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COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI. E. F. M.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Paranavaí – Paraná
2
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI. E. F. M.
Projeto Político Pedagógico encaminhado ao
Núcleo Regional de Educação do Município de Paranavaí
e a Secretaria de Estado da Educação onde se apresenta
as metas pedagógicas, políticas e administrativas da
instituição.
Paranavaí – Paraná
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SUMÁRIO
I - APRESENTAÇÃO.................................................................................................................... 4
II – INTRODUÇÃO................................................................................................................... ...
2.1 IDENTIFICAÇÃO............................................................................................................ .......
2.2 CARACTERIZAÇÃO GERAL................................................................................................
2.2-1 HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO.......................................................,....................
2.2-2 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO...............................................................................
2.2-3 OFERTA DE CURSOS E MODALIDADES.........................................................................
2.2-4 RECURSOS HUMANOS......................................................................................................
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III – OBJETIVOS GERAIS...........................................................................................................
O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS.........................................................................
Conselho Escolar.......................................................................................................................
APMF......................................................................................................................... .................
Grêmio Estudantil................................................................................................................... .....
Conselho de Classe........................................................................................................... ..........
IV – MARCO SITUACIONAL......................................................................................................
Espaços Pedagógicos..................................................................................................... ..........
Critérios de Organização de Turmas........................................................................................
Formação Continuada dos Profissionais da Educação..............................................................
Hora Atividade.................................................................................................................... .......
Articulação anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental de 9 anos................................
Avaliação.....................................................................................................................................
Adaptação, Classificação e Reclassificação................................................................................
Inclusão..................................................................................................................... ....................
Desafios Educacionais Contemporâneos.......................................................................... ...........
V – MARCO CONCEITUAL.........................................................................................................
- Concepção de Homem.................................................................................................. ................
- Concepção de Infância e Adolescência ........................................................................................ .
- Concepção de Mundo ......................................................................................... .........................
- Concepção de Sociedade....................................................................................................... .......
- Concepção de Educação........................................................................ .......................................
- Concepção de Escola.......................................................................................................... ..........
- Concepção de Cultura .................................................................................................................
- Concepção de Conhecimento.................................................................................................... ...
- Concepção de Ensino .................................................................................................................
- Concepção de Aprendizagem ................................................................................................... ..
- Concepção de Avaliação..............................................................................................................
- Concepção de Currículo....................................................................................................... ........
- Concepção de Estágio não Obrigatório........................................................................................
- Concepção de Trabalho ....................................................................................................... ........
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- Concepção de Cidadania ..............................................................................................................
- Concepção de Tecnologia ..................................................................................................... .......
- Concepção de Letramento ............................................................................................................
- Concepção de Alfabetização .................................................................................................. ......
- Concepção de Inclusão ....................................................................................................... ..........
- Concepção de Educação de Campo ....................................................................................... ........
- Concepção de Formação Humana Integral ....................................................................................
- Concepção de Tempo e Espaço Pedagógico.................................................................................. ....
- Concepção dos Direitos Humanos .............................................................................................. ...
- Concepção Sobre o Meio Ambiente ...................................................................................... ........
- Concepção de Formação Continuada ............................................................................................
- Concepção de Cuidar e Educar ........................................................................................ ..............
- Concepção de Violência e Drogas no Ambiente Escolar ...............................................................
- Concepção de Diversidade................................................................................................. ................
- Concepção de Educação de Jovens e Adultos....................................................................................
Centro de Línguas Estrangeira Moderna - CELEM.............................................................................
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR..................................................................................................
GESTÃO DEMOCRÁTICA....................................................................................................... .....
PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA..............................................................................
VI – MARCO OPERACIONAL – Grandes Linhas de Ação...........................................................
FUNÇÃO ESPECÍFICA DE CADA SEGMENTO DA COMUNIDADE ESCOLAR.....................
Direção...................................................................................................................... ....................
Equipe Pedagógica.........................................................................................................................
Professores.................................................................................................................. ..................
Equipe Administrativa (Secretária, Assistente de Execução, Bibliotecária, Serviços Gerais)..........
Calendário Escolar .......................................................................................................... ...................
Ações Didático Pedagógicas ................................................................................................................
Equipe Multidisciplinar...................................................................................................... ..........
Programa Brigada Escolar............................................................................................................
Programa de Combate ao Abandono Escolar ..............................................................................
Programa de Ampliação de Jornada Escolar ................................................................................
Atividade Artes Visuais ..................................................................................................... ...........
Atividade Teatro ............................................................................................................ ................
Programa de Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo ..................................................... ..
Atividade Futsal ............................................................................................................ ....................
Atividade Tênis de Mesa ................................................................................... ............................
Programa Ensino Médio Inovador ProEMI....................................................................................
Ações de Flexibilização Curricular....................................................................... ................................
Plano de Avaliação do Projeto Político Pedagógico.........................................................................
Relação das Atividades desenvolvidas na Escola ...........................................................................
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Referências...........................................................................................................................................
Anexos..................................................................................................................................................
Anexo 1 Brigada Escolar............................................................................. ..........................................
Anexo 2 Plano de ação da Escola................................................................................ .........................
Anexo 3 Plano de ação da Equipe Multidisciplinar ............................................................................
Anexo 4 Plactec – Plano de Ação Coletiva para o uso de Tecnologias .............................................
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1 APRESENTAÇÃO
O Projeto Político-Pedagógico é elaborado com o objetivo de planejar a
organização da escola em busca da melhoria da qualidade de ensino.
Segundo Veiga (1995) o projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação
intencional com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente,
de acordo com os interesses reais da comunidade. Exige dos educadores,
funcionários, alunos e pais a definição clara do tipo de escola que almeja, a partir da
sociedade e do cidadão que pretendem formar.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 diz que entre as
incumbências de todas as escolas, está a de elaborar e executar sua proposta
pedagógica. Diante desta realidade a escola elaborou juntamente com os
segmentos e instâncias colegiadas o projeto visando constantemente a busca do
ideal da escola a partir do real.
A principal possibilidade de construção, avaliação e implementação do projeto
político-pedagógico passa pela relativa autonomia da escola, de sua capacidade de
delinear sua própria identidade. Isto significa resgatar a escola como espaço público,
lugar de debate, de diálogo, fundado na reflexão coletiva.
Para tanto, há esforços no sentido derepensar a atuação a partir de uma
reflexão conjuntasobre a qualidade do trabalho realizado na escola, discutindo sobre
a nossa formação, sobre a participação e envolvimento da comunidade no alcance
dos objetivos educacionais e principalmente sobre a função social da escola.
Acreditamos no desenvolvimento de uma consciência crítica, democrática
adequada para enfrentar os desafios da vida aberta, para uma sociedade em
constante mudança, onde a escola terá aguçado seus sentidos para captar e intervir
nessas mudanças.
Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores. (Gadotti, 1994, p. 579).
Nessa perspectiva, o projeto político-pedagógico é construído e vivenciado
por todos os envolvidos com o processo educativo da escola.
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2 INTRODUÇÃO
2.1 Identificação
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI - ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
CODIGO DO COLÉGIO: 0943
ENDEREÇO: RUA EGÍDIO DANELUTE Nº 100
FONE (FAX): 044- 34242099
E-MAIL: [email protected]
SITE: http://www.pvaadeliarossi.seed.pr.gov.br
DISTRITO DE SUMARÉ CEP: 87720-017
PARANAVAÍ - PARANÁ
MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
2.2 Caracterização Geral
2.2.1 Histórico do Estabelecimento
Fundado em 1.953, por iniciativa do povo do Distrito de Sumaré com o
nome de "Casa Escolar Rui Barbosa", contando apenas com uma sala de aula e
tendo como professora Adélia Rossi Arnaldi.
Em 1.955, sob a jurisdição da Inspetoria Auxiliar de Alto Paraná, formou-
se mais duas salas de aula para atender a grande demanda em idade escolar, e
com isso em 1.962, passou a chamar-se Grupo Escolar Castro Alves, sob Decreto
nº. 7457/62, passando de Municipal a Estadual.
Em 1.965 foi instalado no mesmo prédio, o Ginásio Estadual de Sumaré,
passando a ter duas escolas distintas: Grupo Escolar Castro Alves e Ginásio
Estadual de Sumaré.
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Em 30/12/66 através do Decreto n º 4546/66 finalmente o Ginásio de
Sumaré foi estadualizado.
A 26 de setembro de 1.970, em virtude do falecimento da Professora
pioneira Adélia Rossi Arnaldi, o Grupo Escolar Castro Alves, recebeu o nome de
Grupo Escolar Professora Adélia Rossi Arnaldi, aprovado pelo Decreto nº 22.083 de
30/12/70.
Em 13 de setembro de 1.977, ficou autorizado o funcionamento nos
termos da legislação vigente conforme Decreto nº. 3.892/77 a Escola Adélia Rossi
Arnaldi Ensino de 1º Grau, resultando da reorganização do Ginásio Estadual de
Sumaré e Grupo Escolar Professora Adélia Rossi Arnaldi, os quais passaram a
constituir-se em um único Estabelecimento de Ensino.
Em 1.983 o Estabelecimento passou a chamar-se Escola Estadual Adélia
Rossi Arnaldi - Ensino de 1º Grau pela Resolução nº 1.648/83 de 28/06/83.
Através do Decreto nº 275 de 29 de janeiro de 1998, os alunos da
Educação Infantil e Ensino Fundamental de 1ª à 4ª série passaram a ser atendidos
pelo município, criando-se a Escola Municipal de Sumaré - E I E F compartilhando o
mesmo prédio da Escola Estadual Adélia Rossi Arnaldi - E F.
Em janeiro de 2004 a Escola Municipal de Sumaré – E.I.E.F. transfere-se
para prédio próprio nesse distrito, passando a denominar-se Escola Municipal
Doutor José Vaz de Carvalho – E.I.E.F.
Conforme resolução nº 4.239/03 de 17 de dezembro de 2003, o curso de
Ensino Médio é autorizado a funcionar neste Estabelecimento de Ensino, passando
a denominar-se Colégio Estadual Adélia Rossi Arnaldi – E.F.M.
Em 2010 através da Resolução Nº 5590/2008 da Secretaria de Estado da
Educação, o Ensino Médio Regular passa a ser organizado em Blocos de Disciplinas
Semestrais, com implantação simultânea, conforme opção dos profissionais deste
estabelecimento.
A partir de 2012 ocorre a implantação simultânea do Ensino Fundamental
– anos finais (6º ao 9º ano) no Sistema Estadual de Ensino do Paraná, mantido pelo
Governo do Estado e neste ano também, há no colégio as readequações
necessárias para o início desta implantação.
Com o parecer 199/12 –SEES/DEDI, o colégio passa a denominar-se
Colégio Estadual do Campo Adélia Rossi Arnaldi – Ensino Fundamental e Médio,
conforme resolução 830publicada em 14 de março de 2013.
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Em 2015 o colégio passou a cessar gradativamente o Ensino Médio organizado
por Blocos de Disciplinas Semestrais implantado em 2010.
2.2.2 Organização do espaço físico
A escola está edificada em alvenaria, sendo que apenas duas salas de aula
são de madeira, possui dez salas de aulas, um salão para reuniões adaptado a
refeitório com 150m2, um banheiro feminino coletivo, um banheiro masculino coletivo
para uso dos alunos e um banheiro de uso geral dos professores e funcionários.
Uma sala para secretaria, uma sala para biblioteca, uma sala para os professores,
uma sala para equipe pedagógica, uma sala para direção/direção-auxilar, uma sala
para laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia, dois almoxarifados, um
depósito construído com recursos da APMF, uma cozinha com depósito para
merenda, um pátio coberto, um pátio livre e um estacionamento.
Há uma casa de zelador com uma horta que atende o Programa do ACCC
Atividade Complementar Curricular em Contraturno e uma área livre onde se planeja
a construção de uma quadra esportiva.
A Escola dispõe de diversos recursos pedagógicos como: Kit biblioteca,
Acervos de Temas Paranaenses, Coletânea de Ciências Humanas, Materiais
Cartográficos. Na área da linguagem há fantoches para criação de pequenos teatros
e para dramatização de textos em geral, há livros de fábulas e um grande acervo
bibliográfico literário e didático de todas as áreas das disciplinas. Há também jogos
educativos sendo eles: Perfil, Imagem e Ação, Lince, Batalha Naval, Tangram,
Dominó das Quatro Operações, Conjunto Dourado, Conjunto de Réguas Numéricas,
Conjunto de Sólidos Geométrico, e tantos outros; os quais são utilizados quando
necessário para o desenvolvimento das aulas no ensino regular, nas salas de apoio,
na sala de recursos e nos programas que a escola oferece, objetivando o
desenvolvimento cognitivo matemático e linguístico dos discentes.
O Colégio oferece também equipamentos tecnológicos como: laboratório de
informática com trinta e seis computadores com CPUs e com instalação de internet
ADSL, impressoras, televisores multimídia em todas as salas de aula, vídeo cassete,
data show, retroprojetor, projetor multimídia, televisor com aparelho receptor, antena
parabólica etc. e câmeras de circuito fechado para melhor segurança de todos
envolvidos no âmbito escolar.
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2.2.3 Oferta de cursos e modalidades
O Colégio oferta o Ensino Fundamental regular nos períodos matutino e
vespertino, o Ensino Médio Regular, primeiro e segundo ano no período matutino,
segundo ano no período noturno e terceiro ano do Ensino Médio Organizado por
Blocos de Disciplinas Semestrais regular, um no período matutino e um no noturno.
ANO 1ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE
2015 X X
2016 X
2017
Cessação gradativa à partir de 2015 – E.M.B.D.S.
O período matutino tem início às 07h30min com término às 11h50min, o
período vespertino inicia-se às 13h20min com término às 17h40min e o período
noturno inicia-se às 19h com término às 23h10min, período de quatro horas
conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
No noturno com intervalo de 10 minutos a aula encerra-se às 23h10min.
Quanto à distribuição de séries, o Colégio possui no período matutino cinco
turmas de Ensino Fundamental: um 6º ano, um 7º ano, um 8º ano, dois 9º anos e
cinco turmas de Ensino Médio: dois 1º anos, dois 2º anos, um 3º ano. No período
vespertino seis turmas de Ensino Fundamental: um 6º ano, dois 7º anos, dois 8º
anos e um 9º ano. No período noturno possui duas turmas de Ensino Médio 2º e 3º
ano.
Ofertamos também uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática no período matutino que atende os
alunos matriculados no 6º e 7º ano do período vespertino.
Duas SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAL TIPO I,na Educação
Básica – anos finais e ensino médiona área de Deficiência Intelectual e Transtornos
Funcionais Específicos, uma no período matutino que atende os alunos do período
vespertino e outra no período vespertino que atende os alunos do período matutino.
Há a oferta do CELEM – Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras Moderna,
com a disciplina de Espanhol dando a oportunidade para os alunos do Ensino
Fundamental, Ensino Médio e comunidade de conhecerem mais uma língua
estrangeira, uma vez que a matriz curricular oferta a Língua Inglesa. Funciona no
período vespertino,na segunda-feira e na quarta-feira, um segundo ano das
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13h20min às 15h00min e no período noturno na segunda-feira e na quarta-feira o
primeiro ano, das 19h00min às 2050h00min.
Em 2017 o Colégio passará a ofertar a Educação de Jovens e Adultos – EJA -
Ensino Fundamental-Fase II e Ensino Médio presencial.
O Colégio oferta o Programa de Atividade de Ampliação de Jornada Periódica.
O programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo Escolar, que
oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. É organizada a
partir do Macrocampo: Cultura e Arte; oferta-se: Artes Visuais com 4 (quatro) aulas
semanais, duas aulas na 2ª feira das 16h05min às 17h40min e na 6ª feira das
13h20min às 15h e Teatro com 4 (quatro) aulas semanais, duas aulas na 3ª feira das
13h20min às 15h e na 6ª feira das 13h20min às 15h.
Oferta também Aulas Especializadas de Treinamento Esportivo – AETE, com
o objetivo de desenvolver e identificar talentos esportivos no contexto escolar, formar
e organizar equipes esportivas e participar dos Jogos Escolares do Paraná e outros
eventos similares, promovidos pela SEED e/ou comunidade. Oferta-se Futsal com 4
(quatro) aulas semanais, duas na 2ª feira e duas na 4ª feira das 17h40min às
19h00min; Tênis de Mesa com 4 (quatro) aulas semanais, duas aulas na 2ª feira e
duas na 3ª feira das 16h55min às 17h40min.
Com a participação da Instituição de Ensino Superior - UNESPAR –
Universidade Estadual de Paranavaí oferta-se o Programa Institucional de Bolsa de
Iniciação à Docência – PIBID com o título: Integração entre Educação Superior e
Educação Básica para a Melhoria na Qualidade do Ensino-Aprendizagem que tem
como objetivo geral o incentivo aos acadêmicos que estão se preparando para a
profissão docente, de terem uma participação no processo ensino-aprendizagem
nas escolas públicas, com isso os nossos alunos têm a oportunidade de participar
no contraturno de duas aulas semanais nas licenciaturas de Ciências (Física e
Química) e Geografia.
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2.2.4 Recursos Humanos
01 Direção
Formação: Pós-Graduação e PDE
03 Pedagogos
Formação: 01 Pós-Graduação e PDE
02 Pós-Graduação
Nº
Discentes
Nº Docentes
QPM
Nº Docentes
PSS
Agentes
Educacionais I
Agentes
Educacionais II
E.F.= 277
E.M.=164
40
45
09
03
Nível de Formação
Função Ens. Fund.
Ens. Médio
Ens. Superior
Pós-Graduação
Mestrado Doutorado
Docentes
_____
______
07
73
05
0
Agentes Educacionais I
02
07
0
0
0
0
Agentes Educacionais II
0
0
01
02
0
0
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3 OBJETIVOS GERAIS
Cumprir a legislação vigente que determina a todas as instituições escolares
elaborar seu Projeto Político Pedagógico.
Favorecer a participação da comunidade na gestão democrática da escola,
integrando os diversos órgãos colegiados (APMF, Conselho Escolar, Grêmio
Estudantil, entre outros), buscando caminhos para resoluções de problemas.
Definir o tipo de escola que se almeja, bem como o tipo de sociedade,de cultura,
de mundo, de homem e o tipo de cidadão que se pretende formar.
Organizar a escola a fim de que possa ser um espaço de formação do cidadão
participativo para um determinado tipo de sociedade.
Resgatar a intencionalidade da ação educativa no processo de transmissão do
conhecimento historicamente produzido, superando o caráter fragmentado das
práticas educativas, garantindo a aprendizagem de todos os alunos.
Fortalecer o grupo para enfrentar os conflitos e contradições.
Construira participação de todos numa gestão democrática.
Contribuir para a construção de uma sociedade justa, democrática, fraterna e
sustentável.
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O papel das Instâncias Colegiadas
Conselho Escolar: tem por finalidade efetivar a gestão escolar, na forma de
colegiado, promovendo a articulação entre os segmentos da comunidade escolar e
os setores da escola constituindo-se um órgão auxiliar da direção do
estabelecimento de ensino. Composto por representantes da comunidade escolar e
local, que têm como atribuição deliberar sobre questões políticas, pedagógicas,
administrativas, financeiras, no âmbito da escola.
CONSELHO ESCOLAR: TITULARES - Mandatos: 2016 a 2018
REPRESENTANTES DA CATEGORIA PROFISSIONAIS DA ESCOLA
Nomes Função
Soraia Souza dos Santos
Bocetto
Equipe Pedagógica
Anadir da Soledade Rocha Professor Ensino Fundamental
Renata Zanco Belmonte Professor Ensino Médio
Maria Semprebom Técnico Administrativo
Lucia Decleva da Silva Agente de Apoio
REPRESENTANTES DA CATEGORIA COMUNIDADE ESCOLAR
Nomes Função
Vânia Camilo Bonfim Gomes Pais – Ensino Fundamental
Rosângela Fernandes Rios Pais – Ensino Médio
Érica Moreno Spósito Alunos – Ensino Fundamental
Lucas Henrique da Silva Alunos – Ensino Médio
REPRESENTANTES DOS MOVIMENTOS SOCIAIS ORGANIZADOS DA
COMUNIDADE
Nomes Função
Antonio Gutierrez Figueira APMF
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CONSELHO ESCOLAR: SUPLENTES - Mandatos: 2016 a 2018
REPRESENTANTES DA CATEGORIA PROFISSIONAIS DA ESCOLA
Nomes Função
Vanessa Tezin Equipe Pedagógica
Marisa de Fátima Sandri Professor Ensino Fundamental
Silmara Jane Zanin Ruotolo Professor Ensino Médio
Reginaldo Turini Técnico Administrativo
Vilma Aparecida Ravazi Agente de Apoio
REPRESENTANTES DA CATEGORIA COMUNIDADE ESCOLAR
Nomes Função
Maria Ilda Quirino Pais – Ensino Fundamental
Ivo Fernandes Pais – Ensino Médio
Marcelo Alves Ferreira Júnior Alunos – Ensino Fundamental
Sirléia Maria de Morais Silva Alunos – Ensino Médio
REPRESENTANTES DOS MOVIMENTOS SOCIAIS ORGANIZADOS DA
COMUNIDADE
Nomes Função
Gislaine de Oliveira Ferrari Vieira APMF
APMF: É um órgão de representação dos pais, mestres, e funcionários do
estabelecimento de ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e
nem fins lucrativos e com objetivos de discutir sobre ações de assistência ao
educando, de aprimoramento do ensino e integração família-escola-comunidade,
prestando assistência a professores e funcionários, assegurando-lhes melhores
condições de eficiência escolar em consonância com a proposta pedagógica do
colégio.
