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relatorio critico da disciplina historia da enfermagem
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
BACHARELADO EM ENFERMAGEM
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
RELATÓRIO DOS PORTIFÓLIOS DA DISCIPLINA “ HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM”
Nome do aluno
TERESINA,
JUNHO 2011
RELATÓRIO DOS PORTIFÓLIOS DA DISCIPLINA “ HISTÓRIA DA
ENFERMAGEM”
Relatório do curso de bacharelado em
Enfermagem, referente ao trabalho
exigido na disciplina História da
Enfermagem, sob orientação da Profª.
Drª. Benevina Maria Vilar Teixeira
Nunes, como um dos elementos para
avaliação da disciplina.
TERESINA,
JUNHO 2011
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................04
2. OBJETIVO...................................................................................................04
3. METODOLOGIA..........................................................................................04
4. PORTIFÓLIOS...........................................................................................05
4.1. O que é enfermagem (resenha)........................................................05
4.2. Resenha do Cap. 1 do livro: História da Enfermagem.......................07
4.3. Florence Nightingale e as irmãs de caridade (resenha) .....................09
4.4. Resumo do filme Florence Nightingale...............................................11
4.5. Resumo do seminário do grupo 1......................................................12
4.6. Resumo do seminário do grupo 2.......................................................13
4.7. Resumo do seminário do grupo 3 ......................................................14
4.8. Resumo do seminário do grupo 4 ......................................................15
4.9. Resumo do seminário do grupo 5 ......................................................16
4.10 Resumo do seminário do grupo 6 .....................................................17
5. CONCLUSÃO..............................................................................................18
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................18
1. INTRODUÇÃO
A enfermagem é o cuidado ao ser humano individualmente, na família
ou em comunidade de modo integral e holístico. A História da enfermagem
volta-se ao objetivo de valorização da Enfermagem e de seus profissionais,
fortalece a autoestima destes com seus marcos históricos e personagens de
destaque, e contribui para o reconhecimento do profissional enfermeiro perante
a sociedade.
A disciplina “História da Enfermagem” portanto, mostra-se objeto de
grande valia no percurso de formação dos futuros enfermeiros.
2. OBJETIVO
Os objetivos deste trabalho visam teorizar, integrar, processar e
interpretar informações no campo da História da Enfermagem e, sobretudo,
discutir os temas apresentados em sala de aula, bem como otimizar o
aprendizado e fomentar as discussões relevantes concernentes à disciplina.
3. METODOLOGIA
Constitui-se em pesquisa bibliográfica fornecida pela orientadora e
obtida em outras fontes diversas. Fora, feitos grupos de discussão em sala de
aula e a partir destes, desenvolveu-se uma logística de compartilhamento de
informações baseada na apresentação de portifólios e também, seminários
temáticos bem divididos.
4.A HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
A partir do conhecimento da História da enfermagem é possível
compreender melhor porque a prática profissional se configura da forma como
é hoje e assim subsidiar-se de maneira a projetar uma melhor construção da
enfermagem do amanhã. Afinal, “Nenhum vento sopra a favor de quem não
sabe pra onde ir” (Sêneca) , e, sabendo de onde viemos, poderemos então
planejarmo-nos e apoderarmo-nos da consciência de estar trilhando caminhos
melhores.
4.1. O que é enfermagem
Na idade média as mulheres enfermeiras já existiam, tendo como
papel cuidar da população. Mas durante a inquisição o poder de cura dessas
mulheres era visto como algo que vinha do diabo, tanto pelo Estado como pela
Igreja. Devido à proibição da atuação dessas mulheres, foi criada uma
universidade formada apenas por pessoas do sexo masculino, onde era utilizado
o conhecimento das antigas enfermeiras. Por volta do século XIX, ocorreram
reformas na área da saúde e em 1962 o ensino de enfermagem integra o
sistema universitário; criam-se cursos de mestrado e doutorado, que atualmente
se encontram em expansão.
Um nome muito importante na história da enfermagem foi a de
Florence Nightingale. Após ter ouvido a voz de Deus passou a estudar relatórios
hospitalares e escrever o que seria importante para melhorá-los. Iniciou estudos
onde queria melhorar a assistência aos doentes. Foi convidada a administrar a
enfermagem dos hospitais militares na Guerra da Criméia, onde atendia aos
pacientes sempre com uma “lamparina”, por isso o símbolo da enfermagem é
uma lâmpada, em homenagem a Florence.
A enfermagem pode ser compreendida como sendo uma atividade a
ser realizada por pessoas que abrange desde o estado de saúde até os estados
de doença, caracterizando como uma ciência e arte do cuidar. Ela não trabalha
somente com o indivíduo, mais sim a família do mesmo e a sociedade como um
todo, garantindo o estado de saúde desses. A enfermagem foi definida como
sendo sinônimo de saúde, pois se preocupava em ter sempre pessoas com
saúde sadia, com habitações higiênicas e com a educação das crianças e
mulheres. Os enfermeiros formados devem fazer cumprir as leis de saúde,
mantendo a pessoa nas melhores condições possíveis, a fim de que a natureza
possa atuar sobre ela.
A equipe de enfermagem é composta por três tipos de profissionais: o
enfermeiro, o técnico em enfermagem e o auxiliar em enfermagem. Porém este
ultimo está sendo retirado do mercado de trabalho devido a vários fatores, mas o
principal é a semelhança com o técnico em enfermagem. Cabe ao enfermeiro
participar do planejamento, execução e avaliação do programa dos planos
assistenciais de saúde. Ele atua na prevenção e controle sistemático das
infecções hospitalares, aplicando medidas contra danos que possam vir a ser
causados á clientela. O enfermeiro é o responsável por toda a sua equipe.
A área de atuação do profissional de enfermagem cresce cada vez
mais. Dentre inúmeras podemos citar campus como: saúde da mulher e
neonatologia, saúde da criança e do adolescente, em centros cirúrgicos (na
esterilização, organização e segurança do material), assistência a pacientes
hospitalizados, na saúde do idoso (uma área que só tende a crescer), em UTI,
dentre outros.
O exercício do profissional do enfermeiro se faz nos serviços de
saúde publica e privada, empresas, instituição de pesquisa, home care, creches,
berçários, asilos, dentro vários.
Para um bacharel em enfermagem tornar-se um enfermeiro é preciso
que este dedique aproximadamente quatro anos e meio para o curso, que se
divide em duas etapas: o ciclo básico e o ciclo profissional. Sendo o básico
comum a todas as matérias do curso de saúde, enquanto o profissional se
encarrega de transmitir teoria e prática para o futuro enfermeiro.
Durante uma consulta de enfermagem são feitos o diagnóstico e o
plano de intervenção, onde são indicados o estado do paciente. Segundo a lei N
7.498/86 o enfermeiro pode fazer prescrição de medicamentos estabelecidos em
programas de saúde pública em rotina aprovada pela instituição de saúde.
Também é permitido a realização da episotonia.
Um enfermeiro tem que ser forte e estável em todas as situações,
principalmente diante de um paciente que se sente sem forças ou desesperado
na sua dor ou em suas necessidades.
Os principais órgãos de classe da enfermagem são: ABEn (a primeira
associação civil de caráter cultural), sindicatos (pretendem implementar táticas e
estratégias de luta por piso salarial digno, menor jornada de trabalho, etc.),
COFEN e COREns ( são órgão de fiscalização do exercício profissional), FNEEn
(abriga a União Nacional de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem) e o CNEEn
(reúne estudantes de todo o país para tratar de suas relações com o aparelho
formador e com a sociedade).
4.2. Resenha do Cap. 1 do livro: História da Enfermagem
O desenvolvimento das práticas de saúde está intimamente
associado às estruturas sociais diferentes noções em épocas diversas. Essas
práticas de saúde desenvolveram-se entre as primeiras civilizações do Oriente
e Ocidente, destacando-se, tanto nos velhos países do continente europeu,
como nas culturas orientais, sendo influenciadas pelas doutrinas e dogmas das
mais diversas correntes religiosas.
As práticas de saúde são divididas com relação ao objeto de
pesquisa com a realidade histórica e é identificada por pontos críticos. Sendo
assim subdivididas em: as práticas de saúde do alvorecer pós-monasticas e as
práticas de saúde do mundo moderno.
As práticas de saúde instintivas: Os cuidados existiam desde que
surgiu a vida, uma vez que seres humanos, como todos os seres vivos, sempre
necessitam de cuidados. Nos primórdios da humanidade, a vida nômade
obrigava a realização dos cuidados possíveis do próprio local, morada ou
abrigo. A mãe pode ser considerada como a primeira manifestação de
cuidados do ser humano com seus semelhantes.
As práticas de saúde mágico-sarcedotais: Aborda a evolução das
práticas de saúde ao surgimento da filosofia e ao progresso da ciência, quando
estas então se baseavam nas relações de causa e efeito. Assim foram
colocados em dúvida o supremo poder dos deuses, ocorrendo uma profunda
transformação morais e espirituais. A prática de saúde, antes mística e
sacerdotal, passa a ser um produto dessa nova fase, baseando essencialmente
na experiência, no conhecimento da natureza, no raciocínio lógico e na
especulação filosófica.
As práticas de saúde monástico-medievais: Fiscalizavam a influência
dos fatores sócio-econômicos e políticos do medievo e da sociedade feudal nas
práticas de saúde e as relações destas com o cristianismo
As práticas de saúde pós-monásticas: Evidencia as práticas de
saúde e, em especial, a de enfermagem no contexto dos movimentos
Renascentistas e da Reforma Protestante. Essa fase foi bastante tempestuosa,
significou uma grave crise para a enfermagem, permanecendo por muito tempo
e, só no liminar da revolução capitalista, é que alguns movimentos
reformadores que partiram principalmente de iniciativas religiosas e sociais
tentam melhorar as condições do pessoal a serviço dos hospitais.
As práticas de saúde no mundo moderno: Analise as práticas de
saúde sob a ótica do sistema político-econômico da sociedade capitalista e
ressalta o surgimento da enfermagem como prática profissional
institucionalizada. O estado assume o controle da assistência à saúde como
forma de garantir a reprodução do capital, restabelecendo a capacidade de
trabalho operariado.
As referências sobre o cuidar, estão relacionadas com a prática
domiciliar de partos e atuação pouco clara de mulheres de classe social
elevada que dividiam as atividades dos templos com sacerdotes.
O modelo religioso da assistência de enfermagem, aconteceu em
um período que deixou como legado uma série de valores que, com o passar
do tempo, foram poucos legitimados e aceitos pela sociedade como
características inerentes à enfermagem. A abnegação, o espírito de serviço, a
obediência e outros atributos que deram à enfermagem noão uma conotação
de prática profissional, mas de sacerdócio. Logo no inicio das primeiras
comunidades cristãs, os pobres e enfermos foram objetos por parte da igreja.
No período que vai do século XIII ao inicio do século XVI, o modelos
religioso entra em decadência. As práticas de saúde desse período evidenciam
a evolução das ações de saúde e, em especial, do exercício de Enfermagem
no contexto dos movimentos Renascentistas e da Reforma protestante.
Na prática de saúde do mundo moderno, foram criadas
congregações de irmãs de caridade, que difundiram pelo mundo. Algumas
dessas irmãs, assumiram a direção de hospitais com excelentes resultados.
Uma confraria que podemos destacar é a Confraria de Caridade Luiza Marilac.
4.3. Florence Nightingale e as irmãs de caridade
A enfermagem conduzida de maneira profissional e, portanto,
cientifica foi introduzida no mundo por Florence Nightingale, que observou
aspectos importantes no cuidado com os pacientes valorizando objetos
humanísticos de amor ao próximo, doação, humildade, etc., bem como divisão
social do trabalho e hierarquia no processo de cuidado.
Os ensinamentos de amor e fraternidade da religião cristã levaram à sociedade
o conhecimento da ideologia altruísta que traçou contornos inerentes a prática
de cuidar desinteressadamente de outrem e de pensar de maneira a trazer
benefícios aos enfermos.
A partir desta forma de pensar cristã, o cuidado com enfermos passou
a ser feito não só por escravos, mas por pessoas da sociedade em comum,
que subsidiadas pela fé e valores morais elevaram o trabalho de enfermagem a
patamar maior.
Com o advento do cristianismo começaram a ser criadas ordens
cristãs de mulheres trabalhadoras voltadas, entre outros aspectos, também a
pratica da enfermagem. Uma dessas companhias, que surgiu no século XVII, e
que se mantém até hoje é a companhia das Irmãs de Caridade de São Vicente
de Paulo. O trabalho da companhia, naquela época de guerra e miséria era o
de alimentar pobres e cuidar de doentes e visitar o domicilio de quem
necessitava de cuidados paroquiais. Neste processo começaram a organizar
hospitais e desenvolveram a enfermagem em domicilio. A primeira Superiora
foi Luísa de Marillac, responsável por receber pessoas que se interessassem
unicamente no cuidado de enfermos sem outros compromissos.
Os trabalhos então deveriam ser feitos em silencio e com cuidado,
utilizando o que seria chamado “jogo do olhar” uma forma onde as técnicas que
permitem ver induzam a efeitos de poder. Deveriam essas mulheres
cuidadoras manter resguardo de qualquer contato com sexo masculino, ainda
que estes estivessem doentes, ou elas mesmas. As virtudes formadoras eram:
a humildade, as castidade e a caridade.
O regulamento a ser seguido pelas Irmãs de Caridade enfermeiras foi
elaborado quando as irmãs passaram a atuar em outros hospitais da França,
sendo o primeiro deles o Hospital São Joao, que serviu de modelo aos demais.
Os rituais de cuidado portanto, iam se construindo numa base voltada
para a prática do cuidar vivenciada pelas irmãs no cotidiano dos hospitais e dos
domicílios, orientadas inicialmente por Luísa de Marillac e Vicente de Paulo,
através de cartas, regulamento e transmissão verbal umas às outras, dando
origem ao que seria, posteriormente, denominado de técnicas de enfermagem,
organizadas numa base científica de cuidar, preconizada por Florence
Nightingale.
Florence Nightingale nasceu na cidade de Florença, e era de família
aristocrática e extremamente religiosa. Tinha como desejo maior realizar os
“trabalhos de Deus”-ajudar os pobres, os doentes e os menos dotados,
amenizando-lhes o sofrimento e a degradação. Esta senhora é considerada
Fundadora da Enfermagem moderna, por ter organizado um hospital de
campanha na guerra da Crimeia, e como resultado disto ter obtido
impressionante índice estatístico de diminuição de mortos. Como prêmio,
recebeu oportunidade de criar a primeira escola de enfermagem.
Durante a guerra da Crimeia, Florence utilizou os preceitos
aprendidos juntos as Irmãs de caridade, esta organização com quem teve
oportunidade de convívio e trouxe consigo muitos ensinamentos da pratica de
enfermagem.
A construção da enfermagem embora não tenha sido apenas pelas
mãos de Florence, foi estruturada mais propriamente por ela, pois esta quem
exerceu maior influencia sobre a reforma de enfermagem.
4.4. Resumo do Filme Florence Nghtingale
Florence Ninghtingale nasceu no ano de 1820, na cidade italiana de
Florença e possuía uma família rica e bem sucedida de origem inglesa. Desde
pequena ela já demonstrava o que desejava fazer e sempre foi voltada ao
socorro de doentes e feridos. Diferentemente das mulheres da época, pois
naquela tempo elas se preocupavam em torna-se esposa submissa. Então
Florence decidiu dedicar-se à caridade, encontrando seu caminha na
enfermagem. Após a sua decisão, ocorreu uma discórdia entre a família
ocasionando um rompimento de relação entre Florence e sua mãe.
Ninghtingale viajou para a Alemanha, onde passou um tempo
trabalhando como enfermeira. Por volta dos seus 30 anos ela tornou-se
superintendente de um sanatória de caridade em Londres. Durante esse
trabalho eclociu a Guerra da Criméia, onde Florence teve a sua contribuição
mais famosa juntamente com a equipe de enfermeiras treinadas por ela, então
elas partem para os Campos de Scutari.
Sendo encarregada por cuidar de um grande hospital Scutari, via
que as condições eram muito precárias, onde o essencial estava em falta. Mas
mesmo assim ela não pensou em desistir e nem perdeu as esperanças,
enfrentando, além da situação dos doentes, pessoas invejosas onde faziam de
tudo para atrapalhá-la. Após um tempo Florence assumiu no hospital, então a
sujeira e a confusão deram lugar a limpeza e a ordem. Todas as noites,
Nightingale fazia a rotina, carregando consigo uma pequena lamparina (hoje o
símbolo da enfermagem), parando para confortar ou cuidar dos pacientes.
Mesmo depois do término da Guerra, Florence permaneceu no hospital até que
o último ferido pudesse retornar ao lar.
4.5. Resumo do seminário do grupo 1
A era colonial no Brasil no quis diz respeito à Enfermagem foi marcada
pela criação do ensino médio e a escola de medicina na primeira metade do
século 19. Neste período apenas o nome de Ana Neri destacou-se, a primeira
escola de enfermagem do Brasil recebeu seu nome como forma de
homenagem.
Já no século 20, com o crescimento de cidades como Rio de Janeiro
de São Paulo, bem como o crescente aumento de imigrantes de outros países
e com eles novas doenças e epidemias, sentiu-se a necessidade por parte do
Governo Brasileiro de assumir a assistência à saúde através da criação de
serviços públicos, da vigilância e do controle mais eficaz sobre os portos
através da reforma Oswaldo Cruz introduzida em 1904, também a Diretoria-
Geral de Saúde Pública, criou-se o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela, a
Inspetoria de Isolamento e Desinfecção e o Instituto Soroterápico Federal, que
depois se tornou Instituto Oswald cruz.
Durante a primeira e segunda Era Vargas, foram criados o Instituto de
Aposentadorias e também, mais importante, o Ministério da Saúde, que
contribuíram para sistematizar e melhorar as condições do profissional
enfermeiro no Brasil.
Na era Kubitschek Modernizaram-se e construíram importantes
hospitais no Brasil, que ao longo do tempo tornaram-se importantes marcos da
evolução da enfermagem no Brasil.
4.6. Resumo do seminário do grupo 2
Recuperar a história do processo de institucionalização da saúde
pública no Brasil em seus primórdios, nos anos 30, até a sua constituição como
um modelo nacional no Estado Novo, e identificar as concepções sobre saúde
que orientavam tanto o processo de formação profissional como a organização
institucional do setor na mesma época. Implementação da política social de
saúde durante os anos 30, houve uma estratificação baseada na divisão de
atribuições pelos dois ministérios e chama-se a atenção para o fato de que esta
interferiu de maneira irreversível no desenvolvimento da área, definindo a
saúde pública como responsabilidade unilateral do Estado.
A constituição de políticas de saúde no decorrer do 1º Governo de
Getúlio Vargas (1930-45), definida a partir da separação de atribuições entre o
Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e
Saúde Pública, fato que implicou em padrões diferentes de incorporação no
sistema de welfare state que se formalizava. Demonstra que o desenho
institucional se adequava aos interesses políticos do governo federal e aos
parâmetros ideológicos que vinham norteando o debate político, onde a
questão federativa se destacava como um tema central. Diante deste quadro a
política de saúde pública empreendida pelo MESP seguiu um modelo
abrangente, não excludente e ganhou contornos universais, além de ter sido
definida como atribuição unilateral do Estado, não configurando como um
direito social.
A criação da primeira escola de enfermagem em 1923 não implicou
no imediato surgimento de outras, isto vem acontecer na década de 30
alicerçada pelo modelo de assistência médica curativa e no momento que a
política educacional assume o treinamento da força de trabalho.
O ensino na área de enfermagem se expandiu, atendendo ao
aumento da demanda dessa nova categoria profissional, aumento este
impulsionado principalmente pelo ritmo de urbanização existente e pelo
processo de modernização dos hospitais (SILVA, 1986).
A expansão do ensino da enfermagem nas décadas de 30,40 e 50
aconteceu a partir de uma realidade social definida, num contexto de
acelerados processos de urbanização e industrialização, das quais as políticas
educacionais de saúde eram reflexos.
As escolas deveriam funcionar de acordo com a filosofia da Escola
Florence Nightingale, baseada em quatro idéias-chave:
1- O treinamento de enfermeiras deveria ser considerado tão
importante quanto qualquer outra forma de ensino e ser mantido pelo dinheiro
público.
2- As escolas de treinamento deveriam ter uma estreita associação
com os hospitais, mas manter sua independência financeira e administrativa
3- Enfermeiras profissionais deveriam ser responsáveis pelo ensino
no lugar de pessoas não envolvidas em Enfermagem.
4- As estudantes deveriam, durante o período de treinamento, ter
residência à disposição, que lhes oferecesse ambiente confortável e agradável,
próximo ao hospital.
4.7. Resumo do seminário do grupo 3
A enfermagem pré-profissional no Piauí compreende o período onde
as Santas Casas de Misericórdia e a Congregação das irmãs de Caridade
atuaram não apenas em missões religiosas, mas também prestando cuidados
aos enfermos. O cuidado caracterizado essencialmente pele fertilização e o
modo recluso de vida das mulheres. Os trabalhos das irmãs de caridade
buscavam mais o exercício de caridade e misericórdia do que propriamente
uma ação assistencial médico-hospitalar.
Já neste período evidenciava-se a realização de cuidados de
enfermagem a domicílio. Santa Casa de Misericórida de Teresina foi
inaugurada em 1860 houve a realização de inúmeras ações de saúde públixa
no Brasil, inclusive um contrato de compromisso com a Santa Casa de
Misericórdia no Piauí.
Em 14 de julho de 1937 é sancionada a lei para construção do
Hospital do Estado, posteriormente denominado de Hospital Getúlio Vargas
(HGV), que foi inaugurado em 6 de abril de 1941. Na história do Piauí, As
Santas Casa são desabilitadas quando o HGc oemça suas atividades
(excetuando-se a Santa Casa de Parnaíba), pois o Estado não tinha recursos
para manter uma estrutura de assistência organizada e criteriosa, o que
poderíamos inferir já nesta época como traços do descaso com a saúde
pública, ainda que historicamente a própria contrução do HGV tenha sido um
marco.
A enfermagem moderna só surge quando a saúde passa a ser
responsabilidade do Estado, o que acontece nos meados da década de 30.
4.8. Resumo do seminário do grupo 4
O processo de institucionalização da enfermagem moderna no Piauí,
ocorreu no período compreendido entre 1937 e 1977. A história oral e a análise
documental apoiaram a reconstrução da trajetória da enfermeira nas
instituições de saúde e formação profissional. Os avanços, as dificuldades e os
limites desse movimento, sem afastar-se das constantes gerais do processo no
Brasil, foram realçadas a partir das seguintes temáticas convergentes: a
organização sanitária piauiense, seus primórdios e a enfermagem pré-
profissional caracterizando a vigência do modelo religioso de enfermagem no
espaço em estudo; o delineamento das políticas públicas visando a
institucionalização do paradigma moderno de enfermagem e sua correlata
laicização; as tentativas continuadas, com sucessos e fracassos, de preparo de
pessoal de enfermagem no âmbito do nível médio para atender às demandas
do mercado de trabalho local e, por fim, a consolidação do processo de
institucionalização daquele modelo na sociedade piauiense, sob a égide da
formação da enfermeira na Universidade Federal do Piauí.
O Hospital Getúlio Vargas é o maior hospital público do Estado,
inaugurado em 03 de maio 1941. As solenidades se iniciaram as 7h da manhã,
com desfile militar e estudantil dos cursos primário e secundário na praça
Pedro II, diante de uma grande concentração popular, e em continência ao
palanque oficial, onde se encontravam sua Excelência, o interventor do Estado
Dr. Leônidas Melo e a primeira dama, ladeados por autoridades e/ou
representantes da República brasileira, do Clero e da sociedade civil. Em
seguida, houve a celebração da missa de ação das graças na Igreja de São
Benedito pelo Bispo do Piauí, D. Severino Vieira de Melo, posteriormente, a
inauguração do Arquivo Público – hoje Casa Anísio Brito na praça Rio Branco.
A primeira Enfermeira-Chefe do Hospital Getúlio Vargas foi a Dagmar
Rodrigues de Oliveira. Ocorria o treinamento de 30 atendentes de enfermagem.
A enfermeira chefe era caracterizada como rígida e inflexível e contava com o
apoio do Dr. Agenor. Sendo assim ocorreu um afastamento das freiras.
Dagmar era fiel aos princípios doutrinários. Após um tempo a Dagmar saiu do
HGV e ocorreu a reinserção das freiras no atendimento e em 1958 houve a
criação do Curso Auxiliar de Enfermagem.
4.9. Resumo do seminário do grupo 5
O Hospital Getúlio Vargas estruturou o funcionamento inicial da
Escola de Enfermagem Maria Antoinette Blanchot em suas dependências até a
sua transferência para a sede própria localizada na Rua Olavo Bilac, 2335, sul,
em Teresina. A Escola de formação de auxiliares de Enfermagem estava
vinculada à Associação de São Vicente de Paulo em Fortaleza, localizada na
Avenida Desembargador Moreira, 2211, no Estado do Ceará.
O curso de auxiliar de enfermagem fundado, organizado e realizado
pelas Irmãs impulsionou o aprendizado e a qualificação de forma a direcionar
um cuidado assistencial muito mais criterioso. Através de uma portaria de 4 de
março de 1959, o Ministro de Estado da Educação de acordo com o disposto
no artigo 10 da lei nº 775, de 6 de agosto de 1949, foi concedida a autorização
para o funcionamento do Curso de auxiliar de Enfermagem Irmã Maria
Antoinette Blanchot, mantida pela Associação de São Vicente de Paulo.
O Governador do Estado do Piauí, em exercício na época, Francisco
das Chagas Caldas Rodrigues, reconheceu através da lei nº 1972, de 10 de
agosto de 1960, como sendo de utilidade pública a Escola de auxiliar de
Enfermagem Irmã Maria Antoinette Blanchot. Em 1960, a Prefeitura Municipal
de Teresina, também, tendo em exercício o prefeito Petrônio Portela Nunes no
cargo reconheceu a utilidade pública da Escola de Enfermagem Antoinette
Blanchot, através da lei nº 730 de 17 de agosto de 1960. O presidente Jânio
Quadros, em Brasília, através de Decreto Lei nº 51.157 de 7 de agosto de 1961
concede o reconhecimento do curso de Auxiliar de Enfermagem Irmã Maria
Antoinette Blancho
O Curso de Enfermagem – Bacharelado da Universidade Federal do
Piauí (UFPI) teve seu primeiro vestibular em janeiro de 1973 e a autorização
para seu funcionamento ocorreu em 1974, por meio do ato da Reitoria n.º
198/74. Em 1978, o referido curso foi reconhecido pelo Ministério da Educação,
através do Parecer 2.137/1978, do Conselho Federal de Educação.
A partir de 1994, com o advento do Parecer N.º 314, o Curso de
Enfermagem da UFPI reformou o seu currículo, extinguiu as habilitações e
ampliou o estágio curricular para dois semestres letivos de duração, totalizando
3.600 horas. Além disso, a Resolução 004/94 – UFPI eliminou o ciclo básico de
todos os cursos de Graduação da UFPI.
Como decorrência da nova Lei das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional-LDB (Lei 9.394/96) e em atendimento a Portaria 1721/94 do Conselho
Federal de Educação, a partir de agosto de 1997, foi implementada a nova
proposta curricular (currículo 1020-03) com duração mínima de 04 (quatro)
anos e meio, ou nove semestres letivos, e carga horária total de 3.780 horas-
aula.
A partir da década 90 houve grande impulso na qualificação do
corpo docente e ainda foram criados cursos de especialização “lato senso” nas
diversas áreas da Enfermagem. Em 1997, houve uma crescente e notória
produção de conhecimento através da construção de trabalhos de conclusão
de curso (TCC) e monográficos. E como fruto dessas atividades várias
pesquisas têm sido apresentadas em eventos científicos nacionais regionais e
locais, publicadas em periódicos de renome nacional.
Com as novas mudanças das Diretrizes Curriculares foi realizado o
1º Projeto Político Pedagógico (PPP) através da Resolução 227/06, implantado
no 1º período de 2007. O PPP é de suma importância para sustentar a
formação profissional e está fundamentado nos princípios da equidade, da
integralidade, da gestão democrática, da formação do educando respeitando a
liberdade e valorizando os atores sociais desse processo. Na área de Extensão
o Curso de Enfermagem tem se destacado no desenvolvimento de relevantes
projetos.
4.10. Resumo do seminário do grupo 6
Os principais órgãos de classe da enfermagem são: ABEn (a primeira
associação civil de caráter cultural), sindicatos (pretendem implementar táticas e
estratégias de luta por piso salarial digno, menor jornada de trabalho, etc.),
COFEN e COREns ( são órgão de fiscalização do exercício profissional), FNEEn
(abriga a União Nacional de Técnicos e Auxiliares de Enfermagem) e o CNEEn
(reúne estudantes de todo o país para tratar de suas relações com o aparelho
formador e com a sociedade).
A categoria das enfermeiras buscava direcionar as suas pesquisas
científicas de modo a esclarecer suas modalidades de trabalho, suas
articulações com a realidade social e seu desenvolvimento histórico. Na luta pela
autonomia da profissão as conquistas foram, portanto, a legislação do exercício
profissional em 1986 e 1987, atendendo as reivindicações dos direitos da
categoria, seus interesses e o controle da vida profissional e suas circunstâncias
por meio dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem - COFEn e COREn.
A Associação Brasileira de Enfermagem - ABEn, fundada em 12 de
agosto de 1926, sob a personalidade jurídica que congrega enfermeiros,
obstetrizes, técnicos e auxiliares de enfermagem e estudantes dos cursos de
graduação e de educação profissional de nível técnico que a ela se associam,
individual e livremente
5. CONCLUSÃO
A História da Enfermagem permite a evocação da memória da classe
enfermeira e a consequente reflexão sobre os objetos do passado e o
movimento histórico, levando-nos a perceber as contradições da realidade em
estudo.
A importância singular do reconhecimento da memória do ensino e
prática de Enfermagem no Piauí e Brasil é determinante para a descoberta e a
análise de informações acerca da evolução e do aperfeiçoamento deste ensino
para o futuro profissional enfermeiro e, continuará a ser um dos pilares
edificantes da enfermagem enquanto esta existir.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Padilha MICS, Maria JR. Florence Nightingale e as irmãs de caridade:
revisitando a história. Rev. Bras. Enferm 2005 nov-dez; 58(6): 723-6.
Lima, Maria José. O que é Enfermagem. 2. ed. São Paulo: Brasiliense; 1999.