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Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 1 ~
Como motivação para a construção dos números complexos aconselha-se o visionamento do
quinto do capítulo do documentário Dimensions, disponível em
http://www.dimensions-math.org/
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 2 ~
Definição 1.1:
1. Definimos o número imaginário, , como o símbolo tal que .
2. Ao conjunto
* +
chamamos conjunto dos números complexos.
Nota: Podemos identificar o subconjunto de
* +
com , passando este a ser considerado um subconjunto de .
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 3 ~
Operações algébricas com complexos: Sejam dois números complexos.
Definimos
1. adição de com ao complexo
( ) ( );
2. multiplicação de por ao complexo
( ) ( ).
Nota: Para complexos da forma , , estas operações coincidem
com as operações usuais em .
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 4 ~
Propriedades algébricas (1.2): Sejam complexos quaisquer.
1. (soma é comutativa);
2. (multiplicação é comutativa);
3. ( ) ( ) (soma é associativa);
4. ( ) ( ) (multiplicação é associativa);
5. é o elemento neutro da soma ( );
6. é o elemento unidade da multiplicação, ou seja, ;
7. – ( ) é o elemento simétrico de , ou seja, ( ) ;
8. ( ) (multiplicação é distributiva relativamente à adição);
9. se e só se ou (lei do anulamento do produto);
10. se e só se (lei do corte para a adição).
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 5 ~
Da motivação construção dos números complexos óbvio a existência de uma bijecção canónica
entre e , , definida por
( ) ( )
onde . A aplicação inversa de é dada por
( )
Tendo em conta esta aplicação, definimos naturalmente um produto em dado por
( ) ( ) ( )
A aplicação “respeita” as operações definidas em e , ou seja, para todo o
1. ( ) ( ) ( )
2. ( ) ( ) ( )
O mesmo se pode afirmar sobre .
A identificado com , via , chamamos Plano de Argand.
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 6 ~
Definição (1.3): Seja , um número complexo.
1. Denominamos o real por parte real de e representamos este real por ( );
2. Denominamos o real por parte imaginária de e representamos este real por ( );
3. Se ( ) , dizemos que é um imaginário puro.
Nota: Dados dois números complexos e e . Temos que
1. se e só se ( ) ( ) e ( ) ( );
2. se e só se ( ) ;
3. (linearidade) ( ) ( ) ( ) e ( ) ( ) ( ).
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 7 ~
Interpretação geométrica da soma de complexos (regra do paralelogramo)
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 8 ~
Nota: Em , a relação de ordem usual respeita a adição e a multiplicação, ou seja, para
todo o real ,
;
e .
Ao contrário de não existe qualquer relação de ordem canónica em . Isto deve-se ao
facto de se provar que não existe uma relação de ordem que respeite a multiplicação de
números complexos.
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 9 ~
Definição (1.4): Dado um complexo , definimos o conjugado de como o complexo tal que
( ) ( ) e ( ) ( ).
Propriedades do conjugado (1.5): Sejam complexos quaisquer.
1. ( )
( )
;
2. ( ) ( ) ‖( ( ) ( ))‖ ;
3. ;
4. ;
5. ;
6. ( ) ;
7. ( ) .
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 10 ~
Definição de inverso de um complexo: Seja um complexo. O elemento inverso de , que
representamos por ou por
, é o complexo tal que . Como tal
( )
( )
Definição do quociente de complexos: Sejam complexos quaisquer, com .
Definimos quociente de por como o complexo
( )
( )
Nota: Como, para as operações de soma e multiplicação definidas, os números complexos
verificam as propriedades 1. a 8. de 1.2 e além disso todo o complexo não nulo admite
inverso, algebricamente o conjunto dos números complexos tem a estrutura de corpo.
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 11 ~
Propriedades da divisão (1.6): Sejam complexos quaisquer.
1. Se ,
;
2. Se ,
3. Se , se e só se (lei do corte para a multiplicação);
4. Se ,
.
/
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
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A propriedade 2. De 1.5 motiva a seguinte definição.
Definição (1.7): Seja um complexo qualquer. Definimos módulo de como
| | √ ( ) ( )
Nota: Sejam e complexos quaisquer.
1. Se ( ) , então o módulo de é igual ao módulo real de ;
2. | | ‖( ( ) ( )) ( ( ) ( ))‖, ou seja, | | mede a distância entre
e enquanto pontos no plano de Argand.
