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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ENGENHARIA FLORESTAL
Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais
PROPAGAÇÃO DE Guazuma ulmifolia LAM. POR MINIESTAQUIA
RUTHY MEYRE COSTA FONSECA
CUIABÁ-MT 2016
RUTHY MEYRE COSTA FONSECA
PROPAGAÇÃO DE Guazuma ulmifolia LAM. POR MINIESTAQUIA
Orientador: Dr. Diego Tyszka Martinez
Coorientador: Dr. Gilvano Ebling Brondani
Dissertação apresentada à Faculdade de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Mato Grosso, como parte das exigências do curso de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais para a obtenção do título de mestre.
CUIABÁ-MT 2016
AGRADECIMENTOS
A meu Deus pela vida e por ter me concedido saúde,
determinação e sabedoria para ultrapassar todos os obstáculos
encontrados.
Novamente a Deus por ter me dado uma família linda e
abençoada. Louvo a Deus pela vida de cada um, tenho um coração grato
pelo apoio, amor, compreensão e incentivo.
Ao Orientador e ao Coorientador pela orientação, apoio,
colaborações e paciência durante este tempo.
Aos meus colegas de turma e a todas as pessoas que de
alguma forma contribuíram para a realização deste trabalho.
A todos o meu ``MUITO OBRIGADA!´´
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 4
2.1 CARACTERIZAÇÃO E IMPORTÂNCIA DA ESPÉCIE ....................................... 4
2.2 PROPAGAÇÃO ASSEXUADA ............................................................................... 6
2.3 ESTAQUIA ................................................................................................................. 7
2.4 MINIESTAQUIA ........................................................................................................ 7
2.5 FORMAÇÃO DO MINIJARDIM E NUTRIÇÃO DAS MINICEPAS ...................... 8
2.5.1 Confecção das Miniestacas ............................................................................... 11
2.5.2 Avaliações das Minicepas e Produtividade ...................................................... 12
2.5.3 Vantagens da Miniestaquia ................................................................................ 14
2.5.4 Desvantagens da Miniestaquia ......................................................................... 15
2.6 ENRAIZAMENTO E O USO DO REGULADOR VEGETAL .............................. 16
3 MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................... 18
3.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO EXPERIMENTO ........................................... 18
3.2 ORIGEM E OBTENÇÃO DAS MUDAS ............................................................... 18
3.3 CONSTITUIÇÃO DO MINIJARDIM ...................................................................... 19
3.4 MANEJO E NUTRIÇÃO DAS MINICEPAS ......................................................... 19
3.5 SOBREVIVÊNCIA DE MINICEPAS E PRODUÇÃO DE MINIESTACAS ....... 23
3.6 COLETA DE BROTAÇÕES E PREPARO DA MINIESTACAS ........................ 24
3.7 SOBREVIVÊNCIA E ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS ............................ 27
3.8 PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS .................................................................. 27
3.9 ANÁLISE HISTOLÓGICA ............................................................................... 28
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 30
4.1 SOBREVIVÊNCIA DE MINICEPAS ..................................................................... 30
4.2 ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE DE MINIESTACAS E INTERVALO DE
COLETA ......................................................................................................................... 31
4.2.1 Intervalo de Coleta .............................................................................................. 31
4.2.2 Produtividade ....................................................................................................... 33
4.3.3 Influência da Nutrição no Percentual de Enraizamento ................................. 40
4.3.4 Influência do AIB no Enraizamento ................................................................... 44
4.3.5 Vigor Radicial ....................................................................................................... 46
4.3.6 Análises Anatômicas ........................................................................................... 53
5 CONCLUSÕES .................................................................................................. 55
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 56
vi
RESUMO
FONSECA, Ruthy Meyre Costa. Propagação de Guazuma ulmifolia Lam. por miniestaquia. 2016. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais e Ambientais) – Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá-MT. Orientador Dr. Diego Tyszka Martinez. Coorientador: Dr. Gilvano Ebling Brondani. Apesar da diversidade de espécies lenhosas da flora brasileira, há poucos trabalhos com propagação vegetativa. O aprimoramento da propagação vegetativa para espécies nativas contribuirá para o avanço da silvicultura de diferentes setores, incluindo a recuperação de áreas degradadas e de preservação ambiental. Este trabalho teve como objetivo principal propagar vegetativamente a espécie Guazuma ulmifolia Lam. pela técnica de miniestaquia e como objetivos específicos avaliar a sobrevivência de minicepas; quantificar a produção de miniestacas em função das diferentes concentrações de solução nutritiva; mensurar a sobrevivência das miniestacas, analisar o enraizamento adventício de miniestacas em função da presença e ausência do ácido indolbutírico (AIB). Foram utilizadas como minicepas mudas originadas por propagação seminífera, obtidas de viveiro comercial. O minijardim seminal foi constituído por minicepas em sistema de vasos, a nutrição mineral das minicepas foi aplicada, utilizando um copo graduado. Os tratamentos foram baseados em variações das concentrações da solução nutritiva (25%, 50% e 100%). Foram realizadas três coletas de propágulos (miniestacas) no intuito de avaliar o efeito das nutrições quanto a produtividade de miniestacas e da aplicação de AIB para o enraizamento. À sobrevivência das minicepas foi de 100% em minijardim seminal, após três coletas sucessivas de miniestacas. As minicepas que receberam a solução na concentração de 100% apresentaram maior produtividade de miniestaca por metro quadrado ao ano. Após o estaqueamento as miniestacas permaneceram em casa de vegetação climatizada e automatizada. O enraizamento das miniestacas foi avaliado aos 36, 34 e 35 dias, respectivamente, primeira, segunda e terceira coleta. Durante a execução do experimento houve mais de 93% de sobrevivência das miniestacas, considerando todos os tratamentos. Toras as miniestacas vivas enraizaram, sendo assim a porcentagem de sobrevivência das mesmas foi igual a do enraizamento. Para o enraizamento, o AIB e as diferentes concentrações de solução nutritiva não apresentaram efeito significativo ao nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste F. Entretanto, ao avaliar coletas, estas diferiram significativamente. Quanto ao vigor radicial verificou efeito significativo entre a coleta de broto, solução nutritiva e AIB, solução nutritiva e coleta de broto, AIB e coleta de broto e solução, AIB e coleta de broto. A técnica de miniestaquia pode ser considerada viável para o enraizamento de miniestacas de Guazuma ulmifolia a partir de minicepas produzidas via seminal.
Palavras-chave. Propagação assexuada, Nutrição mineral, Enraizamento,
Minijardim seminal, Brotações, Minicepas.
vii
ABSTRACT
FONSECA, Ruthy Meyre Coast. Propagation Guazuma ulmifolia Lam . By minicutting . 2016. Dissertation (Master of Forestry and Environmental Sciences ) - Federal University of Mato Grosso , Cuiabá . Advisor Dr. Tyszka Diego Martinez. Coorientador: Dr. Gilvano Ebling Brondani .
Despite the diversity of woody species of flora, there are few studies with vegetative propagation. The improvement of vegetative propagation for native species will contribute to the advancement of forestry in different sectors, including the recovery of degraded areas and environmental preservation. This work aimed to vegetatively propagate Guazuma ulmifolia Lam kind by minicutting technique and specific objectives to evaluate the survival of ministumps.; quantify the production of cuttings due to different concentrations of nutrient solution; measure the survival of cuttings, analyze the adventitious rooting of cuttings due to the presence and absence of IBA (IBA). They were used as ministumps seedlings originated by seminiferous spread obtained from commercial nursery. Seminal minigarden comprised ministumps vasculature in the mineral nutrition of ministumps was applied using a beaker. The treatments were based on variations in the concentrations of the nutrient solution (25%, 50% and 100%). Were three collections of propagules (cuttings) in order to assess the effect of nutritions as productivity minicutting and application of IBA for rooting. To the survival of ministumps was 100% in seminal minigarden after three successive collections of cuttings. The ministumps receiving the solution at a concentration of 100% showed higher productivity minicuttings per square meter per year. After staking the cuttings remained in house heated and automated vegetation. The rooting of cuttings was evaluated at 36, 34 and 35 days, respectively, first, second and third collection. During the execution of the experiment was over 93% survival of minicuttings considering all treatments. Toras living minicuttings rooted, so the survival percentage of them was equal to the roots. For rooting, IBA and different nutrient solution concentrations showed no significant effect at 5% error probability by F test, however, when evaluating collections, they differ significantly. As for radicial force found significant effect between the bud collection, nutrient solution and AIB, nutrient solution and bud collection, AIB and shoot collection and solution, AIB and shoot collection. The minicutting technique can be considered viable for minicutting rooting Guazuma ulmifolia from ministumps produced via seminal. Keywords: asexual propagation, mineral nutrition, Rooting, seminal minigarden, Plantlets, ministumps.
1
1 INTRODUÇÃO
O Cerrado já perdeu parte da sua cobertura vegetal original e
durante esse processo exploratório muitas nascentes e rios tiveram suas
áreas de preservação permanente degradadas (ASSIS, 2015). A
exploração predatória não tem considerado a importância do real
conhecimento da diversidade e dos diversos potenciais existentes neste
bioma. A Guazuma ulmifolia (Lam.) que também ocorre neste bioma é um
exemplo, apesar de possuir diferentes potenciais a espécie vem sendo
destruída sem mesmo ser utilizada.
Em Mato Grosso os proprietários rurais que possuíam áreas de
preservação permanente degradadas (APPDs), ao aderirem ao cadastro
ambiental rural (CAR) assinaram o termo de ajustamento de conduta
(TAC), se comprometendo em sanar o passivo. Esta obrigatoriedade legal
tem fomentado o aumento na demanda por mudas, assim como para a
arborização e paisagismo, reflorestamento e compensação ambiental.
Diante desse cenário os viveiros têm aumentado a produção de mudas,
porém, há uma baixa diversidade de espécies disponível para atender a
demanda. O número reduzido de espécies ofertadas está diretamente
ligado à disponibilidade de sementes, quantidade de sementes e
conhecimento técnico dos atuais produtores.
A produção de mudas nativas exercida nos viveiros do Estado
de Mato Grosso é predominantemente via sexuada. À frente desse
modelo produtivo a indisponibilidade de mão de obra qualificada tem
contribuído para a ausência de produção das espécies de difícil
germinação. Além da germinação o conhecimento técnico das exigências
quanto aos nutrientes, ao tipo de substrato e a luminosidade também tem
limitado a produção de algumas espécies.
Ainda existe escassez de estudos sobre botânica, ecologia,
biologia reprodutiva, genética e comportamento silvicultural envolvendo as
espécies nativas do Cerrado. Até mesmo a disponibilidade de insumos
tem limitado a produção de mudas. Atualmente o Estado não dispõe de
empresas especializadas em construir estruturas apropriadas e os
2
agrotóxicos registrados não são específicos para as espécies nativas. De
acordo com diagnóstico nacional realizado em 2015 pelo IPEA-Instituto de
Pesquisa Aplicada, 40% dos entrevistados relataram dificuldades com o
suprimento de sementes, 17% disseram ter dificuldade em técnica para
cultivo adubação, pragas, doenças e 22% disseram ter dificuldade com as
técnicas para armazenagem e germinação de sementes.
Em consequência das dificuldades de produção e a deficiência
na fiscalização por parte do órgão responsável, os Planos de
Recuperação de Áreas Degradadas, mesmo com a legislação estadual
determinando que sejam executados com no mínimo vinte espécies têm
sido realizados com um menor número de espécies.
Apesar da pouca diversidade genética ser um fator negativo
em mudas produzidas com a finalidade de recuperação de áreas, a
propagação vegetativa vem ao encontro da possibilidade de disponibilizar
para o mercado espécies que atualmente não são produzidas,
contribuindo para disseminação das espécies. Desta forma os PRADs
poderão ser executados com maior diversidade de espécies. Essa técnica
possibilita uma produção de mudas em menor tempo e em processo
contínuo, independente da disponibilidade de sementes. Por isso a
aplicação de técnicas de propagação vegetativa é, sem dúvida, um passo
importante para mudar o cenário atual de produção.
A técnica de miniestaquia surgiu com o objetivo de sanar as
dificuldades do enraizamento adventício para algumas espécies,
principalmente quando se envolve material adulto e variação entre
genótipos (ASSIS, 1997). Tem sido mais aplicada nas espécies do gênero
Eucalyptus, no entanto, existem experiências bem sucedidas com
enraizamento adventício em algumas espécies nativas, porém, ainda são
limitadas as informações quanto à nutrição, pragas, doenças, recipientes,
irrigação, fisiologia, etc.
O pouco conhecimento das exigências reprodutivas de cada
espécie, juntamente com a indisponibilidade de sementes no mercado
tem contribuído para uma produção limitada de mudas, como é o caso da
mutamba Guazuma ulmifolia Lam. que, apesar de possuir propriedades
3
alimentícias, medicinais, energéticas e paisagísticas, encontrou-se
apenas estudos de propagação sexuada. Diante dos diferentes potenciais
dessa espécie julga-se importante a utilização de técnicas que,
independente da disponibilidade de sementes, melhorem sua produção e
disponibilidade de mudas em termos de quantidade e qualidade durante
todo o ano.
Dessa forma, com este, trabalho teve como objetivo geral
propagar vegetativamente a espécie Guazuma ulmifolia pela técnica de
miniestaquia, e como objetivos específicos avaliar a sobrevivência de
minicepas e a produtividade de miniestacas em função de diferentes
concentrações de solução nutritiva e coletas de brotações; executar
análises anatômicas das miniestacas; mensurar a sobrevivência das
miniestacas e o enraizamento adventício de miniestacas em função das
diferentes concentrações de solução nutritiva e da presença e ausência
do ácido indolbutírico (AIB).
