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FACULDADE DE AGRONOMIA .4 , 5 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE AGRONOMIA AGR99003 - ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO AGR REL 2006-065 Luciana Zwetsch 2187/01-8 00113065 .' ab(j engenharia e meio ambiente Porto Alegre, novembro de 2006. •• ••••• 'ac,!UM •• ..retl•••• . ,.\,., ...

Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

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Page 1: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

FACULDADE DEAGRONOMIA

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5UNIVERSIDADE FEDERALDO RIO GRANDE DO SUL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SULFACULDADE DE AGRONOMIA

AGR99003 - ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO

AGRREL2006-065

Luciana Zwetsch2187/01-800113065

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ab(jengenharia e meio ambiente

Porto Alegre, novembro de 2006.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

FACULDADE DE AGRONOMIA

AGR 99003 - ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO

Luciana Zwetsch

2187/01 - 8

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

OBRIGATÓRIO SUPERVISIONADO

Orientador: Eng.o Agr.o Alexandre Bugin

Período: 20/07/06 a 30/11/06 - 360 horas

Tutor: Prot. Dr. Paulo Vitor Dutra de Souza

Aprovada pela COMISSÃO DE ESTÁGIOS

Maria Jane Cruz de Mello Sereno (coordenadora),

Andréa Machado L. Ribeiro

Gilmar Arduino Bettil Marodim

Elemar Antonino Cassol

Josué Sant Ana

Lucia Brandão Franke

....

Porto Alegre, novembro de 2006.

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.... "A CIÊNCIA SEM CONSCIÊNCIA

É A RUINA DA ALMA."(FRANÇOIS RABELAIS)

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Com carinho dedico este relatório,

a meus pais Cláudio e Mariza

e a minha irmã Adriana,

pela compreensão e

participação irrestrita,

pois acreditaram num ideal.

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..

AGRADECIMENTOS."

. ,

Os professores de Agronomia que muito contribuíram na minha formação.

Ao meu tutor de estágio professor Dr. Paulo Vitor Dutra de Souza, pela

confiança depositada ao aceitar orientar esse relatório.

Ao professor Sergio Francisco Schwarz, do departamento de Horticultura e

Silvicultura, pela oportunidade de bolsa de extensão em Plantas Hortículas e

Florestais. Em especial, ao colega de laboratório Cezar Gróis Prestes.

Ao meu orientador de estágio o engenheiro agrônomo Alexandre Bugin, da

ABG Engenharia e Meio Ambiente.

Ao colega Fábio Antônio Martins Rodrigues, pela indicação no estágio e a

toda equipe de funcionários da ABG, pelo companheirismo que me dedicaram.

Ao meu amigo engenheiro agrônomo Dr. Régis S. S. dos Santos, que me

encorajou a ingressar no curso.

Ao biólogo especialista em biologia molecular Daniel Motta da Silva pela

formatação e pela parte gráfica do trabalho.

Aos meus amigos, agradeço pela convivência, apoio e pelos bons

momentos que passamos durante o curso.

A minha tia Marília Maria dos Santos Severo e minha prima Maria Alice,

que nestes anos me acolheram em sua casa e corações.

A minha irmã Adriana, que participa intensamente da minha vida, com

carinho e dedicação.

Aos meus pais que com muito amor acreditaram no meu sonho e fizeram

dele, o seu também;

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íNDICE

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1. INTRODUÇÃO ........••••••...•.••.•••.•.••••••••••••••..••••••..••••••••....•••..•...•...•..•.•.•.•.•.......•...•••.......•.••••••••••••••••••..•..•7

2. DESCRIÇÃO DA REGIÃO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO •........................•...•..••••••.•••••••••••..•••..• 8

3. DESCRIÇÃO DA EMPRESA DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO .••..•...••.•.•...••.••••••••••••••••••••••••••....•10

4. OBJETIVOS ........•.......••.••••....••••••••••••.•••.••••••.•....••.....••.••••...•.•..•..••••.••••••••••••••••••••••..•..••...•.••..•......•...•..12

4.1. OBJETIVOGERAL: 124.2. OBJETIVOESPECíFICO: , 12

5. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES· REALIZADAS NO ESTÁGIO ..••••.•••.•••.•..•••••.•...•••..•..•............... 13

5.1. PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL DA MINERADORA VERA CRUZ UNIDADE SANTATECLA RELATÓRIO DE VISTORIA 13

5.I.a. INTRODUÇÃO 135.I.b. MATERIALEMÉTODO 135.I.c. RESULTADOSEDISCUSSÕES 145.l.d CONSIDERÇÕES FINAIS 155.I.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO 16

5.2. LAUDO TÉCNICO DE COBERTURA VEGETAL MORRO SÃO CAETANO 175.2.a. INTODUÇÃO 175.2.c. MATERIAL EMÉTODO 185.2.dRESULTADOS EDISCUSSÕES 195.2.d· CONSIDERAÇÕES FINAIS 225.2.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO 22

5.3. PROJETO DE MONITORAMENTO DAS ENCOSTAS DO RIO DAS ANTAS RESERVATÓRIODA CERAN (COMPLEXO ENERGÉTICO RIO DAS ANTAS) 23

5.3.a. IN1RODU~"'ÃO 235.3.h. MATERIAL EMÉTODO 245.3.c. RESULTADOS E DISCUSSÕES 255.3.d CONSIDERAÇÕES FINAIS 265.3.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO 27

5.4. AUDITORIA TÉCNICA PARA0 LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARA EMPRESABOLOGNESI ENGENHARlA LIDA, LOCALIDADE DE CRUZ DAS ALMAS MUNICÍPIO DEELDORADO DO SUL 27

5.4.a. INTRODUÇÃO 275.4.b. MATERIALEMÉTODO 285.4.c. RESULTflDOS E DISCUSSÕES 295.4.d CONSIDERAÇÕES FINAIS 345.4.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO 35

5.5. AUDITORIA AMBIENTAL, FISCALIZAÇÃO E MONITORAMENTO DE TRANSPLANTE DEESPÉCIES DE VEGETAIS NA PEDREIRA ERGO S\A UNIDADE MORRO ALTO MAQUINÉ; 36

5.5.a. INTRODUÇÃO 365.5.b. MATERIAL EMÉTODO 365.5;c. RESULTADOS E DISCUSSÕES. 385.5.d CONSIDERAÇÕES FINAIS 395.5.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO 39

5.6. PROJETO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL E FISCALIZAÇÃO DE EXTRAÇÃO DEAREIA E ARGILA DA MAC ENGENHARIA LIDA, NO MUNICÍPIO DE TERRA DE AREIA,IMPLANTAÇÃO DE DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 40

5.6.a. INTRODUÇÃO 405.6.b. MATERIAL EMÉTODO 425.6.c. RESULTADOS E DISCUSSÕES 435.6.c. CONSIDERAÇÕES FINAIS 465.6.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO 47

5.7. MONITORAMENTO AMBIENTAL, RELATÓRIO DE VISTORIA E ACOMPANHAMENTO DEATIVIDADES DA JAZIDA 03 OBRAS DE DUPLICAÇÃO DA BR 101 LOTE 04 RS MUNICÍPIO DEOSÓRIO , , 48

...

Page 7: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

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5. 7.a. INTRODUÇÃO 485. 7.b. MA TERIAL E MÉTODO 485. 7.c. RESULTADOSE DISCUSSÕES 495.7.d CONSIDERAÇÕES FINAIS 505. 7.e. RRIATÓRIO FOTOGRÁFICO' 5O

5.8. ELABORAÇÃO DE UM HERBÁRIo 515.8.a. INTRODUÇÃO 515.8.b.MATERIALE MÉTODO 525.8.c. RESULTADOS E DISCUSSÕES 52

6. CONCLUSÃO •••••••••••••••..••••••••••••••••••••••••••....••••••••••••••••••••••••••.••••..••••••••.••••••••••••••••••.•••••.••••••••••••••••••••••55

7. ANÁLISE CRÍTICA DO ESTÁGIO ••••••••••••••.••.•.••••....••••••.••••••••.••.•••••.••••••••••••••.••••••••••..••••••••••••••••••••57

REFERÊNCIAS BmLIOGRÁFICAS •••••.•.•••..••.••••••••••••••••••••••.•••...•....••.•.••••••••••••••••.•..••..••••••••••••••••••••••.58

ANEXOS .••.••.•..•••••••••••••......••••••.•••••••••••••••.•.•••...•.•...••••••••••••.•.••.••.••.•.••••••••••••••••.••...•....•...••••••••••••••••.••......61..

RELAÇÃO DE TABELAS:TABELA 1:LISTA DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS NA ÁREA DO EMPREENDIMENTO MORRO SÃOCAETANO 20TABELA 2: ESPÉCIES OCCORENTES NA REGIÃO DO EMPREENDIMENT ELDORADO DOSUL 31TABELA 3: ESPÉCIES HERBÁ.CEAS PARA REVEGETAÇÃO DO SOLO DO EMPREENDIMENTOELDORADO DO SUL 33TABELA 4: ESPÉCIES ARBUSllVAS E ARBÓREAS INDICADAS PARA A REVEGETAÇÃO DOEMPREENDIMENTO ELDORADO DO S[]L 34TABELA 5: CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO TERRA DE AREIA .44TABELA 6: ESPÉCIES HEBÁ.CEAS INDICADAS PARA REVEGETAÇÃO DO EMPREENDIMENTOTERRA DE AREIA 45TABELA 7: ESPÉCIESARBUSllVAS E ARBÓREAS INDICADAS PARA REVEGETAÇÃO NOEMPREENDIMENTO TERRA DE AREIA 46TABELA 8: LISTA DE ESPÉCIES DO HERBÁ.RlO' 52

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Page 8: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

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1. INTRODUÇÃO

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o estágio obrigatório supervisionado realizou-se na ABG Engenharia e

Meio Ambiente Ltda, situada na rua João Abbott, número 503 sala 301 do bairro

Petrópolis em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. A empresa é atuante na área de

consultoria ambiental. Totalizou-se trezentas horas de atividades, estas sob

orientação, do engenheiro agrônomo Alexandre Bugin.Período de 20 de julho a 30

de novembro de 2006.

Os motivos para a escolha desta empresa foram as excelentes

recomendações obtidas e a receptividade por parte do proprietário e dos

funcionários. Com isto,foi desenvolvido e aprimorado os conhecimentos

acadêmicos da estagiária, através do vasto campo de atividades que a empresa

atua e me proporcionou atuartambém.

Durante o período de estágio, foi oportunizado atividades de campo para

distintas atuações técnicas, sendo estas: Auditorias, Licenciamentos, Vistorias,

Fiscalizações Ambientais, Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas,

Projetos de Proteção de Fauna e Flora de Áreas Legalmente Protegidas, onde

aprendi in locus os padrões que são adotados para realização de cada uma e as

normas legais que se seguem para liberar um empreendimento.

As auditorias ambientais para licenciamento ou para vistorias de obras, são

feitas por uma equipe multidisciplinar da empresa com apoio dos estagiários.

Executa-se vístonas em pedreiras, loteamentos, hidrelétricas, encostas de rios,

entre outras áreas, com intuito de levantar dados para elaboração de projetos que

possam identificar, prevenir e compensar alterações que poderão surgir com a

implantação da obra. Todas as informações coletadas em campo são analisadas

e descritas no parecer técnico e disponibilizadas em um banco de dados para

estudos posteriores onde se discute a viabilidade ou não do empreendimento .

Durante o estágio foram aprendido muito sobre técnicas e normativas a

serem obedecidas para implantação de uma obra, pela estagiária. Além disso,

contei com a oportunidade de por em prática meus conhecimentos acadêmicos,

na recuperação de solos degradados, na implementação correta da vegetação

para sua recuperação e no transplante de espécies vegetais.

..

....

Page 9: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

o estágio foi realizado em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. O

• estado está localizado no extremo sul do país e faz fronteira com a Argentina e o

Uruguai. A capital porto-alegrense apresenta uma área total de 476,30 Km2,

destes 431,85 km2 são de continente 44,45 Km2 de ilhas. É circundada por morros

e planícies, limitada pela orla fluvial do lago Guaíba. São dezesseis ilhas sob sua

-~ jurisdição num total de 4.500 hectares pertencentes ao bairro Arquipélago,..fazendo parte do Parque Delta Jacuí. A única ilha considerada zona urbana é a

Ilhada Pintada com426,20 hectares.(http://www2.portoalegre.rs.gov.br.linfocidadel

disponível 2006).

A região fitográfica a que está inserida Porto Alegre é a da Depressão

Central (PMPA). Seus limites são: ao norte as cidades de Triunfo, Nova Santa

Rita, Canoas, Cachoeirinha ao Sul, Viamão e o lago Guaíba (Barra do Ribeiro), a

leste Alvorada e Viamão e a oeste Lago Guaíba (Eldorado do Sul, Guaíba, Barra

do Ribeiro). Os morros representam 24% da área do município sendo 10% de

mata nativa. Quatro deles ocupam 1000 hectares (morro: Santana, São Pedro,

Teresópolis e o da Polícia), enquanto os demais possuem entre 100 e 700

hectares e altitude média de 147 metros. Possui 18 arroios com diversos

afluentes, sendo que o maior da cidade é o Dilúvio e o menor o arroio

Osso.(SMAM ,Gestão Ambiental,2006).

O clima é· subtropical úmido, com as quatro estações bem definidas.

Segundo a classificação adotada por W. Koeppen, Porto Alegre possui um clima

Cfa 1 subtropical úmido, média de temperatura anual de 19,4°C, média anual de

umidade relativa do ar é de 76% e a precipitação anual média é de 1,324 mm com.' chuvas bem distribuídas ao longo do ano, o período mais seco se dá de

novembro até março (httpllwww2.portoalegre.rs.gov.brlinfocidadel disponível.: 2006).

A cidade de Porto Alegre possui vários tipos de solo: Argissolo Vermelho-

amarelo distrófico típico, (Unidade Camaquã;) Argissolo Vermelho distrófico

latossólico,( Unidade Gravataí;) Neossolo Fluvico,( Unidade Guaíba;) Neossolo

Litófico distrófico típico, (Unidade Pinheiro Machado) e Planossolo Hidromórfico

eutrófico arênico,( Unidade Vacacaí).(http://www2.portoalegre.rs.gov.brlinfocidade

Idisponível 2006).

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2. DESCRiÇÃO DA REGIÃO DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

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o porto-alegrense vive numa cidade que está entre as mais arborizadas do

. país. São 517 praças totalizando 375,10 hectares e 11 parques totalizando"

1.514,14 hectares, entres eles destacam-se: Parque Farroupilha (Redenção)

, 37,52 hectares, Parque Moinhos de Ventos (Parcão) 11,5 hectares, Parque

Marinha do Brasil com 70,7 hectares e Parque Mauricio Sirotsky Sobrinho

(Harmonia) com 41 hectares.(SMAM , Gestão Ambiental,2006).

