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1 PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS DIVISÃO DE ENSINO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO 2017

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA EMEB JOSÉ … · Histórias 09 anos 05 anos Keilla Fernanda Ferreira da Motta Estatutária Pedagogia Ensino de Artes e Musicalidade na Educação

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1

P R E F E I T U R A D E S Ã O B E R N A R D O D O C A M P O

S E C R E T A R I A D E E D U C A Ç Ã O

DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS

DIVISÃO DE ENSINO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

DA

EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO

2017

2

ÍNDICE I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR ................................................03 II - ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016.............................................................................13 III - CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR .................................26 IV - CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA .....................................................................33 V - ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ...............................................................................................................................49 VI - PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA NO AMBIENE ESCOLAR ............143 VII - PLANO DE AÇÃO ...................................................................................208 VIII - CALENDÁRIO ............................................................................................233 IX - REFERÊNCIAS ...........................................................................................234 X - ANEXOS .......................................................................................................243

3

I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO

Rua Tiradentes, nº 1893

Bairro Montanhão – São Bernardo do Campo – SP

CEP: 09871-500

Tel.: 4127-5777

e-mail : [email protected]

CIE : 430122

Diretora: Roseli Aparecida Zambrano Xaubet

Coordenadora Pedagógica: Miriam Cristina dos Santos Richert

Orientadora Pedagógica : Lucilene H. Yoshiyasu

Equipe Técnica:

Psicóloga: Rosemeire Foltran

Fonoaudióloga: Denise Silva

Terapeuta Ocupacional: Ana Maria Diniz Canet

Modalidade de Ensino:

Educação Infantil – Escola da Infância – 0 a 03 anos

Período: Integral Horário de funcionamento: das 7h30min às 17h30min Atendimento da Secretaria: das 7h30min às 17h30min

HTPC semanal dos professores:

3ª-feira: das 08h10min às 11h10min

3ª-feira: das 13h50min às 16h50min

4

QUADROS DE HORÁRIOS DA EQUIPE DE GESTÃO

Horário da Diretora Escolar Coordenadora Pedagógica

2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

HORÁRIO

07H30 16H30

09h00 18h00

07H30 16H30

09h00 18h00

07H30 16H30

CARGA HORÁRIA

08h00

08h00

08h00

08h00

08h00

2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira

HORÁRIO

08h30 18h00

07h30 17h00

08h30 18h00

07h30 13h30

08h30 18h00

CARGA HORÁRIA

08h30

08h30

08h30

06h00

08h30

5

QUADROS DE ROTINA DA EQUIPE DE GESTÃO

Coordenadora Pedagógica Período Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Manhã

Planejamento/ Preparação do HTPC

HTPC

Acompanhar HTP

Reunião com Chefias ou Acompanhamento dos Trios

Observação em Sala ou Leituras e acompanhar os professores quanto aos Instrumentos Metodológicos: registros/ planejamentos/ projetos/ relatórios

Tarde

Planejamento D.G. ou Acompanhamento da O.P.

HTPC

Formação Auxiliares de Educação Das 14h / 15h

Flexibilização

Acompanhamento dos Trios

Diretora Período Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Manhã

Planejamento dos HTPCs

HTPC

Acompanhar HTP-

Reunião com Chefias ou Demandas Administrativas – SE

Leituras e estudos

Tarde

Planejamento D.G. ou Acompanhamento da O.P.

HTPC

Acompanhar Projetos da U.E.

Reunião com Chefias ou Demandas Administrativas – SE

Pendências APM/ Conselho de Escola

6

QUADRO DE ORGANIZAÇÃO POR MODALIDADE Período Agrupamento

Turma Professora Auxiliares em

Educação Total de alunos

por turma

Integral

BERÇÁRIO FINAL A Karina Gonçalves Campos Elisangela de Jesus Leite Bonfim

Daniela Maria Martinelli Maria do Rosario de

Paula

12

INFANTIL I A Alessandra I Duarte do Carmo Ana Maria da Silva

Dalila P. S. S. Magalhães Jonatas Sebastião Tenório

18

INFANTIL I B Lilian P. S. D. de Lima Caren Aparecida Martins Perez Stoll

Simone Viana de Araujo Luane Christina Gomes

da Silva Lima

18

INFANTIL I C Mara Cristina Rodrigues de Souza Sueli Azeredo Pautilio de Oliveira

Amanda Andrade Ismael Roberta Araujo Marques

18

INFANTIL I D Keilla Fernanda Ferreira da Motta Adriana Durante Krainer

Fatima de Lourdes Heleno Silva

Célia Regina Tomás

18

INFANTIL II A Thais Caetano Torres Viviane Cristina da silva

Rozinete Maria dos Santos

23

INFANTIL II B Flávia Leina Ferreira Paula Folador Rosa

Leide Gonçalves de Jesus

23

INFANTIL II C Telma Nascimento Vitório Érika Leal Santos Alves

Sidnei Domingos de Lima

23

INFANTIL II D Sussena dos Santos Vieira Denise Grotti

Juliana Souza da Rocha

23

INFANTIL II E

Luciane Aparecida Alves Nunes Sandra Azeredo Pautilho

Fernanda de Souza Almeida

Michele Aparecida Jensen

23

Total de alunos

199

7

COLEGIADOS: APM E CONSELHO DE ESCOLA

CONSELHO DE ESCOLA

FUNÇÃO NOME SEGMENTO

Membro Titular

Roseli Aparecida Zambrano Xaubet Diretor Escolar

Membro Titular

Jaqueline Rafaela Campos de Andrade Araujo

Mãe de aluno

Membro Titular

Fernanda Chiarella Francisco Mãe de aluno

Membro Titular Flávia Leina Ferreira Leite Mãe de aluno

Membro Titular

Weriesmon Nogueira Rodrigues

Pai de aluno

Membro Titular

Simone Viana de Araújo Mãe de aluno

Membro Suplente

Vanda Ferreira Batista Lessa

Responsável/ aluno

Membro Suplente Mariza de Souza Pereira Responsável/ aluno

Membro Titular

Miriam Cristina dos S. Richert

Coordenadora Pedagógica

Membro Titular Paula Folador Rosa Professora

Membro Titular

Sussena dos Santos Vieira Professora

Membro Suplente

Dalila P. S. S. Magalhães Funcionário – Auxiliar em Educação

Membro Suplente

Kelly Novais de Souza Funcionário – Auxiliar de Limpeza

ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES - APM

CONSELHO

DELIBERATIVO

Roseli Aparecida Zambrano Xaubet

Maria Cristina Dijuli Macedo

Weriesmon Nogueira Rodrigues

Fernanda Chiarella Francisco

Ana Lucia de Melo

DIRETORIA

EXECUTIVA

Jaqueline Rafaela Campos de Andrade Araujo

Katarina Hellen Eloy Colovatti

Flávia Leina Ferreira Leite

Francisca Danielly de Carvalho Silva

Paula Folador Rosa

Mara Cristina Rodrigues de Souza Pegorethi

CONSELHO

FISCAL

Débora Cristina Ferreira

Mikaelle Leandro Cruz

Sussena dos Santos Vieira Calefe

8

PROFESSORES TITULARES

Nome

Situação

Funcional

Escolaridade Tempo

na

PMSBC

Tempo

na

Escola

Formação

Básica

Graduação Pós Graduação

Adriana Durante Krainer Estatutária Pedagogia

Psicopedagogia /

Educação

Inclusiva/

Alfabetização e

Letramento

cinco anos

2 meses

Alessandra Imaculada D. do Carmo Estatutária Pedagogia

Ensino de Artes e

Musicalidade na

Educação /

Arte de Contar

Histórias

6 anos 6 anos

Ana Maria da Silva Estatutária Pedagogia 2 ano e 05 meses

2 ano e 02 meses

Caren aparecida Martins Perez Stoll

Estatutária Pedagogia 02 meses

Denise Grotti Estatutária Magistério Pedagogia

Psicopedagogia /

Neuropsicopedag

ogia

22 anos 10 meses

02 meses

Elisangela de Jesus Leite Bonfim Estatutária Pedagogia Arte de Contar

Histórias

02 meses

Erika Leal Santos Alves Estatutária Pedagogia

Educação

Inclusiva /

E.J.A.

10 anos e 06 meses

02 meses

Flávia Leina Ferreira Estatutária Pedagogia

Ensino de Artes e

Musicalidade na

Educação /

Arte de Contar

Histórias

6 anos 6 anos

Karina Gonçalves Campos Estatutária Pedagogia

Ensino de Artes e

Musicalidade na

Educação /

Arte de Contar

Histórias

09 anos 05 anos

Keilla Fernanda Ferreira da Motta Estatutária Pedagogia

Ensino de Artes e

Musicalidade na

Educação /

Arte de Contar

Histórias

6 anos 6 anos

Lilian Pereira S. D. de Lima Estatutária Magistério Pedagogia Arte e

Musicalidade 7 anos 6 anos

Luciane Aparecida Alves Nunes

Estatutária

Magistério Pedagogia

Ensino de Artes e

Musicalidade na

Educação /

Pedagogia

Hospitalar/

Arte de Contar

Histórias

5 anos 4 anos

9

Mara Cristina Rodrigues de Souza Estatutária Magistério Pedagogia Biologia

Educação

Ambiental /

Arte de Contar

Histórias

23 anos 2 anos

Paula Folador Rosa Estatutária Pedagogia

Gestão Escolar /

Psicopedagogia

Clínica e

Institucional

04 anos e 10 meses

2 meses

Sandra Azeredo Pautilio Estatutária Magistério Pedagogia Arte Educação 07 anos e 09 meses

2 meses

Sueli Azeredo Pautilio de Oliveira

Estatutária Magistério Matemática Artes 8 anos 2 anos

Sussena dos Santos Vieira

Estatutária

Pedagogia

Psicopedagogia

Clínica e

Institucional

Ensino das Artes

e Musicalidade na

Educação

6 anos 4 anos

Telma Nascimento Vitório

Estatutária

Magistério Filosofia

Ensino de Artes e

Musicalidade na

Educação /

Arte de Contar

Histórias

7 anos 6 anos

Thais Caetano Torres

Estatutária

Pedagogia

Ensino de Artes e

Musicalidade na

Educação/

Arte de Contar

Histórias

6 anos 6 anos

Viviane Cristina da Silva Estatutária

Magistério Pedagogia Educação Inclusiva/ Ludopedagogia

08 anos e 01 mês

2meses

PROFESSORES SUBSTITUTOS */ PROFESSORES VOLANTES

10

Nome

Situação

funcional

Escolaridade Tempo

na

PMSBC

Tempo

na

escola

Formação

Básica

Graduação Pós-Graduação

Ana Paula Viana de S. Santos

Estatutária Pedagogia Psicologia

Organizacional 06 meses 2 meses

Ednalva Alves da Costa Estatutária

Pedagogia Arte de Contar História

11 anos 10 meses

Luana dos Santos

Giozetti Estatutária

Pedagogia

1 ano e 3

meses

1 ano e 3

meses

Maria Cristina Dijuli

Macedo * Celetista

Magistério

Pedagogia

Ensino de Artes e

Musicalidade na

Educação/

Arte de Contar

Histórias

12 anos 5 anos

Michele Barbosa Cipriano

Estatutária Pedagogia Educação Especial

Deficiência Intelectual

1 ano 2 meses

Sandra Regina da Silva

Pedagogia 06 meses 2 meses

AUXILIARES DE EDUCAÇÃO

11

AUXILIARES TITULARES

Nome

Situação

funcional

Escolaridade Tempo

na

PMSBC

Tempo

na

escola Ensino Médio

Graduação

Pós-

Graduação

Amanda Andrade Ismael Estatutária

Pedagogia 6 anos 3 anos

Célia Regina Tomás Estatutária

Pedagogia

(Cursando) 8 anos 4 anos

Dalila P. S. S. Magalhães Estatutária

Pedagogia 8 anos

3 anos

Daniela Maria Martinelli

Estatutária Educação Física 4 anos e 9

meses

1 ano e

2 meses

Fernanda de Souza Almeida Estatutária

Pedagogia 7 anos

3 anos

Juliana Souza da Rocha Estatutária Desenho Industrial

1 ano e 8

meses

1 ano e

8 meses

Leide Gonçalves de Jesus Estatutária Magistério

3 anos e 1

mês

1 ano e

2 meses

Sidnei Domingos de Lima Estatutária x

18 anos e

1 mês

1 ano e

2 meses

Simone Viana de Araújo Estatutária x

Pedagogia Docência do

Ensino Superior

3 anos e 7

meses

1 ano e

2 meses

Rozinete Maria Dos Santos

Estatutária x

Pedagogia

(Cursando) 06 meses

06

meses

AUXILIARES DE APOIO

Nome Situação

funcional

Escolaridade Tempo na

PMSBC

Tempo na

escola

Ensino

Médio Graduação

Pós-

Graduação

OBS

* Jonatas S. Tenório Estatutário x 4 anos 3 anos

*PERMUTA

2017

Fátima de Lourdes H.Silva Estatutária x

4 anos e 6

meses

1 ano e 2 meses

Luane Christina G. da Silva

Lima Estatutária

Marketing

2 ano e 6

meses 2 anos

Maria do Rosário de Paula Estatutária Pedagogia

3 anos e 11

meses

2 anos 2

meses

Michele Aparecida Jensen Estatutária x

3 anos e 7

meses

1 ano e 2

meses

* Roberta Araújo Marques

Estatutária Pedagogia 4 anos

2 anos *PERMUTA

2017

Maria de Fátima Gomes Estatutária x

1 mês 1 mês Ingressou

em 23/02 /

DEMAIS FUNCIONÁRIOS; DEMAIS SEGMENTOS

12

Nome

Cargo Situação

funcional

Escolaridade Tempo

na

PMSBC

Tempo

na

escola

Ensino

Médio Graduação

Pós-

Graduação

Michele Alves Tonarvo Oficial Administrativo

Estatutária X

9 anos e 6 meses 2 anos

Áurea de Matos S. Soares Aux. Limpeza Celetista

Téc. Enfermagem

10 anos 5 anos

Elisete Albino Jerônimo Aux. Limpeza Celetista X 12 anos 3 anos

Kelly Novais de Souza Aux. Limpeza Celetista X 9 anos 2 anos e 7

meses

Sonia Maria Fernandes Aux. Limpeza Celetista x 11 anos 10 meses

Neusa Mendes de Almeida Aux. Limpeza Celetista Geografia

Ensino de Artes e Musicalidade na Educação

12 anos 6 anos

Marina Pontes da Silva Aux. Limpeza Celetista x 09 anos 05 meses

Maria Aparecida S. da Silva

Zeladora Readaptada

Estatutária X 25 anos 5 anos

Tatiane Sena Santos Cozinheira

Terceirização X Pedagogia (cursando) 1 ano - 02

mês Luzia Rosa de Jesus Santana

Cozinheira Terceirização X

3 anos - 07 meses

Edna Menezes da Silva

Cozinheira Terceirização X 10

MESES Charliete Ferreira Gomes

Cozinheira Terceirização X 02

MESES

13

II – ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016

Consideramos importante traçar o Plano de Ação para a comunidade

escolar de forma que este respeite a avaliação da comunidade realizada nos anos

anteriores. Pois entendemos que é este o objetivo principal da avaliação:

reformular, retomar, replanejar e aprimorar os pontos que precisam ser

modificados ou qualificados; sempre em busca de uma prática pedagógica que

ofereça às nossas crianças uma educação de qualidade. Educação de qualidade

esta, que está relacionada ao oferecimento da Escola da Infância, que vê, ouve e

observa os pequenos, mediando sua interação com o meio, de forma planejada,

com o intuito de propiciar o pleno desenvolvimento das qualidades humanas de

nossas crianças.

Abaixo apontamos, em tópicos, os resultados avaliativos feitos por nossa

comunidade.

Quanto à aprendizagem: O trabalho realizado pela escola é bem avaliado

pela comunidade, apontam que as ações desenvolvidas modificaram

positivamente o comportamento e o desenvolvimento geral das crianças,

tais como: desenvolvimento da autonomia; desenvolvimento motor; maior

interação dos filhos com outras crianças e entre os adultos; ampliação do

repertório de brincadeiras; desenvolvimento da comunicação oral, com a

ampliação do repertório; desenvolvimento social, aprendendo a

compartilhar brinquedos e brincadeiras.

Quanto aos docentes: apontam que estes desenvolveram atividades e

conteúdos que modificaram positivamente o comportamento e o

desenvolvimento geral das crianças; demonstraram empenho e dedicação;

são atenciosos quanto ao cuidado com as crianças, atuando sem

discriminação; demonstrando possuir qualificação profissional.

Com relação ao atendimento das demais equipes junto à comunidade:

estes avaliam que o atendimento da secretaria é ótimo, sendo atencioso,

respeitoso e objetivo; quanto à dupla gestora destacam que se sentem

acolhidos e atendidos em suas necessidades e apontam perceber o

empenho e dedicação destas profissionais quanto à educação e bem estar

14

das crianças; o quadro de apoio é avaliado como sendo prestativo,

educado e qualificado em suas ações.

Quanto ao Conselho de Escola e APM: avaliou-se que a atuação do

mesmo foi boa, apresentando resultados positivos e significativos,

principalmente quanto ao exercício da gestão democrática. Os

participantes sentem-se ouvidos, com voz e poder de decisão. No entanto,

ainda são pouquíssimos os participantes efetivos. Nas reuniões mensais

contamos com a presença de 02 a 04 pais. Mas mesmo diante de todas as

dificuldades em envolver um número maior de pais nos colegiados, não

iremos esmorecer, continuaremos convidando, de diferentes formas,

buscando ampliar a participação.

Sobre a comunicação da escola e família: apontam como positivo a

comunicação imediata entre a escola e a família, avisando quando a

criança tem alguma alteração de saúde ou foi vítima de um acidente

ocorrido na escola; validam o uso da agenda como excelente meio de

comunicação diária, sendo a comunicação clara e objetiva.

Sobre os Eventos promovidos aos sábados: a comunidade avaliou que

estes eventos aproximam a família do ambiente escolar e de seus

profissionais; possibilitam o entrosamento entre a família e a escola, bem

como, aproximam as famílias; os eventos foram prazerosos superando as

expectativas. Embora o objetivo desta equipe e suas ações tenham sido

voltados a aumentar o número de famílias participantes nestes eventos,

ressaltamos que esta ainda não é a participação almejada, em 2015

atingimos apenas cerca de 45% dos familiares. Pesquisamos os motivos

da ausência das famílias faltosas e cerca de 50% responderam que

trabalham aos sábados, os demais alegaram compromissos particulares

que os impediram de participar.

As atividades de Estudo do Meio: foram bem avaliados pela

comunidade, sendo apontadas como adequados à faixa etária.

Referente às Reuniões com Pais: a comunidade avaliou que os temas

abordados foram importantes e socializados de forma clara; foram

esclarecedoras e organizadas; que os assuntos discutidos visavam o

desenvolvimento das crianças e seu bem estar. Quanto ao horário,

avaliaram como sendo o melhor horário, sendo este no início do dia, entre

às 7 horas e 8 horas.

15

Com relação à limpeza da escola: a comunidade avalia que a

organização e limpeza dos ambientes da escola são ótima, adequada às

necessidades das crianças.

A alimentação escolar: avaliaram que a aceitação das crianças aos

alimentos foi boa; as necessidades individuais, nos casos de restrições

alimentares foram atendidas, pela S.E.; propicia aos alunos novos hábitos

alimentares, melhorando a aceitação destes diante das saladas, frutas e

legumes; o cardápio é variado e nutritivo; a alimentação é de qualidade.

Sobre os horários de entrada e saída: avaliou-se que o fato da

professora ficar sozinha, por uma hora, tanto na entrada quanto na saída, é

um dificultador; algo que prejudica o devido atendimento às necessidades e

especificidades das crianças ao chegarem e ao deixarem o espaço escolar;

bem como, impossibilita o acolhimento à demanda da família, sendo

impossível conversar com a professora nestes horários, pois sua atenção

está totalmente voltada às necessidades de acolhimento das crianças. Mas

entendem que a demanda é administrativa, sendo o problema estrutural, de

governabilidade da S.E.

Condições estruturais do prédio: a avaliação da comunidade trouxe os

seguintes dados: a escola é bem conservada em boa condição de uso.

Contudo, muitos pais apontam como inadequado a falta do parque externo.

Consideramos fundamental ressaltar, que mesmo estando diante de uma

avaliação positiva, temos clareza dos pontos que precisam ser aprimorados,

sempre em busca de qualificarmos o atendimento oferecido às nossas crianças e

à comunidade.

Continuaremos a investir na divulgação dos sábados letivos, pois este é um

ponto que precisa de investimento, objetivamos ampliar a participação das

famílias nos eventos realizados. Principalmente, contando com o envolvimento do

trio de educadores, no convite de porta, pessoal, lembrando às famílias sobre a

importância de sua participação.

Outro item que precisa ser cuidado anualmente, sendo uma preocupação

constante e diária de todos os educadores desta U.E., refere-se à relação família

e escola, enquanto instrumento pedagógico, enquanto função dos educadores.

Defendemos que cabe aos educadores estarem atentas às relações que estas

estabelecem com as famílias de nossas crianças. Visando de fato uma relação

16

parceira e de confiança com os familiares de nossas crianças. Buscando estreitar

as relações entre a escola e as famílias. Preocupados com esta temática este

será um dos temas formativos trabalhados durante este ano letivo, junto aos

auxiliares e professoras.

Também se faz primordial que esta Dupla Gestora acompanhe diariamente

os educadores, acolhendo suas necessidades profissionais e formativas, visando

o aprimoramento do atendimento junto às nossas crianças. Bem como, atentar-se

às relações estabelecidas entre os diferentes segmentos, visando à constituição

de um ambiente harmônico e respeitoso a todos. Buscando, de fato, que a prática

desta U.E. seja permeada pela escola humanizadora.

Desde 2013 esta U.E. utiliza a avaliação dos Indicadores de Qualidade do

MEC, tirando as questões estruturais, que fogem a nossa governabilidade, todas

as 07 Dimensões foram muito bem avaliadas. Indicando-nos que tal instrumento

avaliativo já não responde as nossas necessidades avaliativas. Sendo assim,

ficou acordado com os presentes, na reunião pedagógica de avaliação do mês de

novembro de 2014, que esta U.E. deveria manter a avaliação no formato das

avaliações dos Indicadores de Qualidade, contudo, as questões devem ser

reformuladas. Portanto, para 2015 o desafio era: tendo como parâmetro as 07

dimensões, elaborar questões que atendessem a realidade, as necessidades e os

desafios à práxis pedagógica da escola, tendo em vista que as questões

pleiteadas pelo atual instrumento do MEC, já se encontram concretizadas na

práxis pedagógica desta escola da infância. Contudo, em 2015, devido à ausência

de Reuniões Pedagógicas tal instrumento não foi construído, sendo desafio a ser

alcançado posteriormente.

No ano de 2016 a demanda específica advinda da formação sobre: A Ética

na Escola da Infância e sobre os Direitos das Crianças, fez com que os

documentos de avaliação interna e externa se concentrassem em avaliar se os

objetivos específicos sobre a prática pedagógica ética e respeitosa foram

alcançados.

O instrumento avaliativo tinha por objetivo principal: avaliar o quanto os

diferentes educadores, de todos os segmentos, percebiam na prática coletiva da

escola ter havido crescimento e evolução nas relações estabelecidas, entre os

adultos e as crianças, sendo tais relações permeadas pela ética, respeito e afeto.

17

Na avaliação externa os resultados obtidos nas avaliações ressaltaram o

quanto às formações, acompanhamentos e diálogos, reverberaram na prática de

nossos educadores.

Foi com grande alegria que pudemos perceber, na avaliação da

comunidade, que os conteúdos da formação foram percebidos, sentidos e

validados pelas famílias.

Destacaremos abaixo algumas das mensagens deixadas nas avaliações

das famílias:

“ Para 2017, espero que o meu filho seja acolhido e amado do mesmo jeito

que foi neste ano que se encerra. Só tenho palavras de agradecimentos, pelo

modo que ele foi tratado.” Pais do Miguel - Berçário

“Nós fomos muito bem acolhidos no José Roberto Preto no ano de 2016. A

escola superou nossas expectativas. Andamos sempre juntos durante o ano,

escola e professoras. Nós só temos a agradecer e sugerir o mesmo trabalho para

2017.” Pais do Thomás - Berçário

“Eu gostaria de agradecer primeiramente os educadores e a diretora, não

tenho o que reclamar da escola, só a agradecer, que em 2017 continue assim,

sempre todos atenciosos e carinhosos com as crianças.” Mamãe da Yasmin -

Berçário

“Acredito que foi uma excelente escolha matricular meu filho nesta escola,

da qual ouvi comentários muito bons, enquanto pesquisava uma creche para ele.”

Pais do Henrique - Berçário

“Quando na primeira reunião com pais, fui informada que a escola não

negaria colo aos pequenos e que prezavam pela parceria com os pais, aí tive a

certeza de que tudo ficaria bem.” Pais da Clara - Berçário

“A escola, as professoras estão de parabéns, a Manu anda muito

inteligente, cantando as músicas e contando o que faz na escola. Também estão

de parabéns a diretora, a coordenadora, as tias da limpeza e da cozinha. A

escola é um ambiente calmo e alegre para nossas crianças.” Pais da Ana

Emanuelly - Infantil I A

“Espero que em 2017 a escola continue assim, com esta mesma proposta

pedagógica. Com os educadores sempre cuidando bem de nossas crianças. Só

posso dar parabéns para vocês todos e agradecer, por proporcionar dias felizes

para a minha filha, dias que vão ficar sempre na memória dela. Obrigado.” Pais da

Giovanna - Infantil I A

18

“Eu estou muito satisfeita com a escola, desde a administração, a moça da

secretaria é extremamente atenciosa, diretora, professoras, limpeza, todos sem

exceção. Meu filho gosta muito de vir à escola e sei que ele é bem tratado.

Continuem assim.” Pais do Guilherme - Infantil I A

“Bom, não tenho muito que falar. O Arthur entrou na escola e desenvolveu

bastante. Gosto muito dos educadores elas são bem prestativas e ele gosta muito

delas. Espero que seja assim todos os anos.” Pais do Arthur - Infantil I B

“Só temos que agradecer a toda equipe desta Unidade Escolar.

Principalmente aos educadores que realizaram um ótimo trabalho com nossas

crianças.” Pais da Laura - Infantil I B

“Estou muito feliz e segura por minha filha estar nesta unidade escolar.

Sinto confiança em todos os profissionais. Muito obrigado.” Pais da Ana - Infantil

I C

“Por enquanto só tenho o que agradecer. Pois minha filha Sofia Emanuelle

aprendeu a falar e a comer bem, ela já está falando de tudo. Obrigado!” Pais da

Sofia Emanuelle - Infantil I C

“Espero que meu pequeno aprenda mais e mais. Estou vendo como ele

evoluiu, está tagarela, ágil e esperto. Muito sucesso para os educadores, elas

merecem, fazem seu trabalho com muito amor.” Pais do Davi - Infantil I C

“Graças a Deus não tenho o que reclamar, tudo foi muito bom. Meu filho

adora a escola, os educadores são ótimas, para mim não tem o que melhorar.”

Pais do Anthony - Infantil I C

“Os eventos que ocorreram na escola foram muito bons. Os educadores

realizaram as atividades com amor e isso faz com que confiemos em enviar

nossos filhos à escola. Que continuem assim. Parabéns a todos.” Pais da Anna -

Infantil I D

“Que continue esse capricho e dedicação. Tudo que é feito com amor

funciona perfeitamente. Parabéns para os educadores e direção.” Mamãe do

Davi Ferreira - Infantil I D

“Eu só tenho a agradecer todos os funcionários da escola, pois o meu filho

Arthur Ferreira se adaptou muito bem. Pelo que vejo, ele se senti muito bem na

escola e gosta dos educadores. Que vocês continuem sempre assim: bons

educadores. Obrigada.” - Mamãe do Arthur Ferreira - Infantil I D

“Nós só temos elogios para o JRP, no ano de 2016 fomos muito bem

acolhidos, superaram nossas expectativas. Que em 2017 vocês permaneçam

19

com a mesma proposta pedagógica e de acolhimento.” Pais da Heloisa – Infantil

I E

“Vocês estão de parabéns. Não tenho o que reclamar, tudo é ótimo, tudo

maravilhoso!” Pais do Lucas - Infantil I E

“Agradeço os educadores da minha filha, pude perceber todo cuidado e

carinho dedicado a minha filha.” - Pais da Alice - Infantil II A

“Que continue assim, pois a gestão da escola está muito boa.” Pais do

Augusto - Infantil II A

“Agradeço a todos os colaboradores da escola, que ajudaram nestes 02

anos, período que minha filha esteve nesta escola. Porque ela se desenvolveu

muito, atingiu todas as nossas expectativas, chegou a superá-las. Um abraço a

todos e muito obrigado pelo carinho que tiveram pela minha filha.” Pais da Beatriz

- Infantil II A

“Não tenho muito que dizer, a escola é uma escola excelente, sempre

correspondeu às necessidades do meu filho. Só me arrependo de não tê-lo

colocado antes, porque o conceito dos professores e da direção é muito bom. Só

tenho que agradecer.” - Pais do Davi - Infantil II A

“Do meu ponto de vista não tem o que melhorar. Os projetos são bons,

meu filho é bem tratado. Quando vou às reuniões adoro as atividades.” Pais do

Enzo - Infantil II A

“Só tenho a agradecer pela dedicação e carinho que os educadores

dedicaram a minha filha, principalmente no período de adaptação. Uma das

coisas que mais gostei foi a participação das famílias, isso é maravilhoso,

Parabenizo a diretora e coordenadora dessa U.E por apoiar e desenvolver os

projetos apresentados pelos educadores.” Pais da Leticia - Infantil II A

“Todos estão de parabéns, foram muito atenciosos, em tudo. Deixaram-me

sempre tranquila. Agradeço aos educadores. Estamos muito satisfeitos com os

resultados e com o desenvolvimento do nosso filho.” Pais do Davi L. - Infantil II B

“Que vocês continuem desenvolvendo este mesmo trabalho, com

competência, responsabilidade e amor no que fazem. Parabéns aos educadores e

gestores pela dedicação com que cuidaram da minha filha. Obrigado.” Pais da

Fernanda - Infantil II B

“Toda a equipe da escola está de parabéns, pelo cuidado e carinho que

tiveram com o Isaac, não só por ele, mas por todas as crianças da escola. Meu

muito obrigado a todos.” Pais do Isaac - Infantil II B

20

“Bom, só tenho a agradecer, a toda equipe dessa Unidade Escolar.

Infelizmente minha filha já está saindo desta escola. Ela teve toda a educação

necessária, um acolhimento excelente. Só tenho a agradecer.” Pais da Isabele -

Infantil II B

“Nesses 2 anos, que minha filha frequentou esta escola, todas suas

necessidades foram supridas, foi uma bela parceria. Fomos sempre bem tratados

e continuem assim, pois esta escola é um belo exemplo de escola que se importa

com as crianças. Bom 2017 a todos.” Pais da Luara - Infantil II B

“Que os profissionais continuem trabalhando com esse carinho e

responsabilidade, estou muito grata e satisfeita com o trabalho dos educadores.”

Pais da Sophia - Infantil II B

“Que continuem sempre assim, respeitando o aluno, pois os pais

necessitam deixar suas crianças em lugares assim: seguros.” Pais do Lorenzzo -

Infantil II C

“Vocês estão superpreparados, não queria tirar a Yasmin desta escola,

nunca”!

Mas ela cresceu e já estou com o coração na mão, pela entrada dela em

outra escola em 2017.” Pais da Yasmin - Infantil II C

“Adorei a escola, meu filho se desenvolveu muito. Hoje ele se tornou um

menino esperto. Obrigado a todos pelo carinho que tiveram com o meu filho

Bruno.

Grata.” Pais do Bruno - Infantil II C

“2016 foi um ano maravilhoso para a Laura. Pude perceber que essa

creche, que seus profissionais são maravilhosos, não mudem! Foi excelente.”

Mamãe da Laura - Infantil II C

“Que 2017 seja um ano maravilhoso para todos. O Isaque vai mudar de

escola, mas o carinho por esta escola vai continuar. Obrigada por tudo.” Pais do

Isaque - Infantil II C

“Que a escola tenha todos os recursos necessários para se tornar cada vez

melhor. A equipe é fantástica” Mamãe do Vitor - Infantil II C

“Apenas sinto muito, porque minha filha não poderá continuar nesta

escola, estando em mãos que tanto aprendi a confiar. Tenho por esta escola e por

todos seus profissionais um profundo respeito e admiração.” Pais da Rafaela -

Infantil II D

21

“Felizmente não tenho nenhuma queixa, pelo contrário só tenho elogios,

aos educadores, até mesmo às substitutas que cuidaram tão bem e com tanto

carinho das nossas crianças. A escola é linda, espaçosa, limpa e para resumir:

adorei tudo! Que pena não poder ficar mais um ano. Parabéns a todos.” Pais do

Arthur - Infantil II D

“Nós só temos a agradecer ao JRP, pelo acolhimento. Nós nos sentimos

parte desta escola. Não temos nenhuma sugestão a acrescentar, somente temos

a dizer que continuem com essa proposta pedagógica afetiva, porque com

certeza foi o que fez toda a diferença.” Pais do Heitor - Infantil II D

“Eu não tenho nada para reclamar. Nesses 02 anos, que meu filho ficou

nesta escola, foi maravilhoso. Meu filho teve muita dificuldade em adaptar-se e

hoje ele ama ir para a escolinha.” Pais do Lucas - Infantil II D

“Agradeço imensamente a atenção de todas os educadores e

coordenadora, foram maravilhosas. A escola sempre realizando projetos que

fazem com que a criança se desenvolva, preocupados com a interação das

famílias. Tudo sempre organizado e pensado para o bem estar das crianças.

Continuem assim, sempre fazendo projetos com a participação das

famílias, isso é muito importante. Muito obrigado.” Pais do Bryan - Infantil II D

“Que o cuidado, a atenção e o respeito continue sendo o foco principal para

com todos. Obrigada por tudo.” Mamãe da Eloisa - Infantil II D

“Que o acolhimento às famílias continue sendo ótimo. Que o amor entre na

frente de qualquer decisão que a professora tome diante da criança. Para 2017,

sugiro que realizem o passeio com a participação dos pais, que convidem os pais

a participarem da rotina e das propostas da escola.” Pais da Mallu - Infantil II D

“Que a escola continue este belo trabalho de acolhimento, aprendizado e

amor pelas crianças. Vou sentir saudades desta escola, onde minha filha fez os

primeiros contatos com a professoras, educadores e demais profissionais, que

ajudaram em seu crescimento.” Pais da Gabriela - Infantil II D

As mensagens, acima, explicitam o quanto foi perceptível aos pais, sobre:

A preocupação que esta equipe escolar tem em construir a parceria entre

as famílias e a escola;

A relação de afeto inerente ao trabalho do educador de crianças pequenas;

A relação de respeito às necessidades das crianças;

Que a escola se preocupa em acolher as famílias e as crianças;

Que o espaço escolar é alegre.

22

Que os projetos pedagógicos são de qualidade.

Sendo assim, esta D.G. pode perceber, diante das avaliações da

comunidade o quanto as diversas formações deste ano, reverberaram na prática

dos educadores, sendo apontadas pelas famílias como: acolhedoras, carinhosas,

respeitosas, responsáveis, prestativas, atenciosas, dedicadas e afetivas.

As avaliações da comunidade, dos pais e responsáveis explicitaram:

A preocupação que esta equipe escolar tem em construir a parceria

entre as famílias e a escola;

A relação de afeto inerente ao trabalho do educador de crianças

pequenas;

A relação de respeito às necessidades das crianças;

Que a escola se preocupa em acolher as famílias e as crianças;

Que o espaço escolar é alegre.

Que os projetos pedagógicos são de qualidade.

Sendo assim, percebemos, nas avaliações da comunidade, que os pais

percebem e qualificam nossos educadores como sendo: acolhedoras,

carinhosas, respeitosas, responsáveis, prestativas, atenciosas, dedicadas e

afetivas.

Nas avaliações internas obtivemos os seguintes resultados:

Que foi notário a qualificação das relações estabelecidas entre os

adultos e as crianças; sendo estas respeitosas, afetivas e éticas.

Que o choro da criança é respeitado, sendo entendido como

manifestação comunicativa. Que os adultos compreendem que o

choro das crianças devem ser acolhidos, com o intuito de

entendermos seu significado e assim auxiliarmos as crianças em

suas dificuldades e necessidades.

Que houve também qualificação nas relações estabelecidas entre os

diferentes adultos dos diferentes segmentos.

Que os diferentes educadores entendem que o respeito aos direitos

das crianças é imperativo, que não há qualidade do trabalho

docente se não houver respeito nas relações que o

professor/educador estabelece com todas as crianças;

23

Que as práticas inadequadas junto às crianças não são permitidas

nesta U.E, que nesta Escola da Infância, não permitimos que

nossos adultos: gritem, segreguem, amedrontem, ameacem,

ofendam, castiguem ou humilhem nossas crianças.

Que é um consenso do grupo, que todos devam zelar pelos direitos

de todas as crianças, que todos os segmentos são responsáveis por

manter e garantir às nossas crianças um ambiente educacional

respeitoso e ético. Que mesmo sendo difícil, é dever de todos

intervir junto aos demais educadores quando as ações destes

desrespeitam a premissa de resguardarmos todos os direitos das

crianças. Que num ambiente ético coletivo todos devem ser

responsáveis, que independente da nossa função – do poder

correlato as nossas funções – Todos somos responsáveis pelo bem

maior - “Pela prática pedagógica ética e respeitosa junto às

crianças”.

Quanto à máxima do trabalho pedagógico de 0 a 03 anos, ser a

prática docente compartilhada, todos entendem que esta é a

prática exigida no trabalho específico das creches; todos validaram

que o diálogo e o respeito entre os educadores é fundamental.

Validaram, que embora seja difícil é possível, desde que, todos os

adultos envolvidos, sejam abertos ao diálogo, e respeitem às

diferenças existentes entre os educadores do trio ou quarteto; que

por meio das relações respeitosas e dialógicas os educadores são

capazes de estabelecer a docência compartilhada, revendo e

reajustando os planejamentos e as ações educativas, sempre que

se faz necessário. Que tais alterações e modificações deverão ser

frutos dos diálogos entre os educadores.

Que é dever da D.G. acompanhar todos os trios ou quartetos de

educadores, com o intuito de garantir a prática pedagógica que

respeita e garante todos os direitos das crianças. Direito afetivos,

cognitivos, sociais e físicos.

24

Caberá à D.G., ter como desafio para o ano de 2017, dar continuidade ao

acompanhamento próximo, junto a todas os educadores dos trios e quartetos,

bem como, instigar os novos educadores que adentraram na U.E. Pois como já

mencionado, pós-remoção tivemos em nosso quadro docente cerca de 50% de

professores ingressantes.

O ingresso de novos professores exige da gestão atenção redobrada,

quanto aos momentos formativos. Pois haverá a necessidade de continuar a

formação de 2016, com parte do grupo, enquanto com a outra metade dos

docentes a formação precisará, primeiramente, ser apresentada, para que em

seguida possam ser parceiros que nos auxiliam e nos acompanham, junto a

temática da escola e prática pedagógica ética.

A continuidade desta formação, aos ingressantes, mais da metade do

grupo docente, precisará acima de tudo, destacar aos professores que: os

princípios que regem esta U.E. são:

o valor do afeto nas relações que estabelecemos com crianças tão

pequenas;

que na prática pedagógica junto aos pequeninos, lhes deixamos

marcas importantes, que reverberaram na construção e definição de

suas personalidades;

que é nosso dever resguardar e respeitar todos os direitos das

crianças;

a importância de a ética nos reger, nas relações que estabelecemos

com nossas crianças, com seus familiares e entre nos educadores;

o dever de fazermos desta escola da infância um espaço de

aprendizagens, permeadas pela alegria e pela humanidade.

Que esta escola da Infância, entende e buscará priorizar, ano a ano,

a manutenção das relações éticas que estabelecemos com as

nossas crianças, possibilitando-lhes num espaço ético, afetivo e

alegre desenvolverem todo seu potencial humano.

que é exatamente o trabalho ético e respeitoso que desenvolvemos

junto a todas as nossas crianças, o indicador de fato da qualidade

da nossa prática escolar. Não há qualidade em nosso trabalho se os

princípios dos direitos fundamentais das crianças não forem

diariamente vivenciados por toda equipe escolar.

25

Todos estes temas e formações são entendidos, por esta equipe, como

sendo de necessidade formativa contínua. Ano a ano precisamos revisitar nossas

práticas pedagógicas e nossas ações junto as crianças, embasados pela ética e

respeito.

Identificar o problema na prática docente é dever da gestão. Cabendo-lhe

ressaltar a todos os educadores, dos diferentes segmentos, o dever individual, de

desenvolvermos uma prática docente, uma prática profissional, regidas sob a

ética institucional, ou seja, a ética que está pelo bem e a bem de um coletivo.

Fruto da avaliação também temos outras duas preocupações: como

aprimorarmos nosso fazer pedagógico, as relações com as famílias e com as

crianças e entre as crianças, diante da presença das mordidas como

manifestação comunicativa e ou exploratória. Este tema formativo esta

devidamente ressaltado em nosso PPP, no capítulo próprio sobre mordidas entre

as crianças de 0 a 03 anos.

Também constou em nossa avaliação 2016 que o atendimento

diferenciado, junto às crianças com problemas de alimentação e junto aos seus

familiares deve ser mantido e aprimorado, buscando contribuirmos quanto a

qualidade alimentar destas crianças e famílias. Este tema formativo esta

devidamente ressaltado em nosso PPP, no capítulo próprio sobre os cuidados

desta U.E. junto à alimentação de nossas crianças.

26

III - CARACTERIZAÇÃO COMUNIDADE ESCOLAR

A escola foi inaugurada no final de 2008 e iniciou seu atendimento em abril de

2009. Representa uma importante conquista para a região, fruto da luta dos

munícipes pela ampliação de vagas para educação infantil, de 0 a 3 anos, de

período integral, sobretudo para as famílias trabalhadoras.

Foi construída dentro do terreno do antigo Clube da Volks, que foi

desativado. O terreno consta também como uma extensa área verde, de mata

fechada, próxima ao estacionamento desta U.E. Área verde esta que embeleza o

entorno.

Os funcionários da escola e os membros do Conselho de Escola, que

moram no entorno, nos ajudam na escrita do texto sobre a caracterização da

comunidade, socializando suas observações sobre o local onde vivem,

conflitando-as com o texto do PPP, ano a ano aprimoram a escrita do mesmo,

durante as primeiras reuniões de Conselho de Escola.

Apontam que esta região é formada por bairros populosos, cheios de

desigualdades sociais, culturais e econômicas. Havendo contraste entre os

moradores dos condomínios e do morro. Em geral os moradores dos condomínios

participam da economia formal, com empregos mais estáveis, o que lhes

possibilitam serem proprietários dos seus apartamentos e custearem o

condomínio, obtendo razoáveis condições de vida. Já, os moradores dos morros,

em sua grande maioria, vivem em moradias com condições precárias, sem a

devida infraestrutura e sobrevivem, na grande maioria, da economia informal.

Contamos com 2 equipamentos públicos de saúde: UBS do Jardim Leblon

e a UBS do Ferrazópolis. Sendo que nossa parceira, nas dificuldades que

encontramos com relação aos problemas de saúde de nossas crianças é a UBS

do Jardim Leblon. Tal UBS mostra-se disponível, atendendo as necessidades das

crianças, das famílias e dos educadores; sempre, que estas surgem.

A parceria com a UBS vem se fortalecendo diante do Programa Saúde

Educação (PSE), estreitando-se as relações entre a escola e a UBS, na figura do

gerente da UBS. Temos construído uma relação de parceria, principalmente, no

que se refere ao trabalho realizado junto às famílias das crianças com

dificuldades na alimentação. Realizando quando necessário “encontros” entre as

famílias e a saúde.

27

Nossa U.E. já se encontra desenvolvendo atividades que vão ao encontro

aos objetivos centrais do PSE, sendo eles: alimentação saudável, cultura de paz e

respeito às diferenças.

A alimentação saudável é uma das vertentes de nosso projeto coletivo:

Plantios alternativos.

O respeito às diferenças é uma premissa desta U.E. que concebe como

sinônimo de qualidade educacional o atendimento a todos, mediante suas

especificidades e necessidades.

Quanto ao tema cultura de paz, temos como parceiros o Centro de

Referência e Apoio À Mulher Márcia Dangremon. Sempre que necessário

fazemos contato com a equipe deste centro e orientamos as famílias a buscarem

auxílio e atendimento no referido centro.

Outro parceiro desta U.E. é o Corpo de Bombeiros, que nos atende

prontamente, diante dos casos de emergências, enviando socorro em poucos

minutos, oferecendo um atendimento de qualidade às nossas crianças.

A região é formada por 3 grandes bairros: Ferrazópolis, Santa Terezinha e

Montanhão. Cada um desses grandes bairros é subdividido em vilas. Ao fundo e à

esquerda, a escola está próxima ao bairro Montanhão, ao qual pertence. Neste

bairro, fica a vila mais populosa da região, a Vila São Pedro: uma grande área de

ocupação desordenada no morro, que aos poucos foi se tornando urbanizada.

Também pertencem ao Bairro Montanhão a Vila Pedreira e a Vila Esperança, com

as mesmas características de ocupação.

Do lado direito da escola fica o bairro Santa Terezinha, contendo a Vila do

Tanque e o Jardim Irajá, e também contendo grandes condomínios (Tiradentes,

Espanha, Garden) que são os vizinhos mais próximos da escola. Do mesmo lado,

um pouco mais adiante, fica a região comercial que ocupa a Rua Tiradentes até a

Praça dos Bombeiros, com diversas lojas comerciais e serviços.

Acima da rua da escola, do lado esquerdo, fica o Bairro Ferrazópolis, do

qual fazem parte, entre outros, o Jardim Leblon e o Jardim Limpão.

Com essas características de vizinhanças, a escola situa-se isolada dos

seus usuários, tendo como vizinhança mais próxima apenas os moradores e

usuários que residem nos condomínios próximos à escola, tendo pouquíssimas

residências térreas ao redor do prédio da unidade escolar.

28

O terreno onde a escola está situada fica entre os referidos bairros, mas de

certo modo distante destes, estando cercado pelo vasto terreno do antigo clube

da Volks, o que obriga muitas famílias a utilizarem o transporte escolar privado.

A avenida em que a escola está situada tem um grande fluxo de carros,

principalmente nos horários de entrada e saída das crianças. O portão de entrada

e saída da escola, encontra-se nesta rua movimentada, mas não temos como

alterar tal realidade. O que está ao nosso alcance e abrir o portão à comunidade

antes do horário, para que estes aguardem na área externa da escola, em frente

à secretaria. Desta forma evitamos um número grande de adultos e crianças na

calçada.

Com a mudança da modalidade de ensino, da escola vizinha, melhorou

muito a chegada e a saída dos pais motorizados, que antes não encontravam

local para estacionarem os carros, devido ao grande número de ônibus escolares

que traziam e retiravam as crianças do ensino fundamental.

No ano de 2010 a comunidade escolar, juntamente com os Colegiados da

APM e do Conselho de Escola, investiram com sucesso em inúmeros esforços

para obter a devida sinalização de trânsito, colocação de lombadas, e outras

necessidades, objetivando minimamente, garantir a segurança dos usuários nos

momentos de entrada e saída das crianças.

Com relação ao transporte coletivo a comunidade aponta que o bairro não

é devidamente atendido; sendo poucas as linhas de ônibus para a quantidade de

moradores/usuários.

Linha de ônibus 02 Taboão/ Jd. Irajá, seu último ponto de acesso à escola

é distante, cerca de, 03 quarteirões.

Linha de ônibus 01 Taboão/ Vila Esperança; com poucos ônibus nesta

linha.

Linha de ônibus 54 – Paço – ônibus circular

Faz-se importante relatar que após a inauguração dos CEUs: Regina

Rocco casa I e casa II, a lista de espera desta U.E. ficou muito menor, mas

mesmo assim ainda temos uma lista de espera, que denota o não atendimento à

demanda da região, quanto ao oferecimento da Educação Infantil de 0 a 03 anos,

principalmente das turmas de Berçário final, já faz 03 anos que atendemos 15

crianças, ao invés de 12, devido aos mandados judiciais que temos que atender.

Neste ano de 2017, ao contrário dos anos anteriores, iniciamos a turminha do

Berçário com 12 alunos apenas.

29

Outro fato importante de ser ressaltado, é que algumas famílias solicitavam

a diminuição da carga horária das crianças, considerando muito extenso o

período que estas ficam na escola. Percebemos que tais solicitações vêm de

famílias que trabalham meio período, ou em horários reduzidos, ou até mesmo

autônomos que desenvolvem suas atividades em casa, e que gostariam de ter a

opção do atendimento em meio período, ou até mesmo que os filhos saíssem

entre às 14h e 15 horas. Alguns pais chegam o optar por desistirem da vaga,

diante do não atendimento a esta solicitação. Desta forma no ano de 2013, no

período de inscrição consideramos importante fazer um levantamento, junto aos

pais, sobre suas necessidades e reivindicações, correlatas à jornada de

atendimento, mapeando a verdadeira necessidade desta comunidade. O

resultado foi praticamente unânime, a clientela a ser atendida em 2014 precisava

da jornada atual de atendimento, não reivindicando o meio período. Diante do

fato, hoje, temos certeza que estamos atendendo a efetiva demanda da

comunidade, que a solicitação do meio período foi específica de um determinado

ano, de determinadas famílias. Nos anos de 2014 e 2015 ao realizarmos as

inscrições não tivemos solicitações para turmas de meio período, a demanda

continuou a ser pelo período integral.

Nos anos seguintes a demanda continuou a ser pelo período integral, são

esporádicos os pais que nos procuram desejosos pelo meio período; poucos

desistem da inscrição diante da informação que só atendemos em período

integral. Em 2014, buscando atender melhor as expectativas das famílias, bem

como atender as necessidades formativas apresentadas pelos educadores,

iniciamos estudos e discussões, que buscavam verificar se era possível delimitar

os papeis dos educadores e dos pais de forma sistematiza, pois era esta a

necessidade verbalizada pelos educadores.

Após alguns encontros formativos a equipe validou que nesta faixa etária,

em que a tríade educar/brincar/cuidar é indivisível, torna-se impossível aferir uma

lista de ações que caberiam à família e outra que caberiam à escola. Concluiu-se

que nesta faixa etária, o que se diferencia é o grau de responsabilidade ou de

envolvimento dos adultos com os direitos da criança, sendo que ambas as

instituições: família e escola, precisam assegurar o cumprimento destes direitos,

assumindo seus diferentes deveres, no âmbito escolar e familiar.

30

A dupla gestora e a equipe docente avaliaram, desde 2013, que outro

assunto formativo a ser discutido com os pais ingressantes, dizia respeito às

mordidas. Nossa prática até 2013 era trazer o assunto como formação na reunião

com pais em abril, contudo, enfrentamos o estranhamento dos pais, frente às

primeiras mordidas, que antecediam a 2ª reunião, no mês de abril. Estranhamento

este, que implicou na realização de inúmeros atendimentos individuais aos pais,

para o esclarecimento das dúvidas. Avaliou-se que quanto mais cedo

apresentássemos as questões sobre as mordidas, menor seria o estranhamento

e, por conseguinte, menor seria o conflito estabelecido entre as famílias e a

escola. Sendo assim, foi planejado e efetivado que em 2015 as mordidas

deveriam ser assunto formativo já na 1ª reunião com pais, em fevereiro, cabendo

à D.G. sua condução. No final de 2015 o planejado foi adentrar no tema

mordidas, já na apresentação da escola aos pais novos, no mês de dezembro,

dando ênfase ao fato de que neste contexto escolar coletivo, tendo agrupamentos

com crianças de uma mesma faixa etária, que têm a manifestação da mordida

como um meio de explorar o mundo e de se comunicar, torna-se impossível

impedi-las. Ressaltamos que mesmo entendo tal manifestação como forma

exploratória ou meio comunicativo, todo planejamento didático tem por objetivo

minimizar as ocorrências, mas não poderemos nunca evita-las por completo, pois

estas surgem inesperadamente, sem aviso prévio, ficando impossível, mesmo

quando o educador está ao lado da criança, evitar a mordida.

A partir do ano de 2016, optamos por realizar as reuniões com os pais

novos, dos alunos matriculados para 2017, no mês de dezembro, mas não mais

no coletivo, uma única reunião, mas sim em pequenos agrupamentos. Ao todo

realizamos 05 encontros, entre 20 a 25 pais por turma; intencionando dar mais

voz aos “novatos”, possibilitando-lhes expor suas angústias e ansiedades. Bem

como, apresentar-lhes o nosso maior desafio, quanto à parceria com as famílias:

as ocorrências de mordidas.

A presença dos pais foi significativa, menos de 05% dos pais novatos

faltaram. Atingimos nosso objetivo, percebemos que por meio dos encontros e

não mais no formato de reunião, conseguimos dialogar com os pais sobre suas

maiores preocupações, sendo estas: alimentação, período de adaptação,

acolhimento ao choro, retirada das fraldas, etc.

Nossos encontros foram encerrados com os diálogos sobre os possíveis

conflitos que existirão entre as crianças, sendo que muitos destes conflitos

31

representarão: arranhões, puxões de cabelo, empurrões e mordidas entre as

crianças; bem como, sendo estes os desencadeadores dos primeiros conflitos

entre a família e a escola.

Nosso objetivo foi destacarmos que entendemos os sentimentos que tais

machucados geram aos pais e também nos sensibilizamos com a ocorrência

destes. Mas que no espaço coletivo, estando todas as crianças numa mesma fase

de desenvolvimento, não há como acordarmos com os pais que seus filhos não

se comunicarão por meio da mordida, ou não receberão mordidas no decorrer do

ano letivo.

Destacamos aos pais que é justamente nesta faixa etária, em que o

desenvolvimento social está em seu início, em sua forma rudimentar, que seus

filhos, ao serem inserido no contexto escolar, estarão expostos também, às

primeiras normas e exigências sociais: rotinas, combinados, dividir a atenção dos

adultos, dividir os espaços e brinquedos com os coleguinhas; exigências estas

que causarão maior ou menor tensão, nas diferentes crianças, tensões estas que

serão por vezes externalizadas pela mordida. Que todas estas exigências

ocorrerão num momento em que a maioria deles estão no início de seu

desenvolvimento oral, nos primórdios da oralidade. Portanto, ainda não se

comunicam pela fala, sendo assim os pequenos encontrarão outras maneiras

para expressarem seus desagravos e suas dificuldades, se comunicando: pelo

choro, com gritos ou agredindo o coleguinha.

O contexto educacional, aprendente e coletivo, natural à faixa etária e ao

desenvolvimento infantil, são os propulsores das ocorrências de mordidas nas

Instituições Educacionais, entre os pequenos.

Também tivemos o cuidado de expor aos pais que embora seja natural a

ocorrência da mordida no ambiente da creche, esta equipe desenvolve práticas

pedagógicas que visam minimizar as ocorrências e recorrências, mas que,

mesmo desempenhando estas práticas não impediremos que as mordidas e suas

recorrências ocorram.

Objetivamos para 2017, pós estes 05 encontros, minimizarmos o nº e o

grau de conflitos entre as famílias e a escola, desencadeados pela ocorrência de

mordidas recorrentes.

Para concluirmos, considerar relevante apontarmos que, esta equipe de

educadores objetiva, ano a ano, estabelecer uma verdadeira parceria com as

famílias, portanto, entendemos que para atingirmos tais objetivos precisamos:

32

Que todos os educadores se atentem às relações que estabelecem

com os pais e responsáveis, realizando atendimentos específicos

com os pais, sempre que estes se fizerem necessários. Cabendo a

intervenção da dupla gestora quando uma das partes julgar

importante: pais, responsáveis, trio de educadores ou diante da

avaliação da dupla gestora.

Que todos os educadores entendam que a relação com a família é

instrumento pedagógico, cabendo aos educadores terem um olhar

atento às relações que se estabelecem, entre a família e a escola,

investindo sempre em seu aprimoramento, respeitando as

especificidades de cada família.

Que todo atendimento realizado à comunidade deverá ser regido

pelo respeito, acolhendo à diversidade, sem julgamento de valores.

Somente neste contexto respeitoso, acreditamos ser possível

estabelecer, de fato, uma relação parceira com nossa comunidade.

33

IV – CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA Faz-se importante ressaltar que no ano de 2012 realizamos nos horários de

HTPC e Reuniões Pedagógicas, estudos sobre a Concepção Teórica: Sócio

Histórico Cultural, buscando por conhecimentos que nos apontassem quais os

conceitos e princípios que alicerçam a Escola da Infância de 0 a 03 anos.

A D.G. desenvolveu junto ao grupo formação por meio dos estudos em

subgrupos. Organizamos 03 subgrupos que tinham as seguintes tarefas:

O 1º grupo deveria estudar os conceitos da escola da infância,

respondendo a questão: Que é a criança de 0 a 03 anos e como esta

aprende?

O 2º grupo deveria estudar os conceitos da escola da infância,

respondendo a questão: Qual o papel do professor de crianças de 0 a 03

anos?

O 3º grupo deveria estudar os conceitos da escola da infância,

respondendo a questão: Qual o papel da escola de crianças de 0 a 03

anos?

Abaixo, encontram-se os princípios e conceitos estudados na referida

formação, que buscam sustentar a prática pedagógica da Escola da Infância.

Uma prática sustentada pela teoria sócio histórico cultural.

CONCEITOS TEÓRICOS QUE EMBASAM A ESCOLA DA INFÂNCIA

A teoria que embasa os conceitos da Escola da Infância é a teoria sócio

histórico cultural. Essa corrente pedagógica tem como pressuposto que todo

sujeito constrói seu conhecimento a partir da interação com outros sujeitos e com

o meio físico e social no qual está inserido, sendo entendido como um ser único,

em sua globalidade: ser físico, social, cognitivo e afetivo.

Deste modo, a ação educativa deve se preocupar com a qualidade das

interações que são produzidas na escola, pois delas derivam o conhecimento que

a criança irá construir sobre si mesma e sobre o mundo. Os educadores têm o

papel de mediar estas interações organizando as propostas e o ambiente

34

educativo para que seja rico de trocas afetivas, cognitivas e motoras, e assim

possibilitem o desenvolvimento integral da criança.

“A concepção interacionista considera que os dois fatores,

biológico e social, não podem ser dissociados e

influenciam-se mutuamente, existindo uma reciprocidade

de influências entre o indivíduo e o meio. Ela vê a

aquisição de conhecimentos como um processo de

construção lenta e gradual que se inicia com o nascimento

e continua por toda a vida.” (São Bernardo do Campo,

1992, p. 27)

QUEM É A CRIANÇA PEQUENINA, DE 0 A 03 ANOS E COMO ESTA APRENDE

– À LUZ DA TEORIA SÓCIO HISTÓRICO CULTURAL

A criança é definida como sendo um sujeito que a cada fase de seu

desenvolvimento, adquire meios de intervir de forma competente no seu mundo e

em si mesma, sendo sujeito ativo de seu próprio desenvolvimento. Um

desenvolvimento não linear, mas sim evolutivo e revolucionário.

