6
Q id M n Je u , trevas não a receberam. (cf. Jo 1,5). Por isso, quero pedir-Te só uma coisa: aquela grande alegria que encheu os três magos do Oriente quando viram a estrela que os conduziu a Ti e a Tua Mãe. Desejo essa ale- gria pueril e transbordante que também os anjos anunciaram aos pastores e que é tão raro encontrar hoje. Essa alegria libertadora de Te sabermos próximo de nós, de sermos seres humanos, filhos de Deus. Sem essa alegria, tudo permanece nas trevas. Sem ela, anestesiamo-nos com todo o consumo que a indústria natalícia produz em massa. Querido Menino Jesus, dá-me a alegre cer- teza de que sobre o caminho da minha vida está a feliz constelação das estrelas de Belém. Ao pedir-Te esta alegria, não estou à espera de nenhuma vida cómoda e feliz, que exclua a superação diária do meu egoísmo, mas sim a alegre certeza de que afastarás quaisquer trevas e transformarás o meu pecado. Só esta alegria se pode Esperando a compreensão dos nossos que- ridos amigos e leitores do Boletim, quero dirigir-me directamente a Ti nesta carta de Natal deste ano. Sei que muitas crianças só enviam estas cartas no Natal para garantir os ansiados presentes e também eu sinto algumas dúvidas sobre se esta carta parece uma brincadeira. Mas não é. E as dúvidas mostram-me como é frágil a minha fé. Mas a verdade é que a festa de Natal e os tempos em que vivemos hoje são sérios de- mais para tais sentimentos de pouca fé. Está na altura de falar conTigo com muita sinceridade, como com um bom amigo. Querido Menino Jesus, há tantas trevas nas famílias, no mundo e até na Tua Igreja, que deveria ser a luz do mundo. Tentamos en- candear as nossas trevas com a iluminação artificial desta quadra festiva, mas a ver- dade é que o nosso olhar se ensombra ainda mais. Deixamos de ver o céu e a es- trela de Belém que haveria de nos indicar o caminho. Sim, o Teu nascimento no está- bulo de Belém foi o marco verdadeira- mente importante da humanidade, mas as “Existem momentos difíceis, tempos de cruz, mas nada pode destruir a alegria sobrenatural, que […] sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, sermos infinitamente amados.” Papa Francisco, Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate realmente partilhar com os outros. E parti- lhando-a ela não fica mais pequena; re- gressa antes para nós, ainda maior. Ela é o verdadeiro presente de Natal. Pode ser transmitida de forma muito simples, atra- vés dum sorriso, duma oração, de compai- xão, de ajuda, de perdão. Agradeço-Te, Jesus, por poder colaborar com a grande família da AIS, que quer transmitir ao mundo inteiro a maior das alegrias: Deus é bom, ama-nos, conhece-nos, encarnou. Vemos a Tua estrela sobre a Igreja, sobretudo onde sofre, e apresentamos-Te com alegria os nossos presentes. Querido Menino Jesus, abençoa todos os benfeitores e colaboradores da AIS, as suas famílias e todos os que eles têm no cora- ção, e enche-os com a graça natalícia da Tua alegria. O vosso P. Martin Maria Barta Assistente Espiritual “Quero pedir-Te só uma coisa: aquela grande alegria que encheu os três magos do Oriente quando viram a estrela que os conduziu a Ti e a Tua Mãe.” Igreja de Santa Maria, em Homs: “Afasta as trevas, também na Síria.” © Ismael Martínez Sánchez/ACN Nr.º 8 • Dezembro de 2018 Oito edições anuais ISSN 0873-3317 www.fundacao-ais.pt

Q id M n Jeu,Um exemplo é Yasso, no Mali: a Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus conta cinco mil almas, mas nas cabanas-capela, muito precisadas de obras, só cabem 150. Agora

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Q id M n Jeu,Um exemplo é Yasso, no Mali: a Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus conta cinco mil almas, mas nas cabanas-capela, muito precisadas de obras, só cabem 150. Agora

Q id M n Je u , trevas não a receberam. (cf. Jo 1,5). Porisso, quero pedir-Te só uma coisa: aquelagrande alegria que encheu os três magosdo Oriente quando viram a estrela que osconduziu a Ti e a Tua Mãe. Desejo essa ale-gria pueril e transbordante que também osanjos anunciaram aos pastores e que é tãoraro encontrar hoje. Essa alegria libertadorade Te sabermos próximo de nós, de sermosseres humanos, filhos de Deus. Sem essa

alegria, tudo permanece nas trevas. Semela, anestesiamo-nos com todo o consumoque a indústria natalícia produz em massa.