Fundada por uma leva de casais Açorianos vindo de Portugal,era

.~ conhecida como Porto dos Casais. Atualmente possui um forte contingente de..imigrantes vindo do interior do estado, muitos deles descendentes de italianos,

alemães, também sírios, libaneses, japoneses, poloneses, suecos entre outros,

somando mais de 25 etnias. A população é de 1360.590 habitantes (senso

IBGE\2000), sendo 635.820 homens e 724.770 mulheres. A expectativa média de

vida é de 71,4 anos, sendo: 66,2 para os homens e 76,2 para as mulheres. O

crescimento populacional é de 1,35 ao ano (1996\2000). A densidade é de 29

habitantes por hectare e o índice de mortalidade infantil é de 13,93 óbitos por

cada 1000 nascidos vivos.(IBGE.,wwwibge. gov br.2001).

Reconhecida como a metrópole da qualidade de vida do Brasil, pela

Organização das Nações Unidas (ONU). Os indicadores de qualidade de vida são

favoráveis nos principais índices de desenvolvimento humano: saúde,

saneamento básico, educação, meio ambiente e economia.

A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM) de Porto Alegre foi a

primeira do país, êria~ em 1976. Seja em áreas construídas ou naturais, ela é o

órgão executivo- responsável pelo controle da qualidade ambiental e pela proteção

do sistema natural no município. O Conselho Municipal do Meio Ambiente

(COMAM) atua em caráter consultivo e deliberativo, é o órgão de participação

direta da sociedade civil, para propor e formular políticas municipais de meio

ambiente.(SMAM ,Gestão Ambiental,2006).

Para educação da população conta com inúmeras escolas estaduais,

municipais e particulares de ensino fundamental e médio. Além do ensino superior

que conta com universidades particulares e federais e entre elas, a Universidade

Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).(SMAM, Gestão Ambiental,2006).

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3. DESCRiÇÃO DA EMPRESA DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

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A empresa ABG Engenharia e Meio Ambiente Ltda, foi fundada em 1990,

• pelo engenheiro agrônomo Alexandre Bugin, sendo prestadora de serviços em

áreas que envolvam o Meio Ambiente. Conta com um perfil técnico diferenciado

dotado de profissionais especializados nas mais distintas áreas, atuando

integradamente.

Dentro do campo operacional da empresa citam-se atividades como:

licenciamento ambiental para atividades de mineração, linhas de transmissão, e

outros diferentes empreendimentos; monitoramento e plano de manejo da fauna e

flora; projetos de recuperação ambiental, de áreas degradas; estudo ambiental

para projetos de pavimentação e terraplenagem de estradas, projeto de

recuperação de aterros de resíduos sólidos urbanos e industriais; auditoria

ambiental, fiscalização de obras; projetos de obras de drenagem e contenção de

erosão da encostas; ElA/RIMA para implantação de aterros sanitários e industriais

e educação ambiental entre outros.

Dos trabalhos executados para distintas empresas do estado, salientam-se;

o assessoramento permanente à Copelmi Mineradora, nos projetos de mineração;

a elaboração do plano diretor de recuperação das áreas degradadas pelo canteiro

de obras da Usina Hidrelétrica de Machadinho e a elaboração de estudo de

Impacto Ambiental ElA/RIMA da Siderúrgica Gerdau Riograndense S\A; além de

mais de cinqüenta retatórios técnicos de vistoria ambiental sobre estradas

estaduais e federais para empresas como: Ecoplan Engenharia, Imcorp

Bourscheid Engenharia, Setep Etel, Mac Engenharia e o Daer. Há também a

execução de planos de recuperação de áreas degradadas de pedreiras em

Gravataí, Santa Cruz do Sul e São Francisco de Paula.

Entre as atribuições empresariais, está a elaboração, e participação de

doze estudos de Impacto Ambiental ElA/RIMA de indústrias, do aeroporto, de

estradas e usinas hidrelétricas no Rio Grande do Sul e em outros estados.

A empresa possui ótima infra-estrutura, com excelente planejamento

operacional. Preocupa-se com a saúde e o bem estar emocional de seus

funcionários, mantendo uma fisioterapeuta, que realiza seções procurando aliviar

as tensões e o estresse do trabalho. Oportuniza-se o crescimento intelectual dos

funcionários, através de cursos de atualização, seminários, congressos,

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..

financiados pela mesma e estes benefícios também são estendidos aos

estagiários.

Durante o desenrolar do estágio houve a participação da estagiária nas

seguintes atividades: Plano de Controle Ambiental Vistoria na Mineradora Vera

Cruz; Laudo Técnico de Cobertura Vegetal Loteamento, no Morro São Caetano;

Monitoramento das Encostas do Rio das Antas; Licenciamento Ambiental

Retomada de Atividades; Monitoramento de Transplante de Espécies Vegetal na

Pedreira, Unidade Morro Alto Maquiné; Vistoria e Monitoramento de Espécies

Transplantadas na Localidade de Morro Alto Maquiné; Monitoramento Ambiental e

Fiscalização da Extração de Areias em Osório. Além das atividades de campo

houve a participação no Seminário Técnico - Grandes Empreendimentos em

Áreas Urbanas e Licenciamento Ambiental; realizado na FEEVALE entre os dias

10 e 11 de agosto de 2006.Houve Também participação em trabalhos

administrativos da empresa. A estagiária atuou na estruturação e elaboração do

herbário e na revisão do PRADE (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas

para Mac Engenharia Ltda de Quarai); como também no preenchimento do termo

de referência para Elaboração de Plano de Controle Ambiental (PCA) para

encaminhamento a FEPAM, referente à pedreira de Eldorado do Sul e a

formulação de texto de Projeto Turístico para Companhia Energética Rio das

Antas.

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12

4. OBJETIVOS

4.1. Objetivo Geral:

. ,

O presente relatório tem como objetivo de relatar as atividades realizadas

durante o cumprimento de estágio curricular obrigatório supervisionado da

Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(UFRGS).

4.2. Objetivo Específico:

Indicar o desenvolvimento das atividades executadas durante o estágio

curricular obrigatório da Faculdade de Agronomia no período de julho a

outubro,de 2006 que totalizou trezentas horas, sob orientação do Engenheiro

Agrônomo Alexandre Bugin e tutela do professor Or. Engenheiro Agrônomo Paulo

Vitor Dutra de Souza.

Realizar atividades na área de preservação e legislação ambiental,

voltadas a conservação e recuperação de áreas degradadas, visando consolidar e

aprimorar conhecimentos acadêmicos na área adquiridos durante a realização do

curso de Agronomia .

....

Page 14: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

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5. DESCRiÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO

"5.1. PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL DA MINERADORA VERA CRUZ

UNIDADE SANTA TECLA RELATÓRIO DE VISTORIA

5.1.a. INTRODUÇÃO

.. Um relatório ou laudo de vistoria de meio ambiente segue os conceitos

jurídicos do licenciamento ambiental, de acordo com a FEPAM. O documento

traduz a situação, sendo para tal utilizado a saída de campo. Normalmente

acompanha dados fotográficos e ou outros materiais, que os técnicos consideram

relevantes para complementar seus pareceres.

A avaliação ambiental da área da pedreira Santa Tecla é feita

semanalmente e em turno integral e gera um relatório técnico mensal das

atividades de controle ambiental.

5.1.b. MATERIAL E MÉTODO

A vistoria na Mineradora Vera Cruz, Unidade Santa Tecla, no município de

Gravataí Rio Grande do Sul, realizou-se no dia 25 de julho do ano corrente, pela

equipe técnica da ABG Engenharia e Meio Ambiente e contou com o acadêmico

de agronomia Fabio Antônio Martins Rodrigues e a estagiária de agronomia

Luciana Zwetsch, em cumprimento ao contrato de prestação de serviços de.' consultoria ambiental e teve como foco de ação a fiscalização e a orientação para

a recuperação das áreas degradadas pelo empreendimento em suas atividades,

;" extração de lavra de basalto a céu aberto, em uma área de 49,29 hectares.

A metodologia usada na vistoria segue normas pré-estabelecidas:

observações através da caminhadas em toda área em processo de recuperação,

e o monitoramento das áreas, para verificar a correta separação de solo e sua

reutilização em outras áreas. É feita a comparação entre a vegetação, que está

Page 15: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

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14

sendo utilizada no replantio das áreas degradadas, com as originais existentes,

analisando o grau de interferência entre elas.

5.1.c. RESULTADOS E DISCUSSÕES

.•..

Foi possível verificar a revegetação das áreas em processo de

recuperação, com plantio de espécies herbáceas de inverno. O responsável vem

utilizando braquiárias, pois as sementes são mais baratas, tem boa ressemeadura

e cobertura de solo. Não tinha sido recomendada, devido a problemas de

competição com outras espécies por liberação de substâncias alelopáicas e pelo

alto crescimento, neste caso ocasionaram a morte de algumas espécies nativas

plantadas na área, sendo necessário o replantio. Apesar disso foi utilizada a

planta no local.

Em todas as áreas com plantio de espécies arbóreas serão mantidos os

tratos culturais como: roçada, adubação, tutoramento visando sempre a

manutenção. A roçada é feita para implantar outra cobertura, no caso, a de verão

permitindo o crescimento da vegetação nativa. No momento da vistoria,em 25 de

julho do corrente ano ,ainda não havia sido realizada totalmente a roçada da área.

Foram também observadas espécies nativas de hábito rasteiro que nasceram

através da ressemeadura manual como o Cipó São João (Pyrostegia venusta)

plantado no topo da área do antigo bota-fora (área onde são depositados os

materiais não usados pela mineradora).

Em relação ao solo da pedreira, deve-se prosseguir a separação e o

depósito em local adequado e principalmente o do horizonte A, para remediação

da área degradada. A remoção e a reutilização do solo devem ser feitas

primeiramente a dos matacões maiores (rejeito das extrações de rochas) e após

os menores, em seguida, o solo com presença de rochas e na superfície o solo deperfilA.

À medida que ocorre a retirada de lavra deve ser feita a remoção correta

do solo e sua reutilização nas áreas à recuperar. Os locais onde são colocados os

materiais não utilizados pela mineradora,denominados bota-fora, deverão ser

revegetados posteriormente. O horizonte A do solo também poderá ser utilizado

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15

..

nas áreas onde há presença de processos erosivos em fase inicial, logo após,

sendo implantada vegetação de coberturas rasteiras, deve-se efetuar

conjuntamente a manutenção dos drenos naturais para evitar a reabertura das

voçorocas e possivelmente o aumento de sua extensão. A retirada e o depósito

do solo, não estavam sendo realizadas corretamente, pela pedreira. Verificou-se

que está ocorrendo uma mistura dos horizontes do solo, ficando o horizonte A (o

mais fértil) abaixo das demais camadas menos férteis, com presença de rejeitos.

Para reconfiguração dos taludes nos acessos das estradas e para conter

os processos erosivos provocados pela ação da chuva são utilizadas paliçadas.

Na área de abastecimentos das máquinas é possível verificar tanques de

contenção ao redor dos de combustível, impedindo a contaminação do solo e da

água.

5.1.d. CONSIDERÇOES FINAIS

Ao se percorrer toda área pode - se fazer as seguintes observações: não

foram finalizadas as roçadas nas áreas de plantio arbóreo, com isso as demais

atividades previstas no cronograma só poderão ser iniciadas tão logo sejam

finalizadas as roçadas.

Um aspecto d~ suma importância é a implementação, por parte da

Mineradora vera Cruz;' na Unidade Santa Tecla, de uma cortina vegetal para o

enclausuramento das áreas de operação industrial. Além, da correta retirada e

depósito do solo, bem como o replantio das espécies nativas mortas pela

competição com as braquiárias.

.•..

Page 17: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

5.1.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

.,

Figura 5: Processo erosivo no antigo bota-fora.

....

Figura 7: Reconfiguração do talude.

16

Figura 4: Reconfiguração dos taludes aolongo das estradas.

Figura 6: Reconfiguração do antigo bota-fora .

. ~~Figura 8: Cipó-São-João no antigo bota-

fora.

Page 18: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

17

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Figura 9: Roçada das Braquiárias e plantiode arbóreas nativas .

Figura 10: Extração de brita da unidadeSanta Tecta.

.,

5.2. LAUDO TÉCNICO DE COBERTURA VEGETAL MORRO SÃO CAETANO

5.2.a. INTRODUÇÃO

O laudo elaborado tem como objetivo a descrição da cobertura vegetal

existente na área prevista para construção do condomínio horizontal fechado, de

propriedade da Costamar Arquitetura e Construções ltda localizado na rua Dep.

Astérío de Mello, número 605 do Morro São Caetano em Porto Alegre. para a

obtenção da Autorização Especial de Remoção Vegetal (AERV), junto a

Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre (SMAM), conforme o LI

(Licença de Instalação) número 05/05.

A vegeta.ção da área do empreendimento é classificada como mata

mesófila e mata subxerófila. A mata mesófila é constituída de comunidade

florestal que ocupa a porção média, ou baixa dos morros. Já a mata subxerófila,

são as matas baixas ou capães, encontrados nos topos ou nas encostas

superiores dos morros, segundo, BRACK et ai. (1998). O diagnóstico Ambiental

~ de cobertura vegetal na área do loteamento foi realizado em saída de campo.

Page 19: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

o laudo vem sendo elaborado pela equipe técnica da ABG, sendo eles:

Yuric Neff acadêmico de agronomia; Janice Fornari acadêmica de biologia,

Luciana Zwetsch estagiária de agronomia, Mariana Kappel acadêmica de biologia,

Vanessa Liechtnderg-Belau acadêmica de biologia e o engenheiro agrônomo

Régis Lisboa Batista. O trabalho de campo foi realizado nos dias 27 e 28 de

julh02006.

O laudo técnico segue as normas da SMAM, assim, cada lote foi

diagnosticado individualmente, verificando-se o tipo de vegetação e

posteriormente a sua classificação taxonômica. Dentro dos critérios de inclusão,

foram amostrados, etiquetados e tabelados os dados dendrométricos averiguados

para as espécies.

Para o procedimento cadastral dos lotes, utilizou-se a mesma numeração

existente na planta baixa fornecida pelo empreendimento. Assim foi realizado o

levantamento da vegetação dos lotes de numeração 1 a 20 além, da área de

condomínio situada ao lado do lote de número 20.

Dos vegetais acima de dois metros de altura, foram levantados dados

dendrométricos referentes à altura DAP (Diâmetro do Peito), DPC (Diâmetro de

Projeção de Copa) ~ a classificação taxonômica, estado fitossanitário e todos

foram numerados seqüencialmente (1-N) e etiquetados com seus respectivos

números de lote.

Foram feitas coletas de amostras de espécies não identificadas em campo,•• para fins exclusivamente de classificação científica. O material catalogado foi

incluído num banco de dados da empresa. Nos lotes onde há predominância de

•.• capoeiras, foram estimados os números de cada indivíduo por espécie, as

dimensõesde comprimento, largura, altura e a média em cada lote.

