Ao longo das séries, o professor avaliará de forma contínua, somatória,

periódica e diagnóstica, levando a detectar o saber e as habilidades dos alunos,

considerando a participação nos trabalhos didáticos, seu desenvolvimento crítico e

criativo em debates, elaboração de textos, confecção de cartazes, painéis, testes

orais e escritos, relatórios, apresentações e conclusões de pesquisas (grupos e de

campo). Na construção de músicas, interpretação de leituras, filmes definições

retiradas do dicionário, montagem de maquetes e teatros, atividades que visam uma

maior concentração do conhecimento, seminários, debates, leituras, sínteses,

exercícios avaliativos, visando a identificação do processo histórico, reconhecendo

criticamente as relações de poder e se ver participante como sujeito da História.

A constatação da insuficiência da aprendizagem através das avaliações,

serão retomados os conteúdos pendentes e consequentemente a avaliação

diferenciada conforme a apropriação do aluno de conceitos históricos nos diferentes

contextos, tudo bem claro quanto a questão do sujeito, processo histórico, relações

de poder e sua intervenção no meio em que vive, a partir da conscientização do seu

papel na sociedade.

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7. REFERÊNCIAS

PARANÁ. Vários autores: Livro didático público - História, Curitiba: SEED, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de História para a Educação Básica. Curitiba: SEED. 2006.

PAZZINATO, Alceu Luiz, SENISE, Maria Helena V.: História contemporânea. 7ª edição, São Paulo: Editora Ática, 1998;

MELLO, Leoni Itaussu. Costa, Luis César Amad: História moderna e contemporânea. 5ª edição, Editora Scipione, 1999;

PETTA, Nicolina Luiza: História uma abordagem integrada. 2ª edição, Editora Moderna, 2002;

SCHIMIDT, Mario: Nova História Crítica. Editora Nova Geração, 1999, Ensino Fundamental;

Curitiba 314 anos; Aventuras na História – Editora Abril; Veja: reportagem sobre o Movimento da Negritude e diversas outras reportagens – Editora Abril;

Meu Município Quitandinha – vários autores sob a coordenação da professora de História Vera Lucia Hirt Portela, SEED, 2003.

PINTO, João Santana: Quitandinha, origens e formação: 2ª edição, SEC, 1998.

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DIRETRIZ CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESA

PROF. RESPONSÁVEL:DOROTEIA DAS GRAÇAS GABARDO DOS ANJOS

SOELI TEREZINHA KUCHINSKI FERREIRATHAYS APARECIDA DE OLIVEIRA TUCHINSKI

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

A Língua portuguesa tem sofrido constantes mudanças desde que se tornou

língua oficial, pois é o resultado de todas as influências que recebeu desde a

chegada dos Europeus em nosso país: primeiramente em contato com a língua

indígena, depois com a dos negros e todos os imigrantes para que esta fosse

enriquecida.

Segundo as DCEs, é por meio da linguagem que o homem se reconhece

humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está

inserido e percebe o seu papel como participante da sociedade.

A vida em sociedade requer respeito, tolerância e troca, o que acontece através

da linguagem. É fundamental garantir na escola espaço para que todos se expressem,

podendo falar de si, de sua família e do mundo para formação dos alunos enquanto

sujeitos, e para o fortalecimento do grupo-classe.

O ensino da Língua Portuguesa envolve práticas de expressão oral, leitura,

produção de textos orais e escritos e momentos específicos de expressão sobre a

mesma.

A linguagem verbal, oral ou escrita, é constituída na interação entre as pessoas

e, portanto, torna-se significativa quando utilizada pelo sujeito para compreender o

mundo em que vive e atuar sobre ele.

Entendemos que no Ensino Médio, a Língua Portuguesa é a possibilidade para

o aluno se expressar adequadamente em diferentes situações, que ampliem a

capacidade de comunicação, destinando diariamente momentos específicos para esse

fim, dando espaço a integração de todos os conteúdos, realizando assim, a

interdisciplinaridade.

Ao sair do Ensino Médio é fundamental que nossos alunos tenham adquirido

efetiva autonomia nas práticas de linguagem que devem ser de domínio comum de

todos os cidadãos.

O estudo da literatura não se resume à leitura de diferentes obras escrita por

diversos autores, em várias épocas, mas compreender a relação existente entre uma

determinada obra e o contexto histórico, economico, social e cultural em que foi

produzido.

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Com isso, devemos formar indivíduos que saibam fazer uso da linguagem em

diferentes situações, compreendendo textos falados ou escritos e expressando-se de

forma oral e escrita com clareza.

2. OBJETIVOS :

Empregar e desenvolver a linguagem oral e escrita em diferentes

situações de uso;

Reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano, se

posicionando criticamente diante deles;

Ler e interpretar os diferentes tipos de textos, reconhecendo as intenções

implícitas – texto - interlocutor – contexto – bem como os elementos

gramaticais empregados na sua organização;

Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade, bem como, propiciar pela Literatura a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica da

oralidade, leitura e escrita;

Reconhecer a importância da norma culta da língua, para que o aluno

enfrente as contradições sociais em que está inserido, participando assim,

como sujeito singular e coletivo, para afirmar a sua cidadania.

Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e

suas manifestações específicas;

Utilizar-se das linguagens como meio de expressão, informação e

comunicação que exijam graus de distanciamento e reflexão sobre o

contexto dos interlocutores e se colocar como protagonista do processo

de produção/ recepção;

Compreender e usar a língua portuguesa como a língua materna,

geradora de significação e integradora da organização de mundo e de

própria identidade.

Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no

trabalho e, em outros contextos relevantes a sua vida.

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Analisar, interpretar e aplicar os recursos expressivos das linguagens,

relacionando texto/ contexto, mediante: a natureza, função, organização,

estrutura das manifestações de acordo com as condições de produção /

recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e

programação de ideias e escolhas tecnológicas disponíveis)

Recuperar pelo estudo as formas instituídas de construção do imaginário

coletivo, o patrimônio representativo da cultura, as classificações

preservadas e divulgadas( tempo e espaço);

Articular as diferenças e semelhanças entre as linguagens e seus códigos;

Conhecer e usar línguas estrangeiras modernas, como instrumentos de

acesso a informações, a outras culturas e grupos sociais.

Entender os princípios da tecnologia da comunicação e da informação,

associá-las aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão

suporte e aos problemas que se propõem solucionar.

Entender a natureza da tecnologia da informação, com integração de

diferentes meios de comunicação, linguagens e códigos, bem como a

função integradora que elas exercem na sua relação com as demais

tecnologias.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

3.1 DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL - A estrutura da Língua Portuguesa

está basicamente pautada na Escrita, na Leitura e na Oralidade. O estudo da

mesma vem sofrendo alterações por conta das mudanças de hábitos e

comportamentos de nosso povo.

Ensinar a Língua Portuguesa hoje, compreende abordar dentro das normas

gramaticais estabelecidas, os falares de diversas e múltiplas leituras.

Compreendendo assim, a diversidade cultural, sem se distanciar da legitimidade da

Língua Materna.

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4. CONTEÚDOS

Leitura Interpretação textual , observando: conteúdo temático, interlocutores,

fonte, intencionalidade, ideologia, informatividade, situacionalidade,

marcas linguísticas;

Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários;

Inferências;

Intertextualidade;

Figuras de linguagem ;

Particularidades (lexicais, sintáticas e composicionais) do texto em registro

formal e informal;

As vozes sociais presentes no texto;

Relações dialógicas entre textos;

Textos verbais, não-verbais;

Estética do texto literário;

Contexto de produção da obra literária;

Diálogo da literatura com outras áreas.

Oralidade

Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais,

marcas linguísticas;

Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor: participação e cooperação, turnos de fala;

Particularidades de pronúncia de algumas palavras;

Procedimentos e marcas linguísticas típicas da conversação (entonação,

repetições, pausas);

Finalidade do texto oral;

Materialidade fônica dos textos poéticos;

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito;

Adequação da fala ao contexto.

Escrita

Adequação ao gênero: conteúdo temático, elementos composicionais,

marcas linguísticas;

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Argumentação;

Dissertação;

Coesão e coerência textual;

Finalidade do texto;

Paragrafação;

Contexto de produção;

Referência textual;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Re-escrita textual.

Vícios de linguagem.

Análise Linguística – perpassando as práticas de leitura, escrita e

oralidade

Conotação e denotação;

Figuras de pensamento e linguagem , figuras de construção ou de

sintaxe;

Vícios de linguagem;

Operadores argumentativos e os efeitos de sentido;

Expressões modalizadoras (que revelam a posição do falante em relação

ao que diz, como: felizmente, comovedoramente);

Sintaxe de concordância e de regência;

Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que

falam no texto;

Expressividade dos substantivos e sua função referencial no texto;

Progressão referencial no texto;

Função do substantivo, adjetivo, advérbio, pronome, artigo, numeral,

interjeição, como elementos do texto;

Função das conjunções e preposições na conexão das partes do texto;

Coordenação e subordinação nas orações do texto;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto;

Recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, hífen, itálico;

Acentuação gráfica (novas regras);

Gírias, neologismos, estrangeirismos,;

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Concordância verbal e nominal;

Particularidades de grafia de algumas palavras;

Vícios de linguagem.

Literatura

Comunicação: o processo comunicativo e seus elementos, funções da

linguagem;

Linguagem literária e não literária;

Gêneros literários – lírico, narrativo, dramático, elementos da narrativa;

Espécies narrativas – conto, crônica, fábula, romance, novelas;

Escolas literárias: Trovadorismo, Humanismo, Classicismo, Literatura

informativa e Jesuítica no Brasil, Barroco, Arcadismo, Romantismo em

Portugal e no Brasil, Realismo em Portugal e no Brasil, Parnasianismo,

Simbolismo e Modernismo em Portugal e os vários caminhos da

modernidade;

Pré – modernismo no Brasil; Semana de 22: o Marco do Modernismo (1ª

fase, 2ª fase, 3ª fase);Pós – modernismo: prosa e poesia, tendências

contemporâneas, geração de 45.

Gêneros discursivos: textos dramáticos, romance, novela, crônica, conto,

poema, contos de fadas contemporâneos, fábulas, biografia, artigos de

opinião, editorial, classificados, notícia, reportagem, entrevista, anúncio,

carta de leitor, carta ao leitor, resumo, resenha, instruções, leis, estatutos,

lendas, mitos, piadas, histórias de humor, tiras, cartum, charges,

caricaturas, paródia, propagandas, placas, outdoor, e-mail, fôlder,fotos,

pinturas, esculturas, folhetos, mapas, horóscopo, provérbios.