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Mandatos: 2016 a 2018
Nomes Cargos
Antonio Gutierrez Figueira Presidente
Maria de L. R. dos S. da Silva Vice presidente
Maria Angela de Carvalho Zuliani Primeira secretária
Soraia Souza dos Santos Bocetto Segunda secretária
Maurília Telma V. de Oliveira Primeira tesoureira
Roberto César Gomes Rodrigues Segundo Tesoureiro
Rosângela Antonio Lima Primeira Diretora Sócio-Cultural e Esportivo
Aparecida Evangelista Soares Segunda Diretora Sócio-Cultural e Esportivo
Eliane Josefa Barbosa dos Reis Conselho Deliberativo e Fiscal – Mestres
Suely TazukoHarada Conselho Deliberativo e Fiscal – Mestres
Fátima da Silva Conselho Deliberativo e Fiscal – Funcionários
Vera Aparecida de Araújo Barbiere Conselho Deliberativo e Fiscal – Funcionários
Gislaine de Oliveira Ferrari Vieira Conselho Deliberativo e Fiscal – Pais
Angela Maria de Meira Conselho Deliberativo e Fiscal – Pais
Vânia Camilo Bonfim Gomes Conselho Deliberativo e Fiscal – Pais
Maria Ilda Quirino Conselho Deliberativo e Fiscal – Pais
Grêmio Estudantil: O grêmio estudantil é uma representação do corpo discente da
escola. Ele deve ser visto como uma expressão da vontade coletiva dos estudantes.
É de fundamental importância esta representação escolar no debate da escola para
sua democratização e evolução. O grêmio é uma organização sem fins lucrativos
que representa o interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais,
educacionais, desportivos e sociais. É o órgão máximo de representação dos
estudantes da escola.
17
Mandatos: 2016 a 2018
Nomes Cargos
Aline de Araújo Gadi Presidente
Vanessa Caroliny Freitas Nobre Secretário-Geral
Bianca Carla de Almeida Vice Secretário
Natanael Fernandes da Silva Tesoureiro-Geral
Evelyn Monique Araújo da Silva Vice Tesoureiro
Emily Gabrielle Araújo da Silva Diretor Social
Rafaela da Silva Costa Diretor de Imprensa
Alana das Neves Maranhão Diretor de Esportes
Erica Moreno Sposito Diretor de Cultura
Guilherme Lessa Clariano Silva Diretor de Saúde e Meio Ambiente
Conselho de Classe: É um órgão colegiado presente na organização da escola, em
que os professores das diversas disciplinas juntamente com a equipe pedagógica e
direção reúne-se para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos por
série e turma. Esta reunião se dá bimestralmente, trimestralmente e sempre que se
fizer necessário.
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4 MARCO SITUACIONAL
A educação brasileira é fruto de todo um contexto histórico. Todas as
transformações sofridas foram geradas pela necessidade política, econômica e
social e neste momento mais uma vez a sociedade revela, com nitidez, a
necessidade de mudar a realidade da educação no Brasil. Deparamos-nos com a
questão do analfabetismo, com o grau de escolaridade baixo, desigualdade social,
desemprego, violência, miséria, fome, marginalização e exclusão social. Essa
realidade provoca em muitas pessoas e grupos, sentimentos, sensações e desejos
contraditórios, ao mesmo tempo de insegurança e medo, de apatia e conformismo,
destruindo, em alguns casos, o sonho das pessoas, no que tange a sua participação
no processo de construção de uma sociedade brasileira mais justa e democrática,
como também sentimentos de novidade e esperança, mobilizadores das melhores
energias e criatividade para a construção de um mundo diferente, mais humano e
solidário.
Globalização, multiculturalismo, pós-modernidade, questões de gênero e de
raça, novas formas de comunicação, informatização, manifestações culturais e
religiosas, tecnologia e diversas formas de violência e exclusão social configuram
novos e diferenciados cenários sociais, políticos e culturais.
A escola não pode ignorar esta realidade. O impacto destes processos no
cotidiano escolar é cada vez maior. A problemática atual das escolas de educação
básica, particularmente as das grandes cidades, onde se multiplicam uma série de
tensões e conflitos, não pode ser reduzida aos aspectos relativos à estruturação
interna da cultura escolar e esta necessita ser repensada para incorporar na sua
própria estruturação estas questões e novas realidades sociais e culturais. Estamos
diante de uma nova revolução, baseada na informática e nas tecnologias de ponta.
Testemunhamos uma mudança profunda na sociedade, que exige apoio de um
sistema educacional eficiente e criativo principalmente no que diz respeito à inclusão
de alunos na escola, no trabalho e nos espaços sociais em geral, preocupação
propagada rapidamente entre educadores, familiares, líderes e dirigentes políticos,
nas entidades, nos meios de comunicação e etc.
Os elementos constitutivos da realidade brasileira: a situação de uma
sociedade em transição, a persistência de uma mentalidade acrítica e a inexistência
democrática demonstram que o país precisa buscar a democratização da cultura,
como marco geral de uma democratização fundamental. Um dos sintomas da
19
inexperiência democrática é a dificuldade que grande parte da população encontra
ao tentar reconhecer os temas e as tarefas inerentes aos atores sociais.
Freire enfatiza a inserção do homem na sociedade para poder transformá-la:
O homem brasileiro precisa descobrir-se "autor" do mundo, criador da cultura e integrante ativo da rede sistêmica universal, sendo que a democratização da cultura - o amplo acesso à informação - é a via de acesso para que ele realize verdadeiramente sua vocação ontológica: a de inserir-se na construção da sociedade, em busca das transformações sociais; substituindo assim, a captação e compreensão mágica da realidade por uma cada vez mais crítica (Paulo Freire, 1997, p. 89).
O Brasil em sua diversidade regional vive realidades diferentes. A educação
na região Sul apresenta índices mais representativos em relação ao
desenvolvimento ensino-aprendizagem e índices menores em evasão e repetência.
Em todo o país há programas de desenvolvimento educacional e erradicação
do analfabetismo, como o Brasil Alfabetizado, PROUNI, ENEM, cotas para alunos de
escolas públicas e afrodescendentes em universidades, medidas tomadas para
melhorias na educação.
No município de Paranavaí contamos com escolas municipais que ofertam
Educação Infantil e Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano, escolas particulares que
ofertam Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio, escolas estaduais de
Ensino Fundamental do 6º ao 9ª ano, Ensino Médio Regular e Profissionalizante,
uma APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, uma universidade
pública, duas particulares e um Instituto Federal Tecnológico.
A realidade de nossa escola não é diferente da realidade educacional
brasileira. Os alunos não veem a escola como espaço de promoção do
conhecimento e da cultura, faltam às aulas, se evadem, mesmo sendo orientados
deixam de frequentar a escola e aumentam os índices de evasão.
O processo de inclusão dos alunos com deficiência e dos que necessitam
serem incluídos no processo de ensino aprendizagem não se efetiva na prática. Os
professores ressaltam, entre outros fatores, a dura realidade das condições de
trabalho e os limites da formação profissional, o número elevado de alunos por
turma, a rede física inadequada, o despreparo para ensinar "alunos especiais" ou
diferentes.
Temos dificuldade na estrutura física, onde não há um refeitório adequado,
causando transtornos para a distribuição da merenda, alimentação, manuseio dos
pratos, canecas e talheres com a devida higiene, etc. O salão de reuniões foi
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adaptado como refeitório, onde foi colocado mesas e bancos, mas mesmo assim
concluímos que não atende com qualidade a distribuição da merenda e dificulta o
uso do mesmo para reuniões.
Não há uma sala apropriada para o laboratório de informática. O espaço físico
disponível é uma sala de aula que sofreu adaptações para esta instalação e por ser
pequena causa desconforto aos alunos, professores e funcionários. A biblioteca
também como um espaço educativo, é pequena para a demanda de alunos e
acervo. A construção de um bloco administrativo se faz necessário, já que a atual
administração funciona em salas mal estruturadas e desconfortáveis. Nos últimos
anos o aumento no número de alunos exige a construção de mais salas de aulas.
A escola não possui quadra esportiva, usamos um ginásio de esporte
existente ao lado da escola, o qual pertence ao município, ficando este
estabelecimento sujeito aos horários pré-estabelecidos para as aulas de Educação
Física. Precisaríamos da construção de uma quadra no terreno escolar para que a
escola pudesse desenvolver com mais autonomia as atividades curriculares e
extraclasses.
Há em cada sala de aula uma TV Multimídia e o colégio dispõe de aparelhos
de DVD`s, de Data-Show e Multimídia que são utilizados através de agendamento
conforme necessidade de uso. Porém, não há disponibilidade de um funcionário
para a instalação destes equipamentos nas salas, o que muitas vezes causa danos
e prejuízos à escola, comprometendo também o desenvolvimento das atividades.
Possuímos um pátio coberto e um pátio livre. O pátio livre é pequeno por isso
conta com pouco espaço para alunos, alguns bancos e duas mesas de tênis,
havendo a necessidade de serem construídos mais bancos. O pátio coberto era área
livre e foi coberto para resolver o problema de sol e chuva, porém ficou um ambiente
escuro, necessitando de reformas para que se torne um espaço educativo mais
arejado.
As salas de aula possuem carteiras, cadeiras e mesas para os professores,
algumas de acordo com a necessidade possuem armários.
Os banheiros foram reformados, mas são insuficientes para os alunos,
professores e funcionários e precisam ser ampliados.
Sabemos que a organização da nossa escola precisa ser repensada,
principalmente nos conflitos das relações professor-aluno, aluno-escola, escola-pais,
escola-comunidade para que possamos desenvolver uma escola mais democrática.
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A nossa grande possibilidade é que aqui não há falta de vagas para os alunos da
comunidade.
Atendemos uma parcela diferenciada de educandos do Ensino Fundamental e
Ensino Médio que moram em conjuntos habitacionais, bairros novos, em sítios, vilas
rurais e no próprio distrito, e por essa demanda de alunos em 2012 a escola passou
a ser denominada de Escola de Campo, pela referência à identidade, cultura e os
valores relacionados à vida na terra, fator marcante na comunidade onde se
encontram assalariados rurais, boias-frias, arrendatários, vileiros rurais, pequenos
proprietários, sitiantes. Destacando que por estar situada em um Distrito ainda há
um entrosamento melhor entre as famílias e a comunidade.
Como em outros locais da cidade a comunidade sofre com a falta de
emprego, de moradia, de lazer e de cultura, contando apenas com uma quadra de
esporte e uma praça. A religião é bem valorizada pelas famílias, há uma igreja
católica e quatro evangélicas. Há um Distrito Industrial com várias empresas o que
gerou muitos empregos no distrito, porém não o suficiente para a demanda local,
muitas famílias trabalham e sobrevivem das lavouras da região.
Muitos alunos pertencem a famílias com baixo nível sócio-econômico e
participam dos Programas Sociais do Governo Federal. Por este motivo, se faz
necessário uma atuação mais presente da escola para que se possa assegurar a
aprendizagem e a frequência dos mesmos em sala de aula. A maioria dos pais não
concluiu o Ensino Fundamental tendo dificuldades em acompanhar tarefas
escolares, atividades extraclasses e ainda por motivos econômicos, sociais e
emocionais não conseguem assegurar um desenvolvimento adequado aos seus
filhos, acarretando assim problemas de aprendizagem e indisciplinar.
O Colégio adota a política da inclusão, na quebra de preconceitos e na
valorização das diferenças, promovendo palestras, seminários, grupos de estudo,
dinâmicas de grupo e o incentivo dos alunos em atividades extracurriculares.
A escola é um espaço democrático, significativo e singular para trabalhar com
a diversidade humana, respeitando as limitações, percebendo as potencialidades
para a aprendizagem e considerando as especificidades de cada educando, a favor
da inclusão de todos. Nesse contexto, a escola precisa adequar melhor o espaço
físico para atender os alunos e a comunidade. Sentimos também a necessidade de
uma formação continuada aos professores, equipe pedagógica e funcionários, salas
de apoio pedagógico especializado, entre outros.
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Possibilita-se também a troca de experiências entre os professores na
formação continuada, na efetivação da hora-atividade e nas reuniões pedagógicas.
A organização das atividades favorece o trabalho em grupo, tais como:
desenvolvimento de atividades interdisciplinares, gincana cultural e recreativa,
torneios, vídeos, laboratório, biblioteca e outros locais que contribuem à
aprendizagem.
A convivência escolar ocorre com conflitos inerentes ao ambiente escolar:
dificuldades de aprendizagem na leitura, na escrita, na interpretação, no raciocínio
lógico, dificuldades no exercício da função docente, desentendimentos entre os
alunos, entre alunos e professores, repetência, evasão, reclamações dos pais que
não entendem normas práticas da escola. Procuramos resolvê-los de forma
participativa, democrática e proporcionando uma convivência produtiva e solidária,
aberta aos anseios da comunidade.
Na escola constata-se que no período matutino e vespertino o índice de
evasão e repetência é menor que no período noturno, e que isso se deve às
diferenças nas características do aluno do diurno com os do noturno que possuem
uma carga horária de trabalho, dificultando a frequência e o aproveitamento escolar.
Isso reflete também nos percentuais apresentados pela escola. A primeira nota da
escola no Ideb de 2007 foi 3,8 e a meta era 3,6; em 2009 o índice abaixou para 3,6
quando a meta era 3,8. Em 2011 houve avanço, a meta era 4,4 e a nota foi 4,7. Em
2013 a nota permanece 4,7 e a meta era 4,4. Em 2015 a escola obteve um avanço
significativo na nota: 5,3 e a meta era 4,8.
Em 2014 e 2015 a escola apresentou os seguintes índices de aprovação,
reprovação e abandono:
2014 – Ensino Fundamental
Série - Turno Aprovados Reprovados Abandono
6º ano - manhã 28 0 0
6º ano - tarde 55 1 0
7º ano - manhã 57 1 0
7º ano - tarde 39 4 0
8º ano - manhã 32 1 0
8º ano - tarde 28 1 0
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9º ano - manhã 33 0 0
9º ano - tarde 32 1 0
Total 304 9 0
2014 – Ensino Médio
Série - Turno Aprovados Reprovados Abandono
1ª Série-Bloco 1- manhã 19 0 0
1ª Série-Bloco 1- noite 16 2 0
1ª Série-Bloco 2 - manhã 18 3 0
2ª Série-Bloco 1- manhã 27 2 0
2ª Série-Bloco 2 - manhã 28 2 0
2ª Série-Bloco 2 – noite 19 0 0
3ª Série-Bloco 1 - manhã 39 0 0
3ª Série-Bloco 1 - manhã 15 0 0
Total 181 9 0
2015 – Ensino fundamental
Série - Turno Aprovados Reprovados Abandono
6º ano - manhã 30 0 0
6º ano - tarde 36 0 0
7º ano - manhã 31 0 0
7º ano - tarde 46 7 1
8º ano - manhã 57 2 0
8º ano - tarde 30 2 0
9º ano - manhã 33 0 0
9º ano - tarde 29 1 0
Total 292 12 1
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2015 – Ensino Médio
Série – Turno Aprovados Reprovados Abandono
1ª Série- manhã 53 4 0
2ª Série-Bloco 1- manhã 25 0 0
2ª Série-Bloco 2 – noite 18 2 0
3ª Série-Bloco 1 - manhã 20 0 0
3ª Série-Bloco 1 - manhã 21 0 0
Total 157 7 0
As famílias de maneira geral esperam da escola uma aprendizagem de
qualidade, que além de transmitir os conhecimentos acumulados pela humanidade,
os filhos aprendam também a ter uma boa convivência na família, na escola e na
sociedade. Há pais que esperam que após a conclusão do Ensino Médio os filhos
possam arrumar um emprego no período diurno e fazer um curso superior noturno,
outros, que os filhos possam continuar os estudos durante o dia numa boa
universidade.
Consideramos o combate à evasão e repetência questões relevante para o
processo ensino-aprendizagem e para isso mantemos contato frequente com os pais
através de bilhetes, telefonemas, aconselhamento aos alunos e aos pais e com o
Conselho Tutelar através do Programa de Combate ao Abandono Escolar e da
Patrulha Escolar. Há também um controle das faltas dos alunos que participam dos
Programas Sociais do Governo Federal.
Na comunidade em que a escola está inserida há problemas de violência e
drogadição, que refletem no cotidiano escolar.
Precisamos repensar os conteúdos planejados, uma vez que a opção de
currículo é disciplinar, em alguns momentos os conteúdos se tornam estanques não
havendo uma prática de interdisciplinaridade, dificultando a totalidade do
conhecimento pelo aluno. A interdisciplinaridade poderia ser melhor trabalhada na
formação continuada e nos horários em que o professor tem destinado à hora
atividade, porém as atividades inerentes ao professor que trabalha em mais de uma
escola e com diversas turmas inviabiliza essa prática.
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O relacionamento colégio/aluno/colégio/pais mesmo com os conflitos já
mencionados ocorre num processo participativo onde se objetiva manter um
ambiente saudável e harmonioso, buscando assim a contribuição de todos para
proporcionar uma disciplina ideal onde possa se desenvolver uma efetiva
aprendizagem.
Muitas das obras e aquisições realizadas pela escola é através do Fundo
Rotativo, Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), Governo Estadual e Federal
e recursos próprios de parceria com a APMF (Associação de Pais, Mestres e
Funcionários) e comunidade local, recursos estes adquiridos com a realização de
promoções e rifas.
O laboratório de física, química, biologia e ciências necessitam de um
profissional qualificado para o atendimento dos professores e alunos, reagentes para
realização das aulas práticas, propiciando melhores condições de trabalho ao
professor e efetiva aprendizagem aos alunos.
As instalações do colégio são limpas, favorecendo um ambiente propício à
aprendizagem.
É importante destacar que a gestão dos recursos financeiros ocorre de
maneira transparente e democrática. As aquisições vêm de encontro com as
necessidades da escola para com os alunos.
Em 2013 a escola aderiu ao Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI),
instituído pela Portaria nº. 971, de 09/10/2009, criado para provocar o debate sobre
o Ensino Médio junto aos Sistemas de Ensino Estaduais e Distrital fomentando
propostas curriculares inovadoras nas escolas do ensino médio, disponibilizando
apoio técnico e financeiro, consoante à disseminação da cultura de um currículo
dinâmico, flexível e que atenda às demandas da sociedade contemporânea. Com
foco na promoção de melhorias significativas que busquem garantir o direito à
aprendizagem e ao desenvolvimento dos estudantes, reconhecendo as
especificidades regionais e as concepções curriculares implementadas pelas redes
de ensino, compreendendo que as ações propostas inicialmente vão sendo
incorporadas ao currículo, ampliando o tempo na escola e a diversidade de práticas
pedagógicas, atendendo às necessidades e expectativas dos estudantes do ensino
médio.
A adesão ao programa foi por uma validade de por 2 (dois) anos, portanto,
desenvolvido nos anos de 2014 e 2015 o que garantiu uma melhoria e qualidade no
processo de ensino e aprendizagem.
26
Em 2017 a escola passará a ofertar a EJA – Educação de Jovens e Adultos,
uma vez que na comunidade há um número significativo da população que
necessitam terminar seus estudos. Assim, esse grupo de alunos que compõe a
Educação de Jovens e Adultos - Ensino Fundamental e Médio, geralmente, são
homens e mulheres desempregados, trabalhadores em busca de uma melhor
condição de vida, uma boa moradia e que lutam para superar suas condições
precárias, muitos buscam o processo de escolarização como um dos caminhos para
a melhoria no trabalho que exercem, para a mudança de profissão, para a realização
pessoal, por outro lado, observa-se os adolescentes não possuírem ainda objetivos
e expectativas claras em relação à escolarização.
O perfil socioeconômico dessa modalidade de ensino é formado por pessoas
de classe média a baixa, adolescentes, jovens, adultos e idosos que não possuem
emprego fixo e trabalham informalmente, ou seja, trabalho sazonal, horário
diferenciado e, também, os aposentados.
Espaços Pedagógicos
Na escola contamos com os espaços educativos: biblioteca, laboratório de
informática, laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia, refeitório, sala dos
professores, pátio e uma quadra de esportes que contribuem para o processo
ensino-aprendizagem.
A biblioteca é um espaço pedagógico democrático com acervo bibliográfico à
disposição de toda a comunidade e está à disposição dos alunos, professores,
funcionários e comunidade para pesquisas, leituras, trabalhos individuais, trabalho
em grupos e empréstimos de livros para leitura em sala de aula e domiciliar,
podendo o aluno permanecer com o livro durante sete dias.
O laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia é um espaço
pedagógico para uso dos professores e alunos, que tem por finalidade auxiliar a
compreensão dos conteúdos trabalhados nas disciplinas, na realização de aulas
práticas, sendo necessário fazer o agendamento.
A quadra de esportes utilizada para as aulas de Educação Física, treinamento
de Handebol e Futsal e em atividades extraclasses culturais e recreativas
desenvolvidas pela escola durante o ano letivo.
O pátio é mais um local onde os alunos têm momentos de descontração, bate
papo, mantém um relacionamento de amizade, cooperatividade e liderança. Quando
27
necessário é utilizado para ensaios de danças, atividades recreativas e culturais, e
as duas mesas de tênis nas aulas de Educação Física.
A sala dos professores é o local da realização da hora atividade, estudos e
espera no intervalo entre aulas.
O laboratório de Informática é um espaço pedagógico para uso dos
professores e alunos, que tem por finalidade auxiliar a compreensão de conteúdos
trabalhados nas diferentes disciplinas do Ensino Fundamental e Médio, como uma
alternativa metodológica diferenciada.
