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7/21/2019 RAIO X01 http://slidepdf.com/reader/full/raio-x01 1/83 ipen AUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ELABORAÇÃO DE UM PROCEDIMENTO PARA CONTROLE DE QUALIDADE EM SISTEMAS DE RADIODIAGNÓSTICO ODONTOLÓGICO PAULA SERRA SASAKI ANDRADE Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre em Ciências na Área de Tecnologia Nuclear -Aplicações. Orientadora: Dra. Maria da Penha Albuquerque Potiens São Paulo 2007

RAIO X01

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ipenAUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ELABORAÇÃO DE UM PROCEDIMENTO PARA

CONTROLE DE QUALIDADE EM SISTEMAS

DE RADIODIAGNÓSTICO ODONTOLÓGICO

PAULA SERRA SASAKI ANDRADE

Dissertação apresentada como parte dosrequisitos para obtenção do Grau deMestre em Ciências na Área de TecnologiaNuclear - Aplicações.

Orientadora:Dra. Maria da Penha Albuquerque Potiens

São Paulo

2007

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INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES

Autarquia associada à Universidade de São Paulo

ELABORAÇÃO DE UM PROCEDIMENTO PARA

CONTROLE DE QUALIDADE EM S ISTEMAS DE

R A D I O D I A G N Ó S T I C O O D O N T O L Ó G I C O

Paula Serra Sasaki Andrade

D i s s e r t a ç ã o a p r e s e n t a d a c o n n o

p a r t e d o s r e q u i s i t o s p a r a o b t e n ç ã o

do Grau de IV les t re em Ciênc ias na

Á r e a d e Te c n o l o g i a N u c l e a r -

A p l i c a ç õ e s .

O r i e n t a d o r a :

Dra . IV la r ia da Penha A lbuquerque

P o t i e n s

São Paulo

2007

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Dedicatoria

Ao Marcos,

Aos meus pais,

e a Deus

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Agradecimentos

Agradeço a minha or ientadora Dra. Maria da Penha Albuquerque Pot iens pela

amizade, por sua dedicação na or ientação deste t rabalho, pela paciência e pelos

conhec imentos adqui r idos para minha formação c ient í f ica .

Dra. Linda V. E. Caldas pela opor tun idade de ingressar nes ta nova área.

Dr. Vitor V ivólo pelas cont r ibu ições para o desenvolv imento des te t raba lho.

Dr. Reynaldo Pugl iesí por disponibi l izar o laboratór io do seu grupo de pesquisa.

Ao IPEN pela opor tun idade para o desenvolv imento des te t raba lho.

Aos co legas do LC I que sempre me receberam com car inho.

A minha m ãe e m e u pai pelo incent ivo e apoio durante mais esta etapa da minha

vida.

Espec ia lmente ao meu M arco s pelo apo io , incent ivo , ded icação, compreensão e

ac ima de tudo pe lo seu amor durante todos esses anos.

A todos que, de a lgum modo, tenham par t ic ipado d i re ta ou ind i re tamente nareal ização deste t rabalho.

E acima de tudo e todos a Deus, por mais esta etapa vencida.

Paula Sasakl

I I I

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E L A B O R A Ç Ã O D E U M P R O C E D IM E N T O P A RA

CONTROLE DE QUALIDADE EM S ISTEMAS DE

R A D I O D I A G N Ó S T I C O O D O N T O L Ó G I C O

Paula Serra Sasaki Andrade

R E S U M O

O t raba lho apresenta uma metodolog ia para ap l icação de procedimentos de

referênc ia , seguindo as recomendações da Por tar ia Federa l n° 453 do Minis tér io

da Saúde (PF 453) , para cont ro le de qua l idade em s is temas de rad iod iagnóst ico

odonto lóg ico, que possa ser ap l icada em consu l tór ios odonto lóg icos , v isando uma

melhor ia na qua l idade da imagem rad io lóg ica e a d iminu ição da dose no pac iente .

Foram rea l izados tes tes em um equipamento de ra ios X in t rabuca l , segu indo umametodologia desenvolv ida neste t rabalho e os requis i tos da PF 453. Foi

desenvolv ido neste t rabalho um objeto teste (objeto s imulador) para a ver i f icação

da melhor qua l idade de imagem em re lação ao menor tempo de expos ição. A

ut i l ização deste objeto permit iu a redução do tempo de exposição de 0,5 s, maior

valor da região l inear da curva caracter ís t ica, para 0,2 s. O s is tema de raios X

tes tado a tendeu de manei ra sat is fa tór ia à norma, des tacando que a dose de

ent rada na pe le d iminu iu com o uso de pos ic ionadores , mas o tamanho do campo

aum entou e u l t rapassou o va lor máx imo de 6cm reco me nda do nes ta portaria A

impor tânc ia do cont ro le de qua l idade em s is temas de rad iod iagnóst ico

odontológico é ev idenciada pelo uso rot ineiro da radiação X nos consul tór ios

odonto lóg icos . A PF 453 recomenda a rea l ização dos tes tes de constânc ia com

f reqüênc ia mín ima de 2 anos, porém sugere-se que o própr io pro f iss iona l ,

c i rurg ião-dent is ta , implemente seu cont ro le in terno da qua l idade das rad iograf ias

obt idas em seu apare lho. I s to poderá ser executado por meio de expos ições

mensa is do ob je to tes te (ob je to s imulador ) dese nvolv ido nes te t raba lho.

I V

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QUALITY CONTROL PROCEDURES OF DENTAL

DIAGNOSTIC RADIOLOGY SYSTEMS

Paula Serra Sasaki Andrade

A B S T R A C T

This work presents qual i ty contro l re ference procedures for denta l d iagnost ic

radio logy systems, fo l lowing the recommendat ions of the Publ icat ion 453 of the

Brazil ian Health Ministry (PF 453), to be applied in dental cl in ics, in order to

achieve an improvement in the radio log ica l image qual i t ies and the pat ient dose

reduction. All tests were applied in an intraoral X rays system, fol lowing the

methodology developed and the requirements of the PF 453. In order to ver i fy the

best quality of the image in relat ion to the smaller exposit ion t ime an object test

was a lso developed in th is work. The use of th is object a l lowed the reduct ion of

the exposi t ion t ime of 0 .5 seconds, the maximum value of the l inear reg ion of the

character ist ic curve, for 0 .2 seconds. The tested X rays system showed a very

good agreement with the appl ied procedures, detaching the reduct ion of the skin

entrance dose using the f i lm-hold ing devices. However, the s ize of the f ie ld

increased and exceeded the maximum va lue o f 6cm recommended in the

standard. The importance of the qual i ty contro l in denta l d iagnost ic rad io logy

systems is essential due to the constant use of X radiat ion in dental cl in ics. The

PF453 recommends the f requency of a t least two years for the constancy tests.

However, i t is suggested that the professional , surgeon-dent ist , should be

responsible for the internal control of the image quality obtained from the X rays

device. This can be done through month ly exposures of the object test developed

in this work.

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S U M A R I O

1 . I N T R O D U Ç Ã O 1

1.1 Histór ico sobre a ut i lização dos raios X em odo ntolog ia 41.2 Re spo nsa bi l idad es do s prof iss ionais na área odo ntológ ica 7

2. F U N D A M E N T O S 8

2.1 Ra ios X 8

2.1.1 Prod ução 8

2.1.2 Apa re lhos de ra ios X odonto lóg icos 9

2.1.3 Rad iologia odo ntológ ica 15

2.2 Gran dezas e un idad es em dos imet r ia e rad ioproteção 16

2.2.1 Exp osição 16

2.2.2 Dose abso rv ida 17

2.2.3 Kerm a 17

2.2.4 Dose de entra da na pele (DEP ) 18

2.2.5 Dose equ ivalen te 182.2.6 Do se efet iva 18

2.3 Efei tos bio lóg icos da radiação 18

2.4 Cont ro le de qua l idade em rad iod iagnóst ico 20

2.4 .1 Form ação da ima ge m rad iográf ica 21

2.4 .2 Fatores de expo s ição da imagem 22

2.4.3 Cr i tér ios de qu al ida de para ima gen s radiográ f icas 23

2.4.4 Mé todo s para redu ção da dos e no pacien te 24

2.5 Norm as e recom end açõ es 25

2.5.1 Portar ia Federal n° 453 do Minis tér io da Saúde, Secretar ia de Vigi lância

Sani tár ia 25

2.5.2 Nat ional Counci l on Radiat ion Protect ion and Measurements, report

145: Ra diat ion Pro tect io n in De nt istry 27

2.5.3 European guidel ines on radiat ion protect ion in dental radiology - The

safe use of rad iog rap hs in de nta l prac t ice. Issue N ° 136 28

2.5.4 Protoco lo Espa ñol de Cont ro l de Cal idad en Rad iod iagnóst ico 28

V I

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3 . M AT E R I A IS E M É T O D O S 31

3.1 Sistema de radiaçã o - X 31

3.2 Inst rume ntos de me dida 31

3.2 .1 Tem po de expo s ição 31

3.2.2 Ke rma no ar 32

3.2.3 Te nsã o de pico (kVp) 33

3.3 Fi lmes radiog ráf icos 33

3.4 Abso rvedores de a lum in io 34

3.5 Po sic ionad ores 35

3.6 Ma ter ia is para objeto teste 35

3.7 Incerte zas 36

4 . R E S U L T A D O S E D I S C U S S Õ E S 37

4.1 Determ inação da cam ada semi- redutora (CSR) 37

4.1.1 Pr imeiro arranjo exp er im en tal 37

4.1 .2 Seg undo ar ran jo expe r imen ta l 41

4.2 Tensã o de p ico 444 .3 Tam anho de cam po 45

4.4 Reprodu t ib i l idade do tem po de expos ição e da taxa de kerma no ar 47

4.5 L inear idade da taxa de kerma no ar com o temp o de expo s ição 50

4.6 Dose de en trada na pele (DEP ) 54

4.7 Padrão de imagem rad iográf ica : desenvolv imento de um ob je to tes te

(s imulador) 55

4.8 Integr idade da s ves t ime ntas de proteçã o indiv idual 60

5 . C O N C L U S Õ E S 6 3

6 . RE F E RÊ NCI AS 65

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3 . M AT E R I A IS E M É T O D O S 31

3.1 Sistema de radiaçã o - X 31

3.2 Inst rume ntos de me dida 31

3.2 .1 Tem po de expo s ição 31

3.2.2 Ke rma no ar 32

3.2.3 Te nsã o de pico (kVp) 33

3.3 Fi lmes radiog ráf icos 33

3.4 Abso rvedores de a lum in io 34

3.5 Po sic ionad ores 35

3.6 Ma ter ia is para objeto teste 35

3.7 Incerte zas 36

4 . R E S U L T A D O S E D I S C U S S Õ E S 37

4.1 Determ inação da cam ada semi- redutora (CSR) 37

4.1.1 Pr imeiro arranjo exp er im en tal 37

4.1 .2 Seg undo ar ran jo expe r imen ta l 41

4.2 Tensã o de p ico 444 .3 Tam anho de cam po 45

4.4 Reprodu t ib i l idade do tem po de expos ição e da taxa de kerma no ar 47

4.5 L inear idade da taxa de kerma no ar com o temp o de expo s ição 50

4.6 Dose de en trada na pele (DEP ) 54

4.7 Padrão de imagem rad iográf ica : desenvolv imento de um ob je to tes te

(s imulador) 55

4.8 Integr idade da s ves t ime ntas de proteçã o indiv idual 60

5 . C O N C L U S Õ E S 6 3

6 . RE F E RÊ NCI AS 65

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L ISTA DE F IGURAS

FIGURA 1 . 1 - 0 f ís i co a lemão Wi lhe lm Conrad Roen tgen e a rad iog ra fia da

mão de sua esposa 5

FIG UR A 1.2 - A pr imeira radiograf ia dentár ia obt ida pelo Dr. Ot to W alkho f f 5

FIGUR A 2.1 - Esq uem a genér ico de um apare lho de ra ios X 8

FIGURA 2.2 - Exemplo qual i tat ivo de espectros de raios X emit idos para

vár ias tensõ es de ace leração ent re anodo e cátodo 9

FIGURA 2.3 - a) Esquema genér ico de um tubo de ra ios X odonto lóg ico; b)Esquema genér ico de uma ampola de ra ios X odonto lóg ico; c ) Tubo de ra ios

X ut i l izado no t rabalho; d) Ampola t ip icamente ut i l izada em aparelhos

odonto lóg icos 10

FIGURA 2.4 - Fi l t ro de alumínio ut i l izado em aparelhos de raios X

odonto lóg icos 11

FIGURA 2.5 - Co l imador de chumbo ut i l i zado em apare lhos de ra ios X

odonto lóg icos 12

FIG UR A 2.6 - Ci l indro local izado r ut i lizado em aparelho s de raios X de 70 kV 13

FIGURA 2.7 - Cont ro le do tempo de expos ição e cabo de conexão com o

aparelho 14

FIGUR A 2.8 - Sup or tes d isponíve is para apare lho s odon to lóg icos 14

FIGURA 2.9 - Geometr ia ideal para a real ização de radiograf ias ut i l izando a

técnica do para lel ism o 15FIGURA 2.10 - Geometr ia ideal para a real ização de radiograf ias ut i l izando a

técnica da bisset r iz 16

FIGURA 2.11 - Pr imei ros casos de câncer nas mãos de médicos , re la tados

em 1907 19

FIGURA 2.12 - Fi lme radiográf ico ut i l izado no t rabalho: a) Face exposta aos

ra ios X e para aber tura ; b) Seqüê nc ia de acom oda ção in terna; c ) Capa

prote tora , pe l ícu la , lâmina de chum bo e papel 21

FIGURA 2.13 - Câmara escura por tát i l ut i l izada para revelação de f i lmes

int rabucais 22

V l l l

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FIGURA 3.1 - Aparelho de raios X Dabi At lante, Spectro 70X, selet ronic, com

