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Vanessa Fernandes De Souza Rangel <[email protected]>
Fwd: Ofício RUNESP sobre redepartamentalização - Araraquara/FCL
Diretoria FCL <[email protected]> 23 de novembro de 2018 14:45Para: [email protected]: [email protected], [email protected]
Boa tarde. Por solicitação do Prof. Cláudio Cesar de Paiva, encaminhamos para conhecimento e providências. Atenciosamente Maria Helena Haddad Tovolli Assessora ______________________ GABINETE DA DIRETORIA Faculdade de Ciências e Letras - Câmpus de Araraquara Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquista Filho” - UNESP Contato (16) 3334-6215 / 3334-6263 ---------- Forwarded message --------- From: Vice-Reitor <[email protected]> Date: qua, 14 de nov de 2018 às 11:01 Subject: Ofício RUNESP sobre redepartamentalização - Araraquara/FCL To: <[email protected]> Ilmo. Prof. Dr. Cláudio Cesar de PaivaDD. Diretor da FCL/AraraquaraUNESP Considerando que na "Proposta de Sustentabilidade para a UNESP - Parte III -Reforma Acadêmica" foram apresentados desafios ao ensino, à pesquisa e àextensão, que a UNESP precisa vencer no curto, médio ou longo prazo;Considerando ainda, que um desses desafios é a "Estrutura DepartamentalFragmentada e Assimétrica", a qual precisa ser repensada, a fim de fortalecer opapel acadêmico-científico dos departamentos, venho por meio deste, encaminharos arquivos anexos (Ofício RUNESP e documento síntese sobreredepartamentalização) para providências cabíveis.Informo que o e-mail para estabelecer comunicação com a comissão que estuda oreferido assunto é o [email protected], bem como ressalto que o prazo para oenvio das propostas pelas Unidades é o dia 30 de março de 2019.Atenciosamente, Prof. Dr. Sergio Roberto NobreVice-Reitor 2 anexos
Documento Síntese Redepartamentalização CEPE 09-10-2018.pdf 454K
Ar-FCL.doc 215K
unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
REITORIA Proposta de Reestruturação Departamental
1
Ofício nº 284/2018-RUNESP
São Paulo, 13 de novembro de 2018.
Prezado Senhor
Na “PROPOSTA DE SUSTENTABILIDADE PARA A UNESP - Parte III - REFORMA
ACADÊMICA”, foram apresentados desafios associados ao ensino, à pesquisa e à
extensão, que a Unesp precisa vencer no curto, médio ou longo prazo. Um desses
desafios é a “ESTRUTURA DEPARTAMENTAL FRAGMENTADA E ASSIMÉTRICA”, a qual
precisa ser repensada, a fim de fortalecer o papel acadêmico-científico dos
departamentos.
Hoje, os 193 departamentos não mais reúnem profissionais que se dedicam
apenas à graduação, mas sim que atuam em grandes áreas/subáreas do
conhecimento e em suas especialidades, articulando o ensino com a pesquisa e a
extensão.
Os ciclos de expansão e as transformações ao longo do tempo levaram a
diferentes formas de organização, fazendo com que profissionais que trabalham em
campos similares estejam agrupados em diferentes departamentos, o que é contrário
a uma efetiva interação acadêmico-científica, que também decorra da aproximação
de expertises, conforme a nova orientação de contratação docente por áreas e não por
disciplinas.
Buscando superar esse desafio, a atual gestão da Unesp estudou e debateu no
CEPE estudo preliminar sobre uma política de reestruturação departamental apoiada
em PRINCÍPIOS, PARÂMETROS e CRITÉRIOS, o que resultou no documento “Proposta de
Reestruturação Departamental – Algumas bases para o debate”, em anexo.
Em oposição à composição atual, em que os departamentos são constituídos
em bases disciplinares (especialmente disciplinas de graduação), esta reestruturação,
com bases estritamente acadêmicas, fundamenta-se principalmente no agrupamento
de competências em áreas do conhecimento.