Querido Menino Jesus, dá-me a alegre cer-teza de que sobre o caminho da minhavida está a feliz constelação das estrelas deBelém. Ao pedir-Te esta alegria, não estouà espera de nenhuma vida cómoda e feliz,que exclua a superação diária do meuegoísmo, mas sim a alegre certeza de queafastarás quaisquer trevas e transformaráso meu pecado. Só esta alegria se pode

Esperando a compreensão dos nossos que-ridos amigos e leitores do Boletim, querodirigir-me directamente a Ti nesta carta deNatal deste ano. Sei que muitas crianças sóenviam estas cartas no Natal para garantiros ansiados presentes e também eu sintoalgumas dúvidas sobre se esta carta pareceuma brincadeira. Mas não é. E as dúvidasmostram-me como é frágil aminha fé. Mas a verdade é que afesta de Natal e os tempos emque vivemos hoje são sérios de-mais para tais sentimentos depouca fé. Está na altura de falarconTigo com muita sinceridade,como com um bom amigo.

Querido Menino Jesus, há tantas trevas nasfamílias, no mundo e até na Tua Igreja, quedeveria ser a luz do mundo. Tentamos en-candear as nossas trevas com a iluminaçãoartificial desta quadra festiva, mas a ver-dade é que o nosso olhar se ensombraainda mais. Deixamos de ver o céu e a es-trela de Belém que haveria de nos indicar ocaminho. Sim, o Teu nascimento no está-bulo de Belém foi o marco verdadeira-mente importante da humanidade, mas as

“Existem momentos difíceis,tempos de cruz, mas nadapode destruir a alegria sobrenatural, que […] semprepermanece pelo menos comoum feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, nãoobstante o contrário, sermosinfinitamente amados.”

Papa Francisco, Exortação ApostólicaGaudete et Exsultate

realmente partilhar com os outros. E parti-lhando-a ela não fica mais pequena; re-gressa antes para nós, ainda maior. Ela é overdadeiro presente de Natal. Pode sertransmitida de forma muito simples, atra-vés dum sorriso, duma oração, de compai-xão, de ajuda, de perdão.

Agradeço-Te, Jesus, por poder colaborarcom a grande família da AIS, que quer

transmitir ao mundo inteiro amaior das alegrias: Deus ébom, ama-nos, conhece-nos,encarnou. Vemos a Tua estrelasobre a Igreja, sobretudo ondesofre, e apresentamos-Te comalegria os nossos presentes.

Querido Menino Jesus, abençoa todos osbenfeitores e colaboradores da AIS, as suasfamílias e todos os que eles têm no cora-ção, e enche-os com a graça natalícia daTua alegria.

O vosso

P. Martin Maria BartaAssistente Espiritual

“Quero pedir-Te só uma coisa:aquela grande alegria que encheuos três magos do Oriente quandoviram a estrela que os conduziu a Ti e a Tua Mãe.”

Igreja de Santa Maria, emHoms: “Afasta as trevas,também na Síria.”

