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PB 1Jornal CASSI Família
página 10
Uso requer orientação médica ou farmacêutica para evitar prejuízos à saúde, como intoxicação
página 4
Medicamentos: Você sabe como e quando usá-los?
Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil Ano XII - nº 15 | março/abril| 2011
Suas armas contrao câncerConheça formas de prevenir a segunda doença que mais mata, mas que poderia serevitada em 80% dos casos
Superação: uma história de vida
página 6
página 3
2 3Jornal CASSI Família
AN
S -
nº 3
4665
-9EDITORIAL
Conselho DeliberativoRoosevelt Rui dos Santos (Presidente)Fernanda Duclos Carísio (Vice-presidente)Amauri Sebastião Niehues (Titular)Ana Lúcia Landin (Titular)Loreni Senger Correa (Titular)Marco Antonio Ascoli Mastroeni (Titular)Renato Donatello Ribeiro (Titular)Sergio Iunes Brito (Titular)Carlos Célio Andrade Santos (Suplente)Claudio Alberto Barbirato Tavares (Suplente)Fernando Sabbi Melgarejo (Suplente)Gilberto Lourenço da Aparecida (Suplente)Íris Carvalho Silva (Suplente)José Roberto Mendes do Amaral (Suplente)Milton dos Santos Rezende (Suplente)Ubaldo Evangelista Neto (Suplente)
Conselho FiscalGilberto Antonio Vieira (Presidente)Eduardo Cesar Pasa (Titular)
Francisco Henrique Pinheiro Ellery (Titular)Frederico Guilherme F. de Queiroz Filho (Titular)Paulo Roberto Evangelista de Lima (Titular)Rodrigo Nunes Gurgel (Titular)Benilton Couto da Cunha (Suplente)Marcos José Ortolani Louzada (Suplente)Cesar Augusto Jacinto Teixeira (Suplente)Luiz Roberto Alarcão (Suplente)José Caetano de Andrade Minchillo (Suplente)Viviane Cristina Assôfra (Suplente)
Diretoria ExecutivaHayton Jurema da Rocha(Presidente)Denise Lopes Vianna(Diretora de Planos de Saúde e Relac. com Clientes)Maria das Graças C. Machado Costa(Diretora de Saúde e Rede de Atendimento)Geraldo A. B. Correia Júnior(Diretor de Administração e Finanças)
ExpedienteEdição e RedaçãoEditor: Sergio Freire (MTb-DF 7.630)
Jornalistas: Liziane Bitencourt Rodrigues (MTb-RS 8.058), Marcelo Delalibera (MTb-SP 43.896), Pollyana Gadêlha (MTb-DF 4.089) e Tatiane Cortiano (MTb-PR 6.834)
Edição de arteProjeto gráfico: Luís Carlos Pereira Aragão e Carlos Eduardo Peliceli
Diagramação: Luís Carlos Pereira Aragão e Caroline Morais
Produção
Impressão: Fórmula Gráfica
Tiragem: 212.789 exemplares
Edição: março/abril 2011
Imagens: Divisão de Marketing, Stockxchng e Dreamstime
Valor unitário impresso: R$ 0,18
Publicação da CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil). “É permitida a reprodução dos textos, desde que citada a fonte”.
Neste editorial, convido você,
participante, a pensar sobre um
tema do qual não podemos abdi-
car de todos os estudos neces-
sários a uma decisão sensata.
Trata-se da possibilidade de a
CASSI vir a ter participação socie-
tária em prestadores de serviços
médico-hospitalares, também chamada verticalização do atendimento
(operadoras de planos de saúde construindo ou comprando hospitais e
outros serviços próprios).
É preciso fazer breve retrospecto da atuação das operadoras de saúde
para entender melhor o tema. Nos últimos dois anos, o número de hospitais
de operadoras saltou de 300 para 500 (crescimento de 66%). Os principais
responsáveis por essa aceleração têm sido as empresas de medicina de
grupo (como a Amil) e as cooperativas (como as Unimeds regionais).
As chamadas autogestões (como a CASSI, CEF, Petrobrás etc) podem se valer
de parte de suas reservas financeiras e até mesmo de parcerias com fundos
de pensão para construir ou adquirir hospitais e outros serviços próprios.
Especialistas afirmam que a viabilidade desse tipo de investimento está
atrelada à situação do mercado de saúde: apenas é bom negócio quan-
do o custo de serviços médico-hospitalares no mercado se mostra alto
ou instável. Deve-se considerar ainda o tamanho da carteira. Por exem-
plo, é necessário algo como 80 mil potenciais usuários para assegurar
escala para um hospital de 80 leitos. A operadora deve ter também a
capacidade de direcionar seus filiados aos serviços próprios. E é preci-
so ter razoável conhecimento do negócio (hospitais e laboratórios são
empresas altamente complexas).
A CASSI gastou, em 2010, o equivalente a 78% de suas despesas assis-
tenciais apenas com internações hospitalares e exames diversos (R$ 1,4
bilhão). Comparados com os mesmos gastos em 2009 (R$ 1,2 bilhão),
houve crescimento de 16,5%, bem acima da inflação anual.
