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TNL. Kleber Porfírio Sumário Resumo....................................................................................................................... 1 1. Introdução................................................................................................................1 2. Radioproteção..........................................................................................................1 2.1 Diretrizes Básicas de Radioproteção..........................................................1 2.2 Legislação.................................................................................................. 2 2.3 Equipamentos Proteção Radiológica Individual (EPI)................................ 5 2.4 Equipamentos Proteção Radiológica Coletiva (EPC)...............................9 3. Visita a clinica radiológica......................................................................................11 3.1 Resultado..................................................................................................12 4. Discussão ..............................................................................................................13 5. Proposta de otimização..........................................................................................14 6. Conclusão.............................................................................................................. 14 Referencias Bibliográfica............................................................................................17

RADIOPROTEÇÃO DE PROFISSIONAIS EXPOSTOS À RADIAÇÃO IONIZANTE

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Radioproteção de profissionais expostos à radiação ionizante, através de equipamentos de proteção individual ou coletivo.

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  • TNL. Kleber Porfrio

    Sumrio Resumo....................................................................................................................... 1 1. Introduo................................................................................................................1 2. Radioproteo..........................................................................................................1

    2.1 Diretrizes Bsicas de Radioproteo..........................................................1 2.2 Legislao.................................................................................................. 2 2.3 Equipamentos Proteo Radiolgica Individual (EPI)................................ 5 2.4 Equipamentos Proteo Radiolgica Coletiva (EPC)...............................9 3. Visita a clinica radiolgica......................................................................................11 3.1 Resultado..................................................................................................12 4. Discusso ..............................................................................................................13 5. Proposta de otimizao..........................................................................................14 6. Concluso.............................................................................................................. 14 Referencias Bibliogrfica............................................................................................17

  • TNL. Kleber Porfrio

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    Resumo

    No decorrer desse trabalho, veremos a importncia da radioproteo, suas

    diretrizes bsicas, a quem se deve proteger e o uso de EPIs e EPCs, a

    apresentao de radioproteo em Raios-X convencional. Sero expostos tambm

    os mtodos mais simples e talvez corriqueiros, de proteo radiao ionizante,

    assim como a legislao pertinente a cada modalidade.

    Ser apresentada uma pesquisa de campo numa Clnica Radiolgica, onde se

    constatou falhas na radioproteo.

    E ao trmino desse trabalho ser apresentada uma proposta de otimizao,

    corrigindo os erros e aprimorando os acertos de radioproteo nessa clnica

    radiolgica.

    1. Introduo

    Radioproteo a maneira mais segura de desfrutar dos benefcios gerados

    pela radiao ionizante com iseno e/ou atenuao dos males causados por esse

    fenmeno.

    Para isso necessrio seguir risca todas as normas em vigor e pertinentes

    a ela, estabelecidas e fiscalizadas pelos rgos competentes (CNEN e ANVISA), e

    utilizar com rigor todos os equipamentos de proteo individual e coletiva.

    Dosimetria: dose de substncia medicamentosa

    1.2. Diretrizes Bsicas de Radioproteo

    Quando foram descobertos os raios X, a radioatividade, no se percebeu que

    poderiam causar efeitos danosos. Isso ocorreu, em parte, devido a seu efeito

    latente, mas mesmo assim, alguns danos devido s radiaes recebidas pelos

    pioneiros foram inicialmente atribudos a agentes tais como efeitos eltricos,

    ultravioletas e partculas de platina dos tubos de raios-X. O aparelho de raios-X no

    incio do sculo XX no tinha qualquer proteo com barreiras de chumbo. Esses

    fatores levaram aos casos de dermatites e ulceraes crnicas, eventualmente

    resultando em cncer induzido pela radiao. [1]

    Existem efeitos biolgicos da radiao que se manifestam a curto e longo

    prazo.

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    Devido a este fato, tornou-se necessrio criar equipamentos de proteo aos

    que trabalham com radiao ionizante, ao meio ambiente e populao em geral.

