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Uma simples coleção de informações sobre a magnetização remanescente ou remanente
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UNIPAMPA – CAÇAPAVA DO SUL
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE GEOFÍSICA
MÉTODO MAGNÉTOMÉTRICO
MAGNETIZAÇÃO REMANESCENTE
SETEMBRO/2015
Rafael Ubirajara Rocha Ferreira
INTRODUÇÃO
O presente trabalho faz uma breve revisão sobre a magnetização remanescente e sua
importância no tratamento e interpretação de levantamentos magnetométricos no Brasil,
que segundo os pesquisadores Cordani e Shukowsky “A componente remanescente das
anomalias magneticas tem afligido os geofísicos há bastante tempo, e ainda está longe
de ser resolvida a contento, haja vista os artigos referentes ao assunto que continuam a
aparecer ao longo dos últimos 30 anos, e.g. ´ Shurbet et al. (1976), Schnetzler & Taylor
(1984), Roest & Pilkington (1993), McEnroe & Brown (2000), Thurston (2001)”.
As informações foram compiladas de revista da área da geociência, documentos de
sites de universidades e livro geocientífico.
MAGNETIZAÇÃO REMANESCENTE OU REMANENTE
Segundo o Laboratório de Pesquisas em Geofísica aplicada da UFPR “A intensidade de
magnetização originada pelo campo magnético gerado pelos minerais é denominada de
magnetização remanente, ou remanescente, ou permanente” (LPGA, 2011). Toda rocha
possui uma pequena porcentagem de minerais magnéticos, que apresentam a capacidade
de adquirir magnetização remanente, adquirida durante a sua formação. A qual é
denominada de magnetização remanente primária (MRP) e pode adquirir magnetizações
posteriores a sua formação, chamada de magnetizações remanentes secundárias (MRS),
em decorrência de processos físicos e químicos. A magnetização da rocha é chamada de
magnetização remanente natural (MRN) e pode ser composta por uma ou mais
componentes que foram adquiridas de diferentes maneiras e em diferentes épocas
(Filho, 2014).
TIPOS DE MAGNETIZAÇÃO REMANENTE
O Centro de Pesquisa em Geofísica e Geologia (CPGG/UFBA) define de forma sucinta
os tipos de magnetizações remanentes em sua apresentação sobre o método Magnético
(Centro de Pesquisa em Geofísica e Geologia, 2004):
Magnetização remanente isotérmica (IRM): com a temperatura constante, a rocha é
exposta a um campo externo por um curto período de tempo, tais como aqueles
provocados pelo relâmpagos. São magnetizações localizadas, apresentam alta
intensidade e distribuem-se irregularmente.
Magnetização remanente viscosa (VRM): adquirida de forma secundária pela longa
exposição a um campo externo (como o da Terra).
Magnetização termo remanente (TRM): adquirida pelas rochas durante o
resfriamento a partir de uma temperatura superior a de Curie nas condições atmosféricas
normais, porém na presença de um campo externo.
Magnetização remanente deposicional ou detrítica (DRM): grãos de minerais
magnéticos com remanência adquirida previamente podem orientar-se com o campo da
Terra à medida que decantam permeando os sedimentos.
Magnetização remanente química ou de cristalização (CRM): esta magnetização é
adquirida quando ocorre a nucleação e o crescimento (ou recristalização) de finos grãos,
devido a certas reações químicas, abaixo da temperatura de Curie, sob a ação de um
campo ambiente.
Magnetização piezoremanente (PRM): geralmente adicional, é adquirida quando se
aplica ou retira tensões mecânicas sob a ação de um campo ambiente a temperatura
constante.
No livro Physical Properties of Rocks de J. H. Schön (Propriedades Físicas das Rcohas
)Mostra a equação e uma tabela com a magnetização remanescente de algumas rochas,
que podem ser descritas pela razão de Koenigsberger, que é dada pela equação:
Onde, Mr é a magnitude (natural) da magnetização remanescente (por unidade de
volume), κ é a susceptibilidade de volume, H representa a magnitude do campo
magnético da Terra e Mi é a magnetização induzida.
Tabela 1 – Razão de de Koenigsberger para algumas rochas.
A PECULIARIDADE DO CAMPO MAGNÉTICO BRASILEIRO
No Brasil a componente da magnetização remanescente ou remanente, recebe maior
atenção devido às particularidades de seu campo. Renato Cordani e Wladimir
Shukowsky mostram em seu artigo publicado na RBGF em 2009, “Magnetização
remanescente: um parâmetro crucial para a interpretação e modelamento de anomalias
magnéticas em território brasileiro”. Que o campo magnético brasileiro é peculiar por
ser cerca de três vezes menor que Canadá ou Austrália. Além de mais fraco, há uma
dificuldade adicional: ao contrário do Canadá e Austrália, que estão situados próximo
aos pólos magnéticos, onde a inclinação magnética é em torno de 70°, o Brasil situa-se
próximo ao equador geomagnético, onde a inclinação magnética é baixa. Por esta razão
muitos geofísicos no Brasil possuem dificuldades em interpretar as anomalias
magnéticas corretamente. Então, como forma de solucionar este problema os autores
propõem a utilização da fórmula de “Máx-Min”, que é o cálculo da magnetização total
da anomalia combinado com a retirada da componente induzida através da metodologia
VPMA – Virtual Pole from Magnétic Anomaly. Esta metodologia permitiu aos autores
concluírem que, a magnetização remanescente deve ser considerada com informação e
não como empecilho na interpretação das anomalias magnéticas brasileiras.
BIBLIOGRAFIA Centro de Pesquisa em Geofísica e Geologia, (. (06 de 2004). CPGG UFBA. Acesso em 11 de
2015, disponível em http://www.cpgg.ufba.br/sato/cursos/geo046/geo046-06-mag.pdf
Cordani e Shukowsky, R. C. (2009). Magnetização remanescente: um parâmetro crucial para a
interpretação e modelamento de anomalias magnéticas em território brasileiro. RBGF
(Revista Brasileira de Geofísica), 659-667.
Filho, M. S. (11 de 2014). O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG).
Acesso em 09 de 2015, disponível em
http://www.iag.usp.br/~agg110/moddata/GEOMAGNETISMO/Magnetizacoes%20rem
anentes.pdf
LPGA, L. d. (06 de 2011). Acesso em 09 de 2015, disponível em Laboratório de Pesquisas em
Geofísica Aplicada UFPR:
http://www.cartografica.ufpr.br/docs/FRANCISCO/Mag_Teoria.pdf
Schön, J. H. (2011). Physical Properties of Rocks - A Workbook. Oxford: Elsevier .