70 kV, 8 m A e f i lt ração nom inal total equ ivalente a 2,71 m m Al 31

FIGURA 3.2 - Detec tor de tempo de expos ição marca Fabin jec t ca l ib rado

pelo lEE/US P 32

FIGURA 3.3 - Cámara de ion ização marca Gammex, modelo RMI 242, e

ca l ib rada em termo s de kerma no ar ( iPEN /CN EN -SP) 32

FIGU RA 3.4 - Me didor de qu i lovo l tagem (kVp) , marca Unfors , e ca l ib rado

conforme cer t if icado do lEE/US P 33

FIGURA 3.5 - F i lmes rad iográf icos para a determinação do tamanho de

cam po ( fe ixe út il ) de apa relho s de raios X 34FIGURA 3.6 - P lacas de a lumín io , com 1 mm de espessura cada,

pos ic ionadas para a determinação da camada semi- redutora (CSR) do fe ixe

de raios X 34

FIGUR A 3.7 - Pos ic ionad or u t i li zado f requen temen te na prá t ica odonto lóg ica,

ut i l izado para f ixar f i lmes radiográf icos e al inhá- los com o local izador dos

apa relhos de raios X 35

FIGURA 4.1 - Ar ran jo exper imenta l u t i l i zado para a medição da camada

semi- redutora ; a) sem absorvedor de a lumín io ; b) com absorvedor de

alumínio 38

FIGU RA 4.2 - Resu l tados obt idos de kerma no ar em função da esp essura

de a lumín io , na sér ie 1 , para a determinaç ão da CSR (média = 2 ,37±0,11 mm

Al) , por meio da função expon enc ia l a jus tada aos pontos expe r imenta is 39FIGU RA 4.3 - Resu l tados obt idos de kerma no ar em função da e spessura

de a lumín io , na sér ie 2 , para a determinaç ão da CSR (média = 2 ,410±0,019

mm Al ), por meio da função exponen c ia l a jus tada aos pontos exper imenta is . . . 39

I X

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FIGURA 4.4 - Resu l tados obt idos de kerma no ar em funçã o da espe ssura

de alumínio, na sér ie 3, para a determinação da CSR (média = 2,26±0,06 mm

Al), por me io da função expo nen c ia l a jus tada aos pontos expe r imenta is 40

FIGURA 4.5 - Ar ran jo exp er imen ta l u t il izado para a me dição da cam ada

sem i-redutora, seg un do a RE n° 64 42

FIGUR A 4.6 - Resu l tados obt idos de kerma no ar em função da espessu ra

de a lumín io obt ido para a determinação da CSR (média = 2 ,21±0,05 mm Al ) ,

por meio da função expo nen c ia l a jus tada aos pontos expe r imenta is 43FIGURA 4.7 - Arranjo exper imental ut i l izado para a medida de kVp: a) sem

pos ic ionador DFF = 20 cm ; b) com pos ic ionador DFF = 27,5 cm 44

FIGURA 4.8 - Ar ran jo exper imenta l u t i l i zado para a determinação do tamanho

de campo: a) DFF = 20 cm com local izador; b) DFF = 27,5 cm com

local izador 46

FIGUR A 4.9 - Ar ran jo ex per ime nta l u t i li zado para a med ição da

reprodut ib i lidade do tem po de expos ição sem pos ic ionador (DFF = 20 cm) 47

FIGUR A 4.10 - Ar ran jo ex per ime nta l u t i li zado para a med ição do kerm a no ar

para DFF = 20 cm e 27,5 cm 48

FIGURA 4.11 - Teste de l inear idade do s is tema de raios X, kerma no ar em

função do tempo de expo s ição nom ina l , com DFF = 20 cm (sér ie 1) 51

FIGURA 4.12 - Teste de l inear idade do s is tema de raios X, kerma no ar em

função do tempo de expos ição nomina l , com DFF = 27,5 cm (sér ie 1 ) 51

FIGURA 4.13 - Teste de l inear idade do s is tema de raios X, kerma no ar em

função do tempo de expo s ição nom ina l , com DFF = 20 cm (sér ie 2) 52

FIGURA 4.14 - Teste de l inear idade do s is tema de raios X, kerma no ar em

função do tempo de expo s ição nom ina l , com DFF = 27,5 cm (sér ie 2) 52

FIGURA 4.15 - Teste de l inear idade do s is tema de raios X, kerma no ar em

função do temp o de expo s ição nom ina l , com DFF = 20 cm (sér ie 3) 53

FIGURA 4.16 - Teste de l inear idade do s is tema de raios X, kerma no ar emfunção do tempo de expo s ição nom ina l , com DFF = 27,5 cm (sér ie 3) 53

FIGUR A 4.17 - Gráf ico u t i li zado para a determinação do fa tor de

ret roespalham ento, para DF F=2 0 cm e 27,5 cm , para uma CS R de 2 ,21 cm 54

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FIGURA 4.18 - Placa de acr í l ico, p lacas de alumínio per furadas, que foram

sobre posta s para con fecçã o do objeto teste, e a base de alum ínio 56

FIGUR A 4.19 - Obje to tes te desenvolv ido para ava l ia r a qua l idade da imagemradiográf ica , composta de uma p laca de a lumín io per furada, com d iâmet ros e

profund idade s di feren tes recoberta por acr í l ico 57

FIGUR A 4.20 - Curva de temp o de expos ição carac ter ís tica do f i lme

ektaspeed, Koda k 58

FIGURA 4.21 - Imagens do objeto teste i r radiado em intervalos de tempo de

0,1 a 0,5 se gu nd os 59

FIGURA 4.22 - Aventais de proteção indiv idual testados: (a) avental deborracha plum bí fera e (b) aven tal de chu m bo 60

FIGURA 4.23 - Arranjo ut i l izado para detecção de t r incas em vest imentas

plumbí fera 61

FIGURA 4.24 - Imagem da uma t r inca detec tada na inspeção da

vest imenta 61

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L I S T A DE T ABE L AS

TABELA 4.1 - Resu l tados obt idos da CSR em a lumin io u t i l i zando as duas

me todolog ias : grá f ico e fórmula 41

TABELA 4.2 - Resu l tados obt idos da CSR ut i l i zando as duas metodolog ias :

gráf ico e fórm ula, seg uind o a RE n° 64 43

TA BEL A 4.3 - Va lores obt idos para a tensão de p ico para 20 cm e 27,5 cm.

Tensão nom ina l 45

TABELA 4.4 - Va lores de tamanho de campo obt idos u t i l i zando quat ro

arranjos di feren tes 46TABELA 4.5 - Va lores obt idos de tempo de expos ição (DFF = 20 cm) do

sistema de raios X Dabi At lante de 70 kV/8 mA, ut i l izando-se detector

Fabinject 49

TAB ELA 4.6 - Va lores obt idos de kerma no ar (K) e respect ivos temp os de

exposição (At) para DFF = 20 cm s is tema de raios X Dabi At lante de 70 kV/8

mA, com a câm ara de ion ização do med idor Ga mm ex 49

TAB ELA 4.7 - Va lores o bt idos de kerma no ar (K) e respect ivos temp os de

exposição (At) para DFF = 27,5 cm s is tema de raios X Dabi At lante de 70 kV/8

mA, com a câm ara de ion ização com o med idor Ga mm ex 50

TAB ELA 4.8 - Va lores de dose de ent rada na pe le (DEP) a par ti r dos

resul tados obt ido s de kerm a no ar , para DFF = 20 cm 55

TAB ELA 4.9 - Va lo res de dose de ent rada na pe le (DEP) a par t ir dos

resul tados obt ido s de kerm a no ar , para DFF = 27,5 cm 55

X I I

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1 . I N T R O D U Ç Ã O

As pr inc ipais fontes de dose de radiação para a população são

or iundas das radiações naturais e das ar t i f ic ia is ut i l izadas na área de saúde\ No

mundo são rea l izadas em torno de 2 mi lhões e 500 mi l expos ições para

d iagnóst icos por ano, dent re os qua is 78% são provenientes de ra ios X médicos ,

2 1 % de odonto lóg icos e 1 % de exam es na área de med ic ina nuc lear^ ^. As doses

absorv idas dev ido a exames rad io lóg icos podem ser cons ideradas pequenas emre lação a out ros procedimentos , como por exemplo, à rad io terap ia , e

normalmente não oferecem r iscos para a indução de efei tos determiníst icos. No

entanto , em a lguns t ipos de exames rad io lóg icos es tas doses podem ser

s ign i f ica t ivas , mesmo quando executados por pro f iss iona is t re inados e apare lhos

modernos. Este fato indica a necessidade de apl icação de testes de controle de

qual idade adequados ' * .

Nas ú l t imas décadas houve um aumento s ign i f ica t ivo na preocupação

mundia l com as doses de rad iação provenientes dos exames rad io lóg icos em

geral , inc lu indo os odonto lóg icos . I s to pode ser observado em publ icações da

Agênc ia In ternac iona l de Energ ia Atômica ( IAEA) , como a TEC-DOC 796

' 'Radiation d oses in diagnostic radiology a nd methods for doses reduction",

publ icad a em abr i l d e l 995^. No ano segu inte fo i pub l icado o Protocolo Espanhol

de Controle de Qualidade em Radiodiagnóstico. Na sua 2^ rev isão, em 2002, este

documento es tabe leceu c r i té r ios para cont ro le de qua l idade em equipamentos de

radiodiagnóst ico, inc lus ive odontológico, que contr ibuam para o uso ef ic iente das

rad iações ion izantes , permi t indo a obtenção de imagens de a l ta qua l idade

diagnóst ica com menor r isco aos pacientes e aos prof iss ionais da área^.

Com o mesmo ob je t ivo fo i pub l icado pe la Comunidade Européia em

2004 o "European guidelines on radiation protection in dental radiology :The safe

use of radiographs in dental prac tice", N° 136^ . Este documento fornece um gu iaprát ico de proteção radiológica para prof iss ionais dent is tas, assis tentes e

membros do púb l ico , baseado em duas d i re t r izes da União Européia . A pr imei ra é

a "Di rec t ive 96/29/Euratom" , de 13.05.1996, sobre a pro teção da saúde dos

prof iss ionais e públ icos em geral aos danos causados pela radiação ionizante. A

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segunda, "D i rec t ive 97/43/Euratom" de 30.06.1997, sobre a pro teção ind iv idua l

aos danos causados pe la rad iação ion izante em re lação às expos ições médicas .

Todas as medidas adotadas nes te documento v isam não somente ev i tar

expos ições desnecessár ias e excess ivas , mas também fornecer qua l idade e

ef icácia no uso da radiação na medic ina^.

O National Counc il on Radiation Protection (NCRP) na sua pub l icação

145 de 2003, Radiation Protection in Dentistry^, faz 109 recomendações

re lac ionadas à min imização dos r iscos da rad iação nos procedimentos

radiográf icos dentais . O pr inc ipal objet ivo é a redução da exposição aos

pacientes, t rabalhadores e indivíduos do públ ico ut i l izando o pr inc ip io "ALARA"(as low as reasonably achievable), tão ba ixo quanto razoave lmente exeqüíve l ,

que a pub l icação in terpre ta como sendo uma redução ad ic iona l ás doses que já

estão abaixo dos l imi tes estabelec idos. A intenção é el iminar toda exposição à

radiação que pode ser ev i tada^.

Na odonto log ia ver i f ica-se, nos ú l t imos anos, um aumento na u t i l i zação

da rad io log ia dev ido ao desenvolv imento tecno lóg ico dos ins t rumentos e a

necess idade de se obter d iagnóst icos cada vez mais prec isos . A lém d isso, no

Brasi l , es te aumento também leva em cons ideração que a condição soc io

económica impede o acesso de par te da população a t ra tamentos odonto lóg icos

part iculares e especial izados. Portanto, ao longo dos úl t imos anos surgiram

mui tos convênios odonto lóg icos , que o ferecem t ra tamentos por um cus to mensal

relat ivamente baixo. Is to gerou um aumento s igni f icat ivo de pacientes em muitos

consu l tór ios , cu jos pro f iss iona is ace i tam as condições impostas pe las empresas

que admin is t ram es tes convênios cons iderando que o número de pro f iss iona is na

área odonto lóg ica vem crescendo a cada ano, d iminu indo a o fer ta de vagas no

mercado de t raba lho, dev ido ao grande número de facu ldades de odonto log ia no

país. Para controlar o grande número de conveniados e ver i f icar a real ização dos

t ra tamentos , conforme condições pré-es tabe lec idas em cont ra to , a empresa

administ radora exige que o prof iss ional em odontologia faça uso de radiograf ias

in t rabuca is antes e após cada t ra tamento, apenas para comprovar a necess idadee a conc lusão do mesmo, acar re tando um aumento s ign i f ica t ivo do número de

radiograf ias int rabucais real izadas no Brasi l^.

Em 1998 o Minis tér io da Saúde publ icou a Portar ia Federal 453^° (PF

453) aprovando o Regulamento Técn ico que es tabe lece as d i re t r izes bás icas de

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proteção rad io lóg ica em rad iod iagnóst ico médico e odonto lóg ico e d ispõe sobre o

uso dos raios X diagnóst icos em todo o terr i tór io nacional . Esta por tar ia

es tabe lece que os serv iços de saúde devem implantar o Programa de Garant ia da

Qual idade que compreendam a execução do cont ro le de qua l idade dosequipamentos e do cont ro le de procedimentos , es tabe lecendo as f reqüênc ias com

que devem ser rea l izados. A lém d isso, es ta por tar ia es tabe lece que os

ins t rumentos para medição de n íve is de rad iação devem ser ca l ib rados a cada

dois anos em laboratór ios c redenc iados, ras t reados à rede nac iona l ou

internacional de metrologia das radiações ionizantes, nas qual idades de fe ixes de

ra ios X d iagnó st icos .

Para isso, o Laboratór io de Cal ibração de Inst rumentos (LCI) do IPEN

possui um s is tema de re ferênc ia composto por duas câmaras de ion ização, uma

para medidas do fe ixe direto e out ra para medidas de fe ixe espalhado, um

elet rômet ro para a conexão das câmaras , e um s is tema de rad iação-X, da marca

Pantak/Sei fer t , onde fo i possível estabelecer campos padrões de radiação^^

segundo a norma lEC 61267^^, para a ca l ib ração dos ins t rumentos de medida

ut i l i zados em rad iod iagnóst ico .A crescente ut i l ização da radiologia diagnóst ica em odontologia tem

fei to com que vár ios estudos sejam real izados com relação às doses e ao controle

da ut i l ização destes inst rumentos^" ' '^^. No Brasi l a lguns estudos vêm sendo

rea l izados, pr inc ipa lmente com re lação à pro teção rad io lóg ica em s is temas de

radiologia odontológica^' '^^. Entretanto, a inda não existe um programa de controle

de qua l idade efe t ivo na área odonto lóg ica que s iga todos os parâmet ros def in idos

na Portar ia Federal 453^°, que contr ibua para a qual idade da imagem radiológica

e d iminu ição da dose. Na área médica fo i pub l icado, em 2003, um gu ia de

procedimentos para segurança e qua l idade de imagem em rad iod iagnóst ico , que

estabe lece procedimentos especí f icos para equ ipamentos de ra ios X

convenc iona is , mamógrafos , com f luoroscopia e tomógrafos computador izados^^.