São vantagens na verticalização em saúde suplementar a garantia de esta-
bilidade na oferta dos serviços; a redução de gastos com acompanhamento
de contratos e auditorias “in loco”; a melhor regulação do acesso a serviços
mais complexos; o aumento do poder de negociação junto à rede comple-
mentar; a redução de incertezas quanto à evolução futura das despesas
assistenciais etc.
Temos consciência, entretanto, de que gerenciar um prestador de ser-
viços é um negócio bem diferente do que administrar planos de saúde.
Por isso, nossos estudos buscam avaliar se é viável firmar parcerias
negociais com quem saiba fazê-lo e já esteja consolidado no mercado,
para, na condição de acionista, passar a ter maior domínio sobre as
despesas assistenciais. Esperamos trazer conclusões sobre o tema na
próxima edição deste jornal.
Boa leitura.
Hayton Jurema da Rocha (presidente)
Vale a pena ter serviços próprios?
2 3Jornal CASSI Família
Elaborados com a finalidade de prevenir e tratar doenças ou aliviar seus
sintomas, os medicamentos também podem fazer mal à saúde, causan-
do reações adversas. No Brasil, eles lideram a lista das causas de into-
xicação, segundo pesquisa do Sistema Nacional de Informações Tóxico
Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), à frente
inclusive do ataque de animais peçonhentos e produtos de limpeza.
Em 2009, ano do último levantamento, foram mais de 21,5 mil casos no-
tificados de intoxicação por medicamentos, número inferior ao registrado
em 2008, de aproximadamente 26,4 mil. Entretanto, a diminuição pode
não representar uma melhora. “Muitas vezes, não recebemos os dados
de todos os centros de informação espalhados pelo Brasil”, esclarece a
coordenadora do Sinitox, Rosany Bochner.
Segundo a pesquisadora, os principais motivos de intoxicação por medi-
camentos são tentativa de suicídio e causa acidental, com 8.913 e 7.368
casos registrados em 2009, respectivamente. Rosany explica que os
acidentes mais frequentes são com crianças, por usarem indevidamen-
te medicamento que estava armazenado em local inapropriado. O uso
terapêutico aparece com 1.713 registros e o erro de administração, 1.170.
Geralmente, as intoxicações são causadas pela ingestão de doses acima
das recomendadas, uso prolongado de um determinado produto ou pelas
interações com outros medicamentos tomados simultaneamente, que po-
dem potencializar a ação da substância ingerida e produzir consequência
similar ao uso de uma dose elevada.
Para evitá-las, é preciso usar os produtos corretamente, seguindo orien-
tação profissional. Segundo o farmacêutico Rogério Hoefler, do Centro
Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Cebrim) do Conselho Fe-
deral de Farmácia (CFF), a primeira orientação para o uso racional de me-
dicamentos é saber que muitas doenças e sintomas podem ser tratados
Medicamentos: Você sabe como e quando usá-los?Sem orientação médica ou farmacêutica, podem causar prejuízos à saúde, como intoxicação
CAPA
4 5
CAPA
adequadamente sem esses produtos. “Uma boa hidratação, por exem-
plo, pode abreviar a eliminação de secreções em episódios de resfriado
e gripe, já febres amenas podem ser tratadas com banhos”, afirma.
Nem sempre um produto apresenta o mesmo efeito se utilizado por pes-
soas diferentes, diz Hoefler. “O que foi bom para uma pessoa pode ser
ineficaz ou até tóxico para outra pessoa com sintomas semelhantes”, diz.
O importante, segundo ele, é sempre buscar orientação de um profissio-
nal antes de usar um medicamento.
A bula também é uma fonte de conhecimento, além dos profissionais de
saúde. “A bula orienta sobre as formas de uso, reações adversas e até
armazenamento do produto, informação muitas vezes presente na em-
balagem”, informa a farmacêutica da CliniCASSI Florianópolis (SC), Silvia
Andrea Pontes Coelho.
Produzidos com rigoroso controle técnico e sujeitos às normas regula-
tórias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os diversos
produtos disponíveis no mercado são compostos por uma ou mais subs-
tâncias ativas, com propriedades terapêuticas previamente testadas por
meio de ensaios clínicos controlados.
Como forma de gerenciar riscos, a Anvisa criou o Sistema de Notificação de
Vigilância Sanitária (Notivisa), um serviço disponível na internet que recebe
e analisa reclamações de profissionais de saúde sobre eventos adversos e
queixas técnicas de medicamentos. As notificações recebidas pelo Notivi-
sa são mantidas em sigilo e servem para subsidiar o Sistema Nacional de
Vigilância Sanitária (SNVS) na identificação de reações adversas ou efeitos
não-desejados de medicamentos. Os dados, segundo a Anvisa, servem
também para aperfeiçoar o conhecimento dos efeitos dos produtos e,
quando indicado, alterar recomendações sobre uso e cuidados.