Para o interacionismo não é o desenvolvimento que possibilita a

aprendizagem, e sim o contrário. São as aprendizagens construídas pela criança

que instigam o seu desenvolvimento psicológico.

O percurso de desenvolvimento do ser humano é, em parte,

definido pelos processos de maturação do organismo

individual, pertencente à espécie humana, mas é a

aprendizagem que possibilita o despertar de processos

internos de desenvolvimento que, se não fosse o contato do

indivíduo com um determinado ambiente cultural, não

ocorreriam. (Oliveira, 1998, p. 56)

Segundo o interacionismo o organismo humano tem alto grau de

plasticidade, sofrendo influência dos fatores externos; o desenvolvimento

35

biológico se dá dialeticamente, na relação do homem com seu contexto histórico

social.

Para sócio-interacionismo, a aprendizagem, ensino e

desenvolvimento são processos distintos que interagem

dialeticamente. Eles não existem de forma independente,

mas possibilitam a conversão de um no outro, isto é, a

aprendizagem promove o desenvolvimento e este anuncia

novas possibilidades de aprendizagem. (Oliveira, 2010, p.

30)

Para a teoria sócio histórico cultural é fundamental que o professor da

infância saiba como a criança pequena aprende. Um dos saberes que estes

devem ter refere-se ao pressuposto de que: há integração entre o

desenvolvimento da fala e do raciocínio prático ao longo do desenvolvimento

humano.

É exatamente quando estas duas atividades independentes do

desenvolvimento intelectual: ação prática e fala, convergem, unindo-se uma à

outra, que se qualifica o desenvolvimento da inteligência humana, o

desenvolvimento das funções superiores do cérebro, que conduz ao

desenvolvimento do pensamento abstrato.

O momento de maior significado no curso do

desenvolvimento intelectual, que dá origem às formas

puramente humanas de inteligência prática e abstrata,

acontece quando a fala e a atividade prática, então duas

linhas completamente independentes de desenvolvimento,

convergem. (Vygotsky, 2010, p. 12)

Desta forma, devemos entender por natural e necessário à criança falar

enquanto age. Sendo que a fala e a ação fazem parte de uma mesma função

psicológica complexa, adquirindo uma importância vital ao desenvolvimento

infantil. Afirmando que quando a criança muito pequena é inibida de falar pode vir

a não resolver a situação problema em questão.

36

No nosso laboratório observamos que a fala não só

acompanha a atividade prática como também tem um papel

específico na sua realização. (Vygotsky, 2010, p. 12)

A fala da criança é entendida como sendo tão importante quanto à ação,

para atingir um objetivo; quanto mais complexa for a ação exigida pela situação e

menos direta for a solução, maior será a importância que a fala adquirirá na

operação como um todo, no desenvolvimento da própria ação da criança.

As crianças não ficam simplesmente falando o que elas

estão fazendo; sua fala e ação fazem parte de uma mesma

função psicológica complexa, dirigida para a solução do

problema em questão. Quanto mais complexa a ação

exigida pela situação e menos direta a solução, maior a

importância que a fala adquiri na operação como um todo.

Às vezes a fala adquire uma importância tão vital que, se

não for permitido seu uso, as crianças pequenas não são

capazes de resolver a situação. (Vygotsky, 2010, p. 13)

As situações problemas que aparecem às crianças pequenas são

solucionadas por meio da utilização da linguagem oral, a percepção e a ação, por

meio da fala, da visão e do tato. Ou seja, a criança torna-se capaz de solucionar

os problemas visualizando-os, falando sobre eles e sobre suas ações. Pode-se

concluir que a criança pequena não aprende olhando a ação do outro, ela

aprende fazendo e agindo.

Essas observações levam-me a concluir que as crianças

resolvem suas tarefas práticas com a ajuda da fala, assim

como dos olhos e das mãos. Essa unidade de percepção,

fala e ação, que em última instância, provoca a

internalização do campo visual, constitui o objeto central de

qualquer análise da origem das formas caracteristicamente

humanas de comportamento. (Vygotsky, 2010, p. 13)

37

Embasados por estes pressupostos teóricos a fala passa a ser um

instrumento para a solução do problema/desafio, sendo o instrumento utilizado

pela criança na superação do próprio desafio.

Quanto ao desenvolvimento da linguagem oral, primeiramente a criança

desenvolve a fala em sua forma egocêntrica, passando para uma forma social

(fala externa) e depois para uma forma internalizada, intrapessoal. Na forma

egocêntrica a criança relata a ação, na fase posterior ela verbaliza o planejamento

da ação simultaneamente: fala e faz; posteriormente, tem condições de

internalizar, o que possibilita à ela refletir sobre o mundo exterior, falando

internamente, pensando, sobre o que deve fazer.

(...) a fala egocêntrica da criança deve ser vista como uma

forma de transição entre a fala exterior e a interior.

Funcionalmente, a fala egocêntrica é a base para a fala

interior, enquanto na sua forma externa está incluída a fala

comunicativa. (Vygotsky, 2010, p. 14)

Portanto cabe ao professor sócio histórico cultural respeitar as

características do desenvolvimento da linguagem oral da criança, entendo que a

ação, a percepção e a fala estão interligadas, não cabendo a ele inibir o falatório

dos pequenos, entendo que este momento é vital ao desenvolvimento da ação e

do próprio desenvolvimento do pensamento. Precisando atentar-se, ao fato de

que é o nível do desafio oferecido às crianças os responsáveis pelo

desenvolvimento da linguagem oral, quanto mais desafiadas a falarem durante a

ação, maior e melhor será seu nível de desenvolvimento oral.

Contudo, segundo Vygotsky, o desenvolvimento oral não é ensinado, ele é

mediado pelo contexto sócio histórico cultural, através do uso dos signos. A fala

utiliza destes signos que não podem ser ensinados à criança, e sim mediados,

estimulados, desafiados, provocados, desenvolvidos. As operações com signos

são fruto da inter-relação entre o interno e o externo, resultante de um processo

que é complexo e transformador. Um processo que só se desenvolve na interação

da criança pequena com a sociedade na qual está inserida.

Observamos que as operações com signos aparecem como

resultado de um processo prolongado e complexo, sujeito a

38

todas as leis básicas da evolução psicológica. Isso significa

que a atividade de utilização de signos nas crianças não é

inventada e tampouco ensinada pelos adultos; em vez disto

ela surge de algo que originalmente não é uma operação

com signos, tornando-se uma operação desse tipo somente

após uma série de transformações qualitativas. Cada uma

dessas transformações cria condições para o estágio

seguinte e é, em si mesma, condicionado pelo estágio

precedente; dessa forma, as transformações estão ligadas

como estágios de um mesmo processo e são, quanto a sua

natureza, históricas. (Vygotsky, 2010, p. 41)

Para a teoria sócio histórico cultural cabe ao mediador, no contexto escolar

ao professor, entender sobre a importância da motivação junto ao

desenvolvimento. O autor afirma que reconhecer as necessidades motivacionais

das crianças e seu estágio de desenvolvimento é premissa pedagógica. Para que

desta forma, saiba incentivar e provocar a ação da criança, levando-a a avançar

em seu estágio de desenvolvimento.

O professor da criança muito pequena tem que atentar-se ao fato que eles

têm um curto intervalo de tempo entre o que deseja (estando motivada a agir) e

entre a satisfação de seu desejo (sua ação).

A tendência de uma criança muito pequena é satisfazer

seus desejos imediatamente; normalmente, o intervalo entre

um desejo e a sua satisfação é extremamente curto.

(Vygotsky, 2010, p.108)

O olhar desatento do professor sobre o fazer da criança muito pequena,

representa perdas na relação entre o ensino e aprendizagem, motivações podem

não ser percebidas pelo professor e, por conseguinte, não incentivadas;

perdendo-se assim, ricas oportunidades de ações desenvolvidas pela criança,

ações estas que lhe gerariam aprendizagens e desenvolvimento.

Sobre a importância do brinquedo e do brincar, Vygotsky assevera que os

brinquedos foram inventados justamente para suprir as necessidades imediatas

39

das crianças, em idade pré-escolar, diante da impossibilidade de que seus

desejos e necessidades sejam supridos de imediato.

Para resolver essa tensão, a criança em idade pré-escolar

envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os

desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse

mundo é o que chamamos de brinquedo. (Vygotsky, 2010,

p.109)

O brinquedo é um rico instrumento a ser utilizado pelo professor,

estimulando a ação e a fala nos pequenos e a imaginação nos maiores, em idade

pré-escolar.

É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de

uma criança. Para uma criança com menos de três anos, é

essencialmente impossível envolver-se numa situação

imaginária, uma vez que isso seria uma forma nova de

comportamento que liberaria a criança das restrições

imposta pelo ambiente imediato. O comportamento de uma

criança muito pequena é determinado, de maneira

considerável – e o de um bebê, de maneira absoluta, pelas

condições que a atividade ocorre (...) (Vygotsky, 2010,

p.113)

Os brinquedos oferecidos às crianças muito pequenas devem ter força

motivadora, devem ser claros quanto às ações determinantes que provocam aos

pequenos. Para a criança pequenina o brinquedo tem uma motivação natural e

determinante, que a impulsiona a agir, ditando-lhe o que tem a fazer, ditando sua

ação.

(...) sobre a natureza motivadora dos objetos para uma

criança muito pequena conclui que os objetos ditam à

criança o que ela tem que fazer: uma porta solicita que a

abram e fechem, uma escada, que a subam, uma

campainha, que a toquem. (Vygotsky, 2010, p.113)

Podemos entender que na primeira infância a ação da criança está ligada

à percepção visual; esta percepção é o próprio estímulo para a ação da criança.

40

O brinquedo e os objetos perdem sua força determinadora quando a criança

passa a desenvolver a capacidade de imaginar. A criança passa a agir

independente do que vê, agindo a partir do que imagina. Mas este é um longo

processo de desenvolvimento, quando a criança passa a ter capacidade de agir

independente do que está vendo, agindo frente ao imaginado (Vygotsky, 2010).

Diante destes pressupostos teóricos, cabe ao professor entender que, de

acordo com a teoria Vygotskyana, a criança vai se desenvolvendo e seus

interesses pelo brinquedo e pela brincadeira vão sendo modificados. E será, este

conhecimento do professor, que lhe possibilitará fazer do brincar momentos de

aprendizagens e de desenvolvimento; oferecendo à criança situações

motivadoras, desafiantes e interessantes; bem como, propiciando-lhe contato com

brinquedos e brincadeiras adequadas à sua faixa etária.

Aquilo que é de grande interesse para um bebê deixa de

interessar uma criança um pouco maior. A maturação das

necessidades é um tópico predominante nessa discussão,

pois é impossível ignorar que a criança satisfaz certas

necessidades no brinquedo. Se não entendemos o caráter

especial dessas necessidades, não podemos entender a

singularidade do brinquedo como uma forma de atividade.

(Vygotsky, 2010, p. 108)

QUAL O PAPEL DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL – À LUZ DA

TEORIA SÓCIO HISTÓRICO CULTURAL

Podemos concluir que quanto mais rica for a mediação da criança com seu

meio, com as pessoas e com os objetos, mais qualidade será percebida em seu

desenvolvimento humano. Visto que o homem tem condições de ser o sujeito

ativo de seu próprio processo de desenvolvimento adaptando-se às exigências de

cada estágio, porém, estas exigências têm que ser feitas na interação deste com

as pessoas e objetos. Quanto mais instigada a criança for pelo social, melhores

serão suas condições de desenvolvimento.

Faz-se correto afirmar, embasados na teoria sócio histórico

cultural, que a Educação escolar tem papel fundamental no

41

processo dialético do desenvolvimento humano,

ressaltando-se assim a importância da Educação Infantil,

sendo ela a responsável pelas aprendizagens e

desenvolvimento dos pequenos. Pois se entende que a

qualidade das aprendizagens implica diretamente na

qualidade do desenvolvimento humano da criança. “ No

ideal Vygotskyano, a educação tem um papel transformador

do homem e da humanidade.” (Formosinho, 2007, p. 222)

Concebendo que o desenvolvimento humano se dá de fora para dentro, por

meio da internalização de processos interpsicológicos, o ensino escolar tem papel

essencial na promoção do desenvolvimento psicológico dos indivíduos. A escola

destaca-se, neste contexto, como sendo uma instituição privilegiada, criada com

a finalidade de intencionalmente provocar aprendizagens.

(...) a aprendizagem é, sim, um resultado desejável de um

processo deliberado, explícito, intencional, a intervenção

pedagógica é um mecanismo privilegiado. E a escola é o

lugar, por excelência, onde o processo intencional de ensino

aprendizagem ocorre: ela é a instituição criada pela

sociedade letrada para transmitir determinados

conhecimentos e formas de ação no mundo; sua finalidade

envolve, por definição, processos de intervenção que

conduzam à aprendizagem. (Oliveira, 1998, p. 57)

Nesse sentido a Instituição Escola tem como função primordial possibilitar

o pleno desenvolvimento humano, permitindo a criança desenvolver

aprendizagens fundamentais que instigam seu desenvolvimento psicológico.

O referencial teórico Vygotskyano nos aponta, assim, os

processos pedagógicos como processos intencionais,

deliberados, dirigidos à construção de seres psicológicos

que são membros de uma cultura específica, cujo perfil,

portanto está balizado por parâmetros culturalmente

definidos. Os mecanismos de desenvolvimento estão

atrelados aos processos de aprendizado, essenciais à

emergência de características psicológicas tipicamente

42

humanas, que transcendem a programação biológica da

espécie. Assim sendo, conquistas culturais específicas

delineiam caminhos de desenvolvimento particulares. É

nesse sentido que a escola, enquanto criação cultural das

sociedades letradas, tem um papel singular na construção

do desenvolvimento pleno dos membros dessas sociedades.

(Oliveira, 1998, p. 62)

A aprendizagem não deve ser entendida como um processo que ocorre no

indivíduo de forma isolada. O processo de aprendizagem deve ser entendido

como resultante de um processo global, que envolve relações interpessoais,

entre o indivíduo que aprende, aqueles que ensinam e a relação entre ambos.

Nesse sentido não há aprendizagem sem ensino, como não há ensino sem

aprendizagem. Aprendizagem e ensino se constituem intrinsecamente como um

conceito único.

QUAL A FUNÇÃO DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL, DE 0 A 03

ANOS – À LUZ DA TEORIA SÓCIO HISTÓRICO CULTURAL

Os profissionais de educação são pessoas reais que

interferem explicitamente no processo de aprendizagem das

crianças “provocando avanços que não ocorreriam

espontaneamente” (Oliveira, 1998, p. 58).

Neste contexto, pode-se afirmar que nas inter-relações estabelecidas entre

professores e crianças ambos aprendem e ensinam, podendo-se dizer que a

estrada percorrida por estes personagens é uma estrada de via única, onde a

aprendizagem e o ensino não se separam, caminham simultaneamente. Cabendo

aos profissionais da instituição escolar: permitir, estabelecer, propiciar, provocar

situações que desencadeiam as aprendizagens que não ocorrem

espontaneamente.

Desta forma, pode-se afirmar que diante da teoria interacionista, o

professor da Educação Infantil, deve ser um profissional comprometido com a

aprendizagem da criança, por conseguinte, com seu desenvolvimento humano.

43

Deve ter a compreensão de sua responsabilidade sobre a qualidade das

aprendizagens e do desenvolvimento de seus alunos, assim como da

intencionalidade educativa, sabendo onde e como investir junto às aprendizagens

e ao desenvolvimento infantil.

A intencionalidade educativa presente nas interações

adulto\criança, parceiros mais experientes, explicita-se,

sobretudo, quando o adulto responsável assume o

compromisso de levar ao êxito os propósitos aos quais a

interação se destina, especialmente quando se trata de

interações pedagógicas, ou seja, daquelas que justificam a

existência de espaços institucionais. (Oliveira, 2010, p. 41)

Outro conceito relevante no processo de desenvolvimento e aprendizagem

é o de zona de desenvolvimento proximal, que deve ser o instrumento de

trabalho da escola e dos professores. Para tanto se faz fundamental a este

profissional o entendimento sobre as aprendizagens já construídas (zona real), às

em via de construção (zona proximal) e aquelas que ainda não são possíveis de

serem construídas pela criança, mas que virão a ser (zona potencial). Sendo

assim, a escola desempenha o seu papel quando fomenta a construção de

aprendizagens que, por conseguinte, se adiantam ao desenvolvimento e o

deflagra.

A escola de Educação Infantil e seus profissionais precisam assumir suas

responsabilidades, porque a qualidade de intervenção pedagógica possibilitará,

ou não, o pleno desenvolvimento da criança. Para a concretização dessa função

da escola, os teóricos da corrente histórico cultural denominam o jogo como

atividade principal da educação infantil, como instrumento para avançar no

desenvolvimento da criança pequena.

De acordo com os teóricos da corrente histórico cultural, o

jogo é a atividade principal da criança pré-escolar, ou seja, é

o mediador por excelência das principais transformações

que definem seu desenvolvimento. Fundamentar a

Educação Infantil na ludicidade significa um saber fazer

reflexivo para que o jogo seja constituinte de zonas de

desenvolvimento proximal. (Formosinho, 2007, p. 228)

44

O conceito de mediação, tem como princípio, que a aprendizagem se dá

socialmente e ativamente, na mediação que o sujeito estabelece com seu meio

social: objetos e pessoas. Asseverando que a criança em contato com pessoas

mais experientes ( que pode ser uma criança mais velha ou apenas mais

experiente que ela, ou um adulto) estabelece ativamente relações com saberes e

conhecimentos que lhes são acessíveis e, por conseguinte, propiciam o

desencadeamento de novas aprendizagens. Ao professor cabe o papel de

mediador intencional, devendo ser aquele que intencionalmente, observa, avalia e

trabalha com a zona de desenvolvimento proximal da criança, investindo no

desenvolvimento e na construção de novas aprendizagens que possibilitarão o

pleno desenvolvimento humano da criança.

A intencionalidade educativa na instituição de educação

infantil deve assumir um caráter de premeditação –

planejamento prévio, acompanhamento e avaliação – que

vai muito além daquele encontrado na família ou outras

instâncias educativas. O sucesso da interação é que vai

medir a eficiência da instituição, visto ter sido criada com a

finalidade de formalizar o processo educativo. (Oliveira,

2010, p. 42)

Deste modo a mediação intencional deve ser entendida como sendo a

função principal do professor da Educação Infantil, tendo como objetivo

possibilitar o pleno desenvolvimento humano da criança pequena.

Segundo a teoria interacionista a função da escola de Educação Infantil e

do professor de crianças pequeninas é de mediar, sendo o mediador intencional,

aquele que planeja e possibilita aos pequenos agirem e atuarem num contexto

educacional desafiante. Motivando e estimulando as crianças a interagirem com

seu meio, explorando toda sua potencialidade humana.

Do ponto de vista da teoria Sócio Histórico Cultural a tarefa do professor é

garantir à criança o direito de desenvolver suas aptidões humanas em sua

totalidade

Embasados por tais conceitos o desafio a partir de 2013 foi discutir as

práticas pedagógicas desenvolvidas nesta U.E., tendo como parâmetro os

estudos feitos em 2012, refletindo sobre o quanto tais práticas se aproximam ou

45

não da teoria sociointeracionista. O quanto estas práticas condizem com as

definições construídas pelo grupo, sobre: Como a criança pequena aprende;

Quem é a criança pequenina, de 0 a 03 anos; Qual a função do professor da

Educação Infantil, de 0 a 03 anos e Qual o papel da Escola de Educação Infantil.

Ao buscarmos conflitar os estudos teóricos com a nossa prática

pedagógica firmamos o compromisso de percorrer o caminho que nos conduzirá à

construção da práxis pedagógica da verdadeira Escola da Infância. Uma escola

que sabe quem é a criança de 0 a 03 anos e sabe qual é o seu papel: ser

responsável pelo pleno desenvolvimento das qualidades humanas na primeira

infância.

Dando continuidade aos estudos em 2014 o grupo de educadores, de

todos os segmentos, discutiu sobre a relevância do estabelecimento de parceria

nas relações com as famílias de nossas crianças, sendo esta entendida como

uma atribuição pedagógica do professor.

Defendemos que cabe às professoras a tarefa de primar pela relação que

estabelecerá com as famílias das crianças de sua turma, sendo importante

considerar que:

Família e Escola têm papéis diferentes e concebem tais papéis de

forma diferente, havendo a necessidade de escola e família

dialogarem respeitosamente sobre estas diferentes concepções.

Família e Escola não se substituem, estão em níveis diferentes,

colaboram ao desenvolvimento infantil de formas diferentes.

A escola nunca suprirá o papel da família quanto ao

desenvolvimento da criança, pois a relação criança família é

insubstituível, devido a intensidade das emoções que premeiam esta

relação. A família é a base é a sustentação, sob a qual se

desenvolve a personalidade da criança.

A escola não pode omitir-se diante da sua responsabilidade frente

ao desenvolvimento humano da criança pequena. Devendo assumir

seus papéis.

Pontos que precisam estar presentes na relação Família/Escola, numa

proposta de relação parceira, cabendo ao professor:

• Estabelecer coerência entre as atitudes educativas da escola e da família;

• Dialogar com as famílias, principalmente na resolução dos conflitos;

46

• Não ignorar os conflitos, mas avaliá-los e trabalha-los com respeito,

embasados nos diferentes papéis, que escola e família desempenham

junto às crianças;

• Respeito pelas ideias das duas instituições. O respeito gera cooperação,

que auxilia no desenvolvimento das crianças e no crescimento do

aprendizado da escola e da família;

• Valorização mútua, tanto os saberes dos pais quanto dos educadores,

sobre a criança, são importantes para o melhor atendimento educacional;

• Saber negociar, explicando seus pontos de vista, escutando as famílias

sem julgamentos de valores e preconceitos. Construindo vínculos de

confiança;

• Ser coerente quanto às mensagens que são passadas à criança. Não

falando da criança e de sua família em sua presença;

• Estabelecer um canal de comunicação aberto com as famílias, trocando

continuamente as informações que se fizerem pertinentes;

• Entender que a educação da criança deve ocorrer de forma compartilhada

e cooperativa, entre a escola e a família. Para tanto, as condutas utilizadas

para com a criança devem ser harmônicas;

• A escola deve ter clareza sobre suas atribuições e estar sempre aberta a

esclarecê-las aos pais;

• As professoras precisam ser flexíveis em suas ações junto às famílias, no

sentido de aceitar as mudanças e reformulações solicitadas pelas famílias,

entendendo que estas advêm de suas expectativas, desde que tais

expectativas não sejam contrárias às atribuições da escola.

Desde então nosso compromisso formativo anual é realizar as discussões

sempre pautados pelos princípios da teoria sociointeracionista, buscando

desenvolver de fato, uma educação de qualidade, condizente a real Escola da

Infância.

47

GESTÃO DEMOCRÁTICA

A gestão democrática deve ser entendida como a participação efetiva dos

vários segmentos da comunidade escolar, pais, professores, estudantes e

funcionários na organização, na construção e na avaliação dos projetos

pedagógicos, na administração dos recursos da escola, enfim, nos processos

decisórios da escola.

A Gestão Democrática é um exercício diário e árduo, que anda na contra

mão das decisões que visam o bem próprio. Tomar decisões, num ambiente

democrático é planejar, refletir e decidir diante daquilo que se apresenta como

sendo o melhor para a escola, como sendo o melhor para a qualificação do

ensino-aprendizagem, estando em nome da qualidade da Educação, entendida

por esta unidade escolar como sendo uma prática pedagógica coerente a Escola

da Infância.

Decisões democráticas devem estar amparadas pela ética. Devemos nos

atentar ao fato de que muitas decisões estarão permeadas por dilemas éticos. Ao

decidir o grupo de educadores e membros da comunidade deverá de forma

integra e ética indagar-se a respeito: Quero? Devo? Posso?

“ Nós vivemos muitas vezes

dilemas éticos. Há coisas que eu quero, mas não devo. Há

coisas que eu devo, mas não posso. Há coisas que eu

posso, mas não quero. Quando você tem paz de espírito?

Quando tem um pouco de felicidade? Quando aquilo que

você quer é o que você deve e o que você pode. Todas as

vezes que aquilo que você quer não é aquilo que você deve;

todas as vezes que aquilo que você deve não é o que você

pode; todas as vezes que aquilo que você pode não é o que

você quer, você vive um conflito, que muitas vezes é um

dilema.” Cortella, Mario Sérgio.

Portanto, caberá aos educadores e à comunidade atentar-se ao fato de que

suas decisões, em nome da qualidade da educação, primeiramente serão

regidas pelo dever, sendo seguida pelo poder, para então, quando possível

atender ao seu querer.

48

Dentro do princípio de gestão democrática, estabelecido na Proposta

Curricular do Município, temos como tarefa: construir tal relação em todas as

esferas de atuação na escola. Essencialmente, em relação à gestão escolar, mas

considerando também: a gestão das salas de aula, dos serviços de apoio, das

relações entre os diferentes segmentos, das relações estabelecidas com e entre

os Colegiados da APM e do Conselho de Escola, das relações estabelecidas com

a comunidade e com nossas crianças.

Temos consciência que o exercício da gestão democrática exige de todos,

mudanças de paradigmas. Faz-se fundamental acreditar que a gestão

democrática é possível, necessária e dever de todos.

A melhor forma de praticarmos o exercício da gestão democrática é

propiciarmos e estabelecermos uma efetiva atuação dos membros dos

colegiados: Conselho de Escola e APM. E este será nosso principal objetivo:

instrumentalizar tais colegiados para que os seus membros se sintam parte da

gestão desta U.E. Cabendo à dupla gestora organizar reuniões que propicie,

estimule, invista e dê voz aos membros atuantes; bem com, estimular a

participação de um número maior de membros a cada nova reunião com pais.

Entendemos por Gestão Democrática o exercício diário de uma gestão em

que todos os segmentos têm voz e poder decisório. Acreditando que todos devem

expor suas ideias, respeitando as ideias diferentes da sua e por meio da reflexão,

avaliar e adotar os caminhos que conduzem à Educação de qualidade. Tendo

como base, como norteador, o que é melhor para as crianças, respeitando seus

diferentes direitos, bem como, estando as decisões do grupo em consonâncias

com as orientações da Secretaria de Educação.

49

V. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO 1. OBJETIVOS 1.1. OBJETIVO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

No capitulo II, na seção I, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) que estabelece as diretrizes

e bases da educação nacional, encontramos, nas Disposições Gerais, a definição

do objetivo da educação básica:

“Art. 22º. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando,

assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e

fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”

1.2. OBJETIVO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Os objetivos da Educação Infantil estão definidos na LDB (1996) no art. 29:

“A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade

o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos

físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da

comunidade.”

Em consonância com o que define este artigo, a Proposta Curricular de São

Bernardo do Campo, volume I, 2004, expressa, para a toda a Rede de Ensino, os

objetivos da Educação Infantil:

A educação infantil deverá se organizar, de forma que, os alunos construam as

seguintes capacidades:

Brincar, ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas,

reelaborando significados sobre o mundo, sobre os contextos e as

relações entre os seres humanos;

50

Ampliar o conhecimento sobre seu próprio corpo, suas

responsabilidades de atuação no espaço, bem como desenvolver e

valorizar hábitos de cuidado com a saúde e bem estar;

Construir uma imagem positiva de si, com confiança em suas

capacidades, atuando cada vez mais de forma autônoma nas

situações cotidianas;

Conhecer diferentes manifestações culturais como construtivas de

valores e princípios, demonstrando respeito e valorizando a

diversidade;

Construir e ampliar as relações sociais, aprendendo a articular seus

interesses e pontos de vista com os demais, respeitando as

diferenças e desenvolvendo atitudes cooperativas;

Valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio ambiente,

reconhecendo-se como integrante, dependente e agente

transformador do mesmo;

Construir a apropriar-se do conhecimento organizando nas

diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita),

utilizando-as para expressar suas ideias, sentimentos, necessidades

e desejos, ampliando sua rede de significações;

Aprender a buscar informações, de forma autônoma, exercitando

sua curiosidade frente ao objeto de conhecimento.

2. LEVANTAMENTO DOS OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS:

2.1. OBJETIVO GERAL DA ESCOLA

O objetivo maior da escola é oferecer um atendimento educacional de

qualidade. É preciso que as crianças tenham a possibilidade de desenvolverem

todo o seu potencial humano – físico, social, afetivo e cognitivo – com vistas a

contribuir para a construção de uma sociedade mais sadia, mais democrática e

mais humana.

51

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA ESCOLA

Consideramos que a escola deve promover o desenvolvimento para todos

que nela atuam: crianças, famílias, educadores, funcionários de apoio e

administrativo, gestores, prestadores de serviço. Enfim, todas as relações

estabelecidas no lócus escolar precisam ser educativas e promover o bem estar

da coletividade.

A práxis pedagógica desta escola visa trilhar o caminho que nos leve à

concretização de um trabalho pedagógico em consonância com os conceitos da

Escola da Infância.

Para tanto, afirmamos que a verdadeira Escola da Infância:

Respeita a individualidade de cada um, logo a diversidade social e cultural;

Acolhe as necessidades específicas de cada criança, se preocupando com

seu desenvolvimento integral;

Proporciona à criança a construção de sua autonomia, com vistas ao seu

desenvolvimento pleno humano;

Oferece um ambiente sadio, seguro e estruturado para atender o coletivo

de crianças e as necessidades individuais de cada uma;

Desenvolve ações educativas atrativas e alegres, com uma organização

que possibilita à criança ter diferentes possibilidades de escolha e

participar ativamente da construção do seu conhecimento;

Propicia o desenvolvimento da socialização, por meio de ações educativas

de interação criança-adulto e criança-criança;

Promove a integração e a parceria da equipe com a comunidade, em

especial com as famílias de nossas crianças;

Preza o diálogo democrático, dando a todos a liberdade de se

expressarem: adultos e crianças;

Respeita os direitos das crianças, especialmente o direito de brincar;

Seja um efetivo espaço de cultura, oferecendo por meio das ações

educativas a cultura elaborada;.

Exercita e promova a inclusão, significando que a qualidade da educação

é para todos;

Desenvolve uma prática pedagógica que visa o estabelecimento de

parceria com as famílias de nossas crianças;

52

Objetiva desenvolver ações educativas que levem nossas crianças a

exercê-las de forma prazerosa. Garantindo-lhes que, no longo período que

passam neste espaço educacional, tenham acesso às ações educativas

que lhe permitam desenvolver-se num ambiente acolhedor e alegre.

Aprendendo e desenvolvendo toda sua potencialidade humana.

Temos como princípio que as ações de todos nossos profissionais

precisam estar a serviço do que é melhor para a criança, atendendo sempre suas

especificidades e necessidades, assim permitindo-lhes desenvolver suas

potencialidades num contexto harmônico, respeitoso e rico em possibilidades.

“A creche e a escola da infância podem e devem ser o

melhor lugar para a educação das crianças pequenas,

crianças até os 06 anos, pois aí se pode intencionalmente

organizar as condições adequadas de vida e educação para

garantir a máxima apropriação das qualidades humanas,

que são externas ao sujeito no nascimento e precisam ser

apropriadas pelas novas gerações por meio de sua atividade

nas situações vividas coletivamente.” (Suely Amaral Mello)

Com o objetivo de esclarecer, e até mesmo de contagiar todos os

funcionários, de todos os segmentos, sobre esta premissa: de fazermos um

ambiente educativo harmônico, respeitoso e rico em possibilidades; permitindo

assim que as crianças se sintam respeitadas, acolhidas e queridas construímos

coletivamente, com todos os segmentos os seguintes princípios:

Garantir um ambiente limpo e organizado;

Interagir com as crianças sempre que necessário;

Ter a liberdade de participar da atividade de intersalas, interagindo

com as crianças e demais educadores;

Conversar com as crianças sempre que estas estabelecerem

intenção comunicativa ou necessitarem;

Colaborar com as necessidades das crianças, principalmente no

período de adaptação;

Retribuir ao carinho oferecido pelas crianças;

Preparar a alimentação de todos com carinho e respeito;

53

Preparar uma alimentação diferenciada, diante das necessidades de

cada criança;

Auxiliar as crianças, diante de suas especificidades e necessidades,

nos momentos das refeições;

Instigar a criança a experimentar os alimentos que apresentam

resistência;

Estimular aqueles que comem pouco a alimentarem-se melhor;

Relacionar-se com as crianças de forma carinhosa.

Permitir que a criança: brinque, interaja, experimente e vivencie;

Tenha acesso diário às atividades de: roda de conversa, roda de

história, roda de música, brincadeiras de roda, brincadeiras

simbólicas;

Acreditar e oportunizar às crianças que estas enfrentem e superem

desafios, possibilitando-lhes sentirem-se capazes aos diferentes

enfrentamentos: cognitivos, físicos, motores, afetivos, sociais e

emocionais;

Permitir às crianças que realizem escolhas, frente aos materiais e

atividades;

Estimular o desenvolvimento autônomo da criança;

Possibilitar e respeitar a livre expressão da criança;

Agir junto às crianças tendo como princípio que o brincar, o educar e

o cuidar são ações indissociáveis;

Observar as ações das crianças estimulando-as diretamente;

Entender a criança em sua globalidade: afetiva, motora, física,

social, cognitiva e emocional;

Atender as necessidades globais da criança de forma afetuosa;

Permitir a integração das crianças com: outras crianças, com outros

adultos e com os diferentes ambientes, recursos e materiais;

Desenvolver as propostas educacionais em ambientes

aconchegantes, seguros e estimulantes;

Oferecer vivências múltiplas;

Ter ações que incluam a todos;

Planejar, oferecendo às crianças ações educativas intencionais;

54

Atentar-se ao fato de que a criança tem o direito de realizar

escolhas, tendo o cuidado que ao planejar ações únicas à turma,

deve respeitar o não querer da criança, possibilitando-lhe outros

fazeres.

Diante do exposto, pelos diferentes grupos, podemos validar que todas as

ações educativas precisam ser pensadas intencionando atender as necessidades

específicas de cada criança. Desta forma, pode-se concluir que nesta faixa etária,

buscamos garantir o desenvolvimento da identidade e da autonomia da criança,

por meio de ações que possibilitam à criança realizar suas próprias escolhas.

Sendo assim, a metodologia mais adequada é o desenvolvimento de atividades

diversificadas, que possibilitam à criança realizar escolhas durante todo o dia;

sendo o ideal que a didática pedagógica não seja o desenvolvimento de ações

únicas ao grupo. Quanto mais o direito à escolha for permitido, na rotina diária da

criança, melhor será a qualidade de seu desenvolvimento, enquanto sujeito único

e autônomo.

Concluímos também que, quanto mais oportunidades de escolhas a

criança têm no ambiente educacional melhor será sua participação nas ações

educativas propostas, pois perceberá que seus desejos e interesses são

respeitados e suas necessidades acolhidas.

“Se entendemos que a criança é capaz, desde que nasce de

estabelecer relações com o meio cultural e, se entendemos

que quanto mais a criança experimentar, explorar, conhecer,

agir, vivenciar situações de aprendizagens significativas

para ela, mais ela forma para si as melhores qualidades

humanas, procuramos estimular o enriquecimento máximo

das vivências propostas às crianças. No entanto, a formação

cultural da criança tem uma base orgânica que cria as

condições para seu desenvolvimento. O respeito dos adultos

às formas da atividade das crianças num ambiente rico,

diversificado, atraente, provocador e acessível às mãos e

olhos das crianças promove o desenvolvimento humano na

infância. Não é pelo ensino didatizado, repartido, repetido,

simplificado artificialmente e dirigido pelo adulto em seu

55

ritmo próprio que a criança se apropria das qualidades

humanas e se desenvolve.” Suely Amaral Mello

Com o intuito de garantirmos a escola que buscamos desenvolver junto às

nossas crianças, uma escola de qualidade, que respeita e acolhe os interesses e

necessidades das crianças, assumimos o compromisso de estabelecermos

nossos objetivos específicos e gerais, tendo como parâmetros os direitos de

nossas crianças. Para tanto, utilizaremos como referencial, como instrumento

avaliativo de nossas ações, o material criado pelo MEC: Critérios para um

Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças.

Este material, que explicita os direitos das crianças da creche, será fonte

constante de reflexão para os educadores e demais funcionários desta U.E.,

sendo utilizado para nos guiar, buscando o desenvolvimento de uma Educação

Infantil de 0 a 03 anos de qualidade.

Faz-se importante destacar que entendemos como sendo o direito número

01 de nossas crianças: o respeito às suas escolhas, podendo optar por quais

objetos, brinquedos e ações educativas explorarão e desenvolverão, para assim

sentirem-se bem, e acolhidas no ambiente educativo; aprendendo e

desenvolvendo-se num ambiente educacional que respeita suas necessidades e

interesses.

Foto que busca denotar a importância de possibilitarmos às crianças que estas façam escolhas, mediante

seus interesses, para assim aprenderem e desenvolverem-se num ambiente educacional “aprendente e

alegre”.

56

Em seguida destacamos os direitos apontados no documento: Critérios

para um Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das

Crianças.

Direitos estes que são, para esta U.E., indicativos da qualidade do

atendimento e da educação que oferecemos às nossas crianças. Cabendo à

prática pedagógica e educacional serem regidas por tais direitos.

- CRITÉRIOS PARA A UNIDADE CRECHE

• Nossas crianças têm direito à brincadeira

• Nossas crianças têm direito à atenção individual

• Nossas crianças têm direito a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante

• Nossas crianças têm direito ao contato com a natureza

• Nossas crianças têm direito a higiene e à saúde

• Nossas crianças têm direito a uma alimentação sadia

• Nossas crianças têm direito a desenvolver sua curiosidade, imaginação e

capacidade de expressão

• Nossas crianças têm direito ao movimento em espaços amplos

• Nossas crianças têm direito à proteção, ao afeto e à amizade

• Nossas crianças têm direito a expressar seus sentimentos

• Nossas crianças têm direito a uma especial atenção durante seu período de

adaptação à creche

• Nossas crianças têm direito a desenvolver sua identidade cultural,

racial e religiosa.

57

NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO À BRINCADEIRA:

• Os brinquedos estão disponíveis às crianças em todos os momentos

• Os brinquedos são guardados em locais de livre acesso às crianças

• Os brinquedos são guardados com carinho, de forma organizada

• As rotinas da creche são flexíveis e reservam períodos longos para as

brincadeiras livres das crianças

• As famílias recebem orientação sobre a importância das brincadeiras

para o desenvolvimento infantil

• Ajudamos as crianças a aprender a guardar os brinquedos nos lugares

apropriados

• As salas onde as crianças ficam estão arrumadas de forma a facilitar

brincadeiras espontâneas e interativas

• Ajudamos as crianças a aprender a usar brinquedos novos

• Os adultos também propõem brincadeiras às crianças

• Os espaços externos permitem as brincadeiras das crianças

• As crianças maiores podem organizar os seus jogos de bola, inclusive

futebol

• As meninas também participam de jogos que desenvolvem os

movimentos amplos: correr, jogar, pular

• Demonstramos o valor que damos às brincadeiras infantis participando

delas sempre que as crianças pedem

• Os adultos também acatam as brincadeiras propostas pelas crianças

58

NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO À ATENÇÃO INDIVIDUAL:

• Chamamos sempre as crianças por seu nome

• Observamos as crianças com atenção para conhecermos melhor cada

uma delas

• O diálogo aberto e contínuo com os pais nos ajuda a responder às

necessidades individuais da criança

• A criança é ouvida

• Sempre procuramos saber o motivo da tristeza ou do choro das

crianças

• Saudamos e nos despedimos individualmente das crianças na chegada

e saída da creche

• Conversamos e somos carinhosos com as crianças no momento da

troca de fraldas e do banho

• Comemoramos os aniversários de nossas crianças

• Crianças muito quietas, retraídas, com o olhar parado, motivam nossa

atenção especial

• Aprendemos a lidar com crianças mais agitadas e ativas sem discrimina-las

ou puni-las

• Aprendemos a lidar com preferências individuais das crianças por

alimentos

• Ficamos atentos à adequação de roupas e calçados das crianças nas

diversas situações

• Damos suporte às crianças que têm dificuldades para se integrar nas

59

brincadeiras dos grupos

• Procuramos respeitar as variações de humor das crianças

• Procuramos respeitar o ritmo fisiológico da criança: no sono, nas

evacuações, nas sensações de frio e calor;

.Crianças com dificuldades especiais recebem apoio para participar das

atividades e brincar com os colegas

• Nossas crianças têm direito a momentos de privacidade e quietude

• Evitamos usar e que as crianças usem apelidos que discriminem outras

crianças

• Procuramos analisar porque uma criança não está bem e encaminhá-la

à orientação especializada quando necessário

NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO A UM AMBIENTE ACONCHEGANTE,

SEGURO E ESTIMULANTE:

• Arrumamos com capricho e criatividade os lugares onde as crianças

passam o dia

• Nossas salas são claras, limpas e ventiladas

• Não deixamos objetos e móveis quebrados nos espaços onde as

crianças ficam

• Mantemos fora do alcance das crianças produtos potencialmente

60

perigosos

• As crianças têm lugares agradáveis para se recostar e desenvolver

atividades calmas

• As crianças têm direito a lugares adequados para seu descanso e

sono

• Nossa creche demonstra seu respeito às crianças pela forma como está

arrumada e conservada

• Nossa creche sempre tem trabalhos realizados pelas crianças em

exposição

• Quando fazemos reformas na creche nossa primeira preocupação é

melhorar os espaços usados pelas crianças

• Quando fazemos reformas tentamos adequar a altura das janelas, os

equipamentos e os espaços de circulação às necessidades de visão e

locomoção das crianças

• Nossa equipe procura desenvolver relações de trabalho cordiais e

afetivas

• Procuramos tornar acolhedor o espaço que usamos para receber e

conversar com as famílias

• Procuramos garantir o acesso seguro das crianças à creche

• Lutamos para melhorar as condições de segurança no trânsito nas

proximidades da creche

61

NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO AO CONTATO COM A NATUREZA:

• Nossa creche procura ter plantas e canteiros em espaços disponíveis

• Nossas crianças têm direito ao sol

• Nossas crianças têm direito de brincar com água

• Nossas crianças têm oportunidade de brincar com areia, argila,

pedrinhas, gravetos e outros elementos da natureza

• Sempre que possível levamos os bebês e as crianças para passear ao

ar livre

• Nossas crianças aprendem a observar, amar e preservar a natureza

• Incentivamos nossas crianças a observar e respeitar os animais

• Nossas crianças podem olhar para fora através de janelas mais baixas

e com vidros transparentes

• Nossas crianças têm oportunidade de visitar parques, jardins e

zoológicos

• Procuramos incluir as famílias na programação relativa à natureza

62

NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO À HIGIENE E À SAÚDE:

• Nossas crianças têm direito de manter seu corpo, cuidado, limpo e

saudável

• Nossas crianças aprendem a cuidar de si próprias e assumir

responsabilidades em relação à sua higiene e saúde

• Nossas crianças têm direito a banheiros limpos e em bom

funcionamento

• O espaço externo da creche e o tanque de areia são limpos e conservados

periodicamente de forma a prevenir contaminações

• Nossas crianças têm direito à prevenção de contágios e doenças

• Lutamos para melhorar as condições de saneamento nas vizinhanças

da creche

• Acompanhamos com as famílias o calendário de vacinação das

crianças

• Acompanhamos o crescimento e o desenvolvimento físico das

crianças

• Mantemos comunicação com a família quando uma criança fica doente

e não pode frequentar a creche

• Procuramos orientação nos serviços básicos de saúde para a prevenção

de doenças contagiosas existentes no bairro

• Procuramos orientação especializada para o caso de crianças com

dificuldades físicas, psicoafetivas ou problemas de desenvolvimento

63

• Sempre que necessário encaminhamos as crianças ao atendimento de

saúde disponível ou orientamos as famílias para fazê-lo

• O cuidado com a higiene não impede a criança de brincar e se divertir

• Damos o exemplo para as crianças, cuidando de nossa aparência e

nossa higiene pessoal;

NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO A UMA ALIMENTAÇÃO SADIA:

• Preparamos os alimentos com capricho e carinho

• Nossas crianças têm direito a um ambiente tranquilo e agradável para

suas refeições

• Planejamos alimentos apropriados para as crianças de diferentes idades

• Permitimos que meninos e meninas participem de algumas atividades

na cozinha, sempre que possível

• Procuramos respeitar preferências, ritmos e hábitos alimentares

individuais das crianças

• Procuramos diversificar a alimentação das crianças, educando-as para

uma dieta equilibrada e variada

• Incentivamos as crianças maiorzinhas a se alimentarem sozinhas

• A água filtrada está sempre acessível às crianças

• Incentivamos a participação das crianças na arrumação das mesas e

dos utensílios, antes e após as refeições

64

• Nossa cozinha é limpa e asseada

• Nossa despensa é limpa, arejada e organizada

• Valorizamos o momento da mamadeira, segurando no colo os bebês e

demonstrando carinho para com eles

• Ajudamos os pequenos na transição da mamadeira para a colher e o

copo

• Procuramos sempre incluir alimentos frescos nos cardápios

• Procuramos manter uma horta, mesmo pequena, para que as crianças

aprendam a plantar e cuidar das verduras

• As famílias são informadas sobre a alimentação da criança e suas

sugestões são bem recebidas;

NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO A DESENVOLVER SUA CURIOSIDADE,

IMAGINAÇÃO E CAPACIDADE DE EXPRESSÃO:

• Nossas crianças têm direito de aprender coisas novas sobre seu bairro,

sua cidade, seu país, o mundo, a cultura e a natureza

• Valorizamos nossas crianças quando tentam expressar seus

pensamentos, fantasias e lembranças

• Nossas crianças têm oportunidade de desenvolver brincadeiras e jogos

simbólicos

65

• Nossas crianças têm oportunidade de ouvir músicas e de assistir teatro

de fantoches

• Nossas crianças são incentivadas a se expressar através de desenhos,

pinturas, colagens e modelagem em argila

• Nossas crianças têm direito de ouvir e contar histórias

• Nossas crianças têm direito de cantar e dançar

• Nossas crianças têm livre acesso a livros de história, mesmo quando

ainda não sabem ler

• Procuramos não deixar as perguntas das crianças sem resposta

• Quando não sabemos explicar alguma coisa para as crianças, sempre

que possível procuramos buscar informações adequadas e trazê-las

posteriormente para elas

• Sempre ajudamos as crianças em suas tentativas de compreender as

coisas e os acontecimentos à sua volta

• Não reprimimos a curiosidade das crianças pelo seu corpo

• Não reprimimos a curiosidade sexual das crianças

• Bebês e crianças bem pequenas aproveitam a companhia de crianças

maiores para desenvolver novas habilidades e competências

• Crianças maiores aprendem muito observando e ajudando a cuidar de

bebês e crianças pequenas

• Não deixamos nossas crianças assistindo televisão por longos

períodos

• As famílias são informadas sobre o desenvolvimento de suas crianças

66

NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO AO MOVIMENTO EM ESPAÇOS AMPLOS:

• Nossas crianças têm direito de correr, pular e saltar em espaços amplos,

na creche ou nas suas proximidades

• Nossos meninos e meninas têm oportunidade de jogar bola, inclusive

futebol

• Nossos meninos e meninas desenvolvem sua força, agilidade e equilíbrio

físico nas atividades realizadas em espaços amplos

• Nossos meninos e meninas, desde bem pequenos, podem brincar e

explorar espaços externos ao ar livre

• Nossas crianças não são obrigadas a suportar longos períodos de

espera

• Os bebês não são esquecidos no berço

• Os bebês têm direito de engatinhar

• Os bebês têm oportunidade de explorar novos ambientes e interagir

com outras crianças e adultos

• As crianças pequenas têm direito de testar seus primeiros passos fora

do berço

• Reservamos espaços livres cobertos para atividades físicas em dias

de chuva

• Organizamos com as crianças aquelas brincadeiras de roda que

aprendemos quando éramos pequenos

• Procuramos criar ocasiões para as famílias participarem de atividades

ao ar livre com as crianças

67

NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO À PROTEÇÃO, AO AFETO E À AMIZADE:

• Nossas crianças sabem que são queridas quando percebem que suas

famílias são bem-vindas e respeitadas na creche

• Nossa creche respeita as amizades infantis

• Nossa creche valoriza a cooperação e a ajuda entre adultos e crianças

• Nossas crianças encontram conforto e apoio nos adultos sempre que

precisam

• Procuramos entender porque a criança está triste ou chorando

• Procuramos ajudar as pessoas da equipe quando enfrentam problemas

pessoais sérios

• Procuramos não interromper bruscamente as atividades das crianças

• Evitamos situações em que as crianças se sintam excluídas

• Evitamos comentar assuntos relacionados com as crianças e seus

familiares na presença delas

• Nossas crianças, mesmo quando brincam autonomamente, não ficam

sem a proteção e o cuidado dos adultos

• Conversamos e brincamos com os bebês quando estão acordados

• Nossas crianças recebem atenção quando nos pedem ou perguntam

alguma coisa

• Procuramos proteger as crianças de eventuais agressões dos colegas

• Ajudamos as crianças a desenvolver seu autocontrole e aprender a

lidar com limites para seus impulsos e desejos

• Explicamos as crianças os motivos para comportamentos e condutas

68

que não são aceitos na creche

• Nunca deixamos de procurar entender e tomar providências quando

nossas crianças aparecem na creche machucadas e amedrontadas

NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO A EXPRESSAR SEUS SENTIMENTOS:

• Nossas crianças têm direito à alegria e à felicidade

• Nossos meninos e meninas têm direito a expressar tristeza e

frustração

• Procuramos ensinar meninos e meninas como expressar e lidar com

seus sentimentos e impulsos

• Procuramos sempre enfrentar as reações emocionais das crianças com

carinho e compreensão

• Procuramos sempre entender as reações das crianças e buscar

orientação para enfrentar situações de conflito

• O bem-estar físico e psicológico das crianças é um de nossos objetivos

principais

• Ajudamos as crianças a desenvolver sua autonomia

• Sempre conversamos com as crianças sobre suas experiências em

casa e no bairro

• Nossas crianças podem, sempre que querem, procurar e ficar perto de

seus irmãozinhos que também estão na creche

69

• Nossas crianças expressam seus sentimentos através de brincadeiras,

desenhos e dramatizações

• A manifestação de preconceitos de raça, sexo ou religião nos mobiliza

para que procuremos incentivar atitudes e comportamentos mais

igualitários na creche.

NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO A UMA ESPECIAL ATENÇÃO DURANTE

SEU PERÍODO DE ADAPTAÇÃO À CRECHE:

• As crianças recebem nossa atenção individual quando começam a

frequentar a creche

• As mães e os pais recebem uma atenção especial para ganhar confiança

e familiaridade com a creche

• Nossas crianças têm direito à presença de um de seus familiares na

creche durante seu período de adaptação

• Nosso planejamento reconhece que o período de adaptação é

um momento muito especial para cada criança, sua família e seus

educadores

• Nosso planejamento é flexível quanto a rotinas e horários para as

crianças em período de adaptação

• Nossas crianças têm direito de trazer um objeto querido de casa para

ajudá-las na adaptação à creche: uma boneca, um brinquedo, uma

70

chupeta, um travesseiro

• Criamos condições para que os irmãozinhos maiores que já estão na

creche ajudem os menores em sua adaptação à creche

• As mães e os pais são sempre bem-vindos à creche

• Reconhecemos que uma conversa aberta e franca com as mães e os

pais é o melhor caminho para superar as dificuldades do período de

adaptação

• Observamos com atenção a reação dos bebês e de seus familiares

durante o período de adaptação

• Nunca deixamos crianças inseguras, assustadas, chorando ou apáticas,

sem atenção e carinho

• Nossas crianças têm direito a um cuidado especial com sua alimentação

durante o período de adaptação

• Observamos com cuidado a saúde dos bebês durante o período de

Adaptação.

NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO A DESENVOLVER SUA IDENTIDADE

CULTURAL, RACIAL E RELIGIOSA:

• Nossas crianças têm direito a desenvolver sua autoestima

• Meninos e meninas têm os mesmos direitos e deveres

• Nossas crianças, negras e brancas, aprendem a gostar de seu corpo e

de sua aparência

71

• Respeitamos crenças e costumes religiosos diversos dos nossos

• Nossas crianças não são discriminadas devido ao estado civil ou à

profissão de seus pais

• A creche é um espaço de criação e expressão cultural das crianças, das

famílias e da comunidade

• Nossas crianças, de todas as idades, participam de comemorações e

festas tradicionais da cultura brasileira: carnaval, festas juninas, natal,

datas especiais de nossa história

• Nossas crianças visitam locais significativos de nossa cidade, sempre

que possível: parques, museus, jardim zoológico, exposições

• Nossas crianças visitam locais significativos do bairro, sempre que

possível: a padaria, uma oficina, a praça, o corpo de bombeiros, um

quintal

• Estimulamos os pais a participar ativamente de eventos e atividades na

Creche.

Destacamos que este material, elaborado pelo MEC, é fonte de estudo

desde o ano de 2009, em busca de qualificarmos as nossas ações educativas.

Este material é considerado, pela equipe docente e pelos demais educadores,

como um instrumento pedagógico rico, que resguarda os direitos de nossas

crianças, bem como, destaca os deveres desta escola da infância, sendo fonte

inspiradora em nossos planejamentos e em nossa prática pedagógica .

Foi fruto da análise deste documento: direitos das crianças, que

identificamos o direito que menos atendíamos, diante da estrutura do prédio:

ações educativas que garantissem o contato de nossas crianças com a natureza.

Desta forma passamos a desenvolver um Projeto Coletivo que atendesse a estes

direitos. Assim nasceu em 2012 o Projeto de esverdear e florir nossa escola,

levando o colorido de encontro ao cinza do cimento que predominava nas áreas

externas. Nosso projeto encontra-se nos anexos deste PPP.

No ano de 2016 esta unidade escolar, que defende a Escola da Infância,

que defende o exercício de uma prática pedagógica que respeite todos os direitos

das crianças, que tem por objetivo propiciar um atendimento educacional que

possibilite aos pequenos o desenvolvimento integral de seu potencial humano, se

deparou com uma prática pedagógica equivocada e desrespeitosa, que feria os

pressupostos, os princípios e os conceitos contidos em nosso PPP.

72

A existência de tal prática fez com que todo o plano formativo, direcionado

aos diferentes segmentos fosse replanejado.

O objetivo formativo para o ano de 2016 já se encontrava centrado na

prática pedagógica da Escola da Infância.

Caberia à D.G. acompanhar a prática dos educadores por meio das

observações em sala, realizar discussões de casos nos HTPCs, HTPs e Reuniões

Pedagógicas convidando o grupo de educadores a refletir se a prática desta

escola, fazia jus aos estudos já realizados pelo grupo, em busca da verdadeira

Escola da Infância: ( ... crianças como sujeito de emoções, de movimentos, de

interações ... que façam a vida da infância mais respeitada e bonita ... “Suely

Amaral Mello”).

A prática pedagógica, educativa dos educadores já era o centro formativo

do Plano de formação , durante o ano letivo toda equipe seria convidada e refletir

sobre sua prática e sobre a prática do coletivo, analisando se os princípios,

objetivos, conceitos e diretrizes de nosso PPP encontravam-se presentes nas

práticas pedagógicas diárias desta escola.

Contudo, não esperávamos, que iríamos nos deparar com uma prática tão

equivocada, uma prática que desrespeitava as diretrizes e orientações contidas

no PPP. Uma prática que nos fez revisitarmos de forma mais minuciosa nosso

PPP; que nos convidou a refletirem sobre os direitos das crianças pequenas no

espaço escolar e sobre quais ações docentes e educativas feriam tais direitos;

nos fez repensarmos sobre os deveres dos educadores em relação aos direitos

de nossas crianças e sobre o que vem a ser ética institucional, ética coletiva, ética

no sentido de fazer bem o bem.

O acompanhamento formativo realizado em 2016 possibilitou a todos,

revisitarmos o PPP e reafirmarmos que este documento, que o conteúdo do PPP,

não são letras jogadas ao vento, devendo constituir-se como bases, como

fundamentos às nossas práticas educativas junto às crianças. Sendo inadmissível

à verdadeira Escola da Infância a prática educativa desrespeitosa junto às

crianças.

Também buscamos ressaltar, que são exatamente o trabalho ético e

respeitoso que desenvolvemos junto a todas as nossas crianças, os indicadores

de fato da qualidade da nossa prática escolar. Não há qualidade em nosso

trabalho se os princípios dos direitos fundamentais das crianças não forem

diariamente vivenciados por toda equipe escolar.

73

As discussões e reflexões representaram ricos momentos de construção e

reconstrução formativa, individual e coletiva. Todos os educadores, com maior ou

menor impacto, sentiram-se responsáveis e obrigados a reverem suas ações

junto às crianças, indagando-se o quanto respeitavam os direitos de suas

crianças, e o quanto cumpriam seus deveres.

Portanto, nos parágrafos abaixo, acrescentaremos em nosso PPP, o

conteúdo trabalhado sobre a Ética e a Prática Ética na Escola da Infância.

Os autores que mais pautaram as formações e discussões, sobre a

importância da ética, em nossos diferentes momentos formativos foram: Leandro

Karnal, Clóvis de Barros Filho e Mario Sergio Cortella.

Leandro Karnal faz as seguintes afirmativas sobre Ética:

A ética investiga a base dos valores.

A ética é aquilo que devo fazer independente de não estar sendo

observado. Faço mesmo sabendo que não tem ninguém olhando.

Faço porque sei que é o certo a ser feito.

Não faço errado mesmo sabendo que não há testemunhas.

A ética não nasce com as pessoas, não é dom natural, a ética é

ensinada.

O código de ética de uma empresa não é apenas um papel que é

dado para o estagiário conhecer e cumprir. O código da empresa é

para todos igualmente.

As virtudes precisam ser cultivadas, os defeitos têm que ser

reprimidos.

Ser humano é ter defeitos, ser um ser humano ético é saber que é

preciso lutar contra estes defeitos, numa luta diária e constante.

Toda pessoa ética tem compromisso com a verdade. Tem justa

indignação. Uma pessoa ética briga, ela briga pelas causas corretas.

Temos que dizer basta para tudo que é estruturalmente ruim.

Caráter pode ser melhorado, ser trabalhado ano a ano. Quando

temos o objetivo de sermos pessoas melhores. Precisamos ser

melhores a cada dia. Essa luta só termina com a morte.

As normas não existem para serem interpretadas e sim para serem

executadas.

Eu tenho que ser a transformação que eu quero ver no mundo.

74

“Você tem que ser o espelho da mudança que está propondo. Se eu

quero mudar o mundo, tenho que começar por mim. Pratique

diariamente o silêncio da paz. Mahatma Gandhi”

A pessoa ética é livre, ela não precisa ser escrava de suas mentiras.

A vida ética é livre, a pessoa não precisa ser escrava de suas

mentiras.

A vida ética é válida porque me faz ter um sono tranquilo.

O inimigo da ética é a vaidade. Quando a pessoa se sente melhor

que a outra, melhor que todos os outros, passa naturalmente a

pensar que a regra, a lei, o dever são apenas para os outros.

Quanto maior o poder maior a necessidade de servir aos outros.

Quem tem poder manda, mas manda em nome de um Bem maior.

Temos funções diferentes, mas somos todos iguais.

Temos poderes diferentes, mas somos todos iguais.

Temos responsabilidades diferentes, mas todos somos igualmente

responsáveis pelo bem do coletivo.

Respeitar aquele que hierarquicamente está acima de mim, não é

ética é dever. Ética é respeitar aquele que lhe é subordinado.

Agir com ética é ter justa indignação com aquilo que é indigno. Agir

com ética é protestar contra aquilo que é dever causar protesto.

Escolher a vida ética não garanti chegarmos ao paraíso, mas evita

chegarmos ao inferno.

Não é possível ser feliz sem ser ético.

A vida que vale a pena ser vivida é a vida ética, é mais fácil ser

ético, dá menos trabalho, vive-se mais tranquilo, sem o medo

constante de ser descoberto em sua falta de ética.

Após refletirem sobre as afirmações contidas no vídeo do Leandro Karnal,

a equipe foi convida a refletir no coletivo sobre as seguintes afirmações e

apontamentos, trazidos pela D.G.:

O Respeito é imperativo não há qualidade do trabalho docente se

não houver respeito nas relações que o professor/educador

estabelece com todas as crianças;

Relação de respeito é: fazer bem o bem

75

Relação de respeito é princípio ético que não permite, por parte do

adulto: gritar, segregar, amedrontar, ameaçar, ofender, castigar e

humilhar.

Que diante da presença de ações desrespeitosas dos educadores, é

dever dos responsáveis, da D.G.: Notificar o Conselho Tutelar e

enviar relatório circunstanciado à S.E.

Num ambiente ético coletivo, quem são os responsáveis? Todos

aqueles que presenciam as ações; todos somos responsáveis, o que

nos diferenciam são nossas funções, nosso nível de poder (a

hierarquia), mas independente da nossa função – do poder correlato

as nossas funções – Todos somos responsáveis pelo bem maior -

“Pela prática pedagógica ética”

Práticas desrespeitosas nas relações dos educadores junto às

crianças, são indicativos de falta de qualidade no atendimento

realizado junto às crianças. E esta afirmação não é desta D.G. e sim

do MEC.

Agir com ética é ter justa indignação com aquilo que é indigno.

Agir com ética é protestar contra aquilo que deve ser causa de

protesto.

Já ao final da formação, conseguimos junto aos diferentes segmentos,

realizar as seguintes conclusões:

Escola Ética: é aquela onde todos os funcionários são responsáveis

em fazer o bem, o bem pensando no coletivo; respeitando as

crianças, buscando seu bem estar e sua segurança. Que pratica a

igualdade, visando o bem comum, sendo uma instituição justa.

Sendo uma instituição justa, com o propósito de fazer bem o que se

faz, fazendo o bem. Bem como, sendo aquela de tem como base o

respeito e o bem de todos e para todos.

Prática Ética: aquela que estimula o encantamento das crianças; que

dá ênfase na afetividade e no respeito em detrimento da prática do

autoritarismo e do medo; que lida com os conflitos entre as crianças

e com as crianças, por meio do diálogo, constância e amor; pratica o

PPP, visando sempre o bem coletivo e não o bem individual. A

76

prática que respeita e pensa em todos e todas. A prática que

considerando o bem estar coletivo.

Educador Ético: é aquele que se assume responsável pela formação

das crianças; que assume e pratica aquilo que acredita, não sendo

afetado pela cultura da negatividade. É aquele que se sente bem

fazendo bem e o bem. É aquele que sente um prazer imenso ao ver

suas crianças aprendendo, mas sabe ser orgulhoso sem ser

soberbo, sabe satisfazer-se sem ser arrogante. Que tem como base

o respeito ao bem coletivo, o bem para todos. É aquele que busca

transformar-se, tendo como base as transformações que deseja ver

no mundo. É aquele que não se permite desenvolver a prática

egoísta, que não se sente melhor que os demais, que sabe que as

regras, normas e combinados devem ser em nome do coletivo e

para o coletivo, não se isentando deste coletivo.

Concluímos o ano letivo conscientes que toda qualidade da escola da

Infância baseia-se no atendimento e relação respeitosa junto às crianças, às suas

necessidades, possibilidades e potencialidades humanas. Assumindo o

compromisso de exercer o ofício pedagógico ético.

" O que eu penso, não muda nada além do meu pensamento, o que eu

faço a partir disso, muda tudo!"

Leandro Karnal

DOCÊNCIA COMPARTILHADA

Outra ênfase formativa, no ano de 2016, foi quanto à máxima do trabalho

pedagógico de 0 a 03 anos: exercício da docência compartilhada.

Após reflexões e discussões esta equipe concluiu que a docência

compartilhada é uma prática específica, exigida na prática docente e educacional

das creches.

77

Desta forma esta equipe entende que o diálogo e respeito entre os

educadores é fundamental. Se o educador não tiver abertura para o diálogo,

respeito pelas diferenças, capacidade de ceder e de rever sua prática, este

educador não tem perfil para o trabalho docente em creche.

Os educadores desta EMEB entendem que a docência compartilhada é um

instrumento pedagógico, para isto, sua prática pedagógica e educacional

precisam ser fonte de reflexões constantes.

O trabalho em trio ou quarteto, exige de todos os educadores o

compartilhamento:

Das observações sobre as crianças.

De suas reflexões sobre as crianças.

Dos seus registros.

Dos seus planejamentos.

Dos seus projetos.

Defendemos que somente a prática pedagógica/educacional compartilhada

garante às crianças o atendimento respeitoso. Entendemos que a criança em

período integral, não pode ser tratada, exigida, atendida de maneiras divergentes

por seus educadores. Portanto, apenas a docência compartilhada possibilita aos

seus educadores o desenvolvimento do trabalho pedagógico coeso.

78

3. ROTINA ATIVIDADES DA ROTINA DIÁRIA DOS ALUNOS

No dicionário, dá-se por significado de rotina acomodação, porém o uso

deste termo no âmbito escolar vai além desse significado, porque o objetivo na

creche deve estar fundamentado nos princípios básicos da educação infantil:

autonomia, construção da identidade, interação e acesso a cultura elaborada.

'',,, o tema rotina é um componente importante de um projeto educacional que

se preocupa com a formação integral do sujeito...'' (proposta curricular caderno

2).

A rotina faz parte da escola, ela estrutura o cotidiano, proporciona, a todos

os envolvidos, segurança e previsão do que vai acontecer, diminui a ansiedade a

respeito do que é imprevisível ou desconhecido, organiza o espaço escolar e

otimiza o tempo. Isso se dá pela repetição constante, que ajuda a criança a

construir a noção temporal e realizar previsões. Uma estratégia que favorece essa

construção é dar conhecimento diário da rotina aos alunos, antecipando a agenda

do dia logo pela manhã, com ilustrações ou fotos de apoio à escrita. Pode-se

construir a agenda em dois tempos: de manhã e à tarde, após o repouso. Quanto

menores as crianças, essa construção necessita ser com menos elementos. No

caso dos bebês, por exemplo, pode-se usar fotos de três ou quatro espaços e

trabalhar com eles a noção de antes e depois e “está na hora de...”

A rotina tem que ser bem planejada e estruturada, levando-se em conta as

necessidades educacionais e as especificidades de cada grupo e faixa etária,

bem como, o projeto desenvolvido pela turma. Devendo também ser

considerando os diferentes ritmos das crianças e as diferentes especificidades

das turmas. Portanto, tão importante quanto a organização da rotina e dos

quadros de horário é o olhar flexível das professoras para as necessidades de

replanejamento e de reorganização.

No período inicial do ano letivo, chamado de período de adaptação, os

educadores precisam centralizar suas ações e atenções às necessidades afetivas

e emocionais das crianças, apresentando-lhes a rotina da turma, os espaços e

objetos, diante de suas possibilidades. Sendo assim, o olhar flexível dos

educadores frente à rotina e ao planejamento é fundamental para que a criança

se adapte e sinta-se acolhida e segura no ambiente da escola.

79

Outro aspecto importante a ser contemplado na construção da rotina é a

necessidade de alternância entre atividades de expansão que possibilitam mais

movimentos e as atividades que propõem atenção e concentração. O

“termômetro” deverá ser sempre às demandas das crianças, da turma. Demandas

diferentes exigem rotinas diferentes.

A observação, avaliação e reflexão dos educadores sobre o como a rotina

está ocorrendo trará elementos para o replanejamento, para reorganizá-la de

modo que atenda melhor às necessidades das crianças.

A rotina é imprescindível à construção da criança autônoma. Pois quanto

mais esta conhece e antecipa sobre as diferentes atividades do dia, maiores

serão suas possibilidades de exercer seus diferentes fazeres de forma autônoma.

Faz-se fundamental ressaltar que a rotina precisa favorecer e possibilitar às

turmas o exercício da escolha, movidas por seus interesses.

Nesta faixa etária é imprescindível que as crianças possam ter contato com

uma rotina que lhes permita, autonomamente, fazer escolhas; desta forma o mais

adequado à rotina de 0 a 03 anos é a didática de propostas diversificadas,

evitando-se o planejamento de propostas únicas a todos; pois, principalmente,

nesta faixa etária os interesses, ritmos e tempos de concentração diferenciam-se,

e muito. Exigindo do educador o desenvolvimento de uma rotina que vise o

oferecimento de mais de uma proposta, de mais de uma ação educativa. O

planejamento das professoras pode vislumbrar uma ação central, mas deve

também contar com propostas em segundo plano, que permitam às crianças, que

não se envolveram com a proposta central envolverem-se e agirem com outros

objetos, brinquedos ou propostas.

ORGANIZAÇÃO DA ROTINA

ATIVIDADE DIÁRIA DE AUTO IDENTIFICAÇÃO E DE IDENTIFICAÇÃO DO

GRUPO: (CHAMADA)

Este momento é privilegiado para favorecer a construção da identidade

individual e coletiva, à medida que as crianças têm a possibilidade de se auto

reconhecer e de identificar os coleguinhas e os adultos referências de sua turma.

80

Como em todas as demais ações pedagógicas, desenvolvidas juntas às

crianças pequenas, quanto mais lúdica for a proposta melhor será o envolvimento

das crianças. Portanto, faz-se necessário realizar a atividade:

Em forma de brincadeira;

Com músicas;

Com fotos;

Em rodas de conversa;

Guardando Mochilas;

Deve ser uma proposta atrativa e criativa, não se transformando em

atividade mecânica ou que exija da criança um período de espera que venha

comprometer seu interesse e participação.

Nas turmas de Infantil II, quando o grupo de crianças, sinalizar que a

escrita de seu nome lhe é significativo, ou seja, tem sentido; ou estando a criança

interessada pela escrita de seu nome, avaliamos ser este o indicativo de que as

plaquinhas com os nomes poderão ser mais um dos recursos desta atividade de

auto identificação e de identificação dos coleguinhas.

ATIVIDADE DIVERSIFICADA

São propostas de atividades que contemplam o processo do

desenvolvimento infantil, principalmente, sendo um instrumento rico quanto à

construção da autonomia e da identidade.

81

A diversificada propicia a interação das crianças com os espaços da sala e

com os objetos, favorecendo também o desenvolvimento social das crianças,

permitindo-lhes, dentro de suas possibilidades interagirem com seus coleguinhas

de sala e com os adultos referência de sua turma.

As propostas da atividade diversificada, para a faixa etária de 0 a 3 anos,

devem considerar as seguintes orientações:

São atividades planejadas pelo professor, com a contribuição das

auxiliares, sendo regidas pelos objetivos centrais: proporcionar a

construção da autonomia e da identidade, na medida em que a

criança escolhe o que mais a interessa, tendo a possibilidade de

exercer seu poder de escolha, demonstrando seus interesses e

desejos;

Será oferecido à turma, uma quantidade de propostas adequadas às

características específicas de cada agrupamento; ampliando o

número de propostas de acordo com as condições e interesses das

crianças. Sendo esta quantidade superior a 2 e inferior a 5. O

professor precisa estar atento às características de sua turma,

serão elas que nortearão a quantidade adequada de propostas;

Para ser considerada diversificada devemos considerar não só a

quantidade de propostas, mas também a diversidade de materiais

oferecidos;

Os espaços (cantos) deverão “falar por si só”; ou seja, a própria

organização dos espaços e dos objetos devem revelar às crianças

suas possibilidades exploratórias. Tal organização favorece uma

exploração mais rica e autônoma;

Propostas diversificadas, objetos diversificados implicam também

em exploração diversificada por parte das crianças. Portanto, o

educador precisa permitir que a criança explore as propostas da sua

maneira, estando tal exploração correlata ao seu desejo e ao seu

desenvolvimento;

Os materiais ou propostas oferecidos na diversificada não poderão

representar novidades à criança, pois o desconhecido não lhe

permite uma exploração autônoma. Contudo, caso a professora

opte por uma das propostas ser “novidade” terá que acompanhar as

82

crianças nesta proposta, o que lhe dificultará o acompanhamento

mais próximo das demais propostas;

A constância e permanência das propostas deverão estar a serviço

do interesse da criança, da turma; podendo ser suprimida,

modificada ou ampliada, mediante seu envolvimento.

As atividades diversificadas ocorrem, preferencialmente, no

momento de entrada e saída das crianças, devido favorecerem este

contexto de chegada e saída, bem como, por favorecerem a

exploração autônoma e interessada da criança, num momento em

que há apenas uma educadora responsável pela turma. Contudo,

ressaltamos que propor atividades diversas às crianças,

oportunizando-lhe o ato de escolha, em diferentes momentos da

rotina, ao invés de propor atividades únicas, deve fazer parte de

outros momentos da rotina, pois entendemos que crianças

diferentes têm interesses e ritmos diferentes, e as propostas

diversificadas privilegiam o atendimento à diversidade ;

Nos momentos de entrada e saída as propostas e objetos precisam

ser familiares às crianças, para que seja mínima a mediação do

professor. Pois nestes momentos o professor estará ocupado

acolhendo as demandas das crianças e dos familiares. Tanto na

entrada quanto na saída, ocorre de muitas crianças precisarem da

mediação afetiva direta da professora, necessitando de colo e

aconchego;

A atuação dos professores ocorrerá amplamente, ora como

observador, colhendo subsídios para construir um novo

planejamento; ora como parceiro mais experiente, atuando junto às

crianças;

O professor também precisa atentar-se às relações que se

estabelecem entre as crianças, estimulando as trocas entre elas e

observando as parcerias que ocorrem. Acreditando que entre as

próprias crianças há parcerias experientes que enriquecem as

ações das crianças;

83

A roda de conversa, antes ou depois da diversificada, pode ser um

valioso instrumento para a retomada dos combinados, diante das

dificuldades apresentadas pelas crianças.

RODA DE CONVERSA

“A roda de conversa é o momento privilegiado de diálogo e intercâmbio de

ideias. Por meio desse exercício cotidiano as crianças podem ampliar suas

capacidades comunicativas, desenvolver a fluência para falar, perguntar, expor

suas ideias dúvidas, descobertas, ampliar seu vocabulário e aprender a valorizar

o grupo como instância de troca e aprendizagem.” (Referencial Curricular para a

Educação Infantil).

Na escola de educação infantil a roda de conversa deve ser entendida

como um conteúdo de linguagem, tamanha sua importância.

A roda de conversa, sendo uma atividade diária e constante, apresenta-se

como um procedimento planejado, intencional e fundamental, promovendo um

84

encontro entre: os educadores e as crianças; as crianças; entre os diferentes

saberes.

O encontro promovido pela roda de conversa deve ser compreendido

como sendo um encontro entre os sujeitos, conversando sobre seus interesses,

desejos e necessidades. Embora ocorra diariamente, no caso da escola de

período integral até mais que uma vez ao dia, devemos ter clareza que cada roda

é única, sendo marcada por sua especificidade.

O educador precisa planejar tais momentos com muito cuidado,

planejando: o local; a organização espacial; os recursos materiais a serem

utilizados; a forma de convocação e de coordenação; a pauta; a duração e o

registro. Embora esta atividade requeira todos estes cuidados o educador

também precisa entender que deverá estar atento ao inusitado, ao imprevisto e ao

necessário. Buscando de forma flexível, aproveitar e inserir os novos encontros

(não planejados) que se apresentem no desenrolar de uma roda.

Falar de roda de conversa com os pequenos é entender que este é um rico

instrumento que pode e precisa ser aprendido. A arte do diálogo, do expor-se, do

comunicar-se, do ouvir e ser ouvido é um aprendizado.

A roda de conversa, no sentido de ser um encontro de interlocutores

diferentes exige o exercício constante da democracia, em que os saberes não são

mensurados hierarquicamente. Evidentemente os saberes dos adultos e crianças

são muito diferentes, mas não há aquele que é o melhor. Ambos precisam ser

considerados, as linguagens verbais e não verbais das crianças indicam aos

educadores sobre as formas de leitura que estas já construíram sobre o mundo

que as rodeiam. O educador que ouve, que dialoga com suas crianças aprende

sobre seus saberes e sobre suas necessidades.

Para a roda de conversa ser de fato um encontro entre os sujeitos e seus

pares e saberes evidencia-se a importância do planejamento, do diálogo, do ver e

ouvir o que as crianças estão falando, mesmo quando estas ainda não falam.

O encontro, a roda de conversa, também propicia às crianças o

desenvolvimento de outras aprendizagens. A própria estrutura e as regras da roda

de conversa desenvolvem nas crianças sua capacidade de concentração,

atenção, respeito à fala do outro, postura de ouvinte e de ser falante. A roda de

conversa coloca a criança que ainda não fala no lugar de sujeito apto a falar, a

comunicar-se. Neste lugar, a criança passa a desenvolver seu potencial

comunicativo, sua linguagem oral e gestual.

85

Na faixa etária de 0 a 03 anos a roda de conversa exige dos educadores

uma leitura minuciosa, ouvindo a criança em seu todo: sua linguagem oral,

corporal, emocional e gestual. Entendendo e intervindo diante de suas diferentes

reações. Mais do que falante o educador precisa ser um leitor ao planejar e

coordenar a roda de conversa.

Na educação infantil a roda de conversa tem importância fundamental, esta

promove o desenvolvimento comunicativo global, desenvolve a elaboração e

realização das primeiras palavras, das primeiras frases e das primeiras narrativas,

debates e discursos. Ao interagirem com seus pares e com os adultos as crianças

pequenas aprendem a estrutura da linguagem oral. As primeiras palavras vão

dando lugar às primeiras frases e às primeiras narrativas. No papel de interlocutor

a criança vai construindo-se, paulatinamente. A voz que é dada às crianças na

roda de conversa as impele e as impulsiona ao desenvolvimento de suas

potencialidades comunicativas.

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA A HORA DA CONVERSA:

A roda de conversa deve ser planejada (local, espaço, disposição dos

sujeitos e materiais, recursos materiais, forma de chamamento, tipo de

coordenação e registro), com o intuito de promover encontros entre os

sujeitos e seus saberes;

As crianças devem ser consideradas e colocadas no papel de

interlocutores;

Utilizar diferentes recursos para mediar e explorar o desenvolvimento da

linguagem verbal: imagens, fotos, caixa tátil, caixa surpresa, objetos,

fantoches entre outros.

O educador, que é o sujeito mais hábil do ponto de vista linguístico, deve

atribuir significado às falas das crianças e por vezes socializar o que está

sendo falado para todo o grupo caso a criança não consiga se expressar

coerentemente;

Propiciar alternâncias de falas, procurando manter a continuidade e o

encadeamento do assunto;

Organizar o funcionamento da roda de conversa dando voz e “escuta” a

todos, organizando as falas e sinalizando quem está com a palavra;

86

Responder coerentemente ao que a criança pergunta;

Valorizar a fala das crianças, sendo um ouvinte atento e propondo

questões que prolonguem suas narrativas;

Apoiar a criança na construção de seus enunciados, ajudando-a a

organizar e encadear seus pensamentos em função do sincretismo, por

exemplo, uma fala às vezes parece desconexa, mas a criança faz ligações

que nem sempre são lógicas para os adultos; uma palavra substitui uma

frase; fala de fatos que imagina ter vivido como se fosse realidade; imita

(repete) o que o outro fala; se interrompida quando fala a criança nem

sempre consegue prosseguir no assunto sem ajuda;

Fazer perguntas direcionadas para que uma criança responda, evitando

assim que todos respondam ao mesmo tempo ou que ninguém responda;

Falar corretamente com a criança, não infantilizando a linguagem (falas no

diminutivo, simplificações)

Fazer registro de roda para planejar futuras intervenções, ou mesmo para

melhor observar e avaliar as aprendizagens que estão em construção, as

já construídas e as que necessitam de maior intervenção do educador;

Determinar apenas um coordenador para a roda;

Cuidar para que nossas respostas às crianças sejam compreendidas por

elas, sendo claras e objetivas;

Considerar e convidar as crianças caladas, as aparentemente desatentas,

incentivando-as a participarem da roda;

Evitar perguntas do tipo: “QUANDO?” “ONDE?” Pois as crianças dessa

idade não possuem domínio do conceito temporal e espacial e essas

perguntas podem inibir a fala.

87

HORA DA HISTORIA

“ Os professores abrem caminhos para uma interação surpreendente com o

mundo da leitura escrita.”

Ana Lucia Antunes Bresciane

A Hora da História, ou a Roda de História, propicia o desenvolvimento das

seguintes aprendizagens:

Linguagem oral;

Linguagem não verbal: gestual, emocional e expressiva;

Criatividade;

Imaginação;

Fortalecimento dos vínculos afetivos;

Construção da identidade;

Capacidade de escuta;

Postura de leitor;

Manuseio e interesse pelo mundo dos livros.

A leitura e a contação de histórias são práticas pedagógicas importantes e

diferentes, utilizadas pelas professoras para inserir as crianças no mundo da

88

leitura. Ambas propiciam os primeiros contatos com os livros, abrindo caminhos

para a interação das crianças com os livros e com universo da leitura e escrita.

Nas Rodas de Histórias ambas as práticas são utilizadas pelas

professoras, dependendo do planejamento, do livro ou de seu conteúdo. A leitura

e a contação exigem da professora didáticas diversas, bem como, atendem a

objetivos e conteúdos diferentes.

As situações de leitura aproximam a criança do mundo letrado, do

vocabulário sofisticado, da linguagem escrita e instigam mais diretamente a

curiosidade da criança pelo próprio livro. Já a contação aproxima a criança da

ludicidade, da diversão, da linguagem falada e cênica.

Tanto a leitura quanto a contação exigem das professoras: planejamento e

preparação. O objetivo maior é que a criança seja inserida no mundo da leitura e

dos livros de forma prazerosa, desenvolvendo desde o berçário a postura de

leitores e ouvintes.

Nesta U.E. a Roda de História é uma prática diária de todas as turmas.

Acreditamos que não existam histórias específicas para bebês, existem boas

histórias infantis, aquelas que envolvem e permitem o deleite de todas as

crianças.

Abaixo citamos algumas orientações didáticas para o desenvolvimento da

Roda de História:

A professora ou educadora, deve ser uma leitora e uma contadora

envolvente, encantadora e instigante. Deve conhecer as

preferências e interesses de sua turma

Deve conhecer a história com antecedência, preparando-se para a

realização da Roda de História, por meio da leitura ou da contação;

Criar um ambiente cuidadosamente preparado, sendo este

agradável, aconchegante e convidativo;

Mobilizar as expectativas das crianças. Atiçando seu interesse pela

história;

Permitir que as crianças vejam as páginas, textos e ilustrações,

durante a leitura;

Ler as histórias tal qual foram escritas, não subestimando as

crianças, não trocando ou reduzindo a qualidade do vocabulário;

muitas vezes é a sonoridade diferenciada das palavras que lhes são

89

estranhas que produzirá o maior interesse na escuta ou na

participação da criança;

Considerar as características da faixa etária das crianças,

selecionando os livros para a leitura e contação, observando: a

qualidade do texto e das ilustrações. Quando a escolha do livro se

der devido à qualidade das ilustrações, estas devem ser claras e

expressivas. Já, se a opção do livro se der devido à qualidade

textual este deve ser claro, com começo meio e fim. Principalmente

nas atividades de leitura. Não é o número de páginas ou o tamanho

do texto que o qualifica e sim sua capacidade de envolver, com seu

enredo instigante, a atenção das crianças pequenas;

Imprimir ritmo à narrativa;

Utilizar diferentes vozes na leitura ou contação;

Utilizar múltiplos recursos como: a dramatização, fantoches, teatro

de varetas, objetos animados, sucatas, teatros de sombra, etc.;

Permitir o livre manuseio das crianças, após a leitura do livro.

Orientando as crianças quanto aos cuidados necessários no

manuseio do livro lido e de outros que venham a ter acesso após a

leitura e a contação;

A caixa de livro da turma deve sempre estar de fácil acesso às

crianças para que estas possam escolher em diferentes momentos

explorar, manusear e se aprazer dos livros;

Com crianças de 2 e 3 anos é possível contar uma história mais

longa em capítulos, porém é preciso ter a preocupação de garantir

um certo suspense entre um dia e outro. Saber em qual momento

interromper a leitura, instigando-os a levantarem hipóteses sobre o

que acontecerá com os personagens e com a história, como poderá

ser o final, etc. Quando retomar a leitura, no dia seguinte, deve fazer

um breve resumo do que já foi lido, para situar as crianças. Nestes

casos o suspense é “alma do negócio”;

Diversificar os gêneros literários, causos, contos da tradição oral,

histórias sobre povos e culturas, mitos, lendas, fabulas, contos de

fadas, etc.;

90

Iniciar uma história situando as crianças quanto ao autor do livro e

ilustrador;

Trazer para junto de si as crianças que apresentam menor interesse

pela Roda de História, buscando envolvê-las de diferentes formas,

mas respeitando seus limites e possibilidades. A postura de leitor é

construída pela criança, por meio do contato diário com as Rodas de

Leitura e de Contação. De forma alguma a professora deverá

interromper a contação ou a leitura para chamar atenção de alguma

criança que não esteja aparentemente participando da atividade. Tal

atitude quebra o encanto do momento, sendo injusto para todos os

demais que estão envolvidos com a história e o livro;

Recontar a mesma história várias vezes ajuda as crianças a se

apropriarem pouco a pouco do conteúdo da história, favorecendo a

construção da competência narrativa, bem como, a capacidade de

poder antecipar os acontecimentos já conhecidos. A criança e seu

interesse deve ser o crivo avaliativo da professora, a história pode

ser repetida até que a criança e a turma deixem de solicitá-la Caberá

à professora dosar em quais momentos estas serão repetidas,

atendendo ao interesse da criança, mas também buscando ampliar

o repertório da turma;

As diferentes versões dos clássicos devem ser apresentadas às

crianças quando estas já conhecem a versão original, pois

conhecedores das histórias terão repertório para vislumbrarem as

diferenças entre uma e outra versão;

Quando as crianças fizerem perguntas no momento em que a

história está sendo lida, deve-se responder e continuar a leitura.

Caso ela não se sinta satisfeita explique-lhe que no final retomará o

assunto;

Considerar e respeitar o modo particular e genuíno da criança ser e

pensar, valorizando o que as crianças dizem e sua forma de

expressar-se.

91

Em 2015 realizamos discussões sobre a prática da leitura de histórias mais

longas, tanto voltadas às crianças do Infantil I quanto às do Infantil II, concluindo

que:

após a hora da leitura já fazer parte da rotina da turma;

após os pequenos leitores já mostrarem suas primeiras aprendizagens

quanto às posturas de leitores e de ouvintes;

após o gosto pela hora da leitura já ter sido desenvolvido.

Tanto as crianças de 02 anos quanto as de 03 anos são capazes de

ouvirem histórias mais longas, desde que estas sejam histórias interessantes,

coerentes à faixa etária, quanto ao conteúdo, quanto à qualidade literária e não

quanto à quantidade de páginas.

Outra conclusão é de que o pequeno leitor é capaz de usufruir de textos

com palavras mais rebuscadas, pois estas dentro do contexto encantam e são

passíveis de compreensão, não cabendo ao leitor fazer uso de sinônimos que

empobreçam o texto.

Temos clareza que embora tenhamos construído tais conclusões esta

formação deve ser contínua, ano a ano, por meio de socializações de boas

práticas, por meio da socializações dos projetos ou de vídeos que fortaleçam tais

verdades sobre os pequenos grandes leitores desta U.E.

92

ATIVIDADE DE BIBLIOTECA CIRCULANTE

A proposta de inserirmos esta atividade como parte de nossa rotina

semanal partiu de algumas professoras. Diante da solicitação destas junto à dupla

gestora, considerou-se importante levar a discussão para o grupo, para que

coletivamente a avaliássemos e a desenvolvêssemos. De forma unânime a

atividade foi aprovada pelo grupo, que passou a discutir sobre as ações

necessárias à sua implantação.

Primeiramente ficou acordado que a atividade seria inserida após a reunião

com pais do mês de abril, com o propósito de socializar com os mesmos sobre os

objetivos e sobre a importância da atividade. Construindo junto aos responsáveis

o conceito de que a validade da atividade só será concretizada diante da parceria

entre a família e a escola.

Após discutirmos e realizarmos algumas leituras de apoio defendeu-se a

implantação desta atividade por acreditar que:

O hábito da leitura precisa ser iniciado na primeira infância, porque

esta estimulação inicial influenciará a vida adulta de nossas

crianças, em sua relação com o mundo da leitura;

93

Cabe à escola propiciar acesso aos livros e a momentos agradáveis

de leitura, para assim poder contribuir no desenvolvimento do

imaginário da criança, inserindo-a no mundo simbólico, por meio de

vivências e dos sentimentos emanados pelas contações de histórias

e pelos momentos de leitura.

Justificativa central: acreditamos que a criança que cresce ouvindo

histórias infantis desenvolve seu imaginário, tornando-se um leitor em potencial.

Objetivos:

Desenvolver o imaginário da criança;

Propiciar o desenvolvimento do gosto por ouvir histórias e por

manusear livros;

Aproximar a criança do mundo da leitura de forma prazerosa;

Inserir a criança no mundo simbólico; possibilitando-lhe, por meio

das histórias, vivenciar seus medos, perdas, sucessos, alegrias,

conflitos e tristezas;

Instigar a criança a desenvolver a leitura de imagens;

Ampliar vocabulário;

Desenvolver a capacidade de memorização, atenção e

concentração;

Estimular a construção da postura leitora e ouvinte;

Fazer do livro um brinquedo ou instrumento: aprendente;

Aproximar a criança pequena do universo da linguagem escrita;

Propiciar contato com o mundo da leitura no contexto familiar.

Orientações Didáticas:

Construir um texto informativo e formativo que deverá ser entregue

aos pais na apresentação da proposta da atividade de Biblioteca

Circulante;

Montar os kits das turmas, com pelo menos 25 livros por caixa;

Apresentar a proposta da atividade aos pais e responsáveis em

reunião com pais;

94

Expor aos pais sobre os objetivos educacionais contidos na

atividade;

Orientar os pais e responsáveis quanto à importância do ambiente

favorável à contação de histórias e leituras;

Orientar adultos e crianças a terem os devidos cuidados com o

acervo;

Apresentar o acervo aos pais;

Fazer o primeiro empréstimo na reunião com pais, sendo o pai/ mãe/

responsável o sujeito da 1ª escolha;

Implementar a atividade com as crianças na semana seguinte,

ocorrendo às 6ª-feiras, devendo o livro ser devolvido na 2ª-feira.

Sempre que houver feriado na 6ª-feira o livro será retirado na 5ª-

feira;

Os educadores farão o controle do empréstimo e devolução dos

livros;

Compreender que alguns livros se perderão, mas que cabe aos

educadores construírem um trabalho respeitoso e formativo junto às

famílias, não as expondo e entendendo os contratempos e

imprevistos que vierem ocorrer;

A criança nunca deverá ser punida, deixando de levar o livro

semanalmente, mesmo que não tenha trazido os livros anteriores;

Convidar os pais e responsáveis a registrarem a experiência de

leitura do final de semana, sempre que desejarem e se sentirem à

vontade;

Construir livros auditivos para os pais deficientes visuais, cegos;

Ligar semanalmente, aos pais deficientes visuais/ cegos,

informando-lhes sobre o título da história escolhida pela criança,

bem como, caso a história não seja conhecida dos pais, situá-los

sobre a história, para que estes possam contá-las aos filhos.

95

Foto explicitando o desenvolvimento da postura de leitor e o interesse prazeroso pela leitura e manuseio de

livros e demais materiais gráficos.

96

BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS

O ato de brincar é importantíssimo em qualquer faixa etária, através da

brincadeira a criança vai relacionar-se com o outro, com o meio e descobrir o

mundo em que vive.

O brinquedo pode ser os industrializados e os estruturados ou feitos com

sucata, não estruturados. O importante é que todos os materiais que serão

utilizados pelas crianças estejam adequados à sua faixa etária, permitindo-lhes

uma exploração independente e segura. Para tanto tem que ser seguro, não ter

faces pontiagudas, nem peças pequenas que podem vir a se soltar. Os

brinquedos quebrados precisam ser retirados do uso. Além disso, os brinquedos

precisam ser lavados constantemente. Os que são utilizados pelas crianças

menores, do berçário final, devem ser lavados diariamente.

No primeiro momento a criança vai explorar o brinquedo de diferentes

formas: ela vai jogá-lo para cima, para baixo, arrastar, às vezes ate colocá-lo na

boca, pois esta ainda é uma de suas formas de exploração. A criança tende a

explorar os brinquedos em todas suas possibilidades, cabendo aos educadores

mediarem o brincar, enriquecendo as possibilidades exploratórias pertinentes aos

brinquedos.

A quantidade de brinquedos deve ser suficiente à quantidade de crianças

97

da turma, de modo a não potencializar as disputas entre elas, sabemos que tal

disputa faz parte do desenvolvimento infantil, e que esta promove aprendizagens

sociais, contudo deve ter-se uma quantidade mínima dos objetos oferecidos à

turma, para que as possíveis disputas sejam saudáveis, passíveis de serem

mediadas pelos educadores.

As brincadeiras são pensadas considerando a adequação dos espaços,

para que estes favoreçam a melhor exploração da criança. Consideramos

importante ressaltar que os espaços devem ser seguros, acolhedores e

oferecerem situações de aprendizagens às crianças. Um instrumento rico de

exploração é a construção de ambientes mais restritos, em que a criança possa

optar por ficar mais afastada, mais tranquila e até mesmo isolar-se diante de sua

necessidade. Para assegurarmos estes direitos e necessidades utilizamos muito a

construção de diferentes modelos de cabaninhas, com diferentes materiais e

objetos, nos diferentes espaços da escola.

As brincadeiras de movimento têm como objetivo o desenvolvimento

integral facilitando não só a expressão como o desenvolvimento motor e a

interação com o meio e com outras pessoas, demonstrando vontades e desejos.

Essas atividades também exigem cuidados:

Os combinados são reforçados a toda hora, porque nessa faixa etária: 0 a

3 anos, o desenvolvimento da comunicação oral ainda é muito inicial, e será a

atitude do educador, ensinando a criança constantemente, sobre o cuidado

consigo mesma e com o outro, que a ajudará a brincar da maneira mais segura

possível;

Além de reforçar os combinados, os educadores devem manter-se atentos

às crianças, evitando ou amenizando possíveis quedas;

A intervenção do educador deverá estar presente a todo momento,

oferecendo à criança o apoio físico ou emocional, adequados às suas

necessidades. Auxiliando-os nas atividades de: subir, descer e de equilíbrio,

encorajando-os a participarem das diferentes atividades;

Na hora da motoca, cabe ao educador mediar a brincadeira, para que as

crianças não se trombem, estabelecendo um fluxo de movimento, demarcando o

local para circular e explorar, de modo que seja oferecido outro espaço seguro

aqueles que não querem brincar de motoca;

Ressaltamos que em todo tipo de brincadeira: coletiva, em pequenos

grupos ou individuais, cabe aos educadores observarem os fazeres das crianças,

98

atentos às intervenções necessárias que se fazem presentes. Garantindo não só

a exploração segura, mas também rica da criança sobre o objeto. Na mediação

com a criança e seu brincar o educador será o parceiro experiente que levará a

criança a visualizar outras formas exploratórias, outras maneiras de brincar. Esta

mediação precisa ser fruto da observação atenta do educador, que lhe permita

detectar os saberes que a criança já construiu e aqueles que estão próximos ao

seu nível de desenvolvimento. Desta forma, fruto desta observação atenta o

educador não correrá o risco de subestimar ou superestimar a criança, trabalhará

diante de seu desenvolvimento proximal.

99

BRINCADEIRA SIMBÓLICA

O pensamento da criança evolui a partir de suas ações. As crianças

precisam vivenciar suas ideias em nível simbólico para poder compreender seu

significado na vida real. As crianças pequenas frequentemente aderem a

brincadeira de faz de conta, reproduzindo cenas da vida cotidiana. Desse modo, a

imitação desempenha papel importante no processo do desenvolvimento infantil,

pois a criança evoca, por imitação, objetos ou ações construídas por si mesma ou

por outro. A criança que brinca em situação imaginária, opera sobretudo, com

objetos que têm um significado; logo opera com palavras que substituem os

objetos. Assim, segundo Vygotsky, ao brincar, a criança toma consciência das

próprias ações e do fato de que todas as coisas têm seu próprio significado.

Portanto, as brincadeiras de faz de conta têm um papel fundamental no

desenvolvimento das funções psicológicas superiores (pensar, falar, imaginar,

criar, recriar, aprender a conviver no coletivo, desenvolver habilidades motoras,

resolver situações de conflito, etc.) Nas diferentes interações que as crianças

vivenciam na brincadeira simbólica, são oportunizadas ricas trocas entre as

crianças e trocas entre as crianças e os adultos, favorecendo assim experiências

significativas no processo de aprendizagem das crianças. Destacamos alguns

pontos fundamentais para promover o interesse e envolvimento das crianças nas

100

propostas: contemplar no planejamento à atenção e cuidado com a organização

do espaço, olhar atento às interações e às aprendizagens construídas pelas

crianças, mediação do educador, respeito ao tempo de envolvimento e interesse

das crianças e flexibilidade no desenvolvimento da proposta.

Entendemos que as brincadeiras simbólicas ocorrem em vários momentos da

rotina e em diferentes espaços da escola, mas objetivando promover um espaço

estruturado e organizado na rotina, oportunizamos um espaço adaptado com

propostas que convoquem às crianças representarem o contexto social. A equipe

de professoras é dividida em subgrupos para que se revezem no planejamento e

organização do espaço. A troca da proposta nesse espaço é feita mensalmente,

porém consideramos importante sempre avaliar o interesse e o envolvimento das

crianças.

ATIVIDADES DE CORPO E MOVIMENTO

São atividades que ocorrem diariamente com vistas a desenvolver

capacidades motoras, sociais, afetivas, comunicativas e cognitivas. Para Wallon,

“a afetividade, o ato motor e a inteligência são campos funcionais entre os quais

se distribui a atividade. (...) A pessoa é o todo que integra esses vários campos.”

(Galvão, 2002, p. 49). Essas atividades podem se organizar através de atividades

101

permanentes com regularidade definida pelo planejamento como, por exemplo, os

circuitos de desafios motores (percurso organizado com objetos que desafiem as

crianças a subir, saltar, escorregar, equilibrar-se, arrastar-se, passar por baixo

etc.) e as atividades intersalas; e atividades permanentes diárias, como a

brincadeira de motoca, as brincadeiras com música e movimento, o parque e as

atividades planejadas intencionalmente para atingir os objetivos desta área.

Quando falamos em atividades de corpo e movimento, nesta faixa etária,

estamos falando de permitirmos, oportunizarmos, intencionarmos o

desenvolvimento de atividades livres e dirigidas que permitam às crianças

aprenderem sobre o mundo com liberdade expressiva de seus movimentos, não

podemos esquecer que a criança pequena é pura ação, é puro movimento, até

mesmo seu desenvolvimento comunicativo, seu desenvolvimento oral, perpassa

pelo ato de mover-se no mundo. A criança pequena, pensa, se move e fala

simultaneamente.

ATIVIDADES DE ARTES VISUAIS

São atividades presentes em muitos momentos do cotidiano escolar da

criança, através das brincadeiras de modelagem, dos desenhos com diferentes

materiais, das pinturas, da exploração gráfica com giz ou carvão entre outras.

102

A apreciação de imagens, possibilitando às crianças expressarem o que

pensam e sentem em relação a elas, também faz parte da construção de

conhecimentos em artes visuais. Essas atividades são organizadas em pequenos

grupos na sala de aula, ou em outro espaço preparado e organizado, de modo

que seja possível o acompanhamento direto de um educador no ensino de

procedimentos e no auxílio aos cuidados necessários com relação aos materiais

apreciados.

Organizou-se na escola também um espaço coletivo, próprio às atividades

com artes, este fica no salão do refeitório da escola. Cada turma terá um horário

garantido para a exploração do espaço, de duas a três vezes por semana.

Quanto à organização do espaço, os materiais de arte devem ser

previamente selecionados e organizados pelos educadores, por meio do

planejamento o professor buscará ampliar o conhecimento das crianças sobre os

recursos e técnicas exploratórias, possibilitando à criança sua livre exploração e

manifestação artística.

O professor deverá considerar, que o mais importante está no âmbito do

percurso criativo da criança e não em seu produto final.

ATIVIDADES DE MUSICALIZAÇÃO

103

A música é um instrumento importante ao desenvolvimento global da

criança. Por meio de atividades com músicas possibilitamos às crianças:

desenvolverem: percepção sensorial, auditiva e rítmica; concentração;

socialização; disciplina; percepção corporal; autoconfiança; criatividade;

sensibilidade; raciocínio; reflexão, etc.

As atividades de musicalização estão previstas em nossa rotina diária, seja

de forma sistematizada ou não. Esses momentos requerem planejamento e

preparo do professor, escolha dos repertórios, da seleção de materiais e espaços

que serão utilizados.

A música pode estar inserida na rotina como um instrumento que: relaxa,

tranquiliza, conforta; principalmente no período de adaptação e no momento do

soninho. Mas, antes de tudo a música deve fazer parte da rotina da turma, com

intencionalidade pedagógica. Podendo ser uma proposta de brincadeira cantada,

brincadeira interativa (quando a criança encena, faz gestos, reage ao que ouve).

Também é utilizada com o objetivo de ampliar o conhecimento das crianças sobre

os diferentes sons dos diferentes instrumentos musicais. Outra proposta é

desenvolver o gosto musical da criança por diferentes gêneros musicais,

construção rica da humanidade, não encontrada e oferecida pelos meios de

comunicação.

Atividades com músicas possibilitam às crianças ampliarem seu repertório

linguístico e representam aos professores instrumentos de trabalho rico, no que

tange à apresentação da cultura elaborada.

Faz-se fundamental às professoras ampliarem seus próprios

conhecimentos sobre os diversos gêneros musicais, para desta forma,

oferecerem às crianças o acesso aos gêneros cultos, menos explorados pelas

mídias: rádio e televisão.

Para o ano de 2016 buscamos socializar práticas desenvolvidas nesta

escola, que tenham por objetivo ampliar e qualificar o gosto musical de nossas

crianças, com o intuito de apresentarmos a elas a diversidade dos gêneros

musicais regionais, nacionais e internacionais.

104

ATIVIDADES DE INTERAÇÕES: INTERSALAS, ENTRETURMAS,

BRINCANTES E TEATRANTES

Embasados pela teoria Sócio Histórico Cultural que afirma que: “ O ser

humano cresce num ambiente social e a interação com outras pessoas é

fundamental a seu desenvolvimento” Lev S. Vygotsky.

Considerando que defendemos uma concepção de educação interacionista

que considera a competência da criança pequena em construir conhecimentos

sobre si mesma e sobre o mundo, através da interação com o meio físico e social.

“ O eixo condutor dessa prática é a interação, já que é considerada um fator determinante

para o desenvolvimento infantil.”

Rosana A. Dutoit.

Partindo do pressuposto que a interação de crianças de idades diferentes é

um dos conteúdos da Educação Infantil, esta U.E. tem como objetivo, garantir na

rotina diária das turmas, a realização de atividades que possibilitem e estimulem o

desenvolvimento deste conteúdo educacional.

Acreditando na interação como conteúdo educacional, defendemos que

atividades com ênfase na interação oportunizam às crianças a construção de:

Procedimentos e atitudes fundamentais à vida em coletividade.

Propiciando o desenvolvimento da colaboração, ajuda, cooperação,

solidariedade e respeito;

Aprendizagens correlatas ao desenvolvimento da identidade:

habilidade em articular seus próprios interesses, indicar suas

preferências, defender seus pontos de vista e realizar colocações

com os demais, adultos e crianças;

Aprendizagens e desenvolvimento das habilidades de comunicação

e da linguagem oral por meio de parcerias estabelecidas com

crianças que já possuem uma comunicação ou uma linguagem

mais elaborada;

Diante do fato que as aprendizagens se dão na relação que a criança

estabelece com o meio; validando que quanto melhor a qualidade desta

105

interação, maior e melhor serão as aprendizagens construídas pela criança, por

conseguinte melhor será seu desenvolvimento global, faz-se irrefutável a

importância da promoção diária de tais atividades à rotina da criança pequena.

Principalmente, considerando que a jornada diária de permanência da criança

nesta escola chega à dez horas diária.

Embasados nesta concepção, sobre a importância da interação entre as

crianças/crianças e crianças/adultos, junto ao desenvolvimento infantil, teremos

como prática pedagógica o desenvolvimento de 03 tipos de atividades: Intersalas

– Entre turmas - Brincantes e Teatrantes.

Desde 2013 acordamos que o melhor horário para a realização das

atividades de interação deveria ser o das 10h05 às 10h30, momento em que o trio

de educadores estão juntas. Fato este que qualifica a atividade, podemos assim,

oferecer um número maior de adultos, de educadores, de mediadores, que

atenderão as necessidades das crianças em suas especificidades.

Em 2014 as atividades de interações ocorreram da seguinte forma:

2ª e 4ª-feira : Atividade de Intersalas

3ª e 5ª-feira: Atividade com as Brincantes e Teatrantes;

6ª-feira: Entre turmas.

Em 2015, com a reestruturação dos horários de trabalho das professoras,

devido à implementação da jornada formativa de 1/3, horário de HTP, nos

deparamos com uma nova realidade, não mais contaríamos com o trabalho de

trio, passando a ser em sua grande maioria, um trabalho em dupla. Sendo assim,

fez-se necessário repensar e replanejar as atividades de interação, buscando dar

continuidade a mesma, com a melhor qualidade possível.

Fruto desta discussão, a D.G. e a equipe de professoras entendeu que o

número de atividades deveria ser diminuído, passando de 08 para 05, pois assim

poderíamos contar com um número adequado de educadores por atividade,

realizando as mediações necessárias junto às crianças.

Outra alteração estava relacionada ao horário, as atividades deveriam

ocorrer tanto de manhã quanto à tarde, para que ambos os professores da turma

pudesse executar as propostas de integração junto à turma.

Os horários definidos pelo grupo foram: das 10h às 10h25 e das 15h às

15h25, sendo que as crianças teriam contato diário com a proposta, mas com

alternância dos horários.

106

A D.G. juntamente com a equipe docente validou a necessidade de que as

propostas sejam acompanhadas pela gestão e reavaliadas constantemente pelo

grupo, objetivando identificar as possíveis dificuldades que surjam, para que os

devidos acertos sejam planejados e implementados, para que as dificuldades

estruturais não venham a prejudicar a qualidade do trabalho já desenvolvido nas

propostas de interação, implementadas e construídas nos anos anteriores.

ATIVIDADES DE INTERSALAS

“As atividades intersalas assemelham-se às diversificadas, pois as crianças

escolhem quais as atividades que desejam realizar e com quem desejam realizá-

las Para tanto, alguns espaços da escola (salas de aula e pátio interno, por

exemplo) são organizados de forma estruturada (como oficinas). Nesses locais,

as crianças podem interagir e movimentar-se com autonomia.

Esse é um momento privilegiado para interações entre crianças e entre

crianças e adultos de grupos diferenciados. Além disso, possibilita a exploração

de outros espaços físicos da unidade.

É preciso garantir o contato entre crianças de diferentes faixas etárias. É

indicado também que se planeje a organização dos ambientes e que haja um

acompanhamento do movimento das crianças..”

Proposta Curricular de Ed. Infantil, volume II. Caderno 2, 2007, pp. 173-174)

107

A implantação da Atividade de Intersalas foi estabelecida nesta U.E. no ano

de 2010, sendo uma experiência nova para o grupo de crianças e para a maior

parte dos educadores. Sua implementação se deu de forma paulatina, ano a ano,

coube a D.G. desenvolver junto às professoras discussões que lhes

possibilitassem repensar, replanejar, reconstruir e qualificar as propostas de

interação.

Foi necessário primeiramente que o grupo passasse por um momento

formativo, estudamos e discutimos as potencialidades de aprendizagem desta

atividade e as orientações didáticas necessárias para a sua estruturação. O

grupo decidiu começar por uma atividade prévia chamada de: Atividades de

Integração. Esta atividade teve como objetivos:

Promover a socialização entre as crianças de idades e experiências

diferentes;

Oferecer diferentes vivências às crianças, possibilitando-lhes: contato com

outros educadores; conhecer outros espaços;

Preparar as crianças para a implementação da Atividade de Intersalas;

A atividade de Integração entre as turmas buscou familiarizar as crianças,

com os desafios de circularem posteriormente, com autonomia nos diferentes

espaços, aceitando as intervenções de adultos que não eram referência da turma.

A Atividade de Integração consistia em possibilitar que uma turma

visitasse a outra, realizando juntas uma determinada atividade. Promovendo

assim: a circulação das crianças em espaços diferentes ao de sua turma;

interagir, brincar com outras crianças e com outros adultos.

O grupo validou a necessidade de vivenciar a atividade de Integração no 1º

semestre, implementando a Atividade de Intersalas somente no 2º semestre.

No ano de 2011 o período de Integração foi de 04 semanas, sendo seguido

pela atividade de Intersalas, em 02 agrupamentos. O primeiro agrupamento,

turmas do corredor da direita, realizando a atividade às 3ª-feiras e as turmas do

corredor esquerdo às 5ª-feiras; somente no 2º semestre passamos a realizar uma

única atividade de intersalas, entre todas as 10 turmas.

No ano de 2012, estando os educadores mais familiarizadas com a prática

sistemática e semanal da atividade de intersalas, ficou estipulado que o período

de integração ocorreria logo após o período de adaptação ser concluído; este

iniciaria na 2ª quinzena de março e deveria ser de apenas 01 semana,

108

objetivando aproximar todas as crianças de atividades coletivas, estando juntas

de outras crianças e de outros adultos, que não apenas os de suas referências. A

atividade de Integração passou a ter o caráter de “boas-vindas”, de acolhimento

entre as turmas.

Em seguida, na última semana de março, passamos a realizar as

atividades de intersalas entre as 10 turmas, 01 vez na semana, sendo às 5ª-feiras

das 10h15 às 10h45.

Em 2011 a atividade de Intersalas iniciou, no primeiro semestre, às 5ª-

feiras, com todas as 10 turmas. No segundo semestre, o objetivo da dupla

gestora, apoiadas pela Orientadora Pedagógica seria ampliar a realização da

atividade, fazendo com que a mesma ocorresse duas vezes na semana: às 3ª e

5ª-feiras, com todas as 10 turmas.

No entanto, no decorrer do primeiro semestre, frente às discussões e

replanejamentos das atividades de Intersalas, mediadas pela formação oferecida

à Rede, sobre a Escola da Infância, coube à dupla gestora retomar com o grupo o

caráter das próprias atividades oferecidas na Intersalas, pois haviam 02

atividades que destoavam dos objetivos e princípios da proposta, pois não

possibilitavam a ação direta da criança, sendo estas as atividades de: Pintura

Facial e de Vídeo.

Após reflexão e discussão do grupo, após o mesmo ter entendido que

ambas as atividades não possibilitavam às crianças serem o sujeito da ação, de

interagirem com a proposta e com os objetos, as atividades foram excluídas da

Intersalas, sendo acrescidas outras duas:

Fantasias e acessórios;

Pista de carros e motos.

Estas discussões representaram ao grupo um crescimento formativo, que

qualificou o entendimento sobre os objetivos da atividade, mas foi um crescimento

que se deu em diferentes níveis, sendo mais sofrível à algumas e menos para

outras. Portanto, diante deste contexto, a D.G. reviu junto à O.P. sobre o objetivo

de ampliar a execução da atividade, passando a ser 02 vezes na semana, ficando

acordado que a revisão da proposta já se apresentava ao grupo docente como

sendo um avanço qualitativo, ficando para 2013 o desafio de ampliarmos o

número de vezes da intersalas por semana.

Este desafio foi alcançado já no início do ano de 2013.

109

Em 2014, no início de nossos planejamentos ao discutirmos sobre a

proposta das Intersalas, avaliamos que havia uma inadequação, quanto à

atividade com fantasias e acessórios. O grupo reavaliando validou que tal

atividade deveria ser garantida em outros momentos da rotina e não mais nas

propostas da Intersalas, devido aos problemas de conservação das fantasias,

pois as crianças vestidas e fantasiadas acabavam desenvolvendo outras

atividades que as deterioravam. Sendo assim passamos a ficar com apenas 08

propostas de atividades.

Também, fruto desta reavaliação, o grupo definiu que devido às

dificuldades dos menores, em explorar os espaços coletivos, em separar-se dos

educadores referências, as auxiliares de educação, de cada turma, passariam a

ocupar a função de volantes, ficando atentas em atender as diferentes

necessidades específicas das crianças de sua turma.

Em 2015, diante da implementação da jornada de HTP, fez-se necessário

reestruturar a proposta de Intersalas. Com a implementação do HTP as

professoras não mais exercem a regência dupla, elas exercem uma regência com

revezamento, quando uma chega a outra sai. Sendo assim, com um número

menor de educadores, coletivamente ficou decidido, que o número de propostas

de atividades deveria ser menor, passando de 08 para 05 propostas. Os horários

também foram modificados, ficando uma vez na semana sob os cuidados da

professora da manhã, às 10h e em outro dia da semana no horário da tarde, às

15h.

Outra mudança, em nome da qualidade, foi estabelecer que as atividades

de integração só iriam iniciar no mês de abril, pois ter um número menor de

adultos implica em ter um número menor de mediadores, que poderiam acolher

as dificuldades das crianças que ainda apresentavam resistência e insegurança

em explorar os espaços fora de sua sala e em realizar contato com os demais

educadores.

O grupo de professoras avaliou que não deveríamos responsabilizar a

dupla referência por uma mesma proposta, pois as crianças que apresentam

dificuldades em se separar das referências acabam por explorar apenas a

proposta a qual as referências desenvolvem. Sendo assim, estando a auxiliar de

educação referência responsável por outra proposta já representava àquela

criança uma possibilidade de escolha entre duas propostas.

110

Também foi definido pelo grupo que caberia à função de volante aos

auxiliares de educação de apoio e às professoras substitutas.

O grupo também repensou a proposta do ateliê de artes, acordando que

para os 02 primeiros meses não seria oferecido atividades com tinta e cola, pois

os menores estariam iniciando os primeiros contatos com tais recursos, tendo

pouca autonomia para desenvolver a exploração segura dos materiais.

No decorrer do ano de 2015 precisamos suspender a atividade de

Intersalas para reavaliarmos e a requalificarmos. Pois se percebia que a mesma

não estava sendo oferecida às crianças com a qualidade dos anos anteriores,

apontando-se como inadequada em ambos os horários: manhã e tarde.

O maior problema avaliado pela equipe de professoras, auxiliares de

educação e D.G., estava no número reduzido de professoras, sobrecarregando a

todos os envolvidos e ainda assim não conseguindo atender as necessidades

específicas apresentadas pelas crianças; como também a dificuldade de realizá-la

no período da tarde, momento em que as crianças ainda encontram-se

sonolentas ou dormindo; apresentando-se, na grande maioria, irritadas e

chorosas na intersalas.

Fruto da discussão coletiva, efetuamos as seguintes mudanças:

A proposta ocorreria apenas uma vez na semana, no horário das

10h às 10h25;

Todas as professoras estariam em horário de regência, no horário

da intersalas, interrompendo o HTP e o retomando logo em seguida.

Ou seja, o HTP de 5ª-feira das professoras do 2º horário seria: das

09h30 às 10h e das 10h30 às 11h40;

Caberia aos auxiliares de educação acompanharem as crianças,

circulando pelos diferentes espaços incentivando aqueles que

necessitavam do estímulo para escolher e participar das diferentes

propostas ou atender às diferentes necessidades de afeto, atenção

e acolhimento;

O espaço a ser utilizado seria reduzido, excluindo-se o refeitório,

simbólica e ateliê. Usando apenas as salas de aula: 1, 2, 10, 09,

pátio interno e o corredor dos fundos da escola;

Permaneceriam as propostas de: artes, corpo e movimento,

simbólica, leitura, jogos de encaixe, música.

111

OBJETIVOS DA ATIVIDADE DE INTERSALAS:

Proporcionar às crianças momentos de escolhas: de espaços, atividades e

parcerias para as brincadeiras; desta forma possibilitando o

desenvolvimento e construção da autonomia e da identidade;

Realizar deslocamentos com segurança e autonomia;

Sentir-se seguros na relação com outros educadores que não os seus;

Lidar com situações novas: conflitos/desafios/negociar brinquedos e pontos

de vista;

ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA A ATIVIDADE DE INTERSALAS:

Papel dos professores:

Planejar atividades que proporcionem a interação: entre as crianças; da

criança com a atividade e com os objetos;

Ter clareza na concepção dos conteúdos que pretende desenvolver:

autonomia e identidade;

Planejar espaços atraentes/ desafiantes que proporcionem a exploração

autônoma da criança e a troca de experiências;

Papel dos professores e auxiliares em educação:

Fazer intervenções/mediações necessárias para a construção da

aprendizagem das crianças;

Mediar as ações da criança intencionando o desenvolvimento da

autonomia;

Mediar as ações da criança junto a exploração dos espaços, dos objetos,

das brincadeiras e nas relações com as demais crianças, intencionando

paulatinamente que esta aprimore seus saberes;

Arrumar previamente os espaços e guardar os materiais ao término da

atividade.

