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Universidade do MinhoInstituto de Educação
outubro de 2015
Relatório de Estagio. Motivação dos alunos para a prática das aulas de Educação Física - comparação por sexo, em alunos do ensino secundário numa escola do concelho de Guimarães
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015
António Sérgio Salgado Lopes
António Sérgio Salgado Lopes
outubro de 2015
Relatório de Estagio. Motivação dos alunos para a prática das aulas de Educação Física - comparação por sexo, em alunos do ensino secundário numa escola do concelho de Guimarães
Universidade do MinhoInstituto de Educação
Trabalho efetuado sob a orientação daProfessora Doutora Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro
Relatório de Estágio Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário
II
DECLARAÇÃO
Nome: António Sérgio Salgado Lopes
Endereço eletrónico: [email protected]
Número de Cartão de Cidadão:13622031
Título do relatório: Relatório de Estágio. Motivação dos alunos para a prática das
aulas de Educação Física - comparação por sexo, em alunos do ensino secundário numa
escola do concelho de Guimarães
Orientadora: Professora Doutora Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro
Ano de Conclusão: 2015
Designação do Mestrado: Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico
e Secundário
É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO INTEGRAL DESTE RELATÓRIO APENAS
PARA EFEITOS DE INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO
INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE.
Universidade do Minho, ____/ ____/ ________
Assinatura: _________________________________________
III
Agradecimentos
O presente Relatório de Estágio, apesar de se constituir num documento
individual e específico, não teria sido consumado sem a ajuda e a colaboração de
pessoas que, diretamente ou indiretamente, contribuíram para a sua realização. Sendo
assim aqui destaco quem me incentivou e ajudou nesta importante etapa.
À Professora Doutora Maria Dolores Alves Ferreira Monteiro pela orientação na
realização deste trabalho.
À Professora Isabel Machado, minha professora cooperante, pela sua
disponibilidade, simpatia e marcante trabalho de orientação ao longo de um ano letivo,
repleto de conhecimentos, práticas, estímulos, companheirismo e dedicação.
À minha família, que sempre me apoiou e incentivou a chegar cada vez mais
longe.
Aos meus amigos de infância, Nuno Castro, Pedro Mendes e João Cunha que
com a cumplicidade e amizade contribuíram para minha formação humana e que estarão
sempre presentes em todos os momentos.
Aos meus colegas de estágio pela amizade e entreajuda para superação das
dificuldades.
A todos os meus professores que, desde o primeiro ao último ano, me
transmitiram conhecimentos, valores e boas práticas.
Aos meus alunos, que me ajudaram no crescimento como professor e como
pessoa, pela sua cooperação, empenho, afeto e as atitudes dignas que marcaram este
meu ano de estágio.
A todos o meu sincero e profundo agradecimento.
IV
V
Titulo: Relatório de Estágio. Motivação dos alunos para a prática das aulas de
Educação Física - comparação por sexo, em alunos do ensino secundário numa escola
do concelho de Guimarães
Resumo
Este Relatório de Estágio é o culminar do segundo ano letivo do Mestrado em
Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário, da Universidade do
Minho, do ano letivo 2014/2015.
Com este documento pretende-se, descrever e refletir as minhas vivências
durante este ano letivo, dividiu-se então em três grandes áreas. As duas primeiras
revelam toda a envolvência que o estágio curricular me proporcionou, e a terceira área,
é referente a um estudo investigativo sobre a Motivação dos alunos para as aulas de
Educação Física - comparação por sexo.
No que diz respeito à primeira área, fez-se um enquadramento pessoal de forma
a contextualizar o meu percurso pessoal e académico, e de seguida realizou-se um
enquadramento institucional de forma a caracterizar o espaço e a instituição que me
acolheu para a realização do estágio. Os vários processos de ensino-aprendizagem
desenvolvidos foram tratados e organizados em diversas vertentes, organizados em
quatro áreas, conceção, planeamento, realização e avaliação. Nestas áreas encontram-se
todos os passos pedagógicos abordados e realizados durante o ano, como, análise e
caracterização da turma, a organização e planeamento dos métodos de ensino-
aprendizagem, os métodos teóricos abordados e realizados, tudo isto com o objetivo de
conseguir um ensino mais eficaz. A seguinte área refere a participação na escola e a
relação com a comunidade escolar, isto retrata a participação nas várias atividades e
formações realizadas na escola.
A terceira área recai sobre o desenvolvimento profissional e investigativo em
Educação Física, onde surge um estudo que procurou verificar e concluir quais as
motivações dos alunos do ensino secundário para a prática das aulas de Educação
Física. E também perceber qual a motivação para a prática das aulas de Educação
Física, sabendo de antemão que a classificação final da disciplina não conta para a
média final de curso. A amostra do estudo foi constituída em 114 indivíduos, de 6
turmas de diferentes áreas, dos quais 38 do sexo masculino e 76 do sexo feminino.
VI
Depois de analisados os dados, os resultados verificados indicaram que no sexo
masculino a razão que mais motiva os alunos é o "Divertimento", enquanto que para o
sexo feminino é "Manter a forma". Em ambos os sexos a razão a que dão menos
importância nas motivações para a prática da disciplina é o "Ser conhecido". Quanto à
motivação para as aulas, sabendo que a classificação final da disciplina não conta para a
média final de curso, podemos dizer que, apesar de tudo, esta apresenta níveis elevados.
Com as conclusões deste estudo poder-se-á saber quais as razões motivacionais
para a realização das aulas de Educação Física e assim traçar-se um plano de ação para
que os seus intervenientes, nomeadamente professores, saibam o que melhorar para que
os alunos se sintam mais motivados e, consequentemente, mais ativos.
Palavras-chave: Estágio; Ensino; Educação Física; Motivação; Sexo,
Classificação final, Média final curso.
VII
Title: Practicum Report. Student motivation for physical education classes -
compared by sex in high school students in a school of Guimarães.
Abstract
This report is the culmination of the second school year of the Master's Degree
in Physical Education Teaching of middle and high schools of the University of Minho,
of the academic year 2014/2015.
With this document it is intended to describe and reflect my experiences during
this school year, then divided into three main areas. The first two depict all the
surroundings that the traineeship gave me, and the third area is related to a research
study on the motivation of students for physical education classes - compared by sex.
With regard to the first area, it was made a personal framework in order to
contextualize my personal and academic life, and then carried out an institutional
framework in order to locate and characterize the space and the institution that
welcomed my internship.
The several teaching and learning processes developed were treated and
organized in various strands, organized into four areas: design, planning,
implementation and evaluation. In these areas we can find all the pedagogical steps
covered and held during the year, such as, class analysis and characterization, the
organization and planning of teaching-learning methods, discussed and performed
theoretical methods, all for a more effective teaching. The next area concerns the
school's participation and interaction with the school community. It portrays
participation in various activities and trainings conducted at school.
The third area shows the professional and investigative development in Physical
Education, where a study was made that aimed to verify and conclude what were
motivations that compelled the high school students for the practice of physical
education classes. And also realize what the motivation for the practice of physical
education classes, knowing in advance that the final grade doesn't count to the final
average of the course. The study sample was constituted by 114 individuals of 6 classes
from different areas, of which 38 males and 76 females. After all the analysis, actual
outcomes indicated that, in men, the reason that most motivates students is the "fun",
while for females is "keep fit". In both genders the reason that give less importance in
the motivations for the practice of discipline is "being known". Concerning to the
VIII
motivation for lessons, knowing that the final grade of the discipline doesn't count for
the final average of the course, we can say that motivation, after all, shows high levels.
With the conclusions of this study will be able to know what the motivational
reasons for carrying out physical education classes and thus draw up an action plan for
their stakeholders, particularly teachers, know what to improve for that students become
more motivated and consequently more active.
Keywords: Internship; Education; Physical Education; Motivation; Gender,
Final Grade, Final average course.
IX
Índice Agradecimentos ............................................................................................................ III
Resumo ............................................................................................................................ V
Abstract ....................................................................................................................... VII
1 Introdução ................................................................................................................ 1
2 Intervenção Pedagógica no Processo Ensino Aprendizagem .............................. 3
2.1 Enquadramento Pessoal ..................................................................................... 3
2.2 Enquadramento Institucional ............................................................................. 5
3 Área 1 – Organização e Gestão do Ensino e da Aprendizagem .......................... 7
3.1 Conceção ............................................................................................................ 7
3.2 Planeamento ....................................................................................................... 9
3.3 Realização ........................................................................................................ 12
3.4 Avaliação ......................................................................................................... 16
4 Área 2 – Participação na Escola e Relação com a Comunidade ....................... 19
4.1 Atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Estágio .......................................... 20
4.2 Outras atividades .............................................................................................. 23
5 Área 3 – Desenvolvimento Profissional e Investigativo em Educação Física .. 25
5.1 Introdução ........................................................................................................ 25
5.2 Revisão da Literatura ....................................................................................... 25
5.3 Objetivos do estudo ......................................................................................... 31
5.4 Metodologia ..................................................................................................... 31
5.5 Apresentação dos resultados ............................................................................ 35
5.6 Discussão dos resultados ................................................................................. 39
5.7 Conclusões ....................................................................................................... 40
6 Considerações Finais ............................................................................................. 43
7 Bibliografia ............................................................................................................ 45
8 Anexos .................................................................................................................... 49
X
Índice de Tabelas
Tabela 1 - Caraterização dos alunos por Idade e Ano curricular................................ 33
Tabela 2 - Caracterização dos alunos por Sexo e Ano curricular ............................... 33
Tabela 3- Caraterização dos alunos por Sexo e Prática Desportiva regular e fora da
escola .............................................................................................................................. 34
Tabela 4- Desportos praticados pelos alunos fora da escola ..................................... 34
Tabela 5- Análise descritiva em função dos itens do QMAD ....................................... 35
Tabela 6- Motivos mais e menos relevantes apontados pelo sexo masculino .............. 37
Tabela 7 - Motivos mais e menos relevantes apontados pelo sexo feminino ............... 37
Tabela 8- Maiores diferenças dos motivos entre sexos .............................................. 38
Tabela 9- Análise de frequências e percentagens da motivação dos alunos para as aulas
de Educação Física, sabendo que a classificação final não conta para a média ....... 38
Índice de Anexos
Anexo 1 - Planificação Anual ......................................................................................... 49
Anexo 2 - Planeamento da Unidade Didática ................................................................. 50
Anexo 3 - Plano de Aula ................................................................................................ 51
Anexo 4 – Calendarização .............................................................................................. 56
Anexo 5 – Roulement ..................................................................................................... 57
Anexo 6 - Critérios de avaliação definidos pelo Departamento de Ed. Física................57
Anexo 7 - Plano Anual de Atividades - Departamento de Educação Física...................58
Anexo 8 - Questionário QMAD...................................................... ...............................60
1
1 Introdução
O presente Relatório de Estágio surge no âmbito da Unidade Curricular de
Prática de Ensino Supervisionada, que se enquadra no segundo ano do Mestrado em
Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundários do Instituo de Educação
da Universidade do Minho, o ano letivo de 2014/2015.
Este meu estágio realizou-se numa escola secundária, localizada no concelho de
Guimarães, com uma turma que frequentava o 12º ano de escolaridade. Todo o meu
estágio decorreu no ano letivo já acima referido.
Esta aplicação prática, vivenciada através do estágio, só foi possível com todos
os conhecimentos adquiridos durante toda a minha formação académica, que foram
agora postos à prova, assim sendo, pude por em prática tudo o que fui aprendendo e
interiorizando.
Todas as minhas experiências práticas e teóricas estão demonstradas neste
documento, apresentando assim todos os métodos pedagógicos utilizados, assim como
as evoluções e aplicações ao nível do ensino-aprendizagem.
A construção deste relatório começa com um enquadramento pessoal onde
primeiramente descrevo todas as minhas expetativas para este estágio. De seguida, o
enquadramento institucional onde relato as respetivas informações da instituição
escolar, meio envolvente e turma. Seguidamente, descrevo as diferentes fases da minha
prática pedagógica: conceção, planificação, realização e avaliação para a turma
envolvente, que se encontram no enquadramento pedagógico. Ainda inserido no
enquadramento pedagógico, está a participação na escola e relação com a comunidade
escolar, onde irei descrever as minhas participações em atividades escolares, formações,
reuniões de turma entre outros. Como término, apresentarei o meu projeto de
investigação, onde surge o estudo sobre a motivação dos alunos para a prática das aulas
de Educação Física - comparação por sexo, em alunos do ensino secundário numa
escola do concelho de Guimarães.
Para terminar, as considerações finais, onde realizo um comentário e um juízo a
todo o trabalho desenvolvido.
2
3
2 Intervenção Pedagógica no Processo Ensino Aprendizagem
2.1 Enquadramento Pessoal
“Nós e a profissão. E as opções que cada um de nós tem de fazer como
professor, as quais cruzam a nossa maneira de ser com a nossa maneira de ensinar e
desvendar na nossa maneira de ensinar a nossa maneira de ser”.
(Nóvoa, 1992)
Este ano foi o eclodir da minha formação pois, sem dúvida alguma foi o mais
marcante. Pois chegou o momento de pôr em prática todos os conhecimentos que fui
aprendendo ao longo destes anos da minha formação académica.
Ao iniciar esta nova etapa, as expectativas que possuía eram diversas, pois este
estágio foi o início da minha carreira profissional. Não perspetivei o estágio apenas
como uma nova experiência pedagógica, mas sim como um continuar de uma longa
caminhada de formação, que me irá preparar para a inserção na minha vida profissional.
