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Guia para facilitar a utilização do DSM-IV-TR e da CID-10
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MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS
4ª EDIÇÃO TEXTO REVISADO
DSM-IV-TRCláudio Drews Jr.
MANUALDIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICODE TRANSTORNOS MENTAIS
4ª EDIÇÃOTEXTO REVISADO
DSM-IV-TRUm Guia
Cláudio Drews Jr.
Avaliação Multiaxial
Sistema Multiaxial (p. 59)
• Eixo I Transtornos Clínicos
Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica
• Eixo II Transtornos da Personalidade
Retardo Mental
• Eixo III Condições Médicas Gerais
• Eixo IV Problemas Psicossociais e Ambientais
• Eixo V Avaliação Global do Funcionamento
Avaliação Multiaxial
Sistema Multiaxial para Crianças e Adolescentes
• Eixo I Transtornos Clínicos
Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica
• Eixo II (Transtorno de Conduta, no Eixo I)
Retardo Mental
• Eixo III Condições Médicas Gerais
• Eixo IV Problemas Psicossociais e Ambientais
• Eixo V Avaliação Global do Funcionamento da Criança (CGAS)
Eixo ITranstornos Clínicos (p. 71-640)
Transtornos Geralmente Diagnosticados pela Primeira Vez na Infância ou na Adolescência (excluindo o Retardo Mental)Delirium, Demência, Transtornos Amnésticos e Outros Transtornos CognitivosTranstornos Mentais Devido a Uma Condição Médica GeralTranstornos Relacionados a SubstânciasEsquizofrenia e Outros Transtornos PsicóticosTranstornos do Humor
Transtornos de AnsiedadeTranstornos SomatoformesTranstornos FactíciosTranstornos DissociativosTranstornos Sexuais e da Identidade de GêneroTranstornos da AlimentaçãoTranstornos do SonoTranstornos do Controle dos Impulsos Não Classificados em Outro LocalTranstornos de Adaptação
Eixo ITranstornos Clínicos (p. 71-640)
Alguns Especificadores e Subtipos
Esquizofrenia – p. 308, 316-20Transtornos do Humor – p. 402 Fobia Específica – p. 432-3Transtorno Conversivo – p. 477Transtorno Factício – p. 494
Existem muitos outros especificadores e subtipos para outros transtornos; sempre prestar atenção na existência de um especificador ou subtipo para o transtorno apontado.
Os subtipos são mutuamente excludentes e exaustivos em seu conjunto, já os especificadores indicam indivíduos que compartilham de certas características dentro do grupo, não pretendendo ser excludentes e exaustivos.
Eixo I
Transtornos Clínicos (p. 71-640)
Esquizofrenia e Outros Transtornos Psicóticos
“Loucos, Malucos”
Transtornos de Ansiedade“Nervosos, Medrosos”
Transtornos de Humor“Complicados, Irritantes”
Transtornos SomatoformesTranstornos Factícios
“Hipocondríacos, Histéricos”
Transtornos Dissociativos“Perdidos”
Descrição popular para grupos de transtornos do DSM-IV-TR.
