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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER Relatório Trimestral - 04 1 / 65 LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected] RELATÓRIO TRIMESTRAL 4ª COLETA Drª SOLANGE APARECIDA ARROLHO DA SILVA Coordenadora do Monitoramento e Resgate da Ictiofauna UHE Colíder CRBio 43528/01 - D ALTA FLORESTA – MT DEZEMBRO 2012

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COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

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RELATÓRIO TRIMESTRAL 4ª COLETA

Drª SOLANGE APARECIDA ARROLHO DA SILVA

Coordenadora do Monitoramento e Resgate da Ictiofauna UHE Colíder CRBio 43528/01 - D

ALTA FLORESTA – MT DEZEMBRO 2012

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SUMÁRIO

1. EQUIPE DE TRABALHO: MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT

03

2. APRESENTAÇÃO 04

3. ATIVIDADES REALIZADAS 04

4. MATERIAIS E MÉTODOS 04

4.1. Descrição da Área de Estudo 04

4.2. Descrição dos Trechos de Coleta 05

4.3. Materiais (apetrechos utilizados) 11

4.4. Metodologia 11

5. RESULTADOS 14

5.1. Abundância, Riqueza e Diversidade de Peixes 14

5.2. Guildas Tróficas 17

5.3. Processo Reprodutivo 32

5.4. Ovos e Larvas 32

5.5. Captura por Unidade de Esforço (CPUE) 33

5.6. Táxons de Interesse para a Conservação (Espécies Endêmicas, Raras, Ameaçadas e de Especial Interesse)

34

5.6.2 Espécies Migradoras 34

5.6.3 Espécies Exóticas, Invasoras e Alóctones 34

5.7. Níveis de Mercúrio na Ictiofauna 34

6. AVALIAÇÃO GERAL DOS RESULTADOS 35

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 37

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1. EQUIPE DE TRABALHO: MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA COLÍDER – MT Coordenadora: Drª Solange Aparecida Arrolho da Silva Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional – UNEMAT, Alta Floresta – MT Email: [email protected] Membros da equipe: Drª Aurea Regina Alves Ignácio Laboratório de Morfofisiologia Animal – UNEMAT, Cáceres – MT Email: á[email protected] Dr. Antonio Francisco Malheiros Laboratório de Parasitologia – UNEMAT, Cáceres – MT Email: [email protected] Dr. Claumir Cesar Muniz Laboratório de Ictiologia – UNEMAT, Cáceres – MT Email: [email protected] Drª Kelli Aparecida Cristina Munhoz Moreira Especialista Bióloga Andréia Aparecida Franco Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional – UNEMAT, Alta Floresta – MT Email: [email protected] Mestrando Biólogo James Machado Bilce Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional – UNEMAT Email: [email protected] Especialista Bióloga Andréia Aparecida Franco Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional – UNEMAT, Alta Floresta – MT Email: [email protected] Especialista Biólogo Luis Carlos Tonelo Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional – UNEMAT, Alta Floresta – MT Email: [email protected] Especialista Biólogo Reginaldo Carvalho dos Santos Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional – UNEMAT, Alta Floresta – MT Email: [email protected] Especialista Biólogo Rosalvo Duarte Rosa Laboratório de Ictiologia da Amazônia Meridional – UNEMAT, Alta Floresta – MT Email: [email protected] Equipe de Assessores: NOME: Alberto Akama Laboratório de peixes – UFT, Palmas - TO Email: [email protected] NOME: Elineide Eugênio Marques Laboratório de peixes – UFT, Palmas - TO Email: [email protected]

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2. APRESENTAÇÃO

Este documento contém as informações básicas obtidas através da execução do Programa Básico

Ambiental de Ictiofauna “Monitoramento e resgate da ictiofauna existente no rio Teles Pires, na área de

influência da Usina Hidrelétrica Colíder (UHE Colíder)”.

O objetivo do presente relatório é apresentar as atividades realizadas pela equipe e os resultados

de quatro coletas, fechando um ciclo sazonal (enchente, cheia, vazante e seca), entre o período de

dezembro de 2011 a novembro de 2012.

3. ATIVIDADES REALIZADAS

A quarta coleta foi realizada no período de 01 a 11/09/2012, conforme resultados apresentados

neste documento.

As análises de engenharia sobre o Sistema de Transposição de Peixes estão sendo realizadas pelo

Dr Sidney Lázaro Martins da THEMAG. Os resultados da análise estrutural e com sugestões de engenharia

foram entregues a COPEL (Divisão de engenharia) no mês de setembro/2012 (Anexo 1).

A Drª Solange Arrolho participou do Workshop, exigido pelo Órgão Ambiental responsável, SEMA –

MT, para discussão do Sistema de Transposição da UHE Colíder organizado pela COPEL no município de

Cuiabá, no dia 24 de setembro/2012. A coordenadora do programa de monitoramento da ictiofauna

apresentou os resultados obtidos nas coletas de peixes e participou das discussões sobre o STP a ser

implantado na UHE Colíder.

A Drª Solange Arrolho participou do II SYMPASS – “Simpósio Internacional de Transposição de

Peixes da América do Sul” no período de 05 a 09/11/2012 Toledo/PR, tendo a oportunidade de participar

de uma visita técnica à Usina Hidrelétrica de Itaipu. Este seminário contou com a participação de doutores e

especialistas em sistemas de transposição de peixes de diversas instituições do Brasil e exterior e elencou

especialmente as atividades que podem ser realizadas para monitoramento visando garantir o processo de

reprodução das espécies migratórias após a implantação de usinas hidrelétricas.

4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1. Descrição da Área de Estudo

Situada entre 7°10’ e 14°45’ de latitude sul e 53°45’ e 58°10’ de longitude oeste, a bacia hidrográfica

do rio Teles Pires abrange setores territoriais dos estados do Pará e principalmente do estado do Mato

Grosso, totalizando uma área de drenagem de 141.905 km2.

A bacia está situada ainda entre as bacias dos rios Juruena, a oeste, e Xingu, a leste. Em conjunto

com o rio Juruena, que também drena importante porção territorial do estado do Mato Grosso, o rio Teles

Pires forma o rio Tapajós, um dos principais afluentes da margem direita do rio Amazonas (Mapa de

Unidades de Relevo do Brasil – IBGE, 2006).

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A partir da região das cabeceiras, o rio desenvolve percurso na direção NNW, por cerca de 1.600

km, até a sua confluência com o rio Juruena, em altitude de 95 metros, onde ocorre a formação do rio

Tapajós.

A UHE COLIDER será localizada na região do médio rio Teles Pires, na região norte do estado do

Mato Grosso, aproximadamente 1,5 km à jusante de um ponto do rio conhecido localmente por Estreito

(Figura 01).

Figura 01 – Mapa de localização das UHEs a serem implantadas no Rio Teles Pires, de

acordo com Avaliação Ambiental Integrada do Rio Teles Pires.

4.2. Descrição dos Trechos de Coleta

Os trechos foram selecionados de forma a incluir a maior gama possível de ambientes habitados

por peixes, visando atingir toda a área de abrangência da UHE Colíder (as coordenadas geográficas dos

trechos amostrados foram registradas com uso de aparelhos de GPS) e em consonância com os trechos

estabelecidos nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA da UHE Colíder). A conectividade dos cursos d’água

foi levada em conta, buscando aumentar a independência das amostras nos diferentes trechos de coleta.

As coletas foram realizadas em 15 trechos (Tabela 01), sendo estes distribuídos de forma o mais

equidistantes possível,cobrindo toda a área de abrangência do futuro reservatório.

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Tabela 01 – Localização dos trechos de coleta de peixes na área de abrangência da UHE Colíder, municípios de Itaúba, Colíder e Nova Canaã do Norte – MT.

Trecho Local Latitude (S) Longitude (W) Ictio 001 Canal do Rio Teles Pires – Final reservatório 11° 14' 6,366" 55° 27' 6,384" Ictio 002 Canal do Rio Teles Pires - Poço 11° 8' 4,427" 55° 22' 13,837" Ictio 003 Foz do Rio Renato 11° 5' 12,300" 55° 18' 17,400" Ictio 004 Rio Renato 11° 3' 24,400" 55° 16' 22,100" Ictio 005 Rio Teles Pires – Corredeira ilhas 11° 1' 16,377" 55° 22' 7,123" Ictio 006 Córrego Cruzeiro 11° 2' 59,759" 55° 32' 28,150" Ictio 007 Córrego Cruzeiro 11° 1' 39,404" 55° 32' 45,117" Ictio 008 Foz do Córrego Cruzeiro 11° 0' 38,100" 55° 31' 38,000" Ictio 009 Rio Teles Pires – três ilhas 10° 57' 17,634" 55° 38' 58,137" Ictio 010 Foz igarapé 3º braço 10° 59' 5,500" 55° 40' 56,100" Ictio 011 Foz igarapé 2º braço 10° 59' 14,953" 55° 44' 37,919" Ictio 012 Canal do Rio Teles Pires 10° 58' 5,000" 55° 45' 8,400" Ictio 013 Rio Teles Pires - Barragem 10° 59' 12,600" 55° 46' 15,300" Ictio 014 Rio Teles Pires - jusante 10° 59' 4,497" 55° 49' 25,515" Ictio 015 Ribeirão das águas - Margem esquerda jusante 11° 1' 13,483" 55° 51' 3,608"

Foram marcados dois trechos de coleta de peixes a jusante, um na área da barragem e doze

trechos a montante da área da futura barragem (Figura 02).

Figura 02 – Mapa com 15 trechos de amostragem de peixes na UHE Colíder.

Trechos Ictio 001, 002 e 005 – Rio Teles Pires:

• Floresta ombrófila aberta com vegetação ciliar em contato com a água.

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• Apresenta sinais de antropização, devido a implantação de acampamentos de pesca e fazendas.

• Barrancos de até 4 metros entremeados de áreas alagadas.

• Ambiente lótico de elevada vazão e alta energia.

• Com largura acima de 350 metros e profundidade extremamente variável entre 2 a 8 metros.

• Muitas rochas e ilha formando pequena corredeira.

• Solo areno-argiloso de cor amarela-acinzentado.

• Águas claras (Figuras 3A Cheia e 3B Seca).

Trechos Ictio 003 e 004 – Rio Renato:

• Vegetação de floresta ombrófila aberta secundária na foz do rio (trecho 003), o qual na direção da

subida do curso d’água se torna antropizado devido a presença de desmatamento e locais de

acampamento.

• Ambiente lótico de média energia.

• Troncos caídos ao longo de todo o leito do rio.

• Profundidade muito variável de 0,5 a 4 metros e largura entre 5 a 15 metros.

• Solo areno-argiloso de cor amarelada.

• Água barrenta, provavelmente devido ao carreamento de sedimentos em suas nascentes (Figuras

3C Cheia e 3D Seca).

Trechos Ictio 006, 007 e 008 – Córrego Cruzeiro:

• Floresta ombrófila aberta típica de áreas alagadas.

• Na foz do curso d’água existe barranco de cerca de 1 a 2 metros de altura, sendo que ao longo do

leito a área se torna baixa e a água entra na vegetação ciliar.

• Ambiente lótico de média vazão e energia.

• Devido às margens estarem inundadas não foi possível medir a largura.

• Profundidade entre 1 e 4 metros.

• Galhos e troncos caídos no leito do curso d’água.

• Solo arenoso de cor amarelada.

• Águas claras (3E Cheia e 3F Seca).

Trecho Ictio 009 – Rio Teles Pires – três ilhas:

• Floresta ombrófila aberta em alguns trechos secundária devido ao processo de regeneração (áreas

anteriormente desmatadas) e presença de fazenda com pastagem até as margens.

• Barrancos de até 5 metros entremeados de áreas alagadas.

• Ambiente lótico de elevada vazão e alta energia.

• Com largura entre 200 a 400 metros e profundidade variável entre 4 a 12 metros.

• Ilhas e rochas formando pequenas corredeiras.

• Solo areno-argiloso de cor amarela-acinzentada.

• Águas claras (Figuras 3G Cheia e 3H Seca).

Trechos Ictio 010 e 011 – Igarapés:

• Floresta ombrófila aberta entremeada com áreas alagadas e presença de palmeiras.

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• Algumas áreas com barranco de até 2 metros de altura, sendo que ao longo do leito a área se torna

baixa e a água entra na vegetação ciliar.

• Ambiente lótico de baixa vazão e energia.

• Devido às margens estarem inundadas não foi possível medir a largura.

• Profundidade entre 0,5 a 2 metros.

• Galhos e troncos caídos no leito do curso d’água.

• Solo arenoso de cor amarelada.

• Águas claras com presença de húmus (Figuras 3I Cheia e 3J Seca).

Trechos Ictio 012, 013 e 014 – Rio Teles Pires:

• Floresta ombrófila aberta com vegetação ciliar em contato com a água.

• Apresenta sinais de antropização, devido a implantação de acampamentos de pesca.

• Margem direita (Trecho 013) completamente transformada em decorrência da implantação da

barragem.

• Barrancos de até 4 metros entremeados de áreas alagadas.

• Ambiente lótico de elevada vazão e alta energia.

• Com largura acima de 250 metros e profundidade extremamente variável entre 2 a 10 metros.

• Rochas formando pequena corredeira na seca.

• Solo areno-argiloso de cor amarela-acinzentada.

• Águas claras (Figuras 3K e M Cheia; 3L e N Seca).

Trecho Ictio 015 – Ribeirão das Águas:

• Vegetação de floresta ombrófila aberta secundária na foz do rio, ambiente antropizado devido a

presença de desmatamento e locais de acampamento.

• Ambiente lótico de alta energia.

• Troncos caídos ao longo de todo o leito do rio.

• Profundidade muito variável de 5 a 4 metros e largura entre 5 a 15 metros.

• Solo areno-argiloso de cor amarelada.

• Água barrenta, provavelmente devido ao carreamento de sedimentos em suas nascentes (Figuras

3O Cheia e 3P Seca).

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Figuras 3 A a H: Trechos de amostragem de peixes na época de cheia e seca, UHE Colíder. Fotos Arrolho, S.

x

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Figuras 3 I a P: Trechos de amostragem de peixes na época de cheia e seca, UHE Colíder. Fotos Arrolho, S.

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4.3. Materiais (apetrechos utilizados)

Coleta com redes de mão/peneira: Este é um método ativo de coleta de peixes, que geralmente acessa

uma fauna de pequeno porte (<100 mm), e visa a captura de exemplares alojados em áreas de vegetação

densa, folhiço submerso ou nas margem. Esta técnica de captura foi aplicada em todos os trechos, em

locais próximos a vegetação aquática e em contato com a água. Este método foi aplicado em áreas de até

1,5 m de profundidade. O tempo de coleta foi duas horas em cada período (matutino e vespertino).

Coleta com rede de arrasto: Este método foi utilizado por, no mínimo, dois coletores, e buscou acessar

uma fauna mais pelágica e/ou associada ao leito dos corpos d’águas. As redes de arrasto foram aplicadas

manualmente em locais menos profundos até 1,5 metros e com o auxílio do barco em áreas mais profundas

(margens, ilhas e canal do rio).

Coleta com rede de espera e tarrafas: Este método passivo de coleta de peixes foi empregado para a

captura de peixes de maior porte que habitam ou esporadicamente utilizam os igarapés ou as margens do

rio para alguma de suas atividades biológicas. Nos trechos foi empregada uma bateria de redes de

diferentes malhas (2, 3, 4, 5, 10 e 20 cm entre nós consecutivos), a fim de capturar exemplares de vários

tamanhos e formas. Essa bateria possui entre 10 e 100 metros de extensão e entre 2 e 5 metros de altura.

As redes foram mantidas expostas, paralelamente aos corpos d’água, por até 24 horas e revisadas a cada

três horas.

Coleta com varas de pesca: No intervalo entre as verificações das redes,foram realizadas coletas com o

uso de material de pesca convencional, ou seja, com varas de fibra de carbono equipadas com carretilha ou

molinete. Este equipamento usa linhas de nylon de capacidade de tensão apropriada para o tipo de peixe

esperado. Foram arremessadas com este equipamento, iscas artificiais de diversos modelos, tamanhos e

formas e iscas naturais (Minhoca, milho, etc), no intuito de capturar os peixes de médio e grande porte.

4.4. Metodologia

Cada corpo d’água teve um trecho demarcado de 150 metros de comprimento por toda largura do

corpo d’água (Figura 04).

Figura 4 – Esquema dos métodos utilizados para o protocolo de peixes. Rede de mão utilizada nas margens; rede de arrasto nos leitos dos corpos d’água; e rede de espera expostas paralelamente ao

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igarapé. Os três métodos foram empregados ao longo dos 150 metros do trecho.

Coleta e Observação de Ovos e Larvas

As amostras de ovos e larvas de peixes foram obtidas utilizando-se redes de plâncton do tipo

cônico-cilíndrica (malha 0,5 mm), com comprimento de 1,5 m e área de boca igual a 0,07 m². A rede

permaneceu fixada a um cabo estendido perpendicularmente ao rio, nas margens direita, esquerda

superficialmente e no meio ao fundo, com exposição de 15 minutos contra a correnteza.

As amostras de ovos e larvas de peixes foram acondicionadas em frascos plásticos de 500 ml com

tampa rosqueada e fixadas em formol 4% tamponado com carbonato de cálcio (CaCO3). Em laboratório, os

ovos e larvas de peixes foram analisados sob microscópio estereoscópico e identificados conforme

bibliografia específica.

Fixação e conservação dos espécimes

Cada sequência de amostras (rede, tarrafa, puçá ou vara de pesca) foi devidamente etiquetada, e o

material coletado anestesiado com o uso de Eugenol, conforme Resolução N° 714 do Conselho Federal de

Medicina Veterinária e sequentemente fixados em solução de formalina a 10% no local de coleta.

Para exemplares de proporções corporais maiores, estes foram fixados através de injeções de

formol 10% ao longo de toda a musculatura e no interior da cavidade abdominal. Posteriormente, esses

exemplares foram mergulhados em recipientes contendo formol 10% permanecendo por cinco a sete dias.

Os peixes capturados, depois de fixados, foram transportados para o Laboratório de Ictiologia da

Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, Campus de Alta Floresta, onde foram identificados e

anotadas as medidas de comprimento total, comprimento padrão e pesados. Foi efetuada incisão abdominal

para determinação de sexo e estádio de maturação gonadal, fotografados in situ, e retirados tratos

digestivos para determinação da dieta alimentar.

Todos os exemplares coletados foram depositados na Coleção de Peixes do Campus de Alta

Floresta – UNEMAT, estando a disposição para visitas técnicas dos órgãos ambientais e pesquisadores

interessandos.

