Relatório de Estágio - Engenharia Mecânica

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    1/21

    Universidade Federal de GoisEscola de Engenharia Eltrica, Mecnica e de Computao

    Curso de Graduao em Engenharia Mecnica

    Goinia, 2016

    Relatrio de EstgioSupervisionado

    Furnas Centrais Eltricas

    Joo Pedro Reis Lopes

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    2/21

    Universidade Federal de GoisEscola de Engenharia Eltrica, Mecnica e de Computao

    Curso de Graduao em Engenharia Mecnica

    Goinia, 2016

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    IDENTIFICAO DO CAMPO DE ESTGIO

    IDENTIFICAO DO ESTAGIRIO

    Nome: Joo Pedro Reis Lopes.

    Nmero de matrcula: 201000257.

    Professor orientador: Daniel Fernandes da Cunha.

    IDENTIFICAO DA EMPRESA

    Nome: Furnas Centrais Eltricas SA.

    Endereo: BR-153, km 510Zona Rural.

    Cidade: Aparecida de Goinia-GO.

    Telefone: (62) 3239-6300.

    rea onde foi realizado o estgio: Gerncia de Pesquisa, Servios e Inovao Tecnolgica(GST.E) Diviso de Tecnologia em Engenharia Civil (DTEC.E) Setor deConfiabilidade Metrolgica (LABM).

    Profissionais responsveis: Paulo Rodrigues, Pedro Barros, Yasmine Matsutani, Adriane

    Costa e Rodrigo Silveira.

    PERODO DE ESTGIO

    Data de incio: 10 de agosto de 2015.

    Data de trmino: 04 de dezembro de 2015.

    Jornadas de trabalho: 20 horas semanais.

    Durao total: 304 h.

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    3/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    SUMRIO

    1. INTRODUO __________________________________________________________2. APRESENTAO DA EMPRESA ___________________________________________3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS __________________________________________

    3.1.SISTEMAS DE GESTO DA QUALIDADE___________________________________3.2.REA MASSA______________________________________________________3.2.1. Calibrao de Balanas _______________________________________3.2.2. Calibrao de Pesos-padro ___________________________________

    3.3.REA FORA______________________________________________________3.3.1. Calibrao de Mquinas de Ensaio e Prensas ______________________3.3.2. Calibrao de Torqumetros ___________________________________3.3.3. Calibrao de Instrumentos de Medio de Fora de Uso Geral _______

    3.4.REA TEMPERATURA________________________________________________3.4.1. Preparao do Ponto de Gelo __________________________________

    3.4.2. Calibrao de Termmetros Digitais ____________________________3.4.3. Calibrao de Termmetros de Lquido em Vidro (TLV) ____________

    3.5.REA VOLUME_____________________________________________________3.5.1. Determinao da Massa Especfica da gua ______________________3.5.2. Calibrao de Vidrarias de Laboratrio __________________________3.5.3. Programao de Planilhas de Clculo de Incerteza _________________

    3.6.ATIVIDADES GERAIS________________________________________________3.6.1. Preenchimento da Sequencial de Calibraes _____________________3.6.2. Acompanhamento da Auditoria do Inmetro _______________________

    4. CONCLUSES ___________________________________________________________5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS _________________________________________

    112

    255789

    10111111

    121314141415161616

    1718

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    4/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    1

    1. INTRODUO

    O presente relatrio ir descrever as atividades desenvolvidas durante os 4 meses iniciais domeu trabalho como estagirio do Laboratrio de Metrologia (LABM) de Furnas Centrais Eltricas,que totalizam a carga horria requerida para o cumprimento da disciplina Estgio Supervisionado.

    O objetivo principal do estgio o de consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridosdurante o curso de Engenharia Mecnica, mais especificamente na rea de metrologia e calibrao deinstrumentos de medio.

    A metrologia a cincia da medio e suas aplicaes [1]. J os procedimentos decalibrao, que podem ser vistos como aplicaes da rea de metrologia, estabelecem:

    sob condies especificadas, numa primeira etapa, uma relao entre os valores e asincertezas de medio fornecidos por padres e as indicaes correspondentes com asincertezas associadas; numa segunda etapa, utiliza esta informao para estabelecer umarelao visando a obteno dum resultado de medio a partir duma indicao[1].

    Em outras palavras [2], uma calibrao o procedimento experimental realizado com oobjetivo de levantar os erros que um instrumento de medio apresenta ao longo de sua faixa demedio. Por mais sofisticado e moderno que seja, ele possui imperfeies que acabam provocandoerros em processos de medio. Assim, realiza-se esse tipo de procedimento para verificar se oinstrumento atende ou no aos limites de erros que lhes so previstos. Alm disso, pode-se determinartambm outras propriedades metrolgicas, como o efeito das grandezas de influncia.

    A calibrao dos equipamentos de medio um componente fundamental na garantia daqualidade do processo produtivo. Sendo assim, importante que as empresas entendam que devem

    incorpor-la s suas atividades de produo normais. A calibrao se mostra, portanto, como umaoportunidade de aprimoramento constante e proporciona vantagens, tais como:

    Reduo na variao das especificaes tcnicas dos produtos, proporcionando umavantagem competitiva em relao aos concorrentes.

    Preveno dos defeitos, uma vez que a reduo de perdas pela pronta deteco de desviosno processo produtivo evita o desperdcio e a produo de rejeitos.

    Compatibilidade das medies, j que as calibraes asseguram atendimento aos requisitosde desempenho quando so referenciadas aos padres nacionais ou internacionais.

    2. APRESENTAO DA EMPRESA

    Furnas uma empresa de economia mista, subsidiria da Eletrobras e vinculada ao Ministriode Minas e Energia, dedicada a gerao e transmisso de energia eltrica. Sua misso a de atuarcom excelncia empresarial e responsabilidade socioambiental no setor de energia eltrica,contribuindo para o desenvolvimento da sociedade [3].

    Com sede no bairro Botafogo, zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, Furnas possuiempreendimentos no Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais, Gois, Mato Grosso, EspritoSanto, Tocantins, Paran, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rondnia, So Paulo, Rio Grande do

    Norte e, mais recentemente, no Cear.

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    5/21

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    6/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    3

    procedimentos de calibrao do laboratrio. Os resultados devem ser usados para aprimorar essasreas.

    Alm disso, a NBR ISO/IEC 17025:2005 indica [6] como requisito bsico da manuteno deum sistema de gesto de alta qualidade que o laboratrio constantemente busque a melhora da eficciados seus procedimentos tambm atravs da anlise crtica das atividades executadas, de auditorias,

    dados tcnicos e administrativos, alm de aes corretivas e preventivas.As aes corretivas devem ocorrer quando forem encontrados procedimentos no-conformesno sistema de gesto ou nas operaes tcnicas. A NBR ISO/IEC 17025:2005 especifica [6] quequando um problema desse tipo ocorre, deve-se analisar sua causa raiz, selecionar e implementar asaes corretivas de fato e monitorar os seus resultados para garantir que a eficcia das mesmas sejagarantida. As aes preventivas so tomadas quando uma oportunidade de melhoria ou potenciaisfontes de no-conformidades so identificadas. A linha de ao para implementao destas a mesmada descrita para as corretivas. Um registro desses 2 tipos de aes, alm de auditorias e anlisescrticas das atividades deve ser mantido. tambm recomendado manter registros das atividadestcnicas desenvolvidas para permitir a identificao de fatores que afetem a incerteza de resultados e

