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Centro de Formação de Associação de Escolas do Tua e Douro Superior 1 RELATÓRIO CRÍTICO FINAL DA OFICINA DE FORMAÇÃO INTEGRAÇÃO DAS TIC NO ENSINO-APRENDIZAGEM DO PORTUGUÊS: ANÁLISE E PRODUÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS DIGITAIS Formador José António Batista Formando Maria Luísa Oliveira Carvalho Pinto Cunha Blog criado na Oficina de Formação: LuisaXXI Mirandela, janeiro de 2014

Relatório crítico final

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RELATÓRIO CRÍTICO FINAL DA OFICINA DE FORMAÇÃO

INTEGRAÇÃO DAS TIC NO ENSINO-APRENDIZAGEM DO PORTUGUÊS:

ANÁLISE E PRODUÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS DIGITAIS

Formador

José António Batista

Formando

Maria Luísa Oliveira Carvalho Pinto Cunha

Blog criado na Oficina de Formação: LuisaXXI

Mirandela, janeiro de 2014

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Índice

Introdução ……………………………………………………………….......................................... 3

1. As TIC no processo de ensino/aprendizagem do português ............................................ ….. 3

2. Ferramentas da Web 2.0 exploradas e suas potencialidades para a melhoria/ inovação de

práticas …………………………………………................................................................... 5

3. Ferramentas da Web 2.0 exploradas e suas potencialidades para a melhoria/ inovação de

práticas ……………………………………………………………………………………… 7

4. Consecução dos objetivos, em função das expetativas e dos resultados esperados pelo

formando, competências adquiridas, evolução, dificuldades sentidas/ superadas ……. ….. 8

5. Metodologia …………………………………………………………………………....... 9

6. Duração da ação ……………………………………………………………………….... 9

7. Grau de participação do formando (motivação, intervenção, qualidade e relevância dos

trabalhos concretizados, cumprimento de tarefas, interação, partilha) …………………… 9

8. Conclusão/ Balanço global da oficina de formação …………………………………. . 10

9. Referências bibliográficas………………………………………………………………. 10

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RELATÓRIO CRÍTICO FINAL

Introdução

Este relatório procura ser uma reflexão sobre a ação de formação que frequentei, intitulada

“Integração das TIC no ensino-aprendizagem do português: análise e produção de recursos

didáticos digitais”. Tratou-se de uma Oficina de Formação destinada a professores que

lecionam a disciplina de português. Foi proposta pelo Centro de Formação de Associação de

Escolas do Tua e Douro Superior. Esta ação foi ministrada pelo formador José António

Batista, e decorreu entre 30 de setembro de 2013 e 6 de janeiro de 2014, na Escola

Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Carvalhais, em Mirandela.

Tendo sempre presente a melhoria do desempenho profissional esta formação apresentou-se

como uma oportunidade para suprir lacunas nesta área, contribuindo para o desenvolvimento

de uma cultura de investigação e inovação, com base na exploração e uso das Tecnologias

de Informação e Comunicação em contexto educativo, bem como para a melhoria da

qualidade das aprendizagens

1. As TIC no processo de ensino/aprendizagem do português

As TIC têm sido inseridas no quotidiano escolar, seja pelo uso dos objetos virtuais de

aprendizagem ou dos equipamentos. Os alunos do século XXI possuem uma nova

identidade, são apelidados de “nativos digitais”, os mesmos já têm habilidades quanto ao uso

das TIC, mesmo que seja para entretenimento; o maior desafio dos professores é, pois

oferecer aos alunos um uso pedagógico das diferentes ferramentas para que as mesmas

contribuam para o sucesso educativo e podermos, assim, colocar ao serviço da

aprendizagem as novas e diversas tecnologias.

Atualmente os alunos recebem diariamente uma grande quantidade de informação, porém

não conseguem filtrar as informações que são pertinentes para o seu desenvolvimento

intelectual e social. É neste campo que a escola, os professores e a biblioteca escolar têm

uma tarefa importante: capacitar os alunos para se tornarem pensadores críticos e resilientes

com competências na resolução de problemas e nas diferentes literacias: informacional,

digital, móvel e para os media.

