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DIREÇÃO-GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PÓVOA DE LANHOSO
Relatório de avaliação de candidaturas
Eleição do diretor do agrupamento
COMISSÃO ESPECIALIZADA DO CONSELHO GERAL TRANSITÓRIO
17-05-2013
Relatório de avaliação das candidaturas dos docentes Maria Beatriz Lopes Azevedo Barros e José Manuel Ramos Magalhães ao procedimento concursal prévio à eleição do diretor. Apresentado ao plenário do Conselho Geral Transitório em 17 de maio de 2013.
Conteúdo 1 Introdução ............................................................................................................................. 1
2 Análise curricular ................................................................................................................... 1
2.1 Formação específica para o cargo de diretor ................................................................ 1
2.1.1 Candidato José Ramos ........................................................................................... 1
2.1.2 Candidata Beatriz Barros ....................................................................................... 2
2.2 Experiência profissional para o cargo de diretor .......................................................... 2
2.2.1 Candidato José Ramos ........................................................................................... 2
2.2.2 Candidata Beatriz Barros ....................................................................................... 3
2.3 Formação contínua ....................................................................................................... 3
2.3.1 Candidato José Ramos ........................................................................................... 3
2.3.2 Candidata Beatriz Barros ....................................................................................... 3
2.4 Outras qualificações ...................................................................................................... 3
2.4.1 Candidato José Ramos ........................................................................................... 3
2.4.2 Candidata Beatriz Barros ....................................................................................... 3
3 Projeto de intervenção .......................................................................................................... 4
3.1 Candidato José Ramos................................................................................................... 4
3.1.1 Identificação de problemas ................................................................................... 4
3.1.2 Objetivos ............................................................................................................... 4
3.1.3 Estratégias ............................................................................................................. 4
3.1.4 Planeamento ......................................................................................................... 6
3.2 Candidata Beatriz Barros ............................................................................................... 6
3.2.1 Identificação de problemas ................................................................................... 6
3.2.2 Objetivos ............................................................................................................... 6
3.2.3 Estratégias ............................................................................................................. 7
3.2.4 Planeamento ......................................................................................................... 8
4 Entrevista .............................................................................................................................. 8
4.1 Candidato José Ramos................................................................................................... 8
4.1.1 Síntese pessoal da candidatura ............................................................................. 8
4.1.2 Perguntas & Respostas .......................................................................................... 9
4.2 Candidata Beatriz Barros ............................................................................................. 11
4.2.1 Síntese pessoal da candidatura ........................................................................... 11
4.2.2 Perguntas & Respostas ........................................................................................ 12
5 Balanço final ........................................................................................................................ 15
Página 1
1 Introdução De acordo com o estipulado no ponto 5 do Artigo 22.º e no ponto 6 do Artigo 22.º-B do
Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de Abril, na redação dada pelo Decreto-Lei 137/2012, de 2 de
julho, a Comissão Especializada nomeada pelo Conselho Geral Transitório para a validação e
avaliação das candidaturas (doravante designada comissão), vem submeter à apreciação do
Conselho Geral Transitório o relatório de avaliação das candidaturas ao cargo de Diretor do
Agrupamento de Escolas de Póvoa de Lanhoso – doravante designado agrupamento.
Foram apresentadas, como é do conhecimento geral, duas candidaturas, a do docente José
Manuel Ramos Magalhães – doravante designado candidato José Ramos – e a da docente
Maria Beatriz Lopes Azevedo Barros, doravante designada candidata Beatriz Barros.
De acordo com o estipulado no ponto 5 do Artigo 22.º-B do Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de
Abril, na redação dada pelo Decreto-Lei 137/2012, de 2 de julho, a comissão procedeu à sua
apreciação considerando, nomeadamente, o Curriculum Vitae, o Projeto de Intervenção no
Agrupamento e o resultado da entrevista Individual realizada com o candidato.
Para a apreciação acima referida e para a elaboração do presente relatório, a Comissão
procedeu da seguinte forma:
1. Abertura e verificação de candidaturas, registadas em relatório escrito;
2. Reunião da Comissão para os seguintes efeitos:
a. Análise e apreciação individual do curriculum vitae dos candidatos;
b. Leitura e análise individual dos projetos de intervenção no agrupamento;
c. Cruzamento de pareceres entre os elementos da comissão sobre os currículos
e os projetos apresentados;
d. Elaboração de guião para as entrevistas individuais, observando os parâmetros
definidos no regulamento;
3. Realização das entrevistas individuais com os candidatos;
4. Elaboração de relatório de avaliação.
2 Análise curricular
2.1 Formação específica para o cargo de diretor
2.1.1 Candidato José Ramos
Não apresenta formação especializada em administração educacional ou administração
escolar, nos termos das alíneas b) ou c) do artigo 56.º do ECD.
Outras ações de formações relevantes:
1. Rethinking european schools for the future, no âmbito do projeto Connecting
Classrooms Europe Project (2013);
2. Liderança em contextos de mudança: construção de projetos com visão e missão. Ação
de formação de 30 horas, Centro de Formação da Casa do Professor (2012).
Página 2
3. Aplicar o SIADAP na Administração Pública: novos desafios face à lei das carreiras, ao
regime de gestão e às competências dos municípios. – Centro de Formação Francisco
de Holanda (2009).