Marcação das espécies migratórias

Cada exemplar maior de 30 cm capturado foi marcado através de TAGS de cor laranja na base da

nadadeira dorsal (para peixes de escama ou de couro). Os TAGS tem um número que corresponde às

informações obtidas naquele momento. Todo esse processo demora menos de 60 segundos, evitando

estressar o peixe.

Unidade amostral

Considera-se uma Unidade Amostral (UA) o resultado do total de exemplares coletados na(s)

sequência(s) realizada(s) com cada método (peneira, rede de arrasto ou rede de espera).

Análises Biológicas

As análises biológicas (reprodução e alimentação) foram realizadas somente com as espécies

coletadas com número amostral maior que 10 indivíduos, para permitir a fidedignidade dos cálculos.

Análise Reprodutiva

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 13 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

Os estádios de maturação gonadal utilizados serão: I – Imaturo; II – Em maturação; III – Maturo; IV

– Esvaziado e V – Em repouso.

Os pesos das gônadas foram utilizados para estabelecer a relação com o peso dos peixes, por

estádio de maturação, determinando os Índices Gonadossomáticos e as curvas de reprodução. Este

procedimento permite observar a dinâmica da reprodução das diferentes espécies dentro do mesmo

período reprodutivo por tipo de ambiente onde a comunidade é estabelecida.

b. Análise Trófica

A determinação do regime alimentar foi efetuada através da aplicação do índice alimentar

proposto por Kawakami & Vazzoler (1980), segundo a fórmula:

IAi = Fi x Vi /Σ (Fi x Vi) (1) i=1

Sendo:

IAi = índice alimentar;

I = 1,2,...n determinado item alimentar;

Fi = freqüência de ocorrência (%) de determinado item alimentar;

Vi = volume (%) de determinado item alimentar.

A análise da estrutura trófica foi efetuada utilizando os seguintes procedimentos:

Uma guilda trófica foi considerada abundante quando seu valor for maior que o valor médio,

dividindo o número de peixes ou o produto de Ni x Pi pelo número de guildas tróficas em cada local de

amostragem:

Ni x Pi x 100/ ΣNi x Pi (2)

onde Ni será igual ao número de exemplares da espécie i e Pi, o peso da espécie i.

c. Análises Estatísticas

A densidade dos peixes foi calculada através da Captura por Unidade de Esforço (CPUE = (C/E)),

onde,

(3)

Sendo:

CPUEn = captura em número por unidade de esforço;

CPUEb = captura em biomassa (peso corporal) por unidade de esforço;

Nm = número total dos peixes capturados na malha m;

Bm = biomassa total capturada na malha m;

Epm = esforço de pesca, que representa a área em m² das redes de malha m; e m = tamanho da malha

(entre nós 2, 3, 4, 5, 10 e 20 cm consecutivos).

Deste modo, foram obtidas as seguintes CPUE's:

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CPUE(n,b) malha = CPUE, em número e biomassa, por malha de coleta;

CPUE(n,b) espécie = CPUE, em número e biomassa, por espécie.

A constância de ocorrência (C) das espécies foi calculada pela seguinte fórmula: C = p. 100/P,

onde p é o número de coletas contendo as espécies i e P é o número total de espécies, sendo que em

função do valor de C, distinguem as seguintes categorias: Espécies Constantes, presentes em mais de 50%

das coletas; Espécies acessórias, presentes em 25 a 50% das coletas; Espécies acidentais, presentes em

menos de 25% das coletas.

A diversidade foi avaliada utilizando-se o índice de Shannon-Wiener:

H = Σ pi.log pi (4)

Sendo: pi a freqüência de cada uma das espécies e logaritmo na base 10.

A fim de evidenciar diferenças ou semelhanças, aos resultados dos índices de Shannon-Wiener

obtidos foram aplicados testes “t” de significância, onde:

T= H1 – H2 (5) var. (H1) + var. (H2)

Sendo:

H1 é o valor da diversidade no local 1;

H2 é o valor da diversidade no local 2;

var (Hs), a variância do valor da diversidade, calculada como.

Var (Hs)= (Σ pi ln2 pi) – (Hs)

2 + S -1 (6) N 2N2

Sendo:

S é o número de espécies;

N, o número de indivíduos da biocenose 1;

N2, o número de indivíduos da biocenose 2.

d. Análise de metais pesados

Foram encaminhados exemplares de bicuda (Boulengerela cuvieri); piranha (Serrasalmus

rhombeus), matrinxã (Brycon pesu) e piau (Leporinus fidericii) ao Laboratório de Ictiologia do Campus de

Tangará da Serra – UNEMAT, para análise de mercúrio.

e. Comparabilidade dos resultados

Para análise os resultados foram comparados entre as quatro coletas realizadas, nos diferentes

períodos sazonais.

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5. RESULTADOS

5.1. Abundância, Riqueza e Diversidade de Peixes

Nos quinze trechos de amostragem foram registrados ao todo 11.422 exemplares de peixes, sendo

2.049 exemplares da primeira coleta, 4.436 exemplares da segunda coleta, 2.384 exemplares da terceira

coleta e 2.553 exemplares da quarta coleta na área de abrangência da UHE Colíder. Os peixes registrados

pertencem a 07 ordens, 31 famílias, 89 gêneros e 258 espécies (Anexo 02 - Tabela 02). Estão distribuídos

da seguinte forma: Beloniformes (1 família, 1 gênero e 2 espécies), Characiformes (14 famílias, 47 gêneros

e 170 espécies), Cyprinodontiformes (2 famílias, 2 gêneros e 3 espécies), Gymnotiformes (4 famílias, 6

gêneros e 9 espécies), Perciformes (2 famílias, 6 gêneros e 25 espécies), Siluriformes (7 famílias, 26

gêneros e 48 espécies), e Symbranchiformes (1 família, 1 gênero e 1 espécie).

Espécies representantes de gêneros (Astyanax, Bryconamericus, Hemigrammus, Hyphessobrycon,

Ancystrus) considerados incert sedis por Reis et. al. (2003), isto é “de identificação incerta” estão com suas

identificações sendo revisadas, ficando apenas com o epítuto genérico (sp.).

A área amostral está inserida em uma região da bacia hidrográfica do rio Tapajós (Alto-médio Teles

Pires) e apresenta uma fauna característica (que evoluiu nesses ambientes de águas claras), diferente

daquela do restante da bacia, o que pode ser evidenciado pelo número de novas espécies de peixes

descritas recentemente (Britski & Garavello, 1993; Campos-da-Paz, 1999; Langeani 1998; Moreira et al.,

2002; Lucena, 2003; Ferreira et al. 2009) explicando os resultados até então obtidos. Estes dados indicam a

importante diversidade do sistema e a necessidade de monitoramento constante da fauna aquática.

Houve um acréscimo no registro de singletons (taxon com ocorrência de apenas um indivíduo) para

43 espécies e doubletons (táxon com apenas dois indivíduos em todos os trechos de coleta) para 20

espécies (Anexo 02 - Tabela 02). Para Castilhos & Buckup (2011) a heterogeneidade da ecorregião

aquática Tapajós possibilita a existencia de uma ictiofauna bastante específica, diferente do restante da

bacia Amazônica. Confirmando o que é proposto por Anjos et al. (2008) se refere a esta condição, em

vários ambientes, ser especialmente verdadeiro se considerarmos as dimensões da Amazônia Meridional e

suas redes hidrográficas na região norte do estado de Mato Grosso.

Dentre as espécies de peixes coletadas nas quatro campanhas na área de abrangência da UHE

Colíder, tem-se a seguinte proporção (Figura 05): 65,89% das espécies são representantes dos

Characiformes; 18,6% das espécies representam os Siluriformes; 9,69% representam os Perciformes;

3,49% representam os Gymnotiformes; Beloniformes, Symbranchiformes e Cyprinodontiformes juntos

representam 2,33%. Estes resultados são semelhantes aos encontrados por Arrolho et al. (2011) em coletas

realizadas no baixo rio Teles Pires e Castilhos & Buckup (2011) para a área da ecorregião aquática Tapajós,

evidenciando que as ordens Characiformes e Siluriformes representam mais de 80% da ictiofauna da região.

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Figura 05 – Representação das ordens de peixes coletadas na área de abrangência da UHE Colíder, nos meses de dezembro de 2011 a setembro de 2012.

Os dados acumulados de abundância (N), riqueza (R) e diversidade (H’) de espécies apontam que

o trecho 04, correspondente ao Rio Renato, após quatro coletas continua apresentando o valor mais alto de

diversidade e riqueza de espécies (H’ = 3,98 e R = 111) e o trecho 09 no Rio Teles Pires apresenta o maior

valor de abundância (N = 2188), mas com o menor índice de diversidade (H’ = 2,22) (Tabela 3).

Tabela 03 – Dados básicos da ictiofauna na área de abrangência da UHE Colíder nas coletas de dezembro de 2011 a setembro de 2012. Sendo que os números de 01 a 15 na coluna inicial correspondem aos trechos de coleta de peixes.

Dados Básicos 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 Total

Abundância 892 455 1060 930 574 656 452 1033 2188 528 552 414 548 432 708 11422 Riqueza 71 56 86 111 66 73 52 73 69 60 62 57 74 49 69 258

Diversidade 3,18 3,26 3,22 3,98 3,21 3,56 3,38 3,24 2,22 3,16 2,97 3,15 3,59 3,12 3,23 4,32

Equitabilidade 0,74 0,81 0,74 0,84 0,76 0,83 0,86 0,75 0,52 0,80 0,71 0,78 0,83 0,82 0,76 0,77

Quando comparadas as coletas por época sazonal, a primeira coleta foi realizada no período de

enchente do rio, a segunda o rio já se encontrava no período de cheia plena, em junho na terceira coleta o

nível das águas estava oscilando considerando o período de vazante e em setembro, quarta coleta,

considera-se seca. Os resultados evidenciam que não houveram diferenças significativas nos dados de

riqueza e diversidade quando comparados os períodos sazonais (Tabela 04), com a cheia apresentando um

leve aumento no valor de riqueza. O valor alto de abundância no período de cheia pode estar refletindo a

dominância de algumas espécies nesta época, o que diminui os índices de diversidade e equitabilidade para

o referido período. No geral as coletas sazonais apresentam equitabilidade acima de 50%.

0

10

20

30

40

50

60

70

Po

rce

nta

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as

Ord

en

s (%

)

Famílias

Gêneros

Espécies

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Tabela 04 – Dados básicos da ictiofauna na área de abrangência da UHE Colíder nas coletas

referentes aos quatro períodos sazonais.

Dados Básicos Enchente Cheia Vazante Seca Total

Riqueza 128 130 113 102 258

Abundância 2091 4431 2499 2373 11422

Dominância_D 0,040 0,082 0,032 0,040 0,025

Simpson_1-D 0,951 0,917 0,968 0,959 0,974

Shannon_H 3,821 3,277 3,889 3,731 4,326

Equitabilidade_J 0,7875 0,6732 0,8227 0,8067 0,7779

Resultados semelhantes foram registrados para afluentes da porção média do rio Teles Pires por

Godoi (2008) e Smerman (2008). Lowe-McConnell (1999) afirma que na bacia Amazônica existem fatores

importantes que afetam a estrutura das comunidades de peixes, estando entre eles as variações

sazonais, causadas principalmente por flutuações na precipitação pluviométrica, que alteram as

características físicas e químicas da água, como pH, condutividade, oxigênio dissolvido, fluxo e

temperatura o que é determinante na estruturação da ictiofauna.

5.2. Guildas Tróficas

As espécies coletadas foram classificadas de acordo com seus hábitos alimentares ou guildas

tróficas (Tabela 05). Foi constatada uma composição específica de 29% de onívoros, 17% das espécies não

foram realizadas análises da dieta em decorrência do número insuficiente de exemplares coletados, 11% de

detritívoros, 10% de insetívoros, 9% de piscívoros, 8% de iliófagos, 7% de carnívoros, e 9% de espécies

que compõem as demais guildas (Figura 06). Estes resultados demonstram que existe em todos os habitats

um compartilhamento dos recursos disponíveis e que existe um equilíbrio na composição das comunidades

aquáticas.

TABELA 05 – Lista de Espécies da Ictiofauna da área de abrangência da Usina Hidrelétrica de Colíder, no período de dezembro de 2011 e setembro de 2012. Classificação com base em Reis et al. (2003). Legenda: Guilda: NAIA – Número Amostral Insuficiente para Análise; e Hábitos: MT – migratório trófico; MR – migratório reprodutivo; S – hábitos sedentários (Classificação com base em Agostinho et al. 2007); Ambiente: ar - águas rasas; co – corredeiras; cn - canais; ea - encontro de águas; le - lêntico; lo - lótico;pd - pedras;pc – poço; rz - raízes de plantas; re – remansos.

Táxons Nome Comum Guilda Hábitos Ambiente

Ordem Beloniformes

Família Belonidae

Potamorrhaphis guianensis (Miranda Ribeiro, 1915) Peixe-agulha Carnívoro MT Lo, ar

Potamorrhaphis sp. Peixe-agulha Carnívoro MT Lo, ar

Ordem Characiformes

Família Acestrorhynchidae

Acestrorhynchus falcatus (Bloch, 1794) Peixe-Cachorro Piscívoro MT, MR Lo

Acestrorhynchus microleps (Schomburgk,1841 ) Cachorrinha Piscívoro MT, MR Lo

Acestrorhynchus pantaneiro Menezes, 1992 Cachorra Piscívoro MT, MR Lo

Família Anostomidae

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Táxons Nome Comum Guilda Hábitos Ambiente

Leporinus britsk Feitosa, Santos & Berindelli, 2011 Piau Onívoro MT,MR Cn, Lo

Laemolyta taeniata (Kner, 1859) Piau Onívoro MT, MR Cn, Lo

Leporinus fasciatus (Bloch, 1794) Piau Onívoro MT, MR Cn, Lo

Leporinus fridericii (Bloch, 1794) Piau-Três-Pintas Onívoro MT, MR Cn, Lo

Leporinus agassizi Steindachner, 1876 Piau Iliófago MT, MR Cn, Lo

Leporinus aff. granti Eigenmann, 1912 Piau Iliófago MT, MR Cn, Lo

Leporinus granti Eigenmann, 1912 Piau Frugívoro MT, MR Cn, Lo

Leporinus guttatus Birindelli & Britski, 2009 Piau Onívoro MT, MR Cn, Lo

Leporinus octomaculatus Britski & Garavello, 2005 Piau Onívoro MT, MR Cn, Lo

Leporinus sp. Piau NAIA MT, MR Cn, Lo

Leporinus vanzoi (Britski & Garavello, 2005) Piau-listrado Frugívoro MT, MR Cn, Lo

Leporellus vittatus (Valenciennes, 1850) Piau Onívoro MT, MR Cn, Lo

Schizodon cf. isognathus Kner, 1858 Piau NAIA MT, MR Cn, Lo

Schizodon sp. Piau NAIA MT, MR Cn, Lo

Família Characidae

Astyanacinus sp. Lambari Insetívoro MT Ar, Rz

Astyanax aff. fasciatus (Cuvier, 1819) Lambari NAIA MT Ar, Rz

Astyanax aff. henseli Melo & Buckup, 2006 Lambari NAIA MT Ar, Rz

Astyanax aff. scabripinnis (Jenyns, 1842) Lambari NAIA MT Ar, Rz

Astyanax argyrimarginatus Garutti, 1999 Lambari NAIA MT Ar, Rz

Astyanax cf. abramis (Jenyns, 1842) Lambari NAIA MT Ar, Rz

Astyanax cf. ajuricaba Marinho & Lima, 2009 Lambari NAIA MT Ar, Rz

Astyanax cf. bockmanni Vari & Castro, 2007 Lambari NAIA MT Ar, Rz

Astyanax cf. marionae Eigenmann, 1911 Lambari NAIA MT Ar, Rz

Astyanax gr. asuncionensis Géry, 1972 Lambari NAIA MT Ar, Rz

Astyanax gr. obscurus (Hensel, 1870) Lambari NAIA MT Ar, Rz

Astyanax gr. vermilion Zanata & Camelier, 2009 Lambari NAIA MT Ar, Rz

Astyanax bimaculatus (Linnaeus, 1758) Lambari NAIA - cn

Astyanax gr. bimaculatus (Linnaeus, 1758) Lambari NAIA - cn

Astyanax siapae Garutti, 2003 Lambari NAIA MT Cn

Astyanax sp. Lambari NAIA MT Cn

Astyanax sp.1 Lambari Onívoro MT Cn

Astyanax sp. 2 Lambari NAIA MT Cn

Astyanax sp. 3 Lambari NAIA MT Cn

Astyanax sp. 4 Lambari NAIA MT Cn

Astyanax sp. 5 Lambari NAIA MT Cn

Astyanax anterior (Eigenmann, 1908) Lambari Onívoro MT Ar, Lo

Astyanax utiariti Garutti & Bertaco 2007 Lambari Insetívoro MT Ar, Lo

Brachychalcinus copei (Steindachner, 1882) Lambari moeda Onívoro MT Ar, Lo, Cn

Brachychalcinus orbicularis (Valenciennes, 1850) Lambari moeda Insetívoro MT Ar, Lo

Brachychalcinus aff. nummus Bohlke, 1958 Lambari moeda NAIA MT Ar, Lo

Brycon falcatus (Müller & Troschel, 1844) Matrinxã Insetívoro MT Ar, Lo

Brycon pesu (Müller & Troschel, 1845) Matrinxã Herbívoro/ Piscívoro

MT Ar, Lo, Cn

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Táxons Nome Comum Guilda Hábitos Ambiente

Bryconamericus exodon (Eigenmann, 1907) Lambari Herbívoro/Piscívoro MT Ar, Lo, Cn

Bryconamericus sp. Lambari Insetívoro MT Ar, Lo

Bryconamericus sp.1 Lambari Onívoro MT Ar, Lo, Cn

Bryconamericus sp.2 Lambari Onívoro MT Ar, Lo, Cn

Bryconamericus stramineus Eigenmann, 1908 Lambari Insetívoro MT Ar, Lo

Bryconexodon trombetasi Jégu, Santos & Ferreira, 1991 Lambari Onívoro MT Ar, Lo, Cn