4
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 CARACTERIZAÇÃO E IMPORTÂNCIA DA ESPÉCIE
O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil e caracteriza-se
pela grande diversidade de tipos de ambientes, chamados de
fitofisionomias, variando desde campos com vegetação rasteira até
florestas, como o Cerradão (PAGOTTO e SOUZA, 2006). Esses
diferentes tipos de ambientes abrigam alta diversidade de espécies da
fauna e da flora, sendo muitas destas endêmicas (PEQUI, 2006).
Dentre as riquezas do Cerrado encontram-se a espécie objeto
deste estudo, Guazuma ulmifolia (Lam.); sinonímia: Guazuma ulmifolia
(Var.); Guazuma tomentos (H.B.K); Guazuma tomentosa (H.B.K) e
Theobroma guazuma (L.) pertencente à família Sterculiaceae. Esta
espécie é popularmente conhecida como, mutambo, mutamba, fruta-de-
macaco, embira, embireira e mutamba verdadeira (CARVALHO, 2007).
G. ulmifolia apresenta altura entre oito a 16 metros e tronco
com diâmetros entre 30 e 50 cm (LORENZI, 2002). Tronco reto a
levemente tortuoso e copa umbeliforme (CARVALHO, 2007). As folhas
alternas, simples, ovalada ou lanceolada, com cinco a 18 cm de
comprimento e de dois a seis centímetros de largura, membranácea, mais
ou menos aguda no ápice, com a margem levemente denteada ou
crenada, a face dorsal da folha pilosa, tomentosa com pelos estrelados
em ambas as faces, especialmente sobre nervura principal e com três ou
às vezes cinco nervuras que saem desde da base, estação de
florescimento da G. ulmifolia se dá no final de setembro até início de
novembro. Ela é considera uma espécie monóica, tendo como vetores de
polinização essencialmente abelhas (MORELLATO, 1991) e diversos
insetos pequenos (KUHLMANN e KUHN, 1947). Os frutos amadurecem
no próximo ano, nos meses de agosto e setembro (ARAÚJO NETO e
AGUIAR, 1999). A dispersão dos frutos e sementes é essencialmente
zoocórica (BRINA, 1998), principalmente de aves e peixes. Também são
5
dispersadas por mamíferos, incluindo-se o gado e, possivelmente,
cavalos e outros animais (LOPEZ et al., 1987).
A germinação das sementes é do tipo epígea e as plântulas
são fanerocotiledonares (ARAÚJO NETO, 1997). O número de sementes
por quilo pode variar em torno de 159 mil (SANTOS, 1979) a 225 mil
(CATIE, 1986; PRIETO, 2010). A superação da dormência tegumentar foi
objeto de estudo para Sobrinho et al. (2012), sendo 77% a maior
emergência obtida. Nunes et al. (2006), Araújo Neto e Aguiar (2000)
também avaliaram a superação da dormência e obtiveram 67% e 62% de
germinação, respectivamente.
Segundo Barbosa e Macedo (1993), a ocorrência dessa
espécie é comum em toda a América Latina e em diferentes biomas.
Carvalho (2007) cita que a mesma possui ocorrência entre as Latitudes:
no Brasil, de 3º 10’ S, no Pará a 30º S, no Rio Grande do Sul.
Em Porto Rico Guazuma ulmifolia é utilizada para arborização
de pastos. Guazuma ulmifolia é uma espécie heliófila, que cresce
rapidamente quando não tem competição e não tolera baixas
temperaturas. Apresenta hábito de crescimento monopodial com galhos
finos sem desrama natural (CARVALHO, 2007).
Além dos usos potenciais em consórcios agrossilvipastoris
Guazuma ulmifolia é considerada uma espécie importante para a
recuperação de áreas degradadas (BARBOSA e MACEDO, 1993;
LORENZI, 2002). Esta pertence aos estágios inicias de sucessão
secundária, (FERRETTI et al. 1995). Pode-se dizer que Guazuma
ulmifolia é uma espécie pioneira na regeneração de áreas, logo conhecer
o desenvolvimento inicial da espécie é um passo importante para auxiliar
um programa de recuperação de áreas degradas (SOBRINHO e
SIQUEIRA, 2008).
A madeira possui densidade regular e pouco resistente e de
coloração é castanho claro, sendo utilizada em caixotaria, confecção de
tonéis e coronhas de armas e fabricação de carroceria (BARBOSA e
MACEDO, 1993; LORENZI, 2002). De acordo com estes autores outros
usos são: fornecimento de material para a fabricação de cordas, as folhas
6
podem ser utilizadas na alimentação de animais domésticos e os frutos
são apreciados por macacos e outros animais.
Para Galina et al. (2005) o interesse pelas suas propriedades
químicas está atribuído principalmente pela sua aplicação no tratamento
capilar. Para os mesmos autores a propriedade pode ser conferida aos
taninos, os quais apresentam atividade farmacológica como: anti-
inflamatória, antiulcerogênica, antimicrobiana, ação de proteção capilar e
prevenção na formação de radicais livres.
2.2 PROPAGAÇÃO ASSEXUADA
De forma geral, a propagação de plantas superiores pode ser
conseguida pela via sexuada e assexuada; a primeira via é por sementes
e a segunda é por células, tecidos, órgãos ou propágulos (XAVIER et al.,
2013). Os mesmos autores citam que tal técnica, considerada como
clonagem para o sistema de silvicultural surgiu no início do século XX e
baseava-se na enxertia, o que na maioria das vezes é considerada
inapropriada em virtude do custo e do desconhecimento das
especificidades do clone.
Segundo Hartmann et al. (2011) e Dias (2011) a propagação
vegetativa é possível por causa de duas propriedades fundamentais das
células das plantas, totipotência e desdiferenciação. A totipotência é a
capacidade de uma célula viva da planta reconstruir todas as suas partes
e funções. A segunda é a desdiferenciação, a capacidade das células
desdiferenciarem para retornar à condição meristemática e desenvolver
um novo ponto de crescimento.
A propagação vegetativa de espécies comerciais e florestais
tem evoluído significativamente e vem sendo amplamente usada para
espécies do gênero Eucalyptus (MÁRCIO et al., 2004). Os autores ainda
citam que atualmente os principais métodos utilizados na silvicultura a
nível comercial são: estaquia, micropropagação, microestaquia,
miniestaquia, enxertia, alporquia e borbulhia.
7
2.3 ESTAQUIA
Refere-se a indução do enraizamento adventício em
segmentos destacados da planta mãe (FACHINELLO et al., 2005).
Segundo Xavier et al. (2013), a estaquia constitui uma das principais
técnicas de propagação vegetativa de clones selecionados, visando
atender aos objetivos da silvicultura clonal dada a sua aplicabilidade
técnica, operacional e custo de produção competitivo em relação às
demais técnicas de propagação vegetativa.
Na propagação vegetativa de plantas podem ser usados três
tipos de estacas: radicular, foliar e caulinar, sendo a caulinar a mais
utilizada na silvicultura. Foliar: constituída de pelo pecíolo e limbo da folha
ou apenas pelo limbo. Radicular: é obtida a partir de segmentos da raiz da
planta. Caulinar: constituída de ramos contendo gemas apicais e/ou
laterais, sendo esta a mais difundida na propagação vegetativa por
enraizamento de estacas na silvicultura clonal (FACHINELLO et al., 2005;
XAVIER et al., 2013).
As estacas também podem ser classificadas quanto a sua
consistência: herbáceas, semilenhosas ou lenhosas (XAVIER et al.,
2013). Ainda, os mesmos autores citam outra classificação quanto à
origem, podendo ser basais ou apicais.
De acordo com Xavier et al. (2013) vários trabalhos vêm sendo
realizados, visando ao desenvolvimento da estaquia para diferentes
espécies florestais nativas do Brasil, como erva-mate (Ilex paraguariensis)
(A. St. -Hil.), pinheiro-brasileiro (Araucaria angustifolia (Kuntze.)), pau-
brasil (Caesalpinia echinata (Lam.)), aroeira (Schinus terebinthifolius
(Raddi)), pau-de-leite (Sapium glandulatum (Vell.)), araticum-de-porco
(Rollinia rugulosa (Schltdl.)), cedro-rosa (Cedrela fissilis (Vell.)), etc.
2.4 MINIESTAQUIA
Com o avanço das pesquisas, a partir da década de 90 surgiu
a técnica de miniestaquia. Esse método de propagação vegetativa
proporcionou controle mais intensivo dos fatores influentes, tornando
8
possível clonar comercialmente genótipos de difícil enraizamento
(ALFENAS et al., 2004).
A miniestaquia pode ser considerada uma variação da estaquia
convencional (macroestaquia). Sobretudo, consiste na utilização de
brotações de plantas propagadas via processo de macroestaquia ou
mudas produzidas via seminal (ALFENAS, 2004; BRONDANI, 2012;
XAVIER et al., 2013). Para Souza Junior (2007) as miniestacas são as
estacas provenientes de minicepas que ficam acomodadas em um
determinado tipo de minijardim.
A miniestaquia é considerada por Xavier e Wendling (1998) o
procedimento mais simples e menos oneroso, podendo ser considerado
eficiente para atender processos de produção massal de mudas de
Eucalyptus, isso em virtude de não haver necessidade de estrutura de
laboratório de micropropagação, como no caso da microestaquia. Porém,
para as espécies nativas os estudos ainda são limitados devido à
diversidade de espécies (FERRARI, et al., 2004; HERNÁNDEZ, et al.,
2012).
Na miniestaquia os propágulos vegetativos geralmente
possuem um ou dois pares de folhas (miniestacas de ponta ou de ápice)
por miniestaca, contendo um par de folhas (miniestacas de base) e com a
redução de aproximadamente um terço da área foliar e com comprimento
variando de quatro a oito centímetros de comprimento (ALFENAS et al.,
2004; BRONDANI, 2008).
2.5 FORMAÇÃO DO MINIJARDIM E NUTRIÇÃO DAS MINICEPAS
No procedimento de montagem de minijardim as minicepas
são as fontes das brotações, podendo ser originadas de material seminal
(plantas), de micropropagação, comumente chamadas de microcepas, ou
originadas de estaquia convencional (XAVIER et al., 2013). O conjunto de
minicepas constitui o minijardim ou jardim miniclonal, podendo ser
estabelecido em diferentes sistemas como canaletão, tubetes, sacos
plásticos ou vasos (CUNHA et al., 2005).
9
Durante a constituição do minijardim cada minicepa sofre poda
de seu ápice, mantendo-se aproximadamente de 10 a 15 cm de altura a
partir da zona do coleto e, no mínimo, um par de folhas (WENDLING, et
al., 2010). O autor cita que este procedimento visa estimular a formação
de brotações pela quebra da dominância apical.
Para Xavier e Wendling (1998) e Brondani (2008) a
constituição da minicepa consiste na quebra da dominância apical através
da poda da macroestaca enraizada ou da muda seminal, a qual emite
novas brotações (miniestacas) para o enraizamento e formação de futuras
mudas em intervalos variáveis em função da época do ano, condições
estruturais, clone/espécie e condições nutricionais.
De acordo com Cunha et al. (2009), durante o processo de
aprimoramento da propagação vegetativa a adubação executada nas
minicepas tem ganhado espaço de destaque nas pesquisas. Este
destaque se dá em virtude da importância dos nutrientes para a aplicação
da técnica de miniestaquia. Cunha et al. (2009) relata que os nutrientes
têm importante função para diversos processos bioquímicos, moleculares,
enzimáticos, fisiológicos, estrutura orgânica, ativadores de reações
enzimáticas, carreadores de cargas e osmorreguladores que ocorrem na
planta.
O estado nutricional das minicepas em um minijardim é um
fator que influencia diretamente na produtividade, no enraizamento das
estacas e na qualidade das mudas, uma vez que os macros e
micronutrientes estão envolvidos nos processos bioquímicos e fisiológicos
vitais da planta (PAULA et al., 2000). A nutrição mineral pode influenciar o
potencial de brotação das minicepas e o enraizamento das miniestacas,
esta é constituída de macro e micronutrientes que favorecem o estado
nutricional das minicepas, possibilitando maior produtividade de brotos
(ALFENAS et al., 2009). Segundo Rosa (2006), minicepas bem nutridas
podem apresentar maior disponibilidade de auxinas endógenas,
carboidratos e compostos metabólicos, que podem favorecer o
enraizamento adventício.
10
Diferentes formas de adubação nitrogenada em culturas, de
maneira geral, proporcionam respostas diferenciadas das espécies
(ROSA et al., 2011). De acordo com Marschner (1995) e Gaiad (2003),
genericamente plantas adaptadas a solos ácidos ou com baixo potencial
redox utilizam preferencialmente formas amoniacais (NH4+), enquanto
plantas adaptadas a solos calcários, com pH elevado utilizam
preferencialmente formas nítricas (N03). Rosa et al. (2011) compararam o
efeito NH4+
, NO3- e NH4
+ NO3- na produtividade de minicepas,
enraizamento e vigor vegetativo de miniestacas de erva-mate e os
resultados obtidos foram equivalentes aos resultados obtidos por Gaiad
(2003), que observou que mudas de erva-mate nutridas com NH4+
apresentaram melhor desenvolvimento geral que nos demais tratamentos
NO3- e NH4
+ NO3-.
Pires (2012) avaliou duas concentrações contendo diversos
macronutrientes e micronutrientes para a Araucaria angustifolia e conclui
que a solução nutritiva mais concentrada aumentou a produção de
miniestacas e o crescimento da maior raiz das mudas formadas, ainda,
sugeriu mais pesquisas objetivando verificar a concentração ideal (através
da saturação de nutrientes) e a participação isolada dos nutrientes no
processo de miniestaquia.