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 13 ~
Propriedades do módulo (1.8): Sejam complexos quaisquer.
1. | | ;
2. | | ;
3. | | | |;
4. | | | | | |;
5. Se ,
|
| | |
| |
6. ( ) | ( )| | | e ( ) | ( )| | |;
7.| | | | | | (desigualdade triangular);
8. || | | || | |.
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
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Definição de potenciação: Seja um complexo não nulo e um natural. Definimos, por
recorrência,
Nota: Dado natural, definimos como o complexo ( ) .
Propriedades da potenciação (1.9): Sejam complexos quaisquer e inteiros.
1. Se , ;
2. Se , ( ) ;
3. Se , ( )
4. ;
5.( ) ;
6.( ) ;
7.( )( ) .
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 15 ~
Teorema fundamental da álgebra (1.10): Todo o polinómio de variável complexa e coeficientes
complexos,
,
com constantes complexas e , admite uma factorização da forma
( ) ( )
( )
onde são constantes complexas e são naturais tais que
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 16 ~
Como as funções seno e co-seno são periódicas de período , a escolha de não é única.
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 17 ~
Definição (1.11): Definimos grupo unitário como o conjunto
* | | +
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 18 ~
Nota: O produto de dois elementos de é um elemento de . Além disso a multiplicação de
complexos restrita a elementos de ainda verifica é associativa, comutativa, admite elemento
unidade e todo o inverso de um elemento de ainda é um elemento de . Nesta situação é dito
que tem estrutura algébrica de grupo comutativo.
Propriedade (1.12): Dado um complexo não nulo, existe um único real positivo e um único
elemento de tal que .
Definição de forma polar: Seja um complexo não nulo e um real tal que | |( ( )
( ))
A esta representação chamamos forma polar ou forma trigonométrica. Chamamos a um
argumento de .
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 19 ~
Nota: Seja um complexo não nulo.
1. Se e são dois argumentos de , como as funções seno e co-seno são periódicas de
período , existe tal que ;
2. Se é um argumento de , é uma solução do sistema
{
( ) ( )
| |
( ) ( )
| |
e o conjunto solução deste sistema é * +.
3. Se e é um argumento de , temos que
( )
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 20 ~
Igualdade entre complexos na forma polar
Sejam | |( ( ) ( )) e | |( ( ) ( )) dois complexos não
nulos quaisquer. Temos que
{| | | |
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 21 ~
Quando necessário, para remover a ambiguidade na escolha do argumento de um complexo,
fixamos um intervalo do tipo - - ou do tipo , ,, .
Definição (1.13): À restrição do argumento de um complexo não nulo ao intervalo - -
chamamos argumento principal e representamos por ( ). Representamos o conjunto de
todos os argumentos de por ( ), ou seja,
( ) * ( ) +
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 22 ~
Cálculo do argumento de um complexo
A alínea 2 da nota da página 19 fornece um método para calcular o argumento de um complexo,
caso este esteja restrito ou não a um intervalo.
Da alínea 3 da nota da página 19, e tendo em conta que a função tem por contra-domínio
o intervalo 1
0 e que a função tem período , obtemos
1. ( ) .
/ , se e ;
2. ( )
, se e ;
3. ( ) .
/, se ;
4. ( )
, se e ;
5. ( ) .
/ , se e .
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 23 ~
Definição (1.14): Definimos a aplicação de em como
( ) ( )
Propriedades (1.15): Sejam e .
1. é periódica de período , ou seja, ( ) ;
2. ;
3. ( )
;
4. ( );
5.
( );
6.(igualdade de Moivre) ( ) ;
7. | | .
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 24 ~
Temos assim que
{ }
Na representação em forma polar, usaremos a notação exponencial, ou seja, dado um
complexo não nulo, escrevemos a sua forma polar como
| | ( )
Nota: Da propriedade 1. de (1.5), vem que
( )
( )
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 25 ~
Propriedades (1.16): Sejam complexos não nulos e um inteiro.
1. ( ) ( ) * ( )+;
2. .
/ ( );
3. ( ) ( ) ( ) * ( ) ( )+;
4. .
/ ( ) ( ) * ( ) ( )+;
5. ( ) ( ) * ( )+.
