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CNPq
UFAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO
COORDENADORIA DE PESQUISA
PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO
CIENTÍFICA – PIBIC/UFAL/FAPEAL
RELATÓRIO PARCIAL
(2012– 2013)
TÍTULO DO PROJETO DE PESQUISA:
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO AMBIENTAL E FUNCIONAL DE UNIDADES
HABITACIONAIS UNIFAMILIARES E MULTIFAMILIARES EM MACEIÓ-AL
TÍTULO DO PLANO DE TRABALHO:
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO FUNCIONAL DE APARTAMENTOS DE TRÊS
DORMITÓRIOS NO PERÍODO 1980-1985 EM MACEIÓ/AL
ORIENTADOR: ALEXANDRE MÁRCIO TOLEDO
UNIDADE: FAU – FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO FONE: 9922.3988 E-MAIL: [email protected]
BOLSISTA /COLABORADOR: MÍRYAN PATRÍCIA TENÓRIO FERREIRA
FONE: 9106.4041 E-MAIL: [email protected]
BOLSISTA CNPQ BOLSISTA FAPEAL
X BOLSISTA UFAL COLABORADOR
*NOME DA GRANDE ÁREA DO CONHECIMENTO (CNPq ): CIÊNCIAS SOCIAIS
APLICADAS
*NOME DA SUB-ÁREA DO CONHECIMENTO (CNPq): TECNOLOGIA DA
ARQUITETURA E URBANISMO
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I. RESUMO DO PROJETO
A avaliação do desempenho dos edifícios no Brasil ocorre com grande defasagem
temporal em relação aos países desenvolvidos. As primeiras normas nacionais de desempenho
remontam a 2005 e tratam apenas do desempenho térmico de edifícios de interesse social; em
2008, a ABNT aprovou normas de desempenho para edifícios residenciais de até cinco
pavimentos. Alémdisso, destacam-se os Critérios mínimos de desempenho de habitações
térreas de interesse social, em discussão no âmbito do Programa Brasileiro da Qualidade e
Produtividade da Construção Habitacional (PBQP-H) e o Regulamento Técnico da Qualidade
para o Nível de Eficiência Energética – Edificações Residenciais (RTQ-R), do INMETRO.
No trópico quente e úmido, as estratégias de ventilação natural e sombreamento da envolvente
do edifício são as mais recomendadas para garantir o conforto térmico dos usuários de
edifícios não climatizados, sobretudo os residenciais. As normas brasileiras, por se basearem
na norma internacional de desempenho, desenvolvida para países de clima temperado, são
pouco específicas para o aproveitamento da ventilação natural pelo processo ação do vento,
considerado mais adequado para as condições climáticas brasileiras, bem como do
sombreamento da envolvente do edifício, tanto para a componente opaca quanto para a
componente transparente. Por outro lado, as normas nacionais recentes remetem o papel de
certificação de desempenho aos laboratórios e instituições de pesquisa. O objetivo da presente
pesquisa é avaliar o desempenho ambiental e funcional de unidades habitacionais
unifamiliares e multifamiliares de diferentes épocas, construídas na cidade de Maceió/AL. A
avaliação do desempenho ambiental focará a ventilação natural e o sombreamento da
envolvente. A avaliação do desempenho de ventilação natural consistirá na realização de
ensaios analógicos de escoamento com maquetes vazadas no equipamento mesa d´água,
utilizando o método do traçador e a técnica de injeção direta do indicador, com aplicação da
Metodologia de Avaliação Multicritério de Ventilação Natural (MAM-VN). A avaliação do
sombreamento consistirá na realização de ensaios com modelos reduzidos no equipamento
solarscópio de analemas, com avaliação da desejabilidade de insolação para as quatro estações
do ano, comparados com modelagem computacional no programa SketchUp. A avaliação
funcional levará em consideração o arranjo dos edifícios, a articulação dos setores funcionais
e o dimensionamento dos ambientes. A avaliação dos arranjos utilizará a classificação
tipológica dos edifícios e unidades habitacionais; a da articulação dos setores, a metodologia
de Análise Topológica; a do dimensionamento, a metodologia de Análise Ergonômica de
Ambientes. A meta final é gerar subsídios de projeto para arquitetos e projetistas, visando
contribuir para as normas de desempenho dos edifícios, quanto aos aspectos ambientais,
relativos ao aproveitamento da ventilação natural pela ação do vento e ao sombreamento da
envolvente dos edifícios, e quanto aos aspectos funcionais, relativos ao arranjo espacial das
unidades habitacionais e dimensionamento dos ambientes.