Fora a composição da nutrição, a quantidade, o período e o
tipo de irrigação também são variáveis ainda em estudo. Rosa et al.
(2011) recomenda para a Ilex paraguariensis a quantidade aproximada de
dez ml de uma solução nutritiva contendo 6 g L-1 de N em sua constituição
por minicepa, por semana. Entretanto, Dias et al. (2012) utilizaram
sistema e composição diferentes para Anadenanthera macrocarpa
(BENTH.), a nutrição mineral das minicepas foi feita por fertirrigação, em
gotejamento, distribuída quatro vezes ao dia, numa vazão total diária de 4
L m-2.
Cunha et al. (2008) avaliaram fertirrigação por gotejamento e
subirrigação e os dados desse estudo indicaram que a solução nutritiva
deve ser específica para cada clone, independente do minijardim clonal.
11
Quanto às espécies florestais nativas ainda são escassos os estudos que
abordam o manejo nutricional de minijardim clonal (NASCIMENTO, 2012).
A diferença entre três concentrações de solução nutritiva na
sobrevivência de minicepas e produção de miniestacas de erva-mate (Ilex
paraguariensis) foi estudada por Wendling et al. (2007). Segundo os
autores, as concentrações de solução nutritiva não influenciaram à
sobrevivência e à produção das minicepas, sendo recomendada a
solução mais diluída em razão dos menores custos envolvidos em sua
preparação.
No Brasil esse sistema de minijardim clonal foi introduzido a
partir de 1997 (HIGASHI et al., 2000). Nos últimos anos as técnicas
usadas nos minijardins clonais tiveram uma transformação muito grande
na forma, com redução da área, incremento na produtividade e diminuição
do tamanho das estacas (HIGASHI et al., 2002).
Atualmente é o mais utilizado em empresas florestais que
trabalham com espécies do gênero Eucalyptus (HIGASHI et al., 2002),
sendo que os substratos mais utilizados para esse sistema são a areia e o
cascalho, por apresentarem características químicas e físicas desejáveis
para essa utilidade, sendo a areia a mais utilizada (CUNHA et al., 2008).
2.5.1 Confecção das Miniestacas
A técnica da miniestaquia resulta em utilizar propágulo
vegetativo com comprimentos diversos. O processo de confecção de uma
miniestaca consiste em remover a brotação, cujo comprimento varia de
acordo com o tamanho da brotação emitida, tamanho das folhas e a
filotaxia da espécie (XAVIER et al., 2013).
Dessa maneira, o ápice pode ou não ser mantido intacto, com
duas a quatro folhas jovens, realizando-se corte reto ou em bisel na base
(FERRIANI et al., 2010). A miniestaca pode ser apical, intermediária ou
basal, dependendo da posição do ramo utilizada (XAVIER et al., 2013).
Em Anadenanthera macrocarpa (Benth), Dias et al. (2012)
estudou o enraizamento de dois tipos de miniestacas (apicais e
12
intermediárias), submetidas a quatro doses de AIB (0; 2000; 4000 e 600
mLL-1), em seis progênies. O autor observou que independente da
progênie as miniestacas apicais apresentaram médias superiores às
miniestacas intermediárias para a sobrevivência, número de raízes,
massa seca da parte aérea e da raiz. As doses de AIB não influenciaram
nas variáveis analisadas. Este resultado corrobora com Freitas (2012),
onde as miniestacas intermediárias de Handroanthus heptaphyllus
(Mattos) resultaram em mudas com maior massa seca das raízes.
Ferreira et al. (2010) confeccionaram miniestacas de Sapium
glandulatum com comprimento de três a cinco centímetros. Freitas (2012)
preparou miniestacas com aproximadamente cinco centímetros e Souza
Junior (2007) padronizou quatro a seis centímetros.
Além dos tipos de miniestacas e da padronização a presença
de folhas também vem sendo estuda. Pacheco e Franco (2008)
observaram que a retenção de folhas das folhas das miniestacas de
Luehea divaricata favoreceram a sobrevivência e enraizamento, não só
por serem locais de síntese de carboidratos e auxinas, mas também pela
produção de alguns compostos fenólicos, que também são sintetizados
na parte aérea das plantas.
Souza et al. (2013), avaliando miniestacas de Eucalyptus
grandis (Hill.) X E. urophylla (S. T. Black.) concluíram que os diferentes
padrões de miniestacas influenciaram no enraizamento e na
sobrevivência das mudas. Destacaram também a praticidade operacional
de se manter as folhas e a importância das mesmas para o enraizamento
e sobrevivência de miniestacas.
2.5.2 Avaliações das Minicepas e Produtividade
A avaliação praticada em minijardim varia conforme intuito da
pesquisa As variáveis mais comuns são: sobrevivência das minicepas,
diâmetro da minicepa, altura, número e diâmetro da brotação dominante e
intervalo que coleta das minicepas e produtividade.
13
Os intervalos das coletas são variáveis, conforme o
crescimento e vigor das brotações. Silva (2012) avaliou em canaletões e
tubetes Toona ciliata, as duas primeiras coletas foram realizadas aos 50 e
86 dias após a decepa. Cada coleta realizada foi denominada ciclo de
produção. Santos (2002) realizou coleta a cada trinta dias e Dias (2011)
realizou coleta a cada vinte e seis dias.
A produtividade de miniestacas por minicepa diferencia de
acordo com a espécie e também em relação ao período de coleta, sendo
que as variações climáticas extremas podem interferir no material
vegetativo, assim como no ambiente de enraizamento (PAIVA e GOMES,
1995; HARTMANN, et al., 2011; FERRIANI et al., 2010). Pires (2012)
constatou que a produtividade muda em virtude das épocas de coletas,
concluindo que épocas mais quentes favorecem a produção de
miniestacas de Araucária.
Em Pinus taeda (L.) as melhores épocas corresponderam ao
inverno e verão Alcântara (2005), coincidindo com os períodos estudado
por Ferriani (2006) para miniestacas de pau-toucinho (Vernonanthura
petiolaris (DC.) H. Robinson). Já para a espécie corticeira do-mato
Erythrina falcata (Bent.) a primavera e verão foram os melhores períodos
de coleta de propágulos (WENDLING et al., 2005; FERRIANI et al., 2010).
Castro (2011) verificou em jardim clonal de Cariniana
estrellensis (Raddi Kuntze), formado por mudas seminais, que a produção
de brotações aumentou gradativamente durante quatro coletas
sucessivas (março a outubro), indicando a capacidade regenerativa da
espécie para produção de estacas. Para Cedrela fissilis, Xavier et al.
(2003) constataram que após quatro coletas sucessivas em intervalos de
30 dias, não houve variação na produção de brotações da espécie, com
média geral de 1,3 miniestacas por minicepa. Na miniestaquia de
Grevillea robusta (A. Cunn.), a produtividade de miniestacas em sistema
de tubetes não variou em 15 coletas durante um ano, com média de 4.030
miniestacas. m2. ano-1 (SOUZA JUNIOR et al., 2008).
14
2.5.3 Vantagens da Miniestaquia
A miniestaquia é uma técnica de propagação vegetativa, cujo
princípio é o aproveitamento do potencial juvenil dos propágulos para
indução do enraizamento (XAVIER et al., 2013). Ferriani et al. (2010)
frisaram que diante da demanda de produção de mudas em larga escala
para diversas finalidades, a miniestaca pode ser uma alternativa
promissora para espécies lenhosas, principalmente para aquelas que
possuem sementes com fator limitante ou até mesmo material adulto com
dificuldade de enraizamento.
Para Oliveira et al. (2012) a miniestaquia proporciona
incrementos em termos de enraizamento, além de favorecer o
desenvolvimento de sistema radicial de melhor qualidade em termos de
vigor, uniformidade e volume, o que reflete positivamente na
sobrevivência e desempenho do clone no campo. Ferriani et al. (2010)
acrescenta que a introdução da miniestaquia apresenta vantagens
relacionadas à diminuição do período de enraizamento e aclimatação,
redução do uso de reguladores vegetais para indução do enraizamento e
redução da área de produção.
Para Alfenas et al. (2004) as vantagens da propagação
vegetativa em espécies florestais são a multiplicação de indivíduos que
possuem obstáculos como sementes estéreis, restrições na floração,
resistência a doenças, aumento da produção de madeira, possibilidade de
adaptações de clones específicos para determinados sítios, reprodução
fiel da planta mãe e plantios uniformes. Considerando os diferentes
potenciais da Guazuma ulmifolia a contribuição será com o aumento e
regularidade na produção de mudas.
Segundo Higashi et al. (2000), outra vantagem é a redução
com os custos de coleta do material a ser propagado, já que geralmente o
minijardim clonal é instalado próximo ao leito de enraizamento. A
prevenção de alguns roedores como lebres e formigas cortadeiras, que
em condições de jardins clonais a campo podem prejudicar a
15
produtividade de brotos também configura como vantagem (HIGASHI et
al., 2000).
O grau de sucesso obtido na propagação vegetativa é
influenciado por diversos fatores. Diante da diversidade de fatores e da
possibilidade de interação entre eles a propagação por miniestaquia de
espécies nativas demanda ainda mais aperfeiçoamento, pois a
diversidade de espécies exige conhecimento específico para as mesmas.
Apesar de escassos os estudos com utilização da miniestaquia
para espécies nativas, já se iniciaram pesquisas com Cedrela fissilis
(XAVIER et al., 2003), Erythrina falcata (Benth.) (WENDLING et al., 2005),
Pinus taeda (ALCANTARA et al., 2007), Ilex paraguariensis (WENDLING
et al., 2007), Grevillea robusta (SOUZA JUNIOR et al., 2008), Calophyllum
brasiliense (Cambess.), Handroanthus heptaphyllus (Mattos) (FREITAS,
2012), Plathymenia foliolosa Benth (NEUBERT. 2014) e Cordia trichotoma
(Steud) (Vell.) (KIELSE et al., 2015). Foram realizados estudos e todos
esses autores concluíram que a técnica da miniestaquia se mostrou
viável, tornando-se uma alternativa para a produção de mudas.
2.5.4 Desvantagens da Miniestaquia
Para Wendling (2008) as desvantagens da miniestaquia em
relação à estaquia convencional podem ser: maior sensibilidade das
miniestacas às condições ambientais, maior rapidez requerida no
processo desde a coleta dos propágulos no jardim até a sua estaquia e
necessidade de melhor sincronização no cronograma de produção.
Outro importuno é o fato de a aplicação da técnica restringir a
base genética das mudas produzidas, o que é indesejável na aprovação
de programas de recuperação de áreas degradadas, os quais requerem a
existência da maior variabilidade genética possível (SANTARELLI, 2000).
O estreitamento e a homogeneidade genética nos plantios tornam os
povoamentos mais vulneráveis às condições adversas do ambiente,
assim como ao ataque de pragas e doenças, principalmente quando se
reproduz um genótipo suscetível (SANTARELLI, 2000).
16
2.6 ENRAIZAMENTO E O USO DO REGULADOR VEGETAL
Muitas são as vantagens proporcionadas pela propagação
vegetativa, porém, a dificuldade de enraizamento de enraizamento obtido
de árvore adulta necessita ser superada. De acordo com Xavier et al.
(2013), a capacidade de uma estaca emitir raízes está relacionada ao
genótipo, às condições fisiológicas e de nutrição da planta fornecedora do
material, os substratos, o armazenamento das estacas, a sanidade e a
aplicação de reguladores vegetal, assim como os fatores relacionados
com a manipulação das condições ambientais, principalmente
luminosidade, temperatura e umidade.
Oliveira et al. (2012) avaliaram para Melaleuca alternifolia
(Cheel.) o substrato e a concentração de AIB, assim os resultados obtidos
foram que o enraizamento de miniestacas para essa espécie é favorecido
com o substrato Golden Mixâ Tipo onze® e que as miniestacas coletadas
da porção apical do ramo, submetidas ao tratamento com 500 mg.L-1 de
AIB proporcionam maior porcentagem de enraizamento e melhor
qualidade do sistema radical.
Para a formação de raízes e, consequentemente, a produção
de mudas, os princípios anatômicos e fisiológicos devem ser sempre
considerados (XAVIER et al., 2013). FACHINELLO et al. (2005) relataram
que para a emissão de raízes adventícias em estacas é necessária a
presença de certos níveis de substâncias de crescimento natural na
planta, sendo umas mais favoráveis que outras. Várias substâncias
quando aplicadas exogenamente promovem ou inibem a iniciação de
raízes adventícias, dependendo da espécie, do estado de maturação,
entre outros fatores (XAVIER et al., 2013).
Existem diversas substâncias com propriedades reguladoras
de crescimento vegetal, sendo as auxinas as de maior interesse no
enraizamento de estacas (XAVIER et al., 2013). Dentre o grupo das
auxinas encontram-se diversas substâncias com atividades reguladoras
de crescimento, como ácido naftalenoacético (ANA), 2,4-
17
dicclorofenoxiacético (2,4D) e ácido 3 - indolbutírico (AIB) (XAVIER et al.,
2013).
A palavra Auxina é derivada do grego auxein que significa
crescer, usada e descrita por Frits Went, depois de isolada em meados da
década de 30 o descobridor quantificou o seu efeito e a partir da técnica
surge o primeiro regulador vegetal, sendo quimicamente identificada por
ácido indol-3-acético (AIA) (Taiz e Zeiger, 2002). Hartmann et al. (2011)
descreve o AIA como a principal auxina de ocorrência natural nas plantas, já o
AIB mesmo que em menos quantidade também é citado por (Ludwig-Müller e
Epstein, 1994) como de ocorrência natural nas plantas.