    Essa proteo se inicia com os princpios de justificativa e otimizao, onde o

    principio da justificativa implica em que a exposio radiao ionizante deve ter

    uma justificativa, ou seja, s poder ser exposto quando houver um motivo, sendo

    proibida a exposio desnecessria.

    O principio de otimizao implica que ao expor o paciente radiao

    ionizante, seja feita de forma planejada, expondo o paciente o mnimo possvel

    radiao sem a perda de qualidade da imagem.

    Para que isso acontea usam-se algumas alternativas de otimizao, como

    por exemplo, a tcnica correta de exposio, essa far com que a imagem seja de

    boa qualidade, evitando uma nova exposio do paciente, para repetio de um

    exame. Outra alternativa a colimao, que evita a exposio do paciente em reas

    desnecessrias. A utilizao de filtros de compensao tambm uma alternativa

    de otimizao.

    Para a proteo do pblico e do trabalhador ainda h o principio de limitao

    de dose, que visa no exceder os limites estabelecidos pelas normas em vigor.

    Alm do uso de filtros, colimao, uso de tcnica correta, h outras formas de

    radioproteo, essas se do mais aos operadores e pblicos: so distncia e a

    blindagem.

    O fato de o operador se manter distante da fonte radioativa j uma forma de

    proteo, quanto mais longe se mantem da fonte, menor a intensidade de

    radiao.

    O fator blindagem, maneira ideal de proteo, protege o paciente, o

    trabalhador e limita a rea de radiao, protegendo assim o pblico que estiver

    prximo a ela. Normalmente esses protetores so constitudos por laminas de

    chumbo de vrias espessuras. [2]

    Os protetores especficos para o paciente e o operador recebem o nome de

    Equipamento de proteo individual (EPI), no entanto, os profissionais que operam o

    equipamento de raios-X devem usar, no mnimo, um monitor individual de radiao e

    ocupar sempre posies de onde possa ver e falar com o paciente. [3]

    2.2. Legislao

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    Hoje a medicina apresenta alternativas para o tratamento de doenas

    (terapias), essas baseadas em aes radioativas.

    A Constituio Federal, no seu artigo 6, dispe sobre a proteo a todo

    brasileiro no tocante a sua sade, entre outros direitos.

    A Lei n. 8.080, de 19 de outubro de 1.990, dispe sobre a promoo e

    recuperao da sade como direito fundamental do ser humano.

    Conforme Portaria Federal n 453, de 1 de junho de 1998, da Agncia

    Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA) aprovam o Regulamento Tcnico que

    estabelece as Diretrizes Bsicas de Proteo Radiolgica em radiodiagnstico

    mdico e odontolgico; Dispe sobre o uso dos raios-X diagnsticos em todo nosso

    territrio nacional, onde em seus captulos e artigos estabelecem diretrizes com suas

    disposies Gerais conforme segue: Sistema de proteo radiolgica com todas

    suas regulamentaes. A justificao de seu uso e benefcio ao indivduo exposto e

    seus limites de doses. [4]

    Tal portaria normatiza e fiscaliza a expanso do uso de radiaes ionizantes

    na medicina, no pas, seja para diagnstico, tal qual para tratamento (radioterapia),

    riscos inerentes e uma poltica nacional de proteo radiolgica. Sua prtica deve

    estar dentro de condies otimizadas de radioproteo, tanto para os operadores,

    como para pacientes e o pblico em geral. [5]

    H necessidade de se padronizar os itens de radioproteo a nvel nacional, a

    fim de se manter o domnio de proteo contra radiaes ionizantes aplicadas s

    exposies radiolgicas na rea da sade.

