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Jürgen Habermas 1929 Artur Stamford da Silva Prof. Associado da UFPE

r o Jürgen Habermas a 1929 - UFPE · 1929 Ralf Dharendorf 1959 - Classes e conflitos de classes na sociedade industrial ... Postulados: a) os processos de deliberação assumem uma

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Jürgen Habermas Teoria da Ação Comunicativa

AÇÃO SOCIAL

Estratégica Comunicativa

Evidente Latente Orientada ao

entendimento Consensual

Manipulação Distorcida Ação Discurso

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Jürgen Habermas

1924 – Fundação do Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt

Escola de Frankfurt

Dirigido por Carl Grünberg, até 1927

Quando assume: Max Horkheimer

Nazismo

1933 - transferem-se para Genebra, depois para

Paris, e, finalmente, para Nova York.

Em 1950 voltam para Alemanha

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Jürgen Habermas Escola de Frankfurt

Teoria Crítica

dos aspectos da economia, da sociedade e da cultura

Fundadores: Economistas: Friedrich Pollock (1894-1970) e

Henryk Grossmann (1881-1950).

Sociólogo: Karl-August Wittfogel (1896-1988)

Historiador: Franz Borkenau (1900-1957)

Filósofo: Max Horkheimer (1895-1973)

pesquisa a organização racional da atividade humana

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Jürgen Habermas E A ESCOLA DE FRANKFURT

1956-59, colaborou com Adorno no Instituto de Pesquisa Social de Frankfurt.

1968, transferiu-se para Nova York, passando a lecionar na New York - New

School for Social Research.

Theodor Wiesengrund-Adorno (1903-1969)

Herbert Marcuse (1898-1979)

Erich Fromm (1900-1980)

Walter Benjamin (1892-1940)

HABERMAS, a ESCOLA DE FRANKFURT e a 2a GGM

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ECONOMISTAS TEORIA DO INTERCÂMBIO E DO CONFLITO FENOMENOLOGIA

1842

1924

Alfred

Marshall

1890 – Princípios

de economia

1910

1989

George

Caspar

Homans

1950 – Os grupos humanos

1961 – A conduta social

1967 - A natureza da ciência

social

1969 – Teoria do intercâmbio

social

1859

1938

Edmund

Husserl

1900 – Investigações

lógicas

1913 – Idéia.

Fenomenologia pura

? - Meditações cartesianas

1848

1923

Vilfredo

Pareto

1897 – Curso de

economia política

1918

2002

Peter Blau 1964 – Exchange and Power in

Social Life

1970 – a Formal Theory of

Differentiation in

Organizations

1899

1959

Alfred

Schutz

1932 – A fenomenologia

do mundo social

1818

1883

Karl

Heinrich

Marx

1845 – Ideologia

alemã

1867 – O capital

1929 Ralf

Dharendorf

1959 - Classes e conflitos de

classes na sociedade industrial

1988 – O Conflito social

moderno

1929

1927

Berger

e

Luckmann

1966 - A construção social

da realidade

1917 Harold

Garfinkel

1967 – Estudos de

Etnometodologia

FILOSOFIA TEORIA DA LINGUAGEM PSICOLOGIA

1588 1679

Hobbes 1651 – O Leviatã 1911 1960

John

Austin

1962 – Como fazer coisas com

palavras

1856 1939

Freud 1896- Usa o termo Psicanálise

pela primeira vez

1899- A Interpretação dos

Sonhos

1724 1804

Immanuel

kant

1781 – Crítica da

Razão Pura

1788 – Crítica da

razão prática

1859 1952

John

Dewey

1916 - essays in Experimental

Logic

1910 - How We Think

1896 1964

Jean

Piaget

1958 - A Psicologia da

Inteligência.