4. Evolução da Qualidade e Equidade no Sistema educativo Nacional – conferência no
âmbito dos Encontros PISA 2009 (Fundação Calouste Gulbenkian).
5. Seminário Novo código de contratação pública (2009).
6. A articulação entre os instrumentos de gestão e o modelo de avaliação do desempenho
docente. – Ação de formação (15 horas). Centro de Formação Francisco de Holanda
(2008).
7. Enquadramento do modelo de avaliação do desempenho docente. Competência,
desempenho e avaliação profissional. – Ação de formação (15 horas). Centro de
Formação Francisco de Holanda (2008).
8. Acumulação de funções docentes – DREN, 2007.
9. O território na construção do percurso educativo – ação no âmbito do programa PEPT
2000.
10. Componentes regionais e locais dos currículos -- ação no âmbito do programa PEPT
2000.
2.1.2 Candidata Beatriz Barros
Não apresenta formação especializada em administração educacional ou administração
escolar, nos termos das alíneas b) ou c) do artigo 56.º do ECD.
Outras ações de formações relevantes:
1. Concluiu a estrutura curricular do Curso de Especialização em Gestão e Administração
Pública, Universidade do Minho (1993), incluindo as seguintes disciplinas:
a. Teoria administrativa e organizacional;
b. Modernização e Melhoria dos Serviços;
c. Planeamento Estratégico na Administração Pública;
d. Elaboração, Audição e implementação de Projetos;
e. Gestão de Recursos Humanos na Função pública;
f. Políticas Públicas e Planeamento Governamental.
2.2 Experiência profissional para o cargo de diretor
2.2.1 Candidato José Ramos
Entre 1997 e 2013 o candidato foi professor, diretor de turma, presidente da comissão
provisória (2005-2006), presidente do conselho executivo (2006-2009) e diretor (2009-2012)
na Escola secundária da Póvoa de Lanhoso. Desde a constituição do agrupamento de escola de
póvoa de lanhoso é presidente da comissão administrativa provisória deste mesmo
agrupamento. Foi ainda secretário do conselho executivo na escola C+S de Ribeira de Pena
(1990-1992).
Página 3
Ocupou entre outros as seguintes funções ou cargos: delegado de disciplina/grupo, diretor de
turma, coordenador pedagógico do 3.º ciclo do ensino recorrente, diretor de instalações,
coordenador de diretores de turma, acompanhante da profissionalização em exercício.
2.2.2 Candidata Beatriz Barros
Entre 1975 e 1987 foi professora do ensino primário. Em 1992-1993 foi delegada de disciplina
(Escola secundária de Vieira do Minho). Na escola secundária da póvoa de lanhoso foi diretora
de turma do ensino básico e secundário e supervisora no processo de avaliação de
desempenho docente.
2.3 Formação contínua
2.3.1 Candidato José Ramos
Área específica: 2 oficinas de formação.
Área TIC: 5 oficinas de formação.
Área pedagógica: 3 oficinas de formação.
Outras ações de curta duração: área específica (8), área das TIC (3), área pedagógica
(24)
2.3.2 Candidata Beatriz Barros
Área específica: 2 oficinas de formação.
Área TIC: 1 oficinas de formação.
Área pedagógica: 3 oficinas de formação.
Outras ações de curta duração: área específica (3), área das TIC (0), área pedagógica
(2), outras áreas (13, sendo 9 apresentações de manuais escolares)
2.4 Outras qualificações
2.4.1 Candidato José Ramos
Curso de Formação Contínua de Professores
Curso de Formação de Formadores com estágio pedagógico
Certificado de Aptidão Profissional
Certificado de Competências Básicas em tecnologias de Informação
Diretor do Jornal de Cabeceiras
Vereador na Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto (1994-1997; 2002-2009);
Membro da Assembleia Municipal de cabeceiras de Basto (1998-2001)
2.4.2 Candidata Beatriz Barros
Solicitadora
Página 4
3 Projeto de intervenção
3.1 Candidato José Ramos
3.1.1 Identificação de problemas
Abondo escolar ainda significativo principalmente no ensino secundário;
Percentagem significativa de insucesso escolar;
Índices de escolaridade da população da comunidade educativa ainda longe dos
padrões pretendidos,
Pouca envolvência de pais e alunos nos projetos do agrupamento;
Níveis de proficiência ainda longe do satisfatório, tanto na comunicação oral e escrita
como no uso das línguas estrangeiras, do cálculo matemático e das ciências
experimentais;
Deficit de cultura de estudo individual;
Relações interpessoais marcadas por algum alheamento dos princípios ativos de
cidadania;
Sensibilidade ambiental ainda aquém de uma prática efetiva e saudável de cidadania
ecológica;
Deficitária interiorização de hábitos de vida saudável 8educação sexual, alimentação,
higiene, atividade física)
Dificuldade em manter as salas de informática operacionais e atualizadas;
Apetrechamento de equipamentos multimédia e audiovisuais ainda aquém do
desejável;
Controlo de entradas e saídas do espaço escolar
Manutenção dos espaços escolares: salas de aula com piso em mau estado, paredes a
necessitarem de pintura, estores avariados, blocos a precisar de impermeabilização,
rede elétrica; aquecimento;
Atualização permanente da página do agrupamento na Internet.