Critérios de organização das turmas
A organização de turmas do ensino regular é de acordo com o número de
matrículas, vagas disponibilizadas e o número de salas de aulas da escola. O
Ensino Médio é autorizado para funcionamento nos períodos matutino e noturno e,
portanto distribuímos nestes períodos turmas de cada série.
Atende-se a necessidade das famílias que moram na zona rural e depende do
transporte escolar com horário fixo para o período matutino formando uma turma de
cada série do Ensino Fundamental e Médio neste período.
Nos período vespertino e noturno as turmas de Ensino Fundamental – 6º a 9º
anos também são distribuídas de acordo com o número de matrículas, vagas
disponibilizadas e número de salas de aulas existentes na escola.
De acordo com instrução da Secretaria de Estado da Educação os alunos
com matrícula efetiva no ensino regular no ano em curso têm a vaga garantida no
turno em que estudou. Para os alunos que ingressam no 6º ano há uma instrução
normativa com critérios específicos.
É distribuída uma Sala de Recursos no período matutino e vespertino para
atender alunos do Ensino Fundamental. Os alunos do período matutino frequentam
a Sala de Recursos no período vespertino e os alunos do período vespertino
frequentam a Sala de Recursos no período matutino. Os alunos do período noturno
também são atendidos na Sala de Recursos de acordo com a disponibilidade de
horários.
O Programa Sala de Apoio à Aprendizagem em contraturno para o 6º e 7º
anos são para os alunos com dificuldades de aprendizagem no que se refere aos
conteúdos considerados básicos para as séries contempladas são selecionados
pelos professores regentes, equipe pedagógica e direção. Organizadas em turmas
de no máximo 20 (vinte) alunos para cada uma das disciplinas – Língua Portuguesa
28
e Matemática são de 04 horas-aula semanais, em aulas geminadas, em dias não
subsequentes.
O CELEM – Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras Moderna, com a
disciplina de Espanhol, as turmas são formadas para atender a demanda da escola
e o interesse dos alunos e da comunidade em participarem das aulas.
Nas Atividades de Ampliação de Jornada Periódicas – Artes Visuais, Teatro e
nas Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo – Futsal e Tênis de Mesa,
distribui-se uma turma de cada atividade para todos os alunos interessados,
priorizando os que se encontram em situação de vulnerabilidade social, bem como
para as necessidades socioeducacionais, com quatro aulas semanais distribuídas
em duas vezes na semana.
Na Educação de Jovens e Adultos será distribuída uma turma de EJA -
Ensino Fundamental-Fase II e Ensino Médio presencial, de acordo com as
matrículas efetuadas.
Formação Continuada dos Profissionais da Educação
A formação para ingressar na carreira é obrigatória. O aprimoramento dos
profissionais da educação uma necessidade, por isso um plano de formação
continuada é essencial para garantir um processo de ensino e aprendizagem de
qualidade.
A organização da formação continuada dos profissionais da educação e
componentes das instâncias colegiadas é ofertada pela SEED em eventos
distribuídos por área do conhecimento e atuação, como seminários, simpósios,
jornadas pedagógicas. Cabe a escola também desenvolver uma formação
continuada de acordo com as suas necessidades. Portanto, será realizada por meio
de reuniões pedagógicas, grupos de estudos, palestras, horas atividades por área
de conhecimento, trocas de experiências, grupos de implementação - PDE -
Programa de Desenvolvimento Educacional, entre outros. A direção e a equipe
pedagógica incentiva a participação em eventos como: Grupo de Trabalho em Rede
– GTR e outros cursos oferecidos pela SEED e pelo NRE na modalidade presencial
ou a Distância para aprimoramento teórico-metodológico.
Durante todo o ano letivo a Direção e Equipe Pedagógica desenvolvem uma
formação continuada dentro da escola, além das reuniões pedagógicas existentes
no calendário, o conselho de classe se torna um espaço de reflexão do trabalho
29
escolar e outros momentos que se faz necessário orientar os professores como nas
instruções da SEED e do N.R.E.
Hora Atividade
O trabalho pedagógico, dado a sua complexidade, exige conhecimento e
comprometimento com a formação do aluno. Nesse sentido, a Hora Atividade
apresenta possibilidades pedagógicas, acreditando que muitas delas já fazem parte
da rotina do professor.
1. Planejamento: é uma ação que exige rigor teórico e prático, pois pressupõe
articulação entre os diferentes níveis de planejamentos internos, desde o PPP, o
conhecimento das Diretrizes Curriculares Orientadoras, bem como do Caderno de
Expectativas da Aprendizagem que direcionam a Proposta Pedagógica Curricular,
até o Plano de Trabalho Docente, elaborado para determinado período conforme
sistema de avaliação do estabelecimento de ensino. Assim, o tempo da hora
atividade, além de corroborar para a discussão e aprimoramento desses
documentos de planejamento escolar, possibilitando tanto ações individuais como
coletivas, deve servir para elaboração e reelaboração das ações diárias do
professor.
2. Organização e acompanhamento das aulas: a docência remete a uma série de
atividades para além da relação pedagógica estabelecida no momento da aula.
Desse modo, é primordial a revisão constante do Plano de Trabalho Docente para o
preparo diário das aulas de forma a adequar a complexidade, contextualização e
interdisciplinaridade dos conteúdos, assim como a elaboração e/ou seleção de
material didático e organização de materiais digitais, entre outros. Há, ainda, a
necessidade premente de avaliar o processo de ensino e de aprendizagem, exigindo
a elaboração e correção de instrumentos avaliativos, sejam provas, trabalhos de
pesquisa, exercícios, textos e outros. As atividades relacionadas ao processo de
ensino e aprendizagem e ao processo avaliativo antecedem o momento da aula e
são desenvolvidas ao longo do ano letivo, durante parte da hora atividade.
3. Livro Registro de Classe: o preenchimento dos Livros Registro de Classe é uma
exigência do sistema de ensino, pois é o instrumento formal que deve retratar o
trabalho em sala de aula. Os registros de frequência, dos conteúdos trabalhados e
30
do processo avaliativo, são essenciais para o acompanhamento legal e pedagógico
do trabalho efetivamente desenvolvido na disciplina pelo professor. Parte da carga
horária da hora atividade tem sido utilizada para essa atividade e deve assim
continuar.
4. Atendimento de pais ou responsáveis: é importante o contato com a família do
aluno sempre que necessário. Portanto, há alternativas na organização dos horários
das horas atividade semanais, quinzenais ou mensais para tais atendimentos.
5. Encaminhamento do Conselho de Classe: para a otimização do tempo para
qualidade do Conselho de Classe é fundamental a realização do Pré-conselho,
momento este de coleta de informações relativas ao andamento do processo de
ensino aprendizagem. Com a ampliação da hora atividade a equipe pedagógica
poderá utilizar-se deste espaço para conversar com os professores ou poderão
preencher fichas próprias que possam retratar o diagnóstico das turmas e das
dificuldades apresentadas pelos alunos.
6. Escola interativa: ação que a Secretaria já vem desenvolvendo com o propósito
de apresentar possibilidades de trabalho pedagógico abordando os conteúdos de
cada uma das disciplinas escolares. Para tal, na medida do possível, há uma
concentração dos professores das mesmas disciplinas para que possam
acompanhar e participar da discussão on-line; constituindo-se este mais um espaço
de formação continuada em serviço.
7. Estudos por área do conhecimento: poderá ser desencadeado um movimento
de estudos teóricos a respeito de uma temática específica da disciplina/área entre os
professores. Tal estudo pode ser mediado pelo pedagogo, resultando também em
espaço de formação em serviço. Há, ainda, a possibilidade de participação em
eventos de formação voltados para determinada área/disciplina, promovidos pela
mantenedora em dias de hora atividade concentrada.
8. Estudos pedagógicos: da mesma forma que nos estudos por Área do
Conhecimento há possibilidade do encaminhamento de estudo coletivo relacionado
às necessidades da escola, como, por exemplo, a questão da disciplina, avaliação,
abandono escolar, diversidade, violência, entre outros.
31
9. Formação profissional: cabe também ao professor eleger o que é importante
para sua formação profissional, sendo o momento da hora atividade para estudos
individuais que promovam seu aprofundamento teórico-metodológico, em que cada
professor faz a seleção de material para leituras e pesquisas.
10. Troca de experiências: parte da hora atividade pode ser utilizada pelos
professores das disciplinas afins para apresentarem e debaterem os
encaminhamentos metodológicos empregados, enfoque dado a determinados
conteúdos, estratégias disciplinares que resultaram em maior participação e atenção
da turma, enfim, em troca de práticas que estão dando bons resultados nos mesmos
anos e etapas de ensino.
A hora atividade deve impactar na qualidade do trabalho pedagógico
desenvolvido na escola, posto que o trabalho docente requer tempo para estudo,
pesquisa, atualização e constante reflexão teórico-prática.
A escola deve na medida do possível, organizar a hora atividade concentrada,
pelo menos parcialmente, por áreas e/ou disciplinas, proporcionando o
desenvolvimento destas atividades coletivas. Salientamos, ainda, que deverá
promover um ambiente favorável para o desenvolvimento das atividades durante a
hora atividade; isto é, um espaço adequado para o exercício da atividade intelectual.
Da mesma forma, deverá realizar o acompanhamento pedagógico das atividades
desenvolvidas pelo professor, oportunizando as condições necessárias para tal, bem
como assegurar o cumprimento da carga horária destinada à hora atividade.
Quadro da Hora Atividade Concentrada
2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira
ARTE
EDUCAÇÃO
FÍSICA.
HISTÓRIA
FILOSOFIA
SOCIOLOGI
A
GEOGRAFIA
ENS. RELIG.
BIOLOGIA
CIÊNCIAS
MATEMÁTICA
FÍSICA
QUÍMICA
LÍNGUA
PORTUGUESA
LEM
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Articulação Anos Iniciais e Anos Finais do Ensino Fundamental de Nove anos
Na passagem dos anos iniciais para os anos finais do ensino fundamental
deve ser dada uma atenção especial aos alunos que veem transferidos da rede
municipal de ensino a fim de que possam melhor organizar as suas atividades diante
das diversas situações que enfrentarão nesta fase.
Para isso, a escola se organizará criando possibilidades e encaminhamentos
para articulação entre os anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental, tais
como:
Conhecer os documentos de orientações pedagógicas utilizadas pelas
redes municipais de ensino;
Conhecer a Proposta Pedagógica dos anos iniciais;
Observar as concepções (infância, desenvolvimento humano,
alfabetização e letramento, tempo e espaço) e os encaminhamentos que
norteiam o processo ensino-aprendizagem nos anos iniciais;
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Avaliação
O professor faz o seu Plano de Trabalho Docente de acordo as Diretrizes
Curriculares. Cada disciplina tem os seus conteúdos Estruturantes e Básicos. Ao
montar o seu Plano de Trabalho Docente o professor organiza-o de acordo com as
especificidades da disciplina.
A avaliação será trimestral, no Ensino Fundamental e Médio, sendo composta
pela somatória das notas obtidas pelo aluno em cada conteúdo específico e/ou bloco
de conteúdos afins, atendendo as especificidades de cada disciplina.
A média final, em cada disciplina, será obtida através do seguinte cálculo:
MF = 1º trim. + 2º trim. + 3º trim. = 6,0 3
A recuperação de estudos será concomitante ao processo educativo a todos
os alunos, independente do nível de apropriação dos conhecimentos, garantindo a
todos nova oportunidade de aprendizagem e avaliação.
O professor realizará tantas avaliações quantas forem necessárias, a fim de
garantir a aprendizagem de todos os alunos.
Tanto para a avaliação como para a recuperação de estudos o professor
utilizará de instrumentos diversificados de avaliação: provas, trabalhos, debates,
exposições orais, trabalhos escritos, relatórios escritos e orais etc., oportunizando a
todos os alunos diferentes formas de exposição do conhecimento.
A avaliação é de todo o processo: do trabalho do professor, do aprendizado
dos alunos e dos documentos que norteiam o trabalho pedagógico.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que
apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual
igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados
aprovados ao final do ano letivo.
Na Educação de Jovens e Adultos, a avaliação é voltada para o atendimento
das necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social da EJA,
isto é, seu papel na formação da cidadania e construção da autonomia. As
orientações previstas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, são consideradas
valorizadas para essa modalidade de ensino. Portanto, a avaliação educacional está
pautada em:
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Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
Contínua: permite a observação permanente do processo ensino
aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando,
utilizando instrumentos diversos para o registro do processo; Abrangente: contempla
a amplitude das ações pedagógicas no tempo escola do educando;
Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo
educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da
escola.
Os registros avaliativos dessa modalidade de ensino são efetuados por meio
de duas (02) a seis (06) notas por disciplina (conforme a carga horária de cada uma)
que correspondem às provas individuais escritas e a outros instrumentos avaliativos
adotados, sendo estas submetidas à presença do professor. Os registros de notas
da EJA para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio constituem:
a) 06 (seis) registros de notas nas disciplinas de Língua Portuguesa, e
Matemática;
b) 04 (quatro) registros de notas nas disciplinas de História, Geografia,
Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física e Biologia;
c) 02 (dois) registros de notas nas disciplinas de Arte, Filosofia, Sociologia e
Educação Física. Na Educação de Jovens e Adultos o aluno deverá atingir no
mínimo a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro de nota resultante das
avaliações processuais.
A média final para cada disciplina da EJA corresponderá a média aritmética
dos Registros de Notas, resultantes das avaliações realizadas. Média Final ou MF =
Soma dos Registros de Notas Número de Registros de Notas Sabemos que nem
todas as pessoas aprendem no mesmo momento, com a mesma metodologia.
Diante disto, as expectativas de aprendizagens estão claramente expressas nos
objetivos e nos critérios de avaliação propostos.
A recuperação é feita durante o processo do ensino. O docente após
averiguações constata o que fora aprendido, o que os alunos apresentaram maior
grau de dificuldade e desta forma procura modificar o procedimento das aulas
visando uma melhor assimilação dos conteúdos trabalhados. Se for caso isolado, os
motivos serão levantados para a escolha da intervenção apropriada. O registro da
recuperação é feito na ficha individual do aluno. Observa-se que na EJA é preciso
35
avançar quanto a utilização das diversas possibilidades de instrumentos para a
averiguação da aprendizagem dos alunos. Os docentes utilizam atividades diárias,
mas sem o planejamento de uma intervenção individual.
Em relação ao atendimento individual, os professores precisam avançar na
organização didática das aulas de forma que possa subsidiar os alunos em suas
necessidades em relação à aprendizagem nos diversos níveis em que o aluno se
encontra.
Dessa forma, o educador tem em suas mãos um instrumento que possibilita a
retomada de ações pedagógicas em favor de uma aprendizagem significativa.
A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos nas Diretrizes
Curriculares da Educação Básica.
Adaptação, Classificação, Reclassificação e Regularização da vida escolar e
Progressão Parcial
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica
Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo.
A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe
pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está
sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno.
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais
ou informais.
A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o
grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,
levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de
estudos compatíveis com sua experiência e desenvolvimento, independentemente
do que registre o seu Histórico Escolar.
O processo de regularização de vida escolar é de responsabilidade do diretor
do estabelecimento de ensino, sob a supervisão do Núcleo Regional de Educação,
conforme normas do Sistema Estadual de Ensino. Constatada a irregularidade a
Direção e o Núcleo Regional de Educação acompanharão o processo pedagógico e
administrativo, desde a comunicação do fato até a sua conclusão.
36
O processo de adaptação, classificação, reclassificação e regularização da
vida escolar têm caráter pedagógico centrado na aprendizagem, exigindo ações
para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais. Tais ações
encontram-se normatizadas no Regimento Escolar.
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não
obtendo aprovação final em até 3 (três) disciplinas em regime seriado, poderá cursá-
las subsequente e concomitantemente as séries seguintes. Até a presente data e de
acordo com o Regimento Escolar o estabelecimento de ensino não oferta aos alunos
matrícula com Progressão Parcial e as transferências recebidas de alunos com
dependências em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas
mediante plano especial de estudos.
Na modalidade da Educação de Jovens e Adultos é vedada a matrícula de
alunos em regime de Progressão Parcial.
Classificação na Educação de Jovens e adultos - EJA
O processo de classificação poderá posicionar o aluno, para matrícula na
disciplina em 25%, 50%, 75% ou 100% da carga horária total de cada disciplina do
Ensino Fundamental – Fase II e, no Ensino Médio, em 25%, 50%, 75% da carga
horária total de cada disciplina, de acordo com a Proposta Pedagógica da Educação
de Jovens e Adultos. Do total de carga horária restante a ser cursada na disciplina,
na qual o aluno foi classificado, é obrigatória a frequência de 75% na Organização
Coletiva e de 100% na Organização Individual.
Na classificação com êxito em 100% do total da carga horária, em todas as
disciplinas do Ensino Fundamental – Fase II, o aluno está apto a realizar matrícula
inicial no Ensino Médio. Em caso de transferência esta só poderá ser expedida após
o aluno ter concluído, no mínimo, 2 (duas) disciplinas do Ensino Médio e obtido, no
mínimo 1(um) registro de nota e frequência nas demais disciplinas matriculadas.
Após o processo de classificação das disciplinas do Ensino Fundamental –
Fase II e Ensino Médio, de acordo com o percentual de carga horária avançada terá
as seguintes quantidades de registros de notas: I – Língua Portuguesa e
Matemática, o aluno classificado com:
a) 25% deverá ter 4 (quatro) registros de notas;
b) 50% deverá ter 3 (três) registros de notas;
c) 75% deverá ter 2 (dois) registros de notas;
37
d) 100% no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina. II –
Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira Moderna, Química, Física
e Biologia, o aluno classificado com:
a) 25% deverá ter 3 (três) registros de notas;
b) 50% deverá ter 2 (dois) registros de notas;
c) 75% deverá ter 1 (um) registro de notas;
d) 100% no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina. III – Arte,
Filosofia, Sociologia e Educação Física, o aluno classificado com:
a) 25% deverá ter 2 (dois) registros de notas;
b) 50% deverá ter 1 (um) registro de notas;
c) 75% deverá ter 1 (um) registro de notas;
d) 100% no Ensino Fundamental – Fase II, concluirá a disciplina. A dificuldade
encontrada está na elaboração dos instrumentos de avaliação em tempo hábil para
a utilização no processo de classificação do aluno tanto na EJA como no ensino
regular.
Reclassificação da Educação de Jovens e Adultos
Poderão ser reclassificados os alunos matriculados, porém devem ter cursado
no mínimo 25% do total da carga horária definida para cada disciplina, no Ensino
Fundamental – Fase II e no Ensino Médio. Há que se observar a idade para a
conclusão do nível de ensino, de acordo com a legislação vigente. Na disciplina de
Ensino Religioso é vedada a reclassificação.
O aluno da Educação de Jovens e Adultos no processo de reclassificação, poderá
avançar em 25% ou 50% na carga horária total de cada disciplina do Ensino
Fundamental – Fase II e do Ensino Médio: I – Tendo cursado 25% e avançado em
25%, o aluno deverá cursar ainda 50% da carga horária total da disciplina e obter as
seguintes quantidades de registros:
a) nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática deverá ter 4 (quatro) registros
de notas;
b) nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira
Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 3 (três) registros de notas;
c) nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física deverá ter 2
(dois) registros de notas; II – Tendo cursado 25% e avançado em 50%, o aluno
deverá cursar ainda 25% da carga horária total da disciplina e obter as seguintes
quantidade de registros de notas:
38
a) nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, o aluno deverá cursar 3 (três)
registros de notas;
b) nas disciplinas de Geografia, História, Ciências Naturais, Língua Estrangeira
Moderna, Química, Física e Biologia, o aluno deverá ter 2 (dois) registros de notas;
c) nas disciplinas de Artes, Arte, Filosofia, Sociologia, Educação Física, o aluno
deverá ter 2 (dois) registros de notas. Caso o aluno tenha cursado 25% ou mais da
carga horária total da disciplina, após reclassificado, deverá cursar ainda,
obrigatoriamente, no mínimo, 25% do total da carga horária. O resultado do
processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará a pasta individual do
aluno. Após o resultado final do processo de reclassificação realizado pelo
estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à
Secretaria de Estado da Educação.
Aproveitamento de estudos na Educação de Jovens e Adultos - EJA
O aluno poderá requerer aproveitamento integral de estudos de disciplinas
concluídas com êxito, mediante apresentação de por meio de cursos organizados
por disciplina ou de Exames EJA, ENCCEJA e ENEM (Supletivos), apresentando a
comprovação de conclusão. O aluno oriundo de organização de ensino diferente da
ofertada nesta modalidade de ensino, serão desconsiderados os registros de notas e
carga horária do estabelecimento de ensino de origem, devendo realizar matrícula
inicial em até 4 (quatro disciplinas)
No ato da matrícula, o (a) educando (a) poderá requerer aproveitamento de
estudos de disciplinas, mediante apresentação de documento comprobatório de:
- conclusão com êxito de série/período/etapa/semestre a ser aproveitada;
- disciplinas concluídas com êxito por meio de cursos organizados por disciplina ou
por Exames EJA, ENCCEJA e ENEM.
Para cada série e período/etapa/semestre equivalente à conclusão, com êxito
de uma série do ensino regular, será feito aproveitamento de 25% da carga horária
total de cada disciplina constante na Matriz Curricular da EJA. Se o Histórico Escolar
não constar as disciplinas de Filosofia e Sociologia, o (a) educando (a) deverá cursá-
las, integralmente, para concluir o Ensino Médio.