A Agênc ia In ternac iona l de Energ ia Atômica ( lAEA) es tá f ina l izando um código de

prát ica onde, a lém da recomendação do uso da norma lEC 61267 para os

laboratór ios , es tabe lecerá procedimentos especí f icos para ap l icação em cada

área do radiodiagnóst ico, inc lu indo o odontológico^°.

O ob je t ivo des te t raba lho é a e laboração de um procedimento de

referênc ia , seguindo as recomendações da PF453^°, para cont ro le de qua l idade

3

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em s is temas de rad iod iagnóst ico odonto lóg ico, que possa ser ap l icado nas

c l ín icas de odonto log ia , v isando uma melhor ia na qua l idade da imagem

radiológica e a dimin uição da dose no pac iente. É impo rtante destaca r que estesprocedimentos também poderão aux i l ia r a aná l ise dos laudos técn icos emi t idos

por especial is tas em f ís ica de radiodiagnóst ico, bem como a f iscal ização, por

técn icos da Agênc ia N ac iona l da V ig i lânc ia Sani tária (A NV ISA) .

1 .1 Histór ico sobre a ut i l i zação dos raios X em odontologia

Em 8 de novembro de 1895 o f í s ico a lemão Wi lhe lm Conrad Roentgen

(1845-1923) se ocupava com a observação da condução de e le t r ic idade at ravés

de um tubo de Crookes no seu laboratór io , na Univers idade de Wurzburg, na

Alemanha. Nas prox imidades do tubo de vácuo hav ia uma te la cober ta com

plat inocianeto de bár io, sobre a qual se projetava uma inesperada luminosidade,

resul tante da f luorescência do mater ia l . Foi então que resolveu colocar sua mão

na frente do tubo, vendo seus osso s pro je tados na te la . Roentge n obs ervav a, pe la

pr imei ra vez , aqu i lo que passou a ser denominado ra ios X^\ Em seguida

Roentgen rad iografou a mão de sua esposa, conforme FIG. 1 .1 . Es ta descober ta

t rouxe benef íc ios tanto para a medic ina quanto para a odontologia, pois a

rad iograf ia tornou-se um exame complementar de ex t rema impor tânc ia para

d iagnóst icos , t ra tamentos e prognóst icos de qua l idade.

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FIGURA 1.1 - O f í s ico a lemão Wi lhe lm Conrad Roentgen e a radiograf ia da mão

de sua esposa^V

Vinte d ias após a descober ta dos raios X por Wi lhe lm Conrad

Roen tgen , o Dr. Otto Walkhof f real izou a pr imeira radiograf ia dentár ia, expondo

sua própr ia boca durante 25 minutos^^^^, mostrada na FIG. 1.2.

•KJ///>.^_Í'»/Í..„./.A.'. ••' i .lft

F I GU R A 1.2 - A pr imeira radiograf ia dentár ia obt ida pelo Dr. Otto Walkhof f^ '

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No ano seguin te , com as pesquisas rea l izadas pe lo Dr . Edmund Kel ls

os raios X tornaram-se indispensáveis ao diagnóst ico odontológico^^'^ ' * .

Com a f ina l idade de rea l izar es tudos e pub l icar recomendações sobre

grandezas e unidades de radiação para apl icação em radiologia c l ín ica e

radiobiología, fo i cr iado em 1925, no Pr imeiro Congresso Internacional de

Radio logía em Londres , a International Com mission on Radiological Units and

Measurements ( ICRU) . E em seguida, no Segundo Congresso In ternac iona l de

Radiología fo i cr iada a International C ommission on Radiological Protection

( ICRP) , que recomenda l im i tes de doses re la t ivos à expos ição à rad iaçãoionizante para t rabalhadores e públ icos em geral^^.

Em 1898 o Dr. José Car los F. Pires fo i o pr imeiro brasi le i ro a adquir i r

um aparelho de raios X odontológico, e em 1913 o Dr. Antonio Lima Net to,

juntamente com o Dr. Car los Newlands in ic iaram o uso dos raios X na prát ica

odonto lóg ica. O ens ino da rad io log ia odonto lóg ica teve como p ione i ros os

professores Cyro de Andrade e Car los Newlands em 1932, e es te ú l t imo publ icou

o pr imeiro l ivro de radiología dentár ia em 1937, segundo Frei tas e out ros^^.

A baixa qual idade das radiograf ías pode or ig inar fa lsos diagnóst icos,

sendo estas responsáveis pelo al to índice de repet ições, ou seja, pelo aumento

da dose nos pacientes. A obtenção de radiograf ías de qual idade, que possibi l i tam

um bom d iagnóst ico , e conseqüentemente ba ixas doses, requer a execução de

procedimentos para controle de qual idade^^'^^. Desde 1980 a Organização

Panamer icana de Saúde sugere um protoco lo para a implantação de programas

de garant ia de qu a l idade , segundo Argu i rópu lo^^.

No Bras i l , d iversos es tudos vêm demonst rando o desempenho

inadequado de apare lhos de ra ios X odonto lóg icos e médicos , e apesar dos

apare lhos de ra ios X odon to lóg icos serem ut il izados desde 1913, somen te no fina l

de 1994 fo i publ icada uma resolução no Estado de São Paulo, que exigiu dos

serv iços odontológicos um programa de garant ia de controle desses aparelhos^®.

Após quase quatro anos, em 01.06.1998, fo i publ icada a Portar ia Federal 453^° doMinistér io da Saúde que estabeleceu as diret r izes básicas de proteção

rad io lóg ica em rad iod iagnóst ico médico e odonto lóg ico, e d ispõe sobre o uso dos

raios X diagnóst icos em todo o terr i tór io nacional e dá outras providências.

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1 .2 Responsabi l idades dos prof issionais na área odontológica

O prof iss ional , c i rurgião-dent is ta, a lénn de obedecer aos requis i tos

lega is de l icenc iamento e func ionamento do es tabe lec imento^" , deve segui r os

pr inc ip ios básicos de radioproteção: just i f icação da prát ica e das exposições

indiv iduais; ot imização da proteção radiológica; l imi tação de doses indiv iduais.

O exame rad iográf ico deve ser ind icado e jus t i f i cado, produz indo ass im

um benef íc io rea l para o pac iente , em comparação com o det r imento que possa

ser causado pela radiação ut i l izada para a real ização do exame^.

A ot imização da proteção radiológica estabelece o pr incípio A1_ARA (as

low as reasonably achievable), que tem como ob je t ivo manter as doses de

rad iação tão ba ixas quanto razoave lmente exeqüíve is , levando em cons ideração

fatores sócio-econõmicos, a lém das rest r ições de doses apl icadas. Este pr incípio

exige dos prof iss ionais dent is tas a ot imização de diversas prát icas, comoexpos ições adequadas, se leção de equ ipamentos , técn icas e in terpre tação das

rad iograf ias dentár ias , garant indo uma a l ta qua l idade d as im age ns rad iográficas .

A l imi tação de doses indiv iduais corresponde a valores de dose efet iva

(ou equ iva lente) es tabe lec idos para expos ição ocupac iona l , ou do púb l ico ,

decor rentes dessas prá t icas , que não devem ser excedidas^^.

Portanto, o dent is ta deve conduzir suas prát icas radiológicas de acordo

com os requis i tos da PF 453^° e sugestões do NCRP 145° com o objet ivo de obter

o máx imo de benef íc io no t ra tamento com um mín imo de expos ição ao pac iente ,

ass is tente e púb l ico em gera l . Podemos des tacar fa tores técn icos como

bl indagens, equ ipamentos adequados, técn icas rad io lóg icas , câmaras escuras ,

receptores de imagem e um programa de garant ia de qua l idade. A lém d isso, o

ju lgamento do dent is ta em prescrever exames rad io lóg icos e a in terpre tação de

resu l tados é cons iderado um dos fa tores mais impor tantes nas prá t icas

real izadas.

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2. F U N D A M E N T O S

2.1 Raios X

2 . 1 . 1 Produção

Raios X podem ser produz idos num tubo de ra ios catód icos , ap l icando-

se uma al ta vol tagem (dezenas de qui lovol ts , kV) ent re o anodo e o cátodo,

con fo rme F IG. 2 . 1 .

FIGURA 2.1 - Esquema genér ico de um apare lho de ra ios X21

Os raios X são produzidos por conversão de energia quando um feixe

de elét rons acelerados perde sua energia c inét ica de modo gradual em inúmeras

col isões com o mater ia l a lvo, gerando também calor . Este processo acontece

dent ro de uma ampola de v idro com vácuo, que possu i um f i lamento de

tungstên io , responsável pe la produção dos e lé t rons , e um anodo que cor responde

à área do alvo. A maior par te da energia é convert ida em calor e apenas 1% em

raios X. Este processo é conhecido como radiação de f reamento ou

bremsstrahlung^°.

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o choque do fe ixe de elét rons com o anodo (alvo) produz dois t ipos de

raios X. Um d eles const i tu i o esp ectro con t inuo, e resul ta da desa celera ção do

e lé t ron durante a penet ração no anodo, conforme descr i to ac ima. O out ro t ipo é

caracter ís t ico do mater ia l do anodo. Assim, cada espectro de raios X é a

superpos ição de um espect ro cont inuo e de uma sér ie de l inhas espect ra is

carac ter ís t icas do anodo. Na FIG. 2 .2 podemos observar a lguns espect ros

cont inuos obt idos com um anodo de tungstên io e os respect ivos potenc ia is

usados para ace lerar os e lé t rons . O espect ro cont inuo é s implesmente uma curva

de contagens (número de fó tons) por segundo, versus compr imen to de onda do^a ¡o x1 ,21 ,30,31,32_

D E FOTONS

SERIES DA C A M A D A K

S i a i E D .

E N E R G I A D O S F Ó T O N S ( k eV )

FIGURA 2.2 - Exemplo qual i tat ivo de espectros de raios X emit idos para vár ias

tensões de ace leração ent re anodo e catodo^^

2.1 .2 Aparelhos de raios X odontológicos

Os aparelhos de raios X ut i l izados na odontologia são versões

s impl i f i cadas dos empregados na área médica, onde somente o tempo de

exposição pode ser var iado e controlado pelo c i rurgião dent is ta. Os pr inc ipais

componentes de um cabeçote são: ampola de ra ios X, f i l t ro de a lumín io ,col imador e c i l indro local izador. Além disso, há o suporte de cabeçote e o

d isparador para o cont ro le do tempo de expos ição.

A ampola de raios X possui um anodo (posi t ivo) e um cátodo (negat ivo) no

seu inter ior sob vácuo. No cátodo há um f i lamento de tungstênio emissor de

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elét rons, que são acelerados por uma di ferença de potencial (kV), ent re o anodo e

o cátodo, em direção ao mater ia l a lvo. Nesta interação há perda de energia

c inét ica dos elét rons devido à interação com o for te campo coulombiano ( repulsão

entre elét rons) e a sua t ra jetór ia é al terada, conforme FIG. 2.3. Este fenômeno éconhec ido como "Bremmstrahiung" ou " rad iação de f ream ento" .

(a) (b )

(c ) (d )

FIGURA 2.3 - a) Esquema genér ico de um tubo de raios X odontológico; b)

Esquema genér ico de uma ampola de raios X odontológico; c) Tubo de raios X

ut i l izado no t rabalho; d) Ampola t ip icamente ut i l izada em aparelhos odontológicos.

A energia c inét ica é convert ida em calor (99%) e raios X (1%), por isso

toda ampola de raios X deve ser ref r igerada a óleo ou água^^^'^ '^. A qual idade dos

raios X gerados é proporc ional á tensão de pico apl icada, e esta é f ixa para

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apare lhos de ra los X odonto lóg icos . O va lor mín imo recomendado por normas

internacionais e nacionais é de 50 l<V, pois abaixo deste valor os raios X não

cont r ibuem para a formação da imagem, mas somente para um aumento na dose

no paciente^^^°. A corrente elét r ica do cabeçote está relac ionada com o f i lamentode tungstênio no cátodo, ou seja, a quant idade de raios X gerados pela ampola.

Para raios X odontológicos este valor é f ixo e não ul t rapassa 10 mA. O cabeçote

deve f icar na posição recomendada pelo fabr icante quando não est iver sendo

ut i l izado.

A f i l t ração ut i l izada nestes aparelhos tem a f inal idade pr inc ipal de

remover os fótons de raios X de baixa energia do fe ixe, que não contr ibuem para

a formação da imagem, mas aumentam a dose de rad iação no pac iente . O

mater ia l ut i l izado é o alumínio, possui formato c i rcular com diâmetro aproximado

de 2 cm por 1 mm de espessu ra, conforme FIG. 2 .4 .

^ ^ ^ ^ ^ ^ ^Filtro dcalumínio

Filtro deii\u m i m o

FIGURA 2.4 - Fi l t ro de alumínio ut i l izado em aparelhos de raios X odontológicos.

É importante lembrar que existem outros mater ia is ent re o ponto onde

os raios X são gerados ( foco) e a saída (col imador) , ta is como óleo e v idro, que

devem ser levados em consideração para se est imar o valor equivalente em

alumínio ( f i l t ração inerente) . A espessura dos f i l t ros deverá estar de acordo com

normas v igentes^

O col imador é uma peça ut i l izada para dar forma ao fe ixe e concentrar

os fótons de raios X gerados pela ampola em uma direção ( fe ixe pr imár io) . É

confeccionado de chumbo, possui formato c i rcular e é f ixado no cabeçote do

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aparelho, conforme FIG. 2.5. Sua largura é ta l que o diâmetro do fe ixe formado,

que inc ide na pele do paciente, não seja super ior a 6 cm^'^'^°.

FIGURA 2.5 - Col imador de chumbo ut i l izado em aparelhos de raios Xodonto lóg icos .

Adic ionalmente, o col imador tem a função de reduzir a dose no paciente,

pois concentra o fe ixe na região de interesse a ser radiografada, ev i tandoexposições desnecessár ias, por exemplo, no cr is ta l ino e na t i reóide. Embora as

recomendações internacionais indiquem a ut i l ização de col imadores retangulares,

com dimensões de 4 x 3 cm^, para a redução da dose entre 50 a 60%^'^^^, no

mercado nacional a inda não é possível se encontrar aparelhos com col imador

retangular .

