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Al O V.: - RIO DE JANEIRO, (HllIU FEIRA . DE JILHOM1854* 1. 70"'' ' •
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DIAS BO MEZ E SB^S; ACONTECIMENTOS.^¦^S'lfi:^fi}t&U^-'{; íhsaa-mj-
PuMic^se ás terças, quintos e sab^ '^S^^mf^^^^^^i^t(não sendo dia san to). Subscrevê-se paraesta \ Quinla 6— Santa Domiugas Virgem IWartyr. i não.« sendp pçlt^içp ou oiftensivò^ á moral
Annuncios 40 rs.por linha,sendo entregues^escriptorio, rua da Valia .^i;6Sy;,^vv:V,0'' A da Republica Cisai pina em 1797. * \se pela inserção $eus autores, v:
i . , i .. .
I
VISITA DAS PKIJIIWUSr*jí5á^^_*\ são as quatro espécies? Era urna conta rnais níais lindas pronunciadas pòr essas jovens,complicada; e tanto assim, que a menina, onde só existe; a inhocehcia, e nao ó conhe-—; i bem bonitinha e desembaraçada; teria os seus cida aadu%Só; Âs palavras forão poueó mais
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dissíma, e sempre comprei algumas cousas;
porque fallando serio, aquella loja é mesmoama tentação das senhoras, que quei rão tudo
bomre da moda.aVocôestasiou-me com a sua descripção
priminha! irei ver um dia destes; quemsabe se voce té^m por lá alguma mágoa ?/
^-Só se chama magoa, ao lindo modo quese encontra, desde o filho de Madame Calha-rina, até ao ultimo caixeiro, que parecem met-ter a gente no coração. P, .
Ande lá, voce é muito finória. \*-f Sabe que mais ainda' vou fazer algumas
visitas; e deixar cartões aquellas amiguinhas,que não encontre em casa. Hoje está isto mui-to era moda. v , rQuer saber de uma. -novidade;", priminlia,isto é que é terra ! ria Europa naoJiatãO bara-*o* cartões gravados de vizita, 2#>5O0 oícento;graças a Deos que já podemos,ter todos nos-sos cartões, e ú tal nrag auão do fabricante,tem muilo bom gosto, so quizer pode bir-vercomo eu vi, na rua dó Parto n. 99 uma novalitbografia; onde tem uas portas 3 tabólelas taograndes que chegão ao telhado, com amostrasde cartões, onde vi muitos nomes das minhasamigas; tãobèm nie consta que ahi se téln feitomuitas obras por nn. tade do preço do qoe fa-Zijm em outra parle.—Estou sciente. Adeqsinlio até multo breve,por que tenho de lhe contar uma historia,arespeilo de uni namoro de certo empregadona alfândega de Paranaguá, ao qual a moçadeu de taboa. Adeos, adeos.
— Adeos, priminlia,.veja lá nao falte.
¦¦Pjxp;ft_^rM»mM 'P/rPor inconvenientes, só podemos imprimir
, a nessa folha hoje sexta feita, ficando por issodemorada a entrega dá mesma aos Srs. Asbig-nautes.. ..vA U'Pj
não fallaréraos de Benvenuto Cellini, pois-quea sua representação foi sublime e só este exi-mio artista sabe cora prehender paixões tãofortes^ e de tão rara execução.
Agora diremos em nosso humilde entender,duas palavras acerca do drama, principiandopelo primeiro quadro, i
O KEiEtf casado operário. — Francisco I,um rei que animava as artes e as letras emFrança, se dignou visitar, acompanhado da du-queza d'Etampes sua amante, as officinas deCellini, onde admirarão os trabalhos de algunsobjectos mais triviaes; a duqueza cegamenteapaixonada por Ascanio, aproveita © extasisdo rei eni contemplar qs trabalhos da arte,quer manifestar o $eu arnõi?" a Ascanio, masCellini que amava sèu discípulo como filho, e
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mod ello pára tiraivlhe o retracto em vulto ;uma alma apaixonada pelo amor e pela artetudo eropretiende; Ascanio entra e vê seumestre retratando o objecto das suas mais ca-ras affeições, indaga de seu" mestre de quemé aquelle iindo busto, treme confessar seunome, julga ser ella a amante de séu mestre;aqui vemos o nosso empresário'trabalhar emescultura admiravelmente, com uma imitaçãoprópria do seu talento, ;b'\
5.° Cariíos v ^è)LpüVREtt Francisco 1 ré-cebe nó LouvréCarlòs
UV/lllltl vivava vk.Mj\A.*A wv» ^.«-w-j.— A-r- 7~--—-r y..—- --.-"• < --- •--—"çy—.— — "T" T" . ~ » -.--¦" f"»,vv'
querendo perver o fim deste^erigòso amor, o dos cavalheiros do Imperador.- Os dous- mo-atfasta dessa mulher, èlla aproveitando a ausencia do rei e de Cellini, subitamente intro-duz uma carta, na pasta dos desenhos dé Asca-nio, convidando-ò para uraa entrevista secre-tà. Este quadro foi bem desenpenhado, apezarde não ser um dos melhores comtudo estevemuito bom. i
2.° O ATAQUE DO PALÁCIO de NESilE.-rCellinimunido de uma ordem do rei para ^estabelecer
narchas disputão a posse deBevenuto, o qualcede em ficar em França pára ali crear umanova escola de íundidorés francezes. Este actoé embelesado de ricas scenas.