A comissão encarregada estudou a organização departamental de todas as
Unidades da Unesp, fazendo comparações não apenas entre departamentos de
natureza similar, mas também com departamentos de outras Instituições de Ensino
Superior, resultando na proposta ora apresentada. No entanto, a comissão entende
que é a Unidade quem melhor conhece as peculiaridades de sua organização
unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
REITORIA Proposta de Reestruturação Departamental
2
departamental e, por isso, precisa ser ouvida e deverá ter papel protagonista nesse
processo. Porém, a comissão ressalta que as sugestões que contribuirão para a
reformulação parcial ou total dessa proposta sempre deverão atender aos critérios
aprovados pelo CEPE [atuação em área/subárea do conhecimento (CNPq1), atividade
em Programa de Pós-graduação (área de avaliação da Capes2) e atividade em curso
de graduação]. Dessa forma, neste dossiê, a comissão encaminha às Unidades
proposta para ser objeto de debate, definindo, se for o caso, novos departamentos,
resultantes de fusões, desmembramentos/remembramentos e/ou transferências de
docentes/pesquisadores ou, em casos especiais, até mesmo entre Unidades de um
mesmo câmpus. Em todas as situações a Unidade deverá indicar os critérios que
orientaram a mudança e em que departamento ficarão alocadas as disciplinas que
vem sendo ministradas nos últimos cinco anos pelos docentes que estão se
reposicionando. Mesmo nos casos em que foi sugerida a manutenção dos atuais
departamentos, poderá haver, a critério da Unidade, remanejamentos que melhor
adequem a organização departamental aos princípios, parâmetros e critérios
aprovados pelo CEPE.
Nem sempre o processo de reestruturação departamental poderá obedecer
completamente aos três critérios, dada a variedade de situações e dos princípios e
parâmetros estabelecidos. No entanto, é fundamental que ao menos dois deles sejam
atendidos.
É recomendável que esse processo seja conduzido pelo Diretor e realizado em
conjunto com todos os departamentos simultaneamente. Quanto às denominações
dos departamentos, não houve recomendações da comissão, mas as Unidades
deverão respeitar, sempre que possível, as denominações das áreas do conhecimento
do CNPq ou da CAPES.
Pelo exposto, fica claro que o processo não está orientado pelas dificuldades
orçamentárias e financeiras atuais. Assim, a proposta da comissão é estritamente
acadêmico-científica e indica tendências para orientar a mudança. O posicionamento
das Unidades, acatando-a ou reformulando-a, deve ser orientado pelo que foi
aprovado pelo CEPE.
Nos gráficos desse dossiê, o tamanho das barras reflete o número de docentes
(gráfico superior e central) ou o número de disciplinas de graduação ministradas por 1 �
http://www.cnpq.br/documents/10157/186158/TabeladeAreasdoConhecimento.pdf 2
http://www.capes.gov.br/images/documentos/documentos_diversos_2017/TabelaAreasConhecimento_072012_atualizada_2017_v2.pdf
unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
REITORIA Proposta de Reestruturação Departamental
3
ano (gráfico inferior), enquanto que as cores traduzem diferentes áreas/subáreas do
conhecimento, programas de pós-graduação ou cursos de graduação. Nos quadros
central e inferior, nos quais não há denominação dos departamentos, a seqüência é a
mesma daquela do quadro superior. As tabelas das páginas 5 e 6 não obedeceram a
essa ordem, a fim de poder melhor apresentar a organização departamental sugerida.
Informações adicionais sobre áreas do conhecimento, participação em programas de
pós-graduação e participação em cursos de graduação podem ser obtidas passando-
se o cursor sobre as barras.
A comissão permanece à disposição para outros esclarecimentos que se
fizerem necessários, seja por meio de e-mail ([email protected]), videoconferências
ou visitas presenciais previamente agendadas. O prazo para envio das propostas
pelas Unidades é de 30 de março de 2019.