O c i l indro local izador tem a função de or ientar a área exata a ser

radiografada, pois a sua ext remidade deve ser colocada o mais próximo da face

do paciente. O compr imento do local izador var ia com a tensão de aceleração

apl icada (kV) ent re o anodo e cátodo, e deve estar de acordo com normas

vigentes de cada país^^' '°. No Brasi l , aparelhos de raios X entre 50 e 60 kV

devem possuir local izador de no mínimo 18 cm, e os aparelhos de 70 kV, 20 cm^°,

como mostrado na FIG. 2.6. O diâmetro do local izador deve coinc idi r com o do

feixe de raios X obt ido pelo col imador, que, segundo a PF 453^°, não deve

exceder 6 cm , ev i tando a i r rad iação de áreas desnec essár ias .

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FIGURA 2.6 - Ci l indro local izador ut i l izado em aparelhos de raios X de 70 kV.

O uso de ci l indros local izadores curtos e fechados não é permit ido^'^'^°,

pois ao at ingir a ponta o fe ixe é espalhado i r radiando regiões que ext rapolam as

de interesse, a lém de áreas v iz inhas ( radiação secundár ia) . Outra informação

importante é que esta radiação espalhada i rá par t ic ipar da formação da imagem,

contr ibuindo assim para uma redução na sua qual idade, pois os fótons do fe ixe

não estão paralelos.

O cont ro le de tempo de expos ição, chamado de d isparador ou "timer",

é o único parâmetro que o prof iss ional pode controlar , de acordo com a região a

ser radiografada e o t ipo de paciente. Este controle deve ser elet rônico, e não

mecânico, indicar o valor em segundos e não permit i r exposições super iores a

5 segundos. O cabo do controle do disparador l igado ao aparelho de raios X deve

ser de no mínimo 2 metros de compr imento, conforme FIG. 2.7, permit indo

proteção adequada ao prof iss ional e ainda manter o paciente no seu campo de

visão, ev i tando possíveis movimentos dele. O uso de disparador automát ico, mais

conhecido como retardo não é mais permit ido^'^°. Tal fato pode ser at r ibuído á

falhas de s is tema, além de possíveis movimentos do paciente, possibi l i tando ao

prof iss ional o maior controle da exposição da radiação.

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FIGURA 2.7 - Cont ro le do tempo de expos ição e cabo de conexão com o

apare lho.

Os aparelhos de ralos X podem ser f ixos ou móveis a cr i tér io do

prof iss ional e da disposição de seu consul tór io, conforme i lust rado na FIG. 2.8.

Devem fornecer sus tentação mantendo o cabeçote f ixo e es táve l para a

real ização de radiograf ias, ev i tando pequenas dis torções nas imagens

radiográf icas, devido a movimentação do cabeçote. É importante deixar o

cabeçote na pos ição de repouso, recomendada pe lo fabr icante , quando não

est iver em uso.

FIGURA 2.8 - Suportes disponíveis para aparelhos odontológicos^^.

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2.1 .3 Radio logia odontológica

É uma área da odontologia que estuda órgãos e est ruturas internas da

cav idade oral , através de imagens obt idas a par t i r da ut i l ização dos raios X, com

f ins diagnóst icos e terapêut icos, envolvendo processos digi ta is , ou de revelaçãono caso de f i lmes convenc iona is .

Existem dois t ipos de radiograf ias a int ra e ext rabucal , sendo a

int rabucal a mais ut i l izada em consul tór ios odontológicos. A radiograf ia ext rabucal

é mais ap l icada em c l ín icas espec ia l izadas em documentação odonto lóg ica,

empregada em es tudos de pac ientes para t ra tamentos or todônt icos . Neste

t raba lho será abordado somente a do t ipo ín t rabucaF.

A técnica radiográf ica int rabucal mais real izada em consul tór ios é a

per iapical , mostrando dentes indiv idualmente e tec idos ao redor do ápice, ra iz do

dente. O f i lme rad iográf ico usado nes ta técn ica, chamado de per iap ica l , possu i

d imensões de 4 cm x 3 cm e consegue v isua l izar de 2 a 3 dentes , fornecendo

in formações sob re o dente e dos tec idos a lveo lares e osso s .

Dentre as pr inc ipais indicações para o uso de radiograf ias int rabucais

pode mos des tacar : in fecções e in f lamaçõ es na ra iz, apó s traum as, presença de

dentes inc lusos , antes de c i rurg ias , t ra tamentos endodônt icos , evo lução de

implantes , ent re out ros .

Na radiograf ia per iapical podemos real izar a técnica da bisset r iz e do

paralel ismo. Nesta úl t ima o requis i to fundamental é a posição do f i lme e do fe ixe

de raios X, devem ser paralelos aos dentes^' ' , conforme FIG. 2.9.

Fi lme radiográf icoem f i rme conta to

com o dente

Feixe de raios Xparalelos

FIGURA 2.9 - Geometr ia ideal para a real ização de radiograf ias ut i l izando atécnica do paralel ismo^'*.

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Nesta e tapa, o uso de pos ic ionadores ( i tem 3.5) é de fundamenta l

impor tânc ia pa ra obtenç ão de rad iograf ías de qua l idade.

Na técnica da bisset r iz a di reção do fe ixe de raios X central deve ser

perpendicular à bisset r iz do ângulo diedro formado pelo longo eixo do dente e dof i lme, conforme most ra FIG. 2 .10. A manutenção do f i lme na pos ição deve ser

digital, com o própr io pac iente rea l izando es te procedimento.

Feixe de raios X

Bissetriz

V.'

H tí

J..

Filme

FIGURA 2.10 - Geometr ia ideal para a real ização de radiograf ias ut i l izandotécnica da bisset r iz .

Os pr inc ipais erros mais comuns na real ização de radiograf ias

odonto lóg icas são: er ros de pos ic ionamento do pac iente , f i lme e apare lho de

ra ios X; ima gen s c laras ou escu ras , man chad as e co m imper fe ições . Es tesprob lemas poderão ser ev i tados mediante um programa de cont ro le de qua l idade

efet ivo, que é um dos pr inc ipais objet ivos da Portar ia Federal 453^°, envolvendo

tes tes de qua l idade em apare lhos de ra ios X e processamentos adequados dos

f i lmes radiográf icos^^.

2.2 Grandezas e unidades em dosimetr ia e radioproteção

2.2.1 Exposição (X)

É uma grandeza f ís ica que permite aval iar a radiação emit ida por uma

fonte especí f ica a par t i r de sua capacidade de ionizar uma quant idade de matér ia.

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É def in ida para ra ios X e gama tendo o ar como meio de in teração e determinada

pelo quociente de dQ por dm (Equação 1) , onde dQ é o valor absoluto total dos

Ions de mesmo s ina l produz idos no ar quando todos os e lé t rons e pos i t rons

l iberados ou c r iados por fó tons na massa de ar dm são completamente f reados noar:

A unidade do Sistema Internacional (SI ) é C/kg e a especial é o

roentgen (R), onde 1R = 2,58 x 10"^ C/kg^^.

2.2.2 Dose absorvida (D)

A grandeza dose absorv ida é def in ida como o quoc iente dE por dm,

onde dE é a energ ia média ced ida em um vo lume de massa dm (Equação 2) :

dm

A unidade no SI de dose absorv ida é o joule por qui lograma (J/kg) e a

especial é denominada gray (Gy)^®.

2.2.3 Kerma (K)

É a grandeza def in ida como o quoc iente de d E t r por dm, onde d E t r é aenergia c inét ica in ic ia l de todas par t ículas carregadas l iberadas por par t ículas não

car regadas em um mater ia l de massa dm (Equação 3) :

K = ^ (3 )dm

A un idade no SI é o jou le por qu i lograma (J /kg) , e a espec ia l

denominada gray (Gy)^^.

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2 . 2 . 4 Dose de entrada na pele (DEP)

É a dose absorv ida no centro do fe ixe inc idente na superf ic ie do

pac iente submet ido a um procedimento rad io lóg ico, inc lu indo o

ret roespalhamento^°.

2 . 2 . 5 Dose equ iva len te (HT)

É a grandeza expressa por

HT = DT.WR (4 )

onde D T é dose absorvida média no órgão ou tec ido e W R é o fator de ponderação

da radiação. A unidade no s is tema internacional é o joule por qui lograma (J/kg) , e

a espec ia l denominada s iever t (Sv)

2 . 2 . 6 Dose efet iva (E)

É a soma das doses equ iva lentes ponderadas nos d iversos órgãos e

tec idos ,

E = EWT.HT (5 )

onde H r é a dose eq u iva lente no tec ido ou órgão e w r é o fator de ponderação de

órgão ou tecido. A un idade no s is tema in ternac iona l é o jou le por qu i lograma

(J/kg) , e a especial denominada s iever t (Sv)^^.

2 . 3 Efeitos biológicos da radiação

Em 1896, logo após a descoberta dos raios X , o médico J.Daniels

not i f icou o pr imeiro efei to bio lógico da radiação, a queda de cabelo de um de seus

colegas, cuja radiograf ia de crânio havia s ido real izada. O uso de raios X na

terap ia produz iu resu l tados desagradáveis como er i tema de pe le e em seguida

u lcerações nas mãos de médicos , a lém de câncer nos ossos , resu l tante das

expos ições durante os t ra tamentos dos pac ientes^" . Em 1907 foram re la tados os

pr imeiros casos de câncer em prof iss ionais, inc lus ive fatais , conforme

apresentado na FIG. 2 .11. Em 1908 apareceram os pr imei ros s ina is de

esteri l idade em dent istas^"*.

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FIGURA 2.11 - Pr imei ros casos de câncer nas mãos de médicos ,re la tados em 1907^\

O Dr. Edmund Kel ls , considerado márt i r da radiologia odontológica, fo i

v í t ima dos efei tos bio lógicos dos raios X, sof rendo inúmeras queimaduras e

amputações de fa langes, dedos e mãos, levando-o ao su ic íd io . Out ra prováve l

ví t ima dos efei tos bio lógicos fo i o própr io Roentgen, que fa leceu devido a umcâncer no duodeno^^.

A passagem da rad iação e a l iberação de sua energ ia em vo lumes

mui to pequenos, como em cé lu las , podem produz i r ion ização e exc i tação dos

átomos, quebra de molécu las e como conseqüênc ia a formação de rad ica is l i v res

al tamente reat ivos. Estes podem atacar, modi f icar e até matar moléculas de DNA,

causando efei tos bio lógicos a longo prazo, como os tumores ' ' ' ^"

Os efei tos bio lógicos são div id idos em estocást icos e determiníst icos.

Os efe i tos determinís t icos são observados em horas , d ias ou semanas após a

expos ição de um ind iv íduo a rad iação, e gera lmente são assoc iados a a l tas doses

de radiação, ac ima de 1 Sv, recebidas em grande área do corpo, e num cur to

per íodo de temp o. Os e fe i tos es tocás t icos ou tard ios po dem surg ir em do is casos ,

pessoas que receberam a l tas doses de rad iação, não le ta is , em cur to espaço de

tempo ou pequenas doses num longo in terva lo de tempo, que são os casos deprof iss ionais da área médica e odontológica, por exemplo. Os efei tos tardios são

div id idos em genét icos e somát icos . Os genét icos ocor rem quando a rad iação

at inge as cé lu las reprodutoras que a fe tam gerações fu turas . Os somát icos são

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aqueles que a fe tam d i re tamente o ind iv iduo exposto à rad iação e não são

t ransmi t idos a gerações fu turas . Es tes e fe i tos dependem do t ipo de rad iação,

profund idade at ing ida no tec ido, vo lume do corpo exposto , dose to ta l receb ida e

tempo de i r rad iação. Ent re os e fe i tos no homem está o aumento na inc idênc ia decâncer , anormal idade no desenvolv imento do embr ião, indução de catara ta , e

redução da v ida média^°.

Nos úl t imos anos as radiações ionizantes e seus efei tos bio lógicos têm

sido in tensamente inves t igados nas áreas b iomédicas . Os e fe i tos de a l tas doses

de rad iação são bem conhec idos e há d iversos t raba lhos pub l icados. No caso da

rad io log ia odonto lóg ica as doses e os r iscos são pequenos, mas ex is tem

inúmeros es tudos ep idemio lóg icos que ind icam um aumento nos r iscos de câncer

em cérebro, g lândulas sal ivares e t i reóide, decorrentes de radiograf ias obt idas em

ra ios X odonto lóg icos^. Recentemente fo i pub l icado um es tudo sobre danos a

cé lu las da mucosa, de pac ientes expostos à rad iação odonto lóg ica ex t raora l

gerando efei tos c i togenét icos por indução de apoptose^^. É importante destacar

que a dose e fe t iva de um pac iente submet ido a um exame in t rabuca l de toda a

boca rea l izado cor re tamente, é aprox imadamente 15 vezes maior do que um

exame panorâmico e 50% maior que um exame de tórax^^.

Por tanto , exames incor re tos , repet ições desnecessár ias e er ros de

d iagnóst icos por rad iograf ias de má qual idade podem acar re tar um aumento

signi f icat ivo nas doses nos pacientes.

2.4 Contro le de qual idade em radiodiagnóst ico

O obje t ivo comum ent re os programas de cont ro le de qua l idade emradiod iagnóst ico é es tabe lecer c r i té r ios mín imos para um cor re to func ionamento

dos apare lhos geradores de ra ios X odonto lóg icos , onde se ja poss íve l obter a

melhor rad iograf ia poss íve l , em termos de qua l idade de d iagnóst ico , em uma

única expos ição, reduz indo ao máx imo a dose no pac iente i Dent re os pr inc ipa is

aspectos de um programa de cont ro le de qua l idade podemos c i tar a qua l idade da

imagem - a qual está relac ionada com a tensão de aceleração (kV) e a f i l t ração

inerente e adic ional - a dose no paciente, a ot imização de técnicas e custos, bem

como aspectos prof iss ionais e legais^^.

2 0

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2.4 .1 Formação da imagem radiográf ica

Os f i lmes rad iográf icos cons is tem pr inc ipa lmente de uma emulsão, que

é uma gelat ina composta de cr is ta is ou grãos de halogeneto de prata (brometo e

iodeto de prata) , a qual é deposi tada em um ou em ambos os lados de uma baseplást ica t ranspa rente e f lexível , de ace tato de celulose e pol iéster.