    As mais recentes Diretrizes Bsicas de Proteo Radiolgica foram

    estabelecidas em conjunto por diversos rgos como: Organizao Mundial da

    Sade, Organizao Pan-americana da Sade, Organizao Mundial do Trabalho,

    Organizao de Alimento e Agricultura, Agncia de Energia Nuclear e Agncia

    Internacional de Energia Atmica, e recomendaes do Instituto de Radioproteo e

    Dosimetria da Comisso Nacional de Energia Nuclear, rgo de referncia nacional

    em proteo radiolgica e metrologia das radiaes ionizantes, aprova o

    regulamento tcnico: Diretrizes Proteo Radiolgica em Radiodiagnostico Mdico

    e Odontolgico. Regulamento que deve ser adotado em todo territrio nacional,

    tanto para pessoas fsicas como jurdicas, de direito privado ou pblico. [3]

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    O licenciamento de funcionamento dos estabelecimentos que empregam o

    uso de raios-X devem ser cedido pela Vigilncia Sanitria dos Estados e Municpios

    de sua localidade. Estabelecimentos sem o devido licenciamento estaro irregulares,

    descumprido os Termos da Lei 6.437, de 25 de agosto de 1977, sujeitando o infrator.

    Todo estabelecimento em funcionamento com uso de radiaes ionizantes

    deve proporcionar segurana a seus usurios (pacientes), operadores e ao pblico

    em geral, utilizando-se de equipamentos de proteo radiolgica coletiva, desde a

    montagem das salas, at a disponibilidade de equipamentos obrigatrios de

    proteo individual.

    Todo procedimento envolvendo o uso de radiaes ionizantes deve ser

    operado por profissionais devidamente habilitados e registrados nos rgo

    competentes fiscalizador da profisso (Conselhos Regionais).

    O profissional deve obedecer a sua carga horria para expedientes, para sua

    prpria proteo. Alm do uso contnuo e adequado, do dosmetro, a fim de

    monitorar a radiao absorvida. Caso ultrapasse o limite mximo estipulado, deve

    ser temporariamente afastado de suas funes.

    Todo transporte de material radioativo deve obedecer s normas de

    segurana do rgo fiscalizado competente.

    A obedincia da norma responsabilidade do profissional e do empregador,

    onde o segundo tem a obrigao de fornecer todos esses equipamentos de

    proteo.

    A prtica de expor algum radiao ionizante, s ser permitida na presena

    de um profissional habilitado e qualificado, caso contrrio, a clnica e quem o fez,

    estaro sujeitos a punies judiciais.

    As ordens vigentes sobre construes de instalaes, onde sero verificadas

    as condies de construes e protees a serem aplicadas, e seu alvar de

    funcionamento: Suas responsabilidades bsicas, visando assegurar a exposio de

    pacientes, acompanhantes bem como do profissional em sua rea de atuao;

    Monitorao Individual; Caractersticas de cada equipamento e observando atravs

    de testes de constncia, a manuteno a que cada um deve ser submetido, ou seja,

    cada equipamento deve seguir condies tcnicas em conformidades com os

    padres de desempenho especfico especificados neste regulamento.

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    Quanto aos equipamentos, devero seguir os padres de cada norma

    especifica de forma a obedecer aos critrios de proteo dos operadores e da

    equipe.

    O Servio de Radioproteo CNEN 3.02, estabelece os requisitos relativos

    implantao e ao funcionamento de servios de radioproteo em instalaes

    nucleares e radioativas.

    Apresenta em seu escopo a estrutura necessria implantao de um Servio

    de Radioproteo quanto s instalaes, ao pessoal e equipamentos, referente ao

    funcionamento de uma instalao.

    Especificam as qualificaes as quais os tcnicos de nvel superior e de nvel

    mdio, bem como os auxiliares, devem possuir para exercerem suas funes em

    uma instalao nuclear ou radioativa.

    Determina as atividades a serem desempenhadas pelo referido Servio no

    tocante ao controle dos trabalhadores, de reas, do meio ambiente e da populao,

    de fontes de radiao e de rejeitos, e de equipamentos bem como o treinamento

    necessrio aos trabalhadores e os registros a serem mantidos. [3]

    2.3. Equipamentos de Proteo Individual (EPI)

    Avental padro: sem proteo nas costas, com alas cruzadas para

    maior conforto e segurana. Equivalncia em chumbo de 0,25mm Pb ou

    0,50mm Pb. Conforme figura 1.