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 26 ~
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 27 ~
Definição (1.17): Sejam complexos não nulos e um inteiro. Dizemos que é uma raiz de
ordem de se
Teorema (1.18): A equação , , admite exactamente soluções distintas, sendo o
conjunto destas dado por
{ }
Nota: As raízes de são os vértices de um polígono regular de lados inscrito na
circunferência de centro na origem e raio .
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 28 ~
Na seguinte página de internet encontra-se um gif animado que apresenta algumas iteração das
raízes da unidade, ou seja, as soluções de .
http://www.suitcaseofdreams.net/Roots_complex.htm
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 29 ~
,
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 30 ~
O conjunto * | | + descreve a circunferência de centro em e raio .
O conjunto * | | + descreve o círculo de centro em e raio .
Ao conjunto * | | + chamamos disco aberto de centro em e raio , e
representamos, respectivamente, por ( ).
Ao conjunto * | | + chamamos disco fechado de centro em e raio , e
representamos, respectivamente, por ( ).
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 31 ~
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 32 ~
O conjunto * | | | |+ descreve a mediatriz do segmento de recta definido no
plano complexo pelos pontos e .
O conjunto * | | | |+ descreve o semi-plano fechado que contem o ponto
e definido pela mediatriz do segmento de recta definido no plano complexo pelos pontos e
.
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 33 ~
- -
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 34 ~
Tendo em conta a propriedade 2. de (1.5) e a definição (1.7), resulta que a aplicação
( ) ( ( ) ( ))
é uma isometria entre e , ou seja, é uma bijecção tal que, para quaisquer dois complexos
,
| | ‖( ( ) ( )) ( ( ) ( ))‖
Como tal, facilmente adaptamos as noções topológicas de para , sendo estes conjunto
basicamente equivalentes também a nível topológico.
Capítulo 1 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 35 ~
Definição (1.19): Seja e .
1. é ponto interior de se existe tal que ( ) . Ao conjunto de todos os pontos
interiores de chamamos interior de e representamos por ou . Se ,
dizemos que é aberto.
2. é ponto exterior de se existe tal que ( ) . Ao conjunto de todos os
pontos exteriores de chamamos exterior de e representamos por .
3. é ponto fronteiro de se, para todo o , ( ) e ( ) . Ao
conjunto de todos os pontos fronteiros de chamamos fronteira de e representamos por
ou .
4. é ponto de acumulação de se, para todo o , ( ( ) * +) . Ao conjunto
de todos os pontos de acumulação de chamamos derivado de e representamos por .
5. Ao conjunto chamamos aderência de e representamos por . Se
dizemos que é fechado.
6. Dizemos que é limitado se existir tal que, para todo o , | | .
7. Dizemos que é conexo se dados dois quaisquer pontos deste, existe uma curva que une
estes pontos contida em . A um conjunto aberto conexo chamamos domínio.
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 1 ~
Para , a transformação
( ( ) ( )) ( ( ) ( ))
define a translação de .
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 2 ~
Seja , com e . A transformação define a rotação centrada em e
de ângulo .
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 3 ~
Para , a transformação
define a reflexão de eixo .
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 4 ~
Reflexão de eixo { }
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 5 ~
Definição de isometria do plano de Argand: Dada uma aplicação bijectiva , esta diz-
se uma isometria do plano se, para quaisquer complexos , temos
| ( ) ( )| | |
As transformações apresentadas no início deste capítulo são exemplo de isometrias no plano.
O seguinte teorema classifica todas as isometrias do plano que preservam a origem.
Nota: Facilmente se prova que a composição de isometrias do plano é uma isometria do
plano. (Prove-o!)
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 6 ~
Teorema (2.1): Seja uma isometria do plano tal que ( ) . Então existe tal que
uma das seguintes condições é verificada:
1. é uma rotação centrada em e ângulo , ou seja, ( ) ;
2. é uma reflexão de eixo
, ou seja, ( ) .
Corolário (2.2): Seja uma isometria do plano e ( ) . Então existe tal que uma
das seguintes condições é verificada:
1. é uma isometria directa , ou seja, ( ) ;
2. é uma isometria indirecta, ou seja, ( ) .
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 7 ~
Classificação de isometrias directas
Seja, ( ) , .