3.1.2 Objetivos
Promover a formação integral do indivíduo,
Dar continuidade à cooperação entre a escola e o meio envolvente;
Fomentar uma maior participação dos pais e encarregados de educação na vida do
agrupamento;
Articular e dinamizar a oferta formativa nos ensinos geral e profissional;
Continuar a beneficiar e a renovar o parque tecnológico do agrupamento,
Apetrechar a escola com os meios adequados e espaços próprios;
Redefinir o plano de formação do agrupamento e ajustá-lo à nova realidade dos CFAEs
Humanizar, o mais possível o agrupamento, tornando-o acolhedor e seguro.
3.1.3 Estratégias
Aposta clara no desenvolvimento do processo de ensino/aprendizagem, potenciando
metodologias e estratégias inovadoras e criativas;
Persistir nos esforços de afirmação junto da região e da comunidade através d
parcerias e protocolos com as instituições locais;
Promover a articulação entre as diversas estruturas organizativas da escola
Página 5
Remodelar gradualmente as salas de aula, dotando-as de novas tecnologias de
informação e comunicação para corresponder às novas solicitações dos docentes;
Continuar a informatizar e catalogar as bibliotecas do agrupamento, tornando-as
espaços de encontro, diálogo e trabalho;
Dinamizar a Comissão de avaliação interna do agrupamento;
Continuar a privilegiar as permutas entre docentes;
Continuar a destinar espaços para os apoios educativos na elaboração dos horários e
distribuição de serviço;
Reorganizar as salas de professores;
Continuar a privilegiar as TIC como meios de difusão da informação interna;
Redefinir o Plano de Formação do Agrupamento;
Continuar a testar os planos de evacuação;
Potenciar o sistema Integrado de Gestão Escolar;
Prestar atenção ao aspeto organizativo e acomodativo dos conteúdos na página do
agrupamento;
Continuar a pugnar pela prática de uma alimentação saudável impondo produtos mais
aconselháveis e, pouco a pouco, retirar os menos aconselháveis;
Dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo Gabinete de Apoio ao Aluno;
Continuar a aposta nos Serviços de Psicologia e Orientação;
Continuar a prestar atenção aos alunos com necessidades educativas especiais, no
sentido de reforçar o grupo da educação especial;
Continuar a promoção do desenvolvimento integral dos jovens através da valorização
da meritocracia traduzida nas suas diversas valências: académica, desportiva, literária,
jornalística e de cidadania;
Continuar a trilhar os caminhos de uma escola inclusiva;
Incentivar a participação da Comunidade Educativa na vida do agrupamento, quer
através da representação institucional quer nas atividades de cariz sociocultural
dinamizadas pelo agrupamento;
Melhorar o controlo das portarias;
Disponibilizar ações de formação para o pessoal não docente nos períodos de
interrupção letiva;
Continuar a implementar cursos profissionais e de educação e formação em
articulação com os poderes locais e regionais;
Continuar o esforço de manutenção e reparação dos espaços físicos,
Intervir junto da DGEstE-DSRN com o propósito de cabimentar orçamentalmente a
reparação das telas impermeabilizadoras dos blocos e a substituição das placas de
amianto;
Intervir junto da autarquia local no intuito de executar obras conducentes à
reestruturação da rede interna de saneamento da escola sede;
Dotar paulatinamente mais salas com quadros interativos;
Continuar em colaboração com a câmara Municipal e com alunos dos Cursos
profissionais a intervenção em alguns espaços exteriores do agrupamento (arranjos,
limpezas, ordenamento e plantação de plantas e árvores).
Página 6
3.1.4 Planeamento
O candidato não define cronograma de implementação das estratégias e ações.
3.2 Candidata Beatriz Barros
3.2.1 Identificação de problemas
A candidata não identifica problemas, apenas aponta aspetos essenciais que devem
ser melhorados (p.1).
3.2.2 Objetivos
Resultados
o O agrupamento já atingiu um nível Bom, pretende-se que atinja o Muito Bom
e até se possível o Excelente;
Prestação do serviço educativo
o Articulação e sequencialidade entre as várias disciplinas, entre os vários níveis
e professores de cada departamento; elaboração de planos curriculares do
agrupamento de escolas;
o Acompanhamento das atividades letivas pelos coordenadores de
Departamento e pelo Conselho Pedagógico;
o Diferenciação e apoios para os casos de alunos que o justifiquem (Serviços de
Psicologia e Orientação Escolar, sala de línguas, oficina de Teatro; Projeto de
Educação para a Saúde, Sala de Estudo, sala de Matemática e clubes)
o Abrangência de currículo e valorização dos saberes e da aprendizagem através
de atividades de enriquecimento do currículo;
Organização e Gestão Escolar
o Gestão de recursos humanos
Boa distribuição de todo o serviço (letivo, não letivo e de apoio) pelo
pessoal docente e não docente de uma forma justa e equitativa, de
acordo com perfil e competências demonstradas;
o Gestão dos recursos materiais e financeiros
Utilizar comparticipações do orçamento de Estado para prestar melhor
serviço educativo e apoiar atividades enriquecedoras do currículo;
o Participação dos pais e outros agentes educativos
Contribuindo e fazendo a ponte entre a escola, o meio e o mundo do
trabalho.
o Equidade e justiça
Na distribuição do serviço, dos recursos económicos e nas decisões.