    possibilitar que a calibrao seja repetida em condies o mais prximo possvel das originais.Alm dos requisitos da direo, diversos requisitos tcnicos contribuem para garantir a

    confiabilidade das calibraes do laboratrio e so abordados pela NBR ISO/IEC 17025:2005.Quanto s acomodaes e condies ambientais, o laboratrio deve garantir que fatores como energia,iluminao, temperatura e umidade relativa sejam adequados e no invalidem os resultados obtidosou prejudiquem a realizao das calibraes. Portanto, essas condies devem ser controladas,monitoradas e tambm registradas (conforme a exigncia dos normativos e instrues que regem aexecuo do procedimento). Alm disso, reas vizinhas nas quais existem atividades incompatveisdevem ser separadas para que se evite a chamada contaminao cruzada. Essa recomendao se

    reflete na estrutura como o espao do bloco alocado para o LABM foi organizado. De maneira geral,ele divido em duas partes, uma dedicada s atividades administrativas e outra rea tcnica, devidos exigncias de condies climticas feitas para essa parte. Ela dividida, por sua vez, em 6 salas,nomeadas de acordo com a uma rea de aplicao dos instrumentos ali calibrados. So elas: Fora,Dimensional, Massa, Presso, Volume e Temperatura/Umidade.

    J em relao aos mtodos de calibrao e a validao dos mesmos, a NBR ISO/IEC17025:2005 determina [6] que os laboratrios devem utilizar mtodos e procedimentos apropriados

    para as calibraes dentro do seu escopo. No LABM, esses mtodos so abordados nos documentosdo laboratrio denominados instrues de trabalho (IT). De maneira geral, uma IT lista as etapasnecessrias para a execuo, incluindo manuseio de equipamentos e preparao de itens, e clculodos erros e das incertezas de medio envolvidas em um determinado procedimento de calibrao.De preferncia, utiliza-se etapas publicadas em documentos normativos com validade internacional,regional ou nacional. Em alguns casos, ao invs da descrio explcita do procedimento, a ITsimplesmente faz meno a essas normas que o descrevem. As instrues de trabalho soidentificadas de acordo com o procedimento a que se referem e esto disponveis para o pessoal dolaboratrio atravs do NextSys DocNIX, um gerenciador eletrnico de documentos via web, quefunciona como uma biblioteca para os funcionrios de Furnas.

    O clculo das incertezas de medio deve ser o mais abrangente possvel, de modo que todosos componentes de incerteza sejam importantes para determinada situao e interfiram nos resultados

    obtidos sejam considerados.A NBR ISO/IEC 17025:2005 tambm requer [6] que o laboratrio seja aparelhado com todos

    os equipamentos necessrios para a realizao correta das atividades de calibrao, de modo que eles

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    7/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    4

    atendam os servios os quais o laboratrio se presta a fazer com a exatido proposta. Cada item doequipamento deve ser univocamente identificado. A prtica do LABM, assim como ocorre em todasas reas de Furnas, a de identificar os dispositivos utilizando uma plaqueta com nmero patrimonialatribudo exclusivamente a ele. No caso de equipamentos em que atribuio de um nmero

    patrimonial no aplicvel, atribui-se uma identificao do tipo 07.NNNN.AAAA, em que

    NNNN refere-se ao nmero sequencial do equipamento e AAAA, ao ano em que ele foiadquirido. Os dgitos 07 indicam que a utilizao do equipamento foi destinada ao LABM.Alm disso, quando o dispositivo requer calibrao para ser colocado em uso, feita uma

    anlise dos seus certificados no sentido de verificar se atenderam s exigncias das normaspertinentes. Ento, ele recebe uma etiqueta que contm o nmero do certificado de calibrao, e asdatas em que foi feita a calibrao e em que a prxima deve ocorrer. No caso de algum equipamentoapresentar ou estar suspeito de ter algum defeito, ele no deve ser utilizado em atividades decalibrao. Essa prtica ocorre no LABM e alm de no ser utilizado, d-se ao equipamento umaetiqueta com a inscrio Equipamento fora de uso, prtica sugerida pela NBR ISO/IEC 17025:2005.

    Outro requisito tcnico importante [6] o da rastreabilidade de medio. Sempre que possvel,

    as calibraes e medies em geral devem ser rastreveis ao Sistema Internacional de Unidades (SI).Alm disso, todo equipamento cuja leitura importante na determinao dos resultados de calibrao,inclusive os auxiliares, deve ser calibrado antes de ser colocado a disposio no laboratrio. Os

    padres de referncia do laboratrio devem ser calibrados interna ou externamente, desde que olaboratrio contratado apresente competncia, capacidade de medio e rastreabilidade satisfatrios.A realizao de verificaes intermedirias dos padres tambm importante para garantir amanuteno da confiana no trabalho do laboratrio.

    A NBR ISO/IEC 17025:2005 sugere [6], ainda, algumas aes que podem ser tomadas para amanuteno da qualidade de resultados de calibrao. Entre eles, pode-se citar:

    Participao em programas de comparao interlaboratorial. No perodo em que estive noLABM, presenciei a participao do laboratrio no programa interlaboratorial organizado

    pela QLM Proficincia para instrumentos de medies de torque. Nessa situao, doistorqumetros foram enviados ao laboratrio e realizou-se a calibrao dos mesmosseguindo as instrues enviadas previamente. Aps as calibraes, os instrumentos eresultados foram enviados de volta empresa organizadora, que ir verificar osequipamentos e envi-los a um novo laboratrio. Aps a participao de todos oslaboratrios que se inscreveram, os resultados do programa sero divulgados. O LABM

    tambm promove a realizao de programas intralaboratoriais, em que ocorre acomparao entre os resultados de calibrao obtidos por todo pessoal da rea tcnica paraum mesmo equipamento. A avaliao nesses 2 tipos de programas feita utilizando ocritrio do erro normatizado.

    Realizao de calibraes replicadas, utilizando-se os mesmos mtodos ou mtodosdiferentes.

    Recalibrao de itens retidos.

    Os dados resultantes das prticas citadas acima devem ser analisados e caso algum estejaapontando um desvio em relao aos dados obtidos normalmente, deve-se de agir preventivamente

    de modo a corrigir o problema e evitar que resultados incorretos sejam registrados.

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    8/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    5

    Em termos de produo do laboratrio, o tpico a seguir provavelmente o mais importante,pois discorre sobre a apresentao de resultados em certificados de calibrao. A NBR ISO/IEC17025:2005 aponta que os resultados devem ser redigidos de maneira clara, exata e objetiva e,tambm, seguindo as instrues relativas a cada procedimento. A formatao do documento deve sertal que essas caractersticas sejam observadas. Alm disso, os certificados de calibrao devem

    apresentar, pelo menos, as seguintes informaes:

    Ttulo, que, no caso dos certificados emitidos pelo LABM, Certificado de Calibrao nN/A, em que N o nmero do certificado, de acordo com o sequenciamento dasatividades feitas pelo laboratrio, e A, o ano em que a atividade foi realizada, uma vezque o sequenciamento reiniciado a cada ano.

    Nome e endereo do laboratrio, e o local da calibrao, caso ela tenha sido feita em umlugar diferente.

    Identificao do cliente.

    Identificao da ordem de servio e das datas de calibrao e emisso do certificado.

    Descrio do objeto a ser calibrado, contendo informaes tcnicas e de identificao doequipamento.