    Utilizao: Proteo para o tcnico de raios-X, acompanhantes e auxiliares

    envolvidos nos exames onde o tempo de exposio no prolongado. [6]

    Figura 1: Avental Padro.[6]

    Avental de Chumbo - Proteo nas Costas (Tipo Casaco)

    O avental de chumbo tipo casaco, fabricado com borracha plumbfera

    flexvel. Conforme figura 2.

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    Utilizao: Este avental utilizado onde o tempo de exposio do

    profissional muito prolongado, ou durante a utilizao do intensificador

    de imagem. [6]

    Figura 2: Avental Pb com proteo nas costas.[6]

    Avental Cirrgico: para uso do profissional em centro cirrgico, com tiras

    cruzadas e fecho em velcro ajustvel de fcil remoo. Pode ser usado

    com a roupa cirrgica sob o material. Equivalncia em chumbo de 0,25mm

    Pb ou 0,50mm Pb. Conforme figura 3.

    Utilizao: Esse avental foi desenvolvido especialmente para o mdico

    cirurgio. Por ser de fcil remoo, pode ser retirado por um auxiliar sem

    interromper a cirurgia aps o uso dos raios-X. [6]

    Figura 3: Avental cirrgico.[6]

    Avental odontolgico: para paciente em radiografia periapical.

    Equivalncia em chumbo de 0,25mm Pb ou 0,50mm Pb, com fecho em

    velcro na nuca. Conforme figura 4.

    Utilizao: Para pacientes expostos radiografia periapical, protegendo

    todo o trax do usurio, bem como as partes genitais. Visando uma

    proteo total aos pacientes. [6]

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    Figura 4: Avental odontolgico.[6]

    Conjunto Saia e Blusa: saia em transpasse frontal com proteo em

    dobro para regio genital e cinto em velcro ajustvel na cintura. Blusa com

    fecho em velcro ajustvel. Equivalncia em chumbo de 0,50mm Pb.

    Conforme figura 5.

    Utilizao: Esse conjunto foi desenvolvido com o objetivo de dividir o peso

    e proporcionar ao usurio maior conforto. Utilizado onde o profissional fica

    exposto por um tempo prolongado ou onde h utilizao do intensificador

    de imagem. Indicado para exames como hemodinmicos e angiografia. [6]

    Figura 5: Conjunto saia e blusa.[6]

    Luva Plumbfera: luvas de proteo para cirurgias e acompanhamentos.

    Fabricada em borracha com equivalncia em chumbo de 0,50mm Pb,

    proporciona total movimento e conforto ao usurio. Conforme figura 6.

    Utilizao: Para procedimentos cirrgicos, proteo para acompanhantes e

    tcnicos de raios-X e manuseio de istopos radioativos. [6]

    Figura 6: Luva plumbfera.[6]

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    culos Plumbferos: com lentes plumbferas, com armao em acrlico,

    fabricado em dois modelos: proteo frontal e proteo lateral (180),

    ambos com equivalncia em chumbo de 0,50mm Pb. Conforme figura 7.

    Utilizao: O culo um acessrio de proteo imprescindvel,

    considerando que a viso, por sensibilidade do cristalino, uma das reas

    mais afetadas pela radiao. [6]

    Figura 7: culo plumbfero.[6]

    Protetor de rgos Genitais: para regies genitais, utilizadas por

    paciente em exames que impossibilitam o uso de outros protetores.

    Equivalncia em chumbo de 0,50mm Pb, com cinto e fecho regulvel para

    ajuste. Conforme figura 8.

    Utilizao: Desenvolvido em tamanhos diferentes, este avental utilizado

    em raios-X de trax e outros exames como, por exemplo, mamografia. [6]

    Figura 8: Protetor de rgos genitais.[6]

    Protetor de Tireide: fabricado em dois modelos; convencional e viseira.

    Ambos com equivalncia em chumbo de 0,50mm Pb, com fecho em velcro

    ajustvel na nuca. Conforme figura 9.