Atenciosamente,
A Comissão
e
Prof. Dr. Sergio Roberto Nobre
Vice-Reitor
Ilmo. Sr.
Prof. Dr. Cláudio Cesar de Paiva
DD. Diretor da FCL/Arararaquara - UNESP
ARARAQUARA/SP
unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
REITORIA Proposta de Reestruturação Departamental
4
Unidade: Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara
CAMPUS DE ARARAQUARA-FCL
DEP DE ADMINISTRACAO PUBLICA
DEP DE ANTROP POL E FILOSOFIA
DEP DE CIENCIAS DA EDUCACAO
DEP DE DIDATICA
DEP DE ECONOMIA
DEP DE LETRAS MODERNAS
DEP DE LINGUISTICA
DEP DE LITERATURA
DEP DE PSICOLOGIA DA EDUCACAO
DEP DE SOCIOLOGIA
0 5 10 15 20 25 30 35 40
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1
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0
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0
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0
1
0
18
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0
1
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0
0
1
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3
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0
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0
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1
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0
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0
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Departamento X Distribuição docente por área de atuação (Fonte:Lattes)
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
0
0
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0
0
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1
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0
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0
0
0
0
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0
0
0
0
0
0
0
Departamento X Distribuição docente por credenciamento em Programa de Pós - na Unidade ou em outras Unidades da UNESP (Fonte:SisPG)
0 50 100 150 200 250 300
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0
0
2
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0
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0
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0
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1
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0
0
2
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6
4
1
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138
84
46
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6
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26
3
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0
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4
6
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0
0
0
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0
Departamento X Número de disciplinas/turmas por ano ministradas em cursos de Graduação - na Unidade ou em outras Unidades da UNESP (Fonte:SisGrad 2018)
unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
REITORIA Proposta de Reestruturação Departamental
5
Proposta da Comissão
Nome do atual departamento (número de docentes) Proposta (número de
docentes)
Sociologia (5) Fusão (23)
Antropol. Pol. e Filosofia (18)
Literatura (7) Fusão (21)
Linguística (14)
Letras Modernas (21) Manutenção (21)
Didática (12) Fusão (31)
Ciências da Educação (8)
Psic. Educação (11)
Economia (18) Manutenção (18)
Administração Pública (11) Manutenção (11)
Número de departamentos sugerido 6
unesp UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
REITORIA Proposta de Reestruturação Departamental
6
Proposta da Unidade
Nome do atual departamento
(número de docentes)
Proposta
(número de docentes)
Sociologia (5)
Antropol. Pol. e Filosofia (18)
Literatura (7)
Linguística (14)
Letras Modernas (21)
Didática (12)
Ciências da Educação (8)
Psic. Educação (11)
Economia (18)
Administração Pública (11)
Número de departamentos sugerido
Justificativa
1
PROPOSTA DE REESTRUTURAÇÃO DEPARTAMENTAL
ALGUMAS BASES PARA O DEBATE
MARCELO FOSSEY - CCD
GILSON TONIOLLO & MARIA ENCARNAÇÃO B. SPOSITO - CPA
WAGNER VILEGAS – VICE- REITORIA
2
PROPOSTA DE REESTRUTURAÇÃO DEPARTAMENTAL – ALGUMAS BASES PARA O DEBATE
No âmbito da “PROPOSTA DE SUSTENTABILIDADE PARA A UNESP”, especialmente em sua
Parte III, intitulada “REFORMA ACADÊMICA”, os principais desafios associados ao ensino, à
pesquisa e à extensão foram apresentados, de modo articulado, buscando superar os
limites que, historicamente, vem separando as dimensões do trabalho e da ação na
Unesp.
Emergiram da análise contida nesse documento 10 desafios a serem
enfrentados e entre eles o décimo, que se enunciou como “ESTRUTURA DEPARTAMENTAL
FRAGMENTADA E ASSIMÉTRICA”.