© Is

mae

l Mar

tínez

Sán

chez

/ACN

Nr.º 8 • Dezembro de 2018Oito edições anuais

ISSN 0873-3317www.fundacao-ais.pt

Page 2: Q id M n Jeu,Um exemplo é Yasso, no Mali: a Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus conta cinco mil almas, mas nas cabanas-capela, muito precisadas de obras, só cabem 150. Agora

O Natal na Venezuela? As carmelitas descalças em Chirgua (Valencia) e SanCristobal irão celebrá-lo cheias de alegria no coração e diante de mesas vazias.Pois, é catastrófico o abastecimento de alimentos nesse país em bancarrota e com a in-flação mais elevada do mundo. O que se obtém é imediatamente consumido. Ninguémsabe o que o dia seguinte trará. As irmãs também não sabem onde arranjar pão, águapotável e medicamentos. São 25 em Chirgua, e 24 e 23 nos dois conventos de San Cris-tobal. Por 100 dólares seria possível pôr pão na mesa dos três conventos ou sustentaruma irmã durante meio ano. E bastaria que 1000 pessoas dessem 20 € para a mesa vaziadas irmãs pelo Natal para isso ser para elas uma “chuva de rosas”, como prometeu a suairmã carmelita e doutora da Igreja, Teresa de Lisieux. “Depois da minha morte, farei cairuma chuva de rosas sobre a terra” – rosas de salvação, rosas de missão, rosas da vida edo amor. Temos as rosas na mão. •

Presentes de Natal para a Igreja que sofreAjudar a sobreviver – por 20 €

“Twittar” com Deus – por 50 €

Um refúgio com Deus – por 100 €

“Quem procura a verdade, procura Deus”, escreve Santa Edith Stein. Muitos jovens procuram a verdade. Mas será possível exprimi-la também em 280 carac-teres, num “tweet”? Certamente que não, mas respostas a perguntas sobre a verdade,sim. É o que acontece no livro “Twittar com Deus”, com a aplicação correspondente, queaté agora saiu em inglês, albanês, croata, lituano, romeno, ucraniano, alemão e holandês.As respostas são católicas e concisas. Foram jovens a ter a ideia de divulgar a Boa Novaatravés destas breves mensagens. Assim, surgiu o livro com o correspondente materialmultimédia, que é apelativo para a juventude. Agora está para sair também em árabe.Muitos, sobretudo jovens cristãos no Médio Oriente, poderiam assim aprender as verda-des de forma rápida e prática. Os editores no Líbano têm ideias, têm a língua e boa von-tade – mas não têm dinheiro para a tradução, a impressão e a distribuição. Bastarãoalgumas centenas colaborarem com 50 € e há-de haver muita verdade nos tweets peloNatal, no Médio Oriente! •

No Mali, no Senegal e noutros países da África Ocidental, os Cristãos são uma pe-quena minoria. Por todo o lado, as mesquitas brotam da terra como cogumelos. Os Cristãos, pelo contrário, reúnem-se debaixo de árvores ou em cabanas miseráveis quemal protegem da chuva, dos temporais ou do sol abrasador. Mas as paróquias crescem.Um exemplo é Yasso, no Mali: a Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus conta cincomil almas, mas nas cabanas-capela, muito precisadas de obras, só cabem 150. Agora estãoa construir uma igreja para 2000 pessoas, pois a paróquia continuará a crescer. Mas osmeios não chegam para o telhado de chapa ondulada. Faltam 48.000 €. É semelhante emSekegourou/Benim e em Ziguinchor/Senegal: falta dinheiro para a conclusão da obra. Éo momento dos irmãos e irmãs na Igreja Universal, sobretudo da AIS. Com 100 € cada, po-demos ajudar a construir o telhado, a levantar a parede que falta, a colocar o pilar que su-porta. Seria bem mais do que ajuda material. Os Cristãos nestes países sentiriam e veriamque sob o manto da Madre Igreja não são uma minoria. •

Page 3: Q id M n Jeu,Um exemplo é Yasso, no Mali: a Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus conta cinco mil almas, mas nas cabanas-capela, muito precisadas de obras, só cabem 150. Agora

“E, tomando uma criança, colocou-ano meio deles” (Mc 9,36) – as criançassão o futuro, também da Igreja. Gra-ças a vós, pudemos salvar muitascrianças na Síria e, assim, também ofuturo da Igreja nesse país.