Liderança
o Visão estratégica
Acompanhar o progresso científico, económico e cultural;
Projetar cada vez mais a escola para fora do seu microcosmos;
Apostar cada vez mais nas novas oportunidades (Profissionais, CEF e
outros cursos).
Página 7
o Motivação e empenho
As lideranças de topo e intermédias têm de evidenciar que conhecem
perfeitamente as suas áreas de intervenção e demonstrar empenho e
motivação;
Articulação entre as lideranças e os vários setores do agrupamento;
Mobilizar os diferentes atores do agrupamento;
Combater e reduzir sempre o absentismo e a falta de assiduidade.
o Abertura à inovação
Apostar nas Novas Tecnologias da Informação e Comunicação;
Proporcionar formação a todos os elementos da comunidade
educativa;
Desenvolver a possibilidade de registo antecipado dos sumários
eletrónicos.
o Parcerias, protocolos e projetos
Apostar cada vez mais na realização de parcerias, protocolos e
projetos nas vertentes profissionais, culturais e recreativas;
Capacidade de Autoavaliação e autorregulação
o Realizar sempre uma autoavaliação contínua e sistemática de todas as
valências da escola (pedagógicas, letivas, administrativas, financeiras, dos
resultados obtidos e da gestão em geral);
3.2.3 Estratégias
Gestão pedagógico-didática
o Potenciar projetos de orientação e ação educativas;
o Apoiar todas as atividades propostas em Plano Anual de Atividades;
o Dinamizar e apoiar os Departamentos na prática letiva
o Concretizar e realizar em todas as vertentes o Projeto Educativo, Plano Anual
de Atividades, Projeto Curricular e Regulamento Interno;
o Propor candidatos ao cargo de coordenador;
o Estabelecer protocolos e celebrar acordos de cooperação ou associação;
o Assegurar realização da avaliação de desempenho docente e não docente;
o Exercer o poder hierárquico em relação ao pessoal docente e não docente;
o Proporcionar percurso sequencial e articulado dos alunos;
o Superar situações de isolamento de escolas e estabelecimentos de educação
pré-escolar e prevenir a exclusão social e escolar;
o Racionalizar a gestão dos recursos humanos e materiais
Gestão administrativo-financeira
o Administrar de forma equilibrada, rigorosa e coerente o orçamento do
agrupamento;
o Acompanhar e intervir na gestão dos apoios socioeducativos;
o Gerar e angariar recursos financeiros próprios;
o Gerir espaços escolares, rentabilizando-os e melhorando-os se possível;
Gestão dos espaços e equipamentos
o Preservar e melhorar a qualidade dos espaços e equipamentos;
o Requalificar os espaços interiores e exteriores;
Página 8
o Adaptar e melhorar os espaços relativamente às suas funções específicas,
rentabilizando-os;
o Garantir a aquisição e melhoria dos equipamentos, de acordo com a s
condições financeiras do agrupamento.
Gestão da comunicação e relações interpessoais
o Gerir e tomar decisões de forma consensual;
o Desenvolver um sistema de comunicação eficaz entre as lideranças;
o Divulgar toda a informação à comunidade através dos processos
convencionais e as novas tecnologias;
o Fomentar e desenvolver uma colaboração constante com os órgãos do
agrupamento de escolas, com a associação de pais e com a associação de
estudantes;
o Promover e desenvolver atividades para a formação e valorização de um bom
relacionamento humano;
o Estabelecer relações de empatia e respeito mútuo;
o Envolver ativamente toda a comunidade escolar;
Criação de um gabinete de intervenção disciplinar
o Intervir e gerir todos os conflitos da escola;
o Acompanhar todos os processos disciplinares, bem como a aplicação de penas
e sanções;
o Organizar toda a atividade em colaboração com o gabinete de apoio ao aluno
e serviços de psicologia;
o Criar alguns clubes no sentido de envolver mais os discentes desencadeando
neles o gosto de aprender.
o Criar uma Oficina de Línguas no sentido de possibilitar aos alunos o gosto por
comunicar em Língua Estrangeira.
o Implementar e criar uma oficina de teatro para a partilha de experiências e
aprender mais, brincando.
3.2.4 Planeamento
A candidata não define cronograma de implementação das estratégias e ações.
4 Entrevista
4.1 Candidato José Ramos
4.1.1 Síntese pessoal da candidatura
“Quanto à motivação, é simples: há um trabalho para continuar. O agrupamento foi
um casamento que os nubentes não queriam. Por isso a primeira atitude foi não
mexer com a estrutura do agrupamento e a única decisão tomada foi pôr os grupos e
departamentos a reunir conjuntamente para criarem laços e assim haver condições
para constituir os futuros órgãos do agrupamento e dar passos, num processo gradual
como é o da agregação, mantendo o que há de essencial e positivo nas várias unidades
do agrupamento. O que move é o desafio de motivar para viver em conjunto. O
projeto tem várias partes: a equipa, incluindo os critérios para constituir a futura
equipa: imparcialidade e competência; a definição dos objetivos e o plano de atuação.
Página 9
Prefiro não prometer e fazer mais, do que prometer e não fazer. Por exemplo, na
escola de Taíde é necessário ainda o aquecimento no segundo andar, introduzir os
sumários eletrónicos (inclusive a partir de casa), implementar definitivamente o GIAE.
