Upload
duongthu
View
220
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
O que é Qualidade na Saúde?
• Aumentar a Probabilidade de Resultados Desejáveis
“o serviço prestado diz-se de qualidade quando é capaz De confirmar, de forma consistente, as expectativas que levaram o cliente a adquirí-lo” Parasuraman, 1985
A qualidade do cuidado em saúde é definida pela Organização Mundial de Saúde ( OMS ) como:”o grau em que serviços de saúde para
indivíduos e populações aumentam a probabilidade de resultados desejados e são consistentes com o conhecimento atual”
Dea
ths
/ yea
rs
Contacts / 1 death
1
1
10
100
1.000
10.000
100.000
DANGEROUS > 1/1000
RISKY SAFE < 1/100
Health Care
Mountain Climbing
Bungee Jumping
Driving
Chemical Industry
Charter Flights
Air Transport
European Railways
Nuclear Power
10 100 1.000 10.000 100.000 1.000.000 10.000.000
MAGNITUDE ! ! !
Fonte: Marx, David. Internacional Adverse Event Reporting
Em 1999, o Institute of Medicine publicou um estudo, onde se
verificou que grande parte dos custos do sistema de saúde
norte-americano era causada por erros diversos dentro da prestação
de serviços, que poderiam ser evitados.
Erros tanto preventivos como assistenciais, gerando um desperdício superior a 30%
MAGNITUDE Magnitude !!!
Magnitude !!! • A Infecção Relacionada à Assistência a Saúde
responde pela Terceira Causa de óbito no País. Perde apenas para acidentes de trânsito e
doenças vasculares.
• Estima-se que cerca de 60 mil óbitos ocorrem todos os anos por Infecção
• 12 milhões de Internações a mais / ano
• Gastos extras de aproximadamente R$ 10 bilhões / ano
• Prolongam as internações em 7 dias
ABIH
Associação Brasileira dos Profissionais de Controle de Infecção
Magnitude !!!
30% dos gastos com medicamentos nos hospitais são com antibióticos
30% a 40% dos pacientes internados em algum momento fazem uso de antibióticos
+ ... 50% das prescrições são inadequadas !
Via de administração Dose Indicação
Fonte: Fishman N. Antimicrobial Stewardship Am J Med - 2006
Introdução Indicadores CCIH
• Na avaliação da qualidade de práticas de assistência à saúde é cada vez mais freqüente a utilização de indicadores clínicos, definidos como medidas quantitativas contínuas ou periódicas de variáveis, características ou atributos de um dado processo ou sistema.
• Tais indicadores, contudo, não proporcionam respostas definitivas, mas indicam problemas potenciais ou boas práticas do cuidado.
• Os indicadores podem incorporar as 3 dimensões clássicas de avaliação de qualidade em saúde, descritas por Donabedian: – Estrutura – Processo – Resultado
Indicadores e a qualidade em controle de infecção
hospitalar
Estrutura Roteiros de inspeção
Infra-estrutura
Processo Indicadores de processo
Conformidade (pró-atividade)
Resultados Indicadores de IH
Abordagem retroativa
11
CCIH = Qualidade
Estrutura
Vigilânciasanitária
Processo
Qualidade
Atividadeseducativas
Resultado
Vigilânciaepidemiológica
Controle deInfecção
Estrutura
• Avaliações estruturais se referem às características dos recursos requeridos, os quais incluem profissionais, sistemas de assistência, suporte financeiro, área física, equipamentos, acessibilidade, entre outros.
• É uma avaliação da capacidade presumida de provedores e recursos humanos e materiais efetuarem assistência à saúde de qualidade.
Processo
• Avaliações processuais são também designadas de avaliação de desempenho.
• Incluem ações de comunicação, acessibilidade, educação, investigações, prescrições, intervenções clínicas, entre outras.
• No controle de qualidade das intervenções clínicas, esta avaliação focaliza os procedimentos para diagnóstico e tratamento das doenças, incluindo tempo, eficácia e eficiência de diagnóstico, adequação da terapia, complicações, entre outras.
• Elas se dirigem, portanto, antes à dinâmica dos processos, do que aos resultados, incluindo a estrutura, a forma de sua realização e sua necessidade, permitindo analisar o que, quem, com o que, como, por que.
Resultado • Avaliações de resultado medem quão
freqüentemente um evento acontece, podendo ser específicas a um dado problema de saúde, por exemplo, efeitos desejáveis ou não do tratamento e relevância de sintomas, ou para acessar maior compreensão do efeito de uma intervenção.
