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Relatório Corporativo de
Gerenciamento de Riscos
Pilar III – Circulares 3.678/13 e 3.716/14
Conglomerado Prudencial
Março 2015
Diretoria Executiva de Controladoria, Compliance, PLD e Riscos
Diretoria de Compliance, PLD e Riscos
Sumário 1. Introdução................................................................................................................................... 2
2. Tipos de Riscos ........................................................................................................................... 3 2.1. Risco de Conjuntura ........................................................................................................... 3 2.2. Risco de Crédito................................................................................................................... 3 2.3. Risco de Imagem e Reputação ............................................................................................ 4 2.4. Risco Socioambiental .......................................................................................................... 4 2.5. Risco de Mercado ................................................................................................................ 4
2.6. Risco Legal ........................................................................................................................... 4 2.7. Risco de Liquidez................................................................................................................. 4 2.8. Risco Operacional................................................................................................................ 4
3. Regulação .................................................................................................................................... 5
4. Gerenciamento dos Riscos ......................................................................................................... 9 4.1. Risco de Mercado ................................................................................................................ 9
4.1.1. Carteira Trading ......................................................................................................... 10
4.1.2. Exposição Cambial ..................................................................................................... 10
4.1.3. Carteira Banking ........................................................................................................ 11 4.1.4. Derivativos .................................................................................................................. 11 4.1.5. Controle e Acompanhamento ................................................................................... 12
4.2. Risco Operacional.............................................................................................................. 12
4.2.1. Processo de Gerenciamento ....................................................................................... 13 4.2.2. Metodologia de Mensuração ..................................................................................... 13
4.2.3. Controle e Acompanhamento ................................................................................... 13 4.2.4. Gestão de Continuidade dos Negócios ...................................................................... 14
4.3. Risco de Liquidez............................................................................................................... 15
4.3.1. Controle e Acompanhamento ................................................................................... 16 4.4. Risco de Imagem e Reputação .......................................................................................... 17
4.4.1. Processo de Gerenciamento ....................................................................................... 17
4.4.2. Controle e Acompanhamento ................................................................................... 18
4.5. Risco Socioambiental ........................................................................................................ 18 4.6. Risco de Crédito................................................................................................................. 18
4.6.1. Exposição ao Risco de Crédito .................................................................................. 20 4.6.2. Percentual das 10, 50 e 100 maiores exposições ...................................................... 20 4.6.3. Por Países e Regiões Geográficas .............................................................................. 21
4.6.4. Por Setor Econômico ................................................................................................. 21 4.6.5. Por Prazo a Decorrer ................................................................................................. 22 4.6.6. Por Atraso ................................................................................................................... 22
4.6.7. Por Operações Baixadas para Prejuízo no trimestre ............................................. 23 4.6.8. Exposição ao Risco de Crédito de Contraparte....................................................... 24 4.6.9. Instrumentos Mitigadores ......................................................................................... 26
4.7. Aquisição, Venda ou Transferência de Ativos Financeiros e de Securitização ........... 26 4.7.1. Com Retenção Substancial dos Riscos e Benefícios ................................................ 26
4.7.2. Sem Retenção Substancial dos Riscos e Benefícios ................................................. 27 4.7.3. Operações de Securitização ....................................................................................... 27
4.8. Participações Societárias Não Classificadas na Carteira de Negociação ..................... 28 4.9. Restrições ou Impedimentos Relevantes ......................................................................... 28
5. Gestão do Capital e Balanço Patrimonial .............................................................................. 28 5.1. Projeções de Capital .......................................................................................................... 30 5.2. Suficiência de Capital ........................................................................................................ 30 5.3. Detalhamento do PR e RWA ............................................................................................ 31 5.4. Balanço Patrimonial .......................................................................................................... 32
5.4.1. Instituições Integrantes do Balanço Patrimonial .................................................... 34
2
1. Introdução
A premissa inerente ao gerenciamento de riscos corporativos é que toda organização existe para
gerar valor às partes interessadas. Todas as organizações enfrentam incertezas, e o desafio de seus
administradores é determinar até que ponto aceitar essa incerteza, assim como definir como essa
incerteza pode interferir no esforço para gerar valor às partes interessadas. Incertezas representam
riscos e oportunidades, com potencial para destruir ou agregar valor.