Mara é uma dessas crianças. Recebeu leite,farinha, roupa, medicamentos. É uma das65.000 crianças a quem pudemos ajudarpelo menos uma vez. Como sempre, essaajuda processou-se através da Igreja, aúnica instituição que ainda funciona maisou menos, em Alepo, Homs, Hama, Idlib eem todas as outras cidades em ruínas, nocampo de batalha da Síria. As igrejas estãodestruídas, as pessoas, ajoelhadas no entu-lho, rezam, confessam-se e agradecem aDeus por ainda estarem vivas. “Acreditar sig-nifica viver a partir do espírito de confiança”,escreveu Bento XVI. Terá alguma vez havidomais confiança e mais esperança de queDeus não abandonaria os Seus filhos?

Mara e as muitas outras crianças não sabemque, nos últimos seis anos, a AIS as ajudoua elas e às suas famílias com quase 30 mi-lhões de euros e 700 projectos, e que conti-nuará a ajudá-las, já em breve, quando setratar da reconstrução das escolas, das igre-jas e dos postos de assistência médica. NoLíbano, na Jordânia e também na Europa,centenas de milhares de cristãos estão à es-pera de poder regressar para a Síria. Semcasas para os doentes, sem escolas para ascrianças, sem salas para a oração e para a

comunidade, os Cristãos não sabem ondehão-de morar e viver. A Madre Igreja será oseu ponto de contacto.

Em Marcos lê-se ainda que Jesus abraçou acriança e disse aos Seus discípulos: “Quemreceber uma destas crianças em meu nomeé a Mim que recebe.” Dos mais de 13 mi-lhões de deslocados, sete milhões são crian-ças e adolescentes, entre os quais centenasde milhares de cristãos. O futuro do país

anda a vaguear. A Igreja quer acolhê-los edar-lhes orientação, com ajuda material eespiritual. Pois, como escreve Bento XVI,“Acreditar significa ter a certeza de que éDeus quem concede o futuro aos homens”.Só que a Igreja in loco não tem meios; o co-ração está cheio, as mãos vazias. Tambémsomos Igreja e podemos encher as mãospara haver uma perspectiva de esperançapara a presença dos Cristãos na Síria, paraas crianças nos destroços. •

Síria

“Das profundezas, clamo a Ti, Senhor”: oração numa igreja católica arménia de Alepo.

Ficamos cá, a Síria é a nossa terra:dois irmãos e a sua mãe.

As crianças dos destroços

© Is

mae

l Mar

tínez

Sán

chez

/ACN

Esta era a minha escola e voltará a sê-lo:antes da reconstrução em Homs.

© Is

mae

l Mar

tínez

Sán

chez

/ACN

© Is

mae

l Mar

tínez

Sán

chez

/ACN

Page 4: Q id M n Jeu,Um exemplo é Yasso, no Mali: a Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus conta cinco mil almas, mas nas cabanas-capela, muito precisadas de obras, só cabem 150. Agora

A1808

“Foi um dos Natais mais duros...”Este sorriso luminoso esconde anos de sofrimento. Jad Abed desconhece o que significa viver em paz. Tinha apenas 2 anos quando começou a guerra na Síria. Desde então, a casa onde vivia em Alepo foi destruída por uma bomba, assim como a escola, o bairro… Mas o que Abed mais lamenta é a morte de um dos seus melhores amigos.

Quando Abed revolve a memória, lembra-se invariavelmente também de um Natal em que os mercados estavam vazios, em que não havia nada. Nem pão. Foi ainda antes de a sua casa ter sido destruída.

Uma noite, nesse Natal, recorda Abed, começaram a ouvir assobios e gritos chamando as pessoas para irem para as ruas. Iria haver algum ataque? O que seria?“Os meus irmãos e eu estávamos aterrorizados. Porém, depressa demos conta de que estavam a chegar umas carrinhas cheias de pão, com uma ração de pão para cada família”.

Jad Abed lembra-se dessas carrinhas com a ração de pão que lhes matou a fome naquele Natal, como se fosse uma guloseima, mas também recorda o esforço, o imenso esforço por parte da Igreja para confortar as famílias, redis-tribuindo o pouco que havia, comida, roupa, medicamentos e até os doces para as crianças.