18

" 5.2.c. MATERIAL E MÉTODO

• <

Page 20: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

r·\----------------l19

II

I.<, 5.2.d. RESULTADOS E DISCUSSÓES

A área do empreendimento é de formação granítica, como a maioria dos

morros existentes em Porto Alegre. A fisionomia de sua vegetação é classificada

como mata mesófila e mata subxerófila (BRACK el. aI 1998). O monitoramento

.• segue as normas da SMAM onde cada lote do empreendimento imobiliário foi

• < vistoriado individualmente e feito o levantamento da vegetação para posterior

, classificação. Para autorização de remoção de vegetais, foi levado em conta à

vitalidade da espécie em questão, onde sua viabilidade de replantio e crescimento

futuro são sempre dados complexos, que acabam envolvendo múltiplos aspectos

como: a sanidade da árvore (quando se faz análise dos dados existentes no

vegetal, se ele é saudável; se tem baixa intensidade de dano, se tem média

intensidade de dano ou se alta intensidade de dano, o que é inviável); a liberação

de copa (grau de exposição ao sol) e sua posição sociológica (posição vertical em

relação às vizinhas).

As unidades amostrais, possuem formato retangular com dimensões de

10mx20m. As árvores nativas com DAP acima de 28cm são identificadas com

etiquetas e numeradas. Foi feita classificação taxonômica no local, quando as

espécies foram passíveis de identificação no campo, as demais foram amostradas

para posterior classitlcaçâo. Contabilizou-se os dados dendrométricos referentes

à altura e DAP (.ondese toma como base, a medida 1,30m acima da superfície de

solo, utilizando fita métrica metálica); além da estimativa visual do DPC(Diâmetro

de Projeção da Copa).

No monitoramento constatou-se que em nove dos lotes, os de numeração

(2, 3, 4, 5, 6, 13, 14, 15, 16) a vegetação predominante apresenta-se em estágio

." inicial de sucessão secundária, classificada como capoeira e com predominância

de espécies arbustivas e pequenas arvoretas (5.2.e. Relatório Fotográfico). Nos

demais lotes há presença de vegetação arbórea estabelecida, foram identificadas

55 espécies, distribuídas em 47 gêneros e 33 famílias. O número maior é de

Myrlaceae sp.; Rubiaceae sp. (quatro espécies) além de três exóticas; Euclyptus

sp. (eucalipto); Tipuana tipu e o Pinus sp. (pinheiro) (Tabela 1). Do total de 1301

indivíduos amostrados nos lotes com vegetação arbórea, os encontrados em

t.

Page 21: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

20

maior quantidade foram: Sebastiania serrata (branquilho), Guapira opposita

(Maria-mole), Myrlacea sp. (capororca) e Casearia sy/vestris (chá de bugre). A"

altura média da vegetação encontrada na área do empreendimento é de sete

• metros. Estão relacionados como resultados os vegetais identificados, de acordo

com a Tabela 1.

Tabela 1. Lista das espécies encontradas na área do empreendimento ...N° Espécie Nome-Popular Família,..1 Lthraea brasiliensis aroeira-brava ANACARDIACEAE

2 Dendropanax cuneatus pau-de-tamanco ARALlACEAE

3 IIex dumosa Caúna AOUIFOLlACEAE

4 Syagrus romanzoffiana Gerivá ARECACEAE

5 Baccharis dracunculifolia Vassoura ASTERACEAE

6 Baccharis sp. Vassoura ASTERACEAE

7 Gochnatia po/ymorpha Cambará ASTERACEAE

8 Cereus hildmannianus Tuna CACTACEAE

9 Cecropia sp. Embaúba CECROPIACEAE

10 Dispyros inconstans maria-preta EBENACEAE

11 Agarista euca/yptoides Criúva ERICACEAE

12 Erythroxy/um argentinum Cocão ERYTHROXYLACEAE

13 Gymnanthes concotor Laranjeira-do-mato EUPHORBIACEAE

14 Sapium g/andu/atf:Jm pau-leiteiro EUPHORBIACEAE

15 Sebastiania setrete Branquilho EUPHORBIACEAE

16 Mimosa bimucronata Marica FABACEAE

17 Tipuana tipu * Tipa FABACEAE••

18 Banara parvifolia farinha-seca FLACOURTIACEAE

19 Casearia decandra Guaçatunga FLACOURTIACEAE.• 20 Casearia sy/vestris chá-de-bugre FLACOURTIACEAE.

21 Ocotea pu/chella Canela-Iajeana LAURACEAE

22 Persea venosa Canela-andrade LAURACEAE

23 Strychnos brasiliensis anzol-de-Iontra LOGANIACEAE

24 Miconia sp. Ouaresmeira MELASTOMATACEAE

25 Cabra/ea canjerana Cangerana MELlACEAE

Page 22: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG
Page 23: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

§

22

5.2.d. CONSIDERAÇÕES FINAIS

-.As classificações das especes nativas dos lotes referentes ao

empreendimento se deram devido a necessidade do desmatamento, para futura

construção do condomínio. Como seqüência haverá o replantio dessas espécies e

quantidades nas áreas à serem demarcadas.

Foram encontrados grande número de epífidas das famílias Orchidaceas,

Bromeliaceas, Cataceae e Píperaceae, nos matacões e em vegetação arbóreas.• <

Recomendou-se, a translocação das mesmas para áreas de preservação

permanentes do próprio empreendimento.

Salienta-se atenção especial para indivíduos como a figueira (Ficus sp), o

jenva (Syagrus romanzoffiana) existente na área e passível de transplante. O

transplante deverá ser feito tanto para os espécimes em fase adulta como das

plântulas encontradas.

5.2.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

Figura 1: Entrada do empreendimento. Figura 2: Aspecto geral do acesso aos lotesresidenciais .

...

Figura 3: Aspecto geral da capoeira, compredominância da vassoura-vermelha {DodOfl8B

Figura 4: Epífitas encontradas emabundância na área.

Page 24: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

23

"

Figura 5: Aspecto geral da vegetação arbórea. Figura 6: Espécime amostrado com aplaqueta de identificação ..,

5.3. PROJETO DE MONITORAMENTO DAS ENCOSTAS DO RIO DAS ANTAS

RESERVATÓRIO DA CERAN (COMPLEXO ENERGÉTICO RIO DAS ANTAS)

5.3.a. INTRODUÇÃO

..•

A CERAN é uma empresa produtora de energia elétrica detentora do

contrato de Concessão de Geração número 008\2001. Da mesma fazem parte as

usinas hidrelétricas de Castro Alves, Monte Claro e 14 de Julho, situadas no

médio curso do Rio das Antas, região nordeste do Rio Grande do Sul.

No total são sete municípios envolvidos diretamente com a obra energética:

Antônio Prado, Flores. da Cunha, Nova Pádula, Nova Roma do Sul, Bento

Gonçalves, veranooolís e Cotiporã. Obras essas, iniciadas em 2002, com o

término previsto para 2007, quando a última unidade a de 14 de Julho entrará em

operação.

O presente projeto é parte integrada do Plano Básico Ambiental (PBA), já

em andamento, implantado pela ABG Engenharia e Meio Ambiente para o

Complexo Energético Rio das Antas (CERAN). O objetivo básico deste projeto é

de realizar o monitoramento da flora nas encostas do Rio das Antas, onde

existemas obras das hidrelétricas.

O monitoramento da vegetação das encostas pretende minimizar os

impactossobre a flora da região e conter os processos de erosão.

Page 25: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

•24

Foram instaladas unidades amostrais para diagnosticar as espécies

florestais, arbóreas. E também avaliar o ingresso de novas espécies, a<,

mortalidade, o crescimento e as mudanças de parâmetros fitossociológicos.

Estabelecer procedimentos para transplante, manejo e replantio também são

metas, além de ditar normas que evitem a degradação do solo nas encostas do

rio.

. .5.3.b. MATERIAL E MÉTODO

Foi realizada pela equipe de biólogos da ABG Marcos Vinícios Dariy e

Mariane Ellis Barreta e a estagiária de agronomia Luciana Zwetsch, a saída de

campo para implementação e monitoramento da encosta do Rio das Antas, no

município de Nova Roma do Sul, no dia 01 de agosto,de 2006 em tempo integral.

A ação foi desenvolvida para atender a legislação vigente, definida pelos órgãos

licenciadores no que tange a preservação vegetal e a proteção das encostas de

rios.

No diagnóstico das encostas do Rio das Antas, estabeleceram-se unidades

amostrais (parcelas) de monitoramento da vegetação. As unidades têm o formato

retangular de 10mx5m. Todas as árvores com DAP superior a 10 centímetros

foram etiquetadas e numeradas. As etiquetas fixadas nas árvores com fio de

nylon. Tiradas as coordenadas com o GPS para identificação local da parcela. A.identificação da vegetação feita in loco, com exceção de alguns exemplares os

quais não foi possível identificação a campo,por tanto, coletou-se amostras para

I. posterior classificação. Anotou-se tudo em planilha: nome vulgar, DAP (variável

medida a 1,30m do solo), posição sociológica (posição vertical em relação às

vizinhas), sanidade (avaliação de danos existentes), liberação de copa (exposição...ao sol) e viabilidade (projeção do crescimento futuro).

Baseando-se nas informações coletadas em campo, e nos dados

catalogados no banco de dados da empresa realiza-se uma análise por parcela,

para avaliar futuras ações a serem sugeridas no projeto em questão.

Page 26: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

'1.\ ,

••

25

'. 5.3.c. RESULTADOS E DISCUSSÓES

. ,

O registro e monitoramento das espécies de vegetação e do solo que

sofreu influência do empreendimento têm como intuito acompanhar as

modificações que possam surgir na estrutura das encostas do Rio das Antas.

Prevenir a ocorrência de mortalidade de indivíduos da flora, avaliar da eficácia

dos mecanismos de transposição de espécies (caso necessário), estabelecer

métodos e procedimentos de manejo e replantio são metas além de preservar as

espécies raras, endêmicas ou ameaçadas.

Para estabelecer as unidades amostrais, foram feitas caminhadas, nas

encostas do rio e escolhida assim, uma parcela representativa da vegetação da

margem do rio.Marcados 10 metros acompanhando o leito do rio e 5 metros em

direção ao rio (para baixo) e 5 metros em direção a estrada (para cima). Com esta

marcação efetuada retiram-se as coordenadas das parcelas com o GPS para

localização posterior.

Nas parcelas coloca-se etiquetas numeradas, em todas as árvores com

DAP acima de 10 centímetros e identificadas às espécies mais comuns, indicando

em planilha também o nome comum, sendo sempre feita coleta de amostras das

espécies não identificadas no campo.

Anotou-se sua posição sociológica, que se refere à posição ereta da árvore

com relação as .vizinhas, classificada em: superior, média, inferior

A sanidade foi também monitorada classificando-se em quatro situações:

saudável, baixa intensidade de dano, média intensidade de dano e alta

intensidade de dano. A alta intensidade indica um sério comprometimento do

indivíduo, demonstrando poucos sinais de vitalidade, a baixa, nos indica que

menos de 30% da árvore esta comprometida e a média informa que o

comprometimento é de aproximadamente 50%.

A liberação da copa informa o grau de exposição ao sol codificada com,

mais de 75% da copa exposta à luz solar, entre 50% e 75% da copa exposta à luz

solar ou menos de 25% de exposição.

Todas as informações anotadas em campo são registradas e devidamente

catalogadas em bancos de dados na empresa, onde é feita uma análise dos

...

Page 27: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

26

dados para decisão de ações futuras a serem sugeridas no projeto, com intuito de

prevenir e controlar os impactos sobre a vegetação e o solo das áreas das

encostas do Rio das Antas na área de abrangência do empreendimento da Ceran,

• sendo emitido relatórios mensais com os dados das parcelas monitoradas e as

ações sugeridas.

"

.. 5.3.d. CONSIDERAÇOES FINAIS

A partir do mapeamento feito pela equipe, na vegetação das encostas

florestais do Rio das Antas (área de influência direta da CERAN), instalou-se

unidades amostrais (parcelas) e criou-se pontos permanentes de monitoramento

e vistorias, após a implantação do projeto.

O projeto apresenta as metas a serem seguidas, para salvaguardar

espécies nativas, raras e ameaçadas. A preservação da diversidade da flora e a

manutenção da variabilidade genética através de resgates são necessários para a

conservação in situ e ex situo Existe interesse na coleta do maior número de

(mudas) plântulas, sementes e substratos, visando à reprodução e replantio em

outras áreas, devido o aumento do canteiro de obras da usina hidrelétrica.

É feita a observação constante do solo das encostas, visando evitar o

desmatamento, que conseqüentemente provocaria a degradação de toda encosta.e com isso, o assoreamento do leito do rio. A meta fundamental do projeto, após

diagnóstico levantado, será a conservação plena da vegetação e solo das

encostas do Rio das Antas .••

..•

Page 28: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

27

.~ 5.3.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

~Fígura 1: Monítoramento das encostas do Río Fígura 2: ea das encostas do Río das Antas.

das Antas.

5.4. AUDITORIA TÉCNICA PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PARAEMPRESA BOLOGNESI ENGENHARIA Ltda, LOCALIDADE DE CRUZ DAS

ALMAS MUNICíPIO DE ELDORADO 00 SUL

5.4.a. INTRODUÇÃO

.•..

Licenciar um empreendimento significa avaliar os processos tecnológicos

em conjunto com parâmetros ambientais fixando medidas de controle ambiental,

segundo FEPAM (Conceitos Jurídicos vol.t 2006 a).

São três as modalidades de licenciamento ambiental expedidos pela

FEPAM: a LP que se trata da licença prévia na fase preliminar de planejamento

do empreendimento, a LI que autoriza a instalação do empreendimento, conforme

as especificações constantes nos planos, programas e projetos aprovados,

incluindo medidas de controle ambiental e por último a LO que autoriza a

operação das atividades, após verificação do efetivo cumprimento do que consta

nas licençasanteriores (FEPAM 2006 a, Conceitos Jurídicos voI.1).

Na realidade são normas, regras pré-estabelecidas levando em conta a

defesado meio ambienter que deverão ser respeitadaspelo empreendedor,sob

Page 29: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

•..

••

28

. " pena do não cumprimento ter sua licença não autorizada e ou punições dentro da

lei ambiental.

Para a solicitação da retomada das atividades de extração de granito,

• operada pela empresa BOLOGNESI ENGENHARIA Ltda, que se encontra

desativada desde 1995, existiu a atuação da ABG.

A pedreira está situada ao longo da estrada que liga a BR 386, à localidade

de Cruz das Almas, no município de Eldorado do SullRS, em uma área de 50 ha,

" sendo 2,5 ha destinado à lavra propriamente dita e o restante da área para as..estruturas de apoio.