Série concluída com disciplina em dependência (resultado AP-D - Aprovado
com dependência - Progressão Parcial) não será aproveitada na EJA.
Para os estudos realizados no Ensino Médio organizado por blocos de
disciplinas, são necessários dois blocos completos (correspondente a 200 dias
39
letivos e 800 horas) concluídos com êxito, para aproveitar 25% da carga horária total
de cada disciplina da Educação de Jovens e Adultos - EJA. Para as disciplina, cuja
carga horária foi cumprida em apenas um bloco, não será realizado o
aproveitamento. Os estudos realizados no curso EJA - Presencial organizado por
etapa (2001 a 2006), ofertado na Rede Estadual de Ensino, em que a matrícula e o
resultado eram por disciplina/módulo, poderão ser aproveitados 100% das
disciplinas/módulos quando constar no Histórico Escolar a etapa final dessa
disciplina, a nota e o resultado “Aprovado” (AP). A disciplina não concluída, cujo
resultado no Histórico Escolar conste como “Promoção Continuada” (PC), deverá ser
cursada integralmente ou o(a) educando(a) poderá ser indicado(a) para participar do
processo de reclassificação, desde que o(a) mesmo(a) demonstre apropriação dos
conteúdos.
No Ensino Médio, o aproveitamento de estudos será no máximo de 50% do
total da carga horária da disciplina da EJA constante na Matriz Curricular.
Para cada disciplina concluída com êxito por meio de cursos organizados por
disciplina ou por Exames EJA, ENCCEJA ou ENEM, o aproveitamento será de 100%
do total da carga horária da disciplina da EJA.
Considerando o aproveitamento de estudos, o educando deverá cursar a
carga horária restante de todas as disciplinas constantes na Matriz Curricular.
Na inserção da matrícula na disciplina, com aproveitamento de estudos no
Sistema SEJA, deverá ser indicado o percentual de carga horária total da disciplina
que será aproveitada: 25%, 50%, 75% ou 100%, quando for disciplina do Ensino
Fundamental – Fase II e, no Ensino Médio, enquadramento de 25% ou 50% da
carga horária total de cada disciplina.
40
Inclusão
A inclusão na sociedade é um grande desafio. Possui entraves que dificulta e
até mesmo exclui os alunos com necessidades especiais das escolas regulares, seja
pela falta de estrutura física ou principalmente pelo preconceito que ainda impera no
interior das pessoas. A inclusão é o ir além, é trazer para perto, é acolhimento à
diversidade humana e aceitação das diferenças individuais.
É imprescindível dominarmos bem os conceitos inclusivistas para que
possamos ser ativos na construção de uma sociedade que seja realmente para
todos, independentemente da cor, da idade, do gênero, do tipo de necessidade
especial e qualquer outro atributo pessoal. “As escolas inclusivas são escolas para
todos, implicando um sistema educacional que reconheça e atenda às diferenças
individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos” (CARVALHO,
2004, p. 26).
O processo de Inclusão Educacional deve acontecer de maneira satisfatória,
envolvendo tanto os alunos como os profissionais da escola. O atendimento
pedagógico para alunos com necessidades especiais e dificuldade de aprendizagem
é fator essencial para que se desenvolvam superando seus limites. Na escola a
inclusão desenvolve nos estudantes a apreciação pela diversidade individual e um
aprendizado cooperativo.
Assim, é um processo que contribui para a construção de uma sociedade que
garante espaços a todos, fortalecendo as atitudes de aceitação das diferenças
individuais e de valorização da diversidade humana enfatizando a importância do
pertencer, da convivência, da cooperação para construção da solidariedade, da
justiça.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação deve ser uma política
denominada de inclusão responsável. O desafio da inclusão escolar é enfrentado
como nova forma de repensar e reestruturar políticas e estratégias educativas, de
maneira a criar oportunidades efetivas de acesso para crianças e adolescentes com
necessidades educacionais especiais, e, sobretudo, garantir condições
indispensáveis para que possam manter-se na escola e aprender.
41
Desafios Educacionais Contemporâneos
A escola volta-se para a promoção de ação coletiva voltada para a inclusão e
a diversidade, possibilitando assim a formação de pessoas críticas capazes de
mobilizarem-se na sociedade de forma a garantir o reconhecimento de sua
cidadania e formação para o mundo do trabalho.
Nesta perspectiva a escola trabalha no sentido de reparar males das novas
configurações do capital (inclusão, sustentabilidade, cidadania, meio ambiente,
drogadição, bullying).
Alguns Desafios Educacionais Contemporâneos inseridos na escola e nas
políticas educacionais, hoje são marcos legal, que tem seus princípios e história
determinada pela cobrança da sociedade civil organizada e, mais pontualmente, dos
movimentos sociais. Sendo assim, tais leis e lutas históricas e coletivas da
humanidade não serão negadas pela escola, mas são chamadas ao currículo
quando fazem parte da totalidade de um conteúdo nele presente, portanto, fazendo
parte do recorte do conteúdo e como necessidade para explicação de fatos sociais,
seja por questões da violência, das relações étnico-raciais, da educação ambiental,
do uso indevido de drogas ou dos direitos humanos, bullying e educação fiscal.
42
5 MARCO CONCEITUAL
5.1 Concepção de Homem
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a
segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação,
ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim acumula
experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação e
intenção são planejadas, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não
materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani
(1992, p. 19) “o homem necessita produzir continuamente sua própria existência.
Para tanto, em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si,
isto é, transformá-la pelo trabalho”.
Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se
necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O
homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que pronuncia sobre a
realidade.
O ser humano é um ser de práxis, da ação e da reflexão, portanto um sujeito cognoscente a propósito do objeto a ser conhecido. Portanto o ser humano é um corpo consciente, capaz de conhecer a realidade, interagindo com os seus iguais. Neste contexto, inteligência significará muito mais que um ato solitário. Implica cada um tornar-se melhor, contudo em nome de propósitos cada vez mais solidários e criativos (FREIRE, 1997, p. 89).
Todo esforço no sentido da manipulação do homem para que simplesmente
saiba fazer determinada função, sem reflexão deve ser combatida, pois saber sem
reflexão, sem o resgate de valores e atitudes sugere a existência de uma realidade
sem evolução, o que significa subtrair do homem a sua possibilidade de ser criativo,
inovador, com direito de transformar o já existente para algo bem melhor, achando
soluções para eventuais problemas e saber tomar decisões frente às diversas
situações que terão que ser enfrentadas no mundo do trabalho.
5.2 Concepção de Infância e Adolescência
A infância como construção histórica, tem-se a contribuição dos estudos de
Vygotsky (2007), que ao analisar o desenvolvimento humano, privilegia a interação
social, na formação da inteligência e das características essencialmente humanas,
ou seja, nos tornamos humanos a partir das interações sociais. Compreender a
43
infância como historicamente situada, implica pensar nas intencionalidades
educativas. Portanto, todos devem realizar um trabalho articulado que envolva todas
as áreas do conhecimento.
Na infância, as crianças aprendem brincando, desenvolvem a capacidade de
compreender regras, limites, cooperação, competição, valores, noções de topologia,
de lateralidade, de esquema corporal, expressão, canto, dança, aspectos culturais,
movimentos motores finos, manipulação de objetos, trabalhos em grupo, mediação
de conflitos, cuidados, enfim, muitos aprendizados dos elementos que nos inserem
gradativamente no muito adulto, vêm do brincar. Portanto, “brincar não é uma
dinâmica interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma significação social
precisa que, como outras, necessitam de aprendizagem” (BROUGÉRE, 2002, p. 20).
Infância e adolescência são períodos da vida constituídos por elementos
históricos produzidos socialmente pelo homem. A adolescência também é vista
como uma construção social, que tem suas repercussões na subjetividade e no
desenvolvimento do homem moderno e não como um período natural do
desenvolvimento.
5.3 Concepção de Mundo
Segundo Saviani (1992) o mundo enquanto uma dimensão histórica - cultural
e, portanto inacabado, encontra-se em uma relação permanente com o ser humano,
igualmente inacabado, que transformando o mundo, sofre os efeitos de sua própria
transformação.
O que importa, é a problematização do mundo do trabalho, das obras, dos
produtos, das ideias, das convicções, das aspirações, dos mitos, da arte, da ciência,
enfim o mundo da cultura e da história que resultando das relações do ser humano,
do mundo, desafia o próprio ser humano a rever constantemente suas ações sobre a
realidade na perspectiva de humanizá-la.
É preciso desenvolver no mundo uma posição de engajamento, compromisso
e participação que o sensibilize para a sua dimensão humana.
5.4 Concepção de Sociedade
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a
sociedade não pode se limitar as aparências. É necessário compreender as leis que
regem o desenvolvimento da sociedade. Que não se trata aqui de leis naturais, mas
sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constitui historicamente.
44
A sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica. (SEVERINO,1998, p. 47).
Portanto, o processo de conscientização sempre se realiza em seres
humanos concretos, inseridos em estruturas sociais, políticas e econômicas.
A sociedade privilegia alguns princípios e ideias que nos desafiam a
constantemente refletir e repensar o cotidiano. Contudo, a escola tem uma efetiva
participação na medida em que inclui, em seus conteúdos curriculares a dimensão
humanística, técnica científica e político-social, colabora também quando se
preocupa em desenvolver no aluno uma liderança mais criativa e solidária, inserindo
este aluno no mundo real e complexo, fazendo-o compreender que as mudanças
estruturais também necessitam da participação deles.
Diante das mudanças na sociedade, queremos enquanto escola que nossos
educandos tenham uma ampla visão de mundo, que os alunos sejam capazes de
superar os preconceitos sociais, eliminando rótulos e preconceitos numa sociedade
em que todos tenham os mesmos direitos e deveres.
5.5 Concepção de Educação
A educação é uma prática social, uma atividade especifica dos homens
situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser
mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
Segundo Saviani (1992 p. 19) a “educação é fenômeno próprio dos seres
humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o
processo de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho”. E continua
“a educação centrada na apropriação do saber elaborado como instrumento de luta
social e da compreensão da realidade social”. “A educação e a escola devem servir
para formar sujeitos conscientes de sua ação transformadora na construção de uma
sociedade mais justa, à construção de uma nova ordem social”.
Para Saviani, à educação caberia desempenhar, então, "o papel de
reforçamento dos laços sociais, na medida em que for capaz de sistematizar a
tendência à inovação", o que só seria possível "voltando-se para as formas de
convivência que se desenvolvem no seio dos diversos grupos sociais estimulando-
45
os na sua originalidade e promovendo o intercâmbio entre eles" (SAVIANI, 1986, p.
131).
Paulo Freire considera que
“a educação deve se constituir em processo político e, superar as etapas iniciais da alfabetização; deve ser direta e realmente ligada à democratização da cultura, ou seja, construída pelo professor e pelo aluno numa relação dialógica, e que, por isso, afasta qualquer hipótese de torná-la, um ato puramente mecânico” (FREIRE, 2000, p. 27).
Assim, o professor e o aluno, em ações conjuntas e orientadas pelo princípio
da liberdade, competência e respeito, precisam desenvolver e aprimorar sua
capacidade de diálogo continuamente no intuito de construírem um processo
educacional solidário e afetivo, no qual os dois aprendem e ensinam no mundo
contemporâneo.
5.6 Concepção de Escola
Segundo Saviani (2008, p. 101) “a escola é uma instituição cujo papel
consiste na socialização do saber sistematizado”. E à exigência de apropriação do
conhecimento sistematizado por parte das novas gerações que se torna necessária
a existência da escola, e escola existe, pois, para proporcionar a aquisição dos
instrumentos que possibilitem o acesso ao saber elaborado (ciência) bem como o
próprio acesso aos rudimentos desse saber. As atividades da escola deve se
organizar a partir dessa questão.
Dentro da Gestão Democrática o papel do diretor, professores, alunos,
agentes educacionais, equipe pedagógica, pais ou responsáveis é fortalecer o
trabalho coletivo no intuito de organizar uma escola voltada ao processo de ensino e
aprendizagem e combater, a cada dia, dentro e fora da escola, a visão fragmentada
de escola e sociedade.
Neste sentido:
O ‘coletivo’ é um ‘organismo social vivo’ colocado, ao mesmo tempo, como meio e fim da educação. É um conjunto finalizado de indivíduos ‘ligados entre si’ mediante a comum responsabilidade sobre o trabalho e a comum participação no trabalho coletivo. (CAMBI, 1999, p.560).
Ressalta Cambi, a necessidade da promoção de mecanismos que incentivem
e viabilizem práticas participativas dentro da escola através da atuação da
comunidade escolar.
46
5.7 Concepção de Cultura
A cultura é resultado de toda a produção humana e segundo Saviani (2008),
“para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os
meios de sua subsistência”. “Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da
natureza, criando um mundo da cultura”.
Pode-se considerar que,
[...] de um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que elabora, e elaborou o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalho”. (SACRISTAN, 2001, p.105).
Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de
significação, é cultural.
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa
completar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na
escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais diversidades
culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de forma a
levá-los a produção de uma cultura erudita, como afirma Saviani: “a mediação da
escola, instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao
saber sistematizado, da cultura popular a cultura erudita; assume um papel político
fundamental”. (Saviani, apud, Frigotto, 1994 p. 189).
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita
cabe a escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço
motivador, aberto e democrático.
De acordo com a Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008, no Artigo 26-A,
torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. Os
conteúdos deverão contemplar diversos aspectos da história e da cultura que
fundamentam a população brasileira. A história da África, a luta dos negros e dos
povos indígenas no Brasil, suas culturas e suas contribuições da sociedade
nacional, devem ser evidenciados no currículo escolar.
5.8 Concepção de Conhecimento
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre
os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações
sociais mediadas pelo trabalho.
47
O conhecimento é uma produção histórico-social, histórico é, portanto, tudo
que dizendo respeito aos homens, é por eles produzido na forma de relações
humanas, ou seja, sociais.
Para Leonardo Boff (2000, p.82) “o ato de conhecer, portanto, representa um
caminho privilegiado para compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não
transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do
conhecimento em ação”.
A construção do conhecimento está diretamente vinculada ao processo de
ação-reflexão sobre a práxis social, a partir de sua problematização, da análise e
compreensão teórica dos elementos e suas inter-relações. A produção de novos
conhecimentos pressupõe a superação dos anteriores.
“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria a faixa etária e aos interesses dos alunos”. Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor “(Veiga, 1995, p, 27).
Saviani (1992 pág. 22) define assim “A escola diz respeito ao conhecimento
elaborado e não ao conhecimento espontâneo, ao saber sistematizado e não ao
saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular”.
5.9 Concepção de Ensino
Sua finalidade é promover a interação entre aluno e conhecimento, de modo a
possibilitar o acesso e a incorporação de elementos culturais essenciais a sua
transformação enquanto síntese das múltiplas relações sociais (SAVIANI, 2008).
É um processo sistemático de contínuas e cumulativas mediações culturais.
No Ensino as atividades devem promover a reflexão-ação sobre a realidade,
possibilitando um processo mais significativo de apropriação-socialização-produção
do saber tendo por base seus aspectos essenciais e como objetivo final, uma
tomada de decisão que direcione o aprendizado e, conseqüentemente, o
desenvolvimento do educando.
O trabalho docente é atividade que dá unidade ao binômio ensino-aprendizagem, pelo processo de transmissão-assimilação ativa de conhecimentos, realizando a tarefa de mediação na relação cognitiva entre o aluno e as matérias de estudo. (LIBÂNEO,1994, p. 88)
48
Portanto, a atuação do professor deve ser a de mediador dos conhecimentos
escolares. Por meio de suas mediações o desenvolvimento do ensino passa a ser
um processo ativo, nele o professor tem a consciência de que ensinar não é
somente transmitir conhecimento, com a sua ação pedagógica promove uma ação-
reflexão-ação sobre os conhecimentos construídos e elaborados pela humanidadea
fim de contribuir para formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes de
seus direitos e deveres, capazes de compreender a realidade em que vivem,
preparados para participar da vida econômica, social e política e para a construção
de uma sociedade mais justa.
5.10 Concepção de Aprendizagem
Processo dinâmico, cumulativo e permanente de subjetivação do mundo
objetivo produzido cultural e historicamente.
Processo contínuo de apropriação do mundo pelo sujeito, por meio de suas
múltiplas interações.
Processo intra-subjetivo de apropriação de saberes-objeto, de domínio de
atividades "engajadas" no mundo e de regulação de suas relações com os outros e
consigo mesmo.
Ocorre no / pelo processo de interação e mediação entre sujeitos numa
construção coletiva do conhecimento.
5.11 Concepção de Avaliação
Avaliação consiste em atribuir aspectos relevantes de conhecimento e da
aprendizagem do aluno, visando uma tomada de decisão. A avaliação da
aprendizagem orienta a situação didática que envolve o educando e professor, com
a pretensão de servir de base para a reflexão e tomada de consciência sobre a
prática educativa.
A Avaliação subsidia decisões a respeito da aprendizagem dos educandos
tendo em vista garantir a qualidade do resultado que estamos construindo. Deve ser
praticada como uma atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem dos
educandos, tendo por base seus aspectos essenciais, e como objetivo final, uma
tomada de decisão que direcione o aprendizado e, consequentemente o
desenvolvimento do educando. Diagnosticando, a avaliação permite a tomada de
decisão mais adequada, tendo em vista desenvolvimento e o auxílio externo para
esse processo de autodesenvolvimento.
49
Assim sendo, a avaliação da aprendizagem escolar auxilia os educadores e o
educando na sua viagem comum de crescimento e a escola na sua responsabilidade
social. A avaliação deve ser democrática, favorecendo o desenvolvimento da
capacidade do educando em aprimorar-se de conhecimentos científicos, sociais e
tecnológicos produzidos historicamente.
Portanto, a avaliação do rendimento escolar será pautada numa concepção
diagnóstica.
5.12 Concepção de Currículo
[...] O currículo também produz e organiza identidades culturais, de gênero, identidades raciais, sexuais. Dessa perspectiva, o currículo não pode ser visto simplesmente como um espaço de transmissão de conhecimentos. O currículo está centralmente envolvido naquilo que somos, naquilo que nos tornamos, naquilo que nos tornaremos. O currículo produz, o currículo nos produz. (SILVA, 1999b, p.27).
Numa perspectiva transformadora e democrática, o currículo é:
- Eixo articulador do trabalho pedagógico;
- Tem função organizadora;
- Articula os elementos e sujeitos do trabalho pedagógico, promovendo a
unidade teórico-prática;
- É o elemento norteador da organização do trabalho pedagógico no cotidiano
escolar.
O Currículo deve respeitar as diferenças sendo um campo aberto à produção
de significados, permitindo a criatividade, a inovação, abrindo espaços para a
pluralidade de saberes e expressões culturais.
5.13 Concepção Estágio não Obrigatório
Segundo Lei nº 11.788 de 25 de setembro de 2008, Art. 1º, “Estágio é ato
educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o
ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de
ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na
modalidade profissional de jovens e adultos”.
O estágio poderá ser obrigatório ou não obrigatório, conforme determinação
das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e da proposta
pedagógica do curso. O estágio obrigatório tem definida carga horária e requisito
50
para aprovação e obtenção de diploma. O estágio não obrigatório é atividade
opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.
Os conhecimentos escolares buscam uma educação que possibilite a
compreensão dos princípios científico-tecnológicos e históricos da produção
moderna, de modo a orientar os estagiários a desenvolverem as ações no ambiente
de trabalho relacionado aos conhecimentos universais necessários para
compreendê-los a partir das relações de trabalho. Formar para o mundo do trabalho,
portanto, requer o acesso aos conhecimentos produzidos historicamente pelo
conjunto da humanidade, a fim de possibilitar ao futuro trabalhador se apropriar das
etapas do processo de forma conceitual e operacional. Isto implica em ir para além
de uma formação técnica que secundariza o conhecimento, necessário para se
compreender o processo de produção em sua totalidade.
5.14 Concepção de Trabalho
O trabalho é uma atividade que está “na base de todas as relações humanas,
condicionando e determinando a vida. E (...) uma atividade humana intencional que
envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários a vida”
(Andery, 1998, p, 13).
Nesta perspectiva, é preciso entender o trabalho como ação intencional, o
homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na produção de
bens. Porem, é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma
tranquila, está determinado pelas relações de poder.
Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais.
Os bens materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio. Já
os bens não-materiais, produção e consumo acontecem simultaneamente.
No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e
nesta dimensão que está posta a formação do homem. Ao consideramos o trabalho
uma práxis humana, é importante o entendimento de que o processo educativo é um
trabalho não material, uma atividade intencional que envolve formas de organização
necessária para a formação do ser humano.
O conhecimento como construção histórica e matéria-prima (objeto de estudo)
do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo produz novos
conhecimentos, dando-lhes condições de entender o viver, propondo modificações
para a sociedade em que vive, permitindo “ao cidadão-produtor chegar ao domínio
intelectual do técnico e das formas de organização social sendo, portanto capaz de
51
criar soluções originais para problemas novos que exigem criatividade, a partir do
domínio do conhecimento”. (Kuenzer, 1985, p, 33 e 35).
5.15 Concepção de Cidadania
Para o educador brasileiro Demerval Saviani, ser cidadão significa ser sujeito
de direitos e deveres: “Cidadão é, pois, aquele que está capacitado a participar da
vida da cidade e, extensivamente, da vida da sociedade”.
A cidadania é exercida pelos cidadãos. Cidadão é um indivíduo que tem
consciência de seus direitos e deveres e participa ativamente de todas as questões
da sociedade. A idéia de cidadania ativa é ser alguém que cobra, propõe e
pressiona.
Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade
perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar do destino da
sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos.
A cidadania é a possibilidade de sermos sujeitos atuantes, com direitos e
deveres, os quais requerem inclusão social.
No espaço escolar o aluno deve ter a oportunidade de se tornar um cidadão
ativo e participativo e os conteúdos disciplinares são pertinentes e favorecem um
diálogo crítico.
Levar os alunos a refletirem sobre a importância de exercerem seus direitos e
deveres é papel de todos aqueles que fazem parte da comunidade escolar, visando
à conscientização para que sua cidadania efetivamente ocorra através da luta e
reivindicações, da ação concreta dos indivíduos.
Isso requer, portanto, a consciência clara sobre o papel da educação e as
novas exigências colocadas para a escola que, como instituição educacional é o
local apropriado de construção da cidadania.
5.16 Concepção de Tecnologia
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 ao propor a
formação tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUERGER (2000), a
concepção que a aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o especifico,
determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os
conteúdos.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e
alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento
52
das desigualdades, ou para inserção social se vista como uma forma de estabelecer
mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas. “Urge, pois continuar
a lutar pela escolarização como um bem público contra a domesticação política que
tem inflamado o debate educativo contribuindo para que a educação em geral e o
currículo, em particular, se constitua numa efetiva base para que os mais
desfavorecidos tenham, tomem e transformem a própria concepção de poder”.
(Paraskeva, 2001).
Assim, fica claro, que ter no currículo, uma concepção de educação
tecnológica não será suficiente para o acesso de todos, da Escola Publica, sem que
haja uma vontade e ação política que possibilite investimento para que esses
recursos tecnológicos (elementares e sofisticados) existam e possam ser ferramenta
que contribua para o desenvolvimento do pensar, sendo um meio de estabelecer
relações entre o conhecimento científico, tecnológico e sóciohistórico, possibilitando
articular ação, teoria e pratica.
A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e
serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais
vigentes.
5.17 Concepção de Letramento
Letramento é ensinar a ler e escrever dentro de um contexto onde a escrita e
a leitura tenham sentido e façam parte da vida do aluno. Do ponto de vista social, o
letramento é um fenômeno cultural relativo às atividades que envolvem a língua
escrita. A ênfase recai nos “usos, funções e propósitos da língua escrita no contexto
social” (SOARES, 2006).
Já não basta aprender a ler e escrever, é necessário mais que isso para ir
além da alfabetização funcional (denominação dada às pessoas que foram
alfabetizadas, mas não sabem fazer uso da leitura e da escrita). O sentido ampliado
da alfabetização, o letramento, de acordo com Magda, designa práticas de leitura e
escrita. A entrada da pessoa no mundo da escrita se dá pela aprendizagem de toda
a complexa tecnologia envolvida no aprendizado do ato de ler e escrever.
Letramento é “... entendido como o desenvolvimento de comportamentos e
habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais”
(SOARES, 2004).
O aluno precisa saber fazer uso e envolver-se nas atividades de leitura e
escrita. Ou seja, para entrar nesse universo do letramento, ele precisa apropriar-se
53
do hábito de buscar diversos tipos de leituras e com esse convívio efetivo com a
leitura, apropriar-se do sistema de escrita.
A professora defende ainda que, para a adaptação adequada ao ato de ler e
escrever, “é preciso compreender, inserir-se, avaliar, apreciar a escrita e a leitura”. O
letramento compreende tanto a apropriação das técnicas para a alfabetização
quanto esse aspecto de convívio e hábito de utilização da leitura e da escrita.
O letramento não é só de responsabilidade do professor de língua
portuguesa, mas de todos os educadores que trabalham com leitura e escrita.
Alunos leem e escrevem nos livros didáticos. Isso é um letramento específico de
cada área de conhecimento. Cada professor, portanto, é responsável pelo
letramento em sua área oferecendo oportunidades de acesso a cultura escrita e
ampliando as capacidades e as experiências dos educandos de modo que eles
possam ler e escrever com autonomia.
5.18 Concepção de alfabetização
A alfabetização é a aprendizagem do sistema de escrita e da linguagem
escrita em seus diferentes usos sociais, porque é imprescindível a aprendizagem
simultânea dessas duas dimensões.
Ler e escrever não se resume a juntar letras, nem a decifrar códigos: a língua
não é um código – é um complexo sistema que representa uma identidade cultural.
É preciso saber ler e escrever para interagir com essa cultura com autonomia,
inclusive para modificá-la, do lugar de quem enuncia e não penas consome.
Neste contexto, deve-se trabalhar a alfabetização na perspectiva do
letramento, oque constitui um desafio para o professor, pois requer mudanças
significativas acerca das concepções que norteiam a prática pedagógica de uma
aprendizagem significativa, de modo que o professor explore, na sala de aula,
diferentes usos e funções sociais da leitura e da escrita, a fim de formar leitores e
escritores proficientes.
A escola precisa criar o ambiente e propor situações de práticas sociais de
uso da escrita às quais os alunos não têm acesso para que possam interagir
intensamente com textos dos mais variados gêneros, identificar e refletir sobre seus
diferentes usos sociais, produzir textos e, assim, construir as capacidades que lhes
permitam participar das situações sociais pautadas pela cultura escrita.
Segundo Magda Soares, 2004 a escola cumprirá a sua função na
alfabetização quando tornar o “indivíduo ao mesmo tempo alfabetizado e letrado”.
54
5.19 Concepção de Inclusão
A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de
todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma
reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de
modo que estas respondam a diversidade de alunos. É uma abordagem
humanística, democrática, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo como
objetivo o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente a espécie humana, busca
perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-
alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ensino, de forma a
promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos.
Prática pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível requer
mudanças significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação
humana dos professores e nas relações família-escola. Com força transformadora, a
educação inclusiva aponta para uma sociedade inclusiva.
O ensino inclusivo não deve ser confundido com educação especial, a qual se
apresenta numa grande variedade de formas incluindo escolas especiais, unidades
pequenas e a integração das crianças com apoio especializado. O ensino especial
desde sua origem é um sistema separado de educação das crianças com
deficiência, fora do ensino regular, baseado na crença de que as necessidades das
crianças com deficiência não podem ser supridas nas escolas regulares. Existe
ensino especial em todo o mundo sejam em escolas de frequência diária, internatos
ou pequenas unidades ligadas à escola de ensino regular.
5.20 Concepção de Educação do Campo
A concepção de campo tem o seu sentido cunhado pelos movimentos sociais
no final do século XX, em referência à identidade e cultura dos povos do campo,
valorizando-os como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à
vida na terra. Trata-se do campo como lugar de trabalho, de cultura, da produção de
conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência.
O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem
com a natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas,
mediante mão-de-obra dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as
relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de
celebração da colheita, o vínculo com uma rotina de trabalho que nem sempre
55
segue o relógio mecânico. A identidade dos povos do campo comporta categorias
sociais como posseiros, boias-frias, ribeirinhos, ilhéus, atingidos por barragens,
assentados, acampados, arrendatários, pequenos proprietários ou colonos ou
sitiantes – dependendo da região do Brasil em que estejam – caboclos dos faxinais,
comunidades negras rurais, quilombolas e, também, as etnias indígenas.
Entender o campo como um modo de vida social contribui para auto-afirmar a
identidade dos povos do campo, para valorizar o seu trabalho, a sua história, o seu
jeito de ser, os seus conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da
natureza. Trata-se de uma valorização que deve se dar pelos próprios povos do
campo, numa atitude de recriação da história. O campo retrata uma diversidade
sociocultural, que se dá a partir dos povos que nele habitam: assalariados rurais
temporários, posseiros, meeiros, arrendatários, acampados, assentados,
reassentados atingidos por barragens, pequenos proprietários, vileiros rurais, povos
das florestas, etnias indígenas, comunidades negras rurais, quilombos, pescadores,
ribeirinhos e outros mais. Entre estes, há os que estão vinculados a alguma forma
de organização popular, outros não. São diferentes gerações, etnias, gêneros,
crenças e diferentes modos de trabalhar, de viver, de se organizar, de resolver os
problemas, de lutar, de ver o mundo e de resistir no campo.
Entre as características da educação do campo que se pretende construir,
estão:
- concepção de mundo: o ser humano é sujeito da história, não está “colocado” no
mundo, mas ele é o mundo, faz o mundo, faz cultura. O homem do campo não é
atrasado e submisso; antes, possui um jeito de ser peculiar; pode desenvolver suas
atividades pelo controle do relógio mecânico ou do relógio “observado” no
movimento da Terra, manifesto no posicionamento do Sol. Ele pode estar organizado
em movimentos sociais, em associações ou atuar de forma isolada, mas o seu
vínculo com a terra é fecundo. Ele cria alternativas de sobrevivência econômica num
mundo de relações capitalistas selvagens;
- concepção de escola: local de apropriação de conhecimentos científicos
construídos historicamente pela humanidade e local de produção de conhecimentos
em relações que se dão entre o mundo da ciência e o mundo da vida cotidiana. Os
povos do campo querem que a escola seja o local que possibilite a ampliação dos
conhecimentos; portanto, os aspectos da realidade podem ser pontos de partida do
processo pedagógico, mas nunca o ponto de chegada. O desafio é lançado ao
professor, a quem compete definir os conhecimentos locais e aqueles historicamente
56
acumulados que devem ser trabalhados nos diferentes momentos pedagógicos. Os
povos do campo estão inseridos nas relações sociais do mundo capitalista e elas
precisam ser desveladas na escola;
- concepção de conteúdos e metodologias de ensino: conteúdos escolares são
selecionados a partir do significado que têm para determinada comunidade escolar.
Tal seleção requer procedimentos de investigação por parte do professor, de forma
que possa determinar quais conteúdos contribuem nos diversos momentos
pedagógicos para a ampliação dos conhecimentos dos educandos. Estratégias
metodológicas dialógicas, nas quais a indagação seja frequente, exigem do
professor muito estudo, preparo das aulas e possibilitam relacionar os conteúdos
científicos aos do mundo da vida que os educandos trazem para a sala de aula;
- concepção de avaliação: processo contínuo e realizado em função dos objetivos
propostos para cada momento pedagógico seja bimestral, semestral ou anual. Pode
ser feita de diversas maneiras: trabalhos individuais, atividades em grupos, trabalhos
de campo, elaboração de textos, criação de atividades que possam ser um
“diagnóstico” do processo pedagógico em desenvolvimento. Muito mais do que uma
verificação para fins de notas, a avaliação é um diagnóstico do processo
pedagógico, do ponto de vista dos conteúdos trabalhados, dos objetivos, e da
apropriação e produção de conhecimentos. É um diagnóstico que faz emergir os
aspectos que precisam ser modificados na prática pedagógica.
Um desafio está posto à educação do campo: considerar a cultura dos povos
do campo em sua dimensão empírica e fortalecer a educação escolar como
processo de apropriação e elaboração de novos conhecimentos.
5.21 Concepção de Formação Humana Integral
Compreende uma educação que deve garantir o desenvolvimento dos
sujeitos em todas as suas dimensões – intelectual, física, emocional, social e cultural
e se constituir como projeto coletivo, compartilhado por crianças, jovens, famílias,
educadores, gestores e comunidades locais.
A formação humana integral reconhece oportunidades educativas que vão
além dos conteúdos compartimentados do currículo tradicional e compreende a vida
como um grande percurso de aprendizado, capaz de formar um ser critico e
consciente do seu papel no mundo.
Deve ser assumida por todos os agentes envolvidos no processo formativo
das crianças, jovens e adultos. Nesse contexto, a escola se converte em um espaço
57
essencial para assegurar que todos e todas tenham garantida uma formação
integral, assumindo o papel de articuladora das diversas experiências educativas a
partir de uma intencionalidade clara que favoreça as aprendizagens e
desenvolvimento de todos os estudantes.
5.22 Concepção de tempo e espaço pedagógico
O tempo escolar é um dos elementos constitutivos do trabalho pedagógico,
sendo pensado e analisado pela equipe diretiva, equipe pedagógica, professores, e
órgãos colegiados. A organização do tempo escolar tem como referência o
Calendário Escolar de cada ano letivo, a partir deste, o estabelecimento de ensino
indica o início e término de cada trimestre, determina os dias relativos ao conselho
de classe, às reuniões pedagógicas, o replanejamento, a formação continuada, a
organização da hora atividade, dentre outros. Nesse tempo escolar, os professores
refletem sobre o currículo, o planejamento diário, a elaboração do plano de trabalho
docente, o atendimento aos pais e/ou representantes, à formação continuada, os
índices de rendimento escolar dos alunos, dentre outras atividades que se fizer
necessário.
A organização do currículo não considera os tempos diferenciados de
aprendizagens de cada aluno, o professor, por sua vez precisa compreender e
articular seu trabalho tendo em vista as necessidades dos diferentes sujeitos que
compõe a comunidade escolar de forma que encontre subsídios teóricos práticos
que favoreçam o entendimento e à compreensão do conteúdo ensinado. Cada aluno
possui um ritmo de aprendizagem diferente do outro, ritmos de aprendizagens
diferentes de uma turma para outra, de um turno para outro, e isto, precisa ser
considerado e pensado no planejamento das aulas.
Os diferentes espaços pedagógicos que a escola possui estão organizados
por meio de algumas regras que determinam a utilização desses para facilitar a
convivência e o estabelecimento da ordem coletiva. Os espaços são organizados
prioritariamente ao atendimento as aulas, as atividades realizadas em contraturno
levando em conta o objetivo de proporcionar o desenvolvimento dos alunos.
5.23 Concepção dos Direitos Humanos
A Declaração Universal dos Direitos Humanos visa garantir os direitos e
liberdades de todos os seres humanos. Aborda essencialmente a liberdade e a
igualdade em dignidade e direitos, contemplando os seguintes pontos: todos devem
58
ser tratados do mesmo modo sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião,
riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição; garantia do direito à vida, à
liberdade, e à segurança pessoal de forma que ninguém seja submetido à tortura e à
escravidão; garantia de direito à moradia e à nacionalidade; liberdade de opinião e
expressão; direito ao trabalho e ao lazer. Assim, esses direitos tornaram-se inerentes
à condição humana, pois ninguém pode tirá-los dos indivíduos.
Ainda que, esses direitos tenham sido postulados no ano de 1948, através da
Declaração Universal dos Direitos Humanos, as noções e fundamentos neles
contidos não surgiram precisamente naquele momento, pois anterior a isso, já
existia lutas baseadas nos princípios que regem a Declaração e, sobretudo, por
igualdade e liberdade. A partir disso, tem-se o desenvolvimento do conceito de
Direitos Humanos, que é entendido, como fundamental e, especificamente por ser
intrínseco à sua natureza humana. Sendo assim,
[...] são direitos que não resultam de uma concessão da sociedade política. Pelo contrário, são direitos que a sociedade política tem o dever de consagrar e garantir. Este conceito não é absolutamente unânime nas diversas culturas, contudo, no seu núcleo central, a idéia alcança uma real universalidade no mundo contemporâneo.( Herkenhoff, 1994 p.30).
O processo de desenvolvimento dos direitos humanos, assim, opera-se em
constante cumulação, sucedendo-se, no tempo, vários direitos, que, mutuamente, se
substituem, consoante a concepção contemporânea desses direitos, fundada na sua
universalidade, indivisibilidade e interdependência.
5.24 Concepção de Meio Ambiente
De acordo com a resolução CONAMA 306:2002: “Meio Ambiente é o conjunto
de condições, leis, influencia e interações de ordem física, química, biológica, social,
cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”
Encontra-se na ISO 14001:2004 a seguinte definição sobre meio ambiente:
“circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo-se ar, água, solo,
recursos naturais, flora fauna, seres humanos e suas inter-relações”.
Uma organização é responsável pelo meio ambiente que a cerca, devendo,
portanto, respeitá-lo, agir como não poluente e cumprir as legislações e normas
pertinentes (ISO 14001).
No Art. 225 da Constituição Federal há a seguinte frase: “Todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial
59
à qualidade de vida impondo-se ao Poder público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para os presentes e futuras gerações”.
A sociedade como um todo é responsável pela preservação do meio
ambiente, então, é preciso agir da melhor maneira possível para não modificá-lo de
forma negativa, pois isso terá consequências para a qualidade de vida da atual e
das futuras gerações, entendendo que: “O meio ambiente concebido, inicialmente,
como as condições físicas e químicas, juntamente com os ecossistemas do mundo
natural, e que constitui o habitat do homem, também é, por outro lado, uma
realidade com dimensão do tempo e espaço”.
Essa realidade pode ser tanto histórica (do ponto de vista do processo de
transformação dos aspectos estruturais e naturais desse meio pelo próprio homem,
por causa de suas atividades) como social na medida em que o homem vive e se
organiza em sociedade, produzindo bens e serviços destinados a atender “as
necessidades e sobrevivência de sua espécie” (EMÍDIO, 2006, p.127).
O espaço ocupado pelo homem está a todo o momento sofrendo
modificações relacionadas ou impostas pelo próprio homem, que podem ser
danosas ao meio quando não administradas corretamente.
5.25 Concepção de Formação Continuada
Nos dias atuais, a formação continuada é imprescindível e, deixando de ser
entendida apenas como complementação de formação inicial, vem “contribuir para
melhorar a escola, reinventando-a, redefinindo, em simultâneo, os contornos de uma
profissionalidade docente”. (Canário apud Porto, 2000, p.32).
A formação do docente constitui-se um processo dinâmico e com
possibilidade de aperfeiçoamento crescente, podendo-se entendê-lo como um
processo contínuo. Santos (1998, p.124) a denomina de formação continuada ou
formação contínua, ou formação em serviço, em sentido mais estrito, todas as
formas deliberadas e organizadas de aperfeiçoamento profissional do docente, seja
através de palestras, seminários, cursos, oficinas ou outras propostas.
Assim sendo, a formação contínua consiste em propostas que vise à
qualificação, a capacitação, do docente para uma melhoria de sua prática, por meio
do domínio de conhecimentos e métodos do campo de trabalho em que atua.
Os conteúdos a serem desenvolvidos através da educação contínua podem
ter como objetivos superar problemas ou lacunas na prática docente ou atualizar o
professor, por meio de conhecimentos decorrentes de novos saberes das diferentes
60
áreas do conhecimento. A formação oportuniza o professor não só o saber em sala
de aula. Ele precisa conhecer as diversas práticas analisadas na perspectiva
histórico, sócio - cultural. E ainda, precisa conhecer o desenvolvimento do seu
estudante nos seus múltiplos aspectos: afetivo, cognitivo e social, bem como refletir
criticamente sobre seu papel diante de seus estudantes e da sociedade. Munido
desses saberes elementares, os frutos serão colhidos no ambiente de sala de aula
ou fora dele.
5.26 Concepção de Cuidar e Educar
O “cuidar” é parte integrante da educação, exigi conhecimentos, habilidades e
instrumentos que exploram a dimensão pedagógica. Cuidar em um contexto
educativo demanda a integração de vários campos de conhecimento e a cooperação
de profissionais de diferentes áreas.
O cuidado precisa considerar, principalmente, as necessidades das crianças, que quando observadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes sobre a qualidade do que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de promoção da saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseadas em conhecimentos específicos sobre desenvolvimento biológico, emocional, e intelectual das crianças, levando em conta diferentes realidades sócio-culturais (BRASIL, 1998, p. 25).
Educar significa proporcionar momentos, espaços e valores de diversas
formas e natureza, através da disciplina, da brincadeira e da troca de opiniões e
sentimentos. Oferecer um ambiente acolhedor, onde o(a) educando possa ter
liberdade de expressão, sendo visto como sujeito de seus direitos. Oportunizar o
despertar de suas potencialidades e capacidades, proporcionando uma
aprendizagem significativa, interagindo através de comportamento social correto,
organizado e baseado na construção do diálogo e na disciplina de seus atos.
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal e de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural (1998 p.24).
Cabe ao educador oportunizar um ambiente estimulador associado à
realidade do aluno, para que a ação educativa diária seja um constante desafio
estimulador. É o educar para a vida e para o exercício da cidadania. Cuidar significa
61
auxiliar a criança em seus primeiros passos. O cuidar não é restrito ao aspecto
biológico do corpo, mas é associado também à dimensão afetiva, pois o educando
precisa de segurança, apoio, incentivo e envolvimento do professor. É relevante
considerar as necessidades, que quando observadas, ouvidas e respeitadas, podem
nos fornecer dados significativos sobre a qualidade do que estão recebendo. Cabe
ao educador estabelecer um vínculo com quem é cuidado, auxiliando a identificar
suas necessidades e priorizá-las, assim como atendê-las de forma eficaz.
Uma vez que a Educação deve ser estruturada com base paralelamente ao
educar e o ensinar, é de suma importância a formação consciente do professor,
como agente transformador do futuro dos educandos, a educação trás consigo a
disciplina, seja na escola, na família e na sociedade. Faz parte do ser humano ser
passivo de modificações em seus comportamentos que elaboram as bases e o
desenvolvimento da educação, com organização e respeito.
Desta forma, o trabalho do educador deve estar centrado na organização do
tempo, na escolha correta dos conteúdos e na disciplina rotineira do ambiente
escolar, como hábitos de comportamentos saudáveis gerando um convívio
harmonioso e, consequentemente, criador de atitudes sérias e produtivas.