Embora os números de intoxicação por automedicação estejam abaixo
daqueles das principais causas já mencionadas, a prática assume a sex-
ta colocação no País. Em 2009, foram 503 notificações.
De acordo com o farmacêutico Rogério Hoefler, existem medicamentos
que são adquiridos em farmácias sem necessidade de prescrição mé-
dica. Geralmente, são os empregados no tratamento de sintomas de
doenças, que apresentam baixa toxicidade relativa. Mas é importante
ficar atento, pois todos os medicamentos podem causar efeitos adver-
sos. “O paracetamol, por exemplo, que não requer prescrição médica,
se tomado em doses excessivas ou em associação com álcool, pode ser
altamente tóxico para o fígado”, exemplifica.
Ele ainda cita outros produtos, como o ácido acetilsalicílico, que pode
provocar graves sangramentos em algumas pessoas, principalmente
quando administrado em conjunto com outros medicamentos, como
anti-inflamatórios e anticoagulantes ou álcool, e a dipirona, que pode
provocar reações alérgicas e queda brusca da pressão arterial. “Além
disso, o uso de medicamentos que aliviam sintomas pode encobrir do-
enças graves, como infecções”, ressalta.
Diante dos males que os medicamentos usados sem indicação podem
causar, não é recomendado se automedicar. “A automedicação pode
mascarar alguns problemas. Usar medicamentos sem prescrição médi-
ca é contraindicado. Em caso de dúvidas, é sempre importante procurar
um médico”, afirma a enfermeira da CliniCASSI Brasília Norte (DF), Ana
Flávia Saraiva dos Santos.
O farmacêutico do Cebrim esclarece que as pessoas até podem manter
alguns medicamentos em casa para o caso de emergências, desde que
evitem armazenar grandes quantidades e escolham um local fresco,
seco e fora do alcance de crianças.
“Deve-se também ter em mente que nem sempre a repetição de
determinados sintomas representa a mesma doença e, portanto,
pode requerer orientação de um profissional antes de se utilizar um
medicamento”, conclui.
Os perigos da automedicação
Jornal CASSI Família
4 5Jornal CASSI Família
Comente essa matéria. Envie email para [email protected]
CAPA
Os participantes que apresentam dúvidas quanto ao uso e armazena-
mento corretos de medicamentos e entendimento da receita médica
podem esclarecer essas e outras questões nos Serviços Próprios da
Caixa de Assistência. Os profissionais da CliniCASSI são qualificados
para prestar as informações necessárias e oferecer o acompanha-
mento adequado para cada beneficiário.
Uma das vantagens do atendimento na CliniCASSI é o conhecimento
que o profissional de saúde tem do histórico de vida do participante,
o que favorece a orientação focada nas necessidades de cada um, de
acordo com suas particularidades de rotina e hábitos.
Os esclarecimentos aos beneficiários podem ocorrer de diversas for-
mas, durante as consultas médicas e atividades coletivas, e ainda por
telefone, pelo programa de telemonitoramento. “O assunto é sem-
pre abordado. Recebemos questionamentos dos participantes, mas
também procuramos, no dia a dia, conversar com eles. Todo contato
com o paciente é um momento para educá-lo em saúde”, afirma a
enfermeira Ana Flávia.
Foi o que aconteceu com Paulo Seitiro Oguro, de 57 anos. Durante
uma atividade coletiva do grupo de Gerenciamento do Cuidado de Par-
ticipantes com Condições Crônicas (GCC), realizada na CliniCASSI Bra-
sília Norte, o associado recebeu informações sobre a aplicação correta
da insulina, medicamento que usa há oito anos para tratar o diabetes.
“Por muito tempo apliquei a insulina no mesmo lugar do corpo, até
que uma sobrinha me disse para escolher lugares diferentes a cada
aplicação. A CliniCASSI confirmou essa informação e eu achei ótimo,
pois nunca haviam me explicado sobre a forma correta de uso”, conta.
CliniCASSI orienta sobre o uso correto
Cuidados na hora de comprar e usar medicamentos
• Só compre medicamentos em farmácias e drogarias, nunca em feiras e camelôs.
• Fique atento às promoções, pois preços muito baixos podem indicar que o medicamento
tem origem duvidosa, nenhuma garantia de qualidade ou pode ser produto roubado.
• Exija sempre a nota fiscal e a guarde com você, junto com a embalagem e a cartela ou frasco
do produto, pois serão os comprovantes para dar queixa em caso de irregularidade.
• Não compre medicamentos com embalagens amassadas, lacres rompidos, rótulos que sol-
tam facilmente ou estejam apagados e borrados.
• Respeite a temperatura de conservação do medicamento, informada na bula ou rótulo.
• Conserve o medicamento na embalagem original, sem remover o rótulo.
• Observe a data de validade.
• Não reaproveite frascos usados para colocar outros líquidos. Pode causar intoxicação.
• Evite deixar o medicamento no interior do carro por muito tempo.