O estágio pedagógico, para mim, foi um desafio constante, pois a cada dia que
passava adquiriam-se novos conhecimentos, ultrapassavam-se dificuldades, planeavam-
se estratégias e, além de tudo, as nossas capacidades são a cada minuto postas à prova.
Na base deste projeto esteve uma planificação do trabalho a desenvolver durante
o ano letivo, assim como, um projeto de intenções onde foi dado especial destaque às
expetativas que possuo bem como a justificação das opções tomadas.
O "ser professor" torna-se uma realidade cada vez mais próxima, agora sim, sei
o quanto é mágico a arte do ensino e o quanto é belo saber que quando ensinamos
alguém também nós estamos em constante aprendizagem. Porém, nunca me poderei
esquecer que toda a preparação que efetuar terá de ser cuidada e orientada para a
realidade dos alunos em questão.
Nesta caminhada que tracei para mim, o aprender constante é um lema para toda
a vida, pois é através do conhecimento que adquiro todos os dias que irei delinear o
percurso de um profissional competente. Para isso, contei com a ajuda do meu
supervisor, do meu professor cooperante, e também dos meus colegas de estágio que
tiveram um papel fundamental na minha formação.
Como sei que a perfeição é um patamar impossível de alcançar, apenas posso
prometer que me vou esforçar no sentido de dar sempre o melhor de mim, como o fiz ao
4
longo do ano. Sei também que o errar faz parte do processo de aprendizagem, por isso
irei admitir sempre as minhas falhas tentando nunca as repetir para ser cada vez melhor,
não só ao longo deste ano letivo que passou, mas também ao longo de todos os anos que
lecionar posteriormente.
Sempre estive, de certa forma, ligado ao desporto. Comecei a praticar desporto
desde muito novo com os amigos, na rua, no ringue, no parque. Posteriormente comecei
a jogar basquetebol mais a sério, federado, no clube da minha cidade. Quando chegou a
altura de optar por um curso superior, já tinha a ideia de seguir um curso na área do
desporto, e assim foi, ingressei no curso de Ciências do Desporto da Universidade da
Beira Interior, na cidade da Covilhã. Assim pude alargar os meus conhecimentos na
área que sempre cativou, pois também permite uma ligação íntima entre a atividade
física e a saúde, o que para mim me apraz bastante.
O facto de cada vez mais crescer a obesidade infantil é um alerta para a
comunidade geral, e talvez mais preocupante para os prescritores de atividade física.
Pois é através da prática de desporto ( e de uma alimentação regrada ) que se pode
inverter ou minimizar esta problemática. Por isso o meu ingresso neste mestrado vem
com a vontade de querer passar estes valores aos mais pequenos, tornando-os mais
ativos e motivados para a prática de atividade física e sinto que assim se pode marcar a
diferença nos mais jovens - para que vivam melhor. Portanto este estágio ajudou-me a
perceber qual a metodologia mais correta para o fazer e ficar preparado da melhor forma
para um dia ser um professor exemplar, e poder intervir na comunidade escolar de
forma ativa e eficiente, ajudando as pessoas a viver melhor.
5
2.2 Enquadramento Institucional
Caraterização do meio
A Escola que me acolheu na realização do meu estágio situa-se na cidade de
Guimarães. Localiza-se bem no centro urbano da cidade, onde possui excelentes
acessos, conta com uma paragem de autocarro muito próxima, o que significa que os
alunos têm transporte público assegurado.
Guimarães está inserido no concelho ao qual dá nome, estando subdividido em
69 freguesias, tendo uma área de 240.95 km² e uma população na ordem dos 158 124
(dados dos CENSOS 2011).
Assim como foi referido anteriormente, esta escola situa-se no concelho de
Guimarães, cidade com um glorioso passado histórico e que foi considerada pela
UNESCO em 2001 como cidade Património Mundial. Foi também distinguida pela
União Europeia como Capital Europeia da Cultura em 2012 e mais recentemente, em
2013, como Cidade Europeia do Desporto. Estes marcos alcançados propiciaram ainda
mais o desenvolvimento da cidade e obviamente, à altura, aconteceram eventos e
atividades de alto nível no panorama cultural e desportivo. Houve também
requalificações e construções de espaços, praças e edifícios emblemáticos que de certa
forma tornaram a cidade um ponto de referência turística no país e na Europa. A Cidade
Desportiva, onde se realizaram a maior parte dos eventos da Cidade Europeia do
Desporto 2013, é composta por um Pavilhão Multiusos onde acolhe uma grande
variedade de desportos, uma Pista de Atletismo (a Pista de Atletismo Gémeos Castro) e
ainda as Piscinas Municipais de Guimarães.
Relativamente às instituições que apostam no desporto em Guimarães, destaca-
se o Vitória Sport Clube SAD, oferecendo uma vasta variedade de modalidades
profissionais e amadoras, sendo o futebol a modalidade rei da entidade.
Caraterização da escola
A escola foi criada em 1864, no entanto só em 1884 é que entrou em
funcionamento, sendo uma de três escolas industriais do país que teve grande
destaque a nível nacional e que permitia uma preparação técnica profissional, capaz
de acompanhar o desenvolvimento industrial da época. Atualmente afigura-se como
uma das três escolas públicas de ensino secundário em Guimarães, e possuí 1665
alunos com um corpo docente de cerca de 145 professores, 13 dos quais de Educação
6
Física. A escola é sede de um agrupamento de escolas. Este resultou da agregação de
4 escolas, onde duas são do ensino básico, uma do 2º e 3º ciclo e uma do secundário.
A escola oferece vários serviços, como a ajuda de ação social escolar, psicologia
e orientação, biblioteca, papelaria/reprografia, bar e cantina. Tem ainda como
infraestruturas destinadas à prática desportiva, um polivalente desportivo, um auditório
destinado para a realização de danças e apresentações e ainda um espaço exterior para a
prática de atletismo e basquetebol. Neste sentido posso concluir que a escola apresenta
boas condições para a prática desportiva e lecionação das aulas. (Dados retirados do site
oficial da escola, 2015)
Caraterização da turma
A turma era constituída por 25 alunos inscritos à disciplina de Educação Física.
Esta turma estava no 12º ano de escolaridade, no curso de Ciências Socioeconómicas.
Relativamente ao sexo, a turma era constituída por 21 alunas do sexo feminino e 4
alunos do sexo masculino. No que diz respeito à idade, era constituída por 6 alunos com
16 anos, 12 alunos com 17 anos, 6 alunos com 18 anos e apenas 1 aluna com 19 anos.
Quanto à prática desportiva, duas alunas praticavam desporto federado -
basquetebol. Havia ainda uma praticante de ballet e um ex-jogador de futsal. No geral
era uma turma ativa, a maior parte corria, como atividade de lazer.
A área de residência dos alunos variava entre Guimarães, Fafe e Vizela, sendo
que 76% dos alunos viviam na cidade de Guimarães, 16% em Fafe e 0,8% em Vizela, o
que facilitava nos meios de transporte e uma menor distância deslocação casa-escola.
A maioria dos os alunos mostraram desejo de no futuro ingressar no ensino
superior, mas alguns sem saber ainda, qual o curso a seguir.
7
3 Área 1 – Organização e Gestão do Ensino e da Aprendizagem
Esta primeira área tem o objetivo de criar uma estratégia de intervenção onde
tem atenção aos objetivos pedagógicos, orientando-se segundo eles para que as aulas de
Educação Física transmitam o melhor e mais eficaz processo educativo e pedagógico
aos alunos.
A área de organização e gestão do processo de ensino e aprendizagem é crucial
para o sucesso dos alunos, esta área assume uma grande importância, incluindo a
conceção, o planeamento, a realização e a avaliação, que passo a descrever.
3.1 Conceção
O professor procura aprimorar os seus métodos de ensino, por reflexões e
pesquisas, centrando os seus trabalhos para assim conseguir aperfeiçoar a sua prática de
docente. (Mota, Almeida, Araújo, Rocha, & Laurentino, 2012)
No inicio do ano letivo, mais concretamente no primeiro dia, desloquei-me à
escola juntamente com três dos meus colegas, também estagiários. Fomos recebidos por
um professor cooperante, que tem muitos anos de experiência e de lecionação naquela
escola. Mostrou-nos as instalações e colocou-nos à vontade, neste nosso primeiro
impacto com a escola (ainda sem alunos). Posteriormente encontrámo-nos com a
professora que seria minha orientadora/cooperante, professora que também já leciona
naquela escola há bastantes anos. Recebeu-nos bem com a sua simpatia e à vontade, e
colocou-nos a par do trabalho que tínhamos de desenvolver daqui para a frente e ao
longo deste ano letivo.
Neste, como em todos os inícios, é necessário definir objetivos e estratégias para
implementar ao longo do ano sobre o processo de ensino-aprendizagem. Para tal
recorremos às orientações fornecidas pelo Programa Nacional de Educação Física
(2001). E obviamente atentámos aos objetivos e estratégias delineadas pela escola e
pelo departamento de Educação Física, bem como aos saberes e conhecimentos da
Educação Física e pedagogia e educação em geral.
De acordo com o Programa Nacional de Educação Física de 2001 para o ensino
secundário, são definidas as seguintes finalidades:
8
Visando a aptidão física, na perspetiva da melhoria da qualidade de vida, saúde e bem-estar:
- consolidar e aprofundar os conhecimentos e competências práticas relativos aos
processos de elevação e manutenção das capacidades motoras;
- alargar os limites dos rendimentos energético-funcional e sensório-motor, em trabalho
muscular diversificado, nas correspondentes variações de duração, intensidade e complexidade.
Favorecer a compreensão e aplicação dos princípios, processos e problemas de organização e
participação nos diferentes tipos de atividades físicas, na perspetiva da animação cultural e da
educação permanente, valorizando, designadamente:
- a ética e o espírito desportivo;
- a responsabilidade pessoal e coletiva, a cooperação e a solidariedade;
- a consciência cívica na preservação das condições de realização das atividades físicas,
em especial a qualidade do ambiente.
Reforçar o gosto pela prática regular das atividades físicas e aprofundar a compreensão da sua
importância como fator de saúde ao longo da vida e componente da cultura, quer na dimensão
individual, quer social.
É este programa que nos fornece as linhas orientadoras da disciplina para que
possamos planear e conceber da melhor forma possível os planos de aula a lecionar para
a turma. Neste ponto é necessário ter em atenção os tipos de infraestruturas, de
equipamentos e de comunidade existentes na escola, planeando de acordo com o que
existe no meio em que pertencemos. Com base nestes fatores, o departamento de
Educação Física delineou, todas as atividades a serem desenvolvidas durante o ano
letivo na escola e nos respetivos anos de escolaridade.
Quanto ao departamento de Educação Física, existem alguns princípios e objetivos
definidos e que devemos considerar na nossa conceção de ensino. Uma das primeiras
tarefas a desenvolver são: a caraterização da turma com os dados sócio biográficos
(recolhidos através dum questionário elaborado pelo departamento de Educação Física)
e a definição do nível de aptidão física (através da bateria de testes do FitnessGram,
original por (The Cooper Institute). Quanto às matérias de ensino, o departamento
definiu em reunião qual o planeamento e os objetivos para cada ano de escolaridade.
Importa referir que para a avaliação da aptidão física dos alunos deverá existir
posteriormente um plano individualizado que deverá ser enviado a cada um dos alunos.
Esse plano deve estar adequado às necessidades específicas de cada aluno, visando
sempre a manutenção ou melhoria da sua aptidão física.
9
3.2 Planeamento
Planear é estudar, organizar e coordenar, ações que serão utilizadas para a
realização de uma atividade, visando a solucionar um problema ou a alcançar um
objetivo. (Carvalho, Amorim, Cardoso, Silva, & Silva, 2011)
Durante o estágio, recorreu-se a três fases, para um planeamento mais eficaz e
organizado, de forma a que os alunos retirassem o melhor proveito possível. As três
fases de planificação consistem nos seguintes pontos: a planificação anual (Anexo 1 e
em resumo na tabela seguinte), a planificação das unidades didáticas (Anexo 2) e os
planos de aula (Anexo 3).
Planeamento Anual
1º Período 2º Período 3º Período
Voleibol
Atletismo (resistência)
Dança (opções de turma)
Basquetebol
Badminton
Ginástica Acrobática/Minitrampolim
Voleibol e Basquetebol
Desportos de combate
Orientação Urbana
Planeamento anual para a minha turma.
Para planificar tudo da melhor forma, recorreu-se a vários documentos.
Inicialmente, consultou-se os objetivos do programa nacional e de escola, de forma a ir
ao encontro dos mesmos, do calendário escolar para a definição do número de aulas
lecionáveis (Anexo 4), do roullement (Anexo 5) e do material disponível e a perceção
do nível da turma e de cada aluno, através da avaliação diagnóstico, efetuada aquando
da primeira abordagem de cada matéria.
Quanto às Unidades Didáticas, contemplaram-se vários parâmetros:
Análise das condições de aprendizagem:
Recursos materiais e recursos humanos.
Análise dos alunos:
Contempla a primeira fase de avaliação (inquérito socio biográfico, elaborado pelo
departamento de Educação Física) e a segunda fase de avaliação inicial em cada
modalidade (avaliação com carácter diagnóstico).
Os objetivos da modalidade na Disciplina de Educação Física:
Nos três domínios fundamentais (cognitivo, psico-motor e sócio afetivo)
Configuração da avaliação:
10
Contempla as diferentes atividades avaliativas a realizar (diagnóstica, formativa e sumativa)
tendo em conta os critérios de êxito específicos de cada modalidade.