    Resultados obtidos. O contedo desse tpico, que especfico calibrao de cadaequipamento, ser apresentado nas sees seguintes. No caso de algum ajuste ter sido feitono dispositivo, este deve ser relatado no certificado, assim como os resultados dasmedies antes e depois dele ter sido feito.

    Observaes relevantes quanto instruo de trabalho aplicvel, s condies ambientaisdo local de trabalho, acreditao do LABM pelo CGCre-Inmetro, ao clculo da incertezae rastreabilidade dos padres de referncia utilizados.

    Nome, funo e assinatura das pessoas autorizadas a emitirem o certificado.

    Adicionalmente s informaes apresentadas acima, a no ser que seja combinadopreviamente com o cliente, os certificados no devem apresentar data de uma prxima calibrao. OLABM, por prestar muitos servios a outras reas da empresa, faz essa recomendao na etiqueta queemite para o equipamento calibrado junto com o certificado.

    3.2.REA MASSA

    Na rea Massa, o treinamento e trabalhos ocorreram entre agosto e outubro de 2015 e tiverama superviso de Pedro Barros e, em sua ausncia, de Yasmine Matsutani. O local principal de trabalhofoi o LABM. Tambm foram feitos servios em outros locais nas dependncias do GST.E. As

    principais atividades desenvolvidas nessa rea sero detalhadas nos tpicos a seguir.

    3.2.1. Calibrao de Balanas

    O processo de calibrao de uma balana feito pelo LABM tem sua descrio feita na instruode trabalho IT.MT.152Calibrao de Balanas. O documento lista as etapas necessrias para a

    execuo do procedimento de calibrao e para o clculo das incertezas de medio envolvidas noprocesso. Em suma, as etapas so:

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    9/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    6

    Recolhimento de informaes gerais e tcnicas sobre o equipamento.

    Realizao de ciclos de medio usando pesos-padro e anotando a indicao da balana.

    Realizao de medidas para o clculo do erro de excentricidade.

    Clculo das demais componentes de erros e incertezas.

    Emisso do certificado de calibrao.

    O detalhamento dessas etapas feito a seguir. Inicialmente, devem ser coletadas informaessobre o equipamento que est sendo calibrado, por isso dados como nome do fabricante, modelo,nmero de srie e nmero patrimonial so inseridos no campo apropriado da planilha de calibraodesenvolvida para esse tipo de dispositivo no MicrosoftExcel. Em geral, esses dados so informadosem uma etiqueta colada no equipamento pelo fabricante ou mesmo por inspeo visual. Nos casosem que no possvel localizar os dados ou eles no existem, utiliza-se a indicao no constana

    planilha. Essa etapa de identificao importante para diferenciar o dispositivo calibrado de outrossemelhantes, o que pode ser til caso as informaes do certificado precisem ser conferidas ourevisadas em uma situao futura. So informados, ainda, parmetros relativos escala doequipamento como cargas mxima e mnima de leitura, tipo de legibilidade (analgica ou digital),resoluo, dgito de verificao e classe de exatido (especial, fina, mdia ou ordinria). Em muitoscasos, esses valores tambm so dados pelo fabricante, mas caso no, a IT.MT.152 apresentaequaes que permitem determin-los. Antes de se iniciar a calibrao em si, anota-se na planilha osvalores de temperatura, umidade e presso baromtrica do local onde o procedimento ocorre. Odispositivo de medio desses parmetros, geralmente um termo-higro-barmetro, devem seridentificados tendo seu nmero de patrimnio e validade do seu certificado de calibrao tambmanotados na seo Rastreabilidadeda planilha.

    O procedimento de calibrao baseado no mtodo de comparao direta e consiste na

    medio da massa de pesos-padro com calibrao vlida utilizando a balana que se quer analisar.Devero ser escolhidos 10 pesos, ou combinao de pesos, com valores de massa diferentes edistribudos de maneira aproximadamente uniforme ao longo da faixa de pesagem da balana. Omenor valor lido pela balana e o seu fundo de escala devem estar includos entre esses 10 valores.O nmero patrimonial de cada peso-padro ou combinao utilizada colocado na planilha. Ento,cada pea medida 5 vezes, de modo que a leitura feita aps 30 segundos, marcados com umcronmetro, da indicao de estabilizao de leitura da balana. Em muitos casos, o aparecimento daunidade de medida no visor do equipamento sinaliza essa indicao. Para pesos-padro de qualidadeelevada (classe F2 ou melhor), eles devem ser manuseados utilizando luva apropriada ou pina com

    ponta emborrachada, caso sejam de tamanho reduzido. Manusear diretamente o padro com as mosou um pegador no adequado pode fazer com que impresses digitais ou outros tipos de sujidadeentrem em contato direto com a pea, o que pode prejudicar o acabamento superficial e propriedadesmagnticas da mesma. Para pesos de qualidade mais grosseira, esse cuidado no necessrio. Estaetapa finalizada com o registro das condies de temperatura, umidade e presso do ambiente apsas medies.

    A IT.MT.152 recomenda tambm que o certificado de calibrao apresente o erro deexcentricidade da balana. Para o clculo do valor desse parmetro, escolhe-se um peso-padro, oucombinao, cuja massa equivale a 1/3 do valor do fundo de escala do equipamento ou o mais

    prximo disso. Ento, devem ser feitas 6 leituras da massa do peso-padro. Para a primeira, a peadeve estar posicionada no centro da balana (leitura 1) e, em seguida, deve-se tarar sua leitura. Ento,iniciam-se as medies nos cantos da balana, comeando pelo canto superior esquerdo (leitura 2) e

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    10/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    7

    seguindo em sentido horrio at o canto inferior esquerdo (leitura 5). Por fim, posiciona-se novamenteo peso-padro no centro da balana e efetua-se a ltima medio (leitura 6). A Figura 1 ilustra as

    posies em que o peso-padro deve ser colocado.

    Figura 1. Posies de leitura do peso-padro para determinao do erro de excentricidade.

    Todas as leituras feitas conforme os procedimentos descritos nos pargrafos acima devem serinseridas na planilha de calibrao especfica do dispositivo. A planilha possui 3 abas: Digitao,em que se coloca as informaes gerais e tcnicas do equipamento e os valores das leituras; Clculo,em que os erros e incertezas so calculados; e Certificado, que contm o certificado em formato

    pronto para ser impresso preenchido com as informaes que a instruo de trabalho para odispositivo recomenda.Como indica a IT.MT.152, na seo de resultados obtidos so exibidos:

    A Verificao da excentricidade, que apresenta os resultados dos erros de excentricidadeapresentados pelo equipamento.

    Uma tabela que rene o valor nominal de massa dos pesos-padro utilizados, o valor mdiodas leituras de cada padro e as incertezas relacionadas a essas indicaes (incluindo osfatores de abrangncia e graus de liberdade) e a diferena absoluta e percentual entre essesvalores.

    3.2.2. Calibrao de Pesos-padro

    O processo de calibrao de pesos-padro semelhante ao de calibrao de balanas, umavez que envolve a leitura sistemtica de pesos-padro utilizando uma ou mais balanas. A descriodo procedimento, nesse caso, feita na instruo de trabalho IT.MT.151 Calibrao de Pesos-

    padro.Resumidamente, as etapas do processo consistem em:

    Recolhimento de informaes gerais e tcnicas sobre o peso-padro ou conjunto de pesos

    a ser calibrado. Seleo do peso-padro ou conjunto de pesos a serem usados como referncia.

    Seleo da balana a ser utilizada para a medio da massa dos objetos de calibrao.