O gerenciamento de riscos corporativos possibilita aos administradores tratar com eficácia as
incertezas, bem como os riscos e as oportunidades a elas associadas, a fim de melhorar a capacidade
de gerar valor.
No Mercantil do Brasil, a Gestão dos Riscos é parte integrante e fundamental nas atividades da
Instituição, principalmente nos processos de tomada de decisão, visando obter a melhor relação
risco/retorno, através da otimização do uso do capital, bem como para a seleção das melhores
oportunidades de negócios.
Sua gestão é realizada através de metodologias e modelos condizentes com a realidade do mercado
nacional e internacional, permitindo embasar decisões estratégicas da Instituição com grande
agilidade e alto grau de confiança.
As informações descritas ao longo desse documento visam dar transparência, além de reduzir a
assimetria das mesmas, municiando o público em geral com informações fidedignas, consistentes e
tempestivas, respeitando os padrões de Governança Corporativa.
Este relatório contempla as informações requeridas pelo Banco Central do Brasil, por meio das
Circulares nos 3.678/2013 e 3.716/2014, que dispõem sobre a divulgação de informações referentes
à gestão de riscos, apuração do montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA) e à apuração do
Patrimônio de Referência (PR), alinhado às novas regras de capital e em conformidade com as
politicas institucionais do Mercantil do Brasil.
A partir desta data base, este relatório passou a conter as informações referentes ao Conglomerado
Prudencial Mercantil do Brasil, conforme estabelecido no paragrafo 4º, artigo 19 da circular no
3.678/2013. A leitura deste documento deve ser realizada juntamente com as demais informações
financeiras divulgadas pela Instituição, localizadas no site do Mercantil do Brasil, na área de
Relações com Investidores.
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2. Tipos de Riscos
Os principais riscos a que a Instituição está exposta em suas atividades são:
2.1. Risco de Conjuntura
Decorre da possibilidade de perdas decorrentes de mudanças verificadas nas condições políticas,
culturais, sociais, econômicas ou financeiras do Brasil ou de outros países. Compreende os
seguintes riscos:
Risco Estratégico – risco de perdas pelo insucesso das estratégias adotadas, levando-se em
conta a dinâmica dos negócios e da concorrência, as alterações políticas no País e fora dele e
as alterações na economia nacional e mundial;
Risco-País – entendido como a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de
obrigações financeiras nos termos pactuados por tomador ou contraparte localizada fora do
País, em decorrência de ações realizadas pelo governo do país onde está localizado o
tomador ou contraparte, e o risco de transferência, entendido como a possibilidade de
ocorrência de entraves na conversão cambial dos valores recebidos;
Risco Sistêmico – possibilidade de perdas em virtude de dificuldades financeiras de uma ou
mais instituições que provoquem danos substanciais às outras, ou ruptura na condução
operacional de normalidade do Sistema Financeiro Nacional.
2.2. Risco de Crédito
Definido como a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo
tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à
desvalorização de contrato de crédito decorrente da deterioração na classificação de risco do
tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos
custos de recuperação.
A definição de risco de crédito compreende, entre outros:
o risco de crédito da contraparte, entendido como a possibilidade de não cumprimento, por
determinada contraparte, de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a
negociação de ativos financeiros, incluindo aquelas relativas à liquidação de instrumentos
financeiros derivativos;
o risco país, entendido como a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de
obrigações financeiras nos termos pactuados por tomador ou contraparte localizada fora do
País, em decorrência de ações realizadas pelo governo do país onde está localizado o
tomador ou contraparte, e o risco de transferência, entendido como a possibilidade de
ocorrência de entraves na conversão cambial dos valores recebidos;
a possibilidade de ocorrência de desembolsos para honrar avais, fianças, coobrigações,
compromissos de crédito ou outras operações de natureza semelhante;
a possibilidade de perdas associadas ao não cumprimento de obrigações financeiras nos
termos pactuados por parte intermediadora ou convenente de operações de crédito.