    Utilizao: O protetor de tireide um acessrio de proteo utilizado em

    todos os tipos de exames, exceto para radiografia odontolgica

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    panormica. Salientamos que a regio da tireide uma das partes do

    nosso corpo mais atingida pela radiao. [6]

    Figura 9: Protetor de tireide.[6]

    2.4. Equipamentos de Proteo Coletiva (EPC)

    Vidro Plumbfero: plumbfero importado, com espessura de 8mm,

    proporcionando total transparncia e perfeita visualizao. Conforme figura

    10. [6]

    Figura 10: Vidro Plumbfero.[6]

    Visor Plumbfero: fabricado em chapa de ao pintado revestido com

    chumbo, para utilizao em biombos de alvenaria. A moldura deve ser

    instalada na parede e o vidro pode ser removido para limpeza ou troca.

    Conforme figura 11. [6]

    Figura 11: Visor plumbfero.[6]

    Divisria Pumblifera: com revestimento interno de chumbo, em diversas

    opes de cores. Conforme figura 17.

    Utilizao: salas de raios-X que necessitem de proteo radiolgica. [8]

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    Figura 17: Divisria Pumblifera.[8]

    Porta em Ao: porta em chapa de ao, com batente de ao, fechadura em

    inox, dobradia em ferro polido com anis reforados, proteo interna em

    chumbo e acabamento para pintura. Conforme figura 18.

    Utilizao: Hospitais, clnicas e consultrios como barreira para raios-X. [6]

    Figura 18: Porta em ao.[6]

    Argamassa Baritada: com a composio de sulfato de brio de alto teor,

    areia, ligas de agregao e outros elementos minerais. Conforme figura

    19. [6]

    Figura 19: Argamassa baritada.[6]

    Lenol Plumbfero: de chumbo para revestimento de portas, paredes ou

    divisrias de salas de raios-X, com espessura e dimenses de acordo com

    a necessidade do cliente. Conforme figura 20. [6]

    Figura 20: Lenol plumbfero.[6]

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    Biombo Curvo: fabricado com chumbo laminado, acabamento em ao

    tratado e pintado, com rodzios para fcil locomoo e visor de vidro

    plumbfero de 7x13cm (Pb 1,92mm). Salientamos que os biombos mveis

    s devem ser utilizados em equipamentos transportveis, no sendo

    permitidos para aparelhos fixos. Conforme figura 21. [6]

    Figura 21: Biombo Curvo.[8]

    3. Visita a clnica radiolgica

    Ser realizada uma visita a clinica radiolgica Dimagem Unineuro Mdicos

    Associados S/C. Onde entrevistaremos o Dr. Paulo Takeu Kagaki CRM SP n

    78503 graduado em Cincias Mdicas em 1993 pela Unitau, especialista em

    radiologia, atualmente no setor de radiodiagnostico do Hospital Samaritano, com as

    seguintes perguntas:

    1- Quais os Equipamentos de Proteo Radiolgicos Individuais utilizados no seu

    trabalho?

    2- Quais as principais dificuldades enfrentadas pela sua equipe em relao ao uso

    do EPI?

    3- O senhor ou algum da sua equipe j recebeu o dosmetro com ndice de

    radiao acima do permitido pela legislao? Se ocorrer qual seria o

    procedimento adotado neste caso?

    4- Em media quantos exames de Raio x so realizados por dia que necessita a

    utilizao de algum EPI?

    5- utilizado em todos os pacientes o EPI? Como realizada essa abordagem?

    6- Quais os equipamentos de proteo radiolgica individuais mais utilizados nos

    pacientes?

    7- Quando o paciente uma criana tem algum procedimento diferenciado?Qual

    seria?

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    8- Em relao aos equipamentos de proteo coletiva, quais as informaes so

    passadas a equipe?

    9- Os pacientes e o pblico em geral recebem a informao que esto numa rea

    restrita? De que forma passada essa informao?

