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COLÉGIO ESTADUAL DOM JOÃO BOSCO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
COLOMBO
2011
COLÉGIO ESTADUAL DOM JOÃO BOSCO – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Projeto Político-Pedagógico apresentado à
Secretaria de Estado da Educação –
Núcleo Regional de Educação Área
Metropolitana Norte.
COLOMBO
2011
SUMÁRIO
1 MARCO SITUACIONAL...............................................................................................6
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO .............................................................6
1.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO .................................................................................7
1.3 BIOGRAFIA DE DOM JOÃO BOSCO ...................................................................... 8
1.4 REESTRUTURAÇÃO FÍSICA DA ESCOLA ..............................................................9
1.5 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ..................................................................9
1.6 DIFICULDADES DO PLANO DE AÇÃO...... ........................................................... 11
1.7 CORPO DOCENTE E ADMINISTRATIVO ............................................................. 11
1.8 CALENDÁRIO ESCOLAR .......................................................................................13
1.9. MATRIZ CURRICULAR ..................................................................................... ....14
1.10 ABRANGÊNCIA ............................................................................................... ....18
1.11 CAPACIDADE FACE À DEMANDA ................................................................. ....18
1.12 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DOS SERVIDORES ......................... ....19
1.13 EQUIPAMENTOS EXISTENTES ..................................................................... ....20
1.14 EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS .................................................................. ....21
1.15 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE ................................................................... 21
1.16 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA ARTICULADO À CONCEPÇÃO
DE ENSINO APRENDIZAGEM .................................................................................... 22
1.17 A PROPOSTA DE REORGANIZAÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO, ASSIM COMO
DAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS NECESSÁRIOS À EFETIVAÇÃO DE PROPOSTA
PEDAGÓGICA CURRICULAR DA ETAPA DE ENSINO ............................................. 23
1.17.1 Infância nos espaços e os espaços da infância ........................................... 25
1.17.2 Infância na escola e na vida: alguns desafios .............................................. 27
1.17.3 A criança e a linguagem: interação e inclusão social ................................. 28
1.17.4 A leitura e a produção de textos no ensino fundamental ........................... 30
1.18 EXPECTATIVAS DA POPULAÇÃO A SER ATENDIDA (PROFISSIONAIS NA
EDUCAÇÃO, FAMÍLIAS E ALUNOS) .......................................................................... 35
1.19 PROPOSTAS DE ARTICULAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL, ANOS INICIAIS E ANOS FINAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL E ENTRE ESTA ETAPA E O ENSINO MÉDIO, CONFORME A
OFERTA ........................................................................................................................37
1.20 PROPOSTA DE ADAPTAÇÃO DOS ALUNOS ORIUNDOS DOS ANOS INICIAIS
À ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NOS ESTABELECIMENTOS QUE
OFERTAM OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (ESPAÇO, TEMPO E
PROCEDIMENTOS) .................................................................................................. 38
1.21 PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA AOS PROFESSORES, COM
VISTAS A ASSEGURAR O ENTENDIMENTO DOS OBJETIVOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL DE NOVE ANO, BEM COMO AS ESPECIFICIDADES DOS ALUNOS
.....................................................................................................................................40
1.22 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS ............................................... ....40
1.23 RELAÇÃO AVALIAÇÃO-APRENDIZAGEM ..................................................... ....41
1.24 RECLASSIFICAÇÃO ........................................................................................ ....42
1.25 INSTRUMENTOS DE REGISTROS. ................................................................ ....43
1.26 RECUPERAÇÃO .............................................................................................. ....43
1.27 FORMA DE COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS ....................... ....43
1.28 CONSELHO DE CLASSE ................................................................................ ....44
1.29 PROJETOS PEDAGÓGICOS .......................................................................... ....45
1.29.1 Projeto de Leitura ........................................................................................ ....45
1.29.2 Semana Desportiva Cultural ....................................................................... ....47
1.29.3 Feira do Conhecimento ............................................................................... ....48
1.29.4 Projeto de Limpeza e Conservação.................................................................49
1.29.5 Projeto Consciência Ambiental e Cidadã........................................................50
1.30 ATIVIDADES PEDAGÓGICAS DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR............51
1.30.1 Sala de Apoio à Aprendizagem...................................................................... 51
1.30.2 CELEM ............................................................................................................ 51
1.30.3 Consciência & Ação Transformando nossa Comunidade................... .... ....52
1.30.4 O Jogo e o Teatro: Prática Teatral Revisitada.... ...................................... ... 56
2 MARCO CONCEITUAL ......................................................................................... ....61
2.1 A ESCOLA .......................................................................................................... ....61
2.2 CONCEPÇÕES NORTEADORAS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO... ....62
12.2.1 Concepção Homem/Escola e Sociedade ................................................... ....61
2.2.2 Concepção de Ensino-Aprendizagem ......................................................... ....63
2.2.3 Concepção de Avaliação .............................................................................. ....65
2.2.4 Progressão Parcial ........................................................................................ ....66
2.3 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ
................................................................................................................................. ....66
2.4 CARACTERIZAÇÃO DA FUNÇÃO/PAPEL E FORMAÇÃO DE TODOS OS
PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA .......................................................... ....66
2.5 ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA ........................................................................ ....67
2.5.1 Equipe Pedagógica........................................................................................ ....68
2.5.2 Corpo Docente ............................................................................................... ....69
2.5.3 Biblioteca ....................................................................................................... ....70
2.6. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ................................................................. ....70
2.6.1 Secretaria ....................................................................................................... ....70
2.6.2 Agente Educacional I .................................................................................... ....71
2.6.3 Agente Educacional II.........................................................................................73
3 MARCO OPERACIONAL ...................................................................................... ....75
3.1 PROPOSIÇÃO DE METAS IDEB ......................................................................... 77
3.2 PROJETOS E PROGRAMAS DESENVOLVIDOS PELO COLÉGIO ................. ... 77
3.3 RECURSOS QUE A ESCOLA DISPÕE PARA REALIZAR OS PROJETOS ...... ... 77
3.4 CRITÉRIOS PARA A ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIO
LETIVO E NÃO LETIVO ........................................................................................... ... 78
3.5 CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E UTILIZAÇÃO DOS
ESPAÇOS EDUCATIVOS ........................................................................................ ....78
3.6 O QUE A PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CONTEMPLA ................. 78
3.7 A DEFINIÇÃO DE INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO COERENTES
COM OS OBJETIVOS DE CADA ETAPA DE ENSINO E OS ENCAMINHAMENTOS
METODOLÓGICOS ADOTADOS ................................................................................ 81
3.8 SISTEMA DE AVALIAÇÃO ................................................................................... 83
3.9 MATERIAIS PEDAGÓGICOS ............................................................................ ....86
3.10 BASE NACIONAL COMUM NO ENSINO FUNDAMENTAL ............................. ....87
3.11 COMO SÃO OFERTADOS ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ ..... ....87
3.12 PROJETOS INTEGRADOS AO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO .......... ....87
3.13PERIODICIDADE AVALIAÇÃO ......................................................................... ....88
3.14 INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS .................................................................. ....88
3.15 INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS ................................. ....89
3.16 ESTRATÉGIAS DA ESCOLA PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E
COMUNIDADE ......................................................................................................... ....89
3.17 ENCAMINHAMENTO DO PLANO DE AÇÃO ................................................... ....90
3.18 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
........................................................................................................................................91
3.19 INCLUSÃO DO ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO DO ENSINO MÉDIO E DAS
SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.............................................................91
4 CONCLUSÃO..............................................................................................................92
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................93
6
1. MARCO SITUACIONAL
1.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Colégio Estadual Dom João Bosco – Ensino Fundamental e Médio
Código: 0033-7 JOÃO BOSCO, C. E. DOM – E. FUND. E MÉDIO
NRE: Código: 02 AM Norte
Localização do Colégio: Urbana
Município: Código: 0580 - Colombo
Endereço: Rua Justiniano Alves de Souza, 170 - Jardim Guadalajara
E-mail: [email protected]
Telefone/Fax: (41)3621-3371
Colombo / Paraná CEP: 83402-360
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná – SEED
Ato de Autorização da Escola: Nº da Resolução 189/84
Data da Expedição da Resolução: 19/01/84
Ato de Reconhecimento da Escola: Nº da Resolução 933/91
Data da Expedição da Resolução: 13/03/91
Ato de Renovação do Reconhecimento do Ens. Fund.: Nº da Resolução 4393/07
Data da Expedição da Resolução: 24/10/07
Aprovação do Regimento Escolar: Parecer do NREAM Norte: Nº do Parecer 118/08
Data da Expedição do Parecer: 01/02/08
Ato de Reconhecimento do Ensino Médio: Nº da Resolução 2336/10
Data da Expedição da Resolução: 25/05/2010
7
1.2 HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
O Colégio Estadual Dom João Bosco - Ensino Fundamental e Médio começou a
funcionar no ano de 1937, no Bairro Roça Grande - Colombo - PR, com o nome de
Escola Isolada do Moinho Velho, levou este nome porque iniciou na propriedade onde
existia um moinho. Em 1950, mudou para um local próximo, no mesmo bairro.
No ano de 1967 o Estado construiu uma sala em um terreno próximo cedido pela
Capela Nossa Senhora de Fátima.
Em 1972 instalou-se definitivamente no Jardim Guadalajara em um terreno de
propriedade da Prefeitura Municipal de Colombo. Esse terreno foi doado a FUNDEPAR
em 1975.
Em 1980 passou a se chamar Escola do Moinho Velho.
De acordo com a Resolução Conjunta n.º 128/82 de 14/10/82 foi criada a Escola
Moinho Velho Ensino de 1º Grau, autorizada a funcionar até o final do ano letivo de
1983, com efeito retroativo ao ano de 1980, obteve duas Renovações de Autorização
de Funcionamento: Resoluções n.º 880/84 de 15/03/84 e n.º 3.590/88 de 13/11/88.
Pela Resolução n.º 189/84 de 19/01/84, a Escola Estadual Moinho Velho Ensino
de 1º Grau passou a denominar-se Escola Estadual Dom João Bosco Ensino de 1º
Grau e posteriormente para Escola Estadual Dom João Bosco Ensino Fundamental,
através da Deliberação n.º 003/98 do CEE aprovada em 02/07/98.
A Resolução n.º 5071/86 de 25/11/86 autoriza, com Implantação Gradativa, o
funcionamento de 5ª a 8ª séries do Ensino de 1º Grau.
A Resolução n.º 933/91 de 13/03/91, reconhece o Curso de 1º Grau Regular.
A Resolução n.º 1052/91 de 14/03/91 cessa definitivamente o Ensino de 1ª a 4ª
séries de 1o Grau, na Escola Estadual Dom João Bosco Ensino de 1º Grau, devido a
Municipalização do Ensino das Quatro Primeiras Séries do 1o Grau.
A Resolução n.º 1195/04 de 26/03/2004 renova o Reconhecimento do Ensino
Fundamental pelo prazo de cinco anos a partir do ano letivo de 2003.
A Resolução n.º 3731/07 de 29/08/2007 autoriza o funcionamento do Ensino
Médio pelo prazo de dois anos com Implantação Gradativa, a partir do ano letivo de
2007 e a Escola passa a denominar-se: Colégio Estadual D. João Bosco – Ensino
Fundamental e Médio.
A Resolução nº 439/07 de 24/10/07 renova o Reconhecimento do Ensino
Fundamental pelo prazo de cinco anos a partir do ano letivo de 2008.
8
A Resolução nº 2336/10 de 25/05/2010 Reconhece o Ensino Médio pelo prazo de
cinco anos.
Atualmente o Colégio possui as seguintes instalações: 10 salas de aula, sala de
apoio, sala multiuso, banheiros masculino e feminino, cozinha, depósito para merenda,
almoxarifado, biblioteca, laboratório de informática, sala para os professores, direção,
secretaria e equipe pedagógica, palco para apresentações, pátio coberto para as
refeições, reuniões e demais atividades, cancha de esportes, cancha de areia
(desativada), áreas livres, estacionamento e casa do permissionário.
1.3 BIOGRAFIA DE DOM JOÃO BOSCO
Dom Bosco nasceu em Castelnuovo, Itália em 16 de agosto de
1815. Morreu em 31 de janeiro de 1888.
Foi camponês, estudante, aprendiz de vários ofícios, padre,
educador.
O Espírito Santo deu-lhe especial sensibilidade para captar,
mediante várias experiências, o abandono e os perigos em que se
achavam os jovens de seu tempo. Eram jovens que, arrancados da
zona rural pelas dificuldades aí existentes, buscavam trabalho na
cidade grande.
Ainda padre novo, em Turim, depois de 1841, ele sentiu que Deus o chamava
para consagrar sua vida aos jovens pobres e abandonados. Devia ajudá-los a
tornarem-se cidadãos honestos e bons cristãos, por meio da promoção humana e da
educação da fé.
Fundou, em seguida, várias obras com o fim de socorrer e educar a juventude.
A sua atenção dirigiu-se também aos adultos da classe popular, especialmente
dos camponeses, nos quais ele via uma classe desfavorecida, sem meios de se
promover humana e cristãmente.
Seu amor ao próximo estendeu-se também aos povos que viviam em regiões
pagãs, aos quais, mais tarde, enviou os salesianos como missionários.
A missão que Dom Bosco queria realizar de maneira duradoura em favor da
juventude pobre precisava de pessoas decididas a trabalhar com ele. Exigia também
instituições que pudessem garantir a continuidade do empreendimento.
9
Sob a ação do Espírito Santo. Dom Bosco compreendeu logo que essa pesada
tarefa só poderia apoiar-se em homens que se consagrassem inteiramente à obra.
O mesmo Espírito fez desabrochar no coração dos primeiros discípulos o
chamamento à consagração total na vida religiosa.
Constituiu-se então, a partir de 1854, um grupo de jovens, que recebeu o nome
de “salesianos”. Mais tarde Dom Bosco obteve a aprovação da sua sociedade de São
Francisco de Sales (Congregação Salesiana) que se compõe de padres e irmãos
fraternalmente iguais.
1.4 REESTRUTURAÇÃO FÍSICA DO PRÉDIO ESCOLAR
O Colégio está aguardando providências para as seguintes solicitações:
Protocolo n° 09.647.405-9: Extintores de incêndio e instalação de luminárias de
emergência;
Protocolo nº 09.212.092-9: Construção de três salas de aula;
Protocolo nº 07.014.937-0: Cobertura da quadra poliesportiva;
Protocolo nº 07.014.972-9: Construção cozinha, depósito de merenda e
adaptação de laboratório de Química, Física e Biologia;
Protocolo n° 07.015.069-7: Reparos emergenciais na rede elétrica e banheiros
feminino e masculino;
Central de gás.
Adaptação de portas, banheiros e rampas para inclusão de alunos portadores de
necessidades especiais;
Sala para permanência dos professores na hora atividade.
1.5 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE
No período da manhã o Colégio atende a quatro oitavas séries, duas sétimas
séries, duas primeiras série do Ensino Médio, uma segunda série do Ensino Médio,
uma terceira série do Ensino Médio e uma turma de reforço composta por alunos que
freqüentam a quinta série no período da tarde e vem ao reforço no contraturno.
No período da tarde atende-se a quatro quintas séries, quatro sextas séries e
duas sétimas série.
No período da noite o Colégio atende o Ensino Médio, sendo duas turmas da
10
primeira série, duas turmas de segunda série e duas turma de terceira série.
O Colégio cede duas salas de aula no período noturno, para quatro turmas de
APEDS do CEEBJA Ulisses Guimarães.
O Colégio trabalha com uma clientela bastante diversificada sob o aspecto sócio-
econômico e cultural, oriunda das proximidades da escola e de outros municípios
vizinhos (Almirante Tamandaré, por exemplo). Alguns alunos são itinerantes, mudando-
se constantemente de bairro e escola.
A maior parte da comunidade escolar possui nível de escolaridade que abrange o
Ensino Fundamental incompleto e em menor proporção concluíram o Ensino
Fundamental, o Ensino Médio e o Ensino Superior.
Mais de 50% das famílias dos alunos matriculados nesse estabelecimento de
ensino possui uma renda mensal de até dois salários mínimos.
Todos da Comunidade escolar pertencem à classe trabalhadora, sendo
profissionais liberais, autônomos, comerciários, funcionários de empresas privadas,
empregadas domésticas, diaristas e também micro-empresários.
A moradia dessas famílias é bastante diversificada, habitam casas próprias,
alugadas e cedidas por parentes, segundo pesquisa no ato da matrícula.
A Região onde o Colégio Estadual Dom João Bosco se localiza não possui
instituições públicas de desenvolvimento cultural e intelectual como teatro, cinemas,
espaços para eventos, cursos e bibliotecas. As áreas de lazer existentes são restritas a
particulares. Não há praças, nem parques para o divertimento dos adolescentes,
exceto alguns projetos da SEED como o Atitude, e escolinhas de futebol da Prefeitura
Municipal de Colombo.
O Colégio ainda desenvolve em parceria com os educadores, atividades
esportivas (voleibol) e atividades pedagógicas de complementação curricular (Viva
Escola).
O Colégio é de fácil acesso, sendo próximo ao Terminal de ônibus Roça Grande,
a sede do Município, a Capital e é servido por uma empresa de ônibus que atende
todos os bairros.
A comunidade é pouco participativa nas atividades desenvolvidas pelo Colégio,
no entanto vem adotando estratégias de integração/interação da comunidade escolar
através de reuniões e eventos que visam maior entrosamento.
11
1.6 DIFICULDADES DO PLANO DE AÇÃO
1 Faz-se necessário:
Promoção e integração de todos os segmentos da comunidade escolar;
Efetivação do Grêmio Estudantil;
Dinamização do Conselho de Classe e das Reuniões Pedagógicas;
Construção do Laboratório de Ciências, da Cozinha, Reforma dos Banheiros e da
cobertura da quadra poliesportiva;
Estímulo ao Projeto de Leitura;
Implementação de mecanismos efetivos em relação à indisciplina e a violência na
escola;
Efetivação da Escola de Mães e Pais;
Implementação das Normas de Segurança e Brigada Preventiva, conforme
orientações do PEP (Prontidão Escolar Preventiva).
1.7 CORPO DOCENTE E ADMINISTRATIVO
Está estruturado da seguinte forma:
Nome Escolaridade Disciplina/ Função Vínculo
Corpo Docente
Angela Maria Jacques Ensino Superior Completo Química PSS
Bartira Luiza Moretti Ensino Superior Completo Matemática/ Ciências PSS
Carlos H. dos S. Salgado Ensino Superior Completo Educação Física QPM
Cleonice Apª P. Ferreira Ensino Superior Completo Matemática QPM
Cristina Figueiredo Valente Ensino Superior Completo Matemática PSS
Crislei Franciela Kurek Ensino Superior Completo História QPM
Edgar João Quebing Ensino Superior Completo História/ Filosofia QPM
Edinéia Oribka Ensino Superior Completo História QPM
Elaine de Paiva Ensino Superior Completo Matemática PSS
Elenira Aparecida Batista Ensino Superior Completo Língua Portuguesa QPM
Everton Ribeiro Ensino Superior Completo Arte QPM
Fernando Otávio de Freitas Ensino Superior Completo Língua Portuguesa PSS
Filipe Hentges Nadolny Ensino Superior Completo Arte QPM
Gesiele Vagas Ensino Superior Completo Educação Física PSS
Gisele Ubida Brito Ensino Superior Completo LEM - Inglês PSS
Israel Pasqualini da Silva Ensino Superior Completo Física PSS
12
Jaqueline Estefani Parise Ensino Superior Completo Educação Física PSS
Jenifer Cristina Bueno Ensino Superior Completo Matemática PSS
Jéssie Wlillian Braine Ensino Superior Completo LEM - Inglês PSS
Jocélia Mª C. Skrsyszowski Ensino Superior Completo Sala de Apoio QPM
Jocenéia Vieira Domingues Ensino Superior Completo Geografia QPM
Lindinalva Aparecida
Machado
Ensino Superior Completo História PSS
Lindomar M. de Oliveira Ensino Superior Completo Língua Portuguesa PSS
Luiz Neto dos Santos Ensino Superior Completo Língua Portuguesa QPM
Marcelo Zanesco Boeira Ensino Superior Completo LEM - Inglês PSS
Marcio Aparecido Costa Ensino Superior Completo Língua Portuguesa -
CELEM
QPM
Marcio Donizete Tasarz Ensino Superior Completo Matemática QPM
Marcos Pelógia Ferreira Ensino Superior Completo Ciências/Biologia PSS
Mariângela de Oliveira Rosa Ensino Superior Completo Geografia QPM
Rafaela Camargo Ensino Superior Completo LEM - Inglês PSS
Robinson José C. Abbade Ensino Superior Completo História PSS
Ronaldo Barbosa Ensino Superior Completo Ed. Física PSS
Rosane dos Santos Ensino Superior Completo Geografia QPM
Sandra Cristina P. Fiorucci Ensino Superior Completo Ciências QPM
Sandro Betinardi Strapasson Ensino Superior Completo Ens.Rel./
Geografia/História
PSS
Solange Alves da Sillva Ensino Superior Completo Arte PSS
Taysa Cristina B. Junkes Ensino Superior Completo Ciências/Biologia QPM
Corpo Administrativo
Adriana Cristina P. de Paula Ensino Superior Completo Agente Educacional
II
QFEB
Cândida Langowski Kubis Ensino Médio Completo Agente Educacional I QFEB
Célia Antonia Knaut Ensino Superior Completo Agente Educacional
II
QPM
Claudete Barbosa de J. Villlar Ensino Superior Completo Agente Educacional
II
QFEB
Cleonice Apª Pelógia Ferreira Ensino Superior Completo Pedagoga QPM
Carmem Regina S. de Souza Ensino Superior Completo Pedagoga PSS
Edinéia Oribka Ensino Superior Completo Diretora Auxiliar QPM
Elizabete Matias Ribeiro Ensino Médio Completo Agente Educacional I PSS
Janete Blair de Freitas Buer Fundamental Completo Agente Educacional I PEAD
Lourdes de Castro Pereira Fundamental Incompleto Agente Educacional I QFEB
Maria de Lourdes M. Tria Ensino Superior Completo Secretária QFEB
Maria José B. F. de Miranda Ensino Médio Completo Agente Educacional I QFEB
Maria Margarida Majevski Ensino Superior Completo Diretora QPM
Mônica O da S. Mendonça Ensino Superior Completo Agente Educacional
II
QFEB
Nilza Angela Cavassin Ensino Superior Completo Pedagoga QPM
Patrícia Porcote Ensino Médio Completo Agente Educacional I PSS
Paula Regina Kurz Ensino Superior Incompleto Agente Educacional
II
PSS
Sandra da Guia R. Marinho Fundamental Completo Agente Educacional I PSS
Sandra Mara Pereira Ensino Superior Incompleto Agente Educacional
II
QFEB
13
1.8 CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário Escolar é elaborado anualmente e deve atender ao disposto na
legislação vigente, bem como às normas baixadas em Instrução específica da
Secretaria de Estado da Educação.