Planeamento da UD:
Inclui os conteúdos a ser abordados, a sequência pela qual serão aplicados os conteúdos ao
longo das aulas e a justificação das escolhas metodológicas de ensino da Unidade Didática.
A planificação anual foi proposta pelo Departamento de Educação Física da
escola, tendo seguido como linha orientadora os Programas Nacionais de Educação
Física. Na proposta apresentada pelo Departamento de Educação Física, relativo aos
desportos coletivos, os alunos têm a opção de escolha, segundo uma votação que foi
feita na aula de apresentação, dois dos quatro desportos, entre os quais, Futebol,
Basquetebol, Voleibol e Andebol. Este método tem o objetivo de os alunos
aperfeiçoarem a sua modalidade preferida, e por outro lado, a parte cognitiva e a sua
interação interpessoal. As escolhas dos alunos da turma que lecionei foram: primeira
modalidade a abordar - Voleibol; Segunda modalidade a abordar - Basquetebol
As matérias lecionadas este ano letivo no 1º período foram: a bateria de teste
Fitnessgram (The Cooper Institute), para uma prévia avaliação da condição física dos
alunos, Atletismo (Resistência), Dança e Voleibol (como já referi, modalidade escolhida
pela turma na primeira aula), já no 2º período, foram abordadas, a Ginástica
Acrobática/Minitrampolim, e o segundo desporto coletivo o Basquetebol, por fim, no 3º
período, onde foram lecionadas as modalidades, Voleibol e Basquetebol (numa fase de
consolidação), Desportos de Combate e Orientação.
Esta lecionação não era possível sem uma organização detalhada dos cincos
espaços, sendo um, o auditório, outro, o campo exterior, e três espaços no pavilhão.
Estes são os espaços disponíveis na escola para as aulas de Educação Física. A escola
apresenta um documento denominado por “roullement” que determina o espaço em que
cada turma tem aulas. Este é um sistema de rotatividade semanal, em que todos passam
por todos os espaços.
Com este tipo de distribuição foi necessário fazer uma adequação dos espaços
com as modalidades abordas nos períodos, já que existiram matérias em que era mais
adequado e conveniente realizar num tipo de espaço que outro. Uma das matérias em
que se verificou isso foi em atletismo, pois nesta modalidade as aulas foram sempre
programadas para quando o espaço da turma era na zona exterior. Isto demonstra que
era essencial a existência de um roullement para o planeamento das aulas.
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Realço que, na minha opinião, este tipo de estratégia de distribuição dos espaços
trouxe várias vantagens para a turma e para as aulas, tornando-as mais motivadoras,
devido às várias diversificações durante o período das modalidades, não as deixando
cair em monotonia.
Relativamente à realização das unidades didáticas, realizou-se uma em cada
modalidade, com exceção aos desportos coletivos em que realizei MEC (Modelo de
Estrutura do Conhecimento). As unidades didáticas eram constituídas pelas técnicas que
foram desenvolvidas nas aulas, como a sua planificação e a respetiva grelha de Vickers
(Vickers, 1990), sendo este o ponto orientador da planificação de cada unidade didática.
Os MEC’s também eram constituídos por todos estes pontos referidos nas unidades
didáticas, e o planeamento também seguia o mesmo método.
Por fim, a ultima etapa do planeamento consistiu na realização dos planos de
aula e a sua própria reflexão. Cada plano foi idealizado e realizado durante todo ano, e
de aula em aula, para que tudo fosse pensado o melhor possível de forma a aula poder
corresponder ao momento em que a turma se disponha no momento. O plano estava
dividido em três fases, a primeira, a fase inicial, era a predisposição do organismo a
nível cardíaco, articular e muscular, preparando-o para a fase seguinte, a parte
fundamental, onde nesta se realizava a avaliação diagnóstico, a transmissão, a
exercitação, a consolidação e avaliação sumativa de todas as capacidades e habilidades
planeadas nas grelhas de Vickers (Vickers, 1990), e na última fase, a final, efetuava-se
um retorno à calma com uns alongamentos a serem lecionados por mim ou por um
aluno à minha escolha, mas sempre com a minha supervisão, e ao mesmo tempo um
diálogo para esclarecimento de dúvidas da aula. No final realizámos sempre a reflexão
da aula, para analisar as situações positivas e negativas, melhorando as positivas e
corrigindo as negativas.
Nos planos de aula constava a descrição pormenorizada de cada exercício, assim
como a sua duração, os objetivos gerais e específicos, qual a função didática
desempenhada e os respetivos critérios de êxito.
Todos estes aspetos ajudavam na seleção dos pontos-chave que seriam
reforçados e trabalhados na aula, mas nem sempre era assim, já que por circunstâncias
variadas e sem aviso prévio estas tinham que ser alteradas, mostrando, a meu ver, um
dos pontos mais importantes de um professor, a capacidade de improviso.
Tendo em conta todos estes aspetos referidos, tentaram-se realizar os planos de
aula de acordo com o objetivo gerais e específicos definidos no início do ano.
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Procurámos criar e realizar exercícios dinâmicos, claros, e não monótonos para criar um
ambiente agradável e principalmente motivar os discentes para as aulas. A definição dos
exercícios também foi pensada de acordo com o nível em que se encontrava a turma e
os alunos relativamente à modalidade, para que desta forma adquirissem o mais
corretamente possível as capacidade técnico-táticas de cada desporto. No final de cada
aula reuníamo-nos com o professora orientadora, discutindo e refletindo sobre a aula
lecionada.
3.3 Realização
A realização vem depois do planeamento e segue o momento de intervenção
junto dos alunos, com a realização das aulas. É, portanto, um momento crucial e
essencial de aprendizagem tanto dos alunos como do professor, que também se encontra
em processo de formação.
"O aprender se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola,
como lugar de crescimento profissional permanente" (Nóvoa, 1992)
Por um lado é no momento de realização que percebemos a eficácia das
atividades de ensino e a aptidão dos alunos nas matérias de ensino, e por outro lado
percebemos as nossas dificuldades e pontos mais fortes na transmissão das matérias.
Assim sendo e de acordo com os pressupostos acima apresentados, existe um
momento chave da realização, que será a reflexão das aulas que se fará após estas. É um
ponto importante desta fase para conseguir evoluir nas competências profissionais e
também para acompanhar e perceber em que ponto está a aprendizagem dos alunos.
Quanto à realização da aula, foram definidos alguns critérios gerais com a
professora cooperante para a boa condução da aula.
Adequar as atividades e tarefas ao nível de desempenho dos alunos;
Maximizar o tempo de empenhamento motor do aluno;
Realizar as transições entre atividades o mais rapidamente possível;
Interagir com os alunos com feedbacks apropriados e eficazes;
Evitar tempos mortos durante a aula;
13
Potenciar um clima de aula positivo e agradável.
De acordo com Ribeiro (1999, p. 79), as avaliações a que o professor procede
enquadram-se em três grandes tipos: avaliação diagnóstica, formativa e sumativa. Esta
autora define como função essencial da avaliação diagnóstica, verificar se o aluno está
de posse de certas aprendizagens anteriores que servem de base à unidade que se vai
iniciar. Em relação à avaliação formativa, a mesma autora refere que esta desempenha
uma função semelhante à da avaliação diagnóstica e tem lugar tantas vezes quantas o
professor entender conveniente, no decurso do processo de aprendizagem. (Ribeiro,
1999, p. 84). Finalmente, no que concerne à avaliação sumativa, é dito que este tipo de
avaliação complementa os restantes, resolve problemas no ensino, ainda que numa
dimensão diferente, e serve finalidades não acessíveis através da avaliação diagnóstica e
formativa.
Ainda dizer que, foi realizado um ensino que permitiu ir ao encontro das
necessidades individuais de cada aluno. Para tal acontecer foi realizada a avaliação
diagnóstica, que nos permitiu perceber em que fase de aprendizagem estão os alunos e
assim poder ajustar o processo de ensino a cada qual, para que seja possível exercitar as
suas capacidades e potenciar a aprendizagem. Esta avaliação diagnóstica é também um
instrumento para que seja possível agrupar os alunos consoante os níveis de cada um.
Fazendo grupos heterogéneos quando necessário e por vezes agrupar por níveis, para
um ensino mais individualizado com exercícios ajustados aos seus níveis.
A realização do ensino consiste em transferir tudo o que foi adquirido em termos
teóricos para feitos práticos. Isto deriva de vários fatores e variáveis que influenciam o
processo ensino-aprendizagem dos alunos: o tempo de instrução, a gestão da aula, a
disciplina e o clima da turma, os vários níveis em que se encontraram todos os alunos e
ainda o tipo de seleção de estratégias e métodos que o professor adota para facilitar o
contexto das aprendizagens aos seus discentes.
No início do ano letivo decidimos criar e transmitir algumas normas para todas
as aulas, de forma a retirar o melhor proveito dos alunos e da aula, sendo elas: ser
assíduo e pontual em todas as aulas, respeitar os colegas e o professor, e sobretudo
prestar atenção a tudo o que era dito e pedido. Estes pontos foram sendo assimilados ao
longo do tempo, em que numa fase inicial não foram cumpridos na íntegra por alguns
alunos, mas com a persistência do professor ao relembrar estas normas, estas
começaram a ser interiorizadas, sendo que a partir de meados do 1º Período já tudo
14
estava a correr na plenitude. Existiram algumas ausências esporádicas por parte de
alunos sendo estas sempre justificadas, mas no geral, todos tiveram uma excelente
prestação a esse nível.
Todas as aulas foram planeadas, pensadas e refletidas para dar os melhores
métodos de aprendizagem à turma. As aulas começavam com a chamada à turma,
assinalando as presenças, os atrasos, as faltas e também os alunos que não realizavam
aula. De seguida realizava uma instrução à turma, onde transmitia e explicava tudo o
que iria ser abordado e realizado durante a aula, de forma a terem uma ideia do que
poderiam esperar com a aula para assim evitar as paragens constantes durante a aula.
Em certas situações, quando era necessário, intervinha-se no exercício, usando
feedbacks pedagógicos, sendo estes mais individualizados, para os alunos que
demonstravam mais dificuldades, e feedbacks coletivos para relembrar, reforçar ou
corrigir a ideia e a essência do exercício, contudo tentava-se evitar parar o exercício,
aumentando assim o empenho motor dos alunos. Ainda relativamente aos feedbacks,
utilizámos maioritariamente feedbacks positivos e motivacionais, de forma a dar
incentivo aos alunos criando um ambiente positivo e de empenho.
Na explicação dos exercícios, utilizámos sempre no início uma explicação
verbal, clara e objetiva, tentando que os alunos captassem a maioria da informação, e
depois realizava-se a demonstração dos exercícios para retirar as dúvidas da turma,
contudo ainda questionávamos os alunos se estava tudo esclarecido, de forma a precaver
paragens durante a realização da tarefa.
Na demonstração das tarefas, variavam-se muito os métodos, pois em certas
vezes demonstrávamos os exercícios pretendidos, onde evidenciávamos que também
tinha competências técnico-táticas e noutras pedia a um aluno para o fazer. Como
exemplo na modalidade de Voleibol onde tinha uma aluna que embora não fosse atleta
federada, tinha grande habilidade e destreza para a modalidade. Por fim, usei ainda,
embora menos vezes, um aluno com menos habilidades, de forma a motivá-lo, na
exemplificação de certos exercícios. Isto também para a turma não pensar que são
sempre os mesmos a demonstrar, e até ajudando-o na realização dos gestos técnico-
tático. Outro exemplo, e que acontecia praticamente todas as aulas, era o destacamento
de um aluno de forma aleatória na demonstração dos alongamentos para a turma no
final da ativação geral e no final da aula, dando-lhe o papel de “líder”.
Outro aspeto importantíssimo na transmissão dos exercícios é a colocação da
voz e posicionamento. A colocação da voz para mim nunca foi um grande problema, já
15
que tenho facilidade de a projetar bem, mas mesmo assim antes de cada explicação
posicionava a turma em meia-lua à minha frente transmitindo a informação.
Outra dimensão fundamental no processo ensino-aprendizagem é a gestão da
aula. Na organização das atividades tentei sempre ter bastante preocupação em
aproveitar todo o espaço que tinha disponível, de forma a oferecer aos alunos mais
eficiência na execução dos exercícios e na sua segurança.
O material utilizado em cada aula foi sempre previamente preparado de forma a
que não sofresse interrupções, e mesmo quando os exercícios decorriam e sempre que
possível, preparava os exercícios seguintes para que não existisse perda de tempo.
A organização da turma foi sempre muito boa, distribuindo logo no início os
grupos de trabalho para não perder tempo durante a aula de forma a não perder o
dinamismo da mesma. Nesses mesmos grupos, realizava-se uma escolha equilibrada
para não existir grande discrepância de rendimento e de competitividade.
No que diz respeito à seleção das estratégias e métodos utilizados na gestão das
atividades tentámos sempre planear tudo com uma sequência mais lógica, enquadrado
com o nível da turma, utilizando progressões pedagógicas enquadradas com a realidade
letiva. Dou o exemplo das modalidades coletivas, onde iniciámos com a exercitação das
habilidades mais básicas, como por exemplo o passe, passando depois para a sua
consolidação, pois para passar para as situações mais complexas como situações
ofensivas e defensivas é necessário dominar basicamente este tipo de características.
Com isto, o método que utilizei na lecionação foi o analítico, ou seja, exercitar as
habilidades do mais simples para o mais complexo.
Relativamente ao clima e a relação com a turma, existiu sempre um ambiente
muito bom entre todos, tentámos desde o início para que isto fosse possível, existiu
sempre uma comunicação aberta e um bom ambiente, proporcionando, aulas muito
agradáveis e motivadoras, onde para mim, este foi um dos pontos fundamentais para a
participação de todos os alunos nas aulas de Educação Física.
