Reflex Oes

2013 © - Reflexões para a sua aprovação, Manoel Morais – www.TecnicasDeEstudo.com.br

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REFLEXÕES Para a Sua Aprovação

Trazido até você por www.TecnicasDeEstudo.com.br

Este livro pode ser distribuído gratuitamente, desde que neste formato original, sem alteração de conteúdo. Pode ser oferecido como brinde em sites da internet, pode ser vendido, pode ser usado como parte de um curso presencial ou à distância. Em todos os casos, a veiculação deve ser do material original. O descumprimento sujeitará os infratores às sanções e reparações legalmente cabíveis. Este livro é protegido por direitos autorais para Manoel Morais de O. N. Alexandre.

http://www.tecnicasdeestudo.com.br/


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Cruel Dilema

Ir ou não ir à escola...

Fazer da terça, domingo.

Fazer da tarde, recreio.

Fazer da classe, preguiça.

Fazer da aula, passeio...


Trocar a carteira pela rua.

Trocar a prova pelo vento.

Trocar a mochila pelo sol.

Trocar o futuro pelo momento.


Aprender a fazer, olhando.

Aprender a falar, ouvindo

Aprender a saber, fazendo.

Aprender a viver, vivendo.


Eis a maior, a única,

a verdadeira questão!

Carlos Queiroz Telles

(Livro: Sementes de Sol, Editora Moderna - 2ª Edição)


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Sumário de Títulos

Agradecimentos

Introdução

Entrevista com o Prof. Manoel Morais

Segunda entrevista com o Prof. Manoel Morais

Entenda o seu contexto

Quem "paga o preço" passa nos concursos?

Os 3 Tipos de Candidatos

Qual é a sua concorrência?

Devo tentar muitos concursos ou só um?

Livros ou apostilas?

A escola dos meus sonhos

Dicas de sites importantes


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Agradecimentos

Quero enviar um agradecimento especial a todos os

alunos que já fizeram o meu treinamento de Técnicas de Estudo,

principalmente àqueles que me enviaram seu depoimento de

sucesso para inspirar outras pessoas que passaram pelas mesmas

dificuldades que eles. Vocês são especiais no meu mundo.

Aos muitos amigos do Senado Federal, pelo

profissionalismo e exemplo para todo o corpo do funcionalismo

público.

Aos meus professores na educação formal, com os

quais sempre aprendi, muitas vezes até o que não fazer.

Agradeço aos muitos empresários da Franquia AVA,

que me ensinaram lições que jamais poderiam ser aprendidas na

escola. Isso é para sempre.

Agradeço aos irmãos na fé, João e Fabíola (obrigado

pelo testemunho vivo), Scherrer e Elizabeth, Diogo e Luciene, e

tantos outros irmãos que têm contribuído para trazer a soberania

de Deus também para a Terra.

Agradeço aos meus irmãos Elizabeth, Eudes,

Francisco, Bosco e Larissa.

Obrigado, mãe.

Agradeço à minha esposa pelo companheirismo e

dedicação amorosa nestes muitos anos de caminhada juntos.

Agradeço ao Senhor Jesus, por ter reconciliado a

humanidade com Deus, ao liberar sua vida na cruz para nos

encher com o Espírito da Realidade, quando nós é que merecíamos

morrer. Obrigado, Senhor, por nos dar ao menos a possibilidade

de participarmos deste grande concurso para o cargo da vida

eterna e reinarmos junto com o Senhor, cujo gabarito é o quanto

do Senhor cresceu em nós.


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Muito obrigado a todos!


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Introdução

Caríssimo Leitor,

Passar num concurso muda radicalmente a vida de

uma pessoa e eu tenho certeza de que no seu caso não será

diferente.

Você já sabe em que conta vai receber o seu salário?

Sabe qual a destinação do dinheiro? Já conversou com algum

servidor do órgão no qual vai trabalhar para saber mais ou menos

quanto é a remuneração?

Passar num concurso é tão sério que é um assunto

que deve ser considerado com cuidado.

Vamos refletir juntos sobre alguns aspectos da sua

aprovação. Falar em “sua aprovação” não é exatamente correto,

pois a probabilidade maior é que você nunca vai passar num

concurso, ao contrário do que muitos tentam lhe fazer crer.

Então, a melhor coisa que você pode fazer é entender

isto: você já não vai passar, este é o seu futuro. Sabendo que o

futuro é assim, você pode trabalhar agora no presente para alterar

este futuro que você não aceita.


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Sabe o que eu acho interessante? Você poderia pegar

a pessoa menos capacitada para passar num concurso (poderia ir

numa sala de cursinho que você vai encontrar muitos) e entregar

na minhas mãos. Sabia que se minha agenda permitisse eu

acompanharia esta pessoa e ela estaria apta a passar em qualquer

concurso que ela quisesse em menos de 12 meses? Sabe o que

isto nos mostra? Que existe algo a ser feito! Existe um conjunto de

ações corretas que pode lhe transformar num aluno aprovado.

A primeira coisa que você precisa fazer é entender

que não é estudando muito que você vai passar. Você precisa

simplesmente ter melhor desempenho na prova de seleção do que

essa multidão de desesperados que estão lotando as salas de

cursinhos e bibliotecas. Eu sei que esta é a parte mais difícil:

mudar a sua mentalidade e as suas crenças. A mentalidade errada

sobre a forma correta de aprender as matérias e a crença oculta de

que você nunca vai ser aprovado dentro das vagas.

A minha esperança é me encontrar com você algum

dia no meu treinamento de Técnicas de Estudo

(www.TecnicasDeEstudo.com.br) e depois ouvir a sua história de

sucesso.

Peço que visite também a minha página sobre

Estratégias Avançadas de Leitura (www.CursoDeLeitura.com.br)


http://www.cursodeleitura.com.br/


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É preciso dizer que este livro não vai lhe ensinar a

passar. A proposta aqui não é ministrar o curso de técnicas de

estudo na versão escrita. É apenas refletir com você sobre a

direção que você está tomando nesta tarefa séria de passar. Eu

sinto lhe dizer, mas muito provavelmente você está dando uma

volta danada numa coisa que poderia ser alcançada mais

diretamente e sem sofrimento, sem dor.

Fique comigo nestas reflexões, para poder decidir

conscientemente se quer melhorar ou não, e até se precisa

melhorar.

Brasília, janeiro de 2013.

Prof. Manoel Morais


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Entrevista com o Prof. Manoel Morais

Prof. Alexandre Oliveira: Como o Sr. pode garantir que uma pessoa

esteja apta para ser aprovada num concurso de alta concorrência

aplicando as suas técnicas por apenas 6 meses?