1. Se , ( ) é uma translacção;
2. Se , seja
. O ponto é o único ponto fixo de . Podemos reescrever a
transformação como
( ) ( )
Como tal é uma rotação de centro em .
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 8 ~
( ) ( )
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 9 ~
Classificação de isometrias indirectas
Seja, ( ) , .
1. Se ( ) , seja
. Podemos reescrever a transformação como
( ) ( )
Como tal é uma reflexão de eixo
.
2. Se ( ) , seja
( ). Podemos reescrever a transformação como
( ) ( )
Temos que ( ) ( ). Como tal, ( ) ( ) e tendo em conta 1., é
a composição da reflexão de eixo
com a translacção de . Como é da forma
a translacção é paralela ao eixo da reflexão e é dita uma reflexão deslizante.
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 10 ~
( ) ( )
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 11 ~
( ) ( )
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 12 ~
Teorema (2.3): Dada uma isometria do plano, esta é ou uma translacção ou uma rotação ou
uma reflexão ou uma reflexão deslizante.
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 13 ~
Seja , com . A transformação define a homotetia centrada em e de
razão .
Seja ( ) uma homotetia centrada na origem e de razão . Temos que:
1. | ( )| | |;
2. ( ( )) ( );
3. Para quaisquer complexos ,
| ( ) ( )| | |
Logo é uma isometria do plano se e só se , ou seja, se for a identidade.
4. Se , diz-se uma ampliação;
5. Se , diz-se uma redução.
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 14 ~
Ampliação
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 15 ~
Redução
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 16 ~
A transformação
A transformação age sobre da seguinte forma:
| | | |
Sejam e . Esta transformação age sobre um conjunto do tipo
{| | | | }
transformando-o em
{| | | |
}
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 17 ~
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 18 ~
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 19 ~
A aplicação * ( ) + , ( ) é uma bijecção.
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 1 ~
Definição (3.1): Sejam . Dizemos que uma correspondência
é uma função complexa de variável complexa se para todo o elemento de fazemos
corresponder um e um só elemento de . Denominamos o conjunto por domínio de
definição.
Nota: O conjunto não é obrigatoriamente o maior conjunto onde a função “faz sentido”.
Por exemplo, podemos considerar a função
definida num qualquer subconjunto de { }.
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 2 ~
Definição (3.2): Seja uma função de variável complexa e . Definimos o
conjunto imagem de por , , como
{ }
Definição (3.3): Seja uma função complexa de variável complexa.
1. Dizemos que é injectiva se, para todo o , .
2. Dizemos que é sobrejectiva se .
3. Dizemos que é bijectiva se é injectiva e sobrejectiva.
(Prove que é bijectiva)
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 3 ~
Definição (3.4): Sejam e funções de variável complexa. Se ,
definimos a função composição como .
Definição (3.5): Seja uma função complexa de variável complexa bijectiva.
Definimos função inversa de , e representamos por , à única função tal tal
que
(Prove que se então )
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 4 ~
Seja uma função complexa de variável complexa. Através da identificação
podemos considerar como uma função definida num subconjunto de e de contra-
domínio contido em , construída da seguinte forma: Seja ,
( ( ) ( ))
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 5 ~
Definição (3.6): Seja uma função de variável complexa. Definimos gráfico de como
o subconjunto de ( é o conjunto de pares ordenados cujas entradas são números
complexos)
{( ) }
Nota: O gráfico de função complexa de variável complexa é um subconjunto de . Mas quer
o gráfico de quer o gráfico de são subconjuntos de .
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 6 ~
| |
√
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 7 ~
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 8 ~
| |
√
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 9 ~
√
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 10 ~
Definição (3.7): Seja uma função de variável complexa e um ponto aderente de .
Dizemos que o limite de quando tende para é , e representamos por
se
| | | |
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 11 ~
Teorema (3.8): Seja uma função de variável complexa e um ponto aderente de .
O limite de quando tende para , caso exista, é único.
Teorema (3.9): Seja uma função de variável complexa e um ponto aderente de .
As seguintes condições são equivalentes:
1. .
2. ( ) e ( )
.
Nota: existe se e só se existem os limites ( ) e
( ) .
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 12 ~
Teorema (3.10): Sejam e funções de variável complexa. Seja um ponto
aderente de . Suponhamos que existe e .