As tecnologias vêm assumindo um papel significativo no ambiente educacional auxiliando

os alunos a uma melhor assimilação e socialização de conteúdos. Segundo Kenski (2007)

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educação e tecnologias são indissociáveis, quando bem utilizadas provocam alterações dos

comportamentos de professores e alunos levando assim ao êxito da prática pedagógica.

Contudo, como refere Guilhermina Miranda (2007), a investigação tem demonstrado que os

recursos técnicos existentes nas escolas não melhoram a aprendizagem dos alunos.

A integração inovadora das tecnologias exige esforço e alteração das práticas de ensino, a

que a maioria dos professores não está recetiva. (Ter um computador ligado à internet na

sala de aula não é sinónimo de mudança de práticas.) É preciso integrar e não acrescentar.

É necessário empenhamento, domínio e desenvolvimento de atividades desafiadoras e

criativas, que explorem ao máximo as possibilidades oferecidas pela tecnologia. Os sistemas

informáticos vão modificar o modo como as crianças estão habituadas a aprender e também

a ampliar o seu desenvolvimento cognitivo.

A aprendizagem é um processo (re)construtivo, cumulativo, autorregulado, intencional,

situado e colaborativo.

No processo de ensino/aprendizagem do português as TIC permitem, por exemplo, que a

escrita se possa exprimir de um modo mais flexível e plástico quando se usa um processador

de texto.

Nesta oficina, realizámos vários trabalhos em grupo e individuais utilizando as ferramentas

da Web 2.0, onde foi possível verificar que os conteúdos eram mais aliciantes para os alunos

e, por conseguinte, as aprendizagens obtinham resultados mais positivos. A capacidade e o

interesse que estas ferramentas despertam nos alunos é enorme. No caso do blogue, quando

utilizamos esta ferramenta para divulgar um livro, os alunos podem fazer comentários,

partilhar outros livros que estejam a ler, outras ideias. Através de uma webquest pode-se

trabalhar uma obra de forma diferente e muito mais atrativa, motivando assim os alunos para

a leitura e para a escrita.

A visualização de um vídeo ou imagens permite atividades de interação, sendo o reconto ou

criação de micro contos algumas das possibilidades, as nuvens de palavras permitem

desenvolver a escrita, usando um vocabulário, previamente selecionado pelo professor,

enriquecendo assim os textos escritos pelos alunos. Os mapas concetuais permitem ao aluno

apreender conceitos mais abrangentes, fazendo uma súmula fácil de compreender.

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2. Ferramentas da Web 2.0 exploradas e suas potencialidades para a melhoria/

inovação de práticas

Blogue

O uso dos blogues na educação reforça as ideias de pensadores como Paulo Freire e

Vygotsky que defendem a construção social da aprendizagem, o que acontece na cultura dos

blogues, onde educadores e alunos interagem e trabalham de forma colaborativa.

Existem muitas vantagens em usar os blogues na educação, nomeadamente, o

desenvolvimento do papel do professor como mediador na produção do conhecimento, a

integração da leitura e da escrita num contexto autêntico, incentivando a autoria e a

coautoria, o incentivo à criatividade através da escrita livre, a promoção da escrita

colaborativa, entre outras. Além disso, o uso do blogue pode desenvolver no indivíduo

múltiplas possibilidades no seu processo de aprendizagem, como a capacidade de

contextualizar as ideias.

Prezi

O Prezi é uma ferramenta que possibilita a construção de apresentações dinâmicas

multimédia, aceitando a inclusão de texto, imagem, vídeo, entre outros, numa única tela, e

poderá substituir o comumente utilizado PowerPoint. As vantagens em relação a este é o

maior dinamismo das apresentações.

Webquest - ferramenta zunal

A webquest incide numa metodologia de trabalho de grupo que possibilita a criatividade do

professor e, através das várias orientações que vão sendo fornecidas passo a passo, implica

uma maior motivação, interesse, autonomia, capacidade crítica e criativa, responsabilizando

os alunos que procuram congregar esforços para um objetivo comum, partilhando e

discutindo ideias, opiniões, saberes e sugestões, assim como desenvolvendo capacidades,

destrezas e competências essenciais que permitem aos alunos aprender a aprender, sendo

constituída por cinco partes, a saber: introdução, tarefas, processo, avaliação e conclusões.