1770 1831

Hegel 1806 –

Fenomenologia do

Espírito

1821 – Os

princípios da

filosofia do direito

1839 1914

Charles

Sander

Pierce

1878 – How to make our ideas

clear

1878 - The Doctrine of Chances

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Jürgen Habermas Bibliografia

TEORIA CRÍTICA TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA

1960 - Entre a Filosofia e a Ciência - O Marxismo

como Crítica

1962 - Evolução Estrutural da Vida Pública

1963 - Teoria e Práxis

1967 - Lógica das Ciências Sociais

1968 - Técnica e Ciência como Ideologia

- Conhecimento e Interesse

1973 – A Crise da Legitimação no Capitalismo

Tardio

1976 – A Reconstrução do Materialismo Histórico

1981 – Teoria da Ação Comunicativa

1983 – Consciência Moral e Agir Comunicativo

1985 - O Discurso Filosófico da Modernidade

1988 – Pensamento Pós-Metafísico

1992 – Facticidade e Falidez (Direito e

Democracia)

1991 – Esclarecimentos sobre a Ética do Discurso

1996 – A Inclusão do Outro

1998 – Constelação Pós-Nacional

1999 – Verdade e Justificação

2006 – Fé e religião

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Teoria da Ação Comunicativa

PU – Pragmática Universal

Função Identificar e reconstruir as condições universais de

uma possível compreensão

AÇÃO ORIENTADA AO ENTENDIMENTO

Linguagem – meio ao entendimento

gestos

Ação Comunicativa

expressões culturais

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Pressupostos Universais da Comunicação

Sujeitos

Ato de fala

Entendimento

Coordenação da ação

Validez

Eu (falante)/ Tu (ouvinte)

Locucionário Ilocucionário Perlocucionário

Teoria da Ação Comunicativa

condições de verdade

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Justificação

Ética do discurso

Racionalidade Comunicativa

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Formal Sentido literal – o que se disse

Sentido latente – o se quer dizer

Veritativa Compreensão do dito a

ser aceito pelo ouvinte

Semântica

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Processo de Entendimento

Validade do Discurso Ético

Enunciar de forma inteligível

Dar algo que o ouvinte compreenderá

Fazer a si próprio, dessa forma, entender

Atingir o objetivo de compreensão junto com o outro

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Falante deverá

Compreender Se expressar de forma inteligível

Ter a intenção de comunicar uma

proposição verdadeira

Ouvinte poderá

Exprimir suas intenções de forma

sincera

Partilhar o conhecimento

Acreditar, confiar

Escolher um discurso correto em

respeito às normas e valores sociais Concordar, mutuamente

Ética do Discurso - Sujeitos

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Condições de

Aceitabilidade Correção gramatical

Contexto

Motivação devido ao dito

Ação Comunicativa

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Condições de

Cumprimento

Reconhecer das intenções

do falante

Espontaneidade

Motivação racional

Pretensão de validez

O ouvinte pode dizer não

Ação Comunicativa

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normativo

Ato de fala

expressivo

acerto

Pretensão de

sinceridade

Validez

constativo verdade

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Expressar opiniões, sentimentos e desejos sinceros

Realizar um ato de fala correto

Intenciionalidade do Ato de Fala

Fazer um enunciado verdadeiro

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Ato de Fala é bem sucedido, cria uma

relação interpessoal, se:

Pressupostos pragmáticos de aceitabilidade do AF

. Compreensível e aceitável

. Aceite pelo ouvinte

. Regra preparatória = contexto

. Compromisso de cumprir obrigações típicas dos AF Regra da sinceridade

Entendimento

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. AF inconstitucionalmente dependente – o falante pode

retirar esta força por meio da obrigatoriedade das normas

força ilocucionária = capacidade de levar o

ouvinte a agir nas condições para um

compromisso de ser sincero:

. AF inconstitucionalmente independente – o falante pode

desenvolver esta força com a motivação ao reconhecimento

A força do ato de fala

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Falante e ouvinte

Com uma pretensão

de acerto

de sinceridade

Motivação da Ação Comunicativa

podem se motivar reciprocamente para

reconhecer pretensões de validade

o conteúdo do compromisso do falante é determinado por uma

forma específica de apelo a uma pretensão de validade

tematicamente salientada

o falante assume: obrigações de fornecer

de verdade fundamentos

justificações

confiança

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Consenso

gera

. Acordo normativo

. Saber proposicional compartido

. Confiança mútua

sinceridade subjetiva

consenso

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Para produzir entendimento, o AF serve

. ao estabelecimento e renovação de relações interpessoais

Mundo das ordenações legítimas

. à expressão ou pressuposição de estados de coisas

Mundo das coisas existentes

. à expressão de vivências – apresentação de si mesmo

Mundo subjetivo

entendimento comunicativo

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Verdadeiro

Credível

Digno de ser partilhado.