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2.3. Risco de Imagem e Reputação
Risco atual ou prospectivo proveniente da percepção desfavorável da imagem da Instituição por
seus clientes, contrapartes, acionistas ou órgãos reguladores.
2.4. Risco Socioambiental
O Risco Socioambiental é entendido como a possibilidade de ocorrência de perdas oriundas das
atividades ou operações realizadas pela Instituição decorrentes de danos socioambientais. Para
tanto, devem ser observadas as relações da Instituição com tomadores, emissores, contrapartes,
parceiros e fornecedores em conjunto aos demais riscos a que está exposta.
2.5. Risco de Mercado
É a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes da flutuação nos valores de mercado de
posições detidas por uma instituição financeira. Inclui os riscos das operações sujeitas à
variação cambial, das taxas de juros, dos preços de ações e dos preços de mercadorias
(commodities).
2.6. Risco Legal
Pode ser definido como a possibilidade de perdas decorrentes de multas, penalidades ou
indenizações, resultantes de ações de órgãos de supervisão e controle, bem como perdas
decorrentes de decisão desfavorável em processos judiciais ou administrativos.
2.7. Risco de Liquidez
Define-se como:
I - a possibilidade de a instituição não ser capaz de honrar eficientemente suas obrigações
esperadas e inesperadas, correntes e futuras, inclusive as decorrentes de vinculação de garantias,
sem afetar suas operações diárias e sem incorrer em perdas significativas; e
II - a possibilidade de a instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição,
devido ao seu tamanho elevado em relação ao volume normalmente transacionado ou em razão
de alguma descontinuidade no mercado.
2.8. Risco Operacional
Possibilidade de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos,
pessoas e sistemas, ou de eventos externos. Esta definição inclui o risco legal associado à
inadequação ou deficiência em contratos firmados pela instituição, bem como a sanções em
razão do descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros
decorrentes das atividades desenvolvidas pela instituição.
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3. Regulação
A expansão da globalização e a formação de blocos econômicos exigiram a criação de métodos
padronizados de avaliação de risco e capitalização. Assim, em 1988, o Grupo dos Dez, formado
pela Alemanha, Bélgica, Canadá, EUA, França, Holanda, Itália, Japão, Reino Unido, Suécia e a
Suíça, como país sede, adotou um conjunto de normas e critérios com o objetivo de preservar a
solvência da atividade bancária e minimizar os riscos assumidos. Foi criado então, no Banco para
Compensações Internacionais na Basileia (BIS), o Comitê de Supervisão Bancária da Basileia, que,
em seus primeiros acordos, atentou para a padronização de normas visando à prudência bancária.
Este Comitê, assim, estabeleceu parâmetros mínimos para a adequação do capital dos bancos, com
base nos ativos que eram divididos subjetivamente em diferentes graus de risco, que variavam entre
0% e 100%. A partir disso estabeleceu-se um coeficiente de padrão mínimo de 8% entre o
patrimônio líquido e estes ativos ponderados pelo risco. Ou seja, passou a ser exigido dos bancos
um volume mínimo de capital de seus acionistas nas operações para, no caso de quebra, proteger
recursos de depositantes e de outros credores.
No Brasil, isto era novidade até a edição da Resolução nº 2.099 do BACEN em 17 de agosto de
1994, ainda que algumas instituições financeiras já fizessem cálculos de ajuste de Patrimônio em
função de suas relações com países signatários do Acordo.
Com a adoção pelo Brasil do Acordo, a base da capitalização se transfere do Passivo para o Ativo,
incluindo algumas contas de compensação. Inicialmente, o Brasil estabeleceu o mesmo limite
mínimo exigido pelos países do G-10, de 8% a ser alcançado na relação patrimônio líquido/ativo
ponderado pelo risco das instituições financeiras, até o final de 1994. Ao longo do tempo essa
fórmula foi sendo aperfeiçoada com a inclusão do risco das operações de swap no cálculo do
Patrimônio Líquido Exigido (PLE).
Em agosto de 1997 passou de 8% para 10% (valendo a partir de janeiro de 1998) e em dezembro de
1998 para 11% (valendo a partir de janeiro de 1999 até a atualidade). Em 1999, o Banco Central do
Brasil incluiu no cálculo do capital próprio o risco de exposição cambial, e complementou com o
risco de variações bruscas nas taxas de juros.