Em documento encaminhado a toda Unesp, no início do mês de outubro, já se
destacava que a suplantação dos grandes desafios acadêmicos exige “articulação e
transversalidade entre diferentes dimensões do trabalho na universidade”. Sem
dúvida, esse fato estimula o repensar da estrutura departamental, na direção de
fortalecimento de seu papel acadêmico-científico.
... em alguma medida enfraquecido face à criação das coordenações de cursos de graduação e
de programas de pós-graduação, seja reassumido, a partir de um processo de planejamento e
de avaliação departamental. Assim, a mudança substancial do sentido dos departamentos,
antes “de ensino” e agora voltados também à pesquisa e à extensão, deve pautar-se em
critérios institucionais multidimensionais, para que o processo de reestruturação seja feito com
qualidade e favoreça a superação da fragmentação e a diminuição das desigualdades na Unesp.
Em síntese, a estrutura departamental deve conduzir a uma maior coesão, segundo critérios
acadêmico-científicos e com respeito às especificidades das áreas de conhecimento. (Reitoria
da Unesp, 2018)...
Além da necessária mudança decorrente de os departamentos congregarem
hoje profissionais que não se dedicam mais exclusivamente ou preponderante à
graduação, o que torna a denominação “de ensino” superada e, sobretudo,
insuficiente, sabemos que tais departamentos tiveram gênese diversa e têm
composições diferentes, como é compreensível, visto que decorrem de histórias que
não são as mesmas.
Apareceram em momentos diferentes de uma linha de tempo que tem origem,
ainda, nos institutos isolados que compuseram a Unesp e se desenrola até os dias
atuais, após alguns ciclos de expansão da instituição. Representam tradições múltiplas
de organização do pensamento, tanto no âmbito das grandes áreas de conhecimento –
biológicas, exatas e humanas – como em suas subdivisões – áreas, sub-áreas e
especialidades. Foram compostos por grupos de docentes que deram a esses coletivos
um perfil, que se transformou no decorrer do tempo à medida que novos profissionais
se integraram a eles, fazendo com que, mesmo sendo departamentos de mesmo tipo
3
(área e subárea de conhecimento) sejam, hoje, diferentes, quando se comparam
unidades universitárias da Unesp.
Não fosse esse já um conjunto importante de traços que explicam a
heterogeneidade e a assimetria que caracteriza o rol dos 193 departamentos que
compõem a Unesp, é de conhecimento geral que dificuldades de relacionamento,
interesses políticos ou associados à obtenção de apoio ou financiamento, também,
orientaram a subdivisão ou criação de departamentos, o que seria, em grande parte
dos casos, contrário à observação de uma efetiva política acadêmico-científica.
Ademais, temos também unidades universitárias e câmpus experimentais
implantados nas duas últimas fases de expansão que não têm estrutura
departamental, o que acentua as diferenças e amplia as assimetrias. Alguns deles
aguardam o estabelecimento dessa política para apresentarem suas propostas de
criação de departamentos.
Em grande medida, espera-se que a recente implantação do “Planejamento e
Avaliação Departamental”, ao se estabelecer como processo marcado pelos princípios
de autonomia, equidade, transparência, comparação relativa e transformação, seja
portadora da possibilidade de autoconhecimento e suplantação da estrutura
fragmentada (existência de departamentos muito pequenos e muito especializados) e
assimétrica (diferenças grandes na composição departamental na mesma área de
conhecimento e entre unidades da Unesp).
No entanto, o caráter processual dessa política indica que é necessário dar
algum tempo ao tempo para que se altere o paradigma de organização dos docentes e
pesquisadores, naquele que é o núcleo básico do trabalho desses profissionais – o
departamento – razão pela qual, paralelamente, a atual gestão da Unesp desenvolveu
um estudo preliminar visando oferecer a todos bases para uma política de
reestruturação departamental apoiada em (A) PRINCÍPIOS, (B) PARÂMETROS e (C) CRITÉRIOS.