Preocupações existenciais

Digno de confiança

Preocupações c/ sinceridade

Correto Digno de aceitação

Preocupações c/ norma e valor

Compreensível Digno de inteligibilidade

Preocupações c/ entendimento

Ato de fala

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Domínios da

realidade

Modos de

comunicação

Pretensões de

validade

Funções gerais

do discurso

“O” mundo de

natureza externa

Cognitivo Verdade Representação

dos fatos

“Nosso” mundo

de sociedade

Interativo Acerto Relações

interpessoais

“Meu”mundode

natureza interna

Expressivo Sinceridade Revelação da

subjetividade

Linguagem ------- Inteligibilidade ------

Teoria da Ação Comunicativa

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sistema e mundo da vida

Sistema

Mundo da vida

é regido pela razão instrumental e compreende

dois subsistemas: o econômico e o político

da intersubjetividades dos atores

inseridos em situações concretas de

vida, constituindo-se no pano de

fundo sobre o qual ocorrem as ações

interação: social sistêmica

obtida por meios linguísticos de busca do consenso

obtida por meios de mercado e burocracia

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Colonização Do mundo da vida

capitalismo avançado = desacopla o sistema do mundo da vida

Complexidade do sistema social

sobrecarga nos processos de obtenção de entendimento

existência e manutenção de controles da linguagem: o dinheiro,

instrumento do mercado e a burocracia, instrumento do Estado

Colonização do mundo da vida pelo sistema a interação mediada linguisticamente se torna secundária

decorem as patologias da sociedade moderna

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Estratégica

Instrumental

Comunicativa

Êxito considerando as regras

eleição racional

ao entendimento

Ação Social

técnicas

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Como a ordem social é possível?

Teoria dos jogos O dilema hobessiano

Funcionalismo

Ação Comunicativa

Munda da vida partilhado

Convicções, consenso de fundo

Cultura, sociedade, personalidade

ação e ordem social

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Know-how

Como fazer

Know-that

Como dizer

consciência implícita

das regras

O que o falante pretende dizer

reconstrução do dito

O que o ouvinte compreende

ação e ordem social

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Ação

Estratégica Comunicativa

Evidente Latente Orientada ao

entendimento Consensual

manipulação distorcida agir discurso

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exclusão social

Esfera pública

espaço formado por pessoas privadas que constituem o público, a fim de reivindicar interesses = tematizar interesses particulares para que se tornem coletivos

modernidade burguesia Estado de direito

rede adequada para a comunicação de conteúdos, tomadas de

posição e opiniões

fluxos comunicacionais são filtrados e sintetizados, a ponto de se

condensarem em opiniões públicas sobre determinados temas.

No mundo da vida - esfera pública se reproduz pelo agir comunicativo

domínio de uma linguagem / entendimento / prática cotidiana

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exclusão social

Esfera pública Burguesa

esfera em que pessoas privadas se juntam enquanto público;

reclamaram que essa esfera pública fosse regulada como se

estivesse acima das próprias autoridades públicas;

de forma a incluí-las num de bate sobre as regras gerais que

governam as relações da esfera da troca de bens e de trabalho

social basicamente privatizada, mas publicamente relevante.

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exclusão social

Esfera pública burguesa qualquer leigo tem o direito de julgar uma pintura numa

exposição, um livro publicado ou uma representação de

uma peça num teatro etc..

o princípio da discussão racional

democratização da cultura

universalidade de acesso e igualdade de participação e a autoilustração.