Papel do educador volante:

Circular entre os espaços e conduzir os alunos respeitando as opções das

crianças;

112

Apresentar as atividades propostas (com dinamismo e entusiasmo, “fazer a

propaganda” para que os alunos se sintam atraídos pelas atividades);

Observar a dinâmica do movimento/deslocamentos para intervir/mediar

quando necessário;

Observar espaços (áreas) superlotados ou com poucas crianças de modo a

incentivar os alunos a se redistribuírem;

Verificar a necessidade de trocas e uso do banheiro e substituir o educador

da criança na área em que está para que ele possa trocar a criança de sua

turma, pois é preciso um vínculo de intimidade para realizar a troca;

Papel da Dupla Gestora:

Acompanhar sistematicamente o desenvolvimento das atividades;

Propor momentos coletivos de rediscussões, reflexões e replanejamentos

sobre a atividade;

Tipos de Atividades que favorecem a integração entre as crianças, e que poderão ser desenvolvidas na proposta de intersalas:

Bailão;

Circuito/ percursos ( sem tempo de espera com desafios diferentes) ;

Atividades que explorem o Corpo e Movimento;

Atividades de Artes coletivas ou individuais;

Pista de Motocas com desafios;

Pista com carros e Motos;

Sala de leitura (não dirigida, com livros e/ou fantoches para que as crianças

escolham e manuseiem os materiais);

Jogos de encaixe e construção;

Atividades/jogos com música e brincadeiras (cantigas de Roda – bandinhas

– etc.).

Em 2016, tendo como fonte de estudo o texto do professor Mario Sérgio

Cortella: Fundamental é Chegar ao Essencial, o grupo avaliou o quanto, apesar

de refletirmos, reavaliarmos, replanejarmos a proposta da intersalas, esta se

encontra, para o grupo docente, no âmbito do fundamental. Todos sabem o

113

quanto a Intersalas é importante, sendo um instrumento de interação. Mas acaba

sendo realizada semanalmente por ser obrigação, por constituir-se atividade da

rotina da escola.

Ficou acordado que voltaríamos a refletir sobre a Intersalas, realizando os

devidos ajustes. Replanejando e modificando a proposta, com o intuito de a

qualificarmos, propiciando ao grupo de educadores: o entendimento de que a

intersalas é essencial ao trabalho desta U.E. Fazê-la, desenvolvê-la não por sua

obrigatoriedade, por ser ela fundamental, mas movidas por sua essencialidade.

Esta equipe passou a entender que a prática da Intersalas é essencial e se

faz fundamental ser reavaliada, revisitada e replanejada semestralmente. Para

que a mesma seja qualificada ano a ano.

ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO ENTRE AS TURMAS: ENTRETURMAS

Como mencionado anteriormente, esta proposta surgiu no ano de 2010,

sendo uma preparação para a implantação da proposta de intersalas.

Contudo, desde 2012 o grupo avaliou positivamente a permanência da

atividade de integração entre duas turmas. Apontando que esta atividade

promove a interação entre as crianças, entre as turmas, entre os diferentes

114

adultos em um contexto diferente da intersalas, não devendo ser suprimida e sim

ser uma segunda proposta de atividade de interação. Fato este proposto para

implantação em 2013.

A proposta de integração entre duas turmas tem o objetivo de promover a

interação, mas em pequeno grupo, no espaço da sala de aula. A organização da

atividade deverá garantir que todas as turmas façam visitas a todas as turmas e

recebam visitas de todos.

A organização da sala, dos materiais e o planejamento da proposta ficam a

cargo do trio visitado.

A atividade ocorrerá 01 vez na semana, sendo que em uma semana

ocorrerá no período da manhã, às 10h00 e na semana seguinte às 15h.

Todo organização das visitações são planejadas pela D.G., e entregues,

com antecedência às professoras, para que tenham tempo hábil para planejarem

e preparem as diferentes atividades que realizarão junto às turmas.

Os objetivos que permeiam a proposta da integração entre turmas são:

Garantir momentos de interação entre crianças/crianças,

crianças/adultos e crianças/propostas de atividades;

Promover a socialização entre as crianças de idades e experiências

diferentes;

Oferecer diferentes vivências às crianças, possibilitando-lhes:

contato com outros educadores; conhecer outros espaços;

diferentes ações educativas.

115

ATIVIDADES “BRINCANTES E TEATRANTES”

Já faz parte da história desta U.E. a realização de eventos culturais (peças

teatrais, musicais ou com fantoches) e atividades “brincantes” (apresentação de

brincadeiras tradicionais e de outros tipos de brincadeiras), que acontecem nos

sábados letivos e nos encerramentos dos semestres, atividades estas planejadas

e desenvolvidas por um grupo de funcionárias. Atividades estas que podem ser

apresentadas às crianças e à comunidade, ou somente às crianças; atendendo às

especificidades dos eventos.

Contudo, a partir do ano de 2012 as atividades brincantes transformaram-

se em atividades permanentes semanais.

Em 2013 um novo grupo de educadores se constituiu, sendo chamadas de

Teatrantes. Quinzenalmente se apresentavam às crianças, por meio de teatros de

fantoches, teatros de sombras, encenações de pequenas histórias ou de músicas

já conhecidas pelas crianças. Estas passaram a dividir as atividades e

apresentações com as Brincantes.

116

A brincadeira, proposta de atividade ou peça teatral poderá ser mensal,

repetindo-se nos 02 encontros; sendo estendida ou suprimida, diante do

envolvimento e interesse das crianças.

As brincadeiras serão apresentadas às crianças e aos educadores, que

darão continuidade a elas, explorando-as em sua rotina, conforme o interesse

específico da turma.

As brincadeiras preferidas das crianças serão apresentadas aos pais nos

sábados letivos ou nas reuniões com pais.

As atividades culturais, que exigem tempo de ensaio e de preparo do

cenário e figurino continuarão a ocorrer em momentos pontuais do calendário:

encerramento dos semestres e sábados letivos.

Para 2014, após avaliação da equipe, acordou-se que o ideal é separar o

grupo de crianças em dois, ficando o primeiro grupo: do corredor da sala 01 à sala

05 e o grupo dois: da sala 06 à sala 10. Sendo assim, uma semana os grupos

participarão das atividades com as Brincantes e na outra semana com as

Teatrantes. Tal modificação buscou atender às demandas das crianças menores,

que apresentam dificuldades em ficar em espaços coletivos com um grande

número de crianças e adultos. Bem como, para assegurar que em um grupo

menor ficaria mais fácil aos educadores levarem as crianças a se envolverem

mais com as propostas.

Em 2015 tivemos como desafio envolver a comunidade em tais atividades,

foram feitos convites orais na 1ª reunião com pais, pela D.G. e professoras, bem

como, foi realizado convite escrito, enviado a todos os pais/responsáveis, sendo

agendado reunião específica para apresentação dos projetos da escola, como

também, momento que discutiríamos as formas possíveis de participação,

conforme o interesse de cada um. Contudo na data agendada ninguém da

comunidade compareceu. A diretora solicitou que as professoras retomassem os

convites de participação e envolvimento com os projetos da escola, na 2ª reunião,

do mês de março, mas novamente não houve adesão de ninguém. Desta forma o

projeto das Brincantes e Teatrantes serão iniciados apenas com a participação

dos funcionários.

As atividades das Brincantes precisam seguir os seguintes objetivos:

A atividade não pode perder sua essência – descaracterizando-se – deve

propiciar: a participação, a ação e interação das crianças com os adultos,

demais crianças e com a própria brincadeira;

117

O planejamento da atividade deve priorizar: os objetivos acima; as

brincadeiras e atividades deverão ser repetidas e exploradas até seu limite,

buscando ampliar a participação da criança a cada apresentação; as

brincadeiras serão modificadas quando o grupo avaliar que estas não mais

encantam as crianças; as crianças deverão ser convidadas e estimuladas a

participarem, sempre e cada vez mais; aos educadores das turmas devem

ser convidadas a ampliarem sua interação com a atividade, com as

crianças e com as brincantes (sendo também fontes de interação para as

demais crianças);

O planejamento deve buscar oferecer brincadeiras e apresentações que

visem ampliar o repertório cultural das crianças, com atividades mais

complexas, ou apenas de cunho cultural; mas também garantir que haja

propostas de brincadeiras simples, que possibilitem de fato que a criança

interaja, brincando junto com os adultos/educadores;

Todos os educadores e membros da comunidade poderão contribuir junto

ao planejamento, sugerindo às Brincantes músicas, vídeos, brincadeiras e

outras atividades que forem adequadas à atividade;

A oficial fará uma pasta no computador, arquivando as músicas, vídeos

que serão reproduzidos em CDs e entregues aos trios, diante da

solicitação dos mesmos;

As brincadeiras e demais propostas poderão ser exploradas pelos Trios em

atividades com a turma, tanto em sala de aula como nos demais espaços

que considerem adequados;

As crianças poderão apresentar-se às turmas, ensinando-lhes brincadeiras,

músicas, encenando músicas e histórias, etc. (atividades que atendam o

objetivo central da proposta: ampliar o repertório cultural e proporcionar a

interação);

Os Educadores dos Trios são partes integrantes das propostas; após

aprenderem a atividade serão sujeitos ativos no brincar com as demais

crianças, estimulando-as e orientando-as quanto à sua participação e

envolvimento com a proposta; buscando ampliar a cada atividade a ação

autônoma e espontânea da criança.

118

Já as atividades das Teatrantes deverão oferecer às crianças: contações

de histórias, teatros de fantoches, teatros de sombras, peças teatrais, e outras

formas de dramatizações.

Diferente do ano de 2014, em 2015, ambos os grupos, um da manhã e

outro da tarde, poderão desenvolver tanto atividades de brincantes como de

Teatrantes, conforme planejamento dos dois grupos.

Em 2015 as atividades Brincantes/Teatrantes ocorreram 02 vezes na

semana, sendo que o grupo da manhã se apresentará às 10h e o grupo da tarde

às 15h. Os planejamentos e ensaios ocorrerão nos horários de HTP, sempre que

necessário. Sendo que a participação dos funcionários do segmento dos

Auxiliares em Educação nos momentos de ensaio ocorrerão somente a

disponibilidade de estes serem substituídos.

ATIVIDADES REALIZADAS NOS SÁBADOS LETIVOS: DIA DA FAMÍLIA E

MOSTRA CULTURAL

DIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA

Com relação aos eventos que ocorrem nos sábados letivos temos a

seguinte organização: Dia da Família na Escola e a Mostra Cultural. Estas

atividades se constituíram como permanentes, anualmente. No primeiro sábado

119

letivo temos o Dia da Família na Escola e no último sábado letivo a Mostra

Cultural.

O Dia da Família na Escola tem por objetivo promover uma verdadeira

parceria entre a escola e as famílias, por meio de trocas de saberes, de oficinas e

atividades culturais.

MOSTRA CULTURAL

A Mostra Cultural tem por objetivo socializar com os pais sobre o trabalho

pedagógico desenvolvido pelos diferentes trios de educadores. Destacando

sobre: os percursos das crianças; as ações educativas; os projetos; as

aprendizagens desenvolvidas pelas crianças; etc.

Após formação em 2013, avaliando as Mostras Culturais anteriores,

embasados sobre os princípios da Escola da Infância, sendo a criança

compreendida como o sujeito da aprendizagem, construindo seus saberes, diante

de suas possibilidades e intencionalidades, acordamos com o grupo que:

cabe à atividade da Mostra Cultural dar luz a esta criança,

explicitando suas ações, aprendizagens, desenvolvimento e

120

conquistas. Tal visualização, sendo possível, através do uso de

filmagens, fotos e gravações.

nesta faixa etária, a grande experiência da criança se dá no

percurso, durante a realização das atividades e brincadeiras, e não

diretamente relacionada às suas produções finais.

Sendo assim, a validade da Mostra Cultural é entendida por socializar junto

à comunidade a riqueza das ações, fazeres e saberes que a criança construiu.

Portanto, o espaço pode ser primorosamente organizado, mas não é este o centro

da exposição, de nada valerá a produção dos espaços se neles não ficarem

visíveis as ações das crianças da turma. Esta reflexão precisa ser vivenciada pelo

grupo docente ano a ano, buscando conflitar este conceito com a prática anual da

Mostra Cultural.

REUNIÃO COM PAIS

A reunião com pais é uma atividade bastante aguardada pelos pais,

principalmente pelos pais de crianças tão pequenas, estes ficam ansiosos. Para

eles a reunião representa o momento em que poderão saber sobre como os filhos

estão indo na escola, em termos de adaptação, se estão comendo, dormindo,

chorando; bem como, será neste momento que ouvirá das professoras sobre as

aprendizagens e sobre o desenvolvimento de seus filhos.

121

Por meio das reuniões com pais, os educadores visam construir o

estabelecimento da parceira entre a família e a escola, de modo que a escola e a

família trabalhem para atingir objetivos comuns, juntos à educação e junto ao

desenvolvimento global da criança.

Sendo assim, a reunião com pais, nesta U.E. é tida como um eficiente

instrumento de trocas de saberes sobre as crianças e de parceria com as famílias.

Acreditamos que quanto mais significativa for a reunião para os pais, maior

será a presença destes, não apenas nas reuniões, mas também, quanto a

participação destes em outras atividades proporcionadas pela escola, bem como,

no acompanhamento do cotidiano escolar do filho.

Em nossas reuniões com pais visamos que os assuntos tratados sejam

interessantes aos participantes. Além disso, é preciso que todos se sintam bem

acolhidos e que a relação estabelecida neste espaço seja democrática e de

reciprocidade, que haja diálogos e trocas entre os responsáveis e educadores,

sobre os fazeres, aprendizagens e saberes das crianças.

Nossa experiência tem nos mostrado que os temas que mais interessam

aos pais, além de discutirem sobre o desenvolvimento de seu filho, são aqueles

que tratam das dificuldades encontradas na educação das crianças: Por que ele

chora tanto? Como fazê-lo parar? Como tirar a chupeta, a fralda? Como lidar com

a birra? Por que ele morde? Sobre os conflitos existentes entre os pequenos.

Sobre a aquisição da oralidade. Questões como estas são desafios educacionais,

enfrentados pelos pais e pelos educadores de crianças pequenas e que podem e

devem ser debatidas no espaço escolar, onde todos são capazes de construir

aprendizagens, aprendendo uns com os outros: pais e educadores, família e

escola.

As reuniões com pais precisam propiciar a troca de saberes entre a escola

e as famílias. À escola, cabe contribuir com sua experiência pedagógica, com

seu conhecimento teórico e prático; às famílias cabe contribuir com suas

experiências cotidianas, com seus saberes sobre os filhos.

Outro assunto que desperta o interesse das famílias é sobre o dia-a-dia da

criança na escola, sobre a rotina do filho, da turma. Em geral, as famílias têm

muitas dúvidas sobre: os cuidados, a alimentação, o momento do sono, as

atividades desenvolvidas. Por isso, um tema bastante recorrente em nossas

reuniões é a rotina da turma.

122

Outro fator que estimula o comparecimento dos pais às reuniões é o

favorecimento de sua participação nas mesmas. Os pais são considerados como

interlocutores, e não como ouvintes. Esta participação é provocada de forma

planejada, respeitando a espontaneidade dos responsáveis. Gradativamente os

pais vão se habituando a esse formato de reunião e até solicitam nas avaliações

que haja sempre esse espaço de participação, de diálogos. Além disso,

procuramos, desde a primeira reunião do ano, ressaltar sobre a importância

dessa efetiva participação e o quanto ela contribui para ambos, família e escola,

no trabalho de educar e na construção da parceria entre a escola e as famílias.

A reunião com pais, quando necessário, é dividida em dois momentos: no

refeitório com a dupla gestora e em sala de aula com os educadores.

O grupo prepara as reuniões inicialmente fazendo um planejamento

coletivo levantando a pauta, as questões a serem abordadas por todas as turmas.

Consideramos os aspectos comuns que precisam ser discutidos ou informados

para todos os pais.

A partir desse planejamento coletivo elaboramos a pauta coletiva das

reuniões. Depois desta pauta coletiva, cada trio de educadores planeja a pauta

específica para a sua turma, de acordo com os seus objetivos e necessidades. As

reuniões ocorrerão subdivididas da seguinte forma:

Momento da Nutrição: O encontro é iniciado com uma nutrição

cultural/literária, relacionada ou não ao tema principal da reunião;

Momento Formativo: Discussões e reflexões sobre um tema

específico, tema este correlato às necessidades das famílias ou dos

educadores;

Momento de Apresentação e ou Discussão sobre a rotina da turma.

Costumamos utilizar como estratégia, para socializar o trabalho

realizado com as crianças, fotos e vídeos do cotidiano; que ilustrem:

as propostas, os projetos, as aprendizagens, o comportamento da

criança, etc.

Momento de Apresentação e ou Discussão sobre o relatório

semestral da turma.

Momento de Retomada dos Combinados: trazendo para reflexão

apenas os combinados que necessitam ser aprimorados, com o

intuito de qualificar a parceria com as famílias.

123

Momento do Atendimento Individual. Este ocorrerá após o término

da reunião com o coletivo dos pais; os educadores agendam ou se

colocam à disposição para tratar individualmente de alguma

necessidade específica trazida pela família ou validada por eles

como sendo necessárias. Sempre que os educadores julgarem

necessário a D.G. poderá participar desta discussão. Tal

atendimento individual às famílias também poderá ser agendado

pela D.G., diante das demandas trazidas pela família ou pelos

educadores.

Desde o ano de 2012 a S.E. mudou a orientação feita às escolas de

Educação Infantil de 0 a 03 anos, estipulando que os dias das reuniões com pais

sejam dias letivos, portanto deveria ser garantido às crianças e seus familiares

que houvesse aula antes ou depois da reunião com pais.

Com o objetivo de garantirmos a participação das famílias, as reuniões

ocorrem em 02 agrupamentos, para que a criança possa estar em atividade, com

outro trio, enquanto a mãe/responsável participa da reunião.

SENDO ASSIM, ORGANIZAMOS AS REUNIÕES DA SEGUINTE FORMA:

A Reunião com Pais se dará em 02 dias, dividido em duas turmas:

corredor 1 e corredor 2; Quando for o dia da reunião do corredor 01

as crianças destas turmas entrarão normalmente às 08h e as

crianças das turmas do corredor 02 entrarão às 10h, sendo que no

dia seguinte ocorrerá a o inverso, a reunião será com as turmas do

corredor 02, estes entrando às 08h e as crianças das turmas do

corredor 01 entrando às 10h.

Com esta organização conseguimos aumentar a presença de

crianças na escola, em dias de reuniões, bem como, conseguimos

aumentar o número de pais que participam da reunião. Pois o fato

dos pais/responsáveis virem para a escola, juntamente com seus

filhos mostrou-se ser um facilitador às famílias; sendo que os pais

não precisarão se preocupar: com o local ou com quem tomará

conta da criança durante o período da reunião com pais; bem como,

124

não se preocupará com quem trará o filho para a escola após a

reunião encerrar.

Horário da Reunião com Pais: das 8h às 09h30 – nas salas de aula

do corredor contrário; as crianças ficam em sua salas, pois se

sentem mais seguras em sua sala de referência. Somente na

reunião de dezembro, devido a especificidade da entrega das

atividades e demais materiais das crianças às famílias, a reunião

ocorrerá na sala da turma e as crianças ficarão em outra sala.

As crianças (dos trios que estão em reunião) deverão ficar em

atividade interna, na sala, até às 08h15, momento que os pais já

deverão estar em suas respectivas salas;

As refeições ocorrerão da seguinte forma:

café da manhã - no refeitório, em dois grupos, iniciando às 8h20 e

encerrando às 09h00. A colação se dará às 10h na sala da turma ou

nos espaços coletivos; um dos educadores deverá buscar o suco na

cozinha; O almoço/ lanche e jantar ocorrerão em horário normal,

para todas as crianças;

Os educadores precisarão estar atentas quanto ao momento do

sono, considerando o dia que sua turma entrará às 10h00,

refazendo seu planejamento e seus horários diante das

necessidades e especificidades das crianças de sua turma;

ofertando o momento do sono mais tarde neste dia, se necessário

for.

Quanto a participação do Auxiliar em Educação nas reuniões; na 2ª

reunião do ano, que ocorre próxima ao final do mês de março: os

auxiliares da turma e do de apoio deverão permanecer com as

crianças da sua turma, pois serão eles os mediadores entre as

crianças e os demais adultos, que estarão substituindo seus

professores. A presença do auxiliar será fundamental para que a

criança sinta menos a falta de seus professores. Nas demais

reuniões caberá a cada trio validar se a turma ainda necessita da

presença do auxiliar titular ou se este participará da reunião com

pais. Com relação ao auxiliar de apoio, este sempre estará

acompanhando as crianças da turma e não participará das reuniões

125

com pais. Podendo se ausentar apenas para se apresentar aos pais

ou revezando a participação com o auxiliar titular.

Quanto à realização de avaliação da reunião: ficou acordado com o

grupo que cada trio utilizará o instrumento de avaliação que

considerar adequado. Sendo que o importante é a realização da

avaliação e os resultados e não o próprio instrumento. O instrumento

deverá atender às especificidades das famílias e do trio de

educadores.

As pautas e avaliações serão socializadas pelas professoras em

HTP e acompanhada pela diretora. Os auxiliares socializaram nos

momentos formativos, junto à C.P.

ATIVIDADES DE ENCERRAMENTO DOS SEMESTRES:

Estas atividades semestrais visam demarcar às crianças a finalização de

um período letivo que antecede o recesso escolar e as férias de final de ano.

Estas atividades são voltadas apenas às crianças, com atividades culturais e ou

lúdicas. Buscando realizar naquele dia ações educativas específicas junto às

crianças. Faz parte da prática da escola o desenvolvimento de atividades

musicais, teatrais e coletivas.

126

Temos o objetivo de envolver anualmente os colegiados: APM e Conselho

de Escola, nas discussões, decisões e organização destes eventos; buscando de

fato uma participação efetiva dos membros.

Faz-se importante ressaltar que as discussões relacionadas aos eventos

serão regidas pelos princípios: gestão democrática, respeito à diversidade,

laicidade e escola pública de qualidade para todos.

ATIVIDADES DE ESTUDO DE MEIO:

Este tema é discutido anualmente pela D.G., com a equipe de educadores

e com os membros dos colegiados. Nosso objetivo é aprimorar as discussões e

qualificar as atividades junto às crianças.

Após estes 03 anos letivos, desde 2011, estando esta D.G. à frente da

gestão da U.E., as discussões sobre as atividades de Estudo de Meio,

envolveram todos os segmentos, paulatinamente fomos qualificando e

aprimorando a execução de tais as atividades.

Hoje, é consenso entre o grupo, que a atividade de Estudo de Meio visa o

atendimento ao direito de brincar da criança, este é um objetivo pedagógico,

estando vinculado ao projeto da U.E. Pois em todas as nossas ações diárias

defendemos que nossas crianças aprendem pelo brincar e brincando ela se

127

desenvolve globalmente: desenvolvimento afetivo, social, cognitivo e físico.

Portanto, superamos o equívoco da avaliação dos anos anteriores, em que parte

do grupo avaliava que as saídas aos Parques da redondeza eram atividades de

lazer, não estando tal atividade vinculada ao projeto da escola.

Temos total consciência que nesta faixa etária a ida ao Parque é uma ação

educativa que possibilita às crianças:

O exercício ao direito de brincar;

Brincar em espaço amplo;

Explorar brinquedos de parque diferentes aos existentes na U.E.;

Deleitar-se em local que promove seu encontro com a natureza.

Fruto das diferentes discussões e avaliações ficou acordado que as

escolhas sobre os locais das atividades de Estudo de Meio devem ser regidas

pelas seguintes preocupações:

O espaço deve garantir a segurança das crianças;

Deverá ter uma mínima infraestrutura, que possibilite a troca de

fraldas e o uso do banheiro;

Não ser distante da escola;

Oferecer contato com a natureza;

Oferecer espaços amplos de exploração às crianças.

Desta forma, ficou acordado entre o grupo de educadores e os membros

dos colegiados, que a partir de 2012, faremos pelo menos 02 atividades de

Estudo de Meio, sendo uma no 1º semestre e a outra no 2º semestre.

Entre todos os parques avaliados pelo grupo o Parque Salvador Arena foi

apontado como o mais adequado à faixa etária de nossas crianças, sendo seguro,

acessível e com brinquedos próprios às necessidades e possibilidades de nossas

crianças; sem contar que propicia contato com a natureza vegetal e animal, tendo

uma vasta área arborizada e um belo aquário.

Portanto, o Parque Salvador Arena foi eleito para o ano de 2013, como

sendo a primeira atividade de Estudo de Meio, por 08 turmas, outras duas turmas

elegeram o Parque Raphael Lazzuri. Após a realização das atividades estas

serão rediscutidas pelo grupo, visando apontar quais as diferenças e vantagens

128

encontradas pelos educadores e pelas mães (que acompanham as atividades)

entre os 02 parques: Salvador Arena e Raphael Lazzuri.

Para o 2º semestre, após discussão entre o grupo de educadores validou-

se os seguintes locais: Parque Estoril, Parque do MESC, Jardim Botânico de

Diadema.

Caberá à D.G. realizar uma visita ao Parque do Mesc e verificar a validade

ou invalidade do espaço como atividade de Estudo de Meio para o 2º semestre.

Os membros do Conselho de Escola e APM foram convidados a avaliarem

a situação atual do Parque Estoril e do Jardim Botânico de Diadema, socializando

com o grupo os pontos positivos e negativos de tais locais. Não foi possível

avaliar o Jardim Botânico de Diadema, ficando esta pendência para o ano de

2014.

Após tal discussão avaliou-se que a 2ª atividade de Estudo de Meio seria

no Parque do Clube do Mesc.

Para 2015, fruto das avaliações anteriores as atividades foram definidas,

tendo como opções: Parque Salvador Arena, Parque Raphael Lazzuri, Parque

Estoril e Clube do Mesc.

Faz-se importante ressaltar, que outra conclusão advinda da discussão do

grupo, sobre as Atividades de Estudo de Meio refere-se à parceria das

mães/responsáveis que acompanham as atividades. Acordou-se que o ideal é

termos 04 mães/responsáveis por turmas, sendo que os adultos que

acompanham as turmas não são pais ou responsáveis das turmas que passeiam

naquele dia. Entendemos que ter um familiar acompanhando a criança

compromete a interação desta com o espaço, com os adultos e crianças da

turma; pois algumas crianças tendem a ficar sob os cuidados de seus familiares, o

que inviabiliza os cuidados e atenções das mães/responsáveis junto às demais

crianças.

Também concluímos que o ideal é termos 02 turmas participando de cada

atividade de Estudo de Meio, locando um ônibus por dia. Desta forma, não

corremos o risco de superlotar os espaços visitados, ficando assim, mais rica a

exploração das crianças, diante dos diferentes espaços e brinquedos.

129

ATIVIDADES DE ALIMENTAÇÃO

As concepções e os cuidados que norteiam as ações dos educadores nas

atividades de alimentação encontram-se descritas no capítulo: 4.2 – página 158.

Neste texto apontamos unicamente quais são os diferentes momentos da

alimentação ofertados às crianças durante um dia letivo.

Momentos de Alimentação

Café da manhã – Os educadores oferecem o pão em pedaços pequenos,

já com a margarina, bem como o leite, respeitando as especificidades da

criança.

Hidratação – No período entre o café da manhã e o almoço é oferecido o

suco, sempre natural. O suco é servido no local onde as crianças estiverem

em atividade, no intervalo de uma atividade e outra ou mesmo durante a

atividade que estiver acontecendo naquele horário, sem que seja

necessário interrompê-la.

Almoço – Os pratos são montados pela cozinheira. Sendo mantido

separado cada alimento, possibilitando à criança sentir a textura e sabor de

cada um dos alimentos. Diante das especificidades e escolha da criança, o

prato será montado atendendo seu desejo inicial, sendo sempre estimulada

a experimentar os alimentos que a principio rejeita. Mediante a

130

especificidade da turma a professora poderá optar por servir

individualmente a mistura e a salada, indagando diretamente à criança

sobre seus desejos e preferências. A repetição quando desejada é

oferecida e servida pelo educador. Respeitando a faixa etária das crianças,

o grau de autonomia, as diferentes habilidades e a desenvoltura de cada

criança, os educadores deverão auxiliar ou até mesmo alimentá-las,

sempre que necessário, apoiando-as em suas necessidades e estimulando

as aprendizagens que lhes garantirão alimentar-se sozinhas. No segundo

semestre será introduzido o self service, para os alunos do Infantil II,

sendo organizado de maneira que contribua para a autonomia crescente

das crianças. Utilizamos um balcão térmico, que mantém a comida

aquecida, para que a criança possa escolher os alimentos oferecidos, qual

e quanto desejam comer. Os educadores se mantêm por perto para

orientar sobre a quantidade de alimentos, as variedades e a disposição dos

utensílios. Ao terminarem a refeição as crianças são estimuladas a

fazerem a limpeza dos utensílios, levando as sobras ao lixo e depositando

o prato e talher nos recipientes próprios.

Lanche – Conforme as crianças vão acordando, estas são conduzidas ao

refeitório, onde o lanche é servido por um dos educadores. Respeitando a

escolha da criança de comer ou não o lanche oferecido, mas sempre

incentivando que experimente. Quando o trio julgar importante, atendendo

as especificidades da turma, o lanche poderá ser servido na sala de aula.

Contudo, o mesmo deverá ser retirado no balcão até às 14h45.

Jantar – O jantar consiste num cardápio diferenciado do almoço, servidos

pelos educadores. Da mesma forma que ocorre no almoço, os educadores

supervisionam os procedimentos das crianças e auxiliam, sempre que

necessário. Como nas demais refeições, as crianças são incentivadas a se

alimentarem, contudo, respeitando seu desejo e suas preferências.

131

ATIVIDADES DE HIGIENE PESSOAL

Na escola temos momentos fixos na rotina de cada turma que são

dedicados aos cuidados de higiene - lavar as mãos, escovar os dentes, tomar

banho, fazer as trocas de roupas e de fraldas, - no entanto, os cuidados com a

aparência e o bem-estar da criança ocorrem a qualquer tempo, sempre que

houver a necessidade de lavar-se ou trocar-se.

Os momentos de cuidados são parte integrante do educar. O afeto e a

responsabilidade do educador com esses cuidados garantem a proteção e o bem-

estar das crianças, a manutenção da saúde e a prevenção de doenças.

A higiene das mãos necessita ser feita antes da oferta de alimentos, após o

uso do sanitário ou trocas de fraldas, após brincadeiras que sujem as mãos e

atividades com tintas.

A higiene bucal será feita após o almoço, garantindo-se uma escovação ao

dia realizada pelo educador. Estes momentos visam, além da higiene em si,

desenvolver atitudes e construir aprendizagens sobre o autocuidado. Quanto aos

bebês, como a dentição inicia-se geralmente no segundo semestre de vida,

recomenda-se incluir os cuidados de escovação a partir do surgimento dos

primeiros dentes. Antes disso, a limpeza da gengiva realiza-se com gaze

umedecida.

O banho fará parte da rotina diária do berçário e ocorrerá no final da

manhã. Nas outras faixas etárias ocorrerá sempre que houver necessidade,

132

sendo imprescindível quando a criança sujar-se com fezes, urina ou vômito e

quando apresentar febril. Neste caso, deve-se dar o banho morno para controlar a

temperatura até a chegada da família.

As trocas devem ocorrer com regularidade de cerca de três horas, sendo

antecipadas sempre que houver necessidade. Por isso, os educadores precisam

estar atentos verificando as fraldas várias vezes durante as atividades, para

detectar ou não a necessidade de trocas.

As trocas de roupas serão após o banho e toda vez que a criança estiver

suja ou molhada. Tal cuidado deverá ser mais extremado no período da retirada

das fraldas.

ATIVIDADE DE REPOUSO

O repouso é importante e necessário para as crianças refazerem suas

energias e reorganizarem seus pensamentos. O momento de repouso está

previsto na rotina das unidades escolares que possuem turmas de período

integral e ocorre logo após o almoço.

O ambiente deve ser preparado previamente arrumando-se os colchões,

escurecendo a sala e colocando-se uma música ambiente que favorecerá o

133

relaxamento das crianças, para que o descanso aconteça de maneira tranquila e

natural.

As necessidades das crianças, com relação ao sono são diferentes.

Algumas crianças precisam de um tempo maior de sono, outras de um tempo

menor, outras ainda precisam apenas relaxar o corpo e não necessariamente

dormir.

Outra necessidade a ser respeitada, com relação ao repouso, diz respeito

às crianças que sentem sono em outros períodos do dia, apresentando sono

acentuado em outros momentos da rotina. Caberá aos educadores estarem

sensíveis a essas diferentes necessidades, acolhendo-as e organizando a rotina e

replanejando suas ações, diante das necessidades pontuais e individuais da

criança. Contudo, quando tais necessidades deixam de ser exceções, para ser

necessidade diária da criança ou de parte da turma, os casos deverão ser levados

à D.G., para que estas, juntamente com o trio, repensem a estrutura, adequando-

a à necessidade da criança ou do agrupamento.

Temos que ter claro que crianças diferentes e situações diferentes exigem

encaminhamentos diferentes por parte da escola.

Haverá situações que bastará uma leve reorganização nos horários da

turma, no planejamento e na rotina, enquanto outras exigirão reorganizações

estruturais mais complexas e delicadas, que deverão ser analisadas e

devidamente aplicadas, para o bem estar do grupo ou de determinada criança.

Temos que ter claro que às vezes a solução exigirá até mesmo

reorganização quanto ao horário de trabalho dos educadores, ou até mesmo da

inserção de outra educadora junto ao trio, formando um quarteto em um horário

específico do dia.

Faz-se importante respeitar todas as diferentes necessidades das crianças,

contudo consideramos que após 02 horas de sono, os educadores devem

oferecer às crianças um ambiente provocativo: “acordante”, que estimule à

criança a acordar, sendo este um ambiente:

Claro, com luzes acesas e cortinas puxadas;

Sonoro, a preocupação dos educadores com o silêncio não mais

deverá estar presente. Os educadores permitirão às crianças

acordadas desenvolverem suas atividades normalmente, falando

alto, brincando e até cantando. A música calma dará lugar à música

mais agitada;

134

Estimulante, as brincadeiras serão convidativas e envolventes,

oferecendo ao grupo, por exemplo, o desenvolvimento das

atividades favoritas do “dorminhoco”; tentando-o a levantar-se e vir a

participar das brincadeiras junto à turma.

4. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS

Em nosso percurso de construir instrumentos de avaliação temos olhado

para a criança como um sujeito ativo no processo de ensino e aprendizagem, que

reelabora e reconstrói conhecimentos por meio de interações estabelecidas não

só na escola, mas em vários espaços do seu meio social. Importa, para o

processo de ensino, saber como se dá este processo de construção de modo a

intervir favoravelmente, ou seja, considerar o que o aluno já aprendeu nessas

diversas interações para a partir daí propor outras situações de aprendizagem.

A avaliação serve para nortear o trabalho do professor, inicialmente

pesquisando sobre suas aprendizagens já construídas, possibilitando-lhes

situações de aprendizagens mediadas que estimularão o desenvolvimento de

novas aprendizagens. Assim, a avaliação deve ser contínua e realizada através

das observações cotidianas acerca da interação da criança com os objetos e com

as pessoas, e do registro do que se observa: “Ela deve ocorrer de maneira

sistemática; as observações realizadas durante o processo de aprendizagem

devem ser registradas e utilizadas como objeto de reflexão do ensino, e como

suporte para o planejamento das ações educativas” (Proposta Curricular de São

Bernardo do Campo, Vol. I, Introdução, 2004).

Na Educação Infantil, a avaliação se dá mediante o registro de

observações diárias, que irão compor os Relatórios Semestrais de Avaliação.

Além da escrita contínua do registro, os educadores apoiam suas observações

por meio de imagens: fotos e filmagens de situação de aprendizagens.

135

ORIENTAÇÕES PARA A ESCRITA DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA

CRIANÇA

Apontar o que a criança aprendeu no seu percurso educativo na escola,

valorizando os saberes construídos;

Evitar a padronização dos relatórios, ou seja, relatórios iguais com os

mesmos conteúdos, abordando as mesmas áreas de experiências para

todas as crianças. O relatório deve conter aprendizagens individuais e

ressaltar o processo de construção de conhecimento de cada um.

Descrever como foi o percurso, quais foram as intervenções realizadas

pelo professor para ensinar. Apontando: as conquistas que as crianças

tiveram, as dificuldades que apresentaram e quais foram as

intervenções realizadas pelo educador que possibilitaram o

desenvolvimento de novas aprendizagens;

Evidenciar a ação da criança, sua curiosidade e iniciativa diante das

propostas;

Considerar não apenas o que a criança realiza sozinha, mas o que

consegue com ajuda, com mediação. É necessário que se preste

atenção ao que a criança já consegue realizar independentemente, em

grupo e com o auxílio do adulto e de outras crianças, pois o que a

criança realiza hoje com a mediação de outras crianças ou dos

educadores, estará realizando sozinha amanhã;

Avaliar a criança em relação a ela mesma. Respeitando os diferentes

ritmos, considerando suas dificuldades e valorizando suas conquistas;

Os processos avaliativos devem destinar-se a relatar para onde o

desenvolvimento da criança se encaminha, quais são as

potencialidades da criança e quais suas necessidades. Cabendo aos

educadores confiarem no processo permanente de aprendizagem das

crianças. Assim o processo avaliativo precisa ensaiar o movimento do

ainda não é, enunciando o princípio dialético do conhecimento: toda

descoberta do conhecimento está relacionada às conquistas anteriores

e são prenúncio de novas conquistas. Portanto, diante da teoria sócio

histórico cultural, caberá ao professor observar e avaliar o nível de

desenvolvimento da criança, compreendendo quais são seus

conhecimentos: potenciais e proximais;

136

Mostrar às famílias o percurso da criança, apontando suas dificuldades

e suas conquistas, assim como, quais foram as intervenções que

ajudaram a criança a aprender.

O relatório individual e de grupo será escrito semestralmente e a D.G. fará

devolutivas, apontando questões para a realização de reflexões sobre o fazer

pedagógico, propondo e provocando encaminhamentos na ação docente e na

escrita dos relatórios.

Caberá à D.G. realizar uma leitura atenta dos relatórios, buscando

encontrar nos relatos os indicativos sobre as ações e os conceitos que permeiam

a prática docente, validando as aproximações ou apontando os distanciamentos

entre a prática e o teórico que regem nossas formações: concepção sócio

histórico cultural. Visando de fato a construção da escola da infância.

5. ACOMPANHAMENTO DOS INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS

Os instrumentos de planejamento que os trios de educadores utilizam são:

quadro de rotina, organização semanal de atividades e projetos didáticos.

As professoras constroem o planejamento didático nas HTPs, necessitando

complementar o mesmo após socialização do mesmo com suas parceiras.

Dialogando cotidiano com seus parceiros de trio, quarteto ou quinteto. O

planejamento em trios de educadores só ocorre nas Reuniões Pedagógicas, uma

vez que somente nestes momentos encontram-se dividindo o mesmo horário de

planejamento.

A organização das ações educativas em sequências didáticas e projetos se

baseiam nas necessidades e interesses das crianças pequenas, na qual o foco do

trabalho é possibilitar-lhe o desenvolvimento global.

Em se tratando do registro, este é o instrumento avaliativo. Avaliativo da

criança e do educador. Os dois estão implicados no processo de aprendizagem.

Por isso o educador escreve sobre a ação das crianças e sobre suas próprias

ações, faz uma reflexão sobre essas ações e toma decisões no planejamento e

replanejamento. Pretende-se que escrevam com regularidade, pois o processo de

137

avaliação deve ser contínuo e dele é inerente o processo reflexivo. Esta escrita se

dá em dois eixos: o registro sobre a ação didática, que procuram realizar

semanalmente; e o registro da criança, que se faz continuamente registrando o

percurso de aprendizagem de cada um. Alguns trios de educadores conseguem

compartilhar a autoria destes registros, outros conversam sobre os observáveis,

mas o registro fica a cargo das professoras. Estes registros irão ser ricos

instrumentos na elaboração do relatório semestral de cada criança e da turma.

A coordenadora realizará o acompanhamento dos planejamentos, dos

registros e das observações diretas, realizando as devolutivas em parceria com a

diretora. Estas devolutivas se darão por meio da interlocução entre as formadoras

e os educadores. À D.G. caberá conduzir a interlocução, tendo como parâmetro o

processo de formação, considerando as necessidades formativas do coletivo e

também as necessidades individuais dos educadores. Cabendo à D.G. promover

reflexões e orientações de situações didáticas, propondo novos

encaminhamentos diante das observações e dificuldades apresentadas nos

registros, objetivando um crescimento qualitativo de todos envolvidos no

processo educativo.

Sempre que for necessário ocorrerão reuniões com os trios e atendimentos

individualizados, decorrentes das necessidades pontuais dos educadores.

Outro tipo de acompanhamento realizado pela D.G. junto aos educadores

diz respeito ao estudo de caso, diante da especificidade ou dificuldade de

determinada criança. As discussões podem ocorrer por meio de: reuniões em trio,

nas HTPCs ou Pedagógicas, dependendo do caso.

Todas estas formas de acompanhamentos serão registradas pela

coordenadora ou pela diretora e deverão conter os encaminhamentos propostos a

partir da conversa para que, deste modo, haja também um acompanhamento

sistemático das ações realizadas junto aos educadores, crianças e comunidade.

Os registros da ação formativa coletiva são feitos pelos educadores,

alternadamente, através das atas de HTPC e de Reuniões Pedagógicas. A cada

reunião, fazemos a leitura do registro do encontro anterior, e deste modo todos

participam da construção das aprendizagens coletivas e retomam os

encaminhamentos e compromissos discutidos e acordados.

138

6. ATRIBUIÇÃO DE SALA AOS EDUCADORES

A gestão desta U.E. visa realizar, ano a ano, a atribuição dos

educadores, considerando principalmente, as características profissionais e

pessoais dos educadores. Buscando promover uma atribuição que vá de encontro

às características dos educandos e de suas necessidades. Para tanto, esta

gestão considerou necessário, trabalhar junto aos seus educadores, sobre os

critérios das atribuições. Sendo que o primordial é que o atendimento às

necessidades coletivas estejam acima das necessidades individuais dos

educadores. Outra premissa é que a atribuição dos educadores esteja a bem das

necessidades dos educandos, e nunca o contrário.

Desta forma, em 2016 a dupla gestora construiu a seguinte tabela

que foi socializada, discutida e refletida pela equipe no momento que antecedeu a

atribuição de 2017.

Justificativa apresentada ao grupo frente à tabela abaixo: Nosso

principal objetivo é refletir sobre as características da faixa etária e sobre

as características necessárias ao educador para atender esta faixa etária.

TURMA CARACTERÍSTICA DO

EDUCANDO CARACTERÍSTICA DO EDUCADOR

BERÇÁRIO FINAL Apesar de estar na fase inicial do desenvolvimento, já sabe muitas coisas, já construiu saberes e aprendizagens

Educadora observadora sabe que será seu olhar atento que identificará o que os bebês já sabem, já construíram

Educadora

cuidadosa, sabe que terá que ter muitos cuidados extras com a higiene, para minimizar as viroses

Educadora acolhedora, respeita as dificuldades de

139

adaptação das famílias. Entende que as mães estão colocando a criança na escola, mas que têm muitas desconfianças iniciais sobre o trabalho das educadores

Sabe trabalhar em parceria, pois durante o ano trabalhará em quarteto o ano todo

Sabe sobre a importância de ofertar o colo

Sabe das marcas que deixará na criança, tendo cuidados extras na relação com os bebês. Respeitando suas preferências diante do quarteto de educadores

Sabe que apesar de todos os cuidados extras com a virose e higiene/saúde da criança, as oportunidades para o desenvolvimento dos projetos e de atividades pedagógicas são possíveis, necessárias e fundamentais, para explorar as inúmeras possibilidades de desenvolvimento global das crianças.

140

INFANTIL I Faixa etária com maiores dificuldades na adaptação – necessita de muito afeto, carinho e acolhimento

Faixa etária em que os vícios alimentares já podem estar presentes , portanto a criança apresentará dificuldades na alimentação

Período que ocorrerá, na grande maioria, o desfralde

Professora acolhedora, que respeita as necessidades individuais da criança, entendendo que suas necessidades precisarão ser atendidas

O acolhimento

também é necessário às necessidades da mãe, caso contrário estas desistirão da vaga. ( Faixa etária em que há maior número de desistências e abandono escolar. Na creche.

A educadora sabe que as dificuldades de alimentação precisam ser vencidas, para tanto será parceira da família, dialogando com as mesmas sobre a importância da alimentação saudável. Poderá até mesmo incluir em seu planejamento semanal atividades com culinárias para contribuir junto às questões da criança

A educadora tem conhecimento de que o desfralde ocorre mais tranquilamente quando este respeita as necessidades e possibilidades da

141

criança e da família. Sabe que terá que contagiar a mãe para o desfralde, quando esta ainda não percebe que o filho já está pronto, dando sinais visíveis que pode ser desfraldado.

INFANTIL II Fase da 1ª rebeldia da infância

A criança estabelece seus primeiros enfrentamentos junto aos adultos

A criança apresenta

maior dificuldade em seguir os combinados, regras e ordens

Enfrenta o adulto de diferentes formas: correndo/ gritando/ chutando/ xingando/ etc.

O educador entende que a rebeldia faz parte desta faixa etária

O adulto não entra no embate, ele busca dialogar com a criança

Tem consciência que terá que retomar várias vezes os combinados e as regras – dialogando muito

Busca tirar o foco da situação, convidando a criança a realizar outras atividades e a participar junto à turma

Educadora tranquila, não se indispõe com a criança, pois entende ser o adulto da relação

Educadora sensível, se envolve com a criança buscando entender os motivos que a leva a desafiar os adultos

142

e a entrar em conflito com estes

Educadora compreende que a criança não é birrenta, mal criada, ou como “não tendo

jeito” – sabe que é uma forma desta se comunicar com o mundo e que é seu dever de educadora entende-la, mostrando-lhe que há outras formas de externalizar seus sentimentos

143

VI - PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA NO AMBIENTE ESCOLAR - Cuidar Educando e Educar Cuidando

"...Cuidar deve ser compreendido como parte integrante do educar..."

(Proposta curricular de São Bernardo do Campo)

Esta unidade escolar entende que o cuidar é parte integrante do educar e

do brincar.

Ao organizar o espaço, planejar a aula, o professor precisa prever atitudes

e procedimentos de segurança de forma a garantir a proteção integral da criança,

ressaltando que a instituição num todo também deve ter este olhar cuidadoso,

pois todos têm papel educativo e devem zelar pela proteção da criança e pela

manutenção do vínculo entre a criança e o adulto. Dessa forma, estabelecemos

procedimentos comuns com o intuito de antecipar situações de risco e promover

cuidados que garantam o desenvolvimento pleno da criança, valorizando seu

bem-estar e paulatinamente o desenvolvimento da autonomia.

PERÍODO DE ADAPTAÇÃO/ACOLHIMENTO

144

Nesta U.E. o período de adaptação é entendido como período que se

preocupa com o acolhimento de nossas crianças e de seus familiares.

É importante ressaltar que o termo “adaptação” tem sido alvo de críticas

por parte de alguns teóricos e educadores, dado o fato de poder conter em si uma

ideia de conformismo, submissão, resignação, ou, como aponta o dicionário

AURÉLIO: ajustamento, acomodação, que é justamente o que em educação

queremos evitar. Alguns, inclusive, têm substituído este termo por “acolhimento”.

Em nossa Rede de Ensino, já vivenciamos tais discussões, apontando que

todo o período de adaptação da criança deve ser pensado, organizado e

elaborado no sentido de estarmos centrando nossas preocupações e ações no

acolhimento de nossas crianças e de seus familiares. Oferecendo um contexto

acolhedor que considere as diferentes necessidades das crianças, bem como de

seus familiares.

Antes do início do ano letivo, 2011, a S.E. se preocupou em desenvolver

junto aos diretores escolares momentos formativos, sendo a temática principal a

importância do acolhimento da escola junto às crianças e seus familiares.

Além das discussões foram produzidos materiais escritos que pudessem

subsidiar as discussões nas escolas.

“Considerar a adaptação sob o aspecto de acolher,

aconchegar, procurar oferecer bem estar, conforto físico e

emocional, amparar, amplia significativamente o papel e a

responsabilidade da instituição de educação neste processo.

A qualidade do acolhimento deve garantir a qualidade da

adaptação; portanto trata-se de uma decisão institucional,

pois há uma inter relação entre os movimentos da criança e

da instituição fazendo parte do mesmo processo” (ORTIZ,

Revista Avisa Lá - trecho de um dos textos enviados às

U.Es, pela S.E., para subsidiar as discussões dos

educadores e gestores).”

As discussões desenvolvidas pela S.E., sobre adaptação na vertente do

acolhimento, vieram ao encontro às discussões/formações realizadas por esta

U.E., anteriormente, fornecendo-nos maiores subsídios e fortalecendo nossa

concepção sobre a importância de planejarmos cuidadosamente o acolhimento de

nossas crianças e seus familiares no início do ano letivo.

145

Temos total clareza sobre a importância de que o período de adaptação/

acolhimento deva ser minuciosamente planejado por toda equipe escolar,

buscando garantir os direitos da criança e da família, neste momento, que para

alguns poderá vir a ser traumático que é sua separação da mãe/responsável.

DESTACAMOS ABAIXO AS SEGUINTES CONSIDERAÇÕES:

O período de adaptação na escola é uma etapa bastante delicada, para

muitos, representa a primeira separação entre a criança e a

mãe/cuidadora;

Neste período a criança vivencia um tipo de “luto”, uma dor emocional e até

mesmo física, promovida pela separação. Faz-se necessário, que haja toda

uma organização de acolhimento para que este sofrimento seja o menor

possível para crianças e seus familiares;

A escola é a primeira experiência social da criança, fora do contexto

familiar, fato este que lhe trará exigências sociais novas: relacionar-se com

adultos desconhecidos e com outras crianças. Dividindo a atenção dos

educadores e a exploração dos brinquedos, materiais e espaços;

Que todas estas novas exigências serão vivenciadas estando a criança

separada de sua família;

Que estas mudanças podem causar em nossas crianças, em diferente

nível e grau, sentimentos e sensações, tais como: medo, ansiedade,

tristeza, choro, euforia, apatia, dificuldades de alimentação e de sono, etc.

“A adaptação pode ser entendida como o esforço que a

criança realiza para ficar, e bem, no espaço coletivo,

povoado de pessoas grandes e pequenas desconhecidas.

Onde as relações, regras e limites são diferentes daqueles

do espaço doméstico a que ela está acostumada. Há de fato

um grande esforço por parte da criança que chega e que

está conhecendo o ambiente da instituição, mas ao contrário

do que o termo sugere não depende exclusivamente dela

adaptar-se ou não à nova situação. Depende também da

forma como é acolhida” (ORTIZ, Revista Avisa Lá - trecho

de um dos textos enviados às U.Es, pela S.E., para

subsidiar as discussões dos educadores e gestores).”

146

Acreditamos que cabe à escola propiciar condições para que esse

processo transcorra da forma menos traumática e o mais natural possível. Para

tanto devemos:

Acolher as diferenças e favorecer a adaptação a um novo ambiente,

organizando os espaços coletivos, proporcionando ambientes

externos apreciáveis e agradáveis, para estimular a curiosidade das

crianças e o desejo deste em brincar e de se relacionar com os

outros;

Estar atentos às necessidades emocionais que as crianças

apresentam, acolhendo-as e oferecendo-lhes a segurança:

emocional e física necessária.

Outra preocupação desta equipe escolar diz respeito às entrevistas

individuais, realizadas pelas educadores junto às famílias de sua turma, que

ocorrem no período de adaptação. As entrevistas buscam ser instrumentos

facilitadores, que colaboram junto às educadores, propiciando-lhes:

Construir conhecimento sobre cada criança e seus responsáveis;

Oferecer acolhimento às diferentes necessidades das famílias;

Investigar sobre os saberes que as famílias têm sobre seus filhos,

indagando sobre: seus interesses, seus objetos de apego e suas

particularidades.

Defendemos que muitas destas informações, obtidas nas entrevistas

individuais, amenizam o sofrimento das crianças e da família, pois propicia uma

troca de saberes entre a escola e a família. De um lado a família se sente segura

porque têm a possibilidade de falar de seu filho, ao mesmo tempo, que se

aproxima da educadora. Por outro lado, os educadores obtêm informações

importantes que facilitarão suas ações junto à criança, com intervenções

assertivas, diante da necessidade de cada uma.

“O que queremos deve estar sempre bem claro: queremos

fazer um vínculo de confiança com esses pais, para que a

estadia da criança na escola seja prazerosa e produza

crescimento intelectual, social, sensível e afetivo (isto para

todos nós!). Queremos que estes pais sejam parceiros,

cúmplices de nossos objetivos e que possamos nos

147

entender nos momentos de divergência ou conflito que com

certeza passaremos. Desejamos que os pais possam nos

ajudar com participação e interesse e que a adaptação seja

mais humana e tranquila para ambos. Enfim, não queremos

pouco... Por isso e para isso trabalhamos!” (DAVINI, p. 48 -

trecho de um dos textos enviados às U.Es, pela S.E., para

subsidiar as discussões dos educadores e gestores).”

Acreditando na importância das entrevistas, entre a família e os

educadores, buscamos garantir que todas ocorram nos primeiros dias do ano

letivo. Sempre que a educadora encontrar dificuldades no agendamento das

entrevistas, por parte da família, deverá levar o caso à direção. Para que esta

encontre formas de viabilizar a realização da entrevista entre a educadora e a

família da criança. Espera-se que ao término do período de adaptação todas as

entrevistas tenham ocorrido.

Esta mesma preocupação com o acolhimento e com as entrevistas

individuais, ocorrem com as matrículas suplementares, ao longo do ano.

Ao ingressar nesta U.E. a família é apresentada ao espaço escolar, realiza

a entrevista com os educadores, que propõe o período de adaptação com

ampliação progressiva do horário, sempre tendo como parâmetro a real

necessidade da criança.

“Falamos em adaptação sempre que enfrentamos uma

situação nova, ou readaptação, quando entramos

novamente em contato com algo já conhecido, mas por

algum tempo distante do nosso convívio diário. O processo

de adaptação inicia com o nascimento, nos acompanha no

decorrer de toda a vida e ressurge a cada nova situação que

vivenciamos. Sair de um espaço conhecido e seguro, dar

um passo à frente e arriscar-se, tendo como companhia o

desconhecido para o qual precisamos olhar, perceber,

sentir, avaliar, nos leva às mais diferentes reações:

permanecer no espaço seguro e protegido, seguir adiante

ou desistir e voltar atrás” (DIESEL, 2003 - trecho de um dos

textos enviados às U.Es, pela S.E., para subsidiar as

discussões dos educadores e gestores).”

148

Outra preocupação refere-se ao cuidado quanto ao ritmo da ampliação dos

horários de permanência da criança na escola. Este é previsto para o coletivo,

contudo é flexível às necessidades individuais da família, mas acima de tudo

considerando as necessidades da criança.

Além da questão do horário, é necessário que os educadores pensem em

estratégias específicas para aquela criança que está com maior dificuldade em se

adaptar. Cabendo aos educadores, através de suas observações, das percepções

sobre as preferências e o ritmo de cada criança e do diálogo com a família,

planejarem recursos e atividades que possam facilitar sua aproximação com a

criança e envolvê-la nas diferentes propostas.

Respeitar as necessidades individuais das crianças, considerar que estas

possam trazer para a escola seus brinquedos preferidos ou objetos de apego,

atender suas escolhas e preferências, são algumas das estratégias que a escola

deve adotar para ajudar a criança a se sentir segura e tranquila, neste novo

espaço e com estes novos adultos.

Ressaltamos que nossa preocupação com o adequado acolhimento às

crianças e às famílias, é um princípio considerado em várias outras situações,

tais como: quanto aos atrasos nos horários de chegada e saída dos alunos, no

retorno da criança após algum tipo de afastamento, tendo ausentado-se por um

período mais prolongado, etc.

Ou seja, em todo e a qualquer momento, nossas crianças, por diferentes

motivos, podem viver situações que as façam necessitar do acolhimento da

escola, e todos: educadores, funcionários de apoio, oficial de escola, funcionárias

da cozinha e gestão devem estar preparados para perceber as necessidades e

oferecer o devido acolhimento, relacionando-se com a criança da melhor forma

possível.

Considerando que:

O período de adaptação/acolhimento deve ser planejado

coletivamente, no sentido do acolhimento de nossas crianças;

As orientações da S.E. condiz com a visão de acolhimento desta

U.E.;

Diante das considerações acima, ano a ano planejamos e reavaliamos o

período de adaptação, realizando as modificações necessárias. Após término do

149

planejamento e organização dos horários sobre o período de adaptação doa ano

seguinte a escola adota as seguintes ações:

Frente aos pais dos alunos rematriculados, estes recebem as informações

e o folheto com a organização dos horários de fevereiro já na última reunião com

pais, em dezembro. Cabendo aos educadores discutirem com os pais sobre a

importância do período de adaptação , lhes evidenciando que seus filhos

necessitarão ser atendidos em período reduzido, pois terão novas necessidades,

farão parte de um novo agrupamento, com novos coleguinhas e novos

educadores. Ficando acordado que tão logo a criança apresente condições de

permanecer no período integral o mesmo lhe garantido.

Quanto aos pais de alunos novos os mesmo receberiam a formação e

informações, sobre o período de adaptação, na reunião do mês de dezembro,

momento em que a rotina da escola e os espaços são apresentados aos

ingressantes pela D.G.

Com o objetivo de garantirmos um período de adaptação de qualidade às

crianças e seus familiares adotamos os seguintes combinados.

1. O período de adaptação deve respeitar as necessidades das crianças em

consonância com as possibilidades das famílias;

2. O aluno que apresentar dificuldades em permanecer na U.E., no tempo

estipulado, sem a possibilidade de ter um familiar participando de sua

rotina ou sem a possibilidade, por parte da família, de redução do horário

será atendido por seus educadores. A criança receberá toda a atenção

possível, cabendo ao educador referência, ao educador com o qual a

criança apresentou maior afinidade, atentar-se às suas necessidades

afetivas e emocionais, ofertando lhe o colo necessário, bem como,

mediando suas relações com os demais educadores, crianças e atividades,

buscando levar a criança a participar e a envolver-se com a turma, com a

rotina e com as propostas desenvolvidas;

3. No primeiro dia de adaptação ocorre o dia de integração, o familiar

permanece com a criança em período integral; a turma é dividida em 02

agrupamentos, nos seguintes horários: o primeiro das 7h30 às 09h e o

segundo das 09h30 às 11h;

4. Nos primeiros dias a turma continua dividida em dois agrupamentos, sendo

oferecido dos horários: o primeiro das 7h30 às 09h e o segundo das 09h30

150

às 11h; posteriormente a turma é unificada, fazendo um mesmo horário,

com a ampliação gradativa dos horários de permanência das crianças;

5. Todas crianças iniciam o ano letivo no mesmo dia, o que difere é o horário

do agrupamento;

6. Dependendo da necessidade da criança ou da família e da disponibilidade

do adulto/familiar, este poderá ficar na sala de aula, ou dentro da U.E.

auxiliando os educadores. Cabendo aos educadores avaliarem o que será

mais adequado ao atendimento de tal demanda; devemos refletir que cada

caso é um caso, as especificidades e necessidades, tanto da criança

quanto da família, devem ser respeitadas;

7. No período de adaptação, que ocorre durante todo o mês de fevereiro, as

duas professoras da turma farão o horário da manhã, sendo este das 7h30

às 15h30. Com tal combinado podemos garantir um nº maior de colo e

qualificar o acolhimento à turma. Diante do fato da família necessitar que a

criança fique na escola até às 17h, os educadores deverão levar o caso à

D.G. que reorganizará os horários dos educadores da referida turma,

buscando atender a solicitação da família.