Cabe ao estabelecimento de ensino propor, para apreciação e aprovação do
Órgão Colegiado de Direção e APMF e posteriormente enviar ao Núcleo Regional de
Educação para apreciação.
As alterações do Calendário, no decorrer do ano letivo, determinadas por motivos
relevantes, serão encaminhadas e protocoladas no NRE em tempo hábil para
providências cabíveis.
COLÉGIO ESTADUAL DOM JOÃO BOSCO – CALENDÁRIO ESCOLAR 2011
Conselho de Classe E.F. Início/ Término Reunião Pedagógica
Conselho de Classe E.M Blocos (Contraturno) Obmep Sábado Letivo Not. em Blocos
Férias Planejamento e Replanejamento Sábado NRE na Escola
Formação Continuada Recesso Semana Desportiva Cultural
JANEIRO -
D
T Q Q S S
1
2 3 4 5 6 7 8
09 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23/
30
24/
31 25 26 27 28 29
FEVEREIRO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28
ABRIL
D S T Q Q S S
1 2
3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
24/
31 25 26 27 28 29 30
MARÇO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30 31
MAIO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7
8 9 10 11 12 13 14
15 16 17 18 19 20 21
22 23 24 25 26 27 28
29 30 31
JUNHO
D S T Q Q S S
1 2 3 1 3
5 6 7 8 9 10 11
12 13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23 24 25
26 27 28 29 30
AGOSTO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20
21 22 23 24 25 26 27
28 29 30 31
JULHO
D S T Q Q S S
1 2
3 4 5 6 7 8 9
10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
24/
31 25 26 27 28 29 30
SETEMBRO
D S T Q Q S S
1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30
OUTUBRO
D S T Q Q S S
1
2 3 4 5 6 7 8
09 10 11 12 13 14 15
16 17 18 19 20 21 22
23/
30
24/
31 25 26 27 28 29
DEZEMBRO
D S T Q Q S S
1 2 3
4 5 6 7 8 9 10
11 12 13 14 15 16 17
18 19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30 31
NOVEMBRO
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18 19
20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30
14
1.9 MATRIZ CURRICULAR
15
16
17
18
1.10 ABRANGÊNCIA
O Colégio Estadual Dom João Bosco funciona em três turnos (manhã, tarde e
noite), das 7h30’ às 11h55’, das 13h’ às 17h25’ e das 18h45’ às 23h05’. São 839
alunos divididos em: 16 turmas do Ensino Fundamental, 10 turmas do Ensino Médio,
02 turma de Espanhol (CELEM) e 02 turmas de Complementação Curricular.
O Colégio possui 37 professores e o quadro administrativo é composto por 01
Diretora, 01 Diretora Auxiliar, 03 Pedagogas, 05 Técnico - Administrativos, 01
Secretária e 08 Serviços Gerais.
ESPAÇO FÍSICO DISPONÍVEL NO COLÉGIO
DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE METRAGEM
Biblioteca 01 50,27m2
Cancha de areia (desativada) 01 250m2
Corredor 01 66,73m2
Cozinha 01 19,92m2
Depósito/Merenda 01 16,76m2
Direção 01 24m2
Hall de Entrada 01 28,98m2
Cobertura Lateral (Entrada) 01 115 m2
Lavanderia 01 8,52m2
Pátio Coberto 01 120m2
Quadra Esportiva 01 308m2
Laboratório de Informática 01 50,27m2
Sala Multiuso 01 33,51m2
Sala dos Professores 01 50,27m2
Sala de Apoio 01 25,13m2
Salas de aula de alvenaria 07 50,27m2
Salas de aula emergenciais (madeira) 03 50,27m2
Secretaria 01 26m2
Sala da Equipe Pedagógica 01 25,13m2
WC Feminino 01 11,40m2
WC Masculino 01 11,40m2
WC Professores 01 8,52m2
1.11 CAPACIDADE FACE À DEMANDA
O Colégio Estadual Dom João Bosco, por estar situado em um bairro residencial
com espaço físico reduzido, tem possibilidade de expansão restrita para melhor
atender as necessidades da população local e melhorar a qualidade do ensino.
19
Mesmo com esta expansão este estabelecimento não atenderá toda a demanda
da comunidade a qual cresce progressivamente.
Faz-se necessário prover outra área maior para a ampliação do prédio e assim
sanar as necessidades educacionais da clientela que atendemos.
Apesar destas limitações físicas o Colégio Estadual Dom João Bosco atende as
matrículas dos alunos que moram nas imediações do Colégio.
1.12 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DOS TRABALHADORES (AS) DA
EDUCAÇÃO.
A formação continuada voltada para as necessidades dos profissionais é
fundamental para a melhoria da qualidade da educação, qualificando e valorizando os
trabalhadores (as) da educação.
Ressalta-se que na medida do possível, o estabelecimento de ensino procura
organizar um horário de aula alternativo para atender os estudantes quando os (as)
educadores (as) se ausentam do Colégio para participar de cursos de capacitação da
SEED ou outros, já que não há educadores (as) substitutos (as).
Com a aprovação do Plano de Cargos e Salários dos Funcionários da Educação
Básica da Rede Pública Estadual do Paraná (QFEB) Lei complementar nº 123 de
09/09/2008, a SEED está organizando a Formação Continuada dos (as) Trabalhadores
(as), para garantir a efetivação do Artigo 15, que trata da Progressão da Carreira,
assim como a participação em cursos de formação profissional.
O agente educacional I poderá realizar sua qualificação profissional nas seguintes
áreas: Manutenção de Infra-estrutura e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação
Escolar, Interação com o Educando e o Agente Educacional II nas áreas de:
Administração Escolar e Operação de Multimeios Escolares.
A Semana Pedagógica tem um importante papel na formação dos profissionais da
Educação. A participação dos funcionários desde o ano de 2005 foi um avanço na
democratização do processo pedagógico e administrativo do Colégio.
Os profissionais da educação vêm enfrentando os desafios de garantir o acesso,
a permanência e o direito ao conhecimento através de reflexões, debates, pesquisas,
cursos de capacitação, Grupos de Estudos, diálogo com os segmentos organizados da
sociedade (instituições de ensino superior, associação de moradores), adequação do
20
espaço físico (rampas, banheiros diferenciados) ações coletivas e interdisciplinares
(Feira do Conhecimento, Semana Desportiva Cultural, Festa Junina, Festa da Família).
Por meio de constantes discussões, aprimoramentos e capacitações, o Colégio
visa melhorar a qualidade de ensino. Do ano de 2006 em diante, verificou-se que as
práticas integradas contribuíram ainda mais para a diminuição da evasão escolar e da
repetência, porém ressalta-se o grande número de alunos aprovados por Conselho de
Classe.
Reconhece-se a importância da hora-atividade para repensar a prática
pedagógica, seja em propostas de atividades em sala de aula, como também o
desenvolvimento do professor como pesquisador. Todavia, para que o segundo
objetivo seja alcançado, há necessidade da ampliação da carga horária das mesmas.
1.13 EQUIPAMENTOS EXISTENTES
O Colégio dispõe de:
Dez salas de aula com capacidade de acomodação para quarenta alunos,
contendo quarenta carteiras em cada uma, ventiladores de teto, 1 TV Pendive
(Somente em 07 salas) além de quadro de giz com dimensão necessária;
Biblioteca (sala de aula adaptada) com três mesas redondas e dezoito cadeiras,
para a acomodação dos alunos em seus trabalhos de pesquisa. Cinco estantes
pequenas para livros, oito prateleira fixas na parede, três balcões, um armário, duas
mesas para computador, uma mesa, uma copiadora, dois computadores e duas
impressoras;
Sala Multidisciplinar , pequena, com 20 carteiras e i quadro de giz;
Secretaria pequena com dois armários, prateleiras, duas mesas, fichários, uma
máquina de escrever elétrica e quatro computadores;
Sala da Direção com tamanho apropriado contendo duas mesas, quatro cadeiras
e dois armários;
Uma sala de Reforço pequena com vinte cadeiras e carteiras;
Laboratório de Informática/Paraná Digital, com 20 computadores, uma impressora
e uma TV Pendrive;
Sala da Equipe Pedagógica com duas mesas, dois armários, seis cadeiras, um
computador, uma impressora, uma linha telefônica e TV Paulo Freire.
21
Sala dos educadores com um quadro de giz, TV Pendrive, seis armários, três
mesas com oito cadeiras, dois sofás;
Cozinha pequena (adaptada) com dois fogões industriais, duas geladeiras, um
freezer, um forno elétrico, uma batedeira semi-industrial, um liquidificador semi-
industrial, um balcão, um armário, uma mesa e um depósito com prateleiras onde são
guardados os alimentos e utensílios necessários para o preparo da merenda;
Quadra Poliesportiva sem cobertura;
Cancha de areia sem cobertura;
Refeitório com 08 mesas e 16 bancos;
O colégio dispõe de dois televisores de 21’, um vídeo Cassete e dois aparelhos
de DVD que podem ser deslocados para outros ambientes.
1.14 EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS
Os equipamentos existentes não suprem as necessidades do Colégio, faz-se
necessário a aquisição de mais equipamentos. É imprescindível a construção de um
Laboratório de Química, Física e Biologia.
1.15 PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE
Após diagnosticar que a comunidade é pouco participativa, buscam-se estratégias
para envolver as famílias e torná-las atuantes, integradas e comprometidas com a
escola.
O Colégio está buscando a integração com a comunidade através de:
Feira do Conhecimento;
Aulas-passeio (Museus, Teatros, Feira de Cursos e Profissões, entre outros);
Semana Desportiva Cultural;
Atividades Esportivas;
Reuniões Periódicas;
Apresentação de Peças Teatrais;
Palestras em parceria com o CRAS (Escola de Pais e Mães);
22
Oficinas que integram estudantes e a comunidade como o Seminário de Visão de
Futuro em parceria o SESI;
E outros projetos desenvolvidos no decorrer do ano letivo.
A participação da comunidade é restrita no que diz respeito à APMF, Conselho
Escolar, pois ainda há certa resistência por parte de algumas famílias em assumir tal
responsabilidade.
Tenta-se mudar essa realidade convidando-os a participarem de reuniões
periódicas, objetivando engajamento com o ambiente escolar.
1.16 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA ARTICULADO À
CONCEPÇÃO DE ENSINO APRENDIZAGEM.
Para superarmos o desafio da implantação de um ensino fundamental de nove
anos, acreditamos que é necessária a participação de todos e a ampliação do debate
no interior de cada escola. Nesse processo, a primeira pergunta que nos inquieta e
abre a possibilidade de discussão é: quem são as crianças hoje? Tal pergunta é
fundamental, pois encaminha o debate para pensarmos tanto sobre as concepções de
infância que orientam as práticas escolares vigentes, quanto sobre as possibilidades de
mudança que este momento anuncia.
Os estudos de Philippe Ariès (1978) indicam que o conceito de infância muda
historicamente em função de determinantes sociais, culturais, políticos e econômicos.
A literatura, as artes, a poesia e o cinema têm sido grandes aliados na percepção
do modo como a sociedade vê a infância.
Ao contribuir para desmistificar um conceito único de infância, chamando atenção
para o fato de que existem infâncias e não infância, pelos aspectos sociais, culturais,
políticos e econômicos que envolvem essa fase da vida, os estudos de Ariès apontam
a necessidade de se desconstruir padrões relativos à concepção burguesa de infância.
Esse olhar para a infância possibilita ver as crianças pelo que são no presente, sem se
valer de estereótipos, idéias pré-concebidas ou de práticas educativas que visam a
moldá-las em função de visões ideológicas e rígidas de desenvolvimento e
aprendizagem.
No Brasil, as grandes desigualdades na distribuição de renda e de poder foram
responsáveis por infâncias distintas para classes sociais também distintas. As
23
condições de vida das crianças fizeram com que o significado social dado à infância
não fosse homogêneo. Del Priori (2000) afirma que a história da criança brasileira não
foi diferente da dos adultos, tendo sido feita à sua sombra. Sombra de uma sociedade
que viveu quase quatro séculos de escravidão, tendo a divisão entre senhores e
escravos como determinante da sua estrutura social.
As crianças das classes mais abastadas, segundo a autora, eram educadas por
preceptores particulares, não tendo freqüentado escolas até o início do século XX, e os
filhos dos pobres, desde muito cedo, eram considerados força produtiva, não tendo a
educação como prioridade.
Vale lembrar que, no Brasil, ainda é muito recente a busca pela democratização
da escolarização obrigatória e presenciamos agora a sua ampliação. Se já
caminhamos para a universalização desse atendimento, ainda temos muito a construir
em direção a uma estrutura social em que a escolaridade seja considerada prioridade
na vida das crianças e jovens e estes, por sua vez, sejam olhados pela escola nas suas
especificidades para que a democratização efetivamente aconteça.
Nesse sentido, podemos ver o ensino fundamental de nove anos como mais uma
estratégia de democratização e acesso à escola. A Lei no 11.274, de 6 de fevereiro de
2006, assegura o direito das crianças de seis anos à educação formal, obrigando as
famílias a matriculá-las e o Estado a oferecer o atendimento. Mas como assegurar a
verdadeira efetivação desse direito? Como fazer para que essas crianças ingressantes
nesse nível de ensino não engrossem futuras estatísticas negativas? Acreditamos que
o diálogo proposto pelo Ministério da Educação e os debates que devem ser
promovidos em cada escola pode auxiliar nesse sentido. Pensemos: o que temos
privilegiado no cotidiano escolar? As vozes das crianças são ouvidas ou silenciadas?
Que temas estão presentes em nossas salas de aula e quais são evitados? Estamos
abertos a todos os interesses das crianças?
1.17 A PROPOSTA DE REORGANIZAÇÃO DE TEMPO E ESPAÇO, ASSIM COMO
DAS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS NECESSÁRIOS À EFETIVAÇÃO DE PROPOSTA
PEDAGÓGICA CURRICULAR DA ETAPA DE ENSINO.
Que espaços e tempos estão criando para que as crianças possam trazer para
dentro da escola as muitas questões e inquietudes que envolvem esse período da
24
vida? As peraltices infantis têm tido lugar na escola ou somos somente a “polícia dos
adultos”?
A estética dos espaços e as relações que se estabelecem revelam o que
pensamos sobre criança e educação. Essas concepções estão presentes em todas as
práticas existentes no interior da escola, deixando mais ou menos explícitos os valores
e conceitos dessa instituição. Tomemos como exemplo os murais. O que compõem os
murais? Por quem são organizados? Costumam trazer as produções das crianças? É
um espaço de exposição em que podemos acompanhar o desenvolvimento delas? Os
murais têm ocupado um espaço de comunicação dos saberes delas?
Refletir sobre a infância em sua pluralidade dentro da escola é, também, pensar
nos espaços que têm sido destinados para que a criança possa viver esse tempo de
vida com todos os direitos e deveres assegurados. Neste texto, embora tenhamos
como objetivo o debate sobre a entrada das crianças de seis anos no ensino
fundamental, queremos pensar que a infância não se resume a essa faixa etária e
propor uma reflexão sobre que aspectos têm orientado a nossa prática. Quem sabe a
entrada das crianças de seis anos não nos ajude a ver de forma diferente as crianças
que já estavam em nossas salas de aula? Está posto aí um novo desafio: utilizar essa
ocasião para revisitar velhos conceitos e colocar em cheque algumas convicções. Esse
é um exercício que requer tanto uma tomada de consciência pessoal, quanto o
fortalecimento da organização coletiva de estudo acerca desse tema, envolvendo
professores, gestores, coordenadores e demais profissionais que atuam na escola.
Propomos esse exercício porque, ainda hoje, é comum observar atitudes de adultos,
dentro e fora da escola, que desconsideram a criança como ator social e, assim,
queremos chamar atenção para a necessidade de a escola trabalhar o sentido da
infância em toda a sua dimensão.
Diante disso, qual é o papel da escola? Qual dimensão do conhecimento precisou
considerar? Se acreditamos que o principal papel da escola é o desenvolvimento
integral da criança, devemos considerá-la: na dimensão afetiva, ou seja, nas relações
com o meio, com as outras crianças e adultos com quem convive; na dimensão
cognitiva, construindo conhecimentos por meio de trocas com parceiros mais e menos
experientes e de contato com o conhecimento historicamente construído pela
humanidade; na dimensão social, freqüentando não só a escola como também outros
espaços de interação como praças, clubes, festas populares, espaços religiosos,
cinemas e outras instituições culturais; na dimensão psicológica, atendendo suas
25
necessidades básicas, como, por exemplo, espaço para fala e escuta, carinho,
atenção, respeito aos seus direitos (Brasil. Ministério da Educação, 2005).
Cabe destacar que assumir o desenvolvimento integral da criança e se
comprometer com ele não são uma tarefa só dos professores, mas de toda a
comunidade escolar.
1.17.1 Infância nos espaços e os espaços da infância
A entrada das crianças de seis anos no ensino fundamental se faz em um
contexto favorável, pois nunca se falou tanto da infância como se fala hoje. Os reflexos
desse olhar podem ser percebidos em vários contextos da sociedade. No que diz
respeito à escola, estamos em um momento de questionarmos nossas concepções e
nossas práticas escolares. Esse questionamento é fundamental, pois, algumas vezes,
durante o desenvolvimento do trabalho pedagógico, podemos correr o risco de
desconsiderar que a infância está presente nos anos/séries iniciais do ensino
fundamental e não só na educação infantil. Nosso intuito é provocativo no sentido da
reflexão e da investigação sobre quem são essas crianças que estão chegando às
nossas salas de aula. De onde vêm? Já tiveram experiências escolares anteriores?
Que grupos sociais freqüentam?
Para considerar a infância em toda a sua dimensão, é preciso olhar não só para o
cotidiano das instituições de ensino como também para os outros espaços sociais em
que as crianças estão inseridas. Em que atividades estão envolvidas quando não estão
na escola? Existem locais de encontros com outras crianças?
Ampliando o olhar, percebemos que não só a escola e a legislação têm voltado
sua atenção para a criança. A mídia também encontrou na infância um grande público
consumidor. Hoje as crianças estão expostas a comerciais que buscam criar desejos e
incentivar o consumo. Nos grandes centros urbanos,
vemos o oferecimento de um novo “serviço” que são os “cantinhos da criança”. São
espaços reservados, por exemplo, em supermercados, que se propõem a oferecer um
maior conforto para as famílias e um atendimento lúdico para a criança.
Além das diferentes apropriações dos espaços sociais, outro ponto que nos
inquieta diz respeito às condições de vida das crianças e às desigualdades que
separam alguns grupos sociais, numa sociedade marcadamente estratificada. Crianças
que vivem em situação de pobreza, que precisam, muitas vezes, trabalhar para se
sustentar, que sofrem a violência doméstica e do entorno social, que são
26
amedrontadas e amedrontam. Crianças destituídas de direitos, cujas vidas são pouco
valorizadas. Crianças vistas como ameaças na rua enquanto, na escola, pouco se sabe
sobre elas. Como são tratadas, vistas e olhadas essas crianças que estão nas ruas,
nas escolas, nos lares e que sofrem toda sorte de opressão?
Por outro lado, as crianças que vivem nas pequenas cidades também trazem
desafios para este momento. Quem são essas crianças? De quê e onde brincam?
Quais são os seus interesses? Como realizar um diálogo entre as vivências da criança
dentro e fora da escola?
Será que a busca por essas respostas pode fazer com que tornemos a sala de
aula um espaço mais dinâmico? Ou ainda, será que uma pesquisa sobre a realidade
sociocultural das crianças nesses diferentes contextos poderia abrir espaço para um
projeto que buscasse esse diálogo?