1. ;
2. , onde é uma constante complexa;
3. ( ) ( );
4. Se
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 13 ~
Definição (3.11): Seja uma função de variável complexa, definimos função
conjugada, , como
Teorema (3.12): Seja uma função de variável complexa e um ponto aderente de .
Seja .
1. ;
2. | | | |;
3. se e só se | | .
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 14 ~
Teorema (3.13): Sejam e funções de variável complexa. Seja um
ponto aderente de . Suponhamos e que , então
Teorema (3.14): Sejam e funções de variável complexa. Seja um ponto
aderente de . Suponhamos que e que existe tal que | | para
todo o . Então
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 15 ~
Definição (3.15): Seja uma função de variável complexa e . Dizemos que é
contínua em se
ou seja,
| | | |
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 16 ~
Do teorema (3.9) resulta logo o seguinte teorema.
Teorema (3.16): Seja uma função de variável complexa e . As seguintes
condições são equivalentes:
1. é contínua em .
2. e são contínuas em .
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 17 ~
Do teorema (3.10) resulta imediatamente o seguinte teorema.
Teorema (3.17): Sejam e funções de variável complexa. Seja .
Suponhamos que e são contínuas em .
1. é contínua em ;
2. é contínua em , onde é uma constante complexa;
3. é contínua em ;
4. Se
é contínua em .
Do teorema (3.10) resulta imediatamente o seguinte teorema.
Teorema (3.18): Sejam e funções de variável complexa. Seja .
Suponhamos que é contínua em e que é contínua em . Então é contínua em
.
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 18 ~
Definição (3.19): Seja uma função de variável complexa e um ponto aderente de
. Seja . Definimos prolongamento por continuidade de a à função
de domínio de definição { } de expressão
{
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 19 ~
Exponencial Complexa
Definimos a função exponencial complexa como a função
[ ( ) ( )]
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 20 ~
Propriedades (3.20):
1. e ;
2. | | e ;
3. Para qualquer , e
;
4. Para qualquer ;
5. é periódica de período , ou seja, .
6. Por 1., a exponencial é uma função contínua em ;
7. O conjunto imagem de pela exponencial é { }, ou seja, é o contra-domínio
da exponencial;
8. Dado , a restrição exponencial { ] ]} é uma
bijecção.
9. Para quaisquer complexos
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 21 ~
Funções Trigonométricas Complexas
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 22 ~
Propriedades (3.21):
1. e ;
2. e ;
3. | | e | | ;
4. Quer quer são funções periódicas de período , ou seja,
e ;
5. Por 1. e 2., as funções seno e co-seno são contínuas em ;
6. Para qualquer,
7. e
;
8. As funções seno e co-seno não são limitadas.
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 23 ~
Para
definimos a função tangente como
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 24 ~
Funções Hiperbólicas Complexas
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 25 ~
Propriedades (3.22):
1. e ;
2. e ;
3. | | e | | ;
4. Quer quer são funções periódicas de período , ou seja,
e ;
5. Por 1. e 2., as funções seno hiperbólico e co-seno hiperbólico são contínuas em ;
6. Para qualquer,
7. e
.
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 26 ~
Logaritmo Complexo
Definição de logaritmo: Dado , dizemos que o complexo é um logaritmo de se
Representamos o conjunto de todos os logaritmos de por , ou seja,
{ }
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 27 ~
Propriedade (3.23): Dado , se e só se
| |
ou seja, se e só se existe tal que
| |
Propriedade (3.24): Dados ,
1.
2. (
)
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 28 ~
Definição (3.25): Seja . Dado , seja o argumento de pertencente ao
intervalo ] ]. Definimos logaritmo de base como a função
{ }
| |
Propriedade (3.26): A restrição do logaritmo de base
{ } { }
é uma bijecção. Além disso é a função inversa da restrição da exponencial
{ } { }
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 29 ~
Definição de ramo principal: Definimos ramo principal do logaritmo ao logaritmo de base –
e representamos este por , ou seja, para
– | |
Nota: No caso do ramo principal do logaritmo,
{ } { }
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 30 ~
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 31 ~
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 32 ~
Propriedades (3.27):
1. ( ) | | e (
) ;
2. A função é contínua em { }. No caso do ramo principal, este é
contínuo em ;
3. Sejam { } e .
, para um certo ;
(
)
, para um certo ;
, para um certo .