Bryconops alburnoides Kner, 1858 Lambari Onívoro MT Ar, Lo, Cn

Bryconops caudomaculatus (Gunther, 1864) Lambari Onívoro MT Ar, Lo, Cn

Bryconops aff. caudomaculatus (Gunther, 1864) Lambari Insetívoro MT Ar, Lo

Bryconops aff. colanegra Chernoff & Machado-Allison, 1999 Lambari NAIA - Lo

Bryconops melanurus (Bloch, 1794) Lambari Insetívoro MT Ar, Lo

Bryconops cf. melanurus (Bloch, 1794) Lambari Insetívoro MT Ar, Lo

Bryconops sp. Lambari Insetívoro MT Ar, Lo

Bryconops sp. 1 Lambari Onívoro MT Ar, Lo, Pd

Bryconops sp. 2 Lambari Onívoro MT Ar, Lo, Pd

Bryconops sp. 3 Lambari Onívoro MT Ar, Lo, Pd

Bryconops sp. 4 Lambari Onívoro MT Ar, Lo, Pd

Caiapobrycon tucurui Malabarba & Vari, 2000 Lambari Onívoro MT Ar, Lo, Pd

Creagrutus sp. Lambari Onívoro MT Ar, Lo, Pd

Gephyrocharax sp. Lambari NAIA - Lo

Gnathocharax sp. Lambari NAIA - Lo

Hemigramus analis (Durbin,1909) Piaba Insetívoro MT Ar, Lo, Pd

Hemigrammus sp. Piaba Onívoro MT, MR Cn, Lo, Ea, Pd

Hemigrammus sp.1 Piaba Onívoro MT, MR Cn, Lo, Ea, Pd

Hemigramus coeruleus Durbin, 1908 Piaba Onívoro MT, MR Cn, Lo, Ea, Pd

Hemigrammus aff. levis Durbin, 1908 Piaba Onívoro MT, MR Cn, Lo, Ea, Pd

Hemigrammus aff. ocellifer (Steindachner, 1882) Piaba Onívoro MT, MR Cn, Lo, Ea, Pd

Hemigrammus aff. tridens Eigenmann, 1907 Piaba Onívoro MT, MR Cn, Lo, Ea, Pd

Hyphessobrycon bentosi Durbin, 1908 Lambari Onívoro MT, MR Cn, Lo, Ea, Pd

Hyphessobrycon gr. bentosi Durbin, 1908 Piaba Onívoro MT, MR Cn, Lo, Ea, Pd

Hyphessobrycon gr. callistus (Boulenger, 1900) Piaba NAIA - Cn

Hyphessobrycon heliacus Moreira, Landim & Costa, 2002 Piaba Onívoro MT, MR Cn, Lo, Ea, Pd

Hyphessobrycon aff. loretoensis Ladiges, 1938 Piaba Onívoro MT, MR Cn, Lo, Ea, Pd

Hyphessobrycon moniliger Moreira, Landim & Costa, 2002 Piaba Insetívoro/Onívoro MT Le, Rz, Ar

Hyphessobrycon aff. moniliger Moreira, Lima & Costa, 2002 Piaba NAIA MT Le, Rz, Ar

Hyphessobrycon aff. stegemanni Gery,1961 Piaba Onívoro MT Le, Rz, Ar

Hyphessobrycon scutulatus Lucena, 2003 Piaba Insetívoro/Onívoro MT Le, Rz, Ar

Hyphessobrycon sp. Piaba Onívoro MT, MR Cn, Lo, Ea, Pd

Hyphessobrycon sp. 1 Piaba Onívoro MT Cn, Ea, Lo

Hyphessobrycon sp. 2 Piaba Onívoro MT Cn, Ea, Lo

Hyphessobrycon sp. 3 Piaba Carnívoro MT Cn, Ea, Lo

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 20 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

Táxons Nome Comum Guilda Hábitos Ambiente

Hyphessobrycon sp. 4 Piaba Carnívoro MT Cn, Ea, Lo

Hyphessobrycon sp. 5 Piaba

Carnívoro MT Cn, Ea, Lo

Hyphessobrycon vimae Géry, 1966 Piaba Carnívoro MT Cn

Iguanodectes sp. Piava Onívoro MT Ar, Ea, Lo

Iguanodectes aff. spilurus (Gunther, 1864) Piava NAIA - Lo

Jupiaba sp. Piaba Carnívoro MT Cn, Ea, Lo

Jupiaba apenina Zanata, 1997 Piaba Carnívoro MT Cn, Ea, Lo

Jupiaba anteroides (Géry, 1965) Piaba NAIA - Lo

Jupiaba polylepis (Günther, 1864) Piaba Carnívoro MT Cn, Ea, Lo

Jupiaba poranga Zanata, 1977 Piaba NAIA - Cn

Knodus heteresthes (Eigenmann, 1908) Piava Onívoro MT Ar, Ea, Lo

Knodus shinahota (Ferreira & Carvajal, 2007) Piaba Onívoro MT Ar, Pd, Rz

Metynnis maculatus (Kner, 1858) Pacu Onívoro MT, MR Ar, Pd, Rz, Lo

Metynnis lippincottianus (Cope, 1870) Pacu Onívoro MT, MR Ar, Pd, Rz, Lo

Mileinae jovem Pacupeva Onívoro MT Cn

Microschemobrycon guaporensis Cavallaro, 2010 - MT Lo

Myleus arnoldi (Ahl, 1936) Pacupeva Onívoro MT, MR Lo, Cn

Myleus setiger Müller & Troschel, 1844 Pacu Frugívoro MT, MR Lo, Cn

Myleus sp. Pacu Frugívoro MT, MR Lo, Cn

Moenkhausia sanctaefilomenae (Steindachner, 1907) Lambari Olho-de-Fogo

Frugívoro MT, MR Lo, Cn

Moenkhausia collettii (Steindachner, 1882) Lambari Olho-de-Fogo

Onívoro MT Ar, Rz, Lo

Moenkhausia cf. copei (Steindachner, 1882) Lambari Olho-de-Fogo

Onívoro MT Ar, Rz, Lo

Moenkhausia aff. chlorophtalma Souza, Neto-Ferreira & Birindelli, 2010

Lambari Onívoro MT Ar, Rz, Lo

Moenkhausia grandisquamis (Muller & Troschel, 1845) Lambari Olho-de-Fogo

Onívoro MT Ar, Rz, Lo

Moenkhausia lepidura (Kner, 1858) Lambari Olho-de-Fogo

Onívoro MT Ar, Rz, Lo

Moenkhausia lopezi Britski & Silimon, 2001 Lambari Olho-de-Fogo

Onívoro MT Ar, Rz, Lo

Moenkhausia oligolepis (Günther, 1994) Lambari Olho-de-Fogo

Carnívoro MT Cn, Ea, Lo

Moenkhausia pirauba (Zanata, Berindelli & Moreira, 2010) Lambari Olho-de-Fogo

Carnívoro MT Cn, Ea, Lo

Moenkhausia plumbea Souza, Neto-Ferreira & Berindelli, 2010

Lambari Onívoro MT Cn, ar

Moenkhausia sp Lambari Onívoro MT Ar, Rz, Lo

Moenkhausia sp.1 Lambari Olho-de-Fogo

Carnívoro MT Cn, Ea, Lo

Moenkhausia sp.2 Lambari Olho-de-Fogo

Piscívoro/Insetívoro MT Cn, Ea, Lo

Moenkhausia sp.3 Lambari Olho-de-Fogo

Onívoro MT Cn, Ea, Lo

Phenacogaster aff. megalostictus Eigenmann, 1909 Lambari gordo Onívoro MT Ar, Ea, Lo

Phenacogaster sp. 1 Lambari NAIA - Lo

Serrapinnus kriegi (Schindler, 1937) Lambari Insetívoro MT Cn, Ea, Lo

Serrasalmus rhombeus (Linnaeus, 1766) Piranha-preta Onívoro MT Ar, Ea, Lo

Tetragonopterus argenteus Curvier, 1816 Lambari Insetívoro MT Cn, Ea, Lo

Tetragonopterus carvalhoi Melo, Benine, Mariguela & Oliveira 2011

Lambari Insetívoro MT Cn, Ea, Lo

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 21 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

Táxons Nome Comum Guilda Hábitos Ambiente

Tetragonopterus chalceus (Spix & Agassiz, 1829) Lambari Insetívoro MT Cn, Ea, Lo

Tetragonopterus sp. Lambari Insetívoro MT Cn, Ea, Lo

Thayeria boehlkei (Weintzman, 1957) Piava Insetívoro MT Cn, Ea, Lo

Thayeria obliqua Eigenmann, 1908 Piava Onívoro MT Cn, Ea, Lo

Família Chilodontidae

Caenotropus schizodon Scharcansky & Lucena 2007 Durinho, cabeça-dura

Iliófago MT cn, le

Família Ctenoluciidae

Boulengerella cuvieri (Agassiz,1829) Bicuda Piscívoro MT, MR Cn, Lo

Família Curimatidae

Curimata aff. acutirostris Vari & Reis, 1995 Curimba Detritívoro S Lg, Le, Rz

Curimata inornata Vari, 1989 Curimba Detritívoro S Lg, Le, Rz

Curimatopsis cf. macrolepis (Steindachner, 1876) Curimba Detritívoro S Lg, Le, Rz

Cyphocharax cf. notatus (Steindachner, 1908) Curimba Detritívoro S Lg, Le, Rz

Cyphocharax gangamon Vari, 1992 Curimba Detritívoro S Lg, Le, Rz

Cyphocharax gillii (Eigenmann & Kennedy, 1903) Curimba Detritívoro S Lg, Le, Rz

Cyphocharax gangamon Vari, 1992 Branquinha Insetívoro S Le

Cyphocharax leucostictus (Eigenmann & Eigenmann, 1889) Curimba Detritívoro S Lg, Le, Rz

Cyphocharax helleri (Steindachner, 1910) Branquinha Insetívoro S Ar, Lg, Le

Steindachnerina argentea (Gill, 1858) Curimba Insetívoro - Lg

Steindachnerina brevipinna (Braga & Azpelicuetta, 1987) Curimba Detritívoro S Lg, Le, Rz

Steindachnerina cf. conspersa (Holmberg, 1891) Curimba NAIA - Rz

Steindachnerina sp. Curimba NAIA S Lg, Le, Rz

Steindachnerina fasciata (Vari & Géry, 1985) Curimba Detritívoro S Lg, Le, Rz

Família Cynodontidae

Hydrolycus armatus (Jardine & Schomburgk, 1841) Cachorra Piscívoro MT, MR Cn, Lo

Hydrolicus tatauaia (Toledo-Piza, Menezes &Santos, 1999) Cachorra Piscívoro MT, MR Cn, Lo

Família Crenuchidae

Amnocryptocharax cf. elegans Weitzman & Kanazawa, 1976 Onívoro MT Rz

Melanocharacidium dispilomma (Buckup, 1993) Onívoro MT Rz

Melanocharacidium sp. Onívoro MT Rz

Characidium gomesi (Travassos, 1956) Onívoro MT Rz

Characidium sp. Em análise MT Rz

Characidium zebra (Eigenmann, 1909) Onívoro MT Rz

Família Erythrinidae

Hoplias gr. malabaricus (Bloch, 1794) Traíra Piscívoro S cn, re

Hoplias lacerdae (Miranda Ribeiro, 1908) Trairão Piscívoro S cn, re

Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) Traíra Piscívoro S cn, re, le

Hoplerythrinus unitaeniatus (Agassiz, 1829) Jeju Piscívoro S cn, re

Família Hemiodontidae

Argonectes robertsi Langeani, 1999 Sardinhão Iliófago MR Ea, cn

Hemiodus sp. Sardinha Iliófago MR ea, cn, lê

Hemiodus microlepis Kner, 1858 Sardinha Iliófago MR ea, cn, lê

Hemiodus sterni (Géry, 1964) Sardinha Iliófago MR ea, cn, lê

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 22 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

Táxons Nome Comum Guilda Hábitos Ambiente

Hemiodus orthonops Eigenmann & Kennedy, 1903 Sardinha Iliófago MR ea, cn, lê

Hemiodus unimaculatus (Bloch, 1794) Sardinha Iliófago MR ea, cn, lê

Família Lebiasinidae

Nannostomus eques Steindachner, 1876 Insetívoro S lo, lg

Pyrrhulina brevis Steindachner, 1876 Insetívoro S lo, lg

Pyrrhulina semifasciata Steindachner, 1876 Insetívoro S lo, lg

Pyrrhulina sp. Em análise S lo, lg

Família Prochilodontidae

Prochilodus lineatus (Valenciennes,1836) Curimbatá Iliófago MR cn, lo, lg

Prochilodus nigricans Agassiz, 1829 Curimbatá Iliófago MR Lo

Família Parodontidae

Parodon buckleyi (Boulenger, 1887) Canivete Iliófago MT cn, lo, lg

Ordem Cyprinodontiformes

Família Poeciliidae Poecilia reticulata Peters, 1859 NAIA S ar, pd, pc

Pamphorichthys aff. araguaiensis Costa, 1991 NAIA S ar, pd, pc

Família Rivulidae

Rivulus zygonectes Myers, 1927 Onívoro S ar, pd, pc

Ordem Gymnotiformes

Família Gymnotidae

Gymnotus carapo (Linnaeus, 1758) Tuvira Invertívoro S ar, rz, lg, le

Família Hypopomidae

Brachyhypopomus sp (nova) Sarapó NAIA S Ig

Brachyhypopomus brevirostris (Steindachner, 1868) Sarapó Invertívoro S Ig

Hypopygus lepturus Hoedeman, 1962 Sarapó Invertívoro S ar, rz, lg

Família Rhanphichthyidae

Gymnorhamphichthys sp. 1 Tuvira Carnívoro S ar, rz, lg, le

Gymnorhamphichthys sp. 2 Tuvira Carnívoro S ar, rz, lg, le

Gymnorhamphichthys rondoni (Miranda Ribeiro, 1920) Tuvira Carnívoro S ar, rz, lg, le

Família Sternopygidae

Eigenmannia limbata (Schreiner & Miranda Ribeiro,1903) Tuvira Invertívoro S ar, rz, lg, le

Sternopygus macrurus (Bloch & Schneider, 1801) Tuvira Invertívoro S ar, rz, lg, le

Ordem Perciformes

Família Cichliidae

Aequidens aff. plagiozonatus Kullander, 1984 Cará Onívoro MT Todos ambientes

Aequidens epae (Kullander,1995) Cará Onívoro MT Todos ambientes

Aequidens tetramerus (Heckel, 1840) Cará Onívoro - Ar, rz

Apistogramma agassizii (Steindachner, 1875) Cará Detritívoro MT Todos ambientes

Apistogramma borelli (Regan, 1906) Cará Detritívoro MT Todos ambientes

Apistogramma aff. eunotus Kullander, 1981 Cará Detritívoro MT Todos ambientes

Apistogramma sp. Cará Detritívoro MT Todos ambientes

Cichla monoculus Spix & Agassiz, 1831 Tucunaré Piscívoro MT Margens e renansos

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 23 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

Táxons Nome Comum Guilda Hábitos Ambiente

Cichla sp. Tucunaré Piscívoro MT Margens e renansos

Crenicichla anthurus Cope, 1872 Cará NAIA - Margens e renansos

Crenicichla centrarchus (Kullander 1988) Cará Onívoro MT Todos ambientes

Crenicichla inpa Ploeg, 1991 Cará Onívoro MT Todos ambientes

Crenicichla cf. hemera Kullander, 1990 Cará Insetívoro - Margens e renansos

Crenicichla labrina (Spix & Agassiz, 1831) Cará Onívoro MT Todos ambientes

Crenicichla lepidota Heckel, 1840 Cará Onívoro MT Todos ambientes

Crenicichla maculata Kullander & Lucena, 2006 Cará Onívoro MT Todos ambientes

Crenicichla reticulata (Heckel, 1840) Cará Onívoro MT Todos ambientes

Crenicichla sp. Cará Onívoro MT Todos ambientes

Crenicichla cf. stocki Poeg, 1991 Joaninha NAIA - Le

Crenicichla strigata (Günther,1862) Joaninha Onívoro MT Todos ambientes

Crenicichla gr. saxtilis (Linnaeus, 1758) Joaninha NAIA - Le

Satanoperca acuticeps (Heckel, 1840) Cará-bicudo Detritívoro MT Todos ambientes

Satanoperca gr. acutceps (Heckel, 1840) Cará-bicudo Detritívoro MT Todos ambientes

Satanoperca pappaterra (Heckel, 1840) Cará-bicudo Detritívoro MT Todos ambientes

Família Sciaenidae

Plagioscion squamossismus (Heckel,1840) Curvina-branca Piscívoro MT, MR cn, lo, re

Ordem Siluriformes

Família Auchenipteridae

Tatia aulopygia (Kner, 1858) Bagre NAIA - cn

Tatia intermedia (Steindachner, 1877) Bagre Piscívoro S re, cn, lo

Tatia sp. Bagre Piscívoro S re, cn, lo

Trachelyopterus galeatus (Linnaeus, 1766) Bagre Piscívoro S re, cn, lo

Parauchenipterus galeatus (Linnaeus, 1766) Bagre Piscivoro S re, cn, lo

Família Caliichthyidae

Aspidoras albater (Nijssen & Isbrucker, 1976) Cascudinho Planctófago MT rz, ar, pd, lo

Caliichctys caliichctys (Linnaeus, 1758) Tamboatá Planctófago MT rz, ar, pd, lo

Corydoras xinguensis (Nijssen, 1972) Cascudinho Planctófago MT rz, ar, pd, lo

Família Heptapteridae

Imparfinis sp. 1 Bagre NAIA - rz

Nanorrhandia stictonotus Regan, 1913 Bagre Onívoro MT Todos ambientes

Phenacorhamdia sp. Bagre Onívoro MT rz

Pimelodella cristata (Muller & Troschel, 1848) Bagre Onívoro/ Piscívoro

MT Todos ambientes

Pimelodella aff. steindachneri Eigenmann, 1917 Cascudo Detritívoro S pd, ar, rz, pc

Pimelodella sp. Cascudo Detritívoro S pd, ar, pc

Rhamdia sp. Bagre Onívoro S pd, ar, rz, pc

Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824) Bagre Onívoro S pd, ar, rz, pc

Família Loricariidae

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 24 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

Táxons Nome Comum Guilda Hábitos Ambiente

Farlowella smithi Fowler, 1913 Cascudo Detritívoro S pd, ar, rz, pc

Hisonotus armatus (Carvalho, 2008) Cascudo - S pd, ar, rz, pc

Hypostomus cf. plecostomus (Linnaeus, 1758) Cascudo Detritívoro S pd, ar, rz, pc

Hypostomus cochliodon Kner, 1854 Cascudo Detritívoro S pd, ar, rz, pc

Hypostomus gr. cochiodon Kner, 1854 Cascudo Detritívoro S pd, ar, rz, pc

Hypostomus rondoni (Miranda Ribeiro, 1912) Cascudo Detritívoro S pd, ar, rz, pc

Hypostomus simios Hollanda Carvalho & Weber, 2005 Cascudo NAIA S pd, ar, rz, pc

Hypostomus soniae Hollanda, Carvalho & Weber, 2004 Cascudo Detritívoro S pd, ar, rz, pc