Prof. Manoel Morais - O búlgaro Lozanov ensinou inglês para os

seus alunos em menos de duas semanas. Alguns aprenderam o

idioma em apenas 7 dias e nunca mais esqueceram! Isso pode

parecer impossível (e é!) quando se leva em conta o modo

convencional de ensinar e de aprender. Estamos numa época de

alta-tecnologia, mas um professor da Idade Média se sentiria em

casa na maioria das salas de aula de hoje, a não ser pelo livro

impresso! O professor de matemática é bom em matemática, mas

o que ele ensina? Matemática! E não como ser bom em

matemática! No geral, ele adquiriu domínio na disciplina a duras

penas e é apenas isso que pode ensinar. É por isso que os alunos

não se encantam. Nada de grandioso pode ser feito sem prazer. O

próprio cérebro não estará engajado no processo, pois possui um

mecanismo peculiar de evitar situações desagradáveis, buscando

repetir as que dão prazer. Enquanto todos estão dizendo "esforce-

se para aprender", a minha mensagem é "relaxe e aprenda". Pois

tudo que não se pode fazer para aprender é se esforçar! A escola e


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a universidade tem valorizado a transmissão dos conteúdos, mas

ninguém está pensando nos métodos! Há alguma disciplina

curricular que ensina a estudar, que explica o funcionamento do

cérebro ao aprender, que fala como memorizar os conteúdos? As

pessoas estão estudando de uma forma que não é a que o cérebro

aprende, estão nadando contra a corrente! Quer ver uma coisa?

Um aluno assiste a uma aula de um excelente professor.

Obviamente compreenderá tudo [risos]. Ocorre que dentro de duas

semanas não se lembrará de nada! Outro: ele lê um livro de

excelente didática, compreende tudo, e em duas semanas? Nada! E

as pessoas acham que isso é normal! Uma pessoa que concluiu um

curso de direito já estudou tudo de que necessita para ser

aprovada num concurso para juiz ou procurador. Por que então

precisam se preparar por mais de cinco anos após o final da

faculdade? Por que esquecem! Algumas precisam até fazer

cursinho preparatório para prestar o exame da OAB! O que eu faço

é explicar o funcionamento do cérebro e técnicas eficientes de

estudar, para que estudem da mesma forma como o cérebro

aprende! Isso deveria ser a primeira busca de qualquer aprendiz e

de todo mestre. Antes de dizer "eu vou estudar" deveriam dizer

"vou aprender a estudar"!


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Prof. Alexandre Oliveira: E por que estas técnicas não são de

domínio comum, quero dizer, por que não são ensinadas na escola

e na universidade?

Prof. Manoel Morais: Porque o peixe não sabe que está dentro do

aquário! Se você propuser a um diretor de escola do ensino médio,

por exemplo, que proponha alguma medida para melhorar a

qualidade de educação, ele certamente dirá: vamos dar mais aulas!

Ou seja, eles fazem muito certo a coisa errada! Não param para

rever os métodos, insistem em repassar os conteúdos. Colocar um

aluno de frente a um livro e dizer "estude" é uma covardia! Não

estou falando do que fazer (estratégia), estou interessado é no

como fazer o que fazer (tática). Todo professor deveria conhecer a

linguagem da aprendizagem, ou seja, saber como o cérebro

funciona, além da disciplina no seu campo de atuação. Muitos dos

chamados problemas de aprendizagem são, na verdade,

problemas de ensino. Vamos fazer um exercício de imaginação

agora: o que você acha que aconteceria com as empresas de

comunicação, com os correios, com os bancos, com as diversas

prestadoras de serviço, companhias aéreas et cetera, se todos os

computadores do mundo parassem exatamente agora?

Prof. Alexandre Oliveira: Parariam?


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Prof. Manoel Morais: Todas! Qual seria a única que não pararia? A

escola! Isso mostra o quanto a escola e a universidade estão

divorciadas do progresso geral da sociedade.

Prof. Alexandre Oliveira: É por isso que nossa educação fica tão

atrás até de países vizinhos nossos aqui da América do Sul.

Prof. Manoel Morais: É por isso! O que está sendo ensinado neste

exato momento em nossas faculdades está, no mínimo, com 10

anos de defasagem!

Prof. Alexandre Oliveira: Como o Sr. passou a se interessar pelo

tema do cérebro e pensar em estratégias para aprender?

Prof. Manoel Morais: Num dos meus cursos, um aluno levantou o

braço no meio da minha exposição e desabafou: "Professor, onde

o Sr. aprendeu isso tudo?" [risos]. Eu disse que era apenas um

professor de química que se interessou de verdade pelos seus

alunos. Deixe-me explicar melhor. Eu era professor de química em

Fortaleza, ministrando aulas para turmas específicas para

medicina. Acontece que o aluno ótimo não passa no vestibular de

medicina na Universidade Federal do Ceará! Precisa ser mais do

que ótimo! As minhas aulas eram de alto nível, mas sempre dentro

da química. Eu tive que parar a química para estudar o

funcionamento do cérebro, virei minha atenção para as

estratégias! Albert Einstein declarava que não se considerava com


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capacidade superior a ninguém, que, pelo contrário, até se achava

mais lento que os demais. Perguntava qual adulto parava para

pensar em coisas como o tempo. Apenas as crianças pensavam

nisso. Logicamente, ele foi bem mais fundo que uma criança. Eu

também fui fundo nesse tema e usei meu próprio cérebro para

desenvolver muitas das técnicas inéditas que ensino.

Prof. Alexandre Oliveira: Lozanov usava a música, o Sr. também a

recomenda?

Prof. Manoel Morais: A música é comprovadamente eficaz para

levar a informação aos níveis mais profundos de armazenamento

no cérebro. A música para esses fins não pode ter letra.

Recomendo música clássica, especificamente do período barroco,

com seus60 a 80 ciclos por minuto. A música não é apenas um

som, ela interfere não apenas nas ondas cerebrais, mas até nos

batimentos cardíacos e na pressão sanguinea. Estudos como o de

Gordon Shaw da Universidade da Califórnia demonstraram a

eficácia da música barroca, como capaz de elevar o padrão de

raciocínio do cérebro, por estimulação das redes neuronais,

melhorando também a memória. Ninguém tem memória, memória

não é um lugar ou algo que possamos ter, é algo que o cérebro

faz. Resultados semelhantes sobre a propriedade singular da

música barroca foi obtido por Frances Rauscher, da Universidade


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de Wisconsin. Experimentem a sonata para dois pianosem Ré

Maior, de Mozart.

Prof. Alexandre Oliveira: Quais cursos o Sr. ministra?

Prof. Manoel Morais: O meu portfolio é composto de três cursos

principais, sendo que os três últimos não são abertos ao público.