"Ainda hoje, o meu pai recebe, todos os meses, da Igreja, um cabaz com alimen-tos e os alunos recebem uma bolsa mensal para ajudar a pagar os estudos”.

Com a ajuda dos benfeitores da Fundação AIS, a Ir. Annie vai oferecer um total de 16.100 presentes neste Natal!

“REZEM PELAS CRIANÇAS SÍRIAS!”

Neste Natal, Jad Abed não nos pede brinquedos. Nada.

Pede-nos apenas que rezemos por todas as crianças sírias, para que possam viver o resto da sua vida em paz.

“Precisamos de paz para poder-mos curar as nossas feridas e regressarmos, o mais depressa possível, a uma vida normal.”

Ele pede-nos paz pois conheceu, como poucos, o horror da guerra. “Perdi um bom amigo, que morreu num bombardeamento quando estava à espera do autocarro da escola. Agora tenho um amigo no Céu que vai contar a Deus o que está a acontecer aqui, na Síria…”

Jad Abed tem apenas 10 anos e pede as nossas orações. É normal uma criança falar assim?

Jad Abed é uma das mais de 16 mil crianças que vai receber um presente dos benfeitores da Fundação AIS.

25€

Ofereça um presente a uma criança

na Síria.

Neste Natal,

Com é possível oferecer 2 cabazes de Natal. Obrigado!

Cada Cabaz de Natal Contem Roupa e Chocolates.´

Page 5: Q id M n Jeu,Um exemplo é Yasso, no Mali: a Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus conta cinco mil almas, mas nas cabanas-capela, muito precisadas de obras, só cabem 150. Agora

O Papa Francisco acendeu no 1º Domingo do Advento, perante os fiéis que o escutavam na praça de São Pedro, a vela pela paz na Síria e pelo fim das tensões e conflitos em todo o mundo, associando-se assim à campanha de Natal da Fundação AIS, de oração e solidarie-dade para com o povo mártir da Síria.

A vela, com as fotografias de 40 crianças sírias, foi entregue horas antes pela Ir. Annie Demerjian, de Alepo, que esteve em Portugal em Novem-bro, a convite da Fundação AIS.

No mesmo dia, mais de 50 mil crianças em muitas cidades martirizadas da Síria, como Alepo, Homs e Damasco, rezaram e deco-raram velas com diversos símbolos – cruzes, pombas e mensagens de esperança – de forma a transmitirem ao mundo a tão desejada paz para a Síria.

Esta participação é muito signi-ficativa, pois as crianças têm sido, de facto, as principais vítimas desta guerra que parece não ter fim. É um gesto simbólico em que se procura dar voz às crianças sírias e ao seu apelo, para que as armas se calem, dando início a um tempo novo, de reconstrução, de concórdia e sem guerra.

PAPA FRANCISCO ACENDE VELA PELA PAZ NA SÍRIA E ASSOCIA-SE À CAMPANHA DE NATAL DA FUNDAÇÃO AIS

Gostaria de fazer meu também o gesto de esperança pela paz das crianças da Síria, da amada Síria, atormentada por uma guerra que dura há oito anos. Assim, uno-me à iniciativa da Fundação AIS.

Acendo esta vela em união com as muitas crianças que farão o mesmo,

crianças sírias, e muitos fiéis em todo o mundo que acendem hoje as suas

velas. Que estas chamas de esperança dissipem as trevas da guerra! (…)

Rezemos e ajudemos os Cristãos a permanecer na Síria e no Médio

Oriente, como testemunho de miseri-córdia, perdão e reconciliação.”

Neste Natal, leve a luz da esperança a milhares de crianças na Síria. Todas as ajudas contam para tornar o Natal de 16.100 crianças mais feliz… OBRIGADO!

As estatísticas não mentem...A guerra civil roubou a infância a milhões de crianças! Ajudar estas crianças a sobreviver ao terrível trauma de guerra e a fortalecer a sua fé é uma prioridade da Fundação AIS.