Hypostomus sp. Cascudo Detritívoro S pd, ar, rz, pc

Otocinclus arnoldi Regan, 1909 Cascudo Detritívoro S pd, ar, rz, pc

Otocinclus caxarari Schaefer, 1997 Cascudo Detritívoro S pd, ar, rz, pc

Otocinclus hasemani Steindachner, 1915 Cascudo Detritívoro S pd, ar, rz, pc

Otocinclus sp. Cascudo Iliógafo S pd, rz, pc

Otocinclus sp. 1 Cascudo Iliófago S pd, ar, rz, pc

Otocinclus sp. 2 Cascudo Iliófago S pd, ar, rz, pc

Otocinclus vittatus Regan, 1904 Cascudo Iliófago S pd, ar, rz, pc

Rineloricaria sp. Cascudo Iliógafo S pd, ar, rz, pc

Rineloricaria hasemani Isbrucker & Nijssen, 1979 Cascudo Iliógafo S pd, ar, rz, pc

Rineloricaria lanceolata Guinther, 1868 Cascudo Iliógafo S pd, ar, rz, pc

Sturissoma rostratum Regan, 1904 Cascudo Iliófago S pd, ar, rz, pc

Família Pseudopimelodidae

Pseudopimelodus pulcher (Boulenger, 1887) Barge NAIA S Cn

Família Pimelodidae

Pimelodus albofasciatus Mees, 1974 Bagre barrigudo Onívoro/ Insetívoro

MT Todos ambientes

Pimelodus blochii Valenciennes, 1840 Bagre Insetívoro MT Todos ambientes

Pseudoplatystoma fasciatus (Linnaeus, 1766) Cachara Piscívoro MT e MR pd, pc e co

Hemisorubim platyrhynchos (Valenciennes, 1840) Bagre Insetívoro MT Todos ambientes

Sorubim lima (Bloch & Scheider, 1801) Chinelo Piscívoro MT Todos Ambientes

Zungaro zungaro (Humbolt, 1821) Jaú Piscívoro MT e MR pd, pc e co

Família Trichomycteridae

Ituglanis amazonicus (Steindachner, 1882) Candiru Carnívoro S pc, ar, pd, cn

Parastegophilus sp. Candiru Carnívoro S pc, ar, pd, cn

Ordem Synbranchiformes

Família Synbranchidae

Synbranchus marmoratus (Bloch, 1795) Muçum Piscívoro S pc, ar, rz, le

De modo geral os itens consumidos pelos peixes analisados são partes vegetais, detritos, algas

zooplâncton, insetos, outros invertebrados aquáticos (caranguejos, camarões, moluscos, anelídeos) e

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 25 / 65

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peixes. Verifica-se pouco nível de especialização alimentar, segundo Agostinho et al. (2007) essa deve ser

uma boa estratégia para ambientes com alta flutuação sazonal, pode ocorrer que em determinadas épocas

do ano alguns recursos alimentares não estejam disponíveis e outros sim, favorencendo os indivíduos

onívoros ou menos especialistas.

Figura 06 – Representação das guildas em porcentagem das espécies de peixes coletados na

área de influência da UHE Colíder, no período de dezembro/2011 a setembro/2012.

Os resultados apontam que existe grande variação na distribuição das espécies, 69,5% delas são

classificadas como acidentais, 15,5% como acessórias e apenas 15% constantes (Tabela 06). Isso pode

ser explicado devido ao processo de especialização na ocupação dos espaços pelas espécies, bem como

pela grande heterogeneidade ambiental na área amostral. Desta forma pode-se confirmar o alto grau de

exclusividade da ocorrência das espécies. Resultados semelhantes foram encontrados por Arrolho et. al.

(2006, 2007 e 2010) para os rios da região da Amazônia Meridional.

Quando comparadas as coletas nos diferentes perídos sazonais, os representantes do gênero

Bryconops, Corydoras, Hemigrammus, Hyphessobrycon e Moenkhausia continuam sendo abundantes em

mais de 50% das coletas e também nos trechos amostrais (Tabela 06).

TABELA 06 – Lista de Espécies da Ictiofauna da área de abrangência da Usina Hidrelétrica de Colíder, nos quatro períodos sazonais, dezembro de 2011 a setembro de 2012. Classificação com base em Reis et al. (2003). Legenda: Ocorrência: Co: Constante; Ace: Acessória; Aci: Acidenta; e Método de Coleta: pc – puçá; ra – rede de arrasto; re – rede de espera; pe – pesca.

Taxons Enchente Cheia Vazante Seca Ocorrência Método de Coleta

Ordem Beloniformes

Família Belonidae

Potamorrhaphis guianensis (Miranda Ribeiro, 1915) 1 0 0 0 Aci pc

Potamorrhaphis sp. 3 13 1 1 Co pc

Ordem Characiformes

Família Acestrorhynchidae

Acestrorhynchus falcatus (Bloch, 1794) 5 0 1 9 Ace re

0 5 10 15 20 25 30 35

Onívoro

NAIA

Detritívoro

Insetívoro

Piscivoro

Iliófago

Carnívoro

Outros

Frugívoro

Invertívoro

Planctófago

Porcentagem das guildas (%)

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 26 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

Acestrorhynchus microleps (Schomburgk,1841 ) 2 5 6 3 Co re

Acestrorhynchus pantaneiro Menezes, 1992 0 13 2 0 Aci re

Família Anostomidae

Laemolyta taeniata (Kner, 1859) 0 17 0 0 Aci re

Leporinus britsk Feitosa, Santos & Berindelli, 2011 0 0 0 2 Aci re

Leporinus fasciatus (Bloch, 1794) 0 2 2 0 Aci re

Leporinus fridericii (Bloch, 1794) 5 14 13 2 Co re

Leporinus agassizi Steindachner, 1876 9 0 8 0 Ace re

Leporinus aff. Granti Eigenmann, 1912 0 0 0 3 Aci re

Leporinus granti Eigenmann, 1912 2 0 1 0 Aci re

Leporinus guttatus Birindelli & Britski, 2009 0 0 1 0 Aci re e pe

Leporinus octomaculatus Britski & Garavello, 2005 5 0 0 0 Aci re

Leporinus sp. 0 1 0 0 Aci re

Leporinus vanzoi (Britski & Garavello, 2005) 2 1 0 0 Aci re

Leporellus vittatus (Valenciennes, 1850) 1 0 0 0 Aci re

Schizodon cf. isognathus Kner, 1858 0 1 0 0 Aci re

Schizodon sp. 0 13 0 0 Aci re

Família Characidae

Astyanacinus sp. 1 9 0 0 Aci ra e pc

Astyanax aff. fasciatus (Cuvier, 1819) 0 1 0 0 Aci pc

Asyanax. aff. henseli Melo & Buckup, 2006 0 1 0 0 Aci pc

Astyanax aff. scabripinnis (Jenyns, 1842) 0 6 0 0 Aci ra e pc

Astyanax argyrimarginatus Garutti, 1999 0 10 6 0 Ace ra e pc

Astyanax cf. abramis (Jenyns, 1842) 0 214 12 0 Ace ra e pc

Astyanax bimaculatus (Linnaeus, 1758) 0 0 0 1 Aci pc

Astyanax gr. bimaculatus (Linnaeus, 1758) 0 0 0 2 Aci pc

Astyanax cf. ajuricaba Marinho & Lima, 2009 0 21 0 4 Ace ra e pc

Astyanax cf. bockmanni Vari & Castro, 2007 0 114 0 0 Ace ra e pc

Astyanax cf. marionae Eigenmann, 1911 0 113 10 0 Ace ra e pc

Astyanax gr. asuncionensis Géry, 1972 0 3 0 0 Aci pc

Astyanax gr. obscurus (Hensel, 1870) 0 4 0 0 Aci pc

Astyanax gr. vermilion Zanata & Camelier, 2009 0 94 14 10 Co ra e pc

Astyanax siapae Garutti, 2003 0 1 0 0 Aci pc

Astyanax sp. 0 2 10 0 Aci ra e pc

Astyanax sp.1 6 8 0 0 Aci ra e pc

Astyanax sp. 2 0 1 0 0 Aci pc

Astyanax sp. 3 0 6 0 0 Aci ra e pc

Astyanax sp. 4 0 9 0 0 Aci ra e pc

Astyanax sp. 5 0 1 0 0 Aci pc

Astyanax anterior (Eigenmann, 1908) 3 0 0 0 Aci ra e pc

Astyanax utiariti Garutti & Bertaco 2007 0 2 0 0 Aci ra e pc

Brachychalcinus aff. nummus Bohlke, 1958 0 0 0 12 Aci ra e pc

Brachychalcinus copei (Steindachner, 1882) 4 0 0 0 Aci ra

Brachychalcinus orbicularis (Valenciennes, 1850) 0 20 34 20 Co ra e pc

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Brycon falcatus (Müller & Troschel, 1844) 1 3 4 9 Aci pe e re

Brycon pesu (Müller & Troschel, 1845) 3 12 8 5 Aci re

Bryconamericus exodon (Eigenmann, 1907) 42 549 155 101 Co re e pe

Bryconamericus sp. 0 5 0 0 Co ra e pc

Bryconamericus sp.1 75 152 0 0 CO ra e pc

Bryconamericus sp.2 16 3 0 0 Aci ra e pc

Bryconamericus stramineus Eigenmann, 1908 0 619 55 0 Co ra e pc

Bryconexodon trombetasi Jégu, Santos & Ferreira, 1991 43 67 29 3 Co ra e pc

Bryconops alburnoides Kner, 1858 74 0 0 0 Aci ra e pc

Bryconops caudomaculatus (Gunther, 1864) 31 0 0 50 Ace ra e pc

Bryconops aff. caudomaculatus (Gunther, 1864) 0 22 81 0 Ace ra e pc

Bryconops aff. colanegra Chernoff & Machado-Allison, 1999. 0 0 0 2 Aci ra e pc

Bryconops melanurus (Bloch, 1794) 35 0 64 0 Ace ra e pc

Bryconops cf. melanurus (Bloch, 1794) 0 30 6 0 Aci ra e pc

Bryconops sp. 0 845 6 0 Ace ra e pc

Bryconops sp. 1 22 0 0 0 Aci ra e pc

Bryconops sp. 2 191 0 0 0 Aci ra e pc

Bryconops sp. 3 3 0 0 0 Aci pc

Bryconops sp. 4 2 0 0 0 Aci pc

Caiapobrycon tucurui Malabarba & Vari, 2000 16 0 0 5 Aci ra e pc

Creagrutus sp. 16 0 2 5 Ace ra e pc

Hemigramus analis (Durbin,1909) 4 0 0 0 Aci ra e pc

Gephyrocharax sp. 0 0 0 1 Aci pc

Gnathocharax sp. 0 0 0 1 Aci pc

Hemigrammus sp. 12 0 8 0 Aci ra e pc

Hemigramus sp.1 0 3 30 0 Ace ra e pc

Hemigramus coeruleus Durbin, 1908 17 0 38 0 Ace ra e pc

Hemigrammus levis Durbin, 1908 0 0 16 3 Ace ra e pc

Hemigrammus ocellifer (Steindachner, 1882) 0 29 16 14 Co ra e pc

Hemigrammus aff. tridens Eigenmann, 1907 0 2 0 0 Aci ra e pc

Hyphessobrycon bentosi Durbin, 1908 73 0 0 18 Ace ra e pc

Hyphessobrycon gr. bentosi Durbin, 1908 0 49 110 0 Ace ra e pc

Hyphessobrycon heliacus Moreira, Landim & Costa, 2002 33 52 15 23 Co ra e pc

Hyphessobrycon aff. loretoensis Ladiges, 1938 0 1 0 0 Aci pc

Hyphessobrycon moniliger Moreira, Landim & Costa, 2002 3 0 0 0 Aci pc

Hyphessobrycon aff. moniliger Moreira, Lima & Costa, 2002 0 3 0 0 Aci pc

Hyphessobrycon aff. stegemanni Gery,1961 0 0 23 0 Aci ra e pc

Hyphessobrycon scutulatus Lucena, 2003 29 1 1 0 Aci ra e pc

Hyphessobrycon gr. callistus (Boulenger, 1900) 0 0 0 4 Aci pc

Hyphessobrycon sp. 1 0 0 0 Aci pc

Hyphessobrycon sp. 1 22 2 0 282 Aci ra e pc

Hyphessobrycon sp. 2 4 5 0 0 Aci ra e pc

Hyphessobrycon sp. 3 4 17 0 0 Aci ra e pc

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Hyphessobrycon sp. 4 0 3 0 0 Aci pc

Hyphessobrycon sp. 5 0 1 0 0 Aci pc

Hyphessobrycon vilmae Géry, 1966 5 0 0 0 Aci pc

Iguanodectes sp. 0 0 2 0 Aci pc

Iguanodectes aff. spilurus (Gunther, 1864) 0 0 0 1 Aci pc

Jupiaba sp. 10 0 0 0 Aci pc

Jupiaba anteroides Géry, 1965) 0 0 0 3 Aci ra e pc

Jupiaba apenina Zanata, 1997 0 3 103 17 Aci ra e pc

Jupiaba poranga Zanata, 1977 0 0 0 6 Aci pc

Jupiaba polylepis (Günther, 1864) 0 57 26 0 Aci ra e pc

Knodus heteresthes (Eigenmann, 1908) 0 2 27 0 Ace pc

Knodus shinahota (Ferreira & Carvajal, 2007) 1 0 0 0 Aci pc

Metynnis maculatus (Kner, 1858) 2 4 0 0 Aci ra e pc

Metynnis lippincottianus (Cope, 1870) 0 0 0 10 Aci re

Mileinae jovem 10 0 0 29 Ace pc

Microschemobrycon guaporensis Cavallaro, 2010 20 0 0 30 Ace ra e pc

Microschemobrycon sp. 0 0 0 81 Aci ra e pc

Myleus arnoldi (Ahl, 1936) 1 0 0 0 Aci re

Myleus setiger Müller & Troschel, 1844 0 12 20 16 Co re

Myleus sp. 0 0 1 0 Aci re

Moenkhausia sanctaefilomenae (Steindachner, 1907) 3 0 0 0 Aci re, ra e pc

Moenkhausia collettii (Steindachner, 1882) 16 0 94 167 Co ra e pc

Moenkhausia aff. chlorophtalma Souza, Neto-Ferreira & Birindelli, 2010 0 0 29 0 Aci ra e pc

Moenkhausia cf. copei (Steindachner, 1882) 0 27 0 0 Aci pc

Moenkhausia grandisquamis (Muller & Troschel, 1845) 56 0 104 10 Co ra e pc

Moenkhausia lepidura (Kner, 1858) 67 0 36 6 Co ra e pc

Moenkhausia lopezi Britski & Silimon, 2001 4 0 0 0 Aci ra e pc

Moenkhausia oligolepis (Günther, 1994) 3 41 53 84 Co ra e pc

Moenkhausia pirauba (Zanata, Berindelli & Moreira, 2010) 71 0 0 0 Ace ra e pc

Moenkhausia plumbea Souza, Neto-Ferreira & Berindelli, 2010 0 0 0 61 Aci ra e pc

Moenkhausia sp 6 0 0 0 Aci pc

Moenkhausia sp.1 222 0 0 0 Aci ra e pc

Moenkhausia sp.2 22 0 0 0 Aci ra e pc

Moenkhausia sp.3 62 0 0 0 Aci ra e pc

Phenacogaster aff. megalostictus Eigenmann, 1909 0 2 0 0 Aci pc

Phenacogaster sp. 1 0 0 0 7 Aci pc

Serrapinnus kriegi (Schindler, 1937) 8 0 0 30 Aci re, ra e pc

Serrasalmus rhombeus (Linnaeus, 1766) 5 7 2 14 Co pe

Tetragonopterus argenteus Curvier, 1816 5 0 0 0 Aci ra e pc

Tetragonopterus carvalhoi Melo, Benine, Mariguela & Oliveira 2011 0 1 0 0 Aci ra

Tetragonopterus chalceus (Spix & Agassiz, 1829) 12 101 0 13 Co ra e pc

Tetragonopterus sp. 7 6 0 0 Aci ra e pc

Thayeria boehlkei (Weintzman, 1957) 1 7 68 15 Co ra e pc

Thayeria obliqua Eigenmann, 1908 0 2 0 0 Aci ra e pc

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FamíliaChilodontidae

Caenotropus schizodon Scharcansky & Lucena 2007 39 38 4 2 Co re, ra e pc

Família Ctenoluciidae

Boulengerella cuvieri (Agassiz,1829) 10 4 1 4 Co re

Família Curimatidae

Curimata aff. acutirostris Vari & Reis, 1995 0 14 0 0 Aci pc

Curimata inornata Vari, 1989 0 2 2 1 Aci ra e pc

Curimatopsis cf. macrolepis (steindachner, 1876) 0 0 0 1 Aci ra

Cyphocharax cf. notatus (Steindachner, 1908) 0 1 1 0 Aci ra e pc

Cyphocharax gangamon Vari, 1992 0 53 49 22 Ace ra e pc

Cyphocharax gillii (Eigenmann & Kennedy, 1903) 0 19 18 0 Ace ra e pc

Cyphocharax leucostictus (Eigenmann & Eigenmann, 1889) 0 239 207 0 Ace ra e pc

Cyphocharax helleri (Steindachner, 1910) 1 0 0 0 Aci pc

Steindachnerina argentea (Gill, 1858) 0 0 0 2 Aci re, ra e pc

Steindachnerina brevipinna (Braga & Azpelicuetta, 1987) 5 6 6 0 Co re, ra e pc

Steindachnerina cf. conspersa (Holmberg, 1891) 0 0 0 1 Aci ra

Steindachnerina fasciata (Vari & Géry, 1985) 0 4 4 15 Co pc

Steindachnerina sp. 0 0 1 0 Aci ra e pc

Família Cynodontidae

Hydrolycus armatus (Jardine & Schomburgk, 1841) 5 1 2 1 Co re

Hydrolicus tatauaia (Toledo-Piza, Menezes &Santos, 1999) 11 0 1 0 Ace re

Família Crenuchidae Amnocryptocharax cf. elegans Weitzman & Kanazawa,

1976 0 2 0 0 Aci pc

Melanocharacidium dispilomma (Buckup, 1993) 1 0 0 0 Aci pc

Melanocharacidium sp. 1 0 0 0 Aci pc

Characidium gomesi (Travassos, 1956) 2 0 0 0 Aci pc

Characidium sp. 0 0 1 1 Aci pc

Characidium zebra (Eigenmann, 1909) 41 15 7 17 Co pc

Família Erythrinidae

Hoplias gr. malabaricus (Bloch, 1794) 1 0 0 15 Aci re e ra

Hoplias lacerdae (Miranda Ribeiro, 1908) 3 0 1 2 Aci re

Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) 4 35 32 0 Co re e ra

Hoplerythrinus unitaeniatus (Agassiz, 1829) 0 0 5 31 Aci pc

Família Hemiodontidae

Argonectes robertsi Langeani, 1999 0 0 0 2 Aci re

Hemiodus sp. 2 0 0 0 Aci re e ra

Hemiodus microlepis Kner, 1858 0 35 19 0 Ace re e ra

Hemiodus sterni (Géry, 1964) 0 27 24 0 Ace re e ra

Hemiodus orthonops Eigenmann & Kennedy, 1903 0 0 1 0 Aci re

Hemiodus unimaculatus (Bloch, 1794) 0 0 1 18 Aci re e ra

Família Lebiasinidae

Nannostomus eques Steindachner, 1876 1 0 0 0 Aci pc

Pyrrhulina brevis Steindachner, 1876 1 0 0 0 Aci pc

Pyrrhulina semifasciata Steindachner, 1876 1 0 0 0 Aci pc

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Relatório Trimestral - 04 30 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

Pyrrhulina sp. 15 0 14 12 Co pc

Família Parodontidae

Parodon buckleyi (Boulenger, 1887) 1 0 0 0 Aci pc

Família Prochilodontidae

Prochilodus lineatus (Valenciennes,1836) 15 0 10 11 Aci pc, re e re

Prochilodus nigricans Agassiz, 1829 0 0 0 9 Aci re

Ordem Cyprinodontiformes

Família Rivulidae

Rivulus zygonectes Myers, 1927 10 0 0 0 Aci pc

Família Poeciliidae

Poecilia reticulata Peters, 1859 0 2 2 0 Aci pc

Pamphorichthys aff. araguaiensis Costa, 1991 0 0 7 32 Ace pc

Ordem Gymnotiformes

Família Gymnotidae

Gymnotus carapo (Linnaeus, 1758) 3 22 17 24 Co pc

Família Hypopomidae

Brachyhypopomus sp (nova) 1 0 0 0 Aci pc

Brachyhypopomus brevirostris (Steindachner, 1868) 0 0 14 3 Ace pc

Hypopygus lepturus Hoedeman, 1962 5 3 0 0 Aci pc

Família Rhamphichthyidae

Gymnorhamphichthys sp. 1 1 0 0 0 Aci pc

Gymnorhamphichthys sp. 2 1 0 0 0 Aci pc

Gymnorhamphichthys rondoni (Miranda Ribeiro, 1920) 0 38 31 80 Aci pc

Família Sternopygidae

Eigenmannia limbata (Schreiner & Miranda Ribeiro,1903) 0 1 2 1 Aci pc

Sternopygus macrurus (Bloch & Scheneider, 1801) 1 1 2 16 Aci pc

Ordem Perciformes

Família Cichlidae

Aequidens aff. plagiozonatus Kullander, 1984 0 1 0 0 Aci re, ra e pc

Aequidens epae (Kullander,1995) 22 18 21 0 Co re, ra e pc

Aequidens tetramerus (Heckel, 1840) 0 0 0 44 Aci re

Apistogramma agassizii (Steindachner, 1875) 12 0 0 0 Aci re, ra e pc

Apistogramma borelli (Regan, 1906) 0 11 0 0 Aci re, ra e pc

Apistogramma aff. eunotus Kullander, 1981 0 34 36 77 Co re, ra e pc

Apistogramma sp. 5 0 0 0 Aci re, ra e pc

Cichla monoculus Spix & Agassiz, 1831 0 2 0 0 Aci re

Cichla sp. 1 0 1 0 Aci re

Crenicichla anthurus Cope, 1872 0 0 0 3 Aci pc

Crenicichla centrarchus (Kullander 1988) 0 1 0 0 Aci pc

Crenicichla cf. hemera Kullander, 1990 0 0 0 6 Ace ra e pc

Crenicichla inpa Ploeg, 1991 17 12 20 0 Co re, ra e pc

Crenicichla labrina (Spix & Agassiz, 1831) 0 1 0 11 Aci ra e pc

Crenicichla lepidota Heckel, 1840 1 14 41 20 Aci ra e pc

Crenicichla maculata Kullander & Lucena, 2006 0 3 0 0 Aci ra e pc

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Relatório Trimestral - 04 31 / 65

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Crenicichla reticulata (Heckel, 1840) 0 18 0 0 Aci ra e pc

Crenicichla sp. 1 0 0 0 Aci pc

Crenicichla cf. stocki Poeg, 1991 0 0 0 1 Aci pc

Crenicichla strigata (Günther,1862) 5 14 0 0 Aci ra e pc

Crenicichla gr. saxtilis (Linnaeus, 1758) 0 0 0 6 Aci pc

Satanoperca acuticeps (Heckel, 1840) 2 0 10 0 Aci ra e pc

Satanoperca gr. acuticeps (Heckel, 1840) 2 0 0 0 Aci ra e pc

Satanoperca pappaterra (Heckel, 1840) 1 0 4 0 Aci ra e pc

Família Sciaenidae

Plagioscion squamossismus (Heckel,1840) 2 1 3 0 Aci re

Ordem Siluriformes

Família Auchenipteridae

Parauchenipterus galeatus (Linnaeus, 1766) 0 0 3 13 Aci pc

Tatia aulopygia (Kner, 1858) 0 0 0 3 Aci pc

Tatia intermedia (Steindachner, 1877) 0 5 0 0 Aci pc

Tatia sp. 0 2 15 0 Aci pc

Trachelyopterus galeatus (Linnaeus, 1766) 2 0 0 0 Aci pc

Família Callichthyidae

Aspidoras albater (Nijssen & Isbrucker, 1976) 0 0 13 0 Aci pc

Caliichctys caliichctys (Linnaeus, 1758) 7 1 1 4 Aci ra e pc

Corydoras xinguensis (Nijssen, 1972) 194 57 88 156 Co ra e pc

Família Heptapteridae

Imparfinis sp. 1 0 0 0 1 Aci pc

Nanorrhandia stictonotus Regan, 1913 65 64 180 160 Co ra e pc

Phenacorhamdia sp. 0 1 1 22 Ace ra e pc

Pimelodella cristata (Muller & Troschel, 1848) 4 0 0 0 Aci ra e pc

Pimelodella aff. steindachneri Eigenmann, 1917 0 6 5 40 Co ra e pc

Pimelodella sp. 0 3 4 0 Aci ra e pc

Rhamdia sp. 1 2 0 0 Aci ra e pc

Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824) 0 2 2 22 Co pc

Família Loricariidae

Ancystrus sp. 0 0 4 18 Aci ra e pc

Farlowella smithi Fowler, 1913 0 1 4 6 Co ra e pc

Hisonotus armatus (Carvalho, 2008) 10 8 0 0 Ace ra e pc

Hypostomus cf. plecostomus (Linnaeus, 1758) 0 7 0 0 Aci ra e pc

Hypostomus cochliodon Kner, 1854 15 0 0 0 Aci ra e pc

Hypostomus gr. cochiodon Kner, 1854 2 1 0 0 Aci ra e pc

Hypostomus rondoni (Miranda Ribeiro, 1912) 10 0 0 0 Aci ra e pc

Hypostomus símios Hollanda Carvalho & Weber, 2005 0 3 8 0 Ace ra e pc

Hypostomus soniae Hollanda, Carvalho & Weber, 2004 7 0 11 36 Ace ra e pc

Hypostomus cf. pyrineusi (Miranda Ribeiro, 1920) 0 0 11 0 Aci ra e pc

Hypostomus sp. 1 1 3 3 1 Co ra e pc

Hypostomus sp. 2 0 0 0 13 Aci ra e pc

Otocinclus arnoldi Regan, 1909 14 0 0 0 Aci ra e pc

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 32 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

Otocinclus caxarari Schaefer, 1997 0 0 15 0 Aci ra e pc

Otocinclus hasemani Steindachner, 1915 0 0 67 90 Ace ra e pc

Otocinclus sp. 7 19 3 0 Co ra e pc

Otocinclus sp. 1 4 0 0 45 Ace ra e pc

Otocinclus sp. 2 16 0 0 0 Aci ra e pc

Otocinclus vittatus Regan, 1904 12 0 0 0 Aci ra e pc

Rineloricaria sp. 0 2 5 0 Aci ra e pc

Rineloricaria hasemani Isbrucker & Nijssen, 1979 0 1 0 0 Aci pc

Rineloricaria lanceolata Guinther, 1868 1 0 0 2 Aci ra e pc

Sturissoma rostratum Regan, 1904 3 0 0 0 Aci ra e pc

Família Pimelodidae

Pimelodus albofasciatus Mees, 1974 2 5 8 0 Ace ra e pc

Pimelodus blochii Valenciennes, 1840 0 1 1 2 Aci ra e pc

Pseudoplatystoma fasciatus (Linnaeus, 1766) 0 0 1 0 Aci pe

Hemisorubim platyrhynchos (Valenciennes, 1840) 7 1 2 0 Ace ra e pc

Sorubim lima (Bloch & Scheider, 1801) 1 14 13 6 Co re

Zungaro zungaro (Humbolt, 1821) 0 0 4 1 Aci pe

Família Pseudopimelodidae

Pseudopimelodus pulcher (Boulenger, 1887) 6 0 0 0 Aci pe

FamíliaTrichomycteridae

Ituglanis amazonicus (Steindachner, 1882) 4 58 50 43 Co ra e pc

Parastegophilus sp. 0 1 0 0 Aci pc

Ordem Synbranchiformes

FamíliaSynbranchidae

Synbranchus marmoratus (Bloch, 1795) 3 4 2 3 Aci pc

5.3. Processo Reprodutivo

Foram analisadas gônadas das espécies registradas na quarta coleta como constante. Estas

análises referem-se a 631 exemplares das espécies Bryconamericus exodon, Bryconops caudomaculatus,

Moenkhausia collettii, Moenkhausia oligolepis, Moenkhausia plúmbea, Leporinus friderici, Serrasalmus

rhombeus, Corydoras xinguensis, Hyphessobrycon bentosi, Hoplias malabaricus, Prochilodus lineatus e

Apistogramma aff. eunotus.

Foram encontrados 28 espécimes maduros (4,5%) para a reprodução (estádio gonadal III), sendo 3

espécimes de Hoplias malabaricus, 2 de Serrasalmus rhombeus e 23 de Corydoras xinguensis. Não foram

coletados exemplares em estádio IV que justificaria o processo de reprodução já ter ocorrido para aquela

espécie.

Vale ressaltar que esta coleta foi realizada na época de seca que é uma época não propícia a

desova dos peixes na região Amazonica. Pois, como afirma Vazzoler (1996) as variáveis ambientais atuam

sobre os indivíduos, de modo que as condições na época de desova sejam favoráveis à sobrevivência e

crescimento da prole.

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5.4. Ovos e Larvas

Foram coletadas formas juvenis dos gêneros Hemiodus, Astyanax, Jupaiba, Hemigrammus,

Hyphessobrycon e representantes da família loricariidae. Mas, apesar do esforço de coleta padronizado

(545 minutos para cada trecho) não foram registrados ovos na quarta coleta.

Estes resultados podem estar associado ao peiríodo de seca intensa e as condições ambientais.

Estudos sobre o comportamento reprodutivo de Characiformes da América do Sul apontam para o nível

pluviométrico como sendo o fator preponderante na delimitação do período de reprodução na bacia

amazônica, as flutuações de temperatura em conjunto com os níveis pluviométricos parecem ser fatores

determinantes sobre ciclos reprodutivos (Braga et al., 2006), o que pode explicar a ausência de ovos e

larvas nos corpos d’água da área de influência da UHE Colíder.

5.5. Captura por Unidade de Esforço (CPUE)

O esforço de pesca, apenas com redes de espera, empregado em cada trecho e época foi o mesmo

(120 m2 e 1800m2, respectivamente) durante 24 horas, os resultados obtidos da análise da Captura por

Unidade de esforço (CPUE) estão na Tabela 07.

Os resultados obtidos para a quarta coleta não foram diferente das outras três coletas, onde a

maioria das espécies (82% correspondendo a 2071 exemplares) foram capturadas com redes de arrasto e

puçá, sendo estas de pequeno e médio porte, com baixa de 29% do peso total da comunidade.

TABELA 07 – Valores da CPUE, das redes de espera, em número de exemplares capturados e biomassa (g), por m2 por dia, por periodo sazonal na área de influência da UHE Teles Pires, de dezembro/2011 a setembro/2012.

Enchente Cheia Vazante Seca

CPUE

(n/m2/dia) CPUE

(g/m2/dia) CPUE

(n/m2/dia) CPUE

(g/m2/dia) CPUE

(n/m2/dia) CPUE

(g/m2/dia) CPUE

(n/m2/dia) CPUE

(g/m2/dia)

Trecho 1 0,74 39,6 0,63 79,6 0,60 54,6 0,43 55,6 Trecho 2 0,42 23,2 0,53 58,4 0,62 31,2 0,45 69,5 Trecho 3 0,58 35,2 0,95 99,2 0,59 23,8 0,28 39,1 Trecho 4 0,40 26,7 0,68 46,2 0,29 20,3 0,26 21,3 Trecho 5 0,60 32,4 0,97 65,9 0,44 28,2 0,16 17,5 Trecho 6 0,39 26,1 0,26 17,6 0,35 23.9 0,17 19,4 Trecho 7 0,12 23,9 0,48 32,4 0,23 27,5 0,31 25,4 Trecho 8 0,82 59,6 1,04 76,8 0,82 70,4 0,28 17,3 Trecho 9 0,81 61,2 1,45 79,8 1,07 28,0 0,38 99,0 Trecho 10 0,79 42,6 1,6 42,7 1,39 33,7 0,36 33,0 Trecho 11 0,14 27,5 0,39 26,5 0,33 27,4 0,18 17,6 Trecho 12 0,75 40,5 0,75 67,2 0,79 76,8 0,84 65,8 Trecho 13 0,96 34,0 0,71 79,3 0,74 49,3 0,68 35,5 Trecho 14 0,74 42,7 1,07 92,7 1,60 96,7 0,71 49,3 Trecho 15 0,83 54,1 0,95 56,8 0,81 66,0 0,56 47,1 Estes resultados apresentam-se abaixo dos obtidos para outras regiões da bacia Amazônica, mas

são esperados para um rio com as condições ambientais do Teles Pires, um rio encaixado e com forte

correnteza e com águas claras que possibilitam a visualização das redes pelos peixes, que não propicia

ambiente favorável à captura com malhadeiras. Nos riosa de águas brancas os valores variaram entre 114

e 181 g/m2/dia (Zuanon et al., 2004).

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5.6. Táxons de Interesse para a Conservação (Espécies Endêmicas, Raras, Ameaçadas e de Especial Interesse)

Não foram encontrados exemplares que pudessem ser considerados endêmicos, raros ou

ameaçados para a região considerada.

5.6.2 Espécies Migradoras

Foram registradas movimentações que pudessem ser classificadas como processos migratórios

apenas durante os períodos de enchente e cheia, não sendo registradas para as épocas de vazante e seca.

Espécies de caráter migratório por reprodução, alimentação e/ou refúgio estão sendo estudadas por meio do

monitoramento constante da ictiofauna da área de abrangência da UHE Colíder através do processo de

marcação com Tags.

Na quarta coleta foi marcado apenas um exemplar de jaú, outros peixes de hábito migratório

coletados não puderam ser marcados, pois estavam mortos ou foram sacrificados por estarem emalhados

(muito machucados).

5.6.3 Espécies Exóticas, Invasoras e Alóctones

Não foram registradas para a quarta coleta nenhuma espécie considerada exótica, invasora ou

alóctone.

5.7 Níveis de mercúrio na ictiofauna

Foram submetidos a análise de mercúrio, 1 bicuda (Boulengerela cuvieri); 2 piranhas (Serrasalmus

rhombeus) e 1 matrinxã (Brycon pesu). Os resultados obtidos nas análises de mercúrio nos peixes apontam

que a concentração do metal pesado não ultrapassa os valores de 0,09mg/kg para a espécie Serrasalmus

rhombeus (piranha) com habito alimentar piscívoro (Tabela 08).

Tabela 08 – Níveis de concentração de mercúrios nos peixes coletados na área de abrangência da UHE

Colíder, MT. Sendo (-) correspondente a níveis menores que 0,001 na concentração de mercúrio nos

peixes analisados.

Espécie (número de exemplares) 1ª Coleta 2ª Coleta 3ª Coleta 4ª Coleta

Serrasalmus rhombeus (8) 0,09 0,07 0,09 0,09

Boulengerela cuvieri (4) 0,03 0,04 0,07 0,04

Brycon pesu (4) - 0,01 0,04 0,01

Leporinus frederici (8) 0,06 - - 0,05

Prochilodus nigricans (8) 0,03 0,02 0,02 -

Verifica-se que os níveis de mercúrio na biota aquática variam entre os espécimes de uma mesma

espécie em diferentes épocas do ano, sendo que os indivíduos dos níveis tróficos mais elevados podem

acumular as formas de metilmercurio (CH3HgCl). Alguns autores suspeitam que os altos níveis naturais de

contaminação do mercúrio em solo poderiam ser os responsáveis pelo aumento da contaminação em

peixes e posteriormente em seres humanos, por meio do ciclo biogeoquímico na biota aquática (Farias

2007, Hacon et. al. 2003 e 2006).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nível máximo aceitável para o ser humano é

de 50 partes por milhão (ppm) de mercúrio no organismo. Estudos recomendam que o homem não deve

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ingerir mais que 0,3 mg de Hg por semana em sua dieta total. A OMS sugere como nível máximo tal 0,3

mg/kg, não incluindo mais de 0,2 mg/semana de metilmercúrio (Hacon et. al. 2006). Os resultados obtidos

demonstram não haver perigo de contaminação por ingestão de peixes da área de abrangência da UHE

Colíder até o momento.

6. AVALIAÇÃO GERAL DOS RESULTADOS

Pela curva acumulada da riqueza (obtida e estimada) verifica-se que o número de espécies do

sistema correspondente a área de abrangência da UHE Colíder deva ser superior ao registrado na

campanha de coleta (Figura 07). Portanto, os resultados de quatro coletas realizadas para o Programa de

Monitoramento da Ictiofauna da UHE Colíder evidenciam que o número de espécies capturadas até o

momento pode aumentar consideravelmente. Dados semelhantes foram encontrados em rios da Amazônia

Meridional (Arrolho et. al. 2006, 2007, 2010 e 2011).

Figura 07 – Curva acumulada de espécies de peixes da área de abrangência da UHE Colíder, MT.

Considera-se que os resultados obtidos nas coletas são expressivos e permitiram o alcance dos

objetivos planejados para esta fase do Programa de Monitoramento da Ictiofauna da UHE Colíder.