Apenas as pessoas que fazem o primeiro curso são convidadas a

participar dos outros. O primeiro é o “Curso de Técnicas de

Estudo”, no qual eu falo do funcionamento do cérebro, exploro

técnicas de aprendizagem, como fazer as provas de concursos et

cetera. No curso “Estratégias Avançadas de Leitura” são abordados

os aspectos ligados a uma leitura de alto desempenho. E o clímax

é o curso “Cérebro Total”, no qual abordo os temas relativos à

inteligência, criatividade e longevidade.

Prof. Alexandre Oliveira: É natural o declínio da capacidade do

cérebro com o transcurso da idade?

Prof. Manoel Morais: Isso vem sendo derrubado pelas descobertas

das neurociências. Isso só ocorre se a pessoa deixar de exercitar o

seu cérebro, do mesmo modo que até o nosso braço, se o

mantivermos imóvel, ficará com os músculos atrofiados. Quanto

mais o cérebro aprende, mais rápido aprende e o processo fica

mais fácil. O cérebro se rearranja com os aprendizados,

propriedade que chamamos de plasticidade cerebral. Os neurônios


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podem se regenerar, contrariando décadas de crença "científica".

Pasko Rakic e David Kornak localizaram novas células cerebrais na

região do hipocampo, região associada ao aprendizado e à

memória. Se levarmos uma vida rica em experiências produtivas e

gratificantes, o cérebro terá feito um grande número de conexões,

que representa o alto grau de plasticidade. Se a pessoa leva uma

vida rotineira e entediante, a criação de conexões é rara e até as

existentes vão se extinguindo. As pessoas devem entender que

nos aposentamos de um trabalho, nunca da vida!

Prof. Alexandre Oliveira: Quais dicas o Sr. pode nos passar sobre

como manter o cérebro mais ativo. O Sr. pode nos passar algo?

Prof. Manoel Morais: Imagine o cérebro como uma árvore que se

alimenta dos próprios frutos que caem no chão. A atividade

cerebral é o próprio combustível e comburente do cérebro! Aliás, o

corpo humano como um todo é a única máquina que melhora com

o uso [risos]. Então, usar o cérebro de forma criativa, com todo o

seu potencial natural, é a maneira mais garantida de evitar a

própria senilidade. Encare o cérebro como uma ferramenta que

está aí para te ajudar e ser usado mesmo. Está diante de um

desafio? Pense! Desafie a si mesma com questões interessantes.

Pense em como poderia tornar a sua vida e a dos outros mais

agradáveis. Leia livros sobre assuntos diversificados. Aprenda um


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novo idioma. Há várias atividades que podem ser enquadradas

como o que chamo de ginástica cerebral. Coisas simples, como,

por exemplo, escovar os dentes com a mão não-dominante,

desatar os sapatos com apenas uma das mãos, escrever com a

mão oposta e uma infinidade de outras atividades inéditas. O

princípio aqui é o seguinte: na fase de aprendizagem de uma

tarefa, empregamos predominantemente o hemisfério direito e o

cérebro é muito solicitado, o que o fortalece. Quando passamos a

dominar a tarefa, entramos no chamado piloto automático e a

execução é delegada ao hemisfério esquerdo, sendo o cérebro

menos exigido. Já reparou que as pessoas que gaguejam cantam

uma música inteira sem gaguejar e até declamam poemas com

maestria? É que a tarefa já inteiramente aprendida entra no piloto

automático, de forma diferente dos imprevistos de uma

conversação. O fato é que fazer com que o cérebro continue

aprendendo coisas novas, ainda que em situações bem simples,

faz com que ele produza "frutos" que melhoram o seu

desempenho geral! Desse modo, aprender a tocar violão, mudar

de residência, aprender linguagem de sinais, são melhores do que

remédio para a memória! Após o meu curso Cérebro Total, há um

acompanhamento num ambiente virtual, no qual são propostas

atividades diárias para estimular o cérebro. Se as pessoas usassem

mais o cérebro, pensassem mais, raciocinassem mais... este


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planeta seria muito melhor, os profissionais das diversas áreas

teriam melhor domínio técnico e até a cidadania seria exercida

com mais eficiência!


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Segunda entrevista com o Prof. Manoel Morais

Jornalista: Como começou sua história nos concursos públicos?

Quando e como criou o seu método? Poderia explicar, em linhas

gerais, como ele funciona?

Prof. Manoel Morais: Tudo começou em aulas de cursinhos

preparatórios para o vestibular de Medicina na Universidade

Federal do Ceará, onde eu ministrava aulas específicas de química

para a segunda fase. O vestibular da UFC é um dos mais difíceis do

país, tanto pela complexidade do certame, quanto pelo alto nível

de preparação dos candidatos. Eu tinha um amigo chamado

Lacerda que passou em primeiro lugar no IME, passou no ITA, que

não divulga a ordem de classificação dos aprovados, e NÃO

passou no vestibular da UFC. E especificamente o vestibular de

Medicina é o mais difícil dentro dos cursos da já concorrida

universidade federal. Na época o ENEM ainda não era usado no

processo seletivo e o vestibular era constituído de duas fases. A

primeira com questões de somatório dentre várias proposições às

quais se atribuíam valores numéricos e a segunda discursiva e de

redação. Para medicina, a segunda fase era composta de Química,

Biologia e Redação. As questões eram cobradas em nível superior

e os próprios cursinhos ministravam suas aulas com livros texto


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estudados já nas faculdades. Como até o meu ensino médio fora

cursado na área de química (química industrial na Escola Técnica

Federal do Ceará) e eu mesmo havia passado em primeiro lugar no

vestibular da UFC, as minhas aulas eram de altíssimo nível. A

minha didática também era extremamente apreciada pelos alunos

e tinha uma origem interessante. É que eu comecei como

professor de reforço desde os 10 anos de idade, de modo que eu

conheci os alunos já nas suas fraquezas, já nas suas dificuldades,

e desenvolvi uma linguagem simples para temas complexos.

Mas aí eu me deparei com um problema: os alunos excelentes não

passavam em medicina na UFC. Alunos altamente capacitados

também tinham que esperar mais um ano, pois a UFC fazia de uma

só vez o vestibular para os dois semestres do ano. Foi quando eu

percebi que para avançar eu teria que sair do domínio da química

e ir estudar o cérebro. Dentro de duas semanas os meus alunos

não lembravam das aulas que tanto os havia empolgado. Eu

precisava conhecer melhor o cérebro dos meus alunos e como

funcionava o processo de aprendizagem, para que eu pudesse

otimizar o processo e levar um diferencial para os alunos num

certame tão acirrado, como era o vestibular de medicina para a

UFC.