Finalmente, partilho a ideia de que a escola precisa mais de humanismo do que de
muitas ideias inovadoras. Por isso, privilegio uma liderança mais colegial: quando é
preciso decidir, também decido mas não gosto de impor a vontade. Gosto do
confronto de posições e opiniões: duas cabeças a pensar é melhor que uma. Quanto
ao relacionamento: não tenho inimigos, mas há pessoas com quem me dou melhor
que outras o que não quer dizer que as trate de modo diferenciado. Se tomo alguma
posição, é sempre a pensar na escola e nos alunos. Vim para a gestão quando há
muitas mudanças cada ano, o que dá endurance: a virtude é flexibilidade para reagir à
mudança”.
4.1.2 Perguntas & Respostas
Ausência de referências à indisciplina no projeto de intervenção
o “Temos uma escola disciplinada e se não o é mais, a culpa não é da gestão. Os
problemas disciplinares mais graves não chegam, devidamente formalizados e
por escrito, à direção. A direção não é permissiva. Gosta de dar saída ao que lá
chega e com uma carga formal grande, contando para isso com uma comissão
que dirige os procedimentos disciplinares. Não há casos reincidentes, o que diz
bem da qualidade das medidas aplicadas (quase sempre de serviço à
comunidade) ”
Quais os procedimentos adotados em alguns casos comuns de indisciplina?
o O candidato retorquiu com a exposição e explicação de alguns casos
concretos, sem nunca nomear os intervenientes, nomeadamente o caso de
alguns docentes que se queixam dos alunos mas nunca fazem a devida
participação por escrito. Repetiu a propósito que havendo a participação,
haverá sempre averiguações, audição de todas as partes e depois tomada de
decisão. O candidato rematou a sua intervenção dizendo o seguinte: “Há duas
ideias em que insisto cada ano: disciplina e educação são princípios a exigir em
todas a áreas (ensino regular e profissional). Mas este é um trabalho de todos,
não apenas da direção.”
E os pais?
o O candidato respondeu que o aumento do número de casos de parentalidade
disfuncional ou de monoparentalidade trouxe novos desafios, fazendo com
que estejamos todos a aprender ainda a lidar com estes casos.
Haverá cabimento para uma formação para ajudar os docentes a lidar com estes
casos de maior indisciplina?
o O candidato respondeu que requerera já ao Centro de Formação um formador
nesta área, estando a escola disposta a financiar essa formação, mas que ainda
não foi possível ao Centro de Formação satisfazer esse pedido.
Quais as principais dificuldades sentidas pela gestão no processo de agregação das
escolas?
o “A principal dificuldade”, respondeu o candidato, “foram os espaços. A
solução passa futuramente, até porque este ano perdemos 70 alunos do
ensino primário, (por exemplo Sobradelo já teve 220 e agora não tem nem
Página 10
vinte!), por criar uma escola básica integrada em Taíde, em vez de pensar num
novo centro escolar de raiz que seria mais um elefante branco”.
“No projeto fala na escola inclusiva, mas atendendo aos meios e técnicos não acha
isso cada vez mais difícil?”
o O candidato José Ramos respondeu que este ano houvera uma inspeção a este
respeito e que nem correra bem pois não estava habituado a não ter respostas
para os inspetores. Prosseguiu então dizendo que “esta escola sempre tratou e
acolheu bem a diferença e a deficiência, sempre se dedicou e reagiu à
deficiência”, e lembrou diversas iniciativas que o demonstram, como por
exemplo as atividades de demonstração de Boccia na escola. Continuou a sua
intervenção referindo que “Com a inspeção soube de coisas a que não estava
habituado. Por outro lado, há que lidar com as diferentes correntes de opinião
sobre o modo de lidar com a deficiência que coexistem no âmbito das
inspeções nesta área.
Qual a sua estratégia para mostrar mais a escola à comunidade mais alargada?
o “Sou acusado de às vezes não querer muito espetáculo. Às vezes as notícias
são muito triviais. Agora há uma coisa que me incomoda. A página da escola
precisa maior dinâmica e atualização, mas também não temos muitos recursos
humanos. Reconheço que a divulgação não tem sido fácil. Dantes havia um
CAE e havia uma mostra e uma oferta concertada nos cinco concelhos. Agora,
funcionamos apenas ao nível do concelho. A este nível, a definição da rede até
é bem concertada, mas a tutela tem andado atrasada e acaba por atrapalhar
algumas decisões já tomadas em conjunto.” O candidato prosseguiu
enumerando várias freguesias próximas de Guimarães em haveria pais e
alunos interessados na nossa escola. Contudo, disse o candidato, “esta
captação de alunos com esse desejo esbarra no facto de a Câmara não pagar o
passe do transporte. No caso do profissional, é relativamente fácil contornar
esse obstáculo, mas no caso do regular não é assim tão fácil”.
Quais as principais rubricas do orçamento do agrupamento?
o O candidato não só elencou as três rubricas e fontes de financiamento
principais do orçamento como analisou a despesa total do agrupamento, que
totalizam cerca de sete milhões de euros, excetuando o caso dos funcionários
pagos pela Câmara, e analisou ainda as grandes despesas: comunicações e gás
(de botija) em Taíde. Quanto à política de conservação, referiu que a a
estratégia de conservação e manutenção se baseia no seguinte princípio
pragmático e eficaz: “Partiu, arranja-se. Depois logo se vê quem paga”.