Constatou-se que tanto a diversidade como a abundância aumentam em ambientes com

disponibilidade de micro-habtats, devendo-se levar em consideração que as áreas de alagamento no

período das cheias e os pequenos igarapés na época da seca podem servir de refúgio para as pequenas

espécies, que são a base para a cadeia alimentar. No geral, pode-se considerar que a diversidade regional

(gama) é alta e que é possível que haja uma troca de espécies entre os ambientes, intensificando assim a

diversidade beta. Porém mesmo com o incremento de coletas verifica-se que a similaridade apresentada

entre os 15 trechos é muito baixa, oscilando de 18-43% (Figura 08)

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Figura 08 – Dendograma de similaridade (Índice de Sorensen) em quinze trechos de coleta de peixes na área de influência da Usina Hidrelétrica Colíder. Agrupamento pela Análise de Cluster Aglomerativa Hierárquica (CAH).

Com quatro coletas realizadas na área de influência da UHE Colíder, em diferentes períodos

sazonais, pode-se confirmar o alto grau de exclusividade da ocorrência das espécies, a similaridade de

espécies variou entre 20-50% para as quatro épocas do ano (Figura 09).

Figura 09 – Dendograma de similaridade (Índice de Sorensen) nas diferentes épocas sazonais na área de influência da Usina Hidrelétrica Colíder. Agrupamento pela Análise de Cluster Aglomerativa Hierárquica (CAH).

Diante dos resultados apresentados verifica-se que tanto a diversidade, como a estrutura e

composição da ictiofauna, devem ser entendidas como consequências de mudanças no meio ambiente,

principalmente no que diz respeito à disponibilidade de recursos. Desta forma, considera-se que os

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resultados obtidos nas coletas são expressivos e permitiram o alcance dos objetivos planejados para esta

fase do Programa de Monitoramento da Ictiofauna da UHE Colíder.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ZUANON, J.A.S.; FERREIRA, E.J.G.; SANTOS, G.M.; AMADIO, S.A.; BITTENCOURT, M.M.; DARWICH, A.J.; ALVES, L.F.; MERA, P.A.S.; RIBEIRO, M.C.L.B.; AMARAL, B.D. Parque Estadual do Cantão. Ictiofauna. Naturatins. Seplan. Governo do Estado do Tocantins. Palmas. 2004. 92pp.

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ANEXO 01

PARECER TÉCNICO SISTEMA DE TRSNPOSIÇÃO DE PEIXES DA UHE COLÍDER, BACIA DO RIO TELES PIRES, MT

Dr. Sidney Lázaro Martins Engenheiro – Themag Engenharia

Responsável pelo STP no Projeto Peixes UHE Colíder

1 Introdução O aproveitamento hidroelétrico Colíder está localizado na bacia do rio Teles Pires, no Estado de Mato Grosso e está desenvolvendo o seu projeto executivo e para aimplantação dessa Usina. Os estudos dos Impactos Ambientais e Rima: EIA/RIMA indicaram a necessidade de um sistema para a transposição de peixes em movimento ascendente, conforme outros empreendimentos energéticos da mesma bacia: SINOP e Teles Pires. A ficha técnica do empreendimento, conforme ANEEL (2008) apresenta um sistema para a transposição de peixes tipo escada. O rio Teles Pires possui um ictiofauna extremamente rica e abundante, mas vulnerável ao “cascateamento” (barragens sucessivas encadeadas longitudinalmente ao rio) do seu curso pelas barragens. O biólogo VoneyVono, conforme Parecer Técnico em Vono (2008) destaca que na fauna ictiológica da bacia do rio Teles Pires há 273 espécies de peixes, sendo distribuídas nas ordens: Characiformes (55,7%), Siluriformes (31,9%), Perciformes (5,5%) e demais (6,9%), conforme JGP (2008). Destaca, ainda, o grande número de espécies migradoras, com pelo menos 30 espécies (11%), sendo algumas grandes migradoras e requerem grandes extensões de rio para o exercício da migração reprodutiva. O biólogo VoneyVono, conforme Parecer Técnico em Vono (2008), com as condicionantes acima descritas, recomendou a implantação de Escada com a tecnologia “Vertical Slot”, conhecida como ranhura vertical, e, ainda:

• “Escada com largura em torno de 5 metros e o comprimento de 1 100 metros para atender a grande altura da barragem. A alta barragem exige um mecanismo de transposição longo, porém com tanques de descanso para reduzir estresses aos peixes durante o processo migratório. Desta forma, indica-se, em princípio, o projeto de cerca de cinco a sete tanques de descanso (cerca de 1 tanque a cada 150 a 200 metros de comprimento de escada.”;

• “Considerando o desnível de cotas e o comprimento da escada, resulta numa declividade de cerca de 5 a 6%, a qual se mostra adequada à subida dos peixes migradores registrados na bacia do rio Teles Pires.”;

• “Indica-se a instalação de comporta de regularização de velocidade no canal de entrada do STP e comporta de controle de entrada de água no canal de saída.”;

• “Recomenda-se que a entrada da escada seja junto ao Canal de Fuga e não junto ao Vertedouro.”;

• “Indica-se a instalação de defletores pelo menos a cada 4 metros.”;

• “Considerando-se os tamanhos máximos das espécies migradoras do rio Teles Pires, recomenda-se que as aberturas dos defletores ou ranhura vertical seja cerca de 70 a 75 cm”.

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Nos documentos da referência UHE Colider (2012), o projeto executivo proposto do sistema de transposição de peixes em movimento ascendente foi desenvolvido.

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2 Objetivo O objetivo desse relatório é verificar o projeto executivo do sistema para a transposição de peixes, conforme UHE Colider (2012), de modo melhorar a eficiência dessa estrutura. A eficiência local do sistema para a transposição de peixes não garante a eficácia dessa estrutura para o ecossistema, pois depende de universos ambientais diferentes e premissas que ainda não estão disponíveis como: os locais de desova, o retorno de peixes e ictioplâncton e a passagem pelas estruturas molhadas disponíveis e a taxa de sobrevivência, necessidade da divesidade genética dos peixes, estoque, entre outros fatores. A eficiência local de um sistema para a transposição de peixes em movimento ascendente ou migratório reprodutivo, como é o caso da UHE Colider, depende da identificação dos peixes alvos que não há ou estão em fase de coleta e análise mediante os monitoramentos. Nesse caso a concepção do sistema é direcionada para a baixa seletividade e para os characiformes e siluriformes migradores da bacia do rioTeles Pires. Para a melhoria da eficiência, algumas premissas devem ser implementadas segundo a experiência internacional e, principalmente, a nacional recente. A experiência nacional recente desenvolveu estruturas de entrada com mecanismos de atração de peixes via velocidade do fluxo, canais condutores de vários tipos, com várias potências específicasdos fluxos de água nos tanques e correntes de fluxo nos tanques mais favoráveis a ascensão de peixes, as quedas ou desnível vertical entre os tanques melhores visando privilegiar espécies de peixes, etc. Quando o projeto executivo atende as premissas desenvolvidas pela experiência nacional capacita-se esse sistema para uma melhor eficiência no transporte de peixes em barragens.

3 Características da UHE Teles Pires. Segundo a Ficha Técnica do empreendimento, conforme ANEEL (2008) e o projeto executivo do sistema para a transposição de peixes em movimento ascendente conforme UHE Colider (2012) tem-se as características que envolvem a sobrevivência dos peixes no novo ecossistema aquático criado pela barragem. Numa barragem, notadamente na hidroelétrica, os peixes só podem utilizar as passagens molhadas disponíveis para o seu transito ou migrações. Essas passagens são: as tomadas d’água e as aberturas entre as pás das turbinas, o vertedouro, geralmente de superfície, e a estrutura de transposição para peixes especifica, quando existir, no ambiente modificado pelo reservatório e a jusante pela saída da casa de força e tubo de sucção e abertura das pás das turbinas, e pelo vertedouro passando pela crista e as comportas e, quando existir, um sistema para transposição de peixes ascendentes. Na UHE Colider terá um sistema para a transposição de peixes em movimento ascendente ou migração reprodutiva e contará com o retorno dos mesmos e de ictioplâncton pelas passagens molhadas existentes: vertedouro, tomada d’água e a estrutura de transposição proposta.

3.1 Reservatório: Devido ao “cascateamento” do rio Teles Pires, o reservatório tem baixa probabilidade de assoreamento com uma vida útil maior do que 100 anos e, portanto baixo teor de sedimentos (20 mg/L e 10 t/km²/ano), o que tende a suas águas mais claras e o aumento da predação ictiíca durante a operação da usina. O comprimento longitudinal aproximado do reservatório de 47 km, a profundidade máxima de 39 m e o tempo de residência de 18,7 dias, indicam uma baixa condição de troca líquida, prováveis profundidades anôxidas e um ambiente aquático semi lêntico, pouco favorável a deriva de ictioplâncton e ao retorno de peixes em vários estágios de desenvolvimento.

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O reservatório é considerado “a fio d’água” com a cota igual a 272,0 m, isto é, não há reservaçãopara volume útil ou desnível operacional, o que descaracteriza a necessidade de mecanismos de controle de vazão é nível sofisticado na estrutura de saída para peixes do sistema para a transposição de peixes em movimento ascendente. Talvez com um conjunto de comportas ensecadeiras e comporta deslizante corta-fluxo com pórtico sejam suficientes para uma lâmina d’água aproximada de 2,3 m.

3.2 Níveis de Água de Jusante O desnível máximo do nível d’água à jusante é de 12,10 m que é a diferença entre o nível mínimo e igual a 246,61 m, segundo ANEEL (2008) e nível máximo Maximorum e igual a 258,72m, segundo UHE Colider (2012). Para a estrutura de entrada de peixes do sistema para a transposição esse desnível é uma dificuldade, pois é necessário manter o fluxo d’água com a velocidade atrativa em torno de 2,00 m/s. Nessa condição é necessária uma contribuição de vazão complementar para recuperar a atratividade do fluxo de água aos peixes.

3.3 Circuito de geração A tomada d’água e a turbina é a primeira passagem molhada para jusante e opção preferencial à deriva de ictioplâncton e retorno de peixes em todos os estágios de desenvolvimento. A velocidade de projeto de uma tomada de água é 1,00 m/s. As características do reservatório: águas claras, área anôxidas, grande profundidade, reservatório longo e o tempo de residência alto formam as condições menos favoráveis à deriva de ictioplâncton e retorno de peixes para jusante. Deve ocorrer grande predação nas proximidades da barragem e os ovos e larvas devido à deriva excessiva e podem saturar e afundarem prematuramente. As três turbinas são tipo Kaplan (mais amigável à passagem de peixes para jusante) com rotação de igual a 90 rpm (melhor seria a rotação menor do que 60 rpm) o que pode permitir a passagem teórica de peixes em todos os seus estágios de desenvolvimento, mas a queda de mais de 22 m pode inibir essa passagem ou causar injúrias aos peixes e no caso da passagem de ictioplâncton é fatal devido a sua fragilidade. No exterior é usual utilizar, nas tomadas d’água, canais formando um “by-pass” para conduzir peixes para jusante, isto é, antes da sua passagem pela turbina. No Brasil não há nenhum desses mecanismos. Não há estudos específicos nacionais sobre a passagem de peixes pelas turbinas, mas não há evidências a jusante de mortalidade de peixes em usinas brasileiras. Isso indica que não há passagem por inibição ou não alcance ou, ainda, são devorados no tubo de sucção pelos predadores. A ascensão de peixes de jusante para montante, via tubo de sucção e turbina, exceto para as turbinas tipo Bulbo ou Kaplan com eixo horizontal, mas não é o caso, não é viável. Durante as operações de manutenção e paradas obrigatórias das turbinas, o tubo de sucção fica repleto de peixes, quando são necessárias as operações de salvamento. Há estudos para grades com aberturas móveis para impedir a entrada de peixes, mas não se sabe o que fazer com os já no tubo de sucção. Algumas usinas como as de Lajeado e Peixe Angicalambas no rio Tocantins e Santo Antônio e Jirau, ambas no rio Madeira, proveram os tubos de sucção com esvaziamento controlado e oxigenação do meio líquido para salvamento de peixes, quando não com algum mecanismo de salvamento rápido com “bag” e pórtico.

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Há comentários que durante a parada de turbinas ficam aprisionadas dezenas de toneladas de peixes e que devido à morosidade e as dificuldades operacionais no salvamento, a mortalidade é muito alta.

3.4 Vertedouro O vertedouro de superfície com bacia de dissipação, como é o caso, é um facilitador da migração descendente de peixes e ictioplâncton. A literatura internacional relata a morte de ictioplâncton por choque, quantidade de movimento e os peixes por excesso de oxigenação ou embolia, quando da passagem de montante para jusante. Nesse sentido a bacia de dissipação convencional é mais amigável. A passagem de peixes ascendentes de montante para jusante é praticamente impossível para médias e altas quedas. No cenário nacional não são notados, como observado na literatura, mortalidade concentrada de peixes devido à tentativa de passagem pelo vertedouro de superfície em qualquer um dos sentidos.

3.5 Sistema para a transposição de peixes em movimento ascendente.

Os peixes em movimento ascendentes procuram locais apropriados para desova (reprodução) durante as cheias com o nível d’água em ascensão, sendo denominada migração reprodutiva. A estrutura para transposição de peixes em seus vários tipos e modalidades é o único meio viável para os peixes transporem a barragem é prosseguirem a migração reprodutiva, quando for o caso. A passagem de peixes de montante para jusante pelo sistema de transposição é uma possibilidade ainda não comprovada no cenário nacional. No Canal da Piracema da UHE Itaipu são vistos cardumes descendo.

3.6 Sistema para a transposição de peixes em movimento descendente.

Os peixes em todos os estágios migram para jusante para melhores condições alimentares, quando for o caso, depois das cheias e os níveis d’água estão baixando. O ictioplâncton (ovos e larvas) migra a deriva na superfície d’água a procura aleatória de abrigo para desenvolvimento durante as cheias e em quanto em níveis d’água estão abaixando. Não há estrutura específica para o retorno de peixes e ictioplâncton, contando-se, desde que esses alcancem a barragem com as passagens molhadas das turbinas, vertedouro e o próprio sistema para a transposição de peixes em movimento ascendente, apesar de todas as suas limitações prováveis. Não foi pedido, durante o EIA/RIMA e durante a viabilidade, esse tipo de estrutura, aliás, não existe no Brasil. A própria Eletrobrás, 1999, nas instruções para Estudos de Viabilidade de Aproveitamentos Hidroelétricos, no Capítulo 5: Estudos Finais, subitem: 5.13 Construções Especiais, reconhece como instrumento mitigador de impactos sobre a ictiofauna apenas as estações de piscicultura e o sistema para transposição de peixes em movimento ascendente tipo escada.

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4 O Sistema para a Transposição de Peixes ascendentes da UHE Colider.

Conforme projeto executivo proposto nos desenhos da referência 2] UHE Colider (2012), o sistema para a transposição de peixes em movimento ascendente ou reprodutivo é do tipo escada com defletores formando uma ranhura vertical centralizada (“vertical slot”). Basicamente, o sistema para a transposição de peixes em movimento ascendentes da UHE Colider é composto pelas estruturas, segundo o fluxo de peixes: entrada, canal condutor e saída e estrutura complementar de vazão para atração de peixes. O sistema para a transposição de peixes proposto é semelhante ao da PCH Paranatinga 2, no rio Culuene, Mato Grosso, afluente do rio Xingu, em operação, em semelhante ecobacia ao do rio Teles Pires. A eficiência dessa estrutura na passagem de peixes migradores de jusante para montante é de 87,5%, conforme Junho (2008) e Figura 4.1.

Figura 4.1: Sistema para a Transposição de Peixes da PCH Paranatinga 2, rio Culuene. MT (Junho, 2008).

Entre as estruturas tipo escada com ranhura vertical ou “vertical slot” para a transposição de peixes brasileiras, destaca-se a de Paranatinga pela eficiência na transposição de peixes, conforme quadro abaixo segundo Junho (2008). Isso indica que a semelhança com a PCH Paranatinga é salutar.

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No “vertical slot” o valor de potência específica ideal é menor do que 100 W/m³ para melhorar a eficiência na passagem de peixes.

4.1. Estrutura de Entrada A estrutura de entrada é em concreto armado e está localizada na margem direita do canal de fuga da casa de força, conforme recomendado por Vono (2008) e conta com uma comporta para regular basculante acionada por pórtico e cabo e comporta ensecadeira. A estrutura de entrada encontra o fluxo de água do canal de fuga com uma curva com raio de 8,40 m. As vazões propostas na estrutura de entrada são iguais a 2,5 m³/s e 7 m³/s, respectivamente no canal condutor e aduzida complementar na estrutura de entrada, totalizando 9,5 m³/s. A cota do piso da estrutura de entrada deveria ser o nível mínimo de jusante (geralmente considerado como o de uma máquina operando) descontado a lâmina d’água média do canal condutor e igual a 2,20 m. Pela ficha técnica da ANEEL (2008) o nível mínimo seria 246,61 m o que resulta na cota do piso igual a 244,41 m. Parece, então, que os dados da ANEEL estão desatualizados ou deslocamento do aproveitamento no executivo, ou a cota do canal de fuga na elevação 244,0 m está mal estimada. De qualquer forma, a cota do piso proposta 244,86 m está razoável e não deve ser impeditiva à atração de peixes.

Fonte: UHE Colider. CL-VLB-DE-419-40-305.

A estrutura de entrada possui vazão complementar induzida por difusores para atender os níveis maiores do que o mínimo de jusante, sem perder a capacidade de atração de peixes com a velocidade do fluxo mínima de 2 m/s, conforme utilizado em outros aproveitamentos nacionais. A velocidade do fluxo de água da estrutura de entrada, ora localizada no canal de fuga da casa de força, deve ser mais atrativa, ou seja, maior e mais turbulenta do que a do fluxo de água da casa de força, para ser mais atrativa ou preferencial aos peixes. O indutor de velocidade de atração de peixes na estrutura de entrada, através de vazão complementar, é composto por um conduto com diâmetro interno de 1,50 m com controle de vazão a jusante por válvula a disco autocentrado. A entrada ou tomada de água, possui preliminarmente uma comporta vagão corta fluxo com vedação a jusante. A saída do fluxo de água na estrutura de entrada de peixes ocorre por difusores.