• Se o produto deixar de fazer efeito, procure imediatamente o médico.
Font
e: A
nvis
a
Jornal CASSI Família
PREVENÇÃO
Suas armas contra o câncer
O que é:
Câncer é o nome dado a mais de 100 doen-
ças provocadas pelo crescimento desordena-
do de células.
• As células que formam os tecidos e
órgãos do corpo têm, cada uma, um tempo
específico de renovação. Aquelas que sofre-
ram alguma alteração (provocada por vírus,
tabaco, processos inflamatórios etc) deixam
de morrer ou passam a se multiplicar com
maior rapidez, virando cancerosas.
• Todas as pessoas têm células malignas
no corpo, mas o sistema imune de um orga-
nismo saudável consegue eliminá-las e impe-
dir a multiplicação desordenada.
• Quando o organismo não consegue
conter a divisão descontrolada dessas cé-
lulas anormais, elas tendem a ser muito
agressivas e passam a se acumular umas
sobre as outras, formando os tumores (acú-
mulo de células cancerosas) ou neoplasias
malignas.
• O tumor benigno é formado por célu-
las que se multiplicam vagarosamente. Elas
também se acumulam umas sobre as outras,
mas mantêm a aparência do tecido original e
raramente representam risco de vida.
• Quando as células cancerosas de um
tumor se espalham para partes diferentes
do corpo, pela corrente sanguínea ou pelo
sistema linfático, ocorre o que é chamado
de metástase. Nas metástases, as células can-
cerosas tendem a manter as características do
tecido original – se começou na mama, o tu-
mor conterá células com as características das
da mama, ainda que se instale em outro órgão.
Por que ocorre?
O surgimento do câncer se dá por fatores
combinados. Os internos estão relacionados à
genética e à incapacidade de o organismo se
defender de agressões externas. Os externos
incluem o ambiente em que se vive (água, terra
e ar), em que se trabalha (indústrias químicas e
geradoras de fumaça), o consumo (alimentos,
medicamentos), o ambiente social e cultural (es-
tilo e hábitos de vida que incluem sedentarismo
e tabagismo). Os fatores externos são responsá-
veis por 80% a 90% dos casos de câncer.
A mesma ciência que prevê o aumento da
ocorrência de câncer no Brasil, com 500 mil
novos casos neste ano, traz um alento: ao me-
nos 80% deles poderiam ser evitados porque
estão relacionados a fatores ambientais, à ali-
mentação e a hábitos que dependem do ser
humano e que, portanto, podem ser mudados.
Para ajudá-lo a evitar o surgimento da segun-
da doença que mais mata (o câncer só perde
para as doenças cardiovasculares), a CASSI
ouviu profissionais de sua rede e do Instituto
Nacional de Câncer (Inca) – órgão do Minis-
tério da Saúde que define as ações de pre-
venção e controle da doença no País.
Esses profissionais explicam, nesta e nas três
páginas seguintes, como o fumo e o consu-
mo de alimentos de alta densidade calórica
provocam o surgimento das células malignas
que formam os tumores. Eles ensinam, ainda,
que o exercício físico é capaz de controlar a
produção dos hormônios que favorecem o
surgimento de células cancerosas.
A descoberta de que os cânceres mais agressi-
vos e comuns entre os brasileiros – de pulmão,
de estômago, de próstata (homens), e de mama
(em mulheres) – estão relacionados a problemas
iniciados na infância e adolescência, como a
obesidade, implica uma mudança de postura im-
portante no combate ao surgimento dos tumores
malignos. Recomenda-se que a prevenção come-
ce nas duas primeiras décadas de vida, embora a
doença seja ainda tipicamente um problema da
terceira idade, pois se manifesta por volta dos 60
anos na maioria dos casos.
Conheça formas de prevenir a segunda doença que mais mata, mas que poderia ser evitada em 80% dos casos
6
PREVENÇÃO
Cuidados quedependem
de você
Pare de fumar! Esta é a regra mais importante para prevenir o câncer.
A alimentação saudável pode re-duzir as chances de câncer em pelo menos 40%. Coma diaria-mente pelo menos cinco porções de frutas, verduras e legumes e acrescente cereais à dieta.
Dê preferência às gorduras de ori-gem vegetal como o azeite extra virgem, óleo de soja e de girassol, entre outros (eles não devem ser ex-postos a altas temperaturas).
Reduza a ingestão de ali-mentos gordurosos, sal-gados e enlatados. Evite gorduras de origem animal (leite e derivados, carne de porco, carne vermelha, pele de frango etc) e algumas gor-duras vegetais como margarinas e gordura hidrogenada.
Realize diariamente a higiene oral (escovação) e consulte o dentista regularmente.
Evite ou limite a ingestão de bebidas alcoólicas: até dois drinques por dia para ho-mens e um para mulheres.
Pratique atividades físicas mode-radamente durante pelo menos 30 minutos, cinco vezes por semana.
