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QUESTIONÁRIO 1- Apresente o processo de formação literária do Antigo Testamento. Os textos foram escritos no período monárquico, no ano mais ou menos 950 e 1000. Começa a se escrever algo que já existia, olhando pra trás, através da tradição oral. O chamado Tenak – o cânon hebraico, escritos judaicos, é dividido em três partes: I- A Torá – a Lei ( instrução, orientação), o pentateuco, os cinco primeiros livros, chamados de Moisés: Gêneses, Êxodo, Levitico, Numeros e Deuteronômio (2ª Lei). II- Nebhi’im – profetas, proféticos: a) Rishomim – primeiros ou antigos, anteriores: Josué, Juízes, Samuel e Reis. b) Aharomim – posteriores: Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze menores (Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias). III- Kethubim – escritos – Hagiógrafa: a) Poéticos: Salmos, Provérbios e Jó; b) Os cincos rolos de Megilloth: Cântico, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester; c) Os restantes: Daniel, Esdras, Neemias, Crônicas. Estas tradições são agrupadas da seguinte forma: J = Javista – 950 a.C. Reino do Sul (período de Davi e Salomão – os reis) trata Deus como Javé; E = Eloísta - 800 a.C. Reino do Norte – trata Deus como Elohim; JE = Javista e Eloísta – 722 a.C. Reino do Sul, porque o Reino do Norte caiu, desapareceu. P = Sacerdotal – 550 a.C., período exilio; JEP = Javista, Eloísta e Sacerdotal – Deuteronômista, inicia no período dos reis, período exilio e pós-exilio.

QUESTIONÁRIO

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Page 1: QUESTIONÁRIO

QUESTIONÁRIO

1- Apresente o processo de formação literária do Antigo Testamento.

Os textos foram escritos no período monárquico, no ano mais ou menos 950 e 1000. Começa a se escrever algo que já existia, olhando pra trás, através da tradição oral. O chamado Tenak – o cânon hebraico, escritos judaicos, é dividido em três partes:

I- A Torá – a Lei ( instrução, orientação), o pentateuco, os cinco primeiros livros, chamados de Moisés: Gêneses, Êxodo, Levitico, Numeros e Deuteronômio (2ª Lei).

II- Nebhi’im – profetas, proféticos:

a) Rishomim – primeiros ou antigos, anteriores: Josué, Juízes, Samuel e Reis.

b) Aharomim – posteriores: Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze menores (Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias).

III- Kethubim – escritos – Hagiógrafa:

a) Poéticos: Salmos, Provérbios e Jó;

b) Os cincos rolos de Megilloth: Cântico, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester;

c) Os restantes: Daniel, Esdras, Neemias, Crônicas.

Estas tradições são agrupadas da seguinte forma:

J = Javista – 950 a.C. Reino do Sul (período de Davi e Salomão – os reis) trata Deus como Javé;

E = Eloísta - 800 a.C. Reino do Norte – trata Deus como Elohim;

JE = Javista e Eloísta – 722 a.C. Reino do Sul, porque o Reino do Norte caiu, desapareceu.

P = Sacerdotal – 550 a.C., período exilio;

JEP = Javista, Eloísta e Sacerdotal – Deuteronômista, inicia no período dos reis, período exilio e pós-exilio.

Dentro dessa formação os textos, as histórias são contadas, escritas através de gêneros literários: poético, dramático, detalhista, enfático. Esses gêneros podem ser através do Mito, da Saga e Novela. Que é um jeito, uma maneira de contar uma história.

2- Fale um pouco sobre o Mito como gênero literário presente no Antigo Testamento.

Mito é uma maneira de contar uma história, é um gênero, estilo literário.

O Mito é caracterizado por:

- um tempo próprio, como por exemplo, no princípio, quando? Não se sabe, o texto quer falar de outra coisa, tempo próprio, tempo fora da história, acontecimento irrepetível e único;

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- história;

- personificado.

A intenção do Mito é explicar porque as coisas são como são e não explicar o que elas foram, por exemplo: Gên 1:1,2 (tempo próprio) no princípio (não tem tempo) é mítico.

O personagem principal é Deus e o personagem principal dita as regras.