3
II. OBJETIVOS DO PROJETO DE PESQUISA
GERAL:
Avaliar o desempenho ambiental e funcional de unidades habitacionais unifamiliares e
multifamiliares de diferentes épocas construídos na cidade de Maceió/AL.
ESPECÍFICOS:
1. Caracterizar os edifícios de apartamentos quanto à relação com a cidade e o lote;
configuração externa e configuração interna.
2. Avaliar o desempenho funcional quanto aos arranjos espaciais de edifícios de
apartamentos e às articulações dos setores funcionais das unidades.
4
III. OBJETIVO ESPECÍFICO DO TRABALHO DO ALUNO
TÓPICOS A SEREM DESENVOLVIDOS:
I - DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DO TRABALHO DO ESTUDANTE
1. Identificar os arranjos espaciais dos apartamentos no pavimento tipo dos edifícios.
2. Identificar a articulação dos setores funcionais dos apartamentos.
II - DETALHAMENTO DA METODOLOGIA CORRESPONDENTE
1. Elaboração de Diagramas de Arranjos Espaciais.
2. Elaboração de Diagramas de Articulação de Setores Funcionais.
3. Análise dos Diagramas de Arranjos Espaciais.
4. Confecção dos Modelos Espaciais dos Arranjos Espaciais.
5. Análise dos Diagramas de Arranjos Espaciais.
6. Confecção dos Modelos Espaciais das Articulações dos Setores Funcionais.
5
IV. ETAPAS DO PLANO DE TRABALHO INDIVIDUAL DO BOLSISTA
Inicialmente, foram selecionados pelo orientador textos, livros e dissertações que
pudessem auxiliar na fundamentação teórica da pesquisa, a fim de nos fazer compreender o
tema abordado e tornar-nos capazes de desenvolver as análises posteriores. Após a leitura dos
textos passamos à uma pesquisa de campo, onde foi possível fazer um levantamento na
Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) das plantas que
estavam em falta na, visto que maior parte do banco de dados foi desenvolvido em uma etapa
de pesquisa anterior. Para a realização da pesquisa foram determinadas algumas restrições, de
modo que os edifícios em estudo deveriam atender à características previamente
determinadas, entre elas estão a sua localização, inseridos na cidade de Maceió, o seu período,
construídos entre os anos de 1980 e 1985 e possuir elevador como meio de circulação vertical.
Após o levantamento das plantas, partimos para o levantamento fotográfico e reconhecimento
dos edifícios na cidade, a partir de visitas previstas em todos os bairros pra um estudo in loco.
Voltando à Universidade, foi iniciada a elaboração dos diagramas para tonar viável a
futura análise em planta baixa do pavimento tipo dos edifícios. Esses diagramas, baseados na
dissertação de Alexsandro Porangada, dividem-se em três: mapa da setorização funcional,
grafos e grafos justificados.
6
V. PRINCIPAIS RESULTADOS OBTIDOS DURANTE O PRIMEIRO
SEMESTRE DA PESQUISA
Os edifícios, localizados na cidade de Maceió e construídos entre os anos de 1980 –
1985, que possuem elevador como meio de circulação vertical, são os objetos em estudo desta
pesquisa. Conforme levantamento efetuado na Superintendência Municipal de Controle do
Convívio Urbano (SMCCU), foram identificados um total de 45 edifícios com as
características mencionadas. Embora tenham sido identificados apenas 45 edifícios, é possível
que existam mais edificações que atendam aos mesmos pré-requisitos, porém, devido às
condições em que se encontram os projetos registrados na SMCCU, não foi possível
identificá-los.