    10- O Doutor poderia nos deixar uma mensagem a respeito da importncia do uso

    do EPI e EPC?

    3.1. Resultados

    A clnica radiolgica visitada Dimagem Unineuro Mdicos Associados S/C,

    situada a Rua Dona Antonia, 636 Bairro Gopouva, no municpio de Guarulhos/SP,

    anexa ao Hospital Sade.

    A clnica tem como especialidade exames de raios-x contrastados, mamografia,

    ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonncia magntica nuclear, e

    toda a prestao de servios junto rea hospitalar anexa.

    A parte tcnica composta por um diretor tcnico responsvel (proprietrio da

    clnica), Doutor Marcos Duchene, formado e graduado em Medicina pela

    Universidade de So Paulo, nas especialidades de Psiquiatria e em Neurologia, e

    doutorado na Universidade de Paris/ Frana em Radiologia.

    1-Minha equipe utiliza diariamente os EPIs: dosmetro (pessoal), avental

    pumblfero, protetores de tireide e de rgos genitais, culos pumblferos.

    2-A minha equipe no oferece nenhum tipo de resistncia ao uso de EPIS, pois

    na admisso dos colaboradores, so treinados e informados das normas de

    segurana de cada servio, para evitarmos acidentes e exposio

    desnecessria aos nossos pacientes.

    3-No. Caso algum funcionrio ou mdico tenha seu dosmetro com o ndice de

    radiao acima do permitido naquele perodo, o colaborador afastado para

    outro departamento por perodo determinado.

    4- Todos necessitam de uso de algum EPI. Em mdia em cada servio so

    realizados 25 exames com uso EPI.

    5- Sim, o paciente reage muito bem a abordagem, pois sempre antes da

    realizao de cada exame de raios-X informamos que se trata de procedimento

    para sua segurana.

  • TNL. Kleber Porfrio

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    6- Os equipamentos mais utilizados so os aventais de chumbo (tanto para

    pacientes quanto para acompanhantes) e protetores de tireide e de gnadas.

    7- Quando o paciente uma criana, o procedimento tem sua ateno

    redobrada para no repetir exames desnecessrios, em alguns casos

    utilizado sedao leve para realizao desses exames.

    8- Com relao aos EPCS, a equipe est ciente que h proteo em todas as

    salas, as portas so revestidas e permanecem fechadas durante todo

    procedimento, a fim de proteger no s os demais pacientes, como o pblico

    em geral.

    9- So informados atravs de sinalizador em geral, no permitindo a circulao

    de pessoas dentro do setor de radiologia, somente pessoas que devem realizar

    os exames e em casos muito raros, acompanhantes.

    No local de trabalho existe a sinalizao (obrigatria pela Vigilncia Sanitria) e

    de acordo com a Portaria 453 do Ministrio da Sade (diretrizes de

    Radioproteo dos Servios Radiodiagnsticos).

    10-Todo servio de radiodiagnstico deve treinar bem os profissionais que iro

    atuar na rea de forma terica e prtica e mostrar a importncia dos EPI`s e

    EPCS. Todos devem conhecer as normas de radioproteo vigentes e saber

    que h fiscalizao, no s para a aplicao de multas como punio ao no

    cumprimento das normas, mas tambm para a prpria proteo do colaborador.

    O interesse do prprio colaborador em se proteger de radiao que pode ter

    efeitos estocsticos, caso as normas de segurana no forem rigorosamente

    seguidas.

    4. Discusso

    Foi observado na visita a Clinica que alguns procedimentos para uso dos

    equipamentos de proteo individual e coletiva estavam irregulares.

    esperado encontrar em uma Clnica de Radiologia, profissionais habilitados,

    qualificados e em quantidade suficiente para a realizao dos exames. Quanto aos

    instrumentos de trabalho, espera-se que estejam conservados e com suas

    respectivas manutenes em dia.

    Porm nesse caso, o encontrado foi diferente: faltam profissionais; os materiais

    de trabalho so precrios; existe um local improvisado para acondicionamento de

    alimentos e rpidas refeies prximas ao local onde so efetuadas os exames.