Com o objetivo de incentivar o gerenciamento de riscos e aproximar os conceitos de capital
regulatório e econômico, o Comitê da Basileia finalizou, em 2004, uma nova versão do acordo de
capital, conhecido como Basileia II, que se fundamentou em três pilares, quais sejam: requerimento
mínimo de capital, revisão do órgão supervisor e disciplina de mercado.
Porém, visto que as duas rodadas de regulação internacional, Basileia I e II, não foram suficientes
para impedir as práticas arriscadas pela indústria bancária, que culminaram em uma profunda crise
no sistema financeiro mundial em 2008 e 2009, houve uma terceira versão do Acordo, chamada
Basileia III. Este acordo surgiu em junho de 2011 com a publicação do documento “Basel III: A
global regulatory framework for more resilient banks and banking systems - revised”.
O Basileia III busca, através do aumento da qualidade e quantidade do capital das instituições
financeiras, melhorar a capacidade dos bancos de absorver choques decorrentes de estresse
financeiro e econômico. Além disso, visa aprimorar a gestão e governança de riscos, fortalecendo a
transparência e as práticas de divulgação de informações.
6
O novo acordo é abrangente e propõe, entre outras medidas:
Aumento da qualidade e do requerimento de capital;
Definição de um nível de alavancagem equilibrado;
Harmonização internacional da definição de capital;
Colchões de capital construídos em períodos de crescimento para serem aplicados em
períodos de estresse;
Padrões mínimos para gestão do risco de liquidez no curto prazo (curto período de estresse)
e longo prazo (captações estáveis);
Padrões de supervisão e práticas de divulgação de informações mais rigorosas.
O Banco Central do Brasil, através do Comunicado nº 20.615/2011, divulgou as diretrizes e o
cronograma de implementação do acordo de Basileia III no Brasil e, para iniciar este processo, o
Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu as regras de requerimento de capital
regulamentar, apuração do Indicador de Liquidez de Curto Prazo e apuração da Razão de
Alavancagem através das seguintes resoluções e circulares:
Resoluções nos 4.192/2013 e 4.278/2013, que dispõem sobre a metodologia de apuração do
Patrimônio de Referência (PR);
Resoluções nos 4.193/2013 e 4.281/2013, que tratam da apuração dos requerimentos
mínimos de capital a serem mantidos sob a forma de PR, de Nível I e de Capital Principal.
Também institui o Adicional de Capital Principal e estabelece as medidas a serem adotadas
no caso de este não ser cumprido. Juntamente com estas resoluções o Bacen criou um
conjunto de circulares que determinam os procedimentos de apuração do montante dos
Ativos Ponderados pelo Risco (RWA) para Risco de Crédito, de Mercado e Operacional
(abordagem padrão e interna).
Na Resolução nº 4.193/2013, que passou a vigorar a partir de 01 de outubro de 2013, o
Conselho Monetário Nacional (CMN) aprimorou os dispositivos relativos ao cálculo do
requerimento de capital, antes denominado Patrimônio Referencia Exigido (PRE). Os
requisitos mínimos de Nível I e de Capital Principal a ser mantido pelas instituições
passaram a ser dado pelo montante dos Ativos Ponderados pelo Risco (RWA), que consiste
na soma de três parcelas, cada uma delas relativa a uma natureza de risco:
7
Resolução nº 4.194/2013, que estabelece a faculdade de cooperativas de crédito apurarem os
requerimentos de capital de forma simplificada; e
Resolução nº 4.280/2013, que tratam da nova base de apuração consolidada do PR e dos
requerimentos mínimos de capital para instituições integrantes de Conglomerados
Prudenciais.
Resolução nº 4.401/2015, que dispõe sobre os limites mínimos do indicador Liquidez de
Curto Prazo (LCR) e as condições para sua observância. O LCR será calculado com base na
razão entre estoque de ativos de alta liquidez e as saídas líquidas no prazo de até 30 dias.