Além do efeito na formação de raízes a auxina está relacionada a
diversas atividades, como: a inibição de gemas laterais, o crescimento do caule,
a abscisão de folhas e frutos, ativação das células do câmbio e outras. O
composto é citado como fundamental para a para iniciar a divisão celular e
manutenção da factibilidade das células durante o desenvolvimento das raízes
laterais (HARTMANN et al., 2011); (Taiz e Zeiger, 2002). Julliard (1973) cita a
capacidade do AIA em provocar ativação do câmbio e a desdiferenciação das
células parênquimatosas.
Com o objetivo de promover maior percentagem, qualidade e
uniformidade na formação das raízes, o AIB e ANA tem sido os mais utilizados
por serem considerados mais eficazes.
No caso do AIB a baixa toxidade e a alta eficiência para um grande
número de espécies faz ser considerada a principal auxina sintética de uso
geral, com resultados já comprovado por diferentes autores (ALFENAS,
2009); (HARTMANN et al., 2011).
A aplicação dos reguladores vegetais pode ocorrer via líquida
ou pó, via líquida, a base das estacas deve ser imersa na solução por
período variáveis em função da concentração/diluição, sendo o mais
recomendado em torno de 10 segundos. Já a aplicação via pó a base das
estacas devem ser inseridas no pó e em seguida estaqueadas no
substrato (WENDLING, 2010; ALFENAS, 2009).
18
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO EXPERIMENTO
O experimento foi conduzido entre agosto de 2014 e agosto de
2015, na casa de vegetação da empresa Nativa Sementes e Mudas,
localizado a circunscrita à coordenada 15°: 32': 41" S e 55°: 59': 02" W,
município de Cuiabá - MT.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET,
2015) o total médio de precipitação anual é de 1.315,1 mm. As chuvas se
concentram de outubro a abril, com a média máxima no mês de janeiro
209,9 mm, com o mínimo de precipitação anual ocorrendo no mês de
julho, 9,6 mm. A temperatura máxima média chega a 34,1°C nos meses
de agosto e setembro, a mínima média é de 16,6°C e ocorre em julho,
mês mais frio.
A estrutura utilizada foi uma casa de vegetação e uma casa de
sombra. A casa de vegetação possui 24 m², coberta com plástico leitoso
de polietileno de baixa densidade (PEBD), aditivado anti-UV de 200µ e
recoberta com sombrite de 50%. O sistema de irrigação foi por
nebulização intermitente, acionada automaticamente através do sistema
de controle de temperatura e umidade. A temperatura foi mantida entre 28
e 33° C e umidade acima de 80%. A casa de sombra possui 49 m², sendo
coberta com sombrite 50% de luminosidade e o sistema de irrigação por
microaspersão.
3.2 ORIGEM E OBTENÇÃO DAS MUDAS
Em virtude da época de dispersão das sementes e do tempo
necessário para produção as mudas foram adquiridas da empresa Nativa
Sementes e Mudas, esta empresa possui registro junto ao MAPA -
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Segundo a empresa
as sementes que deram origem às mudas foram coletadas de dez
matrizes diferentes, localizadas em cinco áreas de coleta.
19
As mudas possuíam comprimento de 25 a 30 cm e quatro
meses de idade. Foram produzidas em pleno sol, com recipientes de
sacos de polietileno de dimensões 18 x 25 cm, contendo substrato
composto pela mistura de 50% de terra preta proveniente do Horizonte A
e 50% de matéria orgânica oriunda de caroço de algodão.
3.3 CONSTITUIÇÃO DO MINIJARDIM
O minijardim seminal foi instalado em casa de sombra no dia
24 de agosto de 2014. As mudas foram transplantadas para vasos de
polipropileno, com capacidade de cinco litros. Estas embalagens
apresentavam altura de 20 cm, diâmetro superior de 20 cn, diâmetro
inferior de 16 cm e quatro aberturas na porção inferior de um centímetro
de diâmetro cada.
Durante o processo de transferência das mudas para os vasos,
os sacos plásticos foram removidos com auxílio de uma tesoura e o
substrato que compunha o torrão foi mantido. A escolha da aplicação
desse método em manter o torrão foi para evitar o estresse ou
comprometimento do vigor das mudas, visto que não foi encontrado
informação sobre a aceitação ao transplante da espécie.
O substrato utilizado foi composto por areia lavada de
granulometria média (0,10 mm < diâmetro de partícula < 0,25 mm) e no
fundo dos recipientes foi acrescentada uma camada de três centímetros
de brita, para facilitar a drenagem.
3.4 MANEJO E NUTRIÇÃO DAS MINICEPAS
Depois de transplantadas para os vasos as minicepas
receberam a adubação número dois, por um período de quatro semanas,
nesta fase as adubações ocorreram uma vez por semana, posteriormente
as minicepas passaram a receber os devidos tratamentos/soluções uma
vez por semana, após o período de sessenta dias as adubações
passaram a ser feitas duas vezes por semana até o final do experimento.
20
Durante os trinta primeiros dias as mudas foram irrigadas e
fertilizadas com o intuito de fortalecer e nutri-las para o processo de
constituição das minicepas. Passado esse período foi efetuada a quebra
do caule das mudas a 25 cm acima do colo, com a finalidade de reduzir a
dominância apical e favorecer o crescimento de brotações axilares. No dia
da quebra do caule as mudas possuíam comprimento de 35 cm (Figura
1).
FIGURA 1 - (A) ASPECTO DA MINICEPA LOGO APÓS A QUEBRA DO CAULE (B) MINICEPA APÓS CINCO DIAS DA QUEBRA.
As adubações foram realizadas no período matutino. Por
aplicação cada minicepa recebia 100 ml de solução nutritiva, com o uso
de um copo graduado, tendo o cuidado de molhar apenas o substrato de
maneira uniforme. Após a adubação de um tratamento para a aplicação
do tratamento seguinte o copo foi lavado por três vezes, o procedimento
tinha como objetivo eliminar residual na solução anterior.
Além das fertilizações com macro e micronutrientes o manejo
do minijardim seminal constituiu da aplicação de fungicida, inseticida e
acaricida a cada trinta dias e irrigações diárias. O sistema de irrigação foi
por microaspersão, acionado manualmente duas vezes por dia, por um
período de uma hora e vazão aproximada 214,4 litros por hora (l/h).
Para evitar a salinização, a qual pode ocorrer pelas adubações,
foi realizada quinzenalmente uma irrigação diferenciada/intensa com o
uso de uma mangueira com um chuveirão acoplado na extremidade.
Manualmente o chuveirão era direcionado em cada minicepa, após a
21
água escoar na parte inferior do pote executava-se o procedimento em
outra minicepa.
Durante as observações da aparência visual das minicepas
detectou-se o ataque de Tetranychus urticae (KOCH, 1836), descrita por
Botton e Nava (2015). As características observadas foram: folhas
inicialmente amareladas e colônia na superfície inferior das folhas.
Posteriormente, estas áreas amareladas ficaram necrosadas, ocorrendo
perfurações nas folhas (Figura 2).
FIGURA 2 - (A) MINICEPAS DE Guazuma ulmifolia LAM. COM VÁRIAS FOLHAS AMARELADAS, (B) E (C) FACE ABAXIAL DAS FOLHAS COM PRESENÇA DE COLÔNIA DE ÁCARO RAJADO Tetranychus urticae.
O controle do Tetranychus urticae foi realizado com acaricida
Starion®, dosagem de 1 ml L-¹ de água, uma vez por semana. Após o
controle as aplicações ocorreram quinzenalmente por mais dois meses.
Além das aplicações de Starion® preventivamente o minijardim
recebeu aplicações de fungicida Manzate®, dosagem de 1 g L-¹ de água,
inseticida Decis®, dosagem de 1 ml L-¹ de água durante todo o
experimento.
22
3.4.1 Solução Nutritiva
A solução nutritiva básica adotada para o experimento foi a
desenvolvida por Brondani (2012), que trabalhou com Eucalyptus
benthamii (Tabela 1).
TABELA 1 - COMPOSIÇÃO DA SOLUÇÃO NUTRITIVA BÁSICA PARA A FERTIRRIGAÇÃO DO MINIJARDIM.
Nutriente Solução Nutritiva
*
(mg L-1
)
N-NO3-
90,11
N-NH4+
61,06
P 29,62
Ca 128,99
K 209,76
S 107,15
Mg 36,99
Cu 0,061
Fe 5
Mo 0,02
Mn 1,463
Zn 0,065
B 0,481
Fonte de Macro e Micronutriente FQ / PM (mg L-1
)
Nitrato de potássio KNO3 / 101,10 206,85
Monoamônio fostato NH4H2PO4 / 115,03 110
Sulfato de amônio (NH4)2SO4 / 132,14 225
Cloreto de cálcio CaCl2.2H2O / 147,02 111,13
Nitrato de cálcio Ca(NO3)2.4H2O / 236,15 760
Ácido bórico H3BO3 / 61,83 2,75
Sulfato de magnésio MgSO4.7H2O / 246,48 375
Sulfato de manganês MnSO4.H2O / 169,01 4,5
Sulfato de cobre CuSO4.5H2O / 249,68 0,24
Sulfato de ferro FeSO4.7H2O / 278,02 24,89
Sulfato de zinco ZnSO4.7H2O / 287,54 0,285
Molibdato de sódio Na2MoO4. 2H2O / 241,95 0,05
*O pH foi ajustado para 6,2 a 25°C com ácido clorídrico (HCl) ou hidróxido de sódio (NaOH), ambos a 1M. FQ = fórmula química, PM = peso molecular. Fonte: Brondani (2012)
23
Os tratamentos avaliados nesta etapa do experimento foram
baseados em variações das concentrações da solução nutritiva, as quais
foram compostas por:
S1 – Solução nutritiva básica utilizada com 100% da
concentração original; S2 – Solução nutritiva básica com redução de 50%
da concentração original; S3 – Solução nutritiva básica com 25% da
concentração original.
3.5 SOBREVIVÊNCIA DE MINICEPAS E PRODUÇÃO DE MINIESTACAS
Ao longo do experimento foi avaliada no minijardim a
sobrevivência das minicepas (SOB) e estimada a produção por metro
quadrado ao ano. A estimativa foi calculada a partir da seguinte fórmula
(BRONDANI, 2012):
AEIC
DANMI NM
Onde:
NM = número de miniestacas por minicepa por metro quadrado
ao ano (miniestaca.m-2.ano-1);
NMI = número de miniestaca por minicepa;
DA = total de dias do ano (foram considerados 365 dias);
IC = intervalo em dias entre cada coleta de brotações (variável
de acordo com a produtividade);
AE = área efetiva de cada minicepa (m2).
O experimento foi conduzido no delineamento em blocos
casualizados em arranjo fatorial (3 x 3), com parcelas subdivididas no
tempo, sendo os fatores constituídos por solução nutritiva (S1 – 100% da
solução nutritiva básica, S2 – 50% da solução nutritiva básica, S3 – 25%
da solução nutritiva básica) e coleta de brotos (três coletas). Foram
utilizados oito blocos, contendo quinze plantas cada um, com cinco
plantas por tratamento. Dentro de cada bloco os vasos foram agrupados
24
em cinco minicepas, dispostos em triângulos no espaçamento de 5 cm x 5
cm (Figura 3).
FIGURA 3 - DETALHE DA CONSTITUIÇÃO DO MINIJARDIM SEMINAL DE Guazuma ulmifolia LAM.
3.6 COLETA DE BROTAÇÕES E PREPARO DA MINIESTACAS
A primeira coleta de miniestacas foi efetuada em 26 de janeiro
de 2015 (132 dias após a instalação do minijardim), a segunda em 04 de
março de 2015 e a terceira em 08 de abril de 2015. A primeira coleta teve
a data adiada em sessenta dias em função de problema no sistema de
irrigação da casa de vegetação, devido esse atraso as minicepas
possuíam brotações com tamanho superior ao descrito a seguir. Diante
do atraso na coleta as datas consideradas para compor a média de
intervalo entre as coletas foram 72, 36 e 34 dias.
As coletas de brotações foram de forma seletiva e visual, ou
seja, observa-se diariamente a quantidade de brotações e quando a
maioria das minicepas apresentavam em média duas brotações com
tamanho acima de oito centímetros executava-se a coleta. A cada coleta
as miniestacas oriundas de cada solução originaram um experimento.
25
Desta maneira, a cada coleta efetuada no minijardim seminal foram
instalados três novos experimentos, objetivando avaliar a influência das
nutrições aplicadas nas minicepas ao enraizamento das miniestacas.
Imediatamente após serem coletadas e preparadas, as
miniestacas foram acondicionadas em caixas de isopor, contendo água
fria. No momento do preparo as miniestacas foram padronizadas e
confeccionadas com tamanho de oito a 12 cm, contendo de duas a três
folhas, sendo estas reduzidas à metade do comprimento original (Figura
4).
FIGURA 4 - (A): BROTAÇÃO LOGO APÓS SER COLETADA DA MINICEPA DE Guazuma ulmifolia LAM.CONTENDO O MERISTEMA APICAL. (B): DETALHE DA MINIESTACA APÓS A PADRONIZAÇÃO.
O período entre a confecção das miniestacas e o
estaqueamento destas no substrato dentro da casa de vegetação foi
sempre o mais reduzido possível (aproximadamente uma hora),
objetivando evitar a perda de turgor e a oxidação da base das
miniestacas.