5.27 Concepção de Violência e Drogas no Ambiente Escolar
A violência vem assumindo dimensões diferenciadas e contextualizadas, por
ser um fenômeno complexo e resultante de múltiplas determinações. De modo geral,
pode ser definida como qualquer ato ou ação de um indivíduo ou grupo cujo fim é
ferir ou ofender um indivíduo empenhado em evitar tal tratamento (BARON, 1977).
Nesse sentido, um ato é caracterizado como violento quando atende, de acordo com
Ferreira e Schramm (2000), às seguintes condições: causar dano a terceiros, usar
força física ou psíquica, ser intencional e ir contra a vontade de quem é atingido. A
violência pode ser considerada sob diversas ópticas, sendo, principalmente,
classificada em social ou urbana, psicológica e física.
Pode-se relacionar a violência social a fatores geradores e à forma como se
conduzem determinados segmentos da sociedade os quais podem ser
exemplificados pela indisciplina no trânsito, transgressões, roubos, assaltos,
assassinatos, contrabandos, exploração do trabalho infantil, dentre outros que
afetam o homem direta e indiretamente (SPOSITO, 1998).
Para a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura), a escola, antes vista como segura, também experiência a
62
violência que nada mais é que um “reflexo do clima de violência e de injustiça que
caracteriza seu entorno” (UNESCO, 2003, p.58).
A escola, como instituição que faz parte da sociedade, sofre os reflexos dos
fatores de violência externos que têm gerado conflitos manifestados dentro da sala
de aula, comprometendo o aprendizado e as relações interpessoais. Segundo
Spósito (1998), a violência escolar expressa aspectos epidêmicos de processos de
natureza mais ampla, ainda insuficientemente conhecidos, como o consumo de
drogas e as dificuldades em debater tal assunto em relação à prevenção e ao
consumo.
O mundo das drogas tem seu contexto e este modifica uma vida, por isso há
necessidade de pensar em fazer a prevenção. A escola tem papel fundamental na
promoção da saúde. Trabalhar com temas que estão presentes no dia a dia dos
alunos e orientar sobre seus perigos e desafios é de extrema importância para que
os jovens tenham uma posição reflexiva e crítica dentro e fora dos muros da escola.
5.28 Concepção de diversidade
O acesso e permanência na escola com qualidade no processo educacional é
direito de todos. Entende-se como “todos”, as populações do campo, agricultores
familiares, trabalhadores rurais temporários, acampados, assentados, negras e
negros, povos indígenas, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais. A escola
trabalha na perspectiva de assegurar o atendimento sem discriminação ou
preconceito desta população, bem como sempre que possível trazer a discussão a
problemática que envolve este assunto.
A partir de 2008 foi formada a Equipe Multidisciplinar, que tem como objetivo,
elaborar ações na perspectiva de contribuir para que o aluno negro e indígena mire-
se positivamente pela valorização da história de seu povo, da cultura, da
contribuição para o país e para a humanidade.
O trabalho com a diversidade envolve o atendimento a todos os sujeitos que,
historicamente, encontravam-se excluídos do processo de escolarização e/ou da
pauta das políticas educacionais, tais como: as populações do campo, faxinalenses,
agricultores familiares, trabalhadores rurais temporários, quilombolas, acampados,
assentados, ribeirinhos, ilhéus, negros e negras, povos indígenas, jovens, adultos e
idosos não alfabetizados, pessoas lésbicas, gays, travestis e transexuais.
63
Diante disto, a escola deve assumir o compromisso político e social de
garantir a todos o direito ao acesso à escolarização e ao saber sistematizado
historicamente.
Compreender esta dinâmica possibilita identificar e reconhecer os diferentes
sujeitos (educadores e educandos) e os condicionantes sociais que determinam o
sucesso ou o fracasso escolar, visando criar mecanismo de enfrentamento aos
diversos preconceitos existentes para que possa garantir o direito ao acesso e a
permanência com qualidade no processo educacional.
O governo federal sancionou, em março de 2003, a lei nº 10639/03-MEC, que
instituiu a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos Africanos no
currículo escolar do ensino fundamental e médio. Estabeleceu também as Diretrizes
Curriculares para a implementação da mesma. Esta decisão resgata historicamente
a contribuição dos negros na construção e formação da sociedade brasileira.
5.29 Concepção de Educação de Jovens e Adultos
O perfil do aluno da Educação de Jovens e Adultos na sua maioria são
trabalhadores proletariados, desempregados, dona de casa, jovens, idosos,
portadores de deficiências especiais. São alunos com suas diferenças culturais,
etnia, religião, crenças, trabalham e lutam para superar suas condições de vida
(moradia, saúde, alimentação, transporte, emprego, etc.).
A grande maioria é oriunda de um processo educacional fragmentado,
marcado por frequente evasão e reprovação no Ensino Fundamental e Médio
regulares, procuram a EJA porque precisam da escolarização formal tanto por
questões pessoais quanto pelas exigências do mundo do trabalho.
Muitos adolescentes, jovens, adultos e idosos ingressos na EJA trazem
modelos internalizados de vivências escolares ou outras. Neles, predomina a ideia
de uma escola tradicional, onde o educador exerce o papel de detentor do
conhecimento e o educando de receptor passivo desse conhecimento. Por isso,
muitos supõem que seja da escola a responsabilidade pela sua aprendizagem.
Esses educandos trazem uma bagagem de conhecimentos de outras
instâncias sociais, visto que a escola não é o único espaço de produção e
socialização dos saberes. Essas experiências de vida são significativas e são
consideradas na elaboração do currículo escolar, o qual tem uma metodologia
diferenciada porque apresenta características distintas do ensino regular.
64
Os educandos da EJA trazem consigo um legado cultural – conhecimentos
construídos a partir do senso comum e um saber popular, não-científico, constituído
no cotidiano, em suas relações com o outro e com o meio – os quais devem ser
considerados na dialogicidade das práticas educativas. Portanto, o trabalho dos
educadores da EJA é buscar de modo contínuo o conhecimento que dialogue com o
singular e o universal, o mediato e o imediato, de forma dinâmica e histórica.
O atendimento escolar a jovens, adultos e idosos não se refere somente a
uma característica etária, mas à diversidade sociocultural de seu público, composto
por populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas
especiais, indígenas, remanescentes de quilombos, entre outros, que demandam
uma educação que considere o tempo, os espaços e a sua cultura.
65
Centro de Línguas Estrangeira Moderna - CELEM
O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), criado no ano de 1986
pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR), integra o
Departamento de Educação Básica (DEB) e tem por objetivo ofertar o ensino
gratuito de idiomas aos alunos da Rede Estadual de Educação Básica matriculados
no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, na Educação Profissional e
na Educação de Jovens e Adultos (EJA), aos professores e funcionários que estejam
no efetivo exercício de suas funções na rede estadual e também à comunidade.
O CELEM, além de promover o conhecimento do idioma das etnias
formadoras do povo paranaense contribui para o aperfeiçoamento cultural e
profissional de seus alunos.
A Resolução n. 3.904/2008 - SEED, que regulamenta o funcionamento do
CELEM, considera "a importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeiras
Modernas (LEM) tem no desenvolvimento do ser humano quanto a compreensão de
valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras culturas".
Atualmente, o CELEM oferta nove idiomas: alemão, espanhol, francês,
inglês, italiano, japonês, mandarim, polonês e ucraniano, em duas modalidades de
cursos:
- Curso Básico: 2 (dois) anos de duração (320h), 4 (quatro) horas/aula
semanais, exceção dos cursos de Língua Japonesa, Ucraniana e Mandarim que tem
3 (três) anos de duração (480h) e também 4 (quatro) horas/aula semanais.
- Curso de Aprimoramento: o CELEM tem ofertado desde o ano de 2004 o
Curso de Aprimoramento para alunos que concluíram o Curso Básico. O referido
curso tem 1 (um) ano de duração, com um total de 160 horas/aula em 4 (quatro)
horas/aula semanais.
Os interessados poderão cursar até dois idiomas, tendo disponibilidade e
compatibilidade de horários. Para isso, deverão entrar em contato diretamente com
o(s) estabelecimento(s) de ensino que oferta(m) o(s) idioma(s) de seu interesse para
as devidas providências.
O funcionamento dos CELEM é acompanhado pelos Núcleos Regionais de
Educação (NRE), os quais atendem as orientações definidas pela Coordenação do
CELEM/SEED.
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Organização Curricular
A escola tem uma organização curricular composta por disciplinas do núcleo
comum e parte diversificada. As disciplinas do núcleo comum são: Arte, Biologia,
Ciências, Educação Física, Ensino Religioso, Filosofia, Física, Geografia, História,
Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia e uma disciplina da parte
diversificada: Língua Estrangeira Moderna: Inglês.
O ano letivo é composto de 200 dias letivos e a organização do tempo escolar
no Ensino Fundamental é por série, o primeiro ano do Ensino Médio também por
série, o segundo e o terceiro ano do Ensino Médio organizado por Blocos de
Disciplinas Semestrais. A cessação do E.M.B.D.S será feita gradativamente a partir
de 2015.
A metodologia utilizada é a expositiva, dialógica buscando desenvolver um
trabalho interdisciplinar e contextualizado centrada numa teoria progressista, numa
linha Histórico-Crítica.
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno. Faz parte do processo ensino-aprendizagem sendo,
portanto contínua, cumulativa, processual, diagnóstica, e qualitativa,serve como
direcionamento e ao professor como diagnóstico na retomada de suas decisões e
reflexões. Deve ser realizada em função dos conteúdos e ser coerente com os
pressupostos e metodologias da disciplina.
Os instrumentos de avaliação são diversificados através de provas escritas,
orais, pesquisas, trabalhos, seminários, experiências e realização das atividades
escolares e domiciliares.
A oferta da recuperação de estudos é de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem, através de retomada paralela de conteúdos,
trabalhos e pesquisas. Depois de realizado os instrumentos de avaliação da
aprendizagem os resultados são os registrados em notas expressos em uma escala
de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Para os alunos do 6º ano e do 7º ano há o professor da Sala de Apoio que
trabalha com conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática o que tem propiciado
uma recuperação de estudos e um melhor desenvolvimento nas outras disciplinas.
Para os alunos do 6º ao 9º ano e do Ensino Médio a Sala de Recursos
também tem contribuído para a recuperação do desenvolvimento escolar dos
alunos.
67
Os conteúdos trabalhados e a avaliação em notas são registrados no
Registro de Classe do professor, nos boletins, no Sistema SERE e no histórico
escolar do aluno.
Os resultados da avaliação são comunicados aos pais, no conselho de
classe, nas reuniões bimestrais e trimestrais através de boletins, e sempre que a
direção, equipe pedagógica e professores acham necessário que os pais tomem
conhecimento do rendimento escolar dos filhos.
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GESTÃO DEMOCRÁTICA
A escola se constrói na sua relação com a sociedade, sendo um reflexo das
necessidades socioculturais de cada época. A atualidade tem apresentado um ritmo
acelerado de transformações, com a sociedade vivendo uma dinâmica muito
acentuada de alterações, num processo frenético. Mais do que nunca, são exigidas
dos sujeitos uma participação intensa e efetiva, transparência em objetivos das
decisões.
Na gestão democrática, todos são chamados a pensar, avaliar e agir
coletivamente, diante das necessidades apontadas pelas relações educativas,
percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnóstico das
possibilidades e necessidades.
Assim, a equipe de profissionais vai traçando os objetivos que nortearão a
construção das ações cotidianas, encontrando sua forma original de trabalho. Essa
travessia permite a cada escola a construção coletiva de sua identidade.
Nesse contexto, papel importante desempenha as instâncias de decisões
coletivas atuando em sintonia para viabilizar o Projeto Político-Pedagógico:
Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Grêmio Estudantil, Conselhos de
Classe, representação de turmas, reuniões pedagógicas, etc são fundamentais e o
diretor da escola deverá pautar seu trabalho pelas discussões e pelos
encaminhamentos definidos por elas.
Na escola contamos com a participação da APMF, CONSELHO ESCOLAR,
GRÊMIO ESTUDANTIL, CONSELHO DE CLASSE que acontece bimestralmente,
trimestralmente e sempre que se faz necessário.
Princípios da Gestão Democrática
Para uma prática educativa social e transformadora devemos ter instituídos
constitucionalmente os princípios:
Igualdade de condições para acesso e permanência no processo educativo.
Gestão democrática, administrativa, pedagógica e financeira.
Valorização do Magistério.
Liberdade.
Autonomia administrativa, jurídica, financeira e pedagógica.
69
6 MARCO OPERACIONAL
Sabemos que as mudanças na educação em nosso Colégio precisam ser
mais significativas. Precisamos delinear e reorganizar o nosso trabalho pedagógico
com ações que levem todos a compreender a importância da escola para construção
da cidadania. Estamos estudando, nos capacitando, melhorando a qualidade de
nossas aulas com projeção de uma sociedade idealizada pelos princípios da
igualdade, liberdade e justiça.
As práticas pedagógicas produzem normas, valores, visão de mundo e
atitudes que definem posições. As dimensões políticas e pedagógicas se evidenciam
nas opções curriculares e por isso estamos inevitavelmente comprometidos com o
que propomos e colocamos em prática no âmbito da escola.
6.1 Grandes linhas de ação
Definidos os aspectos conceituais que regem nossa prática, a escola propõe
ações para a concretização de suas concepções.
As grandes linhas de ação estão de acordo com os eixos norteadores do
plano de ação do diretor sendo:
6.1.1 Gestão Democrática
- Que haja maior participação da comunidade na escola, bem como maior
compreensão da importância dessa participação na vida escolar de seus filhos.
- Que a escola organize atividades que favoreçam o envolvimento de todos.
- Que as instâncias colegiadas pautem seu trabalho numa gestão democrática e
participativa.
- Que o relacionamento entre os segmentos e instâncias colegiadas ocorra num
processo democrático e participativo.
6.1.2 Proposta Pedagógica
- Que a proposta pedagógica da escola seja trabalhada de acordo com as Diretrizes
Curriculares Estaduais.
- Que o Conselho de Classe seja realizado com o propósito de refletir, avaliar e
propor ações pedagógicas que garantam a aprendizagem de todos os alunos.
70
- Que os conteúdos sejam trabalhos numa prática constante de interdisciplinaridade
visando a totalidade do conhecimento pelo aluno.
6.1.3 Formação Continuada
- Que a formação continuada seja organizada de forma a atender os anseios dos
profissionais da educação bem como as necessidades da escola.
6.1.4 Especificidades Locais
- Que as ações sejam efetivadas com a participação de todos os segmentos e
instâncias colegiadas.
- Que a escola organize e incentive a participação de todos em campanhas,
concursos e em todas as atividades que priorize temas relevantes para uma efetiva
construção da cidadania.
- Que a escola incentive e acompanhe estágios não obrigatórios, efetivados pelos
alunos e desenvolvidos em ambiente de trabalho, que vise à preparação para o
trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando regulamente a escola,
de acordo com a legislação em vigência.
6.1.5 Qualificação dos espaços e dos equipamentos da Escola
- Que a escola busque junto a mantenedora recursos para construção, reforma e
adequação de seus espaços físicos, bem como equipamentos e materiais
necessários para desenvolver suas atividades pedagógicas.
71
Função específica de cada segmento da comunidade escolar
Para efetivação do Projeto Político Pedagógico na escola contamos com uma
organização interna onde cada segmento possui sua função específica, descritas de
forma mais detalhada no Regimento Escolar, mas articulada, onde as relações entre
os aspectos pedagógicos e administrativos estão embasados em princípios da
gestão democrática. De acordo com o R
Direção
A direção é o órgão que preside o funcionamento dos serviços escolares no
sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais pedagógicos e
administrativos do Estabelecimento de Ensino bem como na efetivação do
ProjetoPolítico Pedagógico.
Equipe Pedagógica
A Equipe Pedagógica desenvolve dentro da sua especificidade a organização
do trabalho escolar. Organização esta, que requer um trabalho de qualidade voltado
para aspectos inovadores, buscando estratégias de aprendizagem. Portanto, criando
condições favoráveis para que os professores desenvolvam com plenitude as
finalidades, os objetivos e as metas de qualidade que ajudem o aluno a enfrentar o
mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus
direitos e deveres.
Desenvolve-se em um serviço organizado na escola, onde especialista, em
cooperação e interação com a direção, professores, e outros membros do corpo
técnico-administrativo oferecem recursos para que os alunos possam resolver suas
dificuldades no âmbito da aprendizagem, do relacionamento interpessoal e da
integração escolar e social, as quais se evidenciam na medida em que os alunos,
identificando suas capacidades e necessidades, desenvolvem as e passam a fazer
uso adequado das mesmas.
O trabalho da Equipe Pedagógica é de assessoria ao processo ensino-
aprendizagem, desenvolvido na relação professor-aluno, assegurando a efetivação
do Projeto Político Pedagógico. Requer, portanto, o conhecimento não apenas dos
alunos, mas também das condições concretas, pessoais e profissionais dos
professores. Este conhecimento implica na compreensão de que professor e equipe
pedagógica têm tarefas diferentes numa luta comum.
72
As atribuições com o estágio não obrigatório:
- acompanhar as práticas de estágio não obrigatório desenvolvidas pelo
aluno;
- manteros professores das turmas, cujos os alunos desenvolvem atividade
de estágio, informados sobre as atividades desenvolvidas, de modo que estes
possam contribuir para esta relação prática;
- orientar e receber relatórios períodicos do estagiário;
- elaborar normas complemetares e instrumentos de avaliação dos estágios
deseus educandos;
- zelar pelo cumprimento do termo de compromisso com o educando, com a
parte concedente e o estabelecimento.
Professores
Conforme a LDB 9.394/96 os docentes incumbir-se ão de:
- Participar na elaboração da Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino.
- Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino.
- Zelar pela aprendizagem dos alunos.
- Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento.
- Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmentedos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação, às reuniões e
ao desenvolvimento profissional.
- Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a
comunidade.
Equipe Administrativa
A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de
todos os setores do Estabelecimento de Ensino, proporcionando condições para que
os mesmos supram suas reais funções. A Equipe Administrativa é composta por
Agente Educacional I e Agente Educacional II.
Secretaria: é o setor que tem a seu encargo todo o serviço de escrituração escolar
e correspondência do estabelecimento.
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Serviços Gerais: tem a seu encargo o serviço de manutenção, preservação,
segurança e merenda escolar do Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e
supervisionado pela Direção.
Bibliotecário: O serviço do Bibliotecário é de garantir o acesso à informação, é
ensinar o aluno a buscar, localizar, selecionar, confrontar, estabelecer nexos e com
isso o aluno ser capaz de produzir o seu próprio discurso. O objetivo é criar leitores
autônomos mostrando que a biblioteca faz parte de seu dia-a-dia. A biblioteca deve
ser o espaço de informação e de educação para a informação.
Como parte das mudanças sociais, exige-se de todos os profissionais da
educação uma prática voltada para o respeito às diferenças, para o saber conviver
com a diversidade de culturas e para a construção de práticas de uma gestão
democrática.
74
Calendário escolar
O Calendário Escolar é elaborado anualmente conforme normas emanadas
da SEED apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar, obedecendo à legislação
vigente de forma a assegurar as condições necessárias à oferta da Educação
Básica com qualidade, com base no que determina a LDB 9394/96, a qual
estabelece o mínimo de 800h (oitocentas horas) distribuídas por um mínimo de
200 dias letivos de efetivo trabalho escolar. Após, enviado ao órgão competente
para análise e homologação, ao final de cada ano letivo anterior à sua vigência.
O Calendário Escolar fixa:
I - Início e término do período letivo;
ll - Férias;
III - Semana Pedagógica;
IV - Planejamento;
V - Recesso;
Vl – Replanejamento;
VII – Plano de Abandono;
VIII – Integração Escola-Comunidade;
IX – Reunião Pedagógica;
X – Conselho de Classe;
XI – Complementação de Carga Horária;
XII – Formação Continuada.
Cabe à escola estabelecer os feriados municipais e recessos.
As complementações de carga horária do Ensino Médio do período matutino
e noturno são realizadas aos sábados.
Há reposições de aulas em contraturno de acordo com a disponibilidade da
escola e dos alunos, bem como aos sábados, sendo estes, utilizados em algumas
datas para realização de atividades extraclasses e cumprimento dos duzentos dias
letivos.
75
Ações Didático Pedagógicas
Equipe Multidisciplinar
É uma instância de organização do trabalho escolar, preferencialmente
coordenada pela equipe pedagógica, e instituída por instrução da SUED / SEED, de
acordo com no disposto no art. 8° da Deliberação n° 04/ 06 – CEE/PR, com a
finalidade de orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à educação
das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,
Africana e Indígena, ao longo do período letivo.
As equipes multidisciplinares se constituem por meio da articulação das
disciplinas da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes
Curriculares Estaduais da Educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para
Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da África, dos
Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para
que o aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de
seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade.
É formada por representantes da equipe pedagógica, dos professores, dos
agentes educacionais I e II, pela direção escolar e por convidados das instâncias
colegiadas, com as atribuições de mobilizar a comunidade escolar para o
fortalecimento da Educação das Relações Étnico-Raciais e desenvolver ações de
Promoção da Igualdade Racial para uma educação efetivamente democrática,
promover estudos, debates e práticas pedagógicas em conjunto com os profissionais
do estabelecimento de ensino, com o objetivo de efetivar o ensino de História e
Cultura Africana, Afro-brasileira e Indígena no currículo escolar e realizar
acompanhamento junto aos demais professores do estabelecimento de ensino na
hora-atividade (se possível), para subsidiar e favorecer a implementação das
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e
para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana; e das Leis Nº
10.639/03 e Nº 11.645/08 nos currículos escolares.