Tal estudo deve ser amplamente debatido pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e
Extensão (CEPE) e pelo conjunto da Universidade, atingindo as unidades universitárias
e os próprios departamentos, de modo a que estes tenham papel importante na
definição de seu próprio futuro, buscando superar o desafio que se nos apresenta.
Nesse texto de caráter preliminar, apresentamos, então as bases desse estudo
que, se aprovadas pelo CEPE, sustentarão as propostas que chegarão como sugestões
às unidades e departamentos para serem objeto de debate e definição de novos
departamentos, resultantes de fusões, desmembramentos/remembramentos,
transferências de docentes ou pesquisadores, enfim das ações que couberem para
atender o perfil da nova política.
Ainda que a Reitoria, com base no estudo feito e com base nos princípios,
parâmetros e critérios estabelecidos pelo Cepe, sugira uma primeira proposta de
reorganização dos departamentos, ela passará pela discussão nas unidades, instâncias
que conhecem muito melhor tanto a história como a composição atual de seus
4
departamentos. Assim, contribuições emanadas das bases contribuirão para sua
reformulação parcial ou total. No entanto, qualquer que seja a proposta colocada à
mesa, para aprovação nos órgãos colegiados locais e centrais, ela terá que atender, de
modo essencial e cuidadoso, aos critérios aprovados pelo CEPE.
(A) PRINCÍPIOS
Os fundamentos ou a essência de qualquer processo, fenômeno ou fato são
explicitados e resguardados pelos PRINCÍPIOS que os enunciam. Para propor uma
reestruturação departamental, é fundamental, antes de mais nada, refletir sobre suas
bases principais, de modo a que os interesses institucionais prevaleçam sobre
quaisquer outros que possam emergir no movimento de mudança.
A.1. A ARTICULAÇÃO ENTRE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO é o primeiro princípio que
orienta a proposta de política a ser debatida pelo CEPE. Ele está na base da
organização da universidade contemporânea e estrutura o funcionamento das
ações na Unesp, instituição em que, para garantir esse princípio, a quase totalidade
de docentes e pesquisadores trabalham em regimes especiais – RDIDP, RTC e
RDIPD1 – que propugnam essa articulação. Esses aspectos de ordem legal
(estatutária) e trabalhista (contratos de trabalho) não são o centro da razão dessa
integração, mas revelam de modo claro que a Unesp optou por ela, razão pela qual
devem ser vistos como consequência da escolha que fizemos: não ser apenas uma
instituição de formação no nível de ensino superior, por meio da graduação, mas
desenvolver com qualidade essa importante frente de atuação, associada à pós-
graduação, à pesquisa e à extensão.
A.2. A indissociabilidade entre as diferentes dimensões acadêmicas do trabalho dos
docentes e dos pesquisadores, que está na base do primeiro princípio, tem caráter
geral, mas é insuficiente para orientar o processo de reestruturação
departamental, se não observamos dois pontos centrais: - a história dos
departamentos e das unidades; - as diferenças nas formas de organização do
trabalho entre as áreas e subáreas de conhecimento. Por essa razão, ao primeiro,
acrescenta-se o segundo princípio – APLICAÇÃO DE CRITÉRIOS CONFORME AS
PARTICULARIDADES DE ÁREAS DO CONHECIMENTO E CARREIRAS PROFISSIONAIS – de modo a que,
1 Respectivamente, Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa (95,8% dos que compõem a
carreira docente da Unesp), Regime de Turno Completo e Regime de Dedicação Integral à Pesquisa e Docência. Além destes, há o Regime de Tempo Parcial (RTP) que, embora não exija a ação na pesquisa e na extensão, razão pela qual não é base da indissociabilidade aludida, tem papel importante no ensino de graduação.