    Realizao de ciclos de medio do peso-padro/conjunto de pesos-padro.

    Clculo das componentes de erros e incertezas.

    Emisso do certificado de calibrao.

    O detalhamento dessas etapas feito a seguir. A etapa inicial do procedimento equivalenteao que ocorre no que foi descrito no item anterior. So recolhidas informaes gerais da pea a ser

    calibrada, como nome do fabricante, modelo, nmero patrimonial, etc., e ento informaes tcnicasrelevantes. Nesse caso, registra-se o nmero de objetos que sero calibrados, a identificao evalidade do certificado anterior, a faixa nominal de massa e a classe dos pesos-padro. As classes

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    11/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    8

    desse tipo de pea so atribudas pela recomendao R111-1 da Organisation Internationale deMtrologie Lgale (OIML) e em ordem decrescente de qualidade so E1, E2, F1, F2, M1, M2 e M3.

    Antes da calibrao propriamente dita comear, deve-se escolher qual balana apropriadapara a medio das peas. Para tal, recorre-se tabela do valor do erro mximo permitido para cadavalor de massa de peso-padro em funo de sua classe [7]. Uma balana adequada para pesar

    determinada pea dever ser aquela cuja resoluo menor que o valor do erro mximo permitidopara a pea de acordo com a recomendao mencionada acima. Como o LABM tem balanas osuficiente para garantir uma faixa de resoluo bastante ampla, a regra geral a de se escolher umacuja resoluo tenha, no mnimo, uma casa decimal a mais que o valor do erro mximo permitido

    para a pea. Alm disso, necessrio escolher tambm qual peso-padro ou conjunto de pesos queser utilizado como referncia para os objetos a serem calibrados. A IT.MT.151 indica que as peasde referncia devem ser, no mnimo, uma classe melhor que os objetos que sero calibrados. Umavez que a seleo da balana e da pea de referncia foi feita, suas identificaes patrimoniais devemser inseridas na planilha de calibrao de pesos-padro em campo apropriado. Os pesos devem, ainda,ser colocados dentro do compartimento da balana por um perodo razovel de tempo para se

    condicionarem s condies climticas no interior da balana. Caso contrrio, as leituras doinstrumento podero ser bastante instveis.

    O procedimento de calibrao em si tambm baseado no mtodo de comparao direta econsiste na realizao dos chamados ciclos ABBA de medio. Nessa denominao, a letra Arefere-se aos pesos-padro utilizados como referncia e B ao objeto que est sendo calibrado. Almdisso, a sequncia de medies em um ciclo padro (A), objeto (B), objeto (B), padro (A),originando, assim, essa denominao. O nmero de ciclos a ser feito depende da classe das peascalibradas. Para peas com qualidade mais grosseira (F2 ou pior), a instruo de trabalho recomendaa realizao de 3 ciclos em sequncia. J para peas de melhor qualidade (F2 ou melhor), a

    recomendao que se faa 6 ciclos, sendo os 3 primeiros em sequncia. Aps ser observado umintervalo de 24 a 72 horas, os 3 ciclos restantes so feitos tambm em sequncia. Assim como citadono procedimento anterior, deve-se observar os mesmos cuidados no manuseio dos pesos-padro noque diz respeito ao uso de luvas ou pinas. Aps todas as medies terem sido feitas, deve-se anotarnovamente o valor das condies ambientais.

    Assim como no procedimento anterior, todas as leituras feitas devem ser inseridas na planilhade calibrao especfica do dispositivo. Ela possui as mesmas 3 abas essenciais (Digitao,Clculo e Certificado) que a planilha para calibrao de balanas possui. As funcionalidadestambm so semelhantes, mas se adaptam s exigncias feitas para o equipamento. A seo deresultados obtidos para o equipamento rene em uma tabela o valor nominal das peas calibradas, aindicao de eventuais marcaes feitas nelas, e os valores da massa convencional e incerteza em suadeterminao, do fator de abrangncia e do nmero de graus de liberdade efetivos.

    3.3.REA FORA

    Na rea Fora, o treinamento e trabalhos ocorreram entre agosto e outubro de 2015 e tiverama superviso de Pedro Barros. O local principal de trabalho foi o LABM e tambm foram feitosservios em outros locais nas dependncias do GST.E. As principais atividades desenvolvidas nessasreas sero listadas e detalhadas nos tpicos a seguir.

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    12/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    9

    3.3.1. Calibrao de Mquinas de Ensaio e Prensas

    O processo de calibrao de mquinas de ensaio e prensas descrito pela instruo de trabalhoIT.MT.101 Mquina de Ensaio - Sistema de Medio de Fora - Calibrao. Diferente dos

    processos descritos da rea massa, essa instruo de trabalho no detalha todo o procedimento de

    calibrao, e apenas chama a norma ABNT NBR NM-ISO 7500-1:2004 para indicar que esta areferncia para esse tipo de servio. De maneira geral, as etapas do processo so:

    Recolhimento de informaes gerais e tcnicas sobre a mquina a ser calibrada.

    Seleo das clulas de carga a serem utilizadas como padro.

    Realizao de ciclos de medio.

    Clculo das componentes de erros e incertezas.

    Emisso do certificado de calibrao com os resultados calculados.

    O detalhamento dessas etapas feito a seguir. Seguindo a prtica de reunir informaes paracaracterizar o objeto a ser calibrado, so anotados o nome do fabricante, modelo, nmero patrimoniale identificao da mquina. De acordo com a NBR NM-ISO 7500-1:2004, os detalhes tcnicos quedevem ser inseridos na planilha de calibrao so a carga mxima, qual o sentido ela est sendocalibrada (trao ou compresso), etc.

    As clulas de carga a serem selecionadas para servir como referncia no processo devempossuir certificado de calibrao vlido e serem tais que suas capacidades mximas e classes sejamiguais ou superiores quela do equipamento calibrado. Uma das clulas , ento, conectada a ele e aum leitor de tenso para que suas medidas, dadas em mV/V, possam ser registradas. Os dados deidentificao desse dispositivo e do seu certificado de calibrao tambm devem ser registrados. O

    mesmo vale para o medidor das condies ambientais.Antes que o procedimento de fato seja iniciado, deve-se escolher os pontos em que as leituras

    sero realizadas. Recomenda-se que no mnimo 5 pontos espaados de maneira aproximadamenteigual sejam escolhidos entre 20% e 100% da faixa nominal do equipamento. A mquina deensaio/prensa tambm deve ser carregada 3 vezes at sua carga mxima para que seu funcionamentoseja verificado [8].

    Com os pontos escolhidos, o valor da temperatura ambiente registrado e so feitos 3 ciclosde medio com carga crescente, de modo que os valores mostrados pelo leitor de tenso durante elesso anotados na aba Digitar daplanilha de calibrao da mquina. Ao final de cada ciclo, deve-se

    registrar tambm o valor indicado pelo leitor 30 segundos aps a ltima carga ter sido retirada daclula e ajustar novamente o zero do indicador para o ciclo seguinte. Aps todas as medies teremsido feitas, deve-se anotar novamente o valor das condies ambientais. Na aba Incerteza, socalculados os erros relativos de indicao, repetitividade, reversibilidade, zero e resoluo [8] e aincerteza relacionada determinao destes. Na aba Certificado,os valores dados pelo leitor detenso que foram registrados so convertidos para unidade de fora utilizando a equao de converso

    previamente levantada para a clula de carga.Seguindo as indicaes da NBR NM-ISO 7500-1:2004, a seo de resultados obtidos para esse

    equipamento apresenta a simbologia adotada na seo, informaes sobre a escala calibrada e sistemaindicador de fora da mquina e o erro relativo de zero. Alm disso, rene em uma tabela os valoresnominais de fora aplicada pelo instrumento calibrado, as indicaes do padro e incertezasrelacionadas a essas indicaes (incluindo os fatores de abrangncia e graus de liberdade), os valores

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    13/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    10

    da resoluo relativa e dos erros relativos de repetitividade e indicao da mquina e sua classificaode acordo com a NBR NM-ISO 7500-1:2004.