Terá por finalidade evidenciar se as instituições financeiras possuem recursos de alta
liquidez para resistir a um cenário de estresse financeiro agudo com duração de 1 mês.
Visando reduzir o impacto nos mercados monetários e de crédito, os limites mínimos do
LCR serão elevados gradativamente, partindo de 0,60 no final de 2015, inicio da vigência da
resolução, e chegando a 1 em janeiro de 2019.
Circular nº 3.748/2015, que dispõe sobre a metodologia para apuração da Razão de
Alavancagem (RA), remessa ao Banco Central do Brasil e divulgação das respectivas
informações. A RA é definida como a razão entre o capital Nível I (capital de mais alta
qualidade mantido pelos bancos) e o total de exposições da instituição. A RA tem como
objetivo primordial evitar a alavancagem excessiva das instituições financeiras, e o
consequente aumento do risco sistêmico, com impactos indesejáveis sobre a economia.
O cronograma de implementação do Basileia III no Brasil prevê ainda, conforme o Comunicado nº
20.615/2011, a adoção de outras medidas até 2019, dentre elas:
a. Colchão de Capital:
I – Capital de Conservação: corresponderá a um montante complementar às exigências
mínimas regulamentares, constituído de elementos aceitos para compor o Capital
Principal. Seu objetivo é aumentar o poder de absorção de perdas das instituições
financeiras além do mínimo exigido em períodos favoráveis do ciclo econômico, para que
o capital acrescido possa ser utilizado em períodos de estresse.
Vale mencionar que os bancos poderão utilizar em determinadas circunstâncias o capital
deste colchão, mas terão que reduzir a distribuição de lucros e dividendos, caso a
instituição financeira esteja próxima do percentual mínimo exigido. Com isso, o órgão
supervisor pretende evitar que as instituições continuem a pagar elevados bônus e
dividendos quando sofrem deterioração de capital.
II – Capital Contracíclico: busca assegurar que o capital mantido pelas instituições
financeiras contemple os riscos decorrentes de alterações no ambiente macroeconômico.
O Capital Contracíclico também deve ser constituído com elementos aceitos no Capital
Principal e será requerido em caso de crescimento excessivo do crédito associado a
potencial acumulação de risco sistêmico.
8
b. Índice de Liquidez:
NSFR (Net Stable Funding Ratio) – Índice de Liquidez de Longo Prazo: será calculado
pela razão entre o total de captações estáveis disponíveis e o total de captações estáveis
necessárias. O indicador visa incentivar as instituições financeiras a financiarem suas
atividades com fontes mais estáveis de captação.
Cabe destacar que o Banco Central do Brasil esclarece que as recomendações de Basileia III,
mencionadas no Comunicado nº 20.615/2011, são em essência, complementares às de Basileia II e,
portanto, devem ser consideradas em conjunto com as informações contidas nos Comunicados nos
16.137/2007 e 19.028/2009.
Em suma, as recomendações de Basiléia III visam aperfeiçoar a capacidade das instituições
financeiras de absorver choques provenientes do sistema financeiro ou dos demais setores da
economia, propiciando a manutenção da estabilidade financeira e a promoção do crescimento
econômico sustentável. Espera-se que o aumento do nível de Capital, combinado com
requerimentos mínimos de liquidez e medidas macroprudenciais, reduza a probabilidade e a
severidade de futuras crises bancárias e seus potenciais efeitos negativos sobre os demais setores da
economia.
9
4. Gerenciamento dos Riscos
O processo de gerenciamento é pautado em identificar, avaliar, controlar e monitorar os riscos, com
o objetivo de diminuir a probabilidade e o impacto de eventos negativos e de aumentar a
probabilidade de eventos positivos, contribuindo, assim, para agregar valor ao negócio.
A gestão dos Riscos das empresas do Mercantil do Brasil está subordinada à Diretoria de
Compliance, PLD e Riscos e à Diretoria Executiva de Controladoria, Compliance, PLD e Riscos,
cabendo responsabilidades, também, ao Conselho de Administração, ao Comitê de Auditoria e ao
Comitê Diretivo.