5
ao se buscar equidade na Unesp na direção de suplantar assimetrias, não se oriente
a mudança, na direção de homogeneizar o que, em essência, é distinto, mas, por
outro lado, é importante avançar na direção de propiciar a diminuição de
desigualdades.
A.3. A agregação de expertises que resultará reestruturação departamental deverá
se pautar no DIÁLOGO ENTRE DIFERENTES ESPECIALIDADES E CAMPOS DISCIPLINARES, o que é
fundamental para a produção de conhecimento, a formação humana e profissional,
a científica, filosófica e artística, bem como a extensão dessas ações à sociedade,
num período da história, marcado por duas características centrais: complexidade e
acentuação do ritmo das transformações. Em todos os campos do conhecimento,
os primados da interdisciplinaridade se impõem como caminho para uma
multidisciplinaridade, como devir, patamar que a Universidade deve buscar, ainda
que respeitando a tendência histórica de verticalização dos conhecimentos.
O esquema que se segue sintetiza os três princípios:
(B) PARÂMETROS
Os princípios eleitos para serem observados precisam ser traduzidos em
PARÂMETROS quali-quantitativos de modo a se alcançar, se não a superação, ao menos a
diminuição de assimetrias e se orientar a suplantação da fragmentação, os dois
elementos que caracterizam o problema explicitado como desafio a ser enfrentado.
B.1. Tendo em vista o fato de que a frente primeira de ação na universidade, tanto
do ponto de vista histórico, como daquele através do qual a sociedade nos observa,
Aplicação de critérios conforme as
particularidades de áreas do conhecimento e
carreiras profissionais
Diálogo entre especialidades e campos
disciplinares
Articulação entre ensino, pesquisa e extensão
6
é a formação no nível de graduação, grande parte dos departamentos na Unesp
originaram-se, no passado e mesmo recentemente, associados ao nascimento de
cursos nesse nível de formação. Uma reestruturação departamental não pode mais
se pautar, de modo singular, nessa associação, mas ela pode ser tomada como um
parâmetro inicial para se buscar a DIMINUIÇÃO DE ASSIMETRIAS ENTRE NÚMERO DE
DEPARTAMENTOS E CURSOS. A eleição desse parâmetro não significa que se deseja, de
um lado, coincidência entre departamentos e cursos de graduação ou, de outro, a
mesma relação numérica entre essas duas entidades em todas as unidades
universitárias. No entanto, é preciso observar que, atualmente a relação entre
número de departamentos e número de cursos e turnos de graduação varia de 0,3
a 7,0. Esta constatação orienta para a necessária diminuição desse intervalo, mas
não à sua homogeneização, para respeitar especificidades de unidades e cursos.
B.2. Para diminuir as assimetrias e relativizar a fragmentação, a reestruturação
departamental deverá ser orientada pela ELEVAÇÃO DO NÚMERO MÉDIO DE DOCENTES POR
DEPARTAMENTO, NO CONJUNTO DA UNESP, COMBINADA À ELEVAÇÃO DO NÚMERO MÍNIMO (10
docentes, conforme o atual estatuto), QUANDO FUSÕES OU REMEMBRAMENTOS SE FIZEREM
NECESSÁRIOS, PARA ATENDER OS TRÊS CRITÉRIOS ESTABELECIDOS. Esse parâmetro é
importante pois, tanto do ponto de vista estatutário como efetivo, houve
tendência à compartimentação, sem que haja indicadores muito claros de que, em
todas as situações, isso tenha levado à qualificação do trabalho de docentes e
pesquisadores e/ou a melhores indicadores de qualidade em todas as dimensões
de nosso trabalho. Ademais, é notório que esse movimento de subdivisão e
especialização nem sempre se orientou por bases claramente acadêmicas. Como
essas devem ser as privilegiadas, embora esteja se propondo essa tendência de
elevação, não se deseja estabelecer a priori o número médio, visto que ele não
deve ser a base do processo, mas resultar da redepartamentalização, agora
apoiada em critérios mais consistentes e que são, sobretudo, afeitos à essência do
trabalho docente.