Com a finalidade de verificar o efeito do regulador vegetal na
promoção do processo rizogênico, foram aplicadas duas concentrações
de acído indolbutírico (0 e 2.000 mg.L-1 de AIB em solução). Para
26
dissolução do AIB, utilizou-se 1ml de NOH e em seguida acrescentado
água destilada. As miniestacas tiveram a base mergulhada no AIB por um
período de dez segundos. Após serem submetidas aos tratamentos.
posteriormente, as bases das estacas foram inseridas a três cm de profundidade
em tubetes de 280 cm3 de capacidade volumétrica, contendo substrato
composto por casca de arroz carbonizada e substrato orgânico a base de casca
de pínus (Plantmax®) na proporção 2:1. Após estaqueamento as miniestacas
foram acondicionadas em casa de vegetação.
O experimento foi conduzido no delineamento em blocos
casualizados em arranjo fatorial (3 x 3 x 2) com parcelas subdivididas no
tempo, sendo os fatores constituídos por solução nutritiva (S1 – 100% da
solução nutritiva básica, S2 – 50% da solução nutritiva básica, S3 – 25%
da solução nutritiva básica), coleta de brotos (três coletas) e presença e
ausência de AIB (0 e 2.000 mg.L-1 de AIB). Em virtude da diferença de
produção de brotações, em cada coleta os delineamentos foram
montados com número de miniestacas diferentes (Quadro 1).
QUADRO 1 – DELINEAMENTO EXPERIMENTAL DAS MINIESTACAS PRIMEIRA COLETA
SOLUÇÃO DE 100% SOLUÇÃO DE 50% SOLUÇÃO DE 25%
Trat. 1 (2.000 mg.L-1
de AIB), Trat. 2 (sem AIB). 12 blocos, cada bloco com 8 (miniestacas) de cada tratamento. Total de miniestacas 192.
Trat. 1 (2.000 mg.L-1
de AIB), Trat. 2 (sem AIB). 12 blocos, com 6 (miniestacas) de cada tratamento. Total de miniestacas 144.
Trat. 1 (2.000 mg.L-1
de AIB), Trat. 2 (sem AIB). 12 blocos com 4 repetições (miniestacas) de cada tratamento. Total de miniestacas 96.
SEGUNDA COLETA
SOLUÇÃO DE 100% SOLUÇÃO DE 50% SOLUÇÃO DE 25%
Trat. 1 (2.000 mg.L-1
de AIB), Trat. 2 (sem AIB). 12 blocos, cada bloco com 4 (miniestacas) de cada tratamento. Total de miniestacas 96.
Trat. 1 (2.000 mg.L-1
de AIB), Trat. 2 (sem AIB). 12 blocos, cada bloco com 4 (miniestacas) de cada tratamento. Total de miniestacas 96.
Trat. 1 (2.000 mg.L-1
de AIB), Trat. 2 (sem AIB). 12 blocos, cada bloco com 4 (miniestacas) de cada tratamento. Total de miniestacas 96.
Cont...
27
Cont.”
TERCEIA COLETA
SOLUÇÃO DE 100% SOLUÇÃO DE 50% SOLUÇÃO DE 25%
Trat. 1 (2.000 mg.L-1
de AIB), Trat. 2 (sem AIB). 11 blocos com 4 repetição (miniestacas) de cada tratamento. Total de miniestacas 88, 44 para cada tratamento.
Trat. 1 (2.000 mg.L-1
de AIB), Trat. 2 (sem AIB). 11 blocos com 4 repetição (miniestacas) de cada tratamento. Total de miniestacas 88, 44 para cada tratamento.
Trat. 1 (2.000 mg.L-1
de AIB), Trat. 2 (sem AIB). 11 blocos com 4 repetição (miniestacas) de cada tratamento. Total de miniestacas 88, 44 para cada tratamento.
3.7 SOBREVIVÊNCIA E ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS
A sobrevivência das miniestacas foram avaliadas ao final do
experimento (casa de vegetação). As miniestacas da primeira coleta
foram avaliadas 36 dias após o estaqueamento, aos 34 dias para a
segunda coleta e aos 35 dias para a terceira coleta.
Para efeito das avaliações, foram consideradas enraizadas as
miniestacas com raiz de maior ou igual 0,5 cm e para a contagem do
número de raízes foram consideradas as raízes emitidas diretamente da
base das miniestacas. As variáveis analisadas foram porcentagens de
estacas vivas, porcentagens de estacas enraizadas, número total raízes,
comprimento da maior raiz e comprimento médio das três maiores raízes.
3.8 PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS
Os dados mensurados de todos os experimentos foram
submetidos ao teste de Hartley (p < 0,05) e Lilliefors (p < 0,05) e
transformados quando necessário. Em seguida foi realizada análise
variância (ANOVA P < 0,01 e P < 0,05). De acordo com a significância da
ANOVA, os dados dos fatores foram comparados pelo teste de Tukey (p <
0,05). Utilizou-se o pacote estatístico SOC (EMBRAPA, 1990) para a
realização dos procedimentos estatísticos.
28
3.9 ANÁLISE HISTOLÓGICA
Nesse experimento foi analisado o caule em sua região
superior e região da base da estaca (Figura 5). A miniestaca utilizada era
oriunda de minicepas nutridas com a solução um e enraizadas na primeira
coleta.
FIGURA 5 - MINIESTACAS DE Guazuma ulmifolia ENRAIZADA, (A) PARTE
DO CAULE QUE DEU ORIGEM A LÂMINA FIGURA 9 (A), (B) MATERIAL QUE DEU ORIGEM AS LÂMINAS FIGURAS 9 (B) E (C).
As amostras foram fixadas em uma solução de formaldeído e
glutaraldeído (KARNOVSKY, 1965) e submetidas a três series de vácuo
por 15 minutos para a remoção de ar. Em seguida, as amostras foram
desidratadas em solução alcoólico-etílica em concentrações crescentes
(10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80, 90 e 100% v/v) permanecendo por dez
minutos em cada solução, sendo, em seguida, emblocadas em resina de
hidroxietil metacrilato (Leica®).
As amostras foram seccionadas a 5 µm com uso do micrótomo
rotativo manual acoplado com navalha do tipo C. Os cortes foram corados
29
com azul de toluidina (0,05%, v/v) em tampão de fosfato e ácido cítrico
(SAKAI) e montado em lâminas histológicas com resina sintética
(Entellan®). As lâminas histológicas foram analisadas e fotomicrografadas
com microscópio de luz em escala micrométrica, sendo as imagens
capturadas com câmera digital.
30
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 SOBREVIVÊNCIA DE MINICEPAS
Ao final de três coletas de miniestacas no minijardim seminal
obteve-se 100% de sobrevivência das minicepas de Guazuma ulmifolia.
Resultado similar aos encontrados em várias pesquisas com diversas
espécies como para Cordia trichotoma após oito coletas (KIELSE et al.,
2015), Cariniana estrellensis, avaliadas por um ano (HERNANDEZ et al.,
2013) e Toona ciliata conduzida em canaletões e tubetes (SILVA et al.,
2012). Resultado similar foram encontrados por Oliveira et al. (2015) ao
trabalhar com Handroanthus heptaphyllus. Pires et al. (2015), avaliando a
sazonalidade e solução nutritiva para miniestaquia de Araucaria
angustifolia observaram que não houve diferença significativa para a
sobrevivência das minicepas, apresentando-se 100% vivas no decorrer
das onze coletas independentes da solução nutritiva.
Se considerarmos apenas o ponto de vista econômico a
solução de 25% é a mais indicada para a espécie, pois há um menor uso
de sais em sua composição. No entanto, é importante lembrar que o
estado nutricional influencia diretamente quanto ao aspecto, vigor
vegetativo e formação de brotos das minicepas e, consequentemente,
apresenta nas miniestacas efeito significativo no processo rizogênico
(ASSIS et al., 2004).
Xavier et al. (2003), Cunha et al. (2005) e Cunha et al. (2008)
também encontraram 100% de sobrevivência das minicepas de Cedrela
fissilis após quatro coletas, Eucalyptus benthamii após cinco coletas e
Erythrina falcata após oito coletas de miniestacas em minijardim
conduzidas em tubetes, respectivamente.
Percentual inferior foi encontrado por Neubert (2014)
trabalhando com diferentes progênies de Plathymenia foliolosa Benth, os
percentuais encontrados variaram de 25% a 64,5%, respectivamente,
para progênies P45 e P3. Quadros et al. (2011) observaram 58,5% de
sobrevivência das minicepas de erva-mate.
31
Para Toona ciliata, Pereira (2014) encontrou diferentes
percentuais em função da coleta: 94,5% na primeira e segunda, com
mortalidade de 23,6% na terceira e ausência de mortalidade na quarta
coleta.
Dias (2012), avaliando a sobrevivência de minicepas de
angico-vermelho encontrou resultados inferiores, a sobrevivência de
minicepas teve variação entre 84% e 98%. Segundo Souza Junior (2007)
a sobrevivência superior a 90% é comum nos minijardins para muitas
espécies quando se realiza um manejo adequado das minicepas e uma
eficiente nutrição mineral. A alta sobrevivência das minicepas observada
neste estudo evidencia que a metodologia adotada ao longo do
experimento quanto às condições de cultivo no minijardim clonal foram
tecnicamente adequadas.
Diante destes fatores, julga-se importante aperfeiçoar as
soluções nutritivas de acordo com cada espécie, objetivando manter o
vigor e os níveis apropriados de nutrientes, tanto nas plantas quanto nas
brotações.
Em termos gerais, com o percentual de sobrevivência obtido
pode-se inferir que as minicepas de Guazuma ulmifolia apresentam
tolerância à poda apical, possibilitando a utilização desse sistema para
produção de mudas. Porém, recomenda-se mais estudos com maior
número de coletas, objetivando confirmar a longevidade das minicepas.
4.2 ANÁLISE DA PRODUTIVIDADE DE MINIESTACAS E INTERVALO DE COLETA
4.2.1 Intervalo de Coleta
A média de intervalo entre as três coletas sucessivas para o
sistema de minijardim em vasos para a espécie Guazuma ulmifolia foi de
47,33 dias. É importante ressaltar que o atraso ocorrido na primeira coleta
pode ter influenciado no intervalo da segunda, pois as podas de brotações
apicais tendem a estimular as gemas laterais.
32
Segundo Higashi et al. (2002), o intervalo de coleta pode variar
em função do sistema de minijardim adotado, da quantidade e tipo de
substrato utilizado, da época do ano, do manejo adotado, do padrão de
miniestacas e da espécie estudada.
De maneira geral, os resultados encontrados nesse estudo,
são similares aos observados em outros estudos. Para Handroanthus
heptaphyllus o intervalo médio entre as coletas foi de 37,5 (Oliveira et al.,
2015); para Ilex paraguariensis de 35 dias (Wendling e Souza Junior,
2003); 35 dias para Piptocarpha angustifolia (Ferriani, 2006) e 30 dias
para Cedrella fissilis (XAVIER et al., 2003).
Para Handroanthus heptaphyllus, Oliveira et al. (2015)
realizaram coletas em três, cinco, seis, sete, oito, nove, 10 e 11 meses
após a poda, obtendo intervalo de 37,5 dias entre coletas. Wendling e
Souza Junior (2003), ao trabalharem com minicepas de Ilex
paraguariensis obtiveram intervalos de 35 dias entre as coletas.
Ferriani (2006) também obteve intervalos de 35 dias entre as
coletas em minicepas de Piptocarpha angustifolia. Xavier et al. (2003)
utilizaram minicepas de Cedrella fissilis com intervalo de 30 dias entre
uma coleta e outra.
Estudando Toona ciliata, Souza et al. (2014) utilizaram dois
sistemas: canaletão e tubetes. No sistema de canaletão realizaram cinco
coletas de brotações em intervalos médios de 32 dias, no sistema de
tubetes realizaram três coletas com intervalos médios de 31 dias. Silva et
al. (2012) também avaliaram sistema de canaletão e tubetes para Toona
ciliata e obtiveram seis e quatro coletas, respectivamente.
Pires et al. (2015) não estabeleceram intervalos fixos para a
coleta das miniestacas de Araucaria angustifolia. Durante 12 meses
fizeram 11 coletas e obtiveram intervalos que variaram de 20 a 90 dias.
Os autores deste trabalho ressaltaram que a queda da temperatura
propiciou o aumento do intervalo.
O intervalo das coletas tem sido alvo de pesquisa por alguns
autores. Souza et al. (2009), estudando Toona ciliata em sistema de
tubetes concluíram que um maior o intervalo entre as coletas e brotações
33
maiores favorece a velocidade de crescimento das mudas produzidas,
devido ao acúmulo de reservas ocorrido no período entre coletas.
Sabendo que são diversos os fatores de interferência ao
intervalo de coleta e após observar diferentes estudos com intervalos
variados é que se ressalta a necessidade de realizar novas pesquisas
com Guazuma ulmifolia, objetivando obter intervalos menores de coletas
e aumentos na produção de propágulos vegetativos.
4.2.2 Produtividade
De acordo com a análise de variância houve interação
significativa ao nível de 1% de probabilidade de erro, pelo teste F entre
soluções e coletas (Tabela 2).
TABELA 2 - RESUMO DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA A CARACTERÍSTICA DE PRODUTIVIDADE DE MINIESTACA POR METRO QUADRADO AO ANO (PMQ) DE Guazuma ulmifolia LAM.
Causas da Variação GL
Quadrados Médios
PMQ(1)
(minies. m-2 ano
-1)
Bloco 7 5,5328 ns
COLETA 2 5.302,8783**
Bloco*COLETA 14 26,3747 ns
Parcela 23 -
SOLUÇÃO 2 2.448,9130**
SOLUÇÃO*COLETA 4 208,6816**
Resíduo 330 20,6889
Subparcela 359 -
Média - 719,7
CVexp. (%) - 17,7 ns
não significativo ao nível de 5% de probabilidade de erro, pelo teste F. ** significativo ao nível de 1% de probabilidade de erro, pelo teste F. GL = graus de liberdade, CVexp. = coeficiente de variação experimental, minies. = miniestaca, PMQ = produtividade de miniestaca por metro quadrado ao ano,
(1) dados
transformados por √n ao nível de 5% de probabilidade de erro.