Todos os f i lmes odontológicos ut i l izados na técnica int rabucal são de

exposição direta, sem a ut i l ização de te las intensi f icadoras, e apresentam um

envol tór io preto, que evi ta a sensibi l ização pela luz; lâmina de chumbo, que é

colocada na face poster ior do f i lme, reduz a dose de radiação no paciente, ev i ta a

cont r ibu ição da rad iação secundár ia na imagem e também dá sus tentação ao

f i lme; e um envelope branco, que impermeabi l iza o f i lme, como pode ser

observado na FIG. 2 .12.

(a ) (b )

(C )

FIGURA 2.12 - Fi lme radiográf ico ut i l izado no t rabalho: a) Face exposta aos raiosX e para abertura; b) Seqüência de acomodação interna; c) Capa protetora,

pe l ícu la , lâmina de chumbo e papel .

2 1

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prof iss ional pode al terar é o tempo de exposição, que será ut i l izado para

aumentar ou d iminu i r a dens idade ópt ica na imagem rad iográf ica .

2.4 .3 Cr i tér ios de qual idade para imagens radiográf icasDentre os cr i tér ios para se aval iar a qual idade de uma radiograf ia

podemos des tacar : dens idade e cont ras te rad iográf ico , reso lução espac ia l e

distorção.

A dens idade rad iográf ica , ou dens idade ót ica , fornece o grau de

enegrec imento dos f i lmes, e seu compor tamento é obt ido pe la curva

caracter ís t ica, que descreve o comportamento da densidade ót ica, Dop, (grau de

enegrec imento do f i lme) em função do tempo de expos ição, t , ao fe ixe de ra ios X

do equ ipame nto , onde :

Dop = log (Io/ I) ( 6 )

sendo " I Q " e " I " as intensidades de luz inc idente e t ransmit ida pelo f i lme.

Bas icamente es te compor tamento é reg ido pe las d imensões dos grãos

do f i lme e do t ipo da radiação ionizante. Por meio desta curva (Equação 6)

determina-se o intervalo de exposição ót imo para a obtenção de uma radiograf ia,

ou seja, para o qual tempo de exposição ( t ) o contraste ópt ico "G" na imagem,

def in ido pe la equação 7, é máx imo :

G = - ^ ^ (7)A(logO ^ '

O contraste radiográf ico é a di ferença entre as densidades de

d i ferentes reg iões de uma rad iograf ia , e depende pr inc ipa lmente da tensão

apl icada, ve loc idade do f i lme, ob je to e seu processamento. Pode-se d izer que

quanto maior o cont ras te mais deta lhes anatômicos de uma rad iograf ia podem serv is tos. Em radiologia odontológica o ideal é um contraste médio, obt ido entre 60 e

70 kV. Em geral , uma radiograf ia que apresenta áreas muito c laras e escuras é

chamada de a l to cont ras te .

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A resolução espacial obt ida na imagenn, ou def in ição, é a menor

distância dis t inguível ent re dois pontos, demonstrada pela c lareza de l inhas

estruturais f inas e pelos l imi tes de tec idos v is íveis na imagem radiográf ica. A

insuf ic iênc ia de deta lhes na imagem rad iográf ica é chamada de "bor ramento" , queocor re pr inc ipa lmente dev ido ao mov imento dos pac ientes , cabeçote e f i lmes.

As d is torções em imagens rad iográf icas most ram tamanhos e formas

de ob je tos que não representam a rea l idade, e são dev idos pr inc ipa lmente a

distância foco- f i lme, a l inhamento do objeto com o fe ixe de raios X. Na

odontología, de maneira geral , deve-se: a) colocar o f i lme o mais próximo possível

do dente a ser rad iografado para a imagem não ser ampl iada; b) a reg ião de

interesse estar paralela ao f i lme; c) ter o fe ixe pr inc ipal perpendicular ao dente e

ao f i lme evi tando imagens "alongadas ou encurtadas" ; d) ut i l izar maior d is tância

foco- f i lme, propic iando a ut i l ização dos fe ixes centrais , menos divergentes,

minim izando a pe nu m bra na imagem^®.

2.4 .4 Métodos para redução da dose no paciente

A redução de dose nos pacientes deve seguir o pr inc ip io A1_ARA, pois

os exames rea l izados em rad io log ia odonto lóg ica fornecem uma cont r ibu ição

signi f icat iva para a dose colet iva da população. Dentre os pr inc ipais métodos para

a redução pode-se des tacar : ve loc idade do f i lme (média ou a l ta) , processamento

do f i lme de acordo com o fabr icante , seguindo tabe las de tempo por temperatura

e o uso de col ima dor ad eq ua do para reduzir o cam po irradiado®'®.

Deve-se a inda cons iderar a f i l t ração ad ic iona l , que reduz a dose no

pac iente e remove os fó tons de ba ixa energ ia , que não cont r ibuem para aformação da imag em rad iográf ica ; a cor re ta tensã o no tubo do apare lho e o tempo

de expos ição adequado e determinado pe la curva carac ter ís t ica , na reg ião de

maior contraste.

É importante lembrar que se o aparelho de raios X est iver funcionando

de acordo com um programa de cont ro le de qua l idade adequado serão ev i tadas

falhas nas radiograf ias, ta is como: densidade radiográf ica excessiva ou

insuf ic iente, contraste insuf ic iente. Outros detalhes a serem considerados são: a

perfei ta vedação da câmara escura, ev i tando o velamento de f i lmes e a ut i l ização

de so luções novas com tabe las " tempo x temperatura" fornec idas pe lo fabr icante

dos f i lmes, que evi tam o excesso ou a fa l ta de revelação^" .

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Cons idera-se exc lu ída a cont r ibu ição de qua lquer rad iação espalhada que não

estava presente in ic ia lmente no fe ixe cons iderado^" . A CSR é usada como

medida de penet rab i l idade da rad iação^" .

b) Tensão (kV) : é a di ferença de potencial e lét r ico ent re o cátodo e oanodo e determina a dis t r ibuição de energia do fe ixe de radiação. No entanto, a

tensão de pico (kVp) é a máxima vol tagem apl icada at ravés de um tubo de raios

X, e como conseqüênc ia ind ica a energ ia máx ima dos fó tons produz idos . É

também um dos parâmet ros mais impor tantes que determinam o cont ras te e a

dens idade ópt ica de uma imagem rad iográf ica , a lém de cont r ibu i r para a dose nos

pacientes^'^^ '^^ ' *" . No caso de aparelhos odontológicos a tensão de pico é f ixa, e

os mais comuns ex is tentes nos consu l tór ios possuem 50, 60 ou 70 kVp.

c) Tamanho de campo: def in ido como sendo o diâmetro do fe ixe út i l

de radiação, e representa a área e o volume de tec ido exposto ao fe ixe pr imár io

W « ro«í> Y 2 7 , 4 1 , 4 2

de raios X ' • .

d ) Reprodutibilidade do tempo de exposição: tem a f inal idade de

aval iar a precisão do tempor izador de um aparelho de raios X odontológico, pois

mede o t empo to ta l , em segundos, de emissão dos fó tons de ra ios X produz idos

no tubo.

e) Kerma no ar: def in ido no i tem 2.2.3.

f) Linearidade da taxa de kerma no ar com o tempo de exposição:

aval ia a var iação da intensidade de um feixe de raios X, em termos de kerma no

ar , em função do tempo de expos ição, medido em segundos.

g) Dose absorvida: conforme def in ição apresentada no i tem 2.2 .2 .

h) D o s e d e entrada na pele (DEP) : def in ido no i tem 2.2.4.

i) Integridade das vestimentas de proteção individual: todo

consul tór io odontológico é obr igado a possuir e ut i l izar proteção indiv idual , ou

seja, aventais e protetores de t i ró ide^°. Neste caso, é necessár ia uma inspeção

para ver i f icação do tamanho e da integr idade destes objetos ut i l izados para

proteção de pac ientes , de acompanhantes autor izados ou de pro f iss iona is

durante as expos ições^ ' '' '^ .j) Padrão de imagem radiográfica: aval ia a qua l idade da imagem

radiográf ica , que pode ser fe i ta por meio de um s imulador padrão, em termos de

contraste, nit idez e sensibi l idade'* ' ' ' *^'*^.

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2.5.2 Nat ional Counci l on Radiat ion Protect ion, report 145: Radiation

Protection in Dentistry

O National Council on Radiation Protection and Meas uremen ts, N C R P ,

publ icou em 2003 o report N° 145° "Radiation Protection in Dentistry", e msubst i tu ição ao NCRP N° 35 de 1970. O objet ivo deste documento é fornecer

métodos e procedimentos para proteção radiológica em consul tór ios e c l ín icas

odonto lóg icas , como por exemplo, a e l im inação de expos ições desnecessár ias

aos pac ientes , manter as expos ições dos pro f iss iona is e púb l icos em gera l aba ixo

dos l im i tes recomendados, ap l icação do pr inc íp io ALARA, a lém de fazer inúmeras

out ras recomendações aos pro f iss iona is .

Os procedimentos apresentados es tão re lac ionados ao uso dos

apare l l ios de ra ios X em rad iod iagnóst icos odonto lóg icos , seu desempenho,

ot im ização do uso, recomendações de segurança rad io lóg ica e moni toração dos

prof iss iona is envo lv idos .

Nas suas seções es tão inc lu ídas or ientações especí f icas em proteção

radiológica ( l imi tes de doses, ALARA, efei tos bio lógicos, etc. ) aos dent is tas e

demais pro f iss iona is envo lv idos , inc lu indo espec ia l is tas qua l i f i cados em proteçãorad io lóg ica, a lém de procedimentos de ca l ib ração de ins t rumentos , evo lução do

desempenho dos equ ipamentos e de te rm inação do layout e bl indagens

necessár ias para os consu l tór ios .

No capí tu lo 3, i tem 3.1.3, são apresentados os parâmetros ut i l izados

nos apare lhos de ra ios X in t rabuca is . As recom end açõe s es tão descr i tas a segui r :

- Tensão de aceleração (kV): não deve ser menor que 50 kVp;

- Distância foco-pele (DFF) mín ima: não deve ser menor que 20 cm;

- Tamanho do campo na ext remidade do loca l i zador : 3 x 4 c m ^ (c olim a do r

retangular)

- Movimentação do cabeçote: menor que 0,5 cm;

A lém d isso, t raz out ras recomendações sobre a ve loc idade do f i lme

( recomendação: E) , vedação da câmara escura, reve lação dos f i lmes de acordo

com o fabr icante (seguindo tabe las tempo- tem peratura) , e u t il ização de aventa is e

prote tores de t i reó ide de chumbo para pro teção do pac iente .

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2.5.3 European guidel ines on radiat ion protection in dental radiology - The

safe use of radiographs in dental practice, Issue N ° 136

O European Comission publ icou em 2004 o documento N° 136,

European guidelines on radiation protection in dental radiology: Ttie safe use of

radiographs in dental practice^, desenvolv ido para fornecer um guia prát ico de

radioproteção para or ientar os dent is tas e seus assistentes nas decisões quanto

ao uso da rad iação ion izante , fornecendo or ientações para o uso seguro das

radiograf ias na odontologia, uma vez que a exposição aos raios X não pode ser

cons iderada l iv re de r isco. Essas recomendações podem ser var iáve is de acordo

com a aval iação c l ín ica do paciente.

As pr inc ipa is recomendações são: uso de equ ipamento de ra ios X

entre 65 a 70 l<V, com f i l t ração de alumínio; uso de col imador retangular ,

juntamente com o pos ic ionador de f i lme para técn ica do para le l ismo; uso de

loca l izador com pe lo menos 20 cm. Recomenda-se a inda que os f i lmes

rad iográf icos in t rabuca is se jam os mais ráp idos d isponíve is , como por exemplo,

os f i lmes do grupo £. Este documento l imi ta a dose em 4 mGy no ar , medida na

ext remidade do loca l izador .O uso de avental p lumbí fero é opcional na prát ica rot ineira, porém os

protetores de t i reóide devem ser usados nos casos em que a glândula t i reóide

está muito per to ou na direção do fe ixe pr imár io.

Todo equipamento de ra ios X odonto lóg ico deve submeter -se a tes tes

inic ia is e per iódicos de controle de qual idade para assegurar a proteção

radiológica.

F ina lmente, es te documento des taca a inda: toda rad iograf ia

odonto lóg ica deve ser jus t i f i cada e fornecer benef íc ios ao pac iente , compensando

o potencial de detr imento; nenhuma radiograf ia deve ser real izada antes do

exame c l ín ico e his tór ico odontológico e deve-se procurar a ut i l ização de métodos

al ternat ivos à radiação ionizante para diagnóst ico da lesão-cár ie.

2.5.4 Protocolo Español de Contro l de Cal idad en Radiodiagnóst ico

O protoco lo Espanhol de Cont ro le de Qual idade pub l icado in ic ia lmente

em 1996, sendo rev isado em 2002, é um documento que tem como ob je t ivo

pr inc ipa l fornecer or ientação no caso de detecção de anomal ias nas doses dos

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pac ientes e na qua l idade de imagem, que possam es tar re lac ionadas aos

parâmetros do equipamento®.

A implantação des te Programa de Garant ia de Qual idade em um

serv iço de radiodiagnóst ico deve contemplar a ut i l ização do Protocolo de formaglobal , sendo que as suas recomendações devem ser adaptadas a cada cent ro

de d iagnóst ico , t ipo de equ ipamento e pessoal envo lv ido.

O Protoco lo é um documento técn ico que fornece um conjunto de

recomendações para os serv iços de rad iod iagnóst ico se adaptarem, sendo

ex ig ido a lguns ins t rumentos e pessoas necessár ias para rea l izar as medidas

requer idas .

O documento também tem a f ina l idade de esc larecer a d i ferença ent re

os cr i tér ios de acei tação deste protocolo e os cr i tér ios de acei tabi l idade do

equipamento rad io lóg ico, pr inc ipa lmente no que se re fere aos n íve is de

in tervenção que ao serem at ing idos obr igam a rea l ização de ações cor re toras . Se

mesmo após o conser to o equ ipamento não a t ing i r os n íve is ex ig idos , e le deverá

ser colocado fora de uso (artigo 14, parágrafo 5 do Decreto Real de 1976/1999).