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exclusão social

Democracia deliberativa

tensão entre

o formal e institucionalizado da democracia

e os domínios informais e anárquicos de formação da opinião

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democracia deliberativa Postulados:

a) os processos de deliberação assumem uma forma argumentativa

(intercâmbio regulado de informações e argumentos entre as partes em

discussão)

b) ninguém pode ser excluído legitimamente, para o que contribui o seu

carácter público ou transparente

c) estas deliberações são livres de coerções externas = os participantes

respondem perante pressupostos de comunicação e regras de

argumentação;

d) estas deliberações não permitem a existência de coerção interna que

comprometa a igualdade dos participantes, que se traduz na capacidade

de todos poderem ser ouvidos, introduzir temas ao debate, contribuir e

criticar propostas de terceiros. A única coerção interna admissível é a

força do melhor argumento.

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exclusão social

Esfera pública Burguesa

esfera em que pessoas privadas se juntam enquanto público;

reclamaram que essa esfera pública fosse regulada como se

estivesse acima das próprias autoridades públicas;

de forma a incluí-las num de bate sobre as regras gerais que

governam as relações da esfera da troca de bens e de trabalho

social basicamente privatizada, mas publicamente relevante.

crise de legitimidade

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exclusão social

crise de legitimidade Estado deixa de representar seu povo

Surgem espaços no mundo da vida onde se transmitem

valores e saberes.

São constituídas esferas autônomas que se comunicam entre

si, quando se verifica auto-organização dos meios de

comunicação.

As novas tecnologias se constituem em instrumentos que

possibilitam e podem alavancar à integração social

horizontalmente

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direito entre faticidade e falidez

Direito moderno normas de coerção normas de liberdade

Garantir a liberdade através da legitimidade

Autodeterminação soberania

liberalismo republicanismo

direito subjetivo assegurado

vontade do povo

legislador

soberano

democrático

Decisão limitada ao direito (à constituição)

Vontade da maioria justifica decisões arbitrárias

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direito entre faticidade e falidez

Legitimidade do direito moderno

direitos humanos + soberania popular

reflexividade do direito

Ética do discurso

“os direitos que os cidadãos têm de reconhecer, se eles querem

regular legitimamente sua vida comum com os meios do direito

positivo”

Legitimidade consenso

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direito entre faticidade e falidez

os próprios participantes numa “prática constituinte” estabelecem

categorias de direitos fundamentais, uma vez que pretendem

realizar seu projeto por meio do direito.

(1) que resultam da autônoma do direito à maior medida possível de

iguais liberdades de ação subjetivas;

(2) que resultam da autônoma do direito ao status de membro de uma

associação voluntária de parceiros do direito;

(3) que resultam da reclamabilidade (Einklagbarkeit) de direitos e da

configuração politicamente autônoma de proteção jurídica individual.

(4) de participação com igualdade de chances nos processos de formação

da opinião e da vontade, na qual os cidadãos exercitam sua autonomia

política e pela qual criam o direito legítimo.

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direito entre faticidade e falidez

A arte do raciocínio público é aprendida pela vanguarda burguesa da

classe média culta em contato com o “mundo elegante”, na sociedade

aristocrática da corte que, é verdade, à medida que o moderno

aparelho de Estado se autonomizava em relação à esfera pessoal do

monarca, separava-se por sua vez cada vez mais da corte, passando a

constituir um contrapeso na cidade.

A “cidade” não é apenas economicamente o centro vital da sociedade

burguesa; em antítese política e cultural à “corte”, ela caracteriza,

antes de mais nada, uma primeira esfera pública literária que encontra

as suas instituições nos coffee-houses, nos salons e nas comunidades

de comensais

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direito entre faticidade e falidez

os atores da sociedade civil, até agora negligenciados, podem assumir

papel ativo quando tomam consciência da situação de crise.

Apesar da diminuta complexidade organizacional, da fraca

capacidade de ação e das desvantagens estruturais, eles têm a chance

de inverter a direção do fluxo convencional da comunicação na esfera

pública e no sistema político, transformando destarte o modo de

solucionar problemas de todo o sistema político

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desobediência civil

A desobediência civil se justifica por não se esgotar o direito ao

estado e compreender a dinâmica da constituição como projeto

inacabado.

Ela não pode ser legalizada, mas deve forçar para não ser tratada

como delito igual aos outros, afinal o Estado Democrático de

Direito não seria congruente consigo mesmo se não desse a

entender que admite que o que hoje é contra uma norma pode ser

produtor potencial da legitimidade do direito (JAGarcia Amado). Artu

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