Eixo IOutras Condições Que Podem Ser Foco de Atenção
Clínica (p. 683-93)
Fatores Psicológicos que Afetam a Condição Clínica
Transtornos dos Movimentos Induzidos por Medicamentos
Outros Transtornos Induzidos por Medicamentos
Problemas de Relacionamento
Problemas Relacionados a Abuso ou Negligência
Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica
Eixo IIModelos Dimensionais Para Transtornos da
Personalidade (p. 645)
Big 5
Neuroticidade
Introversão vs. Extroversão
Fechamento vs. Abertura à Experiência
Antagonismo vs. Concordância
Conscienciosidade
DSM-IVTranstornos da Personalidade
Esquisito – Excêntrico
Dramático – Emotivo
Ansioso – Medroso
Eixo IIModelos Dimensionais Para Transtornos da
Personalidade (p. 645)
DSM-IVTranstornos da Personalidade
Esquisito – Excêntrico ► “Loucos” ► Grupo A (p. 646-656)
Dramático – Emotivo ► “Maus” ► Grupo B (p. 656-670)
Ansioso – Medroso ► “Tristes” ► Grupo C (p. 671-681)
Eixo IIGrupo A - “Loucos” (p. 646-56)
Transtorno da Personalidade ParanóideTranstorno da Personalidade EsquizóideTranstorno da Personalidade Esquizotípica
Grupo B – “Maus” (p. 656-70)Transtorno da Personalidade Anti-SocialTranstorno da Personalidade BorderlineTranstorno da Personalidade HistriônicaTranstorno da Personalidade Narcísica
Grupo C – “Tristes” (p. 671-81)Transtorno da Personalidade EsquivaTranstorno da Personalidade DependenteTranstorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva
---Transtorno da Personalidade S.O.E. (p. 681)
Eixo IIICondições Médicas Gerais
CID-9-MC (p. 807-21)
Doenças Infecciosas e Parasitárias
Neoplasias
Doenças Endócrinas, Metabólicas, Nutricionais e Transtornos da Imunidade
Doenças do Sangue e Órgãos Hematopoiéticos
Doenças do Sistema Nervoso e Órgãos Sensoriais
Doenças do Sistema Circulatório, Respiratório, Digestivo e Geniturinário
Complicações da Gravidez, do Parto e do Pós-Parto
Doenças da Pele e do Tecido Subcutâneo
Doenças do Sistema Músculoesquelético e do Tecido Conjuntivo
Anomalias Congênitas
Condições Originadas no Período Perinatal
Sintomas, Sinais e Condições Mal-Definidas
Ferimentos e Envenenamento
Eixo IVProblemas Psicossociais e Ambientais (p. 62-4)
Problemas com o Grupo Primário de Apoio
Problemas Relacionados ao Ambiente Social
Problemas Educacionais
Problemas Ocupacionais
Problemas de Moradia
Problemas Econômicos
Problemas com Acesso aos Serviços de Assistência à Saúde
Problemas Relacionados à Interação com o Sistema Judicial
Outros Problemas Psicossociais e Ambientais
Caso for o foco primário de atenção clínica, registrar também no Eixo I com um código extraído da seção Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica. (p. 683)
Eixo V
Avaliação Global do FuncionamentoAGF / EAGFR / EAFSO (p. 64-6, 760-3)
O Eixo V serve para indicar o julgamento clínico do nível geral de funcionamento do paciente, sendo útil para planejar o encaminhamento a ser dado.
Escala de Avaliação Global do Funcionamento (p. 64-6)
Considera o funcionamento psicológico, social e ocupacional em um continuum hipotético de saúde – doença mental. Não devem ser consideradas as limitações funcionais de origem física.
GAFGlobal Assessment
of Functioning
Eixo VAvaliação Global do Funcionamento
AGF / EAGFR / EAFSO (p. 64-6, 760-3)
Como indicar a pontuação na escala AGF (p. 64-6)
1. Iniciar no nível mais alto da escala e verificar se a severidade do sintoma OU o nível de funcionamento é pior do que aquele que é indicado.
2. Ir para o próximo nível até encontrar aquele que descreve melhor a severidade do sintoma OU o nível de funcionamento. Escolher o que for mais baixo/grave.
4. O nível imediatamente abaixo daquele escolhido deve conter exemplos tanto de sintomas mais severos quanto de funcionamento mais prejudicado do que aquele do paciente. Se AMBOS não estiverem presentes, um nível mais baixo deve ser escolhido.
5. Determinar o número específico dentro do nível selecionado.
Eixo VAvaliação Global do Funcionamento
AGF / EAGFR / EAFSO (p. 64-6, 760-3)
Como determinar o número específico dentro do nível AGF (p. 64-6)
Em cada nível AGF (100, 90, 80, ...):
1. Escores 5 e superiores indicam que a sintomatologia e o nível de funcionamento são mais próximos ao próximo nível mais alto da escala.