    3.3.2. Calibrao de Torqumetros

    O processo de calibrao de mquinas de ensaio e prensas descrito pela instruo de trabalhoIT.MT.102 Instrumento de Medio de Torque - Calibrao. Assim como no processo descritoacima, essa instruo de trabalho no detalha todo o procedimento de calibrao, e recorre normaABNT NBR ISO 6789: 2009 para que esta sirva como referncia para esse tipo de servio. De maneirageral, as etapas do processo so:

    Recolhimento de informaes gerais e tcnicas sobre o torqumetro a ser calibrado.

    Realizao de ciclos de medio com o banco calibrador de torqumetros.

    Clculo das componentes de erros e incertezas.

    Emisso do certificado de calibrao com os resultados calculados.

    Para a identificao do equipamento, rene-se os parmetros padro (nome do fabricante,modelo, nmero patrimonial e identificao da mquina) e detalhes tcnicos como valor de umadiviso, tipo de indicao (analgica ou digital), sentido de aplicao do torque (horrio, anti-horrioou horrio e anti-horrio), e classificao do equipamento. De acordo com a NBR ISO 6789:2009,um torqumetro pode ser classificado como [9] tipo I, para o caso de torqumetros de indicao dotorque, e tipo II, para torqumetros de ajuste do torque. Eles so ainda subdivididos em classes deacordo com sua aplicao especfica.

    Os padres utilizados e seus certificados de calibrao tambm devem ser identificados. Nesse

    caso, so o aparelho de medio de temperatura e umidade relativa do ar e o banco calibrador detorqumetro. Este equipamento faz o papel de clula de torque para esse tipo de procedimento noLABM. Ele apresenta duas clulas de torque embutidas, uma que permite leitura de valores de torquede at 150 Nm e outra, de at 1500 Nm, alm de um aparato mecnico que facilita bastante a aplicaode torques com o instrumento.

    Os procedimentos pr-calibrao acabam com a realizao de verificaes iniciais tanto nobanco de calibrao (escala, configurao e sentido de aplicao do torque) quanto no equipamentocalibrado (alinhamento, aplicao de pr-carga [9] e inspeo final) e registro das condiesambientais iniciais.

    Como recomenda a NBR ISO 6789:2009, a calibrao em si consiste na realizao de umnmero determinado de ciclos, que varia de acordo com o tipo e a classe do torqumetro, em 3 pontosde medida em cada sentido no qual o instrumento vai ser calibrado. Os torques aplicados devem serde aproximadamente 20%, 60% e 100% do limite superior da faixa nominal. Entretanto, pode-seescolher um nmero maior de pontos para realizar a calibrao, como feito no LABM, em que sefaz 5. Para cada ponto, a indicao em mV/V da leitora da bancada deve ser anotada na planilha decalibrao do equipamento em campo apropriado. Aps todas as medies terem sido feitas, deve-seanotar novamente o valor das condies ambientais.

    Seguindo as indicaes da NBR ISO 6789:2009, os resultados a serem mostrados nocertificado, aps serem calculados pela planilha de calibrao, incluem os valores nominais de torqueaplicados pelo instrumento calibrado, a mdia das indicaes do padro e incertezas relacionadas aessas indicaes (incluindo os fatores de abrangncia e graus de liberdade), os valores do desvio

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    14/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    11

    calculado, erro relativo de reprodutibilidade e erro mximo permitido de acordo com a NBR ISO6789:2009. So mostradas duas tabelas contendo esses parmetros, sendo uma para a situao emque o torque foi aplicado em sentido horrio e a outra para sentido anti-horrio.

    3.3.3. Calibrao de Instrumentos de Medio de Fora de Uso Geral

    Esse tipo de calibrao se refere a equipamentos de medio de fora de uso geral, diferentesdaqueles mencionados nos itens 1.2.3 e 1.2.4. Dispositivos que no apresentam indicao em unidadede fora, mas que podem ter suas leituras convertidas para tal, tambm se encaixam nessa classe.Como exemplos deles, pode-se citar dinammetros, anis dinamomtricos, clulas de carga e sistemasde medio de fora hidrulicos ou pneumticos. A descrio do processo de calibrao desse tipo deequipamento feita na instruo de trabalho IT.MT.104Instrumentos de medio de fora de usogeral - Calibrao.Novamente, essa IT no detalha o procedimento de calibrao, mas sim recorre norma ABNT NBR 8197:2012 para que esta determine como esse tipo de servio deve ser feito. Demaneira geral, as etapas desse processo so:

    Recolhimento de informaes gerais e tcnicas do equipamento a ser calibrado.

    Seleo dos padres de fora a serem utilizados.

    Realizao de ciclos de medio.

    Clculo das componentes de erros e incertezas.

    Emisso do certificado de calibrao com os resultados calculados.

    O procedimento para esse tipo de equipamento anlogo ao descrito na seo 1.2.3 paramquinas de ensaio e prensas. A maior diferena se d no intervalo de calibrao do equipamento,

    que, segundo recomendao da NBR 8197:2012, deve [10] variar de 10% a 100% de sua faixanominal. Alm disso, o nmero mnimo de pontos de calibrao deve [10] ser igual a 6, sendo feito,

    pelo menos, 3 sries de medies para cada ponto.Como indica a NBR 8197:2012, a seo de resultados obtidos condensa em uma tabela as

    indicaes nominais do instrumento calibrado em unidade de fora, as indicaes do padro tambmem unidade de fora e as incertezas relacionadas a elas (incluindo os fatores de abrangncia e grausde liberdade) e os valores dos erros relativos de indicao e reprodutibilidade do instrumento. Casoo indicador do instrumento apresente leituras em outra unidade, utiliza-se uma equao de ajuste quefaz a converso para unidade de fora.

    3.4.REA TEMPERATURA

    Na rea Temperatura, o treinamento e trabalhos ocorreram entre outubro e novembro de 2015e tiveram a superviso de Yasmine Matsutani. O local principal de trabalho foi o LABM. Asatividades desenvolvidas nessa rea sero listadas e detalhadas nos tpicos a seguir.

    3.4.1. Preparao do Ponto de Gelo

    A preparao do ponto de gelo um dos primeiros passos no processo de calibrao deinstrumentos de medio de temperatura. Isso se deve ao fato de muitas normas e outros documentosorientativos determinarem que seja calculado o desvio da leitura do equipamento em relao

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    15/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    12

    temperatura de 0C. Como a temperatura da mistura bifsica gua lquida/gelo, denominada banhode gelo, se mantem constante nesse patamar enquanto durar o processo de fuso da gua, conveniente a preparao de uma mistura desse tipo para a realizao dessa etapa.