4.1. Risco de Mercado
O risco de mercado é gerenciado por meio de metodologias e sistemas condizentes com a natureza
das operações, com a complexidade dos produtos e a dimensão da exposição, bem como com a
realidade do mercado nacional e internacional, permitindo embasar decisões estratégicas para a
Instituição com grande agilidade e alto grau de confiança.
A base de dados de risco de mercado, utilizada pela Instituição, possui algumas premissas básicas,
tais como:
Para o gerenciamento do risco de mercado é necessário ter os fluxos nos vencimentos com
seus respectivos valores, compreendendo o principal, os juros e os demais valores
relacionados a cada parcela/operação;
O cálculo do valor projetado (no vencimento) é feito sempre por dias corridos;
Se a data de vencimento (data de vencimento real da operação) for dia não útil, move-se
para dia útil subsequente;
Para o cálculo do risco de mercado são consideradas apenas as operações ou parcelas cuja
data de vencimento é no mínimo o próximo dia em relação à data dos dados da base de
Risco de Mercado;
Os fluxos de crédito rotativo consideram como prazo: cheque especial – 1 dia; conta
garantida – o primeiro dia útil, a data de aniversário do vencimento ou a ocorrência de saldo
credor, conforme o que rege o contrato;
Os fluxos de depósito de poupança tomam-se como prazo a próxima data de aniversário de
rendimento;
As operações referenciadas em DI e Selic, remuneradas em percentual diferente de 100%, são
consideradas como risco prefixado. O nível de exposição é calculado como o produto do valor
projetado pelo valor absoluto da diferença entre o % de CDI ou Selic e 100%.
Assim, por exemplo, se uma aplicação for remunerada em 95% ou 105% do DI, o Mercantil do
Brasil está exposto em 5% do valor projetado. Segue, abaixo, o tratamento para essas operações:
Operações ativas:
> 100%: gerar um fluxo prefixado passivo.
10
< 100%: gerar um fluxo prefixado ativo.
Operações passivas:
> 100%: gerar um fluxo prefixado ativo.
< 100%: gerar um fluxo prefixado passivo
Em conformidade com as Resoluções nos 4.193/2013 e 4.281/2013 do Conselho Monetário
Nacional (CMN), realiza-se o cálculo do capital regulatório de risco de mercado, tendo como
principais vertentes: a classificação das operações nas carteiras de Negociação (Trading) e de Não
Negociação (Banking).
As parcelas exigidas para cobertura de risco de mercado são calculadas diariamente, com as
posições detidas pelo Conglomerado Prudencial, considerando-se as parcelas/operações em aberto
na data de referência. Ou seja, não se utilizam estimativas de crescimento de volume, de
modificações dos prazos ou das composições das carteiras. A integração das informações para o
risco de mercado é dinâmica e captura as mudanças ocorridas no dia, indicando que a posição de
fechamento do dia é a que será usada para os cálculos das carteiras de Negociação e de Não
Negociação.
Para grandes variações de preço, o Mercantil do Brasil utiliza o instrumento hedge para proteger as
operações financeiras ao qual está exposto. A estratégia de hedge consiste em compensar, no todo
ou em parte, os riscos decorrentes da exposição às variações no valor de mercado ou no fluxo de
caixa de qualquer ativo, passivo, compromisso ou transação futura prevista.
4.1.1. Carteira Trading
Entende-se por Carteira Trading (CT) todas as operações com instrumentos financeiros e
mercadorias, inclusive derivativos, detidas com a intenção de negociação ou destinadas a hedge de
outros elementos da CT, e que não estejam sujeitas à limitação da sua negociabilidade.
Segue, abaixo, o quadro com a parcela exigida para cobertura do Risco de Mercado para as
operações contidas na Carteira Trading do Conglomerado Prudencial:
4.1.2. Exposição Cambial
A circular nº 3.641/2013 estabeleceu os procedimentos para o cálculo da parcela dos ativos
ponderados pelo risco (RWA) referente às exposições em ouro, em moeda estrangeira e em ativos
11
sujeitos à variação cambial cujo requerimento de capital é calculado mediante abordagem
padronizada (RWACam), de que trata a Resolução nº 4.193/2013.