Para sistematizar os estudos foi determinada uma divisão entre os estudos internos e
externos, esses estudos ainda se sub-dividem de acordo com as características tipológicas dos
apartamentos, onde de um lado são estudados os edifícios com apartamentos de 3 quartos sem
banheiro reversível que contabilizando 26 e de outro, os demais edifícios, sendo estes um total
de 19.
Contemplando os estudos internos dos edifícios com apartamentos de 3 quartos sem
banheiro reversível, serão apresentados os seguintes edifícios: Ofir, Dom Afonso Henriques,
Abrolhos e Açores, Jacques Lacan, Tarumã, Passárgada, Mandala,
De cada um desses edifícios foram desenvolvidos três diferentes tipos de diagramas:
setorização funcional, grafos e grafo justificado cada unidade habitacional.
O diagrama de setorização funcional tem como finalidade possibilitar um estudo em
relação à organização espacial das unidades habitacionais e consiste na identificação através
das cores dos setores social, íntimo e de serviço.
Figura 1: Setorização Funcional do Edifício Jamaica.
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LEGENDA
SETOR
SOCIAL
SETOR
ÍNTIMO
SETOR DE
SERVIÇO CIRCULAÇÃO
SETOR
SOCIAL E
ÍNTIMO
SETOR DE
SERVIÇO
E ÍNTIMO
Os grafos são diagramas que analisam os acessos do ambiente, sua representação é
feita através de círculos no centro dos cômodos ligados por linhas que representam a conexão
existente entre os ambientes, seja ela através de portas ou de halls. Assim como na setorização
funcional, nos grafos os círculos são identificados por cores de acordo com a função do
referido ambiente, dividindo-se, também, em setores social, íntimo e de serviço.
Figura 2: Grafos do Edifício Jamaica.
Já os grafos justificados são produto dos grafos acima citados e facilitam a
compreensão da relação existente entre os ambientes e a origem, normalmente situada no hall
social, representada pela cor branca.
Figura 3: Grafo Justificado das unidades habitacionais do Edifício Jamaica.
8
BAIRRO EDIFÍCIO
Ponta Verde
Ofir
Figura 4: Setorização Funcional Figura 5: Grafos
Figura 6: Grafos Justificados das Unidades Habitacionais
Dom Afonso Henriques
Figura 7: Setorização Funcional Figura 8: Grafo
Figura 9: Grafo Justificado da Unidade Habitacional
9
BAIRRO EDIFÍCIO
Ponta Verde
Abrolhos e Açores
Figura 10: Setorização Figura 11: Grafo
Figura 12: Grafos Justificados das Unidades Habitacionais
Jacques Lacan
Figura 13: Setorização Funcional Figura 14: Grafo
Figura 15: Grafos Justificados das Unidades Habitacionais
10
BAIRRO EDIFÍCIO
Ponta Verde
Tarumã
Figura 16: Setorização Funcional Figura 17: Grafo
Figura 18: Grafo Justificado da Unidade Habitacional
Passárgada
Figura 18: Setorização Funcional Figura 20: Grafo
Figura 21: Grafos Justificados das Unidades Habitacionais
11
BAIRRO EDIFÍCIO
Ponta Verde
Mandala
Figura 22: Setorização Funcional Figura 23: Grafo
Figura 24: Grafo Justificado da Unidade Habitacional
Lajedo
Figura 25: Setorização Figura 26: Grafo
Figura 27: Grafo Justificado da Unidade Habitacional
12
BAIRRO EDIFÍCIO
Pajuçara
Caiaque
Figura 28: Setorização Funcional Figura 29: Grafo
Figura 30: Grafo Justificado da Unidade Habitacional
Seis Irmãos
Planta encontrada em mau estado de conservação, não foi possível digitalização.
Rosa Jacy
Planta encontrada em mau estado de conservação, não foi possível digitalização.
Canoa
Planta encontrada em mau estado de conservação, não foi possível digitalização.
13
BAIRRO EDIFÍCIO
Jatiúca
Angra
Figura 31: Setorização Funcional Figura 32: Grafo
Figura 33: Grafos Justificados das Unidades Habitacionais
Costa Brava e Costa do Marfim
Figura 34: Setorização Funcional Figura 35: Grafo
Figura 36: Grafo Justificado da Unidade Habitacional
14
BAIRRO EDIFÍCIO
Alessandra
Figura 37: Setorização Funcional Figura 38: Grafo
Figura 39: Grafo Justificado da Unidade Habitacional
Jatiúca
Atenas
Figura 40: Setorização Funcional
Figura 41: Grafo
15
BAIRRO EDIFÍCIO
Figura 42: Grafo Justificado da Unidade Habitacional
Jatiúca
Mahatma Ghandi
Figura 43: Setorização Funcional Figura 44: Grafo
Figura 45: Grafo Justificado da Unidade Habitacional
16
BAIRRO EDIFÍCIO
Jatiúca
Taritá
Figura 46: Setorização Funcional Figura 47: Grafo
Figura 48: Grafos Justificados das Unidades Habitacionais
Mangabeiras
Jamaica
Figura 49: Setorização Funcional Figura 50: Grafo
Figura 51: Grafos Justificados da Unidade Habitacional
17
BAIRRO EDIFÍCIO
Soledade
Figura 52: Setorização Funcional Figura 53: Grafo
Figura 54: Grafos Justificados das Unidades Habitacionais
Mangabeiras Maria Celina
Figura 55: Setorização Funcional Figura 56: Grafo
Figura 57: Grafo Justificado da Unidade Habitacional
Porto Ferrário
Planta encontrada não condiz com o edifício em questão.
Farol Morada dos Ventos
Planta encontrada em mau estado de conservação, não foi possível digitalização.
18
BAIRRO EDIFÍCIO
Morada dos Ventos 2
Figura 58: Setorização Funcional Figura 59: Grafo
Figura 60: Grafo Justificado da Unidade Habitacional
Farol
Gisele
Figura 61: Setorização Funcional Figura 62: Grafo
Figura 63: Grafo Justificado da Unidade Habitacional
19
BAIRRO EDIFÍCIO
Farol
Junco
Figura 64: Setorização Funcional Figura 65: Grafo
Figura 66: Grafos Justificados das Unidades Habitacionais
Foram desenvolvidos diagramas de 21 dos 26 edifícios em estudo, totalizando 21
arranjos de setorização funcional, 21 grafos e 31 grafos justificados das unidades
habitacionais.
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VI. RELACIONE OS PRINCIPAIS FATORES POSITIVOS E NEGATIVOS QUE
INTERFERIRAM NA CONDUÇÃO DO PROJETO E PLANO DE
TRABALHO.
A experiência na pesquisa proporcionou uma maior capacidade de percepção do
espaço à nossa volta, aguçando a curiosidade, por meio da qual se torna possível a expansão
dos conhecimentos, a partir da busca constante por novas informações. Além disso, lidar com
os diversos tipos de plantas baixas possibilita um grande acervo de repertório, o que auxilia
no desenvolvimento de projetos futuros. É possível identificar diferentes soluções
arquitetônicas que inspiram a concepção de novas propostas. O repertório nos permite
compreender determinado contexto, nesse caso é possível identificar as necessidades da época
e possibilita um paralelo com as necessidades da sociedade atual, a fim de promover soluções
mais adequadas não só para os dias de hoje, mas também para o futuro, prevendo que as
necessidades da sociedade estão em constante mutação.
Por outro lado, foram encontradas dificuldade ao longo do caminho relacionadas à
coleta de dados. Considerando que o período em estudo é de 1980-1985, alguns dos projetos
disponibilizados na Superintendência Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU )
se encontram em mau estado de conservação, impossibilitando a coleta de alguns dados
necessário para a pesquisa.