    A instruo de trabalho IT.MT.259 Ponto de Gelo - Calibrao dita as instrues para apreparao de um banho de gelo. Deve-se primeiro fazer certa quantidade de gelo picado utilizando

    o triturador. O gelo feito em um freezer designado para esse fim a partir de gua destilada, obtidacom um aparelho de osmose reversa.O gelo triturado , ento, adicionado at a tampa de um vaso de Dewar, frasco projetado para

    fornecer isolamento trmico. Deve-se pressionar levemente o gelo contra o fundo do recipiente paraevitar acmulo de ar no mesmo. Em seguida, adiciona-se tambm gua destilada ao vaso. Aquantidade de gua deve ser tal que o gelo na boca do frasco fique com um aspecto transparente,

    perdendo seu tom esbranquiado inicial. O banho de gelo estar pronto aps um perodo de 30minutos, respeitado para que a mistura atinja o equilbrio trmico 0C.

    Todos os equipamentos que foram citados no procedimento esto localizados na sala doLABM dedicada rea Temperatura.

    3.4.2. Calibrao de Termmetros Digitais

    A calibrao de termmetros digitais descrita pela instruo de trabalho IT.MT.256 Termmetro Digital (com Sensor Externo) - Calibrao. Em suma, as etapas do processo so:

    Recolhimento de informaes tcnicas e de caracterizao do termmetro a ser calibradoe dos padres utilizados.

    Verificao da leitura no ponto de gelo.

    Realizao de ciclos de medio nos pontos de calibrao. Clculo das componentes de erros e incertezas.

    Emisso do certificado de calibrao com os resultados calculados.

    As informaes que devem ser registradas para caracterizar esse tipo de dispositivo demedio incluem o nome do fabricante, modelo, nmero de srie e a identificao. Esses dados devemser anotados tanto para o indicador quanto para o sensor. Alm disso, deve-se registrar tambm afaixa de operao e o valor da resoluo do indicador do termmetro. Os padres utilizados e seuscertificados de calibrao tambm devem ser identificados. Nesse caso, so usados padres de

    temperatura e umidade relativa do ar (termmetro e termo-higrmetro).O padro de temperatura utilizado nos trabalhos que participei foi um termmetro deresistncia de platina (TRP) do tipo PT-100 ligado a um multmetro, para que suas medidas sejamexibidas. Ele ganha essa denominao, pois a resistncia existente dentro do sensor feita de platinae apresenta um valor de resistncia eltrica terica equivalente a 100 0C. A converso de unidadede resistncia eltrica para unidade de temperatura feita utilizando uma equao de ajustedeterminada no certificado de calibrao do padro.

    necessrio realizar um procedimento de verificao inicial antes da calibrao propriamentedita. Ele consiste em fazer uma inspeo visual do termmetro, um teste de isolao eltrica de seusensor, utilizando um megmetro, e deixar o dispositivo no mnimo 12 horas no local onde acalibrao ser feita. Alm disso, realiza-se o primeiro ciclo de leituras do termmetro no ponto de

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    16/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    13

    gelo, utilizando um banho de gelo preparado de acordo com a descrio feita na seo anterior. Ociclo composto por quatro medidas, registradas um minuto aps a medida antecedente.

    O termmetro calibrado em um nmero determinado de pontos de referncia, que sodecididos pelo cliente quando ele faz o pedido do servio. Duas estratgias so utilizadas para atingiros valores de temperatura requeridos. Caso elas estejam entre -20C e 90C, utiliza-se o banho

    termosttico de menor porte para ajustar a temperatura de um banho preparado com gua eetilenoglicol na mesma proporo at a temperatura desejada. Caso elas estejam entre 50C e 250C,o banho deve ser feito utilizando silicone lquido e com o termostato dotado de capela com exausto,

    para que os gases emitidos durante o processo sejam escoados para fora do laboratrio.O procedimento de calibrao baseado no mtodo da comparao direta. Para cada ponto de

    calibrao, feito 1 ciclo de medies composto por 4 leituras do padro, dadas em unidade deresistncia eltrica, e 4 leituras do termmetro, mostradas no visor do aparelho. A cada 1 minuto,registram-se na planilha de calibrao os valores lidos no padro e no objeto at que o ciclo sejacompletado. Ao terminar os ciclos em todos os pontos de calibrao, faz-se um novo ciclo de leiturasdo termmetro no ponto de gelo, seguindo as mesmas observaes do ciclo inicial.

    Aps o processamento dos dados feito pela planilha, obtm-se os resultados finais, queincluem as indicaes do padro, as indicaes do instrumento calibrado e os valores dos errosabsolutos e as incertezas relacionadas a eles, incluindo os valores de fator de abrangncia e nmerode graus de liberdade, para cada ponto de referncia. Todas as medidas so dadas em graus Celsius,com exceo do fator de abrangncia e nmero de graus de liberdade, que so adimensionais.

    3.4.3. Calibrao de Termmetros de Lquido em Vidro (TLV)

    O procedimento de calibrao de um termmetro de lquido em vidro (TLV) semelhante ao

    de calibrao de um termmetro digital e descrito pela instruo de trabalho IT.MT.255 Termmetro de Lquido em Vidro - Calibrao.

    As informaes que devem ser registradas para caracterizar o instrumento incluem nome dofabricante, modelo, nmero de srie, identificao, faixa de medio, resoluo, tipo de escala, tipo envel de imerso, qual o lquido termomtrico utilizado, comprimento e dimetro.

    As diferenas no processo de calibrao em relao ao que foi mostrado na seo anteriordevem-se s caractersticas construtivas do dispositivo. Inicialmente, tem-se que suas medidas devemser lidas observando a altura da coluna de lquido do termmetro e no o valor exibido em um visor.Para diminuir a incerteza devido a influncia da paralaxe no momento da leitura, ela feita utilizandouma cmera de vdeo com capacidade de ampliao, que exibe a posio da coluna de lquido em ummonitor. Assim, tem-se mais segurana sobre a leitura feita pelo operador da medida indicada pelotermmetro.

    Alm disso, preciso se atentar para o nvel de imerso do TLV no banho preparado, que variade acordo com sua classificao quanto a esse fator. Um TLV pode ser de imerso parcial, total oucompleta. O de imerso completa deve ser totalmente imerso no banho. Em um de imerso total, eledeve ser imerso apenas at o nvel da temperatura que se quer medir. J no de imerso parcial, otermmetro deve ser imerso at um determinado nvel de profundidade fixa e determinada pelofabricante ou por normas regulamentadoras.

    No caso de TLVs de imerso parcial ou total usados na condio de imerso parcial, a imerso

    do dispositivo gera uma fonte de erro em seu processo de calibrao. Quando a temperatura da colunaemergente do TLV diferente da recomendada, deve-se fazer uma correo para compensar essefator nos clculos para determinar a temperatura indicada e sua incerteza [11]. Para medir a

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    17/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    14

    temperatura da coluna emergente, posiciona-se um termmetro tipofadennas proximidades do TLV,no mesmo nvel em que se encontra sua coluna de lquido, e registra-se sua medida na planilha decalibrao. Tambm recomendado utilizar a cmera de vdeo para melhorar a qualidade das leituras.

    Resumindo, o processo o mesmo daquele descrito para um termmetro digital, comdiferenas apenas no modo de se fazer as leituras da indicao e na necessidade de medio da

    temperatura da coluna emergente.Aps a coleta dos dados e seu processamento, feito pela planilha de calibrao especfica dodispositivo, obtm-se os resultados finais, que incluem as indicaes do padro, as indicaes doinstrumento calibrado e os valores dos erros absolutos e as incertezas relacionadas a eles (incluindoos valores de fator de abrangncia e nmero de graus de liberdade) para cada ponto de referncia.Todas as medidas so dadas em graus Celsius, com exceo do fator de abrangncia e nmero degraus de liberdade, que so adimensionais.

