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PROTEÍNAS As proteínas são polímeros de aminoácidos ligados covalentemente por pontes peptídicas estabelecidas entre os grupos amino e carboxilo dos aminoácidos Existindo no corpo humano aos milhares, umas são elementos estruturantes de células e tecidos e outras são solúveis e encontram-se nos espaços intra e extra- celulares São na sua maioria de síntese hepática de onde partem para a circulação (proteínas séricas) e onde acabam sendo catabolizadas quando o seu teor em ácido siálico diminui ou desaparece de todo Laboratorialmente podem estudar-se as proteínas do sangue, da urina, do LCR, dos líquidos pleural, perito- neal e amniótico e também as da saliva e fezes

Proteínas

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PROTEÍNAS

As proteínas são polímeros de aminoácidos ligados covalentemente por pontes peptídicas estabelecidas entre os grupos amino e carboxilo dos aminoácidos

Existindo no corpo humano aos milhares, umas são elementos estruturantes de células e tecidos e outras são solúveis e encontram-se nos espaços intra e extra-celulares

São na sua maioria de síntese hepática de onde partem para a circulação (proteínas séricas) e onde acabam sendo catabolizadas quando o seu teor em ácido siálico diminui ou desaparece de todo

Laboratorialmente podem estudar-se as proteínas do sangue, da urina, do LCR, dos líquidos pleural, perito-neal e amniótico e também as da saliva e fezes

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PROTEÍNAS

As proteínas séricas desempenham diversas funções biológicas como:

• Proteínas de fase aguda, respondendo à inflamação ou à destruição celular

• Factores de coagulação que controlam a hemostase• Anticorpos e factores do complemento• Enzimas catalizadoras de reacções• Hormonas reguladoras do metabolismo• Precursoras de diversas substâncias• Proteínas de transporte de diferentes componentes• Elementos fundamentais à manutenção da pressão

oncótica plasmática

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• Proteínas de transporte

– Haptoglobina hemoglobina

– Hemopexina heme

– Transferrina ferro

– Ceruloplasmina cobre

– Proteína ligante do retinol vitamina A

– Transtiretina T3 e T4

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PROTEÍNAS

• Proteínas de fase aguda• Surgem como resposta às citocinas libertadas no local

da lesão• As que respondem aumentando (de fase aguda+):

– Proteína C reactiva (PCR)– α1- antitripsina (AAT)– α1- glicoproteína ácida (AAG)– Haptoglobina (HAP)– Ceruloplasmina (Cp)– C3 e C4

• As que respondem diminuindo (de fase aguda-): – Pré-albumina– Albumina– Transferrina (TRF ou siderofilina)

Utilizadas na monitorização da evolução da situação clínica

24h

6-8h

48h

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• Intervenientes em infecção aguda:

• Hipotálamo – febre

• Hipófise – ACTH / Cortisol

• Fígado – síntese de proteínas de infecção

• MO – GBs

• Sistema imunitário – LinfócitosComplementoIgGs

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PROTEÍNAS

Intervalos de referência, em adultos dos 20 aos 60 anos, para proteínas séricas:

Pré-albumina 20 a 40 mg/dLAlbumina 3,5 a 5,2 g/dLAAT 50 a 120 mg/dLAAG 25 a 135Cp 20 a 60Hp 30 a 200AMG 130 a 300TRF 200 a 360C3 99 a 180C4 10 a 40IgA 70 a 400IgM 40 a 230IgG 700 a 1600PCR < 0,5 (US <> 0.09 mg/dL)

Relação Albumina / Globulinas = 1,5 a 2,7

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Técnicas electroforéticas

Compreendem:• E. zona

– E. em acetato de celulose– E. em gel (agarose, amido, poliacrilamida)

• E. capilar• Isofocalização • Blotting

– Southern (ADN e fragmentos ADN)– Northern (RNA e fragmentos RNA)– Western (proteínas)

• Imunofixação • E. bidimensional

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C

Imunofixação de componentes monoclonais

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Electroforese de alta resoluçãoCorado por Azul Brilhante de Coomassie

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Proteinograma sérico

Acetato de celulose e coloração com Ponceau S

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Electroforese de zonaDesigna-se assim porque a técnica produz zonas de

proteínas que ficam fisicamente separadas entre si

Em meio alcalino, as proteínas carregadas electricamente e sob acção de um campo eléctrico vão-se deslocar num suporte poroso em direcção ao ânodo (+)

A migração depende:– Carga eléctrica das moléculas– Tamanho e forma das moléculas– Intensidade do campo eléctrico– Propriedades do meio de suporte– Temperatura da operação– Tempo de migração– Electroendosmose

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Perfil normal

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Separação electroforética das Proteínas• Zona de migração da albumina:

– Proteína fixadora do retinol (RBP)– Pré-albumina – Albumina

(α1- lipoproteína/HDL)

• Zona de migração da alfa-1 globulina :– AAT– AAG (Orosomucóide)– α1- Fetoproteína (AFP)

• Zona de migração da alfa-2 globulina :– HAP– α2- Macroglobulina (AMG)– Cp

(Plasminogénio, pré-βlipoproteína)

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• Zona de migração da beta-1 globulina :– TRF– Hemopexina – C4

• Zona de migração da beta-2 globulina :– C3– β2- Microglobulina (BMG)

(Fibinogénio; β-lipoproteínas)

• Zona de migração da gama globulina :– IgA– IgM– IgG– PCR

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PCR (Proteína C Reactiva)

Sintetizada no fígado e regularmente estável em circulação, é a primeira proteína de inflamação a manifestar-se e fá-lo com aumentos drásticos

Clinicamente útil em:

Despiste de uma doença orgânica (em EAM, a subida faz-se em 6h e atinge valores 2.000 vezes o normal)

Perceber da actividade de uma doença inflamatória (placas de ateroma)

Detectar uma infecção intercorrente em LED, leucémia e após cirurgia (colocação de stent)

Avaliar da possibilidade de uma septicémia neonatal ou meningi-te, quando as amostras para exame bacteriológico são difíceis de obter

De uma forma ainda mal esclarecida, a PCR parece ser, só por si, um factor de risco para a doença cardiovascular

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AAT (α1- antitripsina)

Inactiva serino proteases (tripsina) no que é semelhante a:

α1- antiquimotripsina α2-plasminaATIII C1 inibidor

Uma deficiência congénita associa-se a um alto risco de desenvolver enfisema e doença hepática, como a colestase neonatal, cirrose e carcinoma

• Aumenta em:

– Inflamações– Por acção dos estrogéneos

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Diminuição de alfa 1 antitripsina

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Heterozigotia Alfa 1 antitripsina

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Proteínas do Complemento

São sintetizadas no fígado e em pequenas quantidades em células como os monócitos

As que mais interessam ao clínico são:

• C1 e C1 inibidor• C3 e C3 proactivador • C4

C3 e C4 são proteínas de fase aguda com resposta fraca e tardia. Também aumentam na obstrução biliar

Deficiências e variantes genéticas destes componentes podem acontecer e têm expressão clínica

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Proteínas do ComplementoDeficiência genética de C2 e C4 associa-se a doenças

autoimunes (LED, polimiosite e glomerulonefrite)Deficiência em C3, ou seu inibidor, associa-se a infecções,

especialmente de bactérias capsuladas Deficiência nos elementos de ataque à membrana (C5 a C9),

pode relacionar-se com infecção persistente e recorrente a Neisseria

Deficiência em C1 inibidor provoca angioedema hereditário, com actividade continuada de C1, C2 e C4, que se cara-cteriza por ataques recorrentes de edema subcutâneo, laríngeo, brônquico e GI que pode pôr o doente em risco de vida

Para destrinçar entre situações genéticas e adquiridas é necessário estudos familiares, fenotipagem e estudos de ADN

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AAG (α1-glicoproteína ácida / orosomucóide)

Função pouco conhecidaDiminui a biodisponibilidade de alguns fármacos• Aumenta em:

– Inflamações, especialmente GI– Neoplasias– Por acção de corticosteróides e alguns anti-inflama-

tórios não esteróides

• Diminui em:– Sindroma nefrótico – Por acção de estrogénios (gravidez, contracepção oral)

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Hp (Haptoglobina)

A Hb livre que for libertada na circulação liga-se de forma irreversível à Hp. Este complexo é fagocitado pelo sistema mononuclear fagocítico e retirado da circulação. Isto promove a ↓Hp em α2

• Diminui em:– Ausência genética (a-haptoglobulinémia)– Hemólise intravascular– Corticosteróides e estrogéneos– Doença hepatocelular (hepatite viral, cirrose)

• Aumenta em:

– Infecção / Inflamação (tardia como a Cp)– Sindroma nefrótico– Presença de alguns fenótipos– Obstrução biliar

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Hemólise intravascular

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Hemólise intravascular

A hemopexina transportadora do heme também se encarrega de transportar a Hb livre até às células de Kupffer onde a liberta, deixando o Ferro para ser incorporado na ferritina e o heme para seguir o metabolismo das bilirrubinas

Por causa da hemólise intravascular a hemopexina, que sempre volta à circulação, não altera o padrão electro-forético

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Cp (Ceruloplasmina)

É uma α2-globulina que contém cerca de 95% do cobre (S)