Que análise faz da correlação entre os resultados escolares e o contexto menos
favorecido em que se situa o agrupamento e que medidas concretas pensa
implementar para melhorar esses resultados?
o O candidato referiu-se então a dois fatos evidentes: os apoios no ensino
básico que funcionam mal porque são obrigatórios e, no secundário, apoios
que funcionam bem porque ao não serem obrigatórios faz com que os alunos
que os frequentam vão lá porque querem e mencionou o caso do apoio de
matemática onde chega a haver cerca de sessenta alunos. Considerou ainda
que não é fácil pensar em situações alternativas e que a solução passaria em
Página 11
seu entender por uma aposta nas disciplinas fundamentais. Por outro lado,
gostaria de experimentar a oferta da prática do xadrez, apropriada em seu
entender para ajudar os alunos que são na generalidade muito intuitivos e que
não gostam de parar para pensar. Afirmou ainda que no seu entender não são
necessárias mais aulas de informática, pois acabam por tornar-se salões de
jogos. Apostaria antes em meios para o professor e a sala.
4.2 Candidata Beatriz Barros
4.2.1 Síntese pessoal da candidatura
“Em relação à minha candidatura, queria dizer que sou da póvoa de lanhoso e gostaria
de fazer algo pela minha terra, algo de diferente. Quanto à motivação, o que me levou
a candidatar foi a falta de disciplina e regras. Todos os dias assisto, mesmo de alunos, à
queixa de que deveria haver mais regras e disciplina. É nesta área que gostaria de fazer
algo de diferente, inovador, pois acho que estamos a ser demasiado permissivos,
levando os que erram a perceber que deveriam mudar. Portanto, é sobretudo a
disciplina, tentar projetar mais a escola para o meio, envolver mais as autarquias, as
entidades, por exemplo criando protocolos com as empresas, aproveitando algumas
mais-valias dos artesãos do concelho. O que me motiva é, pois, incutir o gosto de estar
na escola e que há regras a cumprir. O projeto centra-se num trabalho de pesquisa e
de apelo aos meus colegas e aos técnicos operacionais e administrativos e tentando
envolver. Gostava de ver toda a gente envolvida, aproveitando o desempenho e a
capacidade de cada um. Em relação aos miúdos, gostaria de criar alguns cursos novos,
tentar que eles pudessem fazer estágios fora do país. Gostaria, por exemplo no caso
dos técnicos de receção, criar estágios internacionais, dotá-los de uma outra visão, de
uma outra capacidade de ter um percurso num espaço único europeu, de serem
cidadãos de Portugal e da Europa. Gostaria de explicitar mais uma ideia. Gostaria de
envolver mais os pais, envolvendo-os mais. Só conseguiremos alguma coisa
envolvendo os pais para ajudar os alunos a entender o mundo que os rodeia e a
interagir com ele. Através do meu projeto queria levar a associação de estudantes a
ser mais interventiva, sendo a motivação para os outros se aperfeiçoarem e seguirem
os bons exemplos, agregando a participação dos outros colegas e pondo ao serviço a
sua dotação orçamental. Gostava de criar um laboratório ou clube de línguas para
promover o gosto das línguas, nomeadamente da língua francesa e inglesa como
forma de motivar o gosto e a aprendizagem da língua estrangeira. Falo também uma
vez mais nas parcerias com as autarquias e os empresários: gostaria de fazer algo
sobre a ourivesaria. Acho que devem ser exercitadas as valências pedagógicas,
administrativas e financeira, criando algumas receitas aproveitando alguns espaços.
Uma coisa que preocupa é rentabilizar os recursos humanos: cada um de nós deveria
ser mais ativo, interventivo. Gostaria de dizer algo sobre a capacidade de
relacionamento. Sendo do meio, da póvoa, terei alguma facilidade em lidar com a
situação. Deveremos tentar criar um ambiente digno, onde cada pessoa deverá estar á
vontade para expor o seu problema e depois a gestão, de topo e as demais, deverá ter
a capacidade de ouvir a palavra que o aluno, o não docente, o docente tem a dizer,
tratando-o como pessoa. Quanto ao conhecimento das funções, há mais de vinte anos
que observo a gestão de uma escola e sinto-me capaz de assegurar essas funções.
Página 12
Quanto à liderança, temos de perceber que o líder não pode agir de per si, deverá
antes procurar entender, ouvir os demais parceiros e depois decidir. Gostaria de
regressar ao ponto de partida. O líder, que sabe ser líder sabe também aplicar o
castigo a quem a merece. Não no sentido de castigar por castigar, mas de fazer sentir
que se errou. Tenho alguma tristeza, sendo professora de mais de trinta anos em ver
alguém dizer que quer sair por ver que não se exige, que não se pune quem prevarica,
ao contrário do que podemos observar, por exemplo, no D. Diogo de Sousa onde
quem erra e logo chamado à atenção e punido se necessário. O líder deve criar da
instituição uma imagem digna.”
4.2.2 Perguntas & Respostas
O agrupamento da escola de lanhoso está classificado no quarto nível dos contextos
socioculturais. Será mesmo comparável a situação e atuação no agrupamento e no
D. Diogo?
o A candidata respondeu dizendo que ”falou no D. Diogo de Sousa por causa do
caráter, na capacidade de modelar os comportamentos. Sendo habitante local,
conheço o estrato socioeconómico dos nossos alunos. Continuou, afirmando
que o que lhe interessa é criar gosto pela escola, dignificar a escola”.