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Para meu espanto, descobri que os pedagogos estavam totalmente

desinteressados sobre os avanços das neurociências e sobre o

funcionamento do cérebro, no que se relacionava aos processos de

memória e de aprendizagem. Os pedagogos estudam de platão a

paulo freire, mas não estão nem aí sobre as descobertas biológicas

das neurociências! E este seria o conhecimento mais importante

que deveria ser passado para qualquer aprendiz! Seria a primeira

coisa que alguém deveria saber se quissesse aprender de forma

mais eficaz qualquer conteúdo.

Quanto tempo um aluno que conclui o ensino médio estudou de

matemática? E quanto tempo lhe ensinaram sobre como o cérebro

funciona, como funciona a memória, porque esquecemos o que

gostaríamos de lembrar, como fazer o resgate das informações na

memória, como se processa o ato de ler e como aumentar a

concentração na leitura de um texto? Para meu espanto, a escola e

a universidade não tratam desses temas!

Um amigo que fazia o curso de ciências contábeis sofreu um

acidente e teve que passar um mês sem ir para a faculdade. Ele me

segredou que foi o mês em que ele mais aprendeu ciências

contáveis em toda a sua vida! Infelizmente, a universidade é um

lugar onde se ensina muito, mas se aprende pouco. Muitos podem

pensar que existe uma relação direta de causa e efeito entre


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ensinar e aprender, como entre falar e ouvir. Mas a verdade é que

como o processo de ensino em massa não leva em conta as

particularidades do aprendiz, sua eficiência em efetuar a

aprendizagem duradoura é baixíssima. Muitas das chamadas

dificuldades de aprendizagem são na verdade dificuldades de

ensino. Quando um aluno dorme em sala de aula deveria se

providenciar uma vara suficientemente longa para cutucar o

professor!

Uma vez um médico português com pós-doutorado na alemanha

veio até o meu treinamento. Após o curso ele me relatou

empolgado: "Professor! Temos que levar isso para as

universidades! Temos que levar isso para as universidades!". Foi

quando me dei conta de que a carência era mundial, pois aquele

médico teve toda a sua formação na Europa!

Peter Drucker faz uma crítica ao sistema educacional convencional

que bem resume o que eu estou falando: "O primeiro professor da

história se sentiria perfeitamente em casa na maioria das salas de

aula do mundo de hoje. Além do quadro-negro e do livro impresso

houve pouca mudança nos meios de ensino e nenhuma nos

métodos. A única tecnologia introduzida nestes oito mil anos foi o

livro impresso, que poucos professores sabem usar - se o

soubessem, não continuariam expondo o que já está nos livros".


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Foi bebendo na fonte das neurociências, na linguística aplicada e

usando meu próprio cérebro para desenvolver formas novas de

aprender e de ensinar que eu construí o meu método, que eu

chamo carinhosamente de tecnologia do aprendizado sem dor. Eu

prometo aos meus alunos: "Se você aprendeu e sofreu não foi com

o meu método!".

O primeiro teste do meu método foi para o concurso do Banco do

Brasil. Eu era da área de química e dentro da disciplina de

conhecimentos bancários eu só sabia o que era um cheque.

Preparei-me em menos de 30 dias e fui aprovado! Trabalhei no

Banco exatamente por 365 dias, para realizar um antigo sonho de

infância. Depois, me preparei por 45 dias durante uma greve do

Banco do Brasil e fui aprovado no concurso do Ministério Público

da União. Foi quando eu saí do Ceará e vim morar em Brasília.

A seguir, fui aprovado em 3º lugar no concurso do Senado,

vencendo dezenas de milhares de alunos que haviam estudado

bem mais do que eu, mas aprendido bem menos. Sempre tinha

que me preparar conciliando uma rotina diária já totalmente

preenchida com assuntos estranhos ao conteúdo do edital.

No meu treinamento abordo também estratégias avançadas de

resolução de provas, que é uma habilidade à parte que o candidato

deve dominar.


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Uma parte inusitada e divertida que acaba sendo um parênteses

dentro do meu projeto é a técnica de chute que batizei de M3C2 e

que eu não conto o que significa fora do meu curso. O curso é

rodeado de bastante sigilo. Eu não escrevo livros sobre o método e

nem gravo vídeos. Há detecção de metais na entrada do curso. Eu

recebi um email de uma pessoa que me relatava seu espanto de

como realmente os meus próprios alunos eram fiéis e não

contavam a ninguém o que aprendiam no treinamento e que

inexistia na internet comentários sobre o tema. Mas o interessante

é que quanto mais eles fazem o que o meu método recomenda,

menos eles precisam chutar no dia do concurso. Eu chamo os

meus próprios alunos com um termo diferente. Eu considero

pejorativamente a palavra "concurseiro". Eu digo que o meu

treinamento é exatamente o óbito do concurseiro que existe

dentro deles. Eu passo a chamá-los de aprovados. Morre um

concurseiro e nasce um aprovado. Existe uma cumplicidade muito

grande entre nós. Concurseiros são essa multidão de pessoas que

comparecem no dia do concurso, pagam taxas e dão legitimidade

ao certame. Mas os aprovados são diferentes. Estes vêem os seus

nomes no jornal, não raro nas primeiras colocações.

Jornalista: Porque o seu método é diferente de tantos outros que

prometem aprovação em pouco tempo de estudos?


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Prof. Manoel Morais: Eu enfatizo bastante que o meu método não é

mnemotécnica e que o meu curso não é um curso de

memorização. As pessoas comparecem a esses cursos com grande

motivação e geralmente saem frustradas porque aprenderam como

memorizarem listas de palavras sem nexo como sapato, bola,

feijão, mas saíram com poucas ferramentas que realmente lhes

ajudem a ver os seus nomes na lista de aprovados dos concursos.

Dentro do meu método, a resposta para a pergunta "Como eu

aprendo mais rápido e melhor?" é "Quem está perguntando?". Os

alunos ficam espantados quando eu quero saber quem eles são. É

como se perguntassem: "O senhor quer saber quem eu sou?"

Claro! Por que é VOCÊ quem vai marcar o gabarito! Todos estão se

perguntando: "O que eu tenho que FAZER para passar?" Quando

deveriam se perguntar quem eles devem SER para que passem!

Na fase inicial de gestação do meu método eu segui a famosa

recomendação em 3 passos de primeiro conhecer o senso comum,

depois duvidar dele para a seguir criar algo novo de valor. Li

centenas de livros. Onde quer que alguém dissesse que estava

ensinando as pessoas a passar em concursos eu ia ouvir a sua

mensagem. Geralmente voltava de cabeça baixa, pois no geral

eram apenas piadistas animadores de auditório ou então

concentrados apenas na parte motivacional, que é importante, mas


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sem nada de técnicas. É necessário estar motivado para fazer

qualquer coisa, mas é preciso conhecer qual é a coisa certa a fazer

e o modo mais eficiente de fazê-la.