Cp no soro, envolve-se principalmente em reacções redoxe neste contexto oxida Fe2+ em Fe3+, o que é necessá-rio à incorporação do ferro na transferrina

A ligação do cobre é feita por uma ATPase intracelular que não existe no doença de Wilson

A clínica da doença de Wilson ou degenerescência hepato-lenticular apresenta depósitos de cobre em diversos tecidos como o hepático, cerebral e periferia da íris onde se forma o característico o anel de Kayser-Fleischer

A sintomatologia surge em média, por volta da 2ª ou 3ª década de vida

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Cp (Ceruloplasmina)

• Aumentada em:

Resposta a inflamações, mas com um atraso de uma semana em relação a outras proteínas de fase aguda

Influência de estrogéneos

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Cp (Ceruloplasmina)

• Diminuída em:

- Deficiência primária

Apresenta um quadro clínico de hemocromatose com aumento de ferro em depósito

O cobre é normal nos tecidos

- Deficiência secundária a:

Insuficiência na ingestão Impossibilidade de libertar Cu2+ das células do epitélio GIImpossibilidade de inserir Cu2+ na Cp (D. de Wilson)Perdas sanguíneas, sindroma nefrótico e GI

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Pré-albumina (Transtiretina / TTR)

Circula em complexo de 1:1 com RBP

Transporta T3 e T4 (10%)

Tem muitas variantes genéticas e algumas associam-se ao depósito tissular de substância amilóide

• Aumenta em:– Tumores – Doença de Hodgkin– Glucocorticóides

• Diminui em:– Doença hepática– Má nutrição proteica

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Albumina

É a mais pequena e a mais abundante proteína

60% encontra-se no espaço extravascular

Os seus aumentos séricos decorrem da diminuição do volume plasmático

A sua síntese hepática aumenta de acordo com a pressão oncótica do plasma e a ingestão proteica e diminui por acção das citocinas inflamatórias

Há mais de 80 variantes genéticas que se transmitem de forma autossómica dominante

Nos heterozigóticos, muitos isotipos podem alterar o padrão electroforético exibindo bisalbuminémia

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Bisalbuminémia

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Variações na concentração da albuminaDiminuições:• Inflamações agudas ou crónicas

– Passagem para o espaço extravascular– Aumento de consumo celular– Diminuição da síntese

• Doença hepática (> 95% de perda da função)– Aumento das imunoglobulinas– Perda para o espaço extravascular– Inibição de síntese por acção directa de álcool e toxinas

• Perda renal• Perda gastrointestinal• Estados de má nutrição Presença de edemas e ascite (secundários a aumento da

permeabilidade vascular)

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Analbuminémia

Corresponde a uma rara doença genética em que o teor de albumina é < 0,5 g/L

Promove um anormal transporte de lípidos (fosfolípidos e ácidos gordos livres)

Outros componentes que transporta:

– Iões metálicos– Aminoácidos– Fármacos– Hormonas– Bilirrubina

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Analbuminémia

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TRF (Transferrina)

É a principal proteína transportadora de ferro e de outros catiões divalentes

Cada molécula fixa dois Fe3+, se a Cp estiver presente para actuar como ferroxidase, e leva-os para serem incorporados nos citocromos, Hb, mioglobina e consti-tuir depósitos

Algumas variantes genéticas podem alterar a mobilidade electroforética e simular a presença de uma para-proteinémia

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TRF (Transferrina)

• Aumentada em:

– Estrogéneos – Anemia ferropénica

• Diminuída em:

– A-transferrinémia– Inflamação – Neoplasia– Sindroma nefrótico e perdas GI

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Hipertransferrinémia em anemia

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Padrão inflamatórioAgudo:

- O aumento da fracção α1 depende mais da AAT uma vez que o elevado teor do orosomucóide em HC (40%) prejudica a sua coloraçãoNas vasculites o aumento de produção da AAT pode não se perceber, dado o seu grande consumo intravascular como antiprotease

- O aumento da fracção α2 depende mais da Hp do que da Cp cujo aumento é discreto

- Aumentos muito elevados de PCR podem simular uma gamapatia monoclonal

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Inflamação aguda

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Inflamação crónica

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AFP (α -Fetoproteína)

É a primeira e a principal α-globulina sérica do período embrionário, sintetizada pelo saco univitelino e fígado

Numa electroforese de soro fetal ou de RN, coloca-se entre a albumina e a AAT

• Aumentos:

No soro materno e líquido amniótico apontam para a possibilidade de uma abertura do tubo neural ou defeitos na parede abdominal do feto

Em carcinomas hepatocelulares e de células germinativas na criança

• Diminuições:

No soro materno de gravidez com trisomíase 18 ou 21

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AMG (α2-Macroglobulina)