O capí tu lo 4 des te pro toco lo re fere-se exc lus ivamente aos

equipamentos odonto lóg icos , in t ra e ex t rabuca is , e as recomendações es tão

descr i tas aba ixo:

- Distância foco-peíe (DFF) mín ima: 20 cm para equ ipamentos com tensão de

pico super iores a 60 kV e 10 cm para equ ipamentos com tensão de p ico igua l ou

infer iores a 60 kV;

- Tamanho do campo na extremidade do ci l indro local izador: < 6 cm ;

- Exat idão e reprodut ib i l idade da tensão (kV): exat idão < ± 10%,

reprodut ib i l idade < 10% e a tensão mín ima de ve ser de 50 kV;

- F i l t ração (Camada semi-redutora) : > 1,5 mm a lumín io para equ ipamentos com

tensão de p ico nomina l < 70 kV e > 2 ,5 mm de a lumín io para equ ipamentos com

tensão de pico nominal > 70 kV;

- V isual ização da forma de onda: Segundo espec i f icações do fabr icante ;

- Exat idão e reprodut ib i l idade do tempo de exposição: exat idão < ± 20% e

reprodut ib i l idade < 10% ;

- Reprodut ib i l idade do rendimento: < 1 0 % ;

2 9

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- Valor do rendimento: de modo or ientat ivo ent re 30 e 80 laGy/mAs a 1 m do

foco para eq u ipam entos com tensão de p ico com preen didas ent re 50 e 70 l<V;

- Var iação do rend imento com o tempo de exposição: Coef ic iente de

l inear idade < 0 , 1 .

3 0

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3 . 1 . Sistema de radiação - X

Todos os procedimentos foram ap l icados a um apare lho de ra ios X

odontológico da marca Dabi At lante, modelo Spectro 70X Selet ronic, de um

consul tor io par t icular em São Pau lo/SP, aprese ntad o na FIG. 3 .1 , com as

seguintes caracter ís t icas nominais: 70 kV de vol tagem apl icada ao tubo, 8 mA de

corrente, 0,51 mm de Al de f i l t ração inerente, tubo emissor de 0,8 mm de Al , 1,4

mm de Al de f i l t ração adic ional e 20 cm de dis tância foco- f i lme.

FIGURA 3.1 - Aparelho de raios X Dabi At lante, Spectro 70X, selet ronic, com70 kV, 8 mA e f i l t ração nominal total equivalente a 2,71 mmAI.

3.2 Instrumentos de medida

3.2.1 Tempo de exposição

O detector de radiação para medida de tempo de exposição ut i l izado fo i o

da marca Fabinject , modelo Dual meter , de fabr icação nacional , (FIG. 3.2) ,

cal ibrado em termos de tempo de exposição (de 0,1 a 1,9 segundos), conforme

cert i f icado emit ido pelo Inst i tuto de Elet rotécnica e Energia da Univers idade de

São Paulo ( lEE/USP)* .

3 1* C e r t i f i c a d o d e C a l i b r a ç ã o 5 9 . 3 9 6 .

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FIGURA 3.2 - Detector de tempo de exposição marca Fabinject cal ibrado peloIEE /USP.

3.2.2 Kerma no ar

Para a determinação do kerma no ar fo i ut i l izada a cámara de

ion ização de p lacas para le las , marca Gammex, modelo RMI 242, com vo lume de

51 cm^, (FIG. 3.3), cal ibrada em te rm os de kerm a no ar (m Gy), con form e

cert i f icado emit ido pelo Laborator io de Cal ibração de Inst rumentos do

I P E N / C N E N - S P * .

FIGURA 3.3 - Cámara de ion ização marca Gammex, modelo RMI 242, e ca l ib radaem termos de kerma no ar ( IPEN/CNEN-SP) .

' C e r t i f i c a d o d e C a l i b r a ç ã o 1 46 4 / 2 0 0 5 .

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FIGUR A 3.5 - F i lmes rad iográf icos para a determ inação d o tamanho d e cam po(feixe út i l) de aparelhos de raios X.

3.4 Absorvedores de aluminio

Para a determinação da camada semi- redutora (CSR) do fe ixe de

raios X foram ut i l izadas 4 placas de alu minio de al ta pu reza (>9 9,9% ) com

espessuras var iando de 1mm a 4m m com d imensõ es de 10 x 10 cm^ (FIG. 3 .6)

-> PLACA DEA L U M Í N I O

FIGUR A 3.6 - P lacas de a lumín io , com 1 mm de espessura cada, pos ic ionadaspara a determinação da camada semi-redutora (CSR) do fe ixe de raios X.

34

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3.5 Posicionadores

Os posic ionadores são inst rumentos ut i l izados na odontologia, e

recomendados pela Portar ia Federal 453^°, para f ixar os f i lmes radiográf icos na

boca dos pacientes, deixando-os paralelos aos dentes, e fac i l i tando o al inhamentodo fe ixe de raios X (FIG. 3.7) . Este s is tema reduz s igni f icat ivamente a perda de

radiograf ias, pois não ocorre movimentação do f i lme, d is torções por dobra e erros

por pos ic ioname nto da cabeça do pac iente 35

FIGURA 3.7 - Posic ionador ut i l izado f requentemente na prát ica odontológica,ut i l izado para f ixar f i lmes radiográf icos e al inhá- los com o local izador dos

aparelhos de raios X.

3.6 Material para o objeto teste

Para o desenvolv imento de um ob je to tes te que cor responda a um

dente médio '*^, foram ut i l izadas placas de aluminio de al ta pureza (> 99,9%) com

espessura var iando de 0 ,05 mm a 1 mm . As p lacas foram sobrepostas e

perfuradas ut i l izando-se um motor odontológico de al ta rotação com brocas

diam antad as, gera ndo o r i fíc ios com p rofundida des va r iand o entre 0,05 mm e

0,7 mm. Estas placas foram recobertas por uma placa de acr í l ico com 1,5 mm de

espessura. O objeto teste possui d imensões de 3 x 4 cm^.

35

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3.7 Incertezas

As incer tezas apresentadas representam a incer teza expandida para um

níve l de conf iança de 95,4% {k=2)^^. A incer teza combinada fo i encont rada pe la

soma quadrát ica das incer tezas do t ipo A e do t ipo B. Neste caso fo i consideradaincer teza do t ipo A, o desv io padrão da média das medidas e do t ipo B, apenas a

incer teza obt ida na cal ibração do inst rumento de medida de radiação ut i l izado,

cons iderando-se que em medidas de campo não é poss íve l se es t imar a incer teza

em todos os parâm et ros u t i l izados, como em um laboratór io de m et ro log ia .

36

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4 . R E S U L T A D O S E D I S C U S S Õ E S

Neste capí tu lo serão descr i tos em deta lhes os procedimentos de cont ro le

de qua l idade ap l icados ao s is tema de ra ios X odonto lóg ico descr i to no capí tu lo

anterior, segu ind o as recom enda ções da PF 453^°.

4 . 1 Determinação da camada semi - redutora (CSR)

Para a determinação da camada semi- redutora , in ic ia lmente fo i

se lec ionado no tempor izador do apare lho de ra ios X o tempo de 0 ,5 segundos,

que é o valor indicado pelo fabr icante dos f i lmes radiográf icos (Kodak) paraexposições ut i l izando o t ipo ektaspeed, la rgamente empregado pe los c i rurg iões-

dent is tas '*^. Foram real izadas medidas ut i l izando dois arranjos exper imentais.

4 . 1 . 1 Pr imei ro ar ran jo exper imenta l

Neste caso fo i rea l izada uma expos ição com o loca l izador do apare lho

encostado perpendicularmente ao detector^^, a uma distância foco- f i lme (DFF) de

2 0 c m , conforme FIG. 4 .1a. Em seguida foram fe i tas novas expos ições ,

acrescentando p lacas de a lumín io . A cada expos ição rea l izada fo i acresc ida

1 mm de esp essu ra de ab sorvedor , reg is t rando o va lor de kerma no ar

cor respon dente, a té o va lor to ta l de 5 m m , con forme FIG. 4 .1b. Es tes

procedime ntos foram rea l izados em t rês séries de c inco repet ições .

3 7

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(a )

(b )

FIGUR A 4.1 - Ar ran jo exper im enta l u t i li zado para a medição da cama da se mi-redutora : a) sem absorvedor de a lumin io ; b) com absorve dor de a lumin io .

Neste arranjo, a CSR foi determinada por dois métodos di ferentes. O

pr imeiro ut i l iza um gráf ico dos valores de kerma no ar em função da espessura de

absorvedores. Neste caso, fo i fe i to um ajuste exponencial aos pontos

exper imentais e a CSR foi determinada inser indo-se a metade do valor in ic ia l de

kerma no ar , quando não há absorvedor de alumínio, na função ajustada. Os

gráf icos obt idos, bem como as respect ivas funções ajustadas aos pontosexper imenta is , apresentaram um compor tamento s imi lar . Os resu l tados obt idos

na sér ie 1, 2 e 3 estão apresentados nas FIG. 4.2, 4.3 e 4.4, respect ivamente.

3 8

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0 , 9 -

_

0 , 8 -

0 , 7 -, ^> <

(D 0 , 6 -E -

L_ 0 , 5 -m

0 , 5 -

oc 0 , 4 -

roEL_

0 , 3 -0)

0 . 2 -

0.1 -

0 , 0 -

CSR - sér ie 1

1 2 3 4

Espessura de A l (mm)

FIGUR A 4.2 - Resu l tados obt idos de kerma no ar em função da espessura dealumínio, na sér ie 1, para a determinação da CSR (média = 2,37±0,11 mm Al) , por

meio da função exponenc ia l a jus tada aos pontos exper imenta is .

0 , 9 -

0 . 8 -

0 , 7 -

O 0 , 6 -

O

craE

0 , 5 -

0 , 4 -

0 , 3 -

0 , 2 -

0,1 -

0,0

CSR - sér ie 2

2 3 4

Espessura de A l (mm)

FIGUR A 4.3 - Resu l tados obt idos de kerma no ar em funçã o da espessu ra dea lumín io , na sér ie 2 , para a determinaçã o da CSR (média = 2 ,410±0,019 mm Al ) ,

por meio da função exponenc ia l a jus tada aos pontos exper imenta is .

3 9

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CSR - sér ie 3

>>O

roocCO

E

0,9

0,8-

0,7

0,6

0, 5

0,4

0,3

0,2

0,1 •

0,0

2 3 4

Espessura de A l (mm)

FIGUR A 4.4 - Resu l tados obt idos de kerma no ar em função da espessu ra dealumínio, na sér ie 3, para a determinação da CSR (média = 2,26±0,06 mm Al) , por

meio da função exponenc ia l a jus tada aos pontos exper imenta is .

O segundo método ut i l i za a seguin te expressão, representada na

equ açã o 8, recom end ada pela R esolu ção RE n° 64^^'^° para diag nós t ico mé dico

convenc iona l :

CSR = [Xb*Ln(2*La/Lo)-Xa*(2*Lb/Lo) ] /Ln(La/Lb) , (8 )

On d e :

Lo = le i tura de kerma no ar sem absorvedor de alumínio

La = le i tura imediatamente super ior a Lo/2

Lb = leitura i . , diatamente infer ior a Lo/2

Xa = espessura de absorvedor de a lumín io cor respondente a La

Xb = espessura de absorvedor de a lumín io cor respondente a Lb

As médias dos resu l tados obt idos para a camada semi- redutora (CSR) ,

nas t rês sér ies, ut i l izando a pr imeira metodologia (gráf ico) e a segunda

me todolog ia , que u ti li za a equ ação 8, es tão apresentadas na TA B. 4 .1 .

4 0

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TAB ELA 4 .1 • Resul tados obt idos da CSR em a lumín io u t i l i zando as duasmetod olog ias : grá f ico e fórmu la .

Metodolog ia

CSR (mm A l )

Metodolog ia Sér ie 1 Sé r ie 2 Sér ie 3

Gráf ico 2,37±0,11 2 ,410±0,019 2,26+0,06

Equa ção 8 2 ,40±0,09 2,470±0.025 2,32±0,07

Com base nes tes resu l tados ver i f ica-se que ambas as metodolog ias

apresentam va lore s s imi lares , com um a d i ferença de apen as 2 , 1 % . Na

metodolog ia que emprega o grá f ico , o resu l tado médio fo i 2 ,35±0,03 mmAI , e na

segunda fo i de 2 ,40±0,04 mmAI . Os va lores obt idos pe lo método que ut i l i za a

equação 8 es tão, em todos os casos, ac ima dos obt idos gra f icamente. Ressa l ta-

se que um equipamento odontológico não permite a apl icação da RE n° 64 na sua

total idade, pois não é possível var iar o mAs, por exemplo. No entanto, é

impor tante des tacar que es tes resu l tados es tão de acordo com os requ is i tosmínimos exigidos pela Portar ia Federal 453^°, i tem 5.15b, que exige uma CSR

não infer ior ao equivalente a 1,5 mm de alumínio para 70 I^Vp.

4 . 1 .2 Segundo ar ran jo exper imenta l

Seguindo a or ientação da RE n° 64''^'^°, e em comp lemento aos va lo res

obt idos no i tem anter ior , foram real izadas exposições sem o local izador do

apare lho, com DFF=20 cm, e com os absorvedores de a lumín io co locados à meia

distância, ou seja, a 10 cm acima do detector , conforme FIG. 4.5. A cada

expos ição rea l izada fo i acresc ida 1mm de espessu ra de absorvedo r , reg is trando o

valor de Icerma no ar correspondente, até o valor total de 5 mm. Neste caso fo i

real izada uma sér ie de c inco repet ições.

4 1

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FIGU RA 4.5 - Ar ran jo exp er imenta l u t il izado para a medição da ca ma da se mi-redutora, segundo a RE n° 64.

A CSR foi determinada ut i l izando os mesmos métodos do i tem anter ior ,

o pr imeiro v ia gráf ico, re lac ionando os valores de kerma no ar em função da

espessura de absorvedores . E o segundo método, que u t i l i za a expressãosuger ida pela Resolução RE n° 64^^'^°.

Os gráf icos obt idos a par t i r dos procedimentos real izados ut i l izando a

pr imei ra metodolog ia , bem como as respect ivas funções a jus tadas aos pontos

exper imenta is , apresentaram um compor tamento semelhante ás do i tem anter ior .

Os resul tados obt idos estão apresentados na FIG. 4.6.

4 2

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0 , 9 -

0 , 8 -

0 , 7 -

O 0 , 6 -

0 , 5 -

° 0 , 4 -to

Ê 0 , 3 -(U

^ 0 , 2 ^

0,1 -

0,0

CSR - sér ie 1

2 3 4

Espessura de A l (mm)

FIG UR A 4.6 - Resu l tados obt idos de kerma no ar em função da espess ura dea lumín io obt ido para a determinação da CSR (média = 2,21 ±0,05 mm Al) , por

meio da função exponenc ia l a jus tada aos pontos exper imenta is .