2. Escores 4 e inferiores indicam que a sintomatologia e o nível de funcionamento são mais próximos ao próximo nível mais baixo da escala.
Exemplos: um escore AGF de 31 indica um funcionamento mais próximo ao nível 20; já um escore AGF de 68 indica um funcionamento mais próximo ao nível 70.
Eixo VAvaliação Global do Funcionamento
AGF / EAGFR / EAFSO (p. 64-6, 760-3)
Significado clínico dos escores AGF (p. 64-6)
Escore AGF 1-30: tratamento intensivo / internação psiquiátrica.
Escore AGF 30-40: avaliar a necessidade de tratamento intensivo / internação psiquiátrica; em alguns casos a indicação é tratamento ambulatorial e psicoterapia.
Escore AGF 40-65: tratamento ambulatorial e psicoterapia.
Escore AGF 65-70: psicoterapia; avaliar a necessidade de atenção médica.
Escore AGF 70-100: na maioria destes casos não há necessidade de atenção médica.
Eixo VAvaliação Global do Funcionamento
AGF / EAGFR / EAFSO (p. 64-6, 760-3)
Escala de Avaliação Global do Funcionamento Relacional (p. 760-1)
É usada para indicar um julgamento geral do funcionamento de uma família ou outro relacionamento duradouro em um continuum hipotético, indo desde funcionamento competente e favorável até um relacionamento perturbado e disfuncional. É análoga ao Eixo V (EAFSO). Avalia a capacidade da unidade funcional em satisfazer as necessidades afetivas e funcionais de seus membros nas seguintes áreas:
Resolução de Problemas
Organização
Clima Emocional
Eixo VAvaliação Global do Funcionamento
AGF / EAGFR / EAFSO (p. 64-6, 760-3)
Escala de Avaliação do Funcionamento Social e Ocupacional (p. 762-3)
Considera os funcionamentos social e ocupacional em um continuum, indo desde funcionamento excelente até funcionamento amplamente prejudicado. Devem ser incluídos prejuízos devido a limitações físicas e a problemas mentais.
A fim de ser considerado o prejuízo deve ser uma consequência direta de problemas de saúde mental ou física, sendo que os efeitos de falta de oportunidades e outras condições ambientais não devem ser considerados.
Eixo VAvaliação Global do Funcionamento da Criança
CGAS (Children Global Assessment Scale)
O CGAS deve ser codificado com base no pior nível de funcionamento emocional e comportamental do paciente nos últimos três meses, selecionando o nível mais baixo que descrever seu funcionamento em um continuum hipotético de saúde-doença. Os scores vão de 1, que indica o pior funcionamento, até 100, que é o melhor funcionamento possível. Níveis intermediários podem ser utilizados (e.g. 35, 58, 62...).
O funcionamento atual deve ser considerado, independente do tratamento ou prognóstico. Não devem ser considerados déficits funcionais físicos a não ser que estejam claramente relacionados ao funcionamento emocional.
Considerar como o paciente funciona nas seguintes áreas: (1) no lar, com a família; (2) na escola; (3) com amigos; (4) nas atividades de lazer. O score geral deve representar uma média destas quatro áreas.
Eixo VAvaliação Global do Funcionamento da Criança
CGAS (Children Global Assessment Scale)
Período de tempo especificado: 1 mês
100-91 Indo muito bem
Funcionamento superior em todas as áreas (em casa, na escola, com os amigos, no lazer), envolvimento em diversas atividades e apresenta muitos interesses (hobbies, atividades extracurriculares, grupos organizados, etc). Indo bem na escola, amigável, confidente, não deixa as preocupações do dia a dia sairem do controle. Não apresenta sintomas.
90-81 Indo bem
Bom funcionamento em todas as áreas, seguro com a família, escola e com os amigos. Podem haver dificuldades transientes e preocupações do dia a dia que ocasionalmente saem do controle (e.g. ansiedade moderada associada com um exame importante, brigas ocasionais com primos ou amigos).