Jornalista: Muitos professores criticam essa questão de "fórmula

mágica" e truques para ser aprovado em pouco tempo. Como você

vê essa questão? Crê que o seu método se enquadra nesse tipo de

crítica?

Prof. Manoel Morais: Estes professores aprenderam sofrendo e a

única coisa que sabem ensinar aos seus alunos é como

aprenderem com sofrimento, porque são frutos do sistema que

defendem. O professor de matemática é bom em matemática, mas

o que ele ensina? Matemática! E não como ser bom em

matemática! Os alunos hoje aprendem pelo que eu chamo de

saturação. De tanto estudar é impossível que não fique algo em

suas cabeças. Por isso afirmo que eu não vim ensiná-los a

estudarem mais, mas estudarem menos com mais eficiência.

Quando se iguala a forma de estudar com a forma como o cérebro

funciona, tudo se torna natural e agradável e o processo se torna

prazeroso. Os resultados se manifestam naturalmente porque o

cérebro foi desenhado para aprender. E aí parece mágica. Afirmo

aos meus alunos que eles aprenderiam mais se eles não

atrapalhassem tanto!


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Jornalista: Em seu site há muitos depoimentos de alunos

satisfeitos com o método. Gostaria que o senhor comentasse um

pouco sobre a recepção dos alunos ás suas aulas e palestras.

Prof. Manoel Morais: Os alunos recebem com muita animação as

minhas técnicas, tudo passa a fazer sentido na cabeça deles e eles

compreendem porque não obtiveram aprovação até o momento ou

por que, mesmo nas raras vezes em que passavam, sofriam tanto.

Os conhecimentos transmitidos não são teoria vazia, são

conhecimentos úteis e imediatamente disponíveis, que eles podem

comprovar já durante o próprio treinamento. Já fui convidado para

vários jantares de comemoração por alunos que tiraram primeiro

lugar em concursos difíceis. Um aluno que foi aprovado em

primeiro lugar me relatou que já havia desistido de passar quando

encontrou um folder do meu treinamento e pensou consigo

mesmo: "eu vou tentar apenas mais isso!". Em suas palavras, era

"uma luz no fim do túnel". Foi muito gratificante receber a notícia

de sua aprovação em primeiro lugar. Quando você passa a usar

todo o potencial disponível pelo cérebro, milagres acontecem. Mas

não são milagres. É apenas a forma natural do nosso cérebro

funcionar.


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Entenda o seu contexto

Como eu disse na introdução, o futuro que lhe

espera se você fizer algo diferente é a não aprovação. Mas é

preciso compreender que o candidato que você é hoje não se

materializou do nada. Você é fruto de um sistema educacional no

qual uma professora explica para crianças num projetor de slides

sobre o que é uma árvore, quando no pátio da escola tem uma

árvore real, na qual as crianças poderiam tocar, ver e sentir uma

experiência viva.

Se você chegar numa sala de aula de crianças no

período da alfabetização e perguntar quem sabe desenhar, verá

todas as mãos estendidas para o alto. “Eu sei desenhar, eu posso

desenhar qualquer coisa!”. Agora, se você fizer a mesma pergunta

para alunos que estão concluindo o ensino médio, muito

provavelmente verá pouquíssimas mãos estendidas. O que

estamos fazendo com as nossas crianças?

"Às vezes fico a imaginar porque é que que

a escola não causa mais danos aos jovens, e

como é que eles, em geral, acabam

crescendo sensatos e bons, apesar das


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tentativas deliberadas da escola de distorcer

e mesmo de impedir seu crescimento.

Alguns, naturalmente, não conseguem

escapar dos efeitos danosos da escola e

sofrem até o fim de suas vidas por isso.

Outros, porém, poucos danos parecem

sofrer, e alguns até se safam sem dano

algum. A resposta parece ser que o instinto

natural dos jovens, na maior parte dos

casos, se rebela de forma tão absoluta

contra o que a escola tenta fazer com eles

que, não importa o que tentem os

professores, não conseguem que seus

alunos os tomem realmente a sério".

Samuel Butler

Acreditamos que educar é encher as crianças de

informação, ao invés de desenvolver suas competências e

habilidades. Acreditamos que a aprendizagem é algo passivo, algo

como ficar sentadinho escutando e absorvendo informações como

uma esponja absorvendo água. E o pior de tudo é que se

desvinculou aprender e prazer. Para a criança isso significou

separar brincar de aprender e para você hoje significa que se você


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quer aprender alguma coisa você tem que sofrer! Meu Deus! Nada

sabota mais o processo de aprendizagem do que a noção de que

temos que nos esforçar!!!

A mensagem de todos é que temos que nos esforçar

para passar num concurso. Enquanto eu digo: “Não! A única coisa

que você não pode fazer é se esforçar!”.

Os seus olhos devem brilhar pela simples menção a

aprender e estudar, como algo maravilhoso que irá acontecer com

você. Dessa forma, as portas da atenção irão se abrir e as coisas

que você estudar irão ser transferidas para a memória de longo

prazo.


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Quem "paga o preço" passa nos concursos?

Um aluno me encaminhou um artigo no qual um

autor afirmava que "todos que pagam o preço chegam lá", com

isso querendo dizer que qualquer pessoa que estivesse disposta a

"pagar o preço" obteria a aprovação nos concursos.

Infelizmente, a afirmação não é verdadeira, pela

simples razão de que há mais candidatos do que vagas.

A verdade é: num certame com 50 mil candidatos e

50 vagas, se você não estiver entre os 50 melhores preparados,

pode esquecer. E não pense que a concorrência é de mil para um,

pois cada aprovado não concorre apenas com o seu grupo de mil.

Não é assim. Cada pessoa que passa venceu 49.950 pessoas que

não estavam preparadas o suficiente. Muitas delas até pagaram o

preço. Pagaram cursinho, compraram livros, viraram noites

estudando, deram o sangue, pagaram, enfim, o preço que podiam.

A vida não se importa se você tem medo. A vida não

se importa se você disser "eu dei o meu melhor". O seu melhor

importa para os seus pais. O seu melhor importa para Deus. Mas

não adianta em concursos. Se o seu melhor não for melhor do que

o dos outros candidatos, terá que esperar o próximo edital.


31

Os 3 Tipos de Candidatos

Existem três tipos de candidatos em um concurso. O

primeiro tipo é formado pelos que nunca acreditaram que

passariam. Não fizeram nada e, obviamente , não recebem nada de

volta. São como folhas secas e, de tanto tentar, algum dia podem

até passar num concurso de menor expressão. Ou podem nunca

passar. Ficam sempre adiando decisões importantes, até o dia em

que tem um padre rezando em cima do caixão deles.