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 33 ~
Potências Complexas
Definição (3.27): Seja e . Definimos o conjunto
{ }
Propriedades (3.28): Sejam , e .
1. √
√
√
;
2. = .
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 34 ~
Definição de determinação principal da potência: Dado , definimos determinação
principal da potência complexa como
Propriedades (3.29):
1. A função é contínua em .
2. Sejam e ,
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 35 ~
Nota:
1. Sejam e . Suponhamos que
. Se , nem sempre é
verdade a igualdade
2. Sejam e Se , nem sempre é verdade a igualdade
Capítulo 3 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 36 ~
Definição (3.30): Definimos a função raiz quadrada como
√ √| |
Nota: Sejam . Suponhamos que
. Nem sempre é válida a igualdade
√ √ √
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 1 ~
Definição de derivada: Seja uma função de variável complexa e um ponto interior
de . Definimos derivada de no ponto , que representamos por ( ) ou
( ), ao
limite, caso exista,
( ) ( )
Neste caso dizemos que é -derivável em .
Nota: O limite acima indicado é equivalente ao limite
( ) ( )
Nesta notação, chamamos acréscimo à variável complexa . Uma notação usada para o
acréscimo é .
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 2 ~
Definição (4.1): Seja uma função de variável complexa e um ponto interior de .
Dizemos que é -diferenciável em se existir um número complexo e uma função
complexa definida numa bola aberta de centro em tais que
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
e
( )
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 3 ~
Teorema (4.2): Seja uma função de variável complexa e um ponto interior de .
As seguintes afirmações são equivalente:
1. A função admite derivada no ponto .
2. A função é -diferenciável em .
Teorema (4.3): Seja uma função de variável complexa e um ponto interior de .
Se a função admite derivada no ponto então é contínua neste ponto.
Nota: Se não é contínua em então não admite derivada no ponto .
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 4 ~
Definição de função holomorfa: Seja um aberto de e . Dizemos que é
holomorfa em se é -derivável em todos os pontos de . Representamos o conjuntos de
todas as funções holomorfas em por ( ).
Definição (4.10): Seja uma função de variável complexa. Dizemos que é inteira se
é holomorfa em .
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 5 ~
Teorema (4.4): Sejam funções -deriváveis em e .
1. ( ) ( ) ( ) ( );
2. ( ) ( ) ( );
3. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( );
4. Se ( ) , (
) ( )
( ) ( ) ( ) ( )
( ( )) .
Teorema (4.5): Seja uma função -derivável em e uma função -derivável em ( ).
Então é diferenciável em e
( ) ( ) ( ( )) ( )
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 6 ~
Teorema (4.6): Seja , aberto, uma bijecção holomorfa em . Suponhamos
que, para todo o , ( ) e que é contínua . Então é holomorfa em e
para todo o ,
( ( ))
( ( ))
Definição (4.7): A uma bijecção tal que ( ) e ( ) denominamos por
função bi-holomorfa.
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 7 ~
Definição (4.8): Seja uma função de variável complexa e ( ) e ( ).
Sejam e um ponto interior de . Definimos
( )
(( ) ) ( )
( )
( ( )) ( )
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 8 ~
Nota:
1. Se
( ) existir então
( )
( )
( )
( )
( )
2. Se
( ) existir então
( )
( )
( )
( )
( )
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 9 ~
Definição (4.9): Seja uma função de variável complexa, ( ), ( ) e
. Dizemos que satisfaz as condições de Cauchy-Riemann em se
( )
( )
ou seja, se
{
( )
( ( ) ( ))
( )
( ( ) ( ))
( )
( ( ) ( ))
( )
( ( ) ( ))
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 10 ~
Teorema de Cauchy-Riemman: Seja uma função de variável complexa, ( ),
( ) e um ponto interior de . As seguintes afirmações são equivalentes:
1. é -diferenciável em .
2. verifica as condições de Cauchy-Riemann em e as funções ( ) e ( ) são
diferenciáveis (como funções de ) no ponto ( ( ) ( )).
Além disso,
( )
( )
( )
Lembrete: Seja , com um aberto. Se admite derivadas parciais contínuas
em , então é diferenciável em .