Ao nos propormos a receber a criança de seis anos no ensino fundamental, tenha
ela freqüentado, ou não, a educação infantil, devemos ter em mente que esse é o
primeiro contato com o seu percurso no ensino fundamental. Como fazer para recebê-
la? O momento da entrada na escola é um momento delicado que merece toda a
atenção.
O professor se coloca como mediador entre as expectativas da menina e o novo
mundo a ser descoberto. O nome, a proximidade, o olhar, o toque, a proposta do
brincar: elos que abrem possibilidades de continuidade, elementos essenciais para a
inserção e o acolhimento. Se as ações de acolhimento e inserção são fundamentais,
há, também, outro ponto que merece ser destacado: como são organizados os tempos
e espaços escolares?
Pensar sobre a infância na escola e na sala de aula é um grande desafio para o
ensino fundamental que, ao longo de sua história, não tem considerado o corpo, o
universo lúdico, os jogos e as brincadeiras como prioridade. Infelizmente, quando as
crianças chegam a essa etapa de ensino, é comum ouvir a frase “Agora a brincadeira
acabou!”. Nosso convite, e desafio, é aprender sobre e com as crianças por meio de
suas diferentes linguagens. Nesse sentido, a brincadeira se torna essencial, pois nela
estão presentes as múltiplas formas de ver e interpretar o mundo. A brincadeira é
responsável por muitas aprendizagens, como se vê no texto O brincar como um modo
de ser e estar no mundo.
Faz-se necessário definir caminhos pedagógicos nos tempos e espaços da escola
e da sala de aula que favoreçam o encontro da cultura infantil, valorizando as trocas
27
entre todos os que ali estão, em que crianças possam recriar as relações da sociedade
na qual estão inseridas, possam expressar suas emoções e formas de ver e de
significar o mundo, espaços e tempos que favoreçam a construção da autonomia. Esse
é um momento propício para tratar dos aspectos que envolvem a escola e do
conhecimento que nela será produzido, tanto pelas crianças, a partir do seu olhar
curioso sobre a realidade que as cerca, quanto pela mediação do adulto.
1.17.2 Infância na escola e na vida: alguns desafios
Como vimos, são muitas as questões relativas à entrada das crianças de seis
anos no ensino fundamental. Não podemos fazer frente a esse momento somente
considerando os aspectos legais que o envolvem. O direito efetivo à educação das
crianças de seis anos não acontecerá somente com a promulgação da Lei nº 11.274,
dependerá, principalmente, das práticas pedagógicas e de uma política da escola para
a verdadeira acolhida dessa faixa etária na instituição. Que trabalho pedagógico será
realizado com essas crianças? Os estudos sobre aprendizagem e desenvolvimento
realizados por Piaget e Vygotsky podem contribuir nesse sentido, assim como as
pesquisas nas áreas da sociologia da infância e da história. Esses, como outros
campos do saber, podem servir de suporte para a elaboração de um plano de trabalho
com as crianças de seis anos. O desenvolvimento dessas crianças só ocorrerá em
todas as dimensões se sua inserção na escola fizer parte de algo que vá além da
criação de mais uma sala de aula e da disponibilidade de vagas. É nesse sentido que
somos convidados à reflexão sobre como a infância acontece dentro e fora das
escolas. Quem são as crianças e que educação pretendemos lhes oferecer?
Os desafios que envolvem esse momento são muitos. Para algumas crianças,
essa será a primeira experiência escolar, então, precisamos estar preparados para
criar espaços de trocas e aprendizagens significativas, onde as crianças possam,
nesse primeiro ano, viver a experiência de um ensino rico em afetividade e
descobertas.
Algumas crianças trazem na sua história a experiência de uma pré-escola e agora
terão a oportunidade de viver novas aprendizagens, que não devem se resumir a uma
repetição da pré-escola, nem na transferência dos conteúdos e do trabalho pedagógico
desenvolvido na primeira série do ensino fundamental de oito anos.
As crianças possuem modos próprios de compreender e interagir com o mundo. A
nós, professores, cabe favorecer a criação de um ambiente escolar onde a infância
28
possa ser vivida em toda a sua plenitude, um espaço e um tempo de encontro entre os
seus próprios espaços e tempos de ser criança dentro e fora da escola.
1.17.3 A criança e a linguagem: interação e inclusão social
As crianças, desde muito cedo, convivem com a língua oral em diferentes
situações: os adultos que as cercam falam perto delas e com elas. A linguagem ocupa,
assim, um papel central nas relações sociais vivenciadas por crianças e adultos.Por
meio da oralidade, as crianças participam de diferentes situações de interação social e
aprendem sobre elas próprias, sobre a natureza e sobre a sociedade. Vivenciando tais
situações, as crianças aprendem a falar muito cedo e, quando chegam ao ensino
fundamental, salvo algumas exceções, já conseguem interagir com autonomia. Na
escola, no entanto, aprendem a produzir textos orais mais formais e se deparam com
outros que não são comuns no dia-a-dia de seus grupos familiares ou de sua
comunidade. Na instituição escolar, portanto, elas ampliam suas capacidades de
compreensão e produção de textos orais, o que favorece a convivência delas com uma
variedade maior de contextos de interação e a sua reflexão sobre as diferenças entre
essas situações e sobre os textos nelas produzidos.
O mesmo ocorre em relação à escrita. As crianças e os adolescentes observam
palavras escritas em diferentes suportes, como placas, outdoors, rótulos de
embalagens; escutam histórias lidas por outras pessoas, etc. Nessas experiências
culturais com práticas de leitura e escrita, muitas vezes mediadas pela oralidade,
meninos e meninas vão se constituindo como sujeitos letrados.
Sabemos hoje (cf. Morais e Albuquerque, 2004) que as crianças que vivem em
ambientes ricos em experiências de leitura e escrita, não só se motivam para ler e
escrever, mas começam, desde cedo, a refletir sobre as características dos diferentes
textos que circulam ao seu redor, sobre seus estilos, usos e finalidades. Disso deriva
uma decisão pedagógica fundamental: para reduzir as diferenças sociais, a escola
precisa assegurar a todos os estudantes – diariamente – a vivência de práticas reais de
leitura e produção de textos diversificados.
Cabe, então, à instituição escolar, responsável pelo ensino da leitura e da escrita,
ampliar as experiências das crianças e dos adolescentes de modo que eles possam ler
e produzir diferentes textos com autonomia. Para isso, é importante que, desde a
educação infantil, a escola também se preocupe com o desenvolvimento dos
29
conhecimentos relativos à aprendizagem da escrita alfabética, assim como daqueles
ligados ao uso e à produção da linguagem escrita.
Nessa perspectiva, convidamos professores e professoras a refletir sobre o papel
do contato dos estudantes com diferentes textos, em atividades de leitura e escrita
realizadas dentro e fora da escola. No entanto, é preciso recordar que esse contato por
si só, sem mediação, não garante que nossas crianças e nossos jovens se alfabetizem,
ou seja, que se apropriem do Sistema de Escrita Alfabética. Desse modo,
consideramos relevante a distinção feita pela professora Magda Soares (1998) entre
alfabetização e letramento.
O primeiro termo, alfabetização, corresponderia ao processo pelo qual se adquire
uma tecnologia – a escrita alfabética e as habilidades de utilizá-la para ler e para
escrever. Dominar tal tecnologia envolve conhecimentos e destrezas variados, como
compreender o funcionamento do alfabeto, memorizar as convenções letra/som e
dominar seu traçado, usando instrumentos como lápis, papel ou outros que os
substituam.
Já o segundo termo, letramento, relaciona-se ao exercício efetivo e competente
daquela tecnologia da escrita, nas situações em que precisamos ler e produzir textos
reais. Ainda segundo a professora Magda Soares (1998, p.
47) “alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis, ao contrário: o
ideal seria alfabetizar letrando, ou seja: ensinar a ler e a escrever no contexto das
práticas sociais da leitura e da escrita”. Os(as) professores(as), há algum tempo, vêm
participando desse debate, no centro do qual se questionam as práticas de ensino
restritas aos velhos métodos de alfabetização e se busca garantir que os alunos
possam, desde cedo, alfabetizar-se e letrar-se, simultaneamente. Resumindo o que foi
descoberto
nos últimos 25 anos, Morais e Albuquerque (2004) afirmam que para “alfabetizar
letrando” é necessário: (i) democratizar a vivência de práticas de uso da leitura e da
escrita; e (ii) ajudar o estudante a, ativamente, reconstruir essa invenção social que é a
escrita alfabética.
A nossa proposta agora é refletir de forma mais aprofundada sobre aqueles
aspectos constitutivos de uma prática de alfabetização na perspectiva do letramento.
30
1.17.4 A leitura e a produção de textos no ensino fundamental
A linguagem ocupa papel de destaque nas relações sociais. Na nossa sociedade,
a participação social é intensamente mediada pelo texto escrito e os que dela
participam se apropriam não apenas de suas convenções lingüísticas, mas, sobretudo,
das práticas sociais em que os diversos gêneros textuais circulam. Desse modo,
Bakhtin (2000, p. 279) chama a atenção de que “cada esfera de utilização da língua
elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados”. Ou seja, em cada tipo de
situação de interação, deparamo-nos com gêneros textuais diferentes e distintos
modos de usá-los.
Ao refletirmos sobre os usos que fazemos da escrita no dia-a-dia, sabemos que
tanto na sala de aula quanto fora dela isso fica evidente. Qualquer cidadão lê e escreve
cumprindo finalidades diversas e reais. Precisamos garantir esse mesmo princípio, ao
iniciarmos os estudantes no mundo da escrita. Desse modo, propomos, assim como
defendido em Leal e
Albuquerque (2005), que sejam contempladas na escola:
1. situações de interação mediadas pela escrita em que se busca causar algum efeito
sobre interlocutores em diferentes esferas de participação social: circulação de
informações cotidianas, como, por exemplo, por meio de escrita e leitura de textos
jornalísticos; comunicação direta entre pessoas e/ou empresas, mediante textos
epistolares (cartas, convites, avisos); circulação de saberes gerados em diferentes
áreas de conhecimento, por meio dos textos científicos; orientações e prescrições
sobre como realizar atividades diversas ou como agir em determinados eventos,
mediante textos instrucionais; compartilhamento de desejos, emoções, valoração da
realidade vivida, expressão da subjetividade, por meio dos textos literários; divulgação
de eventos, pro dutos e serviços, mediante textos publicitários, entre outros;
2. situações voltadas para a construção e a sistematização do conhecimento,
caracterizadas, sobretudo, pela leitura e produção de gêneros textuais usados como
auxílio para organização e memorização, quando necessário, de informações, tais
como anotações, resumos, esquemas e outros gêneros que utilizamos para estudar
temas diversos;
3. situações voltadas para auto-avaliação e expressão “para si próprio” de sentimentos,
desejos, angústias, como forma de auxílio ao crescimento pessoal e ao resgate de
identidade, assim como ao próprio ato de investigar-se e resolver seus próprios
31
dilemas, com utilização de diários pessoais, poemas, cartas íntimas (sem
destinatários);
4. situações em que a escrita é utilizada para automonitoração de suas próprias ações,
para organização do dia-a-dia, para apoio mnemônico, tais como agendas, calendários,
cronogramas, entre outros.
Reconhecendo essa diversidade e a necessidade de investirmos na formação dos
estudantes para lidar de forma autônoma e crítica com essas situações, Dolz e
Schneuwly (2004) propõem que façamos uma classificação dos textos, com fins
didáticos, com o propósito de trabalharmos com uma gama variada de gêneros textuais
na escola, promovendo, assim, situações de leitura, produção de textos e reflexões
sobre os aspectos sócio-discursivos dessa variedade textual.
Em sua prática, o(a) professor (a) deve ter algum critério para selecionar os textos
que serão produzidos com os estudantes. Existe variedade? Os meninos e meninas
podem conviver com um universo rico de gêneros textuais que apresentam
características distintas e cumprem finalidades diversificadas?
Dolz e Schneuwly ajudam-nos a refletir sobre esse tema. Tais autores defendem
que deveríamos propiciar em todos os anos o contato com:
(1) textos da ordem do narrar, que seriam aqueles destinados à recriação da realidade,
tais como contos, fábulas, lendas; (2) textos da ordem do relatar, que seriam aqueles
destinados à documentação e à memorização das ações humanas, tais como notícias,
diários, relatos históricos; (3) textos da ordem do descrever ações, que seriam os que
se destinam a instruir como realizar atividades e a prescrever e regular modos de
comportamento, tais como receitas, regras de jogo, regulamentos; (4) textos da ordem
do expor, destinados à construção e à divulgação do saber, tais como notas de
enciclopédia, artigos voltados para temas científicos, seminários, conferências; e (5)
textos da ordem do argumentar, que se destinam à defesa de pontos de vista, tais
como textos de opinião, diálogos argumentativos, cartas ao leitor, cartas de
reclamação, cartas de solicitação.
A necessidade de garantir que os estudantes tenham acesso a esses textos: a
literatura é um bem cultural da humanidade e deve estar disponível para qualquer
cidadão; a leitura do texto literário é fonte de prazer e precisa, portanto, ser
considerada como meio para garantir o direito de lazer das crianças e dos
adolescentes; a leitura do texto literário promove no ser humano a fantasia, conduzindo
ao mundo do sonho; possibilita, ainda, que os valores e os papéis sociais sejam
32
ressignificados, influenciando a construção de sua identidade; por fim, sem termos a
pretensão de esgotar tais razões, promove a motivação para que crianças e
adolescentes aprendam a ler e possibilita inseri-los em comunidades de leitores.
Momentos diários de leituras compartilhadas, quando o professor lê para seu
grupo, possibilitando que os estudantes possam, inclusive, observar o escrito e as
ilustrações, são de grande importância nesse processo. Pesquisas realizadas em
diversos países demonstram que meninos e meninas que desde cedo escutam
histórias lidas e/ou contadas por adultos, ou que brincam de ler e escrever (quando
ainda não dominaram o sistema de escrita alfabética), adquirem um conhecimento
sobre a linguagem escrita e sobre os usos dos diferentes gêneros textuais, antes
mesmo de estarem alfabetizadas (cf. Teberosky, 1995). É por meio de atividades como
essas que vão gradativamente construindo idéias cada vez mais elaboradas sobre o
que é ler e escrever. Tais momentos possibilitam, inclusive, que eles se apropriem de
estratégias de leitura típicas de um leitor experiente (cf. Solé, 2000). Assim, por
exemplo, ao se defrontarem com um texto num livro de histórias, elaboram
antecipações sobre o que está ali escrito, formulam hipóteses sobre como a história
terminará, comparam o conteúdo e o estilo daquele texto com o de outros que já
conheceram previamente etc.
Como você tem observado essas condutas em sua sala de aula? Além das
histórias infantis e juvenis, que outros textos você julga que podem ser lidos e
produzidos com nossas crianças e adolescentes?
Sabemos que durante muito tempo o ensino do nosso sistema de escrita foi feito
de uma maneira mecânica, repetitiva, na qual os estudantes eram levados a memorizar
segmentos das palavras (letras ou sílabas) ou mesmo palavras inteiras, sem entender
a lógica que relacionava as partes pronunciadas (pauta sonora) e a seqüência de letras
correspondente.
Hoje, entendendo que há um conjunto de conhecimentos a ser construído, temos
condições de promover desafios que levem as crianças e os adolescentes a
compreender que a escrita possui relação com a pauta sonora. Essa é uma descoberta
que nem sempre é realizada espontaneamente, razão pela qual se torna imprescindível
ajudarmos os estudantes a descobrir os princípios que regem aquela relação
enigmática: a relação entre as partes faladas e as partes escritas das palavras.
Ferreiro (1985) diz que para chegar à compreensão da correspondência entre as
letras – unidades gráficas mínimas – e os fonemas – unidades sonoras mínimas, é
33
preciso realizar uma operação cognitiva complexa. Nas escritas alfabéticas, essa
empreitada envolve entender:
o que a escrita representa das palavras faladas (isto é, que as letras representam
os sons e não os significados ou outras características físicas das coisas às
quais aquelas palavras orais se referem);
como a escrita cria essas representações (isto é, que a escrita funciona
“traduzindo”, por meio das letras, segmentos sonoros pequenos, os fonemas,
que estão no interior das sílabas). A partir dos estudos hoje disponíveis,
podemos promover atividades que ajudem as crianças e os adolescentes a se
familiarizar com as letras, por um lado, e a perceber que a cada letra (ou
conjunto de letras, no caso dos dígrafos) corresponde uma unidade sonora (com
poucas exceções, como a que acontece em táxi, em que uma letra – x –
representa dois fonemas). Se consultarmos Morais (2005), verificaremos que,
para dominar a notação alfabética, o estudante precisa entender as relações
entre o todo escrito e o todo falado, ou seja, entre as palavras faladas e as
palavras escritas, e entre as partes do escrito (sílabas e letras) e as do falado
(sílabas e fonemas, que correspondem às menores unidades das palavras).
Para entender essas relações, no entanto, a criança ou o adolescente precisa vir
a tratar as letras como classes de objetos substitutos, isto é, precisa entender que as
letras substituem algo, os segmentos sonoros mínimos, que chamamos de fonemas.
Para compreender o funcionamento da escrita alfabética, ela ou ele precisa considerar
relações de ordem, de permanência e relações termo a termo.
Em várias atividades de reflexão sobre o sistema de escrita, a tomada de
consciência acerca desses princípios ocorre quando os estudantes também percebem
que a sílaba, que pode ser segmentada oralmente, possui regularidades que facilitam a
sua representação (ou notação) gráfica. Perceber que em toda sílaba de nossa língua
há uma vogal é uma aprendizagem importante e parece favorecer a tarefa de tentar
encontrar as outras unidades no interior desse segmento.
Uma atividade importante para ajudar o estudante a tomar consciência desses
princípios é a de fazê-lo perceber que uma mesma unidade gráfica (a letra), em
diferentes contextos, mantém relações com um mesmo valor sonoro ou um valor
sonoro aproximado. Nesse sentido, Gallart (2004, p.46) atenta partindo da
aprendizagem de palavras próximas, como os próprios nomes, os meninos e as
meninas são capazes de incrementar seu universo de palavras e sons a partir de letras
34
e sons conhecidos. Ao mesmo tempo em que se vão desenvolvendo nesse processo,
são capazes de gerar outras palavras, jogando com as letras, as sílabas e os sons, e
dotando-os de sentido com os demais a cada nova palavra gerada.
É por tal motivo que sugerimos muitas, constantes e variadas atividades com
palavras significativas para as crianças e os adolescentes e com as quais eles se
deparem com freqüência. Tais palavras estáveis (ou fixas) ajudam o estudante a ir
percebendo as regularidades do nosso sistema de escrita e a utilizar conhecimentos
(adquiridos quando as leram e escreveram), ao se defrontarem com novas palavras
que tenham semelhanças com aquelas que, em sua mente, estão mais estáveis e
sobre as quais refletiram mais.
Outras estratégias didáticas que podem auxiliar as crianças e os adolescentes a
se apropriar do sistema alfabético de escrita assumem a forma de brincadeiras com a
língua. Leal, Albuquerque e Rios (2005) lembram que brincar com a língua faz parte
das atividades que realizamos fora da escola desde muito cedo. As autoras lembram
que, quando cantamos músicas e cantigas de roda, recitamos parlendas, poemas,
quadrinhas, desafiamos os colegas com diferentes adivinhações, estamos nos
envolvendo com a linguagem de uma forma lúdica e prazerosa. Elas citam, ainda,
diferentes tipos de jogos que fazem parte da nossa cultura e envolvem a linguagem:
“Quem nunca brincou, fora da escola, do jogo da forca, ou de palavras cruzadas;
dentre outras brincadeiras? Todos esses jogos envolvem a formação de palavras e,
com isso, podem ajudar no processo de alfabetização”. aqueles que ajudam os
estudantes a consolidar e automatizar as correspondências entre as letras e os sons,
pois, muitas vezes, temos estudantes que entendem a lógica da escrita, mas ainda não
dominam todas as correspondências, trocam letras, omitem ou esquecem o valor
sonoro relacionado a algumas delas.
“Alfabetizar letrando” é um desafio permanente. Implica refletir sobre as práticas e
as concepções por nós adotadas ao iniciarmos nossas crianças e nossos adolescentes
no mundo da escrita, analisarmos e recriarmos nossas metodologias de ensino, a fim
de garantir, o mais cedo e da forma mais eficaz possível, esse duplo direito: de não
apenas ler e registrar autonomamente palavras numa escrita alfabética, mas de poder
ler-compreender e produzir os textos que compartilhamos socialmente como cidadãos.
Buscamos enfatizar que o entendimento sobre como funciona a nossa escrita
pressupõe ter familiaridade e se apropriar das diferentes práticas sociais em que os
textos circulam, por um lado; desenvolver conhecimentos e capacidades cognitivas e
35
estratégias diversificadas para lidar com os textos nessas diferentes situações, por
outro lado e, aliado a tudo isso, desenvolver conhecimentos sobre como registrar
(notar) no papel o que se pretende comunicar e sobre como transformar o registro
gráfico em pauta sonora, ou seja, apropriar-se do sistema alfabético de escrita.
Como educadores, precisamos aprofundar a reflexão aqui apresentada, dando
continuidade e ampliando esse debate tão rico e necessário.