E nós? O que podemos fazer por elas?

SÍRIA

Angelus, 2 de Dezembro, 2018

Page 6: Q id M n Jeu,Um exemplo é Yasso, no Mali: a Paróquia de Santa Teresinha do Menino Jesus conta cinco mil almas, mas nas cabanas-capela, muito precisadas de obras, só cabem 150. Agora

A1808

Necessidade, amor e gratidão – as vossas cartasSensibilizada com sofrimento de Sacerdotes Fiquei muito sensibilizada com a miséria e muitas vezes a perseguição em que vivem tantos sacerdotes no mundo. Quero que o meu donativo seja para eles e apelo a todos os benfeitores que não fiquem indiferentes ao sofrimento destes sacerdotes e que os ajudem a levar a Palavra de Deus ao mundo inteiro.

Uma benfeitora de Portugal

Oportunidade magnífica Obrigada pelas informações que me envia-ram! Vou continuar a aproveitar a magníficaoportunidade dos estipêndios de Missa, quepermitem minorar tanto as necessidades es-pirituais como as materiais.

Uma benfeitora da Áustria

Para os Cristãos que sofrem no Iraque Agradeço-lhes o Boletim. Junto envio umcontributo para ajudar os Cristãos que

sofrem e que regressam para as suas aldeiasdestruídas na Planície de Nínive, no Iraque.

Um benfeitor da Bélgica

O dinheiro das férias da Irene Tenho seis netos, entre os quais a Irene quenos deixou quando tinha 18 anos. Dei a todosos netos uma ajuda para as férias. A Irene jánão tem conta bancária, porque está no céue, por isso, dou o dinheiro à AIS. Tenho a cer-teza de que é desejo da Irene dar um bomdestino a estes euros.

Um avô da Holanda

Para além da morte Eu, como cristã católica, já avisei meu filhoque, na hora em que Deus me chamar, elenão deixe de contribuir com a AIS, porquenesta eu confio plenamente e sei que existemuita gente sendo ajudada. Obrigada, meuDeus, por eu poder contribuir.

Uma benfeitora do Brasil

Acabada de ter alta do hospital, com a indicação de não ficar mais de 20 minu-tos sentada ao computador, a Irmã Maria Aparecida, do Brasil, agradece-nosde todo o coração, numa longa carta, a ajuda de subsistência, também emnome das outras irmãs. Lembra aí a profunda união na oração entre missioná-rios, leigos e irmãs contemplativas, como São João Paulo II sublinhou no jubi-leu dos 500 anos da missionação da América. Escreve-nos que senteexactamente o mesmo. Apesar da pobreza do convento, a ajuda da AIS anima-a a pensar nos que são ainda mais pobres e, nesse sentido, pede exemplaresdo Boletim para encontrar mais benfeitores. Se isto não é entrega…

Thomas Heine-Geldern, Presidente Executivo

Quando, há algum tempo, vi numcampo de refugiados, no MédioOriente, cristãos refugiados, alegrescom a chegada do Natal, no meio detodas as dificuldades e falta de pers-pectivas, fiquei muito impressionado.Eram pessoas – idosos preocupados,crianças sérias, mães desesperadas –que tinham perdido quase tudo e queagora preparavam o nascimento doSalvador, numa tenda ou num conten-tor miserável, ao frio e em terra estran-geira. E pareciam realmente redimidosquando se lhes falava da festa que aívinha. Em toda aquela miséria – que fé,que confiança!Vejo estes irmãos e irmãs diante dosmeus olhos quando penso na nossacampanha pelos Cristãos na Síria. Po-demos não só dar-lhes ajuda – com oregresso à pátria, a reconstrução dascasas e capelas, o sentimento de soli-dariedade – mas podemos tambémaprender com eles. Por exemplo, aquiloque realmente importa na vida. E no meio disto não esqueço: tudo o quedamos e aprendemos só é possível gra-ças à vossa generosidade. Continuo aconfiar nela e assim tenho mais do queuma razão para vos desejar, muitograto, queridos benfeitores, uma festafeliz e devota.

O vosso