Todas as aulas que lecionámos tinham uma sequência coerente e lógica, onde
começava com uma ativação geral, com o aluno a predisporem e a prepararem o seu
organismo para a fase seguinte da aula, a parte fundamental. Na fase fundamental da
aula era abordado e desenvolvido as habilidades motoras correspondentes a cada
modalidade lecionada. No final disso, os alunos realizam um retorno à calma para
normalizar a anatomia e fisionomia do seu corpo, finalizando com o alongamento
muscular dos músculos mais solicitados durante a aula.
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A minha participação na escola não esteve somente ligada à minha lecionação
das aulas, pois também estive presente nas aulas dos meus colegas estagiários,
assistindo a estas, também participámos em todas as reuniões do núcleo de estágio com
a professora cooperante, participámos nas atividades desenvolvidas na escola, como
formações e torneios. Um dos pontos mais importantes para a minha evolução eram as
reuniões que realizávamos depois das respetivas aulas, onde era debatido tudo, os bons
e os maus aspetos, com as opiniões dos meus colegas e da professora cooperante
melhorando assim o planeamento e organização das aulas, escolhendo as melhores
estratégias para as próximas aulas. Desenvolvemos e aumentámos o nosso reportório de
progressões pedagógicas, percebendo quais os exercícios que funcionavam ou não na
turma e o momento certo em que os deveria colocar na aula.
Para concluir, em todas as modalidades abordadas realizámos um apoio teórico,
no qual forneci à turma de forma a estes poderem aprofundar os seus conhecimento
sobre a modalidade percebendo cada uma das aptidões lecionadas.
3.4 Avaliação
A avaliação é uma tarefa central de cada professor que se define como
preponderante no seu trabalho. É o eclodir de todo o processo de ensino-aprendizagem,
onde os alunos são postos à prova com as "armas" que dispõem e trazendo à baila os
conhecimentos que adquiriram nas aulas de exercitação.
"A avaliação dos/as alunos/as assume um papel fulcral na área pedagógica e a
sua importância resulta dela própria constituir um acto didático, inseparável do
processo educativo (Cogérino, 2000)
As modalidades de avaliação aplicadas vão de encontro às ideias anteriormente
referidas, e são, avaliação diagnóstica, a avaliação formativa e a avaliação sumativa.
Avaliação diagnóstica: é aplicada no início de um ano letivo ou de uma
unidade didática, visa conhecer as capacidades dos alunos para que se
elaborem planos de ensino e aprendizagem adequados, o mais possível, a cada
estudo dos pré-requisitos diagnosticados.
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Avaliação formativa: o objetivo é verificar o modo como o decorre o
processo de ensino/aprendizagem e permite que o professor adeque as tarefas
de ensino às necessidades então verificadas.
Avaliação sumativa: aplicada no final de uma unidade didática com o
objetivo de avaliar o resultado da aprendizagem e o progresso do aluno.
(Aranha, 1993; Bloom & Hastings, 1971; Duarte, 1994) (Portela, 2009)
Os critérios de avaliação foram definidos no inicio do ano, em reunião, pelo
departamento de Educação Física. Podem ser conhecidos em anexo (Anexo 6) e são
determinados nos domínios: sócio afetivo, psico-motor e cognitivo. Para cada um destes
domínios é determinada uma percentagem que determina a nota final do aluno.
Segundo o Programa Nacional de Educação Física indica que para o aluno ter
sucesso na disciplina deve evidenciar nas matérias selecionadas 3 níveis introdutório, 3
níveis elementares, encontrar-se na zona saudável de Aptidão Física e revelar os
conhecimentos definidos pelo Departamento de Educação Física, relativamente aos
objetivos do Programa Nacional de Educação Física.
A avaliação deve ser um instrumento com utilidade para os que estão envolvidos
neste processo, ou seja, o professor, o estudante e a escola. Deve também contribuir
para o crescimento individual do aluno, analisar as etapas ultrapassadas e verificar se os
objetivos traçados foram atingidos. (Bagnara, 2011)
Avaliação é um aspeto bastante importante e complexo na área da docência. Para
avaliar não basta termos um conhecimento das matérias trabalhadas, mas também saber
analisar o nível em que começamos e o nível em que terminamos, com isto quero dizer,
que temos que ter em conta e saber analisar a evolução dos alunos nos vários aspetos em
que estes são avaliados.
Entretanto, avaliação não passa só pelos alunos, o professor também deve saber
avaliar o seu próprio trabalho, ao realizar uma boa autoavaliação dos seus percursos,
mais fácil conseguirá detetar o que menos corre bem nas suas aulas para assim poder
alterar o que for necessário, melhorando o seu desempenho. Mas autoavaliação também
está presente para os alunos, durante este ano letivo, mais propriamente no final de cada
período realizaram sempre a sua autoavaliação do período em questão, isto para também
perceber o que os alunos acharam dos seu rendimento e da sua respetiva evolução.
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Constatou-se que a turma era um pouco heterogénea, devido a ter um nível de
alunos excecionais em quase todas as temáticas abordadas e no oposto um nível
razoável de alunos nas suas capacidades nas modalidades lecionadas, no entanto, o
grosso dos alunos situava-se num nível bom/muito bom das suas capacidades.
A avaliação formativa esteve presente durante todo o ano letivo, sendo esta uma
avaliação continua. Sendo assim, conseguimos retirar dados aos alunos no decorrer das
aulas relativos ao conhecimento no geral das modalidades aprendidas, e na minha
opinião um dos aspetos mais importantes, o grau de evolução e desenvolvimento de
cada aluno nas várias vertentes técnica e tática das modalidades.
Por fim, avaliação sumativa, que é nada mais que um balanço das aprendizagens
obtidas durante a lecionação de uma modalidade, sendo esta realizada na última aula
definida para a temática. Para avaliação de cada modalidade realizou-se um documento
que era constituído por todos os aspetos técnico táticos abordados, exercitados e
consolidados durante as aulas. Entretanto avaliação sumativa, nas modalidades de
desporto coletivo (Voleibol e Basquetebol), foi numa fase inicial para avaliar a parte
mais técnica como passes e receções, e na fase seguinte, com o jogo formal de 5x5 no
Basquetebol e 6x6 no Voleibol, já na Ginástica Acrobática e na Dança, avaliação foi
com o alunos, em grupo, realizarem e apresentarem uma coreografia à turma.
Depois de todas as avaliações concluídas no final de cada período, foi atribuída
uma nota a cada aluno. Baseámo-nos num documento fornecido pelo departamento de
Educação Física da escola, já acima citado, em que este tinha todos os critérios de
avaliação descriminados e claros, obtendo assim notas mais precisas de tudo o que o
aluno realizou e desenvolveu durante o período em cada temática.
Os instrumentos para avaliação dos alunos no final de cada unidade didática
foram todos concebidos por mim.
Para finalizar, avaliação demonstra um dos pilares da educação e do docente, é
isto que nos mostra a evolução ou não dos alunos e por consequência disso se os
métodos e estratégias estão a ser ou não eficazes.
19
4 Área 2 – Participação na Escola e Relação com a Comunidade
A escola tem um grande envolvimento com a comunidade escolar (pois é parte
desta) e com a comunidade em geral, pois é daí que surgem muitas parcerias e acordos,
que fazem com que os seus docentes e discentes se envolvam, participando e
organizando, em muitas atividades e eventos ao longo de todo o ano letivo. Como tal,
eu como professor estagiário, ao longo do ano, participei e ajudei na organização de
várias atividades dinamizadoras que ocorreram em meio escolar ou outro propicio às
mesmas.
O principal objetivo desta área é reforçar o papel da disciplina de Educação
Física na escola e na comunidade, e promover o sucesso educativo, para isto, realizei
intervenções criativas, inovadoras, atrativas e profissionais junto da comunidade, de
forma a perceber e conhecer o tipo de meio escolar e os seus interesses.
Para isto o departamento de Educação Física definiu um plano anual de
atividades (Anexo 7), onde estavam inseridas atividades destinadas para o grupo de
professores do departamento que englobava a comunidade escolar. Este tipo de
iniciativas promoveram o espirito de ajuda e de grupo, criando e fortalecendo os laços
entre participantes.
Durante este ano letivo o núcleo de estágio propôs e realizou uma atividade que
englobou toda a comunidade escolar que quis participar. Essa atividade foi o torneio de
voleibol no final do primeiro período, onde tudo correu dentro do esperado. Esta
atividade deu-me um conhecimento e um primeiro contato com o que é organizar de
raiz uma atividade para a escola.
Entretanto participei em outras atividades como a XicoOlímpiadas, o torneio de
Futsal para alunos com necessidades educativas especiais, o torneio de Basquetebol
inter-escolas e por fim uma formação de Dança.
20
4.1 Atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Estágio
Palestra de alimentação saudável
Esta primeira atividade que apresento não consta do plano anual de atividades
(talvez nem deva constar), pois foi uma iniciativa fortuita e sem grande preparação nem
aviso prévio, mas ainda assim com bastante importância tendo em conta o público alvo.
Foi uma palestra sobre alimentação saudável, organizada pela associação de estudantes,
direcionada para toda a comunidade escolar, mais em especial para os alunos. Foi
realizada no passado dia 24 de Outubro, na zona do bar da escola, e contou com
nutricionistas a palestrar. Disse anteriormente que foi uma atividade bastante
interessante, pois foi direcionada para os alunos, estes que estão em crescimento e
desenvolvimento e precisam de saber mais sobre alimentação saudável, pois na
atualidade há um crescimento da obesidade infantil, e esta está relacionada com maus
hábitos alimentares. Pois então necessitam de saber o que ingerem e quando o devem
fazer, obedecendo a certas regras para possuírem uma alimentação saudável. Foi ainda
oferecida fruta, durante a palestra e nos intervalos das aulas.
Cordão-humano
A segunda atividade que relato surge como convite da comunidade social à
escola, um evento que foi proposto por instituições Vimaranenses. Revelou-se um gesto
que dignifica toda a comunidade escolar e demais entidades que nela participaram. Foi a
realização de um cordão-humano à volta do estádio D. Afonso Henriques, para
consciencializar os mais jovens que participaram, para a erradicação da pobreza
alertando para a necessidade de construção de uma sociedade inclusiva, livre de pobreza
e que assegure a dignidade e respeito pelos Direitos Humanos. Ocorreu no passado dia
17 de Outubro e muitas turmas se associaram e participaram neste ato de cidadania,
aceitando assim o convite da Escola Profissional Profitecla. Reinou portanto o espírito
de colaboração, que se pretendeu estreitar com a comunidade e efetivou-se, sendo que é
esse o espírito que deve ser cultivado, cuidado com carinho, e que é, por todos nós
defendido, todos num só objetivo: a formação de cidadãos ativos e interventivos,
sensíveis, e sensibilizados para os problemas sociais atuais. Procedeu-se ainda à leitura
do "Manifesto contra a pobreza". Atividade muito interessante e que este tipo de
iniciativas ajudam a despertar consciências, sobretudo nos mais jovens, que são o
futuro. Este é um assunto que afeta a sociedade civil e, por essa razão, cada um de nós
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terá de dar o seu contributo para que, em conjunto, ajudemos a minorar e a erradicar a
pobreza. É possível combater a pobreza extrema, mas essa vontade também passa pela
consciência coletiva de cada um para com o outro.
Torneio de Voleibol
A atividade foi realizada no pavilhão gimnodesportivo da escola secundária, e
teve como principal objetivo a realização de um torneio Inter-turmas da modalidade de
Voleibol.
A atividade foi organizada por 4 estudantes estagiários da Universidade do
Minho, contando com a ajuda de alguns membros da associação de estudantes e
professores de educação física da escola.
O regulamento do torneio era constituído pelas seguintes normas: Cada jogo
tinha a duração de 15 minutos; os jogos iniciavam e terminavam todos ao mesmo
tempo; as equipas teriam que ser obrigatoriamente mistas; a 1ª eliminatória e os ¼ finais
decorreriam da parte da manhã, e as ½ finais e a final da parte da tarde; o quadro
competitivo de equipas foi definido por anos de escolaridade; o pavilhão estava dividido
em 3 campos de Voleibol (um para cada ano); no fim de apurar o vencedor de cada ano
de escolaridade, competiam as 3 equipas entre si.
Para a realização do torneio foi necessário vários recursos materiais para a
prática da modalidade. Relativamente a recursos humanos, foi necessário a presença de
árbitros (3), juízes/cronometristas/marcadores (10), para preparação e arrumação (5).
A atividade decorreu muito bem, contou com a ajuda de várias pessoas
voluntárias, e tinha muito público a assistir, estando as bancadas completamente
lotadas. Toda a comunidade escolar estava muito entusiasmada.
A realização deste tipo de atividades proporciona e aumenta o espirito de equipa
de cooperação. Achamos, por isso, necessário decorrer mais atividades desportivas
competitivas direcionadas para todos os alunos.
Número de participantes: Participaram no torneio 31 equipas, cerca de 270
participantes.
22
XicoOlímpiadas
A atividade foi realizada na Pista Gémeos Castro em Guimarães e teve como
principais objetivos a maior participação possível da comunidade escolar e a realização
das diferentes disciplinas de Atletismo para os alunos.
Os alunos, não só desta escola secundária mas também das outras três que
completam o agrupamento, marcaram presença na escola, local onde seguiram viagem
nas camionetas disponibilizadas pela escola para o local da atividade. Na primeira fase
foram distribuídos os dorsais aos participantes de forma ficarem identificados, depois de
todos os dorsais distribuídos, os prepararam-se para as provas e de seguida iniciaram-se
as provas. As provas realizadas foram: corta mato; lançamento do peso, velocidade e
salto em comprimento.