Os resu l tados obt idos para a camada semi- redutora (CSR) , nes ta sér ie ,

ut i l izando a pr imeira metodologia (gráf ico) e a segunda metodologia, que ut i l iza a

equação 8, es tão apresentados na TAB. 4 .2 .

TABELA 4.2 - Resu l tados obt idos da CSR ut i l i zando as duas metodolog ias :gráf ico e fórmula, seguindo a RE n° 64.

Metodolog ia CSR (mm A l )

Gráf ico 2,21±0,05

Equação 8 2,27+0,05

Com base nes tes resu l tados, ver i f i ca-se que ambas as metodolog ias ,

como no ar ran jo anter ior , apresentaram va lores semelhantes , com uma d i ferença

menor que 3%, conforme TAB. 4 .2 . Es tes resu l tados também es tão de acordo

4 3

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com os requis i tos mínimos exigidos pela Portar ia Federal 453^°, i tens 5.15b, que

exige uma CSR não infer ior ao equivalente a 1,5 mm de alumínio para 70 kVp.

No entanto, ver i f ica-se que há uma pequena di ferença, em torno de

6%, entre os valores de CSR obt idos a par t i r dos arranjos exper imentais

ut i l izados. Esta di ferença é at r ibuída à detecção dos fótons espalhados pelos

absorvedores de alumínio, que dever iam ser excluídos do fe ixe de raios X,

acarretando uma maior CSR em relação ao valor reaP^^^.

4 . 2 Tensã o de p ico

Para as medidas de tensão de pico (kVp) fo i ut i l izado o mesmo tempo

selecionado para o teste anter ior , ou seja, 0,5 segundos. In ic ia lmente foram

real izadas t rês sér ies de c inco medidas com o local izador do aparelho

pos ic ionado perpendicu larmente ao medidor de tensão de p ico c i tado

anter iormente, numa distância foco- f i lme (DFF) de 20 cm, conforme FIG. 4.7a. Em

seguida foram repet idas as mesmas medidas , u t i l i zando um pos ic ionador de

7,5 cm de compr imento, aumentando a DFF para 27,5 cm, conforme FIG.4.7b.

(a ) (b )

FIGURA 4.7 - Arranjo exper imental ut i l izado para a medida de kVp: a) sempos ic ionador DFF=20 cm; b) com pos ic ionador DFF=27,5 cm.

4 4

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Os resul tados obt idos para a tensão de pico com distância foco- f i lme

igua l a 20,0 cm e 27,5 cm e s tão apresentados na TA B. 4 .3 .

TA BE LA 4.3 - Va lores o bt idos para a tensão de p ico para 20 cm e 27,5 cm.Tensão nomina l .

D FF Tensão de pico ( l<Vp)

(cm) Sér ie 1 Sér ie 2 Sér ie 3

20,0 63 ,82±0 ,16 63 ,68±0 ,10 63,38±0,23

27,5 63,42±0,18 63 ,66+0 ,19 62,92+0,18

Embora es te s is tema de ra ios X possua uma tensão nomina l de 70 kV,

com o c i tado no i tem 3 .1 , com prova-se que o va lor da tensão de p ico obtida não

var iou com o aumento da dis tância foco- f i lme, ou seja, quando se ut i l iza

pos ic ionador . A d i ferença na exat idão encont rada de aprox imadamente 10% pode

estar re lac ionada com a tensão da rede elét r ica, que pode sof rer var iação de local

e horár io^ \ lembrando que os s is temas de ra ios X u t i l i zados em consu l tór ios

normalmente es tão su je i tos a es tas var iações, po is não são equ ipamentos

cont ro lados como os de laboratór ios . De qua lquer manei ra , es tes resu l tados es tão

de acordo com o padrão de desempenl io descr i to pe la Por tar ia Federa l 453^°,

i tem 5.15c, que exige uma tensão medida no tubo não infer ior a 50 kVp, com uma

tolerância de -3 kVp.

4 . 3 T aman h o d e cam p o

Para a determinação do tamanf io do campo de rad iação, ou fe ixe útil,

fo i se lec ionado o tempo de 0 ,5 segundos, e os f i lmes foram pos ic ionados sobre

uma super f íc ie p lana para serem expostos ao fe ixe de ra ios X. As expos ições

foram rea l izadas em quat ro e tapas, e em duas d is tânc ias foco- f i lme (DFF) : a)

DFF=20 cm com loca l izador ; b) DFF=27,5 cm com loca l izador ; c ) DFF=20 cm sem

local izador; d) DFF=27,5 cm sem local izador. Os dois pr imeiros arranjos estão

apresentados na FIG. 4 .8 .

4 5

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L o c a l i z a d o r

P o s i c i o n a d o r

FIGUR A 4.8 : Ar ran jo expe r imenta l u t i li zado para a determinação do tamanh o decampo: a) DFF=20 cm com local izador; b) DFF=27,5 cm com local izador.

Para cada arranjo o procedimento fo i repet ido c inco vezes, e a

revelação dos f i lmes i r radiados seguiu as recomendações do fabr icante Kodak,levando em consideração a tabela tempo/ temperatura"*^ fornecida. Os f i lmes

reve lados foram montados e ana l isados em um negatoscópio , medindo-se o

diâmetro das imagens, em c inco posições di ferentes. Os resul tados obt idos para

os arran jos es tão aprese ntados na TAB . 4 .4 .

TA BE LA 4.4 - Va lores de tama nho de campo obt idos u t il izando quat ro ar ran jos

di ferentes.

DFF

(cm)

20,0

Tamanho de campo (cm)

Co m local izador Se m local izador

5,310±0,014 5,50+0,008

27,5 (com posic ionador) 7 ,400+0,017 7,620+0,019

Com base nos resul tados obt idos pode-se concluir que o aparelho de

raios X aval iado apresenta resul tados sat is fatór ios quando é ut i l izada uma DFF de

20 cm, pois em uma radiograf ia int rabucal o diâmetro do campo não deve ser

4 6

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super ior a 6 cm, valores entre 4 e 5 cm são permit idos apenas quando houver um

sistema de al inhamento e posic ionamento do f i lme, conforme descr i to no i tem

5.7d( i i ) . Mas, ao se ut i l izar o posic ionador, a 27,5 cm, que é o recomendado pela

PF 453^°, i tem 5.8d( i i ) , o tamanho do campo ul t rapassa o valor máximo de 6 cmex ig ido no mesmo documento. Es te fa to demonst ra uma incoerênc ia da norma,

po is ao se aumentar a DFF o campo aumentará com cer teza, d i f icu l tando o

atend imento completo des te i tem.

4 .4 Reprodut ib i l idade do tempo de exposição e de kerma no ar

Nesta e tapa foram rea l izadas medidas para tempos de expos ição

se lec ionados no tempor izador com o loca l izador do apare lho encostado

perpendicularmente ao medidor do tempo de exposição Fabinject c i tado no i tem

3.2 (D FF= 20 cm ), con form e FIG. 4.9. O tem po de e xpos ição fo i var iado de O a

1.5 s. Para cada tempo de exposição selec ionado foram real izadas t rês sér ies de

c inco medidas .

FIGURA 4.9 - Arranjo exper imental ut i l izado para a medição da reprodut ib i l idadedo tempo de expos ição sem pos ic ionador (DFF=20 cm) .

Em seguida, para os mesmos tempos de expos ição e mesma

quant idade de repet ições, foram determinados os respect ivos valores de kerma

4 7

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no ar , para DFF=20 cm e 27,5 cm, ut i l izando-se o inst rumento mult i - função da

RMI , modelo Gammex, deta lhado no i tem 3.2 , conforme FIG. 4 .10.

FIGURA 4.10 - Arranjo exper imental ut i l izado para a medição do kerma no ar paraDFF=20 cm e 27,5 cm.

Os resul tados obt idos para o tempo de exposição do s is tema de

ra ios X ava l iados e apresen tados na TAB. 4 .5 , demonst raram que a var iação

entre o valor medido e o valor nominal esteve sempre abaixo de 10% que é o

l imi te reco me nda do pelo item 5.15d da PF 453^°. Neste equip am en to o valor

nominal é subst i tuído pela média dos valores de tempo medida pelo própr io

s is tema de raios X.

4 8

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TABELA 4.5 - Va lores obt idos de tempo de expos ição (DFF=20 cm) do s is tema deraios X Dabi At lante de 70 kV/8 mA, ut i l izando-se o detector Fabinject .

Tempo nomina l Tempo de expos ição (s )

(s) V Sér ie 2^ Sér ie 3^ Série

0 0 0 0

0,50 0,5480±0,0020 0,524±0,009 0,502±0,009

1,00 1,034010,0024 0,992±0,009 0,994±0,029

1,50 1,538±0,012 1,478±0,010 1,660±0,014

Este modelo de equ ipamento de ra ios X possu i um tempor izador que

compensa poss íve is var iações na cor rente e lé t r ica , aumentando ou d iminu indo os

tempos de expos ição se lec ionados. Sendo ass im, quando se se lec ionou o tempo

de 1,5 s na 3^ série, o valor médio mostrado no controle foi de 1,646±0,016 s.

Portanto, a var iação entre o tempo medido e o real fo i bem infer ior a 10%, como

recomenda a PF 453^°.Part iu-se então para a aval iação da reprodut ib i l idade dos valores de

kerma no ar como já c i tado e cujo arranjo aparece na FIG. 4.10. Os resul tados

obt idos para a DFF=20 cm e de 27,5 cm es tão apresentados nas TAB. 4 .6 e 4 .7 ,

respect ivamente.

TABELA 4.6 - Va lores obt idos de kerma no ar (K) e respect ivos tempos de

exposição (At) para DFF=20 cm do s is tema de raios X Dabi At lante de70 kV/8 mA, com a cámara de ion ização do medidor Gammex.

T e m p o

nomina l

(s )

Sér i e 2a Sér ie 3^ Sériee m p o

nomina l

(s )K ( m G y ) A t ( S ) K (mGy) A t ( S ) K (m Gy) A t ( S )

0 0 0 0 0 0 0

0,50 0,869±0,008 0,534±0,004 0,862±0,004 0,546+0,011 0,880+0,003 0,530±0,000

1,00 1,769+0,006 1,036+0,009 1,721+0,006 1,082+0,005 1,8030±0,0023 1,050+0,006

1,50 2,657±0,006 1,632+0,008 2,644±0,005 1,624±0,010 2,689+0,008 1,572±0,018

4 9

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TABELA 4.7 : Va lores obt idos de kerma no ar (K) e respect ivos tempos deexposição (At) para DFF=27,5 cm do s is tema de raios X Dabi At lante de

70 kV/8 mA, com a câmara de ion ização do medidor Gammex.

T e m p o s V Sér ie 2^ sér ie 3^ Sérienomina is

(s )K (m Gy) A t ( S ) K (m Gy) A t (s ) K ( m G y ) A t ( S )

0 0 0 0 0 0 0

0,50 0,758±0,004 0,530±0,005 0,738±0,006 0,5440+0,0024 0,766+0,008 0,540±0,000

1,00 1,525±0,009 1,054±0,004 1,540+0,018 1,038+0,052 1,540+0,004 1,102±0,005

1,50 2,348±0,01 5 1,598±0,007 2,374+0,011 1,384±0,007 2,395±0,035 1,520±0,059

Da mesma manei ra que para o tempo de expos ição. a var iação

máxima encontrada (4,8%) entre os resul tados médios de kerma no ar , para os

t rês tempos de expos ição e nas duas d is tânc ias u t i l i zadas es teve sempre aba ixo

do l imi te de 10% estabelecido pela PF 453^°.

4 .5 L inear idade de kerma no ar com o tempo de exposição

Para a ver i f icação da l inear idade dos valores de kerma no ar em

relação ao tempo de exposição (0,5, 1,0 e 1,5 s) selec ionado no tempor izador do

aparelho de raios X, foram ut i l izados os dados obt idos no i tem 4.4, TAB. 4.6 e 4.7.

Com es tas medidas foram confecc ionados se is grá f icos de va lores de kerma no

ar obt idos em função do tempo de exposição, t rês para a DFF=20 cm e t rês para

a DFF=27,5 cm. F ina lmente para cada con junto de dados a jus tou-se uma função

l inear. Os gráf icos obt idos estão apresentados nas FIG. 4.11 a 4.16.

5 0

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Tempo de expos ição (s )

FIGURA 4.11 - Teste de l inear idade do s is tema de raios X, kerma no ar emfunção do tempo de expos ição nomina l , com DFF=20 cm (sér ie 1) .

2 , 5 -

2 , 0 -

OEL_

TOOc

^ 1 ,0 -

0 , 5 -

1 ,5 -

0 , 0 '

0,0—r~

0,2

• L i n e a n d a d e DF F =2 7 , 5 c m - s é r i e 1

— r —0 ,4 0,6 0,8 1,0 1,2

Tempo de expos ição (s )

— 1 —

1,0I

1,4— 1 —

1,6

FIGURA 4.12 - Teste de l inear idade do s is tema de raios X, kerma no ar emfunção do tempo de expos ição nomina l , com DFF=27,5 cm (sér ie 1) .

5 1

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3 , 0 - ,

2 , 5 -

> , 2 , 0 -OE,

ro 1 ,5 -ocCD

E 1,0-^

0 , 5 -

0,00,0 0,2

— L i n e a n d a d e D F F = 2 0c m - s én e 2

I0 ,4

I1,0,6 0,8

Tempo de expos ição (s )

1,2I

1,4 1,6

FIGURA 4.13 - Teste de l inear idade do s is tema de raios X, kerma no ar emfunção do tempo de expos ição nomina l , com DFF=20 cm (sér ie 2) .

2 , 5 -

2 , 0 -

ü

E,CD

Oc^ 1,0 '

1 .5 -

0 , 5 -

0,00,0 0,2

L i n e a r i d a d e DF F =2 7 , 5 c m - s é r i e 2

I0 ,4

I ' r0,6 0,8

I1,0

I1,2 1 ,4 1,6

Tempo de expos ição (s )

FIGURA 4.14 - Teste de l inear idade do s is tema de raios X, kerma no ar emfunção do tempo de expos ição nomina l , com DFF=27,5 cm (sér ie 2) .

5 2

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3 , 0 - ,

2 , 5 -

> . 2 , 0 -OE

m 1 , 5 -

ocroE i,oHQ )

0 , 5 -

0 ,0

0 ,0 0 ,2

— L i n e a r i d a d e D F F = 2 0 cm - s ér ie 3

— 1 —

0, 4I ' r

0 ,6 0 ,8 1 ,0 1 ,2

Tempo de expos ição (s )

1 , 4 1 , 6

FIGURA 4.15 - Teste de l inear idade do s is tema de raios X, kerma no ar emfunção do tempo de expos ição nomina l , com DFF=20 cm (sér ie 3) .