O objetivo do empreendimento é produzir agregados para a recuperação e

melhoria na pavimentação da rodovia BR 290. A operação se justifica pela

qualidade da rocha local, sendo compatível com as exigências tecnológicas

requeridas nas obras envolvidas, bem como pela proximidade das duas rodovia

citadas.O empreendimento, portanto fica no centro geográfico da concessão.

A vistoria teve o intuito de verificar as condições da área da pedreira para

extração, presença de lavra (granito), as condições e estado do solo, topografia

(meio físico) e a flora e fauna presente (meio biótico). Os dados são apresentados

um Relatório de Controle Ambiental (RCA) e no Plano de Controle Ambiental

(PCA). Os dados obtidos neste monitoramento permitem indicar as áreas mais

sensíveis, passíveis de medidas mitigadoras e compensatórias para recuperação

e conservação ambiental. Elaborou-se um plano de controle e monitoramento

ambiental, além, ae u~ cronograma de atividades.

5.4.b. MATERIAL E MÉTODO

..•

Para a formulação do laudo, com o intuído receber a liberação para

retomada das atividades na pedreira, realizou-se uma saída de campo no dia 02

de agosto de 2006 em tempo integral.Foi feita uma auditoria ambiental na área,

pela equipe técnica da ABG Engenharia e Meio Ambiente, formada pela bióloga

Daisy Bessa, a acadêmica de biologia Janice Fornari e a estagiária de agronomia

LucianaZwetsch.

A vistoria foi realizada para identificação da vegetação presente na área,

avaliar os impactos ambientais existentes e indicar a possibilidade de extração de

granito.

Page 30: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

'1~

t.

.•.

29

...Foram determinadas as coordenadas com o GPS e fotos da área da

pedreira, percorrendo-a em toda sua extensão. A partir dos dados foi elaborado

um plano de recuperação, como medida compensatória, de acordo com o avanço

da lavra. As medidas de recuperação englobam o planejamento da conformação

da topografia final, a revegetação e manutenção da área, o controle dos

processos erosivos, que por ventura venha a ocorrer, além, da reestruturação do

solo, e a correção da sua fertilidade.

A auditoria para diagnóstico ambiental foi realizada em saída de campo, na

área do empreendimento da pedreira BOLOGNESI ENGENHARIA Ltda, que

realiza a extração de minerais de classe \I extração de granito para brita, em uma

área de avanço de lavra de 50.000 m2•

A vistoria realizou-se com intuito de verificar as condições da área,

identificar os impactos ambientais significativos existentes, para vida útil do

empreendimento.

A área da mineradora está inserida na bacia hidrográfica do Delta do Jacuí.

O clima da região do empreendimento pode ser caracterizado como subtropical

úmido, (cfa) conforme Koeppen.

Os solos encontrados na reglao são argissolo, que geralmente são

profundos a muito profundos e bem drenados. Os argissolo ocorrem em relevo

suave ondulados, até fortemente ondulados(Strack et aI 2002) Na área do

empreendimento em questão ocorre o Argissolo-Vermelho-amarelo distrófico

típico (Unidade Camaquã). Segundo as práticas conservacionistas são solos com

limitação moderada quanto à suscetibilidade à erosão e necessitam, para sua

conservação, de medidas mais intensivas, incluindo prática de engenharia de solo

e água (sistema de drenagem, terraço de base larga e base estreita, terraços com

canais largos e diques).

..

5.4.c. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Devido a alterações ambientais decorrentes do intenso uso do solo para

fins de extração mineral, comprometeu-se tanto a flora como a fauna, uma vez

que a retirada da vegetação causou interferência direta no ecossistema da área.

A metodologia de inventário utilizada foi à observação direta a campo. Os

registros foram realizados em caminhadas aleatórias na área de influência do

Page 31: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

30

..

empreendimento. Observou-se no momento da visita que a fauna é muito pobre,

de baixa intensidade e densidade. Avistou-se quero-queros (Vanellus chilensis)

da família Charadriidae e o anú (Crotophagaanis) da família Cucudae.

A flora da área de influência direta do empreendimento possui elementos

típicos da estepe estacionai, como vassoura-vermelha (Dodonea viscosa),

vassoura-branca (Piptocarpha angustifolia), capororoca (Mirsine coriacea),

embaúba (Cecropia catarinenis); maricá (Mimosa bimucronata), chá-de-bugre

(Casearia sy/vestris), jerivá (Syagrus romanzoffiana), pitangueira (Eugenia

uniflora), branquilho (Sebastiania commersoniana),manacá (Brunfe/sia uniflora),

aroeira-vermelha (Schinus terebinthifolius) e chal-chal (Allophy/us edulis).

A presença de vassouras na área comprava que o solo do local é pobre,

pois essas plantas se desenvolvem facilmente em solos degradados e de baixafertilidade.

A vegetação herbácea foi substituída por cultura agrícola em muitos locais

ou muito alterada pela pecuária, predominam espécies rizomatozas como grama-

forquilha (Paspa/un notatum), capim-caninha (Andropogon /ateralis), capim-

barba-de-bode (Aristidapallens).

As vegetações arbóreas, constituídas basicamente por floresta galeria e

capões também se encontram alterada (Tabela2).

..

....

Page 32: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

q

31

" Tabela 2. Espécies ocorrentes na região do empreendimento.

• <

Família Nome Cientifico Nome Comum

ANACARDIACEA Schinus terebinthifolius Aroeira-vermelha

MIRSINACEA Mirsine coriacea Capororoca

EUPHORBIACEA Sebastiana klotzchiana Branquilho

MIRTACEA Myrciaria cuspidata Camboim

SAPINDACEA Allophylus edulis Chal-chal

FLOCOURTIACEA Casearia sylvestris Chá-de-bugre

CECROPIACEA Cecropia catarinenis Embaúba

ARECACEA Syagrus romanzoffiana Jerivá

MORACEA Ficus organensis Figueira

SOLANACEA Brunfelsia unijlora Manacá

MYRTACEAE Eugenia unijlora Pitangueira

VERBENACEA Vitex megapotamica Tarumã

ASTERACEA Piptocarpha angustifolia "assoura-branca

SAPINDACEA Dodonea viscosa vassoura-vermelha

Verificou-se na área da pedreira a presença de um pequeno riacho com

vegetação entorno que deve ser preservado; além da grande quantidade de

rejeitos espalhados e.a formação de um lago artificial na cava da pedreira. Nos

taludes da pedreira há presença de muitas pedras soltas, além de lavra paraextração.

Os impactos ambientais encontrados, no empreendimento são típicos de••

mineração a céu aberto. Estas alterações ocorrem geralmente devido a

exploração de grandes volumes de material minerado, bem como, a geração de

•.• rejeitos estéril. A estocagem de material, além da remoção de cobertura vegetal

tornando a área suscetível a processos erosivos, como a perda em fertilidade e

acaba por comprometer a qualidade das características físicas e biológicas deste.

Para realização do projeto será feita à correlação entre impacto, causa e

efeito.

Recomenda-se que nas áreas degradas a atividade de recuperação

ambientaldevam ser conduzidas em conjunto com atividade de lavra.

Page 33: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

J\ •••

32

to

No empreendimento em questão, este processo, abrangerá a área da

lavra, as áreas de estruturas de apoio, áreas de estrutura de britagem e as áreas"

de estrutura da usina de asfalto.

No que se refere à área de lavra deve ser dada especial atenção ao sul do

terreno caracterizada atualmente por faixa de mata em estágio médio de

regeneração, que poderá ser expandida no sentido leste, incrementando e

ampliando a cortina vegetal já estabelecida, evitando o impacto visual para,.transeuntes do acesso ao empreendimento .

No caso de abertura de novas áreas de exploração de granito, haverá a

formação de patamares. Os cortes destes patamares deverão ser efetuados de

modo que a declividade e a extensão dos taludes resultantes além de atender aos

requisitos de estabilidade facilitem os serviços posteriores de reafeiçoamento por

ocasião da recomposição da paisagística da área.

As atividades de recuperação ambiental a serem implantadas na área

deste relatório, de forma geral, são apresentadas a seguir.

Na abertura de novas áreas; pelas características do perfil litológico

encontrado na região, deverão ser tomadas as seguintes providências: remoção e

armazenamento (para posterior aproveitamento) da camada de solo orgânico;

remoção e armazenamento da camada de solo argiloso; remoção e

armazenamento de material de descarte, que não será utilizado na britagem.

As diferentes camadas de solo removidas deverão ser armazenadas

separadamente, para que possam ser utilizadas na conformação e na cobertura

das bancadas, servindo de base e substrato para revegetação.

O material de descarte deverá ser utilizado no processo de construção das

bancadas, dispondo-se os matacões (de diferente tamanhos) próximo aos taludes

dos patamares, dando-lhes a configuração inicial.

O material retirado da camada de solo argiloso deverá se utilizado na

configuraçãodas bancadas e na recuperação da estrutura do solo nas áreas onde

houver decapagem.

A camada de solo orgânico deverá ser utilizada na configuração final das

bancadas e das áreas decapadas. Este material orgânico quando distribuído nas

áreas em fase de recuperação irá auxiliar no incremento das características

físicas, químicas e estruturais do solo e por conseqüência, no desenvolvimento da

vegetaçãoa ser implantada.

. .

.•.

Page 34: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

III

I

9

33

"As especres vegetais indicadas para revegetação da área do

empreendimento devem apresentar as seguintes características: capacidade de

estabelecer uma rápida cobertura do solo e talude, promovendo o estancamento

• de processos erosivos; e capacidade de promover a restruturação do solo, fixação

de nitrogênio atmosférico e o acréscimo de matéria orgânica.

As espécies herbáceas de cobertura do solo (gramíneas e leguminosas)

indicadas para o empreendimento são relacionadas na Tabela 3...,.. Tabela 3. Espécies herbáceas para revegetação do solo.

..

Epoca SementesPerídodo Espécie Ciclo

De Semeadura (Kg/ha)

Azevém março/maio 20-25 anual

o Aveia março/julho 60-90 anualECI) Ervilhaca março/maio 40-50 anual>c- Comichão Março/maio 08-10 Perene

Sorgo out./jan. 20-25 anual

Milheto set./jan. 20-25 anual

Pensacola ago.lnov. 25-30 perene

Capim Ramirez set./dez 15-18 perene

Pangola set./dez 12 mudas/m2 pereneott! Brachiaria set./nov. 8-10 pereneCI)> Decumbens.

Capim bermuda set./mar. 20-25 perene

Feijão de porco set./dez 6-8 anual

Soja perene set./dez 6-8 anual

Lablab set./dez 25-30 anual

.•.Dentre essas espécies deve-se ressaltar a importância do uso do milheto

como incremento de nutrientes ao solo pela adubação verde, bem como ao uso

da pangola.

Além das espécies indicadas na tabela 2 recomenda-se que, dentro do

possível, sejam coletadas mudasl sementes de espécies herbáceas nativas

(campo nativo) na área de entorno das áreas degradadas, utilizando-as nas áreas

a serem revegetadas. Dentre essas espécies nativas destacam-se o Paspalum

Page 35: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

t.

4

34

..,

sp., O capim pluma (Erianthus sp.), o Andropogon laterallis e o pega-pega

(Desmodium incanum).

De acordo com a disponibilidade e a qualidade das mudas de espécies

arbóreas e arbustivas nativas na região, a composição vegetal pode ser alterada,

mas observando-se a proporção de grupo de espécies 50% de espécies pioneiras

40% de espécies oportunistas e 10% de clímax, e prioridade às espécies

pioneiras, frutíferas e melíferas.

Na tabela 4 as espécies arbustivas e arbóreas recomendadas para o

plantio...

Tabela 4. Espécies arbustivas e arbóreas indicadas para a revegetação.

Nome científico Nome comum Classificação

Fícus organensis Figueira-da-folha-miuda F-P-C

Cupania vemalis Camboatá-vermelho F-M-P-C

Eugenia uniflora Pitangueira F-P-C

Psidium cattleyanum Araçá F-N-P

Rapanea umbellata Capororoca F-P

Vitex megapotamica Tarumã F-P-C

Tabebuia chrysotricha Ipê-amarelo P

Myrcia rostrata Cambuí F-P

Nectandra lanceolata Canela-amarela F-P-C

Peltophorun dubium Canafístula P-C. .Legenda: F- Frutífera; M- Melífera; P - Pioneira; C- Clirnácica: N -

Nectarífera

5.4.d. CONSIDERAÇOES FINAIS...

As condições ambientais da área de influência direta do empreendimento

sofreram alterações tanto na vegetação como no solo, devido ao mau uso de

operaçãoe o abandono por tantos anos.

No entanto os impactos não podem ser considerados de grande

magnitude, pelo fato de serem reversíveis, além de se localizar em uma área que

já estava anteriormente alterada pela agricultura. Com a implantação de um

Page 36: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

35

projeto de recuperação ambiental, para recuperar as áreas já degradadas da

.; pedreira, e da exploração futura da lavra existente no local o ambiente no geral

terá estabilidade.

Foi verificada a possível exploração da lavra, se realizando conjuntamente

os projetos de recuperação necessários.

Nesta auditoria técnica para o licenciamento, participei desde o início das

atividades, pois foi um projeto iniciado quando já era estagiária na empresa ABG...\..

5.4.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

Figura 1: cava da pedreira com formação de um Figura 2: Área de preservação - mata nativa.lago.

Figura 3: Material da extração. Figura 4: Vegetação predominante na área dapedreira .

...

Page 37: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

L I(

.~.,.

lI

•t,II,

I•II

..

36

<, 5.5. AUDITORIA AMBIENTAL, FISCALIZAÇÃO E MONITORAMENTO DE

; TRANSPLANTE DE ESPÉCIES DE VEGETAIS NA PEDREIRA ERGO S\A

UNIDADEMORROALTO MAQUINÉ;

.• 5.5.a. INTRODUÇÃO

..O município de Maquiné é situado na região litoral norte do Rio Grande do

Sul. Faz limite ao leste com os municípios de Três Cachoeiras, Arroio do Sal e

Oceano Atlântico, ao sul com Capão da Canoa e Terra de Areia, a oeste com Itati

e a norte com Três Forquilhas, Itati; Três Cachoeiras.

A área em questão é a da pedreira Morro Alto, uma unidade de

propriedade da empresa Ergo S\A, situada na rodovia BR 101, quilômetro 75 na

localidade de Morro Ato e com a área útil de 12 hectares.

O objetivo era de verificar o pós-manejo de um jerivá (Syagrus

romanzoffiana) transplantado da área de avanço de lavra, para a área de

bordadura da mata nativa entorno da pedreira, que é preservada, além, do plantio

de 240 mudas de espécies arbóreas nativas da região, em área de 8.000 m2,

próximo à base do talude norte, após a deposição do solo.

5.5.b. MATERIAL E MÉTODO

.•.Foram realizadas vistorias nos dias 04 de julho e 24 de agosto de 2006 em

tempo integral. A equipe técnica da ABG destacada para a atividade em questão

foi: Fábio Antônio Rodrigues acadêmico de agronomia, Janice Fornari acadêmica

de biologia, Luciana Zwetsch estagiária de agronomia e Mariana Kappel

acadêmicade biologia.