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É recomendável um conjunto de comportas ensecadeiras e comporta corta fluxo,bem como depósito, e pórtico, para manutenção dessa tomada d’água. O indutor de velocidade de atração de peixes na estrutura de entrada é usual em sistemas de transposição com “vertical slot” e estão operando em diversas usinas como na PCHIgarapava, no rio Grande, em Minas Gerais. A entrada ou tomada de água, possui preliminarmente uma comporta vagão corta fluxo com vedação a jusante e uma comporta basculante acionada por cabo e pórtico. A comporta basculante com pórtico a cabo proposta no final do canal condutor, já na estrutura de entrada de peixes, pode impedir a passagem de siluriformes e estará sujeita a cargas hidráulicas que podem inibir a sua movimentação. Essa comporta basculante não tem funcionalidade e afinidade com a facilidade para ascensão de peixes. A cota da estrutura de entrada proposta é 254,70 m, mas o nível máximo maximorum é 257,72 m, logo toda essa estrutura deve alteada para uma cota com menor risco de inundação e para permitir a operação da estrutura de entrada em qualquer tempo. A altura dessa estrutura deve superar os 14,0 m, considerando ainda futura borda livre. Em tempo algum os equipamentos e os seus acessos podem estar submersos. É necessário prever acessos “secos”para caminhão e equipamentos à estrutura de entrada, depósito para as comportas ensecadeiras.

4.2. Canal Condutor O canal condutor proposto é trapezoidal de concreto, com base de 5,00 m e taludes acompanhando a escavação em rocha (0,1V:1,0H) ou em concretoprojetado nos taludes em solo, e altura preliminar de 2,70 m.

Fonte: UHE Colider. CL-VLB-DE-419-40-302. A estrutura de saída determina a lâmina d’água no interior dos tanques do canal condutor, e no caso da UHE Colider, é de 2,30 m (272,0-269,7m), consequentemente as alturas dos defletores podem ser de 2,50 m. O comprimento aproximado do canal condutor é de 607 m e desnível de 24,84 m (269,70m-244,86m), o que resulta numa declividade longitudinal média de 4,1%. Nesse percurso há 4 curvas com raio de 20 m e uma travessia. Pode-se dizer que a partir de 65,0 m do eixo das estruturas e após a travessia o canal condutor é escavado totalmente em rocha, ou seja, há aproximadamente 540,0 m de canal condutor escavado em rocha.

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Fonte: UHE Colider. CL-VLB-DE-419-40-301. As declividades longitudinais propostas são de 4,5 e 2,25%, respectivamente, em trechos retilíneos e curvos, mas não há tanques para descanso conforme recomendado por Vono (2008), porém as declividades longitudinais utilizadas são menores. A declividade longitudinal diferenciada de 2,25% não encontra justificativa hidráulica, geológica, ictiológica e ambiental. Essa declividade não forma tanques para descanso. Os tanques para descanso possuem declividade longitudinal nula para a menor energia específica e acomodação das linhas de corrente. A estrutura para a transposição tipo “vertical slot” dispensa o uso de tanques para descanso ictiíco, pois os peixes podem se acomodar, durante a ascensão contra o fluxo de água, nas laterais dos defletores, ou seja, a sombra dos defletores. Ainda no caso do “vertical slot”, os tanques para descanso são utilizados em condições extremas, ou seja, deflexões ou ângulos severos que possam desorientar os peixes, o que não é o caso da UHE Colider. Os “slots” ou paredes transversais ou ainda defletores são em concreto armado com altura de 2,50 m ebase de 2,10 m. Os defletores estão dispostos longitudinalmente em lados opostos e defasados para formarem uma abertura vertical centralizada, denominada ranhura. O espaçamento longitudinalproposto entre os defletores que formam a ranhura é de 1,20 m.

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Fonte: UHE Colider. CL-VLB-DE-419-40-302. Notar que a abertura do “vertical slot” ou ranhura é a diagonal da defasagem entre defletores, no

caso proposto igual a 1,44 m que é resultado do triângulo equilátero:�1,20� � 0,80�. A abertura ou ranhura vertical tem valor de 1,44 m, portanto superior ao recomendado por Vono (2008) e não usual para “vertical slot”, mesmo no cenário nacional, além de incompatível com o porte dos peixes migradores. Com essa abertura a vazão do fluxo de água é muito superior à prevista é igual aproximadamente a 6,9 m³/s e uma potência específica igual a 310 W/m³, seguramente com a possibilidade de eficiência menor no transporte de peixes. Para resultar na vazão aproximada e proposta de 2,5 m³/s, a abertura deve ser igual a 0,80 m, conforme recomendado por Vono (2008) e usual em rios de grande porte com ictiofauna rica e abundante como no rio Teles Pires. O espaçamento longitudinal entre defletores para formarem os tanques devem seguir a queda de 0,22 m e a declividade longitudinal, ou seja, 4,90 m e 9,80 m, respectivamente para as declividades longitudinais de 4,5 % e 2,25%. Os espaçamentos são imposições geométricas em função da declividade e da queda.

4.3. Estrutura de Saída. A estrutura de saída é uma travessia sob a barragem e deve ser estruturada e geralmente locada na ombreira para evitar problemas com a impermeabilização. A estrutura de saída deve estar afastada dos fluxos do vertedouro e tomada d’água da casa de força para evitar que os peixes tentem retornar por esses fluxos de água, uma vez que os peixesdevem alcançar o reservatório exaustos e desorientados e de encontro com os seus predadores. A estrutura de saída determina a lâmina d’água no interior dos tanques do canal condutor, e no caso da UHE Colider, é de 2,30 m (272,0-269,7m). Estudos experimentais revelam que lâminas d’água menores do que 2,0m, no caso do “vertical slot”, podem mudar o regime de escoamento de água quando o comportamento pode ser com macro rugosidades e indesejável aos peixes.

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Fonte: UHE Colider. CL-VLB-DE-419-40-302. A estrutura conta com sala com visor para monitoramento e contagem que deve contar com acessos, disponibilidade de energia e iluminação e outros incrementos para o monitoramento. É recomendável um conjunto de “stoplogs” e comporta corta fluxo para manutenção do sistema de transposição. Comentários e sugestões. De maneira geral a concepção do sistema para a transposição de peixes precisa de ajustes para melhorar a sua eficiência e desempenho no transporte de peixes para montante. Quanto à estrutura de entrada: 1. A estrutura de entrada precisa ser estrutural como proposto; 2. A estrutura de entrada precisa ser alteada para comportar o nível máximo maximorum e igual a

258,72 m e acrescida de borda livre, para a sua operação em qualquer tempo e reduzir os riscos de inundação dos equipamentos;

3. A comporta basculante proposta no início do canal condutor não tem função, além de inibir o acesso de siluriformes;

4. São necessárias as infraestruturas mínimas como acessos para caminhões, depósito de comporta corta fluxo e comporta ensecadeira;

5. São necessários comporta ensecadeira e corta fluxo para manutenção e limpeza, além do pórtico;

6. A vazão do canal condutor é de 2,5 m³/s com velocidade de 2,1 m/s na ranhura, mas é igual 0,2 m/s no tanque, portanto é necessária a vazão complementar aduzida e igual a 7,0 m³/s, totalizando 9,5 m³/s, para elevar a velocidadepara os níveis mais altos, em até 2,0 m/s, sendo essa considerada como atrativa aos peixes;

7. Na tomada d’água da tubulação de adução no reservatório são necessárias comportas corta fluxo e ensecadeiras e o depósito das mesmas, além de pórtico;

8. A vazão aduzida e igual a 7,0 m³/s deve ser suficiente para manter a velocidade atrativa do fluxo d’água igual a 2,0 m/s na estrutura de entrada quando para os níveis de jusante mais altos;

Quanto ao canal condutor: 1. Permanecer o mesmo traçado, mas alterar a declividade longitudinal como única e

aproximadamente igual a 4,1 %, mesmo nas curvas; 2. A queda entre tanques igual a 0,22 m, como retrata a experiência nacional, no caso do “vertical

slot”; 3. A lâmina d’água média igual a 2,20m está ideal;

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4. O canal condutor quando escavado em rocha (540 m) pode ficar sem a cobertura de concreto e quando necessário, remover pontas, também chamado de rocha polida. Nesse caso, além de mais natural, ajuda a turbulência do escoamento, tornando o fluxo de água mais próximo do rio em trechos encachoeirados. A escavação pode ser com fogo controlado. As imperfeições das paredes aumentam o volume de água nos tanques reduzindo a potência específica do escoamento e favorecendo a subida de peixes. Não há problema com a irregularidade do fundo ou taludes devido à escavação a fogo controlado, conforme Figura 4.2, Figura 4.4 e Figura 4.5;

Figura 4.2: UHE Colider: seção de escavação em rocha e canal condutor com defletores sugeridos.

5. As paredes transversais ou defletores tem a base aproximada de 2,22 m, altura de 2,50 m e espaçamento longitudinal para formar a ranhura de 0,56 m, espaçamento longitudinal para formar os tanques de 5,40 m e queda de 0,22 m para a declividade de 4,1 %, conforme Figura 4.3; Com essa sugestão, terão as características:

• Declividade longitudinal única: 4,1%

• Vazão aproximada: 2,5 m³/s

• Tanque: queda: 0,22 m; volume: 59 m³ (5x2,2x5,4 m); Ymédio= 2,20 m; Vmédia: 0,2 m/s; Pot: 92W/m³.

• Defletor: ranhura ou área molhada: 1,84 m² (0,8x2,30m); Vmédia: 2,1 m/s;

• Capacidade estimada de transporte de peixes: o valor internacional é de 3 peixes por metro cúbico de água (Clay, 1991), assim tem-se 16 peixes por tanque que podem percorrer um tanque em 5 minutos (Clay, 1991) e, portanto, 190 peixes por hora.

6. As paredes transversais ou defletores não precisam ser armados com concreto, pois a carga hidráulica diferencial devido ao escoamento de água é de 0,22 m, ou seja, quase com equilíbrio hidrodinâmico. Paredes de alvenaria estruturada engastada no piso e talude em rocha são suficientes, conforme Figura 4.5. O acabamento circular na região da ranhura é importante e pode ser estrutural e com travamento superior entre os defletores, conforme Figura 4.1 e Figura 4.2;

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Relatório Trimestral - 04 51 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

Figura 4.3: UHE Colider: dimensões do “vertical slot” sugeridas.

Figura 4.4: UHE Lajeado, rio Tocantins: canal condutor escavado em rocha sem acabamento em concreto.

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COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

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Figura 4.5: UHE Jirau, rio Madeira: Paredes transversais ou defletores com alvenaria estruturada.

Quanto à estrutura de saída: 1. A passagem pela barragem e os equipamentos obrigam uma obra estruturada; 2. A estrutura de saída está adequada; 3. A lâmina d’água inicial é igual a 2,30 m, determinando a cota do piso igual 269,70 m,

conforme projeto UHE Colider (2012); 4. Na tomada d’água ou saída de peixes no reservatório são necessárias comportas corta fluxo

e ensecadeira e o depósito das mesmas, além de pórtico; 5. A estrutura conta com sala com visor para monitoramento e contagem de peixes que deve

contar com acessos, disponibilidade de energia e iluminação e outros incrementos para o monitoramento;

5 Referências: 1] Vono (2008), Volney. Avaliação da Viabilidade de Implantação de Mecanismo de

Transposição para Peixes na Futura Barragem do AHE Colider, Bacia do Rio Teles Pires, MT. Parecer Técnico. Ecotono – Meio Ambiente.

2] UHE Colider (2012). Escada de Peixe.

• Arranjo Geral. Planta. CL-VLB-DE-419-40-301 – F1/5.

• Arranjo. Cortes e Detalhes. CL-VLB-DE-419-40-302 – F2/5.

• Planta, Cortes e Detalhe. CL-VLB-DE-419-40-303 – F3/5.

• Arranjo. Cortes e Detalhe. CL-VLB-DE-419-40-304 – F4/5

• Arranjo. Cortes e Detalhes. CL-VLB-DE-419-40-305 – F5/5 3] Junho (2008), Ricardo A. C. Migrações Ascendentes de Peixes Neotropicais e

Hidroelétricas. Proteção à jusante de Turbinas e Vertedouros e Sistemas de Transposição. Tese defendida na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.

4] Larinier (1999), M, Porcher, J.P., Travade, F. Passes à Poissons. Expertise, ConceptiondesOuvrages de Franchissement. ConseilSupérieur de laPêche. ISBN 2-11-088083-X.

5] Katopodis (1991), Chris, Rajaratman, N., Solanki, S. New Design for Vertical Slot Fishway. 6] Katopodis (199?), Chris, Rajaratman, N., Der Vinne, G.Hydraulics of Vertical Slot Fishway.

ASCE. Pag 909-912.

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7] ANEEL (2008). AHE Colider. Ficha Técnica. Estudos de Viabilidade e Projeto Básico. UHE Colider, Rio Teles Pires.

8] Clay (1995), C. H. Design of Fishways and other facilities.CRC Press. Florida. USA. ISBN: 1-56670-111-2.

9] JPG (2008). Estudo de Impacto Ambiental da AHE Colider. Relatório Técnico. JGP Consultoria e Partipações Ltda.

10] Eletrobrás (1999). Instruções para Estudos de Viabilidade de Aproveitamentos Hidroelétricos.

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ANEXO 2

Tabela 2 – Lista dos taxons (peixes) coletados em cada trecho de amostragem na área de abrangência da Usina Hidrelétrica Colíder, nas quatro coletas (dezembro/2011 a setembro/2012). As colunas com numeração de 01 a 15 correspondem aos trechos de coleta da ictiofauna e as letras abaixo dos trechos referen-se as coletas de campo, sendo; A – Acumulado e C – Coleta atual.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Taxons A C A C A C A C A C A C A C A C A C A C A C A C A C A C A C

Ordem Beloniformes

Família Belonidae

Potamorrhaphis guianensis (Miranda Ribeiro, 1915) 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Potamorrhaphis sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 11 1 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0

Ordem Characiformes

Família Acestrorhynchidae

Acestrorhynchus falcatus (Bloch, 1794) 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 8 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0

Acestrorhynchus microleps (Schomburgk,1841 ) 0 0 0 0 2 0 2 1 1 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 3 1

Acestrorhynchus pantaneiro Menezes, 1992 2 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 5 0 2 0 0 0 0 0 1 0 2 0 0 0 0 0

Família Anostomidae

Laemolyta taeniata (Kner, 1859) 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 0

Leporinus britsk Feitosa, Santos & Berindelli, 2011 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 10 0 0 0 0 0

Leporinus fasciatus (Bloch, 1794) 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0

Leporinus fridericii (Bloch, 1794) 8 1 0 0 10 0 1 1 3 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 0 2 0 0 0 3 0

Leporinus agassizi Steindachner, 1876 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 5 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 1 0 3 0 1 0

Leporinus aff. Granti Eigenmann, 1912 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Leporinus granti Eigenmann, 1912 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

Leporinus guttatus Birindelli & Britski, 2009 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Leporinus octomaculatus Britski & Garavello, 2005 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0

Leporinus sp. 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Leporinus vanzoi (Britski & Garavello, 2005) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Leporellus vittatus (Valenciennes, 1850) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Schizodon cf. isognathus Kner, 1858 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Schizodon sp. 0 0 1 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0

Família Characidae

Astyanacinus sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0

Astyanax aff. fasciatus (Cuvier, 1819) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Asyanax. aff. henseli Melo & Buckup, 2006 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax aff. scabripinnis (Jenyns, 1842) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax argyrimarginatus Garutti, 1999 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0

Astyanax cf. abramis (Jenyns, 1842) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 27 0 166 0 13 0 16 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 0

Astyanax bimaculatus (Linnaeus, 1758) 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax gr. bimaculatus (Linnaeus, 1758) 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax cf. ajuricaba Marinho & Lima, 2009 0 0 0 0 0 0 21 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax cf. bockmanni Vari & Castro, 2007 0 0 0 0 72 0 23 0 1 0 0 0 6 0 0 0 2 0 4 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax cf. marionae Eigenmann, 1911 0 0 10 0 0 0 0 0 12 0 2 0 13 0 0 0 30 0 10 0 43 0 0 0 3 0 0 0 0 0

Astyanax gr. asuncionensis Géry, 1972 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0

Astyanax gr. obscurus (Hensel, 1870) 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax gr. vermilion Zanata & Camelier, 2009 0 0 0 0 0 0 38 0 14 10 11 0 15 0 0 0 0 0 44 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax siapae Garutti, 2003 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax sp. 0 0 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 4 0 0 0

Astyanax sp.1 0 0 0 0 0 0 1 32 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax sp. 2 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax sp. 3 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax sp. 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax sp. 5 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Astyanax anterior (Eigenmann, 1908) 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Astyanax utiariti Garutti & Bertaco 2007 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Brachychalcinus aff. Nummus Bohlke, 1958 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Brachychalcinus copei (Steindachner, 1882) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Brachychalcinus orbicularis (Valenciennes, 1850) 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0 33 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 2 0 4 5

Brycon falcatus (Müller & Troschel, 1844) 0 0 0 0 0 0 3 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 1 0 0 4 0 0 0 2

Brycon pesu (Müller & Troschel, 1845) 0 1 0 0 2 0 0 2 5 0 0 0 0 0 1 0 8 0 1 2 0 0 3 0 6 0 0 0 0 0

Bryconamericus exodon (Eigenmann, 1907) 22 98 89 0 297 0 75 1 150 0 1 0 32 0 40 0 14 0 8 0 10 0 0 2 5 0 10 0 3 0

Bryconamericus sp. 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bryconamericus sp.1 19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 3 0 148 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 53 0 0 0

Bryconamericus sp.2 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0

Bryconamericus stramineus Eigenmann, 1908 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 550 0 92 0 8 0 7 0 14 0 0 0 0 0

Bryconexodon trombetasi Jégu, Santos & Ferreira, 1991 0 0 2 0 6 1 0 2 31 0 0 0 1 0 36 0 0 0 5 0 0 0 43 0 6 0 5 0 4 0

Bryconops alburnoides Kner, 1858 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 46 0 0 0 2 0 19 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0

Bryconops caudomaculatus (Gunther, 1864) 2 25 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 6 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 29 3 0 0 0 3

Bryconops aff. caudomaculatus (Gunther, 1864) 0 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 17 0 8 0 45 0 0 0 17 0 0 0 0 0 5 0 0 0

Bryconops aff. Colanegra Chernoff & Machado-Allison, 1999. 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bryconops melanurus (Bloch, 1794) 0 0 28 0 0 0 1 0 1 0 53 0 1 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 8 0 0 0

Bryconops cf. melanurus (Bloch, 1794) 0 0 0 0 13 0 10 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 5 0 0 0 0 0

Bryconops sp. 0 0 0 0 0 0 1 0 6 0 0 0 0 0 0 0 844 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bryconops sp. 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 21 0 11 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bryconops sp. 2 13 0 0 0 1 0 0 0 17 0 0 0 0 0 63 0 20 0 0 0 31 0 0 0 19 0 20 0 7 0