O Mito quer explicar porque as coisas são como são;

O Mito surge a partir da história de um povo;

O Mito é explicado a partir da realidade de um povo.

No caso do Antigo Testamento, o sentido do texto é teológico, o mais importante é a intenção do texto. É muito mais existencial do que geográfica, por exemplo: Adão onde estás? Gên 3:9, fala da existência é existencial.

O Mito bíblico é o meio de comunicação pelo qual um Deus transcendente faz a sua vontade conhecida ao homem. O meio de expressar aquilo que é histórico e teológico acerca da existência do homem.

Mitos são histórias de deuses. No Mito os deuses aparecem personificados e designados com nomes próprios; descreve-se sua conduta, tanto no relacionamento entre eles (casamento, conflitos, etc) quanto com os seres humanos.

Exemplos: Narradores de Javé e A Vila.

3- O que é a Torá? Qual seu objetivo? Qual o seu sentido?

Os cinco livros de Moisés são chamados em hebraico de Torá (também Torá de Moisés), seria mais apropriado traduzir este termo por orientação do que por Lei. A Torá é originalmente a exortação dos pais (Prov. 1:8; 4:3s) ou a instrução do sacerdote num caso concreto (Ageu 2:11ss). Só mais tarde o termo assume o significado genérico de (livro da) Lei, que abrange todas as normas (Deut. 4:44s; 17:18; 31:9ss) e está associado ao nome de Moisés (Js 8:31; 23:6; II Reis 14:6). A sua ampliação semântica definitiva para designar o complexo total dos cinco livros de Moisés não se verifica ainda no Antigo Testamento, mas sim no Novo Testamento (Mt. 5:17).

No nome greco-latino pentateuchus (o livro guardado) em cinco vasos, se reflete o costume antigo de transcrever textos mais extensos, não em forma de livro, mas em rolos de papiro ou couro e guardar estes em recipientes especiais. Já que não se consegue manusear um rolo por demais volumoso, tornou-se, decerto, necessário dividir a obra toda. A divisão em cinco partes deve ter ocorrido relativamente cedo. Ela já se encontra na Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento (século III a.C.), e ocasionou mais tarde uma divisão correspondente do saltério em cinco livros.

Seu sentido é para preservar a vida, a família, para manter a vida. De vida para vida.

O judaísmo usa esse termo para indicar todo o ensinamento e toda a Lei judaica, seja escrita ou oral.

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4- Segundo as nossas aulas, qual a estrutura familiar preponderante no Antigo Israel? Argumento

O matriarcado é um tipo de família muito mais comum nas sociedades primitivas. Sua característica não é que a mãe exerça a autoridade, caso raro, mas que a determinação do parentesco seja por ela. A criança pertence à família e ao grupo social da mãe, não pertence à família dos parentes de seu pai, e os direitos à herança se fixam pela descendência materna. Segundo a escola etnográfica de Graebner e de Schmidt, o matriarcado é uma forma vinculada à civilização de cultivo de baixa escala, enquanto que a civilização pastoril é patriarcal.

A estrutura familiar preponderante é a Fratriarcado, a autoridade é exercida pelo irmão mais velho e é transmitida, do mesmo modo que o patrimônio, de irmão para irmão.

5- O que é a Lei do Levirato? Argumente.

Se os irmãos vivem juntos e um deles morre sem deixar descendência, um dos irmãos sobreviventes toma por mulher a viúva, e o primogênito desse novo casamento é considerado legalmente como filho do falecido. Entretanto, o cunhado pode esquivar-se dessa obrigação mediante uma declaração feita ante os Anciãos da cidade, mas ele é desonrado: a viúva rejeitada o descalça e lhe cospe na cara porque não edifica a casa de seu irmão.

Essa instituição é chamada Levirato, do latim levir, que traduz o hebraico Yabam, cunhado.

Exemplo: Deut. 25:5-10; Gên 38:1-11

Essa Lei é a proteção a vida, proteção a mulher. A mulher não podia ter o direito da maternidade negado. No texto de Gêneses se percebe que o irmão do falecido, Onã se recusa a deixar descendência, porque o filho não seria dele e sim do falecido e este exerceria liderança.