5. METODOLOGIA

A concepção de linguagem pressupõe uma metodologia ativa e

diversificada, compreendendo o trabalho individual, o trabalho em duplas ou

pequenos grupos e o trabalho com toda a turma, além de atividades expositivas do

professor.

O trabalho com a oralidade será através de: debates, relatos de experiências

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pessoais, histórias familiares, acontecimentos, apresentação de textos produzidos

pelos alunos, dramatização de textos, análise do discurso dos outros, dos textos

lidos e programas de TV e filmes. O aluno deve expressar-se oralmente com

desenvoltura e segurança.

Na leitura serão trabalhados os diferentes gêneros textuais e de diversos

movimentos literários, considerando o conhecimento prévio do aluno para que ele

perceba as informações implícitas nos textos, debatendo sobre: a finalidade do

texto, fonte, interlocutor, marcas linguísticas; as partículas conectivas do texto.

A escrita deve ser vista como uma atividade sócio – interacional, sendo

discutido sobre: o tema a ser produzido, o gênero escolhido, a finalidade,

interlocutores, revendo , re-estruturando e re-escrevendo o próprio texto para que

tenha clareza de ideias, não tornando a produção ambígua. Explicar que tanto na

escrita como na produção oral existe a necessidade de adequação da variedade

linguística para diferentes situações (formal/informal), pois assim o aluno estará

desenvolvendo a sua identidade e se construindo como sujeito crítico.

Quanto ao trabalho com análise linguística serão utilizados diversos gêneros

selecionados para leitura ou escuta, bem como as produções dos alunos para que

entendam a necessidade e a função da gramática no texto.

Na cultura Afro-brasileira e Africana, Cultura Indígena e literatura paranaense,

trabalhar com diversos tipos de textos (informativos, poemas, músicas, filmes,

anúncios, textos midiáticos) que levem o aluno a refletir, debater e entender a

contribuição e a influência dessas culturas em nossa sociedade.

De maneira interdisciplinar os conteúdos elencados à área serão trabalhados,

considerando a vida da comunidade, a experiência do aluno dentro deste contexto

para que o mesmo se identifique com as questões propostas, a fim de fazê-lo

avançar na capacidade de compreender e intervir na realidade para além do estágio

presente, gerando autonomia e humanização, dentro de uma relação sujeito/objeto

para que se concretize a real aprendizagem.

Como recursos serão utilizados: Biblioteca, livros didáticos e de literatura,

equipamento de som (CD), vídeo (DVD), laboratório de informática, TV pendrive,

revista, jornal, cartolina e papéis diversos.

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6. AVALIAÇÃO

O aluno deverá ser avaliado de maneira global e contínua, ou seja,

observando a sua participação e assimilação dos conteúdos durante todo o

processo de aprendizagem. O professor deve sempre incentivar e valorizar os

acertos do aluno, não discriminando ou justificando os erros e as falhas, mas

proporcionando o crescimento da criatividade do aluno.

Na oralidade se espera que o aluno: identifique o tema e a finalidade do

texto; estabeleça relações dialógicas entre diferentes textos; reconheça diferentes

formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo

tema, considerando as condições de produção e recepção; interprete textos com

auxílio de material gráfico (propaganda, mapas, infográficos, fotos); identifique

informações implícitas nos textos; identifique informações em textos com alta

complexidade linguística.

Quanto a leitura,se espera que o aluno: identifique o tema e a finalidade do

texto; estabeleça relações dialógicas entre diferentes textos; reconheça diferentes

formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo

tema, considerando as condições de produção e recepção; interprete textos com

auxílio de material gráfico diversos (propaganda, gráficos, mapas, infográficos,

fotos); identifique informações implícitas nos textos; identifique informações em

textos com alta complexidade linguística.

Em relação à escrita, se espera que o aluno: produza textos atendendo as

circunstâncias de produção proposta (gênero, interlocutor, finalidade); adeque a

linguagem de acordo com o contexto exigido: formal ou informal; elabore

argumentos consistentes; produza textos respeitando o tema; estabeleça relações

entre partes dos textos, identificando repetições ou substituições; estabeleça relação

entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.

Na análise linguística, se espera que o aluno: distingua o sentido metafórico

do literal nos textos orais e escritos; utilize adequadamente, recursos linguísticos,

como: o uso da pontuação, as marcas linguísticas; identifique as marcas coloquiais

nos textos que usam a variação linguística como recurso estilístico; estabeleça

relações semânticas entre as partes do texto (de causa, de tempo, de comparação);

reconheça a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições

argumentativas.

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Os instrumentos de avaliação são:

Produção textual;

Análise de filmes, livros, música e diferentes tipos de texto;

Dramatização;

Debates;

Análise dos resultados do trabalho coletivo feito pelos próprios

participantes (trabalho em grupo);

Pesquisas e apresentação dos trabalhos;

Avaliação individual.

A avaliação proposta para a área de códigos e linguagens e suas

tecnologias, propõe se utilizar dos mais variados recursos e instrumentos para que

se efetive a verificação do rendimento do aluno, se utilizando de estratégias de

recuperação planejadas, a fim de alcançar os objetivos propostos na área.

A recuperação paralela será constante no caso de se detectar dificuldade na

aprendizagem ou falhas no desenvolvimento social, no que se refere aos conteúdos

da área.

7. REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná: SEED, 1990.

TUFANO, Douglas. Português volume único. Editora Moderna. 1ª edição São Paulo ano 2005.

SUASSUNA, L. Ensino de Língua Portuguesa uma abordagem pragmática. Campinas: Papirus, 1995.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006.

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DIRETRIZ CURRICULAR MATEMATICA

PROF. RESPONSÁVEL:JONATHAN KLEITON BOIANO

BERNADETE WOJCIKIEVICZCLEONICE MARA RAUTTE

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLNA DE MATEMÁTICA

Compreender a Ciência matemática desde suas origens e como a disciplina

Matemática tem se configurado no currículo escolar brasileiro.

A Historia da Matemática nos revela que os povos das antigas civilizações

conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram

a compor a Matemática que se conhece hoje.

Há menções na literatura da História da matemática de que os babilônios, por

volta de 2000 a. C. acumulavam registros que hoje podem ser classificados como

álgebra elementar.

São as primeiras considerações que a humanidade fez a respeito de ideias

que se originaram de simples observações provenientes da capacidade humana de

reconhecer configurações físicas e geométricas, comparar formas, tamanhos e

quantidades.

As primeiras propostas de ensino de Matemática baseadas em práticas

pedagógicas ocorreram no século V a. C. com os sofistas, considerados

profissionais do ensino. O objetivo desse grupo era a formação do homem político,

que pela retórica, deveria dominar a arte da persuasão. Aos sofistas devemos

popularização do ensino da Matemática, o seu valor formativo e a inclusão de forma

regular nos círculos de estudos. A Matemática ensinada se baseava nos

conhecimentos da aritmética, geometria, musica e astronomia. Com suas

metodologias, introduziram uma educação com caráter de intelectualidade de valor

científico.

Por volta dos séculos IV à II a. C. a educação foi ministrada de forma clássica

e enciclopédica. O ensino de Matemática desse período estava reduzido a contar

números inteiros cardinais e ordinais. Era um ensino baseado na memorização e na

repetição. A Matemática se configurou como disciplina básica na formação de

pessoas a partir do século I a. C.

No século V d. C. o ensino teve um caráter estritamente religioso. As

aplicações práticas e o caráter empírico da Matemática não eram explorados.

Entre o século VIII e IX o ensino passa por mudanças significativas com o

surgimento das escolas e as organizações do sistema de ensino. Surgiram as

primeiras ideias que privilegiavam o aspecto empírico na Matemática.

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Após o século XV, o avanço das navegações e as atividades comerciais e

industriais possibilitaram novas descobertas na Matemática. As descobertas

Matemáticas desse período contribuíram para uma fase de grande progresso

científico e econômico que se aplicou na construção, aperfeiçoamento e uso

produtivo de máquinas e equipamentos, tais como, armas de fogo, imprensa,

moinho de vento, relógios e embarcações. Foi o momento no qual prevaleceu o

conhecimento proveniente das engenharias e o valor da técnica, aspecto que

determinou uma concepção mecanicista de mundo e, em função disso, os estudos

concentraram-se, principalmente, na Matemática pura e na Matemática aplicada.

No Brasil, na metade do século XVI, os Jesuítas instalaram colégios católicos

com uma educação de caráter clássico- humanista. Entretanto o ensino de

conteúdos Matemáticos como disciplina escolar nos colégios Jesuítas, não

alcançaram destaque nas práticas pedagógicas.

No século XVII a Matemática desempenhou o papel fundamental para

comprovação e generalização de resultados.

O século XVIII é demarcado pelas revoluções francesa e industrial. Este

momento marcou o início da intervenção estatal na educação. A pesquisa

Matemática se direcionou a atender aos processos da industrialização. Assim,

cresce a importância de colocar à prova as teorias matemáticas criadas, ou seja,

havia a necessidade dos métodos, pois as leis matemáticas não poderiam falhar nos

diferentes ramos da atividade humana.

O desenvolvimento matemático no século XIX foi denominado por Ribnikov

(1987) como o período das matemáticas contemporâneas. O autor assinalou que as

relações que expressam formas e quantidades aumentaram consideravelmente.

No período que abrange o final do século XIX e início do século XX,

levantaram-se preocupações voltadas para o ensino de Matemática, sendo as

mesmas traduzidas em ações concretas, decorrentes das discussões em encontros

internacionais promovidos por matemáticos que já tinham uma preocupação com

propostas de ensino da matemática. Por conta dessas discussões, iniciou-se a

tarefa de transferir para a prática docente os ideais e as exigências advindas das

revoluções do século anterior. Nesse contexto os matemáticos antes

pesquisadores, passaram a ser também professores preocupando-se mais

diretamente com as questões de ensino, observando entre outros, estudos

psicológicos, filosóficos e sociológicos. Esse foi o início de um movimento mundial

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de renovação do ensino da matemática.

A finalidade da matemática é fazer o aluno compreender e construir por

intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversa,

visando à formação integral do ser humano e do cidadão, isto é, do homem, partindo

de situações do cotidiano para o conhecimento elaborado cientificamente.

DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação do Estado do

Paraná; Matemática,SEED pág.15 à 23.

2. OBJETIVOS

Proporcionar ao aluno uma visão geral dos conhecimentos matemáticos

para desenvolver a capacidade de analisar, comparar, conceituar,

representar, abstrair e generalizar; desenvolver a capacidade de

julgamento e o hábito de concisão e rigor; habituar-se ao estudo, atenção,

responsabilidade e cooperação; conhecer, interpretar e utilizar

corretamente a linguagem usual; adquirir conhecimentos básicos a fim de

possibilitar sua integração na sociedade em que vive; associar a

matemática a outras áreas do conhecimento: construir uma imagem da

matemática como algo agradável e prazeroso, desenvolvendo sua auto-

confiança e a perseverança na busca de soluções.

Desenvolver a capacidade de comunicação, resolução de problemas, o

raciocínio lógico do aluno, bem como a capacidade de utilizar a

matemática na interpretação e intervenção no real, desenvolvendo e

estimulando a curiosidade e o gosto em aprendê-la;

Ler e interpretar textos matemáticos;

Ler, interpretar e analisar tabelas, gráficos e expressões;

Traduzir mensagens matemáticas da linguagem corrente para a linguagem

simbólica: equações, gráficos, diagramas, fórmulas, tabelas e vice-versa;

Exprimir-se com clareza e precisão utilizando a terminologia matemática

correta;

Produzir textos matemáticos adequados ao que ele se propõe;

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Utilizar conceitos matemáticos na resolução de problemas;

Uso adequado da linguagem matemática nos temas abordados;

Analisar as propriedades matemáticas envolvendo figuras geométricas,

números e variáveis;

Formular hipóteses e prever resultados;

Selecionar estratégias de resolução de problemas ou de situações

problemas;

Interpretar, analisar e criticar resultados dentro do contexto da situação;

Tirar conclusões a partir de gráficos, tabelas e esquemas, para resolver

problemas, ou para desenvolver novos conceitos;

Fazer e validar conjunturas, experimentando, recorrendo a modelos,

esboços, gráficos, fotos conhecidas, relações e propriedades;

Discutir ideias e propor argumentos convincentes;

Modelar através da matemática, situações da vida real;

Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais

envolvendo outras áreas do conhecimento;

Relacionar etapas da história da matemática com a evolução da

humanidade;

Utilizar adequadamente a calculadora e o computador, reconhecendo suas

limitações e potencialidades;

Utilizar corretamente instrumentos de medição e desenho;

Propiciar aos alunos do Ensino Médio o entendimento da cultura da

população negra, no Brasil, sua origem, condição social, importância na

economia do Brasil.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

NÚMEROS E ÁLGEBRA

GRANDEZAS E MEDIDAS

GEOMETRIA

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

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4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1ª SÉRIE

Números e Álgebra

Conjuntos dos números reais

Geometria

Geometria Analítica

O ponto

Geometria métrica plana

Funções

Função afim

Função quadrática

Função modular

Função exponencial

Função logarítmica

Progressão aritmética

Progressão geométrica

Grandezas e medidas

Trigonometria nos triângulos

Trigonometria no ciclo

Tratamento de informação

Noções de matemática financeira

Cultura Afro-Brasileira e Africana

2ª SÉRIE

Números e Álgebra

Matrizes

Determinantes

Sistemas lineares

Funções

Funções trigonométricas

Geometria

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Trigonometria

Geometria plana

Grandezas e medidas

Medidas de volume

Medidas de informática

Tratamento da informação

Noções de estatística

Probabilidades

Análise combinatória

Binômio de Newton

Cultura Afro-Brasileira e Africana

3ªSÉRIE

Número e Álgebra

Polinômios

Equações polinomiais

Números complexos

Geometria

Geometria métrica espacial

Geometria analítica

Geometria não-Euclidianas

Tratamento da informação

Matemática financeira

Noções de estatística

Funções

Função Polinomial

Limites

Grandezas e Medidas

Derivadas

Cultura Afro-Brasileira e Africana

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5. METODOLOGIA

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da educação matemática, que fundamentam a prática docente,

exposto pelo professor, abordando contexto histórico em que se registrou o

desenvolvimento de cada teoria pelos filósofos criadores da ciência matemática.

Tendo sempre em mente que se deve usar exemplos e linguagem que nossos

alunos do campo compeendam, facilitando a aprendizagem.

Análise junto com os alunos das demonstrações que levaram as expressões

matemáticas mais usadas comumente.

Trabalhos com exercícios e problemas, envolvendo tabelas estatísticas e

gráficos com dados retirados da vida do aluno, de suas relações do dia a dia e do

campo-cidade desenvolvendo assim o raciocínio lógico integrado com suas práticas

no mundo do trabalho e seu contexto sócio-econômico.

Problemas envolvendo questões diversas no plano social e econômico

relacionando assim a matemática, principalmente na geometria, nos cálculos de

porcentagem e funções , assim como cálculos estatísticos, além dos outros dados

levantados com os alunos junto ao seu meio de vida, comércio e as diversas

relações de trabalho de forma contextualizada, para que o aluno perceba com

clareza a importância da aplicabilidade e interpretação dentro da sua realidade de

forma efetiva e concreta. Também para que relacione a necessidade do

desenvolvimento do raciocínio lógico para sua vida no dia a dia e a compreensão

desta relação teórica-prática entre a ciência da matemática e as relações sociais

das quais faz parte enquanto agente produto e transformador.

Análise em todo o contexto das relações existentes entre a ciência

matemática e mundo produtivo de forma que o seu conhecimento nunca fique

desvinculada da sociedade e suas transformações, mas sim amplie e se torne

instrumento de auxílio na participação da sociedade ao educando para que possa

interferir de forma consciente e segura mediante a efetivação de seu papel de

cidadão onde atua e vive.

6. RECURSOS DIDÁTICOS

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Usar ilustrações, fatos e esquemas explicativos;

Usar calculadora para determinados conteúdos pois facilita a resolução

de alguns problemas com mais rapidez;

Jogos e brincadeiras envolvendo os temas sugeridos;

Vídeos;

Exposição participativa e atualizada do conteúdo com leitura de gráficos,

tabelas, jornais, revistas e livros;Uso de sucatas, materiais diversos

(dominó, bingos, material dourado, mimeógrafo, retroprojetor).

7. AVALIAÇÃO

Deve ser coerente com os objetivos da proposta e com os conteúdos da

disciplina.

Devemos considerar a vivência do aluno, as suas tentativas de solucionar

problemas que são propostos e, a partir do diagnóstico de suas dificuldades,

procurar ampliar sua visão, o seu saber, sobre o conteúdo em estudo, levando em

consideração o processo como um todo, é necessário observar o processo de

construção do conhecimento.

Os erros não devem apenas ser constatados, e sim resultar numa visão

parcial do que o aluno possui do conteúdo, para que o professor possa dar o

encaminhamento metodológico necessário para aprofundar e sistematizar o

conhecimento científico.

Para aplicar o Plano Político Pedagógico, devemos atuar em duas grandes

frentes, ou seja: avaliação escrita com recuperação paralela de conteúdos que

envolverá trabalho coletivo, exercícios, oralidade matemática, trabalhos extra-classe.

Avaliações de múltipla escolha e discursiva. Estas avaliações terão valores de zero

a dez, para a obtenção da nota serão somadas e divididas pelo número de

avaliações.

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8. REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares de Matemática para a Educação Básica – Orientações para

matemática – SEED, PR. Julho, 2006.

FILHO, Benigno Barreto – Silva, Cláudio Xavier, Matemática. Editora FTD S.A: São

Paulo,2000.

GIOVANI, José Ruy – Bonjorno, José Roberto – Giovani Jr, José Ruy. Matemática

Fundamental. Editora FTD, 1994.

SILVA, Jorge Daniel – Fernandes, Valter dos Santos, Coleção Horizontes. Editora

IBEP: São Paulo.

ONGEN. Adilson. Matemática, Editora Positivo,Curitiba 2004.

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DIRETRIZ CURRICULAR QUIMICA

PROF. RESPONSÁVEL:LUIZ TABORDA PEREIRA

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

A ciência, como conjunto organizado de conhecimentos, apresenta-se dividida

em varias disciplinas, entre elas a Química, que estuda a natureza da matéria, suas

propriedades e a energia envolvida nesses processos.

O termo Química vem de latim, chimica, palavra que deriva de alchimia,

modificação da expressão árabe al Kêmiyâ, cujo significado é grande arte dos

filósofos herméticos e sábios da Idade Média.

Apesar de se ter conhecimento de manifestações químicas muito antes da

Idade Média, foram os alquimistas que contribuíram de forma acentuada para o

desenvolvimento do que constituiria a ciência Química.

Após a alquimia surgia a Química como ciência experimental. Após os

trabalhos de Antonie Laurent Lavoisier, e seus experimentos sobre a conservação

das massas e experimentos que derrubaram a teoria do Flogisto a partir desses

experimentos a química tornou-se uma ciência com objetivos próprios. Com a

revolução industrial na Europa a química teve um grande avanço, pois a indústria

necessitava de novos materiais para a fabricação de inúmeros produtos, alguns dos

avanços que podem ser citado foi a criação do primeiro plástico artificial, o celulóide

em 1869. Já no século XX a química teve grande desenvolvimento devido ao

interesse de hegemonia econômica e bélica por parte das nações dominantes,

esses países investiram em estudos como a obtenção de medicamentos, estudos

nucleares, estrutura atômica e molecular, mecânica quântica e outros...

A química foi se consolidando como uma ciência e colabora no

estabelecimento de uma cultura científica, cada vez mais presente no capitalismo e

na sociedade, permitindo as pessoas entenderem alguns fenômenos da natureza

como sendo algo que obedece a regras naturais, permitindo ao homem tomar posse

dos conhecimentos que dizem respeito à matéria e suas transformações, a

composição dos materiais, suas propriedades, e assim utilizar esses conhecimentos

nos mais variados setores da sociedade.

A apresentação de aspectos históricos do desenvolvimento da Química

permite ao estudante perceber que as Ciências estão em constante evolução e que

o conhecimento é construído gradativamente. Por isso, sempre que possível,

fornecemos dados históricos das descobertas e invenções cientificas.

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Os conhecimentos de Química adquiridos podem ser aplicados na vida

cotidiana, na compreensão de fatos, no exercício da cidadania e nas atividades

profissionais e as atividades ligadas ao campo tem um destaque, pois o cultivo da

terra a utilização de adubos tanto orgânicos como os sintéticos produzidos

atualmente, os inúmeros fertilizantes e pesticidas e muitas das diferentes

tecnologias utilizadas na agricultura, foram sendo construídas ao longo da evolução

das ciências, principalmente da química, acreditamos que o aprendizado torna-se

mais efetivo quando os estudantes conseguem relacionar o conteúdo teórico com a

realidade na qual estão inseridos e com conhecimentos obtidos.

Podemos dizer que tudo à nossa volta é química, pois todos os materiais que

nos cercam passaram ou passam por algum tipo de transformação.

Percebemos então que a Química proporcionou progresso, desenvolvimento

e bem-estar para nossa vida. Contudo, é comum ouvirmos comentários que

depreciam essa ciência, relacionando-a a desastres ecológicos (derramamento de

petróleo nos mares) poluição (fumaça das chaminés) e envenenamento

(agrotóxicos), alimentos manipulados quimicamente.

Estes fatos, infelizmente, encobrem as importantes conquistas do homem

pelo conhecimento químico. Na verdade, o problema não esta na Química, mas no

seu uso, ela, em si, não é boa nem má. Ainda são muitos aqueles que, movidos por

interesses pessoais ou de grupos, utilizam-na para conquistar ou manter privilégio.

Mudar essa situação não é papel apenas do Químico, mas de toda a

sociedade, que deve ser critica e participativa, exigindo que o conhecimento

promova uma qualidade de vida cada vez melhor e que permita uma coexistência

harmoniosa entre o homem e o meio ambiente.

2. OBJETIVOS

Construir e reconstruir o significado dos conceitos científicos a partir da

vivência do aluno do campo com relação as diferentes substâncias e

materiais da natureza, as relações existentes entre: a matéria viva e não viva

da biosfera, suas propriedades e modificações ao longo do tempo, as

transformações físicas e químicas da matéria ao reagir com diferentes

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substâncias e com os seres vivos, os diferentes elementos químicos que

compõem os organismos vivos e estão presentes na natureza, a síntese de

novos materiais e aperfeiçoamento dos já existentes a partir do conhecimento

da matéria e suas propriedades que permite aos homens melhor padrão de

vida e conhecimento das substâncias e diferentes materiais.

Compreender a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos

sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da

matéria.

Conhecer a evolução histórica da construção dos modelos atômicos;

Conhecer a classificação periódica dos elementos para melhor compreender

as propriedades dos diferentes elementos químicos existentes na natureza.

Conhecer as unidades padrões para o estudo da matéria usados em química

como o mol para compreender melhor a linguagem científica comumente

usada na indústria farmacêutica, e mesmo em rótulos de alimentos, produtos

agrícolas e outros.

Compreender a ação dos diferentes solutos e solventes de uma solução no

equilíbrio osmótico muito presente nos seres vivos.

Conhecer os processos de oxidação e redução dos materiais e a importância

desses fenômenos na construção de pilhas;

Formular o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste

conteúdo básico, associando com as substâncias presentes no meio rural, os

métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares,

etc.;

Identificar a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações

químicas, inibidores, catalisadores biológicos e artificiais, etc.;

elaborar o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o

núcleo de um átomo e eletrosfera de outro e as implicações na formação das

diferentes funções inorgânicas, como ácidos, bases, sais e óxidos utilizados

na agricultura e presentes na natureza e as funções orgânicas como as

proteínas e glicídios que formam a estrutura biológica dos seres vivos.

Compreender a natureza das radiações e suas leis, bem como a história dos

acidentes radioativos e uso da radioatividade afim de guerra e uso como

tecnologias para uso da vida humana.

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Compreender a importância do estudo da química orgânica em especial a dos

hidrocarbonetos para a sociedade atual tão dependente dos combustíveis e

das diferentes fontes energéticas

Conhecer as inúmeras funções orgânicas e a presença das mesmas nos

seres vivos e na indústria alimentícia e farmacêutica.

Identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários

para a produção, análise e interpretação de resultados de processos ou

experimentos científicos;

Apropriar-se dos conhecimentos da química e aplicar esses conhecimentos

para explicar o funcionamento do mundo natural, planejar, executar e avaliar

ações de intervenção na realidade natural;

Aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais na escola, no trabalho

e em outros contextos relevantes para sua vida.

Socializar o aluno e permitir que suas dificuldades sejam superadas pelo

grupo;

Oferecer aos alunos a oportunidade da opção sobre quais temas gostariam

de explorar na prática.

Tomar posições frente ás situações sociais e ambientais desencadeadas pela

produção do conhecimento químico, principalmente em relação ao uso

inadequado de fertilizantes e pesticidas na agricultura.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA SINTÉTICA

4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1. MATÉRIA E SUA NATUREZA

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Matéria e energia.

Substancia e mistura.

Separação de misturas.

Leis ponderais da química.

Fenômenos Químicos e Físicos.

A evolução dos modelos atômicos.

Tabela periódica (histórico).

Propriedades dos elementos.

Ligações químicas.

Reações químicas.

Funções inorgânicas: ácidos, bases, óxidos inorgânicos e sais

inorgânicos;

Unidades padrões usadas em química: o mol, massa molar

BIOGEOQUÍMICA

Reações químicas

Óxidos e outras reações

Recursos naturais

Comportamento de um gás

Relações entre gases

Estequiometria

Leis ponderais e volumétricas

Colóides

Estudos das soluções

Propriedades coligativas de soluções

Cinéticas das reações químicas

Equilíbrio químico.

Eletroquímica;

Radioatividade

QUÍMICA SINTÉTICA

Introdução à química orgânica: aspectos históricos e a presença da

química orgânica na sociedade atual, cadeias carbônicas;

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Hidrocarbonetos;

Funções orgânicas oxigenadas e nitrogenadas;

Estudos de isomeria;

Estudo das reações orgânicas;

Polímeros;

Funções Nitrogenadas;

Isomeria.

5. METODOLOGIA

O processo pedagógico deverá partir do conhecimento prévio que os alunos

possuem, no qual se incluem as ideias pré-concebidas sobre o conhecimento da

química, ou as concepções espontâneas, a partir da qual os conteúdos serão

desenvolvidos.

O ensino de química se utiliza muito de modelos para descrever

comportamentos microscópicos, não palpáveis, dos diferentes materiais e as

substâncias que o formam, porém o professor deve estar atento para que o aluno

não tome os modelos como sendo o real, por exemplo, ao fazer uma representação

de como é um átomo usando de desenhos e materiais alternativos como bolas de

isopor e outros, o aluno poderá concluir que o átomo é algo estático, e de grande

dimensão.

No ensino de química faz-se essencial que o aluno tenha uma boa leitura,

interpretação de textos, gráficos, conceitos abstratos... sendo assim poderá se

trabalhar com textos científicos previamente selecionados conforme o conteúdo a

ser estudado, para que o aluno amplie sua visão em relação aquele conhecimento.

Textos alternativos como de revistas científicas e outras, rótulos de remédios, no

caso dos agricultores rótulos de pesticidas, notícias envolvendo acidentes

ambientais com produtos manipulados pela industria química, como por exemplo o

petróleo e produtos radioativos, poderão ampliar o conhecimento do aluno através

da leitura e interpretação desses textos.

Os filmes, comerciais, propagandas também apresentam, um caráter didático

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que podem auxiliar o aluno a compreender os conceitos científicos e relacioná-los

com o mundo macroscópico ao qual ele percebe diretamente.

Em sala de aula o professor ao trabalhar com aulas expositivas deverá estar

sempre interagindo com os alunos para que os mesmos não apenas memorizem

conceitos, mas que os conceitos científicos abordados tenham um significado para

os alunos e eles consigam refletir sobre os conceitos que eles possuem podendo

reformulá-los ou amplia-los na linguagem científica, a interpretação de gráficos,

tabelas, desenhos, imagens deverão ser constantemente usados nas aulas de

química para que o conceito abstrato passe a ter significado para os alunos. O

desenvolvimento de exercícios de fixação ajudará os alunos a formular os conceitos

de uma maneira que ele consiga traduzir depois com linguagem matemática e

transpor os conceitos científicos para as suas experiências cotidianas.

Outro aspecto metodológico importante a ser considerado diz respeito as

abordagens quantitativas. Deve-se iniciar o estudo sempre pelos aspectos

qualitativos e só depois introduzir os aspectos quantitativos.

Os trabalhos de pesquisa, o desenvolvimento de exercícios de fixação ao

serem desenvolvidos em grupos permitem uma maior interação entre os alunos, e

uma melhor fixação do conhecimento, porém o desenvolvimento de muitas

atividades, como as atividades de experimentação em laboratório, em sala de aula,

a construção e interpretação de textos, gráficos, tabelas são de grande importância

no desenvolvimento cognitivo e abstrato dos alunos.

A utilização dos recursos audiovisuais nas aulas de química pode contribuir

com a aprendizagem dos conceitos científicos dos alunos, desde que inseridas

dentro dos conteúdos de forma harmoniosa e com discussões prévias e posteriores

ao assunto.

A experimentação seja em sala de aula ou em laboratório assume papel

fundamental para a melhor assimilação de conceitos e sua assimilação com as

ideias discutidas ou as ideias a serem discutidas, permitindo assim aos alunos

estabelecerem relações entre a teoria e a prática.

Na experimentação envolvendo material próprio a ser manipulado em

laboratório o rigor técnico é de fundamental importância para a realização dos

experimentos sem colocar em risco os alunos e o próprio professor. As aulas de

experimentação em sala exigem um planejamento prévio, porém, quando se trata de

experimentações simples e com objetos do dia-a-dia do aluno as quais devem ser

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priorizadas, não se deve tirar o caráter espontâneo, pois são inúmeras as situações,

problemáticas, curiosidades, que poderão surgir no momento da aula, permitindo

assim ao aluno fazer as suas observações e conclusões conforme os

conhecimentos de química adquiridos nas aulas práticas e teóricas.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação tem como objetivo fundamental fornecer informações sobre o

processo de ensino-aprendizagem como um todo, informando não apenas o aluno

sobre seu desempenho em química, mas também o professor sobre sua prática em

sala de aula. Desse modo, a avaliação deve subsidiar o trabalho pedagógico,

direcionando o processo de ensino-aprendizagem, sempre que necessário.

Em química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos

científicos. Trata-se de um processo de construção e reconstrução de significados

de conceitos científicos, portanto se o resultado da avaliação for insatisfatório cabe

ao professor buscar as causas desse fracasso, corrigindo as possíveis falhas e

distorções observadas ao longo do processo.

A avaliação deve ser essencialmente formativa, contínua e processual, visto

como um instante dinâmico de acompanhamento pedagógico do aluno e do trabalho

do professor. Diante disto não podemos avaliar o aluno por uma simples prova

escrita, limitando seus meios e estratégias de demonstrar o conhecimento.

O processo de avaliação do aluno pode ser descrito, a partir da observação

continua de sala de aula, da produção de trabalhos individuais e em grupos, também

a partir de resultado de provas ou testes escritos, produção de textos, leitura e

interpretação da tabela periódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aula em

laboratório, ou aulas de experimentação em qualquer espaço, inclusive em sala de

aula. O professor poderá identificar os processos e as dificuldades dos alunos,

utilizando essas informações para recuperar ou avançar o processo de ensino-

aprendizagem. Em nenhum momento esses instrumentos devem ser utilizados como

promoção ou punição dos alunos diante do grupo.

Nesta perspectiva a avaliação pode ser concebida como:

Um conjunto de ações que visam a formar um aluno critico com

conhecimento de química que permita ao aluno um posicionamento perante

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os desafios da sociedade.

Uma etapa do ensino aprendizagem que permite avaliar o avanço na

construção e reconstrução de conceitos científicos.

Um processo que usa de critérios e instrumentos de avaliação

predeterminados e bem claros ao aluno;

Um conjunto de ações que possibilita ao aluno identificar seus avanços

e suas dificuldades, levando-o a buscar caminho para solucioná-los;

Um elemento integrador entre o ensino aprendizagem;

Um instrumento que vise o aperfeiçoamento do processo de ensino-

aprendizagem em um ambiente de confiança e naturalidade.

Um conjunto de ações que permitem ao professor rever sua pratica

pedagógica.

Finalmente, podemos afirmar que avaliação é um elemento significativo do

processo de ensino-aprendizagem, envolvendo a prática pedagógica do professor, o

desempenho do aluno e os princípios que norteiam o trabalho da unidade escolar,

ou seja, a avaliação vai além de simplesmente qualificar os resultados de um

processo ao término de um período. Cabe ao professor apresentar o conceito ou

nota ao aluno, desde que acompanhadas de orientações sobre como ele pode agir

para aperfeiçoar seu desempenho e progredir no aprendizado da Química.

7. REFERÊNCIAS

COVRE, Jose Geraldo. Química Total - Ensino Médio – FTD.

MAXIMO, Antonio e ALVARENGA Beatriz. Física Ensino Médio. De Olho no Mundo do Trabalho. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2003.

PARANÁ, da Silva Nunes Djalma. Física Ensino Médio. 6ª ed. São Paulo: Atica, 2003

SARDELLA, Antonio. Química Ensino Médio. 1ª ed. São Paulo: Atica, 2003. SEED - DIRETRIZES CURRICULARES – QUÍMICA. Curitiba: SEED, 2010.

USBERCO, João & SALVADOR, Edgard. Química Essencial - Ensino Médio. 1ª ed.São Paulo: Saraiva, 2001.VÁRIOS AUTORES. Química. Curitiba: SEED/PR. 2010.

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DIRETRIZ CURRICULAR SOCIOLOGIA

PROF. RESPONSÁVEL:ROSEMARI GADONSKI

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1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

Historicamente, a ciência sociológica tem suas bases nas grandes

civilizações do “mundo antigo”. O desejo de se entender os problemas sociais e

políticos, impulsionaram os gregos a uma linha de pensamento crítico sobre as

sociedades místicas.

Filósofos como, Platão (427 – 347 a.c) e Aristóteles (384 – 322 a.c.),

demonstravam interesses em entender a sociedade em sua complexidade de ideias

e ideais.

Durante a idade média (séculos V ao XV), surgem os Renascentistas, com

novas interpretações de ver o mundo. Acontecia então, uma renovação cultural, uma

nova forma de questionar o mundo, rejeitando a esfera sobrenatural para uma

explicação mais científica. Surgiram homens, que estudavam as sociedades, para

manipular o poder e sua nação, como foi, Nicolau Maquiável (1469 – 1527); em sua

obra o “Príncipe”.

Desprendendo-se aos poucos das influencias divinas, a sociologia ganhava

espaço – Período este, chamado de Antropocentrismo, o homem passava ser o

centro de tudo.

com o iluminismo, no século XVIII, a Europa contagiada pelas ideias sociais

derrubar o absolutismo, ajudados por Voltaire (1694 – 1778), Jacques Rousseau

(1712 – 1778) e Montesquieu (1689 – 1755), questionavam o fanatismo religioso, a

democracia, a separação dos poderes do Estado, questões sobre a origem da

miséria, da propriedade privada, anticlericalismo, direito a vida, a liberdade e a

tirania dos governos, proporcionou aquelas sociedades, uma nova visão de enxergar

o mundo constituídos por eles.

Com o advento da sociedade moderna e o sistema capitalista impulsionado

pelas indústrias desencadeava diferenças sociais entre o campo e a cidade,

envolvendo duas classes distintas: burguesia e proletariado. Cabia então, a ciência

sociológica analisar as alterações ocorridas pela modernidade.

Emile Durkheim (1858 -1917), sociólogo francês, acreditava no progresso da

sociedade capitalista, que apesar dos problemas sociais, o capitalismo seria uma

sociedade perfeita. Essa visão otimista devia-se á sua analise particular, pois

observando e classificando os fatos sociais, Durkheim percebeu que além de moral

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social havia outro elemento integrador da ordem social, que gera solidariedade e

poderia nascer entre os indivíduos, segundo eles, as pessoas passariam depender

umas das outras. Considerado um conservador, admitia que atual sociedade, apesar

de suas falhas, é boa, é justa e, que para evitar as possíveis falhas basta fazer

reformas.

Durkheim, sendo um sociólogo do século XX, com reputação cientifica, afirma

que é impossível conviver numa sociedade sem educação:

“A Educação consiste numa socialização metódica das novas gerações. Em cada um de nós, pode-se dizer que existe dois seres. Um, constituído de todos os estados mentais que não se relacionam senão conosco mesmos e com os acontecimentos de nossa vida pessoal; é o que poderia chamar de SER INDIVIDUAL. O outro é um sistema de ideias, sentimentos e hábitos, que exprime em nós, não a nossa individualidade, mas o grupo ou grupos diferentes de que fazemos parte, tais são as crenças religiosas, as crenças ou práticas morais, as tradições profissionais, as opiniões coletivas de toda a espécie. Seu conjunto forma o ser social. Constituir esse ser social em cada um de nós – tal é o fim da educação”. (MEKSENAS, Paulo, Sociologia da Educação).

O mundo contemporâneo se mostra como em mosaico diverso e, ao mesmo

tempo, integrado em escala planetária, instigando alunos e professores a questionar

seus condicionantes e características, seus graves problemas sociais, econômicos,

políticos, demográficos, raciais, étnicos, religiosos e ecológicos.

A mundialização proporciona um paradoxo: excesso de informação

simultânea de não pertencimento a um grupo social.

Fenômeno indiscutivelmente polêmico e a desterritorialização do

conhecimento, da informação e do rompimento das fronteiras geográficas, que

agrava ainda mais a crise do ensino gerada por rompimento das fronteiras

geográficas e que acaba por agravar o sistema de ensino por causa de uma série

de fatores endógenos ao nosso sistema escolar.

Entretanto, no presente texto, objetiva-se pontuar alguns pressupostos

teóricos e metodológicos para aquecer e enriquecer as discussões que deverão

acontecer no estudo sociológico em nosso colégio. Desse modo, as contribuições

que virão dos nossos alunos, por meio da leitura, análise e comentários possibilitará

a elaboração de textos mais consistentes e fundamentados na prática do cotidiano

de cada aluno e aluna.

Contemplando as relações sociais construídas historicamente, a sociologia

proporcionará aos nossos estudantes um conhecimento dos fenômenos sociais no

espaço e no tempo, trabalhando com conceitos que servem de instrumentos para a

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compreensão da realidade concreta.

Isso permitira a reflexão de nossa realidade, tendo em vista a construção da

identidade do aluno na formação humana voltada para a ciência, trabalhando a

cultura.

2. OBJETIVOS

A sociedade globalizada assumiu tamanha complexidade e mostra-se por

meio de tão diversas faces que tornou-se impossível à ciência sociológica, ou

mesmo à qualquer outra ciência, responder ou explicar toda a problemática social

que se apresenta hoje com uma visão natural ou estreita. É preciso entendermos

então, que não existe uma única verdade para compreendermos e explicarmos as

transformações sociais, políticas, culturais, econômicas e ecológicas que nossa

sociedade está vivenciando.

ADQUIRIR noções e conceitos para explicar relações sociais, econômicas

e políticas de nossa sociedade e de sociedades diferentes da nossa;

CARACTERIZAR e distinguir diferentes formas de trabalho e sua

exploração;

CONHECER as principais características, a formação e a dinâmica das

diferentes formas de governo;

CONHECER, analisando e discutindo a realidade social na qual está

inserido, atuando conscientemente nela;

CONTRIBUIR para a mudança de atitudes a fim de que se ampliem as

condições de cidadania;

CONTRIBUIR para o desenvolvimento de um pensamento analítico, livre

de noções preconceituosas e deterministas, acerca das relações sociais;

DEBATER ideias e expressá-las oralmente e de forma escrita;

DESENVOLVER habilidades de leitura e interpretações diferenciadas nas

variadas manifestações sociológicas;

DESENVOLVER noções de cidadania;

IDENTIFICAR analisando as lutas sociais, conflitos, guerras e revoluções

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que transformaram a sociedade e seu pensamento;

ORGANIZAR repertórios teóricos sociais que sejam capazes de contribuir

na compreensão de alguns processos sociológicos próximos e distantes;

RECONHECER as diferentes formas de relações de poder inter e intra-

grupos sociais;

RECONHECER através do respeito as diversas manifestações culturais

nas diferentes temporalidades;

RECONHECER-SE como parte de um grupo social que se articula a

outros grupos sociais;

REFLETIR sobre as grandes transformações tecnológicas e os impactos

que elas produzem na sociedade;

RESPEITAR a formação étnico-cultural das diversas formações sociais;

TER iniciativa e autonomia na realização de trabalhos individuais e

coletivos.

3. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

O Processo de Socialização e a Instituições Sociais;

A Cultura e a Indústria Cultural;

Trabalho, Produção e Classes Sociais;

Poder, Política e Ideologia;

Cidadania e Movimentos Sociais.

4. CONTEÚDOS

A sociedade humana como objeto de estudo;

Entender a sociedade em que vivemos;

Divisão das ciências sociais;

Teorias sociológicas;

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Convivência humana;

Contatos sociais;

Isolamento social;

Importância da comunicação;

Comunidade, sociedade e cidadania;

Agrupamentos sociais;

Mecanismos de sustentação de grupos sociais;

Papéis sociais;

Desigualdade social;

Organização social, aborto, meio ambiente, prostituição infantil;

A base econômica das sociedades: salário, lucro, desemprego,

subemprego, informalidade, terceirização;

Produção, trabalho, matéria-prima;

Instrumentos de produção;

Reforma Agrária, Paraná, Brasil;

Movimentos sociais;

Tipos de estado e como se organizam;

Cultura e sociedade;

O papel da educação na transmissão da cultura;

Cultura afro;

Importância do negro no contexto da formação do povo brasileiro;

A integração do negro na sociedade de classes;

Diversidade cultural no município, Paraná, Brasil;

Grupos étnicos no município, Paraná, Brasil;

Relativismo;

Etnocentrismo;

Aspectos material e não-material da cultura;

Instituições sociais: Família, Estado, Igreja, Escola;

Globalização – problemas ambientais;

Ideologia;

Movimento estudantil.

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5. METODOLOGIA

Para o ensino de Sociologia no Ensino Médio deve-se redimensionar os

aspectos da sociedade por meio de análises críticas, visto que a sociedade

apresenta uma dinâmica constante.

Os conteúdos Estruturais e Específicos devem ser trabalhados de forma

autônoma, não precisam seguir sequência definitiva e nem estar amarrados de

forma articulada um conteúdo com outro.

A disciplina de Sociologia deve ter várias metodologias de apreensão de

conteúdos para se adequar a todos os objetivos propostos e a variedade de

conteúdos, seja pela exposição de ideias e teorias, pela leitura e significado através

de esclarecimentos de conceitos lógicos em textos (teóricos, temáticos, literários),

por análises, por discussão, pesquisa de campo e diversificada bibliografia.

Esta Diretriz sugere que seja iniciado na introdução da disciplina um breve

histórico da disciplina e suas teorias. Estas ideias devem ser colocadas de forma

comparativa com a realidade, mas de forma que estimule o pensamento crítico e

instigante.

È primordial que esta disciplina de conhecimento, explicite e explique

problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir pré-

noções e preconceitos que quase dificultam o desenvolvimento da autonomia

intelectual e de ações políticas direcionadas à transformação social.

Quando ocorrer oportunidade, os alunos do Ensino Médio, devem estar

inseridos à realidade em que vivem e se possível então, devem participar de

encontros com grupos sociais diferenciados, organizações sociais com objetivos e

histórias diferenciadas e também participar de encontros com grupos sociais

envolvidos em questões divergentes para conhecer os dois lados de um mesmo

conflito social.

As aulas de Sociologia devem usar recursos em suas aulas para torná-las

dinâmicas e instigantes como a pesquisa de campo onde os alunos são os

investigadores, recursos áudio visuais como: retropojetor, transparências, vídeo,

filme, noticiário, programas onde o foco seja a vida social ou conflitos sociais.

As aulas ainda deverão contar com pesquisa bibliográfica, utilizando os livros

do acervo formado por repasse estadual dos programas Biblioteca do professor,

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Biblioteca do ensino médio e pela Biblioteca de Temas Paranaenses, bem como o

acervo adquirido pela própria escola. Também durante as aulas o professor deve

trabalhar com textos literários contextualizados, articulados com o conhecimento

sociológico que enriquecerão a discussão durante o estudo da disciplina.

Ainda, destaca-se o uso do livro didático publico de Sociologia como suporte

teórico e metodológico das aulas, ou seja, como ponto de partida para alunos,

porem de forma articulada a outras fontes para assim fazer da Sociologia uma área

de estudo imprescindível e, ao mesmo tempo, acessível à população que dela mais

necessita.

A sociologia no Ensino Médio torna-se necessária para melhorar a

assimilação de leis ao cotidiano do aluno, que implica na geografia humana, história,

filosofia e todas as disciplinas que procuram desenvolver a cultura, através do

conhecimento dos vários grupos existentes no mundo. Este estudo será possível

através de leituras de textos, debates, seminários, análises de filmes, músicas,

provocando sempre o aluno a relacionar a teoria com o seu cotidiano.

Pesquisa de campo iniciar a partir da discussão com o grupo para definição

de um tema (aborto, meio ambiente, drogas, prostituição infantil,...). Elaboração de

entrevistas, levantamento de dados, confecção de tabelas, gráficos, análise

relacionados com a teoria.

Fazer uso do Livro Didático público de sociologia e o acervo bibliográfico

formado pela Biblioteca do Professor.

6. AVALIAÇÃO

A avaliação na Disciplina de Sociologia deve resgatar os conteúdos

trabalhados de Sociologia de forma transparente e coletiva, o que representa dar

abertura para que todos participem e se envolvam nos critérios e formas de melhor

conseguir avaliar o conhecimento apreendido e a metodologia e didática do

professor.

A avaliação buscará no aluno a aquisição dos conceitos básicos de cada

conteúdo a ser envolvido durante o processo de avaliação, buscará neles (alunos) a

capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, sua clareza e a

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coerência na exposição de suas ideias, isso será no contexto oral como também no

contexto escrito. As avaliações buscaram também envolver o que o aluno consegue

produzir de forma que evidencia sua mudança de olhar perante os problemas

sociais, a sua iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas,

que revertam praticas de acomodação e que busquem a saída do senso comum.

Estes requisitos permitem ao professor dados que indicam o alcance do objetivo

proposto pela disciplina.

Sendo assim, as formas de avaliar em Sociologia, portanto, acompanham as

praticas de ensino-aprendizagem, seja a reflexão crítica colocada nos debates, nas

análises de filmes e de textos, seja ao realizar pesquisa de campo, seja na produção

de texto que demonstre sua capacidade de articular teoria e pratica. As práticas de

avaliação são muitas, porém caberá ao professor selecioná-las na perspectiva de

dar clareza aos objetivos que se pretende atingir durante o curso, no sentido da

apreensão do conhecimento, na compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno.

Partindo também da lógica que neste processo não só o aluno está sendo

avaliado, mas também os professores, a instituição e o sistema escolar e suas

políticas públicas, as dimensões políticas, praticas e discursivas devem evidenciar

qualidade e democracia.

A avaliação será realizada através de exercícios reflexivos durante as aulas,

relatórios escritos, trabalhos em grupo, apresentação expositiva, sínteses,

pesquisas, avaliação individual escrita, produção de texto afim de observar a

capacidade de articular teoria e prática. Levando em consideração o conhecimento

que o aluno possuía (censo comum) o que o que adquiriu durante as aulas.

7. REFERÊNCIAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de Sociologia. Curitiba: SEED, 2006.

ALTHUSSER, L. Aparelhos ideológicos do estado. Rio de Janeiro: Graal, 1985.

ALVES, R. Filosofia e ciência. São Paulo: Ars Poética, 1996.

ARANTES, A. A. O que é cultura popular. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1992.

BERRY, David. ideias centrais em sociologia: uma introdução. Rio de Janeiro:

Page 272: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · No ano de 2006, foi autorizada/aprovada a implantação do Ensino Médio, estendendo seus serviços públicos Educacionais do Ensino Fundamental ao

Zahar, 1976.

BOBBIO, Norberto. Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

BOTTOMORE, T. B. Introdução à sociologia. 3.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.

BOUDON, Raymond. Tratado de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1995.

BRANDÃO, C. Rodrigues. Identidade e etnia. São Paulo: Brasiliense, 1996.

CASTRO, Ana M. Introdução ao pensamento sociológico. Rio de Janeiro: Eldorado, 1974.

CHAUÍ, M. S. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1980.

COMTE, August. Sociologia. São Paulo: Ática, 1978.

DESCARTES, René. Discurso e método. Rio de Janeiro: Edições de Ouro, 1969.

DURKHEIM, Émile. As regras do método sociológico. 4.ed. São Paulo: Nacional, 1966.

ENGELS, F. A origem da família, da propriedade privada e do estado. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. 1978.

FERNANDES, Florestan. Elementos da sociologia teórica. São Paulo: Nacional, 1970.

FOUCAUT, M. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes. 1983.

FREYRE, Gilberto. Casa grande e senzala. 9.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988.

GOHN, M. G. Movimentos sociais e lutas pela moradia. São Paulo: Loyola, 1991.

GRAMSCI, A. Concepções dialéticas da história. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1984.

HOBSBAWM, E. A era dos extremos: o breve século XX (1914-1991). São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

HOLANDA, S. Buarque. Raízes do Brasil. 13. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979.

LARAIA, R. de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 11.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. São Paulo: Nova Cultural, 1999. v.1.

TOURAINE Alain. A sociedade pós-industrial. Lisboa: Moraes, 1970.

WEBER, Max. Ensaios de sociologia. 2.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1971.

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DIRETRIZ CURRICULAR L.E.M INGLES

PROF. RESPONSÁVEL:DOROTEIA DAS GRAÇAS GABARDO DOS ANJOS

SOELI TEREZINHA KUCHINSKI FERREIRA

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA: LEM – INGLÊS

A língua é a expressão natural de uma cultura, compreendê-la significa

também compreender os valores daquela cultura e valorizar a sua própria língua e

seus valores. Por isso, privar o cidadão do aprendizado de outras línguas é negar-

lhe o mais poderoso subsídio de acesso a outras culturas e restringi-lo à

universidade limitada de seu próprio mundo. Incentivá-lo a esse aprendizado é

subsidiá-lo na compreensão do homem, enquanto ser histórico, criador de si mesmo.

Com a globalização da economia e dos mercados, hoje já não se pode

conceber nenhuma profissão em que o conhecimento da LEM não seja necessário.

Na sociedade brasileira atual o inglês tem estado presente como língua hegemônica

(dominadora) nas várias áreas da atividade humana, nos meios de comunicação, no

comércio, na ciência, na tecnologia.

Sendo assim, a aprendizagem de uma LEM deve levar a uma nova

concepção da natureza da linguagem, aumentar a compreensão sobre a linguagem

funcional e desenvolver maior consciência do funcionamento da língua materna. Ela

permite ampliar, assim tanto a compreensão das culturas estrangeiras quanto da

cultura materna.

Nesse sentido, supõe-se uma nova postura metodológica do professor na

conduta de seu trabalho em sala de aula, numa abordagem mais comunicativa, mais

crítica e mais integradora no ensino de LEM, não enfatizando tanto o ensino

gramatical, o simples treinamento das habilidades linguísticas, pela imposição de

conteúdos fechados, sem abertura, tendo o desafio de organizar formas de

desenvolver o trabalho de maneira a incorporar os diferentes níveis de

conhecimento dos alunos e ampliar suas oportunidades de acesso a ele, partindo de

uma diversidade de experiências e interesses, contribuindo assim para formar um

cidadão consciente, crítico e agente transformador de sua realidade.

No âmbito da LDB, a LEM recupera, de alguma forma, a importância que

durante muito tempo lhes foi negada. Considerada, muitas vezes e de maneira

injustificada, como disciplina pouco relevante, ela adquire, agora, a configuração de

disciplina tão importante como qualquer outra do currículo, do ponto de vista da

formação do indivíduo.

Assim, integrada à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, as

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Línguas Estrangeiras assumem a condição de serem parte indissolúvel do conjunto

de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de várias

culturas e, consequentemente, propiciam sua integração num mundo globalizado.

As discussões sobre a importância de se aprender uma ou mais línguas

estrangeiras remontam a séculos. Em determinados momentos da história do ensino

de idiomas, valorizou-se o conhecimento do latim e do grego e o consequente

acesso à literatura clássica, enquanto, em outras ocasiões, privilegiou-se o estudo

das línguas modernas.

No Brasil, embora a legislação da primeira metade deste século já indicasse

o caráter prático que deveria possuir o ensino das línguas estrangeiras vivas, nem

sempre isso ocorreu. Fatores como o reduzido número de horas reservadas ao

estudo das línguas estrangeiras e a carência de professores com formação

linguística e pedagógica, por exemplo, foram os responsáveis pela não aplicação

efetiva dos textos legais. Assim, em lugar de capacitar o aluno a falar, ler e escrever

em um novo idioma, as aulas de Línguas Estrangeiras Modernas nas escolas de

nível médio, acabaram por assumir uma feição monótona e repetitiva que, muitas

vezes, chega a desmotivar professores e alunos, ao mesmo tempo em que deixa de

valorizar conteúdos relevantes à formação educacional dos estudantes.

Evidentemente, não se chegou a essa situação por acaso. Além da carência

de docentes com formação adequada, acrescida do fato de que, salvo exceções, a

língua estrangeira predominante no currículo ser o inglês, reduziu muito o interesse

pela aprendizagem de outras línguas estrangeiras e a conseqüente formação de

professores de outros idiomas.

2.OBJETIVOS

Possibilitar ao aluno utilizar as quatro habilidades lingüísticas: ouvir, falar,

ler e escrever.

Articular a aprendizagem da LEM em relação às questões culturais, assim

valorizando a sua própria cultura, a sua cidadania e sua identidade.

Reconhecer formas gramaticais para melhor entender e formular textos,

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diálogos.

Utilizar saudações nos vários momentos do dia;

Apresentar a si mesmo e apresentar outras pessoas;

Reconhecer diversos vocábulos em diversos textos “escritos ou falados”;

Produzir textos e diálogos;

Interpretar textos diversos.

Conhecer os gêneros textuais;

Perceber o conteúdo vinculado, interlocutores, assunto, fonte, papéis

sociais representados, valor estético e condições de produção;

Identificar os elementos coesivos e marcadores do discurso

responsáveis pela progressão textual, encadeamento das ideias e

coerência do texto;

Conhecer variedades linguísticas: diferentes registros e graus de

formalidade da língua estrangeira.

Obter conhecimentos linguísticos: ortografia, fonética, elementos

gramaticais;

Reconhecer a diversidade cultural e expressa nos discursos/ textos

vinculados em Língua Estrangeira.

Compreender que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;

Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade.

3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.

Discurso: enquanto prática social

Para a compreensão do objeto de estudos de Língua Estrangeira, são

concebidos como conteúdos estruturantes que se desdobram em conteúdos

específicos no trabalho pedagógico.

Assim, ao tornar a língua como interação verbal, como espaço de produção

de sentimentos marcados por relações contextuais de poder, o conteúdo

estruturante discurso como prática social a tratará de forma dinâmica, por meio da

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leitura, da oralidade e da escrita.

O conteúdo estruturante tem como referencial o discurso entendido como

prática social, que se realiza total ou parcialmente por intermédio de textos. O texto

é uma entidade concreta, realizada materialmente e corporificada em um

determinado gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma instância

discursiva, é o discurso. Assim, o discurso se realiza nos e pelos textos.

4. CONTEÚDOS

A leitura, a oralidade e a escrita serão trabalhadas em todas as séries, no

decorrer do ano. Os conteúdos elencados a seguir serão trabalhados em todas as

séries, em grau de profundidade de acordo com o conhecimento dos alunos:

Gêneros textuais;

Percepção do conteúdo vinculado, interlocutores, assunto, fonte, papéis

sociais representados, valor estético e condições de produção;

Elementos coesivos e marcadores do discurso responsáveis pela

progressão textual, encadeamento das ideias e coerência do texto;

variedades linguísticas: diferentes registros e graus de formalidade;

diversidade cultural; conhecimentos linguísticos: ortografia, fonética e

elementos gramaticais.

LEITURA

Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;

Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e

intertextualidade do texto;

Linguagem não-verbal;

As particularidades do texto em registro formal e informal;

Finalidades do texto;

Estética do texto literário;

Realização de leitura não linear dos diversos textos.

ORALIDADE

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Variedades linguísticas;

Intencionalidade do texto;

Particularidades de pronúncias da língua estudada em diferentes países;

Finalidade do texto oral;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas,gestos.

ESCRITA

Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e

marcas linguísticas;

Paragrafação;

Clareza de ideias;

Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Coesão e coerência;

Função dos pronomes, artigos, adjetivos, numerais, preposições,

advérbios, locuções adverbiais, conjunções, verbos, palavras

interrogativas, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, falsos

cognatos, discurso direto e indireto, voz passiva, verbos modais,

concordância verbal e nominal, orações condicionais e outras categorias

como elementos do texto;

Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

GENÊROS DISCURSIVOS

fábulas, biografias, classificados, notícias, reportagem, entrevistas, cartas,

resumo, piadas, folhetos, charges,tiras.

5. METODOLOGIA

Os diferentes gêneros textuais serão o ponto de partida da aula de Língua

Estrangeira onde o aluno deve ser levado a desenvolver uma prática analítica e

crítica através dos seus conhecimentos linguísticos.

A escolha de textos trabalhados dependerá do grau de conhecimento dos

alunos e será voltada para a interação verbal no uso efetivo da linguagem e não na

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memorização.

Para que o aluno compreenda um enunciado, deve ter algum domínio das

variações léxicas, fonético-fonológicas e morfossintáticas e de sua adequação. O

objetivo da leitura é permitir ao leitor um conhecimento de mundo para que possa

elaborar um novo modo de ver a realidade .

A oralidade tem como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes

aos diferentes discursos, incentivando-os a expressarem suas ideias, respeitando-se

suas limitações.

Em relação à escrita, ela deve ser significativa, pois é aí que onde o aluno

vai produzir seu diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de

sua coerência.

O trabalho da língua estrangeira será utilizado para conscientizar o

educando do papel da LEM na atual sociedade, visto que este tem sido de

fundamental importância na era da informática e globalização. As atividades serão

desenvolvidas pela utilização de músicas, vídeos, textos diferenciados, objetivando o

desenvolvimento das quatro habilidades da língua (ouvir, falar, ler e escrever).

Um outro aspecto, é instrumentalizar o aluno para que possa dar informações

culturais e geográficas dos países que fazem uso da LEM, bem como saiba colocar-

se e receber visitas de estrangeiros na escola, ou fazer passeios em locais de

enriquecimento cultural para o aluno. Os professores devem organizar eventos que

fazem parte da cultura da LEM.

Diversos tipos de textos - músicas, slogans, textos informativos, notícias,

entre outros – sobre o meio ambiente serão trabalhados para debater sobre o tema

neles propostos e produção textual retratando a realidade ambiental.

Quanto a Cultura Afro-brasileira e Africana, trabalhar com diversos textos,

como: músicas, textos ficcionais e informativos, poemas, levando o aluno a debater

e a refletir sobre a discriminação e para que possa entender a contribuição dessas

culturas.

Em relação a História do Paraná, pesquisar na Internet, livros, revistas os

autores paranaenses e suas contribuições na História do Paraná. Produção de

textos sobre as obras pesquisadas.

Os recursos a serem utilizados serão: TV, vídeo, DVD, aparelho de som, Tv

pen-drive, laboratório de informática, livros, dicionários, revistas, jornais e papéis

diversos. Serão selecionadas músicas e filmes atuais de acordo com os conteúdos.

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O DVD será usado como recurso para aprendizagem de vocabulário e das

habilidades de ouvir e ler.

6. AVALIAÇÃO

O objetivo de propor práticas avaliativas é de nortear o trabalho do

professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que

se encontra no percurso pedagógico.

A avaliação da aprendizagem em língua estrangeira objetiva subsidiar

discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de suas

produções. O envolvimento dos alunos na construção do significado nas práticas

discursivas será base para o planejamento das avaliações de aprendizagem.

O professor deverá observar a participação dos alunos e considerar que o

engajamento discursivo na sala de aula se faça pela interação verbal, a partir de

textos.

O processo avaliativo será realizado sistematicamente, através de:

Trabalhos em que os alunos precisem redigir, elaborar, argumentar;

Produção de textos;

Trabalho em grupos;

Leitura e dramatização de textos;

Avaliação individual;

Pesquisas.

As avaliações serão diagnóstica e formativa, desde que se articule com os

objetivos específicos e conteúdos definidos, a partir das concepções e

encaminhamentos metodológicos, de modo que sejam respeitadas as diferenças

individuais e escolares.