Entretanto fui destacado para a prova de lançamento do peso onde estive a fazer
medições no terreno.
Todos os alunos presentes participaram nas atividades e tiveram um
comportamento exemplar e de grande desportivismo. A meio da manha todos os alunos
tiveram direito a um reforço alimentar disponibilizado pela escola. No final de cada uma
das provas, seguiu-se o protocolo de entrega de medalhas e certificados aos vencedores.
Torneio de Futsal
O torneio foi disputado num campeonato, onde as equipas jogavam todas umas
contra as outras. As equipas representavam algumas escolas do concelho de Guimarães,
estas tinham que ter entre 5 a 10 elementos. A minha participação no torneio foi ajudar
na arbitragem de alguns jogos e da contagem do tempo e dos golos de cada jogo. O
torneio correu muito bem, com os atletas a mostrarem muito empenho e dedicação nos
jogos, e o público aderir com bastante afluência a criar um ambiente de festa.
Torneio de Basquetebol 3x3
Este torneio foi realizado no pavilhão da Universidade do Minho, onde englobou
centenas de jovens dos dois sexos, do distrito de Braga. Os jogos eram realizados em
meio campo, 3x3.
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O balanço final foi positivo, foi um dia de promoção da modalidade e da
atividade física a nível distrital.
4.2 Outras atividades
Formação de Dança
A Formação contou com a participação de onze docentes: 3 estudantes
estagiários da FADEUP, 3 da Universidade do Minho, e professores da escola. Os
formadores foram docentes da escola secundária.
A atividade iniciou-se à hora prevista, com uma breve apresentação dos
objetivos, salientando-se a importância da partilha de saberes disciplinares entre pares.
A parte prática iniciou-se pela apresentação da estrutura rítmica da música a adotar
numa aula de Dança aeróbica e a respetiva contagem dos tempos e frases musicais. De
seguida, passamos à exploração das capacidades/apetências básicas, às diferentes
formas de conjugação e respetivas sequências coreográficas a adotar, salientando-se as
opções bilaterais. A este nível, todos os presentes se entusiasmaram num ritmo latino,
respondendo de forma francamente positiva aos diferentes desafios que se iam
lançando. Relativamente às Danças Sociais, iniciamos o trabalho pelo Cha-Cha-Cha,
tendo sido abordados os passos para o homem e para a mulher e os comandos que
constam do programa, bem como as progressões pedagógicas e estratégias de
motivação. Da mesma forma se procedeu no que se refere ao Merengue e Samba de
Salão. Relativamente ao Jive, por questão de falta de tempo, apenas foi apresentado o
passo base. A abordagem das danças tradicionais ficou para agendar posteriormente.
A formadora salienta o clima de entusiasmo, a recetividade, a entrega e a postura
de todos os intervenientes e terminou referindo que se encontra disponível para qualquer
esclarecimento ou partilha de materiais, sempre que os colegas acharem necessário.
Considero que a dança nem sempre é de fácil abordagem na escola. Este
pressuposto está ligada a questões culturais, à obrigatoriedade de interação entre sexos e
à existência de heterogeneidade dos mesmos em algumas turmas e também ao facto de
alguns docentes não terem experienciado a área na formação inicial, o que lhes confere
algum desconforto face à exposição. Penso que é muito importante que todos os
docentes proporcionem estas vivências aos seus alunos, contribuindo dessa forma para
uma formação integral e eclética dos seus alunos. Pois então pode ser que seja mais
24
fácil, sempre que possível, a junção de turmas e a abordagem feita por mais do que um
professor, contribuindo para um ambiente mais propício de ensino aprendizagem. Posso
pois dizer que foi com muito interesse que participei nesta atividade e, tal como eu
previa e esperava, foram muito enriquecedoras as aprendizagens que alcancei, que
assim pude pôr em prática aquando das aulas sobre esta temática. Formação contínua
que deve ser sempre valorizada pelos docentes e que no meu caso foi bastante
importante.
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5 Área 3 – Desenvolvimento Profissional e Investigativo em Educação Física
Motivação dos alunos para a prática das aulas de Educação Física - comparação por
sexo, em alunos do ensino secundário de uma escola do concelho de Guimarães
5.1 Introdução
Nesta área final, o desenvolvimento profissional e investigativo em Educação
Física, enquadrado no estágio curricular, foi realizado um estudo sobre a motivação dos
alunos para as aulas de Educação Física.
Assim sendo, o objetivo geral do estudo é identificar e compreender quais as
motivações dos alunos para as aulas de Educação Física, mais particularmente uma
comparação por sexo. Pretende-se também perceber quais as razões que levam à
motivação ou desmotivação dos alunos. E ainda, como objetivo especifico, aferir qual a
motivação deles para as aulas de Educação Física, sabendo de antemão que a
classificação final da disciplina não conta para a média final de curso.
A escolha deste tema, a aferição das motivações dos alunos, é importante para
podermos saber onde intervir - como professores - e assim conseguirmos ter um leque
de abrangência maior para com toda a turma, isto é, chegar ao maior número de alunos
possível, com estratégias mais capazes e mais eficazes. Pois com os resultados obtidos
saberemos as razões que levam os alunos a estarem mais ou menos motivados para a
realização das aulas.
Neste sentido, o estudo incidiu em 114 indivíduos, de seis turmas e de diferentes
áreas de estudo, 38 do sexo masculino e 76 do sexo feminino, com idades
compreendidas entre 15 e 19 anos.
5.2 Revisão da Literatura
Revistas, jornais, livros, programas de televisão, em todo o lado a mesma
mensagem: combater o sedentarismo é fundamental para a saúde, é importante deixar o
26
sofá e praticar atividade física, fazer ginástica, jogar futebol, correr, ou, pelo menos,
andar. (Coelho, 2015)
A motivação dos alunos é um aspeto importante a estudar, pois é com a falta
dela que, por exemplo, crescem diariamente os níveis de sedentarismo e a obesidade
infantil. Pode dizer-se que este tema é pertinente, pois segundo a Organização Mundial
de Saúde, a obesidade infantil é a epidemia do século em que vivemos e está a crescer
ano após ano com números alarmantes."A obesidade infantil é um grave problema de
saúde que tem consequências adversas e de longa duração para indivíduos, famílias e
comunidades..." (Committee on Obesity Prevention Policies for Young Children, 2011).
Segundo a Associação Portuguesa Contra a Obesidade Infantil, 2012, e citando a
Associação Internacional para o Estudo da Obesidade, nesse ano havia 155 milhões de
crianças com obesidade infantil ou excesso de peso, e em apenas três anos as previsões
indicavam que esse número duplicaria. Pode ver-se o crescimento exponencial desta
epidemia na figura 1.
Figura 1 - Evolução da Obesidade Infantil no Mundo nos últimos 20 anos. APCOI
"Em Portugal uma em cada três crianças tem excesso de peso." (APCOI) Ou seja, 32%
das crianças tem excesso de peso e 14% são obesas. Ainda a saber que, e segundo a
mesma Associação, "a obesidade é a segunda causa de morte passível de prevenção".
Atualmente, a obesidade infantil e o excesso de peso na infância e adolescência
representam um grande problema de saúde pública em todos os países desenvolvidos e
preocupam cada vez mais os órgãos responsáveis pela saúde. Sendo assim a disciplina
de Educação Física tem um papel importantíssimo no que toca à prevenção desta
epidemia, pois a escola é por vezes a única hipótese das crianças praticarem atividade
27
física. “As escolas são as únicas instituições que podem chegar a quase todos os
jovens, estando numa posição única para melhorar a situação da educação para a
saúde deles.” (Carolyn Fisher, S.D.)
Assim sendo e para conseguirmos ajudar na prevenção de tal epidemia é fulcral
a prática da Educação Física e por conseguinte é importantíssimo que os níveis
motivacionais estejam elevados. Por isso mesmo é pertinente perceber quais os fatores
motivacionais dos jovens para a prática da Educação Física, apurar essas razões, e
focalizar as áreas de intervenção para que consigamos que os alunos se motivem ainda
mais e passem realmente a estar mais ativos durante as aulas, pois é um determinante
de cariz importante neste processo de boas práticas. Ensinando também aos alunos quais
as escolhas que promovem mais saúde e bem-estar.
Sabendo da importância da prática da atividade física para a formação de adultos
saudáveis, o abandono ou um maior afastamento dos adolescentes da prática desportiva,
aproximando-os do sedentarismo, sendo tal fator motivo de preocupação com o estado
de saúde das populações no futuro. (Rocha, 2009)
Hoje em dia de uma forma consensual, o desporto mostra ter uma grande
importância para o progresso e evolução psicossocial das crianças e jovens, entretanto é
impossível de quantificar qual o seu peso (Lucas, Pereira, & Monteiro, 2012).
O desporto é um dos fenómenos sociais com maior impacto nos dias hoje e que
representa a quem o pratica uma fonte de valorização das pessoas e da sua qualidade de
vida (Viegas, Catalão, Ferreira, & Boto, 2009). Isto demonstra a importância que o
desporto tem não só a nível anatomofisiológico, mas também ao nível do crescimento e
desenvolvimento cognitivo, demonstrando que quem o pratica só retira vantagens.
A motivação é uma competência que está presente em tudo o que nos rodeia,
mais propriamente em tudo o que fazemos no quotidiano. No desporto, tem um papel
importantíssimo, quando está no momento de decidir a sua prática ou não.
Na motivação não se pode ignorar o carácter multidimensional da sua estrutura e
da complexidade subjacente. A motivação para a prática desportiva de um indivíduo,
para além de ser condicionada por fatores sócio históricos e socioculturais, está também
ligada com as suas características pessoais que o indivíduo experimentou ao longo do
seu desenvolvimento pessoal (Duarte, 2012).
Partimos do pressuposto de que as habilidades desportivas, o desporto a ser
praticado, o professor de Educação Física, as características físicas são determinantes na
28
motivação dos alunos. A influência da personalidade de cada indivíduo, suas
experiências individuais e o ambiente social da escola, isto é, os aspetos bio-psico-
social do aluno, podem influenciar a motivação para as aulas de Educação Física de
maneira positiva ou negativa. (Rocha, 2009)
Perceber as motivações para a prática desportiva é um elemento essencial para
traçar o caminho mais correto, isto é, para planear o futuro (Januário, Colaço, Rosado,
Ferreira, & Gil, 2012).
O estudo da motivação é um dos grandes assuntos do desporto, tem sido
investigado os aspetos motivacionais que levam os indivíduos à prática desportiva, seja
ao nível da competição, da recreação e do lazer, tanto em jovens como a adultos. O
entendimento da motivação no desporto torna-se importante no momento em que a
focalizamos como um processo para estimular a ação ou suportar prática da atividade
física. (Lima, 2009/2010)
Ainda sobre a motivação (RYAN & DECI, 2000) dizem que quando
intrinsecamente motivado, o sujeito ingressa na atividade por vontade própria, diga-se,
pelo prazer e satisfação do processo de conhecê-la, explorá-la, aprofundá-la.
Comportamentos intrinsecamente motivados são comumente associados com bem estar
psicológico, interesse, alegria e persistência.
Segundo (Januário, Colaço, Rosado, Ferreira, & Gil, 2012), que investigaram a
motivação dos alunos para a prática desportiva, numa amostra de 1016 alunos, sendo
577 do sexo masculino e 439 do sexo feminino, com idades entre os 10 e os 20 anos. O
resultado do estudo evidenciou que as motivações mais valorizadas pelo sexo masculino
foram aprendizagem técnica/fitness e o trabalho de equipa, por sua vez, os menos
importantes foram o estatuto e a influência extrínseca.
Para Januário, Colaço, Rosado, Ferreira e Gil et al. (2012) a descrição das razões
que as populações apresentam para serem fisicamente ativas através do desporto e os
seus motivos de participação é um ponto de partida muito útil para entender a sua
motivação e, em função desse conhecimento, organizar e diferenciar a oferta desportiva.
(Fernandes, 2015)
Há também, o terceiro e último o objetivo especifico acima referido, uma
preocupação quanto à medida tomada pelo Ministério da Educação e Ciência em 2012,
medida que a meu ver, empobrece o sistema educativo e retira muita da importância da
29
Educação Física nas escolas, contrariando inúmeros estudos que provam que esta
disciplina tem enorme importância na formação dos jovens. "É um retrocesso tremendo
e uma machadada no estatuto da Educação Física” (Lourenço, 2012, Conselho
Nacional de Associação de Professores e Profissionais de Educação Física.). Pretende-
se então averiguar a motivação dos alunos para a prática da Educação Física, sabendo
de antemão que a sua classificação final não conta para a média final de curso. Em
relação a esta problemática não há ainda muitos estudos realizados, pois como diz
(Pereira, 2013) "É de extrema importância a continuidade de estudos neste domínio da
Educação Física na medida em que o Decreto-Lei que determina que a Educação Física
deixa de contar para a média final dos alunos pertencentes ao Ensino Secundário,
apenas foi aprovado no ano de 2012, não tendo desta forma existido tempo necessário
para apurar as consequências desta medida. Torna-se imprescindível perceber quais as
repercussões futuras da aplicação do decreto."
Junto aqui um excerto do decreto-lei nº 139/2012 (Ministério da Educação e
Ciência, de 5 de Julho) "Exceto quando o aluno pretenda prosseguir estudos nesta área,
a classificação na disciplina de Educação Física é considerada para efeitos de conclusão
do nível secundário de educação, mas não entra no apuramento da média final."