  • TNL. Kleber Porfrio

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    Sabendo que as radiaes ionizantes trazem muitos benefcios para a cincia

    mdica, e tambm para a rea industrial, nota-se que o uso inconsciente pode trazer

    prejuzos irreparveis para a sade de todos, no entanto sugerida uma proposta

    de otimizao.

    5. Proposta de Otimizao

    Os perodos de trabalho dos tcnicos que atuam no raio-X ultrapassam o

    limite estipulado de 24 horas semanais, correndo risco de super dosagem de

    radiao em um nico servio, podendo ocasionar futuros problemas,

    processos trabalhistas alm da fiscalizao pertinente. A reviso para

    contratao de colaboradores essencial para um bom desempenho dos

    processos e protege da super dosagem.

    As indicaes luminosas da incidncia de radiao nas salas de raios-x

    devem ser consertadas (uma simples troca de lmpada) assim sinalizar o

    momento da aplicao da radiao para os devidos exames, evitando assim a

    entrada de pessoas, tanto tcnicos como leigos nas salas de exames durante

    a exposio.

    A saleta situada na sala de exames de raios-x, no deve conter espcie

    alguma de alimentos, nem to pouco servir de local improvisado para

    refeies. Deve-se definir local distante da exposio de radiao para as

    refeies.

    Os chassis para a realizao dos exames de raios-x devem ser trocados para

    melhor realizao dos exames, o no fechamento adequado prejudica o

    exame, a imagem radiolgica e a exposio dos pacientes na repetio de

    exames desnecessrios.

    Detectouse falha na iluminao do colimador da ampola de raios-x, a

    mesma encontra-se queimada h aproximadamente uma semana, esta falha

    ocasiona super exposio dos pacientes sobre a radiao incidida, pois se

    trabalha com o colimador totalmente aberto.

    6. Concluso

    O uso das radiaes ionizantes, tanto para fins diagnsticos como teraputico,

    h certo risco para a sade.

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    Notamos que para desfrutar dos benefcios gerados por essa energia atmica

    sem que haja danos sade, se faz necessria prtica da radioproteo.

    Do ponto de vista de um profissional desta rea, no se expor, sempre se

    proteger da radiao, fazer uso dos EPIs e EPCs adequadamente, realizar

    monitorao individual e de rea periodicamente, obedecer s indicaes

    normativas a respeito das doses acusadas pelo dosmetro primordial. A

    responsabilidade da proteo do paciente, pblico e meio ambiente com a prtica do

    uso desses equipamentos, tambm do profissional de Radiologia. necessrio ter

    viso e analisar os cuidados, atender adequadamente os processos e

    procedimentos.

    Colocar em pratica o que foi estudado, observado na visita e dentro de sala de

    aula, conclumos que a dosimetria dentro da rea radiolgica se faz necessrio e at

    fundamental para que conseguimos realizar nosso trabalho corretamente sem por

    em risco nossas vidas e agir dentro das normas.

  • TNL. Kleber Porfrio

    16

    Referncia Bibliogrfica [1] BIRAL, A. R., Radiao Ionizante Para Mdicos Fsicos e Leigos. Florianpolis-SC: Editora Insular, 2002. [2] DIMEINSTEIN, R.; HORNOS, Y. M.M., Manual de Proteo Radiolgica Aplicada ao Radiodiagnostico. 2. ed. So Paulo-SP: Editora SENAC, 2001. [4] PORTARIA NMERO 453 DO MINISTRIO DA SADE. Diretrizes de Proteo Radiolgica em Radiodiagnstico Mdico e Odontolgico. Braslia. Dirio Oficial da Unio de 02 de junho de 1998.

    Referncias eletrnicas:

    [3] http://www.cnen.gov.br. Acesso em 13 de maro de 2010.

    [5] . Acesso em 11 de maro de 2010. [6] . Acesso em 13 de abril de 2010. [7] . Acesso em 15 de abril de 2010. [8]