8. O horário dos auxiliares em educação, titulares da turma, será das 7h30 às

16h30 e dos auxiliares em educação de apoio será das 8h às 17h;

9. Os horários de adaptação da turma do berçário final ocorrerão mais

pausadamente, ampliando a quantidade de dias em cada horário;

considerando individualmente as necessidades das crianças.

10. Em reunião, com o coletivo de educadores, será reavaliado ano a ano a

organização sobre o período de adaptação.

151

Abaixo encontra-se o documento/panfleto entregue aos pais sobre a

organização dos horários do Período de Adaptação, ano de 2017.

EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO

DIA 03/02 – REUNIÃO COM PAIS – 08H

DIA 07/02 – DIA DE INTEGRAÇÃO – O RESPONSÁVEL/FAMILIAR COM A CRIANÇA E

OS EDUCADORES - 1ª TURMA DAS 07H30 ÀS 09H - 2ª TURMA DAS 09H30 ÀS 11H

DIAS 08/02 À 13/02: - 1ª TURMA DAS 07H30H ÀS 09H; - 2º DAS 09H30 ÀS 11H;

DIA 14/02 – AGRUPAMENTO ÚNICO DA TURMA - DAS 07H30 ÀS 09H

DIA 15/02 – 07H30 ÀS 10H

DIA 16/02 – 07H30 ÀS 10H

DIA 17/02 - 07H30 ÀS 12H

DIA 20/02 – 07H30 ÀS 12H

DIA 21/02 - 07H30 ÀS 15H

DIA 22/02 - 07H30 ÀS 15H

DIA 23/02 - 07H30 ÀS 15H

DIA 24/02 - 07H30 ÀS 15H

DIA 01/03 HORÁRIO NORMAL = DAS 07H30 ÀS 17H30

OBS: As famílias que tiverem problemas com o horário reduzido serão atendidas em suas

necessidades, desde que a criança não seja prejudicada, não ficando em estado de

sofrimento prolongado.

As professoras e as famílias deverão procurar a direção para resolver os problemas

(quanto aos horários), com o objetivo de viabilizarmos o período de adaptação às

crianças, mediante suas necessidades específicas.

ENTENDENDO E ACOLHENDO O CHORO DA CRIANÇA

O educador precisa compreender o que a criança quer comunicar com o

choro. Ajudando os pequenos a utilizar novas formas de comunicação para

demonstrar seus desagrados.

Sendo o choro um instrumento de comunicação, o educador precisa buscar

entender o significado de cada choro, para desta forma poder intervir junto à

criança.

Ao entendermos que o choro é uma forma de comunicação, nos cabe

152

enquanto educadores, traduzirmos em atos e palavras o que o pequeno está

tentando nos dizer. Se notarmos que ao chorar a criança está comunicando

algum tipo de incômodo, faz-se fundamental ao educador verificar a origem do

choro da criança: verificando se o motivo é: fralda suja; sono; fome; sede;

possível dor (importante checar a temperatura). Na falta de sintomas físicos,

caberá ao educador oferecer colo, falar com voz serena, estabelecer contato

visual, visando acalmar a criança e somente depois, talvez, vir a entender o

motivo do choro.

Há que se manter a calma diante do choro. Antes de agir, vale sempre

indagar o que houve:

Por que você está chorando?

Está sentindo dor?

Onde?

Me mostre!

Você caiu?

Machucou? Onde?

Você quer algum brinquedo?

O que você quer?

Estas são algumas das perguntas que o educador poderá fazer, no intuito

de auxiliar a criança a se acalmar.

O adulto que trabalha com crianças pequenas precisa entender que ser

criança não é um “mar de rosas”, ainda mais quando estas não sabem comunicar,

a não ser pelo choro, que algo não está bem.

Adaptar-se ao ambiente e à equipe da creche, despedir-se da família,

avisar que a fralda está suja ou que a barriga dói, perder um brinquedo para um

colega, que caiu e se machucou ou se assustou... são alguns dos motivos que

levam os pequenos a sofrerem e a chorarem. Vindo estes a necessitarem do

acolhimento dos adultos.

Não é raro que um simples conflito com o colega da turma tome

proporções de “catástrofe mundial”, com direito a gritos, sacudidas pelo chão e

soluços sem fim. Às vezes, a criança perde o controle e não consegue voltar ao

normal sozinha, para acalmar-se terá que ser acolhida e tranquilizada pelo

educador.

153

O educador não pode optar por cruzar os braços e esperar que o choro

passe, nem tentar resolver na conversa. Também não vale cair na armadilha de

fazer chantagens para o choro cessar. Cabe ao educador mostrar à criança que

entende o problema e pedir que ela respire fundo, lave o rosto e que sente-se em

seu colo, passando a mensagem de que você confia que ela vai se acalmar.

Cabe ao educador ser solidário, mesmo quando o desejo da criança tiver

que ser contrariado. O adulto jamais poderá zombar do choro da criança ou

ignorá-lo. Fingir que não vê a criança chorar é um grande erro do adulto. Este

transmite para a criança que esta não obtêm a atenção do adulto nem quando

está chorando.

O educador de crianças pequenas precisa entender que a melhor forma de

acalmar a criança é pelo acolhimento, será por meio de uma relação serena e

afetuosa, que poderá fazer com que esta se acalme e pare de chorar.

O trabalho em trio possibilita aos educadores o exercício de um olhar mais

sensível diante da existência do choro da criança, buscando acolhê-la e

interpretar os motivos de seu sofrimento. Cabe aos educadores de crianças

pequenas entenderem que a relação de afeto é fundamental ao trabalho docente

nesta faixa etária, e que o oferecimento do colo muitas vezes é a resposta certa

às necessidades das crianças.

Este olhar sensível e atento deve ser mais presente ainda no período de

adaptação das crianças. Cada criança, diante de suas diferentes necessidades e

especificidades, apresenta necessidade de acolhimento, de aproximação física,

do colo em diferentes níveis; cabendo aos educadores se atentarem a estas

diferentes necessidades. Oferecendo-lhe o colo sempre que necessário,

estimulando o envolvimento da criança com as atividades, brinquedos e à

relacionarem-se com as demais crianças, respeitando suas possibilidades e

necessidades afetivas. Cabe ao educador saber a hora de oferecer o colo e de

estimular o “decolar”; como encontramos na música “Reticências” do grupo Teatro

Mágico: “... tempo de dar colo, tempo de decolar.”

A música citada acima serviu como nutrição e texto de discussão sobre a

importância do acolhimento diante do choro; bem como, contribuiu para

discutirmos em grupo sobre os efeitos que o choro das crianças exerce nos

adultos; principalmente, no período da adaptação, momento em que este é mais

intenso.

O grupo por unanimidade aprovou a mensagem principal, trazida na letra

154

da música, afirmando que cabe ao educador, ter sensibilidade e avaliar, nas

diferentes crianças de seu grupo em quais momentos estas estão prontas para

decolar enquanto outras ainda necessitam, e muito, do colo, para futuramente

decolar.

Abaixo anexamos a letra da música:

Reticências (Teatro Mágico) Quanta mudança alcança

O nosso ser posso ser assim daqui a pouco não Quanta mudança alcança

O nosso ser posso ser assim daqui a pouco

Se agregar não é segregar Se agora for, foi-se a hora

Dispensar não é não pensar Se saciou foi-se em bora

Quanta mudança alcança

O nosso ser posso ser assim daqui a pouco não Quanta mudança alcança

O nosso ser posso ser assim daqui a pouco

Se lembrar não é celebrar... Dura - lhe a dor quando aflora

Esquecer não é perdoar Se consagrou sangra agora

Quanta mudança alcança

O nosso ser posso ser assim daqui a pouco não Quanta mudança alcança

O nosso ser posso ser assim

Tempo de dá colo, tempo de decolar Tempo de dá colo, tempo de decolar

O que há é o que é e o que será (nascerá, nascerá...)

Tempo de dá colo, tempo de decolar Tempo de dá colo, tempo de decolar

O que há é o que é e o que será (nascerá, nascerá...)

Reciclar a palavra, o telhado e o porão... Reinventar tantas outras notas musicais... Escrever o pretexto, o prefácio e o refrão...

Ser essência... Muito mais... Ser essência... Muito mais...

A porta aberta, o porto acaso, o caos, o cais...

Se lembrar de celebrar muito mais... Se lembrar de celebrar muito mais... Se lembrar de celebrar muito mais...

"Tá certo que o nosso mar

Do jeito que for vital Pra dispersar o nosso dom

O nosso som pausou E com tanta disposição

A disposição cansou Secou da fonte da paciência

E nossa excelência ficou lá fora Solução é a solidão de nos

Deixa eu me livrar das minhas marcas Deixa eu me lembrar de criar asas

Deixa que esse verão eu faça o sol (3x) Só me resta agora acreditar

Que esse encontro que se deu Não nos traduziu melhor

A conta da saudade quem é que paga Já que já estamos brigados de nada

Já que estamos fincados em dor Lembra o que valeu a pena

Foi nossa cena não tem pressa pra passar(2x)"

155

ENTENDENDO A MORDIDA COMO: MANIFESTAÇÃO

COMUNICATIVA DA CRIANÇA E CONTEÚDO PEDAGÓGICO

PARA O PROFESSOR

Este tema exige da escola, de todos os seus educadores, uma atenção

especial, pois embora manifestações por meio das mordidas sejam naturais na

faixa etária de 0 a 03 anos, a repercussão das recorrências de mordidas

mobilizam pais e educadores.

Desta forma, primeiramente cabe aos educadores entenderem, refletirem e

dialogarem sobre os conhecimentos científicos já construídos em torno da

presença da mordida nas unidades escolares de 0 a 03 anos.

A mordida apresenta-se como característica natural da “fase oral”.

Fase pela qual a criança começa a interagir com o mundo, através

da boca a criança explora e interage com seu meio. Nesta fase, é

justamente através da boca, que a criança faz importantes

descobertas e começa a separar o que a constitui daquilo que

constitui o outro. Pela boca ela diferencia os limites de seu corpo e

do corpo do outro, diferencia sensações em seu corpo e sensações

advindas da sua exploração frente ao corpo do outro. Pela boca ela

conhece “o mundo”. O primeiro contato da criança com o mundo é

pela boca. Ao colocar um objeto na boca, ou por exemplo, a mão do

coleguinha na boca, a criança estará experimentando, explorando,

conhecendo os objetos, aumentando seu conhecimento sobre as

coisas que a rodeiam.

A mordida também pode estar relacionada com o surgimento dos

dentes; a criança explora as sensações produzidas pela aquisição

do dentinho, explorando os objetos e as diferentes sensações que

os diferentes objetos lhe propiciam.

A mordida, como instrumento de exploração e de aprendizagem à

criança pequena, pode vir a desencadear sensações fascinantes às

crianças, sensações estas que poderão lhe estimular a morder

novamente. Mordendo a criança pode perceber e aprender várias

coisas como: diferenciar o duro do mole; o gosto diferente das

coisas; que sua mordida desencadeia reações no outro, uns se

156

assustam, outros choram, alguns se espantam, etc.

Que mordendo ela obtêm a atenção dos adultos, podendo a criança

ficar maravilhada com a reação das pessoas. A partir daí, ela

descobre um modo infalível de chamar a atenção ou de obter o

objeto desejado.

A mordida também pode ser entendida como demonstração de

sentimentos de carinho e afeto, justamente por serem emoções que

ainda não podem ser nomeadas pela criança. Muitas vezes as

crianças são mordidas por seus melhores amiguinhos.

A mordida realizada pela criança pequena pode ser uma prática

apreendida com os familiares. Alguns pais e demais familiares

brincam de morder, verbalizam que têm vontade de mordê-los por

amá-los tanto, por serem fofos, etc. Desta forma, a criança poderá

reproduzir a mordida nas relações que estabelecem com os

coleguinhas, com a intenção de expor seus sentimentos de carinho

e afeto por determinada criança.

A mordida pode ser a forma de comunicação, utilizada pela criança,

sinalizando algum tipo de desagravo, de descontentamento ou de

irritação. Normalmente, com o desenvolvimento da oralidade, com a

aquisição da fala, a criança deixa, cada vez mais, de fazer uso da

mordida, passando a expressar-se oralmente.

A mordida também decorre do estranhamento da criança quanto à

vivência em grupo, a escola representa a entrada da criança no

ambiente social. O contexto escolar traz à criança pequena

exigências sociais, que estão, ainda, acima de suas possibilidades

sociais, cognitivas e emocionais; cobrando-lhe que: se relacione

com outras crianças, que divida a atenção dos adultos, que divida a

utilização do espaço e dos brinquedos com as demais crianças da

turma. Estas novas exigências desencadeiam respostas

comunicativas, de contrariedades, uma das manifestações poderá

ser por meio da mordida. A mordida pode ocorrer como resposta da

criança, como manifestação comunicativa, diante de uma disputa,

de um conflito.

Que embora a mordida faça parte do contexto escolar, na faixa

157

etária de 0 a 03 anos, todos os educadores têm por objetivo evita-

las; refletindo e reavaliando sobre o seu planejamento, sobre a

rotina da turma e sobre suas mediações. Mas, que mesmo adotando

todos estes cuidados didáticos, algumas recorrências ocorrerão.

Que é dever do profissional da educação de crianças pequenas,

ressaltar às famílias, que a ocorrência da mordida provoca o

desenvolvimento de aprendizagens às crianças; cabendo aos

educadores mediarem a situação junto às crianças envolvidas,

acolhendo ambas e ensinando-lhes que não devem morder, porque

doí, bem como, que não podem deixar o amiguinho mordê-los,

precisando adquirir maneiras de defenderem-se.

Entendemos que a mordida na Educação Infantil ,de 0 a 03 anos,

apresenta-se como sendo um dos maiores problemas do educador de crianças

pequenas. São elas, na maioria das vezes, as grandes responsáveis pela

instabilidade nas relações entre a escola e a família.

Primeiramente, como profissionais da educação de crianças pequenas,

precisamos aceitar que é normal que as ocorrências de mordida gerem

desconforto entre as famílias e os educadores da criança. Ver o filho/aluno com

as marcas da mordida deflagram nos adultos inúmeros sentimentos. Cabendo à

escola, que possui os conhecimentos sobre o desenvolvimento da criança e sobre

as situações em que a mordida ocorreu socializar as informações com os

familiares.

Para alguns familiares a presença da mordida em seu filho instiga em seu

imaginário, que o mesmo está sendo mal cuidado na escola, sofrendo diante das

agressões de terceiros; esquecendo-se que o “agressor”, em questão, tem a

mesma idade que o filho, ou até mesmo, é menor ainda. Em seu imaginário a

criança após ser mordida ficou em sofrimento o restante do dia e é seu dever, de

pai e mãe, defender o bem estar do filho, bem como, cobrar da escola que esta

lhe assegure que tal ocorrência não se repetirá. Também chegam a avaliar que a

mordida ocorreu por negligência dos cuidadores, dos educadores da criança ou

que a criança envolvida não é devidamente educada por seus pais.

Nos educadores acaba gerando um misto de sentimentos, sentem-se

insatisfeitos, impotentes ou culpados, por presenciarem o sofrimento das

158

crianças, por não conseguirem impedir a ocorrência, mesmo sabendo que:

tomou todos os cuidados necessários para que a mordida não

ocorresse ou recorresse.

Que a mordida é manifestação comunicativa da criança pequena,

sendo um instrumento exploratório ou até mesmo uma manifestação

de carinho.

Outro sentimento gerado pela ocorrência da mordida é o de insegurança,

pois temem ser acusados de negligentes pelas famílias.

Em alguns momentos, fruto da recorrência da mordida os educadores

poderão lidar com alguns pais que reajam de forma mais exacerbada, sendo

fundamental aos educadores que estes se mantenham calmos, dizendo que

entendem os sentimentos e o nervosismo dos pais, mas que se faz necessário o

agendamento de reunião entre a família e os educadores, para que os

esclarecimentos sobre as ocorrências sejam compartilhados com a família.

Após acolher a indignação dos pais o educador precisará orientá-los a

procurarem a gestão da escola para que o agendamento seja realizado, devendo

este ser o mais rápido possível. A gestão deverá adiantar aos pais que, neste

atendimento às famílias, os educadores esclarecerão os fatos, relatarão quais

procedimentos vêm adotando para evitar as mordidas entre as crianças, tirando-

lhes todas as suas dúvidas, que o mais importante é o estabelecimento do

diálogo.

Caberá à D.G. acolher os sofrimentos e descontentamentos dos seus

educadores e das famílias, agendando o atendimento para o mais breve possível.

Outras ações a serem adotadas pela gestão: realizar observação em sala;

acompanhar a rotina da turma; atendimento aos educadores; solicitar o auxílio da

equipe técnica da S.E. (O.P. e Psico), sempre que necessário; coordenar o

atendimento específico, entre os pais e os educadores.

No atendimento aos pais, a gestão e os educadores deverão,

primeiramente, acolher os sentimentos e as insatisfações dos pais. Para em

seguida explicitar quais ações pedagógicas a escola e seus educadores podem e

já estão adotando junto às crianças que encontram-se comunicando-se por meio

da mordida, objetivando minimizar tais manifestações.

Após os educadores socializarem sobre as práticas e ações pedagógicas

adotadas; sobre os conhecimentos científicos/pedagógicos que a escola possui

sobre o ato de morde da criança pequena; sobre o desenvolvimento infantil;

159

sobre a presença “natural” da mordida nesta faixa etária; faz-se importante, aos

educadores e gestores, avaliarem o quanto os pais compreenderam e

assimilaram, sobre os diálogos estabelecidos e sobre os conhecimentos em

questão. Se houve, de fato, avanços na aceitação das ocorrências ou se os

diálogos não alteraram os sentimentos e insatisfações dos pais.

Diante da postura inflexível dos pais, diante da cobrança destes à escola,

exigindo que o filho não volte a ser mordido, será necessário, que os gestores

pontuem, que tal compromisso é impossível de ser assumido pela escola.

Evidenciando aos pais que à escola cabe assumir o compromisso de que tudo

será feito para evitar a manifestação da mordida entre as crianças, mas que nem

sempre as ações pedagógicas conseguirão impedir a recorrência da mordida.

Salientando aos pais, que será objetivo de todos os educadores da turma,

minimizar as recorrências de mordidas, mas que estas muitas vezes ocorrem de

forma rápida e diante de situações improváveis, sem serem fruto de conflitos, sem

que haja sinais que as precedam.

Entendemos que o respeito e o diálogo, entre a família e a escola, são os

únicos aliados para a solução dos conflitos gerados pelas recorrências das

mordidas e devem ser implementados tão logo sejam percebidos.

É fundamental que o conhecimento pedagógico, construídos pelos

educadores sejam compartilhados com os pais, para que estes possam

compreender mais e mais e indignarem-se cada vez menos.

Portanto podemos considerar que é papel da escola e de seus educadores:

Entender que as mordidas estão presentes no cotidiano das

creches, porque são manifestações normais na 1ª infância, mas que

faz parte das atribuições dos educadores refletirem sobre as ações

que adotaram e adotarão para minimizarem as recorrências.

Compreender que, embora a mordida seja normal à faixa etária,

como forma de expressão da criança; cabe a ele educador

introduzir/ guiar/ mediar a forma da criança se relacionar e interagir

no coletivo, para que esta aprenda a se comunicar por outros meios

que não pela mordida.

Refletir sobre cada caso de mordida, pois cada caso é um caso.

Indagando-se sobre: Qual situação desencadeou a mordida; O que

poderei fazer para evitar a recorrência; Quem é a criança que

160

mordeu? Como posso ajudá-la? Quem é a criança que foi mordida?

Como posso ajudá-la? Quais mediações realizarei com o intuito de

ajudar a criança que mordeu a se manifestar de outra maneira?

Quais mediações realizarei com o intuito de ajudar a criança que foi

mordida a se posicionar e a se defender, envolvendo-a na situação.

Como levarei a criança que foi mordida a enxergar que suas

reações ou que a falta de reações têm consequências, e ser

mordida é uma delas.

Seu papel de educador junto ao mordedor será: ensinar-lhe que

morder é errado, porque a mordida machuca o amigo, que este

chora porque doeu. Junto à criança que foi mordida, caberá a ele

educador, ensinar-lhe que precisa se defender da mordida, evitando

assim novas investidas; ensinando-lhe a manifestar-se, a comunicar

que não quer ser mordido, que dói e que não gosta de ser mordida.

Todas estas aprendizagens se darão com a mediação constante dos

adultos referências da turma, no intuito de qualificar as interações

entre as crianças.

Acolher a indignação das famílias, socializando seus saberes com

os pais, para que estes entendam os porquês das mordidas e como

a escola e todos seus educadores investem na minimização das

ocorrências de mordidas. Deixando evidente aos pais que sua

prática pedagógica visará impedir novas ocorrências, mas que será

impossível dar-lhes garantias que novas mordidas não ocorrerão no

decorrer do ano letivo.

Quando os educadores observarem que as mordidas de

determinada criança são realizadas advindas de um comportamento

agressivo, precisará desenvolver, junto à turma, atividades que

possibilitem à (às) criança(as) darem vasão a tais sentimentos, à

agressividade. Propondo atividades como: derrubar blocos; rasgar

papéis; espirrar água; martelar; etc.

Entender que é adulto que tem o papel primordial de impedir que a

expressão da agressividade fuja do controle da criança; estando ele,

o educador, atento às manifestações das crianças, permitindo-lhes

nas atividades/ brincadeiras/ fantasias expressar seus sentimentos,

sem que se coloque em risco ou venha a colocar outra criança em

161

risco. Cabe ao educador auxiliar a criança a se recompor, a se

reorganizar; acolhendo suas necessidades emocionais.

Saber que os casos de mordidas de ordem de descontrole

emocional são as exceções. Mas que precisam ser identificados

pelos educadores, para que a criança e a família sejam auxiliadas

pela equipe escolar e até mesmo, quando necessário, pelo

psicólogo que acompanha a U.E.

ATUAÇÃO IMEDIATA DOS EDUCADORES FRENTE AS OCORRÊNCIAS DE

MORDIDAS:

Devem ser firmes, mas respeitosos, com a criança que porventura tenha

mordido, conversando com a criança de forma afetuosa e nunca de forma

alterada ou discriminatória.

Preferencialmente, educador deve abaixar-se, olhar diretamente nos olhos

da criança e explicar-lhe que não pode morder. Deixando claro que a

consequência da mordida é a dor do coleguinha.

O educador deve mostrar o ferimento ( a marca da mordida ) e explicar à

criança que ninguém gosta de ser mordido; que ninguém gosta de sentir

dor; portanto, que ele não deverá morder mais ninguém.

Após as crianças se reorganizarem emocionalmente, o educador deve

oferecer possibilidades à criança que mordeu de ajudar a criança mordida,

tratando do ferimento, ajudando a lavar e a passar gelo no local. Os

educadores devem estimular a criança, que já é capaz de falar, a pedir

desculpas, mas cuidado, não obrigue os envolvidos a se abraçarem e a se

beijarem; tal atitude deve ser natural às crianças, deve advir de sua

necessidade comunicativa e expressiva, mas de forma alguma, deverá

advir da obrigação imposta pelo adulto, de fazer o carinho ou em aceita-lo.

Após as crianças se reorganizarem emocionalmente, os educadores

devem aproveitar a ocorrência, para estimular o desenvolvimento de outras

formas de manifestações comunicativas, explicando-lhes que precisam

expor seus sentimentos de outras maneiras, que não pela mordida.

Palavras como "doeu" “você machucou o amiguinho” e "não pode" são as

melhores frases mediadoras para o momento. Orientar a criança e mediar

162

a situação utilizando explicações longas são improdutivas.

Em seguida elencaremos as ações educativas, as práticas pedagógicas

que podem contribuir para a minimização das ocorrências de mordidas. São elas:

• Investir na qualidade das interações com a criança e entre as crianças;

• Oferecer um ambiente organizado;

• Realizar atenção individualizada;

• Propor atividades desafiadoras às crianças.

• Planejar com antecedência;

• Conhecer as necessidades individuais e específicas de cada criança;

• Ajudar a criança a se organizar emocionalmente. O adulto tem o papel de

manter o equilíbrio e impedir que a agressividade fuja do controle da

criança. Não cabe ao educador brigar com a criança, é seu dever mediar

as relações entre os envolvidos (mordedor e mordido) de forma imediata,

objetiva, clara, firme e respeitosa.

• Logo no início do ano letivo, no período de adaptação, redobrar as

atenções/observações sobre as crianças que apresentaram dificuldades

com as mordidas no ano anterior, tanto aquelas que morderam como as

que foram mordidas com recorrência.

• A gestão deverá já na 1ª Reunião com Pais, dos alunos novos, que ocorre

no mês de dezembro, para adentrar no tema das mordidas e demais

conflitos que ocorrem entre as crianças pequenas, ao tratar sobre a

importância da relação de parceria entre a escola e as famílias.

• Nas Reuniões com Pais, os educadores também trarão a temática das

mordidas, atreladas aos demais temas formativos, sempre que sentirem

necessidade.

• Auxiliar a criança a interagir com as demais crianças, identificando e

investindo nas possibilidades destas

• Brincar e interagir com a criança, favorecendo seu desenvolvimento quanto

às formas de expressar-se e de comunicar-se;

• A gestão deve propiciar momentos de conversas, de formações e reflexões

sobre o assunto com todos os educadores da comunidade escolar.

• Estabelecer uma rotina adequada à turma, que possibilitem às crianças

reconhecerem os ambientes e os objetos. Favorecendo assim, a

163

construção e o fazer mais autônomo da criança. Quando a criança está

familiarizada com os espaços ela se sente mais segura, arriscando suas

primeiras interações com os adultos e com as demais crianças. Pelo

contrário, quando encontram-se inseguras , em espaços desorganizados e

desestruturados, as crianças sentem-se desamparadas, desta forma,

poderá se utilizar da mordida para dar vazão aos seus sentimentos. A

rotina estruturada e organizada favorece à criança um desempenho mais

autônomo, permitindo-lhe o movimento e o reconhecimento dos ambientes

e objetos, amenizando o sentimento de frustração.

• Caberá ao educador apresentar as “novas” situações (novas propostas/

novas brincadeiras/ novos espaços/ novos brinquedos) às crianças. Ofertar

o desconhecido pode gerar tensão e impulsividade na criança. Tais

sentimentos poderão promover conflitos e disputas, que poderão gerar as

manifestações comunicativas, podendo ocorrer a manifestação por meio da

mordida.

• Aproveitar as situações de mordida para trabalhar as regras de convivência

com a turma.

• Desenvolver um trabalho efetivo de parceria, entre os educadores do trio

ou quarteto, desenvolvendo uma relação em que todos os educadores da

turma trocam seus saberes e reflexões frente às mordidas ocorridas entre

as crianças da turma; dialogando sobre as possibilidades e limitações de

cada criança, bem como, sobre as mediações adequadas e necessárias a

cada uma delas.

• Acordar entre os educadores do trio/quarteto quem será o mediador mais

direto nas intervenções junto à criança que apresenta-se mordendo, com

maior intensidade e frequência; bem como, quem mediará as relações da

criança que apresenta-se indefesa, sendo mordida com recorrência.

• Planejar a rotina, as atividades, os projetos, evitando realizar atividades

que propiciam a ocorrência de mordidas (ex: realizar a Roda de História, de

Conversa ou de Música posicionando as crianças em roda ou

aglomeradas.) Assim evitamos por exemplo a disputa pelo espaço. Ou,

planejar, qual educador terá próximo a ele, a criança que está se

expressando pela mordida, mantendo-a ao seu lado ou ao em seu colo.

Para a mediação ser mais rápida e eficaz.

• “Cuidar” do planejamento, evitando realizar atividades que instigam a

164

disputa por brinquedos; preferencialmente que haja o nº de brinquedos

adequado ao nº de crianças.

• “Cuidar” do planejamento, evitando realizar atividades que propiciam a

ocorrência de mordidas. Por ex: quando estiver desenvolvendo atividades

diversificadas ou dirigidas ao coletivo, combinar qual educador estará

mediando as ações da criança que está se comunicando por meio da

mordida, com o intuito de mediar e qualificar a interação da criança com as

demais crianças do agrupamento. Desta forma o educador poderá mediar

de imediato as relações entre as crianças, agindo ao menor sinal de

disputa e de conflito.

• “Cuidar” do planejamento, oferecendo um repertório variado de atividades,

interessantes e desafiantes; cabendo ao educador estar atento as

atividades que causam interesse da turma e em especial da criança, que

no momento requer intervenções e mediações pontuais; diante desta

comunicar-se ou expressar-se pela mordida.

• Evitar longos períodos de espera, a ociosidade pode propiciar conflitos,

que podem propiciar a recorrência de mordidas.

• Evitar aglomerações, pois estas propiciam conflitos, que propiciam

mordidas. Os trios não poderão usar os espaços coletivos que já estão

sendo ocupados por outras duas turmas.

• Toda ocorrência de mordida deverá ser registrada no livro de ocorrência da

turma, por um dos professores, pois é este que está realizando a formação

mais aprofundada sobre as mordidas. E são estes que detêm

conhecimentos pedagógicos específicos sobre a questão. O registro

deverá conter: o nome da criança que mordeu; o nome da criança que foi

mordida; como a mordida ocorreu; em que local ocorreu; quais foram as

ações realizadas pelos educadores frente às crianças envolvidas; registro

de como a família reagiu à notificação da mordida; relato sobre como a

criança se comportou pós mordida;

• O contato telefônico deverá ser realizado pelo professor, pois é este que

está realizando a formação mais aprofundada sobre as mordidas. E são

estes que detêm conhecimentos pedagógicos específicos sobre a questão.

• O contato deve ser feito com a mãe ou com o pai, preferencialmente, com

aquele que traz (ou leva) a criança à escola; aquele que acompanha, de

forma mais próxima, a vida escolar da criança.

165

• Quando o professor não conseguir contato telefônico com a família o

diretor deverá ser informado.

• Somente nos casos em que o professor não conseguiu fazer o contato

telefônico com a mãe ou com o pai, será necessário registrar a ocorrência

na agenda da criança, comunicando de forma detalhada, como a mordida

ocorreu e como a criança se comportou após ser mordida. Lembrando de

registrar que estará à disposição para realizar maiores esclarecimentos,

caso seja necessário. De forma alguma o nome da criança mordedora

deverá aparecer no registro da agenda.

• Quando a criança sofrer a 2ª mordida, o registro, no livro de ocorrência,

deverá ser levado ao diretor, que entrará em contato com a família.

• Quando a criança realizar a 3ª mordida, o registro no livro de ocorrência

deverá ser levado à direção, que entrará em contato com a família.

• Sempre que o professor notar que a relação com os pais ficou

estremecida, pós mordida, deverá agendar reunião com os mesmos,

preferencialmente com a presença do diretor.

• Após reuniões de acompanhamentos à família, quando for avaliado pelos

educadores e gestores que o conflito ainda persiste, que a família não

entende que, não podemos dar garantias de que seu filho não será

mordido novamente, será necessário solicitarmos a intervenção da O.P. e

da Psicóloga junto aos envolvidos: escola e família.

Todas as intervenções pedagógicas e mediações adotadas pelos

educadores junto às crianças, objetivam que, aos poucos, em seu ritmo, a

criança aprenda que não deve morder os colegas, que há outras maneiras de

comunicar seu descontentamento ou que há outras maneiras, socialmente

aceitas, para as demonstrações de carinho, que não pela mordida.

CUIDADOS RELACIONADOS AS QUESTÕES DA ALIMENTAÇÃO

A alimentação é necessária para a sobrevivência do ser humano e pode se

dar das mais variadas formas, já uma alimentação nutritiva pode ser aprendida e

166

desenvolvida através de hábitos saudáveis, que possibilitam o funcionamento

adequado do organismo.

Diante desta premissa o cardápio da U.E. é planejado por uma nutricionista

da S.E., visando não só oferecer o alimento, mas que este seja um alimento

nutritivo e adequado à faixa etária que atendemos.

Cabe aos educadores entender que se a criança não come a quantidade

costumeira em determinada refeição, deverá observar as demais refeições

daquele dia, pois a criança tenderá a comer um pouco mais nos demais

momentos da alimentação; portanto não pode ser avaliado somente o que ela

deixou de comer, mas antes de tudo, o que durante o dia ela aceitou e comeu.

Nestas situações entendemos que a criança apresentou apenas uma alteração

alimentar, mas que não ficou sem se alimentar durante o dia. Nestes casos não é

necessário o registro na agenda da criança, pois acreditamos que esta

informação geraria à família apenas uma preocupação desnecessária, tendo em

vista que seria informado apenas o que ela rejeitou.

No entanto, se o bilhete na agenda for completo, detalhando que embora a

criança não tenha almoçado, depois do repouso comeu bem, a informação pode e

deve ser socializada com a família.

Os casos das crianças que passam o dia todo sem se alimentarem,

crianças que rejeitam todos os alimentos servidos nas 05 diferentes refeições

diárias, deverão sempre ser levados ao conhecimento da D.G. Pois estes casos

representam um risco à saúde da criança, sendo necessário intervenções

específicas a cada caso, tais como: reunião entre a família e a escola, ambas

socializando sobre quais alimentos a criança aceita e como estes são oferecidos;

redução da jornada diária da criança na escola; orientações das especialistas:

fono e psico, que acompanham a U.E.

Família e escola devem entender que a alimentação faz parte do processo

educativo e é parte importante do desenvolvimento infantil. O processo educativo

e o desenvolvimento infantil acontecem continuamente. A alimentação, então, não

pode ser pensada somente dentro de casa ou somente na creche. A creche e a

família devem pensar juntas sobre a alimentação da criança. Caso contrário, os

resultados não serão os melhores.

Temos como objetivo oferecer as crianças uma variedade de alimentos a

serem degustados e conhecidos pelas mesmas, uma vez que estas nem sempre

167

têm a oportunidade e/ou hábito de comer certos alimentos: frutas, legumes,

carnes e sucos.

Além da importância da alimentação relacionada à nutrição, temos como

objetivo fazer destas atividades momentos prazerosos e agradáveis às crianças,

bem como, fazer destes, momentos de construções de aprendizagens, quanto à:

identidade, autonomia e desenvolvimento social e afetivo, propiciando momentos

de trocas entre a criança e o educador e entre as diferentes crianças.

Acreditamos que a comida vai adquirindo significado social ao mesmo

tempo em que pode ser para a criança uma explosão de descobertas, correlatas

às diferentes formas, sabores, texturas e cores. As Crianças poderão fazer

escolhas daquilo que mais lhe agradam, bem como ajustar a quantidade a sua

real necessidade. Além disso, a criança pequena logo descobre que comer é uma

maneira de se relacionar com os outros.

“...compreendendo a criança como ser ativo nesse

processo, o adulto pode propiciar experiências que

possibilitem a aquisição de novas competências em relação

ao ato de alimentar-se"...(RCN- vol. 2 - Formação Pessoal e

Social)

MOMENTOS DAS REFEIÇÕES: CAFÉ, HIDRATAÇÃO, ALMOÇO, LANCHE E

JANTAR:

Atenção ao tamanho dos pedaços, pois pedaços grandes podem provocar

dificuldade de mastigação e engasgamento;

Fazer experimentos para testar a temperatura dos alimentos, pois comida

fria é desestimulante ao paladar e muito quente causa grande desconforto;

Nos casos de adaptação do cardápio, para atender às necessidades de

saúde das crianças haverá a adequação do cardápio escolar, os pais deverão

trazer declaração/relatório do médico atestando a necessidade de alteração na

alimentação da criança, para que sejam providenciadas as substituições dos

alimentos junto à S.E.;

Durante o período de avaliação médica, enquanto a criança realiza os

168

exames sobre os alimentos que não devem ser consumidos, caberá à escola,

após conversa com a família, acordar sobre quais serão as restrições e alterações

necessárias no cardápio (diante do que consta no cardápio semanal da escola),

sendo estas socializadas com o trio de educadores e com a cozinheira. Ficará

acordado que este combinado interno será provisório até a obtenção do relatório

final do médico;

Alterações na forma de servir e na consistência podem ser pensadas

considerando-se as observações dos educadores. Assim, é preciso considerar os

ritmos individuais dos alunos e fazer intervenções adequadas, na passagem do

cardápio pastoso para o sólido, da mamadeira para o copo de bico e do copo de

bico para a caneca.

Os educadores devem empenhar-se em estimular as crianças a

experimentar os diferentes tipos de alimentos para que não fiquem sem se

alimentar, seja através de brincadeiras, de degustação por parte do educador ou

de atividades orientadas para este objetivo, como rodas de conversa e

sequências didáticas de estímulo à alimentação saudável;

Atividades de culinária, por meio de atividades sequenciadas e projetos

poderão ser desenvolvidos, diante das especificidades e interesses da turma.

Caberá ao professor fazer um planejamento que vise o atendimento aos preceitos

da alimentação saudável, aproveitando, inclusive, receitas que utilizam os

alimentos adquiridos pela PMSBC; pois desta forma a obtenção dos alimentos

ocorrerão sem custos à APM.

Nos casos de crianças que sofrem refluxo, estar atentos às quantidades. A

criança deve comer em pequenas porções e aguardar pelo menos 30 minutos, ou

seguir orientação médica, para fazer o repouso;

Copos com furos devem ter respiro;

No caso de mamadeiras, o adulto deve cuidar para que a criança tenha

intervalos de respiração na mamada e que esteja em posição reclinada e não

completamente deitada ao mamar. Observar também a posição correta do bico e

respeitar o tamanho do furo da mamadeira além de se atentar a quantidade de

líquido no reservatório do bico, evitando o acúmulo de ar;

Cuidado com o balcão térmico ou travessas de comida de modo a evitar

queimaduras: a criança pode se servir com autonomia, contando com a ajuda do

educador no controle dos instrumentos e para orientá-la e protegê-la de encostar-

169

se em partes quentes das travessas ou do balcão. Além disso, cuidar da

circulação das crianças em torno do balcão para que não esbarrem em quinas e

abas;

Observar e orientar quanto à posição das crianças nas cadeiras evitando

quedas e o mau posicionamento, que atrapalhe a refeição, como, por exemplo,

estar distante demais do prato. Os bebês precisam estar presos corretamente

com cinto de segurança aos cadeirões;

Promover a higienização das mãos antes das refeições;

Orientar e cuidar para que não comam alimentos que caíram no chão;

Orientar e cuidar para que não utilizem os talheres ou canecas que caíram

no chão, orientando-as a depositarem tais objetos no local adequado, trocando-os

por talheres ou canecas limpas.

Os educadores não deverão oferecer água para a criança no período que

antecede o almoço ou logo posterior; devendo a água ser oferecida com um

intervalo mínimo de 30 minutos.

MOMENTO DO SONO

O que precisamos entender é que cada criança tem um ritmo diferente:

umas sentem mais sono que outras e precisamos respeitar este ritmo estas

diferentes necessidades.

Nesta escola, na maioria das turmas, os preparativos para o horário do

sono ocorrem logo após a hora do almoço da turma. Mas há turmas que ainda

desenvolvem outras atividades, devido os educadores avaliarem que este horário

precisou ser reorganizado, devido às especificidades da turma, que não estão

com sono logo após o almoço e a escovação.

O momento do sono tem de ser muito bem planejado: os educadores

preparam o ambiente, respeitando a individualidade de cada um, de forma que as

crianças se sintam confortáveis e seguras para descansarem.

Alguns recursos são utilizados para facilitar a chegada do sono como:

música calma, ambiente escurecido, objetos de apego para quem necessita

deles: chupeta, paninhos, entre outros; além do afago dos educadores e até

mesmo da aproximação física destas. Há crianças que precisam que a educadora

170

deite junto e lhe façam afagos, para que estas relaxem e consigam dormir. Esses

recursos ajudam a criança a perceber que é hora de descansar e lhe tranquiliza.

O tempo de repouso previsto, no geral, é de uma hora e meia a duas horas

e meia de sono. No entanto, é fundamental que as exceções sejam repeitadas e

que as necessidades diárias específicas de cada criança sejam consideradas

pelos educadores.

Como os horários de sono ocorrem após o horário de almoço, na grande

maioria dos casos, as turmas mais novas almoçam mais cedo, pois tendem a

sentir sono mais cedo. Para estes o ideal é que o horário compreendido para o

sono inicie por volta das11 horas, findando até às 13 horas e 30 minutos. Já as

turmas maiores que dormem por volta das 12h30, acordarão em torno das 14h30.

Como já dito anteriormente após este período de 2 horas e meia, mesmo

havendo alguma criança dormindo o ambiente da sala deverá estar propícia para

o seu despertar. A princípio, será descartada a ação de acordarmos a criança,

forçando-a a sentar-se e a levantar-se; muito menos usar o artifício de lavar-lhe o

rosto, para mantê-la acordada.

Contudo, ressaltamos que os casos de necessidades de sono que

superam às 2 horas e 30 minutos diárias de sono deverão ser levados à D.G., que

observará a criança, a rotina e o planejamento da turma, para assim, avaliar junto

aos educadores, quais ações precisarão ser adotadas, para que de fato, o

atendimento à necessidade específica da criança seja realizado.

ALGUNS CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA A HORA DO SONO:

O repouso deve ser garantido à criança, mas nunca forçado. A criança

deve ser estimulada a dormir, mas diante de sua irritação ou desconforto a

mesma deverá ser reconduzida a outras atividades (que poderá ocorrer na própria

sala ou não), sendo estimulada a dormir tão logo a educadora perceba que a

criança dá indícios de que o “soninho” chegou.

O trio de educadores deve estar atento às necessidades e especificidades

de cada criança; garantindo-lhe o repouso antes ou depois do horário em prol ao

atendimento específico de suas necessidades;

A criança que vier a dormir em horário diferenciado não deve, em hipótese

alguma, ficar sozinha na sala. Um dos educadores precisará acompanhar seu

repouso em período integral;

171

Agrupar os colchões de forma que fique um espaço entre as fileiras, para

os educadores transitarem e acolherem as necessidades das crianças;

Cobrir as crianças quando está frio ou descobri-las se aparentarem estar

com calor;

Observar a movimentação das crianças durante o sono de forma a arrumá-

los em seu colchão. Evitando que se machuquem ou incomodem a criança que

está dormindo no colchão ao lado;

Deitar as crianças de lado no colchão; sendo alternado o posicionamento,

evitando que fiquem rosto com rosto;

Suspender, com uma almofada, embaixo do colchão, a cabeceira das

crianças que têm problema de refluxo ou daquelas que estiverem com tosse, ou

algum comprometimento no quadro respiratório;

Observar atentamente o sono das crianças, deixando-as sempre de cabeça

descoberta e atendê-las a qualquer sinal de desconforto;

A sala deve ser limpa antes da arrumação dos colchões (varridas e

higienizadas com rodo e pano úmido)

A lavagem dos lençóis é feita semanalmente, embora a troca de roupa de

cama seja realizada sempre que necessário;

A higienização dos colchões é feita semanalmente, no dia da troca dos

lençóis ou sempre que se fizer necessário;

A higienização do objeto de apego da criança deverá ser feito

semanalmente, pela família, sendo enviado para casa às 6ª-feiras; quando este

objeto de apego pertencer à escola caberá à funcionária do apoio lavá-lo na 6ª-

feira;

Tomar o cuidado também de identificar todos os objetos utilizados na hora

do sono como medida de higiene e proteção, por ser a roupa de cama de uso

pessoal, não devendo ser compartilhada entre as crianças.

172

MOMENTO DO BANHO

“...No momento em que é incluído na rotina, o banho precisa ser planejado,

preparado e realizado como um procedimento que tanto promove o bem estar

quanto o momento no qual a criança experimenta sensações, entra em contato

com a água e objetos, interage com o adulto e com as outras crianças...”

(RCN)

Como as crianças passam muito tempo na escola, muitas vezes precisam

de um banho, para maior conforto, como para relaxar e descansar melhor no

horário de repouso, ou para se refrescar nos dias quentes.

O banho para a turma do berçário faz parte da rotina, uma vez que os

bebês usam fraldas e são mais sensíveis a assaduras e brotoejas.

Para as demais turmas, o banho não está incluído na rotina diária,

entretanto, deve ser dado sempre que o educador perceber que a criança precisa

de um banho, seja porque está calor ou porque a criança se sujou,

principalmente, na etapa da retirada da fralda.

No momento que os educadores incluem o banho na rotina, o banho

precisa ser planejado para promover um bem-estar à criança, nesse momento a

criança experimenta sensações, entra em contato com a água, com o sabonete e

interage com o educador. O banho e a troca, segundo Marta Regina Paulo da

Silva são momentos privilegiados para o contato individual entre criança e

educador. É fundamental que o adulto converse, descreva suas ações, nomeie os

objetos e suas finalidades, cante, brinque com a criança, tornando estes

momentos prazerosos e ricos em aprendizagens.

A família precisa receber todas as informações sobre os procedimentos da

escola, quanto à rotina do banho; para que entendam quando esta atividade é

permanente ou não. Tal esclarecimento deve ser feito na primeira reunião com

pais. Quanto melhor for o conhecimento dos pais sobre a rotina diária de seu filho,

mais facilmente estes poderão atender às necessidades da criança; cobrando da

escola apenas aquilo que nos cabe; em contrapartida assumindo para si aquilo

que é de sua responsabilidade junto à criança.

173

“ ... A organização do banho na creche precisa prever condições materiais, como

banheiras seguras e higiênicas para bebes, água limpa em temperatura confortável,

sabonete, toalhas, pentes, etc...”

RCN

Se nosso desejo é que na hora do banho a criança se sinta confortável,

temos que nos assegurar dos cuidados necessários, sendo estes:

Os objetos utilizados para o banho devem estar limpos e preparados de

antemão, de modo que o educador não se descuide da criança para pegar seus

objetos pessoais, ou mesmo para separar trocas na mochila;

Para a turma do berçário a esterilização da cuba deve ser feita com álcool,

antes de iniciar o banho; devendo ocorrer entre um banho e outro;

Após banhar uma criança com diarreia, é aconselhável fazer a higienização

com água sanitária;

A temperatura da água deve ser verificada antes de colocar a criança no

banho;

Durante o banho, segurar a criança bem apoiada para evitar que

escorregue e tomar especial cuidado ao lavar os cabelos, de modo que não

escorra xampu nos olhos e nem entre água dentro da orelha;

Os procedimentos para lavar a criança precisam ser cautelosos para que a

criança se sinta segura;

Em dias frios, observar se as janelas do trocador estão fechadas evitando

correntes de ar;

É importante que as unhas dos educadores estejam bem aparadas como medida

de higiene e prevenção de acidentes.

ATIVIDADES DE TROCAS

“ ... A organização do ambiente e planejamento dos cuidados

e das atividades com o grupo de bebes deve permitir um

contato individual mais prolongado com cada criança ...’’ RCN

Quando nos referimos às trocas estamos nos referindo não só quanto as

trocas das fraldas, mas também quanto as trocas de roupas das crianças, estas

174

deverão ser trocadas sempre que necessário.

A troca é um momento único entre a criança e o educador, onde a criança

pode conversar e interagir enquanto observa os gestos do educador. É um

momento da rotina que segue os mesmos princípios dos outros: acolhimento,

disponibilidade e intenção de ensinar. Para tanto, exige planejamento de modo a

dar à criança todas as possibilidades de crescer e se desenvolver num ambiente

confortável e seguro.

O olhar atento do educador é importante, cabendo a este observar o

aspecto da urina, das fezes e o estado da pele da criança. Sempre que

necessário socializará suas observações com a família, bem como, fará

encaminhamentos à saúde, sempre que necessário.

A TROCA DE FRALDAS DEMANDA AINDA ALGUNS PROCEDIMENTOS:

Preferencialmente, cada educador deve levar uma criança de cada vez ao

banheiro, para que não tenha que dividir sua atenção, neste momento que exige

tantos cuidados. As demais crianças da turma devem ficar envolvidas com outras

atividades, supervisionadas por outros educadores;

O educador precisa lavar suas mãos antes e depois da troca. Deve utilizar

luvas, principalmente quando houver fezes, para evitar, por exemplo, surtos de

virose. A luva deverá ser trocada a cada troca, uma para cada criança;

Os materiais para a troca devem ser separados antes da troca e estarem

próximos ao educador;

Não deixar ao alcance da criança objetos pequenos ou com líquidos, que

possam ser colocados na boca, como: elásticos para cabelo, presilhas, tampas de

xampu, sabonete líquido, etc.;

Os materiais de higiene pessoal e de limpeza, para higienização da cuba

ou do trocador devem estar longe do alcance das crianças;

O trocador deve ser higienizado com álcool antes de cada troca;

A criança, em hipótese alguma deve ficar sozinha no trocador, cabe ao

educador estar muito próximo do trocador e da criança, pois qualquer desatenção

poderá implicar na queda da criança;

Cuidado com a utilização de lenços umedecidos, porque em alguns casos

podem provocar ou agravar reações alérgica ou assaduras, nestes casos pode-se

usar gaze umedecida em água morna; quando a criança tiver suja de fezes, o

175

lenço umedecido não é suficiente, a criança deverá receber o meio banho;

Antes de jogar a fralda suja no lixo esta deve ser devidamente lacrada;

O local de fraldas sujas precisa estar bem arejado para evitar odores e o

lixo deverá ser recolhido, várias vezes ao dia;

Os objetos das crianças são pessoais e intransferíveis e devem estar

identificados. Não se pode emprestar nenhum objeto pessoal, como chupetas,

roupas, escovas de cabelo e dentes, roupas de cama, copos, toalhinhas de mão,

sabonetes, pomadas, etc.

Os lençóis serão lavados semanalmente;

Os colchões deverão ser higienizados semanalmente;

CUIDADOS ADOTADOS QUANTO À HIGIENIZAÇÃO DAS ROUPAS DAS

CRIANÇAS:

As atividades de troca que se fizerem necessárias terão como objetivo

central o bem estar da criança. Esta deve ser a prioridade do educador. Mas,

também se faz necessário que o educador se atente aos cuidados com os

pertences e roupinhas das crianças. Tais como:

As roupas trocadas devem ser devidamente embaladas, em sacolas

plásticas; preferencialmente, devem ser amarradas do lado externo da

mochila da criança. Evitando que os possíveis odores das roupas sujas se

espalhem na mochila;

Quando as roupas ficarem sujas de fezes devemos tirar o excesso e

embalarmos a roupa devidamente nas sacolas plásticas;

Nos casos mais extremos, em que as fezes estão líquidas, a roupinha deve

ser passada na torneira, para que tiremos as fezes das roupas;

Todos estes procedimentos devem ser de conhecimento das famílias, pois

temos clareza que quanto mais as famílias conhecem o nosso trabalho e

nossa prática, menos conflitos surgem no decorrer do ano;

Estes procedimentos devem ser apresentados às famílias: por meio do

documento da rotina pedagógica da escola; bem como, deverá ser tema

em reunião com pais, sempre que se fizer necessário.

176

TRABALHO DE RETIRADA DAS FRALDAS - DESFRALDE

Para o início do trabalho da retirada de fraldas, a escola e a família

precisam considerar e avaliar a criança globalmente, ela deverá ser a

protagonista deste processo.

“Quando as crianças são pressionadas antes de estarem

preparadas para serem bem-sucedidas, os insucessos

resultam em problemas sérios como a retenção das fezes, a

incontinência fecal ou a enurese noturna.” Dr. Brazelton, T.

B. – Pediatra

Este grande passo na vida da criança deve ser para ela uma conquista e

nunca uma imposição dos pais ou dos educadores.

O desfralde ocorrerá quando for o momento certo, sendo este um

consenso entre a escola e a família. Ambos avaliam e concordam com o início da

retira das fraldas.

Para tanto, faz-se importante esperar que os primeiros sinais apareçam,

para só depois iniciar o trabalho junto à criança.

É fundamental avaliá-la considerando os aspectos: fisiológicos e de

motricidade; emocionais e sociais e seu desenvolvimento cognitivo e de

linguagem.

ASPECTOS FISIOLÓGICOS E DE MOTRICIDADE QUE DEVEM SER

CONSIDERADOS:

Os músculos dos esfíncteres (genital e anal) têm de ter atingido a

maturidade suficiente, de modo a permitir que a criança “segure” o

xixi e coco; um intervalo entre sentir vontade e chegar ao banheiro.

Segundo a Sociedade Americana de Pediatria esta maturidade

muscular acontece entre os 12 e 24 meses;

No início desta aquisição muscular podemos perceber alguns sinais

na criança: elas buscam determinadas posições para realizarem o

xixi e coco, mesmo estando ainda usando fraldas (ainda não é a

hora de iniciar, é apenas um primeiro indício);

177

A maturidade muscular dos esfíncteres percorre o seguinte percurso:

primeiro a criança deixa de fazer coco à noite; posteriormente ela

começa a segurar o xixi e coco do dia, tendo um intervalo entre a

vontade e a chegada ao banheiro e por fim deixa de fazer xixi à

noite;

Outros sinais fisiológicos: primeiro é o aumento dos períodos em que

as fraldas se mantêm secas, ficando cada vez maiores, chegando a

não fazer xixi durante o sono diurno; posteriormente passando a

acordar de manhã sequinha;

A aquisição do controle dos esfíncteres se dá posterior ao período

de euforia da criança, advinda com a aquisição da marcha. Logo

que começa a andar, a criança fica eufórica, buscando testar sua

nova habilidade: andar. Neste estado eufórico a criança não estará

disponível às novas aprendizagens: como a retirada das fraldas.

Faz-se importante iniciar a retirada das fraldas após percebermos

que a criança, já menos eufórica, consegue ficar parada e envolvida

com outras atividades;

ASPECTOS EMOCIONAIS E SOCIAIS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS:

Vontade de agradar aos pais e aos educadores;

O desejo de fazer sozinho. Dizendo: “ eu faço” “eu quero” “eu

consigo” “eu sozinho”;

Quando a criança diz não para tudo, ficando evidente que quer se

afirmar como dona e senhora da situação, é um indício desfavorável

ao trabalho da retirada das fraldas; ela precisa querer, e não as

professoras e a família;

A consciência social, de que os coleguinhas já não usam fraldas é

um estímulo para que a criança queira deixar as fraldas;

A criança muito sensível ao toque pode não aceitar o contato frio

com o vaso e passar a negar tal experiência;

A criança muito agitada, que tem dificuldade em ficar parada,

precisará de um acompanhamento constante e de mais estímulos

para aguardar sentada;

178

ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E DE LINGUAGEM QUE

DEVEM SER CONSIDERADOS:

A descoberta do corpo é fundamental para a criança conseguir usar

o banheiro;

Ter curiosidade pelas partes do corpo, nomeando-os; descobrindo

suas funções;

Conseguir associar a sensação do corpo de fazer xixi à sua

capacidade fisiológica de segurar o xixi e coco até chegar ao

banheiro. Estar atenta;

Avisar o adulto que precisa ir ao banheiro; saber comunicar-se;

Conhecer o vocabulário necessário, para que se faça entender;

Ter compreensão que terá que abandonar uma brincadeira para ir

ao banheiro, mas que poderá retornar à ela;

PODEMOS ACRESCENTAR OUTRO ASPECTO: A RELAÇÃO DE PARCERIA

ENTRE A ESCOLA E A FAMÍLIA:

Os educadores e a mãe/responsáveis/família devem estar em

sintonia;

Os procedimentos adotados devem ser simultâneos e semelhantes,

para não confundir a criança;

Quando a família sinaliza primeiro o desejo de iniciar a retirada das

fraldas é preciso que as professoras também já tenham uma

avaliação positiva sobre o assunto, já validem o início do processo

de retirada; caso haja discordância é preciso diálogos entre as

partes, para que ambas validem ou invalidem o início deste trabalho

junto à criança;

No entanto, quando a família não tem a intenção de iniciar o

processo, e os educadores já validam o início, faz-se necessário que

a escola convoque a mãe/responsável para uma conversa,

socializando com a mãe sobre os sinais que a criança já dá, para

que desta forma, a mãe vislumbre que a criança de fato está pronta

179

e assuma tal compromisso de parceria com as professoras;

A escola deverá entregar para a família um instrumento escrito que

lhe informe sobre os principais sinais que a criança dá quando está

pronta para a retirada das fraldas.

“ Qualquer inconsistência provoca confusão na criança (...)

é essencial que conversem sobre os passos a dar para

alcançar o sucesso da criança nesta fase.” Dr. Brazelton, T.

B. – Pediatra

ALGUMAS DICAS QUE A ESCOLA DEVE SOCIALIZAR JUNTO À FAMÍLIA:

Preferencialmente, evitar a retirada de fraldas no período de inverno,

pois este dificulta o processo: período em que a criança encontra-se

com muitas roupas, tende a contrair o corpo por sentir frio, contração

esta que aumenta as idas ao banheiro;

Devem ter muita paciência;

Após tirar a fralda do dia não se deve voltar a colocá-la na criança,

aos finais de semana ou para sair;

A criança deve ser levada ao banheiro com frequência, e a mãe

precisa aguardar pacientemente, sem apressar a criança ou

pressioná-la;

É preciso lembrar a criança, constantemente, que deve pedir para ir

ao banheiro, avisando quando quer fazer xixi ou coco;

Quando os pais estão separados, é importante que todos os acordos

e orientações sejam socializados entre as duas famílias, para que

ambas adotem as mesmas posturas;

Que demonstrem satisfação e alegria com o sucesso do filho; mas

que não fiquem alterados ou exigentes diante dos possíveis

incidentes;

As repreensões, humilhações e castigos só servirão para que a

criança se recuse a colaborar, deixando de querer tirar as fraldas;

180

Que não forcem a criança a sentar-se no vaso enquanto esta não

mostrar-se tranquila em fazê-lo; oferecendo-lhe penicos e

“troninhos” se necessário;

Que não façam comparações, comparando a criança com os irmãos

mais velhos ou com outras crianças;

ORIENTAÇÕES AOS EDUCADORES PARA O INÍCIO DO TRABALHO DA

RETIRADA DE FRALDAS:

O processo inicia-se com a observação sobre os saberes da criança,

atentas aos sinais fisiológicos, psicológicos e cognitivos;

Quando realizar as trocas de fraldas converse com as crianças,

explicando-lhes que: a mesma encontra-se seca ou molhada de xixi,

ou com coco e que você irá deixá-la limpinha;

Quando for validado que a criança está pronta para tirar a fralda faça

os combinados com a família;

Estimule a criança a ir fazer xixi e coco no banheiro, convidando-a a

ir várias vezes ao dia;

Não apresse a criança, tenha paciência;

Seja compreensiva frente aos incidentes;

Parabenize as crianças diante de seu sucesso e a estimule diante

dos incidentes, falando-lhe para avisar logo que sentir vontade;

Observe se a criança se sente segura sentada no vaso, suas

perninhas precisam estar apoiadas no chão, quando isto não ocorrer

use suportes de apoio;

Quando houver a necessidade de penico ou troninho este deve ser

de uso exclusivo da criança e deve ser mantido no banheiro; este

deve ser um instrumento facilitador, que será retirado tão logo a

criança adquira confiança no uso do vaso sanitário.