1.18 EXPECTATIVAS DA POPULAÇÃO A SER ATENDIDA (PROFISSIONAIS NA
EDUCAÇÃO, FAMÍLIAS E ALUNOS)
Muitas perguntas aparecem para nós, professoras, no momento de organizar e
planejar o trabalho, a ação pedagógica: para que serve a escola? Qual é o seu papel
social? O que fazer para que as crianças aprendam mais e melhor? E os(as) alunos
(as)? Será que também surgem perguntas para elas? Como é a escola? O que
acontece lá dentro? Como acontece? O que podemos fazer lá e o que não podemos?
O que vamos aprender?
Nosso diálogo neste texto trata da organização do trabalho pedagógico nos
anos/séries iniciais do ensino fundamental de nove anos, considerando que a cada ano
recomeçamos nossa ação educativa com novas crianças e adolescentes num mundo
em constante mudança. Daí a necessidade de estudo contínua, demandando, assim,
atualização e revisão de nossas práticas.
A forma como organizamos o trabalho pedagógico está ligada ao sentido que
atribuímos à escola e à sua função social; aos modos como entendemos a criança; aos
sentidos que damos à infância e à adolescência e aos processos de ensino-
aprendizagem. Está ligado do mesmo modo a outras instâncias, relacionadas aos
bairros em que as escolas estão localizadas; ao espaço físico da própria escola e às
atividades que aí ocorrem; às características individuais do(a)s professore(a)s e às
peculiaridades de suas formações profissionais e histórias de vida – muitos fatores
então condicionam a organização do trabalho pedagógico. Em síntese, está ligado à
nossa concepção de educação: educar para quê? Como? Liga-se em conseqüência à
construção de sujeitos cidadãos que cada vez mais adentram os espaços sociais,
participando e atuando no sentido da sua transformação.
36
E nós, professores e professoras, nos perguntamos: como se constrói a educação
como prática de liberdade, no sentido de Paulo Freire? Educar para que as crianças e
os adolescentes possam cada vez mais compreender o mundo em que vivem por meio
do trabalho pedagógico com os conhecimentos que têm e com aqueles conhecimentos
de que vão, aos poucos, se apropriando pelo sentido vivo que possuem e pelos
interesses e desejos que geram. Nessa perspectiva, nossas crianças e jovens vão se
sentindo cada vez mais livres para transitar socialmente porque entendem melhor a
complexidade do mundo. Ao mesmo tempo, vão se sentindo cada vez mais integrados
e fortalecidos pela dimensão de cidadania que a prática de trabalho organizado e
colaborativo abre para todos. As experiências pedagógicas coletivas de que participam
sinalizam a partilha e a construção cooperativa de ações comuns – e o valor de todos e
de cada um se revela.
Dúvidas, apreensões e desejos mobilizam todos os que se envolvem em novas
experiências. E nós, professores/professoras, a cada ano vivemos novas experiências
e novos modos de viver a prática pedagógica porque trabalhamos com pessoas, com
crianças - trabalhamos então com sujeitos vivos e pulsantes, e com conhecimentos em
constante ampliação, revisão e transformação. Que diferença de uma fábrica, onde o
que se almeja é a homogeneidade, o padrão! Na fábrica, um produto de uma mesma
série deve ser rigorosamente igual ao outro para que passe pelo controle de qualidade!
Na escola e na vida, encontramos a multiplicidade de sujeitos e de modos de
viver, pensar e ser. Mas encontramos também características e marcas que nos
identificam como seres humanos, pertencentes a um período histórico, a uma região
geográfica e a tantos outros agrupamentos que se entrelaçam. E por que isso
acontece? Porque somos sujeitos culturais, não somos sujeitos errantes: criamos
vínculos, sentimentos, mundos, literatura, teorias, moda, receitas culinárias, filosofia,
brincadeiras, jogos, arte, máquinas – tudo nos enreda e nos diz que, mesmo sem
caminhos traçados, como de modo geral acontece com os animais, construímos
história e histórias, cultura e culturas que nos enraízam, nos envolvem e nos
identificam.
E a escola faz parte dessas criações humanas. É a instituição, o lugar de nos
fortalecermos, de nos entranharmos nessa história com cada uma de nossas histórias,
de nos fazermos fortes porque nos integramos socialmente, compreendendo a força e
a capacidade criadora do ser humano. Compreendendo também a vida e a luta dos
37
homens através dos tempos, os conhecimentos produzidos e os modos de produção,
as desigualdades criadas e as diferenças.
E nós sabemos bem disso porque convivemos diariamente com crianças e
adolescentes que trazem experiências e histórias que não são encantadas, são vividas
concretamente, muitas vezes dramaticamente. Às vezes, preocupadas em demasia
com os conteúdos de ensino, não paramos para conhecer nossos alunos, para ouvir os
conteúdos tão significativos de suas vidas. E aprendizagem envolve sensibilidade e
mudança! Como diz Barbosa (1990), aprendizagem envolve risco, e não nos dispomos
a correr ricos com qualquer pessoa – se não conseguimos desenvolver relações de
confiança e afeto com os alunos, dificilmente construímos uma relação de ensino-
aprendizagem.
A escola é, então, lugar de encontro de muitas pessoas; lugar de partilha de
conhecimentos, idéias, crenças, sentimentos, lugar de conflitos, portanto, uma vez que
acolhe pessoas diferentes, com valores e saberes diferentes. É na tensão viva e
dinâmica desse movimento que organizamos a principal função social da escola:
ensinar e aprender – professoras, crianças, funcionários, famílias e todas as demais
pessoas que fazem parte da comunidade escolar.
1.19 PROPOSTAS DE ARTICULAÇÃO ENTRE A EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL, ANOS INICIAIS E ANOS FINAIS DO ENSINO
FUNDAMENTAL E ENTRE ESTA ETAPA E O ENSINO MÉDIO, CONFORME A
OFERTA.
A Equipe Pedagógica do Colégio empenhou-se em adquirir os Planejamentos do
1º ao 5º anos e disponibilizou para uso dos professores na biblioteca.
Na Reunião Pedagógica do dia 19/08/2011, a diretora Renata, da Escola
Municipal Vitório Manoel Franceschi veio palestrar sobre o ensino de nove anos e
como é o procedimento desta modalidade de ensino e os
encaminhamentos/orientações que a Secretaria Municipal de Educação de Colombo
efetuou.
Também a Equipe Pedagógica fez visitas ao 5º ano e está interagindo com os
alunos que virão para o nosso Colégio em 2012 e propor uma visitação para adaptação
dos alunos a esta nova realidade.
38
1.20 PROPOSTA DE ADAPTAÇÃO DOS ALUNOS ORIUNDOS DOS ANOS INICIAIS
À ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NOS ESTABELECIMENTOS QUE
OFERTAM OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (ESPAÇO, TEMPO E
PROCEDIMENTOS)
Quanto à adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais a Equipe Pedagógica
já está em contato permanente e com trabalho articulado com a Escola Municipal
Vitório Manoel Franceschi e vem trabalhando no sentido de melhor atendes a demanda
neste novo sistema de ensino.
A organização do trabalho pedagógico caracteriza- se como uma dimensão muito
importante para o desenvolvimento do projeto político-pedagógico da escola como um
todo. O Projeto Político Pedagógico, como sabemos, é um instrumento que nos dá
direções, nos aponta caminhos, prevendo, de forma flexível, modos de caminhar. O
projeto é um eixo organizador da ação de todos que fazem parte da comunidade
escolar. Apresenta quem somos e nossos papéis, nossos valores e modos de pensar
os processos de ensino-aprendizagem, além do que desejamos com o trabalho
pedagógico. Um projeto político-pedagógico é como uma radiografia do movimento que
a escola realiza e pretende realizar para alcançar seu objetivo mais importante: educar,
promovendo a produção de conhecimentos e a formação de pessoas íntegras e
integradas à sociedade por meio da participação cidadã, de forma autônoma e crítica.
A escola como instituição está marcada pela organização político-pedagógica que
envolve os conhecimentos que ali são trabalhados para que as crianças aprendam.
Isso acontece de tal modo que tem um valor estruturante na formação social das
pessoas, dando-lhes identidade também pela aprendizagem de modos de ação e
interação que são socialmente valorizados. Ou seja, o processo de escolarização
marca-nos no sentido de ampliar a compreensão da dinâmica social, das variadas
forças e conhecimentos que disputam poder na sociedade, das diferentes
interpretações de conteúdos, fatos, objetos, fenômenos e comportamentos sociais.
Nossa responsabilidade política de educadores levamos a investir cada vez mais na
qualidade de nossa atuação profissional.
Os critérios de organização das crianças em classes/turmas/grupos e de
arrumação das carteiras, dos grupos e dos materiais nas salas de aula; o planejamento
do tempo para brincadeiras livres e da hora da refeição; a programação de atividades e
os modos como elas são propostas e desenvolvidas – tudo isso influencia na forma
39
como o projeto pedagógico se desenrola. Trabalhos coletivos constroem-se
coletivamente; espaços democráticos reorganizam-se com a participação de todos,
inclusive decidindo normas, limites, horários, distribuição de tarefas... Se as crianças
participarem, desde o início dessa organização, terão a oportunidade de desenvolver o
sentimento de pertencimento ao grupo e de responsabilidade pelas decisões tomadas.
Todos aqueles que integram a comunidade escolar precisam participar da
organização do trabalho pedagógico. Todos podem agir para que o trabalho
pedagógico de ensinar e aprender aconteça; todos se beneficiam dele e se
comprometem com ele. Dessa forma, a partir da definição de objetivos a ser
alcançados na série, ou no ano, ou no ciclo escolar, estabelecem-se rotinas de
atividades a ser realizadas; definem-se os materiais necessários; e atitudes a ser
desenvolvidas para o bom andamento dos processos de ensino- aprendizagem. A
integração família-escola desempenha papel de destaque nesse processo. É certo que
nem todas as famílias participam, ou podem participar, da mesma maneira, mas vale a
pena incluí-las no planejamento escolar, por meio de solicitações sobre seus modos de
funcionamento, seus gostos, suas histórias, profissões, tudo isso está ligado às
histórias de vida das crianças.
Na mesma direção anteriormente delineada, os professores, também
coletivamente, organizam- se para estudar e planejar, além de avaliar os caminhos
traçados e os resultados alcançados – avaliar a organização do trabalho como um
todo. O movimento do conjunto de professores e dos demais participantes da vida
escolar indica a disposição de, continuamente, rever posições, metodologias, modos de
enfrentar surpresas e dificuldades.
Ensinar-aprender envolve certa intimidade. O(a)s professore(a)s também devem
se expor como pessoas que são, narrando fatos de suas histórias. Aprendemos com os
outros: histórias puxam histórias e envolvem-nos, gerando, assim, relações de
confiança e cumplicidade,
básicas para consistentes relações de ensino-aprendizagem.
Descobrir e refletir sobre o que as crianças e os adolescentes já sabem, sobre
suas histórias e seus processos, e também sobre o que desejamos que aprendam,
fazem parte de processos organizativos. Organizar por quê? Para quê? Como? O que
é necessário?
A organização do trabalho pedagógico, então, deve ser pensada em função do
que as crianças sabem, dos seus universos de conhecimentos, em relação aos
40
conhecimentos e conteúdos que consideramos importantes que elas aprendam. No
caso das séries/anos iniciais do ensino fundamental, a aprendizagem da língua escrita;
o desenvolvimento do raciocínio matemático e a sua expressão em linguagem
matemática; a ampliação de experiências com temáticas ligadas a muitas áreas do
conhecimento; a compreensão de aspectos da realidade com a utilização de diversas
formas de expressão e registro – tudo deve ser trabalhado de forma que as crianças
possam, ludicamente, ir construindo outros modos de entender a realidade,
estabelecendo novas condições de vida e de ação.
Os planejamentos de ensino, os planos de aula e os projetos de trabalho são,
portanto, frutos de reflexões coletivas e individuais cujo objetivo é a aprendizagem das
crianças. Por isso, devem ser pensados a longo, médio e curto prazos, abrindo espaço
para alterações, substituições e para novas e inesperadas situações que acontecem
nas salas de aula e no entorno delas, que podem trazer significativas contribuições
para a reflexão das crianças, gerando novos temas de interesse, novos conhecimentos
e novas formas de interpretar a realidade.
1.21 PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA AOS PROFESSORES, COM
VISTAS A ASSEGURAR O ENTENDIMENTO DOS OBJETIVOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL DE NOVE ANO, BEM COMO AS ESPECIFICIDADES DOS ALUNOS.
A Direção do Colégio já fez uma reunião pedagógica em 19/08/2011, para que
nos adeqüemos a esta nova modalidade de ensino de nove anos, com palestras com a
Diretora Renata, da Escola Municipal Vitório Manoel Franceschi. Foram
disponibilizados os Planejamentos das séries iniciais, que estão para uso, na biblioteca
do Colégio.
1.22 CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO DE TURMAS
Quantidade (mínimo de 35 alunos e máximo 40). Apesar de haver uma Lei vigente
que estipule o número máximo de estudantes por turma, este limite às vezes é
ultrapassado, pois a procura é maior que a nossa demanda.
Idade: alunos do Ensino Fundamental (10 a 18 anos), Ensino Médio (14 a 64 anos).
41
Turmas homogêneas quanto ao gênero e ao nível de aprendizagem.
1.23 RELAÇÃO AVALIAÇÃO-APRENDIZAGEM (evasão escolar e os desafios
educacionais contemporâneos)
Os professores recebem orientações da Equipe Pedagógica para anotarem nos
Registros de Classe as ocorrências em sala de aula com a assinatura dos alunos
envolvidos. Na recusa destes, é solicitada a assinatura dos monitores da turma e/ou de
outras testemunhas. Essas ocorrências são enviadas à Equipe Pedagógica e
resolvidas com os estudantes e a família.
Fazem parte das ocorrências a recusa em fazer avaliações, conversas
inadequadas durante a aula expositiva mesmo após o (a) professor (a) ter solicitado
silêncio por inúmeras vezes ou outros episódios que atrapalham o desenvolvimento
das aulas e que não haja necessidade de interferência da Equipe Pedagógica.
Tem sido constante o nosso esforço no sentido de auxiliar, motivar e fazer com
que o estudante faltoso retorne ao Colégio. Não raras vezes e principalmente no
período noturno, visitamos os estudantes e contatamos os pais, solicitando destes que
dialoguem com seus filhos (as) para que voltem às aulas. Todos esses casos são
registrados pelo Colégio. Assim que somos comunicados por escrito ou verbalmente
das faltas dos alunos, contatamos os pais ou responsáveis quando há número de
telefone e/ou mandamos bilhetes às famílias. Às vezes somos bem sucedidos, ou seja,
o estudante volta a freqüentar as aulas, mostrando bom rendimento escolar e é
aprovado. Também sentimo-nos angustiados quando não conseguimos o retorno do
aluno e consequentemente a sua desistência e/ou reprovação.
O Conselho Tutelar tem nos auxiliado muito na orientação aos pais para o
encaminhamento dos alunos a psicólogos e outros profissionais especializados.
Contamos com o apoio do Centro de Referência em Assistência Social.
Os docentes têm inovado seu trabalho, utilizando-se da multimídia como o
Laboratório de Informática e a TV pendrive. Também, através de aulas
interdisciplinares e aulas-passeio como ao Parque Newton Freire, Feira de Cursos e
Profissões de Universidades Públicas, Laboratório de Anatomia da Pontifícia
Universidade Católica (PUC), entre outros locais.
42
Quanto ao enfrentamento à drogadição, contamos com a ajuda da Secretaria
Municipal Antidrogas de Colombo, orientando as famílias que nos procuram e relatam
casos envolvendo seus filhos. Em caso de confirmação de drogas no interior do
estabelecimento, comunicamos e contatamos a Patrulha Escolar.
Quanto ao enfrentamento à violência, trabalhamos na afirmação de valores
positivos, promovendo discussões, palestras e trabalhos específicos em sala de aula
com a orientação dos(as) professores(as) orientador(as).
De acordo com as metas estabelecidas no Projeto Político Pedagógico, o Colégio
vê a avaliação como um ato contínuo que será empreendido, ora de maneira
sistemática, ora de maneira assistemática, criando constantes condições de
realimentação dos métodos e técnicas desenvolvidos para consecução dos objetivos
maiores do processo ensino-aprendizagem que resultam na promoção dos nossos
educandos. A Avaliação deverá:
Proporcionar dados que permitam ao Colégio promover a reformulação do currículo
em favor da adequação de conteúdos e métodos de ensino;
Possibilitar ao estudante, com defasagem em alguns conteúdos, novas
oportunidades de recuperação e conseqüente aprendizagem dos mesmos;
Corrigir deficiências provenientes de práticas pedagógicas arcaicas;
Considerar os esforços, apesar de muitas vezes lentos, de estudantes que
apresentam problemas no relacionamento familiar e de ordem sócio-econômicos;
Oportunizar aprendizagem eficiente e crítica que possibilita a integração do
educando na sociedade.
1.24 RECLASSIFICAÇÃO
Instrução nº 020/2008-SUED/SEED que estabelece procedimentos para o
processo de reclassificação de alunos às séries compatíveis com a experiência e
desempenho escolar demonstrados pelos discentes (este processo já foi realizado com
dois alunos brasileiros que vieram dos EUA no início de 2008).
O desafio ainda está em reclassificar os alunos matriculados em séries anteriores
a sua faixa etária, para assim resgatar sua auto-estima e estimular a permanência e o
aproveitamento escolar.
43
1.25 INSTRUMENTOS DE REGISTROS
O educador (a) dispõe do Registro de Classe, onde registra diariamente a rotina
de seu trabalho, conteúdos, freqüência e ocorrências, caso seja necessário; Livro Ata,
para situações importantes do Colégio; Livro Ponto para a organização do
estabelecimento e Livro de Apoio Pedagógico onde são registrados fatos relevantes do
cotidiano escolar. Ainda temos, na sala de aula, o Diário de Classe sob a supervisão do
estudante monitor.
1.26 RECUPERAÇÃO
Ao constatar que o caminho percorrido com alguns estudantes não resultou na
apropriação do conhecimento, o professor não poderá aceitar que fiquem à margem do
grupo, no domínio daquele conteúdo, devendo considerar:
A metodologia adotada;
A profundidade do tratamento do conteúdo trabalhado;
A origem das tentativas apresentadas pelo aluno no percurso da construção do seu
conhecimento;
É feito o diagnóstico em parceria com o aluno, procurará retomar os conteúdos que
ele não conseguiu aprender/compreender e reavaliá-los.
A Recuperação de Estudos de Forma Paralela será ofertada concomitantemente
às atividades letivas, sendo integrada ao processo de ensino, estando incluída nas
oitocentas (800) horas letivas e duzentos (200) dias letivos.
Para que todo o trabalho de ensino-aprendizagem seja desenvolvido com maior
sucesso, o estudante é acompanhado pela Equipe Pedagógica.
1.27 FORMA DE COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS OBTIDOS
Sempre que necessário e no final de cada bimestre os pais ou responsáveis
dirigem-se ao estabelecimento de ensino para a entrega dos boletins e conversam com
os docentes e pedagoga (s) sobre o rendimento escolar dos filhos.
44
No decorrer do bimestre é feito um acompanhamento pedagógico com os
estudantes que apresentam dificuldades de aprendizagem, buscando na medida do
possível, parcerias com a família e ou profissionais especializados para auxiliar neste
trabalho.
1.28 CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa
em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do
estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino-aprendizagem
na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso.
O Conselho de Classe tem por finalidade:
a) estudar e interpretar os dados de aprendizagem na sua relação com o trabalho do
professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo plano
curricular;
b) estabelecer estratégias de melhoria do processo ensino-aprendizagem de modo a
atender as necessidades educacionais, individuais e coletivas dos alunos;
c) analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma,
com a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;
d) utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados
pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si.
O Conselho de Classe é constituído pelo Diretor, Equipe Pedagógica, pela
Secretária e por todos os professores que atuam numa mesma classe.
A presidência do Conselho de Classe está a cargo do Diretor que, em sua falta ou
impedimento, será substituído pela Direção Auxiliar ou pela Equipe Pedagógica,
cabendo ao presidente, o voto de qualidade, em caso de empate.
O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em datas
previstas no Calendário Escolar, e extraordinariamente, sempre que um fato relevante
assim o exigir. A convocação para as reuniões será feita através de edital com
antecedência de 48 horas, sendo obrigatória a obtenção do quorum.
São atribuições do Conselho de Classe:
Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem,
respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela Equipe Pedagógica;
45
Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento
metodológico e processo de avaliação que afetem o rendimento escolar;
Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em vista o
respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os alunos na
classe;
Estabelecer planos viáveis de recuperação de conteúdos, em consonância com o
plano curricular do estabelecimento de ensino;
Colaborar com a Equipe Pedagógica na elaboração e execução dos planos de
adaptação de alunos transferidos, quando se fizer necessário;
Decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno que, após a apuração dos
resultados finais, não atinja o mínimo solicitado pelo estabelecimento, levando-se
em consideração o desenvolvimento do aluno, até então.
Das reuniões do Conselho de Classe será lavrada a ata por secretário, em livro
próprio, para registro e divulgação aos interessados.
1.29 PROJETOS PEDAGÓGICOS
1.29.1 Projeto de Leitura
Objetivo Geral:
Despertar e estimular o interesse do estudante pela leitura, através do
desenvolvimento do senso crítico e das percepções visuais e auditiva.