Evite exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h e, quando se expu-ser, use sempre proteção adequada (chapéu, barraca e protetor solar). Se você trabalha exposto ao sol, procure usar chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida.
A partir dos 50 anos de idade, mulheres e homens devem realizar exame de sangue oculto nas fezes, a cada ano, preferen-cialmente, ou a cada dois anos.
Homens cujo pai ou irmão tiveram
câncer de próstata antes dos 60
anos devem procurar médico para
investigar a doença a partir dos 45 anos de ida-
de. Entre 50 e 70 anos, todos devem aproveitar
consultas médicas para se orientar sobre a ne-
cessidade de examinar o surgimento da doença.
Mulheres devem realizar o exame clínico das mamas anualmente, a partir dos
40 anos. Todas entre 50 e 69 anos devem fazer uma mamografia a cada dois
anos. Filhas, irmãs ou mães de mulheres com câncer de mama diagnosticado
antes dos 50 anos e as que tiveram câncer de ovário devem realizar o exame clínico e ma-
mografia anuais, a partir dos 35 anos. Mulheres com idade entre 25 e 59 anos devem realizar
exame preventivo ginecológico periodicamente. Após dois exames com resultado normal
com intervalo de um ano, o preventivo pode ser feito a cada três anos.
7Jornal CASSI Família
O tabagismo, principal alvo das campanhas de combate ao câncer, se-
gue na mira – até porque já é responsável por 90% dos cânceres de
pulmão, mas agora divide espaço com a obesidade no posto de vilão.
É que a presença excessiva de células de gordura no organismo vem
cada vez mais sendo confirmada como causa de cânceres de mama,
esôfago, rins, vesícula biliar, endométrio, colo, reto e rins.
“As células de gordura geram fatores pré-inflamatórios que, jogados
na corrente sanguínea, agridem as células saudáveis e alteram seu
DNA, que controla a durabilidade das células. Isso provoca um erro:
a célula para de receber a informação de que está na hora de mor-
rer e passa a se multiplicar incontrolavelmente, o que leva ao câncer”,
explica o nutricionista Fábio Gomes, analista do Programa Nacional
de Controle do Câncer do Inca, órgão do Ministério da Saúde. Quan-
to mais numerosas e aumentadas as células de gordura no corpo hu-
mano, maior a geração do fator pré-inflamatório. Elas aumentam com
PULMÃOÉ o mais comum dos tumores malignos, altamente letal, com sobrevida média de cinco anos em 10% dos casos em países em desenvolvimento e em 21% dos casos que surgem em países desenvol-vidos. Está associado ao fumo em 90% dos casos diagnosticados, e é a principal causa de mortes evitáveis no mundo.
ESÔFAGOO câncer de esôfago (tubo que liga a garganta ao estômago) é o 6º que mais ataca homens e o 9º entre os tipos de câncer que mais afetam mu-lheres. A doença costuma apresentar sinais somente numa fase mais avan-çada: dificuldade e dores ao engolir, dor torácica, sensação de obstrução na passagem do alimento, náuseas, vômitos, perda do apetite e de peso.PELE NÃO MELANOMA
É o câncer mais frequente no Brasil: corresponde a 25% de todos os tumores malignos, mas é o de mais baixa mortalidade. Apresenta alto percen-tual de cura, se for detectado precocemente. É mais comum acima dos 40 anos, raro em crianças e negros. Pessoas de pele clara ou com doenças cutâneas prévias são as principais vítimas.
A obesidade é tão vilã quanto o fumo
OS CÂNCERES QUE MAIS AFETAM OS BRASILEIROS
PELE MELANOMAÉ originado por células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele, e pre-domina em adultos brancos. Está relacionado a queimaduras provocadas pelo sol e responde por 4% dos tumores malignos de pele. Ocorre com menor frequência que não melanoma, mas é mais grave devido à alta possibilidade de metástase. A detecção em estágio inicial aumenta a chance de cura.
ESTÔMAGOO câncer gástrico ou de estômago atinge priorita-riamente homens e 65% dos diagnosticados têm mais de 50 anos. É o 3º que mais afeta homens e o 5º entre as mulheres brasileiras. A maior mor-talidade por este câncer ocorre na América Lati-na. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, a doença está em declínio.
BOCAÉ o câncer que afeta lábios e o interior da cavidade oral: gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas), área embaixo da língua e amígdalas. O de lábio é mais comum em brancos, ocorre mais frequentemente no lábio inferior e está relacionado à exposição excessiva ao sol, sem proteção, e ao fumo.
COLORRETALSão os que ocorrem no intestino grosso (cólon) e no reto. São tratáveis e curáveis na maioria dos casos, quando detectados precocemente e ainda não se espalharam para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede in-terna do intestino grosso.
COLO DE ÚTEROÉ o 2º tumor mais frequente na população feminina e a 4ª causa de morte de mulhe-res por câncer no Brasil. O câncer do colo do útero, ou cervical, demora anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear a doença são des-cobertas facilmente no exame preventivo conhecido como Papanicolau. A principal alteração que leva a esse tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, relacionado a mais de 90% dos casos de câncer de colo de útero.