O segundo grupo é o dos chorões que judicializam o

concurso. Inconformados porque os mais preparados estão

comemorando a aprovação, gastam dinheiro com advogados na

esperança de que um juiz lhes dê outra chance. Acham que, se

essa chance for dada, dessa vez tomarão vergonha na cara e

estudarão o suficiente.

E há os aprovados. No concurso que eu passei para o

Senado, este grupo representou 0,01% dos candidatos.

Agora a pergunta: em qual dos 3 grupos você quer

estar? Você quer MESMO ser do grupo dos aprovados? Existe uma

diferença entre querer e querer MESMO. Pergunte a qualquer

candidato em qual grupo ele quer ficar e você o ouvirá dizer que


32

quer ser um aprovado. Você quer mesmo ser aprovado? É muito

fácil dizer sim com os lábios, mas é muito difícil dizer sim dia

após dia com o comportamento correto.

Eu quero dizer a verdade para você. A certeza maior

é de que você não irá passar. Se você me perguntasse: “Professor,

não diga mais nada, apenas diga SIM ou Não. Eu irei passar?”. A

minha resposta seria NÃO. Em mais de 99% dos casos, eu

acertaria. Se você estiver fazendo o que todo mundo está fazendo,

eu quero lhe dizer a dura verdade: você não irá passar.

Mas, e então, qual é a saída? A saída é encontrar um

diferencial que o separe da multidão. E qual é esse diferencial? Se

eu dissesse aqui, no livro, não seria um diferencial. Eu tenho um

projeto: preparar uma elite de candidatos aptos a passar em

qualquer concurso que queiram. Eu passei duas vezes em primeiro

lugar no vestibular da UFC, passei no MPU e hoje sou servidor do

Senado (passei em 3º lugar). Eu quero que você conheça as

estratégias e técnicas que eu desenvolvi sobre técnicas de estudo

(O método M3C2, o A3P2R2, o C2R2IA, o L2SMR et cetera). Coisas

que eu não coloco no papel, não gravo vídeos, não ensino aos

professores. Este curso não pode ser gravado. Você não deve levar

nada no dia, nem mesmo papel e caneta. Você irá receber na

entrada do curso tudo de que irá necessitar. Eu passarei o dia


33

inteiro com você neste treinamento. Na entrada haverá detecção

de metais. Entenda uma coisa: sua meta não é passar num

concurso, sua meta agora é estar comigo no Curso de Técnicas de

Estudo para Concursos e Vestibulares!

Visite a página para assistir aos dois vídeos que eu

gravei:

www.TecnicasDeEstudo.com.br



34

Qual é a sua concorrência?

Uma coisa muito mal compreendida é a questão da

concorrência que um candidato deve enfrentar para passar.

Vamos levantar esta situação: há 10 vagas e 10mil

candidatos. Qual é a concorrência.

A primeira tentação é dizer que é de “mil para 1” e

nada estaria tão longe da verdade. Cada candidato não irá

concorrer apenas com o seu grupo de mil. Nada disso. Você irá

concorrer COM OS DEZ MIL!

Então, poderíamos fazer assim. Subtraímos dez mil

de 10 e temos o número de pessoas que irão chorar e processar a

banca: 9.990. O seu objetivo deve ser não estar entre eles. Você

pode até perder para nove pessoas e estará tudo bem. Então a

concorrência deste concurso seria 9.990.

Mas isso ainda não é inteiramente correto. E sabe por

quê? Por que muitos candidatos são fracos demais e não

representam nenhuma ameaça. Para começo de conversa, cerca de

20% sequer comparece à prova, por falta de fé e porque também

não plantaram nada e não têm a cara de pau de esperar alguma

colheita.


35

São cerca de 200 pessoas com as quais você deve

realmente se preocupar no seu concurso. São estas pessoas que

atingiram um nível adequado de conhecimento, suficiente para

marcar as opções corretas no gabarito sem estar contando com

sorte.

Por este último raciocínio, poderíamos dizer que a

concorrência num concurso é fixa, não depende do número de

inscritos, e gira em torno de uma a três centenas, dependendo da

natureza do concurso. Essa seria uma forma correta de ver as

coisas, mas existe uma última forma certa de interpretar a

concorrência que você irá enfrentar.

A concorrência em qualquer concurso é 1! Explico-

me. Suponhamos que você irá fazer um concurso no qual a banca

organizadora é o CESPE (não diga a CESPE, pelo amor de Deus,

pois todos saberão que você é do Ceará [brincadeirinha]) e que a

prova objetiva é composta de 120 itens. Se você estabelecer para

si mesmo o objetivo de atingir 100 pontos, você estará

concorrendo simplesmente consigo mesmo, com a sua preparação

ou falta dela! Atinja 100 pontos e passe! Simples assim.

Independente do que os outros farão, pois pelas características da

prova, da banca e dos desempenhos anteriores dos aprovados,

você estabeleceu um objetivo suficientemente alto para garantir


36

com folga a sua aprovação. E neste caso você se desliga

totalmente da multidão e passa a se concentrar somente em você,

no que deve fazer para marcar as questões corretas. É bom

demais!


37

Devo tentar muitos concursos ou só um?

Bem, eu lhe dou um conselho se você ainda não é

servidor público: passe no primeiro concurso que aparecer! Isso irá

lhe garantir uma base financeira e um chão para você pisar.

Depois você irá seguir um plano para passar no concurso dos seus

sonhos ou simplesmente ir galgando degrau por degrau, sempre

melhorando o padrão do concurso em que passa.

Só existe um perigo neste meu conselho: a pessoa se

acomodar num cargo abaixo do seu potencia! Infelizmente o ser

humano se acomoda. Se eu colocar uma cadeira e uma cama na

sua frente, adivinha qual das duas você irá escolher? O perigo é

você matar o sonho que está em você, simplesmente porque já

garantiu um mínimo. Jamais permita que isso aconteça. Saiba onde

você chegar. Saiba que você tem direito a isso!

Eu recomendo que você faça alguns concursos

mesmo sem se sentir preparado o suficiente. Pode até ser que

você seja surpreendido e, no mínimo, é um simulado de luxo.

Realmente é uma simulação perfeita do dia, da banca, do rigor da

correção! Faça qualquer prova na área que aparecer!


38

Livros ou apostilas?

Sua preparação deve se basear em livros, não em

apostilas. Isso se você quiser passar dentro das vagas. Aliás, pare

logo com essa coisa de dizer que passou simplesmente porque

não foi eliminado. Se você não passou dentro das vagas, não

passou!

Compre as apostilas, sim, até para ver o que todo

mundo está vendo, mas deve se colocar totalmente acima disso.

As apostilas, no máximo, são boas fontes de questões anteriores.