Tem mesmo a ideia de que os alunos não gostam da escola?
o A candidata respondeu que de facto, quase todos os dias era confrontada
com casos de alunos desgostosos com a escola e até com alguns que a
abandonavam por causa disso mesmo.
Que meios usaria para retirar a indisciplina da escola?
o Respondeu a candidata: “envolveria mais os encarregados de educação,
pedir-lhes seriamente a sua ajuda. Quando os alunos se apercebem que
conhecemos os pais, que temos laços com eles, eles alteram radicalmente o
comportamento. Temos que chamar os pais à escola, pedir-lhes essa
contribuição e ajuda. Quando o pai perceber que é chamado para ajudar a
resolver, ele vem”.
E a dificuldade em atrair os pais?
o A candidata compreende essa dificuldade mas acha que não se deve desistir.
Disse ainda que “Não é um problema local, é nacional, mas o caso que
interessa mais é o nosso caso concreto”.
Comparando com as notícias é assim o panorama tão mau?
o A candidata respondeu que não há de facto um panorama negro em termos
de disciplinares, mas achava que no lugar de diretor se poderia ainda fazer
mais e melhor.
Quando fala de rigor refere-se só aos alunos, ou também a outros níveis:
professores, funcionários..?”
o A candidata respondeu que “Os meus colegas são pessoas idóneas e
profissionais com P maiúsculo ao contrário do que aparece nos mídia. Quando
falo do rigor, trata-se limar arestas, de fazer sentir que se errou e que há que
mudar, e ajudar. Temos que ter uma ação concertada, Diretor, professores,
pais, autarquia…”
Quando fala de envolver a autarquia, quer pormenorizar?”.
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o A candidata Beatriz Barros disse que “gostava e com o apoio da autarquia, de
promover um estágio internacional: Palma de Maiorca. Outro nível: eventos
ao nível da ourivesaria, uma tradição e técnicos nossos, criando um novo
grupo nessa área, nessa matéria. Outro exemplo: ao nível da história viva,
podíamos ter uma ação concertada e fazer percurso para os turistas? Sei que
há candidaturas, para isso. Mas sem uma ação concertada, não há
possibilidades de fazer isso.”
É a primeira vez que vamos ter um diretor do agrupamento. O que pensa na forma
de criar uma comunidade, uma união entre as várias unidades e pessoas?”
o A candidata referiu que será um trabalho árduo e um caminho longo a
percorrer. Continuou dizendo que “Acho interessante o desafio de envolver
todos os níveis de ensino.”
Qual a sua opinião sobre o possível fecho de algumas escolas?
o A candidata Beatriz Barros disse que teria de fazer-se um trabalho de bom
senso, prometendo bater-se pelos postos de trabalho e argumentar contra o
deslocamento dos alunos, preservando os interesses das partes, isto é, dos
alunos que não deveriam de ser desalojados e tentar preservar o posto de
trabalho.
Acha melhor um educador com vários níveis ou um centro escolar?
o A candidata diz ser contrária aos tempos antigos de uma professora com
várias classes ou anos todos juntos. “Sou contra isso.”
Para candidatar-se julgo importante conhecer o agrupamento. Conhece-o? Sabe se
há escolas em risco de fechar?
o A candidata respondeu que estava preocupada face às notícias, por exemplo,
o fim do artigo 79.º, mas que neste momento, achava que ainda é prematuro
pronunciar-se, pois está o ano ainda a decorrer e as matrículas por realizar.
Confirmou não conhecer números exatos sobre as unidades em
funcionamento.
A escola tem um determinado orçamento. Tem alguma ideia de formas de a escola
arranjar recursos próprios ou ideias sobre o orçamento e gestão financeira da
escola?
o A candidata referiu-se ao curso de técnicos de serviço de bar dizendo que “
aproveitando as suas capacidades e produtos, em feirinhas, e adquirindo assim
receitas próprias. Desta forma, poderiam resolver-se algumas dificuldades. Por
exemplo, não foi possível levar alguns alunos meus a Braga pois não havia
capacidade para custear essa deslocação. Fazer uma viagem a França: dadas as
circunstâncias, não é possível fazer”.
Como a professora Beatriz é candidata ao posto, está a par do que há ou falta em
Porto de Ave?”
o A candidata respondeu que era “vizinha e fez uma visita rápida, não pedindo
uma visita guiada. Por aquilo que vi há varias coisas a implementar: mais
computadores; a entrada é muito despida; acho a cantina precisada de
melhoramentos”.
Fez uma pós-graduação em gestão e administração pública. Sabe quais são as
principais rubricas do orçamento da escola?
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o A candidata referiu-se à pós-graduação recordando que não foi acreditada, o
que foi uma tristeza. Quanto às principais rubricas, disse que “não andou a
investigar isso e que não devia perguntar isso. Não pedi para ver nada. Agora
de facto, a maior receita é do orçamento de estado, POPH e receitas próprias.