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 11 ~
uma função de variável complexa, ( ), ( )
[ ( ) (
) ( ) (
)]
[ ( )
( )
( )
( )]
[ ( )
( )
( )
( )]
(
( )
( ))
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 12 ~
uma função de variável complexa, ( ), ( )
[ ( ) (
) ( ) (
)]
[ ( )
( )
( )
( )]
[ ( )
( )
( )
( )]
(
( )
( ))
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 13 ~
Nota: Seja , aberto.
1. A função atisfaz as condições de Cauchy-Riemann em se e só se
( )
2. Se ( ) e ( ) são funções de classe em , visto como subconjunto de
({( ( ) ( )) }), e se
( ) em todo os pontos de , então é holomorfa
em e além disso
( ) ( )
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 14 ~
Teorema (derivação de funções elementares):
1. As funções exponencial, seno, co-seno, seno hiperbólico e co-seno hiperbólico são
holomorfas em e
( )
( )
( )
( )
( )
2. Seja . A função é holomorfa em { }. No caso do ramo
principal do logaritmo, esta é holomorfa em . Além disso
( ( ))
Nota: A expressão da derivada do logaritmo não depende da base deste.
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 15 ~
Definição (4.10): Seja , com aberto. Suponhamos que ( ). Dizemos
que é harmónica em se, para todo o ( ) ,
( )
( )
A
chamamos Laplaciano de .
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 16 ~
Teorema (4.11): Seja aberto e ( ). Então as funções ( ) e ( ) são
harmónicas em , visto como subconjunto de ({( ( ) ( )) }).
Teorema (4.12): Seja aberto um aberto simplesmente conexo e uma função
harmónica em {( ( ) ( )) }. Então existe uma função harmónica em
{( ( ) ( )) } tal que a função
( ) ( ) ( ) ( )
é holomorfa em . A função é única a menos da soma de uma constante e denominada por
conjugada harmónica de .
Capítulo 4 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 17 ~
O Teorema (4.12) diz-nos que qualquer função harmónica num simplesmente conexo pode ser
encarada como parte real de uma função holomorfa. De forma análoga, qualquer função
harmónica num simplesmente conexo pode ser encarada como parte imaginária de uma
função holomorfa.
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 1 ~
Definição (5.1): A uma aplicação do tipo denominamos por sucessão complexa.
Chamamos termo geral à expressão e representamos por . Representamos a sucessão
por .
Definição (5.2): Seja uma sucessão complexa e . Dizemos que é
convergente para , e representamos tal por
se
| |
Ao número chamamos limite de .
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 2 ~
Teorema (5.3): O limite de uma sucessão quando existe é único.
Definição(5.4): Se uma sucessão não admite limite dizemos que esta é divergente.
Definição de sucessão limitada: Dada uma sucessão complexa , dizemos que esta é
limitada se
| |
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 3 ~
Teorema (5.5): Toda sucessão complexa convergente é limitada.
Definição (5.6): Sejam e sucessões complexas. Dizemos que é uma
subsucessão de se existir uma sucessão estritamente crescente tal que
( )
Teorema (5.7): Seja uma sucessão complexa convergente para . Toda a subsucessão
de é convergente para .
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 4 ~
Teorema (5.8): Seja uma sucessão complexa convergente para zero e uma
sucessão complexa limitada. Então
Teorema (5.9): Seja uma sucessão complexa convergente para .
1. se e só se | | ;
2. Se , então | | | |;
3. Se , então .
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 5 ~
Teorema (5.10): Sejam duas sucessões complexas convergentes.
1.
2. , onde é uma constante complexa;
3. ;
4. Se
Seja uma sucessão complexa. Via a bijecção , podemos identificar
esta sucessão com a sucessão de
( )
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 6 ~
Teorema (5.11): Seja uma sucessão complexa e . As seguintes afirmações são
equivalentes:
1. ;
2. e .
Teorema (5.12): Seja uma função de variável complexa e . A função é
contínua em se e só se para toda a sucessão complexa de elementos em e
convergente para , a sucessão ( ) converge para .
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 7 ~
Definição (5.13): Seja uma sucessão complexa. Consideremos a sucessão
definida por
∑
Denominamos esta por sucessão das somas parciais. Representamos o limite da sucessão das
somas parciais por
∑
Se este limite existir, dizemos que a série de termo geral é convergente e o seu valor
denominamos por soma da série. Caso contrário dizemos que a série é divergente.
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 8 ~
Teorema (5.14): Se ∑ é convergente, então .