No dia 04 de julho de 2006 determinaram-se as coordenadas com GPS de

toda a área e foi realizado o transplante de uma unidade de jerivá (Syagrus

romanzoffiana), situado no setor de áreas de avanço da lavra, para a bordadura

Page 38: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

••

37

..

da mata nativa, que é preservada e existiu a orientação quanto ao seguimento

das atividades.

O transplante foi realizado nas seguintes etapas: executou-se poda de

limpeza dos galhos secos, mal localizados e fracos (a atividade de poda foi

executada observando-se as técnicas básicas, com uso de ferramentas

apropriadas e por pessoal treinado); escavação do solo em forma de trincheira em

toda a volta da árvore (seguindo-se as seguintes medidas mínimas: diâmetro de

torrão = 8 x DAP, profundidade = 4 x DAP); colocou-se no fundo da cova uma

quantidade de terra suficiente para que uma vez colocado o torrão na cova a

superfície do mesmo fique no nível do terreno em volta; o jerivá retirado foi

acondicionado e transplantado por caminhão até a área de bordadura da mata

nativa, que será preservada; na sustentação foram utilizadas estacas.

Os funcionários da pedreira estão encarregados de monitorar o jenva

transplantado semanalmente, e fazer a irrigação que é necessária nos primeiros

60 dias diariamente, sendo em dias alternados até completar 120 dias e ainda

duas vezes por semana até os 180 dias; todas estas indicações foram

transmitidas no momento da atividade de transplante.

Na mesma vistoria foi indicado o plantio de mudas de nativas e herbáceas

de cobertura em locais pré-determinados, cuja execução ficou por conta dos

funcionários da ERGO. O plantio indicado foi de 240 mudas de nativas arbóreas à

serem plantadas numa área de 800m2, próximo a base do talude norte, após a

deposição do soro e.~ plantio das espécies arbóreas nativas: cedro, cerejeira,

pitanga, ipê, araçá e arroeira - vermelha, seguindo as recomendações técnicas do

plano de recuperação do talude remanescente da cava.

Na vistoria do dia 24 de agosto 2006, foi verificado o estado fitossanitário

do jerivá transplantado anteriormente, para descrição do relatório a FEPAM e feito

também o registro fotográfico, bem como, as vistorias do estado das mudas de

espécies nativas e herbáceas de cobertura que deveriam ser plantadas em locais

pré-determinados, além de e monitorar o andamento do trabalho ambiental.

Constado que o jerivá apresentava uma injúria no tronco, foi indicada a aplicação

de calda bordaleza no local.

CALDA BORDALEZA

Colocar 100 gramas de sulfato de cobre em um saco de pano e pequeno,

mergulhar o saco contendo o sulfato de cobre em cinco litros de água quente,

...

Page 39: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

I .{ '1

38

. "•.... deixando de molho por 24 horas, dissolver 100 gramas de cal virgem de boa

: qualidade em cinco litros de água, que devem ser despejadas sobre o produto;-,despejar a solução de sulfato de cobre sobre a solução de cal, misturando bem

• com um bastão; coar a mistura e despejar no pulverizador para aplicação.

,. 5.5.c. RESULTADOS E DISCUSSÕES.,..

f.

Foram obedecidas as normas ambientais, para realização de remoção

manejo e transplante de árvores nativas bem como o plantio de espécies nativas

em áreas degradadas. O jerivá foi retirado da área de avanço da lavra e levado

para a área de bordadura da mata nativa preservada com sucesso.

Na vistoria realizada no dia 24 de agosto 2006 foi constado que o jerivá

apresentava uma injúria no tronco, devido à presença de formigas no interior da

casca. Apesar da injúria o jerivá está com bom desenvolvimento. A

recomendação, a fim de evitar maiores danos é a aplicação de calda bordaleza no

local injuriado. Sobre o plantio das 240 mudas arbóreas nativas indicadas, foi

verificado que se encontravam em solo pobre, no meio a grande quantidade de

rejeitos da pedreira (granito), não sendo utilizado o solo do horizonte A, que é o

material de melhor qualidade em relação a matéria orgânica. O solo se

encontrava desparelho e sem cobertura e o estado de desenvolvimento das.mudas não era, bom. Além disso, não se verificou o plantio de herbáceas nas

encostas dos taludes para cobertura e proteção do solo. A nativa mais plantada

foi o cedro, havendo também algumas mudas de ipê, araçá, ingá, pitanga e

aroeira - vermelha. O plantio foi realizado em três áreas distintas no entorno da

pedreira:a primeira área localizada próximo ao escritório, a segunda área próxima

à bacia de drenagem (lago) e a última área de plantio na base do talude norte....

Page 40: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

39

<o 5.5.d. CONSIDERAÇÓES FINAIS

São cuidados que se dever ter após o transplante do jerivá: nunca deixar

de irrigar, obedecendo às normas estabelecidas, tratar a injúria aplicando calda

bordaleza e monitorar o desenvolvimento da árvore. Além de manter os tutores

~. firmes aos vegetais, com revisão semanal ou sempre que houver algum evento

., que justifique maior atenção; realizar controle de pragas por iscas atrativas,

, repelentes ou catação no caso de ataques menores; evitar o acesso de animais e

a passagem de veículos. Como também fazer uma cobertura do solo e dos

taludes com espécies herbáceas rasteiras, de maneira correta. Recomenda-se

retirar os rejeitos e colocados em áreas apropriadas e colocar uma nova camada

de solo de melhor qualidade no local onde foram plantadas as árvores nativas e

cuidar da irrigação; pois o solo além de pobre tem alta permeabilidade não

retendo água, devido grande quantidade de rejeitos, o que prejudicial em períodos

de estiagem.

5.5.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO.

.-.

Page 41: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

-...---------------------------------.,

Figura 3: Jerivá transplantado .

.,

40

Figura 5: Plantio de arbóreas para recuperação Figura 6: Muda de arbóreas entre grandedo talude. quantidade de rejeitos.

Figura 7: Plantio de arbóreas no talude superior. Figura 8: Ausência de herbáceas paracobertura das encostas dos taludes.

5.6. PROJETO DE MONITORAMENTO AMBIENTAL E FISCALIZAÇÃO DEEXTRAÇÃO DE AREIA E ARGILA DA MAC ENGENHARIA Ltda, NOMUNICiplO DE TERRA DE AREIA, IMPLANTAÇÃO DE DIAGNÓSTICO

.: AMBIENTAL

5.6.a. INTRODUÇÃO

A implantação deste diagnóstico ambiental tem como objetivo viabilizar a

solicitaçãode Licença Prévia (L. P.), para extração de areia e argila, no município

Page 42: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

I:í~\'--------------------

, f.

...

41

de Terra de Areia, cujo empreendedor é Mac Engenharia Ltda. A jazida em

estudo está localiza-se a 500 metros a oeste deste município, no sentido da

localidade do Espigão. A área em que será instalada a jazida corresponde a 5,48

hectares.

. .

o objetivo principal da empresa é a extração de areia e argila, que serão

utilizadas na construção da Estrada Rota do Sol, no trecho entre Terra de Areia e

Curumim.

Ao nordeste da área está o Morro do Espigão que serve de divisor de

águas, entre os afluentes que escoam suas águas para Lagoa dos Quadros e os

do sul que escoam para Lagoa de Itapeva. As águas que escoam da borda norte

do Morro do Espigão se dirigem pela drenagem natural até o Arroio Bonito, daí

para o Rio Três Forquilhas, que lança suas águas na Lagoa Itapeva. As águas

que escoam da borda sul do Morro do Espigão originam as nascentes do Arroio

Sanga Funda, que deságua na porção norte da Lagoa dos Quadros.

Na área do empreendimento existe um banhado natural, com

aproximadamente 273 m2. Ocorrem duas unidades de mapeamento distintas, na

área do empreendimento, originados sedimentos diferentes e materiais rochosos.

O primeiro solo de ocorrência é um Neossolo, pertencente à Unidade de Osório.

São considerados solos novos e pouco desenvolvidos, constituídos de uma

textura arenosa e originada de sedimentos inconsolidados, que fazem parte da

Planície Costeira e.eão os que ocorrem na maior parte da propriedade. O.segundo solo de ocorrência é um Chernossolo, pertencente à Unidade Ciríaco,

originados da alteração do basalto proveniente da Serra do Mar, que são

depositados nas encostas dos morros. São solos escuros com alta fertilidade

química,( Stracck et ai 2002).

A área situa-se no sopé da escarpa do planalto da Serra Geral, com

altitude máxima de 63 metros. Possui clima temperado, com as quatro estações

do ano bem definidas.

A vegetação original da área em que será instalado o empreendimento é

caracterizada pela presença de elementos pertencentes à floresta ombrófila

densa, também conhecida como floresta da pluvial da encosta atlântica.

Page 43: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

,.\, •

42

A reqiao da floresta ombrófila densa estende-se ao longo da costa

atlântica, ocupando as planícies cenozóicas e as áreas de relevo bem dissecado<,

das encostas e escarpas da Serra Geral (RADAM, 1986).

A área em estudo é caracterizada predominantemente pela presença de

vegetação invasora, mas ainda tem exemplares nativos.

Este relatório apresenta as medidas que serão adotadas para recuperação

ambiental das áreas em que será instalado o empreendimento .

. .

5.6.b. MATERIAL E MÉTODO

A equipe da ABG Engenharia que realizou este monitoramento ambiental

foi formada pela bióloga Daisy Bessa, o acadêmico de geografia Daniel Wiegand,

a acadêmica de biólogia Janice Fornari e a estagiária de agronomia Luciana

Zwetsch.

O monitoramento ambiental, com objetivo de obter Licença Prévia (LP)

para extração de areia e argila, que será utilizada na construção da Estrada Rota

do Sol, pela empresa Mac Engenharia Ltda, contou com a avaliação da equipe

técnica da ABG num levantamento de todos os dados do empreendimento, da

área em questão. e em seguida avaliou-se o impacto, com o intuito de realizar o

cronograma de recuperação das áreas degradadas e o projeto de reposição

florestal.

Foi feita a vistoria no empreendimento para levantar dados como:

f. caracterização do meio físico, recursos hídricos, clima, aptidão agrícola etc, além

do reconhecimento de áreas já degradadas. Depois de todos estes dados

coletados foi feito o diagnóstico ambiental e um planejamento, com base nos.•.procedimentos de recuperação de áreas degradada como: regularização da

topografia; reestruturação do solo, correção de sua fertilidade; implantação de

espécies vegetais herbáceas e espécies arbustivas e arbóreas para controle dos

processos erosivos, como também a semeadura e plantio para a proteção das

áreas.

Page 44: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

43rtf É feito um cronograma de atividades de recuperação ambiental e será~ ..~ mantido um monitoramento periódico para acompanhar a implantação das

<,

medidas.

5.6.c. RESULlADOS E DISCUSSÕES

• < A área da jazida da empresa Mac Engenharia Ltda corresponde a 5,48

hectares para extração de areia e argila, que serão utilizadas num trecho da

Estrada Rota do Sol.

O banhado natural, com tamanho de 273 m2 está dividido em duas partes,

por taipas, implantadas pelo proprietário. Uma é a Área de Proteção Permanente

(APP) do empreendimento, a nordeste encontra-se um recurso hídrico superficial

com cota de mais ou menos 4 metros em relação à área da jazida, com

aproximadamente dois metros de largura, apresentando exemplares de mata

nativa em estágio avançado de regeneração, a área de preservação deverá ter

em torno de 50 metros.

Existem duas unidades distintas de solo na propriedade, a maior parte é a

de Neosso Quartzarênico ortico, osegundo solo é denominado de Chernossolo

Argilúvico férrico típico.(Streck et aI, (2002).

Quanto à. aptidão agrícola dos solos, pode-se dizer que o Neossolo.Ouartzarêruco ortíco' típico, constituem ambientes muito frágeis, altamente

suscetíveis à erosão eólica e hídrica e deve ser manejado com cautela. É

importante evitar pisoteio excessivo no caso de pastagem. Apresenta boa aptidão

para reflorestamento, podendo também ser usado para fruticultura. Já o

Chernossolo Argiluvio férrico típico exige práticas agrícolas conservacionistas

intensivas, por se encontrar em relevo ondulado a fortemente ondulado, o que

dificulta a mecanização. Apresentam aptidão para culturas anuais fruticultura,

pastageme reflorestamento.

A vegetação original da área caracteriza-se pela presença de elementos

pertencentes à floresta ombrófila densa, que se estende ao longo da costa

atlântica e está associada ao clima tropical úmido, sem período seco sistemático

e com temperatura médias anuais não inferiores (RADAM, 1986). Entretanto a

..••

Page 45: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

Jt~\-,-------------------- •..,44

área em estudo é caracterizada predominantemente pela presença de vegetação

invasora como vassoura-branca e vermelha, em estágio médio de regeneração,

seguido de outros exemplares nativos, conforme tabela 5. As gramíneas

• predominam porção nordeste da área, vassouras e goiabeiras na porção nordeste

e na leste, os maricás e vassouras são as mais abundantes na porção norte.

Tabela 5 - Caracterização

• <

Família Nome científico Nome popular

Annonaceae Annona cacans Araticum

Araucariaceae Araucaria angustifo/ia Araucária

Lauraceae Canela

Myrsinaceae Myrsine coriacea Capororoca

Myrsinaceae Myrsine umbellata Capororoquinha

Cecropiaceae Cecropia obtusa Embaúba

Meliaceae Cedrella fissilis Cedro

Flacourticaeae Casearia sy/vestris Chá-de-bugre

Eritroxilaceae Erytroxy/um cuneifolium Cocão

lo

De acordo com a tabela serão suprimidos 125 espécimes, das quais 50

representam à vegetação em estágio inicial e 75 representam a vegetação em

estágio médio de regeneração (DAP\= 08cm).

Para o cálculo ?a reposição florestal, considerou-se o volume do estágio

inicial, onde há. a exigência do replantio de 10 novas mudas para cada metro

estéreo suprimido com replantio mínimo de 100 mudas e 15 novas mudas para

cada espécimes em estágio médio, totalizando assim 1289 mudas para

reposição.

A recuperação da área deste empreendimento como em todas que

envolvem mineração, a céu aberto, requerem uma forma específica para esse tipo

de atividade envolvendo uma série de itens a serem observados. Isto se deve ao

fato de que, nas áreas de mineração o impacto ambiental é muito significativo

causandodanos tanto ao solo, como a flora e fauna da região.

Em todas as áreas onde a topografia foi alterada serão realizadas

atividades de regularização desta, considerando-se as características do entorno

e do uso futuro da área.