E de acordo com o mesmo decreto-lei, o facto de a Educação Física deixar de
contar para a nota final do aluno e para a média de acesso ao ensino superior. “Os
alunos que estão numa aula que conta para a avaliação têm uma postura completamente
diferente da que têm se souberem que não vai contar para nada”, sublinha Nuno Ferro
(Presidente da Sociedade Portuguesa de Educação Física) (Coelho, 2015).
Depois do esclarecimento e da definição das áreas primordiais, apresento alguns
estudos relacionados com o tema geral do estudo.
Uma primeira análise da motivação para a participação desportiva foi efetuada
por Sapp e Haubenstricker (1978) citado por (Cruz, 1996), com uma amostra de 579
rapazes e 471 raparigas, com idades compreendidas entre os 11 e os 18 anos, praticantes
de 11 modalidades diferentes. Os resultados mostraram que 90% dos atletas
participavam pelo divertimento proporcionado pelo desporto, 80% participavam porque
desejavam melhorar as competências e 56% referiram os benefícios para a
saúde/aptidão física.
30
Num estudo realizado por (Loureiro, 2013) em que tinha como objetivos: 1)
saber se os alunos, em especial os intervencionados (duma determinada turma) estão
motivados para as aulas de Educação Física e perceber porquê; 2) saber se as aulas
geram reforço do gosto pela prática regular de atividade física e aumento da
compreensão da sua importância como fator de saúde ao longo da vida; 3) comparar os
níveis de motivação por sexo e entre o 8.º e 12.º ano; 4) encontrar e aplicar estratégias
para aumentar a motivação; 5) contribuir de forma teórica e prática para uma melhoria
da motivação para a prática desportiva. A amostra estudada foi composta por 82 alunos,
do 8º e 12º ano. Onde se verificou que: 1) os alunos sob intervenção estavam pouco
motivados para as aulas de Educação Física (ao contrário das outras turmas); 2) os
rapazes estão mais motivados; 3) a motivação é essencialmente influenciada pelas
modalidades, gosto pelo exercício e interesse pela disciplina/diversão; 4) Há, nas aulas
de Educação Física reforço do gosto pela prática regular de Atividade Física e o
aprofundamento da compreensão da sua importância como fator de saúde ao longo da
vida; 5) houve melhoria nos níveis de motivação da turma intervencionada, as
estratégias resultaram.
Para (Lima, 2009/2010), que também analisou a motivação para as aulas de
Educação Física, tendo como objetivos: Compreender quais os motivos principais e
secundários para a prática das aulas de Educação Física; Verificar se os motivos
principais se alteram em função do ano de escolaridade; Verificar se os motivos
principais se alteram em função do sexo. A amostra cingiu-se a 120 alunos, sendo que
metade do sexo masculino e outra metade do sexo feminino, divididos pelos três anos
de escolaridade do 3º ciclo. Os resultados dizem-nos que os motivos mais apontados
pela amostra foram "Melhorar as capacidades técnicas", seguido por "(Por)
divertimento", "Fazer novas amizades", "Manter a forma" e por fim "Fazer exercício".
Já quanto ao sexo verificou-se que apenas existem diferenças significativas nos
motivos: "Manter a forma" e "Fazer novas amizades" que foram mais apontados por
parte do sexo feminino. E por fim, relativamente à diferenciação por ano de
escolaridade, constatou-se que, entre o 7º e 8º ano, existiram quatro motivos que
apresentaram diferenças estatisticamente significativas, sendo eles: "(Por) influência
dos treinadores", "Fazer novas amizades", "Ultrapassar desafios" e "Aprender novas
técnicas". Já comparativamente entre o 7e o 9º ano, só dois motivos apresentaram
diferenças estatisticamente significativas, foram: "Fazer novas amizades" e "Estar em
boa condição física". Em relação ao último quadro comparativo entre o 8º e 9º ano, os
31
itens "Viajar", "Ganhar" e "Como pretexto para sair de casa" foram os que tiveram
diferenças estatisticamente significativas.
5.3 Objetivos do estudo
Gerais
Compreender e identificar quais as motivações dos alunos para as aulas de
Educação Física e a que se devem esses níveis motivacionais.
Específicos
Verificar e analisar quais os motivos mais e menos importantes para a realização
das aulas de Educação Física.
Verificar se os motivos principais se alteram em função do sexo.
Verificar qual a motivação dos alunos para a prática da Educação Física,
sabendo de antemão que a classificação final da disciplina não conta para a
média final de curso.
5.4 Metodologia
Técnicas e instrumento de recolha de dados
Para este estudo foi utilizado um instrumento quantitativo que assentou na
aplicação de um questionário (Anexo 8), o QMAD (Questionário de Motivação para as
Atividades Desportivas) que determinou os motivos para a prática das aulas de
Educação Física.
32
Quanto ao QMAD, traduzido e adaptado por (Frias & Serpa, 1991) do original
Participation Motivation Questioner – PMQ (Gill, D.L., Gross, J. B. & Huddleston, S.,
1983), é constituído por 30 questões relativas a vários motivos sobre adesão dos
indivíduos à prática desportiva. A opção de escolha em cada questão varia do 1 ao 5,
sendo 1 - “Nada importante” ", 2 - "Pouco importante", 3 - "Importante", 4 - "Muito
importante", 5 - "Totalmente importante". Esta escala foi traduzida e adaptada por
(Frias & Serpa, 1991)
Foi também utilizado o programa da IBM, SPSS (Statistical Package for the
Social Sciences) Statistics versão 22.
Procedimentos de aplicação
Primeiramente foi pedido uma autorização à direção da escola para aplicação
dos questionários junto do meio escolar. Depois da autorização concedida, os
questionários foram entregues aos alunos e foi pedido para que estes os preenchessem
de forma honesta naquele momento. Os resultados dos questionários foram tratados
com sigilo absoluto.
Entretanto, e depois de finalizada a recolha de todos os questionários já
devidamente preenchidos, os dados foram processados no programa da IBM SPSS
(Statistical Package for the Social Sciences) Statistics versão 22, procedendo-se ao
tratamento estatístico dos resultados obtidos.
Posto isto, analisaram-se e discutiram-se os resultados obtidos.
Caraterização da amostra
A amostra à qual foi aplicado o questionário foi constituída por 114 alunos, de 6
turmas de diferentes áreas de estudo, de uma escola Secundária do concelho de
Guimarães. Estes alunos tinham idades compreendidas entre 15 e 19 anos. Sendo que 38
são do sexo masculino e 76 do sexo feminino.
33
Tabela 1 - Caraterização dos alunos por Idade e Ano curricular
Idade
Total 15 16 17 18 19
Ano Curricular 10º Contagem 18 11 0 0 0 29
% do Total 15,8% 9,6% 0,0% 0,0% 0,0% 25,4%
11º Contagem 0 21 18 2 0 41
% do Total 0,0% 18,4% 15,8% 1,8% 0,0% 36,0%
12º Contagem 0 0 26 15 3 44
% do Total 0,0% 0,0% 22,8% 13,2% 2,6% 38,6%
Total Contagem 18 32 44 17 3 114
% do Total 15,8% 28,1% 38,6% 14,9% 2,6% 100,0%
Na tabela 1 verifica-se que, 15,8% dos alunos têm 15 anos, 28,1% têm 16 anos,
38,6% têm 17 anos, ainda que 14,9% têm 18 anos e apenas 2,6% têm 19 anos. Ainda na
tabela 1 podemos analisar que existem 29 alunos a frequentar o 10º ano, 41 a frequentar
o 11º ano e 44 a frequentar o 12º ano.
Tabela 2 - Caracterização dos alunos por Sexo e Ano curricular
Sexo
Total Masculino Feminino
Ano Curricular 10º Contagem 8 21 29
% do Total 7,0% 18,4% 25,4%
11º Contagem 13 28 41
% do Total 11,4% 24,6% 36,0%
12º Contagem 17 27 44
% do Total 14,9% 23,7% 38,6%
Total Contagem 38 76 114
% do Total 33,3% 66,7% 100,0%
A tabela 2 diz-nos que dois em cada três alunos da amostra é do sexo feminino.
E ainda que, a maior parte (24,6%), são do sexo feminino e frequentam o 11º ano.
34
Tabela 3- Caraterização dos alunos por Sexo e Prática Desportiva regular e fora da
escola
Prática Desportiva
Total Sim Não
Sexo Masculino Contagem 21 17 38
% do Total 18,4% 14,9% 33,3%
Feminino Contagem 33 43 76
% do Total 28,9% 37,7% 66,7%
Total Contagem 54 60 114
% do Total 47,4% 52,6% 100,0%
Após analisar a tabela 3, verificamos que a maioria, 18,4% dos rapazes pratica
algum desporto fora da escola. Já no sexo feminino, a maioria 37,7% não praticam
nenhum deporto fora da escola. Na totalidade, há mais alunos que não praticam 52,6%
contra 47,4% que praticam desporto fora da escola.
Tabela 4- Desportos praticados pelos alunos fora da escola
Frequência Percentagem
Não praticantes 60 52,6%
Andebol 3 2,6%
Atletismo 1 0,9%
Ballet 2 1,8%
Basquetebol 4 3,5%
Dança 9 7,9%
Futebol 11 9,6%
Ginásio 7 6,1%
Judo 1 0,9%
Karate 3 2,6%
Natação 5 4,4%
Polo aquático 3 2,6%
Rugby 1 0,9%
Ténis de Mesa 1 0,9%
35
Zumba 3 2,6%
Total 114 100,0
Nesta tabela, assim como na anterior, constata-se que a maioria dos inquiridos
(52,6%) não pratica nenhum desporto fora da escola. Mas dos que praticam (47,4%),
pode ver-se que a maioria dos alunos, no total 11, escolheram o futebol.
5.5 Apresentação dos resultados
Segundo a tabela 5, é possível realizar uma análise descritiva dos dados,
identificando o valor médio das respostas obtidas em cada uma das 30 questões,
segundo a escala do questionário (QMAD).
Tabela 5- Análise descritiva em função dos itens do QMAD
Questões Média
Melhorar as capacidades técnicas 3,50
Estar com os amigos 3,72
Ganhar 2,91
Viajar 3,04
Descarregar energias 3,62
Manter a forma 4,03
Ter emoções fortes 2,94
Trabalhar em equipa 3,78
Influência da família ou de amigos 3,06
Aprender novas técnicas 3,59
Fazer novas amizades 3,53
Fazer algo em que se é bom 3,66
Libertar tensão 3,70
Receber prémios 2,65
Ter ação 3,62
Fazer exercício 4,10
Ter alguma coisa para fazer 3,37
Espírito de equipa 3,82
Pretexto para sair de casa 2,61
Entrar em competição 2,97
Ter a sensação de ser importante 2,60
Atingir um nível desportivo mais elevado 3,45
Ser conhecido 2,25
Estar em boa condição física 4,11
36
Após análise feita à tabela 5, verificamos os motivos que os alunos acharam
mais e menos relevantes. Começando pelas mais relevantes, os alunos escolheram,
"Divertimento" com 4,14 de média, "Estar em boa condição física" com 4,11 de
média, "Fazer exercício" com 4,10 de média, "Manter a forma" com 4,03 de média e
por fim "Espírito de equipa" com 3,82 de média. Por outro lado, a escolha dos
motivos menos relevantes foram: "Ser conhecido" com 2,25 de média, "Ter a
sensação de ser importante" com 2,60 de média, "Pretexto para sair de casa" com
2,61 de média, "Receber prémios" com 2,65 de média e por fim, "Ser conhecido e ter
prestígio" com 2,67 de média na escala de importância dos inquiridos.
Em consonância com os objetivos do estudo, já referidos anteriormente, vai
continuar-se a apresentar os resultados com recurso às próximas tabelas. As razões
motivacionais para a prática da Educação Física, como estudo comparativo entre sexos,
pode verificar-se nas seguintes tabelas, com valores que vão do 1 ao 5 (sendo 1 - "nada
importante", 2 - "Pouco importante", 3 - "Importante", 4 - "Muito importante", 5 -
"Totalmente importante") as médias finais apuradas desses mesmos valores numerários.
Depois de analisados no total da amostra os dados obtidos no QMAD, vai agora
tratar-se e analisar-se os dados pelo grau de importância em relação ao sexo.
Ultrapassar desafio 3,64
Ser conhecido e ter prestígio 2,67
Divertimento 4,14
Prazer na utilização das instalações e material desportivo 3,31
Pertencer a um grupo 3,12
Influência do professor/treinador 3,51
37
Tabela 6- Motivos mais e menos relevantes apontados pelo sexo masculino
Masculino Médias
Ser conhecido 2,89 Pretexto para sair de casa 2,92 Ter emoções fortes 3,00
Receber prémios 3,03
Com a análise da tabela 6 podemos dizer que as razões das motivações
principais no sexo masculino são o "Divertimento", com média de 4,13 e "Fazer
exercício", com média de 4,11. E as razões que os alunos do sexo masculino dão menos
importância são o "Ser conhecido" e "Pretexto para sair de casa" com médias de
2,89 e 2,92 respetivamente .
Tabela 7 - Motivos mais e menos relevantes apontados pelo sexo feminino
Feminino Médias
Ser conhecido 1,92 Ter a sensação de ser importante 2,34 Pretexto para sair de casa 2,45
Ganhar 2,57
Já a análise da tabela 7, dita que no sexo feminino as razões motivacionais a que
é dada maior importância são: "Manter a forma" com 4,18 de média seguido de
"Divertimento" com 4,14 de média. Na segunda tabela estão explicitas as razões com
média menor, sendo que a que é dada menos importância é a "Ser conhecido" com
1,92 de média e "Ter a sensação de ser importante" com 2,34 de média.