    3.5.REA VOLUME

    Na rea Volume, o treinamento e trabalhos ocorreram entre novembro e dezembro de 2015 etambm tiveram a superviso de Yasmine Matsutani. O principal local de trabalho foi o LABM.

    3.5.1. Determinao da Massa Especfica da gua

    A determinao da massa especfica de uma amostra de gua e o valor de sua incerteza aetapa inicial do processo de calibrao de qualquer vidraria de laboratrio. A parte operacional descrita pela instruo de trabalho IT.MT.354 Determinao da Massa Especfica da gua. J a

    parte de clculos tratada na IT.MT.357 Clculo de Incerteza de Medio para Instrumentos

    Volumtricos.Para executar essa etapa, so necessrios um bquer com capacidade suficiente para suprir a

    quantidade de gua que ser usada nos processos de calibrao que seguiro, um picnmetro e aamostra de gua cuja massa especfica ser determinada. Alm disso, so necessrios tambm uma

    balana para medir a massa do picnmetro, um termmetro para a medio da temperatura da gua,um termohigrmetro para medir a temperatura e umidade relativa ambientes, um barmetro paramedir a presso baromtrica local e uma pipeta.

    O primeiro passo nesse processo a medio da massa do picnmetro vazio. So feitas 10leituras. Em seguida, ele deve ser preenchido com gua adequadamente, ter sua massa medida e serdescarregado. Esse processo repetido 10 vezes. A cada medio, deve-se tambm registrar atemperatura da gua que foi colocada no picnmetro e as condies ambientais.

    Todos os dados registrados devem ser implementados na planilha desenvolvida para oprocedimento em questo. De posse dos dados, a massa especfica da gua e sua incerteza sodeterminadas como descreve a IT.MT.357.

    Vale ressaltar que no emitido certificado de calibrao para esse procedimento. Porm, asplanilhas de controle de calibrao e a de memorial de clculos, que contm os resultados finais, soarmazenadas na rede interna de Furnas.

    3.5.2. Calibrao de Vidrarias de Laboratrio

    O processo de calibrao de vidrarias de laboratrio descrito pela instruo de trabalhoIT.MT.351Vidraria de Laboratrio - Calibrao. As etapas do processo incluem:

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    18/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    15

    Compilao de informaes tcnicas e de caracterizao do equipamento a ser calibrado edos padres utilizados.

    Determinao da massa especfica da amostra de gua utilizada.

    Realizao de ciclos de medio.

    Clculo das componentes de erros e incertezas. Emisso do certificado de calibrao com os resultados calculados.

    Para identificar a vidraria, deve-se registrar qual seu tipo (balo volumtrico, pipeta, proveta,etc.), de que material ela feita, nome do fabricante, nmero de srie, nmero patrimonial e qualqueroutra identificao. Deve-se registrar tambm caractersticas tcnicas como volume nominal e valorde uma diviso (se aplicvel).

    Os padres utilizados e seus certificados de calibrao tambm devem ser identificados. Ospadres usados nesse tipo de procedimento incluem balana, barmetro, picnmetro,termohigrmetro, termmetro e a massa especfica da gua. importante lembrar que o valor desse

    parmetro e sua incerteza devem ser determinados para cada amostra utilizada.Antes de comear a calibrao, registram-se as condies ambientais, passo que deve ser

    repetido ao final do processo.O primeiro passo da calibrao a medio da massa da vidraria vazia. Em seguida, mede-se

    a massa da vidraria preenchida com gua at o volume de controle desejado e a temperatura daamostra utilizada. Deve ser feito um ciclo de medies como descrito acima com 3, 5 ou 10 leituras

    para cada volume de controle. O nmero de volumes de controle e seus valores, que representamporcentagens do volume nominal da vidraria, so feitos pelo cliente quando ele faz o pedido dacalibrao.

    Como nos outros processos descritos, todos os registros devem ser feitos na planilha decalibrao do equipamento. Aps o processamento dos dados feito pela planilha, obtm-se osresultados finais que so exibidos no certificado. Eles so apresentados em uma tabela e incluem ovolume de lquido encontrado, calculado para cada volume de controle, e a incerteza relacionada sua determinao (incluindo fator de abrangncia e nmero de graus de liberdade) e o desvio dessevalor em relao ao volume nominal da vidraria. Assim como acontece na seo anterior, os clculosrealizados pela planilha de calibrao so detalhados na IT.MT.357.

    3.5.3. Programao de Planilhas de Clculo de Incerteza

    Durante os trabalhos feitos na rea Volume, percebeu-se que as planilhas utilizadas poderiamser melhoradas em termos de organizao e apresentao dos resultados. Dessa forma, os supervisores

    propuseram repensar a maneira com que elas eram construdas utilizando a linguagem Visual Basicfor Applications (VBA), que pode ser implementada dentro da prpria plataforma do MicrosoftExcel,ao invs de usar apenas comandos do programa.

    Os objetivos durante o desenvolvimento dos cdigos eram o de manter o mesmo layout dasplanilhas j utilizadas, simplificar o processo de entrada de dados e facilitar a compreenso dosclculos feitos, fatores que agilizariam a emisso dos certificados de calibrao. Nas planilhasexistentes, algumas funes utilizadas referenciam muitas clulas, o que complica bastante oentendimento das mesmas e a identificao de erros na planilha. Pelo fato do VBA possibilitar autilizao de variveis, e no apenas referncias a clulas, foi possvel refazer as planilhas atendendo

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    19/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    16

    esses requisitos. As planilhas refeitas foram a de determinao da massa especfica da gua, referente IT.MT.354, e a de calibrao de vidrarias de laboratrio, referente IT.MT.351.

    3.6.ATIVIDADES GERAIS

    Alm das atividades de calibrao descritas nas sees anteriores, executei tambm outrastarefas, contando sempre com a superviso de um orientador responsvel. Entre elas podem-se citarcatalogao de dispositivos e limpeza de peas para utilizao em processos de calibrao. Almdisso, a seguir so detalhadas outras duas, que julguei serem de maior importncia.

    3.6.1. Preenchimento da Sequencial de Calibraes

    A sequencial de calibraes um documento simples, no formato de planilha do MicrosoftExcel, mas de grande importncia no mbito da gesto da qualidade no LABM. Nela, todos ostrabalhos de calibrao executados no ano esto registrados, como preconiza a NBR ISO/IEC

    17025:2005. Alm disso, a partir desse documento que se gera o nmero do prximo certificado decalibrao a ser emitido, de acordo com a sequncia dos trabalhos feitos pelos metrologistas dolaboratrio.

    3.6.2. Acompanhamento da Auditoria do Inmetro

    Vrios setores de Furnas, incluindo a rea administrativa, de Confiabilidade Metrolgica e deEnsaios em Construo Civil, possuem acreditao pelo seu sistema de gesto de qualidade de altonvel. Para o LABM, o documento que contm as diretrizes para esse sistema a NBR ISO/IEC

    17025:2005, como j citado. No Brasil, a verificao do atendimento s disposies desse documentonormativo feita atravs de auditorias executadas pelo Instituto Nacional de Metrologia,

    Normalizao e Qualidade Industrial (Inmetro).Em 2015, a auditoria ocorreu entre os dias 5 e 8 de outubro. Foram deslocados 3 auditores

    para cobrir as 5 reas do laboratrio de metrologia de Furnas que so acreditadas (massa, fora,presso, dimensional e temperatura). De maneira geral, o processo ocorreu de modo a verificar comose os trabalhos de calibrao em sua totalidade esto sendo feitos de maneira adequada, ou seja, comoexige a NBR ISO/IEC 17025:2005 e as demais normas aplicveis que so especficas de cada

    processo. Os principais objetivos dessa verificao so:

    Checar se pesquisas de satisfao do cliente esto sendo feitas.