• Para tanto, pressupõe a utilização de grupos controle. Podem também monitorar indicadores de eficiência e eficácia em termos de limites máximo e mínimo aceitáveis (zona de normalidade).
• Através de seus resultados, é possível estimar os fatores de risco independentes e dependentes que determinam a boa ou má qualidade do trabalho e submeter esses fatores a estudos de intervenção.
• Este é o caso dos indicadores epidemiológicos de eventos de infecção hospitalar.
Os três tipos se complementam para se obter a melhor qualidade
• A vantagem de um tipo de avaliação sobre outro está na adequação do seu uso, conforme o evento a ser medido.
• A estrutural, determina padrões mínimos de funcionamento de serviços, mas não assegura que alta qualidade da assistência está sendo realizada. Tais padrões precisam ser combinados com avaliações processuais.
• A de resultado é mais útil para formulação de julgamento do que de melhoria de qualidade, devido, algumas vezes, obter informação insuficiente para o desenvolvimento de planos de ação para a melhoria da prática. Para constituir uma avaliação válida o resultado precisa estar estreitamente relacionado com processos de assistência que possam ser mudados.
• A avaliação processual encoraja os profissionais a concentrar-se naquilo que realmente possa contribuir diretamente para melhorar os resultados de saúde. Ela é mais sensível para acessar qualidade do cuidado, mas para ser válida precisa estar estreitamente relacionada com um resultado ou, mesmo, influenciá-lo. Apesar de constituir uma avaliação crítica de qualidade, ela ainda não se encontra bem desenvolvidas.
Indicadores • O indicador geralmente é representado como uma
variável numérica, podendo ser um número absoluto ou uma relação entre dois eventos, estabelecendo-se numerador e denominador.
• O numerador é o evento que está sendo medido ou reconhecido, devendo apresentar definição objetiva e clara, ser fundamentado por meio de estudos prévios, ser prontamente aplicável e rapidamente identificado.
• O denominador corresponde à população sob avaliação de risco para um dado evento definido no numerador.
• O indicador deve definir um período de tempo, permitir o desenvolvimento de índices e ser o mais específico possível.
• Nem sempre é possível, contudo, descrever um cenário com um único indicador; utiliza-se, então, um conjunto de indicadores que contemple todos ou os principais aspectos do cenário ou da prática que se busca avaliar.
Definição
Observação ativa, sistemática e contínua da ocorrência e distribuição dos agravo à saúde e seus fatores determinantes
Objetivos
• Obter taxas que permitam conhecer a realidade epidemiológica e a determinação de parâmetros aceitáveis;
• Detectar surtos antes de uma propagação mais prejudicial;
• Avaliar a eficácia das medidas de prevenção aplicadas;
• Determinar áreas, situações e serviços prioritários.
O que é a metodologia NNISS?
National Nosocomial Infections Surveillance System
• Método de busca ativa de casos de infecção hospitalar, preconizado pelo CDC (Center for Diseases Control) e Ministério da Saúde;
• Estabelecido em 1970 e atualmente utilizado em mais de 300 hospitais nos EUA.
Metodologia NNISS
• Possibilidade de comparação de taxas entre diferentes serviços de saúde, parâmetros para cada tipo de UTI;
• Recomendação pela Portaria 2616 / 98 (MS);
• Racionalização do tempo - utilização de pistas diagnósticas ;
• Avaliação de todos pacientes críticos quanto ao risco de adquirirem IH, em todas as topografias.
Componentes NNISS
• Procedimentos Invasivos Específicos: CTI, UTI Neonatal, UTI Pediátrica, USI, etc.
• Sítio Cirúrgico: Centro Cirúrgico, CME, Andar, etc.