A aprendizagem é gradativa, depois de aprender a ir ao sanitário

nos momentos de vigília, passa-se para outra fase, a da retirada da

fralda para dormir depois do almoço e finalmente, posteriormente a

família retirará a fralda do período noturno.

181

Abaixo, encontra-se o documento que deverá ser entregue às famílias, no

início do desfralde:

SINAIS QUE SEU FILHO JÁ ESTÁ DANDO – SINALIZANDO QUE PODEMOS TIRAR-LHE A

FRALDA

Seu filho já demonstra estar consciente das suas necessidades, antes de fazer ele

já está: agachando-se, escondendo-se;

Seu filho Já não faz coco durante à noite;

Seu filho já apresenta a fralda seca por longos períodos, até mesmo no soninho da

tarde, acorda sequinho;

Seu filho já faz xixi em grande quantidade, não mais, de pouquinho em pouquinho;

Seu filho já adotou hábitos regulares para fazer coco;

Seu filho já consegue se despir sozinho, baixando as calças, tirando as fraldas;

Seu filho já está comunicando-se pela fala, cabe à família verificar quais palavras

são mais confortáveis para que ele sinalize querer ir ao banheiro, fazer xixi ou coco;

Seu filho já demonstra boa compreensão, entendendo frases complexas, tais como:

vá no seu quarto, pegue a bola e a guarde na caixa;

Seu filho já gosta de imitar os adultos, dizendo aquilo que estes dizem;

Seu filho já demonstra querer agradar os pais;

Seu filho já demonstra querer fazer o que os coleguinhas mais velhos já fazem;

CUIDADOS QUANTO AO USO DA CHUPETA

Faz-se importante refletirmos sobre o uso da chupeta na escola, aparados

pelo princípio: cabe a escola: perceber, respeitar e acolher as necessidades da

criança. Desta forma o uso da chupeta será garantido sempre que a criança

demonstrar necessitar desta para acalmar-se, para sentir-se segura.

É fundamental respeitarmos as necessidades de nossas crianças quanto à

sua utilização. Alguns pediatras ressaltam que a chupeta tem até mesmo uma

função significativa, devido ao ato da sucção, exercitando os músculos que mais

tarde serão utilizados na fala.

A chupeta, representando uma necessidade da criança, deve ser usada

pela criança no espaço escolar, se entendemos que:

182

A chupeta representa fonte de relaxamento, sendo um objeto de apego;

A chupeta desempenha um papel importante na adaptação dos pequenos,

quando eles começam a frequentar a creche, porque é útil para preencher

a falta dos pais, funcionando como uma lembrança do ambiente de casa,

enquanto o vínculo com o educador e com as outras crianças não for

estabelecido plenamente;

A chupeta ajuda a embalar o descanso dos pequenos;

Não existe uma idade limite. O bom senso deve prevalecer, afinal, ela é um

material de apego, tal como um cobertor ou um brinquedo qualquer, que os

pequenos costumam adotar para ter por perto durante um tempo.

Cabe aos educadores incentivar a criança a largar a chupeta, mas com

respeito à sua necessidade afetiva pela chupeta, desenvolvendo um

trabalho de parceria com a família, para a criança se sinta segura e pronta

a deixar de usar a chupeta, sinta que a chupeta não lhe é mais importante;

O uso da chupeta deve ser permitido na hora do repouso ou na hora do

choro intenso. Ou seja, em momentos que a criança a usa como um

tranquilizador;

O educador deverá combinar com as crianças que durante as brincadeiras

estas deverão guardar as chupetas, mas deverá ser flexível e sensível ao

sofrimento da criança que não consegue se separar da chupeta e permitir-

lhe ficar com a mesma;

O educador deverá ter cuidado e não fazer uso da chupeta de forma

excessiva, não lhe cabe oferecer-lhe a chupeta, para que pare de chorar,

deve entregar a chupeta à criança quando esta demonstrar ser esta a sua

necessidade;

Nas situações de choro, a chupeta deve ser oferecida à criança depois do

educador ter tentado, por meio do afeto e de diálogos, tranquilizá-la sem

contudo ter atingido o objetivo, ficando evidente a necessidade da criança

em receber a chupeta;

Não deve ser permitido o uso da chupeta nas horas das refeições, mas o

educador deverá ser flexível e sensível ao sofrimento da criança que não

consegue se separar da chupeta e permitir-lhe ficar com a mesma,

explicando-lhe que não é certo, que esta deverá ficar sobre a mesa

enquanto come;

183

O uso da chupeta deve ser assunto de diálogos entre educadores e

família. Se os pais insistirem para que o filho não use a chupeta na creche,

a educadora deverá explicar-lhe que, no momento, a chupeta representa

para a criança um objeto de apego valioso. Deixando-lhe claro que a

chupeta não prejudica o aprendizado da criança em nada. Mas, se ainda

assim eles não concordarem com o uso da mesma, o problema deverá ser

levado à dupla gestora;

Com relação ao uso da chupeta a função do educador é promover a

independência afetiva da criança, sempre respeitando sua limitação e sua

necessidade; respeitando seus diferentes tempos e seus diferentes

ritmos.

A família e a escola precisam ser parceiras no trabalho do desapego da

chupeta, este trabalho harmônico, deverá ocorrer até que a criança

evidencie estar pronta para retirar completamente o uso da chupeta.

É importante ter em mente que chupar chupeta é um hábito, uma

necessidade emocional da criança que deve ser tolerada e respeitada, mas não

incentivada ou estimulada.

Para explorar a responsabilidade e a independência de cada um, o

educador precisa acordar com a criança que, quando for vetado o uso da

chupeta, estas devem ser devidamente guardadas, junto aos demais materiais de

uso pessoal da criança, e que a mesma poderá ser pega na hora do sono ou

próximo da hora de ir embora.

O abandono deste objeto de apego, a chupeta, deverá ser uma

consequência, uma conquista da criança, evidenciando-nos que não mais precisa

deste apoio afetivo.

184

CIRCULAÇÃO DAS CRIANÇAS PELOS DIFERENTES ESPAÇOS

A circulação das crianças de um ambiente ao outro deve ser cuidadosa,

evitando quedas e esbarrões, principalmente com as turmas dos menores, que

estão adquirindo a marcha e têm pouco equilíbrio. Por isso os educadores devem

estar bem atentos e ‘’espalhados’’ pelo espaço, para se ter uma boa visão de

todos e protegê-los quando necessário.

Na troca de ambientes, os educadores devem antecipar às crianças para

onde irão e sobre o que farão, orientando-os a estarem sempre por perto, ou

seja, orientando as crianças a andarem sempre junto aos educadores e da turma.

É necessário também conferir a turma na passagem de um ambiente a

outro, evitando que alguma criança se perca do grupo, e venha a explorar outros

espaços sem a supervisão do adulto, podendo expor-se em risco.

Nessa idade (0 a 3 anos), as crianças precisam ser supervisionadas o

tempo todo, não podendo ficar sozinhas em nenhum ambiente da escola. Mesmo

as crianças que já sabem utilizar o sanitário necessitam ser acompanhadas pelo

educador, para que este supervisione e oriente a criança, objetivando o

desenvolvimento da autonomia e do aprimoramento de suas ações.

Na saída a professora deve sempre verificar quais são as pessoas

autorizadas a retirar a criança. Cada trio de educadores deverá fazer a planilha de

autorizados, contendo o nome das crianças da turma e o nome de todos os

autorizados a retirá-las.

Para que menor de idade retire a criança, o responsável legal pela mesma

deverá preencher e assinar o documento de autorização, responsabilizando por

tal conduta e tal solicitação, pois a escola avalia tal atitude como inadequada, mas

respeitará a necessidade da família, conforme orientação dada pelo Conselho

Tutelar, que afirma ser direito da família recorrer a tal conduta, sempre que

necessário.

Em 2011 foram agendadas duas reuniões entre os pais das crianças que

são retiradas por menores de idade. O objetivo da direção foi ressaltar-lhes sobre

os riscos e a inadequação de tal solicitação. Depois de feito os esclarecimentos

pela gestão foi dado às famílias o direito de permanecerem com a solicitação,

diante de suas necessidades, pois não cabe à escola tão decisão, à ela cabe

apenas informar sobre o quanto é arriscado tal conduta. Praticamente todos os

pais mantiveram a solicitação, pois embora saibam que não é o adequado, não

185

têm adultos que possam retirar seus filhos, dependendo do auxílio de menores de

idade.

Sempre que os educadores se veem diante desta situação, buscam

remover tal solicitação dos pais, explicando-lhes sobre a inadequação do pedido,

contudo, respeitando as necessidades das famílias, encaminha-os a assinarem a

autorização na secretaria da escola, ressaltando-lhes que diante de infortúnios e

possíveis acidentes, os pais terão que responder legalmente à justiça.

Quanto aos horários de entrada e de saída, ressaltamos sobre a

necessidade de haver um funcionário no portão acompanhando alunos,

transportadores e comunidade; monitorando a passagem das crianças

acompanhadas de seus responsáveis, para evitar que alguma criança se perca,

ou saia da escola desacompanhada.

Desde 2012, é o auxiliar de educação de apoio que executa tal supervisão

junto ao portão. Tendo este um horário diferenciado: das 9h00 as 18h00. Ficando

responsável, a partir das 17h30, na brinquedoteca, pelas crianças que ainda não

foram retiradas por seus pais.

Outro cuidado com o portão, diz respeito à entrega de produtos e

alimentos, estes devem ocorrer apenas no portão lateral, sendo sempre

acompanhado pelo funcionário responsável pelo recebimento dos materiais e

alimentos. Desta forma buscamos evitar que o portão central fique aberto durante

o descarregamento dos produtos. Caberá ao funcionário responsável acompanhar

a entrega ou retirada durante todo o período, responsabilizando-se por abrir e

fechar o portão.

Outro combinado, quanto aos cuidados com o portão de acesso à escola,

tanto da frente quanto dos fundos; bem como, o portão interno da lixeira, devem

estar trancados durante todo o tempo. Todo funcionário é responsável por

assegurar o fechamento do portão após sua passagem ou utilização, bem como,

quando o funcionário abre o portão para a comunidade, faz-se necessário

certificar-se se há na secretaria ou na direção um responsável por atendê-lo, caso

não haja nenhum dos responsáveis no espaço, solicitar que aguarde. Para cada

atendimento feito na secretaria, o funcionário responsável pelo atendimento deve

se certificar se o portão foi devidamente fechado, tanto na entrada quanto na

saída do usuário.

186

CUIDADOS RELACIONADOS À SAÚDE DAS CRIANÇAS

Nosso atendimento junto às crianças, relacionadas às questões de saúde e

de emergências, encontram respaldo legal, no documento construído por esta

Rede de Ensino, no Caderno de Validação: A ESCOLA E A PROTEÇÃO

INTEGRAL- SIGNIFICANDO O ECA NO COTIDIANO ESCOLAR. – 2008 –

PMSBC. Abaixo reproduzimos parte deste material.

“ ORIENTAÇÕES SOBRE PROCEDIMENTOS PARA O ATENDIMENTO

DE URGÊNCIA

Este último capítulo traz a normatização de procedimentos e

encaminhamentos, buscando materializar o princípio da proteção integral do ECA,

nas ocorrências de emergências e urgência em relação à saúde dos alunos da

rede pública municipal.

Neste contexto o termo emergência refere-se às circunstâncias imprevistas

que exigem ação imediata e onde ocorre risco à vida do aluno. O termo urgência

refere-se à situação crítica que necessita ser priorizada para atendimento dentro

da rotina da unidade médica.

Para facilitar, agilizar e qualificar o atendimento, é necessário que escola e

família compartilhem informações sobre o aluno, sobre a própria escola e seu

regulamento. Criar tal vínculo favorece reciprocidade e confiança mútua entre

escola e família.

As orientações constantes desse documento baseiam-se em preceitos

éticos, dispositivos legais e dados colhidos por meio de entrevistas com

responsáveis pelas áreas do serviço público. Elas regulamentam as providências

tomadas nas atitudes diretas com os alunos e seus familiares.

NORMATIZAÇÃO:

A escola deve sempre socorrer e simultaneamente avisar a família e ou

responsáveis para que possa se locomover até o local de atendimento; (adendo

desta U.E.: seguindo as orientações do Corpo de Bombeiros, em palestra

realizada nesta escola, em reunião pedagógica, fica como conduta

primordial que: caberá à escola solicitar o socorro médico: SAMU ou Corpo

de Bombeiros, para que estes venham realizar os primeiros socorros e

conduzam a criança até o serviço médico público. Somente quando, por

187

telefone, por falta de veículo próprio, estes órgãos solicitarem que a criança

seja levada o mais rápido possível por um condutor da escola, caberá ao

membro da gestão ou professora responsável tomar tal atitude; tendo o

cuidado de registrar o nome completo e função do responsável pela ordem,

no livro de ocorrência da escola.)

Toda ocorrência na área de saúde (médica, odontológica, oftalmológica)

com alunos durante sua permanência na escola, deverá ser comunicada aos pais

ou responsáveis, mesmo os pequenos acidentes sem marcas visíveis;

A equipe escolar deverá definir o fluxo para acompanhamento do aluno até

o serviço médico a ser seguido pela escola, comunicando o mesmo a todos os

funcionários e lembrando que qualquer integrante da equipe escolar pode e deve

fazer parte deste fluxo. (Fluxo norteador: dupla gestora, professora responsável

ou Oficial de Escola).

Faz-se necessário que a escola, paralelamente à comunicação à família,

providencie a condução do aluno ao atendimento, juntamente com o documento

“Levantamento de dados pessoais” atualizado, ou outro que o substitua, conforme

anexo 7 do Caderno de Validação “Gestão Escolar” – 1º Compêndio.

ORIENTAÇÕES:

É importante que faça parte da pauta da primeira reunião anual com pais,

esclarecimentos sobre as orientações acima citadas, explicitando os

procedimentos que a escola utilizará nas situações de urgências e emergências

médicas com os alunos. Essas providências podem significar muito para a escola

no momento de ocorrências dessa natureza, ao mesmo tempo em que recupera e

exercita seu papel educativo para com a comunidade escolar. Sugerimos ainda,

que nas demais reuniões com pais, o tema atualização de endereços e telefones,

volte a fazer parte da pauta.

No contato telefônico com a família procurar não se ater a detalhes

desnecessários, cuidando para não causar pânico ou apreensão.

Para auxiliar no atendimento médico, verificar junto ao familiar/responsável,

se o aluno apresentou algum sintoma em casa, se o mesmo está fazendo uso de

medicamentos e quais;

Após o atendimento de saúde, o profissional da educação não é mais

responsável pelo aluno, no entanto lembramos que sua presença é

tranquilizadora para a criança, portanto é recomendável que permaneça com ela

188

até a chegada da família;

O processo de atendimento em situação de urgência / emergência deverá

ser devidamente registrado com: nome, data e horário, quem a socorreu, com

quem falou no contato telefônico e descrição detalhada da ocorrência, para contar

em registro próprio da escola.

Realizar contato com a UBS mais próxima, com a finalidade de manter

proximidade com os recursos da comunidade verificando os atendimentos que ela

pode oferecer e a disponibilidade de atendimento em situações de emergência.

QUANDO FOR NECESSÁRIO ATENDIMENTO MÉDICO:

A) Quem acionar:

Quando houver necessidade, a remoção do aluno deve ser solicitada à

Secretaria de Saúde - Serviço de Ambulância: 4128-7739 ou 4128-7741;

Não havendo possibilidade de atendimento, acionar o Serviço de Resgate

pelo telefone 192. (Nº atualizado em Reunião com a Equipe do SAMU e os

Diretores desta Rede de Ensino – 09/06/2016).

Caso nenhuma viatura esteja disponível, a remoção deverá ser efetuada

em carro particular disponível na escola no momento. (adendo desta U.E.: pós

orientação recebida pelo Corpo de Bombeiros, somente conduziremos a

criança em carro particular, caso a médica do Pronto Socorro dê esta

orientação, caso contrário aguardaremos a ambulância).

Salientamos que no período de permanência do aluno na escola a

responsabilidade pelo seu socorro é da equipe escolar e que a falta de

assistência pode incorrer no artigo 133 do Código Penal: omissão de socorro.

Recomendamos que além do condutor do veículo, outro integrante da equipe

escolar acompanhe o aluno no banco traseiro.

Vale lembrar que as ligações para 192 são gravadas para segurança dos

serviços e dos usuários, no caso de necessidade de apresentação de provas de

falta de atendimento e a consequente necessidade de transporte em veículo

particular.

O aluno deverá ser conduzido sempre ao Serviço Público de Saúde,

cabendo à família a decisão de remoção para atendimento em rede particular

e/ou conveniada da qual a mesma disponha.

189

B) Urgências e Emergências Odontológicas:

Para fraturas dentais por trauma sem avulsão (extração por arrancamento)

levar o aluno à UBS mais próxima ou ao Pronto Socorro Odontológico, que

funciona junto ao Pronto Socorro de Rudge Ramos, onde será efetuado o

atendimento emergencial e orientações pertinentes.

Para casos de avulsão de elemento dental por trauma deve-se recolher o

dente e mergulhá-lo em recipiente contendo leite ou soro fisiológico (em

temperatura ambiente) ou na falta desses, pode-se utilizar a saliva do próprio

aluno, manuseando-o o menos possível. Não se deve limpar/raspar o dente, nem

mesmo para remover eventuais corpos estranhos que podem estar a ele

aderidos. Levar o aluno e o dente, imediatamente, ao Pronto Socorro

Odontológico.

C) Urgências e Emergências Oftalmológicas:

Este atendimento é realizado no Pronto Socorro Oftalmológico junto ao

Pronto Socorro de Rudge Ramos. ”

As demais orientações, abaixo, se baseiam em estudos e em combinados

acordados no coletivo, entre todos os educadores desta U.E. Frutos de estudos

em sites da saúde.

COMO FUNCIONA O ATENDIMENTO DO 192:

As orientações abaixo foram transmitidas em Reunião com a Equipe do

SAMU e os Diretores desta Rede de Ensino, em 09/06/2016:

Quem atende o chamado é a telefonista, que a partir de ouvir sobre

o problema de saúde em questão registra o endereço e transfere

para o médico.

Sempre há 03 médicos de plantão, para este atendimento telefônico

(diurno) e 02 médicos para o atendimento noturno.

O médico atende e avalia o grau de gravidade do caso, dando as

primeiras orientações à escola.

Faz-se interessante que o telefone a ser utilizado seja o telefone

190

móvel, para que a pessoa que esteja ligando fique próxima à

criança, dando as informações solicitadas pelo médico. São os

detalhes que qualificam o pronto atendimento e dão ao médico a

noção sobre a real gravidade do quadro.

SITUAÇÕES DE ENGASGO:

Quando o engasgo é seguido de tosse implica que ocorreu um

engasgo parcial.

Já o engasgo com ausência de tosse implica que a criança não está

conseguindo respirar. Enquanto um adulto realiza as técnicas de

desengasgo o SAMU deve ser chamado.

Técnica de socorro: o adulto deve estar sentado ou de joelho, com

um joelho servindo como banco para a criança; manter a criança

com o corpo inclinado para baixo, sobre a mão aberta do adulto

(mãos no peito da criança); com a outra mão o adulto bate nas

costas da criança, bate próximo a altura dos ombros da criança;

Quando efetuar a técnica acima e não ocorrer o desengasgo realizar

a 2ª técnica: a criança deve ser virada com a barriga para cima, de

frente para o adulto, ainda apoiada em seu joelho; o adulto deverá

pressionar, com 2 dedos, o peito da criança, na altura de seus

mamilos (entre os mamilos).

Depois que a criança desengasga é sempre importante orientar a

família a levar a criança ao médico para solicitar um raios-X,

verificando se foi para o pulmão fragmentos do alimento.

CASOS DE FEBRE:

Consideraremos que a criança está com febre quando esta estiver

com 38 graus ou mais de temperatura; entre 37,5 e 37,9 será

considerado estado febril, devendo ser acompanhada por um dos

educadores, com o intuito de verificar se haverá o aumento da

temperatura; percebendo que o estado febril deu lugar à febre faz-se

necessário avisar a família, para que o responsável venha retirar a

191

criança e adotar os cuidados necessários;

Sempre que a educadora tiver a menor suspeita que a criança possa

estar com febre ou febril, deverá medir a temperatura da criança

imediatamente;

Quando a criança estiver com febre o educador deverá dar-lhe

banho morno (água morna para fria), de preferência em banheira e

não embaixo do chuveiro. O banho adequado é aquele em que a

criança fica na banheira, recebendo a água pelo corpo todo, desde a

cabeça. A duração do banho se dará até que a água atinja a

temperatura fria.

Após o banho não devemos manter a criança muito agasalhada, só

o suficiente (diante da temperatura ambiente).

A criança deverá ficar sob os cuidados específicos de um dos

educadores, e esta deverá monitorar a temperatura da criança até

que a mesma se normalize: inferior à 37,5 graus;

Nos casos de estado febril caberá ao educador dar o banho e

continuar a monitorar a temperatura da criança até que esta

normalize (abaixo de 37,5); não sendo necessário ligar para a

mãe/responsável vir buscar a criança. Somente ligaremos às

mães/responsáveis, para que estas venham buscar a criança,

quando a temperatura atingir os 38 graus;

Nos casos em que o banho não baixou a febre da criança, e a

temperatura continua subindo, faz-se importante que além do

educador monitorar a temperatura da criança que este passe a lhe

fazer compressas frias (toalha molhada com água morna para fria)

nas regiões da testa, axilas e virilha da criança. Nas crianças do

berçário as compressas poderão ser feitas com algodão embebido

em água morna (para fria);

Nos casos em que a escola não conseguir fazer contato com a

mãe/responsável ou se após o contato telefônico a mãe/responsável

alegar ser impossível retirar a criança para levá-la ao médico, e a

febre da criança já estiver próxima aos 39 graus (após o banho e

após as compressas), a D.G. avisará a mãe/responsável que

solicitará a presença do SAMU, para que a criança seja conduzida

192

ao atendimento médico público. Neste caso a criança será

acompanhada pela educadora até o local do atendimento médico

público, acompanhando a criança até que a mãe chegue.

Diante do não comparecimento da mãe/responsável no Posto

médico e diante da alta da criança, caberá à D.G. buscá-las, pois os

carros públicos (SAMU e ambulâncias) não realizam este trabalho.

Quando o responsável pela criança chegar no Posto de Saúde, o

educador entrará em contato com a escola, cabendo à D.G. buscá-

la. Ficando a criança sob os cuidados de seus responsáveis legais.

OCORRÊNCIA DE QUEIMADURA:

Quando o local fica só avermelhado significa que é uma

queimadura de 1º grau.

Nos casos que formar bolhas não estore.

Nunca passe NADA na queimadura (muito menos pomadas –

Hipoglós – clara de ovo).

Para resfriar jogue água corrente (fria)

Orientar a mãe a levar a criança ao hospital.

Nos casos de queimaduras graves chamar o SAMU.

LUXAÇÃO DA CABEÇA DO RÁDIO: é quando os ossos da cabeça do rádio se

desloca (nos cotovelos). Há crianças que até os 05 anos tem maior facilidade

para sofrer tal deslocamento. Este poderá ocorrer diante de um movimento mais

brusco, ou até mesmo, se for auxiliada a se levantar sendo segurada pelas mãos,

ou durante a troca de blusas. Geralmente, quando isto ocorre a criança se

apresenta chorosa e tende a ela mesma imobilizar ou movimentar menos os

bracinhos. Faz-se fundamental os educadores manterem-se mais atentas diante

de crianças que já apresentaram o deslocamento.

Abaixo anexamos imagens para melhores esclarecimentos.

193

QUEDAS/ TRAUMAS/ LESÕES/ ACIDENTES NA U.E:

“Crianças são mesmo desconcertantes. Em segundos, conseguem escapar do

olhar vigilante dos adultos e aprontar alguma estrepolia que lhes põe em risco a

vida. Basta um pequeno descuido, e lá estão elas subindo em cadeiras para olhar

pela janela, abrindo os armários da cozinha ou chegando perto do fogão aceso,

arranjando um jeito de mexer nos produtos de limpeza ou nos remédios, apesar

de terem sido colocados em prateleiras altas e aparentemente inacessíveis. A

consequência óbvia dessa característica do comportamento infantil é que elas se

machucam a despeito dos cuidados e do olhar vigilante dos adultos. Muitas

vezes, felizmente, tudo não passa de um susto. Há ocasiões, porém, em que os

acidentes são graves e requerem assistência médica imediata.. ”

Dr Drauzio Varella

O trabalho em trio possibilita aos educadores dialogarem e

avaliarem sobre suas diferenças, quanto a forma de reagirem em

situações de emergência, cabendo o socorro direto da criança

aquele que se mostra mais tranquilo;

Não oferecer água, nenhum tipo de líquido, para a criança logo

após as quedas.

Nos casos em que a criança cai, mas não perde os sentidos, a

194

educadora deverá observar seus movimentos e depois estimulá-la a

levantar-se sozinha, sem puxá-las pelos braços ou pegá-la no colo,

podendo assim observar se houve fraturas ou se a criança se

apresenta com dificuldades para levantar-se. Caso a criança

apresente dificuldades caberá ao educador impedir que a mesma se

levante, acolhendo-a e estimulando-a a ficar quietinha até que o

SAMU chegue.

A educadora deverá avaliar a queda: quais partes do corpo a criança

bateu e onde. Sempre que a educadora ver ou verificar que ao cair a

criança bateu a cabeça, mesmo sendo esta batida uma batida leve,

deverá avisar a mãe, por telefone, cabendo à mãe avaliar se irá

retirar a criança e levá-la ao médico, para realizar o Raios-X ou

não. Caberá a escola, nestes casos, entregar ao responsável o

encaminhamento ao pediatra, resumindo a ocorrência e informando

quais regiões a criança bateu e onde;

Sempre que a criança bate a cabeça, e “nasce um galo” deverá ser

aplicado sobre este uma compressa com gelo;

Sempre que a criança bater a cabeça caberá ao educador observá-

la atentamente, impedindo-a de dormir. Após 02 horas do acidente a

criança poderá dormir, devendo ser acordada de 20 em 20 minutos,

para que avaliemos sua reação, como respondem às perguntas que

lhes são feitas. Criança que não responde a estímulos, que não

acorda de jeito nenhum, que está mais endurecida (hipertônica) e

cujos olhos parecem ausentes, está exteriorizando sinais

neurológicos indicativos de que precisa ser levada ao pronto-socorro

imediatamente. Nestes casos, cabe aos educadores informarem a

D.G./Oficial, que chamará o SAMU imediatamente, em seguida

informará a mãe sobre o quadro da criança e sobre os

encaminhamentos da escola. Nos casos que o educador não

conseguir manter a criança acordada, pelo menos por duas horas,

faz-se importantíssimo que a mesma seja acordada de 15 em 15

minutos, para verificação sobre suas reações neurológicas: se

consegue acordar, abrir os olhos, responder com coerência ao que

lhe é pedido; se o olhar não está parado, etc; diante da mínima

dúvida sobre as reações neurológicas da criança, o educador deverá

195

notificar a D.G./Oficial, que chamará o SAMU.

Após a criança bater a cabeça também será importante observar se

esta apresentará tontura ou vômito; neste caso os educadores

deverão, imediatamente, levar o fato ao conhecimento da

D.G./Oficial, que chamará o SAMU com urgência, informando a

mãe/responsável legal em seguida;

Nos casos que a criança bate a cabeça, a escola deverá orientar a

família a levar a criança ao hospital, para uma avaliação médica,

caso estes avaliem que observarão a criança e só se necessário a

levarão ao médico, é importante que o educador ressalte aos

familiares sobre a importância da criança ser levada o mais rápido

possível ao hospital caso apresente vomito ou tontura/desmaios

num período de 24 horas após a queda. Pois o vômito ou a

tontura/desmaios pode indicar que a criança apresenta-se com:

fratura, sangramento interno ou aumento da pressão intracraniana;

Nos casos de machucados mais simples: hematoma, arranhão,

esfolados e pequenos cortes, só será preciso que o educador

registre o acidente no livro de ocorrência da turma, bem como, relate

o mesmo na agenda da criança. Quando se tratar de uma família

que já apresentou dificuldades em entender que acidentes são

inevitáveis, o ideal é que além do registro na agenda, a professora

faça contato telefônico com a família, lhe explicando com detalhes

como o acidente ocorreu e quais procedimentos os educadores

adotaram;

Quando ocorrer ferimento com cortes ou escoriações: Limpe o

ferimento com água corrente e sabonete; não colocar remédio,

pomada, algodão ou esparadrapo sobre o ferimento; ocluir com gaze

ou pano limpo, mantendo o local sempre limpo e seco.

Quando decorrente de um ferimento houver hemorragia,

(sangramento): pegue um pano limpo faça uma faixa e amarre bem

apertado, buscando estancar o sangramento.

Nos casos em que a criança cai e desmaia, os educadores não

deverão mexer na criança. Um dos educadores deverá avisar a

D.G/Oficial, que chamará imediatamente o SAMU. O segundo

196

educador deverá se manter junto à criança, sem tocá-la, enquanto

um outro educador deverá tirar as demais crianças de cena,

deixando o lugar mais arejado à criança e poupando as demais

crianças de possíveis sustos e traumas. Em seguida verifique se a

respiração da criança está normal, afrouxe as roupas da criança e a

acompanhe até que o socorro chegue.

HEMORRAGIA NASAL (EPISTAXE)

Mantenha a vítima em lugar fresco e arejado com a cabeça um pouco

inclinada para trás;

Aperte o nariz durante alguns minutos, pedindo à vítima que respire

pela boca e evite assuar o nariz;

Coloque uma compressa fria sobre o nariz, testa ou nuca;

Se isto não der certo, pegar um pedaço de pano limpo ou gaze, enrolar

e introduzir no nariz, comprimindo as narinas;

Pedir à vítima que não engula o sangue.

Caso o sangramento se estenda solicitar a D.G. que entre em contato

com a família, ou com o SAMU, se necessário.

CASOS DE CONVULSÕES:

Diante do fato, de uma criança entrar convulsionando, devemos

primeiramente manter a calma. Um dos educadores socorrerá a

criança, enquanto o outro informará a D.G./Oficial, que chamará

imediatamente o SAMU, um outro educador tirará as demais

crianças de cena, deixando o lugar mais arejado à criança, bem

como, poupando as demais crianças de possíveis sustos e traumas;

Caberá ao educador, que estiver atendendo a criança que

convulsiona, ter os seguintes cuidados: verificar se no espaço em

que a criança está tem objetos que lhe represente perigo, afastando-

os da criança; posicionar a criança de lado (deitada sobre o ombro),

para que caso ela vomite não se engasgue com o próprio vômito;

197

colocar um travesseio ou uma blusa dobrada, sob a cabeça da

criança, evitando possíveis traumatismo (caso ela fique batendo a

cabeça no chão); afrouxe as roupas da criança; não impeça que a

criança se debata ou contraia os membros superiores e inferiores,

isto poderá causar lesões musculares e até ósseas na criança; o

educador não deve por a mão na boca da criança, com o intuito de

segurar-lhe a língua, esta prática é equivocada.

Caso a convulsão cesse: pedir para a criança manter-se deitada;

verifique se durante a convulsão a criança fez xixi ou cocô.

Caso a criança queira dormir deixe-a dormir, um dos educadores

deverá vigiar seu sono. Ficando atenta à criança, qualquer alteração

em seu sono deverá solicitar auxílio da D.G.

DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS:

Nos casos de doenças infectocontagiosas se faz importante o trabalho em

conjunto entre a escola, a saúde e os responsáveis da criança.

As crianças de 0 a 03 possuem o sistema imunológico em

desenvolvimento, sendo mais vulneráveis a vírus e bactérias. Este trabalho em

parceria visa resguardar a saúde da criança que encontra-se adoentada, bem

como, buscar resguardar a saúde das demais crianças da unidade escolar, com o

intuito de da prevenção da disseminação da doença.

O afastamento das crianças, diante das doenças infectocontagiosas é

importante, não só para resguardar as demais crianças da escola, do contágio,

mas até mesmo é fundamental para a recuperação da própria criança adoentada.

Que, com a saúde fragilizada, estando vulnerável a outros tipos de doenças. Na

grande maioria das vezes as doenças infectocontagiosas afetam o estado geral

da criança, esta pode encontrar-se com: prostração, inapetência, irritação, febre,

dificuldade em respirar; bem como, necessitam de maiores cuidados

individualizados que o espaço escolar coletivo não consegue atender.

Diante da ocorrência, de qualquer tipo de doença infectocontagiosa, a D.G.

deverá ser informada, para que esta possa encaminhar as ocorrências à

198

Vigilância Epidemiológica, quando necessário; bem como, agendar encontro com

os responsáveis legais, para obter maiores informações sobre o diagnóstico,

tratamento e afastamento médico.

Os educadores deverão ficar atentos quanto ao período de afastamento da

criança, contido no atestado médico. A criança não deverá retornar antes do

período orientado pelo médico. Quando isto ocorrer a D.G. precisará ser

informada, para que esta entre em contato com os responsáveis, verificando o

motivo do retorno e salientando aos responsáveis que as orientações médicas

precisam ser seguidas. Que a criança necessita ser acompanhada no ambiente

familiar, sendo este muito mais seguro que o ambiente escolar, que é um

ambiente coletivo.

Por meio do diálogo com as famílias cabe aos educadores e à D.G. garantir

o retorno seguro da criança à creche, incentivando os familiares a trazerem a

criança somente quando esta estiver bem, recuperada, pois com a saúde

fragilizada, ela poderá contrair algum outro tipo de virose, comum no espaço

escolar.

Após pesquisarmos em diferentes site de saúde, obtivemos alguns

resultados, algumas normativas adotadas em algumas escolas particulares,

sendo tais orientações realizadas pela pediatria da referida Rede de Ensino.

Nestas normativas encontramos as seguintes orientações médicas, sobre o

período de afastamento das crianças da escola:

Diarreia e vômitos: Afastamento na suspeita clínica (mais de dois

episódios de diarreia liquida ou vômito na creche/escola) e/ou se for

caracterizado quadro infeccioso (viral ou bacteriano). A criança só

poderá retornar às atividades após 5 a 7dias ou após melhora dos

sintomas, ou atestado médico com exame de fezes comprovando

que o quadro diarreico não é causado por doença infectocontagiosa

(vírus ou bactéria). Vacina contra rotavírus está disponível, consulte

seu pediatra.

Feridas na boca e salivação excessiva (estomatite, sapinho):

Afastamento na suspeita clínica e/ou diagnóstico médico. A criança

só poderá retornar às atividades quando melhorar os sintomas

(aftas, baba, lesões esbranquiçadas), estar 24hs sem febre e

199

mediante atestado médico.

Roséola ou Exantema súbito: Afastamento na suspeita clínica até

24hs sem febre. Retorno mediante atestado médico.

Conjuntivite, com purgação nos olhos ou pálpebras inchadas:

Afastamento na suspeita clínica e/ou diagnóstico médico até

melhora dos sintomas e mediante atestado médico.

Escarlatina: Afastamento do diagnóstico até 48hs de terapia

antibiótica adequada comprovada por declaração ou receituário

médico;

Feridas na pele/impetigo: Afastamento após diagnóstico médico. A

criança poderá retornar às atividades 24h após início do tratamento

mediante receita ou atestado do pediatra assistente, cobrindo as

lesões que estiverem.

Infecção de garganta febril (faringite ou amigdalite estreptocócica).

Afastamento no diagnóstico médico. A criança só poderá retornar às

atividades 24h após o inicio do tratamento mediante receita do

pediatra.

Escabiose (sarna): Afastamento até o término do tratamento.

Molusco Contagioso: O molusco contagioso é uma infecção viral

contagiosa relativamente comum caracterizada pelo surgimento de

nódulos na pele – muitas vezes confundidos com verrugas. A

criança com molusco contagioso deve ser levada ao médico para

iniciar logo o tratamento; na medida do possível, permanecer com as

lesões cobertas na escola. A avaliação médica irá determinar a

necessidade ou não de seu afastamento temporário das atividades

na creche/escola.

Catapora (Varicela): Afastamento na suspeita clínica e/ou

diagnóstico médico até todas as lesões terem secado e

apresentarem crostas (geralmente 7 dias após o aparecimento das

vesículas). Retorno as atividades mediante atestado médico.

Coqueluche: Afastamento até ser completado o ciclo de 5 dias de

terapia antimicrobiana apropriada. Retorno mediante atestado

200

médico.

Caxumba: Afastamento na suspeita clínica e/ou diagnóstico médico.

A criança só poderá retornar às atividades após 9 dias após o início

do edema das parótidas mediante atestado médico.

Hepatite A: Afastamento mediante suspeita clínica e marcadores

sorológicos confirmados. Afastamento até 1 semana depois do

aparecimento da icterícia. Retorno mediante atestado médico.

Hepatite B confirmada: Durante a fase de doença aguda, até a cura

clínica. Retorno mediante atestado médico.

Dengue – não é transmitido de pessoa para pessoa. Portanto, não

exige afastamento escolar pela possibilidade de transmissão. Porém

causa febre alta persistente, dor no corpo, prostração, exige

hidratação vigorosa e repouso. Desta forma, sugere-se que, nesse

caso, a criança deve ser avaliada pelo pediatra assistente e este

decide se libera a criança para a escola de acordo com cada caso

específico de dengue clássica.

Rubéola – afastar da escola até o sexto dia após o surgimento das

manchas pelo corpo.

Sarampo – Até o quinto dia após surgimento das manchas pelo

corpo. Retorno mediante atestado médico.

Pneumonia aguda (bacteriana): Do diagnóstico até 96hs de

antibioticoterapia, ou até passar 72hs sem febre. Retorno mediante

atestado médico.

Pneumonia aguda (viral): Do diagnóstico até a melhora clínica ou até

passar 48hs sem febre.

Bronquiolite Viral ou Asma ou Broncoespasmo ou Laringite:

Enquanto tiver dificuldade respiratória, ou necessitar de cuidados

como nebulização.

Tuberculose: Do diagnóstico até a liberação médica.

Rino Sinusite aguda e Otite media aguda: Até passar 24hs de

antibioticoterapia adequada.

201

Mononucleose Infecciosa clássica: conhecida também como “febre

glandular” e “doença do beijo”, é uma enfermidade que apresenta

baixa mortalidade e letalidade, manifestando-se de forma aguda e

normalmente de forma benigna. Manter-se afastada enquanto

durarem as manifestações ou queixas. Retorno mediante atestado

médico.

Encefalite, Meningite viral ou bacteriana ou sepse meningocócica:

Afastamento da suspeita clínica até cura clínica declarada. Retorno

mediante atestado médico. Todos os casos devem ser notificados a

direção, que dará andamento aos encaminhamentos necessários;

sendo a profilaxia medicamentosa feita aos contactantes próximos

somente nos casos de meningite ou sepse bacteriana. Nos casos

virais não é necessária a profilaxia medicamentosa.

Síndrome de mão-pé-boca: O tratamento dura cerca de 7 dias e é

importante que a criança não vá à escola ou à creche durante este

período para não contaminar outras crianças.

MEDICAÇÕES NO ESPAÇO ESCOLAR:

É direito das crianças serem medicadas na escola e dever dos

educadores medicá-las;

Quando possível planejar os horários das medicações junto às

famílias, com o intuito de que as doses sejam dadas em casa ( de

12 em 12 horas);

Nos casos que uma das doses precisará ocorrer na escola ( de 08

em 08 horas ou de 06 em 06 horas) o educador deverá efetuar a

medicação ficando atento aos horários e às dosagens;

A medicação só será dada à criança com a devida receita médica.

Nos casos em que o nome do remédio contido na receita não

coincide com o remédio enviado, caberá à educadora levar o caso à

D.G. que averiguará o fato. Quando verificarmos que se trata de

casos de remédios genéricos, os mesmos serão ministrados; em

outros casos, que a medicação contida na receita difere da

202

medicação enviada o mesmo não poderá ser dado à criança.

Caberá ao educador entrar em contato telefônico com a mãe e

explicar-lhe o problema. Nestes casos se a mãe optar por vir à

escola e medicar a criança, a D.G. deverá fazer o registro no livro de

ocorrência da U.E., colher a assinatura da mãe/responsável legal e

posteriormente este será autorizado a medicar a criança. Quando o

nome do remédio estiver ilegível na receita, sendo impossível fazer

qualquer tipo de associação com a medicação enviada pela família,

o mesmo não será ministrado e caberá à educadora entrar em

contato com a família, por telefone, orientar o responsável legal e

estabelecer os combinados adequados;

Todas as receitas deverão permanecer na U.E., sendo arquivadas

em pasta própria, em posse do trio de educadores, somente no final

do ano serão encaminhadas à secretaria para serem arquivadas no

prontuário da criança. Quando a mãe argumentar que precisará da

receita, a mesma deverá ser xerocada pelos educadores, sendo

devolvido o original;

Outro cuidado que os educadores podem adotar é combinarem junto

às famílias que a dosagem e o horário deverão ser escritos na caixa

da medicação; mesmo assim, caberá ao educador verificar se a

prescrição contida na caixa de remédios confere com a prescrição

da receita médica;

Cuidados que podem ser adotados para que a medicação não seja

esquecida ou dada fora do horário: os educadores poderão registrar

no mural/lousa: nome da criança, horário e a dosagem da

medicação; bem como, usar o celular como despertador;

No horário da entrada a medicação deverá ser entregue à

professora, em mãos; nos casos das crianças que vêm de transporte

caberá ao transportador avisar a professora, que há remédios na

bolsa da criança. Imediatamente caberá à professora tirar os

remédios da bolsa colocando-os fora do alcance das crianças;

Toda medicação deverá ser guardada fora do alcance da criança,

em local inacessível a elas;

Após a educadora medicar a criança, sendo esta dosagem única ou

203

a última dose, deverá guardar o remédio imediatamente na bolsa da

criança, tirando a mesma do alcance das crianças, ficando-lhes

inacessível. Desta forma visamos não esquecer o remédio na

escola, evitando o comprometimento do tratamento;

Nos casos que o remédio tiver que ser guardado na geladeira este

deverá ser devidamente identificado, com o nome completo da

criança. Devendo ser entregue na mão da cozinheira, que o

guardará na geladeira da cozinha. Não devemos guardar os

remédios na geladeira dos funcionários. Neste caso os educadores

deverão redobrar os cuidados, para que o remédio não seja

esquecido na escola ou dado fora do horário à criança;

Nos casos de inalações, os educadores buscarão, por meio do

diálogo com as famílias, evitar que as mesmas sejam feitas durante

a permanência da criança na creche, auxiliando a família na

organização dos horários. Quando não for possível, o responsável

legal pela criança será convidado a vir à escola ou a enviar um

adulto/familiar que se comprometa a realizar a inalação na escola.

Contudo, diante dos casos que for impossível à família vir ou enviar

um responsável à escola, para efetuar a inalação na criança, caberá

aos educadores solicitarem orientação junto à D.G. Estas buscarão

organizar o espaço e a realização da inalação da forma mais

adequada e segura à criança. Desta forma faremos todas as

tentativas para evitar que a escola se responsabilize pelas

inalações, no entanto, diante da necessidade, considerando e

respeitando o direito da criança a mesma poderá ocorrer na escola,

sob a supervisão direta da Coordenadora Pedagógica ou da

Diretora.;

Cada turma terá uma pasta de medicação, contendo planilhas

individuais, uma por criança. Esta planilha deverá ter o registro

sobre: as dosagens; nome do medicamento; horários e o visto da

educadora que medicou a criança, diariamente. Tal planilha servirá

como mais um instrumento de registro, que possibilitará aos

educadores acompanharem o quadro de saúde de suas crianças.

Sempre que os educadores julgarem necessário deverão socializar

junto à D.G. sobre suas preocupações, decorrentes dos registros

204

encontrados na planilha da criança. Quando avaliarem ser

necessário, educadores e D.G. convocarão os responsáveis da

criança para uma reunião, com o objetivo de verificarem quais são

as necessidades e ou pendências relacionadas à área médica. Para

que assim, em parceria com a família, a escola possa adotar os

encaminhamentos necessários.

PEDICULOSE

Os casos de pediculose precisam ser tratados como questão de saúde. O

objetivo principal dos educadores deve ser com o bem estar da criança infestada,

pois a pediculose representa desconforto e um risco à saúde dos pequenos. Às

vezes a coceira é tão intensa que pode provocar feridas no couro cabeludo da

criança, podendo ocasionar infeções secundárias na região, devido ao contato

com outros microrganismos, como bactérias e fungos. Também é comum o

aparecimento de linfonodomegalia (ínguas) atrás das orelhas e nuca. A criança

pode apresentar irritação e dificuldade de concentração nas atividades escolares,

além de se sentir constrangida caso perceba estar com piolho, ou caso venha a

perceber que os amiguinhos identificaram sua situação e a rejeitam por isto,

evitando brincar com ela.

Quando os educadores percebem que a pediculose está presente em sua

turma, estes precisam agir da seguinte maneira:

Enviar bilhete para todas as famílias, com o objetivo de que todas as

crianças recebam os cuidados necessários em casa.

Caso haja reincidência deverá ser enviado novo bilhete a todos.

Quando o trio localiza o foco do problema, percebendo que

determinada família não está conseguindo resolver o problema,

estando a criança infestada por uma grande quantidade de piolho,

apresentando-se extremamente desconfortável e até mesmo em

sofrimento, caberá os educadores agendar uma reunião com o

responsável legal e efetuar as devidas orientações, bem como,

informar-se sobre quais problemas a família está encontrando no

205

tratamento da pediculose, objetivando auxiliá-los.

Caso o problema persista o Trio de Educadores levará o caso à

D.G. que convocará a mãe/responsável legal, para efetuar as

orientações e encaminhamento à UBS. Caberá à D.G. entrar em

contato com a UBS que atende a criança e agendar o

acompanhamento da saúde junto à família, com o objetivo de que

estes façam as devidas orientações e adotem os encaminhamentos

necessários junto à família.

Caso o problema persista haverá novo agendamento junto à saúde e

o responsável legal será convocado.

Casos que foram acompanhados no ano anterior deverão ser

encaminhados diretamente à D.G., quando o trio/quarteto perceber

que o problema persistiu após o envio do 2º bilhete.

UTILIZAÇÃO DO LIVRO DE OCORRÊNCIA DA TURMA

Este livro foi adotado pela escola no ano de 2011, e desde então seu uso

vem sendo aprimorado, ano a ano.

Em 2013, sua utilização foi tema de formação na primeira reunião

pedagógica do ano. A D.G. socializou com a equipe de educadores os bons

registros, realizados nos anos anteriores, bem como, leu trechos ou registros que

se apresentavam equivocados ou insuficientes. O objetivo desta socialização foi

contribuir para o crescimento do grupo quanto à escrita dos registros, explicitando

os bons exemplos e sanando as dúvidas e até mesmo os equívocos na prática de

alguns trios nos anos anteriores.

Outro objetivo, da D.G., com tal socialização foi validar junto ao grupo, a

utilização do livro de ocorrência como sendo um instrumento que respalda as

ações dos educadores, diante dos incidentes junto às crianças de sua turma.

Evidenciando os cuidados e ações adotadas pelos educadores junto às crianças e

às famílias. Tais registros poderão ser utilizados, como defesa da escola, frente

às acusações de negligências.

206

OBJETIVOS QUE PERMEIAM A UTILIZAÇÃO DO LIVRO DE OCORRÊNCIAS

DA TURMA:

Facilitar a comunicação entre o trio, sendo realizado o registro sobre as

principais ocorrências entre as crianças e com as crianças. Desta forma

todos os educadores poderão ter ciência sobre os fatos ocorridos. Como

este se deu, em que circunstância e quais os procedimentos adotados

pelos educadores;

Possibilitará ao trio realizar junto aos pais um diálogo coerente; para que

os diferentes educadores possam narrar os fatos de forma única e

verdadeira. Mesmo que a ocorrência ou acidente tenha ocorrido fora de

seu horário de trabalho;

Servir como instrumento comprobatório, sobre os cuidados direcionados à

criança e à família; podendo o registro ser lido aos pais/responsáveis,

diante dos questionamentos ou até mesmo diante destes virem a acusar a

escola de negligência.

NO REGISTRO ESCRITO DEVE CONSTAR: OS FATOS/OCORRÊNCIAS/

SITUAÇÕES ATÍPICAS, TAIS COMO:

Quando uma criança que não costuma chorar e chorou muito naquele dia,

sem motivos aparentes;

Quando uma criança que se alimenta bem e não se alimentou como de

costume naquele dia;

Quando uma criança que dorme bem e não dormiu ou apresentou

dificuldades na hora do sono;

Problemas de saúde: febre, vômitos, diarreia;

Quando a criança que já chegaram na U.E. com algum tipo de machucado,

hematoma, ferimento, corte, queimadura, assadura (nestes casos deve- se

também registrar o fato na agenda da criança e ligar imediatamente para a

mãe/responsável.) Ressaltando às famílias, que logo na chegada ou ao

fazer a primeira troca, a educadora percebeu o machucado/ferimento.

207

Ocorrências de quedas, acidentes, conflitos entre as crianças: mordidas e

arranhões;

Sobre os contatos telefônicos realizados entre os educadores/D.G. e a

família, relacionadas a algum tipo de especificidade ou necessidade de

uma das crianças ou família da turma;

Problemas relacionados à medicação da criança.

SOBRE OS ACIDENTES OCORRIDOS DURANTE A PERMANÊNCIA DA

CRIANÇA NA U.E., O QUE DEVEMOS REGISTRAR:

Local que acidente aconteceu;

Qual atividade estava sendo desenvolvida pela criança e pelos educadores

na hora do acidente;

Como aconteceu;

Quais foram os ferimentos/hematomas causados pelo acidente;

Quais procedimentos foram adotados pelos educadores: limpeza do local;

colocação de gelo; conversa com a criança; orientação realizada junto à

criança; registro na agenda; forma de contatos realizados pela escola junto

aos pais/responsáveis; encaminhamentos adotados pelo trio de

educadores e D.G.; encaminhamento realizado pelos responsáveis diante

da comunicação da escola; nome do responsável que veio retirar a

criança.

208

VII - PLANO DE AÇÃO PLANO DE AÇÃO PARA A COMUNIDADE OBJETIVOS GERAIS:

Desenvolver um trabalho educacional permeado pelos princípios da Gestão

Democrática em todas as instâncias, situações e com todos os atores da

comunidade escolar.

Atuar, planejar, agir, decidir e replanejar as ações e propostas permeados

pelo princípio do respeito à diversidade.

Exercer uma prática educacional que tem como premissa o

estabelecimento de parceria entre a escola e a família.

Entender que a relação com a família é objeto de trabalho pedagógico.

Envolver a comunidade com os Projetos da Escola.

Fortalecer e estreitar as parcerias já estabelecidas com a saúde, por meio

da UBS Leblon.

Fortalecer e estreitar as parcerias já estabelecidas com a escola vizinha:

EMEB Olegário.

Convidar as crianças do Tempo de Escola da EMEB José Luiz Jucá a se

apresentarem aos alunos desta U.E. Pois no ano de 2015 estas visitaram

nossa escola, sendo esta uma das atividades da Felisb, e avaliamos que

tanto as crianças da EMEB Jucá, quanto as nossas, ficaram contentes,

satisfeitas e encantadas com as apresentações dos alunos e dos Educadores

Brincantes e Teatrantes.

Conhecer essa comunidade, seus anseios e necessidades, é o objetivo

anual e diário desta equipe escolar. Temos como tarefa inserir a escola na

comunidade e inserir as famílias no contexto escolar, possibilitando-lhes o

exercício da participação efetiva, por meio dos colegiados da APM e do Conselho

de Escola, tendo como princípio o desenvolvimento da gestão democrática.

Esta equipe escolar acredita na importância da relação de parceria com as

famílias, validando que tal parceria exige dos educadores olhares e escutas

atentas, aproveitando todas as oportunidades para a construção de vínculos com

as famílias de nossas crianças, adotando para isto uma atitude acolhedora e

esclarecedora sobre as necessidades das famílias.

209

Acreditamos que, quanto maior a parceria com as famílias, mais condições

teremos de prestar um bom serviço, atingindo a qualidade de atendimento

humano e educacional que almejamos. Essa aproximação se dá diariamente,

principalmente nos horários de entrada e saída das crianças, sendo tal horário

acompanhado pela Dupla Gestora. Os horários da diretora escolar e da

coordenadora pedagógica são elaborados objetivando garantir que uma das duas

esteja presente nos horários de entrada e de saída, acolhendo as demandas da

comunidade, visando aproximarem-se das crianças e de seus familiares. Esta

convivência diária, no espaço escolar, visa o estabelecimento do diálogo, que

deve ser o objetivo de todos os integrantes da equipe escolar, tendo como

princípio a construção de relações democráticas, respeitosas e éticas.

O estreitamento dos laços entre a escola e a família se dá também através:

das reuniões com pais; dos atendimentos específicos à determinada

turma/família, ocorrendo sempre que necessário; dos atendimentos específicos

aos familiares, que sentem a necessidade de obterem esclarecimentos junto à

dupla gestora ou educadores; dos atendimentos específicos aos trios de

educadores, que encontram dificuldades nas relações com os familiares de suas

crianças; nos sábados letivos: “Dia da Família na Escola” e “Mostra Cultural” e

por meio da efetiva participação dos membros nos órgãos colegiados: APM e

Conselho de Escola.

Em 2015 a D.G., buscando ampliar a participação dos pais na escola,

desvinculou a participação dos projetos e das atividades da U.E. das discussões

do Conselho de Escola. Intencionando assim, ampliar o número de participantes.

Acreditávamos que o fato dos pais não terem que assumir as responsabilidades

inerentes aos colegiados, fariam com que o número de interessados em participar

dos projetos junto à D.G. fosse maior. Embora, durante o ano tenhamos feito

diferentes convites, buscando o envolvimento dos pais não obtivemos sucesso.

Em 2016 optamos por envolver os trios de educadores, sendo estas a

efetuarem os convites à participação dos responsáveis, porque são elas que têm

conhecimentos sobre o interesse e possibilidades de envolvimentos das famílias,

são as professoras que estabelecem o estreitamento de vínculos. Acreditamos

que caberá à D.G. instigar o envolvimento das professoras, alimentando seu

interesse em trazer os responsáveis por suas crianças para mais perto das

atividades e projetos que fazem parte da rotina de sua turma.

210

Consideramos que dois fatores prejudicam a efetiva participação da

comunidade nos colegiados e no desenvolvimento dos projetos da U.E., são eles:

a localização da escola: a escola situa-se numa área um tanto

isolada, não tendo aos arredores residências. Temos como vizinhos:

atrás da escola à vastidão do terreno do extinto clube da Volks, com

a presença de mata fechada e de terreno em obras; do lado

esquerdo a EMEB José Olegário; do lado direito o prédio

pertencente à Secretaria de Esportes e os prédios dos CEUs da

Vila São Pedro: Regina Rocco Casa I e Casa II; em frente temos

algumas empresas e construtora. Mais adiante temos alguns

condomínios. Mas a grande maioria da comunidade atendida é

originária das vilas do entorno. Portanto não estamos propriamente

“dentro” da comunidade que atendemos, não fazendo parte da

comunidade de nossas crianças.

A rotatividade: nossas crianças ficam pouco tempo conosco, alguns

são nossos parceiros por apenas um ano letivo, cerca de 40%

permanecem por 02 anos letivo, apenas aqueles que ingressam no

berçário final, cerca de 12 famílias, passam conosco 03 anos letivos.

Esta rotatividade impossibilita o estreitamento das relações e um

trabalho de continuidade. Ano a ano estamos sempre recomeçando

com grande parte do grupo de pais.

No ano de 2016 apresentou-se como positivo a realização de oficinas e

atividades correlatas aos projetos desenvolvidos pelas turmas, nas reuniões com

pais. Tais reuniões eram planejadas com pautas que garantiam no segundo

momento, a vivência de atividades dos pais junto aos seus filhos. Tais atividades

foram muito bem avaliadas pela comunidade escolar.

Desta forma, a D.G. garantirá espaço em reuniões entre os educadores,

para a socialização de tais práticas, com o intuito de ampliarmos tais

experiências, possibilitando tais vivências neste ano de 2017.

211

AVALIAÇÃO

As avaliações, da Dupla Gestora (D.G.) e dos educadores da U.E.,

ocorrerão constantemente, as ações dos diferentes segmentos junto às famílias

serão analisadas, tendo como parâmetro os objetivos específicos e gerais

apontados neste PPP. Assim como, todo conflito existente nas relações da escola

com a família, deverá ser analisado sob a égide dos princípios: da Gestão

Democrática e do Respeito à Diversidade. As avaliações deverão apontar se a

prática da escola condiz com a defesa destes princípios.

A D.G. pretende, desde 2015, levar as discussões sobre as relações

família e escola, junto aos educadores por meio de discussões de caso, que

levem à problematização das situações reais de conflito, analisando a situação, o

problema e os encaminhamentos sob a égide da Gestão Democrática e do

Respeito à Diversidade.

A avaliação do trabalho pedagógico desta U.E., desde 2013, ocorre de

duas formas: no 1º semestre, usando os Indicadores de Qualidade, a avaliação

interna, somente com a participação dos profissionais, de todos os segmentos. No

2º semestre a avaliação ocorre com toda a comunidade escolar, com convite

estendido a todos os responsáveis, também utilizando os materiais dos

Indicadores de Qualidade.

Em 2013, devido a irrisória participação dos pais na avaliação, 06

representantes, tivemos que aplicar também outro instrumento de avaliação,

sendo este entregue aos pais via agenda, sendo recolhido e tabulado.

Infelizmente, os dois instrumentos foram necessários para garantirmos a

participação de fato da comunidade na avaliação de nosso trabalho. Acreditamos

que a ínfima participação se deu devido a avaliação ter ocorrido num sábado.

Quando em 2014, foi oportunizado à escola realizar a avaliação de 2ª-feira

à 6ª-feira, tivemos uma maior participação dos pais, aumentando o número de

participantes de 06 (no sábado) para 47 pais.

No ano de 2015, devido ausência da elaboração do novo instrumento

avaliativo acabamos por utilizar o modelo de avaliação de 2013, avaliação esta

impressa e enviada às famílias, sendo devolvidas às professoras e tabuladas pela

D.G. A devolutiva da avaliação ocorreu em reunião com pais no mês de

dezembro.

Para o ano de 2016 tínhamos como objetivo inicial, aprimorar o documento

de avaliação, bem como, investir na ampliação qualitativa e quantitativa da

212

participação dos pais, realizando a avaliação nos moldes de subgrupos e da

socialização das avaliações em plenária; contudo as demanda formativas, que se

fizeram urgentes, impediram a concretização deste objetivo.

Iniciaremos o ano de 2017 buscando qualificar o instrumento de avaliação,

construindo este documento com o grupo de educadores, para que na avaliação

final do ano letivo o mesmo possa ser aplicado junto á comunidade escolar.