..••

Page 46: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

-"

•45

I'Os taludes formados deverão ter altura máxima de 5 metros, sendo

,; construídos e estabilizados, mantendo a proporção de 3 (horizontal) 1 (vertical)

onde a extensão (linear) utilizada em sua base deverá ter no mínimo o triplo da

• altura do talude.

Nas áreas dos patamares será feita a regularização do terreno evitando a

formação de poças, de modo que a vegetação a ser implantada possa apresentar

um bom desenvolvimento .

Na reestruturação do solo deve se ter o maior cuidado na aplicação de

material orgânico nos taludes, pois nestas áreas é mais difícil de ocorrer fixação

da vegetação, quando o solo não está devidamente reestruturado.

Nas áreas do entorno da lavra e em alguns pontos dos patamares o

processo de revegetação, será em duas fases: a primeira é implantação de

espécies herbáceas rasteiras; a segunda a implantação de espécies arbustivas e

arbóreas.

.,"..

, ,

A tabela 06 apresenta as espécies herbáceas que servem de base para os

consórcios indicados, com as respectivas quantidades por hectar.

Tabela 06 - Espécies Herbáceas Indicadas para Revegetação:

Gramíneas de plantio de verão Quantidades de sementes ou mudas/ha

Milheto (Pennisetum americanum) 12 kg de sementes

Capim de Rhodes (Chloris gayanus) 6 kg de sementes

Pensacola (Paspalum squrae) 15 kg de sementes

Leguminosas de verão

Feijão Miúdo (Vigna urguiculate) 45 kg de sementes

Gramíneas de plantio de inverno

Aveia (Avena sp) 45 kg sementes

Azevém ( Lolium multiflorum) 10 kg de sementes

Pangola (Digitaria decumbens) 66.000 mudas...

Na implantação de espécies arbustivas e arbóreas, recomendam-se as

frutíferas e nativas. Estas espécies serão implantadas nas áreas do entorno da

lavra, com a função de acortinamento vegetal, bem como em núcleos a serem

formados no patamar da configuração final da lavra.

Page 47: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

rI·\46

Na tabela 07 identificam-se, as espécies arbustivas e arbóreas

" recomendadas para o plantio.

Tabela 07 - Espécies Arbustivas e Arbóreas Indicadas para Revegetação

..

Nome cientifico Nome comum Classificação

Erytrhoxy/um pelleterianum Cocão Pioneira

Pisdium Guajava Goiabeira do mato Pioneira

Sutiã capitata Butiazeiro Pioneira

Eugenia invo/ucrata Cerejeira Pioneira

Eugenia uniflora Pitangueira Pioneira

Psidium cattleyanum Araçá Pioneira

Dodonea viscosa Vassoura-vermelha Pioneira

Rapanea umbellata Caporaroca Pioneira

Sebastiania k/otzchiana Branquilho Pioneira

Schinus terebinthifolius Aroiera-vermelha Pioneira

Tibauchina ramboi Quaresmeira Oportunista

Patagonu/a americana Guajuvira Oportunista

Cedre/a fissilis Cedro Oportunista IClímax

Peltophorun dubium Canafístula Oportunista IClímax

5.6.c. CONSIDERAÇé)ES FINAIS

t.

É necessário um acompanhamento do desenvolvimento,das espécies

utilizadas na revegetação, com o intuito de observar a necessidade de algumas

medidas a serem executadas, para obtenção de melhores resultados.

Em caso de má germinação ou mortandade de mudas, deve-se refazer a

semeadura ou o plantio. A vegetação implantada deve ser monitorada para

avaliar-se a ocorrência de sintomas de deficiência nutricional. Porém

independente disso, deve ser feita à adubação de cobertura. É relevante ainda

diagnosticar e realizar o controle de pragas (formigas) e doenças que venham

ocorrer.

Como todas as áreas de mineração a céu aberto, na maioria são similares

no que se refere aos impactos ambientais que causam, a empresa ABG possui

..•.

Page 48: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

47

.,

diagnosticar e realizar o controle de pragas (formigas) e doenças que venham

ocorrer.

Como todas as áreas de mineração a céu aberto, na maioria são similares

no que se refere aos impactos ambientais que causam, a empresa ABG possui

um projeto onde são encontradas as normas padrão de recuperação. São itens

indispensáveis e comuns a todas estas áreas de mineração, que sem dúvida

serão alteradas conforme as auditorias ambientais realizadas em cada

empreendimento.

O monitoramento será realizado pela equipe da ABG periodicamente para

acompanhar a implantação das medidas relacionadas acima. As vistorias são

mensais na área. O objetivo é a verificação das condições ambientais da área

como um todo e a verificação das espécies implantadas, e identificação de

problemas que possam surgir, para sua imediata correção.

5.6.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

Figura 1: Corpo d'água com vegetação nativa noentorno - área preservada.

Figura 2: Vista geral da área com presença degrande quantidade de vassouras .

...

Figura 3: Vista geral. Figura 4: Vista da vegetação entorno do corpod'água com presença de jerivás área que deve

ser preservada.

Page 49: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

r:'{I!

, .ft,

4

48

~ -' 5.7. MONITORAMENTO AMBIENTAL, RELATÓRIO DE VISTORIA E~ ACOMPANHAMENTO DE ATIVIDADES DA JAZIDA 03 OBRAS DE

<o

DUPLICAÇÃODA BR 101 LOTE 04 RS MUNiCíPIO DE OSÓRIO

.>

5.7.a. INTRODUÇÃO

.. A vistoria tem como finalidade o acompanhamento das atividades de lava e

recuperação ambiental, na jazida de areia 03, explorada pela empresa Bolognesi

Engenharia, para utilização nas obras de duplicação da BR 101, Lote 04 Capão

da Canoa a Osório, atendendo ao T.C.A. (Termo de Compromisso Ambiental)

emitido pela FEPAM e assinado pela empresa empreendedora em 5 de maio

2005.

A Jazida localiza-se no município de Osório a 1,8 quilômetros da margem

direita, Km 93,283 da BR 101 sentido Osório Capão da Canoa.

5.7.b. MATERIAL E MÉTODO

Na vistoria compareceram os seguintes técnicos, da ABG Engenharia e

Meio Ambiente .Ltda: Karen Weber de Freitas engenheira agrônoma, Daniel.Wiegand aca~êmico tie Geografia, Fábio Antônio Martins Rodrigues acadêmico

de agronomia, Janice Fornari acadêmica de biologia, Luciana Zwetsch estagiária

de agronomia e Mariana Kappel acadêmica de biologia. A equipe contou ainda

com a participação do técnico responsável pela empresa Bolognesi Othelo

Laurent Junior engenheiro de minas.

A saída a campo foi realizada no município de Osório, em turno integral,

onde se executou vistoria nas áreas de extração de areia, atendendo

monitoramento das atividades de recuperação ambiental nas áreas cuja

concessão é da empresa Bolognesi.

As atividades de lavra realizadas pelo empreendimento em questão, a

partir de março até setembro, épocas da vistoria, resultaram em um valor

Page 50: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

ri

49

aproximado de exploração mensal de 600 m3, o volume este aplicado a partir do

trecho da duplicação da BR101 no km 83+80 metros."

O material foi utilizado para a construção do aterro da pista e das bernas

• de equilíbrio executadas com pá, carregadeiras e caminhões.

Foram vistoriadas pela equipe todas as áreas que estão em recuperação

ambiental, conforme o projeto já em andamento e foi verificado também

recuperação da topografia.,.,..

5.7.c. RESULTADOS E DISCUSSÕES.

Até o momento da vistoria, haviam sido executadas as atividades de:

decapagem e armazenamento da camada vegetal (banco de sementes e solo

vegetal); construção da topografia do talude, localizada na porção sudeste da

área de cava, onde já foi realizada a exploração de areia.

Na área central o material utilizado na reconfiguração topográfica foi o

material de bota-fora de primeira e segunda categoria.

Foi executada a hidrossemeadura após a correção da fertilidade, adubação

no talude, na porção nordeste de cava. Foram transplantados 15 butiazeiros

(Butia capita) e um jerivá (Suagrus romanzoffiana) de áreas já exploradas (no

setor noroeste da-jazida).

Durante a vistoria observou-se que nos taludes sudeste e noroeste onde a

hidrossemeadura foi executada apresentou alguns pontos que ficaram falhados.

Deverá ser feito novo plantio utilizando a semeadura a lanço. Também foram

construídos nos mesmos canais de irrigação e de drenagem evitando assim

riscos de erosão.

Verificou-se que os indivíduos transplantados estão localizados no setor

sudeste da jazida onde um butiazeiro apresenta junto uma muda de branquilho

(Sebastiana comersonianna), Cataceae (Oputia sp) e Orquidaceae (Epidendrum

fulgens). Todos os indivíduos apresentam um bom aspecto fitossanitário.

....

Page 51: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

50

<, 5.7.d. CONSIDERAÇÓES FINAIS

Como se trata de um empreendimento sujeito a grande impacto ambiental

principalmente por se tratar de extração de areia, isso torna as áreas sujeitas a

erosão, devido ao tipo de solo, com isso será mantido um monitoramento

" constante, com vistoria nas áreas em recuperação, visando a correta implantação

• < do projeto de recuperação ambiental realizado para o mesmo.

Recomenda-se a vigilância constante, nas espécies transplantadas para

evitar possíveis injúrias e morte, como já foi verificado em alguns exemplares na

vistoria.

5. 7.e. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO

Figura 1: Hidrossemeadura do talude da cava. Figura 2: Morte do jerivá e Butiazeira pós____ ....;t.....;;ra.;.;...;n~s.plante.

...

Figura 4: Hidrossemeadura nos acessosinternos da jazida - plantio de azevém

Page 52: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

51

Figura 6: Área já conformada, onde eraantes a extração de areia.

Figura 5: Extração de areia.

.,

5.8. ELABORAÇÃO DE UM HERBÁRIO

5.8.a. INTRODUÇÃO

A coleta, o transporte e o estudo de espécies só serão permitidos com fins

exclusivamente científicos e didáticos, visando o seu conhecimento e

conseqüente proteção. As amostras e exemplares das espécies coletadas

deverão se depositados em coleções científicas, segundo o Código Estadual do

Meio Ambiente.

Durante as saídas de campo, realizadas pelas equipes técnicas da ABG

Engenharia e Meio Ambiente em auditorias ambientais para licenciamento em que

ocorrem plano ge manejo de flora ou o transplante de vegetais, muitas vezes são

feitas coletas de amostras de espécies vegetais, no intuito científico de classificar

taxonômicamente e usá-Ias em consultas. Desta forma, foi criado na empresa um

herbário para salvaguardar as coletas realizadas pelos técnicos, que servirão para

consultas taxonômicas e comparações de espécies em diferentes áreas.

.•.

Page 53: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

~J ,

L52

5.8.b. MATERIAL E MÉTODO

Foram coletadas as amostras de especies vegetais em diferentes

atividades de campo, nas áreas onde a equipe técnica realiza auditoria ambiental

para licenciamento de empreendimento.

Método de coleta: retiram-se pequenas amostras de galhos com folhas no

campo; são colocadas entre folhas de jornal e posteriormente acondicionadas na

prensa, onde ficam até secagem total. São anotados os dados do local (campo) e

a data, para identificação posterior; após são identificadas com uma etiqueta,

colocando: nome popular, científico, família, espécie e dados de campo, ficando

disponível para consulta local.

5.8.c. RESULTADOS E DISCUSSOES

Para todas as espécies de vegetais coletados em saída de campo durante

as auditorias o destino é o acondicionamento em folhas de jornal, processa-se a

secagem em prensa. Após secagem são catalogadas, é feita a taxonomia, com

auxilio de bibltoçraüas especializadas.

As espécies éatalogadas na tabela 8,foram coletadas no Morro São.Caetano em Porto Alegre no local onde irá ser construído um condomínio

horizontal fechado.

t.

Tabela 8. Lista das espécies do herbário.

N° Espécie Nome-Popular.•.Uhraea brasiliensis1 aroeira-brava

2 Dendropanax cuneatus pau-de-tamanco

3 lIex dumosa Caúna

4 Syagrus romanzoffiana Gerivá

5 Baccharis dracunculifolia Vassoura

6 Baccharis sp. Vassoura

Família

ANACARDIACEAE

ARALlACEAE

AQUIFOLlACEAE

ARECACEAE

ASTERACEAE

ASTERACEAE

Page 54: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

~\/ 53

L 7 Gochnatia po/ymorpha Cambará ASTERACEAE

8 Cereus hildmannianus Tuna CACTACEAE"

9 Cecropia sp. embaúba CECROPIACEAE

10 Dispyros inconstans maria-preta EBENACEAE

11 Agarista euca/yptoides criúva ERICACEAE

12 Erythroxy/um argentinum cocão ERYTH ROXYLAC EAE

13 Gymnanthes concotor Laranjeira-do-mato EUPHORBIACEAE.. 14 Sapium g/andu/atum pau-leiteiro EUPHORBIACEAE,• <

Sebastiania serrata15 branquilho EUPHORBIACEAE

16 Mimosa bimucronata marica FABACEAE

17 Tipuana tipu* Tipa FABACEAE

18 Banara parvifolia farinha-seca FLACOURTIACEAE

19 Casearia decandra guaçatunga FLACOURTIACEAE

20 Casearia sy/vestris chá-de-bugre FLACOURTIACEAE

21 Ocotea pu/chella canela-Iajeana LAURACEAE

22 Persea venosa canela-andrade LAURACEAE

23 Strychnos brasiliensis anzol-de-Iontra LOGANIACEAE

24 Miconia sp. quaresmeira MELASTOMATACEAE

25 Cabra/ea canjerana cangerana MELlACEAE

26 Fícus sp. figueira-mata-pau MORACEAE

27 Myrsine sp. capororoca MYRSINACEAE

28 Euca/yptus 'se,«. eucalipto MYRTACEAE

29 Eugenia rostrifolia batinga MYRTACEAE

30 Eugenia uruguayensis Guamirim MYRTACEAE

31 Myrcia g/abra guamirim MYRTACEAEI.

32 Myrcia pa/ustris guamirim MYRTACEAE

33 Myrciaria cuspidata camboim MYRTACEAE.. 34 Myrtaceae 2 MYRTACEAE.

35 Psidium cattleyanum araçá MYRTACEAE

36 Guapira opposita maria-mole NYCTAGINACEAE

37 Pinus sp. * pinheiro PINACEAE

38 Roupa/a brasiliensis carvalho-brasileiro PROTEACEAE

39 Prunus myrtifolia pesegueiro-bravo ROSACEAE

Page 55: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

;'\ ,I

54" .rr~J

40 Chiococca a/ba cainca RUBIACEAE

r 41 Guetfarda uruguensis veludinho RUBIACEAEI <,

42 Psicotrya /eiocarpa juruvarana RUBIACEAE

43 Psycotria carlaginensis juruvarana RUBIACEAE

44 Zanthoxy/um sp. mamica-de-cadela RUTACEAE

45 AI/ophy/us edulis Chal-chal SAPINDACEAE

".. ,

.•.