Masculino Médias
Divertimento 4,13 Fazer exercício 4,11 Estar em boa condição física 4,05
Estar com os amigos 4,03
Feminino Médias
Manter a forma 4,18 Divertimento 4,14 Estar em boa condição física 4,13
Fazer exercício 4,09
38
Tabela 8- Maiores diferenças dos motivos entre sexos
Com esta tabela podemos ver que as diferenças com valores positivos, são as
que maiores valores de média têm para os sexo masculino comparando o mesmo valor
para o sexo oposto (dando assim muito mais importância ao "Ganhar", "Ser
conhecido" e "Entrar em competição"). Já no sexo feminino, a diferença maior é em
"Manter a forma", "Descarregar energias" e "Libertar a tensão".
Tabela 9- Análise de frequências e percentagens da motivação dos alunos para as aulas
de Educação Física, sabendo que a classificação final não conta para a média
Motivação para as aulas de EDF sabendo que a classificação não conta para a média
Frequência Percentagem
Muito pouca 10 8,8% Pouca 12 10,5% Moderada 34 29,8% Muita 25 21,9% Bastante 22 19,3%
Motivado por não existir pressão 11 9,6%
Total 114 100%
Com a análise ao último objetivo especifico deste estudo, podemos verificar,
através da tabela 8, a motivação dos alunos para a prática da Educação Física, sabendo
de antemão que a classificação final da disciplina não conta para a média final de
curso. Em que 29,8% dos inquiridos refere que a sua motivação para as aulas é
"Moderada". Mas os índices para a prática são de nível elevado, uma vez que as
respostas "Muita" e "Bastante" seguem com as duas percentagens mais elevadas. É
também de salientar o facto de 11 alunos terem respondido que se sentem motivados
pelo simples facto de não existir pressão a nível da classificação final, pois esta não
conta para a média final, como já foi várias vezes referido.
39
5.6 Discussão dos resultados
Neste ponto, os resultados serão discutidos e apoiados em estudos realizados por
outros autores já referidos na revisão da literatura.
Amostra
Sendo assim, nos resultados obtidos no questionário, pela amostra na sua
totalidade, nas motivações mais relevantes para as aulas de Educação Física podem
apurar-se "Divertimento", "Estar em boa condição física", "Fazer exercício", "Manter a
forma" e "Espírito de equipa". O que segundo estes resultados vai de encontro ao estudo
desenvolvido por Sapp e Haubenstricker (1978) citado por Cruz (1996) que refere que a
maioria dos atletas participa numa modalidade desportiva pelo divertimento e pelo
melhoramento das suas competências. Os resultados encontrados também estão de
acordo com os diferentes estudos de Januário, Colaço, Rosado, Ferreira, & Gil (2012).
Sexo
No que diz respeito à comparação por sexo, os motivos de maior importância
apresentados pelo sexo masculino são - por grau de importância - "Divertimento",
"Fazer exercício", "Estar em boa condição física" e "Estar com os amigos", já no sexo
feminino são: "Manter a forma", "Divertimento", "Estar em boa condição física" e
"Fazer exercício". O que nos indica que têm, ambos os sexos, 3 motivos iguais nos
segundo, terceiro e quartos lugares de importância. Só diferenciando no primeiro, em
que as raparigas dão maior importância ao facto de "Manter a forma" e os rapazes ao
"Divertimento". Assim como no estudo de (Lima, 2009/2010) que nos diz que por parte
das raparigas o motivo mais apontado também foi "Manter a forma". E também com
grande importância nos rapazes o motivo "Divertimento" e "Melhorar as capacidades
técnicas".
Já nos motivos de menor importância podemos destacar para o sexo masculino,
"Ser conhecido", "Pretexto para sair de casa", "Ter emoções fortes" e "Receber
prémios". No sexo feminino temos, também "Ser conhecido", "Ter sensação de ser
importante", "Pretexto para sair de casa" e "Ganhar". Resultados que são condizentes
com o que diz (Januário, Colaço, Rosado, Ferreira, & Gil, 2012), onde afirmam que os
motivos com menor grau de importância são o estatuto e a influência extrínseca.
40
Motivação dos alunos para as aulas de Educação Física, sabendo que a
classificação final da disciplina não conta para a média final de curso
No que diz respeito ao último objetivo especifico deste estudo, que pretendia
aferir a motivação para as aulas de Educação Física, sabendo de antemão que a
classificação final dessa disciplina não conta para a média de curso, respondido na
seguinte escala: "Muito pouca", "Pouca", "Moderada", "Muita", "Bastante" e ainda
"Motivado(a) por não existir pressão". Podemos dizer que, no geral, os alunos
inquiridos encontram-se motivados para as aulas, uma vez que as percentagens maiores
foram para "Moderada", "Muita" e "Bastante", respetivamente por esta ordem. É
também de salientar o facto de 11 alunos terem respondido que se sentem motivados
pelo simples facto de não existir pressão a nível da classificação final não contar para a
média.
Digo ainda que, apesar de ser um tema controverso para os professores de
Educação Física, não há ainda estudos suficientes e que abordem diretamente esta
problemática, pois então, não me é possível fazer qualquer comparação de resultados,
apenas lamentar este facto.
5.7 Conclusões
Pode constatar-se que, em termos comparativos, os resultados obtidos neste
estudo são condizentes com aqueles que foram explanados na revisão da literatura.
Estão portanto de acordo com os estudos de (Lima, 2009/2010), de (Cruz, 1996), de
(Loureiro, 2013) e de Sapp e Haubenstricker (1978) citado por (Cruz, 1996) Pode então
considerar-se este estudo fidedigno e espelho da realidade atual sobre a motivação para
a prática da Educação Física nas escolas.
A análise que foi feita do estudo sobre os motivos dos alunos para as aulas de
Educação Física corrobora vários estudos, como foi dito anteriormente, e evidencia
frequentemente vários destes motivos como mais importantes. É o caso de
"Divertimento", "Estar em boa condição física", "Fazer exercício", "Manter a forma" e
41
por fim "Espirito de equipa". Apesar de toda constante agitação social sobre o facto de
termos níveis de obesidade cada vez mais altos (Leann L. Birch, 2011), os resultados
dizem-nos que os alunos se sentem de alguma forma motivados para a realização das
aulas de Educação Física. E as razões que os motivam, como acabei de referir, têm que
ver com o facto de poderem chegar a uma boa forma física, manter essa forma, fazerem
exercício e também o facto de se poderem divertir nas aulas.
São, então, estes os principais motivos que os professores de Educação Física
deve ter em conta para poder ir de encontro às expectativas motivacionais dos seus
alunos.
Posto isto, é extremamente relevante estruturar programas de atividade física
para estas idades, pois como sabemos é uma componente importante ao nível da
qualidade de vida, assim como, dar-lhes a conhecer hábitos de vida saudáveis e boas
condutas.
Esperamos ainda que este projeto sirva de alerta para os seus intervenientes de
que é necessário motivação extra para a prática de uma disciplina importante nas suas
formações, pois é nas aulas de Educação Física que os alunos estão de facto ativos e a
gastar calorias. O que é benéfico para combater o sedentarismo e a obesidade infantil
que crescem cada vez mais!
Ainda dizer que, o facto de a medida implementada pelo governo, que retira
importância à Educação Física, dar um ênfase negativo à disciplina no seio escolar, os
resultados verificados ditam que, a maior parte dos alunos, têm índices de motivação
elevados para a prática da Educação Física.
Pretende-se também consciencializar toda a sociedade civil que é de extrema
importância que a Educação Física tenha um papel preponderante no ensino secundário
e, obviamente, que a classificação final passe a contar para a média final de curso, pois
é uma disciplina de extrema importância, por todas as razões acima referidas. Pois como
defendem vários estudos, a prática de atividade física só traz benefícios.
42
43
6 Considerações Finais
O Estágio assume grande importância para a nossa futura carreira docente, uma
vez que nos proporciona uma visão mais ampla da realidade, assim como faz uma
previsão da necessidade de uma atitude profissional mais adequada em relação ao
processo educativo em geral, e da disciplina de Educação Física, em particular. Deste
modo, posso considerar este ano de Estágio como o final de um sonho e o início de um
futuro em contacto com a realidade (a escola e ato de ensinar).
O começo do meu Estágio caracterizou-se por alguma preocupação e ansiedade.
Mas com a passagem do primeiro mês a confiança nas minhas capacidades aumentou,
tendo dado o máximo de mim até ao fim deste trabalhoso ano. A postura inovadora e
criativa que mantive, bem como os planos motivadores para os alunos, propiciaram um
ambiente alegre entre toda a comunidade escolar que facilitou todo este processo. No
qual, procurei cumprir com todas as minhas obrigações, e penso que em boa medida o
consegui.
De realçar também a ação preponderante para o meu processo de aprendizagem,
o acolhimento e partilha de conhecimentos da minha professora cooperante. Toda a
disponibilidade, empenho e energia foram fundamentais no ultrapassar das
adversidades.
Foi um ano durante o qual aprendi muito, e certamente alguma coisa ficou por
aprender. No entanto, a experiência adquirida permite-me agora enfrentar o futuro com
mais confiança e otimismo.
Valeu a pena e o esforço!
44
45
7 Bibliografia
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48
49
8 Anexos
Anexo 1 - Planificação Anual
SECUNDÁRIO
10º Ano 11º Ano 12º Ano
1º
Período
Voleibol
Atletismo
(resistência)
Ginástica Artística
1ºDesporto Coletivo
Atletismo
(resistência)
Ginástica Artística/
Aparelhos
1º Desporto Coletivo
Atletismo
(resistência)
Dança
(opções de turma)
2º
Período
Futsal
Badminton
Dança
(Expressão corporal e
Aeróbica
2º Desporto Coletivo
Corfebol
Ginástica Acrobática
2º Desporto Coletivo
Ginástica Acrobática/
Minitrampolim(opção)
3º
Período
Basquetebol
Corfebol
Ginástica Acrobática
(iniciação)
1º e 2º Desporto
Coletivo
(consolidação)
Dança (Cha-cha-cha /
Merengue)
Badminton
1º e 2º Desportos
Coletivos
(consolidação)
Desportos combate
Orientação Urbana
(opção)
50
Anexo 2 - Planeamento da Unidade Didática
Nº Aula
Data Função didática Estruturação
dos Conteúdos
Objetivo Especifico
Avaliação
1 12/11/2014 Transmissão/Exercitação
Montagem de uma
coreografia de dança.
Construção de uma coreografia, tendo em conta o estilo de dança
escolhido.
Formativa
2 14/11/2014 Exercitação Ensaios
coreográficos Ensaiar as
coreografias Formativa
3 03/12/2014 Consolidação Ensaios
coreográficos Ensaiar as
coreografias Formativa
4 05/12/2014 Avaliação Sumativa Apresentação
de coreografias.
Apresentação das coreografias e avaliação do
desempenho dos alunos.
Sumativa
Planificação da Unidade Didática
Matéria: Dança Contexto: Alunos do ensino secundário -
12ºano - 25 alunos
Local: Auditório da Escola
Secundária
Recursos Humanos: Alunos, Funcionários
(apoiam na organização e gestão dos espaço/materiais), Professor Estagiário e Professor cooperante.
Temporalização: Num período de
17 de Setembro a 12 de Dezembro – total de 4 Aulas, com duração de 90’ cada.
Recursos Materiais: Aparelho de som,
colunas, CDs.
Objetivo Geral
Os alunos cooperam entre si, incentivam e apoiam a sua participação na atividade, apresentando sugestões de aperfeiçoamento da execução das habilidades e novas possibilidades de movimentação, e consideram, por seu lado, as iniciativas (sugestões, propostas, correções) que lhe são dirigidas. Analisa a
sua ação e as dos companheiros, nos diferentes tipos de situação, apreciando as qualidades e características do movimento, utilizando eventualmente essa apreciação como fonte de inspiração para
as suas iniciativas pessoais.
Objetivos Específicos
Apresentar um projeto de criação de uma coreografia à turma, integrando os seguintes elementos: tema; acompanhamento musical; guarda-roupa; design espacial; principais habilidades a utilizar (movimentos
locomotores e não locomotores), ainda que de forma rudimentar; originalidade do tema e das formas encontradas para o desenvolver; unidade e coerência temáticas; fluidez e qualidade dos movimentos;
grau de elaboração (sensibilidade aos problemas tratados, número de detalhes, variedade dos elementos, estruturação temporal, ritmo de execução, estruturação
espacial e harmonia de todos os elementos da composição: música, intérpretes, coreografia, tema, roupa, etc.).
Avaliação: Domínio Psico-Motor; Domínio cognitivo; Domínio Sócio Afetivo.
Função Didática: Transmissão; Exercitação; Consolidação; Avaliação sumativa
51
Anexo 3 - Plano de Aula
Professor: Sérgio Lopes Ano/Turma:12º CSE1 Nº de alunos: 25 Data: 14/01/2015 2º Período
Local: Pavilhão 2 Aula nº 57 e 58 Sessão nº _5 e 6_ de _24_ Hora: 12:50h – 13:20h Duração: 90´ (75’ tempo útil)
Unidade Didática: Basquetebol Conteúdos/Função Didática:
- Exercitação do Passe, Receção, Lançamento em apoio e na passada e Ataque (jogo reduzido 3x2 e
3x3); Jogo formal 5x5 Material: Cronómetro, cones, apito; Bolas de Basquetebol;
Objetivo da aula:
Habilidades motoras: Exercitar o lançamento da passada, o passe, receção e lançamento em apoio;
Cultura desportiva: Aprimorar o conhecimento e a compreensão do jogo de basquetebol, bem como as suas regras.