Segue, abaixo, o quadro da parcela RWACam do Conglomerado Prudencial:
4.1.3. Carteira Banking
São incluídas na carteira Banking todas as operações que representam fontes relevantes de risco de
mercado e que não estejam classificadas na carteira de negociação. Consiste das operações
estruturais (operações de tesouraria, operações de crédito, depósitos, captações externas, etc) e
derivativos não classificados como de negociação.
Sua metodologia de cálculo consiste em mapear os fluxos de caixa por fator de risco (book), marcá-
los a mercado pela estrutura temporal correspondente e aplicar as últimas 100 variações (cenários)
da estrutura temporal para estimar a perda potencial.
As simulações das últimas 100 variações sobre a estrutura temporal vigente gerarão 100 possíveis
resultados diferentes, e consequentemente 100 variações do valor marcado a mercado da carteira. O
VaR, ou a perda máxima esperada de um dia para outro (holding period = 1 dia), com 95% de grau
de confiança, é definido como a sexta pior variação de todas as opções simuladas.
A parcela adicional relativa ao risco de mercado da carteira Banking (Rban) é o resultado da soma
do VaR de todos os fatores de risco na moeda nacional considerando as correlações entre os fatores
de risco, ao VaR em moeda estrangeira.
Segue, abaixo, o quadro com a parcela Rban do Conglomerado Prudencial:
Metodologia: VaR histórico: janela 100 dias úteis, holding period 1 dia, 95% grau de confiança.
4.1.4. Derivativos
Os instrumentos financeiros derivativos existentes na Instituição, na sua grande maioria, são
destinados à proteção de exposição a riscos (hedge) das captações externas, não possuindo nenhum
caráter especulativo.
Cabe ressaltar ainda, que o Mercantil do Brasil possui uma gestão ativa de seus riscos de mercado,
com o acompanhamento diário das exposições aos diversos fatores de risco, bem como ao potencial
efeito que essas exposições podem causar no valor justo de seus derivativos, podendo indicar a
mudança de posição de modo a mitigar esses riscos. Adicionalmente, os procedimentos para
proteção estão em consonância com as diretrizes definidas na Política Institucional de Hedge.
12
Segue quadro das exposições em derivativos, segregada por fator de risco de mercado e também
segmentada entre posição comprada e posição vendida:
4.1.5. Controle e Acompanhamento
A Gerência de Gestão de Riscos produz relatórios distintos para atender o perfil das áreas
demandantes. Tais relatórios retratam todas as fontes relevantes de exposição de acordo com os
fatores de risco associados e, também, de forma agregada. Ou seja, medem-se, monitoram-se e
controlam-se as operações por fator de risco e como essas posições se correlacionam entre si.
Além do acompanhamento diário das exposições aos diversos fatores de risco e do cálculo do valor
em risco VaR, são realizados testes de estresse de flutuação das principais variáveis
macroeconômicas, utilizando cenários históricos ou de mudança de premissas. Também é realizado
o back-test, que consiste na averiguação de uma amostra de retornos da ocorrência de um número
de perdas superiores ao VaR conforme o nível de confiança escolhido.
O modelo de risco de mercado também permite acompanhar a sensibilidade das taxas de juros,
comparando a curva de mercado recente aos cenários formados, o que possibilita simular como tais
taxas podem variar e afetar as posições assumidas pela Instituição.
Outro ponto relevante é a sistemática validação da base de dados da Instituição, sendo aplicados
pontos de controle para garantir a integridade das informações utilizadas.
4.2. Risco Operacional
O Gerenciamento do Risco Operacional no Mercantil do Brasil integra-se às estratégias e aos
negócios de cada instituição individualmente e ao conglomerado prudencial, alinhando os processos
existentes e praticados com as políticas vigentes. A forma de atuação possibilita a identificação das
áreas com maior potencial de risco e os cenários mais críticos para, por meio de uma gestão efetiva,
controlar e mitigar a exposição ao Risco Operacional a que a Instituição está sujeita.