Page 56: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

~\I~ .~ .'

55

6. CONCLUSÃO

Muitos dados, várias informações, novas ações e atribuições foram obtidas

no decorrer do estágio contemplando plenamente todos os objetivos propostos no

plano apresentado à COMGRAD, pela estagiária.

Participação de auditorias para o licenciamento ambiental de diversos

empreendimentos; diagnósticos e avaliações de impacto ambiental também foram

parte integrante das atividades e se soma a isso, os projetos e vistorias para

áreas com solo degradado. Em qualquer que fossem as áreas a serem

vistoriadas, sempre fora permitido opinar, podendo assim contribuir ativamente na

atividade e com isso ampliando o aprendizado.

Nesta diversidade de atividades exercidas, para se obter um licenciamento

ambiental elou diagnósticos e avaliações de impacto ambiental e também nos

projetos de recuperação, monitoramento e vistorias soma-se a experiência a

realidade de normas legais, que devem ser cumpridas, por exigência dos órgãos

competentes.

A participação no Seminário Técnico sobre Empreendimentos em Áreas

Urbanas e Licenciamento Ambiental, realizado no mês de agosto, disponibilizado

pela empresa contribuiu de forma decisiva para apontar as normas e etapas que

devem seguidas para a solicitação de um Licenciamento Ambiental, junto a

FEPAM.

.•.

Discutiu-se que nas vistorias dos empreendimentos, os técnicos devem se

valer de métodos condizentes ao perfil, para que se permitam realizar uma

análise criteriosa dos dados coletados, a partir de observações a campo, pois eles

indicam quais os locais que em um determinado empreendimento são mais

propícios a degradação do que outros.

Um ponto importante, que se pode destacar, é a necessidade de um

monitoramento contínuo e detalhado assegurando a qualidade do serviço

prestado e para que se obtenha um perfil acurado da situação que se encontram

as áreas. Principalmente válido para as vistorias dos projetos de recuperações

ambientais, pois avalia-se as mudanças que podem surgir no empreendimento ao

longodo tempo, requerendo assim ao projeto inicial adaptações.

No que se refere as áreas de mineradoras, por exemplo, onde o impacto

ambiental é de grande proporção, considerando-se a diversidade de atividades

Page 57: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

56

que podem ser exercidas por uma mineração a céu aberto, junto com a somatória

das condições ambientais existentes nas diversas regiões, onde ocorrem estes

tipos de empreendimento há a necessidade da correta aplicação das medidas

• mitigadoras e compensatórias evitando-se que a área se torne improdutiva aofinal a extração mineral.

Assim, a Empresa ABG Engenharia e Meio Ambiente criou um projeto

modelo, com critérios a serem adotados, além de proposições de Medidas

., Mitigadoras e Compensatórias, estes são parâmetros essenciais, mas sempre• <

sujeitos as adaptações, conforme o tipo de mineração, a região e o solo

encontrados (Anexo).

Esta tática adotada pela empresa ABG busca o sucesso dos projetos como

um todo, nos prova na prática, que constatação correta e antecipada de

problemas é de real importância para que os programas de recuperação sejam

efetivos.

Percebeu-se ao longo do estágio, que as saídas de campo tornam-se muito

produtiva quando se pode participar de grupo multidisciplinar, pois ocorrem

situações que exigem conhecimentos amplos e variados, forma esta que tornou

estágio com profissionais de áreas diferentes, sem dúvida enriquecedor

contribuindo para aumentar rneusconheclmentoeecadêrncos.

....

Page 58: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

57

7. ANÁLISE CRíTICA DO ESTÁGIO

São produtivas e proveitosas as atividades de estágio curricular fora da

Universidade, pois dá a oportunidade do aluno sair dos bancos acadêmicos e

entrar na prática na realidade profissional, onde se tomam decisões com agilidade

e objetividade e se aprende a lidar com imprevistos, dificuldades de todas as

ordens e variedades, além das variantes ocupacionais.

Auditorias para o licenciamento ambiental, as avaliações de impactos

ambientais, em fim toda esta gama de atividades permitiram o conhecimento de

leis, conceitos e procedimentos para ações dos órgãos ambientais. A área

escolhida mostra a importância do profissional engenheiro agrônomo, para ações

impactantes como a extração desregrada de minerais, sem a preocupação em

recuperar o solo, que ocorrem tanto no meio urbano como no meio rural.

As oportunidades de interações com profissionais de outras áreas

estimularam a nossa capacidade de por em prática os conhecimentos através da

troca de dados técnicos.

O destaque fica para as atividades de campo onde a estagiária contribuiu

com objetividade nos procedimentos que requerem cuidados e conservação de

solo em áreas degradadas, nas etapas de plantio e replantio das espécies de

vegetais e ressalto que sempre houve uma convivência positiva entre os

profissionais.

O único fator aolamentar é que por colisão de horário, que aconteceu entre

as disciplinas da faculdade e as práticas de campo do estágio, a estagiária esteve

ausente em algumas atividades.Como a continuação das vistorias na CERAN(

Complexo Energético do Rio da Antas) e na Jazida 03 obras de duplicação da BR

101 no município de Osório.

....

Page 59: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

58

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Page 62: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

~-\I

L

..

I,

61

ANEXOS

PROPOSiÇÃO DE MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS: PARA

ÁREAS DEGRADAS DE MINERADORAS:

• <

1. MEDIDAS MITIGADORAS GERAIS

1.1MEIO FíSICO

Estas são as medidas que dizem respeito, principalmente aqueles

decorrentes da fase de operação do empreendimento. Para esta fase foram

apontados como impactos significativos;

Emissão de poeiras produzidas pelo tráfego de veículos.

Emissão de gases, provenientes dos veículos e máquinas.

Estabilidade de taludes

Alteração nos recursos hídricos.

Para emissão de poeiras na área do empreendimento recomenda-se o

seguinte procedimento:

Aspersão nas vias de acesso de máquinas e caminhões, através de carros-

pipa.

....

Monitoramento constante do funcionamento do sistema de aspersão das

estruturas de britagem.

Para emissão de.gases recomenda-se a regulagem periódica de veículos e

máquinas e a operação de rotina na manutenção dos mesmos

Para controlar a instabilidade dos taludes recomenda-se:

Efetuar a lavra de acordo com plano estabelecido .

Efetuar o plantio de espécies rasteiras, quando possível, após a finalização

dos trabalhos de lavra e também no solo armazenado.

Armazenar o solo resultante do decapeamento em local adequado, com

altura e inclinação de taludes de acordo com o tipo de solo. Para controlar

possíveisalterações dos recursos hídricos recomenda-se:

Efetuar a cobertura vegetal do solo armazenado com a colocação de restos

vegetaisou implantação de gramíneas.

Efetuar a recuperação ambiental, na medida do possível, logo após a

finalização dos trabalhos de exploração.

Page 63: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

162

Cuidar com regulagem e o abastecimento de veículos e máquinas.

Devendo ser realizado o abastecimento e a lavagem em locais adequados,

equipados com sistema de recolhimento e tratamento de fluentes (separador de

água e óleo, por exemplo).

..

1.1.2. MEIO BIÓTICO.

Além das medidas mitigadoras acima, também são recomendadas para o

meio biótico, as seguintes:

Proteção das espécies arbóreas existentes na área do empreendimento,

impedindo a sua destruição ou dano.

Orientação do quadro funcional no sentido de evitar a caça e a queimada

durante o período de exploração.

Implantação de áreas de revegetação arbustivas e arbóreas com espécies

nativas.

1.1.3.MEIO ANTRÓPICO

...

Para o meio antrópico, recomenda-se:

Efetuar a lavra de acordo com plano estabelecido, a fim de minimizar a

geração de poeiras e a ocorrência de acidentes.

Realizar um trabalho de conscientização permanente aos motoristas

visando à redução da velocidade de tráfego e o correto cumprimento às leis de

trânsito.

Manter em bom estado de conservação as cercas que delimitam a

propriedade.

Impedir o acesso de pessoas estranhas ao empreendimento.

Manter constante fiscalização, das atividades minerarias, por técnicos

habilitados.

Manter constante a atualização dos operadores de máquinas e

equipamentos.

1.2.PLANODE RECUPERAÇÃO E MONITORAMENTO AMBIENTAL

Page 64: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

63

Recomendam-se como medidas compensatórias, a recuperação da área

através da implantação de atividade de recuperação de acordo com o avanço da

lavra.

As atividades de lavras devem ser conduzidas em conjunto com atividades

de recuperação ambiental, de forma que ao final dos trabalhos de extração, a

área esteja em fase final de recuperação, exigindo apenas ajustes em algumas

áreas.

A recuperação de uma área é definida como retorno da mesma a um

estágio biológico apropriado.

As medidas de recuperação englobam o planejamento da conformação

topográfica final, a revegetação e o controle dos processos erosivos, que por

ventura venham a ocorrer.

A implantação das medidas para revegetação exigirá o acompanhamento e

o monitoramento ambiental, a ser realizado por profissional qualificado,

objetivando a avaliação permanente das medidas a serem implantadas no

empreendimento, até que seja obtida uma condição de equilíbrio ambiental auto-sustentável.

1.2.1. MEDIDAS DE CURTO PRAZO:

Estas medidas deverão ser colocadas em funcionamento, no máximo 03

(três) meses depois .de iniciados os preparativos para exploração de área, e

algumas delas. deverão ser implantadas desde o início dos trabalhos, sendo

representadas pelas seguintes ações:

Proteção das espécies arbóreas existentes na área do empreendimento e,-

áreas de mata do entorno, impedindo a sua destruição ou dano e na medida do

possível realizar o cercamento da área onde se encontram essas espécies.

:' Orientação do quadro funcional no sentido de evitar a caça e a queimada

durante o período de exploração.

Conservação de cercas.

Adequação da conformação dos taludes.

Implantação do sistema de drenagem superficial.

Retirada e deposição do solo superficial oriundo das atividades de

decapagem.

Page 65: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

64

Controle de emissão da poeira na área de lavra.

Implantação da revegetação nas áreas onde não haverá intervenção, bem

como o acompanhamento de seu desenvolvimento.

. ,

1.2.2. MEDIDAS DE MÉDIO PRAZO:

Nesta etapa de implantação das correções, as medidas de recuperação

devem ser iniciadas logo após a etapa anterior. Deverão englobar as seguintes

medidas:

Construção das bermas.

Remodelagem e suavização dos taludes internos das cavas e das bermas.

Início da revegetação nas bermas liberadas para recuperação ambiental.

1.2.3. MEDIDAS DE LONGO PRAZO:

A adoção das medidas de longo prazo deverá iniciar-se com as medidas de

curto prazo,pois estas se constituirão na complementação final das ações

anteriores.

Como medidas de longo prazo, recomenda-se a recuperação total da área

minerada, conforme as diretrizes expostas a seguir:

1.2.4. MEDIDAS GERAIS DE RECUPERAÇÃO:

a) REGULARIZACÃO Ç)ATOPOGRAFIA:

Na execução das atividades de extração acaba-se por alterar a topografia

original do terreno. A área da cava tem sua cota alterada, formando-se diferentes

patamares e, posteriormente, na base das bancadas..'Nos pontos de cota mais baixa das áreas de decapagem, poder ser

efetuado o aterro ou o isolamento dos mesmos, preparando-os para implantação

: da vegetação ou para formação de lagos.

b) REESTRUTURAÇÃO DO SOLO:

A operação de reestruturamento do solo tem por objetivo promover a

recomposição das características químicas, físicas e biológicas do solo nos locais

degradados pelo empreendimento, sendo esta mais complexa quanto maior for a

degradação ou ausência de solo nas áreas a serem recuperadas. Esta

Page 66: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

65

"

reestruturação deverá ser efetuada, distribuindo-se, uma camada de material

orgânico nas áreas onde a camada de solo superficial seja ausente; como nas

áreas de decapagem ou bancadas. Além do solo orgânico poderão ser utilizados

neste processo outros materiais tais como serrapilheira ou rejeitos da mineração,

com o objetivo de incrementar as características do solo.

'.,c) CORREÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO:

Após a regularização do terreno e a reestruturação do solo através da

camada superficial com a incorporação de material orgânico, deverá ser realizada

a correção da acidez e da fertilidade do solo. Para tanto, é recomendável que se

proceda a análise físico-química do solo (pH; macronutrientes, micronutrientes e

matéria orgânica), para cada área a ser recuperada, de modo que a

recomendação das dosagens de corretivos seja indicada de acordo com as

espécies implantadas.

O pH do solo deverá ser corrigido até o nível recomendado pelas análises,

e assim atenuar ou mesmo eliminar os efeitos deletérios da acidez e do alumínio

sobre as plantas. Sua correção poderá ser feita através da aplicação de calcário

dolomítico ou magnesiano agrícola, cuja dosagem dependerá da qualidade

(PRNT) do calcário que se dispor e da necessidade de cada área. O PRNT

(Poder Relativo de Neutralização Total) do calcário deve ter no mínimo de 80%.

A adubação poderá ser feita mediante aplicação de adubo mineral ou

orgânico, sendo que este último é uma importante alternativa a se considerada,

por apresentar,' em termos de conservação do solo um importante papel, umavez

que melhora a microbiota, atua na estruturação e adicionam matéria orgânica,

macro e micronutrientes ao mesmo. Além da adubação inicial de correção da

fertilidade, deve-se fazer a adubação de manutenção, conforme as necessidadesde cada espécie vegetal.

Após as operações de distribuição de adubo e calcário é necessário que se

proceda à incorporação destes ao solo

..

....

1.2.5. REVEGETAÇÃO:

A revegetaçaõ é uma etapa de processo de reabilitação da área em que

são adotadas medidas necessárias ao restabelecimento de uma cobertura

vegetal, visando à contenção de processos erosivos e a valorização estático-

Page 67: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

~\~

L1

66

ecológica. A escolha adequada das especies que devem ser utilizadas é

fundamental para obtenção de um novo nível de equilíbrio no ecossistema."

A revegetação é uma etapa do processo de recuperação ambiental que

consiste na adoção de práticas agronômicas destinadas a implantação da

cobertura vegetal, visando não somente a recuperação paisagística da área, mas

também, o controle dos processos erosivos e a recuperação das propriedades

químicas, físicas e biológicas do solo.

. ( ESCOLHA DAS ESPÉCIES HERSÁREAS:

Estas espécies serão implantadas naqueles locais onde o solo se mostrar

desnudo e altamente degradado, ou seja, nas áreas de decapagem e nas

bancadas. Nestes locais deverá ser utilizado o plantio de espécies que promovam

a rápida cobertura dos solos. Para tanto, implantar-se- à espécies herbáceas,

com consórcio de gramíneas e leguminosas, que propiciarão a reestruturação do

solo e o desenvolvimento de um sistema radicular abundante (rizomas e

estolões).