Objetivos Específicos:
Promover a interdisciplinaridade;
Formar o leitor crítico;
Melhorar a expressão escrita e falada do aluno e do professor;
Possibilitar a interação estudante-biblioteca;
Enriquecer o aprendizado e o vocabulário;
Propiciar a expressão do assunto lido;
Minimizar erros ortográficos e gramaticais;
Estimular o interesse por temas diversificados;
Mediar a busca de novos conhecimentos e novas informações;
46
Conscientizar o aluno da importância da leitura em sua formação e na sua visão de
mundo.
Justificativa:
A importância de leitura, as experiências que ela proporciona, bem como o prazer,
as informações que se adquirem, são alguns fatores que se deve levar em conta para
promover e descobrir o interesse pela leitura. A leitura deve ser rica e variada
contribuindo para o desenvolvimento intelectual e crítico do aluno. Portanto, este
projeto tem a finalidade de permitir ao aluno o acesso à cultura e a atualidade através
da leitura.
Procedimentos Metodológicos:
Este projeto será desenvolvido com todos os alunos da escola ao longo do ano
letivo, em todas as disciplinas, seguindo cronograma e avaliação pré-estabelecidos.
Os trabalhos produzidos nas aulas de Língua Portuguesa serão expostos no
mural; dramatizações de capítulos ou trechos dos livros serão apresentados em sala de
aula ou no palco do pátio coberto.
Além dessas sugestões, cada professor inovará as atividades, estimulando a
criatividade dos alunos.
Para ampliar e enriquecer o vocabulário do aluno, o professor pode sanar,
individualmente, dúvidas quanto ao significado das palavras desconhecidas, evitando
assim a quebra da prazerosidade da leitura, consultando o dicionário.
Compete ao professor orientador fazer uma consulta prévia na biblioteca para
verificar os livros que poderão ser usados. Estes podem ser estipulados pelo professor
ou de livre escolha do aluno.
Recursos:
Livros de literatura Infanto-Juvenil e paradidáticos
Avaliação:
O professor orientador de cada turma verificará a Ficha de Avaliação de Leitura e
atribuirá uma nota de zero a 2,0 que será repassada a todos os professores das
demais disciplinas. Isto ocorrerá bimestralmente.
Observação: Em parceria com o atendimento da Biblioteca organizou-se, no ano de
47
2009, um modelo diferente do Projeto de Leitura no espaço da Biblioteca. O aluno
mergulha no acervo pré-selecionado, escolhe a obra pela qual mais se interessa e
numa aula quinzenal tem o prazer de ler num espaço diferente ao da sala de aula,
cercado de livros por todos os lados.
1.29.2 Semana Desportiva Cultural
Objetivo Geral:
Valorizar a descoberta, a compreensão e a utilidade da atividade coletiva
vivenciada pelos alunos, vindo somar ao crescimento individual e do grupo, onde haja o
respeito e a cooperação na busca dos objetivos comuns.
Objetivos Específicos:
Dar oportunidade a todos os estudantes de colocar em prática os conhecimentos
já adquiridos e de construírem novos conhecimentos, através da interação e integração
com os colegas de sua e de outras turmas, despertando neles a responsabilidade e o
senso crítico.
Justificativa:
Incentivar os alunos para a integração e o despertar na elaboração de atividades,
envolvendo a organização, a criatividade, o respeito aos colegas e a união para que
todo o processo tenha eficácia.
Concluir que estas atividades podem ser relacionadas com os conceitos morais,
éticos e sociais.
Procedimentos:
Abertura e encerramento com hasteamento da Bandeira, juntamente com a
execução do Hino Nacional (presença da Fanfarra Municipal).
Será elaborada uma gincana que envolverá atividades a níveis culturais, recreativo
e esportivo.
A premiação (medalhas) será para as três primeiras colocações, após a contagem
dos pontos.
48
Avaliação:
O (a) professor (a) orientador (a) de cada turma atribuirá uma nota de zero a 2,0,
de acordo com a participação do estudantes, que será repassado a todos os
professores das demais disciplinas.
1.29.3 Feira do Conhecimento
Objetivo Geral:
Facultar a integração entre a escola e a comunidade através da exposição dos
trabalhos realizados como forma de iniciação científica, promovendo o
desenvolvimento cultural.
Objetivos Específicos:
Dar oportunidade aos alunos para construírem novos eventos através de
conhecimentos adquiridos;
Despertar no educando o interesse pela construção e realização do mesmo;
Trazer a comunidade para participar dos eventos realizados na escola.
Justificativa:
Valorização dos eventos como instrumento de desenvolvimento do conhecimento
dos alunos, oportunizando o educador a observar, a comparar e avaliar as
modificações comportamentais do aluno e o desenvolvimento da capacidade de
raciocínio e evolução no conhecimento social, técnico e científico.
Procedimentos:
Programação antecipada do evento;
Materializar a participação dos alunos através do desenvolvimento de atividades;
Uso da interdisciplinaridade em todas as áreas curriculares.
Avaliação:
O (a) professor (a) orientador (a) de cada turma atribuirá uma nota de zero a 2,0 ,
de acordo com a participação do aluno, que será repassado a todos os professores das
demais disciplinas.
49
1.29.4 Projeto Limpeza e Conservação do Colégio
Objetivo Geral:
Conscientizar os alunos para a necessidade de conservar as instalações físicas
do colégio como patrimônio da comunidade.
Objetivos Específicos:
Minimizar o gasto financeiro com material e manutenção
Diminuir o desgaste psicológico dos funcionários, solicitando aos alunos para que
colaborem na limpeza e conservação do colégio
Fazer do aluno, cidadão critico e responsável
Situação Atual:
O prédio escolar encontra-se em bom estado de conservação.
A pintura externa foi feita em 2006 e refeita em 2007. As salas de aula,
corredores, pátio coberto, biblioteca, secretaria, direção, sala dos professores e sala de
apoio foram pintadas no final de 2007 e início de 2008. A sala da Equipe Pedagógica
foi pintada no início de 2009.
As solicitações de limpeza e conservação do prédio são feitas, aos alunos,
constantemente e permanentemente é não há o retorno esperado a estes pedidos.
Justificativa:
Tendo em visto a gasto com material de limpeza, a manutenção do prédio e as
solicitações infrutíferas aos alunos em conservar o colégio achou se por bem viabilizar
e implantar este Projeto.
Estratégia:
As funcionarias dos serviços gerais serão as fiscais da limpeza e da conservação
do colégio.
Benefícios:
Redução de gastos com material limpeza e manutenção;
Valorização do trabalho dos funcionários dos serviços gerais;
50
Reconhecimento do esforço dos alunos, por turma, quanto a limpeza e conservação
do prédio do colégio com acúmulo de pontos para a Semana Desportiva Cultural
que acontece anualmente nas dependências do colégio
Formação do aluno como cidadão crítico e responsável na manutenção do Colégio
como patrimônio comunitário.
Público Alvo:
Todas as pessoas envolvidas, direta e indiretamente, seja como estudante ou
funcionário.
1.29.5 Projeto Consciência Ambiental Cidadã
Objetivo Geral:
Despertar a comunidade escolar para necessidade e importância da reciclagem
do lixo.
Objetivos Específicos:
Reciclar o lixo do colégio e da residência dos alunos e funcionárias;
Vender o lixo reciclado aos depósitos da comunidade que comercializam esse
material;
Reverter o lucro da venda em benefícios para o colégio
Transformar o aluno em cidadão crítico, sensível e responsável em preservar a
natureza.
Situação Atual:
A separação do lixo orgânico do reciclável é feito em algumas residências de
funcionários, professores e alunos.
Os órgãos públicos de Colombo já despertaram para conscientização dos
moradores do município quanto a esta reciclagem.
Apesar da constante conscientização feita pela mídia e pelas escolas,
infelizmente o lixo continua sendo depositado á beira de ruas e terrenos baldios, com a
proliferação de animais como ratos. Há, também, deste material ser levado para
bueiros, entupindo-os, e para o rio Atuba que corta a região, provocando enchentes por
ocasião de chuvas torrenciais.
51
Justificativa:
Nestes tempos em que a preservação ambiental é tão debatida e a população
conscientizada, através de mídia, da importância e necessidade de se preservar a vida
do planeta, é de suma importância as escolas reforçarem esta conscientização.
Estratégia:
No início do ano letivo foram instaladas em todas as dependências do Colégio
lixeiras separativas para cada tipo de lixo reciclável.
Realizar atividades com os alunos sobre a conscientização da separação do lixo
orgânico do reciclável para que sejam os multiplicadores desta prática na comunidade.
Benefícios:
Redução do risco de enchentes;
Preservação dos ecossistemas;
Angariação de fundos para auxiliar no suprimento das necessidades básicas do
colégio.
Público Alvo:
Todas as pessoas que fazem parte da comunidade escolar.
1.30 ATIVIDADES PEDAGÓGICAS DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
1.30.1 Sala de apoio à aprendizagem
Funciona duas vezes por semana, no contra-turno e atende os estudantes das 5as e 8as
séries. Verificou-se que a participação dos alunos melhorou significativamente no
segundo semestre. A dificuldade encontrada é o desinteresse de algumas famílias em
apoiar o aluno no aproveitamento de mais um benefício oferecido pela Escola Pública (
muitos pais e mães trabalham o dia todo e os filhos não comparecem no programa
porque ficam em casa sozinhos);
1.30.2 CELEM – Língua Espanhola:
É realizado no contra-turno nas segundas e terças-feiras.
52
1.30.3 Educação ambiental
Título: Consciência & Ação Transformando Nossa Comunidade
Justificativa:
Atualmente muito se fala sobre o meio ambiente, preservação do meio ambiente, e
podemos até dizer que muitas pessoas estão “preocupadas” com os problemas
ambientais e sociais, mas só o comportamento diário nos mostra até que ponto esta
sensibilização é profunda e consciente.
Considerando os hábitos da população em relação ao lugar em que vive como
indicadores da preocupação concreta, da pessoa com o meio socioambiental, podemos
perceber que há necessidade de mudanças de postura em relação às ações do dia-a-
dia. Pois, com o desequilíbrio causado, deve-se levar em conta as relações existentes
entre a degradação ambiental e a sociedade causadora dessa degradação que, ao
mesmo tempo, sofre os efeitos e procura resolver, recuperar e reconstituir o lugar. Isso
nos leva ao entendimento de que a aplicação de pequenas atitudes somadas ajudam a
amenizar tais problemas.
Diante disso, o objetivo da presente atividade é proceder a mediação entre a sociedade
da informação, os alunos e a comunidade local, no sentido de possibilitar-lhes, pelo
desenvolvimento de reflexão e debate, a aquisição do conhecimento onde os
participantes poderão selecionar, analisar, contextualizar as informações, discutir suas
fontes, além de desenvolver trabalhos de pesquisa para aprofundamento do
conhecimento, tendo uma perspectiva de inserção social crítica e transformadora e
ainda despertar nos participantes a prática da cidadania.
Conteúdos:
*impactos da atividade humana sobre o meio ambiente; *Consumismo x natureza;
*Poluição das águas fluviais; *Poluição urbana; * Lixo urbano: grande desafio;
*Dinâmica da atmosfera; Clima e tempo;*Biodiversidade e ecossistemas; *Paisagens
naturais; *Formação do espaço natural brasileiro e paranaense;*Relevo brasileiro;
*Hidrografia brasileira e paranaense; *Exploração de recursos naturais no Brasil e no
Paraná; *Questões Ambientais no Brasil e no Paraná; *Áreas especiais ou de proteção
ambiental; *Globalização: definição, consequência; *Aglomerações urbanas;
*Urbanização e desequilíbrios sociais; *Atividade industrial local X meio ambiente;
*Cartografia: leitura, interpretação e confecção de mapas; *Leitura, interpretação e
confecção de gráficos e tabelas; outros que se fizerem necessários no decorrer das
atividades.
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Objetivos:
* Discutir conceitos e teorias ligadas ao meio ambiente.
* Desenvolver, de modo integrado, a consciência da responsabilidade para com o meio
ambiente.
* Promover a responsabilidade social pela participação em grupo, incentivando o
respeito pelo outro e o diálogo num mundo pluralista.
* Levar os educandos a posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas
diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de
tomar decisões coletivas;
* Auxiliar na coleta, separação e envio de materiais para reciclagem;
* Despertar o interesse em toda a comunidade escolar e posteriormente na
comunidade local, para juntos cuidarem do lugar em que vivem;
* Oportunizar situações que levem o aluno a observar, debater, criticar e concluir suas
respostas, através da descoberta de seu papel como agente transformador da
realidade em que vive;
* Incentivar e conscientizar as pessoas, do destino correto dos materiais recicláveis.
Encaminhamento metodológico:
Transformar o lugar em que vivemos com ações conscientes será a idéia principal. Isso
se dará através da observação e do registro (fotos e vídeos) da atual situação do Bairro
Jardim Guadalajara, para que se torne possível levantar os problemas a serem
discutidos na presente atividade. Este será o primeiro passo a ser dado.
Diante da real situação da comunidade do bairro Jardim Guadalajara a próxima ação
seria promover a discussão e o levantamento dos principais problemas socioambientais
da comunidade local, como por exemplo, a falta de arborização e coleta seletiva.
Posteriormente, com os problemas principais elencados, realizar o estudo através de
pesquisas bibliográficas, informações diversas (vídeos, revistas, jornais), consultas a
entidades responsáveis, palestras com apoio de técnicos de instituições ligadas às
questões socioambientais.
Através do debate, discussões participativas com a comunidade escolar local, delimitar
os problemas de maior relevância, para buscar soluções possíveis para amenizar ou
solucionar os problemas enfrentados.
Os envolvidos no projeto irão informar a atual situação e discutir possíveis soluções,
junto a representantes dos órgãos governamentais, fazendo valer sua cidadania.
54
Ao longo do ano, serão promovidos diversos momentos de reflexão e discussão junto à
comunidade escolar local.
Se necessário, serão produzidas, por escrito, solicitações de melhorias para amenizar
os problemas detectados e debatidos, junto à Prefeitura Municipal de Colombo, como o
exemplo acima citado “falta de arborização”, solicitar o plantio de árvores nas ruas
através de parcerias com órgãos como IAP/SEMA.
Sendo assim, pretende-se fazer o registro de todas as etapas, que nos mostrará o
antes e o depois, para produção de um painel, onde pretende-se evidenciar que é
possível promover a transformação com simples mudanças de atitudes, de percepção,
debate e busca de soluções em comum. Possibilitando, assim, a formação de cidadãos
conscientes, responsáveis e valorizados pelo engajamento no enfrentamento das
questões contemporâneas, cuidando do ambiente escolar e da comunidade que
vivemos.
Infraestrutura:
A infra-estrutura necessária será uma sala disponível no próprio colégio, com mesa e
cadeiras, para os encontros com os participantes.
Esporadicamente, a área coberta para reuniões com pais e membros da comunidade.
E o laboratório de informática para arquivo e edição dos vídeos e fotos.
Resultados esperados:
*Alunos mais atuantes, conscientes e responsáveis para com o ambiente escolar e com
o lugar em que vivem.
*A transformação do espaço geográfico, através da busca de soluções responsáveis
para uma melhor qualidade de vida para a população local.
*A valorização dos participantes como agentes transformadores da realidade,
despertando a capacidade de realização, através do diálogo e pensamento coletivo,
despertando o interesse pelas questões socioambientais.
*Alunos que no futuro percebam que as ações participativas, podem desencadear
resultados satisfatórios para a comunidade.
*Que a conscientização promovida pelos participantes, desenvolva a mudança de
atitude na comunidade local, comprometida em enfrentar os problemas percebidos.
Plano de Trabalho Docente
Período: 1º Semestre : Conteúdos Estruturantes: Dimensão Econômica do Espaço
Geográfico; Dimensão sócioambiental do Espaço Geográfico; Dimensão Política do
Espaço Geográfico e Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Cultural
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Conteúdos específicos:
Março/Abril
*impactos da atividade humana sobre o meio ambiente
*Poluição das águas fluviais
*Cartografia: leitura, interpretação e confecção de mapas
*Leitura, interpretação e confecção de gráficos e tabelas
Maio/Junho/Julho
*Poluição urbana
* Lixo urbano: grande desafio
*Cartografia: leitura, interpretação e confecção de mapas
*Leitura, interpretação e confecção de gráficos e tabelas
Objetivos
* Discutir conceitos e teorias ligadas ao meio ambiente.
* Desenvolver, de modo integrado, a consciência da responsabilidade para com o meio
ambiente.
* Promover a responsabilidade social pela participação em grupo, incentivando o
respeito pelo outro e o diálogo num mundo pluralista.
* Despertar o interesse em toda a comunidade escolar e posteriormente na
comunidade local, para juntos cuidarem do lugar em que vivem;
* Oportunizar situações que levem o aluno a observar, debater, criticar e concluir suas
respostas, através da descoberta de seu papel como agente transformador da
realidade em que vive;
* Incentivar e conscientizar as pessoas, do destino correto dos materiais recicláveis.
Encaminhamentos Metodológicos:
* Textos informativos
* Discussões e debates sobre temas relevantes e pertinentes
* Mapas, gráficos e tabelas
* Pesquisa no Laboratório de Informática
* Levantamento diagnóstico sobre a conscientização ambiental da comunidade
* TV pendrive
* Filmes e vídeos
Instrumentos de avaliação
* Freqüência, participação, tarefas
* Participação nos debates
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* Elaboração de textos, mapas,gráficos e tabelas
* Auto-avaliação e do colega
1.30.4 O Jogo e a Teatro: A Prática Teatral Revisitada
Professor: Everton Ribeiro
Turno: Tarde
Data da Criação 12/08/2009
IDEB:4,3
Quantidade de Alunos: Ensino Médio (10); Ensino Fundamental (15).
Justificativa:
Atualmente, temos nos deparado no ambiente escolar, com um espaço de valorização
das linguagens artísticas dificilmente visualizado há algum tempo atrás. Neste projeto,
intenta-se a exploração deste espaço, tanto do espaço físico quanto do subjetivo. Em
"O jogo e o teatro: a prática teatral revisitada" pretende-se muito além dos costumeiros
"teatrinhos" realizados em determinadas datas comemorativas na escola. O educando,
como agente transformador da realidade, desenvolverá aqui senso de trabalho em
equipe, de compreensão de regras e de crítico de diversas questões político-sociais.
Diante desta proposta, o aluno deixa de ser reprodutor e passa a enxergar a prática
teatral como uma forma de expor seu ponto de vista e coloca-se como (re) criador de
sua realidade.
Fundamentação Teórica:
O trabalho estará de acordo com a proposta das Diretrizes Curriculares de Arte para a
Educação Básica do estado do Paraná no intuito de promover, através do teatro, o
relacionamento do homem com o mundo e de relação consigo e com o outro.
Para isso, toda a proposta estará balizada em dois aspectos:
1° O fortalecimento de um grupo através da interação proporcionada por jogos
dramáticos e teatrais inspirados em autores pesquisadores de diferentes metodologias
do ensino do teatro, tais como Viola Spolin, Ingrid Koudela, Olga Reverbel, Bertolt
Brecht, Augusto Boal e Moreno.
2° O processo de criação colaborativo após o firmamento de relações entre o grupo. É
importante ressaltar que esse processo de criação acontecerá naturalmente ao longo
57
da prática desenvolvida pelo grupo, sem compromisso de o ponto de partida ser
exclusivamente uma peça teatral preestabelecida. Referências, tanto bibliográficas
quanto filmográficas, importantes para esse momento são as de Pina Bausch, Jerzy
Grotowski, Antonin Artaud, Renato Cohen e imagens diversas de criações realizadas
nesta linha no teatro contemporâneo.
Objetivos:
O objetivo maior do projeto está intrinsecamente relacionado com a melhoria do ensino
e às necessidades socioeducacionais de nossos educandos conforme a proposta do
Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino no momento em que a
prática teatral possibilitará ao discente a humanização dos sentidos e,
conseqüentemente, a socialização, a atividade criadora, a espontaneidade, a crítica, o
discurso, a sensibilidade, o pensamento filosófico e o espaço de organização de idéias,
de construção de diálogos e de exposição de opiniões. Todos esses elementos estão
presentes num processo de criação colaborativo e, por isso, desenvolverá a cognição
do educando de maneira lúdica, prazerosa e consciente. É importante, também,
destacar que o objeto estético fruto deste processo vivenciado pelos participantes será
socializado com toda a comunidade escolar e, logo, cumprirá com a importante tarefa
do teatro que é a modificação de um público em contato com o resultado cênico.
Encaminhamentos Metodológicos:
O objetivo maior do projeto está intrinsecamente relacionado com a melhoria do ensino
e às necessidades socioeducacionais de nossos educandos conforme a proposta do
Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino no momento em que a
prática teatral possibilitará ao discente a humanização dos sentidos e,
conseqüentemente, a socialização, a atividade criadora, a espontaneidade, a crítica, o
discurso, a sensibilidade, o pensamento filosófico e o espaço de organização de idéias,
de construção de diálogos e de exposição de opiniões. Todos esses elementos estão
presentes num processo de criação colaborativo e, por isso, desenvolverá a cognição
do educando de maneira lúdica, prazerosa e consciente. É importante, também,
destacar que o objeto estético fruto deste processo vivenciado pelos participantes será
socializado com toda a comunidade escolar e, logo, cumprirá com a importante tarefa
do teatro que é a modificação de um público em contato com o resultado cênico.