Relativamente à estratégia de resultados, que medidas pensa implementar para
elevar o nível de resultados para muito bom e excelente conforme consta do seu
projeto?
o Para a melhoria de resultados, referiu a candidata, “teria de haver medidas
para centralizar mais os apoios educativos. Gostaria de implementar uma
psicóloga a tempo inteiro, a ajuda de um técnico de segurança social, tentar
criar um clube de línguas, aproveitando os alunos francófonos, tentando criar
cursos novos, trazer os pais à escola, tentar uma ação concertada para fazer
do aluno um ser humano melhor, mais competitivo. Gostava de criar uma
oficina de teatro para ajudar os alunos a libertarem-se, a melhorar a sua
expressão e a sua autoestima, criar um gabinete de intervenção disciplinar.”
O que pensa, enquanto candidata a diretor, da viabilidade, no atual contexto, de um
diretor solicitar ainda mais os professor com horas de trabalho adicional que não são
considerado trabalho letivo? Frequentou algumas ações sobre desporto adaptado,
mas no projeto não se refere nunca à questão da escola inclusiva. Qual a sua visão
sobre esta problemática?
o Em relação à primeira questão, disse a candidata o seguinte: “muito
honestamente, não é a questão de estar a solicitar mais horas. Mas ao que
parece teremos um horário alterado. Nenhum diretor tem legitimidade para
pedir mais horas, mas na base dos tempos que devem ser dedicados à escola,
pretendo reafectar e rentabilizar mais os tempos de estabelecimento. Quanto
ao outro assunto, não tive nenhuma dispensa para fazer o meu projeto nem
tive dispensa de aulas, mas é uma problemática muito séria: sou por uma
escola inclusiva. Temos vários casos de alunos na escola e é com todo o gosto
que aqui os iremos continuar a receber, como é óbvio.”
Pode explicitar aquilo que designa, no seu projeto, de “princípio orientador do projeto
educativo do agrupamento?
o A candidata referiu que era no sentido de pedir o apoio e a colaboração
concertada para um projeto educativo que seja de todos e para todos, em que
ninguém se sinta excluído: sinta que foi ouvido e saiba que se sente envolvido;
não deixar ninguém de fora e envolver a todos.”
Enquanto candidata, não está demasiadamente centrada na escola sede?
o A candidata respondeu que quando fala em escola fala em sentido de
agrupamento, pedindo desculpa por esse equívoco.
Pode enumerar aquilo que refere serem as boas práticas de gestão “tendo como
objetivo um desenvolvimento sério e honesto em todo o processo”?
o A candidata enumerou as seguintes: “lutar contra o absentismo, o gosto por
aquilo que se faz, tentar ouvir cada um e atender. Se os recursos humanos
estiverem bem, se houver uma atitude positiva e bom senso, as coisas
funcionam bem. Procurar entender o outro como pessoa, é nessa base que
falo.”
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5 Balanço final Aspetos a considerar para a eleição do candidato:
CANDIDATO JOSÉ RAMOS
Aspetos favoráveis
+ Boa capacidade de comunicação oral e escrita; + Projeto bem estruturado e coerente; + Projeto de intervenção enquadrado e ajustado às necessidades do agrupamento + Capacidade de liderança + Conhecimento atualizados de organização e administração escolar; + Bom conhecimento da realidade do agrupamento; + Experiência alargada em órgão de gestão e de outros órgãos ou cargos + Experiência internacional na área da educação + Formação contínua alargada, relevante e consequente com o cargo de diretor
Aspetos não favoráveis
- Ausência de formação especializada em administração escolar ou educacional; - Planeamento genérico, sem cronograma definido;
Apreciação global
O candidato José Manuel Ramos Magalhães manifesta conhecimento aprofundado do agrupamento e das funções de direção, identificando bem os problemas e tendo noção clara do que se pode fazer e mostrando ser capaz de definir bem as principais dificuldades, para as quais manifestou um sentido prático e realista capaz de criar soluções para as dificuldades que forem surgindo.
CANDIDATA BEATRIZ BARROS
Aspetos favoráveis
+ Alguma formação na área da administração e gestão pública, mas desatualizada; + Conhecimento dos vários níveis de ensino e da legislação do trabalho; + Preocupação de ligação do ensino profissional aos artesãos locais, mas pouco realista.
Aspetos não favoráveis
- Comunicação oral e escrita apenas regular; - Ausência de formação especializada em administração escolar ou educacional; - Não diagnostica problemas ou necessidades no seu projeto de intervenção; - Falta de iniciativa para se documentar melhor sobre a realidade do agrupamento e as práticas administrativo-financeiras; - Ausência de experiência em órgão de gestão; - Experiência reduzida de outros órgãos ou cargos; - Projeto de intervenção incompleto, genérico e desenquadrado da realidade do agrupamento; - Ausência de formação contínua relevante para o cargo de diretor.
Apreciação global
A candidata Maria Beatriz Lopes Azevedo Barros revela desconhecimento sobre a realidade que vai enfrentar, quer em termos geográficos quer em termos administrativos e financeiros. Quase não diagnosticou nenhuma necessidade ou dificuldade no resto das escolas do agrupamento, sendo muito vaga nas referências à escola EB 2,3 de Taíde. Centrou demasiado toda a sua apresentação no problema de indisciplina apesar de reconhecer que não há um panorama negro nesse aspeto e reduziu sempre as suas soluções a uma única e demasiado abstrata estratégia (ação consertada de todos), denotando falta de uma visão realista para o futuro do agrupamento.