Em relação à produtividade encontrada para Guazuma ulmifolia
as minicepas nutridas com a solução um apresentaram maior
produtividade de miniestacas (1.306,12 m-2.ano-1 e 1.267,3, produção
34
obtida nas coletas dois e três). Na sequência a melhor produtividade foi
obtida nas minicepas nutridas com a solução dois na coleta dois (828,01
miniestacas m-2.ano-1) e, por final, a as minicepas nutridas com solução
três com 802,66 miniestacas m-2.ano-1, miniestacas obtidas na coleta dois
(Tabela 3).
As minicepas que receberam a solução na concentração de
100% apresentaram uma maior produtividade de miniestaca por metro
quadrado ao ano, não diferindo da solução dois na coleta um. Na
sequência, as melhores médias de produtividade foram para as minicepas
nutridas com solução 50% e 25%, diferindo apenas a solução três na
coleta três (Tabela 3).
TABELA 3 - VALORES MÉDIOS DE PRODUTIVIDADE DE MINIESTACA POR METRO QUADRADO AO ANO EM RELAÇÃO AOS TRATAMENTOS AVALIADOS.
SOLUÇÃO COLETAS
1 2 3
S1 447,0±24,4 Ab 1.267,3±63,7 Aa 1.306,1±55,2 Aa
S2 345,6±22,3 ABb 828,0±43,5 Ba 715,7±47,9 Ba
S3 237,3±18,6 Bb 802,7±35,7 Ba 527,8±31,4 Cb
Nas colunas, médias seguidas por mesma letra maiúscula e, nas linhas, médias seguidas por mesma letra minúscula não diferem significativamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. S1-Solução nutritiva à100% da concentração dos sais, S2-solução à 50% e S3-solução à 25%.
As minicepas produziram uma média geral de 719,7
miniestacas m-2.ano-1, variando de 1.306,12 a 237,3 miniestacas m-2.ano-
1. Pires et al. (2015) obtiveram com Araucaria angustifolia produtividade
que variaram de 1.356 miniestacas m-2.ano-1 a 429 miniestacas m-2.ano-1,
respectivamente no verão e no inverno.
Outros trabalhos tiveram a produtividade de miniestaca descrita
apenas em m2 ou em média de miniestacas por minicepa. Após 11 meses
de coleta, Oliveira et al. (2015) obtiveram a melhor produtividade para
Handroanthus heptaphyllus de 245,6 miniestacas m-2. Wendling et al.
(2007) trabalhando com Ilex paraguariensis após 11 coletas realizadas
encontraram 291 miniestacas por m².
35
Souza (2010) encontrou 112 miniestacas por m2 de Toona
ciliata ao longo de três coletas, em intervalos de 31 dias. Valores
próximos foram encontratos para Piptocarpha angustifolia, verificaram
produção que variou entre 113,4 e 259,2 miniestacas por m2 no inverno e
na primavera, respectivamente (FERRIANI et al. 2011). Valores maiores
foram encontrados por Ferreira et al. (2010) para Sapium glandulatum,
cuja produtividade foi de 582 e 609 estacas por m2, respectivamente na
primavera e verão.
Higashi et al. (2002) relataram que para uma boa produção de
miniestacas é imprescindível uma nutrição mineral adaptada à espécie
em estudo. Além da necessidade de ajustar a nutrição para a espécie é
preciso considerar estudos já realizados, demonstrando a diferença de
produção dentro da mesma espécie.
Para o gênero Eucalyptus os valores encontrados são
superiores aos resultados observados para espécies nativas. Higashi et
al. (2002) encontraram 29.200 miniestacas m-² ano-¹. Brondani (2012) ao
avaliar a produção de miniestacas em minicepas de híbridos de
Eucalyptus benthamii x Eucalyptus dunnii obtiveram uma produção de
18.934,76, 20.942,27 e 20.748,14 miniestacas m-2. ano-1, respectivamente
para os clones H12, H19 e H20.
Para coletas, as melhores médias de produtividade de
miniestaca por metro quadrado ao ano foram as coletas dois, três e um
(Tabela 3). Em consonância com os resultados, Nascimento (2012)
obteve para Cordia trichotoma maior produtividade de miniestacas na
segunda coleta, sugerindo que a intensidade da primeira coleta foi
adequada e não prejudicou a coleta subsequente.
Discordando com o resultado obtido por Rosa (2006), em
estudo de miniestaquia de Eucalyptus dunnii Maiden, o qual observou a
queda na produção das minicepas na segunda coleta, justificada por
possível impacto da primeira coleta.
Para Cariniana estrellensis, Hernandez et al. (2013) obtiveram
aumento gradativamente, tendo na primeira coleta média de 2,1
estacas/cepa, 3,2 na segunda, 4,8 na terceira e 5 na quarta, com uma
36
produção de 20, 25, 36 e 38 estacas m2, respectivamente. Exceto na
coleta três, solução três Guazuma ulmifolia também apresentou aumento
gradativo de produtividade (Tabela 3).
A solução mais concentrada proporcionou uma maior
produtividade em todas as coletas, exceto na coleta um. Não houve
diferença significativa da solução dois e três na coleta um e dois.
A diferença significativa dos resultados observada para a
solução um na coleta dois e três pode ser resultado do período de
fortalecimento destinado às minicepas durante o estabelecimento do
minijardim, conforme descrito na metodologia, por um período de quatro
semanas as mudas foram nutridas com a solução dois.
Outra hipótese para este resultado é que os nutrientes que
existiam no torrão das mudas tenham interferido no resultado da primeira
coleta, e que, com o passar do tempo as irrigações lixiviaram os
nutrientes contidos nos torrões.
Estas mesmas hipóteses podem ser consideradas para os
resultados encontrados na coleta dois, onde a produtividade das
minicepas nutridas com solução dois não apresentaram diferença
significativa com as minicepas nutridas com solução três.
Em conformidade com resultados encontrados nas coletas dois
e três, Pires et al. (2015), trabalhando com Araucaria angustifolia
relataram que a solução nutritiva mais concentrada propiciou maior
produção de miniestacas e melhor vigor radicial, e todas as mudas
resultantes da miniestaquia apresentaram hábito ortotrópico de
crescimento.
Rocha et al. (2015), estudando produtividade de Eucalyptus
grandis x Eucalyptus urophylla verificaram que a produção de estacas por
minicepa foi influenciada significativamente em função do aumento das
doses de nitrogênio, apresentando comportamento quadrático e atingindo
a produção máxima (13,1 estacas cepa-1mês-1) com a dose estimada de
129 mg.L-1.
Os estudos quanto ao manejo adequado e a nutrição têm
crescido significativamente para algumas espécies. Cunha et al. (2008),
37
pesquisando diferentes concentrações de nutrientes para Eucalyptus
concluíram que o manejo do minijardim clonal deve ser mudado, de forma
a ser usada uma solução nutritiva específica para cada clone, nos
diferentes minijardins. Segundo estes autores, desta forma possibilita a
utilização de todo o potencial de produtividade das minicepas.
De maneira geral, ainda há carência de informações sobre a
nutrição de minicepas e é em virtude das especificidades de cada material
pesquisado que resultados diferentes são encontrados.
Kielse et al. (2015) verificaram que a produtividade das
minicepas de origem seminal e assexuada de Cordia trichotoma não
diferiu, independentemente das concentrações de solução nutritiva
utilizadas.
O que parece ser de senso comum é que as minicepas devem
receber uma nutrição balanceada. Souza Junior (2007) ressalta que para
manter o bom estado nutricional da planta matriz ou da minicepa no
minijardim clonal e garantir a produção de propágulos vegetativos de
qualidade é importante que a nutrição adotada seja balanceada com
macro e micronutrientes e ajustada em função da espécie em estudo.
4.3 MENSURAÇÃO DA SOBREVIVÊNCIA DAS MINIESTACAS E DO ENRAIZAMENTO ADVENTÍCIO DE MINIESTACAS
4.3.1 Sobrevivência e Enraizamento das Miniestacas
Durante a avaliação detectou-se que todas as estacas vivas
estavam enraizadas, diante desse resultado são considerados para
sobrevivência os mesmos resultados de enraizamento descritos na
Tabela 4.
Conforme resumo da análise de variância para a sobrevivência
e enraizamento das miniestacas não houve interação entre os fatores,
sendo significativo apenas para coleta. O percentual de sobrevivência e
enraizamento das miniestacas, considerando todos os tratamentos foi de
92,5% (Tabela 4).
38
TABELA 4 - RESUMO DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA A CARACTERÍSTICA DE ENRAIZAMENTO DAS MINIESTACAS (ENR) DE Guazuma ulmifolia LAM.
Causas da Variação GL
Quadrados médios
ENR(1)
%
Bloco 11 0,2392
COLETA 2 2,4332**
Bloco*ENR 21 0,0834ns
Parcela 34 -
SOLUÇÃO 2 0,5199ns
AIB 1 0,1962ns
SOLUÇÃO*AIB 2 0,2166ns
SOLUÇÃO*COLETA 4 0,1297ns
AIB* COLETA 2 0,2155ns
SOLUÇÃO *AIB* COLETA 4 0,3908ns
Resíduo 934 0,2041
Subparcela 983 -
Média - 92,5
CVexp. (%) - 28,3 ns
não significativo ao nível de 5% de probabilidade de erro, pelo teste F. ** significativo ao nível de 1% de probabilidade de erro, pelo teste F. GL = graus de liberdade, CVexp. = coeficiente de variação experimental, ENR = enraizamento das miniestacas, e AIB = ácido indolbutírico. (1) dados transformados por Exp (n + 0,5/100) ao nível de 5% de probabilidade de erro.
O fator AIB também não apresentou diferença significativa para
a sobrevivência das miniestacas, assim como as diferentes soluções.
Diante destes resultados considera-se que as miniestacas de Guazuma
ulmifolia sobrevivem na presença e na ausência de AIB, assim como nas
três concentrações de soluções avaliadas.
Uma hipótese para o resultado de sobrevivência e
enraizamento das miniestacas de Guazuma ulmifolia é que mesmo as
minicepas que foram nutridas com a solução menos concentrada
produziram propágulos com quantidade de nutrientes e auxinas
suficientes para sobreviverem e enraizarem.
As coletas influenciaram significativamente na sobrevivência
das miniestacas apenas na coleta um. A hipótese para este resultado
pode ser a época das coletas, porém, para verificar essa hipótese
necessita a execução de coletas em diferentes épocas do ano.
39
4.3.2 Período de Enraizamento
É possível inferir que o período de permanência na casa de
vegetação foi suficiente para enraizar as miniestacas, tendo em vista que
100% das miniestacas vivas enraizaram, obtendo mortalidade de 7,5%
(Tabela 4). Outro fator que evidencia que o tempo de permanência na
casa de vegetação foi suficiente é que 98% das miniestacas enraizadas já
apresentavam as raízes com comprimento superior ao comprimento dos
tubetes (Figura 6).
Para calcular este percentual foi executado apenas contagem
simples, desconsiderando os tratamentos.
FIGURA 6 – (A) PRESENÇA DE RAÍZES QUE ULTRAPASSARAM A EXTREMIDADE INFERIOR DOS TUBETES, (B) ESTACAS ENRAIZADAS.
O período de enraizamento pode variar em função de vários
fatores, sendo assim, não ha um período ótimo universal para todos os
experimentos.
Para as espécies de mata de galeria, Oliveira et al. (2001)
encontraram variação de dois a quatro meses para a formação do sistema
radicular.
Corroborando com esta variação de dois meses, Wendling et
al. (2007) observaram que o enraizamento de miniestacas de Ilex
40
paraguariensis, oriundas de minijardim clonal em sistema semi-
hidropônico ocorreu aos 60 dias em casa de vegetação.
Porém, período inferiores ou equivalentes a 30 dias são
considerados suficientes para algumas espécies (CUNHA et al., 2003;
WENDLING et al., 2005).
Resultados obtidos por Cunha et al. (2008), trabalhando com
Erythrina falcata coincidem com o período de 30 dias. Os autores
observaram que a permanência das miniestacas por 30 dias em casa de
vegetação favoreceu o enraizamento das miniestacas.
4.3.3 Influência da Nutrição no Percentual de Enraizamento
As diferentes concentrações de solução (SOL) não
apresentaram efeito significativo ao nível de 5% de probabilidade de erro
pelo teste F. Esse resultado possibilita inferir que mesmo a solução de
menor concentração propiciou às minicepas propágulos com status
nutricional suficiente para enraizar, ou seja, foi possível enraizar
miniestacas de Guazuma ulmifolia com nutrição menos concentrada. As
soluções dois e três possuem menor custo em virtude da concentração de
nutrientes, deste modo é possível inferir que é dispensável o uso de
soluções mais concentradas e consequentemente mais caras.
Apesar das nutrições não terem apresentado efeito
significativo para Guazuma ulmifolia é imprescindível que a planta matriz
receba uma nutrição mineral adequada. Rocha et al. (2015) verificaram
que o aumento das doses de nitrogênio influenciou significativamente a
velocidade de enraizamento, sendo que a dose estimada de 218 mg.L-1
proporcionou um menor tempo para o surgimento das primeiras raízes
abaixo dos tubetes, que foi de 19 dias.
A nutrição tem sido considerada por diversos autores como
fator determinante para sucesso da propagação vegetativa. Diante da
importância da nutrição e dos resultados encontrados para Guazuma
ulmifolia recomenda-se que sejam realizados estudos de viabilidade
econômica, considerando a produtividade de miniestacas e a nutrição.