Infra-estrutura:
Uma sala ampla sem móveis e com chão maleável para as práticas de jogos e
exercícios corporais. Em alguns momentos, será preciso a utilização do palco e em
58
outros de uma sala com televisão. Os espaços esporádicos poderão ser agendados
com uma semana de antecedência.
Recursos Materiais:
Materiais básicos para a realização de alguns jogos, tais como bola, tecido, plástico,
corda, papel;
Recursos para exposição fotográfica;
Materiais de cenário e figurinos para o processo e socialização das cenas;
Micro system com toca CD;
Utilização de roupas leves (uniforme) durante o processo de trabalho corporal.
Resultados Esperados:
Busca-se no trabalho a sociabilidade de educandos através de uma prática em grupo
como é a do teatro. O que um processo nesse molde possui de diferente do teatro
difundido por tanto tempo na escola é o da ruptura com a reprodução de estereótipos
na criação da personagem, muitas vezes até traumáticos para muitos alunos. O que se
pretende alcançar é que o educando consiga compreender a prática teatral através de
outros mecanismos, como uma linguagem interessante e que possibilite sua
intervenção, sua criação, que ele se sinta integrante e parte do trabalho, assim como o
é da sociedade, estendendo tais discussões para a sua vida como um todo. É
importante deixar claro que o resultado do processo não é mais importante que o seu
processo. A peça que será formalizada ao final do ano letivo não deve ser pensada
como o único foco do grupo, mas uma possibilidade de mostrar parte do trabalho.
Todas as experiências vivenciadas são parte de um resultado que estará em constante
transformação.
PLANO DE TRABALHO DOCENTE
Conteúdo Estruturante: Elementos Formais; Composição; Movimentos e Períodos.
Conteúdos Específicos:
*O Jogo e o Teatro;
*Os jogos dramáticos;
*A tríade fundante do teatro: ação, personagem e espaço cênico.
*A cena como discurso político;
*Processo de criação através da exploração de diversos signos teatrais, tais como o
texto, a cenografia, o figurino e a sonoplastia;
*Os personagens-tipo e a Comédia Dell’ Art;
*O Theathre Sports;
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Objetivos:
*Propiciar uma reflexão sobre a importância da prática dos jogos para a compreensão
da cena teatral;
*Permitir ao educando perceber os três elementos básicos do teatro;
*Praticar o jogo e o lúdico como princípio da espontaneidade e da criação;
*Alcançar o desenvolvimento físico, afetivo e cognitivo do educando;
*Promover a sociabilidade do grupo;
*Propiciar uma reflexão sobre as possibilidades de criação obtidas através da
Improvisação;
*A força lúdica da criação de personagens através da improvisação instantânea;
*Compreender a função dos signos teatrais na leitura do espectador em relação à
cena;
*Incentivar o pensamento crítico através de momentos distintos na história do teatro da
exploração da improvisação em cena.
Encaminhamentos Metodológicos:
*Textos informativos;
*Discussões a partir de leituras e releituras;
*Pesquisa bibliográfica;
*Relatórios;
*Filmes e Vídeos;
*TV Pen Drive;
*Fotografia;
*Prática de jogos dramáticos;
*Projeto individual ou em grupo com base na prática da Improvisação.
Instrumentos de Avaliação:
*Participação nos debates;
*Processo de aulas;
*Projeto cênico;
*Freqüência, tarefas, pesquisas em equipe etc;
*Auto-avaliação e do colega;
Critérios de Avaliação: A avaliação levará em consideração o grau de aproveitamento e
acompanhamento do aluno em relação ao conteúdo trabalhado. Além do conteúdo
sistematizado, o aluno será avaliado pela atitude de valorização do trabalho, tais como
60
comprometimento, criatividade, iniciativa e organização e os valores somados
atribuídos em cada instrumento de avaliação.
Referências:
BOAL, Augusto. Jogos para atores e não-atores. 6. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1991.
COELHO, Teixeira; CARDOSO, Reni Chaves (Org.); GUINSBURG, J. (Org.)
Semiologia do teatro. São Paulo: Perspectiva, 1978.
JOHNSTONE, Keith. Impro: Improvisacion y el teatro. 4. ed. Santiago: Cuatro Vientos
Editorial, 2004.
KOUDELA, Ingrid Dormien. Brecht: um jogo de aprendizagem. São Paulo: Perspectiva,
2001.
KOUDELA, Ingrid Dormien. Jogos Teatrais. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2004.
MACHADO, Maria Clara; ROSMAN, Marta. 100 jogos dramáticos. 2. ed. Rio de
Janeiro: Agir, 1996.
PALLOTTINI, Renata. Introdução à dramaturgia . São Paulo: Ática, 1988.
Secretaria de Estado da Educação (SEED). Arte: ensino médio. Curitiba, 2006. (Livro
didático público do Paraná)
SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 2005.
SPOLIN, Viola. Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin. Trad. Ingrid Dormien
Koudela. São Paulo: Perspectiva, 2001.
STANISLAWSKI, Constantin. A construção da personagem. 8. ed. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1996.
www.wikipedia.com.br
61
2 MARCO CONCEITUAL
Todas as Políticas Públicas devem estar voltadas para o aspecto social, nas quais
se encaixam as Políticas Educacionais. Na sociedade capitalista em que estamos
inseridos, as políticas públicas têm um caráter compensatório frente ao modelo
econômico vigente, logo há pouco interesse em promover e financiar políticas públicas
de caráter social para a transformação social.
2.1 A ESCOLA.
O Colégio, a partir do momento que instrumentaliza o estudante com elementos
intelectuais, morais e éticos, cumpre seu papel de transformação da realidade.
A Escola é um dos mecanismos do Estado, e este é a priori, responsável pelas
diretrizes educacionais. Cabe à Escola encaminhar efetivamente o estudante à reflexão
e a possíveis ações para os enfrentamentos na sua vida. A Escola deverá:
a) propiciar ao educando um ensino-aprendizagem de qualidade;
b) auxiliar ao educando a expressar, elaborar, organizar e compreender seu
pensamento;
c) criar possibilidades de transformação da realidade proposta.
2.2 CONCEPÇÕES NORTEADORAS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
2.2.1 Concepção de Homem, Escola e Sociedade.
A Escola, dentro das suas limitações, cumpre a função educativa ao desenvolver
nos estudantes as seguintes capacidades:
Aprender permanentemente;
Refletir criticamente;
Agir com responsabilidade individual e social;
Participar do trabalho e da vida coletiva;
Comportar-se de forma solidária;
Acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais;
62
Enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade a partir da
utilização dos conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
Ter utopia a orientar a construção de seu projeto de vida e de sociedade.
(...) Nessa perspectiva o educador é aquele que: tem a docência como base de sua identidade
profissional, domina o conhecimento específico de sua área, articulado ao conhecimento
pedagógico, numa perspectiva de totalidade do conhecimento socialmente produzido, que lhe
permite perceber as relações existentes entre as atividades educacionais e a totalidade das
relações sociais em que o processo educacional ocorre; é capaz de atuar como um agente de
transformação da realidade da qual se insere. (FREITAS, 1992, p.8-9)
Nosso Colégio busca o aprimoramento do educando como pessoa humana,
incluindo formação ética, desenvolvimento intelectual e do pensamento crítico. Além de
possibilitar ao estudante, a capacidade de comunicar-se, de enfrentar novas situações
que exigem posicionamentos éticos, de desenvolver a criatividade e de ter autonomia
intelectual, comprometimento e responsabilidade em suas atividades. “A escola
deverá ser o lugar do interpretar o mundo para depois transformá-lo”. (KUENZER,
2002).
Saviani (1999, p. 82) afirma que a educação “[...] transforma de modo indireto e
mediato, isto é agindo sobre os sujeitos da prática”. Não basta porém atuar
intelectualmente, possibilitando ao aluno a compreensão teórica e concreta da
realidade. É mister, ainda que em pequena escala, possibilitar ao educando as
condições para que a compreensão teórica se traduza em atos, uma vez que a prática
transformadora é a melhor evidência da compreensão da teoria.
Pode-se dizer, em sentido amplo, que a educação definida como processo de
transmissão de cultura, está presente em todas as instituições. Entretanto, em
sociedades como a nossa há uma instituição cuja função específica é a transmissão da
cultura, esta é a escola. Ela é o espaço de transmissão sistemática do saber
historicamente acumulado pela sociedade, com o objetivo de formar os indivíduos,
capacitando-os a participar como agentes na construção dessa sociedade.
É evidente que o discurso liberal permeia as propostas oficiais da escola
brasileira, mas para não cair em velhos discursos é preciso considerar sempre a prática
concreta que se desenvolve no sistema escolar como um todo e procura superar a
dominação, para a qual vemos que a escola tem contribuído, a pretexto de construir
uma sociedade aberta e democrática.
63
Estamos no interior da sociedade capitalista, de uma escola capitalista, e é no
interior dessa escola que se desenvolve a prática dos educadores, então é necessário
vê-la mais fundo, mais abrangentemente, para se compreender os limites e
possibilidades dessa prática.
Dessa forma, entender que contribuímos ora para a manutenção, ora para a
transformação, ou seja, através de uma reflexão crítica é possível enxergar que a
contradição é inerente à escola: ela mantém e transforma ao mesmo tempo. A escola
intervém nos rumos da sociedade, e é também continuamente influenciada pelo que
ocorre fora do seu âmbito, na sociedade global.
Conforme Saviani (1980, p.203), a escola está sempre posicionada no âmbito da
correlação de forças da sociedade em que se insere e, portanto, está sempre servindo
às forças que lutam para perpetuar e/ou transformar a sociedade.
A educação que desejamos e defendemos é a de caráter democrático, que
socializa efetivamente o saber e os recursos para apreendê-lo e transformá-lo, e não
aquela que tem estado a serviço da classe dominante, veiculando a ideologia dessa
classe.
(...) a escola vai cumprir a sua missão política, não quando se elabora no seu interior um
discurso sobre a política, mas quando através de sua prática educadora, puder preparar o
cidadão para a vida da pólis, para a vida política, isto é, para a compreensão da totalidade
social onde está inserido. (RODRIGUES, 1985, p.47)
Acredita-se numa escola pública, unitária, numa perspectiva de formação
unilateral, ou seja, integral, técnica e política como já almejava GRAMSCI, levando em
conta as múltiplas necessidades do ser humano, que articule formação científica e
sócio-histórica à formação tecnológica superando o ensinar fazer por meio da
memorização.
2.2.2 Concepção de Ensino-Aprendizagem
A metodologia adotada pelos educadores na exposição dos conteúdos
programados deve provocar a participação individual e coletiva dos alunos, no sentido
de que cada aluno possa apresentar suas dúvidas, conclusões e relações entre teoria e
prática, confrontando diversos pontos de vista, na perspectiva de construção da
qualidade da educação.
64
Esta metodologia vai desde a exposição dialógica dos conteúdos com o apoio em
esquemas feitos no quadro de giz, explicitando as questões teóricas de forma clara e
objetiva como também a leitura de textos escolhidos pelos (as) educadores (as), a
leitura e exercícios do livro didático do estudante, análise de
documentários/filmes/obras literárias, estabelecendo relações com o conteúdo. É
fundamental o incentivo à pesquisa bibliográfica para aprofundar a compreensão sobre
determinados aspectos dos conteúdos trabalhados. Com a instalação do laboratório de
Informática espera-se, o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem devido
aos recursos tecnológicos disponíveis.
O objetivo da metodologia citada acima é orientar o aluno na compreensão de
que:
A aprendizagem se dá na interação com outros sujeitos;
A aprendizagem se dá mediada pelo conteúdo, na presença de sujeito mais
experiente que possa fazer essa mediação;
A aprendizagem tem natureza social e ocorre na relação entre sujeitos;
A interação social é o fundamento teórico-metodológico do ensino-aprendizagem;
A metodologia de ensino decorre do conteúdo e seu desenvolvimento se dá pela
interface entre concepção do mundo do professor e dos diversos alunos;
O pensamento dialético constitui a possibilidade de compreensão dos conteúdos, a
capacidade de estabelecer relações, de fazer o movimento do todo para a parte e da
parte para o todo;
O domínio dos conteúdos, da metodologia e da avaliação do ensino-
aprendizagem por parte do professor constitui a base fundamental das relações entre
professor-aluno em sala de aula;
O desenvolvimento do pensamento científico enquanto atividade intelectual exige
disciplina na organização do trabalho escolar;
O planejamento tem função organizativo/reflexiva da prática pedagógica escolar;
A interdisciplinaridade ocorre a partir da concepção de mundo do educador e da
natureza da área do conhecimento;
Os métodos didáticos e as técnicas de ensino são decorrentes das relações entre
concepção, conteúdo e avaliação de ensino;
A pesquisa é uma atividade de produção do conhecimento novo;
Ouvir os alunos possibilita ao professor tornar-se um companheiro: gera confiança
e possibilita também que a relação entre educador e educandos caminhe no sentido da
65
superação da contradição, da dicotomia que possa existir entre eles. Isto somente é
possível, nas palavras de Paulo Freire, através do diálogo, do qual “resulta um termo
novo: não mais educador do educando; não mais educando do educador, mas
educador-educando com educando-educador”, onde ambos, como sujeitos se educam
e crescem juntos, pois “ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa
sozinho: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo, pelos
objetos cognoscíveis” (FREIRE, 1978, p. 78-79).
2.2.3 Concepção de Avaliação.
“A avaliação, ao mesmo tempo em que se efetiva em função de objetos,
determina sempre que necessário, a reformulação desses mesmos objetos”. (TURRA
et. al., 1975, p.175).
A Avaliação sobre os processos de apropriação e compreensão dos conteúdos
deverá ocorrer durante todos os momentos em cada disciplina, possibilitando ao
docente diagnosticar as necessidades e interesses dos estudantes.
A avaliação deverá ser feita mediante a participação e interesse dos estudantes
em discutir, apresentar questões, confrontar pontos de vista e explicitar fundamentos
teóricos-práticos.
Cada educador (a) elaborar formas de avaliação que integrem e expressem a
compreensão sobre os conteúdos, que levem o estudante a utilizar argumentos
convincentes para explicitar seu entendimento.
Vale ressaltar que a avaliação diagnóstica e contínua realizada pelo docente tem
um caráter de auto-avaliação para a sua prática, para repensar e refletir sobre o seu
planejamento e suas respectivas metodologias.
Servindo também como avaliação da própria organização da escola, não somente
da ação docente.
Portanto, a avaliação é imprescindível no processo de ensino-aprendizagem,
tanto para o estudante, para o docente e para a própria escola, propiciando uma
reflexão sobre a ação dos sujeitos envolvidos no processo escolar.
Para FORQUIN (1993), “ninguém pode ensinar verdadeiramente se não ensina
alguma coisa que seja verdadeira ou válida a seus próprios olhos”.
66
Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino
Fundamental e Ensino Médio por Blocos Disciplinares, a média final mínima exigida é
de 6,0 (seis vírgula zero), observando a freqüência mínima exigida por lei.
2.2.4 Progressão Parcial
O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com
Progressão Parcial.
As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas
serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
2.3 PRINCÍPIOS NORTEADORES DA ESCOLA PÚBLICA DO ESTADO DO PARANÁ
A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
Igualdade de condições para acesso e permanência na escola;
Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar, divulgar o pensamento, a arte e o
saber;
Gratuidade de ensino público em estabelecimentos oficiais;
Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
Garantia de padrão de qualidade para todos.
2.4 CARACTERIZAÇÃO DA FUNÇÃO/PAPEL E DA FORMAÇÃO DE TODOS OS
PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA ESCOLA.
Compete ao Diretor (a):
Estabelecer diretrizes gerais, planejamento e organização do estabelecimento em
consonância com a Secretaria de Estado da Educação;
Convocar e presidir as reuniões do Órgão Colegiado de Direção;
Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e
submeter à apreciação e aprovação do Órgão Colegiado de Direção;
67
Elaborar e submeter à aprovação do Órgão Colegiado de Direção, as diretrizes
específicas da administração do estabelecimento em consonância com as normas e
orientações gerais emanadas da Secretaria de Estado da Educação;
Elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação as propostas de
modificações aprovadas pelo Órgão Colegiado de Direção;
Submeter o calendário escolar à aprovação do Órgão Colegiado de Direção;
Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e propor
alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza pedagógica,
administrativa e situações emergenciais;
Propor à Secretaria de Estado de Educação, após aprovação do Órgão Colegiado
de Direção, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela escola,
extinguindo ou abrindo cursos, ampliando ou reduzindo o número de turnos e
turmas e a composição das classes;
Propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Órgão Colegiado
de Direção, a implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão
administrativas;
Coordenar a implementação das diretrizes pedagógicas emanadas da Secretaria de
Estado da Educação;
Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela Secretaria
de Estado da Educação;
Analisar o Regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao Órgão Colegiado
de Direção para aprovar;
Manter o fluxo de informações entre o estabelecimento e os órgãos da
administração estadual de ensino;
Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Órgão Colegiado de
Direção e aos órgãos da administração: reuniões, encontros, grupos de estudo e
outros eventos;
Fazer tomar ciência do Regimento Escolar, todos os funcionários, docentes, alunos,
pais e/ou responsáveis, a partir de sua vinculação no estabelecimento;
Exercer as demais atribuições decorrentes deste Regimento e no que concerne à
especificidade de sua função.
2.5 ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA
É o órgão responsável pela coordenação e apoio às atividades do Corpo Docente
no desenvolvimento do currículo escolar, visando melhor e mais eficiente o
desempenho do trabalho didático pedagógico.
68
A equipe pedagógica, mencionada no artigo anterior é composta por Pedagogos
(as), Corpo Docente, responsável pela Biblioteca Escolar E Conselho de Classe
2.5.1 Equipe Pedagógica
Compete a Supervisão a Equipe Pedagógica:
Subsidiar a Direção, com critérios para a definição do Calendário Escolar,
organização das classes, do horário semanal e distribuição de aulas;
Elaborar com o corpo docente, o currículo pleno do estabelecimento de ensino, em
consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação;
Elaborar com o professor da disciplina, plano especial de estudos, em atendimento
aos alunos promovidos em regime de progressão parcial, impossibilitados de cursar
a disciplina em contra-turno;
Assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos projetos
pedagógicos desenvolvidos no estabelecimento de ensino;
Elaborar o Regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com o seu responsável;
Orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para garantia do seu espaço
pedagógico;
Acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no sentido de
analisar os resultados da aprendizagem com vistas à sua melhoria;
Subsidiar o Diretor e o Órgão Colegiado da Direção com dados e informações
relativas aos serviços de ensino prestados pelo estabelecimento e o rendimento do
trabalho escolar;
Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o
aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino;
Elaborar com o Corpo Docente os planos de recuperação a serem proporcionados
aos alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados;
Analisar e emitir parecer sobre progressão parcial, adaptação de estudos, em casos
de recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigente;
Propor à implementação de projetos de enriquecimento curricular a serem
desenvolvidos pelo estabelecimento e coordená-los, se aprovados;
Coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, se adotados pelo
estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela
Secretaria de Estado da Educação;
69
Instituir uma sistemática permanente de avaliação do Plano Anual do
estabelecimento de ensino, a partir do rendimento escolar, do acompanhamento de
egressos, de consultas e levantamento junto à comunidade;
Participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, reuniões, encontros,
grupos de estudo e outros eventos;
Exercer as demais atribuições decorrentes deste Regimento e no que concerne à
especificidade de cada função.
2.5.2 Corpo Docente
Compete ao Corpo Docente:
Elaborar com a Equipe Pedagógica, a Proposta Pedagógica do estabelecimento de
ensino, em consonância com as diretrizes Nacionais de Educação;
Elaborar com a Equipe Pedagógica, plano especial de estudos aos alunos
transferidos em regime de progressão parcial impossibilitados de cursar a disciplina
em contra-turno;
Escolher juntamente com a Equipe Pedagógica livros e materiais didáticos
comprometidos com a política educacional da Secretaria de Estado da Educação;
Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão do
conhecimento pelo aluno;
Proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a apropriação ativa e crítica do
conhecimento filosófico-científico e tecnológico pelo aluno;
Promover e participar de reuniões de estudo, encontros, cursos, seminários e outros
eventos tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;
Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminativo de cor,
raça, sexo, religião e classe social;
Estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando sempre o respeito
humano ao aluno;
Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho, com seus colegas, com
alunos, pais e com os diversos segmentos da comunidade;
Estabelecer estratégias de recuperação a serem proporcionados aos alunos, que
obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados, oportunizando-lhes
uma reavaliação dos conteúdos;
Proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola com
vistas ao melhor rendimento do processo ensino-aprendizagem;
70
Ministrar dias e horas letivas estabelecidas por lei, além de participar integralmente
dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
pessoal.
2.5.3 Biblioteca
A Biblioteca constitui-se em espaço pedagógico, cujo acervo estará à disposição
de toda Comunidade Escolar.
A Biblioteca estará a cargo de profissional qualificado, de acordo com a legislação
em vigor.
A Biblioteca possui regulamento próprio, onde estão explicitados sua organização,
funcionamento e atribuições dos responsáveis. Elaborado pelos responsáveis, sob
orientação da Equipe Pedagógica, com aprovação da Direção e do Órgão Colegiado de
Direção.
2.6 ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
A Organização Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento
de todos os setores do estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que
os mesmos cumpram suas reais funções.