Principais Indicadores NNISS no CTI
• Taxa global de infecção hospitalar
• Taxas de infecção por procedimento invasivo específico
• Densidades de utilização do procedimento invasivo
Taxa global de infecção hospitalar
Tx IH = (n° IH / Paciente -dia) X 1000
Taxa global de infecção hospitalar por 1000
dias de internação
Taxas de infecção por procedimento invasivo específico
• Pneumonia associada a ventilação mecânica
• Infecção do trato urinário associada a sonda vesical de demora
• Infecção da corrente sangüínea associada a cateter venoso central
Densidades de utilização do procedimento invasivo
• Total de dias de utilização de ventilação mecânica
• Total de dias de utilização de sonda vesical de demora
• Total de dias de utilização de cateter venoso central
Pneumonia associada a Ventilação Mecânica - PAV
•Número de pneumonias associadas a ventilação mecânica por 1000 dias de uso do
procedimento
Tx PAV = (n° PAV / VM-dia) X 1000
• Total de dias de utilização de ventilação mecânica
por 1000 paciente-dia
DU VM = (n° dias VM / paciente-dia) x 1000
Infecção do Trato Urinário associada a sonda vesical de demora - ITU
• Número de infecções do trato urinário associadas a sonda vesical de demora por
1000 dias de uso do procedimento
Tx ITU = (n° ITU / SVD-dia) x 1000
•Total de dias de utilização de sonda vesical de demora
por 1000 paciente-dia
DU SVD = (n° dias SVD / paciente-dia) x 1000
Infecção da Corrente Sangüínea associada a Cateter Venoso Central - ICS
• Número de infecções da corrente sangüínea associadas a cateter venoso central por 1000
dias de uso do procedimento
Tx ICS = (n° ICS / CVC-dia) x 1000
• Total de dias de utilização de cateter venoso central
por 1000 paciente-dia
DU CVC = (n° dias CVC / paciente-dia) x 1000
Metodologia NNISS
• As taxas são mostradas nos percentis 10, 25, 50, 75 e 90.
• Percentil 90 (P 90) significa que 90% das unidades analizadas possuem uma taxa igual ou inferior àquela.
Incidência e Prevalência
• Incidência: nº casos novos / paciente-dia
• Prevalência: nº casos novos + casos antigos / paciente-dia
33
Incidência e Prevalência de casos de Pseudomonas aeruginosa resistente a Carbapenêmicos
0,0
1,0
2,0
3,0
4,0
5,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun
2005 2006
(in
cid
ên
cia
/1000 p
ac d
ia)
Incidência Prevalência Polinômio (Incidência)
O que é um checklist ? • em ambientes de alto nível de estresse e
complexidade, o nível de cognição do ser humano é comprometido, com aumento de erros de julgamento, menor aderência a protocolos e menor proficiência
• o erro é inevitável e deve-se adotar ferramentas de proteção como lista de tarefas (checklists)
• questionários simples, com perguntas diretas sobre medidas eficazes na segurança do sistema e respostas igualmente rápidas, como sim/não ou números
• estas tarefas devem ser escolhidas com base em evidências científicas confiáveis e colocadas em ordem sistemática, permitindo ao usuário uma linha de raciocínio lógico
Finalizando...
Cultura da segurança
• Acreditar que o malefício/erro não é aceitável
• Habilidade de falar e ouvir quando existem preocupações em relação à qualidade
• Reconhecer ameaças
• Obrigação de trabalhar como um time
• Usar sistemas de processos para analisar erros
• Assumir a responsabilidade pelo sistema
Paine et al, Joint Comm J Qual Safety 2004
Necessidade da Alta Gestão implementar Estratégias
Valores que sustentam a Estratégia
► Respeito a Legislação Sanitária
► Prevenção e Controle de Infecções / Bio-Segurança
► Responsabilidade Civil e Social
► Segurança dos Colaboradores
► Responsabilidade Ambiental e Sustentabilidade
► Foco no Cliente
► Foco na Segurança
Programa estruturado de Controle e Prevenção de Infecções
Programa estruturado de Visitas Técnicas
Diretrizes e Validação da Totalidade dos Procedimentos de Risco da Instituição e Serviços Terceiros
Política de Utilização dos Antimicrobianos
Acompanhamento dos casos de acidentes com
material biológico
Protocolo de Isolamento dos Colaboradores
Pontos Críticos de Controle
Comissão de Controle de Infecção
Para isso , devemos considerar:
Mais importante que estar em conformidade com índices aceitos de prevalência de infecção, é deixar de despender recursos com o maus resultados que podem ser eliminados com ações preventivas mais que as profiláticas.
ALERTA
Tão importante quanto o conhecimento científico das infecções hospitalares e o manejo das técnicas
estatísticas, é o papel orientador sobre o desenvolvimento de técnicas de prevenção das
infecções, direcionando ações no sentido de organizar, planejar e executar os procedimentos
assistenciais para garantir a segurança da assistência e principalmente do cliente
Então: