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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ BACHARELADO EM ENFERMAGEM HISTÓRIA DA ENFERMAGEM RELATÓRIO DOS PORTIFÓLIOS DA DISCIPLINA “ HISTÓRIA DA ENFERMAGEM” Nome do aluno

Relatorio Historia Da Enfermagem

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relatorio critico da disciplina historia da enfermagem

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Page 1: Relatorio Historia Da Enfermagem

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

BACHARELADO EM ENFERMAGEM

HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

RELATÓRIO DOS PORTIFÓLIOS DA DISCIPLINA “ HISTÓRIA DA

ENFERMAGEM”

Nome do aluno

TERESINA,

JUNHO 2011

Page 2: Relatorio Historia Da Enfermagem

RELATÓRIO DOS PORTIFÓLIOS DA DISCIPLINA “ HISTÓRIA DA

ENFERMAGEM”

Relatório do curso de bacharelado em

Enfermagem, referente ao trabalho

exigido na disciplina História da

Enfermagem, sob orientação da Profª.

Drª. Benevina Maria Vilar Teixeira

Nunes, como um dos elementos para

avaliação da disciplina.

TERESINA,

JUNHO 2011

Page 3: Relatorio Historia Da Enfermagem

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................04

2. OBJETIVO...................................................................................................04

3. METODOLOGIA..........................................................................................04

4. PORTIFÓLIOS...........................................................................................05

4.1. O que é enfermagem (resenha)........................................................05

4.2. Resenha do Cap. 1 do livro: História da Enfermagem.......................07

4.3. Florence Nightingale e as irmãs de caridade (resenha) .....................09

4.4. Resumo do filme Florence Nightingale...............................................11

4.5. Resumo do seminário do grupo 1......................................................12

4.6. Resumo do seminário do grupo 2.......................................................13

4.7. Resumo do seminário do grupo 3 ......................................................14

4.8. Resumo do seminário do grupo 4 ......................................................15

4.9. Resumo do seminário do grupo 5 ......................................................16

4.10 Resumo do seminário do grupo 6 .....................................................17

5. CONCLUSÃO..............................................................................................18

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................18

Page 4: Relatorio Historia Da Enfermagem

1. INTRODUÇÃO

A enfermagem é o cuidado ao ser humano individualmente, na família

ou em comunidade de modo integral e holístico. A História da enfermagem

volta-se ao objetivo de valorização da Enfermagem e de seus profissionais,

fortalece a autoestima destes com seus marcos históricos e personagens de

destaque, e contribui para o reconhecimento do profissional enfermeiro perante

a sociedade.

A disciplina “História da Enfermagem” portanto, mostra-se objeto de

grande valia no percurso de formação dos futuros enfermeiros.

2. OBJETIVO

Os objetivos deste trabalho visam teorizar, integrar, processar e

interpretar informações no campo da História da Enfermagem e, sobretudo,

discutir os temas apresentados em sala de aula, bem como otimizar o

aprendizado e fomentar as discussões relevantes concernentes à disciplina.

3. METODOLOGIA

Constitui-se em pesquisa bibliográfica fornecida pela orientadora e

obtida em outras fontes diversas. Fora, feitos grupos de discussão em sala de

aula e a partir destes, desenvolveu-se uma logística de compartilhamento de

informações baseada na apresentação de portifólios e também, seminários

temáticos bem divididos.

Page 5: Relatorio Historia Da Enfermagem

4.A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM

A partir do conhecimento da História da enfermagem é possível

compreender melhor porque a prática profissional se configura da forma como

é hoje e assim subsidiar-se de maneira a projetar uma melhor construção da

enfermagem do amanhã. Afinal, “Nenhum vento sopra a favor de quem não

sabe pra onde ir” (Sêneca) , e, sabendo de onde viemos, poderemos então

planejarmo-nos e apoderarmo-nos da consciência de estar trilhando caminhos

melhores.

4.1. O que é enfermagem

Na idade média as mulheres enfermeiras já existiam, tendo como

papel cuidar da população. Mas durante a inquisição o poder de cura dessas

mulheres era visto como algo que vinha do diabo, tanto pelo Estado como pela

Igreja. Devido à proibição da atuação dessas mulheres, foi criada uma

universidade formada apenas por pessoas do sexo masculino, onde era utilizado

o conhecimento das antigas enfermeiras. Por volta do século XIX, ocorreram

reformas na área da saúde e em 1962 o ensino de enfermagem integra o

sistema universitário; criam-se cursos de mestrado e doutorado, que atualmente

se encontram em expansão.

Um nome muito importante na história da enfermagem foi a de

Florence Nightingale. Após ter ouvido a voz de Deus passou a estudar relatórios

hospitalares e escrever o que seria importante para melhorá-los. Iniciou estudos

onde queria melhorar a assistência aos doentes. Foi convidada a administrar a

enfermagem dos hospitais militares na Guerra da Criméia, onde atendia aos

pacientes sempre com uma “lamparina”, por isso o símbolo da enfermagem é

uma lâmpada, em homenagem a Florence.

 A enfermagem pode ser compreendida como sendo uma atividade a

ser realizada por pessoas que abrange desde o estado de saúde até os estados

de doença, caracterizando como uma ciência e arte do cuidar. Ela não trabalha

Page 6: Relatorio Historia Da Enfermagem

somente com o indivíduo, mais sim a família do mesmo e a sociedade como um

todo, garantindo o estado de saúde desses. A enfermagem foi definida como

sendo sinônimo de saúde, pois se preocupava em ter sempre pessoas com

saúde sadia, com habitações higiênicas e com a educação das crianças e

mulheres. Os enfermeiros formados devem fazer cumprir as leis de saúde,

mantendo a pessoa nas melhores condições possíveis, a fim de que a natureza

possa atuar sobre ela.

A equipe de enfermagem é composta por três tipos de profissionais: o

enfermeiro, o técnico em enfermagem e o auxiliar em enfermagem. Porém este

ultimo está sendo retirado do mercado de trabalho devido a vários fatores, mas o

principal é a semelhança com o técnico em enfermagem. Cabe ao enfermeiro

participar do planejamento, execução e avaliação do programa dos planos

assistenciais de saúde. Ele atua na prevenção e controle sistemático das

infecções hospitalares, aplicando medidas contra danos que possam vir a ser

causados á clientela. O enfermeiro é o responsável por toda a sua equipe.

A área de atuação do profissional de enfermagem cresce cada vez

mais. Dentre inúmeras podemos citar campus como: saúde da mulher e

neonatologia, saúde da criança e do adolescente, em centros cirúrgicos (na

esterilização, organização e segurança do material), assistência a pacientes

hospitalizados, na saúde do idoso (uma área que só tende a crescer), em UTI,

dentre outros.

O exercício do profissional do enfermeiro se faz nos serviços de

saúde publica e privada, empresas, instituição de pesquisa, home care, creches,

berçários, asilos, dentro vários.

Para um bacharel em enfermagem tornar-se um enfermeiro é preciso

que este dedique aproximadamente quatro anos e meio para o curso, que se

divide em duas etapas: o ciclo básico e o ciclo profissional. Sendo o básico

comum a todas as matérias do curso de saúde, enquanto o profissional se

encarrega de transmitir teoria e prática para o futuro enfermeiro.

Durante uma consulta de enfermagem são feitos o diagnóstico e o

plano de intervenção, onde são indicados o estado do paciente. Segundo a lei N

7.498/86 o enfermeiro pode fazer prescrição de medicamentos estabelecidos em

programas de saúde pública em rotina aprovada pela instituição de saúde.

Também é permitido a realização da episotonia.

Page 7: Relatorio Historia Da Enfermagem

Um enfermeiro tem que ser forte e estável em todas as situações,

principalmente diante de um paciente que se sente sem forças ou desesperado

na sua dor ou em suas necessidades.

Os principais órgãos de classe da enfermagem são: ABEn (a primeira

associação civil de caráter cultural), sindicatos (pretendem implementar táticas e

estratégias de luta por piso salarial digno, menor jornada de trabalho, etc.),

COFEN e COREns ( são órgão de fiscalização do exercício profissional), FNEEn

(abriga a União Nacional de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem) e o CNEEn

(reúne estudantes de todo o país para tratar de suas relações com o aparelho

formador e com a sociedade).

4.2. Resenha do Cap. 1 do livro: História da Enfermagem

O desenvolvimento das práticas de saúde está intimamente

associado às estruturas sociais diferentes noções em épocas diversas. Essas

práticas de saúde desenvolveram-se entre as primeiras civilizações do Oriente

e Ocidente, destacando-se, tanto nos velhos países do continente europeu,

como nas culturas orientais, sendo influenciadas pelas doutrinas e dogmas das

mais diversas correntes religiosas.

As práticas de saúde são divididas com relação ao objeto de

pesquisa com a realidade histórica e é identificada por pontos críticos. Sendo

assim subdivididas em: as práticas de saúde do alvorecer pós-monasticas e as

práticas de saúde do mundo moderno.

As práticas de saúde instintivas: Os cuidados existiam desde que

surgiu a vida, uma vez que seres humanos, como todos os seres vivos, sempre

necessitam de cuidados. Nos primórdios da humanidade, a vida nômade

obrigava a realização dos cuidados possíveis do próprio local, morada ou

abrigo. A mãe pode ser considerada como a primeira manifestação de

cuidados do ser humano com seus semelhantes.

Page 8: Relatorio Historia Da Enfermagem

As práticas de saúde mágico-sarcedotais: Aborda a evolução das

práticas de saúde ao surgimento da filosofia e ao progresso da ciência, quando

estas então se baseavam nas relações de causa e efeito. Assim foram

colocados em dúvida o supremo poder dos deuses, ocorrendo uma profunda

transformação morais e espirituais. A prática de saúde, antes mística e

sacerdotal, passa a ser um produto dessa nova fase, baseando essencialmente

na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico e na

especulação filosófica.

As práticas de saúde monástico-medievais: Fiscalizavam a influência

dos fatores sócio-econômicos e políticos do medievo e da sociedade feudal nas

práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo

As práticas de saúde pós-monásticas: Evidencia as práticas de

saúde e, em especial, a de enfermagem no contexto dos movimentos

Renascentistas e da Reforma Protestante. Essa fase foi bastante tempestuosa,

significou uma grave crise para a enfermagem, permanecendo por muito tempo

e, só no liminar da revolução capitalista, é que alguns movimentos

reformadores que partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais

tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais.

As práticas de saúde no mundo moderno: Analise as práticas de

saúde sob a ótica do sistema político-econômico da sociedade capitalista e

ressalta o surgimento da enfermagem como prática profissional

institucionalizada. O estado assume o controle da assistência à saúde como

forma de garantir a reprodução do capital, restabelecendo a capacidade de

trabalho operariado.

As referências sobre o cuidar, estão relacionadas com a prática

domiciliar de partos e atuação pouco clara de mulheres de classe social

elevada que dividiam as atividades dos templos com sacerdotes.

O modelo religioso da assistência de enfermagem, aconteceu em

um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar

do tempo, foram poucos legitimados e aceitos pela sociedade como

características inerentes à enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço, a

obediência e outros atributos que deram à enfermagem noão uma conotação

de prática profissional, mas de sacerdócio. Logo no inicio das primeiras

comunidades cristãs, os pobres e enfermos foram objetos por parte da igreja.

Page 9: Relatorio Historia Da Enfermagem

No período que vai do século XIII ao inicio do século XVI, o modelos

religioso entra em decadência. As práticas de saúde desse período evidenciam

a evolução das ações de saúde e, em especial, do exercício de Enfermagem

no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma protestante.

Na prática de saúde do mundo moderno, foram criadas

congregações de irmãs de caridade, que difundiram pelo mundo. Algumas

dessas irmãs, assumiram a direção de hospitais com excelentes resultados.

Uma confraria que podemos destacar é a Confraria de Caridade Luiza Marilac.

4.3. Florence Nightingale e as irmãs de caridade

A enfermagem conduzida de maneira profissional e, portanto,

cientifica foi introduzida no mundo por Florence Nightingale, que observou

aspectos importantes no cuidado com os pacientes valorizando objetos

humanísticos de amor ao próximo, doação, humildade, etc., bem como divisão

social do trabalho e hierarquia no processo de cuidado.

Os ensinamentos de amor e fraternidade da religião cristã levaram à sociedade

o conhecimento da ideologia altruísta que traçou contornos inerentes a prática

de cuidar desinteressadamente de outrem e de pensar de maneira a trazer

benefícios aos enfermos.

A partir desta forma de pensar cristã, o cuidado com enfermos passou

a ser feito não só por escravos, mas por pessoas da sociedade em comum,

que subsidiadas pela fé e valores morais elevaram o trabalho de enfermagem a

patamar maior.

Com o advento do cristianismo começaram a ser criadas ordens

cristãs de mulheres trabalhadoras voltadas, entre outros aspectos, também a

pratica da enfermagem. Uma dessas companhias, que surgiu no século XVII, e

que se mantém até hoje é a companhia das Irmãs de Caridade de São Vicente

de Paulo. O trabalho da companhia, naquela época de guerra e miséria era o

de alimentar pobres e cuidar de doentes e visitar o domicilio de quem

Page 10: Relatorio Historia Da Enfermagem

necessitava de cuidados paroquiais. Neste processo começaram a organizar

hospitais e desenvolveram a enfermagem em domicilio. A primeira Superiora

foi Luísa de Marillac, responsável por receber pessoas que se interessassem

unicamente no cuidado de enfermos sem outros compromissos.

Os trabalhos então deveriam ser feitos em silencio e com cuidado,

utilizando o que seria chamado “jogo do olhar” uma forma onde as técnicas que

permitem ver induzam a efeitos de poder. Deveriam essas mulheres

cuidadoras manter resguardo de qualquer contato com sexo masculino, ainda

que estes estivessem doentes, ou elas mesmas. As virtudes formadoras eram:

a humildade, as castidade e a caridade.

O regulamento a ser seguido pelas Irmãs de Caridade enfermeiras foi

elaborado quando as irmãs passaram a atuar em outros hospitais da França,

sendo o primeiro deles o Hospital São Joao, que serviu de modelo aos demais.

Os rituais de cuidado portanto, iam se construindo numa base voltada

para a prática do cuidar vivenciada pelas irmãs no cotidiano dos hospitais e dos

domicílios, orientadas inicialmente por Luísa de Marillac e Vicente de Paulo,

através de cartas, regulamento e transmissão verbal umas às outras, dando

origem ao que seria, posteriormente, denominado de técnicas de enfermagem,

organizadas numa base científica de cuidar, preconizada por Florence

Nightingale.

Florence Nightingale nasceu na cidade de Florença, e era de família

aristocrática e extremamente religiosa. Tinha como desejo maior realizar os

“trabalhos de Deus”-ajudar os pobres, os doentes e os menos dotados,

amenizando-lhes o sofrimento e a degradação. Esta senhora é considerada

Fundadora da Enfermagem moderna, por ter organizado um hospital de

campanha na guerra da Crimeia, e como resultado disto ter obtido

impressionante índice estatístico de diminuição de mortos. Como prêmio,

recebeu oportunidade de criar a primeira escola de enfermagem.

Durante a guerra da Crimeia, Florence utilizou os preceitos

aprendidos juntos as Irmãs de caridade, esta organização com quem teve

oportunidade de convívio e trouxe consigo muitos ensinamentos da pratica de

enfermagem.

Page 11: Relatorio Historia Da Enfermagem

A construção da enfermagem embora não tenha sido apenas pelas

mãos de Florence, foi estruturada mais propriamente por ela, pois esta quem

exerceu maior influencia sobre a reforma de enfermagem.

4.4. Resumo do Filme Florence Nghtingale

Florence Ninghtingale nasceu no ano de 1820, na cidade italiana de

Florença e possuía uma família rica e bem sucedida de origem inglesa. Desde

pequena ela já demonstrava o que desejava fazer e sempre foi voltada ao

socorro de doentes e feridos. Diferentemente das mulheres da época, pois

naquela tempo elas se preocupavam em torna-se esposa submissa. Então

Florence decidiu dedicar-se à caridade, encontrando seu caminha na

enfermagem. Após a sua decisão, ocorreu uma discórdia entre a família

ocasionando um rompimento de relação entre Florence e sua mãe.

Ninghtingale viajou para a Alemanha, onde passou um tempo

trabalhando como enfermeira. Por volta dos seus 30 anos ela tornou-se

superintendente de um sanatória de caridade em Londres. Durante esse

trabalho eclociu a Guerra da Criméia, onde Florence teve a sua contribuição

mais famosa juntamente com a equipe de enfermeiras treinadas por ela, então

elas partem para os Campos de Scutari.

Sendo encarregada por cuidar de um grande hospital Scutari, via

que as condições eram muito precárias, onde o essencial estava em falta. Mas

mesmo assim ela não pensou em desistir e nem perdeu as esperanças,

enfrentando, além da situação dos doentes, pessoas invejosas onde faziam de

tudo para atrapalhá-la. Após um tempo Florence assumiu no hospital, então a

sujeira e a confusão deram lugar a limpeza e a ordem. Todas as noites,

Nightingale fazia a rotina, carregando consigo uma pequena lamparina (hoje o

símbolo da enfermagem), parando para confortar ou cuidar dos pacientes.

Mesmo depois do término da Guerra, Florence permaneceu no hospital até que

o último ferido pudesse retornar ao lar.

Page 12: Relatorio Historia Da Enfermagem

4.5. Resumo do seminário do grupo 1

A era colonial no Brasil no quis diz respeito à Enfermagem foi marcada

pela criação do ensino médio e a escola de medicina na primeira metade do

século 19. Neste período apenas o nome de Ana Neri destacou-se, a primeira

escola de enfermagem do Brasil recebeu seu nome como forma de

homenagem.

Já no século 20, com o crescimento de cidades como Rio de Janeiro

de São Paulo, bem como o crescente aumento de imigrantes de outros países

e com eles novas doenças e epidemias, sentiu-se a necessidade por parte do

Governo Brasileiro de assumir a assistência à saúde através da criação de

serviços públicos, da vigilância e do controle mais eficaz sobre os portos

através da reforma Oswaldo Cruz introduzida em 1904, também a Diretoria-

Geral de Saúde Pública, criou-se o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela, a

Inspetoria de Isolamento e Desinfecção e o Instituto Soroterápico Federal, que

depois se tornou Instituto Oswald cruz.

Durante a primeira e segunda Era Vargas, foram criados o Instituto de

Aposentadorias e também, mais importante, o Ministério da Saúde, que

contribuíram para sistematizar e melhorar as condições do profissional

enfermeiro no Brasil.

Na era Kubitschek Modernizaram-se e construíram importantes

hospitais no Brasil, que ao longo do tempo tornaram-se importantes marcos da

evolução da enfermagem no Brasil.

Page 13: Relatorio Historia Da Enfermagem

4.6. Resumo do seminário do grupo 2

Recuperar a história do processo de institucionalização da saúde

pública no Brasil em seus primórdios, nos anos 30, até a sua constituição como

um modelo nacional no Estado Novo, e identificar as concepções sobre saúde

que orientavam tanto o processo de formação profissional como a organização

institucional do setor na mesma época. Implementação da política social de

saúde durante os anos 30, houve uma estratificação baseada na divisão de

atribuições pelos dois ministérios e chama-se a atenção para o fato de que esta

interferiu de maneira irreversível no desenvolvimento da área, definindo a

saúde pública como responsabilidade unilateral do Estado.

A constituição de políticas de saúde no decorrer do 1º Governo de

Getúlio Vargas (1930-45), definida a partir da separação de atribuições entre o

Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e

Saúde Pública, fato que implicou em padrões diferentes de incorporação no

sistema de welfare state que se formalizava. Demonstra que o desenho

institucional se adequava aos interesses políticos do governo federal e aos

parâmetros ideológicos que vinham norteando o debate político, onde a

questão federativa se destacava como um tema central. Diante deste quadro a

política de saúde pública empreendida pelo MESP seguiu um modelo

abrangente, não excludente e ganhou contornos universais, além de ter sido

definida como atribuição unilateral do Estado, não configurando como um

direito social.

A criação da primeira escola de enfermagem em 1923 não implicou

no imediato surgimento de outras, isto vem acontecer na década de 30

alicerçada pelo modelo de assistência médica curativa e no momento que a

política educacional assume o treinamento da força de trabalho.

O ensino na área de enfermagem se expandiu, atendendo ao

aumento da demanda dessa nova categoria profissional, aumento este

impulsionado principalmente pelo ritmo de urbanização existente e pelo

processo de modernização dos hospitais (SILVA, 1986).

Page 14: Relatorio Historia Da Enfermagem

A expansão do ensino da enfermagem nas décadas de 30,40 e 50

aconteceu a partir de uma realidade social definida, num contexto de

acelerados processos de urbanização e industrialização, das quais as políticas

educacionais de saúde eram reflexos.

As escolas deveriam funcionar de acordo com a filosofia da Escola

Florence Nightingale, baseada em quatro idéias-chave:

1- O treinamento de enfermeiras deveria ser considerado tão

importante quanto qualquer outra forma de ensino e ser mantido pelo dinheiro

público.

2- As escolas de treinamento deveriam ter uma estreita associação

com os hospitais, mas manter sua independência financeira e administrativa

3- Enfermeiras profissionais deveriam ser responsáveis pelo ensino

no lugar de pessoas não envolvidas em Enfermagem.

4- As estudantes deveriam, durante o período de treinamento, ter

residência à disposição, que lhes oferecesse ambiente confortável e agradável,

próximo ao hospital.

4.7. Resumo do seminário do grupo 3

A enfermagem pré-profissional no Piauí compreende o período onde

as Santas Casas de Misericórdia e a Congregação das irmãs de Caridade

atuaram não apenas em missões religiosas, mas também prestando cuidados

aos enfermos. O cuidado caracterizado essencialmente pele fertilização e o

modo recluso de vida das mulheres. Os trabalhos das irmãs de caridade

buscavam mais o exercício de caridade e misericórdia do que propriamente

uma ação assistencial médico-hospitalar.

Já neste período evidenciava-se a realização de cuidados de

enfermagem a domicílio. Santa Casa de Misericórida de Teresina foi

inaugurada em 1860 houve a realização de inúmeras ações de saúde públixa

no Brasil, inclusive um contrato de compromisso com a Santa Casa de

Misericórdia no Piauí.

Page 15: Relatorio Historia Da Enfermagem

Em 14 de julho de 1937 é sancionada a lei para construção do

Hospital do Estado, posteriormente denominado de Hospital Getúlio Vargas

(HGV), que foi inaugurado em 6 de abril de 1941. Na história do Piauí, As

Santas Casa são desabilitadas quando o HGc oemça suas atividades

(excetuando-se a Santa Casa de Parnaíba), pois o Estado não tinha recursos

para manter uma estrutura de assistência organizada e criteriosa, o que

poderíamos inferir já nesta época como traços do descaso com a saúde

pública, ainda que historicamente a própria contrução do HGV tenha sido um

marco.

A enfermagem moderna só surge quando a saúde passa a ser

responsabilidade do Estado, o que acontece nos meados da década de 30.

4.8. Resumo do seminário do grupo 4

O processo de institucionalização da enfermagem moderna no Piauí,

ocorreu no período compreendido entre 1937 e 1977. A história oral e a análise

documental apoiaram a reconstrução da trajetória da enfermeira nas

instituições de saúde e formação profissional. Os avanços, as dificuldades e os

limites desse movimento, sem afastar-se das constantes gerais do processo no

Brasil, foram realçadas a partir das seguintes temáticas convergentes: a

organização sanitária piauiense, seus primórdios e a enfermagem pré-

profissional caracterizando a vigência do modelo religioso de enfermagem no

espaço em estudo; o delineamento das políticas públicas visando a

institucionalização do paradigma moderno de enfermagem e sua correlata

laicização; as tentativas continuadas, com sucessos e fracassos, de preparo de

pessoal de enfermagem no âmbito do nível médio para atender às demandas

do mercado de trabalho local e, por fim, a consolidação do processo de

institucionalização daquele modelo na sociedade piauiense, sob a égide da

formação da enfermeira na Universidade Federal do Piauí.

O Hospital Getúlio Vargas é o maior hospital público do Estado,

inaugurado em 03 de maio 1941. As solenidades se iniciaram as 7h da manhã,

com desfile militar e estudantil dos cursos primário e secundário na praça

Page 16: Relatorio Historia Da Enfermagem

Pedro II, diante de uma grande concentração popular, e em continência ao

palanque oficial, onde se encontravam sua Excelência, o interventor do Estado

Dr. Leônidas Melo e a primeira dama, ladeados por autoridades e/ou

representantes da República brasileira, do Clero e da sociedade civil. Em

seguida, houve a celebração da missa de ação das graças na Igreja de São

Benedito pelo Bispo do Piauí, D. Severino Vieira de Melo, posteriormente, a

inauguração do Arquivo Público – hoje Casa Anísio Brito na praça Rio Branco.

A primeira Enfermeira-Chefe do Hospital Getúlio Vargas foi a Dagmar

Rodrigues de Oliveira. Ocorria o treinamento de 30 atendentes de enfermagem.

A enfermeira chefe era caracterizada como rígida e inflexível e contava com o

apoio do Dr. Agenor. Sendo assim ocorreu um afastamento das freiras.

Dagmar era fiel aos princípios doutrinários. Após um tempo a Dagmar saiu do

HGV e ocorreu a reinserção das freiras no atendimento e em 1958 houve a

criação do Curso Auxiliar de Enfermagem.

4.9. Resumo do seminário do grupo 5

O Hospital Getúlio Vargas estruturou o funcionamento inicial da

Escola de Enfermagem Maria Antoinette Blanchot em suas dependências até a

sua transferência para a sede própria localizada na Rua Olavo Bilac, 2335, sul,

em Teresina. A Escola de formação de auxiliares de Enfermagem estava

vinculada à Associação de São Vicente de Paulo em Fortaleza, localizada na

Avenida Desembargador Moreira, 2211, no Estado do Ceará.

O curso de auxiliar de enfermagem fundado, organizado e realizado

pelas Irmãs impulsionou o aprendizado e a qualificação de forma a direcionar

um cuidado assistencial muito mais criterioso. Através de uma portaria de 4 de

março de 1959, o Ministro de Estado da Educação de acordo com o disposto

no artigo 10 da lei nº 775, de 6 de agosto de 1949, foi concedida a autorização

para o funcionamento do Curso de auxiliar de Enfermagem Irmã Maria

Antoinette Blanchot, mantida pela Associação de São Vicente de Paulo.

Page 17: Relatorio Historia Da Enfermagem

O Governador do Estado do Piauí, em exercício na época, Francisco

das Chagas Caldas Rodrigues, reconheceu através da lei nº 1972, de 10 de

agosto de 1960, como sendo de utilidade pública a Escola de auxiliar de

Enfermagem Irmã Maria Antoinette Blanchot. Em 1960, a Prefeitura Municipal

de Teresina, também, tendo em exercício o prefeito Petrônio Portela Nunes no

cargo reconheceu a utilidade pública da Escola de Enfermagem Antoinette

Blanchot, através da lei nº 730 de 17 de agosto de 1960. O presidente Jânio

Quadros, em Brasília, através de Decreto Lei nº 51.157 de 7 de agosto de 1961

concede o reconhecimento do curso de Auxiliar de Enfermagem Irmã Maria

Antoinette Blancho

O Curso de Enfermagem – Bacharelado da Universidade Federal do

Piauí (UFPI) teve seu primeiro vestibular em janeiro de 1973 e a autorização

para seu funcionamento ocorreu em 1974, por meio do ato da Reitoria n.º

198/74. Em 1978, o referido curso foi reconhecido pelo Ministério da Educação,

através do Parecer 2.137/1978, do Conselho Federal de Educação.