41
Outro estudo a se considerar é quanto ao vigor das mudas produzidas a
partir de diferentes concentrações de nutrição.
As médias de enraizamento da miniestacas de Guazuma
ulmifolia apresentaram percentuais que variaram de 79,16 a 97,97%
(Tabela 5). O teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro
demonstrou que a melhor média refere-se a coleta dois e três (Tabela 5).
Esse resultado pode estar relacionado com a presença de vários fatores:
idade das brotações, condições fisiológicas das minicepas, condições
climáticas, estações do ano, podendo também ter ocorrido interações
entre fatores.
TABELA 5 - VALORES MÉDIOS DE ENRAIZAMENTO EM RELAÇÃO ÀS COLETAS, AIB E SOLUÇÃO.
SOLUÇÃO AIB COLETAS
Média 1 2 3
S1 A1 79,2±4,2 97,9±2,0 97,7±2,3 91,6
A0 90,6±62 93,7±3,5 93,3±3,8 92,5
S2 A1 87,5±3,9 91,7±4,0 95,4±3,2 91,5
A0 90,3±2,9 95,8±2,9 95,4±3,2 93,8
S3 A1 95,8±2,9 97,9±2,0 97,9±2,3 97,2
A0 89,6±4,5 97,9±2,0 97,7±2,3 95,0
Média - 88,831 b 95,83335 a 96,27055 a 93,6
Médias seguidas por mesma letra minúscula não diferem significativamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. S1 Solução 100%, S2 solução 50% e S3 solução 25%. AIB, A1 para concentração de 2.000 mg.L
-1 e A0 para ausência de AIB.
Paiva e Gomes (1995) citaram que a taxa de enraizamento de
miniestacas pode variar em função da época do ano, pois a sazonalidade
está diretamente relacionada ao teor de carboidratos armazenados na
planta matriz. Os carboidratos livres (carboidratos solúveis) e os
carboidratos de armazenamento (amidos ou carboidratos insolúveis) são
importantes no enraizamento por serem fontes de energia e de carbono
para a síntese de substâncias essenciais para formação dos primórdios
radiculares (NASCIMENTO, 2012).
Pires et al. (2015), estudando a sazonalidade e soluções
nutritivas na miniestaquia de Araucaria angustifolia verificaram que as
42
coletas de inverno apresentaram os melhores resultados de
enraizamento, com média de 83% em casa de sombra, contra 31% das
demais estações.
As miniestacas de Guazuma ulmifolia apresentaram alto
percentual de enraizamento, que pode estar relacionado à época de
coleta dos propágulos ou pela facilidade de enraizamento da espécie. Ou
seja, as miniestacas continham em seus tecidos substâncias endógenas
necessárias à iniciação radicular. Em espécies consideradas de fácil
enraizamento a formação de raízes ocorre independente da época do ano
e da aplicação de qualquer substância exógena para que nas estacas se
formem raízes (HARTMANN et al., 2011).
A juvenilidade do material estudado também deve ser
considerada para o alto percentual de enraizamento encontrado para
Guazuma ulmifolia. O enraizamento de material vegetativo juvenil possui
maior facilidade, sendo que quanto mais juvenil mais rápida é a formação
das raízes, melhor é a qualidade do sistema radicial formado e menor é a
probabilidade de barreiras anatômicas que podem interferir
negativamente para a formação de raízes adventícias (HARTMANN et al.,
2011).
A diferença de enraizamento das miniestacas encontradas
entre as coletas pode estar relacionada com a idade dos propágulos, pois
as brotações da primeira coleta eram menos recente/madura das demais.
De acordo com Alfenas et al. (2004), brotações muito jovens ou muito
maduras podem ser inadequadas para o enraizamento.
A determinação do exato ponto de coleta das brotações para
enraizamento não é uma tarefa fácil. Normalmente o que tem sido
realizado nos trabalhos citados na literatura é o monitoramento do
minijardim e quando as brotações apresentam em torno de cinco
centímetro de altura realiza-se o corte (WENDLING e SOUZA JUNIOR,
2003; FERRIANI et al., 2011).
Definir o padrão de miniestacas demanda observações quanto
a espécies a serem trabalhadas. No caso Guazuma ulmifolia o tamanho
de cinco centímetros não foi considerado o ideal para a espécie, pois as
43
minicepas produziram propágulos com comprimento entre nós que
variaram em torno de dois a quatro centímetros (Figura 7). Mantendo em
cinco centímetros de comprimento algumas miniestacas ficariam com
poucas gemas axilares, o que pode ser considerado desfavorável para a
propagação por miniestaquia.
FIGURA 7 - (A) MINIESTACA COM COMPRIMENTO ENTRE NÓS DE 2 CM. (B) MINIESTACA COM COMPRIMENTO ENTRE NÓS DE 4 CM.
A partir de observações visuais, percebeu-se que as
miniestacas obtidas na primeira coleta possuía diâmetro maior (Figura 8),
talvez as miniestacas encontravam-se mais lenhosas, mais lignificadas, o
que pode ter dificultado o processo rizogênico, produzindo assim o
resultado encontrado na (Tabela 5).
Contrário a essa hipótese, Souza et al. (2009) concluíram que
para Toona ciliata brotações maiores foram benéficas para o crescimento
das mudas, os autores concluíram que quanto maior as brotações que
originaram as miniestacas maior a velocidade de crescimento das mudas
clonais produzidas devido ao acúmulo de reservas ocorrido no período
entre coletas.
44
FIGURA 8 - (A) PADRÃO MÉDIO DAS MINIESTACAS DA PRIMEIRA COLETA, (B) MINIESTACAS DA SEGUNDA COLETA E (C) MINIESTACAS DA TERCEIRA COLETA.
Outra hipótese que deve ser considerada é que o enraizamento
das miniestacas nessas diferentes épocas pode estar associado às
condições fisiológicas das minicepas, tendo em vista que se trata de uma
espécie com significativas variações fenológicas anuais (NUNES et al.,
2005).
Apesar dos resultados encontrados estarem dentro do citado
pela literatura estudada, julga-se importante um estudo que avalie para
Guazuma ulmifolia o tamanho das brotações. Assim poderá ser
proporcionado percentual de mortalidade menor ao encontrado, tendo em
vista que as maiores taxas de mortalidade de mudas são encontradas no
setor de enraizamento, podendo totalizar mais de 20% (ZANNI FILHO,
1997).
4.3.4 Influência do AIB no Enraizamento
Observou-se que a aplicação de 2.000 mg.L-1 de AIB em
solução na base das miniestacas não apresentou efeito significativo ao
nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste F. De maneira geral, esse
45
resultado pode ser explicado pelo fato do material ser juvenil, os quais
possuem balanço hormonal endógeno favorável ao enraizamento. Desta
forma, a juvenilidade do material vegetativo de Guazuma ulmifolia foi
suficiente para induzir a formação de raízes adventícias, não
necessitando do uso de reguladores vegetais.
Concordando com este resultado, Cunha et al. (2008)
observaram que não há necessidade de aplicação de reguladores de
crescimento para obtenção de mudas de Grevillea robusta por
miniestaquia. Para Cordia trichotoma, Kielse et al. (2015) relataram que
mesmo sem a aplicação de 1.000 mg.L-1 de ANA foi possivel enraizar as
miniestacas.
Em outros experimentos também se observou que algumas
espécies não necessitam de auxinas para induzir o enraizamento.
Pimenta et al. (2014); Wendling et al. (2010); Ferreira et al. (2010); Xavier
et al. (2003); Silva et al. (2010) estudando sobre Jatropha curcas L.
Erythrina falcata, Sapium glandulatum, Cedrela fissilis e Calophyllum
brasiliense relataram o enraizamento das miniestacas sem o uso de
auxinas.
As condições fisiológicas das minicepas podem influenciar
enraizamentos adventícios. As minicepas podem sofrer alterações nos
níveis hormonais endógenos e nutricionais e no balanço entre promotores
e inibidores de enraizamento, influenciando assim a resposta das
miniestacas ao enraizamento (ANDREJOW, 2006; XAVIER et al.,2013
citado por NEUBERT, 2014).
. Considerando estas fundamentações citadas acima e o
percentual de sobrevivência das miniestacas pode-se considerar que as
minicepas possuíam condições fisiológicas favoráveis, de modo que
influenciou positivamente no enraizamento adventício.
Se considerar as condições experimentais e o tipo de
propágulos utilizados, pode-se entender que Guazuma ulmifolia apresenta
aptidão natural ao enraizamento de miniestacas, não sendo necessária a
utilização de reguladores vegetais para a indução de raízes adventícias.
46
4.3.5 Vigor Radicial
A análise de variância considerou os fatores, coleta, solução e
AIB (Tabela 6).
TABELA 6 - RESUMO DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA A
CARACTERÍSTICA DE NÚMERO TOTAL DE RAIZ (NTR) MINIESTACAS DE Guazuma ulmifolia LAM.
Causas da Variação GL Quadrados médios
NTR(1)
Bloco 11 1,7917
COLETA 2 23,6952**
Bloco*COLETA 21 0.6463ns
Parcela 34 _
SOLUÇÃO 2 4,6545**
AIB 1 75,0947**
SOLUÇÃO*AIB 2 3,3492**
SOLUÇÃO*COLETA 4 2,9791**
AIB*COLETA 2 26,727**
SOLUÇÃO*AIB*COLETA 4 1,7252*
Resíduo 860 0,6092
Subparcela 909 _
Média _ 10,0
CVexp. (%) _ 25,8 ns
não significativo ao nível de 5% de probabilidade de erro, pelo teste F. ** significativo ao nível de 1% de probabilidade de erro, pelo teste F. GL = graus de liberdade, CVexp. = coeficiente de variação experimental, NTR = número total de raiz e AIB = ácido indolbutírico.
(1) dados transformados por √nao nívelde 5% de probabilidade de erro.
Verificou-se efeito significativo para coleta (p < 0,001), solução
(p < 0,001) AIB (p < 0,001), solução* AIB (p < 0,001), solução* coleta (p <
0,001) e (p < 0,05) para AIB* coleta e solução* AIB* coleta).
Para Guazuma ulmifolia as médias de raízes por miniestacas
variaram de 6.9 a 17,4 (Tabela 7). As miniestacas de Guazuma ulmifolia
que não receberam AIB não apresentaram diferença significativa,
independente das soluções (Tabela 7). Estudando Cordia trichotoma,
Nascimento (2012) verificou que o número de raízes não foi influenciado
pelo tipo de minicepa e pelas doses de AIB (p ≤ 0,05), aos trinta e
sessenta dias de avaliação.
47
TABELA 7 - VALORES MÉDIOS DO NÚMERO TOTAL DE RAIZ (NTR)
POR MINIESTACA DE Guazuma ulmifolia LAM. CONSIDERANDO A INTERAÇÃO SOLUÇÃO, AIB E COLETA.
SOLUÇÃO AIB COLETAS
1 2 3
S1 A1 16,0±0,9 ABa 11,4±0,7Ab 11,3±0,8 Ab
A0 8,4±0,4 Ca 8,2±0,6 Ba 8,1±0,6 Ba
S2 A1 15,2±0,9 Ba 8,3±0,7 Bb 9,2±0,6 ABb
A0 7,7±0,5 Ca 8,9±0,6 Ba 9,0476±0,6 Ba
S3 A1 17,4±1,0 Aa 6,9±0,5 Bb 7,1±0,5 Bb
A0 7,9±0,8 Ca 6,9±0,5 Ba 7,2±0,6 Ba
Nas colunas, médias seguidas por mesma letra maiúscula e, nas linhas, médias seguidas por mesma letra minúscula não diferem significativamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. S1 solução 100%, S2 solução 50% e S3 solução 25%. AIB, A1 para concentração de 2.000 mg.L
-1 e A0 para ausência de AIB.
As miniestacas oriundas da minicepas da solução um que
receberam aplicação de AIB formaram um número total de raiz superior
em ambas as coletas (Tabela 7), não diferindo apenas na coleta um a
solução um da solução três e dois da um, já na coleta três a solução um
também não diferiu da solução dois (Tabela 7).
Os resultados referentes ao fator coleta apresentaram
similaridade nas coletas dois e três, sendo as médias referentes a solução
um foi superior as demais, exceto na coleta três solução dois.
O resultado da coleta um, assim como na coleta dois e três
pode estar associado ao vigor das brotações, conforme descrito
anteriormente, a coleta um possuía brotações maiores, desta forma, as
estacas possuíam estado nutricional e metabólico diferenciado. A idade
das brotações também podem ter proporcionado o maior vigor obtido na
coleta um. A ação destes elementos associados à presença de auxina
exógena na miniestacas podem ter proporcionado o maior vigor obtido.
Esta hipótese vem ao encontro com o citado por Greenwood e
Hutchison (1993), os quais ressaltam que além do aumento dos
percentuais de enraizamento com o aumento de juvenilidade dos
propágulos pode ocorrer maior vigor radicular, resultando em um maior
número de raízes.
48
Diante do vigor radicial verificado nas miniestacas que
receberam o tratamento com AIB, volta à tona a discussão sobre a
necessidade de utilizar o AIB no enraizamento de Guazuma ulmifolia e do
tempo ideal para coleta, pois a presença de AIB não foi significativa para
o enraizamento, porém, para o vigor verificou-se que as maiores médias
foram na coleta um e com a aplicação do AIB, independente das
soluções. Perante estes resultados e da importância do vigor radicial para
a propagação recomenda-se mais estudos que avaliem diferentes
tratamentos.
Conforme resumo da análise de variância houve interação
entre solução* AIB e AIB* coleta (Tabela 8).