Bubbl.us

É uma ferramenta que serve para construir mapas concetuais, tem grandes potencialidades

ao nível da organização das ideias.

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Fotobabble

Trata-se de uma ferramenta que permite realizar a gravação áudio e incluir uma imagem no

projeto criado.

Hot Potatoes

Software educacional utilizado para criar exercícios sob a forma de objetos digitais para

publicação na Web. É gratuito desde que utilizado para fins pedagógicos e permita que

outros possam aceder aos exercícios na Web.

Skype

É uma ferramenta que possibilita efetuar chamadas gratuitas, através da Internet, assim

como o envio de mensagens instantâneas.

SlideShare

SlideShare é uma ferramenta gratuita que permite armazenar e partilhar apresentações. A

busca pode ser feita por conteúdos específicos. Os utilizadores podem fazer upload e

compartilhar documentos em formato pdf ou ppt. Pode depois ser integrado em redes como

o Facebook, MySpace, Blogger, iGoogle...

Tagxedo

Ferramenta que permite a criação de nuvens de palavras, podendo-se escolher diferentes

formas (objetos, animais...), tipo de letra e cores.

Wordle

Ferramenta que visa a criação de nuvens de palavras, sendo possível a

escolha do tipo de letra, cores e disposição das palavras inseridas.

Voki

É uma ferramenta que consiste em colocar um avatar a falar, através da gravação áudio do

utilizador, escolha da voz de uma figura ou da escrita do texto. O avatar pode ser

personalizado no que concerne ao aspeto físico, roupas e acessórios.

O usuário desta ferramenta tem ainda a possibilidade de escolher o cenário de fundo para o

avatar.

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3. Ferramentas da Web 2.0 exploradas e suas potencialidades para a melhoria/

inovação de práticas

18 de outubro - O grupo “Sophia Andresen” (Fátima Bartolomeu, Luísa Cunha e Isabel

Morais) fez a apresentação de um breve comentário, destacando os aspetos mais pertinentes

sobre o documento “Limites e possibilidades das TIC na educação” de Guilhermina Lobato

Miranda. Tirando também ilações sobre referências às TIC no Programa de Português do

Ensino Básico.

Construção de um blogue

Inserir um vídeo (do YouTube) no blogue

21 de outubro

Inserir uma imagem no blogue

Transferir documentos (apresentação em PowerPoint ) através do Slideshare.

wordle.net / tagxedo.com / online-converter - criar uma nuvem de palavras, associando

uma tarefa a ser realizada pelos alunos.

Outras ferramentas:

Post-its

Fotobabble

Sound cloud

Worditout

abcya

28 de outubro

Webquest

Ferramenta para construir uma webquest: zunal.com

TEMA ( A Fada Oriana) - introdução, tarefas, processo, avaliação e conclusão

11 de novembro

Elaborar uma apresentação no Prezi

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18 de novembro

www.voki.com - criar um voki e colocar no blogue

Introduzir gavetas no blogue

25 de novembro

Skype

www.fotobabble.com - gravar a voz (poemas, excertos…)

Dispositivos móveis - telemóveis, proibir ou incluir na escola? Temos de saber tirar partido

das inúmeras potencialidades, ex: pode-se enviar um mini teste de escolha múltipla e receber

as respostas.

www. wirenode.com

www.mobilestudy.org - criar um Quiz, realizar um questionário com questões de múltipla

escolha e de verdadeiro/falso - respostas (selecionar a correta).

16 de dezembro

Mapas concetuais - permite sintetizar e relacionar de forma esquemática, ideias/conceitos

sobre determinadas temáticas, facilitando, assim a compreensão e aprendizagem do aluno.

Bubbl.us

Hot Potatoes

hotpot.uvic.ca: jcross (palavras cruzadas); jquiz (escolha múltipla); Cloze (espaços

vazios); jMatch (exercícios de associação); jMix (frases ou palavras desordenadas)e

jMasher ( junção das cinco ferramentas).

4. Consecução dos objetivos, em função das expetativas e dos resultados esperados pelo

formando, competências adquiridas, evolução, dificuldades sentidas/ superadas

De acordo com as expetativas e os resultados finais alcançados direi que os objetivos foram

atingidos, destacando-se:

- Desenvolver uma atitude crítica e reflexiva sobre o papel das tecnologias educativas no

ensino/aprendizagem do português e as potencialidades das ferramentas da Web 2.0.