Fisiologia do treino e condição física: Melhorar as capacidades coordenativas e condicionais da turma relativamente à modalidade de basquetebol;
Conceitos psicossociais: Fomentar o espírito de equipa, cooperação, fair-play e disciplina.
Parte
Conteúdos Organização Didático-metodológica
Objetivos
comportamentais
FD Critérios de êxito
Palavras-
chave
52
Inic
ial
12:00h
(5’)
12:05h
(10’)
Ativação
Geral
Com os alunos sentados em frente ao professor, procede-se à
realização da chamada e uma pequena conversa com os alunos
sobre os conteúdos da aula.
Bola ao “capitão”: Os alunos organizam-se pelas 4 equipas
preformadas e dividem-se pelos 2 campos. Cada equipa tem um
capitão na zona alvo (em baixo da tabela do adversário) e o objetivo
do jogo é conseguir passar a bola ao capitão. Os alunos devem
progredir no terreno efetuando passes entre si. Quando
conseguirem passar a bola ao capitão significa que concretizaram 2
pontos.
Variante: Os alunos progridem no terreno em passe e em drible.
- Ouvir atentamente a
explicação do professor e fazer
alguma pergunta se for
necessário;
- Aumentar a temperatura
corporal;
- Predispor os alunos para a
aula;
- Promover o espírito de equipa
e a cooperação;
- Fomentar o fair-play e a
disciplina;
- Os alunos estão atentos à sua
chamada, respondendo prontamente
quando for a sua vez;
- Os alunos são capazes de executar
todos os exercícios a uma
intensidade moderada;
- Progredir em direção a um alvo;
- Criar linhas de passe;
- “Atenção”
- “Silêncio”
-“A bola tem que
ir para o peito do
capitão”
- “Ajuda o teu
colega”
- “Abre linha de
passe”
- “Atenção
também à
defesa”
53
12:15h
(5’)
Mobilização
articular
Todos os alunos com uma bola, dispõem-se de frente para o
professor e realizam o exercício que este apresentar:
- Mobilização das articulações dos MS e MI;
- Mobilização da Coluna Vertebral;
- Prevenir o aparecimento de
lesões;
- Aperfeiçoar a relação com a
bola;
- Os alunos sentem-se aptos para
realizarem exercícios de alta
intensidade;
- “Realizam
todos o mesmo
exercício, ao
mesmo tempo”
54
Fun
dam
en
tal
12:20h
(10’)
12:30h
(10’)
12:40h
(10’)
Jogo
Reduzido 3x3
Lançamento
em apoio e
Jogo reduzido
3x2
Lançamento
da passada
em Situação
1x1 (+1)
1) As 6 equipas vão fazer jogos de 3x3 entre si em meio-campo,
utilizando as 2 tabelas. Deste modo, 4 equipas vão estar em ação.
Ao fim de 5 minutos trocam-se os adversários e dá-se inicio a novo
jogo. As equipas que ficarem de fora, à vez, fazem exercícios de
preparação física e de técnica individual.
2) Na mesma organização anterior, vão jogar 3 atacantes contra 2
defensores. Os atacantes têm como objectivo progredir até ao
cesto. A equipa defensora possui uma área restritiva na qual não
poderá entrar sempre que a equipa atacante a penetrar. Assim que
a equipa atacante conseguir penetrar a área restritiva deverá
finalizar. Os jogadores vão trocar de posição consoante a ordem
explicada pelo professor. O aluno que
estiver de fora, faz o papel de árbitro.
3) Cada equipa vai ficar na sua tabela, mas divididos pela linha aro-
aro, ou seja, vão estar 3 jogadores no lado esquerdo e 3 no lado
direito. O portador da bola encontra-se no corredor central (spot 1)
e apenas vai desempenhar o papel de passador. O outro atacante
vai estar no spot 2/3 com um defensor. Este defensor vai estar a
sobre marcar o atacante, obrigando-o a desmarcar-se para ganhar
linha de passe. Quando o atacante ganhar linha de passe, recebe a
bola, enquadra-se com o cesto, identifica o caminho livre e arranca
em drible para o cesto, efetuando lançamento na passada. O
defensor deve obrigar o atacante a criar uma linha de passe, mas
depois deve ser permissivo quando este receber a bola.
- Exercitar as componentes
ofensivas;
- Exercitar o lançamento em
apoio;
- Exercitar as componentes
ofensivas;
- Exercitar o lançamento na
passada;
- Exercitar as componentes
ofensivas;
E
E
I/E
1) Ataque: Posição básica ofensiva,
passe e corte, desmarcação;
2) L. em apoio: Coordenar os MS e MI,
apontar o cotovelo para o cesto e olhar
fixamente para o cesto;
- Ataque: Quando recebe a bola coloca-
se em posição de tripla-ameaça, cria
linhas de passe e identifica e aproveita
situações de finalização;
3) Ataque: Posição básica ofensiva,
passe e corte, desmarcação;
- L. na passada: sincronizar os apoios
dos MS em relação ao lado onde se
encontra, elevar a perna livre e lançar
no ponto mais alto do salto;
1) - “Recebe a
bola e enquadra-
te com o cesto”
- “Desmarca-te”
- “Estás sozinho
lança”
2) – “Olha para o
cesto e se estás
sozinho lança”;
- “Passa e corta”;
- “Recebe a bola e
vê o teu colega”;
- “O defesa não
entra na área
restritiva”;
3) “Trabalha
para receber”;
- “Enquadra com
o cesto e se
tiveres caminho
livre arranca”;
55
12:50h
(15’)
Jogo 5x5 em
meio campo
4 As 4 equipas dividem-se pelas duas metades do campo. Deste
modo, as 4 equipas vão estar em ação. No campo 1 os Vermelhos x
Amarelos e no campo 2 os Verdes x Azuis acaba o jogo aos 12
pontos. Os vencedores de cada campo jogam entre si no campo 1 e
os derrotados no campo 2
- Exercitar as componentes
ofensivas;
E
4) Ataque: Posição básica ofensiva,
passe e corte, desmarcação;
4) - “Recebe a
bola e olha para
o cesto”
- “Desmarca-te”
- “Estás sozinho
lança”;
Fin
al
13:05h
(5’)
13:10h
(5’)
Retorno à
calma
Alongamentos
Os alunos estão dispersos pelo ginásio de frente para o professor e
realizam os movimentos propostos pelo este, com vista a promover
o relaxamento muscular:
- Alongamentos dos grupos musculares que tiveram mais incidência
durante a aula;
O professor efetua uma breve reflexão com os alunos sobre a aula
lecionada
- Realizar os exercícios de uma
forma suave e com uma
respiração controlada;
- Promover o relaxamento
muscular.
- Ouvir atentamente a
explicação do professor e fazer
alguma pergunta se for
necessário;
- Alongar os músculos até sentir dor
suportável;
- Executar corretamente os exercícios
propostos pelo professor.
- “Não realiza
insistências”;
- “Atenção à
postura”;
- “Deixa ficar”;
56
Anexo 4 – Calendarização
Calendarização e Planificação do 2º Período – 12º CSE1
PLANIFICAÇÃO EDUCAÇÃO FÍSICA - 12º ANO CSE1 - 2º PERÍODO
Aula
Nº
Unidade
Didática
Nº aula
da U.D.Data
Local da
aula
Capacidades Físicas
(condicionais e
coordenativas)
Cultura Desportiva
53 e 54 Basquetebol AD 1-2 de 24 7/1/15 1
Conhecer as referências
históricas das modalidades
abordadas
55 e 56 Basquetebol 3-4 de 24 9/1/15 1
57 e 58 Basquetebol 5-6 de 24 14/1/15 2
59 e 60 Basquetebol 7-8 de 24 16/1/15 2
61 e 62 Badminton AD 1-2 de 12 21/1/15 3
63 e 64 Badminton 3-4 de 12 23/1/15 3
65 e 66 Ginástica acrobática AD1-2 de 8 28/1/15 A
67 e 68 Ginástica acrobática3-4 de 8 30/1/15 A
69 e 70 Basquetebol 9-10 de 24 4/2/15 E
71 e 72 Basquetebol 11-12 de 24 6/2/15 E
73 e 74 Basquetebol 13-14 de 24 11/2/15 1
75 e 76 Basquetebol 15-16 de 24 13/2/15 1
Carnaval 18/2/15
77 e 78 Basquetebol 17-18 de 24 20/2/15 2
79 e 80 Basquetebol AS 19-20 de 24 25/2/15 3
81 e 82 Badminton 5-6 de 12 27/2/15 3
83 e 84 Ginástica acrobática5-6 de 8 4/3/15 A
85 e 86 Ginástica acrobática AS7-8 de 8 6/3/15 A
87 e 88 Badminton 7-8 de 12 11/3/15 E
89 e 90 Badminton 9-10 de 12 13/3/15 E
91 e 92 Badminton AS 11-12 de 12 18/3/15 1
Utilizar e manusear
corretamente e em
segurança todo o material
desportivo
Conteúdos
Força
Posicionamento
Flexibilidae
Agilidade
Resistência
Velocidade
Ritmo
Equilibrio
Orientação espaço-
temporal
Auto e hetero-
avaliação93 e 94 1 de 1 20/3/15
Serviço longo/curto, Remate, Drive, Clear, Lob,
Amortie
deslocamentos
Habilidades técnicas:
manipulação da bola
Passes; Dribles
(progressão e proteção)
Habilidades táticas: Passa
e corta; Ressalto
defensivo; Transições
defesa/ataque; Jogos
condicionados 1x1, 2x2,
3x3, 4x4 e 5x5
1 Preenchimento da ficha de auto e heteroavalição
Elementos giminos de
solo;Elementos de ligação
Salto de mini-
trampolim(extensão,
engrupado, pirueta, carpa)
Monte, desmonte,
Figuras de 2,3,4,5,6 e
mais elementos
Habilidades táticas:
Intenções ofensivas: posição
básica ofensiva Intenções
defensivas: posição básica
defensiva; enquadramento
Jogo 3x3 e 4x4
engrupado,pirueta e carpa)
Acções técnicas: Pega
raquete, posição base,
deslocamentos; seviço
Ações táticas: Jogo 1x1; 2x2
Conhecer as regras e
técnicas e tácticas das
diferentes modalidades
abordadas.
Perceber a importância da
actividade física
Conhecer e aplicar os
processos de
desenvolvimento e
manutenção da C.F
Identificar e aplicar as regras
de higiene e de segurança
para a prática de Educação
Física
Habilidades técnicas:
Receção enquadrada,
lançamento (na passada,
em apoio e em suspensão)
57
Anexo 5–Roullement
58
Anexo 6 - Critérios de avaliação definidos pelo Departamento de Educação Física
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
SECUNDÁRIO – 12º ANO
1. DOMÍNIO SÓCIO-AFECTIVO (Formação pessoal – Atitudes e valores)
Assiduidade
Pontualidade
Atitudes (espírito desportivo, participação, interesse, responsabilidade, relações
interpessoais).
2. DOMÍNIO COGNITIVO (Domínio do conhecimento)
Domínio da linguagem e vocabulário desportivo
Teste escrito. 3. DOMÍNIO PSICO-MOTOR (Desempenho motor – aptidões e capacidades)
Execução dos vários elementos técnicos.
Aplicação dos princípios táticos individuais, de grupo e coletivos.
Capacidades físicas (condicionais e coordenativas).
Progressão na aprendizagem.
DOMÍNIOS % Instrumentos
Psico-Motor 70%
Execução dos vários elementos técnicos
Aplicação dos princípios tácticos individuais, de grupo e colectivos.
Capacidades físicas (condicionais e coordenativas).
Progressão na aprendizagem
20 30 20 30
Observação direta de exercícios critério em situação individual e grupo
Domínio Cognitivo 15%
Domínio da língua portuguesa e vocabulário desportivo
Teste escrito.
20 80
Fichas de avaliação escrita
e oral
Domínio Sócio-Afetivo 15%
Assiduidade.
Pontualidade.
Atitudes
30 20 50
Observação direta em
contexto de aula
59
Anexo 7 - Plano Anual de Atividades - Departamento de Educação Física
60
61
Anexo 8 - Questionário QMAD
Questionário (QMAD)
Parte I
1. Sexo: M F
2. Idade: ______ Anos
3. Ano Curricular: 10º 11º 12º
4. Curso: ___________
5. Praticas algum desporto fora da escola? Sim Não
6. Modalidade praticada: __________________
7. Reside em:
Meio Rural (+ de 10km da cidade) Meio urbano
8. Sabendo que, atualmente, a classificação final da disciplina de Ed.Física não
conta para a média final de curso. Qual a tua motivação para a realização
das aulas? Muito pouca Pouca Moderada Muita Bastante
ou Sinto-me mais motivado/a por não existir tanta pressão
Para o término do Mestrado de Educação Física no Ensino Básico e Secundário,
pretendo elaborar um estudo sobre a “Motivação para as aulas de Educação Física".
Com este questionário pretendo aferir qual a motivação dos alunos para as aulas
de Educação Física.
O questionário é anónimo, não há respostas verdadeiras ou falsas, as respostas
são confidenciais e ninguém terá acesso a elas, com a exceção do investigador.
62
Parte II
De seguida, partindo da afirmação abaixo indicada, assinala na tabela
com “X” a resposta que mais se adequa com a tua opinião.
MOTIVAÇÃO PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA…
63