A partir de 1994, com o advento do Parecer N.º 314, o Curso de

Enfermagem da UFPI reformou o seu currículo, extinguiu as habilitações e

ampliou o estágio curricular para dois semestres letivos de duração, totalizando

3.600 horas. Além disso, a Resolução 004/94 – UFPI eliminou o ciclo básico de

todos os cursos de Graduação da UFPI.

Como decorrência da nova Lei das Diretrizes e Bases da Educação

Nacional-LDB (Lei 9.394/96) e em atendimento a Portaria 1721/94 do Conselho

Federal de Educação, a partir de agosto de 1997, foi implementada a nova

proposta curricular (currículo 1020-03) com duração mínima de 04 (quatro)

anos e meio, ou nove semestres letivos, e carga horária total de 3.780 horas-

aula.

A partir da década 90 houve grande impulso na qualificação do

corpo docente e ainda foram criados cursos de especialização “lato senso” nas

diversas áreas da Enfermagem. Em 1997, houve uma crescente e notória

produção de conhecimento através da construção de trabalhos de conclusão

de curso (TCC) e monográficos. E como fruto dessas atividades várias

pesquisas têm sido apresentadas em eventos científicos nacionais regionais e

locais, publicadas em periódicos de renome nacional.

Page 18: Relatorio Historia Da Enfermagem

Com as novas mudanças das Diretrizes Curriculares foi realizado o

1º Projeto Político Pedagógico (PPP) através da Resolução 227/06, implantado

no 1º período de 2007. O PPP é de suma importância para sustentar a

formação profissional e está fundamentado nos princípios da equidade, da

integralidade, da gestão democrática, da formação do educando respeitando a

liberdade e valorizando os atores sociais desse processo. Na área de Extensão

o Curso de Enfermagem tem se destacado no desenvolvimento de relevantes

projetos.

4.10. Resumo do seminário do grupo 6

Os principais órgãos de classe da enfermagem são: ABEn (a primeira

associação civil de caráter cultural), sindicatos (pretendem implementar táticas e

estratégias de luta por piso salarial digno, menor jornada de trabalho, etc.),

COFEN e COREns ( são órgão de fiscalização do exercício profissional), FNEEn

(abriga a União Nacional de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem) e o CNEEn

(reúne estudantes de todo o país para tratar de suas relações com o aparelho

formador e com a sociedade).

A categoria das enfermeiras buscava direcionar as suas pesquisas

científicas de modo a esclarecer suas modalidades de trabalho, suas

articulações com a realidade social e seu desenvolvimento histórico. Na luta pela

autonomia da profissão as conquistas foram, portanto, a legislação do exercício

profissional em 1986 e 1987, atendendo as reivindicações dos direitos da

categoria, seus interesses e o controle da vida profissional e suas circunstâncias

por meio dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem - COFEn e COREn.

 A Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn, fundada em 12 de

agosto de 1926, sob a personalidade jurídica que congrega enfermeiros,

obstetrizes, técnicos e auxiliares de enfermagem e estudantes dos cursos de

graduação e de educação profissional de nível técnico que a ela se associam,

individual e livremente

Page 19: Relatorio Historia Da Enfermagem

5. CONCLUSÃO

A História da Enfermagem permite a evocação da memória da classe

enfermeira e a consequente reflexão sobre os objetos do passado e o

movimento histórico, levando-nos a perceber as contradições da realidade em

estudo.

A importância singular do reconhecimento da memória do ensino e

prática de Enfermagem no Piauí e Brasil é determinante para a descoberta e a

análise de informações acerca da evolução e do aperfeiçoamento deste ensino

para o futuro profissional enfermeiro e, continuará a ser um dos pilares

edificantes da enfermagem enquanto esta existir.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Padilha MICS, Maria JR. Florence Nightingale e as irmãs de caridade:

revisitando a história. Rev. Bras. Enferm 2005 nov-dez; 58(6): 723-6.

Lima, Maria José. O que é Enfermagem. 2. ed. São Paulo: Brasiliense; 1999.