80-71 Normal - Com dificuldades menores
Não mais do que o menor déficit no funcionamento em casa, na escola ou com os amigos. Alguns distúrbios de comportamento ou estresse emocional podem estar presentes em resposta aos estressores da vida (e.g. divórcio dos pais, nascimento de um irmão, falecimentos) mas estes são breves e a interferência com o funcionamento é temporária. Tal criança é minimamente perturbadora aos outros e não é considerada problemática por aqueles que a conhecem.
Eixo VAvaliação Global do Funcionamento da Criança
CGAS (Children Global Assessment Scale)
70-61 Alguns problemas - em apenas uma área
Alguma dificuldade em uma única área, mas funcionando bem no geral (e.g. atos antissociais esporádicos ou isolados, tais como furtos menores; dificuldades menores na escola, mudanças de humor de curta duração, medos e ansiedades que não levam a comportamentos de evitação grosseiros, dúvidas a cerca de si mesmo). Tem algumas relações interpessoais significativas. A maioria das pessoas que não conhecem bem esta criança não a consideram problemática, mas aqueles que a conhecem podem expressar preocupação.
60-51 Alguns problemas notáveis - em mais de uma área
Funcionamento variável, com dificuldades esporádicas ou sintomas em várias, mas não em todas, as áreas sociais. A perturbação seria evidente para aqueles que se deparassem com a criança em um setting disfuncional ou em má hora, mas não para aqueles que vissem a criança em outros settings mais estruturados.
50-41 Problemas óbvios - déficits moderados na maioria das áreas ou déficit severo em uma área
Grau moderado de interferência no funcionamento na maioria das áreas sociais ou debilidade severa no funcionamento em uma única área, tais como, por exemplo, preocupações e ruminações suicidas, evasão escolar, outras formas de ansiedade, rituais obsessivos, sintomas conversivos maiores, ataques de ansiedade frequentes, episódios de agressividade frequentes ou outros comportamentos antissociais. Há preservação de algumas relações sociais significativas.
Eixo VAvaliação Global do Funcionamento da Criança
CGAS (Children Global Assessment Scale)
40-31 Problemas sérios - déficit maior em várias áreas ou incapaz de funcionar em uma área
Perturbações no lar, na escola, com os amigos ou na comunidade em geral. São exemplos disso, agressões persistentes sem instigação evidente, retraimento marcante ou isolamento devido ao humor ou perturbação do pensamento, tentativas de suicídio com clara intenção letal. Tal criança provavelmente irá necessitar de uma classe especial e/ou hospitalização ou terá de ser afastada da escola (embora este não seja critério suficiente para a inclusão nesta categoria).
30-21 Problemas severos - incapaz de funcionar em quase todas as situações
Não sai de casa, do quarto ou da cama durante todo o dia, não toma parte em atividades sociais ou apresenta grave cisão com a realidade ou grave distúrbio na comunicação (por exemplo, as vezes é incoerente ou inapropriado).
20-11 Muito severamente debilitado - supervisão considerável é necessária por segurança
Precisa de supervisão considerável para prevenir que machuque aos outros ou a si mesmo. Pode ser, por exemplo, frequentemente violento, tentativas de suicídio repetidas ou incapaz de manter a própria higiene ou grave distúrbio em todas as formas de comunicação. Graves anormalidades na comunicação verbal e gestual, marcante retraimento social, estupor,etc.
Eixo VAvaliação Global do Funcionamento da Criança
CGAS (Children Global Assessment Scale)
10-1 Extremamente debilitado - supervisão constante é necessária por segurança
Precisa de supervisão constante (cuidados 24 horas) devido a agressividade severa ou comportamento autodestrutivo ou grave rompimento com a realidade. Anormalidades graves na comunicação, comunicação, afeto e/ou higiene pessoal.