A função da avaliação deve ser de diagnosticar o avanço do conhecimento,

caracterizando-se como processo contínuo de comprometimento. É muito importante

o retorno das avaliações aos alunos com os devidos comentários, para que eles

possam entender o processo de aprendizagem e, assim, buscar a superação das

dificuldades deles.

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7. REFERÊNCIAS

SEED. Currículo básico para escola pública do Paraná. Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 1990.

VYGOTSKI, L.S. Pensamento e linguagem. 2ed. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

PRESCHER, Elisabeth; PASQUALIMM, Ernesto; AMOS, Eduardo. Graded English. Volume único. 2ed. São Paulo: Moderna, 2003.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Ensino de 1º Grau. Diretrizes Curriculares de Língua

Estrangeira Moderna - Inglês para a Educação Básica. Curitiba: SEED, 2006.

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PROGRAMA

VIVA ESCOLA

ELABORAÇÃO DE UMA AGENDA 21 NO COLÉGIO

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PROPOSTA PEDAGÓGICA

JUSTIFICATIVA:

A Educação Ambiental na escola é de fundamental importância, compete a

ela buscar dentro dos conteúdos formais e práticas pedagógicas formas que

resultem em nova tomada de consciência e atitudes que proceda em transformações

necessárias para uma melhor qualidade de vida. Assim sendo, a escola Caetano

Munhoz da Rocha está localizada na zona rural do município, onde a maioria dos

alunos os pais são pequenos agricultores ou trabalham para estes, onde quase

todos fazem uso de agrotóxicos, queimadas e uso de fertilizantes, tão necessários

para uma melhor produção, mas, que trazem tantos problemas ambientais, temos

nós a necessidade de trabalhar para uma mudança cultural, uma transformação

social, assumindo o nosso papel de educadores preocupados com a qualidade de

vida e a sustentabilidade dos nossos alunos e do planeta terra. Desta Maneira

justifica-se como essencial a elaboração de uma Agenda 21 para buscar uma

melhoria sócio- ambiental do colégio, procurando desenvolver assim um trabalho

questionador, a fim de propor novas visões e formas de inserir localmente propostas

educacionais no âmbito ambiental local (colégio e a comunidade), construindo e

adaptando essa dimensão, transformando-a em ação capaz de produzir uma

qualidade ambiental global.

CONTEÚDOS:

Dimensão econômica do espaço geográfico a circulação da mão-de-obra , do

capital, das mercadorias e informações. A realidade local dentro do âmbito

paranaense, brasileiro e mundial. As relações entre espaço rural e a modernização

através de novas tecnologias Exploração e utilização dos recursos naturais ( solo,

água, ar e sol) Dimensão socioambiental do espaço geográfico Biodiversidade

Equilíbrio dos Ecossistemas Relações de interdependência entre os seres vivos e

deste com o meio ambiente Problemas ambientais.

OBJETIVOS:

Desenvolver nos alunos e na comunidade valores e atitudes que conduza

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uma melhoria da sua qualidade de vida.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

Interdisciplinariedade entre todas as disciplinas, uso da leitura científica,

pesquisa de campo, palestras, atividades lúdicos pesquisas, visita a parques

ecológicos, plantar árvores que ajudem restaurar a mata ciliar do rio Três Barras

próximo a colégio, formar patrulha ecológica que ajude na escola como: Plantar

sombreiros, disseminado o uso correto de reciclar.

INFRAESTRUTURA:

Biblioteca, laboratório de informática e barracão de eventos da comunidade.

RESULTADOS ESPERADOS:

Espera-se que os alunos consigam entender, a situação ambiental global e

local procurando alternativas que amenizem os problemas ambientais do colégio

como: Como podemos diminuir o lixo em casa na escola na comunidade e no

munícipio. Reflexão e informativo de como podemos mudar hábitos de queimadas e

conservar a mata ciliar.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:

Alunos com bom desempenho escolar

Professor participante: Franciele Regiane Kuzeratski RG: 0101366154

e-mail: [email protected]

Disciplina de formação: Ciências

Vínculo: Pss

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CELEM

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1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Atualmente, a escola pública vem demonstrando mudanças e

investindo em propostas para que o ensino de Língua Estrangeira Moderna - LEM

possa ter um papel democratizante de oportunidades, sendo assim mais um

instrumento de educação que possibilita ao aluno a construção do processo de

ensino aprendizagem.

A Língua Estrangeira Moderna - LEM – é um espaço que oportuniza o

aluno ampliar seu contato com outras formas de perceber, conhecer e entender a

realidade, tendo em vista que a percepção do mundo também está ligada às línguas

que se conhece. A LEM apresenta também como um espaço de construções

discursivas contextualizadas que refletem a ideologia das comunidades que a

produzem.

Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a realidade, o

aluno passa a refletir mais sobre a sua própria cultura, ampliando sua capacidade de

compreender o seu entorno social. O educando terá melhores condições de

estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir, pensar

e sentir uma outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento da sua

formação.

Com o advento do Mercosul, aprender espanhol deixou de ser um luxo

para se tornar praticamente uma emergência.

A posição que a língua espanhola ocupa no mundo de hoje é de suma

importância, oportunizando crescimento econômico, cultural, acadêmico e pessoal.

2. CONTEÚDO ESTRUTURANTE:

Discurso como prática social

GÊNEROS DISCURSIVOS: para o trabalho das práticas de leitura,

escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados como conteúdos básicos os

gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.

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CONTEÚDOS BÁSICOS:

1º ANO

LEITURA:

Tema do texto;

Interlocutor;

Informalidade

Situacionalidade;

Informações explícitas;

Discursos diretos e indiretos;

aceitabilidade do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Léxico;

Repetição proposital de palavras;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

ESCRITA:

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Discurso direto e indireto;

Informalidade;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem

Acentuação gráfica;

ortografia;

concordância verbo/nominal.

ORALIDADE:

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Tema do texto;

Finalidade;

Papel do locutor e interlocutor;

Aceitabilidade do texto;

Informalidade;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,...:

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

2º ANO

Conteúdos temáticos;

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Discurso direto e indireto;

Emprego do sentido conativo e denotativo no texto;

Aceitabilidade do texto;

Informalidade;

Situacionalidade;

Polissemia;

Léxico;

Vozes sociais presentes no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras

de linguagem.

Semântica;

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operadores argumentativos;

ambiguidade;

sentido conotativo das palavras no texto;

expressões que denotam ironia.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O aprendizado de uma outra língua possibilita outras formas de

conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir

significados. Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se constitui por meio

da compreensão da diversidade linguística e cultura para que o aluno se envolva

discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade ampliando

assim seus conhecimentos.

O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula a partir do

entendimento do papel das línguas na sociedade é mais um instrumento de acesso

à informação.

Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor

aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função

do gênero estudando, sua composição, a distribuição de informações, o grau de

informação ali presente, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e,

somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de

priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.

O estudo das funções da Língua Espanhola acontecerá através da

leitura, oralidade e escrita de textos, músicas, filmes e outros, a gramática básica

através de textos de gêneros variados. Os sons característicos da Língua Espanhola

através de textos orais serão desenvolvidos através da utilização de diferentes

gêneros textuais para que o aluno identifique as diferenças estruturais e funcionais,

a autoria e a que público se destinam. Os encaminhamentos metodológicos devem

propiciar ao aluno o conhecimento de novas culturas, percebendo que não há uma

cultura melhor que a outra, mas sim diferentes.

A exploração de vários recursos como: aulas expositivas e dialogadas,

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trabalhos em grupos, produção escrita e oral, serão utilizados de forma interativa em

busca de melhores resultados na aprendizagem. Materiais como livro didático,

dicionário, livro para didático, vídeo, CD, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia

serão utilizados para facilitar o contato e a interação com a língua e a cultura.

Serão trabalhados assuntos sobre vida e sociedade da cultura afro-

brasileira e Africana e Cultura Indígena pelo fato da realidade da origem e formação

da sociedade brasileira e latino-americana e, que no continente africano há país que

adotou o espanhol como língua oficial. Sexualidade, drogas e Meio ambiente serão

abordados para que os alunos conheçam e analisem de forma crítica como outras

sociedades tratam tais assuntos.

4. AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está

articulada aos fundamentos teóricos explicitados nestas Diretrizes e na LDB nº

9394/96.

Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer

o processo de ensino e de aprendizagem, ou seja, nortear o trabalho do professor,

bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão do ponto em que se encontra

no percurso pedagógico. Conforme analisa Luckesi (1995, p. 166).

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro

significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-

sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe

de ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do

educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento.

A avaliação da aprendizagem precisa cumprir o seu verdadeiro

significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem

sucedida. A avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira necessita superar a

concepção como um simples instrumento de mediação da apreensão dos

conteúdos, visto que ela se configura como um processo e, como tal, objetiva

subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir

de suas produções, no processo de ensino aprendizagem.

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A avaliação é entendida como um aspecto de ensino pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho,

dando-lhe condições para que tome decisões quanto ao aperfeiçoamento das

situações de aprendizagem. Os instrumentos de avaliação são diversificados,

podendo ser: provas escritas e orais, palestras, debates, teatros, trabalhos de

pesquisa individuais e em grupo, produções de textos e cartazes, visando alcançar

os objetivos propostos, ponderando os aspectos qualitativos da aprendizagem,

sendo esta contínua, cumulativa e processual. Os resultados serão expressos por

disciplina, através de notas numa escala de 0 (zero) a 10 (dez), computados

trimestralmente. A apuração para a média anual, para cada disciplina, será

realizada através da seguinte fórmula:

M.A.= 1º TRI. + 2º TRI. + 3º TRI.

3

Para avaliar o desempenho dos alunos serão considerados os

objetivos da Proposta Curricular, bem como do Projeto Político-Pedagógico do

Colégio, o aluno que não atingir o resultado satisfatório fará recuperação dos

conteúdos.

Através das avaliações é possível detectar as dificuldades dos alunos,

revêr a metodologia aplicada e estabelecer novas ações pedagógicas para

recuperar paralelamente os conteúdos trabalhados. A recuperação de estudos é

direito de todos os aluno, independente do nível de apropriação do conhecimento.

REFERÊNCIAS

DCEs, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado

do Paraná. Secretaria de Estado da Educação – SEED- 2009.

PPP, Projeto Político Pedagógico. C.E Dr.Caetano Monhoz da Rocha, Quitandinha –

2009.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 1995.

BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e

Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996.

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