É a maior inibidora de proteases e ao contrário das outras não se difunde do plasma para o espaço extravascular de forma significativa

• Aumenta em:– Crianças (2 a 3 vezes o adulto), como elemento de

protecção contra a exposição a proteases bacterianas e leucocitárias durante a infância)

– Sindroma nefrótico– Por acção dos estrogéneos

• Diminui em:– Pancreatite aguda severa

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BMG (β2-Microglobulina)

É uma pequena proteína que se encontra à superfície de todas as células nucleadas

Constitui a cadeia leve (ou β) dos Ags leucocitários humanos (HLA)

• Aumenta em:– Insuficiência renal– Inflamações– Neoplasias, especialmente as que envolvam os

linfócitos B

Útil para testar a função tubular renal, só por si ou após exposição a metais pesados ou transplante

Usada na monitorização de tumores a células B

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Imunoglobulinas

O aumento de imunoglobulinas pode ser:

Policlonal - mistura de diversos Acs

Monoclonal - classe, subclasse ou idiotipo produzido por um só clone de plasmócitos ou linfócitos B

Oligoclonal - algumas proteínas “monoclonais” de diferentes especificidades

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Imunoglobulinas• Aumento policlonal em:

– Infecções crónicas ou recorrentes (parasitárias)– Doenças autoimunes (AR, LED)– Doença hepatocelular

Aumentos de IgA relacionam-se mais com infecções da pele, rim, intestino e brônquio

A IgM aumenta nas infecções primárias a vírus e intra-vasculares, tipo malária

A IgG tende a predominar na resposta autoimune

• Aumento oligoclonal em:Infecções, doenças autoimunes e transplante de Mo

podem fazer proliferar vários clones em simultâneo

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Perfil biclonal

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Perfil oligoclonal

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Hipergamaglobulinémia

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Imunoglobulinas

• Aumento monoclonal em:

60% dos casos - Mieloma múltiplo (proliferação difusa na MO / Paraproteína)

Plasmocitoma (tumor sólido)

15% dos casos - Hiper-produção de linfócitos B:LLC (IgM)Linfomas (IgM)Macroglobulinémia de Waldenström (IgM)Doença de cadeias pesadas (cadeias α)Crioglobulinémia

Os aumentos de IgM causam aumento de viscosidade sanguínea

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Banda monoclonal com diminuição de gama

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Banda monoclonal na região gama com gama policlonal

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PROTEÍNAS

Banda monoclonal na região beta

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ImunodeficiênciaCaracteriza-se pela recorrência de infecções que podem

resultar da falência de um dos seguintes sistemas:

– Imunidade humoral (Acs)– Imunidade celular (linfócitos T)– Sistema mononuclear fagocítico– Sistema do Complemento

A imunodeficiência, que é perceptível, por redução ou ausência de IgG na electroforese pode ser:

– Fisiológica (entre os 2 e 5 meses de idade)– Congénita– Secundária a perda de proteína– Falha transitória na síntese da proteína

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Hipogamaglobulinémia

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Síndrome nefrótico

Quadro clínico que cursa com o aumento da permeabili-dade glomerular para proteínas de elevado PM como as IgG e IgA (160 e 180 KDa)

Todas as pequenas proteínas, como a Albumina são expoliadas e no caso desta há um esforço de compen-sação por aumento da sua síntese hepática com vista à manutenção da pressão oncótica do plasma

Em simultâneo há a síntese de outras proteínas como a α2-macroglobulina (PM=800 KDa) e apolipoproteína B (PM=3.000 KDa) que se vão acumulando em circulação

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PROTEÍNAS

Síndrome nefrótico

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Padrão de cirrose hepática (Ponte beta-gama)Na cirrose hepática há destruição do parênquima hepático

(↓ síntese proteica) e exclusão do fígado (função de filtro) da circulação portal o que vai impedir a degrada-ção da IgA intestinal e de outro material antigénico da mesma procedência

Disto resulta uma baixa de Albumina e uma subida das Igs com o desenvolvimento da ponte beta-gama

É um padrão que se observa em estadios muito avançados de deterioração hepática

Melhor e mais precoce indicação dão as provas de coagula-ção sobre a síntese dos factores

Padrão idêntico em infecções crónicas respiratórias e GI

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PROTEÍNAS

Ponte beta-gama

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PROTEÍNAS

Padrão de gravidez

Caracteriza-se por elevados níveis plasmáticos de estrogénios e uma tendência para a baixa de ferro

Electroforeticamente apresenta um aumento de α2 e β1 (α2-macroglobulina e transferrina)

Em relação à primeira o aumento também se observa no aporte exógeno de estrogénios como acontece na terapêutica anticontraceptiva

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PROTEÍNAS pt

Presença de fibrinogénio