Escala de Funcionamento Defensivo (p. 754-9)
I. Alto Nível Adaptativo• Afiliação• Altruísmo• Antecipação• Auto-afirmação• Auto-observação• Humor• Sublimação• Supressão
II. Nível das Inibições Mentais(formação de compromisso)
• Anulação• Deslocamento• Dissociação• Formação Reativa
• Intelectualização• Isolamento do Afeto• Repressão
III. Nível de Leve Distorção da Imagem
• Desvalorização• Idealização• Onipotência
IV. Nível da Negação• Negação• Projeção• Racionalização
Escala de Funcionamento Defensivo (p. 754-9)
V. Nível de Importante Distorção da Imagem
• Cisão da auto-imagem ou imagem alheia• Fantasia autista• Identificação projetiva
VI. Nível da Ação• Atuação (acting-out)• Agressividade passiva• Queixa com rejeição de ajuda• Retraimento apático
VII. Nível de Desregulação Defensiva
• Distorção psicótica• Negação psicótica• Projeção delirante
Formulários
Formulário de Relato de Avaliação Multiaxial (p. 68)
EIXO I:
__ __ __. __ ____Diagnóstico Principal_____ __ __. __ ___________________
__ __ __. __ ___________________
EIXO II:
__ __ __. __ ___________________
__ __ __. __ ___________________
EIXO III:
__ __ __. __ ___________________
__ __ __. __ ___________________
__ __ __. __ ___________________
EIXO IV:
EIXO V: __________/__/____
Pontuação Data
Formulário para Registro:Escala de Funcionamento
Defensivo (p. 756)
A. Defesas ou Estilos de Enfrentamento Atuais:
1. ____________________________________
2. ____________________________________
3. ____________________________________
4. ____________________________________
5. ____________________________________
6. ____________________________________
7. ____________________________________
B. Nível de Defesa Atualmente Predominante:
______________________________________
Formulários
Diagnóstico PrincipalNo contexto de internação, o diagnóstico principal é aquele que age como principal
condição pela qual o indivíduo foi internado.No contexto ambulatorial, o motivo da consulta – ou queixa principal – é o diagnóstico
principal.O diagnóstico principal deve encontrar-se a frente dos demais, que devem ser expostos
em ordem de importância dentro dos Eixos.
Diagnóstico ProvisórioPode ser utilizado quando todos os critérios para um determinado transtorno não foram
preenchidos, mas existe forte suspeita de que serão na medida que houver informações suficientes. Deve ser indicado entre parênteses logo após o transtorno (i.e. “(provisório)”).
Também pode ser utilizado quando o diagnóstico diferencial depende exclusivamente da duração do transtorno.
Formulários
DúvidasCaso existam dúvidas quanto a presença de causa(s) orgânica(s) que possam explicar
algum diagnóstico, anotar ao final do formulário.
Caso existam outros pontos de dúvida, anotar ao final do formulário.
Transtorno Psicótico S.O.E. e Transtorno da Personalidade S.O.E.
No caso de diagnóstico de Transtorno Psicótico S.O.E. ou Transtorno da Personalidade S.O.E., relatar critérios encontrados e fazer uma breve justificativa ao final do formulário.
Códigos Adicionais (p. 695)
Ver também em Outras Condições que Podem Ser Foco de Atenção Clínica (p. 683-93)
I. Diagnóstico Diferencial de Transtornos Mentais Causados por uma Condição Médica Geral (p. 698)
II. Diagnóstico Diferencial de Transtornos Induzidos por Substâncias (p. 700)
III. Diagnóstico Diferencial de Transtornos Psicóticos (p. 702)
IV. Diagnóstico Diferencial de Transtornos do Humor (p. 704)
V. Diagnóstico Diferencial de Transtornos de Ansiedade (p. 706)
VI. Diagnóstico Diferencial de Transtornos Somatoformes (p. 708)
Árvores de Decisão Para Diagnósticos Diferenciais (p. 697)
Glossários
Glossário de Termos Técnicos (p. 766-72)
Glossário de Mecanismos Específicos de Defesa e Estilos de Enfrentamento (p. 757-9)
Plano de Formulação Cultural e Glossário para Síndromes Ligadas à Cultura (p. 837-42)
CID
-10
Classificaçãode Transtornos Mentaise de Comportamentoda CID-10
Cláudio Drews Jr.