8 Jornal CASSI Família8
PREVENÇÃO
Comente essa matéria. Envie email para [email protected]
A obesidade é tão vilã quanto o fumoa ingestão de alimentos de alta densidade calórica (que possuem
duas ou mais calorias por grama, como biscoito e leite condensado).
A multiplicação das células de gordura cessa na adolescência. Daí a
importância de evitar a obesidade em crianças para controlar a mul-
tiplicação de células de gordura que, depois da infância, só aumen-
tam de tamanho. As pessoas com excesso de peso corporal também
produzem uma quantidade maior dos hormônios que favorecem ainda
a multiplicação desordenada de células. “Se toda a população brasi-
leira tivesse IMC normal (de 18,5 a 25), seriam evitados 20% dos ca-
sos de câncer de esôfago em homens e 26% em mulheres; 14% dos
cânceres de mama e 29% dos tumores malígnos de endométrio.”
O sedentarismo também é um estímulo ao aparecimento de cânce-
res, alerta a oncologista da Central CASSI Sônia Rossi Vianna. “Quanto
maior a obesidade, menor a prática de atividade física, responsável
pela queima as substâncias (como hormônios) que podem levar a mu-
tações celulares”, explica.
OS CÂNCERES QUE MAIS AFETAM OS BRASILEIROS
PRÓSTATAA glândula masculina fica abaixo da bexiga, envolve a porção inicial da uretra e produz parte do sêmen. O câncer de próstata é o mais comum entre os homens, excluindo-se o cân-cer de pele não melanoma, e a incidência é seis vezes maior em países desenvolvidos. A manifestação ocorre após os 65 anos em 75% dos casos. Quando o tumor cresce rapidamen-te, costuma se espalhar para outros órgãos e pode levar à morte. São previstos 52,3 mil novos casos este ano só no Brasil, sendo que a maior incidência deve ocorrer nas capitais.
LEUCEMIAA leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), geralmente, de origem indefinida, mas provavelmente relacionada à as-sociação entre determinados fatores de risco, entre eles o tabagismo, a radiação (por radioterapia e raio-X), inalação de benzeno (presente na fumaça de cigarro, da gasolina e usado pela indústria química). A prin-cipal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.
MAMASegundo tipo mais frequente no mundo, é o mais comum entre as mulheres. Surge normal-mente após os 35 anos de idade. A incidência tem aumentado tanto em países desenvol-vidos como naqueles em desenvolvimento e 61% dos pacientes sobrevivem (média após cinco anos do diagnóstico da doença).
Fonte: Inca
9Jornal CASSI Família
PREVENÇÃO
Jornal CASSI Família
CASO DE SUCESSO
A história de Thiago Santa Cecília poderia representar apenas mais uma
das muitas fatalidades causadas por acidentes de trânsito, não fosse
pela força de vontade e exemplo de superação desse mineiro de Uber-
lândia. Aos 32 anos, Thiago é o caçula dos três filhos do aposentado do
Banco do Brasil José Antonio Santa Cecília e da assistente social Eurí-
pedes Santa Cecília. Filho e neto de ex-bancários, representa a terceira
geração da família ligada ao BB.
O acidente
Em 2002, aos 24 anos, Thiago cursava o quarto período de direito e
trabalhava com promoção de eventos e shows em Uberlândia. Sua roti-
na era uma constante festa. Vivia intensamente sem se preocupar com
o futuro profissional. Porém, no dia 23 de novembro, sofreu um grave
acidente automobilístico que mudou sua vida radicalmente.
Thiago voltava de um dos eventos que costumava frequentar, quando
o carro que dirigia passou sobre um paralelepípedo solto, fazendo com
que ele perdesse o controle do veículo e se chocasse contra um muro.
O violento impacto lesionou as vértebras T7 e T8 e deixou Thiago pa-
raplégico. “Acordei no hospital, não tinha mais sensibilidade nem me
movimentava do umbigo para baixo”.
Uma semana após o acidente, Thiago passou pela primeira cirurgia.
O procedimento, realizado no hospital Santa Catarina, credenciado à
CASSI, serviu para fixar a coluna e possibilitar que ele pudesse voltar a
sustentar o peso do próprio corpo. Em seguida, começaram as sessões
de fisioterapia.
“Em 2003 não havia CliniCASSI na minha cidade, só dois profissionais
administrativos e um médico cuidavam do atendimento. Mesmo assim,
a CASSI ofereceu todo o suporte necessário que Thiago necessitou”,
conta a colaboradora da Caixa de Assistência, Lenice Moura, que tra-
balhava em Uberlândia e atua hoje na Unidade Minas Gerais, em Belo
Horizonte. Para o pai de Thiago, o que marcou foi a capacidade de
o filho enfrentar o problema. “No começo ficamos em choque, mas,
passado esse momento inicial, a gente se impressionou com a força de
superação dele”, conta José Antonio.