B.3. Por fim, como um parâmetro de natureza mais qualitativa do que quantitativa,
o processo deve conduzir à EQUIPARAÇÃO ENTRE DEPARTAMENTOS EQUIVALENTES NO
ÂMBITO DA UNESP, considerando ainda os perfis deles em outras universidades
importantes do país e do exterior. Sabemos que, em função de sua natureza
multicâmpus, a Unesp tem departamentos semelhantes em duas ou mais unidades
universitárias, elas mesmas distintas entre si, pois algumas são mais antigas, outras
mais recentes; umas com cursos de diferentes áreas ou subáreas de conhecimento,
outras não; algumas grandes, outras pequenas etc. Tais diferenças, entretanto, não
significam que não seja desejável maior equiparação, de modo a que, também,
nessa direção se alcance diminuição das assimetrias e maior equidade.
7
O esquema que se segue representa os parâmetros escolhidos.
C. CRITÉRIOS
Estabelecidos os PRINCÍPIOS e PARÂMETROS, vamos aos CRITÉRIOS centrais do
processo. Eles substanciam as escolhas feitas, devem ser condutores da reestruturação
e, ainda, servir de base para a avaliação das mudanças a serem realizadas.
C.1. A observação da ÁREA E SUBÁREA DE CONHECIMENTO dos docentes e pesquisadores
é o primeiro critério. Compreende-se que, ao elegê-lo, contemplam-se, sobretudo,
as dimensões pesquisa e extensão. Tomou-se como referência a autodeclaração de
cada um, em seu CV Lattes, para respeitar a identidade assumida por docentes e
pesquisadores, na definição de suas linhas de pesquisa e atuação. Quando havia
mais de uma área ou subárea indicada, tomou-se a primeira, supondo-se que ela
seja a mais importante para aquele profissional.
C.2. A ATIVIDADE EM CURSOS DE GRADUAÇÃO é o outro critério eleito para orientar o
processo de reestruturação departamental não apenas pela importância que tem,
mas pela posição central que esse trabalho assume no cotidiano da Unesp. Para
levantar as informações que foram, posteriormente, sistematizadas em gráficos,
Diminuição das assimetrias na relação entre número de departamentos e cursos
Elevação do número médio de docentes por departamento, no
conjunto da Unesp, combinada à elevação do número mínimo,
quando fusões ou remembramentos se fizerem necessários para atender
aos três critérios estabelecidos
Equiparação entre departamentos equivalentes
8
acessou-se o SisGRAD (2018). Quando um docente ministra disciplinas em mais de
um curso, isso foi considerado, razão pela qual, nos gráficos, os tamanhos das
barras que representam essa informação são, muitas vezes, maiores que as
relativas aos tamanhos dos departamentos.
C.3. A PARTICIPAÇÃO EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO é o terceiro critério
considerado. A base das informações foi o SisPG (2018) e, neste caso, duas
situações ocorrem na sistematização das informações: - docentes que estão
vinculados a mais de um programa em departamentos que todos ou quase todos
estão atuando nesse nível leva a barras maiores do que as departamentais; -
departamentos em que uma parte dos docentes não atua na pós-graduação leva a
barras menores.
O esquema que se segue sintetiza os critérios eleitos.
Nem sempre o processo de reestruturação departamental obedecerá
completamente aos três critérios, dada a variedade de situações e os princípios e
parâmetros estabelecidos. No entanto, é fundamental que, ao menos, dois deles sejam
atendidos ao se propor criações, fusões, desmembramentos e remembramentos, ou
transferências de docentes ou pesquisadores de um para outro departamento.
São Paulo, outubro de 2018.
Área/subárea do conhecimento
(CV Lattes)
Participação em Programa de pós-graduação
(SISPG)
Atividade em cursos de graduação
(SISGRAD)