PLANO DE AÇÃO PARA OS COLEGIADOS DA APM E CONSELHO DE ESCOLA:

Desde o ano de 2011 as reuniões dos colegiados, nesta U.E., ocorrem

simultaneamente, juntando os membros dos 02 colegiados: APM e Conselho de

Escola, objetivando não segmentar as discussões. Todos os presentes são

convidados a analisarem as questões, buscarem por soluções e avaliarem sobre

as decisões a serem adotadas, tanto no âmbito econômico/financeiro quanto

pedagógico.

Desta forma, buscamos exercer diariamente e constantemente a gestão

democrática, constituindo por meio dos colegiados da Escola uma efetiva

parceria, no âmbito do planejamento, da tomada de decisões e das ações. De

modo que construamos uma ampla participação dos pais nos colegiados.

Temos como objetivo aumentar anualmente o número de participantes nos

colegiados, até que tenhamos pelo menos um representante dos pais de cada

turma. Objetivo este que se mostra longe de ser alcançado, mas que se manterá

vivo até ser atingido, sendo fomentado em todas as reuniões com pais, tanto pela

dupla gestora, quanto pelos educadores.

O princípio que embasará as relações, entre os membros dos dois

colegiados e entre todos os segmentos da equipe escolar, é da Gestão

Democrática. Portanto, faz-se importante destacar o que entendemos por Gestão

Democrática.

OBJETIVO ESPECÍFICO

Exercer diariamente e constantemente a gestão democrática, buscando

constituir junto ao colegiado uma efetiva parceria, no âmbito do planejamento, da

213

tomada de decisões e das ações. De modo que construamos uma ampla

participação deste colegiado na elaboração e execução do PPP.

AÇÕES

Estabelecer um único grupo de discussão, entre os membros do Conselho

de Escola e APM, por meio de reuniões mensais;

Buscar parceria da SE 33, objetivando ter clareza sobre os procedimentos

e informações necessárias para o adequado gerenciamento sobre o Plano

de Trabalho/Convênio;

Estabelecer cronograma de reuniões mensais, com horário definido pelos

próprios membros. Objetivando garantir a maior participação possível dos

pais e responsáveis;

Criar estratégias de mobilização da comunidade escolar para participar das

reuniões e contribuir para a qualidade da gestão da escola;

Apresentar os membros da APM e do Conselho de Escola, para toda a

equipe escolar, desde o início do ano, inclusive construindo um painel de

fotos;

Apresentar trimestralmente, de forma transparente, as prestações de

contas a todos os membros dos colegiados;

Discutir com os colegiados, de forma democrática, sobre as necessidades

e urgências da U.E., decidindo num ambiente, de fato democrático, sobre

as decisões a serem adotadas, estando estas correlatas às normas,

premissas e diretrizes da S.E. ;

Decidir com o colegiado sobre: calendário escolar; caracterização da

comunidade no PPP; formatação/organização da reunião com pais;

atividades de estudo de meio; instrumento avaliativo da comunidade;

importância das reuniões pedagógicas; formatação/organização sábados

letivos; etc.;

Estudar com os membros sobre: os indicadores de qualidade; os critérios

de qualidade da educação infantil; relação parceira entre família e escola e

reelaborar um novo instrumento de avaliação.

214

AVALIAÇÃO

Até o momento, estamos conseguindo atender as reivindicações e

orientações da Secretaria da Educação.

Destacamos que, nas turmas que há representantes da APM ou do

Conselho de Escola, é notório a movimentação e socialização das informações

entre os pais; reforçando assim, a importância da participação dos mesmos nos

Colegiados.

Buscaremos informar sobre o trabalho da APM e do Conselho de Escola

nas reuniões com pais; fato este que visará mobilizar novos participantes e

demonstrar a transparência decisória e a efetivação da gestão democrática e as

reais ações dos membros dos colegiados.

PLANO DE AÇÃO COLETIVO - PARA TODOS OS SEGMENTOS DA EQUIPE ESCOLAR

Desde o ano de 2012 “cuidamos” com maior “carinho” das relações entre

todos os segmentos, entre todos os educadores. Dando ênfase sobre a

importância do desenvolvimento de um efetivo trabalho em equipe.

Movidos pelo objetivo de estabelecer um trabalho em equipe, apontamos

como sendo tarefas de todos os atores, independente do segmento:

Participar ativamente das reuniões coletivas ou em segmentos. Discutindo,

refletindo e posicionando-se frente às diferentes discussões;

Fazer do exercício da flexibilidade e da tolerância uma constante;

Ser ético e prezar pelo profissionalismo em qualquer circunstância;

Desenvolver o atendimento junto a todas as crianças, sem exceção, de

forma ética, respeitosa, sensível e humana;

Garantir que todos os direitos das crianças sejam respeitados por todos os

educadores desta U.E.;

Agir com transparência buscando sempre o diálogo e o entendimento;

Desempenhar sua função nas suas especificidades sendo parceiro e ao

mesmo tempo respeitando a função do outro;

Em suas ações, zelar pelo bem estar de todos da equipe e principalmente

pelo bem estar de nossas crianças;

215

Ser sempre educado e cordial, mostrando-se paciente com os imprevistos

cotidianos;

Exercitar a empatia em todos os momentos, colocando-se no lugar do

outro;

CABERÁ À D.G.:

Planejar quais serão os momentos e quais assuntos farão parte das

discussões que deverão ocorrer no coletivo e quais ocorrerão por

segmento;

Propiciar momentos de discussões e planejamentos coletivos;

Desenvolver atividades e dinâmicas que colaborem na construção de

vínculos entre os diferentes segmentos;

Garantir a circulação de informações, a clareza das ações necessárias

para atingir os objetivos da escola e a coerência do grupo em termos de

princípios educacionais de consonância com o PPP;

AVALIAÇÃO Os pontos de observação da avaliação deverão ser:

O ambiente de trabalho é acolhedor, propiciando a integração dos novos

profissionais?

Os grupos se mantêm unidos e respeitosos, atuando com profissionalismo?

O ambiente de trabalho é alegre, permitindo que nossas crianças também

o sejam?

O atendimento oferecido à comunidade é receptivo e acolhedor? Todos

funcionários se mostram prestativos?

O ambiente de trabalho explicita o compromisso profissional de todos?

Conscientes de que seu modelo educa as crianças, adotando sempre uma

postura educativa.

A escola encontra-se limpa e organizada?

Quanto ao material humano: todos dão o melhor de si, trabalhando de

forma harmônica e cuidando dos bens e patrimônios da escola?

216

As crianças de todas as salas são consideradas como sendo de todos os

educadores?

Os problemas e conflitos são resolvidos através do entendimento, entre as

equipes e com as famílias?

Há flexibilidade da equipe da cozinha, estando aberta às adaptações

necessárias no cardápio, em função das necessidades das crianças?

Há compromisso da equipe de apoio, estando aberta às adaptações e

replanejamentos nos horários e nas grades de tarefas?

A dupla gestora adota diariamente condutas e ações pertinentes aos

princípios da gestão democrática?

AÇÕES:

Trabalhar integrando as equipes da APM e do Conselho de Escola,

realizando uma única reunião mensal;

Realizar encontros sistemáticos entre os trios e a gestão, sempre que se

fizerem necessários, ou por demanda do trio ou fruto da avaliação da

gestão. Ficando acordado em 2016 um encontro sistemático, entre a D.G.

e cada trio/quarteto/quinteto, entre os meses de março e abril. Os demais

ocorrerão no coletivo, nos momentos de HTP, no formato de socialização

de práticas ou de discussão de casos.

Promover em todas as reuniões Pedagógicas momentos de descontração

e de sensibilização que unam e aproximem os diferentes segmentos. No

ano de 2012 realizamos atividades com brincadeiras, resgatando e

ampliando o repertório dos educadores. No ano de 2013 o foco foi a

importância da afetividade nas relações com as crianças e nas relações

interpessoais entre os adultos. Em 2014 demos continuidade a estas

atividades, buscando consolidar junto ao grupo sobre a importância do

brincar e do afeto nas relações, sendo estes o pano de fundo da

aprendizagem, do processo ensino aprendizagem. Buscamos em 2015

atrelar a importância do brincar e do afeto na obtenção da escola alegre,

da escola que permite às crianças desenvolverem-se, aprenderem, num

contexto alegre, significativo e de qualidade. Desde então mantemos o

217

objetivo de ofertarmos, ano a ano, às nossas crianças a que lhes são de

direito: a Escola Alegre da Infância

Desenvolver momentos formativos no coletivo, entre todos os

funcionários, de todos os segmentos e momentos de formação específica

aos diferentes segmentos, diante da demanda trazidas pelo segmento ou

percebido como necessário, por parte da D.G.

PLANO DE AÇÃO ESPECÍFICO AO SEGMENTO DOS: PROFESSORES

Desde 2013 foi autorizado pela S.E. que as U.Es de 0 a 03 anos

organizassem a H.T.P.C. em 02 horários, um horário para cada período. Fato este

aprovado por unanimidade pelo grupo de professoras. Ficando acordado que

teríamos 02 grupos, sendo o horário da 1ª turma: às 3ª-feiras das 08h10 às 11h10

e da 2ª turma às 3ª-feiras das 13h50 às 16h50.

Esta D.G. tem clareza que este é um complicador, principalmente, diante

da dinâmica de trabalho da gestão de sala compartilhada entre 02 professoras. A

D.G. valida que um único HTPC, com todas as professoras, discutindo, debatendo

e planejando suas ações juntas, representava-se, pedagogicamente, mais rico e

adequado, promovendo a coletividade das ações, das reflexões e das

discussões. Contudo, a decisão unânime do grupo docente em realizar um HTPC

por período, não permitiu à D.G. manter um único HTPC, no período da noite.

O desafio de ter 02 HTPCs, faz com que a dupla gestora tenha os

seguintes cuidados:

Conduza as reuniões sem compará-las;

Socialize as discussões do outro grupo somente após a

apresentação do grupo em questão;

Observe se entre as duas discussões apresentam-se pontos de

discordâncias, cuidando para que tais pontos sejam abordados de

forma ética e respeitosa. Tendo sempre como parâmetro o

referencial teórico adotado em nosso PPP.

Num contexto formativo, com 02 HTPCs, cabe à gestão cuidar para que as

Reuniões Pedagógicas sirvam como momentos em que o grupo possa rever no

coletivo as discussões que se fizerem necessárias, bem como, os temas

218

formativos que devam ser retomados ou rediscutidos de forma mais aprofundada

pelo coletivo, visando uma prática pedagógica harmônica e fundamentada nos

conceitos da Escola da Infância, embasadas pela teoria que a permeia: Sócio

histórico cultural.

Ressaltamos que nas escolas de 0 a 03 anos apenas no ano de 2015, foi

implementada a jornada de H.T.P., 07 horas semanais. As planilhas sobre a

organização dos horários e a formatação do acompanhamento da D.G.

encontram-se no final do PPP, nos anexos.

Farão parte das atividades acompanhadas pela D.G.: leituras e estudos;

discussões de casos; acompanhamento aos Projetos da U.E. e aos Projetos

específicos da turmas; socialização de práticas; acompanhamento às

necessidades formativos e relacionais dos trios/quartetos de educadores;

acompanhamento às especificidades das crianças das 10 diferentes turmas.

As atividades individuais e coletivas, não acompanhadas pela D.G., serão:

planejamentos e registros; escrita dos relatórios semestrais da turma e

individuais; planejamento e demais demandas advindas das atividades das

Brincantes e Teatrantes; desenvolvimento de atividades ou encontros específicos

junto à professora parceira do outro período.

OBJETIVOS CONTÍNUOS A SEREM APRIMORADOS, ANO A ANO:

Aproximar as ações educativas (do cuidar, do educar e do brincar) e a

rotina da escola à luz da teoria sócio histórico cultural; buscando por meio

de socialização de práticas entendermos em quais momentos as ações

desta U.E. se aproximam ou se distanciam da efetiva prática da Escola da

Infância. Esta Dupla Gestora valida que tal objetivo deve permear

anualmente a formação de nossos educadores.

Refletir e aprofundar sobre o conceito de Alegria na escola. Entendendo

sobre o real sentido da Escola da Infância Alegre.

Rediscutir e repensar os instrumentos metodológicos, sendo estes

coerentes à concepção da Escola da Infância. No ano de 2013 foram

estudados os seguintes instrumentos metodológicos: observação e

registro. No ano de 2014 aprofundamos as discussões quanto aos

instrumentos de: avaliação e planejamento. Buscando construir planos de

ações e relatórios semestrais condizentes aos conceitos e premissas da

219

Escola da Infância. Para o ano de 2015 a C.P. acompanhou os

instrumentos metodológicos das diferentes professoras, buscando

qualificá-los e aproximá-los das formações e dos estudos anteriores. Em

2016 este acompanhamento teve sua continuidade e o mesmo se dará no

ano de 2017.

Rever o conceito de mediação à luz da teoria sócio histórico cultural; sendo

tal revisão uma necessidade formativa destacada no instrumento avaliativo

desde o ano de 2012. Somente em 2015 conseguimos atender esta

necessidade formativa em HTPCs, não que este fosse menos importante

que outros, mas porque a necessidade de rever o conceito da mediação

precisaria ocorrer à luz da teoria, bem como, à luz da prática pedagógica,

apontada em nosso PPP. Desta forma, com este objetivo, demos início à

formação de 2015, retomando o que é mediação sob a égide do sócio-

interacionismo e como esta encontra-se delineado em nosso atual PPP e

na prática pedagógica das docentes. Em 2016 fez-se necessário à D.G.

centrar suas observações quanto à qualidade das mediações

desenvolvidas pelos educadores junto às crianças de sua turma,

objetivando qualificar a prática educativa das auxiliares e professoras,

quanto às diferentes mediações que estabeleciam com as crianças.

Apontando sobre a importância da mediação respeitosa, que preza pelo

respeito aos direitos das crianças, de serem acolhidas em todas as suas

necessidades.

Em 2016 atrelado à importância da mediação respeitosa trabalhamos com

o conceito da prática pedagógica ética, que visa o atendimento do bem

coletivo, sendo este bem maior: resguardarmos a relação de respeito com

a criança e seus direitos.

Aprofundar as questões relacionadas à importância da afetividade e da

amorosidade no exercício do fazer docente.

Rediscutir e repensar as práticas pedagógicas: Hora da História, Atividades

com Música, Atividades de Corpo e Movimento e Brincadeira simbólica,

sendo estas coerentes à concepção da Escola da Infância. Em 2015

desenvolvemos estudo e reflexões sobre os três primeiros, para 2016

buscamos ampliar as discussões sobre estes e adentrarmos nas questões

relacionadas especificamente à qualificação das mediações na Brincadeira

220

Simbólica. Contudo, devido a outras demandas tal temática não fez parte

da formação. Devendo ser desenvolvida em 2017.

Aprofundar os conceitos sobre: pensamento simbólico e brincadeira

simbólica, especificamente na faixa etária de 0 a 03 anos.

Discutir sobre a utilização dos espaços, sendo esta utilização coerente à

Escola da Infância.

Refletir a prática da escola considerando o atendimento à diversidade

como fundamental na garantia do acesso, permanência e sucesso escolar

de todas as crianças.

Refletir sobre a importância do diagnóstico precoce nos casos de TEA

(Transtornos dos Espectros Autistas). Este tema foi mensalmente e

proveitosamente debatido entre o grupo de professoras, D.G., fono e psico

no ano de 2015. Tal formação para 2016 centrará suas preocupações

sobre os encaminhamentos a serem adotados por meio das discussões de

casos a se realizarem. A prática das discussões de casos terão

continuidade em 2017.

Desenvolver junto à equipe docente reflexões sobre as experiências

vivenciadas na prática do Projeto Coletivo da Escola, objetivando

aprimorar o envolvimento de todos os educadores com o projeto;

sensibilizando-os junto aos cuidados inerentes aos diferentes plantios.

Aprimorar as relações estabelecidas entre as famílias e a escola,

discutindo e socializando a prática da U.E., quanto ao que concerne às

resoluções dos conflitos presentes nestas relações.

ESTRATÉGIAS E AÇÕES PROPOSTAS:

Leituras de textos teóricos que favoreçam reflexões e

fundamentação sobre as práticas;

Leituras de documentos que orientam o trabalho na Educação

Infantil;

Debates e discussões em pequenos grupos (trio de educadores) e

grupos ampliados;

221

Trocas de experiências, socialização das práticas (vídeos, fotos e ou

registro escrito) com reflexões em subgrupos e no coletivo de

professores;

Leituras de textos de revistas pedagógicas;

Dinâmicas que promovam reflexão sobre os temas;

Reflexão sobre as ações planejadas, avaliação e replanejamento;

Acompanhamento dos trios através dos instrumentos metodológicos

com devolutivas escritas e dialogadas;

Reuniões sistemáticas com a D.G., individuais ou com o trio, sempre

que se fizer necessário; diante de demandas advindas do próprio trio

ou do acompanhamento da D.G.

Observação e acompanhamento das ações educativas;

AVALIAÇÃO:

Será realizada de forma processual e contínua nos encontros de

planejamento semanal da diretora e da coordenadora, considerando:

As observações das situações e ações do cotidiano;

Agendamento de observações pontuais pela C.P.;

Os dados significativos encontrados pela C.P., por meio da leitura e

acompanhamento dos instrumentos metodológicos: registros,

planejamentos e relatório semestrais;

As reflexões, discussões e apontamentos realizados nas H.T.P.C.,

HTPs, e Reuniões Pedagógicas;

Toda discussão, reflexão, replanejamento realizado sobre a

fundamentação teórica e prática serve como parâmetro para

revisitarmos nosso PPP. Sendo assim, fazemos deste instrumento

um instrumento vivo, que é alimentado diante da formação,

crescimento, reflexão e revisão do grupo.

PLANO DE AÇÃO ESPECÍFICO AO SEGMENTO DOS: AUXILIARES DE EDUCAÇÃO

222

Por não ter horário formativo em sua jornada de trabalho, os espaços de

formação dos auxiliares até o ano de 2013 se resumiam às reuniões pedagógicas

e devolutivas e acompanhamentos dos trios.

No ano de 2014, após discussão com o coletivo de professoras e auxiliares

foi aprovado de forma unânime, a realização de formação quinzenal, no horário

das 14h às 15h. A formação será planejada pela Dupla Gestora e desenvolvida e

coordenada pela C.P.

Os eixos e temas dos trabalhos eleitos para a formação das auxiliares em

educação serão os mesmos a serem desenvolvidos com as professoras, em

HTPCs. Diante da mudança do quadro de auxiliares, pós remoção 2015, faz-se

necessário priorizarmos as discussões sobre a prática educacional da escola,

práticas estas defendidas pelo PPP da escola. Nas reuniões pedagógicas será

assegurado um horário específico, de no mínimo 01 hora, reservada à formação

dos auxiliares em educação. Buscando assim, estabelecer diálogos e práticas

semelhantes entre professoras e auxiliares em educação, para que se promovam

ações adequadas no trabalho com essa faixa etária, sob os princípios da Escola

da Infância.

Também serão instrumentos formativos as devolutivas e o

acompanhamento sistemático da coordenadora pedagógica, através da

observação e das leituras dos registros, planejamentos e relatórios semestrais

dos trios.

Consideramos que professor e auxiliar em educação, ambos são

educadores, mas também temos clareza que o exercício da gestão

compartilhada, em trio, não é tarefa fácil de ser concretizada; não sendo fácil

dividir o espaço, as tarefas, as ações, a atenção das crianças, os planejamentos e

os registros. Desta forma pensamos ser fundamental à gestão observar e

desenvolver atividades formativas que possibilitem a efetiva gestão

compartilhada. Sabemos que algumas auxiliares têm resistência ou dificuldades

em alternar a coordenação de atividades com a professora, preferem atuar

somente nos apoios e cuidados. Como também temos consciência que há

professoras que têm dificuldade em vislumbrar nas ações do cuidar o fazer

pedagógico, julgando estas como sendo função da auxiliar.

Faz-se importante ressaltar que no discurso professoras e auxiliares

apontam a importância de mantermos à tríade: educar, cuidar e brincar como

ações dos dois segmentos, contudo a observação diária do cotidiano denotam

223

que este deve ser um tema constante de formação, ressaltando as boas práticas

e reavivando as discussões teóricas sobre o tema.

Desta forma este tema deverá ser discutido nas duas esferas: professoras

e auxiliares, para que ambas percebam que na educação de 0 a 03 anos os

cuidados com nossas crianças são extremamente pedagógicos, bem como, o

fazer pedagógico e o brincar exigem dos educadores ações de cuidados,

acolhendo e protegendo as diferentes crianças da turma.

Lembramos que as crianças são diferentes, isto implica em necessidades e

atitudes diferenciadas por parte dos adultos, cabendo aos educadores permitirem

às crianças agirem dentro de suas possibilidades e potencialidades, ao mesmo

tempo, que sentem-se acolhidas, diante de suas necessidades afetivas, sociais,

cognitivas e motoras.

Outro tema necessário para a formação das auxiliares diz respeito a

importância de discutirmos sobre o papel de colaboradora das auxiliares junto aos

instrumentos metodológicos de responsabilidade das professoras, tendo na

auxiliar um importante papel colaborativo; trocando seus saberes, advindos de

suas observações e das relações que estabelece com as crianças.

Também fará parte dos temas formativos: o conceito sobre mediação, à luz

da teoria sócio histórico cultural; a importância da relação de parceria entre a

escola e a família; atendimento à diversidade, num contexto de escola inclusiva.

O quadro de Auxiliares de Educação de apoio foi aumentado de 02 para

05, no ano de 2015, devido as demandas advindas da implementação do horário

de HTP das professoras, que implicou na ausência do atendimento em trio de

educadores. Com a implementação de 1/3 da jornada formativo, as professoras

não atuam simultaneamente com a turma, quando uma sai a outra entra. Desta

forma o atendimento às crianças ficou comprometido, sendo a figura do auxiliar

de apoio o recurso humano que busca atender, da melhor forma possível, as

demandas emergenciais da rotina diária das turmas.

O quadro de auxiliar desta U.E., neste ano, de 2017, será formado por 17

auxiliares.

Em nosso grupo de auxiliares contamos com 11 profissionais já graduados,

sendo 06 pedagogas e 01 com formação de nível médio em magistério. Apenas

01 já é pós graduada.

224

10 auxiliares em educação perfazem o grupo de auxiliares de sala, que

constituem os trios de trabalho, com as 10 turmas. Temos 06 auxiliares de apoio e

01 auxiliar volante, responsável por substituir as faltas. Ressaltamos que o quadro

de apoio foi ampliado de 02 para 06 devido a implementação do HTP das

professoras no ano de 2015.

A atribuição dos auxiliares de apoio, desde o ano de 2011, ocorre

anualmente, realizada própria D.G., que analisa sobre a atribuição dos trios e do

apoio, buscando organizá-los objetivando a formação de parcerias produtivas.

Atribuindo os auxiliares mais experientes às duplas de professoras novatas na

escola ou na docência de crianças pequenas. Outro critério adotado pela D.G. diz

respeito ao fato de não deixar as mesmas auxiliares na função de apoio, de um

ano para o outro, optando pelo revezamento. Desta forma se faz necessário um

trabalho de formação constante junto ao grupo de auxiliares, para que todas

entendam sobre os critérios da atribuição, sobre as peculiaridades e

especificidades do fazer do auxiliar titular e do auxiliar de apoio.

Neste ano de 2017 discutimos com os segmentos dos professores e dos

auxiliares sobre as demandas específicas a serem atendidas pelo auxiliar de

apoio, buscando caracterizar que a atuação do apoio diz respeito ao atendimento

das necessidades da unidade escolar, do coletivo das turmas, não

necessariamente estando este vinculado ao apoio único a uma determinada

turma.

Portanto, para obtermos em 2017 a redefinição do papel e das atribuições

correlatas ao auxiliar de apoio, buscamos definir, junto à equipe, quais são as

prioridades a serem atendidas por este profissional.

A D.G. trouxe as seguintes questões aos segmentos dos professores e dos

auxiliares em educação:

Quais turmas necessitam da permanência mais constante do

auxiliar de apoio (justifique), sendo este auxiliar o último recurso

humano ( a última opção) a ser utilizada pela D.G., no apoio as

demandas que não a de “sua” turma? Quais demandas “urgentes”

fariam com que este auxiliar de apoio deixasse “sua” turma?

Quais são as demandas, da U.E, avaliadas por vocês como sendo

as principais a serem atendidas pelo segmento do apoio

(auxiliares)? Em quais atividades/ horário de suas rotinas

anteriores, você mais sentiu falta da figura do auxiliar de apoio?

225

Você, que já atuou como auxiliar de apoio, aponte quais foram os

principais constrangimentos que você vivenciou, ou quais

dificuldades encontrou em sua atuação.

Você, que já atuou como auxiliar de apoio, aponte quais foram seus

maiores sucessos, ou quais foram os facilitadores, que lhe permitiu

sentir-se atendendo as necessidades do coletivo da escola.

Agora, que você já refletiu sobre tais questões elenque as

prioridades que caberão ao auxiliar de apoio atender, sem perder o

foco que a prioridade deve estar relacionada ao coletivo das 10

turmas, e não relacionada à rotina de trabalho de sua turma.

Primeiramente as discussões ocorreram em subgrupos. Cada grupo

entregou à D.G. suas reflexões e apontamentos. Cabendo à D.G. posteriormente

tabular os apontamentos e socializar com o coletivo. Cabendo a este coletivo

realizar as definições sobre as prioridades a serem supridas pelo auxiliar de

apoio, não perdendo de vista que tais prioridades estão relacionadas ao coletivo

da U.E.

As discussões dos subgrupos foram semelhantes, não havendo

apontamentos contraditórios entre eles. Portanto, não foi difícil, no coletivo,

estabelecer as diretrizes para o trabalho do auxiliar de apoio.

Quanto as turmas que mais demandam os cuidados e atenção do auxiliar

de apoio, ficou acordado, por ordem de prioridades do atendimento:

1. A turma do Berçário Final, tendo a necessidade do

acompanhamento constante do apoio; sendo impossível garantir a

qualidade do atendimento e dos cuidados a esta faixa etária sem a

presença do auxiliar de apoio; sendo necessário mais de um apoio

diante do atendimento das liminares.

2. As turmas que têm crianças com algum tipo de NEE, principalmente

nos quadros de: paralisia cerebral, com comprometimento do

desenvolvimento motor dos membros superiores e inferiores;

evidenciando a necessidade de um acompanhamento individual do

adulto. Também nos casos de crianças com TEA (Transtorno do

Espectro Autista), que apresenta acentuada dificuldade na interação

com as crianças, com as atividades e com adultos; necessitando do

acompanhamento individual do adulto.

226

3. Turmas do Infantil I, principalmente das turmas que atendem as

crianças mais novas, que aniversariam no 2º semestre.

4. Turmas do Infantil I, que atendem as crianças que aniversariam no

1º semestre.

5. Turmas do Infantil II, que têm um nº maior de crianças desfraldando.

Foram apontadas pela grande maioria dos subgrupos, como sendo as

principais demandas a serem atendidas pelo auxiliar de apoio:

1. Período da Adaptação, principalmente no horário da entrada da

criança, momento do acolhimento inicial; em que a necessidade do

colo está mais presente.

2. Atividade do almoço, sendo necessário o acompanhamento do apoio

nos 02 primeiros horários, pois a 2ª professora só está presente no

3º horário; ficando comprometido o acolhimento as necessidades

das crianças, estando a turma sob os cuidados de apenas 02

adultos.

3. Momento do jantar, no 3º horário, diante da proximidade do horário

da saída; a figura do auxiliar de apoio é necessária para garantir que

as necessidades das crianças sejam atendidas num prazo menor de

tempo; garantindo assim a devida preparação da turma para o

momento da saída. Tal necessidade será reavaliada para o 2º

semestre, momento que as crianças já encontram-se mais

autônomas.

4. Momento das trocas no Infantil I; pois a totalidade das crianças usam

fraldas.

5. Acompanhamento do desfralde, já presente no final do ano letivo no

Infantil I, mas de forma mais acentuada no Infantil II.

6. Momento da escovação.

7. Realização dos banhos emergenciais (casos de febre ou virose)

8. Acompanhamento individualizado à criança com problemas de

saúde; ficando esta sob os cuidados de um dos educadores até que

o adulto responsável venha retirá-la. Neste caso o apoio do auxiliar

é à turma, não necessariamente à criança, pois esta poderá

necessitar do acompanhamento do adulto referência.

227

9. Período de preparação do sono; principalmente às turmas que

possuem um nº grande de crianças que necessitam do

acompanhamento individualizado do adulto, a fim de obter a

segurança necessária para relaxar e adormecer.

10. Atividades mais elaboradas, previamente planejadas: ateliê; com

tintas; com melecas; de circuito; culinária; plantio; com água;

Houve uma proposta trazida pela equipe e aprovada por unanimidade,

quanto ao planejamento das atividades do auxiliar de apoio, foi que cada auxiliar

de apoio deveria ficar responsável por atender duas turmas, sendo uma turma de

Infantil I e a outra do Infantil II. Desta forma:

Caberá a todas os educadores, das 02 turmas planejarem juntas, quais

horários serão priorizados o apoio à turma do Infantil I e quais horários

serão priorizados para o apoio ao Infantil II.

Quanto ao Planejamento e Rotina; socializar quais dias das semanas e em

quais horários ocorrerão, para que não coincidam os momentos e as

necessidades de apoio, bem como, para que o rotina do auxiliar de apoio

não seja sobrecarregada em determinado momento da rotina ou em

determinado dia da semana.

O auxiliar volante será sempre o último a ingressar na escola, pois havendo

a necessidade de remanejamento para outra escola, será este o auxiliar a deixar

a U.E.

Primeiramente, caberá ao auxiliar volante a função de substituição das

faltas, substituindo tanto o auxiliar de sala quanto o de apoio. Quando não estiver

substituindo caberá ao auxiliar volante:

1. Acompanhar as turmas nas atividades do pátio interno, com o objetivo de

minimizarmos as ocorrências de conflito.

2. Aproveitando a presença do auxiliar volante no pátio, as professoras

poderão solicitar-lhe que prepare o espaço e os materiais que usarão no

pátio, diante da realização de atividades mais elaboradas.

3. Caso alguma turma precisar de auxílio, na ausência do auxiliar de apoio,

para a realização de atividades mais elaboradas, previamente planejadas,

o volante poderá auxiliar em tais atividades;

228

4. Nos horário que o pátio interno não é utilizado, estando o volante

disponível, este poderá organizar os espaços do ateliê e do almoxarifado

de brinquedos.

5. O papel do auxiliar volante na Atividade de Intersalas, quando não estiver

substituindo, será acompanhar o coletivo das crianças, buscando atender

as crianças chorosas – dispersas – alheias às propostas – que necessitam

realizar trocas ou serem higienizadas.

Após as discussões e reestruturação das atribuições dos auxiliares de

apoio e volante, percebemos que o objetivo da D.G. junto à equipe foi atingido,

sendo que tais discussões embasaram-se nas necessidades do coletivo da

escola, não sendo balizadas pelas necessidades individuais dos agrupamentos:

Berçário, Infantil I e Infantil II.

AVALIAÇÃO:

Será realizada de forma processual e contínua, entre a D.G., professores e

os próprios auxiliares.

Podendo utilizar os horários: de planejamento semanal, entre a diretora e

a coordenadora pedagógica; os horário de HTPCs e HTP; os encontros entre os

trios/quartetos e a D.G.; reuniões pedagógicas e acompanhamentos individuais,

por parte da D.G. junto aos auxiliares, mediante as necessidades formativas que

se fizerem presentes.

PLANO DE AÇÃO ESPECÍFICO PARA OS DEMAIS FUNCIONÁRIOS DA

ESCOLA: (OFICIAL – ZELADOR - AUXILIAR DE LIMPEZA - COZINHEIRA)

Desde 2015 o quadro dos funcionários do apoio apresentou-se completo,

atendendo a demanda da escola. Esta D.G. busca ano a ano, estabelecer um

trabalho de equipe junto aos funcionários da limpeza, mas as características

individuais dos mesmos ainda estão presas ao atendimento de sua planilha

individual de trabalho, já obtivemos avanços, mas ainda precisamos de encontros

mensais para o estabelecimento do diálogo e reestruturação das planilhas sempre

que necessário. Faz-se importante ressaltar que possuímos um quadro de

229

limpeza participativo, que sabem da importância de seu trabalho, tendo

consciência que a devida higiene está estritamente relacionada à saúde das

crianças; podendo evitar ou gerar o aumento dos casos de viroses.

São funcionários responsáveis e que executam suas tarefas, faltando

apenas a consciência sobre a importância do trabalho de equipe, em que um

auxilia o outro, mesmo que tal tarefa não esteja em sua planilha. Continuaremos

investindo neste objetivo.

Contamos com uma zeladora readaptada que não faz parte do grupo de

apoio da limpeza, esta tem restrição médica ao contato com produtos de limpeza.

Ela faz parte desta equipe desde o 2º semestre de 2011. Suas atividades estão

relacionadas à: colaborar no horário da entrada das crianças, com o intuito de

realizarmos uma entrada mais segura, tendo em vista que ficamos com o portão

aberto das 07h30 às 08h10; colher ciência dos funcionários nos comunicados e

redes; auxiliar na secretaria, no atendimento à comunidade, via telefone e portão.

A funcionária é muito prestativa às demandas diárias, atuando de forma

zelosa nas atividades que lhes são conferidas.

A oficial de escola iniciou nesta U.E. em março de 2015, fato este que

denotou a necessidade de investirmos em sua formação, principalmente no que

se refere ao atendimento com qualidade à comunidade. Um atendimento

respeitoso, despido de julgamento de valores e regido pelo princípio da gestão

democrática. Em 2016 investimos na importância da comunicação, sendo esta

além de respeitosa, clara e objetiva, com o intuito de evitarmos mal entendidos e

interpretações equivocadas junto à comunidade escolar. Prática esta que deverá

reger os anos seguintes.

Esta D.G. considera importante acompanhar, com constância, o trabalho

da oficial e da zeladora, objetivando dialogar sobre as necessidades da

comunidade, evidenciando-lhes, que é nosso papel, nosso objetivo de trabalho

atendermos as demandas trazidas pela comunidade ou percebidas pela equipe

escolar; acolhendo e auxiliando as diferentes famílias em suas diferentes

necessidades. Destacando que o trabalho de parceria com as famílias é

fundamental para a qualificação do atendimento que oferecemos as nossas

crianças.

Até meados de 2016 a equipe da cozinha era constituída por 01 cozinheira

e 04 auxiliares de cozinha; com a mudança da empresa responsável por tal

230

serviço a equipe foi reestruturada, ficando com apenas 04 funcionárias, passando

todas elas à função de cozinheira.

Por serem funcionárias terceirizadas temos dificuldades em envolvê-las em

formações mais específicas, fora do contexto das reuniões pedagógicas. Tais

encontros só ocorrem quando a prática destas destoa dos combinados acordados

com as demais educadores, no que tange aos horários e combinados adotados

nas atividades que envolvem as refeições.

OBJETIVOS:

Os objetivos gerais da formação serão:

Inserir os funcionários, o máximo possível, nas discussões

pedagógicas, objetivando levá-los a participarem das discussões

sobre as necessidades e características das crianças pequenas e

sobre a qualidade da educação de 0 a 03 anos.

Dialogar sobre a ação de cada segmento junto às crianças, tendo

esta relação interferência direta na qualidade do atendimento que

oferecemos a elas.

Discutir sobre a rotina e ações educativas desenvolvidas pelos

educadores, levando-os a compreenderem seus objetivos, para que

assim possam compreender melhor as ações que acabam por

comprometer a limpeza dos espaços.

Conscientizar a equipe, que estamos aqui por e pelas crianças,

sendo nossas ações submetidas às necessidades e direitos da

primeira infância.

Constituir um trabalho em equipe, prezando pelo respeito nas

relações interpessoais.

Conscientizar sobre a importância da afetividade na educação de 0 a

03 anos.

Desenvolver discussões sobre a importância do respeito à

diversidade nas relações interpessoais.

231

Buscaremos levá-los a participarem dos estudos, discussões e

planejamentos coletivos, com o objetivo que estes se reconheçam como

educadores junto aos alunos. Passando a entender melhor as propostas e

intervenções das professoras.

Deste modo, acreditamos que os funcionários da limpeza poderão

compreender melhor sobre a importância da organização do espaço e até mesmo

entender que algumas atividades pedagógicas “sujam” o espaço que acabaram

de limpar. Essa compreensão, sobre a importância pedagógica da atividade,

sobre os objetivos pedagógicos envolvidos na proposta levarão a uma atuação

parceira e solidária dos auxiliares de limpeza junto aos educadores e às nossas

crianças.

Os momentos formativos deverão propiciar, por meio de: diálogos,

reflexões, dinâmicas, vídeos, fotos e leituras, discussões que levem o grupo a se

constituir e a agir como uma equipe, que têm um objetivo maior: estar à serviço

da qualidade do ensino que oferecemos às nossas crianças, pois é por elas e

para elas que a escola existe; portanto é para elas e por elas que devemos

desenvolver todas as nossas diferentes funções com zelo e responsabilidade.

Quanto ao específico da função de auxiliar de limpeza, buscaremos

valorizar a função destes, associando a correta execução de suas tarefas a

melhor forma de prevenirmos contaminações e acidentes, garantindo um

ambiente saudável, seguro e respeitoso às nossas crianças.

Quanto ao específico das funcionárias da cozinha, da empresa CONVIDA,

buscaremos inseri-las, nas discussões e nas formações realizadas nas reuniões

pedagógicas. Para que estas contribuam com seus saberes e fazeres no

planejamento e no desenvolvimento das refeições diárias de nossas crianças.

Responsabilizando-as pela qualidade não só do alimento oferecido, mas também,

pela qualidade das ações do segmento da cozinha junto aos horários de

alimentação. Bem como qualificá-las como parte integrante da equipe de

educadores da escola. Levando-os a perceberem-se educadores diante das

ações e relações que estabelecem e desenvolvem junto às crianças desta U.E.

Sendo suas ações e funções necessárias e diretamente relacionadas à efetivação

da educação de qualidade que almejamos.

Em relação a oficial de escola, o específico da formação estará atrelado,

principalmente, quanto à importância desta realizar os atendimentos junto às

famílias de forma: acolhedora, simpática, objetiva e esclarecedora; visando

232

propiciar uma relação que promova a parceria entre a escola e a família.

Destacando-lhe, que pessoalmente ou por telefone, é a responsável, em primeira

instância, pela comunicação de qualidade e pelo acolhimento às necessidades

das famílias. Não que esta seja uma necessidade formativa específica da oficial,

mas porque acreditamos que este deve ser um tema formativo contínuo, para

qualificar cada vez mais a relação da escola com a família, sendo a oficial a

funcionária que primeiramente acolhe as demandas da comunidade.

Diante da funcionária readaptada, objetivaremos: inseri-la nas atividades

possíveis, desenvolvendo uma relação de colaboração junto à equipe;

desenvolver uma relação autônoma, buscando contribuir em todos os momentos

da rotina da escola que considerar passível de ajuda; contribuir espontaneamente

junto às: atividades, ideias, planejamentos e ações da rotina das turmas no

espaço do ateliê; bem como, na utilização dos materiais dos almoxarifados.

AVALIAÇÃO:

Será realizada de forma processual e contínua, nas reuniões semanais

entre a dupla gestora, diretora e coordenadora pedagógica, considerando suas

observações sobre o cotidiano, sobre a prática educativa dos diferentes

segmentos e diante das participações dos segmentos nas reuniões pedagógicas

ou de segmentos.

Ao final do ano, será realizado junto à equipe e à comunidade uma

avaliação, para que possamos replanejar, reconstruir e redirecionar as ações

educativas para o ano seguinte.

Para o desenvolvimento de todo plano formativo, direcionado aos

diferentes segmentos, contaremos com a colaboração da Orientadora

Pedagógica, por meio dos encontros semanais.

233

VIII - Calendário Escolar

234

IX - REFERÊNCIAS TEÓRICAS FORMAÇÃO CONTÍNUA - Documentos e Textos importantes de serem revisitados constantemente: BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. BRASIL, Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069/90 BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL, Ministério da Educação. A Interação de Crianças de Idades Diferentes como Conteúdo da Educação Infantil, Revista Criança, nº 32, junho, 1999. BRASIL, Ministério da Educação. Critérios para um Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças. 2ª Ed. Brasília, MEC: 2009. BRASIL, Ministério da Educação. “Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil” – Volume 02 - MEC – 2008 SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Proposta Curricular. São Bernardo do Campo, SEC: 2007. SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Validação Cadernos de Educação Municipal. Diversos temas. São Bernardo do Campo: 2001-2008. SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Acolhimento e Adaptação. São Bernardo do Campo: 2011 SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Suleando Parâmetros Norteadores da Rede Municipal de Ensino de São Bernardo do Campo: 2011 SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. PPP – EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO – Versão 2013 FORMOSINHO, JULIA OLIVEIRA. Pedagogia da Infância. Ed. Artmed – 1ª Ed. – Porto Alegre - 2008 HOFFMANN, Jussara. Avaliação na pré-escola – Um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Ed. Mediação, Porto Alegre, 1996. HOFFMANN, JUSSARA. Um Olhar Sensível e Reflexivo sobre a Criança Ed. Mediação, 18º Ed. Porto Alegre – 2012 MAHONEY, A., ALMEIDA, L. (org.) Henry Wallon: Psicologia e Educação. São Paulo, Ed. Loyola, 2000 MELLO, S. A. O espaço da Escola e a Imagem da Criança. F.F.C./Unesp, s/d. MELLO, S. A. A educação das crianças até os três anos. , s/d. ROSA, ESTER C. DE SOUSA. (Org.). Os saberes e as falas de bebês e suas professoras. Ed. Autêntica, 1ª Ed., Recife, P.E. 2012. VYGOTSKY, L. Pensamento e Linguagem. SP: Martins Fontes, 1998. VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. Ed. Martins Fontes, 7ª Ed., São Paulo, 2010,

235

FORMAÇÃO ESPECÍFICA DO ANO DE 2012 BARBOSA, M. C. S. Práticas Cotidianas na Educação Infantil. Projeto de cooperação técnica MEC e UFRGS para construção de orientações curriculares para a educação infantil. Brasília, 2009. BARBOSA, M. C. As especificidades da Ação Pedagógica com os Bebês. Agosto 2010. GOBBI, M. Múltiplas Linguagens de Meninos Meninas no cotidiano da Educação Infantil. Agosto de 2010. MELLO, S. A. A questão do meio na pedologia e suas implicações pedagógicas. Psicol. USP, vol.21, n.4, São Paulo, dez. 2010. MELLO, S. A. A brinquedoteca como espaço. MELLO, S. A. Relações entre Adultos e Crianças na contemporaneidade: o que estamos fazendo com nossas crianças. Momento, Rio Grande, v. 19, n. 1, 2010. MELLO, S. A. A Escola como lugar da Cultura mais elaborada. Revista Educação UFSM, v.35, n. 1, jan./abr. 2010. MELLO, S. A. Infância e humanização: algumas considerações na perspectiva histórico-cultural. PERSPECTIVA, Florianópolis, v. 25, n. 1, 57-82, jan./jun. 2007. MELLO, S. A.. O lugar da Criança na Pesquisa sobre a Infância: Alguns posicionamentos na Perspectiva da Teoria Histórico-cultural. Revista Reflexão & Ação, v.18, n. 2, 2010. MELLO, S. A. Algumas implicações pedagógicas da Escola de Vygotsky para a educação. Pró- Posições. V.10, n. 1. (março 1999). MELLO, S. A. Aprendizagem e desenvolvimento na perspectiva histórico-cultural. (Texto-Assessoria). MELLO, S. A. A Educação das crianças de 0 a 06 anos: regularidades do desenvolvimento. (Texto-Assessoria). OLIVEIRA, Z. de M.R. O currículo na Educação Infantil: O que propõem as novas diretrizes. Agosto de 2010. OSTETTO, L. E. (Org.). Encontros e encantamentos na Educação Infantil. O trabalho Pedagógico na creche: Entre Limites e Possibilidades. Ed. Papirus, 9ª Ed., Campinas, SP, 2010, p.31-50. ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil. Pais e Educadores: a fome de conhecimento um do outro. Ed. Cortez, 11ª Ed., Ribeirão Preto, SP, 2009, p.43-44. ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil. Novo ano, nova turma, nova adaptação. Ed. Cortez, 11ª Ed., Ribeirão Preto, SP, 2009, p.59-60. ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil. Todo Mundo tem bagunça, só a bailarina que não tem. Ed. Cortez, 11ª Ed., Ribeirão Preto, SP, 2009, p.78-80. WAJSKOP, G. Brincar na Pré-Escola. Por que se Brinca na Pré-Escola. Ed. Cortez, 2ª Ed., São Paulo, 1997, p.19-38.

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FORMAÇÃO ESPECÍFICA DO ANO DE 2013 ANGOTTI, M. (Org.). Educação Infantil: Para que, Para quem e por quê? Brincar um Direito da Infância e uma responsabilidade da Escola. Ed. Alínea, 3ª Ed., Campinas, SP, 2010, p.105-116. ANGOTTI, M. (Org.). Educação Infantil: Para que, Para quem e por quê? Relação Instituição de Educação Infantil e Família: Um sonho Acalentado, um vínculo necessário. Ed. Alínea, 3ª Ed., Campinas, SP, 2010, p.139-156. BRITO, TECA DE ALENCAR DE. Música na Educação Infantil: proposta para a formação integral da criança HOLM, ANNA MARIE. Baby-art: Os primeiros passos com a arte – Ed. MAM – SP MANTOAN, TERESA EGLER. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como Fazer? - Ed. Moderna, 1ª Ed., Campinas, S.P., 2003 MELLO, S. A. A questão do meio na pedologia e suas implicações pedagógicas. Psicol. USP, vol.21, n.4, São Paulo, dez. 2010. MELLO, S. A. A brinquedoteca como espaço. MELLO, S. A. Relações entre Adultos e Crianças na contemporaneidade: o que estamos fazendo com nossas crianças. Momento, Rio Grande, v. 19, n. 1, 2010. MELLO, S. A. A Escola como lugar da Cultura mais elaborada. Revista Educação UFSM, v.35, n. 1, jan./abr. 2010. MELLO, S. A. Infância e humanização: algumas considerações na perspectiva histórico-cultural. PERSPECTIVA, Florianópolis, v. 25, n. 1, 57-82, jan./jun. 2007. MELLO, S. A.. O lugar da Criança na Pesquisa sobre a Infância: Alguns posicionamentos na Perspectiva da Teoria Histórico-cultural. Revista Reflexão & Ação, v.18, n. 2, 2010. MELLO, S. A. Algumas implicações pedagógicas da Escola de Vygotsky para a educação. Pró- Posições. V.10, n. 1. (março 1999). MELLO, S. A. Aprendizagem e desenvolvimento na perspectiva histórico-cultural. (Texto-Assessoria). MELLO, S. A. A Educação das crianças de 0 a 06 anos: regularidades do desenvolvimento. (Texto-Assessoria). OLIVEIRA, Z. (Org.). Educação Infantil: muitos olhares. Educação Infantil e sociointeracionismo. Ed. Cortez, 9ª Ed., São Paulo, 2010, p.25-53. OLIVEIRA, Z. (Org.). Educação Infantil: muitos olhares. Vamos dar a meia-volta, volta e meia vamos dar; o brincar na creche. Ed. Cortez, 9ª Ed., São Paulo, 2010, p.74-115. OLIVEIRA, Z. (Org.). Educação Infantil: muitos olhares. Organização do Espaço em Instituições pré-escolares. Ed. Cortez, 9ª Ed., São Paulo, 2010, p.116-142. OSTETTO, L. E. (Org.). Encontros e encantamentos na Educação Infantil. O trabalho Pedagógico na creche: Entre Limites e Possibilidades. Ed. Papirus, 9ª Ed., Campinas, SP, 2010, p.31-50. ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “Comer, comer ... comer, comer ... é o melhor para poder crescer...” – pág. 129 à 131 ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “ Bem vinda, dona Maria Chicória” – pág. 132 à 133

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ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “Dona Escova e Comadre Alice” – pág. 138 à 140 ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “Banho: que delícia!” – pág. 125 ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “Bolinhas de sabão ...” – pág. 126 à 128 ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “ Nana, neném ... zzzzzz ...” – pág. 145 à 146 ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “ Banho: que delícia! ...” – pág. 125 à 128 SANTOS, MARIA GORETTI M. “ A educação infantil frente aos diferentes padrões de sono e vigília de crianças de 0 a 03 anos: dilemas e equívocos – Dissertação de Mestrado – PUC – 2006 STAMBAK, MIRA. (ORG) – “ Formação de professores – Série: Educação Infantil em Movimento – Ed. autores associados, 2011. VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente: O Papel do Brinquedo no Desenvolvimento. Ed. Martins Fontes, 7ª Ed., São Paulo, 2010, p.107-124. VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente: Interação entre aprendizado e desenvolvimento. Ed. Martins Fontes, 7ª Ed., São Paulo, 2010, p.87-106. ZACHLOD, Michelle G. Espaço para crescer; Michelle G. Zachlod. Espaço para crescer. Educacional leadership, n. 1, p. 51-53, v. 54, 1996. ARTIGOS DE REVISTA: REVISTA AVISA LÁ: Observar para aprender o mundo – Edição agosto - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Que choro é esse? – Edição 31 - 2007 REVISTA AVISA LÁ: Mordidas na primeira infância – Edição 42 - 2010 REVISTA AVISA LÁ: Espaço escolar bem planejado – Edição 49 - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Música que soa na escola – Edição novembro – 2010 REVISTA AVISA LÁ: Educação Musical: território para a produção infantil – Edição maio – 2012 REVISTA AVISA LÁ: Planejar para ler melhor – Edição janeiro - 2008 REVISTA AVISA LÁ: Um prato cheio de aprendizagem – Edição 26 - 2006 REVISTA AVISA LÁ: Elementos da Natureza e a produção em arte – Edição fevereiro - 2009 REVISTA AVISA LÁ: Brincar com arte – Edição 42 - 2010 REVISTA AVISA LÁ: Experimentar para criar – fevereiro - 2010 REVISTA AVISA LÁ: Mural de Marcas – fevereiro - 2009 REVISTA AVISA LÁ: As esculturas e as crianças – novembro - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Supervisão Pedagógica como estratégia formativa – agosto - 2009 REVISTA AVISA LÁ: Observar para conhecer e documentar – novembro - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Observação como instrumento de trabalho – fevereiro - 2009

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REVISTA AVISA LÁ: Quando a Educação Física vira brincadeira do corpo – julho - 2007 REVISTA AVISA LÁ: A curiosidade e o encantamento de movimentar o corpo – agosto - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Uma parceria que se constrói – fevereiro - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Interação no berçário – maio - 2009 REVISTA CARTA FUNDAMENTAL: Aprender por afeto– Edição janeiro - 2013 REVISTA NOVA ESCOLA: Na creche, o que fazer na hora do choro – Edição 223 – 2009 REVISTA NOVA ESCOLA: Os bons livros para bebês são aqueles que falam com eles, e não sobre eles – Edição fevereiro – 2013 REVISTA NOVA ESCOLA: É hora de refletir sobre o seu trabalho – Edição 23 – ano IV REVISTA NOVA ESCOLA: Melecas na parede, no papel e no corpo todo – Edição março – 2013 REVISTA PÁTIO: Como ajudar as crianças a deixar as fraldas – Edição 34 - 2013 REVISTA PÁTIO: Um novo olhar para as áreas externas – Edição 34 - 2013 REVISTA PÁTIO: O corpo como instrumento de aprendizagem – Edição 31 - 2012 REVISTA PÁTIO: Leitura em família – Edição 32 - 2012 REVISTA PÁTIO: Mais que um lugar para gastar energia – Edição 34 - 2013 REVISTA PÁTIO: Ensinar bem é emocionar – Edição 55 - 2010 REVISTA PÁTIO: Educação científica na primeira infância – Edição 33 - 2012 REVISTA PÁTIO: A importância do trabalho com ciências naturais na Educação Infantil – Edição 33 - 2012 REVISTA PÁTIO: A imaginação como caminho para a ciência – Edição 33 - 2012 REVISTA PÁTIO: A observação como instrumento para conhecer, contar e refletir – Edição 30 - 2012 REVISTA PÁTIO: A prática reflexiva na Educação Infantil - Edição 31 - 2012 REVISTA PÁTIO: Quando a natureza é tema e matéria-prima para fazer arte – Edição 25 - 2012 REVISTA PÁTIO: Brincar e aprender na formação do profissional de educação infantil– Edição 28 - 2011 REVISTA PÁTIO: A contribuição de Vygotsky para a educação contemporânea – Edição 54 - 2010 REVISTA PÁTIO: O que um professor precisa saber para cuidar de bebês em espaços coletivos – Edição 31 – 2012 REVISTA PÁTIO: Um mundo de sensações no berçário – Edição 32 - 2012 REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA: Afetividade na creche: reflexões sobre as emoções – Edição 109 - 2013 REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA: Arte com os sentidos– Edição 106 - 2012 REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA: Educação e sustentabilidade– Edição 109 - 2013 REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA: Avaliação na Educação Infantil Educação – Edição outubro - 2012 REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA: Organização do ambiente para a aprendizagem – Edição abril - 2013

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TEXTOS ENCONTRADOS EM SITES: Texto: “ Pronto para deixar a fralda? ” - HTTP://www.paisefilhos.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=1169&itemid=63 Texto: “Acidentes com crianças” – HTTP://drauziovarella.com.br Texto: “ Veja cinco dicas para baixar a febre sem usar medicamentos.” HTTP://drauziovarella.com.br Brinquedos e Brincadeiras na Educação Infantil - KISHIMOTO, TIZUKO MORCHIDA. WWW.consultapública.com.br Vídeos para debate: Filme de Longa Metragem: Patch Adams: O amor é contagioso – 1998 Filme de Curta Metragem: Zoon in your life – 2006 Filme de Longa Metragem: Como estrela no Céu – 2007 Filme de Curta Metragem: Crianças Invisíveis – 2005 Filme de Curta Metragem: EX-ET – 2008 Vídeo da prática Inclusiva desta U.E. (desde 2011 à 2013) – produção própria - 2013 FORMAÇÃO ESPECÍFICA DO ANO DE 2014 ROSA, ESTER C. DE SOUSA. (Org.). Os saberes e as falas de bebês e suas professoras. Ed. Autêntica, 1ª Ed., Recife, P.E. 2012. ALVES, RUBEM. Educação dos Sentidos e mais ... Ed. Verus, 9ª Ed., Campinas, S.P. 2005. FREIRE, PAULO. Professora sim, tia não – Cartas a quem ousa ensinar. Ed.Paz e Terra, S.P. – 1997. HOFFMANN, JUSSARA. Um Olhar Sensível e Reflexivo sobre a Criança Ed. Mediação, 18º Ed. Porto Alegre – 2012 STAMBAK, MIRA. Os Bebês entre eles – Ed. Autores Associados, França -2011 BRITO, TECA ALENCAR. Música na Educação Infantil. S.P. BRITO, TECA ALENCAR. O papel da Música na Educação Infantil. S.P. REVISTA AVISA LÁ: Era uma vez, para crianças pequena – julho - 2006 REVISTA AVISA LÁ: O educador e os bebês – outubro – 2007 REVISTA AVISA LÁ: Interação no berçário – maio – 2009 REVISTA AVISA LÁ: Álbum do bebê – abril – 2004 REVISTA AVISA LÁ: Educação musical: território para produção infantil – maio – 2012

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REVISTA AVISA LÁ – Música que soa na escola – novembro - 2010 REVISTA AVISA LÁ: A curiosidade e o movimentar – agosto - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Para planejar bem o brincar – abril – 2008 REVISTA AVISA LÁ: Muitos mundos numa única sala – janeiro - 2007 REVISTA AVISA LÁ: Espaço escolar bem planejado – fevereiro - 2012 REVISTA NOVA ESCOLA: Todos Juntos – junho - 2013 REVISTA PÁTIO: As famílias e a presença de homens na docência de crianças pequenas – Janeiro – 2012 REVISTA PÁTIO: Um mundo de sensações no berçário – julho – 2012 REVISTA PÁTIO: Os bebês no teatro – abril – 2013 REVISTA PÁTIO: Brincando com a escuta musical na educação infantil – abril – 2013 REVISTA PÁTIO: O corpo como instrumento de aprendizagem – junho – 2012 REVISTA PÁTIO: Os primeiros dias na creche – abril – 2013 REVISTA PÁTIO: Um novo olhar para as áreas externas – março 2013 REVISTA PÁTIO: Conhecer para mediar – março – 2014 REVISTA PÁTIO: Mais do que um lugar para gastar energia – março – 2013 REVISTA PÁTIO: A prática docente com os bebês – abril – 2013 REVISTA PÁTIO: Concepções sobre o brincar dos bebês – junho 2013 REVISTA PÁTIO: Para além da sala do berçário – julho – 2013 REVISTA PÁTIO: Quem tem boca entra na roda – janeiro – 2014 REVISTA PÁTIO: Plantando ideias e colhendo sorrisos – março – 2014 REVISTA PÁTIO: As novas configurações familiares e a criação das crianças – julho – 2012 REVISTA PÁTIO: Não duvide Édipo foi matriculado na sua escola – março – 2014 REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA: Organização do ambiente para a aprendizagem – abril – 2013 TEXTO: ABUCHAIM, BEATRIZ DE OLIVEIRA. As percepções de mães e de pais acerca da escola de educação infantil – RGS – TEXTO: ALVES , RUBEM - O Prazer da Leitura – 2004 TEXTO: BARBOSA, MARIA CARMEM. As especificidades da ação pedagógica com os bebê. TEXTO: BARBOSA, MARIA FLÁVIA SILVEIRA. Música na Educação Infantil. S.P. TEXTO: BOMBASSARO, MARIA CLAUDIA. A Roda como conteúdo de linguagem. Porto Alegre – 2010 TEXTO: BONDIOLI, ANNA. Escrever um projeto pedagógico da creche avaliável – S.P. – 2004 TEXTO: BONOMI, ADRIALLO. O relacionamento entre Educadores e Pais – 1998 - TEXTO: BRITO, ANGELA DO CÉU UBAIARA. A mediação na educação. TEXTO: HOFFMANN, JUSSARA. Avaliação na pré-escola – Um olhar sensível e reflexível sobre a criança. Porto Alegre – 1996 TEXTO: MANTOAN, TERESA EGLER. A escola que queremos – 2004 TEXTO: MELLO, SUELY AMARAL. O espaço da escola e a imagem da criança TEXTO: ZACHLOD, MICHELLE G. Espaço para crescer – 1996