Para o rápido estabelecimento de uma cobertura vegetal e controle de

processos erosivos são indicados espécies herbáceas de rápido crescimento e

adaptadas às condições adafo-c1imáticasda área em processo de reabilitação.

As gramíneas estoloníferas e rizomatosas, com abundante sistema

radicular, que se' renoya constantemente, acrescentando matéria orgânica e

melhorando a estrutura do solo, são indicadas, porque promovem a cobertura

inicial e contém os processos erosivos.

As leguminosas também apresentam capacidade de reestruturação do.' solo, além de promoverem a fixação simbiótica do nitrogênio atmosférico,

melhorando as condições de fertilidade. Assim as gramíneas devem ser

:- consorciadas às leguminosas no estabelecimento inicial da vegetação,

promovendo uma rápida cobertura e a proteção do solo.

A semeadura de espécies herbáceas deverá ser realizada imediatamente

após a distribuição da camada fértil do solo e lou substrato orgânico nas áreas em

reabilitação,quando tiverem sido efetuadas a calagem e a adubação corretiva, de

acordo com análise do solo.

Page 68: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

«

67

ESCOLHA DAS ESPÉCIES ARBUSTIVAS E ARBÓREAS:

. ,

A necessidade de implantação de espécies arbóreas e arbustivas nativas

decorre do fato de que em certas áreas se deseja uma maior qualidade e

velocidade na revegetação implantada.

Nestas áreas recomenda-se o uso de grande número de espécies,

concentrando-se naquelas que são pioneiras e frutíferas nativas, bem como

espécies melíferas.

Ao implantar as espeoes arbustivas e arbóreas deve ser guardada a

proporção de 50% de espécies pioneiras (estágio inicial na escala de sucessão),

40% de espécies oportunista (estágio médio na escala de sucessão), e 10% de

espécies clímax (estágio médio na escala de sucessão).

1.2.6. SEMEADURA E PLANTIO:

A semeadura deve ser realizada após o preparo adequado do solo,

conforme descrito anteriormente (regularização da topografia, reestruturação e

correção da fertilidade do solo).

Os métodos de semeadura e plantio a empregar nas diversas áreas serão

variáveis, de acordo com a situação topográfica, as espécies e a densidade

vegetal pretendida.

Como recomendações gerais, no entanto, podemos citar os seguintes

procedimentos;

a) Proteção das áreas

As áreas revegetadas deverão ser protegidas contra a invasão de animais

domésticos (bovinos, ovinos e eqüinos).

b) Controle de formigas (para todas espécies)

Cerca de 30 dias antes do plantio deve ser feito o combate às pragas,

principalmente, no que se referem às formigas cortadeiras (saúvas e quenquéns)

que podem causas danos consideráveis às mudas e até altas taxas de

mortalidade.Assim o combate às formigas deve ser realizado antes do plantio, em

uma faixa de 50 a 100 metros adjacentes a esta. O monitoramento mensal da

área pode indicar a necessidade de se repetir o combate às formigas.

Page 69: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

68

"

Dentre os principais métodos de combate as formigas os mais usados são

a isca granulada e o querosene diluído em água (5%) e, próximo aos mananciais,

ou vertentes, apenas o uso de água quente.

A isca granulada é o método mais empregado em atividade de plantio por

ser mais seguro na aplicação e menos tóxico ao ambiente. Deve-se optar

preferencialmente, por iscas acondicionadas em pequenas embalagens (10g

cada) que evitam a exposição do produto. Os produtos mais recomendados são

Fipronil e Sulfluramida, ambos na quantidade de 10 gim de solo. A aplicação deve

ser feita em épocas secas, para não danificar o produto, e também para evitar a

lavagem e o carreamento do mesmo para os cursos d água.

..\..

a) ESPÉCIES HERBÁCEAS:

Como já citado anteriormente, a declividade do terreno a ser recuperado

vai definir o método de semeadura a ser empregado Em áreas com baixa

declividade, como os patamares das áreas de decapagem, a semeadura das

espécies rasteiras poderá ser realizada pelos métodos convencionais de

semeadura a lanço (manual ou mecânica) ou em linhas nas áreas de declives,

como nas bancadas, o plantio deve ser realizado por hidrossemeadura, plantio

em mudas, estolões ou placas.

Na semeadura a lanço realizar, de preferência, após o plantio a cobertura

da semente, variando Çl espessura da camada de solo a ser colocada conforme o

tipo da mesma (tamanho, forma, quantidade de reserva, etc.), das espécies

utilizadas e da disponibilidade de solo. A semeadura deverá ser realizada

preferencialmente em épocas chuvosas..'O processo de hidrossemeadura consiste basicamente em recobrir, por via

aquapastosa, através de jateamento, uma área descoberta, com semente de

~ espécies herbáceas e outros materiais que induzam a fixação e o crescimento

das sementes. Esta mistura deverá ser aplicada com equipamento apropriado,

consistindo de uma moto-bomba e de um tanque com pás agitadoras que

promovema constante mistura do material.

b) ESPÉCIESARBUSTIVAS E ARBÓREAS:

Page 70: Relatório de estágio curricular obrigatório supervisionado ABG

~\,

L

..

69

Na execução do plantio de espécies arbustivas e arbóreas devem ser

executados os seguintes procedimentos:

a) COVEAMENTO: as covas a serem abertas devem ter, no mínimo, O,30m x

O,30mx 0,40 m. O solo retirado deve ser incorporado ao adubo químico

ou orgânico e depois recolocado ao redor da muda.

Em todas as áreas onde serão plantadas espécies arbustivas e

arbóreas deve-se utilizar o esquema de distribuição apresentado a

seguir na figura 1, que totaliza a distribuição de 1300 mudas por\ ha

aproximadamente.

LEGENDA:

Pioneiras Oportunistas Climax

Figura 1

b) COROAMENTO (limpeza da área ao redor da muda): de ser realizado no

entorno das covas não sendo necessário roçar toda a área destinada ao plantio.

Este deve abranger uma área de 1m de diâmetro ao redor de cada planta.

...

c) ADUBAÇÂO: Pelas condições gerais de baixa fertilidade do solo em áreas

degradadas, adubação deve ser abundante para que as mudas tenham melhores

condições de desenvolvimento, porém deve se ter o cuidado de não colocar o

adubo em contacto com as raízes da muda.

d) PANTIO: Ao efetuar o plantio propriamente dito, deverão ser observados os

seguintes itens:

Deverá ser realizado preferencialmente, nos meses de junho, julho, agosto,

aproveitando as melhores condições climáticas para esta atividade.

Deverá ser realizado nos dias nublados e chuvosos.

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70

,.,

As mudas deverão ser colocadas nas covas sem que os torrões que

protegem suas raízes sejam destruídos

O caule de maneira nenhuma deverá ficar mais enterrado do que estava na

embalagem onde a muda foi adquirida.

Após colocar a muda na cova, deve-se completar o espaço restante com

solo, apertando-se o solo ao redor da muda, de maneira que esta fique firme.

As mudas devem ser amarradas a estacas para evitar danos pela ação do

vento.

As embalagens das mudas devem ser removidas da área.

Aos o plantio das mudas, estas devem ser irrigadas.

Deixar ao redor da muda uma bacia rasa de captação de água.

. .

1.2.7. REPLANTIO:

As mudas que por ventura, vierem a morrer deverão ser substituídas por

outras da mesma espécie. Este monitoramento deverá ser realizado 30 e 60 dias

após o plantio.

t.

a) CAPINA:

A primeira capina deverá ser realizada três meses após o plantio, ao redor

da muda (coroamento). O número de capina a serem realizadas dependerá do

tempo de fechamento do agrupamento florestal, tempo este, que varia com as

condições do locel e. das espécies plantadas. Sempre que plantas indesejáveis

estiverem competindo com as mudas plantadas, deve-se realizar a capina,

mantendo o coroamento.

Em áreas degradadas deve-se tomar o cuidado de aproveitar ao máximo

os benefícios da massa verde (criada pelas espécies implantadas) como

cobertura do solo, capinando apenas o que estiver cobrindo as mudas. Este

material vegetal cortado deve ser deixado ao redor das mudas, para que sua

decomposição possa aportar matéria orgânica ao solo, além de forrá-lo,

diminuindo a perda de água.

b) ADUBAÇÃO DE COBERTURA: no segundo ano após o plantio, deverá ser

realizada a adubação de cobertura, considerando-se a análise de solo das

diferentes áreas, e as espécies implantadas.

...

r,

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,.

71

."

1.3. MANUTENÇÃO DAS ÁREAS COM VEGETAÇÃO IMPLANTADA:

Após a implantação das espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas, é

necessário que o acompanhamento do desenvolvimento destas seja executado.

Este acompanhamento irá indicar algumas medidas que deverão ser executadas

para que se obtenham melhores resultados no processo de revegetação.

Transcorrido algum tempo, no caso de má germinação de sementes ou

mortandade de mudas, deve se refazer a semeadura ou o plantio.

No transcorrer de aproximadamente um ano da implantação da vegetação

deve ser observada a ocorrência de sintomas de deficiência nutricional.

Independente disso deve ser realizada a adubação por cobertura, promovendo o

aporte de nutrientes as plantas. Deve-se ainda diagnosticar e realizar o controle

de pragas e doenças, caso venham a ocorrer.

O controle das formigas deve ser periódico e o fornecimento de irrigação

deve ser feito sempre que necessário.

Deve-se evitar o pastoreio dos animais por pelo menos os dois primeiros

anos decorridos após o plantio. Mesmo após este período a área não deve ser

prejudicada pelo excesso de pisoteio e consumo das plantas pelos animais. Pela

experiência,tem-se observado que a introdução, por terceiros,de animais de

pastoreio nas áreas revegetadas é problema grave, já que é um trabalho

dispendioso pode ser destruído em pouco tempo.

..\..

...

1.3.1. MEDIDAS ESPI;CíFICAS DE RECUPERAÇÃO:

Considerando-se as medidas gerais de recuperação expostas acima, foi

definido para cada área da mineradora a ser recuperada quais são os

procedimentos a serem implantados.

Como base para a definição das áreas de recuperação, é utilizado um

mapa de configuração final de lavra.

As medidas apresentadas a seguir são de recuperação ambiental final das

áreas degradadas.

1.3.2. PRAÇA INTERNA DA LAVRA:

Na praça interna onde na recuperação final serão formadas três bancadas

internas com material de rejeito da decapagem e mineração. Tais bancadas serão

revegetadas com espécies herbáceas.

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I,

72

Com o decorrer dos anos, espera-se que devido ao acúmulo de água da

chuva, formem-se nos pontos mais baixos do piso de lavra, pequenos lagos."

..\

1.3.3. TALUDES DA ÁREA DA LAVRA:

Estes taludes serão formados entre a cota natural do terreno e a praça

interna de lavra, caracterizando-se pela presença de dois patamares, dividido em

bancadas de 10 metros, com 3 metros de berna entre elas, ocupando um total de0,84 há.

Na conclusão das atividades de exploração, deverá ser ajustada a

configuração da topografia depositando-se material de rejeito da extração. Após

esta configuração deverá ser aplicada uma camada de material orgânico,

permitindo a fertilização da área e a revegetação com espécies herbáceas e

arbustivas, considerando-se as recomendações expostas no item Medidas Gerais

de Recuperação.

..

1.3.4. ÁREA DE BOTA FORA:

Esta área será formada pelo rejeito de mineração e pelo material retirado

na decapagem das áreas de lavra.

Na área do bota-fora deverá ser implantado um sistema de drenagem para

conservação do mesmo. Os taludes formados pelo bota-fora deverão obedecer a

inclinação mínima exigida para o tipo de material depositado. Nestes taludes

deverá ser implantaqa uma camada de vegetação herbácea, com objetivo de

prevenir processos de erosivos pela contenção de agregados e pela perda de

energia de escorrimento superficial da água da chuva.

Nos pontos de bota-fora definitivo, ou seja, nos locais onde o material

depositado não será revolvido ou desmobilizado, deverão ser implantadas as

atividades de fertilização e revegetação com espécies herbáceas e arbóreas.

1.3.5. ÁREA DE ESCRITÓRIO, OFICINAS, INSTALAÇOES DE BRITAGEM,

DEPÓSITO DE SOLO E INSTALAÇÓES DE USINA DE ASFALTO:

As áreas destinadas às estruturas de apóio e as instalações da britagem e

usinas de asfalto, ocuparão um total de 1,5 há. Estas áreas serão formadas pelo

deposito de material oriundo da decapagem da área de lavra. Tendo em vista esta

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73

"

característica, nestas áreas deverá ser implantado um sistema de drenagem que

permita o pleno escoamento da água da chuva, não havendo infiltrações e

conseqüentemente formação de processos erosivos.

Por ser área de maior circulação, de pessoal e maquinário, as orientações

de circulação devem estar bem definidas, implantando-se sistema de sinalização,

de modo que sejam evitados problemas de segurança interna da área do

empreendimento.

Junto a estas estruturas deverão ser implantados sistemas de tratamento

de afluentes líquidos (óleo e água destinados das lavagens, e lodo gerado pela

aspersão da britagem). O material coletado por estes sistemas de tratamento

deverá ser destinado a empresas habilitadas (no caso o óleo) e ou depositados

em áreas previamente definidas e preparadas para tanto (no caso de piscinas de

decantação para lodo originado da na aspersão das estruturas de britagem).

Além deste sistema de tratamento de afluentes, deverá ser implementado

um local de depósito para resíduos sólido, tais como embalagens de óleo e

sucatas de diversos tipos (ferro, plástico, papelão etc.) Estes resíduos deverão

ser periodicamente destinados à empresas habilitadas.

Quando da desmobilização das estruturas do empreendimento, estas ares

deverão ser limpas, eliminando-se resíduos de cimento, madeira ou outros

materiais contaminantes. Após esta limpeza as áreas serão descompactadas

(estratificadas) sendo posteriormente revegetadas com espécies herbáceas, de

acordo com as orientações do item Medidas Gerais de Recuperação.

..,

...

1.3.6. ÁREA DE ENTORNO DA LAVRA;

As áreas de entorno da lavra, que não sejam destinadas às estruturas de

apoio (escritório, laboratório, tratamento de resíduos, depósito de resíduos

sólidos, etc.), a britagem, a usina de asfalto ou acessos de bota-fora deverão ser

preservadas, sendo o campo nativo existente enriquecido com espécies arbóreas

nativas indicadas para revegetação.

1.4.MONITORAMENTO AMBIENTAL:

Recomenda-se que o acompanhamento das medidas de recuperação

executadas seja permanente e sujeito as avaliações que induzam a continuidade

ou mudanças nas diretrizes de suas implantações. Para tal, sugere-se que o

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I.

74

."

empreendedor siga as diretrizes presentes, neste documento, sob orientação deum responsável técnico.

1.5.CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DAS ATIVIDADES:

Juntamente com as medidas de recuperação é feito no momento da

implantação do projeto, um cronograma para que estas atividades sejamexecutada.~.

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...