Assista ao meu vídeo sobre Dicas Bibliográficas Para

Concursos. O vídeo está disponível no seu escritório virtual da

área de afiliados do meu curso. Caso não tenha feito o meu

treinamento, pergunte a bons professores quais livros eles

recomendam para o seu cargo específico. É bem diferente a

literatura recomendada para quem passar para analista dos

tribunais e para quem almeja a magistratura ou promotoria.

O ideal é você reservar uma determinada

porcentagem dos seus ganhos mensais, digamos 5% ou 10%, para

investir em literatura. Comece logo a montar sua biblioteca

particular, dentro das suas condições.


39

Se você ainda não pode se dar ao luxo de fazer este

investimento, utilize os livros das bibliotecas públicas (vale pedir a

um amigo servidor que pegue livros para você na biblioteca do

órgão, que geralmente é bem abastecida com títulos atualizados).


40

A Escola dos Meus Sonhos

Frei Betto, escritor, autor do romance

“O Vencedor" (Ática), entre outros livros.

Na escola dos meus sonhos, os alunos aprendem a

cozinhar, costurar, consertar eletrodomésticos, a fazer pequenos

reparos de eletricidade e de instalações hidráulicas, a conhecer

mecânica de automóvel e de geladeira e algo de construção civil.

Trabalham em horta, marcenaria e oficinas de escultura, desenho,

pintura e música. Cantam no coro e tocam na orquestra. Uma

semana ao ano integram-se, na cidade, ao trabalho de lixeiros,

enfermeiras, carteiros, guardas de trânsito, policiais, repórteres,

feirantes e cozinheiros profissionais. Assim aprendem como a

cidade se articula por baixo, mergulhando em suas conexões que,

à superfície, nos asseguram limpeza urbana, socorro de saúde,

segurança, informação e alimentação.

Não há temas tabus. Todas as situações-limite da

vida são tratadas com abertura e profundidade: dor, perda,

falência, parto, morte, enfermidade, sexualidade e espiritualidade.

Ali os alunos aprendem o texto dentro do contexto: a Matemática

busca exemplos na corrupção dos precatórios e nos leilões das


41

privatizações; o Português, na fala dos apresentadores de TV e nos

textos de jornais; a Geografia, nos suplementos de turismo e nos

conflitos internacionais; a Física, nas corridas de Fórmula-1 e nas

pesquisas do supertelescópio Huble; a Química, na qualidade dos

cosméticos e na culinária; a História, na violência de policiais

contra cidadãos, para mostrar os antecedentes na relação

colonizadores - índios, senhores - escravos, Exército - Canudos,

etc.

Na escola dos meus sonhos, a interdisciplinaridade

permite que os professores de Biologia e de Educação Física se

complementem; a multidisciplinaridade faz com que a História do

livro seja estudada a partir da análise de textos bíblicos; a

transdisciplinaridade introduz aulas de meditação e dança e

associa a história da arte à história das ideologias e das

expressões litúrgicas. Se a escola for laica, o ensino religioso é

plural: o rabino fala do judaísmo, o pai-de-santo, do candomblé; o

padre, do catolicismo; o médium, do espiritismo; o pastor, do

protestantismo; o guru, do budismo, etc. Se for católica, há

periódicos retiros espirituais e adequação do currículo ao

calendário litúrgico da Igreja. Na escola dos meus sonhos, os

professores são obrigados a fazer periódicos treinamentos e


42

cursos de capacitação e só são admitidos se, além da

competência, comungam os princípios fundamentais da proposta

pedagógica e didática. Porque é uma escola com ideologia, visão

de mundo e perfil definido do que sejam democracia e cidadania.

Essa escola não forma consumidores, mas cidadãos.

Ela não briga com a TV, mas leva-a para a sala de

aula: são exibidos vídeos de anúncios e programas e, em seguida,

analisados criticamente. A publicidade do iogurte é debatida; o

produto adquirido; sua química, analisada e comparada com a

fórmula declarada pelo fabricante; as incompatibilidades

denunciadas, bem como os fatores porventura nocivos à saúde. O

programa de auditório de domingo é destrinchado: a proposta de

vida subjacente, a visão de felicidade, a relação animador-platéia,

os tabus e preconceitos reforçados, etc. Em suma, não se fecham

os olhos à realidade, muda-se a ótica de encará-la. Há uma

integração entre escola, família e sociedade. A Política, com P

maiúsculo, é disciplina obrigatória. As eleições para o grêmio ou

diretório estudantil são levadas a sério e, um mês por ano, setores

não vitais da instituição são administrados pelos próprios alunos.

Os políticos e candidatos são convidados para debates e seus

discursos analisados e comparados às suas práticas.


43

Não há provas baseadas no prodígio da memória

nem na sorte da múltipla escolha. Como fazia meu velho mestre

Geraldo França de Lima, professor de História (hoje romancista e

membro da Academia Brasileira de Letras), no dia da prova sobre a

Independência do Brasil, os alunos traziam para a classe a

bibliografia pertinente e, dadas as questões, consultavam os

textos, aprendendo a pesquisar. Não há coincidência entre o

calendário gregoriano e o curricular. João pode cursar a 5ª série

em seis meses ou em seis anos, dependendo de sua

disponibilidade, aptidão e seus recursos. É mais importante educar

do que instruir; formar pessoas que profissionais; ensinar a mudar

o mundo que ascender à elite. Dentro de uma concepção holística,

ali a ecologia vai do meio ambiente aos cuidados com nossa

unidade corpo-espírito e o enfoque curricular estabelece conexões

com o noticiário da mídia.

Na escola dos meus sonhos, os professores são bem

pagos e não precisam pular de colégio em colégio para se

poderem manter. Pois é a escola de uma sociedade em que

educação não é privilégio, mas direito universal, e o acesso a ela,

dever obrigatório.


44

Dicas de sites importantes

Como eu disse na abertura, eu não posso passar

técnicas em si aqui neste livro. Mas eu acredito que não estarei

colocando meus alunos em desvantagem se eu der aqui algumas

dicas de sites importantes para a sua caminha de preparação para

concursos públicos.

Nós temos muito a aprender sobre a realização de

simulados. Veremos isso no treinamento presencial. Veja aqui

alguns sites úteis:

1) PCI Concursos: www.pciconcursos.com.br

Ótimo site para baixar provas anteriores, com opção

de refinamento da pesquisa por banca. Você baixa

um arquivo compactado com as provas e o gabarito.

2) Clube Jurídico do Brasil: www.clubjus.com.br

Site excelente na área jurídica com vários artigos.

Compensa assinar uma semestralidade para ter

acesso aos simulados. A grande vantagem é o alto

grau de refinamento do simulado, no qual você

monta as questões exatamente com os assuntos

estudados na semana.