6.° O relicario. —A duqueza acompanha-da de sua irmãa Scozzoni, entrão nas officinasde Cellini para Com ajuda de Pagolo (traidora seu mestre e comprado pela duqueza) querapoderar-se desta preciosidade, que estava des-
suas officinas neste palacio, quer apoderar-se tiriada para o convento das Ursolinas para de-i .r : .: ' _..i. _ ¦¦__'__._'_.AA...AA „r.~ *...'.'. :. .Xe. i_í_.'_ -i^ ..;.„_ __„._ -ii_ j.delle; ordem esta a que o Prevoste não quizceder, a ponte de a tasgar, o qüe deu lugar aque Cellini se armasse com ps seus compa-nheiros e arrombassem as portas;: era juntoaoNesle que deveria.ter'h%ar a entrevista daduqueza, que s| apresenta mascarada, para'assim conseguir seus fins. Ascanio lhe appa--rece ignorando quem ella.seja, mas Cellinivem e interrompéiesta entrevista, a duquezavendo seus planos frustrados,jura vingar-se,para isso lança mão % todas as intrigas. Estequadro foi muito bem desempenhado.
3 O vaso QUEBRADO.^Cellini querendo umaconciliação cpm aduque2fa,tcede á força de . , „seu gênio, e^ie^lferóce^m^aso pri fazer¦ • ' " --1- * l- J- *-K~,u~ A~ "":° ((sobresahir era belleza, mas ha outro escultoi
:f.
positar o feretVo de uina santa,! ella o mandaconduzir para o Louvre, fazendo assim urnatraição a Benvenuto AScozzohi amava cegaraen-a Benvenuto, mas nãò era delle amada, ellapede-lhe permissão para entrar para o conven-das tJrselinas, confessãndo-lhe que Colombao npp«ama» mas sim ia Ascanio,, e para provaquè elle os observe, Benvenuto assim o faz eos sorprehende-ps em sua confissão amorosa;Benvenuto soífoca seus transportes, e em suaafflicção assim se exprime: ^--^ Ascanio, euct te criei, eduquei, te^enjsinei aMver, a araarv«e eu tanto tenho soffrido; Ascanio eu muitas« vezes despedaçando ó mormore, digo: sou
THEATRO,,, :,j_p. yy.jiw-
S. l^EDRO DE ALCÂNTARA. a
BENVENUTO CELLINI.*-¦"" -m ' '
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Assistimos e admiramos a bella representa-ção deste riquíssimo drama composição do ce-lebre estíriptor Paulo Meurice, drama todoen-riquecidó das raais interessantes scenas que sepodem imaginar. Meurice em seu drama nostrouxe á recordação esse celebre escultor a(piem a carcuràida mão do tempo respeita suasobras; ainda èm nossos dias se admira naBasílica de S. Pedro em Roma, relevos e ía-vorés deste insigne artista, sendo para notaros relevos da Samaritana, e a Trans/iguraçáode Christo ho monte Tabor, que são de fim)trabalho quasi què sobre-humano. Este artis-ta soifreu seus revezes e foi victima de intri-gas, mas também soube grangear a estima dasprincipaes personagens deUoda a Europa, eFlorença sua*patria, se ensoberbscia em tercriado em seu seio um gênio que enchia deassombro toda a Itália.
O nosso eximio artista, o Sr. CommendadorJoão Caetano dos Sanlos, imitou fielmente estecelebre escultor, pois dois gênios sé debatem,um nas antigüidades convertendo o mármoree o bronze em tr.nbalhos da arte em que pro-curou immortalisar seu Home; outro gênionão menos raro se immortalisa procurando,com tanta arte, imitar paixões alheias, senãoque o digão Kccn, Jorge Aiauricio, IlamUlo,lltcurdo dXirlingtoi^ jindré(gargalhada) etc.
mente trabalhado, fruto do trabalho de seismezes ;_eíle vai offerecer este mimo á duquezaque o faz esperar na ante-sala como que eri-tregandò-o ao despreso ; Cellini começa a im-pacientar-se, solta uma gargalhada de deses-peração, ella ao òüvi-ío ri-se com sarcasmo,e se regosija com seu desespero, dando or-dem para que compareça, mandando-Ihe di-
« mais sublime, queMiguel Ângelo, é Deòs!((o homem seu, mármore,, a dôr o cinzel, ea quando algum desgosto me dilacera o peito,« digo comigo :¦-— Deos está trabalhando em« aperfeiçoar minh'alma! louvado sejais meu.