Cabe às/aos integrantes da Equipe Multidisciplinar organizar um Plano de
Ação a partir dos seguintes tópicos:Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira,
Africana e Indígena; Ações de Promoção da Igualdade Étnico-Racial, Planejamento
e realização do seminário na Semana da Consciência Negra.
76
Programa Brigada Escolar
O Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil na Escola é uma parceria da
Secretaria de Estado da Educação e da Casa Militar da Governadoria – Divisão de
Defesa Civil.
Tem por objetivo promover a conscientização e capacitação da Comunidade
Escolar para ações preventiva e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou
causados pelo homem, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no
interior das escolas para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um
segundo momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da população
civil do Estado do Paraná.
A brigada escolar é formada por um grupo de cinco servidores do
estabelecimento que atuará em situações de emergências e terá como uma das
suas funções garantir a implementação do Plano de Abandono na escola, como
medida preventiva de enfrentamento às emergências e desastres naturais ou
provocadas pelo homem que comprometem a segurança da comunidade escolar.
Atribuições do grupo da Brigada Escolar:
- Acompanhar o trabalho de identificação de riscos na edificação e nas
condutas rotineiras da comunidade escolar;
- Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada,
de forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares,
por meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser
registrado em calendário escolar;
- Promover revisões periódicas do Plano de Abandono, junto aos
componentes da Brigada Escolar;
- Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na
conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono.
- Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar, para
discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com
registro em ata específico ao Programa.
- Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca
de situações que ofereçam riscos a comunidade escolar, comunicando
imediatamente o Diretor para as providências necessárias;
- Observar em caso de sinistro e/ou simulações, o cronograma elaborado pela
Instituição de Ensino;
77
Participar das formações para a Brigada Escolar, na modalidade de Ensino a
Distância e também presencial.
PROGRAMA DE COMBATE AO ABANDONO ESCOLAR
Objetivo Geral
Implementar políticas públicas educacionais de prevenção e combate ao
abandono escolar, evitando a infrequência escolar e efetivando o direito ao acesso,
permanência e sucesso no Sistema de Ensino de todas as crianças e adolescentes.
Objetivos Específicos
Criar mecanismos de controle do abandono, através da criação de um Sistema
Estadual de acompanhamento, para as escolas públicas estaduais do Paraná;
Realizar estudos, debates e ações conjuntas entre profissionais da Rede Estadual
de Educação Básica do Paraná, representantes da Educação dos Sistemas
Municipais, Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente, Instituições de Ensino
Superior, pais, mães, estudantes e comunidade em geral, despertando a
responsabilidade de cada segmento na inclusão e permanência das crianças e dos
adolescentes no sistema educacional;
Instrumentalizar os profissionais das escolas estaduais do Paraná em relação à
criação e manutenção da Rede de Proteção e incluí-la na sistemática de
enfrentamento ao abandono e exclusão escolar;
Mapear as causas da exclusão e abandono escolar, definindo as ações de acordo
com as características das diferentes regiões do Estado do Paraná.
Com base nas diretrizes da Secretaria de Estado da Educação do Paraná -
SEED, que contemplam a articulação, integração e conscientização de todos os
envolvidos no processo de ensino da Rede Estadual de Educação Básica do
Paraná, a Coordenação de Gestão Escolar, com o apoio do Ministério Público do
Estado do Paraná, e da Associação dos Conselhos tutelares, atendendo ao disposto
no Termo de Convênio de Cooperação Técnica celebrado em 21/11/2012, apresenta
o Caderno de Orientações do Programa de Combate ao Abandono Escolar no
Paraná. As ações previstas neste documento visam contemplar roteiro técnico de
atuação e modelo de notificação obrigatória de aluno ausente, visando assegurar a
78
permanência e o sucesso da aprendizagem dos (as) estudantes matriculados(as)
nas escolas públicas do Paraná.
Com este Programa, a SEED busca confirmar a concepção democrática da
escola como direito de todos, não apenas um direito legal, mas uma preocupação
com situações que impeçam a permanência ou o acesso de crianças e adolescentes
na escola. Com a implantação das orientações contidas neste caderno, pretende-se
auxiliar a escola na sistematização das suas ações e encaminhamentos de
enfrentamento ao abandono.
A escola, deverá sempre representar (...) um espaço democrático e
emancipatório por excelência, constituindo-se, juntamente com a família, em
extraordinária agência de socialização do ser humano, destinada aos propósitos de
formação, valorização e respeito ao semelhante. É, sobretudo na escola que a
criança e o adolescente encontram condições de enriquecimento no campo das
relações interpessoais, de desenvolvimento do senso crítico, de consciência da
responsabilidade social, do sentimento de solidariedade e de participação, de
exercício da criatividade, de manifestação franca e livre do pensamento, de
desenvolvimento, em necessário preparo ao pleno exercício da cidadania. (SOTTO
MAIOR NETO, 2004).
Na forma da Lei e da Constituição Federal, é de responsabilidade de todos,
Poder Público, família, comunidade ligada direta ou indiretamente à educação
escolar e sociedade em geral preocupar se com o enfrentamento ao abandono
escolar.
Importante se faz neste momento, salientar que as ações, ora apresentadas,
objetivam evitar que o abandono escolar venha a se efetivar como evasão escolar.
Termos que conceitualmente não podem ser utilizados como sinônimos, pois se
constituem situações educacionais distintas. Conforme Saraiva (2013) “abandono é
a condição de infrequência escolar que ocorre durante o andamento do ano letivo,
porém no outro ano escolar o (a) estudante é rematriculado. Já na evasão escolar,
não ocorre a rematrícula no ano posterior”. A escola e todos os integrantes da Rede
de Proteção Social da Criança e do Adolescente conseguem atuar diretamente nas
causas que levam ao abandono escolar e assim evitar a evasão escolar, conforme
mencionado acima.
Estudos apontam para diversas causas que podem levar a infrequência
escolar, tais como ausência de materiais escolares/uniforme, transporte escolar,
exploração do trabalho infanto-juvenil, exploração ou violência sexual, dificuldades
79
pedagógicas, repetências, violência física e emocional, uso e tráfico de drogas,
dentre outros fatores (MISSÃO CRIANÇA, 2001).
Desta forma o Programa de Combate ao Abandono Escolar no Paraná
contará com o envolvimento de estudantes, funcionários, professores, equipes
pedagógicas e diretivas e também todas as instâncias colegiadas da comunidade
escolar: Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF, Conselho Escolar,
Conselho de Classe, Grêmio Estudantil e da Rede de Proteção Social da Criança e
do Adolescente existente no município. Todos concentrando esforços para identificar
e resgatar os (as) estudantes com faltas seguidas e injustificadas.
O Combate ao Abandono Escolar
Em relação ao abandono escolar salientamos o importante papel da escola,
poiso(a) estudante está diretamente vinculado a ela em seu dia-a-dia. É necessário,
antes de mais nada, que a escola tome todas as iniciativas que lhe cabem, visando
a permanência do(a) estudante no sistema educacional, conscientizando o(a) da
importância da educação em sua vida e para seu futuro, mantendo contato frequente
e direto com os pais ou responsáveis, enfatizando a responsabilidade destes na
educação e na formação dos(as) filhos(as).
De acordo com o art. 205, da Constituição Federal de 1988, o “dever de
educar” é uma tarefa que deve ser compartilhada entre escola, Poder Público em
geral, família e sociedade: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e
da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando
ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho.
Esgotadas as possibilidades internas de reinserção do(a) estudante
infrequente, a escola deve acionar diretamente a Rede de Proteção dos Direitos da
Criança e do Adolescente, da qual também é integrante, para que outras ações
destinadas a promover o retorno do(a) estudante à escola sejam desencadeadas, a
partir da análise das peculiaridades de cada caso.
O que é a Rede de Proteção Social da Criança e do Adolescente
A Rede de Proteção Social da Criança e do Adolescente, preconizada através
das disposições legais (Art. 227, da CF de 1988, Art. 86 da Lei nº. 8069/90,
Resolução nº. 113 do CONANDA), pressupõe a ação integrada, intersetorial e
articulada de várias instituições da área social para prevenir e intervir diante das
80
várias situações de violação dos direitos de crianças e adolescentes, dentre os quais
se inclui, por exemplo, o abandono escolar.
Integrantes da Rede de Proteção
O abandono escolar constitui-se como uma grave forma de violência contra a
criança e o adolescente, sendo fundamental que a comunidade escolar e a Rede de
Proteção Social da Criança e do Adolescente articulem-se para evitar sua ocorrência
e/ou para promover a reintegração escolar dos(as) estudantes infrequentes,
conforme Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
Estatuto da Criança e do Adolescente e outras leis vigentes.
Para tanto, cada escola conta com aliados da Rede de Proteção Social da
Criança e do Adolescente para buscar o(a) estudante que está em situação de
abandono escolar. Os principais integrantes da Rede de Proteção são:
Centro de Referência de Assistência Social (CRAS);
Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS);
Centro de Atendimento Psicossocial (CAPs);
Conselho Tutelar;
Conselho Estadual de Educação;
Conselho Municipal de Educação;
Conselho Estadual dos Direitos da Criança e Adolescente;
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente;
Conselho Estadual da Assistência Social;
Conselho Municipal da Assistência Social;
Escolas Estaduais;
Escolas Municipais;
Fórum de Direitos de Crianças e Adolescentes (Fórum/DCA);
Hospitais e postos/unidades de saúde;
Agentes comunitários de saúde;
Ministério Público;
Secretarias de Estado e Municipais ligadas direta ou indiretamente às
áreas da criança, adolescente e família;
Vara da Infância e da Juventude;
Conselhos Comunitários;
81
Programa/serviço municipal especificamente dedicado à prevenção e ao
combate ao abandono escolar.
Salientamos que os Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e
Adolescente são órgãos deliberativos e de controle da execução de políticas
públicas para a infância e a adolescência, podendo ser demandados (juntamente
com os Conselhos Municipais de Educação) no sentido da implementação de uma
política pública intersetorial voltada à prevenção e ao combate ao abandono escolar,
assim como para própria implementação e organização da Rede de Proteção à
Criança e ao Adolescente (caso o município ainda não a possua e/ou caso não
esteja funcionando de forma adequada - e “resolutiva”).
Os Conselhos de Direitos (e os Conselhos Populares de um modo geral) são
espaços democráticos, plurais e participativos, devendo estar sempre de portas
abertas às reivindicações da sociedade (assim como da comunidade escolar) no
sentido da melhoria das condições de atendimento às crianças e adolescentes do
município, o que importa na criação ou adequação de programas e serviços,
inclusive aqueles destinados ao atendimento dos (as) estudantes de um modo geral,
sejam eles oriundos da Rede Estadual, da Rede Municipal ou Rede Particular de
ensino.
É fundamental, portanto, que as escolas se organizem e, através de
representantes eleitos (integrantes do Conselho Escolar, APMF e/ou Comunidade
Escolar) participem ativamente das reuniões dos Conselhos de Direitos da Criança e
do Adolescente de Educação (dentre outros), e a eles levem suas reivindicações e
propostas de ações voltadas à efetivação do direito à educação nas suas diversas
dimensões, a começar pela garantia de acesso e permanência no Sistema de
Ensino, para que o presente programa constitua-se num dos instrumentos colocados
à disposição da sociedade.
Cada membro da Rede tem responsabilidades para com a implementação da
política e para com o sucesso do programa, sendo certo que uma atuação rápida
será decisiva para o retorno do estudante.
82
PROGRAMA DE AMPLIAÇÃO DE JORNADA ESCOLAR
É um programa da Secretaria de Estado da Educação que tem como objetivo
o empoderamento educacional dos sujeitos envolvidos através do contato com os
conhecimentos, equipamentos sociais e culturais existentes na escola ou no
território em que está situada, através da ampliação de tempos, espaços e
oportunidades educativas.
O programa constitui-se de atividades integradas ao Currículo Escolar, que
oportunizam a aprendizagem e visam ampliar a formação do aluno. O atendimento
do programa é para alunos que se encontram em situação de vulnerabilidade social,
bem como para as necessidades socioeducacionais, considerando o contexto social
descrito no Projeto Político-Pedagógico da Escola e o baixo IDEB.
As Atividades de Ampliação de Jornada Periódicas estão organizadas nas
áreas do conhecimento, articuladas aos componentes curriculares, nos seguintes
Macrocampos: Aprofundamento da Aprendizagem, Experimentação e Iniciação
Científica, Cultura e Arte, Esporte e Lazer, Tecnologias da Informação, da
Comunicação e uso de Mídias, Meio Ambiente, Direitos Humanos, Promoção da
Saúde, Mundo do Trabalho e Geração de Rendas.
Sua finalidade é:
Promover a melhoria da qualidade do ensino por meio da ampliação de
tempos, espaços e oportunidades educativas em contraturno, na escola ou no
território em que ela está situada, a fim de atender às necessidades
socioeducacionais dos alunos;
Ofertar atividades complementares ao currículo escolar vinculadas ao
Projeto Político-Pedagógico da Escola, respondendo às demandas educacionais e
aos anseios da comunidade;
Possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,
democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.
As Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo possibilitam aos alunos o
acesso a prática esportiva visando pleno desenvolvimento de suas habilidades
específicas promovendo a descoberta e o desenvolvimento de talentos esportivos no
âmbito da escola, possibilitando equipes competitivas para a participação nos Jogos
Escolares do Paraná e em outros eventos similares seja local, regional, estadual e
nacional.
83
A oferta do Programa de Atividades de Ampliação de Jornada Periódica
vincula-se ao fortalecimento da Política de Educação Integral em Jornada Ampliada
nas instituições de ensino da Educação Básica da rede estadual de ensino.
Segundo Resolução Nº3823/2015_GS/SEED o Programa de Atividades de
Ampliação de Jornada Periódica visa possibilitar, por meio da ampliação dos
tempos, espaços e oportunidades educativas, novas vivências e experiências de
aprendizagem, a serem realizadas na instituição de ensino ou no território em que
está situada, em turno complementar, na perspectiva de promover uma Educação
Básica de qualidade para todos. As Atividades de Ampliação de Jornada Periódica
deverão estar integradas ao Projeto Político Pedagógico/Proposta Pedagógica
Curricular de cada instituição de ensino, respondendo às demandas educacionais
e às necessidades da comunidade escolar.
A ampliação de tempos e espaços de aprendizagem para os estudantes por
meio de práticas pedagógicas interdisciplinares desenvolvem a criatividade e a
potencialidade artística. Articuladas aos conhecimentos necessários para a formação
humana integral dos alunos proporcionando a implantação de atividades vinculadas
as questões culturais, sociais e artístico-expressivas, faz desta prática pedagógica
possibilidades na aproximação da realidade e do interesse dos estudantes para o
desenvolvimento artístico, tendo em vista benefícios que a prática artística oferece
para a vida social do aluno. A oferta da Atividade Periódica de Artes Visuais promove
a melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de tempo, espaço e
oportunidades educativas realizadas em contraturno na escola ou no território em
que está situada, a fim de atender as necessidades sócio educacionais dos alunos e
os anseios culturais da comunidade.
Objetivos Gerais
Promover a melhoria da qualidade de ensino por meio da ampliação de tempos
espaços e oportunidades educativas realizadas na escola ou no território em que
está situada atendendo as necessidades sócio educacionais dos alunos;
Articular as atividades de ampliação de jornada aprimorando o Projeto Político
Pedagógico da instituição de ensino e inserido no Regimento Escolar em forma de
adendo, respondendo as demandas educacionais e aos anseios da comunidade.
Possibilitar maior integração entre alunos, escolas e comunidade, democratizando
o acesso ao conhecimento e aos bens culturais.
84
Oportunizar a expansão do tempo escolar para os alunos de educação Básica da
rede pública estadual de ensino.
Possibilitar atividades organizadas por meio de macro campos que promovam o
desenvolvimento dos estudantes.
Ampliar as oportunidades de experiências significativas dos estudantes para
acesso aos bens culturais que contribuam para a formação humana integral.
Macrocampo: Cultura e Arte
Atividade: Artes Visuais
Objetivos Específicos
Compreender a Arte (mural, pintura mural, parietal) sua origem, gênero, técnica e
principais artistas;
Compreender efeito de textura, volume, cor, luz, etc., existentes nas diversas obras
de arte;
Adquirir conhecimento a partir da mistura de diversas cores, para se obter vários
tons;
Expandir a capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.
Compreender a Arte (muralista, pintura mural,parietal) sua origem, gênero, técnica
e principais artistas;
Compreender efeito de textura, volume, cor, luz, etc., existentes nas diversas obras
de arte;
Adquirir conhecimento a partir da mistura de diversas cores, para se obter vários
tons;
Expandir a capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.
Macrocampo: Cultura e Arte
Atividade: Teatro
Objetivos Específicos
Conhecer a linguagem do teatro e suas especificidades.
Construir um processo de criação em teatro, desde a preparação corporal até a
encenação.
Desenvolver autonomia, criticidade e criatividade por meio da linguagem teatral.
Atuar de forma disciplinadora tendo o teatro como mecanismo de condução para
expressar a liberdade criativa e social.
85
Identificar e reconhecer os elementos essenciais para a construção cênica:
atuantes/papéis, atores/personagens, estruturas dramáticas/peça, roteiro/enredo,
cenário/espaço.
Experimentar a pesquisa e criação com os elementos e recursos da linguagem
teatral como maquiagem, figurino, máscaras, adereços, música, iluminação, entre
outros.
Compreender e analisar diferentes formas teatrais regionais, nacionais e
internacionais, esclarecendo suas tradições, características e modos de
construção.
PROGRAMA DE AULAS ESPECIALIZADAS EM TREINAMENTO ESPORTIVO
A ampliação de tempos e espaços de aprendizagem para os estudantes por
meio de práticas pedagógicas interdisciplinares desenvolvem potencialidades
esportivas e disciplinares. Articuladas aos conhecimentos necessários para a
formação humana integral dos alunos, proporcionando esta prática na implantação
de atividades vinculadas as questões sociais, culturais e esportivas, faz desta prática
pedagógica possibilidades na aproximação da realidade e do interesse dos alunos
para o desenvolvimento da cultura corporal e esportiva, tendo em vista
conhecimentos necessários para a formação humana integral dos estudantes.
A oferta das Aulas Especializadas em Treinamento Esportivo na modalidade
possibilitará aos nossos alunos o acesso pratica esportiva visando pleno
desenvolvimento de suas habilidades específicas, bem como promoverá a
descoberta e desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da escola que
possibilitarão equipes competitivas para a participação nos Jogos Escolares do
Paraná e em outros eventos similares seja ele local, regional, estadual e nacional.
Objetivos Gerais
Possibilitar aos alunos da rede pública de ensino o acesso a prática esportiva nas
diversas modalidades ofertadas, visando o pleno desenvolvimento de suas
habilidades específicas, de acordo com sua idade.
Possibilitar a formação de equipes competitivas para a participação nos Jogo
Escolares do Paraná e outros eventos similares.
86
Propiciar aos estudantes da rede estadual de ensino o acesso à prática esportiva
em diversas modalidades com vistas ao pleno desenvolvimento das habilidades
específicas, levando em consideração a idade cronológica dos estudantes;
Promover a descoberta e o desenvolvimento de talentos esportivos no âmbito da
instituição de ensino da rede pública estadual;
Macrocampo: Esporte e Lazer
Atividade: Futsal
Objetivos Específicos
Garantir aos alunos o direito de acesso à prática esportiva, adaptando-as a
realidade escolar;
Incentivar o aluno a participar de jogos e competições esportivas;
Contemplar o aprendizado dos fundamentos, técnicas, táticas e regras esportivas
durante o treinamento;
Proporcionar aos alunos interação social com outros alunos através de
competições e jogos Estudantis.
Incentivar os alunos a adotar atitudes de espírito esportivo, de não à violência, de
ética, de respeito às regras, integração social, aprender a interagir com o próximo
compreendendo a cidadania como exercício de direitos e deveres, conhecer o
próprio corpo e o dele cuidar valorizando e adotando aspectos saudáveis,
despertar o raciocínio, sendo um agente mediador dessas transformações dentro e
fora das quadras ou salas de aula.
Desenvolver os fundamentos técnicos do futsal para rendimento esportivo.
Macrocampo: Esporte e Lazer
Atividade: Tênis de mesa
Objetivos Específicos
Desenvolver a aptidão física, sociabilidade e saúde dos alunos.
Conhecer os esportes de raquete;
Participar de eventos esportivos em Paranavaí e região;
Melhorar os indicadores de saúde dos alunos;
Trabalhar a interdisciplinaridade através dos esportes de raquete;
Desenvolver a motivação e esforço pessoal dos alunos através dos jogos e
brincadeiras;
87
Participar dos Jogos Escolares do Paraná;
Melhorar a condição de disciplina com a distribuição de funções durante as aulas;
Melhorar a autoestima dos alunos;
Incentivar a adoção de um estilo de vida ativo dos alunos.
PROGRAMA ENSINO MÉDIO INOVADOR - ProEMI
O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), instituído pela Portaria nº. 971,
de 09/10/2009, foi criado para provocar o debate sobre o Ensino Médio junto aos
Sistemas de Ensino Estaduais e Distrital fomentando propostas curriculares
inovadoras nas escolas do ensino médio, disponibilizando apoio técnico e financeiro,
consoante à disseminação da cultura de um currículo dinâmico, flexível e que atenda
às demandas da sociedade contemporânea.
Neste contexto, integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação
(PDE), como estratégia do Governo Federal para induzir o redesenho dos currículos
do Ensino Médio, compreendendo que as ações propostas inicialmente vão sendo
incorporadas ao currículo, ampliando o tempo na escola e a diversidade de práticas
pedagógicas, atendendo às necessidades e expectativas dos estudantes do ensino
médio.