O recomeço
Dois meses e meio depois do trauma, os pais conseguiram uma vaga
para Thiago no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, referência em
neurorreabilitação e neuropsicologia. “Nos dois meses em que fiquei
no Sarah, aprendi a realizar atividades do dia a dia, como tomar banho,
e a entender como meu corpo passaria a funcionar a partir da lesão na
medula”, conta.
Em julho de 2003, já de volta a Uberlândia, Thiago passou pela segun-
da cirurgia. Dessa vez para realização de novos ajustes na fixação da
coluna. O procedimento aconteceu no Hospital Santa Genoveva, tam-
bém credenciado à Caixa de Assistência.
“Depois desta operação, passei a fazer fisioterapia diariamente, por
aproximadamente um ano, com sessões custeadas pela CASSI. Meu pai
era aposentado do BB, eu fazia parte do Plano CASSI Família. Nessa
fase, eu já estava readaptado às limitações do meu corpo e voltei a
estudar. Recomecei a faculdade do início, pois queria fazer o curso de
uma melhor forma”, diz.
A mãe de Thiago trabalhava com deficientes e tinha experiência em ca-
sos de superação, o que contribuía positivamente para recuperação do
filho. “Na medida em que ajudei pessoas, fui muito ajudada. O Thiago
gosta muito da vida. Levava a sério a fisioterapia e, percebendo o oti-
mismo com que encarava o tratamento, o fisioterapeuta passou a trazer
em nossa casa pessoas que estavam enfrentando o mesmo problema
para que Thiago desse força”, orgulha-se Eurípedes.
Volta por cima
Em julho de 2005, após um ano do retorno à faculdade, Thiago foi no-
meado para assumir um cargo no Banco do Brasil, em concurso que
Superação: uma história de vida
Thiago com os pais, José Antônio e Eurípedes
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havia prestado em 2003. “Foi uma feliz surpresa. Fiz o concurso em
2003, em meio a mudanças radicais na minha vida. Não esperava ser
convocado. Depois que assumi o novo emprego, percebi as muitas ou-
tras vantagens de ser conveniado CASSI, que passou a custear 70% dos
medicamentos e a sonda que utilizo”.
Desde 2005, Thiago trabalha no BB. Também atua como advogado em
Uberlândia, e continua estudando para concursos públicos. Após o trau-
ma, mudou valores e a forma de encarar a vida. “Costumo dizer que o
acidente foi um marco: me aproximei da família, adquiri maturidade,
responsabilidade e descobri que não há ao que o ser humano não se
adapte. Hoje tenho certeza que estou muito melhor do que antes de
bater o carro. Consegui mais nesses oito anos após a lesão do que nos
outros 24, em todos os sentidos da vida.”
Ele destaca que a Caixa de Assistência o acompanhou desde os primei-
ros momentos após bater o carro. “A CASSI me deu todo o suporte na
época do acidente e continua ao meu lado nos dias atuais. Confesso
que sem um convênio seria difícil custear todas as despesas que ainda
tenho por conta do tratamento.”
A vida profissional ativa foi outro ponto a favor de Thiago. Para ele, o
trabalho é a forma mais eficaz de incluir socialmente uma pessoa com de-
ficiência. Logo que entrou no BB, descobriu que a empresa é pioneira em
políticas de inclusão social. “É uma instituição preocupada com a inserção
do deficiente, e isso me permite, hoje, buscar uma ascensão profissional.”
A lesão medular ocorre quando um evento traumá-
tico, como os provocados por acidentes automo-
bilísticos, resulta em uma lesão das estruturas da
medula, interrompendo a passagem de estímulos
nervosos. A lesão pode ser completa, quando não
existe movimento voluntário abaixo do nível da le-
são, ou incompleta, quando há algum movimento
voluntário ou sensação abaixo do nível da lesão. A
medula pode também ser lesionada por doenças
(causas não traumáticas), como por exemplo, he-
morragias, tumores e infecções por vírus.
A medula espinhal
O sistema nervoso central é formado pela medula
espinhal e pelo encéfalo. A medula é constituída
por células nervosas (neurônios) e por longas fibras
nervosas chamadas axônios, que são prolonga-
CASO DE SUCESSO
Lidando com o preconceito
Amparado no otimismo e bom humor, Thiago encara o mundo com re-
signação. “No começo de minha reabilitação, ao sair de casa, convivia
com olhares que me incomodavam, mas aprendi a lidar muito bem com
isso. Sempre que tenho uma oportunidade faço piada sobre minha de-
ficiência. A vida é curta para amargura e reclamações, por isso a levo
com alegria e perseverança. Se quer alguma coisa? Dedique-se, foque-
-se, seja persistente, tenha paciência, não desista ao primeiro sinal de
fraqueza. Lute!”