TABELA 8 - RESUMO DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA A
CARACTERÍSTICA DE COMPRIMENTO MÉDIO DA MAIOR RAIZ (CR) MINIESTACAS DE Guazuma ulmifolia LAM.
Causas da Variação GL
Quadrados médios
CR(1)
Cm
Bloco 11 0,2811ns
COLETA 2 0,4007ns
Bloco*SOLUÇÃO 21 0,1662ns
Parcela 34 _
SOLUÇÃO 2 0,04696ns
AIB 1 1,6527**
SOLUÇÃO*AIB 2 0,7647**
SOLUÇÃO*COLETA 4 0,3191ns
AIB*COLETA 2
0,6431*
SOLUÇÃO*AIB*COLETA 4 0,0755ns
Resíduo 860 0,1439
Subparcela 909 _
Média _ 10,4
CVexp. (%) _ 11,8 ns
não significativo ao nível de 5% de probabilidade de erro, pelo teste F. ** significativo ao nível de 1% de probabilidade de erro, pelo teste F. GL = graus de liberdade, CVexp. = coeficiente de variação experimental, CR = comprimento médio da maior raiz e AIB = ácido indolbutírico. (1)
dados transformados por √nao nível de 5% de probabilidade de erro.
Para comprimento da maior raiz verificou-se que as médias
para as miniestacas que receberam o tratamento com AIB não diferiram
49
significativamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de
erro, entre das soluções, porém, as miniestacas que não receberam o
tratamento com AIB apresentaram diferença significativa. A maior média
foi constatada nas miniestacas oriundas das minicepas que receberam a
solução dois, as demais não diferiram entre si (Tabela 9).
A presença de AIB proporcionou médias superiores nas
miniestacas oriundas das minicepas que receberam as soluções um e
três, entretanto, para a solução dois a presença de AIB não proporcionou
diferença significativa pelo teste de Tukey ao nível de 5% de
probabilidade de erro (Tabela 9).
TABELA 9 - VALORES MÉDIOS DO COMPRIMENTO DA MAIOR RAIZ
(CMR) POR MINIESTACA DE Guazuma ulmifolia LAM. CONSIDERANDO A INTERAÇÃO SOLUÇÃO (SOL) E AIB.
SOL
AIB
A1 A0
S1 10,9±0,2 Aa 9,9±0,2 Bb S2 10,4±0,2 Aa 10,6±0,2 Aa S3 10,5±0,2 Aa 9,9±0,1 Bb
Nas colunas, médias seguidas por mesma letra maiúscula e, nas linhas, médias seguidas por mesma letra minúscula não diferem significativamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. . S1 solução 100%, S2 solução 50% e S3 solução 25%. AIB, A1 para concentração de 2.000 mg.L
-1 e A0 para ausência de AIB.
Considerando apenas o comprimento da maior raiz, a solução
dois pode ser considerada como a mais remendada pelo fato de possuir
concentração mediana de sais e possuir um menor custo. Além da
possível economia com a solução e da não necessidade usar AIB, esta
recomendação deve ser avaliada juntamente com os resultados das
outras variáveis, de modo que considere a importância do vigor radicial
para a propagação.
Contrário ao resultado obtido para a solução dois, Nascimento
(2012), estudando Cordia trichotoma verificou que o comprimento das
raízes foi afetado pelo uso da auxina, sendo observadas em miniestacas
tratadas com AIB raízes mais compridas, independente do tipo de
minicepa.
Concordando com o obtido nas soluções um e três a aplicação
de AIB também proporcionou resultado significativo em estudo realizado
50
com Pinus taeda, os autores verificaram que o comprimento das raízes
apresentaram melhores resultados com a aplicação de 250 mg.L-1 de AIB
(ALCANTARA et al., 2008).
Comparando o efeito da coleta nas miniestacas que receberam
aplicação de AIB, o resultado foi significativo apenas na coleta um, já para
as miniestacas que não receberam aplicação de AIB as médias não
diferiram significativamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de
probabilidade de erro. Ao verificar o efeito do AIB para as miniestacas da
mesma coleta houve significância apenas na coleta um (Tabela 10).
TABELA 10 - VALORES MÉDIOS DO COMPRIMENTO DA MAIOR RAIZ CM (CR) POR MINIESTACA DE Guazuma ulmifolia LAM. CONSIDERANDO A INTERAÇÃO COLETAS (COL) E AIB.
AIB
COLETAS
1 2 3
A1 11,1±0,2 Aa 10,2±0,1 Ab 10,3±0,1 Ab
A0 10,1±0,2 Ba 10,1±0,2 Aa 10,1±0,1 Aa
Nas colunas, médias seguidas por mesma letra maiúscula e, nas linhas, médias seguidas por mesma letra minúscula não difere significativamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. AIB A1 para concentração de 2.000 mg.L
-1 e A0
para ausência de AIB.
De acordo com o citado anteriormente as miniestacas da coleta
um possuíam vigor diferenciado, este fator pode ter proporcionado a
superioridade obtida na coleta e uso de AIB. Vale ressaltar que, de um
modo geral, o comprimento das raízes apresentaram médias aproximadas
maior com 11,1 cm e menor 10,1cm.
A similaridade de comprimento das raízes também pode ser
resultado do período de manutenção na casa de vegetação. Conforme
citado no item período de enraizamento, 98% das miniestacas enraizadas
já apresentavam as raízes com comprimento superior ao comprimento
dos tubetes (Figura 6).
De modo geral as miniestacas que receberam a aplicação de
AIB apresentaram homogeneidade, exceto na coleta um. Esse padrão de
desenvolvimento radicial obtido pode ser considerado como bom, pois
segundo Alcantara et al. (2008) o comprimento e massa seca das raízes
definem a qualidade da raiz formada.
51
De acordo com Pacheco (2007), o maior comprimento das
raízes em estacas tratadas com AIB pode estar relacionado com
alterações na extensibilidade da parede celular, pela ativação das
expansivas. As ações expansivas atuam sobre as auxinas sobre as
proteínas H+-ATPases da membrana plasmática, sendo essa atividade
aumentada em presença de auxinas (TAIZ e ZEIGER, 2009).
Conforme resumo da análise de variância para a característica
de comprimento médio das três maiores raízes houve diferença
significativa para coleta, solução, AIB e interação entre solução*AIB
(Tabela 11).
TABELA 11 - RESUMO DA ANÁLISE DE VARIÂNCIA PARA A CARACTERÍSTICA DE COMPRIMENTO MÉDIO DAS TRÊS MAIORES RAÍZES (CMR) MINIESTACAS DE Guazuma ulmifolia LAM.
Causas da Variação GL
Quadrados médios
CMR(1)
Cm
Bloco 11 0,3091ns
COLETA 2 1,5977**
Bloco*COLETA 21 0,1702
Parcela 34 _
SOLUÇÃO 2 0,7443*
AIB 1 4,4419**
SOLUÇÃO*AIB 2 0,6418*
SOLUÇÃO*COLETA 4 0,0392ns
AIB*COLETA 2 0,2919ns
SOLUÇÃO*AIB*COLETA 4 0,1195ns
Resíduo 860 0,1823
Subparcela 909 _
Média _ 9,3
CVexp. (%) _ 14,1 ns
não significativo ao nível de 5% de probabilidade de erro, pelo teste F. ** significativo ao nível de 1% de probabilidade de erro, pelo teste F. GL = graus de liberdade, CVexp. = coeficiente de variação experimental e AIB = ácido indolbutírico.
(1) dados transformados por √n ao nível de 5% de probabilidade de erro.
O tamanho médio das três maiores raízes foi influenciado pela
aplicação do AIB em todas as soluções (Tabela 12). Entretanto,
comparando a presença de AIB nas três soluções a maior média obtida
52
foi na solução um (Tabela 12). Ao comprar as médias considerando o
fator coleta houve diferença significativa da coleta um com as demais
(Tabela 13).
TABELA 12 - VALORES MÉDIOS DO COMPRIMENTO MÉDIO DAS TRÊS MAIORES RAÍZES (CMR) POR MINIESTACA DE Guazuma ulmifolia LAM. CONSIDERANDO A INTERAÇÃO SOLUÇÃO E AIB.
SOL AIB
A1 A0
S1 10,2±0,1 Aa 8,9±0,2 Ab
S2 9,6±0,2 Ba 9,2±0,2 ABb
S3 9,1±0,2 Ba 8,6±0,2 Bb
Nas colunas, médias seguidas por mesma letra maiúscula e, nas linhas, médias seguidas por mesma letra minúscula não difere significativamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. S1 solução 100%, S2 solução 50% e S3 solução 25%. AIB, A1 para concentração de 2.000 mg.L
-1 e A0 para ausência de AIB.
Para enraizamento de estacas de Toona ciliata, Perreira (2014)
verificou que o comprimento das três maiores raízes não apresentou
efeito significativo para AIB e tipo de resgate. Stuepp et al. (2014)
avaliando essa variável para Juniperus chinensis L. var. kaizuka Hort. não
obteve diferença significativa entre as concentrações de IAB utilizadas.
A média referente ao comprimento das três maiores raízes foi
superior na coleta um e solução um (Tabela 13). Além do efeito do AIB a
superioridade obtida na coleta um pode estar associada à quantidade de
reserva armazenada nas miniestacas, ou seja, a solução mais
concentrada, a idade e tamanho dos propágulos podem ter contribuído
para uma maior a quantidade de carboidratos e outros compostos
metabólicos, os quais são fundamentais à indução e ao crescimento das
raízes.
TABELA 13 - VALORES MÉDIOS DO COMPRIMENTO MÉDIO DAS TRÊS MAIORES RAÍZES (CMR) POR MINIESTACA DE Guazuma ulmifolia LAM. CONSIDERANDO A COLETAS (SOL).
COLETAS
1 2 3
9,7±0,1 a 9,0±0,1 b 8,9±0,1 b
Médias seguidas por mesma letra minúscula não diferem significativamente pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro.
53
O carboidrato apesar de não possuir função reguladora no
enraizamento é fonte de energia e de carbono para a síntese de
substâncias essenciais para a formação do corpo da planta (MALAVASI,
1994).
Conhecer a concentração endógena dos carboidratos pode ser
considerada como um indicador das reservas de energia disponível para
o enraizamento (MALAVASI, 1994; SILVA 1998).
4.3.6 Análises Anatômicas
As análises anatômicas em experimentos com propagação
vegetativa vêm ganhando proporções, esse crescimento ocorre devido à
importância de identificar o tecido de origem das raízes secundárias.
As análises do presente estudo não identificaram a presença
de calo, sugerindo assim que as raízes adventícias tiveram sua origem no
tecido meristemático com ligação direta com o cambio vascular (Figura 9).
De acordo com Li et al. (2009), citados por Brondani (2012), esse tipo de
formação é considerada ideal, tendo em vista que a conexão direta com o
câmbio vascular proporciona uma maior funcionalidade da raiz. A
ausência de calo pode ser considerada como um resultado importante
pelo fato de a presença de calo proporcionar na região de conexão certa
fragilidade (HARTMANN et al., 2011).
A hipótese levantada por Pimenta et al. (2014) também pode
ser considera para este experimento, a significância encontrada para o
fator coleta no enraizamento pode estar relacionada com as condições
fisiológicas das minicepas e/ou das miniestacas durante a condução dos
testes, e não necessariamente da natureza anatômica do material
estudado. Os autores basearam-se na ausência de amido, lipídios e fibras
esclerenquimáticas nas análises anatômicas para embasar a hipótese de
interferência de fatores fisiológicos e não anatômicos.
Considerando o alto percentual de enraizamento obtido neste
experimento e que as análises anatômicas apresentaram ausência de
54
barreira anatômica julgou-se desnecessário a realização de análises
físico-químicas.
FIGURA 9 - HISTOLOGIA DO ENRAIZAMENTO EM MINIESTACAS DE
Guazuma ulmifolia CORTE TRANSVERSAL DA REGIÃO DO CAULE. (A) CORTE TRANSVERSAL A 6 CM ACIMA DA BASE DA ESTACA, (B) CORTE TRANSVERSAL A 1 CM ACIMA DA BASE DA ESTACA (C) CORTE TRANSVERSAL NA BASE DA ESTACA APRESENTANDO RAIZ ADVENTÍCIA COM CONEXÃO COM O CAMBIO VASCULAR.
Com o elevado percentual de enraizamento obtido, pode-se
considerar que as miniestacas de Guazuma ulmifolia não possuem
barreiras estruturais para o desenvolvimento de raízes adventícias, de
modo a considerar a espécie como de fácil enraizamento.
Outro elemento importante a ressaltar é a origem das
miniestacas, material juvenil, o que segundo Hartmann et al. (2011) esse
tipo de material apresenta parede celular primária e pouco lignificada,
sendo favorável ao enraizamento.
55
5 CONCLUSÕES
A sobrevivência das minicepas não apresentou influência da
solução nutritiva e das coletas de brotações.
Maiores produtividades de miniestacas foram verificadas nas
maiores concentrações de sais da solução nutritiva.
O percentual de sobrevivência e enraizamento das miniestacas não
foi afetado pela aplicação de AIB e pela solução nutritiva. Porém, a
aplicação de AIB influenciou positivamente no vigor radicial.
Nas miniestacas de Guazuma ulmifolia não foram visualizados
bloqueios anatômicos que possam dificultar a indução radicial. As
análises histológicas possibilitaram averiguar a formação de centros
meristemáticos junto ao câmbio vascular, sendo possível visualizar uma
conexão direta com o câmbio vascular.
A Guazuma ulmifolia pode ser considerada uma espécie de fácil
enraizamento a partir de minicepas por via seminal e a técnica de
miniestaquia demonstrou viabilidade para a produção de mudas da
espécie ao longo do ano independente da disponibilização de sementes.
56
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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