    Avaliar as instrues de trabalho, de modo a determinar se esto corretas e se osprocedimentos esto sendo feitos de acordo com as descries apresentadas.

    Checar se os padres utilizados esto adequados e com calibrao em dia.

    Validar o contedo, incluindo os resultados, dos certificados de calibrao.

    Checar o preenchimento da sequencial de calibraes.

    Os auditores trabalharam de maneira a observar as atividades de alguns trabalhos de calibraoselecionados e revisar o contedo dos documentos mencionados acima. Eventuais falhas nos

    processos eram registradas como no-conformidades e foram reportadas no relatrio final daauditoria. A partir do fim desse perodo, tem-se 7 dias para responder s no-conformidades, de modo

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    20/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    17

    a justific-las e apresentar um plano de ao para corrigi-las. O prazo para implementao das aescorretivas de 40 dias a partir do envio do documento de resposta.

    4. CONCLUSES

    De maneira geral, a experincia de estgio em Furnas foi bastante positiva. A execuo eobservao de atividades de calibrao possibilitaram um grande aprofundamento dos meusconhecimentos na rea de metrologia. A disciplina Metrologia ofertada no curso de EngenhariaMecnica basicamente apresentou de que maneiras deve-se operar alguns instrumentos de medio econceitos bsicos de tolerncia dimensional e clculos de incerteza. J durante as atividades doestgio, pude ter contato com uma vasta gama de mquinas e dispositivos, de vrias reas diferentesde medio, o que me trouxe um grande conhecimento tcnico referente operao desses. Almdisso, pude compreender quais fatores devem ser considerados para o clculo das componentes deincerteza de um certificado de calibrao aceito na prtica e como calcular e apresentar essesresultados.

    Outro ganho de conhecimento importante foi na rea de qualidade, uma vez que o contato comos sistemas de gesto da qualidade empregados no LABM aprofundaram meus conhecimentos nessecampo, que bastante importante atualmente na gesto de empresas que prezam pela melhoriacontnua de seus servios. Nesse mbito, vale destacar a completa descrio dos processos decalibrao e das etapas de clculo de incerteza que feita nas instrues de trabalho do laboratrio.

    Tambm julgo importante ressaltar algumas atividades especficas que realizei. A primeira a programao de planilhas de clculo de incerteza para a rea Volume. A experincia foi positiva,

    pois facilitou a compreenso das equaes utilizadas e dos resultados obtidos pelas planilhas e serviucomo uma forma de executar de fato as vrias etapas dos clculos de incerteza da rea. Alm disso,

    pude aprender uma nova linguagem de programao, o que pode ser um diferencial ao me candidatara uma vaga de trabalho e tambm benfico em uma futura profisso.

    A outra atividade o acompanhamento da auditoria do Inmetro. Tendo observado o seuandamento, principalmente nas reas massa e fora, pude concluir que esse processo extremamenteimportante para apontar eventuais desvios na execuo dos trabalhos do laboratrio, que algumasvezes so cometidos, no por falha do executante, mas sim pela interpretao da recomendao deuma norma de maneira equivocada, por exemplo. Nesse sentido, a auditoria importante para alinhara maneira com que os trabalhos no LABM so feitos com as referncias exigidas de qualidade,fazendo com que todas as reas estejam em um constante processo de melhoria.

    Entretanto, algumas melhorias no planejamento do estgio poderiam ser feitas. Atualmente,uma prtica comum de grandes empresas a de propor ao estagirio que ele apresente formalmenteum projeto de melhoria de algum aspecto de seus servios em que ele tem contato. Esse projeto deveser desenvolvido ao longo do estgio e apresentado em sua etapa final. Isso bastante positivo, poisenriquece a experincia prtica e o currculo do estagirio e ajuda a empresa a melhorar setores queapresentem esse potencial. Pelo porte de Furnas e o princpio de melhoria contnua que a empresasegue, acredito que essa prtica poderia ser adotada para valorizar ainda mais o programa de estgiooferecido.

    Mas por fim, como j dito, a experincia no geral foi positiva. Acredito que a oportunidade foium diferencial na minha capacitao profissional e que complementou muito bem os conhecimentos

    adquiridos durante minha formao acadmica. Alm disso, creio que ela ser bastante valorizada nomercado de trabalho e pode ser um diferencial efetivo para me inserir nele.

  • 7/26/2019 Relatrio de Estgio - Engenharia Mecnica

    21/21

    Relatrio de Estgio SupervisionadoFurnas Centrais Eltricas

    5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    [1] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA (INMETRO).Vocabulrio Internacional de Metrologia: Conceitos fundamentais e gerais e termos associados(VIM 2012). Duque de Caxias-RJ: 2012.

    [2] SILVA NETO, J.C. Metrologia eControle Dimensional: Conceitos, Normas e Aplicaes. Riode Janeiro-RJ: Elsevier, 2012.[3] FURNAS. A empresaQuem somos. Disponvel em < http://www.furnas.com.br/frmEMQuemSomos.aspx >. Acesso em 09/11/15.[4] ELETROBRAS FURNAS. Inovao Suporte Tecnolgico. Disponvel em < http://www1.furnas.com.br/inovacao_suporte_2.asp >. Acesso em 09/11/15.[5] FURNAS. Laboratrio de Metrologia Eleva Padres de Qualidade. Revista Furnas, ano 31, n324, setembro 2005. Disponvel em < http://www.furnas.com.br/arqtrab/ddppg/revistaonline/linhadireta/rf324_destaq.pdf >. Acesso em 09/11/15.[6] ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). NBR ISO/IEC 17025

    Requisitos gerais para competncia de laboratrios de ensaio e calibrao. Rio de Janeiro-RJ: 2005.[7] ORGANISATION INTERNATIONALE DE MTROLOGIE LGALE (OIML). InternationalRecomendation R111-1 Edition 2004. Paris, Frana: 2004.[8] ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). NBR NM-ISO 7500-1 Materiais metlicos - Calibrao de mquinas de ensaio esttico uniaxial - Parte 1: Mquinas deensaio de trao/compresso - Calibrao do sistema de medio da fora. Rio de Janeiro-RJ: 2004.[9] ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). NBR ISO 6789 Ferramentas de Montagem de Parafusos e Porcas - Torqumetros Manuais - Requisitos e Mtodos deEnsaio para Verificao da Conformidade do Projeto, da Conformidade da Qualidade e Procedimento

    de Calibrao e Recalibrao. Rio de Janeiro-RJ: 2009.[10] ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS (ABNT). NBR 8197 Materiaismetlicos - Calibrao de instrumentos de medio de fora de uso geral. Rio de Janeiro-RJ: 2012.[11] INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA(INMETRO). DOQ-CGCRE-009Orientao para Acreditao de Laboratrios para o Grupo deServios de Calibrao em Temperatura e Umidade. Rio de Janeiro-RJ: 2013.