CID
-10
Classificaçãode Transtornos Mentaise de Comportamentoda CID-10
Cláudio Drews Jr.
Categorização dos Transtornos Mentais
Categoria Classificação Descrição
Transtorno mental orgânicoF0
F1
Transtorno mental orgânico
Usar substância psicoativa
Transtorno mental psicóticoF2
F3
Esquizofrenia
Transtorno de humor (afetivo)
Neurótico, estresse e transtorno da personalidade
F4
F5
F6
Transtorno neurótico
Transtorno psicofisiológico
Transtorno da personalidade
Infância, adolescência e transtorno do desenvolvimento
F7
F8
F9
Retardo mental
Transtorno do desenvolvimento
Transtornos da infância e da adolescência
Avaliação Multiaxial na CID-10
Sistema multiaxial para adultos na CID-10
Eixo I: Diagnóstico ClínicoCategorias da CID-10 para transtornos mentais e comportamentais (F00-F99). p. 21-283
Outras condições geralmente associadas com transtornos mentais ou comportamentais (A00-E90, G00-Y98). p. 284-298
Eixo II: WHODAS IIEscala de avaliação de deficiência da OMS (WHODAS – WHO Short Disability Assessment
Schedule).Link: http://www.who.int/icidh/whodas/
Eixo III: Z00-Z91Listagem e definições breves de categorias e códigos Z específicos. p. 298-302
Eixo II: WHODAS II
A WHODAS II é uma ferramenta que permite traçar um perfil de funcionamento em seis domínios de atividades, assim como um score geral de deficiência. A informação obtida com o WHODAS II permite:
Identificar as necessidades
Escolher a melhor intervenção
Acompanhar o funcionamento ao longo do tempo Medir os resultados clínicos e a eficácia dos tratamentos Definir prioridades Alocar recursos
Eixo II: WHODAS II
A WHODAS II foi desenvolvida para avaliar as limitações nas atividades e as restrições experienciadas pelo indivíduo independente do seu diagnóstico. Os domínios avaliados pelo instrumento incluem: Compreensão e comunicação Locomoção Cuidados próprios Relacionamento social Atividades diárias
Participação social
Eixo II: WHODAS IIDefinição dos seis domínios avaliados pela WHODAS II
Cognição: avalia a comunicação e as atividades do pensamento, as áreas específicas avaliadas incluem concentração, memória, resolução de problemas, aprendizagem e comunicação.
Mobilidade: avalia atividades tais como permanecer em pé, mover-se no interior do lar, sair de casa e caminhar distâncias longas.
Autos-cuidados: avalia a higiene, vestimenta, alimentação e a capacidade de permanecer sozinho.
Relacionamento: avalia as interações com outras pessoas e as dificuldades que podem ser encontradas neste domínio da vida devido a problemas de saúde. Neste contexto, outras pessoas incluem aqueles conhecidos intimamente ou bem (i.e. a esposa ou companheira, membros da família ou amigos próximos) e desconhecidos.
Atividades diárias: avalia dificuldades nas atividades do dia a dia, tais como as responsabilidades domésticas, atividades de lazer, trabalho e acadêmicas.
Participação: avalia as dimensões sociais, tais como atividades na comunidade, barreiras e limitações no mundo que cerca o respondente, e problemas com outras questões, tais como manter a dignidade pessoal.
Eixo II: WHODAS II
6 itens
5 itens
4 itens
5 itens
4 itens
4 itens
8 itens
D1: Cognição
D2: Mobilidade
D3: Autos-cuidados
D4: Relacionamento
D5(1): Atividades diárias
D5(2): Cuidados do lar
D6: Participação social
Fator Geralde
Deficiência
* Obs.: versão de 36 itens.