Os Projeto de Redesenho Curricular (PRC) deverão atender às reais
necessidades das unidades escolares, com foco na promoção de melhorias
significativas que busquem garantir o direito à aprendizagem e ao desenvolvimento
dos estudantes, reconhecendo as especificidades regionais e as concepções
curriculares implementadas pelas redes de ensino,
REDESENHO CURRICULAR
O Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI) estabelece em seu Documento
Base um referencial de tratamento curricular, indicando as condições básicas para
implantação do Projeto de Redesenho Curricular (PRC).
a) Carga horária mínima de 3.000 (três mil horas), entendendo-se 2.400 horas
obrigatórias, acrescidas de 600 horas a serem implantadas de forma gradativa;
88
b) Foco em ações elaboradas a partir das áreas de conhecimento, conforme
proposto nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio e que são
orientadoras das avaliações do ENEM;
c) Ações que articulem os conhecimentos à vida dos estudantes, seus
contextos e realidades, a fim de atender suas necessidades e expectativas,
considerando as especificidades daqueles que são trabalhadores, tanto urbanos
como do campo, de comunidades quilombolas , indígenas, dentre outras;
d) Foco na leitura e letramento como elementos de interpretação e de
ampliação da visão de mundo, basilar para todas as áreas do conhecimento;
e) Atividades teórico-práticas que fundamentem os processos de iniciação
científica e de pesquisa, utilizando laboratórios das ciências da natureza, das
ciências humanas, das linguagens, de matemática e outros espaços que
potencializem aprendizagens nas diferentes áreas do conhecimento;
f) Atividades em Línguas Estrangeiras/Adicionais, desenvolvidas em
ambientes que utilizem recursos e tecnologias que contribuam para a aprendizagem
dos estudantes;
g) Fomento às atividades de produção artística que promovam a ampliação
do universo cultural dos estudantes;
h) Fomento as atividades esportivas e corporais que promovam o
desenvolvimento integral dos estudantes;
i) Fomento às atividades que envolvam comunicação, cultura digital e uso de
mídias e tecnologias, em todas as áreas do conhecimento;
j) Oferta de ações que poderão estar estruturadas em práticas pedagógicas
multi ou interdisciplinares, articulando conteúdos de diferentes componentes
curriculares de uma ou mais áreas do conhecimento,
k) Estímulo à atividade docente em dedicação integral à escola, com tempo
efetivo para atividades de planejamento pedagógico, individuais e coletivas;
l) Consonância com as ações do Projeto Político-Pedagógico implementado
com participação efetiva da Comunidade Escolar;
m) Participação dos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio
(ENEM);
n) Todas as mudanças curriculares deverão atender às normas e aos prazos
definidos pelos Conselhos Estaduais para que as alterações sejam realizadas.
89
O Projeto de Redesenho Curricular (PRC) deverá apresentar ações que
comporão o currículo e estas poderão ser estruturadas em diferentes formatos tais
como disciplinas optativas, oficinas, clubes de interesse, seminários integrados,
grupos de pesquisas, trabalhos de campo e demais ações interdisciplinares e , para
sua concretização, poderão definir aquisição de materiais e tecnologias educativas e
incluir formação específica para os profissionais da educação envolvidos na
execução das atividades. A escola deverá organizar o conjunto de ações que
compõem o PRC a partir dos macrocampos e das áreas de conhecimento ,conforme
necessidades e interesses da equipe pedagógica, dos professores, da comunidade
escolar, mas, sobretudo, dos adolescentes, jovens e adultos, alunos dessa etapa da
educação básica. A escola deverá contemplar os três macrocampos obrigatórios* e
pelo menos mais dois macrocampos a sua escolha, totalizando ações em no mínimo
cinco macrocampos:
Acompanhamento Pedagógico (Linguagens, Matemática, Ciências Humanas
e Ciências da Natureza)*;
Iniciação Científica e Pesquisa*;
Leitura e Letramento*;
Línguas Estrangeiras;
Cultura Corporal;
Produção e Fruição das Artes;
Comunicação, Cultura Digital e uso de Mídias;
Participação Estudantil.
90
AÇÕES DE FLEXIBILIZAÇÃO CURRICULAR
Conscientizar a comunidade escolar sobre o objetivo da Sala de Recursos
Multifuncional, Sala de Apoio à Aprendizagem e ao Programa de Ampliação de
Jornada Escolar no início e durante o ano letivo, assim como a importância dos
responsáveis para o encaminhamento e acompanhamento das frequências dos
filhos encaminhados aos programas.
Orientar pedagogicamente os professores em relação aos alunos inseridos na Sala
de Recursos, na Sala de Apoio à Aprendizagem e nos demais programas.
Convocar os professores da Sala de Recursos para participar do conselho de
classe de forma a apresentar as questões relativas à aprendizagem dos alunos;
Orientar os professores da Sala de Recursos quanto ao preenchimento dos
relatórios e Livro de Registro de Classe tanto do ensino regular como na Educação
de Jovens e Adultos.
Conscientizar os professores durante a formação continuada, reuniões
pedagógicas e no cumprimento da hora atividade, o encaminhamento e
direcionamento da flexibilização curricular aos alunos inseridos na Sala de
Recursos Multifuncional;
Orientar os professores quanto à elaboração do Plano de Trabalho Docente, de
forma a atender a flexibilização do currículo em todas as modalidades de ensino
que a escola oferece;
Dialogar com os professores no início e durante o ano letivo, sobre as possíveis
características e encaminhamentos dos alunos a serem inseridos tanto na Sala de
Recursos Multifuncional como na Sala de Apoio à Aprendizagem;
Utilizar diferentes procedimentos de avaliação adaptando-os aos diferentes estilos
e possibilidades de aprendizagem;
Flexibilizar a organização do tempo para que o aluno realize atividades e
avaliações em sua integralidade;
Orientar professores, pais e/ou responsáveis dos alunos quanto aos procedimentos
cabíveis em relação aos estudantes afastados pelo Decreto-Lei nº 1044/69 e pela
Lei nº 6202/75 em todas as modalidades de ensino.
91
Plano de Avaliação do Projeto Político Pedagógico
A autonomia da escola na construção coletiva do Projeto Político-Pedagógico
concede-lhe o direito e o dever de avaliá-lo em todas as suas dimensões e de
divulgar os resultados a todos os interessados.
A avaliação de todo o processo e de todos os envolvidos pelos que dele
participaram é uma ação fundamental para a garantia de êxito do projeto e para as
decisões significativas a serem tomadas, daí a importância da própria escola avaliar
seu trabalho e apresentar à comundade os resultados obtidos, assim como suas
necessidades, dificuldades e metas futuras.
A avaliação interna e sistemática é essencial para a definição, correção e
aprimoramento de rumos e neste contextodireção, equipe pedagógica, professores,
agentes educacionais I e II,alunos, representantes das instâncias colegiadas farão a
avaliação do Projeto Político-Pedagógico anualmente, tendo como ponto de partida
uma análise crítica da realidade – diagnóstico,buscando explicar e compreender
criticamente as causas da existência de problemas, bem como suas relações, suas
mudanças e proposição de metas, ações e soluções alternativas.
O diagnóstico será por meio de questionários, reuniões gerais, análise dos
resultados da escola, reuniões por segmentos e nas capacitações de acordo com o
calendário escolar. O Projeto é dinâmico e passível de reformulações constantes,
por isso,a avaliação e implementação dar-se-á diante da necessidade de mudanças
e (re) encaminhamentos, contando sempre com a participação do coletivo escolar.
92
RELAÇÃO DE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELA ESCOLA
- Leitura, análise e discussão do Projeto Político Pedagógico e Regimento
Escolar com todos os segmentos da escola.
- Envolver as instâncias colegiadas: Grêmio Estudantil, APMF e Conselho
Escolar nos eventos previstos em calendário escolar e outros encontros que se fizer
necessário.
- Eleição dos alunos representantes de turma – monitores.
- Orientação e acompanhamento da atuação dos alunos representantes de
turma.
- Execução do Programa de combate ao Abandono Escolar.
- Execução do Plano de Abandono.
- Escolha pela equipe pedagógica e professores do Professor Orientador de
turma.
- Elaboração de plano de reposição de aulas nos trimestres obedecendo aos
critérios de contraturno, sábados e troca de horário com outro professor.
- Acompanhamento do Plano de Trabalho Docente, com atendimento aos
professores durante a hora-atividade.
- Viabilizar encontros de Grupo de Estudos com a participação da Direção,
Equipe Pedagógica e Professores.
- Realizar o Pré- Conselho com professores, durante a hora atividade.
- Realizar os Conselhos de Classe, trimestralmente priorizando a discussão
coletiva sobre o processo de ensino e de aprendizagem.
- Elaboração de Relatório, individual do aluno, para preenchimento por parte
de todos os professores, em suas respectivas disciplinas, com a finalidade de
informar aos responsáveis sobre o desempenho do aluno.
- Proporcionar reuniões de pais e ou responsáveis para conscientização do
seu compromisso e responsabilidade quanto ao acesso, permanência e o
aproveitamento de seus filhos na escola.
- Encaminhamento e acompanhamento dos alunos nas salas de Recursos,
dos professores e Equipe pedagógica.
- Eleição a cada dois anos do Grêmio Estudantil.
- Colaborar, articulando ideias e recursos, na execução das Atividades
Curriculares Complementares, acompanhando a execução das mesmas.
- Atualização permanente do acervo da Biblioteca, com aquisição de novos
93
exemplares.
- Aquisição de material didático pedagógico, com recursos do PDDE e Fundo
Rotativo.
- Continuidade ao Curso de Língua Espanhola (CELEM) no período vespertino.
- Oportunizar a todos os alunos atividades extraclasses.
- Oferecer aos funcionários da escola, material de expediente necessário para o
desempenho de suas atividades.
- Favorecer a todos os funcionários, momentos de participação nas reuniões e
decisões da escola.
- Promover e viabilizar os projetos encaminhados pela Secretaria de Estado e
Educação (SEED).
- Coordenar o uso correto da Tecnologia de Informação e Comunicação – TIC´s.
- Adequar a infraestrutura da escola no que se refere ao acesso e permanência
de alunos e servidores com necessidades especiais.
- Incentivar os professores da Instituição a planejarem suas atividades em
conjunto, buscando a interação das disciplinas.
- Reduzir índices de evasão e repetência.
- Melhorar a infraestrutura física, estudando e viabilizando a construções de
ambientes de aprendizagem (salas de aula, quadra de esportes, refeitório, ala
administrativa, auditórios, etc.).
- Alcançar a meta estipulada no IDEB.
- Implantação de ficha diária de acompanhamento dos alunos nas aulas,
preenchidas pelo professor e repassada à equipe pedagógica no final do dia letivo.
94
6 Referências
BOFF, Leonardo. Cidadania, com-cidadania, cidadania nacional e cidadania territorial. In: Depois de 500 anos: que Brasil queremos? Leonardo Boff. Petrópolis, RJ. Vozes. 2000. p. 51-84 CAMBI, Franco. História da pedagogia. São Paulo: Editora UNESP, 1999. DALBEN, Ângelo I. L. de Freitas. O que é Conselho de Classe? In: Conselho de Classe e Avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da escola. Campinas, SP. Papirus, 2004, p. 31-39. ___________.Gestão escolar democrática e o lugar dos conselhos de classe. In: Conselho de Classe e Avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da escola. Campinas, SP. Papirus, 2004, p. 55-68. EDLER CARVALHO, Rosita. Educação inclusiva: com os pingos nos is. Porto Alegre: Mediação, 2004. FREIRE. Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. Coleção Leituras. São Paulo: Paz e Terra, 1996. ___________. Pedagogia do Oprimido. 14ª edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1983. ___________. Política e educação. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1995. (coleção questões denossa época; v.23). ___________. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 32ª ed. SãoPaulo: Cortez, 1996. GADOTTI. Moacir. Escola Cidadã. 4ª edição. Coleção Questões de Nossa Época; v.24. São Paulo: Cortez, 1997. KRAMER. Sônia. Propostas Pedagógicas ou Curriculares: Subsídios para uma leitura crítica. In: Currículo: Políticas e práticas / Antonio Flávio Barbosa Moreira (org.) Campinas, SP: Papirus, 1999, p. 165-183. LIBÂNEO, J. C. Didática. 1. ed. São Paulo: Cortez, 1994. LUCKESI. Cipriano Carlos. Avaliação do aluno: a favor ou contra a democratização do ensino? In: Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições, 15ª edição. SP: Cortez, 2003, p. 60-84. _________. Verificação ou avaliação: O que pratica a escola? _________. In: Avaliação da Aprendizagem escolar: estudos e proposições. 15ª edição, SP: Cortez, 2003, p.85-101. _________. Avaliação da Aprendizagem escolar: estudos e proposições. 15ª edição, SP, Cortez, 2003, p. 168-180. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica.
95
Diretrizes Curriculares da Educação do Campo. Curitiba: SEED-PR, 2006. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusivos. Curitiba, SEED/SUED/DEE: 2006. MOREIRA. Antonio Flávio; SILVA, Tomaz Tadeu da. (Org.) Currículo, Cultura e Sociedade. 2ª edição. São Paulo: Cortez. 1997. _________. Currículos e Programas no Brasil. Campinas: Papirus, 1990. PINTO, Álvaro Vieira. Conceito de Educação. Forma e conteúdo da educação e as concepções ingênua e crítica da educação. In: Sete lições sobre educação de adultos / Álvaro Vieira Pinto. São Paulo: Cortez, 1994. RODRIGUES. Neidson. Lições do Príncipe e outras lições. 16ª edição, Coleção Questões de Nossa Época; v. 15 São Paulo: Cortez, 1995. SAUL. Ana Maria. Para mudar a prática de avaliação do processo de ensino-aprendizagem. In: BICUDO. Maria Aparecida V.; SILVA JÚNIOR, Celestino da. (Orgs.) Formação do educador e avaliação educacional: conferências e mesas-redondas. SP. Editora UNESP, 1999, p.101-110, (Seminarios e debates, v.1) SAVIANI. Demerval.Escola e democracia. Coleção Polêmicas do Nosso Tempo. 40. ed. Campinas: Autores Associados, 2008. ______. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas: Autores Associados, 2008. _______ Sobre a natureza e especificidade da Educação, Pedagogia Histórica - crítica: primeiras aproximações. 3ª ed. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1992. p. 19-30. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Algumas reflexões sobre o Acompanhamento da Avaliação da aprendizagem. Revendo a Deliberação 007/99. SEVERINO. Antonio Joaquim: O Projeto Político Pedagógico: a saída para a escola. Revista da AEC. Brasília, V. 27, nº 107, p. 81-91, abril/junho, 1998. SOARES, Magda. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2003. VEIGA. Ilma Passos A. e FONSECA. Marília (Orgs.). As Dimensões do Projeto Político Pedagógico. Campinas: Papirus. 2001. ______. Projeto Político Pedagógico da escola: Uma construção possível. Campinas: Papirus, 1995.
96
ANEXOS
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ANEXO 1 - BRIGADA ESCOLAR
COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI – EFM Rua Egídio Danelute, nº 100 – Distrito Sumaré – Paranavaí - Paraná
CEP- 87720-017– Fone: 44 3424 2099 E-mail – [email protected]
Implantação do Programa Brigada Escolar – Defesa Civil na Escola: Plano de
Ação – Formação da Brigada Escolar e Execução do Plano de Abandono
JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA
Considerando que a população adulta só adquire hábitos preventivos após terem
vivenciado uma situação de crise ou por força de uma legislação pertinente, o
Programa opta em trabalhar no ambiente escolar, onde se espera mitigar os
impactos, promovendo mudanças de comportamento, visto que crianças e
adolescentes são mais receptíveis, menos resistentes a uma transformação cultural
e potencialmente capazes de influenciar pessoas, atuando como multiplicadores das
medidas preventivas. Ainda mais, a opção de se trabalhar com as escolas da rede
estadual de educação tem a ver com a necessidade de adequá-las internamente
para atender as disposições legais de prevenção de toda a espécie de riscos, sejam
eles de cunho natural ou de outra espécie como acidentes pessoais e incêndios,
entre outros.
OBJETIVO GERAL
Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do Estado do
Paraná para ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou
humanos, bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior das
escolas para garantir a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo
momento, que tais temas cheguem a um grande contingente da população civil do
Estado do Paraná.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• levar os Estabelecimentos de Ensino Estadual do Paraná a construírem uma
cultura de prevenção a partir do ambiente escolar;
• proporcionar aos alunos da Rede Estadual de Ensino condições mínimas para
enfrentamento de situações emergenciais no interior das escolas, assim como
conhecimentos para se conduzirem frente a desastres;
98
• promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar,
com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas vistorias do
Corpo de Bombeiros;
• preparar os profissionais da rede estadual de ensino para a execução de ações de
Defesa Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a
prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro, destacando-se
ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a princípios de incêndio;
• articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do Corpo de
Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos de
Educação;
• adequar as edificações escolares estaduais às normas mais recentes de
prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do
Paraná, acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida
dos ocupantes desses locais.
ESTRATÉGIAS
Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos
específicos, englobando uma capacitação para os gestores regionais e locais, outra
para a Brigada Escolar.
O Coordenador Local do Programa será o Diretor do estabelecimento de ensino.
Ao diretor do estabelecimento escolar caberá a responsabilidade de criar
formalmente a Brigada Escolar. Trata-se de um grupo de cinco servidores do
estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além de desenvolverem
ações no sentido de:
• identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da comunidade escolar;
• garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na retirada, de
forma segura, de alunos, professores e funcionários das edificações escolares, por
meio da execução de exercícios simulados, no mínimo um por semestre, a ser
registrado em calendário escolar;
• promover revisões periódicas do Plano de Abandono;
• apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, bem como na conduta
da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de Abandono;
• promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar para
discussão de assuntos referentes a segurança do estabelecimento de ensino, com
registro em livro ata específico ao Programa;
99
• verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em busca de
situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor para as providências
necessárias.
Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de
Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância – EaD e PRESENCIAL.
ATIVIDADES PERMANENTES
O Diretor de cada unidade escolar terá como responsabilidade, desenvolver o
trabalho de implantação e implementação do Plano de Abandono.
Esse Plano de Abandono consiste na retirada de forma segura de alunos,
professores e funcionários das edificações escolares, por meio da execução de
exercícios simulados e em tempo razoável.
Exercícios simulados deverão ser realizados no mínimo 01 (um) por semestre, e as
datas deverão estar registradas em Calendário Escolar.
PLANO DE AÇÃO DO COLÉGIO
Formação da Brigada Escolar
A Brigada Escolar é composta pelos seguintes servidores:
- Célia Maria Barbosa – Diretora
- Maria Semprebom – Secretária
- Rosangela Antonio Lima – Representante da Equipe Pedagógica
- Reginaldo Turini – Agente Educacional II
- Fátima da Silva – Agente Educacional I
Plano de Abandono
Plano de Abandono é um procedimento realizado pelas pessoas que ocupam uma
edificação que apresente algum risco a vida ou que esteja em eminência de sofrer
um acidente. De uma forma geral é uma ação de desocupação do prédio, que tem
por objetivo minimizar e prevenir o máximo possível a ocorrência de acidentes que
possam provocar danos pessoais.
Procedimentos do Plano de Abandono
- Aciona-se a sirene de alerta, definido pela escola, por ordem do responsável,
iniciando o processo de deslocamento da comunidade escolar, que deve seguir as
100
orientações estabelecidas pelos responsáveis pelos blocos/andares, evitando pânico
e descontrole.
- Na saída das salas de aula, o professor organiza a turma em fila indiana ainda
dentro da sala começando pelos mais próximos da porta, abre a porta e faz contato
visual com o responsável pelo bloco.
- Ao receber o aviso de saída, libera os alunos para iniciarem o deslocamento em fila
indiana.
- O professor se certifica da saída de todos os alunos, fecha a porta e a sinaliza com
um X, mantendo-se como último da fila e evitando o pânico.
- o responsável pelo bloco certifica se todas as salas de aula foram evacuadas.
- Os alunos seguem em passos rápidos, sem correr, com as mãos cruzadas no peito
pelo lado direito do corredor ou conforme indicado nas plantas afixadas nos
corredores até o Ponto de Encontro.
- Lá chegando, o professor confere todos os alunos que estão sob a sua
responsabilidade e informa a Direção, que é responsável pelo Ponto de Encontro, se
há ou não faltas de alunos.
- A Direção confere o número de turmas e alunos no Ponto de Encontro.
- Aos alunos a orientação é de que deixem todo o material na sala de aula e não
retornem até que seja autorizado pelo responsável.
Exercícios de Simulação do Plano de Abandono:
As simulações serão feitas duas vezes ao ano uma no primeiro semestre e uma no
segundo semestre. As datas previstas para a execução do Plano de Abandono no
ano de 2013 são: 02 de abril e 01 de agosto.
Para os exercícios simulados, objetos de valor como celulares deverão ser
guardados no bolso, para evitar posteriores problemas de extravio, mesmo porque
não são objetos pedagógicos.
Os alunos encarregados de auxiliar o professor na retirada do colega portador de
necessidades especiais deverão acompanhá-lo durante todo o trajeto.
ATENÇÃO: Se por algum motivo alguém se encontrar isolado, deverá seguir as
setas de saída indicadas na planta de emergência onde se encontra e sair pela porta
mais próxima. Caso não o consiga, deverá fazer-se notar para que o socorro possa
lhe encontrar.
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ANEXO 2 – PLANO DE AÇÃO