Tempo de expos ição (s )

53

FIGURA 4.16 - Teste de l inear idade do s is tema de raios X, kerma no ar emfunção do tempo de expos ição nomina l , com DFF=27,5 cm (sér ie 3) .

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Pelos ajustes l ineares obt idos, ver i f ica-se que o aparelho de raios X

ava l iado, bem como a metodolog ia ap l icada, apresentou uma l inear idade

sat is fatór ia ent re os tempos de exposição e os respect ivos valores de kerma no

ar, f icando bem abaixo da var iação de 20% descr i ta na Portar ia Federal 453^°,i tem 5.15e (a taxa de kerma no ar deve ser l inear com o tempo de exposição, o

desv io - d i ferença ent re duas medidas - máx imo não deve u l t rapassar 20% do

va lor médio , para os tempos comumente u t i l i zados) . A maior var iação encont rada

fo i de aprox imadamente 7% para a terce i ra sér ie de medidas em 27,5 cm para o

tempo de 1,5 s.

4 .6 Dose de entrada na pele (DEP)

Para a determinação da dose de ent rada na pe le (DEP) foram

ut i l izadas as medidas de kerma no ar obt idas por meio do procedimento descr i to

no i tem 4.4, Tabelas 4.6 e 4.7. Cada valor obt ido de kerma no ar fo i mul t ip l icado

por um fator de ret roespalhamento^^ correspondente ao raio do campo de

rad iação ut i l i zado em cada detenn inação, resu l tando na DEP já def in ida

anter iormente. Va lores de fa tores de re t roespalhamento para d i ferentes ra ios de

campo de rad iação foram publ icados por Johns e Cunningham^^ Para a

determinação destes fatores para os raios de campos obt idos neste t rabalho, fo i

confecc ionado um gráf ico u t i l i zando-se os va lores pub l icados, apresentado na

FIG. 4.17, para a DFF de 20 cm (raio = 2,66 cm) e para a DFF de 27,5 cm

(ra io=3,70 cm ) . Os fa tores de re t roespalham ento foram e ncont rados por um a jus te

po l inomia l de terce i ra ordem, para uma CSR de 2 ,21 cm. Os va lores de DEP

obt idos es tão apresentados nas TAB . 4 .8 e 4 .9 .1,30-

1 , 2 8 -

0 1 .26-

1 1 , 2 4 -to

i 1.22-Q.

g 1.20-1

"S 1

0)• ° 1S.

1,

1,

3 4 6 6 7

Raio do campo de radiação (cm)

FIGURA 4.17 - Gráf ico ut i l izado para a determinação do fator deret roespalhamento, para DFF=20 cm e 27,5 cm, para uma CSR de 2 ,21 cm

5 4

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qual idade de uma radiograf ia. O s imulador consiste em uma base de alumínio

recoberta por uma placa de acr í l ico, com dimensões de 4 cm x 3 cm (mesmas do

f i lme radiográf ico) , e espessura total de 3,0 mm, conforme já descr i to no i tem 3.6

e i lust rado na FIG. 4.18.

Placa deacrílico

f ^ Placabase dealumínio

FIGURA 4.18 - Placa de acr í l ico, p lacas de alumínio per furadas, que foramsobrepostas para confecção do objeto teste, e a base de alumínio.

O diâmetro dos or i f íc ios fo i var iado de 0,25 mm a 1,0 mm. O objeto

teste possui uma espessura total de 1,5 mm de alumínio e é recoberto por uma

placa de acr í l ico de 1,5 mm, conforme FIG. 4.19.

5 6

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(a) Acrílico, alumínio e filme de raios X (b) Objeto teste mon tando

FIGU RA 4.19 - Obje to tes te desenvolv ido para ava l ia r a qua l idade da imagemradiográf ica , composta de uma p laca de a lumín io per furada, com d iâmet ros e

profundidades di ferentes recoberta por acr í l ico.

O objeto teste fo i radiografado em um tempo de exposição ta l que a

densidade ót ica na imagem esteja dentro da região de maior contraste do f i lme

radiográf ico ut i l izado, Kodak ektaspeed, obt ida por meio da sua curva

caracter ís t ica.

Conforme descr i to no i tem 2.4, a curva caracter ís t ica descreve a

var iação da dens idade ót ica de um f i lme (grau de enegrec imento) em função da

expos ição, onde a reg ião mais íngreme cor responde àquela de maior cont ras te .

Para a obtenção desta curva, os f i lmes foram ir radiados ut i l izando o aparelho de

raios X de 70 kVp c om tem pos de ex posiçã o qu e var iaram de 0,1 a 1,5 s, e

reve lados de acordo o fabr icante . O resu l tado es tá apresen tado na FIG. 4 .20.

5 7

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caüo .

• o(U

• oro

• gU)

c

Q

6 , 0 - ,

5 , 5 -

5 , 0 -4 , 5 -

4 , 0 -

3 , 5 -

3 , 0 -

2 , 5 -

2 , 0 -

1,5 -

1 , 0 -

0 , 5 -

0 , 0 -

0,0—r—

0,8

— T —1,0

— I —

1,2— 1 —

1,4 1,6

Tempo (s)

FIGU RA 4 .20 - Curva de tem po de expo s ição carac ter ís t ica d o fi lme ektaspeed,

Kodak.

De acordo com a curva apresentada na FIG. 4 .20 pode-se observar que

a região de maior contraste está ent re os tempos 0,1 a 0,5 s. Sendo assim, o

objeto teste fo i i r radiado com estes tempos e os f i lmes revelados de acordo com

as inst ruções do fabr icante.

Com base nas rad iograf ias obt idas , FIG. 4 . 2 1, pode-se o bservar que a

imagem exposta a 0 ,2 segundos apresentou o maior número de "or i f í c ios"

observáve is em re lação aos demais f i lmes. Nesta imagem (em 0,2 segundos) fo i

possível , ut i l izando-se um negatoscópio, observar prat icamente as sete l inhas de

furos nas t rês úl t imas colunas, sendo que nas duas pr imeiras pode-se observar

c laramente c inco l inhas, a sexta l inha é v is ta com cer ta di f iculdade. A sét ima l inha

não é v is ível na úl t ima coluna.

5 8

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0,1 s 0,2 sw ^

0,3 s 0,4 s 0,5 s

FIGURA 4.21 - Imagens do objeto teste i r radiado em intervalos de tempo de 0,1 a0,5 segundos.

Na imagem da radiograf ía exposta a 0,1 segundos fo i possível observar

até a sexta l inha e com di f iculdades.

É importante destacar que os f í lmes i r radiados com tempos de 0,3 a

0,5 segundos apresentam dens idades ópt icas mui to e levadas, apesar de es tarem

dentro do intervalo de maior contraste, o que mostra a importância de ut i l ização

deste objeto teste.

5 9

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4 . 8 In tegr idade das vest ime ntas de proteção individual

Os aventais de chumbo e os protetores de t i reóide são ut i l izados como

vest imentas de proteção indiv idual de pacientes nos consul tór ios

odontológicos^°'^^^°; para tanto, eles devem estar em perfeitas condições para

uma proteção efet iva às regiões adjacentes àquelas irradiadas"*^'^^^^

O aventa l deve possu i r d imensões mín imas de 76 cm de compr imento

por 60 cm de largura^^e 0 ,25 mm de espessura de chumbo.

Para a ver i f icação da integr idade destas vest imentas, neste t rabalho

sugere-se que in ic ia lmente seja real izada uma inspeção v isual e em seguida uma

de conta to , procurando a lguma deformação no chumbo, ou se ja , uma poss íve lt r inca. Caso a lguma deformação se ja encont rada, deve-se co locar um f i lme

radiográf ico at rás do avental de chumbo, na área deformada e real izar uma

expos ição .

Neste t rabalho foram testados dois aventais i lust rados na FIG. 4.22

sendo um de borracha plumbí fera (a) e um de chumbo (b) largamente ut i l izados.

(a) (b)

FIGURA 4.22 - Aventais de proteção indiv idual testados: (a) avental de borracha

plumbí fera e (b) avental de chumbo.

Após observar -se que no aventa l de chumbo (b) hav ia deformações

pelo método v isual e de contato, fo i real izada uma exposição à radiação-X

conforme FIG. 4.23, colocando-se um f i lme radiográf ico at rás do avental .

6 0

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FIGURA 4.23 - Arranjo ut i l izado para detecção de t r incas em vest imentasplumbí fera.

Após a revelação do f i lme radiográf ico pode-se fazer uma aval iação da

t r inca encont rada, bem como sua d imensão. Desta forma pode-se conf i rmar se há

ou não uma t ransmissão da radiação at ravés desta vest imenta, aval iando a

ef ic iência do avental (FIG. 4.24) .

FIGUR A 4.24 - Imagem da uma t rinca detec tada na inspeção da ves t imenta.

6 1

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o resul tado deste teste mostrou uma imagem radiolúc ida no f i lme

rad iográf ico , conf i rmando a presença de uma t r inca no aventa l de chumbo da FIG.

4.22b. Es te modelo de aventa l é confecc ionado com uma lâmina de chumbo, de

no mín imo 0,25 mm, e requer armazenamento adequado, sem dobras , para quenão apareçam t r incas durante su a v ida útil.

Atua lmente as novas ves t imentas são confecc ionadas a par t i r de uma

bor racha p lumbí fera , com espessura equ iva lente em chumbo de 0 ,25 mm. Neste

caso é mais di f íc i l encontrar deformações ou t r incas, devido ao seu

armazenamento inadequado. No entanto , o aventa l de chumbo most rado na FIG.

4.22b a inda é amplamente comerc ia l izado.

6 2

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5 . C O N C L U S Õ E S

Os procedimentos suger idos nes te t raba l l io para o a tend imento dos

requis i tos da PF 453^°, para a real ização de controle de qual idade de aparel l ios

de ra ios X odonto lóg icos , demonst raram no ins t rumento tes tado, a tenderem

sat is fa tor iamente es te documento.

O equipamento de ra ios X u t i l i zado para rea l ização des tes procedimentos é

um aparelho moderno, com recursos não existentes na maior ia dos ut i l izados pela

c lasse odonto lóg ica, como por exemplo, a v isua l ização s imul tânea do tempo

nomina l e tempo rea l de expos ição, dev ido a um s is tema de compensação

automát ica da var iação de corrente elét r ica do local . Por tanto, os testes de

constânc ia apresentados são de suma impor tânc ia para a e laboração de

procedimentos para a rea l ização do cont ro le de qua l idade nos consu l tór ios

odonto lóg icos , uma vez que out ros modelos de apare lhos de ra ios X fabr icados

podem apresentar resu l tados d i ferenc iados, e os mais ant igos provave lmente

poderão es tar em desacordo com a norma v igente .

Entretanto, é importante destacar que na ut i l ização de posic ionadores para

f ixar os f i lmes e al inhar o fe ixe de raios X a dose de entrada na pele diminui , mas

o tamanho do campo aumenta e u l t rapassa o va lor máx imo de 6 cm descr i to

nesta por tar ia. Ne ste cas o sug ere-se que haja uma aval iaç ão ma is detalha da do

custo-benef íc io no uso dos posic ionadores.

Os resu l tados obt idos da CSR es tão de acordo com a Por tar ia Federa l453""°, porém d i ferem ent re os ar ran jos apresentados. No segundo ar ran jo , o

resul tado obt ido fo i menor, devido á não contr ibuição dos fótons espalhados do

feixe, o que su ge re a sua ut i lização . No caso da ut i l ização do p r imeiro arranjo, o

valor da CSR poderá ser maior que o real e num eventual teste de qual idade o

apare lho poderá ser aprovado er roneamente.

A u t i l i zação da rad iograf ia odonto lóg ica como um exame complementar é

de suma importância para um bom diagnóst ico, para isso deve-se garant i r a sua

qual idade. As imagens obt idas por meio da expos ição do ob je to tes te ,

desenvolv ido nes te t raba lho, conf i rmaram a boa qua l idade do apare lho de ra io X

ut i l i zado; no entanto , demonst raram a impor tânc ia mais uma vez de um dos

63

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pr incípios básicos de radioproteção, a ot innização do uso da radiação ionizante,

uma vez que a melí ior radiograf ia fo i obt ida com um tempo de exposição menor

(0,2 s) dentro do intervalo indicado pela curva característ ica do f i lme ut i l izado,

diminuindo por tanto a dose de radiação ao paciente e ao t rabalhador.A impor tânc ia do cont ro le de qua l idade em s is temas de rad iod iagnóst ico

odontológico é ev idenciada pelo uso rot ineiro da radiação-X nos consul tór ios

odontológicos. A PF 453^° recomenda a real ização dos testes de constância com

freqüência mínima de dois anos, porém sugere-se que o própr io prof iss ional ,

c i rurgião-dent is ta, implemente seu controle interno da qual idade das radiograf ias

obt ida em seu aparelho. Is to poderá ser executado at ravés de exposições

mensais de um objeto teste (s imulador) do t ipo desenvolv ido neste t rabalho

acumulando um h is tór ico de in formações sobre seu equ ipamento, e se necessár io

real izando os testes de controle de qual idade antes dos prazos def in idos pela PF

453^°.

6 4

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6 - RE F E R E NCI AS

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2 I N T E R N A T I O N A L A T O M I C E N E R G Y A G E N C Y . Safety Standards Serles:Radiological Protection for Medical Exposure to Ionizing Radiation.Vienna: IAEA, 2002. (Safety Guide N° RS-G-1.5) .

3 Rad iological protection of patients In diagno stic and interventiona lradiology, nuclear m edicine and radiotherapy: Proceedings of anInternational Conference Held in Malaga. I n : INTERNATIONALC ON FE R E N C E ON R A D I OL OGI C A L P R OTE C TI ON OF P A T I E N TS I ND I A GN OS TI C A N D I N TE R V E N TI ON A L R A D I OL OGY , N U C L E A R M E D I C I N EA N D R A D I OTH E R A P Y , M a r 2 6 - 3 0 , 2 0 0 1 , S p a i n . Proceedings series IAEA,ISSN 0074-1884.

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5 I N T E R N A T I O N A L A T O M I C EN E R G Y A G E N C Y . Radiation dose In d iagnosticradiology and methods for doses reduction. Vienna: IAEA, 1995. ( lAEA-T E C D O C - 7 8 6 ) .

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