A Organização Administrativa, mencionada no caput deste artigo, é composta por
Secretaria, Agente Educacional I e Agente Educacional II.
2.6.1 Secretaria
A Secretaria é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração
escolar e correspondência do estabelecimento.
Os serviços da Secretaria são coordenados e supervisionados pela Direção,
ficando a ela subordinados.
O cargo de Secretário é exercido por um profissional devidamente qualificado
para o exercício dessa função, indicado pelo Diretor do Estabelecimento, de acordo
com as normas da Secretaria de Estado da Educação, em ato específico.
Compete ao Secretário:
Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;
Distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus auxiliares;
Redigir a correspondência que lhe for confiada;
71
Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de
serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do Diretor;
Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades competentes;
Apresentar ao Diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser
assinados;
Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de
assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação:
Da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;
Da autenticidade dos documentos escolares.
Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula,
transferência, adaptação e conclusão de curso;
Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à
Secretaria.
Comunicar a Direção toda irregularidade que venha a ocorrer na Secretaria.
A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o
expediente da Secretaria conte sempre com a presença de um responsável,
independentemente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do
estabelecimento.
2.6.2 Agente Educacional I
Compete ao Agente Educacional I:
Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente
físico escolar; executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer, encerar,
lavar salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços utilizados pelos
estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação, conforme a
necessidade de cada espaço; lavar, passar e realizar pequenos consertos em roupas e
materiais; utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos para limpeza e conservação
do mobiliário escolar; abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza
periódica para garantir a segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na
escola; efetuar serviços de embalagem, arrumação, remoção de mobiliário, garantindo
acomodação necessária aos turnos existentes na escola; disponibilizar lixeiras em
todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo a coleta seletiva de lixo,
orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para tal;
72
coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto; executar serviços
internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola; racionalizar o uso de
produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como vassouras, baldes, panos,
espanadores, etc.; comunicar com antecedência à direção da escola sobre a falta de
material de limpeza, para que a compra seja providenciada; abrir, fechar portas e
janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom andamento do
estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades
da escola; guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o
caso, ou deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos; zelar pela segurança
das pessoas e do patrimônio, realizando rondas nas dependências da instituição,
atentando para eventuais anormalidades, bem como identificando avarias nas
instalações e solicitando, quando necessário, atendimento policial, do corpo de
bombeiros, atendimento médico de emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar
as ocorrências à chefia imediata; controlar o movimento de pessoas nas dependências
do estabelecimento de ensino, cooperando com a organização das atividades
desenvolvidas na unidade escolar; encaminhar ou acompanhar o público aos diversos
setores da escola, conforme necessidade; acompanhar os alunos em atividades extra
classe quando solicitado; preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho;
participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos
às funções exercidas ou sempre que convocado; agir como educador na construção de
hábitos de preservação e manutenção do ambiente físico , do meio-ambiente e do
patrimônio escolar; efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas; preparar a
alimentação escolar sólida e líquida observando os princípios de higiene, valorizando a
cultura alimentar local, programando e diversificando a merenda escolar;
responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para
a preparação da alimentação escolar; verificar a data de validade dos alimentos
estocados, utilizando-os em data própria, a fim de evitar o desperdício e a inutilização
dos mesmos; atuar como educador junto à comunidade escolar, mediando e
dialogando sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso
natural esgotável, de forma a contribuir na construção de bons hábitos alimentares e
ambientais; organizar espaços para distribuição da alimentação escolar e fazer a
distribuição da mesma, incentivando os alunos a evitar o desperdício; acompanhar os
educandos em atividades extracurriculares e extraclasse quando solicitado; realizar
chamamento de emergência de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário,
73
comunicando o procedimento à chefia imediata; preencher relatórios relativos a sua
rotina de trabalho; comunicar ao(à) diretor(a) , com antecedência, a falta de algum
componente necessário à preparação da alimentação escolar, para que o mesmo seja
adquirido; efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas.
Compete ao Agente Educacional responsável pela Merenda Escolar:
Preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativamente e
qualitativamente;
Informar ao Diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do
estoque;
Conservar o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho,
procedendo à limpeza e arrumação;
-Efetuar tarefas correlatas à sua função.
Compete ao Inspetor de Alunos ( não temos esta função no Colégio):
Zelar pela segurança e disciplina individual e coletiva, orientando os alunos sobre
as normas disciplinares para manter a ordem e evitar acidentes, no estabelecimento
de ensino;
Percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alunos
para detectar irregularidade, necessidades de orientação e auxílio;
Encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que
apresentem problemas, para receberem a devida orientação ou atendimento;
Auxiliar a Direção do estabelecimento de ensino no controle de horários, acionando
o sinal, para determinar o início e o término das aulas.
Observar a entrada e a saída dos alunos, permanecendo nas imediações dos
portões, para prevenir acidentes e irregularidades;
Efetuar tarefas correlatas à sua função.
2.6.3 Agente Educacional II:
Compete ao Agente Educacional II:
Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar onde
trabalha; auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como
educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e tecnologia; manter em
dia a escrituração escolar: boletins estatísticos; redigir e digitar documentos em geral e
74
redigir e assinar atas; receber e expedir correspondências em geral, juntamente com a
direção da escola; emitir e assinar, juntamente com o diretor, históricos e transferências
escolares; classificar, protocolar e arquivar documentos; prestar atendimento ao
público, de forma pronta e cordial; atender ao telefone; prestar orientações e
esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e atividades desenvolvidas
na unidade escolar; lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração;
manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do
estabelecimento de ensino; manter atualizada lista telefônica com os números mais
utilizados no contexto da escola; comunicar à direção fatos relevantes no dia-a-dia da
escola; manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação atinente ao
estabelecimento de ensino; executar trabalho de mecanografia e de reprografia;
acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou
extracurriculares; participar de reuniões escolares sempre que necessário; participar de
eventos de capacitação sempre que solicitado; manter organizado o material de
expediente da escola; comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material
de expediente para que os procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados;
executar outras atividades correlatas às ora descritas; catalogar e registrar livros, fitas,
DVD, fotos, textos, CD; registrar todo material didático existente na biblioteca, nos
laboratórios de ciências e de informática; manter a organização da biblioteca,
laboratório de ciências e informática; restaurar e conservar livros e outros materiais de
leitura; atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do
banco de dados; zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos
da Biblioteca; conservar, conforme orientação do fabricante, materiais existentes nos
laboratórios de informática e de ciências; reproduzir material didático através de cópias
reprográficas ou arquivos de imagem e som em vídeos, “slides”, CD e DVD; registrar
empréstimo de livros e materiais didáticos; organizar agenda para utilização de
espaços de uso comum; zelar pelas boas condições de uso de televisores e outros
aparelhos disponíveis nas salas de aula; zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na
sua organização, agir como educador, buscando a ampliação do conhecimento do
educando, facilitada pelo uso dos recursos disponíveis na escola; quando solicitado;
participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de interesse da unidade
escolar; decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na
prática escolar; executar outras atividades correlatas às ora descritas.
75
3. MARCO OPERACIONAL
A gestão escolar deve ser entendida e assumida como prática participativa, sendo
esta a mais importante para a efetivação de uma forma democrática de organizar o
trabalho pedagógico na escola.
O Colégio deve caminhar em consonância com as diretrizes da SEED, mas deve
ter a sua autonomia preservada quanto à tomada de decisões que levem em conta a
especificidade e a diversidade da comunidade.
A gestão das escolas públicas, além de democrática deve romper com a
burocracia vigente e primar pelos objetivos pedagógicos. É notória a dificuldade de
conciliação entre o burocrático e o pedagógico, pois o desafio essencial da educação é
construir o homem público, consciente dos seus direitos, mas também dos seus limites,
empenhado na promoção do bem comum.
Outro desafio é o referente à concepção da escola pública voltada para servir à
comunidade, no cumprimento de sua missão de educar para a democracia,
considerando que democracia não é negar as diferenças, mas aprender a dialogar com
elas, canalizando-as para um projeto maior de humanização das pessoas envolvidas.
Nesta dimensão, professores e diretores devem possuir uma formação política e
técnica que possibilite aos discentes obter competência para a vida em sociedade.
A avaliação deverá ser um processo, através do quais professores e professoras
buscam e utilizam informações de diferentes fontes, para chegar a um juízo de valor e
a um juízo de realidade do aluno como um todo, onde não se verifique apenas o que foi
construído em termos de conhecimento científico, mas que permita realmente Ter a
compreensão do desenvolvimento do aluno.
A avaliação deve estar em harmonia como o trabalho cotidiano em sala de aula,
onde professor e aluno possam ambos refletir e selecionar as formas apropriadas de
dar continuidade aos trabalhos, ou seja, planejando e executando.
Ela deve ser contínua, e vista como tomada de decisão, e não como mera
classificação.
Sendo a avaliação um dos principais segmentos do ensino-aprendizagem, deverá
ser um meio e não um fim de um processo pedagógico.
“ A definição mais comum, encontramos nos manuais e que é adequada, estipulada que a
avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista
uma tomada de decisões”. (Luckesi, 1978, p.20).
76
A avaliação tem sido considerada como ponto crítico no processo educativo
formal. No contexto educacional, tem-se utilizado a avaliação com funções
diagnósticas, punitivas, coercitivas, comportamentais, classificatória e outras.
Para Vasconcellos (1995, p.95):
O problema central da avaliação, portanto, é seu uso como instrumento de discriminação e
seleção social, na medida em que assume, no âmbito da escola, a tarefa de separar os “aptos”
dos “inaptos”, os “capazes” dos “incapazes”. Além disso, cumpre a função de legitimar o sistema
dominante.
Portanto, a avaliação deve ser um processo reflexivo, contínuo, racional e
compreensível, visando interpretar conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos.
Considerando o avanço progressivo de cada aluno, dentro de suas possibilidades
pessoais, conferindo-lhe um resultado.
O educador deve lutar para criar um nova mentalidade junto aos alunos, aos
colegas educadores e aos pais, superando o senso comum deformado a respeito da
avaliação.
Os estudantes e os pais devem ser conscientizados que a avaliação não consiste
em apenas fazer prova, mas também, resultados de pesquisa, relatórios, trabalhos em
grupos, testes orais e escritos e outras modalidades a critério do professor.
A avaliação deve ter efeito prático: mudar a forma de trabalho tanto do professor
(organizar recuperação paralela), retomar assuntos, explicar de outra maneira, mudar a
forma de organizar o trabalho em sala de aula, dar atenção especial aos alunos que
tem maior dificuldade. Quando do aluno empenhar-se mais, dar especial atenção à
matéria com dificuldade, rever esquema de participação em sala de alua, rever
métodos de estudos. E da escola é dar condições de estudo, espaço para recuperação,
revisão de currículo, aulas de reforço, integração entre professores para troca de
experiências, chamar os pais para verificar o problema, etc.
O que se espera de uma avaliação numa perspectiva transformadora é que os
seus resultados constituam parte de um diagnóstico e que, a partir dessa análise da
realidade, sejam tomadas decisões sobre o que fazer para superar os problemas
constatados: perceber a necessidade do aluno e intervir na realidade para ajudar a
superá-la.
Quanto ao estudante trabalhador (a), o Colégio estabelece parceria com
instituições que oferecem estágios remunerados. Garantimos o acesso tolerando
77
atrasos, mediante a apresentação/ justificativa da Declaração do estabelecimento onde
o mesmo trabalha (item que consta no Regimento Escolar). Fazemos o
acompanhamento pedagógico deste estudante, juntamente com o (a) Professor (a)
Orientador (a) do Estágio, a Equipe Pedagógica e a Direção Escolar.
3.1 PROPOSIÇÃO DE METAS IDEB
ÍNDICES/NOTAS 2009 2011
IDEB 3,7 3,7
APROVAÇÃO 73,2% 73,5%
PROVA BRASIL - MATEMÁTICA 253,13 253,50
PROVA BRASIL - LÍNGUA PORTUGUESA 250,25 250,50
3.2 PROJETOS E PROGRAMAS DESENVOLVIDOS PELO COLÉGIO
Projeto de Conservação e Limpeza: Projeto que visa a preservação do patrimônio
escolar. É fito uma escala e cada turma fica responsável pela limpeza da sua sala e do
pátio do colégio.
Olimpíada de Matemática: O Colégio se organiza e faz empenho para que todos
participem desta Olimpíada.
Desafio Cultura National Geographic: Há incentivo do Colégio para que os alunos
participem deste desafio.
Feira do Conhecimento: Cada turma desenvolve um conteúdo, sob orientação do
Professor responsável e pesquisam o tema. A apresentação é aberta a toda a
Comunidade Escolar.
3.3 RECURSOS QUE O COLÉGIO DISPÕE PARA REALIZAR SEUS PROJETOS
O Colégio necessita de recursos do PDDE para a realização do Projeto de
Leitura, pois o acervo da escola é pequeno e necessita de investimentos para que
funcione adequadamente.
78
Necessita-se, também, de recursos para a realização do Projeto Educação
Ambiental.
3.4 CRITÉRIOS PARA A ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR, HORÁRIOS
LETIVOS E NÃO LETIVOS
O Calendário vem elaborado pela SEED. A Escola tem autonomia para definir a
data da Feira do Conhecimento, da Semana Desportiva Cultural e outros eventos.
3.5 CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO DE TURMAS E UTILIZAÇÃO DOS
ESPAÇOS EDUCATIVOS
As turmas são organizadas de maneira que fiquem heterogêneas para o melhor
desenvolvimento das atividades pedagógicas da escola.
A escola dispõe de vários espaços educativos como:
Laboratório de Informática / Paraná Digital: - os professores, funcionários e alunos
utilizam sempre que necessário;
Biblioteca - é adaptada em uma sala de aula e seu espaço físico e acervo são muito
restritos, por este motivo é dado prioridade aos trabalhos que necessitem de
consultas ao acervo da biblioteca e pelo mesmo motivo, a biblioteca não dispõe do
empréstimo de livros para pesquisas (enciclopédias, livros didáticos, folhetos, etc.)
emprestando somente os livros de literatura;
Palco – é utilizado pelos estudantes para ensaios e apresentações de peças
teatrais, musicais, recitais, etc.;
Sala de Apoio Pedagógico – é utilizada para reforço dos alunos que estão em
defasagem em sua aprendizagem.
3.6 O QUE A PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CONTEMPLA
A Coerência Entre Os Conteúdos Trabalhados Nos Anos Iniciais E Nos Anos Finais
Do Ensino Fundamental.
79
A Definição De Encaminhamentos Metodológicos Com: Os Objetivos Das Etapas
Do Ensino, As Concepções De Infância E Adolescência, Bem Como A História De
Vida Escolar Do Aluno.
É importante que o(a) professor(a) pense nas crianças como sujeitos ativos que
participam e intervêm no que acontece ao seu redor porque suas ações são também
forma de reelaboração e de recriação do mundo. Nos seus processos interativos, a
criança não apenas recebe, mas também cria e transforma – é constituída na cultura e
também é produtora de cultura. As ações da criança são simultaneamente individuais e
únicas porque são suas formas de ser e de estar no mundo, constituindo sua
subjetividade, e coletivas na medida em que são contextualizadas e situadas histórica e
socialmente.
Agimos movidos por intenções, desejos, emoções provocados por outras ações
realizadas por nós mesmos ou por outros num continuum de simbolizações. Sendo
assim, a ação da criança no mundo não pode ser entendida apenas como desempenho
ou comportamento, mas como simbolização do sujeito. Nessa perspectiva, conhecer a
criança implica observar suas ações-simbolizações, o que abre espaço para a
valorização de falas, produções, conquistas e interesses infantis e faz da sala de aula
um espaço de socialização de saberes e confronto de diferentes pontos de vista – das
crianças, do professor, dos livros e de outras fontes – fazendo o trabalho se abrir ao
novo, inédito, imprevisível e surpreendente. pensamos que um ponto de partida seria
conhecer as crianças, saber quais são os seus interesses e preferências, suas formas
de aprender, suas facilidades e dificuldades, como é seu grupo familiar e social, sua
vida dentro e fora da escola. Conhecer, por sua vez, implica sensibilidade,
conhecimentos e disponibilidade para observar, indagar, devolver respostas para
articular o que as crianças sabem com os objetivos das diferentes áreas do currículo.
Implica, também, uma organização pedagógica flexível, aberta ao novo e ao
imprevisível; pois não há como ouvir as crianças e considerar as suas falas, interesses
e produções sem alterar a ordem inicial do trabalho, sem torná-lo uma via de mão
dupla onde as trocas mútuas sejam capazes de promover ampliações, provocar os
saltos dos conhecimentos, como Benjamin sugere.
Esse enfoque coloca-nos num lugar estratégico porque cabe a nós,
professores(as), planejar, propor e coordenar atividades significativas e desafiadoras
capazes de impulsionar o desenvolvimento das crianças e de amplificar as suas
experiências e práticas socioculturais. Somos nós que mediamos as relações das
80
crianças com os elementos da natureza e da cultura, ao disponibilizarmos materiais, ao
promovermos situações que abram caminhos, provoquem trocas e descobertas,
incluam cuidados e afetos, favoreçam a expressão por meio de diferentes linguagens,
articulem as diferentes áreas do conhecimento e se fundamentem nos princípios éticos,
políticos e estéticos, conforme estabelecem as Diretrizes Curriculares para o Ensino
Fundamental (Brasil. Ministério da Educação/Conselho Nacional de Educação –
Resolução CEB no 02/1998).
Mediar essas relações, entretanto, é uma tarefa desafiadora pelas escolhas que
precisamos continuamente fazer em relação à eleição de conteúdos e temas e às
propostas metodológicas para aproximá-los das crianças. Quanto ao conteúdo, há
várias indagações: o que selecionar em face do acúmulo de produções e informações a
que estamos sujeitos e suas constantes transformações? Que conhecimentos são
fundamentais e indispensáveis à formação das crianças? E como essas escolhas são
políticas, alargam-se as perguntas: que elementos e de que cultura(s) estão sendo
selecionados e adaptados para serem introduzidos às crianças? Quais os que estão
sendo silenciados? De que ponto de vista estão sendo abordados e para que grupos
sociais? Quais são as condições concretas de produção do trabalho escolar?
Quanto à metodologia, indagamos: que intervenções do professor contribuem
para os processos de desenvolvimento integral das crianças? Como ampliar o universo
cultural das crianças e suas possibilidades de interação? Que construções estão sendo
realizadas pelas crianças ante os elementos culturais e naturais que as circundam?
Que situações permitem e favorecem a manifestação das diferentes linguagens?
As indagações são muitas e as respostas se abrem a vários caminhos e novas
questões. Entendemos que o conhecimento é uma construção coletiva e é na troca dos
sentidos construídos, no diálogo e na valorização das diferentes vozes que circulam
nos espaços de interação que a aprendizagem vai se dando. Sendo assim, é nosso
objetivo neste texto discutir algumas das questões apresentadas, trazer suas tensões e
favorecer possíveis respostas para pensarmos juntos as diferentes áreas do currículo e
a inclusão das crianças de seis anos de idade no ensino fundamental de nove anos. A
seguir, abordaremos o tema, trazendo alguns pontos para reflexão neste momento de
acolhida dessas crianças.
81
3.7 A DEFINIÇÃO DE INSTRUMENTOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
COERENTES COM OS OBJETIVOS DE CADA ETAPA DE ENSINO E OS
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS ADOTADOS.
O que as crianças e os jovens aprendem na escola? Sem dúvida, aprendem
conceitos, aprendem sobre a natureza e a sociedade. A escola dificilmente conseguirá
propiciar situações para que eles aprendam tudo o que é importante, mas pode
possibilitar que eles se apropriem de diferentes conhecimentos gerados pela
sociedade. De fato, não é simples selecionar o que ensinar no ensino fundamental,
mas precisamos refletir sobre quais saberes poderão ser mais relevantes para o
convívio diário dos meninos e meninas que freqüentam nossas escolas e para a sua
inserção cada vez mais plena nessa sociedade letrada, pois eles têm o direito de
aprender os conteúdos das diferentes áreas de conhecimento que lhes assegurem
cidadania no convívio dentro e fora da escola.
Assim, é fundamental que cada professor se sinta desafiado a repensar o tempo
pedagógico, analisando se ensina o que é de direito para os estudantes e se a seleção
de conteúdos, capacidades e habilidades é de fato importante naquele momento,
considerando que esses estudantes são crianças ou adolescentes que apresentam
características singulares dessas etapas de desenvolvimento.
Reconhecemos a necessidade da circulação de informações e conhecimentos,
mas não queremos que as crianças e os jovens que freqüentam nossas escolas
aprendam conceitos ou teorias científicas desarticuladas das funções sociais.
Queremos que eles pensem sobre a sociedade, interajam para transformá-la e
construam identidades pessoais e sociais, vivendo a infância e a adolescência de modo
pleno.
O professor, portanto, como defendem Santos e Paraíso (1996, p. 37), precisa
atentar para o fato de que “o currículo constrói identidades e subjetividades: junto com
os conteúdos das disciplinas escolares; e também adquirem-se na escola percepções,
disposições e valores que orientam os comportamentos e estruturam personalidades”.
Ou seja, quando ocupamos esse espaço social – escola –, lidamos com seres em
desenvolvimento que estão em processo de construção de identidades, que aprendem
sobre a sociedade, sobre os outros e sobre si próprios.
E como essa tomada de consciência poderia modificar a prática pedagógica de
cada professor?