Bryconops sp. 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Bryconops sp. 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Caiapobrycon tucurui Malabarba & Vari, 2000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Creagrutus sp. 0 0 0 0 0 0 1 3 1 1 6 1 0 0 0 0 9 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Hemigramus analis (Durbin,1909) 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Gephyrocharax sp. 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Gnathocharax sp. 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hemigrammus sp. 1 0 5 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

Hemigramus sp.1 7 0 0 0 12 0 12 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 4 0 4 0

Hemigramus coeruleus Durbin, 1908 0 0 0 0 31 0 5 0 4 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0

Hemigrammus levis Durbin, 1908 0 0 0 0 16 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hemigrammus ocellifer (Steindachner, 1882) 0 0 0 2 16 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0

Hemigrammus aff. tridens Eigenmann, 1907 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hyphessobrycon bentosi Durbin, 1908 9 1 0 2 0 3 0 2 0 0 51 0 51 0 0 4 0 0 7 0 0 0 0 0 0 1 6 9 0 5

Hyphessobrycon gr. bentosi Durbin, 1908 0 0 0 0 2 0 8 0 1 0 25 0 13 0 12 0 9 0 24 0 0 0 0 0 0 0 0 0 74 0

Hyphessobrycon heliacus Moreira, Landim & Costa, 2002 0 0 0 0 27 15 2 8 9 0 21 0 0 0 11 0 28 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1 0 1 0

Hyphessobrycon aff. loretoensis Ladiges, 1938 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hyphessobrycon moniliger Moreira, Landim & Costa, 2002 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0

Hyphessobrycon aff. moniliger Moreira, Lima & Costa, 2002 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hyphessobrycon aff. stegemanni Gery,1961 0 0 0 0 10 0 0 0 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hyphessobrycon scutulatus Lucena, 2003 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 29 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0

Hyphessobrycon gr. Callistus (Boulenger, 1900) 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hyphessobrycon sp. 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hyphessobrycon sp. 1 0 8 0 2 2 7 0 55 0 16 22 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 1 0 21 0 13 0 61

Hyphessobrycon sp. 2 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hyphessobrycon sp. 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 21 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hyphessobrycon sp. 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hyphessobrycon sp. 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0

Hyphessobrycon vilmae Géry, 1966 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Iguanodectes sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 58 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Iguanodectes aff. spilurus (Gunther, 1864) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

Jupiaba sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 9 0 1 0 0 0 0 0

Jupiaba anteroides Géry, 1965) 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1

Jupiaba apenina Zanata, 1997 0 3 1 0 2 0 1 1 0 0 2 0 0 0 5 0 22 8 0 0 2 0 1 0 16 1 54 0 0 4

Jupiaba poranga Zanata, 1977 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0

Jupiaba polylepis (Günther, 1864) 1 0 1 0 0 0 4 0 1 0 0 0 11 0 0 0 0 0 11 0 2 0 0 0 7 0 45 0 0 0

Knodus heteresthes (Eigenmann, 1908) 0 0 0 0 13 0 2 0 0 0 6 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 4 0 0 0

Knodus shinahota (Ferreira & Carvajal, 2007) 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Metynnis maculatus (Kner, 1858) 0 0 0 0 4 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0

Metynnis lippincottianus (Cope, 1870) 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Mileinae jovem 0 14 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 0 2 0 0 0 0 0 4 8 0 0 7 0 0 0 0 1 0

Microschemobrycon guaporensis Cavallaro, 2010 0 1 0 0 0 0 0 28 1 0 3 0 0 0 0 0 3 0 0 0 1 0 0 0 12 0 0 1 0 0

Microschemobrycon sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 24 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 57

Myleus arnoldi (Ahl, 1936) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Myleus setiger Müller & Troschel, 1844 16 0 0 0 3 16 11 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Myleus sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Moenkhausia sanctaefilomenae (Steindachner, 1907) 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0

Moenkhausia collettii (Steindachner, 1882) 8 26 2 24 11 43 0 48 0 21 0 0 0 0 24 0 20 0 0 0 8 0 0 1 0 1 31 0 14 13

Moenkhausia aff. chlorophtalma Souza, Neto-Ferreira & Birindelli, 2010 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 2 0 0 0 17 0 0 0 0 0 0 0

Moenkhausia cf. copei (Steindachner, 1882) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 27 0 0 0 0 0

Moenkhausia grandisquamis (Muller & Troschel, 1845) 0 10 12 0 0 0 0 0 7 0 0 0 5 0 53 0 3 0 13 0 0 0 7 0 0 0 0 0 60 0

Moenkhausia lepidura (Kner, 1858) 0 0 0 0 1 0 0 3 0 0 2 0 23 0 4 0 0 0 5 40 0 0 0 0 47 0 11 0 0 0

Moenkhausia lopezi Britski & Silimon, 2001 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0

Moenkhausia oligolepis (Günther, 1994) 7 17 10 23 9 5 9 15 0 31 11 0 6 0 3 0 3 5 0 0 4 4 0 0 26 4 3 0 6 3

Moenkhausia pirauba (Zanata, Berindelli & Moreira, 2010) 24 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 7 0 0 0 34 0 0 0 0 0 0 0 5 0

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 59 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Moenkhausia plumbea Souza, Neto-Ferreira & Berindelli, 2010 0 5 0 0 0 0 0 7 0 0 0 1 0 0 0 0 0 4 0 42 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

Moenkhausia sp 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Moenkhausia sp.1 204 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Moenkhausia sp.2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 18 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Moenkhausia sp.3 3 0 11 0 36 0 1 0 0 0 6 0 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Phenacogaster aff. megalostictus Eigenmann, 1909 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Phenacogaster sp. 1 0 3 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0

Serrapinnus kriegi (Schindler, 1937) 0 0 0 0 0 28 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 1 0 0 0 0

Serrasalmus rhombeus (Linnaeus, 1766) 0 0 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 0 0 0 3 2 0 0 0 2 0 0 0 6 0 0 0 4 0

Tetragonopterus argenteus Curvier, 1816 3 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Tetragonopterus carvalhoi Melo, Benine, Mariguela & Oliveira 2011 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Tetragonopterus chalceus (Spix & Agassiz, 1829) 0 0 0 0 10 0 31 4 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 0 0 0 0 63 9 0 0 0 0 0 0

Tetragonopterus sp. 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 0 6 0 0 0

Thayeria boehlkei (Weintzman, 1957) 0 0 0 0 48 7 0 5 0 0 4 0 0 3 20 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0

Thayeria obliqua Eigenmann, 1908 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

FamíliaChilodontidae

Caenotropus schizodon Scharcansky & Lucena 2007 1 0 4 0 37 0 0 2 5 0 3 0 2 0 13 0 0 0 3 0 0 0 17 0 0 0 0 0 0 0

Família Ctenoluciidae

Boulengerella cuvieri (Agassiz,1829) 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 1 3 0 0 4 0 4 0 2 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 0

Família Curimatidae

Curimata aff. acutirostris Vari & Reis, 1995 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Curimata inornata Vari, 1989 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0

Curimatopsis cf. macrolepis (steindachner, 1876) 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Cyphocharax cf. notatus (Steindachner, 1908) 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Cyphocharax gangamon Vari, 1992 0 0 0 0 7 17 12 5 2 0 0 0 1 0 11 0 4 0 14 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 60 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Cyphocharax gillii (Eigenmann & Kennedy, 1903) 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0

Cyphocharax leucostictus (Eigenmann & Eigenmann, 1889) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 234 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Cyphocharax helleri (Steindachner, 1910) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0

Steindachnerina argentea (Gill, 1858) 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Steindachnerina brevipinna (Braga & Azpelicuetta, 1987) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 7 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0

Steindachnerina cf. conspersa (Holmberg, 1891) 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Steindachnerina fasciata (Vari & Géry, 1985) 0 0 0 0 1 7 1 8 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0

Steindachnerina sp. 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Família Cynodontidae

Hydrolycus armatus (Jardine & Schomburgk, 1841) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2 0

Hydrolicus tatauaia (Toledo-Piza, Menezes &Santos, 1999) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 3 0 1 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0

Família Crenuchidae

Amnocryptocharax cf. elegans Weitzman & Kanazawa, 1976 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0

Melanocharacidium dispilomma (Buckup, 1993) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0

Melanocharacidium sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Characidium gomesi (Travassos, 1956) 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Characidium sp. 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Characidium zebra (Eigenmann, 1909) 1 0 1 0 0 0 12 6 1 1 8 3 1 0 6 4 6 0 1 0 5 0 0 3 19 0 2 0 0 0

Família Erythrinidae

Hoplias gr. malabaricus (Bloch, 1794) 1 1 0 5 0 0 0 1 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 2 0 0 0 0 0 3

Hoplias lacerdae (Miranda Ribeiro, 1908) 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0

Hoplias malabaricus (Bloch, 1794) 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 5 0 1 0 2 0 0 0 5 0 5 0 3 0 1 0 0 0 8 0

Hoplerythrinus unitaeniatus (Agassiz, 1829) 0 0 0 0 1 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 2 0 0 0 0 0 27

Família Hemiodontidae

Argonectes robertsi Langeani, 1999 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 61 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Hemiodus sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hemiodus microlepis Kner, 1858 0 0 0 0 4 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 1 0 39 0 6 0 0 0 1 0

Hemiodus sterni (Géry, 1964) 0 0 0 0 15 0 1 0 0 0 0 0 4 0 1 0 0 0 3 0 1 0 0 0 2 0 0 0 0 0

Hemiodus orthonops Eigenmann & Kennedy, 1903 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0

Hemiodus unimaculatus (Bloch, 1794) 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 5 0 0 0 0 0 0

Família Lebiasinidae

Nannostomus eques Steindachner, 1876 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pyrrhulina brevis Steindachner, 1876 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pyrrhulina semifasciata Steindachner, 1876 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pyrrhulina sp. 0 0 18 0 0 2 11 6 0 3 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Família Parodontidae

Parodon buckleyi (Boulenger, 1887) 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Família Prochilodontidae

Prochilodus lineatus (Valenciennes,1836) 1 0 6 0 2 2 7 4 3 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 4 0

Prochilodus nigricans Agassiz, 1829 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 2 0 0 0 3

Ordem Cyprinodontiformes

Família Rivulidae

Rivulus zygonectes Myers, 1927 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Família Poeciliidae

Poecilia reticulata Peters, 1859 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pamphorichthys aff. araguaiensis Costa, 1991 0 0 2 1 5 21 0 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Ordem Gymnotiformes

Família Gymnotidae

Gymnotus carapo (Linnaeus, 1758) 2 0 0 8 5 0 12 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 5 6 0 0 7 0 5 0 0 0 0 10

Família Hypopomidae

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 62 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Brachyhypopomus sp (nova) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0

Brachyhypopomus brevirostris (Steindachner, 1868) 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 4 0

Hypopygus lepturus Hoedeman, 1962 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0

Família Rhamphichthyidae

Gymnorhamphichthys sp. 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

Gymnorhamphichthys sp. 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Gymnorhamphichthys rondoni (Miranda Ribeiro, 1920) 4 20 6 2 1 0 3 1 0 4 2 3 0 0 1 16 4 2 0 0 0 0 0 10 2 0 16 7 29 15

Família Sternopygidae

Eigenmannia limbata (Schreiner & Miranda Ribeiro,1903) 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0

Sternopygus macrurus (Bloch & Scheneider, 1801) 1 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 2 3 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0

Ordem Perciformes

Família Cichlidae

Aequidens aff. plagiozonatus Kullander, 1984 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Aequidens epae (Kullander,1995) 0 0 4 0 11 0 16 0 2 0 4 0 0 0 3 0 2 0 1 0 4 0 0 0 1 0 6 0 8 0

Aequidens tetramerus (Heckel, 1840) 0 3 0 2 0 3 0 15 0 4 0 0 0 0 0 2 0 3 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 10

Apistogramma agassizii (Steindachner, 1875) 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0

Apistogramma borelli (Regan, 1906) 0 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Apistogramma aff. eunotus Kullander, 1981 0 0 0 0 0 2 0 6 0 2 2 0 0 0 27 0 9 4 12 0 1 0 13 21 1 0 0 13 5 42

Apistogramma sp. 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Cichla monoculus Spix & Agassiz, 1831 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0

Cichla sp. 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

Crenicichla anthurus Cope, 1872 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Crenicichla centrarchus (Kullander 1988) 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Crenicichla cf. hemera Kullander, 1990 0 0 0 0 0 1 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

Crenicichla inpa Ploeg, 1991 7 0 2 0 8 0 2 0 2 0 0 0 0 0 5 0 0 0 10 0 7 0 0 0 5 0 1 0 0 0

Crenicichla labrina (Spix & Agassiz, 1831) 0 0 0 4 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 63 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Crenicichla lepidota Heckel, 1840 7 4 3 5 13 0 9 5 2 0 9 0 1 3 3 0 1 3 4 0 1 0 0 0 2 0 1 0 0 0

Crenicichla maculata Kullander & Lucena, 2006 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Crenicichla reticulata (Heckel, 1840) 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 7 0

Crenicichla sp. 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Crenicichla cf. stocki Poeg, 1991 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Crenicichla strigata (Günther,1862) 4 0 5 0 5 0 0 0 3 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0

Crenicichla gr. saxtilis (Linnaeus, 1758) 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Satanoperca acuticeps (Heckel, 1840) 0 0 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Satanoperca gr. acuticeps (Heckel, 1840) 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Satanoperca pappaterra (Heckel, 1840) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

Família Sciaenidae

Plagioscion squamossismus (Heckel,1840) 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0

Ordem Siluriformes

Família Auchenipteridae

Parauchenipterus galeatus (Linnaeus, 1766) 0 4 0 2 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0

Tatia aulopygia (Kner, 1858) 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Tatia intermedia (Steindachner, 1877) 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Tatia sp. 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0

Trachelyopterus galeatus (Linnaeus, 1766) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0

Família Callichthyidae

Aspidoras albater (Nijssen & Isbrucker, 1976) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 13 0 0 0 0 0

Caliichctys caliichctys (Linnaeus, 1758) 7 0 0 2 0 0 1 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Corydoras xinguensis (Nijssen, 1972) 8 48 6 3 3 3 7 14 20 1 33 6 0 6 22 15 14 0 41 0 168 0 15 11 43 4 8 7 29 52

Família Heptapteridae

Imparfinis sp. 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Nanorrhandia stictonotus Regan, 1913 9 38 18 2 14 0 38 15 30 10 4 11 40 0 29 16 40 17 11 0 42 9 0 0 40 0 18 2 0 40

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MONITORAMENTO E RESGATE DA ICTIOFAUNA NO RIO TELES PIRES, NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DA USINA HIDRELÉTRICA

COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 64 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Phenacorhamdia sp. 0 3 0 0 1 0 0 1 0 0 0 7 0 6 0 3 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 1

Pimelodella cristata (Muller & Troschel, 1848) 0 0 0 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pimelodella aff. steindachneri Eigenmann, 1917 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 35 0 0 0 2 0 0 0 0 6 0 0 2 1 0 4 1 0 0

Pimelodella sp. 0 0 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Rhamdia sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Rhamdia quelen (Quoy & Gaimard, 1824) 1 0 0 1 0 0 0 3 1 15 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 2 1

Família Loricariidae

Ancystrus sp. 1 3 0 4 0 0 0 0 3 0 0 2 0 3 0 6 0 1 0 0 0 0 0 1 0 3 0 0 0 1

Farlowella smithi Fowler, 1913 2 1 0 0 0 0 1 0 0 0 2 0 0 3 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2

Hisonotus armatus (Carvalho, 2008) 0 0 0 0 0 0 9 0 0 0 5 0 0 0 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hypostomus cf. plecostomus (Linnaeus, 1758) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hypostomus cochliodon Kner, 1854 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hypostomus gr. cochiodon Kner, 1854 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hypostomus rondoni (Miranda Ribeiro, 1912) 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hypostomus símios Hollanda Carvalho & Weber, 2005 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 3 0

Hypostomus soniae Hollanda, Carvalho & Weber, 2004 11 26 5 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 5 0 0 7 0 1 0 1 0 17 0 0 1 0 3 0 1

Hypostomus cf. pyrineusi (Miranda Ribeiro, 1920) 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 8 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hypostomus sp. 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0

Hypostomus sp. 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0

Otocinclus arnoldi Regan, 1909 0 0 0 0 0 0 0 0 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Otocinclus caxarari Schaefer, 1997 0 0 0 0 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Otocinclus hasemani Steindachner, 1915 10 5 7 0 9 1 4 13 6 7 0 14 9 4 0 9 0 3 12 18 0 0 0 5 0 0 4 0 0 11

Otocinclus sp. 0 0 1 0 5 0 7 0 0 0 7 0 7 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Otocinclus sp. 1 0 5 0 0 0 0 0 11 0 3 0 8 0 0 0 10 0 0 0 2 4 0 0 4 0 0 0 0 0 2

Otocinclus sp. 2 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 15 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Otocinclus vittatus Regan, 1904 0 0 0 0 0 0 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Rineloricaria sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 1 0 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 1 0

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COLÍDER – MT PROJETO PEIXES UHE COLÍDER

Relatório Trimestral - 04 65 / 65

LABORATÓRIO DE ICTIOLOGIA DA AMAZÔNIA MERIDIONAL - Rodovia MT 208 Km 147 CaixaPostal 324 – CEP: 78580-000 – Alta Floresta, MT Fone/Fax: (66) 3521-2041 – E-mail: [email protected]

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Rineloricaria hasemani Isbrucker & Nijssen, 1979 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Rineloricaria lanceolata Guinther, 1868 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Sturissoma rostratum Regan, 1904 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0

Família Pimelodidae

Pimelodus albofasciatus Mees, 1974 1 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 5 0 1 0 0 0 0 0 0 0

Pimelodus blochii Valenciennes, 1840 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pseudoplatystoma fasciatus (Linnaeus, 1766) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Hemisorubim platyrhynchos (Valenciennes, 1840) 0 0 3 0 1 0 0 0 2 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Sorubim lima (Bloch & Scheider, 1801) 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 1 0 0 0 1 0 5 0 1 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0

Zungaro zungaro (Humbolt, 1821) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Família Pseudopimelodidae

Pseudopimelodus pulcher (Boulenger, 1887) 0 0 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

FamíliaTrichomycteridae

Ituglanis amazonicus (Steindachner, 1882) 10 2 14 5 0 0 5 2 0 0 45 2 2 1 0 0 1 5 5 0 11 1 0 2 8 13 0 7 0 3

Parastegophilus sp. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Ordem Synbranchiformes

FamíliaSynbranchidae

Synbranchus marmoratus (Bloch, 1795) 2 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 1 0 0 4 0 0 1 0 0 0 0 0 1