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FORMAÇÃO ESPECÍFICA DO ANO DE 2015 BARBIERI, STELA. Interações: Onde está a Arte na Infância – Ed. Blucher – 1ª Ed. – São Paulo - 2012 STAMBAK, MIRA. Os Bebês entre eles – Ed. Autores Associados, França -2011 BARBOSA, MARIA CARMEN SILVEIRA. Projetos Pedagógicos na Ed. Infantil – Ed. Grupo A – 1ª Ed. – Porto Alegre – 2008 CARDOSO, BRUNA. Práticas de Linguagem Oral e Escrita Infantil – Ed. Anzol – 1ª Ed. - São Paulo – 2012 CEPPI, GIULIO. Crianças, Espaços, Relações: como projetar ambientes para a Ed. Infantil – Ed. Penso – 1ª Ed. – Porto Alegre – 2013 FONSECA, EDI. Interações: com Olhos de Ler - Ed. Blucher – 1ª Ed. – São Paulo – 2013 FRIEDMANN, ADRIANA. O Brincar na Educação Infantil – Ed. Moderna - 1ª Ed. – São Paulo - 2012 GOBBI, MARIA APARECIDA. Infância e suas Linguagens – Ed. Cortez - 1ª Ed. – São Paulo – 2014 GOLDSCHMIED, ELINOR. Educação de 0 a 03 anos: O atendimento em Creche – Ed. Grupo A - – 2ª Ed. – Porto Alegre – 2006 KISHIMOTO, TIZUKO MORCHIDA. Em Busca da Pedagogia da Infância – Ed. Penso – 1ª Ed. – Porto Alegre – 2013 OLIVEIRA, ZILMA RAMOS. O Trabalho do Professor na Educação Infantil – Ed. Biruta – 1ª Ed. – São Paulo – 2012 ORTIZ, CISELE. Interações; ser professor de bebês – cuidar, educar e brincar, uma única ação - Ed. Blucher – 1ª Ed. – São Paulo – 2012 PADILHA, PAULO ROBERTO. Uma escola mais bela, alegre e prazerosa. (texto) PARREIRAS, NINFA. Do Ventre ao Colo, do Som à Literatura – Ed. RHJ – 1ª Ed. – Belo Horizonte – 2012 REYES, YOLANDA. A Casa Imaginária: Leitura e Literatura na Primeira Infância – Ed. Global – 1ª Ed. – São Paulo – 2010 SALLES, FÁTIMA. Currículo na Educação Infantil - Disciplina: Projetos e Práticas Pedagógicas – Ed. Ática – 2ª Ed. - Rio de Janeiro – 2012 SOMMERHALDER, ALINE. Jogo e Educação da Infância; muito prazer em aprender – Ed. CRV – 1ª Ed. – Curitiba – 2011 FORMAÇÃO ESPECÍFICA DO ANO DE 2016 e 2017 ANGOTTI, MARISTELA. Educação Infantil Para que, Para Quem e Por quê? Ed. Alínea – 3ª ed. – 2010 BARBIERI, STELA. Interações: Onde está a arte na infância? – Ed. Edgar Blucher – 1ª ed. - 2012 CORTELLA, MÁRIO SERGIO. Educação, Escola e Docência Novos Tempos, Novas Atitudes – Editora Cortez – 1ª Ed. – 2014 CORTELLA, MÁRIO SERGIO. Qual é a Tua Obra? Inquietações– Editora Cortez – 1ª Ed. – 2014 FONSECA, EDI. Interações: com olhos de ler– Ed. Edgar Blucher – 1ª ed. - 2012

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ORTIZ, CISELE. Interações: ser professor de bebês – cuidar, educar e brincar, uma única ação – Ed. Edgar Blucher – 1ª ed. - 2012 OSTETTO, LUCIANA E. Educação Infantil Saberes e Fazeres da Formação de Professores – Ed. Papirus – 5ª ed. – 2012 STAMBAK, MIRA. Os Bebês entre ele, descobrir, brincar inventar juntos. Ed. Autores Associados – 1ª ed. – 2011 BARBOSA, MARIA CARMEM. Campos de Experiências na Escola da Infância. http://www.bibliotecadigital.unicampo.br

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X – ANEXOS ANEXO I - HISTÓRICO DA UNIDADE ESCOLAR INAUGURAÇÃO EM 16 DE DEZEMBRO DE 2008. INÍCIO DO FUNCIONAMENTO: 15 DE ABRIL DE 2009. DECRETO DE CRIAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR DECRETO Nº 16.798, DE 23 DE ABRIL DE 2009 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Altera o Decreto nº 16.496, de 15 de maio de 2008, que dispõe sobre unidades escolares da rede municipal de ensino, para criar e alterar denominação de unidades escolares. LUIZ MARINHO, Prefeito do Município de São Bernardo do Campo, no uso de suas atribuições legais, Considerando a Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; Considerando a Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990; Considerando o Estatuto do Magistério, Lei Municipal nº 5.820, de 3 de abril de 2008; Considerando o Decreto Municipal nº 15.882, de 8 de janeiro de 2007; Considerando Decreto Municipal nº 16.496, de 15 de maio de 2008 e Decreto Municipal nº 16.638, de 23 de setembro de 2008. Considerando o desenvolvimento do Programa de Ação Parceria Educacional Estado-Município, para o atendimento ao ensino fundamental e, Considerando as leis municipais que denominaram as unidades escolares, decreta: Art. 1º. Ficam criadas as seguintes unidades escolares, com início das atividades no ano letivo de 2009: ............................................................................................................................ VIII - EMEB José Roberto Preto 21 DE NOVEMBRO DE 2008 - Nº 1.474 LEI Nº 5.921, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2008 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Projeto de Lei nº 148/2008 - Vereador Laurentino Hilário da Silva Denomina "José Roberto Preto" escola do município. WILLIAM DIB, Prefeito do Município de São Bernardo do Campo, faz saber que a Câmara Municipal de São Bernardo do Campo aprovou e ele promulga a seguinte lei: Art. 1º. Passa a denominar-se "EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO", a escola municipal de educação básica infantil construída em parte da área municipal

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codificada como I-3-92, ilustrada na planta A1- 7078, localizada na Avenida Tiradentes. Art. 2º. Integra a presente lei anexo único contento a biografia do Sr. José Roberto Preto. Art. 3º. As despesas decorrentes com a aplicação da presente lei correrão à conta das verbas consignadas no orçamento vigente. Art. 4º. Esta lei entra em vigor da data de sua publicação. São Bernardo do Campo, 21 de novembro de 2008 ANEXO ÚNICO A QUE SE REFERE A LEI MUNICIPAL Nº 5.921/2008 BIOGRAFIA: José Roberto Preto Empresário são-bernardense, casado, pai de quatro filhos, com formação universitária em contabilidade. Iniciou suas atividades como corretor de imóveis. Depois, devido a sua grande visão empresarial, fixou-se no ramo da construção civil. Devido ao seu dinamismo, viu a sua empresa crescer, obrigando-o a transferir sua sede para a cidade de Mauá. Após décadas de intenso trabalho e dedicação, a ampliou, agora com sede em São Bernardo do Campo, com a instalação de centrais de concreto e asfalto. Sempre dinâmico, no ano de 2004, assumiu um grande desafio, agora como homem público. Elegeu-se Prefeito do Município de Peruíbe, localizado na Baixada Santista (litoral sul). Nesta função, tornou-se um político competente, desenvolvimentista, sempre tendo como horizonte o interesse público e acima de tudo o homem. Mesmo à frente do mandato, nunca deixou de estar presente às suas atividades empresariais, pois, sempre teve um carinho muito especial pela sua terra natal: São Bernardo do Campo. Construindo nesta cidade grandes obras públicas, tais como viadutos, avenidas, obras de drenagem e saneamento básico. José Roberto Preto sempre demonstrou muito carinho pela sua esposa e generosidade por todos os filhos, procurando ampará-los em momentos de dificuldades e proporcionar condições para que cada qual se estabelecesse em seus respectivos ramos de atividades. Faleceu em janeiro último, deixando um exemplo de ousadia, pioneirismo e competência. ANEXO II – DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA O prédio escolar é composto por:

Diretoria Secretaria Cozinha Estoque da cozinha Cozinha dos funcionários Refeitório Lavanderia

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Almoxarifado de limpeza Sala para uso dos funcionários 10 salas de aula 04 banheiros nas salas: 1, 2, 3/4, 5, com sanitários, lavatórios, cubas de

banho, chuveiros e trocadores 03 banheiros nas salas: 6, 7/8, 9/10, com sanitários, lavatórios e chuveiros

(sem trocadores) 01 vestiário feminino com dois sanitários e um chuveiro 01 vestiário masculino com um sanitário e um chuveiro 01 banheiros feminino – acessibilidade 01 banheiros masculino – acessibilidade 02 banheiros no pátio interno 01 banheiro de acessibilidade no pátio interno 02 pias de uso coletivo no pátio interno Pátio interno com coberta retrátil Área externa do lado direito e esquerdo Área de carga e descarga para o recebimento de gêneros alimentícios Estacionamento * Não temos: playground e tanque de areia. Estamos aguardando as providências da S.E. para a implantação destes espaços. Outro aspecto negativo, relacionado à construção desta U.E. é a falta de área verde: jardins e horta. Todo o entorno da escola é cimentado, não havendo nenhum espaço de terra para o contato sadio e necessário dos alunos em atividades pedagógicas. Contudo, o projeto da U.E desenvolvido desde o ano de 2012 tem por objetivo mudar este contexto, com o plantio de hortas em canteiros e materiais alternativos.

ANEXO III ) TELEFONES ÚTEIS QUE DEVERÃO ESTAR SEMPRE

PRÓXIMOS AOS APARELHOS TELEFÔNICOS:

4128-7739 e 4128-7741– Ambulâncias

192 - Ambulâncias

193 – Bombeiros – 4127-1234 (Av. Tiradentes)

190 – Polícia

4338-3987 - GCM – Guarda Civil Municipal –

4123-1033 - Posto Central

4335-0955 - UPA Vila São Pedro

4126-2800 / 4126-2823 - GCM

4126-3900/ 4126-3902/ 4126-3901- Conselho Tutelar:

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ANEXO IV - PROJETO DA EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO

1º Título (em 2012) : Transformando Lixo/Sucata em Vida em Verde

Último Título em 2015: Direito de Esverdear e Florir esta Escola da Infância

Título Atual: Aprendendo sobre a Natureza com a Natureza

JUSTIFICATIVA:

Entendemos que temos que atender ao direito da criança ao contato com a

natureza, para tanto defendemos que:

Nossas crianças têm direito a plantar, cuidar e colher diversos plantios e

diferentes flores;

Nossas crianças têm direito a mexer com terra;

Nossas crianças têm direito a ter contato com suportes alternativos para os

plantios ;

Nossas crianças têm direito ao sol;

Nossas crianças têm direito de brincar com água;

Nossas crianças têm direito de brincar com areia, argila, pedrinhas,

gravetos e outros elementos da natureza;

Nossas crianças têm direito a observar, cuidar, contemplar e preservar a

natureza;

Nossas crianças têm direito de visitar parques, jardins e hortas;

Nossas crianças têm direito que suas famílias se envolvam com os projetos

e com os plantios desta escola.

OBJETIVO GERAL:

Possibilitar às crianças contato direto com a natureza, mas especificamente

direito ao contato com diferentes plantios, de forma lúdica, brincante e prazerosa.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

transformar o espaço frio e cinza desta escola em um espaço rodeado por

diferentes plantios, “esverdeando” nosso espaço;

ampliar o contato de nossas crianças com a natureza, oportunizando –lhes

contato direto com alguns tipos de plantios;

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sensibilizar nossas crianças sobre a importância da natureza à vida

humana;

desenvolver noções sobre os principais cuidados junto aos diferentes

plantios;

possibilitar às crianças observar o desenvolvimento dos plantios,

acompanhando a transformação da semente ou mudas em alimentos, plantas,

árvores ou flores;

permitir às crianças contato com a terra;

visitar espaços que permitam contato direto com a natureza: jardins, áreas

verdes, hortas e parques;

estimular a participação das famílias em diferentes ações educativas,

envolvendo-se com o projeto da escola;

ampliar a quantidade de canteiros;

ampliar os suportes alternativos para os plantios;

construir um jardim em frente à escola, com pneus;

construir um violetário, em canos de PVC;

construir uma plantação de morangos, em canos de PVC;

construir um orquidário, em capachos.

ESPAÇOS E SUPORTES PARA OS PLANTIOS:

nos canteiros dos fundos;

em suportes alternativos: pneus, baldes, telhas, calhas, canos, canaletas,

canaletões, manilhas, caixotes, garrafas pets, galões de produto de limpeza, etc.

TIPOS DE PLANTIOS:

hortaliças; alface, rúcula, espinafre, couve, etc

tubérculos: cenouras, beterraba, etc

frutas: morangos e tomates;

árvores frutíferas: mexerica, limão, lichia, jabuticaba, amora, pitanga, araçá,

acerola, etc.

flores: girassol, orquídea, violetas, gerânio, éricas, azálea, hibisco,

orquídea bambu, cravina, fortuna, etc;

ervas: hortelã, erva doce, camomila; cidreira; etc

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temperos: salsinha, cebolinha, coentro, alecrim; manjericão; etc

Cada turma escreverá seu próprio projeto, relacionado ao projeto da escola

e ou vinculado a outro projeto da turma, atendendo ao interesse das crianças e

suas especificidades.

Este projeto, ao ser avaliado no final de seu primeiro ano de

implementação, em 2012, comprovou-se eficaz, pois envolveu as diferentes

turmas, contou com a participação ativa de todas as crianças, de uma maneira

que superou nossas próprias expectativas; nos momentos dos plantios, dos

cuidados, da contemplação e das colheitas. A comunidade mostrou-se encantada

com os resultados atingidos pelas crianças e pelos educadores.

Desta forma, sendo um projeto que atendeu e atende ao seu objetivo geral

e aos seus objetivos específicos, tanto a equipe de educadores quanto a

comunidade validou que o mesmo deveria se constituir como sendo projeto

permanente da U.E. Porque esverdear e florir exige constante investimento:

plantando, replantando, cuidando, contemplando e colhendo.

Esta equipe tem muito orgulho de ver que o espaço cinza e triste da escola

foi sendo, paulatinamente, modificado; tornando-se uma escola de muitas cores e

cheiros. Também se orgulha de avaliar que nossas crianças estão se

desenvolvendo, estão crescendo num ambiente sensibilizador, estando

acostumadas a admirarem:

o desabrochar das flores;

o colorido e a diversidade das flores;

o vermelho dos morangos;

o perfume do manjericão;

o sabor da hortelã;

o crescer dos frutos;

a troca de folhagem;

a presença dos visitantes: insetos de jardins;

a visita dos beijas flores e cambacicas;

etc.

Finalizamos, apontando que este projeto é um projeto de muitas cores, de

muitos sabores e cheiros, construídos por muitas mãos, pelas mãos de todas as

crianças e educadores desta escola.

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Anexo V – Documento de Apresentação da Escola – versão 2015

EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO

INFORMAÇÕES IMPORTANTES DIA 0___/02/2016 ÀS 08 HORAS: Reunião com Pais SUA

PRESENÇA É FUNDAMENTAL

INÍCIO DAS AULAS: ___/02/2016

PERÍODO DE ADAPTAÇÃO: nas primeiras semanas de aula, a ampliação do horário será progressiva: conforme orientações que serão dadas na reunião com pais. É imprescindível que as famílias se comprometam com o cumprimento desse horário especial, para que as crianças se acostumem com o novo espaço, adquiram confiança nos adultos que passarão a conviver com elas e consigam lidar com a separação de suas famílias, com o menor sofrimento possível.

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“ ESTA ESCOLA DA INFÂNCIA BUSCA OFERECER UM TRABALHO DE QUALIDADE, EM QUE A ALEGRIA E O BRINCAR SÃO FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS ”

HORÁRIOS E ORGANIZAÇÃO DA SAÍDA DOS ALUNOS Horário de entrada: das 7h30 às 8h10 Horário de saída: das 17h00 às 17h30 De forma a garantir a circulação segura dos alunos no horário da saída, os transportadores escolares entram às 16h50 para retirarem as crianças, após realizarem o embarque, os demais familiares poderão entrar. A saída das crianças que vão com o transporte escolar pode vir a gerar um atraso de cerca de 5 minutos na abertura do portão à comunidade. Pedimos a compreensão e tolerância de todos, pois este procedimento é necessário para garantir a segurança das crianças.

TRANSPORTE ESCOLAR: a responsabilidade pela contratação e supervisão do serviço é exclusivamente da família. Esta direção solicita, aos pais que utilizam o transporte particular, que venham na escola, em momentos diferentes, nos horários de entrada e saída para verificarem se concordam com a dinâmica de trabalho dos transportadores. Avaliando se estes trazem e buscam seus filhos com segurança. Após a contratação, é preciso preencher e assinar o formulário de autorização de transporte escolar. Caso haja mudança de transportador, durante o ano letivo, será necessário preencher nova autorização e comunicar a escola antecipadamente.

ALIMENTAÇÃO: a alimentação das crianças é preparada na escola, seguindo o cardápio elaborado por nutricionista do setor da Merenda Escolar da Secretaria de Educação. Não é permitido trazer nenhum alimento de casa. Caso a criança necessite de uma alimentação diferenciada, por questões de saúde, o responsável deverá comprovar essa necessidade trazendo o relatório médico, entregando-o à secretaria da escola, para que seja providenciado, junto ao setor de Merenda Escolar, o alimento necessário. Solicitamos aos pais que não ofertem às crianças nenhum tipo de alimento, nos horários da entrada e saída. Para que não deixem as demais crianças com vontade.

OS MOMENTOS DE ALIMENTAÇÃO: Café da manhã/ hidratação/ almoço/ lanche

e jantar - têm como objetivo a nutrição e também desenvolver a construção de hábitos alimentares saudáveis. Além disso, as crianças aprendem a comer com autonomia, fazendo escolhas daquilo que mais lhe agradam, bem como aprendem a ajustar as quantidades de alimentos a sua real necessidade.

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ORGANIZAÇÃO DIÁRIA DA MOCHILA: 5 fraldas descartáveis; 3 trocas de calor; 2 trocas de frio; 2 pares de meias; Agenda (que será fornecida pela escola); Sacolas plásticas ou sacos plásticos (para colocar roupa suja).

O uso do uniforme diariamente representa para a criança segurança e conforto. Evitem mandar roupas novas “de passeio”, porque nesta escola de Educação Infantil nossas

crianças pintam e bordam, podendo vir a danificar algumas peças de roupas. Toda roupa para troca deverá vir com o nome completo da criança (escrito com caneta para tecido), para evitarmos possíveis extravios. Verifiquem diariamente a mochila da criança, quanto mais organizada for a mochila, melhores serão as possibilidades de atendermos as necessidades das crianças.

MATERIAIS DE USO PESSOAL São guardados na escola e devem vir com nome, podendo ser entregues na primeira reunião com pais: Escova de dente; Creme dental; Escova de cabelo ou pente; Chinelos; Copo para água com tampa e furos (só a turma do Berçário); Caneca sem tampa (Infantil I e II).

TELEFONES DE CONTATO DA FAMÍLIA: devem estar sempre atualizados para que a família possa ser localizada em caso de necessidade e urgências. Toda vez que houver mudança de telefones, é preciso informar a secretaria da escola para atualização na ficha de matrícula.

MEDICAMENTOS: Só medicaremos as crianças diante de receita médica atualizada. Os remédios não podem vir na mochila das crianças, devem ser entregues pelo responsável diretamente às professoras, no horário da entrada. Crianças que vêm de transporte escolar, caberá ao transportador entregar à professora o remédio da criança.

PESSOAS AUTORIZADAS A BUSCAR A CRIANÇA NA ESCOLA: No momento da matrícula/entrevista as famílias informarão o nome e o número do RG de quem estará autorizado a buscar a criança na escola. Deixem o maior número de pessoas autorizadas, evitando ao máximo realizar este tipo de solicitação por telefone. Estes cuidados são especialmente pensados para que ofereçamos maior segurança às crianças.

APM E CONSELHO DE ESCOLA: Estes colegiados são instrumentos importantes, que possibilitam aos pais participarem e atuarem de forma mais intensa das decisões importantes a serem adotadas, em prol da qualidade da educação de seus filhos. Cada turma deve ter pelo menos um pai/mãe/responsável participando dos colegiados, pois assim todas as turmas terão seu representante. Na primeira reunião com pais inscrevam-se e participem de nosso Conselho de Escola e da APM de 2015. Os encontros serão mensais, às 17h00, e duram em torno de 01 hora.

CONTAMOS COM A COLABORAÇÃO DE TODOS VOCÊS!

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“ ESCOLA E FAMÍLIA DEVEM SER PARCEIRAS, POR MEIO DA

PARCERIA TODOS GANHAM, PRINCIPALMENTE NOSSAS CRIANÇAS.”

PROPOSTA PEDAGÓGICA

Temos como objetivo central planejar, construir e desenvolver uma rotina que favoreça o brincar, garantindo às nossas crianças seu

pleno desenvolvimento global. Nesta escola todos concebem que a aprendizagem é construída por meio do Brincar. Aqui brincar é coisa

séria!

ESTA ESCOLA DA INFÂNCIA RESPEITA A CRIANÇA:

Nossas crianças têm direito à brincadeira

Nossas crianças têm direito à atenção individual

Nossas crianças têm direito a um ambiente aconchegante, seguro e

estimulante

Nossas crianças têm direito ao contato com a natureza

Nossas crianças têm direito a higiene e à saúde

Nossas crianças têm direito a uma alimentação sadia

Nossas crianças têm direito a desenvolver sua curiosidade, imaginação e

capacidade de expressão

Nossas crianças têm direito ao movimento em espaços amplos

Nossas crianças têm direito à proteção, ao afeto e à amizade

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Nossas crianças têm direito a expressar seus sentimentos

Nossas crianças têm direito a uma especial atenção durante seu período

de adaptação à creche

Nossas crianças têm direito a desenvolver sua identidade cultural, racial e

religiosa.

A rotina faz parte da escola, ela estrutura o cotidiano, proporciona a todos, mas principalmente à criança, segurança e previsão do que vai acontecer; organiza o espaço escolar e otimiza o tempo. A rotina desta Escola da Infância é pensada com a premissa do brincar, como direito das crianças e instrumento de trabalho

dos educadores.

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CONHEÇAM ALGUMAS DAS ATIVIDADES EDUCATIVAS DESTA ESCOLA DA INFÂNCIA

Musicalização: são atividades com música realizadas diariamente, para que a

criança possa desenvolver a fala, a linguagem corporal, a percepção sensorial, auditiva e rítmica, a socialização, a autoconfiança, etc.

Intersalas: são atividades realizadas entre as turmas (10), em que as crianças escolhem quais as atividades desejarão realizar, com quem e com quais adultos interagirão. Para tanto, alguns espaços da escola (salas de aula, pátios interno e externo, ateliê, brinquedoteca,) são organizados de forma estruturada e com diferentes propostas educativas. Nesses locais, as crianças poderão interagir e movimentar-se com autonomia, diante de seu interesse.

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Repouso é importante e necessário para as crianças refazerem suas energias e

reorganizarem seus pensamentos. Esse momento está previsto logo após o almoço num ambiente tranquilo e aconchegante.

Hora da história/ Leitura – São atividades diárias que possibilitam muitas aprendizagens. O contato com livros, desde pequeno, é o principal responsável pela construção do leitor. Ter acesso a bons textos alimenta a imaginação e desperta o prazer pela leitura. A contação de história pode ser realizada com diferentes recursos como: livros, dramatização, fantoches, fantasias, objetos animados, etc.

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Atividades Diversificadas: ocorrem geralmente na recepção diária das crianças, com duas ou três propostas diferentes e simultâneas, para que possam escolher o que querem fazer, dentre as quais: brinquedos diversos, livros, jogos de encaixe, jogos de construção, jogos simbólicos, massinha de modelar, materiais para desenho, etc.

Roda de conversa tem como o objetivo a construção da linguagem. Essa atividade é realizada diariamente, e várias vezes ao dia, com a mediação de recursos que o educador utiliza para provocar a fala: imagens, caixa tátil, caixa surpresa, objetos, fantoches entre outros.

Brincadeira simbólica: possibilita às crianças vivenciarem, num nível simbólico sua realidade, compreendendo seu significado e avançando em seu nível de pensamento. Ao representarem diferentes papeis a criança constrói internamente diferentes aprendizagens que promoverão seu desenvolvimento global. As brincadeiras podem ser: casinha, médico, cabeleireiro, posto de gasolina, mercado, fantasias, etc.

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Essas brincadeiras ocorrem em vários momentos da nossa rotina.

Atividades de corpo e movimento: são atividades que ocorrem diariamente com

objetivo de desenvolver as capacidades motoras, sociais e cognitivas da criança. São atividades com diferentes desafios motores, tais como: andar, subir, saltar, escorregar, equilibrar-se, arrastar-se, passar por baixo, andar de motoca, jogar bola, etc.

Higiene pessoal e cuidados: atividade como: lavar as mãos, escovar os dentes, tomar banho, fazer as trocas de roupas e de fraldas, limpar o nariz, tirar ou colocar agasalhos, são atividades de cuidado que ocorrem sempre que necessário. O afeto e a responsabilidade dos educadores com esses cuidados garantem a proteção, o bem-estar, a manutenção da saúde e a prevenção de doenças, além de promover na criança o desenvolvimento do autocuidado e da imagem positiva de si. O banho é uma atividade diária e permanente apenas da turma do berçário. As demais crianças só tomam o banho na escola quando se faz necessário. Pois acreditamos que esta atividade, por envolver amor e afeto, precisa ser garantida no seio familiar, possibilitando às crianças contato com a mãe e demais responsáveis.

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A higiene das mãos é realizada antes da oferta dos alimentos, após o uso do sanitário ou trocas de fraldas, após brincadeiras com areia, atividades com tintas e outras que sujam as mãos. Ou seja, são realizadas sempre que necessário. A higiene bucal: Supervisionada é realizada após o almoço, garantindo-se uma escovação ao dia feita pelo educador. As trocas ocorrem com regularidade, de três em três horas, sendo antecipadas sempre que necessário.

PARTICIPE DA VIDA ESCOLAR DE SEU FILHO

MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

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EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO

RUA TIRADENTES, Nº 1893 BAIRRO MONTANHÃO

TEL.: 4127-5777

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Anexo VI – Ficha de Controle de Medicação

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Anexo VII – ORIENTAÇÕES ADMINISTRATIVAS

E.M.E.B. “José Roberto Preto”

ORIENTAÇÕES ADMINISTRATIVAS/PEDAGÓGICAS 2016

1. CUMPRIR O HORÁRIO DE TRABALHO Todo profissional deve estar desenvolvendo suas funções no horário em que assina. Por exemplo, se seu horário de entrada é às 7h, neste horário você já deverá ter iniciado suas atividades. Todos os casos de atrasos deverão ser levados ao conhecimento da secretaria, sendo devidamente justificados. Faz-se necessário informar e justificar o atraso ao chegar, à Oficial ou à Diretora/C.P. – Diante dos casos de atrasos que não forem informados/justificados, quando verificados pela secretaria, estes serão registrados em folha de frequência, o funcionário arcará com os devidos descontos. Os atrasos informados/justificados poderão ser compensados, após autorização da direção. Nos casos de atrasos recorrentes, estes serão devidamente registrados na folha de frequência. Evitando-se assim os possíveis abusos.

2. FOLHA DE FREQUÊNCIA A folha de frequência é de total responsabilidade do funcionário, inclusive a conferência da mesma no último dia do mês. O funcionário deverá assinar o ponto diariamente. Devemos evitar rasuras. Folhas rasuradas poderão gerar descontos. Em casos de dúvidas os funcionários deverão esclarecê-las antes do preenchimento da folha. Procurar a Oficial para obter as informações necessárias. Nos casos das faltas: abonadas, fruição de horas, doação de sangue, T.R.E., estas devem ser registradas em folha no dia seguinte à fruição, evitando-se assim o equívoco no preenchimento.

3. FALTAS ABONADAS: É a direção que autoriza o gozo ao benefício, com prévia solicitação do funcionário, com antecedência mínima de 48 horas, tempo suficiente para que a escola ou a S.E. providencie as substituições do referido funcionário. A solicitação deverá ser feita na secretaria da escola, através de impresso próprio para posterior deferimento da direção. Não será autorizada a falta abonada em dias de Reunião Pedagógica, Reunião com Pais da Turma, Estudo de Meio, Sábados trabalhados ou qualquer tipo de Atividade diferente, que venha a ocorrer na U.E., onde haja a necessidade do maior número de educadores possíveis. Só poderá haver uma falta abonada por segmento. As faltas abonadas só poderão ser solicitadas com 02 meses de antecedência. Bimestralmente a professora só poderá solicitar uma falta na 6ª-feira ou na 2ª-feira. Não serão autorizadas faltas abonadas, às professoras e auxiliares em educação, no período de adaptação, com o intuito de termos o maior número de educadores envolvidos com as demandas das crianças.

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4. FALTAS EM HTPC

Terão repercussões legais previstas no Estatuto. Será enviado memorando da falta ao R.H. e a Chefia Imediata solicitará justificativa. Quando a falta abonada por em dia de HTPC o mesmo deverá ser cumprido normalmente.

5. FALTAS – LTS

Solicitar ao médico o atestado com o código da doença (CID). O atestado deve conter o nome completo do funcionário, carimbo do médico, a data e o horário de atendimento. Nos casos de LTS para acompanhamento de familiares: O médico precisará fazer 02 atestados, 01 em nome do paciente, com o CID da doença e todos os requisitos acima e um segundo atestado em nome do funcionário, recomendando que este fique afastado acompanhando o paciente. Nos casos de LTS de 01 a 02 dias: xerocar o atestado e entregar o original ao S.S.O., no Paço Municipal, apresentar a xerox ao diretor ou oficial de escola. Nos casos de LTS superiores há 02 dias o funcionário deverá levar o mesmo ao S.S.O. O prazo máximo para entrega do atestado é de 72 horas, da data do atestado. Endereço do S.S.O.: Paço Municipal (Antigo espaço da Rede fácil)

6. FALTA JUSTIFICADA

Com desconto do dia – o funcionário tem prazo de 10 dias, a contar da data da falta, para solicitar a justificativa no RH (Paço Municipal – Antigo espaço da Rede Fácil), provando através de documentos os motivos que possam vir a justificar a falta. O requerimento será devidamente analisado pela setor competente.

7. FALTA INJUSTIFICADA

Falta sem nenhuma justificativa traz prejuízo ao funcionário, de acordo com o Estatuto do Magistério e do Funcionalismo Público.

8. FALTA POR DOAÇÃO DE SANGUE / TRE/ OU POR CONVOCAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO

O funcionário deverá fazer o requerimento, de justificativa da falta, sem desconto em folha, no RH (Paço Municipal – Antigo espaço da Rede Fácil), anexando os comprovantes. Nos casos de doação de sangue é aceito apenas 01 doação no período de 12 meses. Nos casos de TRE o funcionário deverá 1º solicitar à direção, por meio de instrumento próprio e em seguida, após deferimento da diretora, levar o documento ao R.H. (Paço Municipal – Antigo espaço da Rede Fácil.

9. USO DE TELEFONE DA ESCOLA

Deverá ser utilizado diante das necessidades do serviço. Quanto aos assuntos particulares, o funcionário deverá utilizar o telefone comunitário. Quando o mesmo estiver quebrado ou em situações de extrema necessidade, o funcionário poderá fazer uso do telefone da secretaria, mediante autorização da Direção ou da Oficial.

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Os Professores e Auxiliares em Educação não devem deixar a classe para efetuar ligações particulares ou atendimentos ao telefone. Podendo fazê-lo por extrema necessidade, devidamente justificada à direção. Quando as professoras e auxiliares receberem ligações, na secretaria, a Oficial anotará e transmitirá o recado aos interessados, que tomarão as providências cabíveis quando possível ou após ter encerrado seu horário de trabalho.

10. TELEFONE CELULAR

O funcionário que, por extrema necessidade fizer uso do seu telefone celular, deverá ser rápido e procurar fazê-lo em horário que não estiver com crianças. Não deverá se ausentar da classe para atender seu telefone celular. Se isto for imprescindível, deverá fazê-lo rapidamente e após comunicar os parceiros, em local reservado. Em hipótese alguma, o funcionário deverá atender o celular na presença das crianças e em sala de aula, ou nos espaços coletivos. Todos estes cuidados se fazem necessários para garantirmos que o funcionário esteja atento às crianças, garantindo assim a segurança das mesmas.

11. CONSUMO DE CIGARROS

Não é permitido fumar nas dependências da escola. Devemos respeitar a Lei Estadual. Os fumantes deverão usar o estacionamento para tal finalidade, sem estarem à vista das crianças.

12. USO DO ESTACIONAMENTO E DOS PORTÕES DOS FUNDOS E DA

ENTRADA

Não deixar muito espaço entre um carro e o outro, para que haja lugar para todos. Favor colocar o carro o mais próximo do muro, facilitando as manobras necessárias. O portão de entrada do estacionamento permanece aberto, ficando trancado o portão menor, de acesso à U.E. Todos os interessados em possuir a chave do referido portão deverão solicitá-la junto a Oficial, para que cada um possa efetuar a sua cópia. Lembramos que é importantíssimo, em nome da segurança de nossas crianças, que o portão de acesso do estacionamento permaneça TRANCADO, para tanto, devemos dar duas voltas na chave, pois uma só não tranca o portão. Funcionários que entram antes das 7h precisam ter a chave do portão de entrada da frente, ou ter paciência e aguardar que algum outro funcionário possa abri-lo. Quando o funcionário deixar de fazer parte do quadro de funcionários da escola, se faz necessário, devolver as chaves, pois todos que possuem as chaves da escola respondem legalmente quando necessário.

13. ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS E USO DOS MATERIAIS/BRINQUEDOS

COLETIVOS

É de responsabilidade de todos os funcionários a manutenção e organização dos mesmos, inclusive a manutenção da limpeza dos espaços. O adequado uso dos espaços e dos brinquedos, pelas crianças, faz parte do processo ensino aprendizagem, sendo dever do professor realizar as intervenções e supervisão necessária. Vamos adotar as seguintes ações: Pegou/Devolva; Desarrumou/Organize; Quebrou/Separe ou Arrume quando possível; Espalhou/Recolha. As caixas organizadoras vazias não devem ficar acessíveis às crianças, ficando acessível apenas no momento da reorganização dos espaços e dos brinquedos, pois estas são muito frágeis e custosas à A.P.M.

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14. ATENDIMENTO À COMUNIDADE

Quanto ao atendermos à comunidade, seja por telefone ou pessoalmente, é importante que sejamos cordiais, claros e objetivos. A melhor forma de desarmarmos uma pessoa alterada é sendo educado e gentil, acreditamos que gentileza gera gentileza. Quanto mais os pais souberem sobre o trabalho pedagógico que a escola realiza junto aos seus filhos mais estes confiarão no ambiente da Escola e nos profissionais que nela atuam.

15. ENTRADA NA COZINHA.

É permitida somente aos funcionários da ERJ. A porta de acesso ao refeitório deverá ser mantida trancada, para segurança de nossas crianças.

16. ENCAMINHAMENTOS AO CONSELHO TUTELAR

Casos de Violência Doméstica: é obrigação da Direção denunciar toda e qualquer suspeita de violência e de negligência, cabendo ao Conselho Tutelar as averiguações necessárias. Violência dentro da U.E.: caberá ao Diretor tomar as medidas administrativas: fazer o relatório circunstanciado e enviá-lo à S.E., à chefia imediata; concomitantemente, enviará a denúncia ao Conselho Tutelar. Faz-se obrigação do Trio e de todos os funcionários, levarem ao conhecimento da D.G. qualquer tipo de suspeita, frente à violência doméstica ou escolar, inclusive violência emocional, tratamento estúpido e desrespeitoso junto à criança. Quando você vê este tipo de tratamento junto à criança e não leva ao conhecimento da direção está sendo conivente com a situação e poderá vir a responder por isto.

17. ATRASO DOS ALUNOS NA ENTRADA

Será considerado atraso após às 8h10’. É direito da Criança entrar na escola, independente do horário e de seu atraso. Haverá na secretaria um livro de registro próprio e o responsável deverá assiná-lo. Caberá à Oficial a verificação mensal dos registros, informando à D.G., para que esta convoque os responsáveis, em busca da solução dos problemas de atrasos constantes. Atenção: COMO A U.E. PODE AJUDAR AS FAMÍLIAS: sendo parceiras das famílias; verificando as causas dos atrasos; organizando-se e /ou reestruturando-se para colaborar na solução dos problemas , sendo flexível junto aos problemas familiares, sem julgamento de valores.

18. ATRASO DOS ALUNOS NA SAÍDA

Será considerado atraso após às 17h40. Às 17h20 todas as crianças que ainda se encontram na U.E. deverão ser conduzidas à brinquedoteca, ficando sob os cuidados das professoras. Às 17h30 o Auxiliar de Educação do Apoio assumirá a responsabilidade de ficar com as crianças, cabendo à direção/coordenação efetuar os contatos telefônicos e registrar os atrasos. Atenção: é fundamental que a professora mantenha os dados dos alunos atualizados; aproveitando as reuniões de pais para a atualização dos mesmos: endereço e telefones. Também se faz importante que a professora mantenha as autorizações de saída atualizadas e visíveis, nos murais ou paredes de sua sala, de fácil acesso às professoras substitutas. Toda atualização deve ser imediatamente repassada à Oficial da U.E.

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19. AUTORIZAÇÃO DE RETIRADA DA CRIANÇA POR TERCEIROS

O documento será preenchido no ato da matrícula, devendo ser devidamente arquivado no prontuário da criança. A criança só poderá ser retirada pelos adultos autorizados. Quando for o caso das crianças serem retiradas por menores é imprescindível que os responsáveis legais assinem o documento próprio, após serem devidamente orientados e alertados sobre os riscos vinculados a tal autorização, podendo estes vir a responder legalmente por negligência. Sempre que alguém vier retirar alguma criança, sem autorização do responsável legal deverá ser encaminhado à D.G. , para que esta solucione o problema junto aos pais. Caberá à D.G. dar a devolutiva para a professora, autorizando ou não a saída da criança.

20. ORGANIZAÇÃO DOS COLCHÕES

Os colchões serão organizados pelos funcionários de apoio/limpeza da turma, respeitando-se o horário reservado para esta tarefa, quando por algum motivo, por alguma necessidade do trio ou das crianças, a sala não estiver disponível aos funcionários de apoio no referido horário, a organização dos mesmos ficará sob à responsabilidade do trio. Este combinado também vale para os dias que o quadro de apoio estiver desfalcado. Cabe aos funcionários da limpeza avisarem, com antecedência, aos trios quando estiverem impossibilitados de realizar a organização dos colchões. Organização dos colchões: devemos respeitar a distância entre eles, deixando corredores de passagens sempre que possível. As crianças deverão ser posicionadas de forma alternada, pés e cabeceira. Em hipótese alguma uma mesa poderá ficar sobre a outra, ou qualquer tipo de móvel sobre as mesas.

21. UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO DA COPA E DA GELADEIRA

As louças utilizadas pelo funcionário deverão ser lavadas na copa, se cada um lava o que suja nos possibilita a manutenção da limpeza e da organização da copa. Pedimos a colaboração com os restos de comida, evitando entupimento, bem como, atenção aos alimentos guardados na geladeira. As bolsas térmicas não deverão ser guardadas na geladeira, apenas as marmitas, pois as mesmas acabam tomando muito espaço na geladeira. Toda 6ª-feira, no final da tarde, todo alimento que for encontrado na geladeira será descartado.

22. HORÁRIO DE LAVAGEM DAS ÁREAS EXTERNAS

O horário de lavagem do pátio externo ocorrerá das 8h às 8h35, neste horário a área externa não deverá ser utilizada pelos trios e crianças.

23. CUIDADOS COM AS FRALDAS

As fraldas deverão ser jogadas devidamente lacradas no lixo do banheiro, das salas de aula. Às 17h os lixos das salas, que são limpas pela manhã, deverão ser retirados, devido ao mau cheiro.

24. ORGANIZAÇÃO DAS MOTOCAS

As motocas devem ser deixadas no “estacionamento” respeitando-se os murais das salas 05 e 06. A atividade de organização das motocas, deve ser para o educador, mais uma ação pedagógica enquanto para a criança será uma gostosa brincadeira: estacionar as motocas na garagem.

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25. DIFICULDADES NAS RELAÇÕES ENTRE OS SEGMENTOS

Fica acordado entre todos os segmentos: Dupla Gestora, Professoras, Auxiliares de Educação, Oficial, Auxiliares de Limpeza e Auxiliares de Cozinha, que as dificuldades ou problemas existentes na limpeza ou manutenção da sala e demais espaços da escola, ou relacionados à alimentação, deverão ser discutidos entre elas, e caso o problema persista deverá ser socializado com a gestão, para que esta possa contribuir quanto à solução do problema. Havendo um problema específico junto à determinada funcionária ou a determinado trio, será feito uma reunião com a gestão para que juntos encontremos a solução do problema. Ressaltamos, que o diálogo respeitoso é o melhor instrumento de trabalho na solução dos conflitos nas relações.

26. REFEIÇÕES DAS CRIANÇAS Preferencialmente, as refeições das crianças deverão ser efetuadas no refeitório. A hidratação ocorrerá no espaço que a criança estiver em atividade. Somente desenvolveremos atividades com alimentos em sala de aula quando tais atividades tiver por objetivo atender a necessidade da criança ou da turma, bem como, quando for parte do planejamento: atividades de culinária, brincadeiras de pic-nic, atividades de degustação e observação de alimentos diversos. Diante dos problemas intestinais (diarreia/ constipação) cabe aos educadores atentarem-se ao cardápio do dia, evitando os alimentos que venham a agravar o quadro de saúde. Basta solicitar à cozinheira a devida alteração. Os copos da hidratação devem ser devolvidos à cozinha em seguida, para serem lavados; para que não coincida com a lavagem das louças do almoço; O horário da refeição é impregnado de ações educativas, e para isto se faz necessário, que todos os funcionários, independente de sua função, acompanhem estes momentos, envolvendo-se com as necessidades das crianças. Zelando pela manutenção constante da limpeza (frente aos acidentes, que naturalmente ocorrem); incentivando os alunos que rejeitam os alimentos a se alimentarem; orientando que as crianças não joguem comida fora; acompanhando muito próximo o aluno junto às lixeiras, para que estes não desperdicem alimentos, muito menos venham a jogar colheres, pratos, canecas e potes no lixo. Devemos lembrar que nos espaços coletivos toda criança é responsabilidade de todos independente do agrupamento. Os horários do refeitório devem ser respeitados, o atraso de uma turma gera problemas às demais turmas, e conturba o bom atendimento oferecido às crianças. Contudo devemos respeitar os diferentes tempos e ritmos das crianças, podendo deixá-las sob os cuidados do funcionário de apoio ou do próximo trio que utilizará o espaço.

27. HORÁRIO DE ALMOÇO DOS FUNCIONÁRIOS

O horário de uso do refeitório pelos funcionários deverá ser entre 11h50 e 13h30, às 13h30 os funcionários do apoio iniciam a limpeza geral do espaço. Após 13h30 o ateliê poderá ser utilizado para o almoço dos funcionários. Todo funcionário deve almoçar apenas em seu horário de almoço. Os educadores não deverão almoçar dentro das salas de aula.

28. ORGANIZAÇÃO DAS SALAS DE AULA

As salas não poderão ter a organização da diversificada antecipada no final da tarde, devendo ser organizada só na manhã seguinte, pois isto prejudica a higienização da sala. As salas devem ficar organizadas para a limpeza, sem brinquedos e objetos espalhados pelas mesas, colmeias e chão.

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As professoras da tarde são as responsáveis por trancar suas salas e fechar os vidros. Nunca deverá deixar o rádio e demais equipamentos sobre a colmeia ou próximo à janela, para evitarmos furtos.

29. A LEITURA DE LIVROS, REVISTAS E JORNAIS

Deverão ocorrer apenas na sala dos funcionários ou em local reservado para o descanso no horário do almoço.

30. SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIAS QUANTO À LIMPEZA DOS ESPAÇOS (VÔMITOS – XIXI – COCÔ – FERIMENTO/SANGUE)

Cabe ao funcionário de apoio mais próximo limpar o espaço, independente se este pertence à sua planilha de tarefas ou não. O que deve ser avaliado é a situação de urgência e o bem estar das crianças. Portanto, quando for interpelado, nesta situação de urgência não cabe a pergunta: “quem é o responsável por limpar este espaço?”

31. SALA DOS FUNCIONÁRIOS: Sempre que o funcionário se alimentar neste espaço deverá deixá-lo organizado, sem restos de comidas, bebidas, copos, pratos e xícaras. Este combinado vale inclusive para os HTPCs. Ao final do HTPC, cada um dos integrantes deverá se preocupar em deixar todos os utensílios sujos no lactário e os lixos nos lixos. Os alimentos, que sobrarem, deverão ser guardados na geladeira.

32. CADERNETA ESCOLAR

Deve ser retirada e entregue na Secretaria, diariamente. Estas deverão ser preenchidas com atenção, não sendo permitido rasurar, por se tratar de um documento oficial. Caso ocorram rasuras o professor precisará passar a caderneta a limpo, o fato precisará ser notificado à S.E. pois é enviado para a U.E. , anualmente, apenas a quantidade necessária de diários, (10). Todo 2º dia útil do mês a caderneta será verificada pela direção, cabendo ao professor mantê-la atualizada, devidamente preenchida e organizada. Na falta do professor titular o professor substituto deverá realizar a chamada e efetuar as possíveis observações a lápis.

33. SOBRE AS FALTAS CONSECUTIVAS DOS ALUNOS / EXCESSO DE FALTAS

Quando houver casos de crianças com 03 faltas consecutivas o Trio de educadores deverá ligar para a família e se informar sobre o motivo das faltas. A ocorrência das faltas e a justificativa da família deverão ser registradas no Livro de Ocorrência da sala. Na caderneta registrar falta justificada e o motivo deverá ser registrado de forma sucinto, no campo das observações. Sempre que o trio estiver diante de alunos faltosos, mais de 06 faltas no mês sem justificativas, sendo estas consecutivas, mês a mês, este deverá, no segundo mês informar a diretora, para que as devidas providências sejam tomadas junto aos responsáveis, visando garantir e melhorar a frequência escolar da criança.

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34. URGÊNCIAS / EMERGÊNCIAS MÉDICAS

Todo problema sério de saúde (falta de ar, febre repentina e muito alta, convulsão, quedas, desmaios) caberá ao Trio solicitar, urgentemente, a presença da D.G., que providenciará junto à Oficial a presença do SAMU (levando a criança ao Hospital Central ou à U.B.S mais próxima) e de seus responsáveis legais. Nos casos de quedas, convulsões e desmaios a criança não deverá ser removida do local, aguardando ali e sob a supervisão da professora a chegada do SAMU. Quando a família não conseguir chegar a tempo de acompanhar a criança no carro do SAMU a mesma precisará ser acompanhada por uma de suas professoras. Caso a criança tenha alta e a família ainda não tenha chegado ao hospital, a D.G. solicitará novamente o carro do SAMU para que a criança e a professora sejam reconduzidas à escola. Não obtendo o carro do SAMU, caberá a D.G. buscar criança e professora no hospital. Nos casos que a professora acompanhou a criança até o hospital e diante da chegada da família, bastará à professora entrar em contato com a escola para que a D.G. a busque no local. Nos casos de febre ( 38°graus ) a criança deverá ser banhada com água morna/fria, sendo constantemente medida sua febre. Nos casos de sangramento a professora ou auxiliar deverão atender a criança portando luvas, tendo todo cuidado necessário, na higienização e atendimento ao ferimento da criança. Quando a criança se ferir ocasionando algum tipo de inchaço coloque gelo no local, objetivando minimizar o inchaço. Sempre que a criança bater a cabeça o trio deverá avisar a mãe/responsável, por telefone, cabendo a esta a decisão se virá retirar a criança ou não. Contudo, nos casos que a pancada for mais violenta a família deverá ser orientada a vir retirar a criança e frente a esta impossibilidade a escola chamará o SAMU. Nestes casos a criança deverá ficar sob observação constante de um dos educadores referência, devemos ficar atentos ao menor sinal de tontura, desmaios e vômitos. Num período de 02h a criança não poderá dormir.

35. MEDICAMENTOS É dever da professora, medicar a criança. É direito da criança, ser medicada pela professora. Todo remédio deve vir acompanhado de receita médica, com data recente, e ser entregue nas mãos das professoras, pelo responsável em trazer a criança. Toda e qualquer dúvida do Trio, quanto à medicação/receita médica, deverá ser sanada junto à D.G. Em hipótese alguma as medicações poderão ficar ao alcance das crianças. Cabe ao Trio tomar os cuidados necessários para que a medicação retorne para casa, entregando-a nas mãos de quem busca a criança. Quando for necessário manter a medicação na geladeira, basta identificar o remédio com o nome da criança e da turma e enviá-la para a geladeira, sob os cuidados da Cozinheira. Sempre que possível os educadores deverão buscar estabelecer os horários da medicação, junto das famílias, buscando evitar que as mesmas ocorram no período de aula. Por exemplo nos casos em que a medicação devera ser oferecida de 12 em 12 horas, o melhor horário será as 7h e 19h. Quando for de 08h em 08h, o melhor horário será: 07h/ 15h/ 23h, ficando apenas uma dose em horário letivo. Quando for de 06 em 06 horas, organizar o horário das 06h/ 12h/ 18h / 24h, ficando apenas uma dose em horário letivo. Quando a criança apresentar dificuldades em aceitar a medicação, cuspi-la ou vomitar em seguida, o remédio não deverá ser ofertado novamente. A educadora deverá ligar para a mãe e informar-se como esta consegue fazer com que a criança aceite o remédio. Caso a mãe argumente que em casa também está difícil a aceitação, orientá-la a retornar ao pediatra para que este busque por outra forma de orientação médica.

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36. UTILIZAÇÃO DO LIVRO DE OCORRÊNCIA DA TURMA

Cabe ao professor registrar no Livro de Ocorrência da Turma, como o acidente ocorreu, quais as medidas foram adotadas até a chegada do responsável. Atenção: o registro escrito, objetiva resguardar o Educador e a Escola. Na escrita do registro a professora deverá detalhar o acidente, ficando claro que o mesmo não ocorreu por descuido e que todas as ações necessárias à segurança e ao bem estar da criança foram adotadas. Faz-se importante registrar até mesmo as tentativas mal sucedidas em realizar contatos telefônicos com os responsáveis, horários e os números dos telefones. Também devemos registrar como a mãe reagiu e quais procedimentos esta adotou.

37. LIGAR PARA OS RESPONSÁVEIS, SOLICITANDO A RETIRADA DA

CRIANÇA

O trio avaliará a necessidade de tal solicitação, levará a mesma até a D.G. e juntos validarão ou não a efetivação da convocação da família. Só tem sentido fazer tal solicitação quando: a permanência da criança na escola põe em risco sua segurança física ou emocional; diante da necessidade de ser conduzida ao médico/hospital; o melhor para a criança é ficar em casa, sob os cuidados de adultos. Não podemos desconsiderar que muitas vezes o atraso da mãe, em comparecer até a U.E. pode estar relacionado às cobranças e aos deveres junto ao seu trabalho; distância do trabalho e da escola; dificuldades em ter autorização para ausentar-se do trabalho e problemas com o transporte público/trânsito. Em hipótese alguma a criança deverá ser retirada por menores, quando não estiver bem de saúde, pois é muito mais seguro que esta fique na escola, para que a escola providencie os encaminhamentos que serão necessários. Em caso de febre e diante do fato da mãe estar impossibilitada de vir retirar a criança esta poderá solicitar a terceiros, adultos autorizados, que venham a escola medicar a criança ou até mesmo retirá-la. Nos casos de diarreia ligar para o responsável após o 3º incidente, já nos casos de vômito ligar ao responsável após o 2º incidente.

38. ENCAMINHAMENTOS À U.B.S/ MÉDICO PEDIATRA

Os encaminhamentos serão feitos pela D.G. ou Oficial, quando forem necessários, seguindo os critérios: Acidentes ocorridos na U.E., principalmente quando a criança cai de costas ou bate a cabeça; suspeita de fraturas; suspeita de introduzir objetos estranhos no nariz ou ouvido. Casos de doenças recorrentes, sem que o trio tenha obtido, por parte da família, devolutivas sobre as consultas ou possíveis tratamentos; Suspeita de doenças infectocontagiosas e viroses.

39. BILHETES / RECADOS

Serão entregues pela Oficial/Cida às professoras, sendo depositados no mural de bilhetes ou caixa de agendas das salas. Estes deverão ser enviados o mais breve possível. Os recados direcionados aos pais devem ser claros, respeitosos e objetivos, evitando interpretações equivocadas e conflitos desnecessários.

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Quando o assunto for mais delicado o adequado é solicitar que o responsável compareça na U.E., com horário agendado, e se necessário com a participação da D.G. Uma boa conversa poderá evitar conflitos entre a família e a escola. Os bilhetes escritos pelos educadores devem ser assinados por estas e nunca em nome da direção.

40. SEGURANÇA DO ALUNO

O aluno, em hipótese alguma, deverá ser deixado sozinho por seus educadores. Quando necessário, o trio poderá solicitar a um outro trio, ou a um outro profissional, que fique com a criança, até que esta possa voltar a estar sob os cuidados de seu trio referência. A hora do repouso deverá ser supervisionada, o tempo todo, por um dos educadores referências, lembrando que as tragédias (engasgo, sufocamento, etc) podem ocorrer a qualquer momento, sendo as tragédias evitadas unicamente pela ação imediata do adulto.

41. ATENDIMENTO DA DIREÇÃO

Sempre que a direção for procurada pela comunidade esta atenderá de imediato a família. Acolhendo as dúvidas, necessidades e queixas. Assumindo o compromisso de verificar a ocorrência, avaliar o problema, buscar por soluções e agendar encontro para a devolutiva, que poderá ocorrer com a presença do trio de educadores ou não. Resguardando as necessidades dos educadores, das famílias e das crianças. Faz-se importante ressaltar que toda queixa da comunidade envolvendo um funcionário, será socializada com o mesmo, posteriormente com seu trio e se necessário com o coletivo, sempre quando tal socialização servir para o crescimento do grupo ou para dissolver boatos equivocados. Sempre que necessário a O.P. será envolvida na questão, para que contribua junto à D.G., em busca de soluções dos problemas e auxilie no desenvolvimento dos encaminhamentos que se fizerem necessários. Ressaltamos que esta direção realizará todo tipo de escuta e devolutiva permeada pelo compromisso ético que lhe é de dever. Compromisso ético com suas crianças, sua comunidade, seus profissionais e com a qualidade da educação da U.E.

42. AUTORIZAÇÕES PARA ESTUDO DE MEIO

Antes da data da atividade caberá ao trio verificar quais crianças ainda não trouxeram a autorização, entrar em contato, via agenda ou telefone, com a família, sobre a falta da mesma e incentivar a família sobre a importância da participação da criança na atividade. Diante da recusa da família em permitir que a criança participe da atividade, o trio deverá levar o caso de não permissão à D.G. que entrará em contato com os responsáveis, objetivando tirar as dúvidas das famílias e oferecer-lhes a segurança necessária, com o intuito de promover a participação de todas as crianças nas atividades de estudo de meio. Caberá a D.G., nos casos em que a família não quer que a criança participe da atividade, orientar a família a não enviar a criança para a escola naquele dia, pois poderá ser traumático para a mesma, ver todos seus amiguinhos e educadores saírem para o passeio e ela não ir, ficando com educadores que lhes são estranhos. A criança pode entender que está sendo castigada.

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43. PEDICULOSE

Os casos de pediculose precisam ser tratados como questão de saúde. Sempre que tiver alguma criança com pediculose na turma o trio deverá enviar bilhete para todas as famílias, com o objetivo de que todas as crianças recebam os cuidados necessários. Caso haja reincidência deverá ser enviado novo bilhete a todos. Quando o trio localiza o foco do problema, percebendo que determinada família não está conseguindo resolver a questão, deverá agendar uma reunião com o responsável legal e efetuar as devidas orientações, bem como, informar-se sobre quais problemas a família está encontrando no tratamento da pediculose, objetivando auxiliá-los. Caso o problema persista o Trio levará o caso à D.G. que convocará a mãe para efetuar as orientações. Caberá à D.G. entrar em contato com a UBS que atende a criança e agendar o acompanhamento da saúde, para que estes façam as devidas orientações e adotem os encaminhamentos necessários junto à família. Caso o problema persista haverá novo agendamento junto à saúde e o responsável legal será convocado. Casos que foram acompanhados no ano anterior deverão ser encaminhados diretamente à D.G., quando o trio/quarteto perceber que o problema persistiu após o envio do 2º bilhete.

44. COMEMORAÇÃO DOS ANIVERSARIANTES

Na 1ª Reunião com Pais, os Trios já informarão e explicarão aos pais como agimos diante dos aniversários de nossas crianças. Informando-lhes que não é permitido realizar “festinhas com bolo e doces” ou enviar saquinhos

lembrancinhas. Explicando-lhes porque agimos desta forma: com o objetivo de garantir a segurança das crianças, não lhes oferecendo alimentos vindos de fora da escola ou brinquedinhos que possam vir a causar algum tipo de acidente. Justificando que o cardápio da escola é planejado por uma nutricionista e que toda preparação dos alimentos é supervisionada. Sendo oferecido às crianças um cardápio balanceado e nutritivo. Cabendo à cozinheira colher diariamente amostras dos alimentos servidos, pois caso tenhamos alguma criança com problemas de saúde, advindos da alimentação, poderemos comprovar que tal problema de saúde não se deu por conta do que a criança consumiu na escola. Salientamos aos pais que a criança terá um tratamento mais específico e individualizado nesta data, diante das propostas e ações educativas desenvolvidas pelo trio, buscando explicitar às crianças sobre a importância da data, sendo na verdade, a própria data o objeto como conteúdo pedagógico.

Dupla Gestora e Equipe JRP/2017

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Anexo VIII – Capa da Agenda do Aluno

EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO AV. TIRADENTES, 1893 – MONTANHÃO – S. B.

CAMPO TELEFONE: 4127-5777

TURMA: EDUCADORES: NOME DO ALUNO: CONTATOS:

NOME TELEFONE PARENTESCO

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Anexo IX – H.T.P. (Horários e Acompanhamento da D.G.)

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Anexo X – Documento para Autorização de Menores de Idade PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO Declaro ter recebido orientação sobre os riscos inerentes às entradas e saídas dos alunos realizadas sob à responsabilidade de irmãos e outros menores de idade. Embora tenha compreendido o risco de tal ação, me responsabilizo, totalmente, por continuar a solicitar que a escola permita que meu filho (minha filha) seja trazido e retirado por parentes ou vizinhos menores de idade. Abaixo, volto a preencher o documento utilizado pela U.E., em que me responsabilizo, por qualquer eventualidade/acidente, que ocorra ao meu filho (minha filha) no percurso de ida e retorno à escola: EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO. AUTORIZAÇÃO PARA MENOR RETIRAR ALUNO Eu_____________________________________________________________ RG _________________, autorizo o menor ____________________________, RG ______________, de ________ anos de idade, parentesco ____________ a retirar meu filho ________________________________________________ Turma _____________________ professoras ________________________ e _________________________. São Bernardo do Campo, ______, ________________, 20____. ________________________________________ Assinatura