No caso de , dizemos que ∑ é grosseiramente divergente.
Teorema (5.15): Sejam ∑ e ∑ duas séries de soma, respectivamente, e . Seja
.
1. A série ∑ tem por soma ;
2. A série ∑ tem por soma .
Teorema (5.16): Se ∑ | | é convergente, então ∑ é convergente.
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 9 ~
Definição (5.17): Dizemos que a série ∑ é absolutamente convergente se a série
∑ | | é convergente. Se a série ∑ é convergente e ∑ | | é divergente, dizemos
que ∑ é semi-convergente ou simplesmente convergente.
Do Teorema (5.11) resulta imediatamente o seguinte teorema.
Teorema (5.18): Seja uma sucessão complexa e . As seguintes afirmações são
equivalentes.
1. A série ∑ é convergente de soma ;
2. As séries reais ∑ e ∑ são ambas convergentes de soma,
respectivamente, e .
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 10 ~
Teorema (5.19): Seja uma sucessão complexa. Se as séries ∑ | | e
∑ | | são ambas convergentes, então a série ∑ é absolutamente convergente.
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 11 ~
Definição (5.20): Seja { } uma sucessão complexa e . Definimos série de
potências ou série inteira, centrada em , à função definida por
∑
Nota: O domínio de definição de uma série de potências é o conjunto dos pontos onde “faz
sentido calcular a série”, ou seja, onde esta é convergente.
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 12 ~
Teorema (5.21): Se a série de potências ∑
converge para , então esta
série converge absolutamente para todo o pertencente ao disco aberto de centro em e
raio | |.
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 13 ~
Teorema (5.22): Seja ∑
uma série de potências. Existe [ ] único,
denominado por raio de convergência, tal que:
1. A série converge absolutamente em todos os pontos do disco de convergência
{ | | }
2. A série diverge no exterior do disco aberto de centro em e raio ;
Nota:
1. O teorema nada conclui sobre a convergência da série de potências em pontos sobre a
circunferência de centro em e raio ;
2. Se , a série converge absolutamente em .
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 14 ~
Teorema (5.23): Dada uma série de potências ∑
com raio de convergência ,
temos que:
1.
√| |
;
2. Se o limite
| |
| |
existe (permitimos que este limite seja ), então este é igual a ;
3. Se o limite
√| |
existe (permitimos que este limite seja ), então este é igual a
.
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 15 ~
Teorema (5.24): Seja ∑
uma série de potências com raio de
convergência positivo. Então é holomorfa em e
∑
ou seja, a série é derivável termo a termo e a sua derivada é a série das derivadas.
Teorema (5.25): Sejam ∑
e ∑
séries de
potências. Se em algum disco aberto de centro então
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 16 ~
Definição (5.26): Seja , aberto, uma função de variável complexa e um
ponto interior de . Dizemos que é analítica em se existe e uma série de potências
∑
tal que e
∑
Dizemos que é analítica em se f é analítica em todos os ponto de .
Nota: Se é analítica em , pelo teorema (5.24), resulta imediatamente que é holomorfa
em .
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 17 ~
Teorema de Taylor: Seja uma função de variável complexa holomorfa em . Dado
e ] ] tal que , temos que
∑
À série de potência ∑
chamamos desenvolvimento em série de Taylor de
em torno de .
Nota:
1. Se é o maior disco aberto centrado em contido em e o raio de
convergência de ∑
, então ;
2. Do teorema de Taylor resulta imediatamente que toda a função holomorfa em é
analítica em ;
3. Pelo teorema (5.25), o desenvolvimento em série de Taylor de em torno de é único;
4. O teorema de Taylor não é válido para funções reais de variável real.
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 18 ~
Corolário: Uma função complexa de variável complexa é holomorfa em se e só se é analítica
em .
Nota: Uma função holomorfa em admite derivada de qualquer ordem em qualquer ponto
de .
Reflexão: Tendo em conta o Teorema de Cauchy-Riemann, o que se pode afirmar quanto à
classe das funções parte real e parte imaginária de uma função holomorfa?
Capítulo 5 AM IIID – 11/12- 1º Sem.
Slides de apoio ao turno T2 João Cabral ~ 19 ~
Alguns desenvolvimentos em série de Taylor em torno de zero
∑
∑
| |
∑
∑
∑
| |