82
Pensando sobre essa questão, Solé (2004, p. 53) ressalta a dimensão integradora
da educação. Ela nos lembra que no processo de desenvolvimento ocorrem mudanças
que afetam essa globalidade e que também podem ser identificadas em diferentes
áreas ou capacidades: capacidades cognitivas e lingüísticas, motoras, de equilíbrio
pessoal, de inserção social e de relação interpessoal.
Esse pressuposto vem sendo explicitado muito freqüentemente no meio
educacional. Mas podemos perguntar: em que medida, de fato, isso vem sendo
considerado no cotidiano da sala de aula?
Muitas vezes, o professor investe suficientemente na dimensão cognitiva do
desenvolvimento e não dedica atenção à dimensão afetiva. Outras vezes, faz o inverso:
cuida da criança com carinho e atenção, mas sem planejar adequadamente como vai
ajudá-la a progredir na aprendizagem para alcançar as metas que devem ser atingidas
do ponto de vista cognitivo.
Por isso, Solé (2004, p. 53) reitera que não se trata de compartimentos
estanques; à medida que meninos e meninas se mostram mais competentes na área
cognitiva, suas possibilidades de inserir-se socialmente aumentam, bem como as
relações interpessoais que podem estabelecer e tudo isso muda a maneira como vêem
a si mesmos.
Por outro lado, se eles adquirem mais segurança nas relações, perdem o medo
de errar, se lançam mais e, conseqüentemente, aprendem mais. Assim, propomos
que cada professor, ao planejar as situações didáticas, reflita sobre os estudantes,
considerando o desenvolvimento integral deles, contemplando as características
culturais dos grupos a que pertencem e as características individuais, tanto no que se
refere aos modos como interagem na escola, quanto às bagagens de saberes de que
dispõem. Caso determinada criança esteja com dificuldade de inserir-se no grupo-
classe, é papel do professor planejar estratégias para que ela supere tal dificuldade;
caso algum estudante esteja com auto-estima baixa e, portanto, demonstre medo de
expor seus sentimentos e conhecimentos, é preciso também pensar em como
favorecer o desenvolvimento dele.
Em síntese, como nos diz Solé (2004, p. 53), “o desenvolvimento afeta todas as
capacidades humanas e todas devem ser levadas em conta durante a elaboração de
um projeto educativo”, principalmente se nesse projeto educativo o professor busca
intervir na formação cidadã dos estudantes.
83
3.8 SISTEMA DE AVALIAÇÃO
Avaliação Formativa: valor 6,0 mínimo de três avaliações ex.: trabalhos:
caderno, atividades, seminários, participações, lição de casa, (o professor tem
autonomia para criar seu modo de avaliação e atribuir nota a cada item até somar
6,0).
Lembrando: o aluno precisa obter 3,6 , caso não consiga esta nota é necessário
apenas uma recuperação a critério do professor.
Avaliação Somativa: valor 4,0 é uma
Avaliação Bimestral.
Lembrando: o aluno precisa obter 2,4 . Caso não consiga esta nota é necessário
uma recuperação para esta Avaliação.
MÉDIA BIMESTRAL (10,0) = AVALIAÇÃO FORMATIVA ( 6,0) + AVALIAÇÃO
SOMATIVA (4,0)
E como pode o professor superar os desafios pedagógicos? Para superar
dificuldades, é necessário avaliar sistematicamente o ensino e a aprendizagem.
Tradicionalmente, no entanto, as práticas de avaliação desenvolvidas na escola têm se
constituído em práticas de exclusão: avalia-se para medir a aprendizagem dos
estudantes e classificá-los em aptos ou não aptos a prosseguir os estudos. Para que
não tenhamos essa prática excludente, é preciso que os professores reconheçam a
necessidade de avaliar com diferentes finalidades:
conhecer as crianças e os adolescentes, considerando as características da
infância e da adolescência e o contexto extra-escolar;
conhecê-los em atuação nos tempos e espaços da escola, identificando as
estratégias que usam para atender às demandas escolares e, assim, alterar,
quando necessário, as condições nas quais é realizado o trabalho pedagógico;
conhecer e potencializar as suas identidades;
conhecer e acompanhar o seu desenvolvimento;
identificar os conhecimentos prévios dos
estudantes, nas diferentes áreas do conhecimento e trabalhar a partir deles;
identificar os avanços e encorajá-los a continuar construindo conhecimentos
nas diferentes áreas do conhecimento e desenvolvendo capacidades;
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conhecer as hipóteses e concepções deles sobre os objetos de ensino nas
diferentes áreas do conhecimento e levá-los a refletir sobre elas;
conhecer as dificuldades e planejar atividades que os ajudem a superá-las;
verificar se eles aprenderam o que foi ensinado e decidir se é preciso retomar os
conteúdos;
saber se as estratégias de ensino estão sendo eficientes e modificá-las quando
necessário.
Diferentemente do que muitos professores vivenciaram como estudantes ou em seu
processo de formação docente, é preciso que, em suas práticas de ensino, elaborem
diferentes estratégias e oportunidades de aprendizagem e avaliem se estão sendo
adequadas. Assim, não apenas o estudante é avaliado, mas o trabalho do professor e
a escola. É necessário avaliar:
se o estudante está se engajando no processo educativo e, em caso negativo,
quais são os motivos para o não-engajamento;
se o estudante está realizando as tarefas propostas e, em caso negativo, quais
são os motivos para a não-realização;
se o(a) professor(a) está adotando boas estratégias didáticas e, em caso
negativo, quais são os motivos para a não-adoção;
se o(a) professor(a) utiliza recursos didáticos adequados e, em caso negativo,
quais são os motivos para a não-utilização;
se ele(a) mantém boa relação ou não com os meninos e meninas e os motivos
para a manutenção dessas relações de aprendizagem;
se a escola dispõe de espaço adequado, se administra apropriadamente os
conflitos e, em caso negativo, quais são os motivos para a sua não-
administração;
se a família garante a freqüência escolar da criança ou dos jovens, se os
incentiva a participar das atividades escolares e, em caso negativo, quais são os
motivos para o não-incentivo;
se a escola garante aos estudantes e a suas famílias o direito de se informar e
discutir sobre as metas de cada etapa de estudos, sobre os avanços e
dificuldades reveladas no dia-a-dia.
Nessa perspectiva, os resultados do não atendimento das metas escolares
esperadas em determinado período do tempo são vistos como decorrentes de
diferentes fatores sobre os quais é necessário refletir. A responsabilidade, então, de
85
tomar as decisões para a melhoria do ensino, passa a ser de toda a comunidade. Ou
seja, o baixo rendimento do estudante deve ser analisado e as estratégias para que ele
aprenda devem ser pensadas pelo professor, juntamente com a direção da escola, a
coordenação pedagógica e a família. Pode-se, então, mudar as estratégias didáticas;
possibilitar atendimento individualizado; garantir a presença do estudante em sala de
aula, no caso dos faltosos; além de outras estratégias, como a de proporcionar maior
tempo para que a aprendizagem ocorra.
Empregando instrumentos variados, as práticas avaliativas mais defendidas
atualmente compartilham esse ponto: o registro escrito de informações mais
qualitativas sobre o que as crianças e os adolescentes estão aprendendo. As formas
de registro qualitativo escrito permitem que:
os professores comparem os saberes alcançados em diferentes momentos da
trajetória vivenciada;
os professores acompanhem coletivamente, de forma compartilhada, os
progressos dos estudantes com quem trabalham a cada ano;
os estudantes realizem auto-avaliação, refletindo, dessa forma, sobre os próprios
conhecimentos e sobre suas estratégias de aprendizagem, de modo que
possam redefinir os modos de estudar e de se apropriar dos saberes;
as famílias acompanhem sistematicamente os estudantes, podendo, assim, dar
sugestões à escola sobre como ajudar as crianças e os adolescentes e discutir
suas próprias estratégias para auxiliá-los;
os coordenadores pedagógicos (assistentes pedagógicos, equipe técnica)
conheçam o que vem sendo ensinado/aprendido pelos estudantes e possam
planejar os processos formativos dos professores.
A diversificação dos instrumentos avaliativos, por sua vez, viabiliza um maior
número e variedade de informações sobre o trabalho docente e sobre os
percursos de aprendizagem, assim como uma possibilidade de reflexão acerca de
como os conhecimentos estão sendo concebidos pelas crianças e adolescentes.
Entender a lógica utilizada pelos estudantes é um primeiro passo para saber como
intervir e ajudá-los a se aproximar dos conceitos que devem ser apropriados por eles.
Para que não haja um descompasso entre o registrado e o vivido/priorizado em
sala de aula, insistimos na necessidade de garantir alguns cuidados aparentemente
óbvios, mas nem sempre cumpridos. Em primeiro lugar, recordemos, deve-se ter
clareza sobre o que é necessário que os estudantes aprendam em cada etapa escolar,
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o que constitui um direito deles. É preciso “não deixar o tempo passar”, mas sim
monitorar, continuamente, os progressos e as lacunas demonstrados pelos estudantes.
Assim, poderemos ajustar a forma de ensinar, em lugar de esperar o fim do período
para, já sem ter muito por fazer, constatar se as crianças e os adolescentes
aprenderam ou não o que foi estabelecido.
Em segundo lugar, para que tenhamos clareza sobre o que ensinar e avaliar,
necessitamos “traduzir” em objetivos observáveis os conteúdos formulados geralmente
de modo muito “amplo” nos documentos curriculares ou planos de curso. Só com esse
nível de clareza e concretude podemos fazer o registro avaliativo ao longo das
semanas em que se dá o ensino-aprendizagem, de forma que possamos corrigir-
realimentar o processo de ensino e não perder as informações que detectamos sobre
os meninos e as meninas no dia-a-dia.
Finalmente, e nunca é demais lembrar que, para que o estudante e sua família
tenham voz, devem participar efetivamente do processo de avaliação. Necessitamos
garantir que as famílias conheçam as expectativas da escola em relação às crianças e
aos adolescentes em cada unidade e série (ou ano) e acompanhem a trajetória
percorrida, podendo se posicionar junto à professora, à turma e à escola. Se o
estudante e sua família sabem aonde a escola quer chegar, se estão envolvidos no dia-
a-dia de que são os principais beneficiários, poderão participar com mais investimento
e autonomia na busca do sucesso nessa empreitada que é o aprender.
3.9 MATERIAIS PEDAGÓGICOS
Retroprojetor;
Jogos Educativos;
Rádios
Kit de Biologia;
Vídeo cassete;
DVDs;
Computadores
Microscópio;
Figuras geométricas
CD-Rom de Matemática
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Torso;
Mapas de História;
Mapas de Geografia;
Mapas de Ciências e Biologia;
Globo terrestre;
Livros didáticos;
CD-Rom de várias disciplinas;
Livros paradidáticos;
Dicionários;
Revistas;
Folhetos;
Livros de literatura;
Jogos
3.10 BASE NACIONAL COMUM NO ENSINO FUNDAMENTAL E NO ENSINO MÉDIO
O Colégio elaborou a sua proposta curricular, tendo como referência as Diretrizes
Curriculares para o Ensino Fundamental. Optou-se pelo Inglês como LEM, baseado na
necessidade de conhecimento de uma língua globalizada com a qual os alunos já
possuem um contato através da mídia.
3.11 COMO SÃO OFERTADOS OS ESTUDOS SOBRE O ESTADO DO PARANÁ
Os estudos sobre o Estado do Paraná são ofertados nas disciplinas de História,
Arte, Língua Portuguesa e Geografia, enfocando aspectos históricos e físicos em todas
as séries do Ensino Fundamental e Médio.
3.12 PROJETOS INTEGRADOS AO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Projeto de Leitura;
Viva Escola ( Teatro e Fórum de Discussão – Meio Ambiente);
Escola de Pais e Mães;
Semana Desportiva Cultural;
Feira do Conhecimento;
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Projeto “Consciência Ambiental Cidadã”;
Projeto Limpeza e Conservação do Colégio.
3.13 PERIODICIDADE DA AVALIAÇÃO
A avaliação é feita bimestralmente, conforme Artigo 113 do Regimento Escolar,
aprovado em 01 de fevereiro de 2008.Lembramos que a Avaliação deve servir para
subsidiar a tomada de decisões em relação à continuidade do trabalho pedagógico,
não para decidir quem será excluído do processo.
3.14 INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS
Conforme o Artigo 108 do Regimento Escolar de 2008, a recuperação de estudos
de forma paralela será ofertada concomitantemente às atividades letivas, sendo
integrada ao processo de ensino, incluída nas oitocentas horas letivas e duzentos dias
letivos.
Para que todo o trabalho de ensino – aprendizagem seja desenvolvido com maior
sucesso, o aluno tem o acompanhamento da equipe pedagógica, bem como da Sala de
Apoio que funciona no contraturno.
A recuperação de estudos tem como objetivo proporcionar aos alunos que
demonstram rendimento insuficiente, a oportunidade de melhoria do aproveitamento.
A Lei nº9394/96 mantém a obrigatoriedade dos estudos de recuperação, de
preferência paralela ao período letivo (Art. 24 - Inciso V – LDB). Portanto, o Colégio
Dom João Bosco estabelece o seguinte critério:
Recuperação Paralela - será feita durante o desenvolvimento normal das
atividades do ensino-aprendizagem. Os conteúdos básicos não aprendidos serão
recuperados imediatamente.
Partindo do compromisso do educador com a aprendizagem dos educandos, a
“recuperação”, mais do que uma estrutura da escola, deve significar uma postura do
educador no sentido de garantir essa aprendizagem por parte de todos os alunos,
especialmente daqueles que tem maior dificuldade em determinados momentos e
conteúdos. Daí a importância da “recuperação” paralela, ou seja, da recuperação que
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se dá no ato mesmo de ensinar, a partir dos erros (como material de análise), da
percepção das necessidades dos educandos.
Pode acontecer desta recuperação não ser suficiente, devendo, neste caso,
providenciar-se atividades diversificadas para o aluno, fornecimento de roteiro de
estudo, entrevista para diagnosticar melhor a dificuldade, oferecimento de aulas de
reforço, etc. O que se observa é que todos os alunos têm capacidade de chegar lá, só
que com ritmos e até caminhos diferentes.
Outro elemento a ser trabalhado é a necessidade de superação individualista de
aprendizagem por parte dos alunos, isto pode se dar através de monitorias de alunos
mais velhos ou com mais facilidade em determinadas matérias.
Dessa forma, procurar-se-á propiciar a “recuperação” da aprendizagem, que
deverá traduzir-se, mais ou menos imediatamente, na recuperação da nota (uma vez
que, por enquanto, existe nota).
3.15 INTENÇÃO DE ACOMPANHAMENTO E EGRESSOS
No ano de 2009 tínhamos o Preparatório para o Vestibular que atendia os
egressos. No período Noturno, durante a Semana Desportiva Cultural recebemos
egressos que participam dos jogos escolares e do festival de Música, Dança e Teatro..
Alguns egressos visitam e utilizam a Biblioteca, pois moram na comunidade.
3.16 ESTRATÉGIAS DO COLÉGIO PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E
COMUNIDADE:
O Colégio promove reuniões para repasse de informações e também reuniões
educativas, algumas festividades com a comunidade, objetivando a integração e
interação família/escola.
Nestas reuniões retomam-se sempre assuntos de interesses gerais quanto ao
funcionamento do Colégio, analisam-se os pontos positivos e negativos do que já foi
executado. Essas reuniões têm o intuito de promover melhorias no relacionamento do
grupo, assim como a integração, reflexão e a conscientização dos pais com relação
aos assuntos escolares.
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As reuniões são dinâmicas, a linguagem é acessível a todos os presentes, o que
estimula e facilita o diálogo.
Outra atividade que mobiliza os alunos e suas respectivas famílias é a Feira do
Conhecimento no qual os pais sentem-se lisonjeados e orgulhosos com o desempenho
dos filhos pela qualidade da elaboração e apresentação dos trabalhos de pesquisa.
3.17 ENCAMINHAMENTOS DO PLANO DE AÇÃO
O objetivo da gestão escolar 2009/2011 é “compartilhar e democratizar” e isto
está sendo conquistado gradativamente, pois os educadores têm a liberdade de
expressar suas idéias e ações.
Seguem novos e constantes desafios:
Suprir o quadro de Agente Educacional II.
Efetivar a implantação do Grêmio Estudantil;
Dinamizar o Conselho de Classe e as Reuniões Pedagógicas;
A construção da cozinha e do Laboratório de Ciências, a reforma dos banheiros e a
cobertura da quadra poliesportiva são processos morosos que iniciaram em gestões
escolares anteriores e ainda estão tramitando. Só temos a assinatura da Ordem de
Serviço da cozinha pela SUDE, mas sem prazo determinado para a construção;
Atender as Normas de Prevenção ( instalações físicas) e criar a Brigada para
prevenção de Acidentes ( em parceria com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar)
conforme orientações da PEP (Prontidão Escolar Preventiva).
A inclusão digital dos agentes educacional I;
Replanejar anualmente a Semana Desportiva Cultural e a Feira do Conhecimento;
Buscar estratégias na tentativa de minimizar a indisciplina no Colégio,
principalmente através do diálogo com as famílias e também com o auxílio do
Conselho Tutelar.
Dar continuidade a Escola de Mães e Pais. Onde os temas escolhidos para a
palestra são assuntos da atualidade, interessantes.
91
3.18 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO-POLÍTICO
PEDAGÓGICO
O acompanhamento e a avaliação do Projeto Político-Pedagógico são realizados
pela comunidade escolar.
3.19 INCLUSÃO DO ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO DO ENSINO MÉDIO E DAS
SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL (CONFORME LEI Nº11.7888 DE
20/09/2008)
A Inclusão do Estágio não obrigatório do Ensino Médio e das séries finais do
Ensino Fundamental, desenvolvido como atividade opcional acrescida à carga horária
regular e obrigatória, de acordo com a Lei nº 11.788 de 25/09/2008, fará parte deste
Projeto Político Pedagógico, conforme Ata do Conselho Escolar nº 137/08 de
03/12/2008.
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4 CONCLUSÃO
O Projeto Político-Pedagógico construído a partir do diagnóstico da realidade em
que se insere o nosso Colégio apresenta-se não só como documento e referência, mas
como experiência concreta para o agir do Colégio, delineando sua identidade como
documento fonte e instrumento das políticas educacionais vigentes.
O ensino de nove anos requer de nos, como um todo, como entidade escolar,
planejar, propor e coordenar atividades significativas e desafiadores capazer de
impulsionar o desenvolvimento dos(as) educandos(as) e de ampliar suas expectativas
e práticas sócio-culturais.
A escola é lugar de encontro de muitas pessoas, lugar de partilhar
conhecimentos, ideias, crenças, sentimentos, lugar de conflitos, portanto, uma vez que
acolhe pessoas diferentes, com valores e saberes diferente. É na tensão viva e
dinâmica desse movimento que organizamos a principal função de escola: ensinar e
aprender – professores(as), educandos(as), educadores(as), família e todas as demais
pessoas que fazem parte da comunidade escolar.
Pretende questionar as bases da ação administrativa, docente, discente e exigir
uma nova atitude escolar capaz de superar o espírito individualista e autoritário
presentes na sociedade e em muitas instituições escolares.
Para VEIGA (1998) a construção do Projeto Político-Pedagógico, garante maior
autonomia e organização da diversidade. Mas tem que ser viável, exeqüível e
assumido pelo grupo, ou seja, pelos vários segmentos da comunidade escolar.
Para a construção do Projeto Político-Pedagógico foi necessária a participação de
todos os segmentos da comunidade escolar; direção, direção auxiliar, pedagogas,
professores, funcionários, alunos e pais, pois constitui-se em um instrumento valioso de
medição entre anseios, desejos e intenções de todos e o planejamento concreto de
suas ações cotidianas.
Este projeto coletivo poderá constituir-se em instrumento para o Colégio construir
sua autonomia, preparar e capacitar os cidadãos de uma sociedade mais justa e
humana, formando alunos críticos, criativos, preparados para a fraternidade,
solidariedade, justiça social e verdadeira cidadania para todos.
É preciso que todos(as) os(as) profissionais envolvidos na educação do nosso
Colégio e que as famílias que aqui nos honram com a matrícula de seu(sua) filho(a)
que nos é confiado, participem ativamente de educação de qualidade que o Colégio se
propõe a fazer da melhor forma possível.
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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis
anos de idade. Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006. 135p.
BOAL, Augusto. Jogos para atores e não-atores. 6. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 1991.
COELHO, Teixeira; CARDOSO, Reni Chaves (Org.); GUINSBURG, J. (Org.)
Semiologia do teatro. São Paulo: Perspectiva, 1978.
JOHNSTONE, Keith. Impro: Improvisacion y el teatro. 4. ed. Santiago: Cuatro Vientos
Editorial, 2004.
KOUDELA, Ingrid Dormien. Brecht: um jogo de aprendizagem. São Paulo: Perspectiva,
2001.
KOUDELA, Ingrid Dormien. Jogos Teatrais. 5. ed. São Paulo: Perspectiva, 2004.
MACHADO, Maria Clara; ROSMAN, Marta. 100 jogos dramáticos. 2. ed. Rio de
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SPOLIN, Viola. Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin. Trad. Ingrid Dormien
Koudela. São Paulo: Perspectiva, 2001.
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Civilização Brasileira, 1996.
www.wikipedia.com.br
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