- Promover a construção de ambientes de trabalho e de aprendizagem estimulantes e

significativos, no âmbito da integração curricular das TIC no ensino do português.

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- Planificar atividades com recurso às possibilidades que oferecem as TIC e aos aplicativos

da Web 2.0: webquests, mapas concetuais, blogues, apresentação dinâmica de conteúdos,

exercícios interativos, gravação áudio, entre outros, promovendo a formação nestes

aplicativos e integrando-os em contexto educativo.

- Adquirir competências para usar as TIC na conceção, desenvolvimento e avaliação de

recursos didáticos, de natureza síncrona e assíncrona.

- Produzir materiais didáticos digitais motivadores para o ensino do português, criando

novos espaços de aprendizagem (reais e virtuais).

- Dominar a linguagem básica e as operações intrínsecas a diferentes equipamentos

informáticos e multimédia.

- Fomentar o trabalho colaborativo em rede e a partilha de saberes e experiências.

5. Metodologia

A metodologia foi ajustada aos objetivos desta ação de formação, facilitando a

aprendizagem e a compreensão dos conteúdos.

6. Duração da ação - 50 horas (25 presenciais + 25 horas de trabalho autónomo)

distribuídas por nove sessões, tendo-se verificado que a mesma foi adequada .

7. Grau de participação do formando (motivação, intervenção, qualidade e relevância

dos trabalhos concretizados, cumprimento de tarefas, interação, partilha)

Senti que esta formação correspondeu às minhas necessidades, resultando para mim uma

mais valia de conhecimentos na área das TIC, que ajudará para uma melhoria no meu

processo aprendizagem, daí que encontrei sempre motivação para a realização das tarefas.

Em termos de intervenção, cumprimento de tarefas e adequação, realizei todos os trabalhos

de acordo com o solicitado. No trabalho presencial fiz as intervenções que julguei adequadas

e pertinentes. Também os restantes colegas possibilitaram um ambiente formativo

enriquecedor, baseado na partilha. Fui assídua e pontual.

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8. Conclusão/ Balanço global da oficina de formação

Ao fazer o balanço global da ação, constato que a mesma correspondeu às minhas

expetativas e necessidades de formação nesta área, pois permitiu explorar novas ferramentas

e descobrir o potencial que as mesmas podem ter em contexto pedagógico. Foi sem dúvida

uma experiência extremamente importante, como docente e como pessoa. Ao longo da

formação foi possível estudar, aprender, partilhar saberes, técnicas e calor humano. Por

parte do formador houve sempre esclarecimento das dúvidas e encorajamento dos

formandos, bem como a disponibilização de documentos e materiais, que foram de grande

utilidade pelas orientações práticas que continham. Sabendo do papel fundamental das

ferramentas disponibilizadas pela Web 2.0, que são e serão no futuro, reconhecidamente,

uma mais-valia para a educação pelas inúmeras oportunidades de cooperação online, de

criação e partilha de ligações e recursos e na construção de comunidades de aprendizagem.

Daí que apostar neste tipo de oficinas de formação contribui, seguramente, para a melhoria

do desempenho profissional e pessoal.

No que concerne a esta oficina de formação, considero que as ferramentas tecnológicas

disponibilizadas pelo formador, e trabalhadas até ao momento, têm enormes potencialidades

em contexto educativo (dentro e fora da sala de aula), pois, além de “quebrarem” a rotina,

contribuem para a inovação da prática pedagógica, despertando a motivação e o interesse

dos alunos, bem como tornam o processo de ensino/aprendizagem mais enriquecedor e

adaptado às exigências do novo paradigma de ensino, onde os alunos desenvolvem não só

competências específicas das diversas disciplinas, mas também a nível das várias literacias,

preparando-os, assim, para o presente e para o futuro.

9. Referências bibliográficas

Kenski, V. 2007. M. Educação e Tecnologias: o novo ritmo da informação. São Paulo:

Papirus.

Miranda, G. L. 2007. Limites e possibilidades das TIC na educação , Revista Sísifo , nº 3.