Eixo II: WHODAS IIRelação do WHODAS II com o WHOQOL
A OMS desenvolveu tanto o WHODAS II quanto o WHOQOL. Conceitualmente, os construtos qualidade de vida e funcionamento podem ser tidos como intercambiáveis.
Porém, embora seus construtos sejam relacionados, o WHOQOL avalia a qualidade de vida (i.e. o sentimento de satisfação sobre a própria performance em um dado domínio da vida) e o WHODAS II busca avaliar o funcionamento (i.e. a performance objetiva em um dado domínio da vida).
Idealmente, os mesmos domínios da vida devem ser avaliados em ambos instrumentos.
Onde o WHODAS II pergunta ao indivíduo os "como você faz", o WHOQOL pergunta os "como você se sente".
Eixo II: WHODAS IIPadronização das respostas
1) Grau de dificuldadePara o WHODAS II, ter dificuldade em alguma atividade significa:– Esforço aumentado– Desconforto ou dor– Lentificação– Mudanças na forma como a pessoa realiza a atividade
2) ...devido às condições de saúdePara a WHODAS II significa:– Doenças, deficiências ou outros problemas de saúde– Ferimentos– Problemas mentais ou emocionais– Problemas com álcool – Problemas com drogas
Eixo II: WHODAS IIPadronização das respostas
3) ... nos últimos 30 diasAs respostas devem ser referentes aos últimos 30 dias. Se há variabilidade no grau
das dificuldades experienciadas nos últimos 30 dias, o respondente deve ser instruído a responder conforme o que percebe como sendo a média entre os dias ruins e os dias bons.
4) ... da forma como geralmente realizam a atividadeOs respondentes devem considerar os recursos que geralmente tem a disposição
para realizar as atividades.
5) Os itens que não podem ser avaliadosSe o respondente é incapaz ou esteve incapacitado de realizar alguma das
atividades nos últimos 30 dias, estas devem ser respondidas como "5" (extremo / não é capaz).
Eixo II: WHODAS II
Avaliação Clínica da WHODAS II
Considerar as dificuldades relacionadas com problemas de saúde que o paciente tenha apresentado nos últimos 30 dias. Tais problemas incluem doenças e debilidades, de longa ou de curta duração, ferimentos, problemas emocionais ou mentais e problemas com álcool e drogas.
Dar uma nota de 1 a 5 para cada um dos domínios considerados pelo WHODAS II, considerando que:
1 = Nenhuma dificuldade;
2 = Dificuldade leve;
3 = Dificuldade moderada;
4 = Dificuldade severa;
5 = Dificuldade extrema / incapaz.
Eixo II: WHODAS II
Avaliação Clínica da WHODAS II
Exemplo:
1. Cognição : 2
2. Mobilidade : 4
3. Autos-cuidados : 3
4. Relacionamento : 3
5. Atividades diárias : 4
6. Participação social : 4
No caso, é apresentado um paciente com a cognição rebaixada, com dificuldades severas de locomoção, relacionada ao contexto social onde dificuldades moderadas são enfrentadas. Sua condição o limita bastante nas suas atividades diárias, autos-cuidados e participação em seu contexto social.
Eixo II: WHODAS IIAvaliação Clínica da WHODAS II
Apuração
Primeiro passo: Somar os scores de cada domínio.
Segundo passo: Converter o total em uma escala métrica de 0 à 100, onde 0 é nenhuma deficiência e 100 é deficiência total.
No caso do exemplo, a soma é 20, resultado que pode ser convertido em uma escala de 100 pela seguinte fórmula:
x = (y*10)/3
onde x é o resultado na escala de 100 e y é o resultado da soma dos seis domínios, de modo que (20*10)/3 = 66,6~ que pode ser indicado como WHODAS II: 67.