Os pais de Thiago, José Antonio e Eurípedes, reconhecem que as
atitudes do filho são as de um vencedor. “Ele nunca reclamou. Nunca
se queixou. Soube enfrentar tudo com otimismo. Ele é para todos nós
um exemplo de vida”, afirma José. “Eu agradeço a Deus por ele po-
der dar sequência a seus sonhos e alcançar o que é melhor para si”,
finaliza Eurípedes.
Novo desafio
Fã de esportes, Thiago vê nessa prática uma importante forma de inclu-
são social. Ele jogava tênis antes do acidente. Recentemente, comprou
uma bicicleta de propulsão manual e quer praticar handbike para dis-
putar corridas de rua. Como a modalidade implica custo alto com ma-
nutenção da bicicleta e viagens, ele tentará patrocínio. “Meu objetivo é
poder participar da corrida de São Silvestre, e espero conseguir apoio
financeiro para isso”, revela.
mentos dos neurônios e formam as vias espinhais.
A medula espinhal é organizada em segmentos ao
longo de sua extensão. Raízes nervosas de cada
segmento inervam regiões específicas do corpo. Os
segmentos da medula cervical são oito (C1 a C8) e
controlam a sensibilidade e o movimento da região
cervical e dos membros superiores. Os segmentos
torácicos (T1 a T12) controlam o tórax, abdome e
parte dos membros superiores. Os segmentos lom-
bares (L1 a L5) estão relacionados com movimentos
e sensibilidade dos membros inferiores. Os sacrais
(S1 a S5) controlam parte dos membros inferiores,
sensibilidade da região genital e funcionamento da
bexiga e intestino.
A coluna é formada, em média, por 33 vértebras (7
cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 ou
5 coccígeas).
Entenda o que é lesão medular
Thiago com os pais, José Antônio e Eurípedes
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11Jornal CASSI Família
NOTAS DE SAÚDE
Jornal CASSI Família
Refrigerante pode aumentar pressão arterialO consumo de bebidas com gás ou sucos de frutas com grande quantidade de açúcar traz riscos
de elevação da pressão arterial. A constatação é de especialistas americanos e britânicos, que ava-
liaram alimentação, exame de urina e pressão de 2,5 mil pessoas, com idades entre 40 e 59 anos.
O estudo, publicado na revista científica Hypertension, revela que beber mais de 355 ml por dia
de refrigerante é o suficiente para desequilibrar a pressão. O recomendado, segundo a entidade
American Heart Association, é que essa quantidade seja consumida em uma semana. A pesquisa
evidenciou a forte relação entre bebidas açucaradas e pressão alta em pessoas que consomem
grandes quantidades de sal e açúcar. Vale lembrar que pressão alta é fator de risco para doenças
cardiovasculares.
Azeite contra osteoporosePara prevenir a osteoporose, doença que afeta aproximadamente 25% das mulheres acima de 50 anos, de
acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas agora podem consumir azeite de oliva extra-
virgem, além do cálcio. É o que mostra um estudo da Universidade de Córdoba, na Espanha, ao afirmar que a
oleuropeína, presente no alimento, aumenta a quantidade de células que fabricam osso novinho em folha. Com
o consumo do azeite no dia a dia, no mínimo, o processo destrutivo dos ossos, provocado por envelhecimento
e menopausa, demorariam mais tempo para ocorrer. Para substituir a fonte de oleuropeína de vez em quando, a
pesquisa indica uma opção – a azeitona, de onde o óleo é extraído. O azeite ainda apresenta outros benefícios
à saúde, como diminuição do colesterol ruim e da circunferência abdominal e aumento da saciedade.
Fumo chega a 13% dos idososAo revisarem 49 estudos sobre o tabagismo em várias partes do mundo, cientistas brasileiros descobriram
que 13,5% dos idosos têm o hábito de fumar, e a prevalência é maior entre os homens (22,5%) do que entre
as mulheres (8,7%). Para um dos autores da pesquisa, as taxas são relativamente altas. O estudo foi feito por
pesquisadores das Universidades Federal e Estadual do Rio de Janeiro (UFRJ e UERJ), Federal de São Paulo
(Unifesp) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O número total de idosos avaliados foi de 140.058, de pa-
íses como Brasil, Espanha, Portugal, Inglaterra, Rússia, Índia e Japão. Os participantes que desejam parar de
fumar recebem o apoio multiprofissional da CASSI por meio do TABAS, programa de apoio ao tabagista. Basta
procurar informações na CliniCASSI mais próxima.
O perigo das doenças crônicasA Organização Mundial da Saúde (OMS) descobriu que as doenças crônicas, como câncer e diabetes, causam mais mortes do que todas as outras
doenças combinadas. Segundo a pesquisa, problemas crônicos são mais perigosos do que doenças infecciosas, como malária, aids e tuberculose,
mesmo em países pobres. Em 2008, as doenças cardíacas, pulmonares, câncer e diabetes foram responsáveis por 36 milhões (63%) das 57 mi-
lhões de mortes no mundo. Diante do fato, a OMS listou dez ações que podem ajudar a diminuir o problema, como proibição do fumo em lugares
públicos e restrição do acesso ao álcool.