3) Questões de concursos:

http://www.pciconcursos.com.br/

http://www.clubjus.com.br/


45

www.questoesdeconcursos.com.br:

Site muito bom para montar os simulados. Ainda traz

aulinhas sobre as questões que você errou.

4) Renato Saraiva: www.renatosaraiva.com.br

Excelente, mas excelente mesmo, site com vídeo

aulas. Sempre são motados pacotes específicos para

determinados concursos. É muito bom assistir ao

vídeo com o professor comentando o edital em

mãos. Tudo muito atualizado.

5) Eu Vou Passar: www.euvoupassar.com.br

O site oferece artigos em texto, banco de questões,

material didático, venda de livros online e videoaulas

(produto principal). Vale a pena conferir.

6) Curso de Leitura: www.cursodeleitura.com.br

Você tem que fazer o meu curso de Estratégias

Avançadas de Leitura! Aumentar a velocidade e a

compreensão das suas leituras sem dúvida é um

diferencial. O curso possui ambiente virtual de 35

dias (5 Semanas) com atividades diárias para o treino

de leitura.

http://www.questoesdeconcursos.com.br/

http://www.renatosaraiva.com.br/

http://www.euvoupassar.com.br/

http://www.cursodeleitura.com.br/


46

7) Super Provas: www.superprovas.com

Excelente programa para a elaboração de questões

com um banco de dados extraordinário, com 100

matérias disponíveis a um preço muito acessível.

8) Correio Web: http://concursos.correioweb.com.br

Excelente portal para ficar atualizado com os

concursos. Vale a pena visitar o Fórum, pois algumas

vezes pode-se pegar algumas notícias importantes

ou trocar opiniões. Alerta: não fique muito tempo!

Passe rapidinho e saia! O risco de ser atraído por

alguma bobagem ou desabafos fortuitos é muito

grande.

9) Aprova Concursos: www.aprovaconcursos.com.br

Excelente site com pacotes de cursos em vídeo aulas

muito bem elaboradas e com preço acessível. Vale a

pena conferir.

10) Áudio Jus: www.audiojus.com.br

Neste site você vai encontrar áudios profissionais de

todas as matérias de Direito. Excelente para ouvir em

http://www.superprovas.com/

http://concursos.correioweb.com.br/

http://www.aprovaconcursos.com.br/

http://www.audiojus.com.br/


47

horas normalmente improdutivas, como indo e

voltando para o trabalho.


48

Há mais de quarenta anos, as nações do mundo

afirmaram na Declaração Universal dos Direitos Humanos que

"toda pessoa tem direito à educação". No entanto, apesar dos

esforços realizados por países do mundo inteiro para assegurar o

direito à educação para todos, persistem as seguintes realidades:

• mais de 100 milhões de crianças, das quais pelo

menos 60 milhões são meninas, não têm acesso ao ensino

primário: mais de 960 milhões de adultos - dois terços dos quais

mulheres - são analfabetos, e o analfabetismo funcional e um

problema significativo em todos os países industrializados ou em

desenvolvimento:

• mais de um terço dos adultos do mundo não têm

acesso ao conhecimento impresso, às novas habilidades e

tecnologias, que poderiam melhorar a qualidade de vida e ajudá-

los aperceber e a adaptar-se às mudanças sociais e culturais: e •

mais de 100 milhões de crianças e incontáveis adultos não

conseguem concluir o ciclo básico, e outros milhões, apesar de

concluí-lo, não conseguem adquirir conhecimentos e habilidades

essenciais.

Ao mesmo tempo, o mundo tem que enfrentar um

quadro sombrio de problemas, entre os quais: o aumento da

dívida de muitos países, a ameaça de estagnação e decadência


49

econômicas, o rápido aumento da população, as diferenças

econômicas crescentes entre as nações e dentro delas, a guerra, a

ocupação, as lutas civis. a violência: a morte de milhões de

crianças que poderia ser evitada e a degradação generalizada do

meio-ambiente. Esses problemas atropelam os esforços envidados

no sentido de satisfazer as necessidades básicas de

aprendizagem, enquanto a falta de educação básica para

significativas parcelas da população impede que a sociedade

enfrente esses problemas com vigor e determinação.

Durante a década de 80, esses problemas

dificultaram os avanços da educação básica em muitos países

menos desenvolvidos. Em outros, o crescimento econômico

permitiu financiar a expansão da educação mas, mesmo assim.

milhões de seres humanos continuam na pobreza, privados de

escolaridade ou analfabetos. E em alguns países industrializados,

cortes nos gastos públicos ao longo dos anos 80 contribuíram

para a deterioração da educação.

Não obstante, o mundo está às vésperas de um novo

século carregado de esperanças e de possibilidades. Hoje,

testemunhamos um autêntico progresso rumo à distensão pacífica

e de uma maior cooperação entre as nações. Hoje, os direitos

essenciais e as potencialidades das mulheres são levados em


50

conta. Hoje, vemos emergir, a todo momento, muitas e valiosas

realizações científicas e culturais. Hoje, o volume das informações

disponível no mundo - grande parte importante para a

sobrevivência e bem-estar das pessoas - é extremamente mais

amplo do que há alguns anos, e continua crescendo num ritmo

acelerado. Estes conhecimentos incluem informações sobre como

melhorar a qualidade de vida ou como aprender a aprender. Um

efeito multiplicador ocorre quando informações importantes estão

vinculadas com outro grande avanço: nossa nova capacidade em

comunicar.

Essas novas forças, combinadas com a experiência

acumulada de reformas, inovações, pesquisas, e com o notável

progresso em educação registrado em muitos países, fazem com

que a meta de educação básica para todos - pela primeira vez na

história - seja uma meta viável.

Preâmbulo da Declaração Mundial sobre Educação para Todos


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Conclusão

Passar num concurso não é fácil. Mas uma das coisas

mais erradas que é ensinada na nossa cultura é a valorização do

fácil. Procure coisas difíceis para fazer, pois lá a concorrência é

menor e você vai se destacar da multidão de acomodados.

Observe todos os que chegaram lá e repare como

todos têm um sentimento de que valeu a pena cada segundo

investido, cada obstáculo superado.

Você também pode chegar, se fizer as escolhas

certas e tiver disposição para fazer o que precisa ser feito. É uma

jornada maravilhosa de crescimento. Depois é só receber a

recompensa e ajudar também outras pessoas.

Espero poder lhe encontrar no meu treinamento de

Técnicas de Estudo (www.TecnicasDeEstudo.com.br). Muitas

pessoas viajam de todos os Estados brasileiros para virem fazer o

curso aqui em Brasília/DF.

Um forte abraço e nos vemos pelos caminhos da

vida!

Prof. Manoel Morais

Janeiro de 2013 - Brasília/DF.


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