Eixo II: WHODAS IIAvaliação Clínica da WHODAS II
Apuração do Questionário
Se o WHODAS II for avaliado por meio de aplicação de um dos questionários disponíveis para download na página da OMS, três passos devem ser tomados para a apuração.
Primeiro passo: Somar os scores das respostas em cada domínio.
Segundo passo: Somar os scores de cada domínio.
Segundo passo: Converter o total em uma escala métrica de 0 à 100, onde 0 é nenhuma deficiência e 100 é deficiência total.
Eixo II: WHODAS IIAvaliação Clínica da WHODAS IISignificado dos Scores da WHODAS II
– De 0 à 20 : Nenhuma deficiência, ou deficiência baixa.– De 21 à 40 : Deficiência leve.– De 41 à 60 : Deficiência moderada.– De 61 à 80 : Deficiência severa.– De 81 à 100: Incapacidade severa.
Obs.: Esta interpretação não considera os achados estatísticos da OMS, apenas as respostas obtidas na entrevista. Na página da OMS também é possível obter os dados estatísticos da população geral e algoritmos para a correção computadorizada.
Avaliação Multiaxial na CID-10Sistema multiaxial para crianças e adolescentes na CID-10
Eixo I: Síndromes psiquiátricas e clínicasXX (nenhum diagnóstico nesta categoria), F84, F90-F98, F00-F09,F10-F19, F20-F29, F30-
F39, F40-F48, F50-F59, F60-69, F99.
Eixo II: Transtornos específicos do desenvolvimento psicológico:XX, F80-F83, F85-F89.
Eixo III: Nível intelectualXX, F70-F79 + especificador e, se disponível, escore do WAIS ou do WISC.
Eixo IV: Outras condições médicas da CID-10 frequentemente associadas a transtornos mentais e de comportamento.
Eixo V: Situações psicossociais anormais associadas Códigos Z ou codificação própria específica (00, 1.0...)
Eixo VI: Avaliação global de deficiência psicossocial (GAPD)
Eixo VI (GAPD)Avaliação global de deficiência psicossocial
0 Funcionamento social superior/bom funcionamentoFuncionamento bom ou superior em todos os domínios sociais. Boas relações
interpessoais com a família, pares e adultos fora da família; lida de forma eficaz com todas as situações sociais encontradas; tem acesso a uma boa gama de atividades de laser e áreas de interesse.
1 Funcionamento social moderadoFuncionamento social moderado no geral, mas com pequenas dificuldades
passageiras em um ou dois domínios (não mais do que dois domínios). O funcionamento pode ou não ser superior em outros domínios.
2 Leve deficiência socialFuncionamento adequado na maioria dos domínios, mas com pequenas
dificuldades em um ou dois domínios (tais como dificuldades nas amizades, atividades sociais ou áreas de interesse limitadas, dificuldades com as relações familiares, baixa eficácia social ou dificuldades nas relações com adultos fora da família).
Eixo VI (GAPD)Avaliação global de deficiência psicossocial
3 Deficiência social moderadaDeve apresentar deficiência moderada em pelo menos um ou dois domínios.
4 Deficiência social graveDeve apresentar deficiência grave em pelo menos um ou dois domínios (como
ausência marcante de amizades, incapacidade de lidar com situações sociais novas, incapacidade de ir à escola).
5 Deficiência social grave e pervasivaDeve apresentar deficiência grave na maioria dos domínios.
6 Incapaz de funcionar na maioria das áreasNecessita de supervisão ou cuidados dos outros para manter o funcionamento
diário, incapaz de cuidar-se sozinho.
Eixo VI (GAPD)Avaliação global de deficiência psicossocial
7 Deficiência social gravíssima e pervasivaIncapaz de manter o mínimo de higiene pessoal ou necessita de supervisão
contínua para evitar perigos para si e para os outros, ou grave impedimento em todas as formas de comunicação.
8 Deficiência social profunda e pervasivaIncapacidade persistente de manter a higiene pessoal ou risco persistente de ferir a
si mesmo ou aos outros gravemente, ou total ausência de comunicação.