No conglomerado prudencial Mercantil do Brasil, o Gerenciamento do Risco Operacional é
realizado de forma compartilhada com os gestores das áreas, considerados especialistas dos
processos, e que desempenham importante papel na integração com a Gerência de Gestão de
13
Riscos. Esta proximidade com o foco do risco possibilita uma interferência positiva, favorecendo
uma gestão dinâmica e participativa.
4.2.1. Processo de Gerenciamento
A metodologia aplicada para a gestão do Risco Operacional é composta pelas etapas qualitativa e
quantitativa. A primeira etapa contempla o levantamento dos processos, a identificação dos riscos, a
avaliação dos controles e as respostas aos riscos (plano de ação).
Já a etapa quantitativa, consiste na formação da base de perdas, tendo como objetivo registrar as
informações relativas aos eventos decorrentes da exposição ao Risco Operacional no Mercantil do
Brasil.
No conglomerado prudencial Mercantil do Brasil estão disponíveis diversas ferramentas para a
gestão do Risco Operacional: Teste de Avaliação dos Sistemas de Controle de Riscos Operacionais,
Questionário CSA (Control Self Assessment) e ICR (Indicador Chave de Risco), que visam gerar
informações de forma a maximizar a eficiência dos controles implementados e dos dados de perda
operacional, redirecionando ações a fim de reduzir as perdas operacionais.
Os relatórios de gerenciamento do risco operacional são enviados aos Gestores e a Alta
Administração, contendo informações que sinalizam os aspectos qualitativos e quantitativos da
exposição a risco operacional da Instituição, o que permite avaliar a possibilidade de ocorrência das
perdas, o impacto resultante e os tipos de ação para a sua mitigação.
4.2.2. Metodologia de Mensuração
De acordo com o disposto na Circular nº 3.640/2013 do Bacen, o cálculo da parcela RWAOPAD
pode ser efetuado com base em uma das seguintes metodologias, a critério da instituição financeira:
Abordagem do Indicador Básico; Abordagem Padronizada Alternativa; Abordagem Padronizada
Alternativa Simplificada.
No Mercantil do Brasil, a metodologia de cálculo adotada é a Abordagem Padronizada Alternativa
Simplificada, conforme detalhamento contido no artigo 7º da circular nº 3.640/2013, alterada pelas
Circulares nos 3.675/2013 e 3.739/2014 do Bacen. Toda a metodologia de cálculo da abordagem
utilizada pela Instituição foi definida seguindo os critérios de consistência e passíveis de
verificação. Além disso, encontra-se devidamente formalizada.
No mês de Março/2015, a parcela de RWAOPAD em relação ao Patrimônio de Referência Mínimo
Requerido para RWA do Conglomerado Prudencial do Mercantil do Brasil foi de 7,61%.
4.2.3. Controle e Acompanhamento
Mensurados os riscos e conhecidas às exposições que extrapolem a tolerância a riscos da
Instituição, os planos de ação são adotados visando a reduzir o Risco Operacional a um nível
aceitável. Os procedimentos de controle da exposição são estabelecidos pelos gestores das áreas,
podendo ser orientados, quando necessário, pela Gerência de Gestão de Riscos sobre as diretrizes e
práticas de mitigação dos mesmos. É importante ressaltar que para os riscos diagnosticados como
alto é realizado o acompanhamento do desenvolvimento dos planos de ação.
14
Além da utilização de ferramentas de gestão, a Instituição mantém uma base de dados de perdas
operacionais internas que é consolidada e analisada. Outra forma de gestão do risco operacional é à
base de dados de perdas operacionais externa. O Mercantil do Brasil vem capturando informações
de perdas operacionais externas de várias Instituições Financeiras, nas diversas fontes de divulgação
(jornais, sites, etc.). Estes dados são coletados e analisados de forma a identificar possíveis cenários
de exposição a riscos.
Segue gráfico de perdas operacionais internas ocorridas por valores:
Obs.: A base de dados de perdas operacionais interna é acumulativa e mensalmente são informadas
recuperações referentes às perdas já registradas nos meses anteriores. Devido a estes ajustes, os
percentuais apresentados no gráfico podem sofrer futuras modificações.
4.2.4. Gestão de Continuidade dos Negócios
A Gestão de Continuidade dos Negócios, que também está inserida no âmbito do Gerenciamento do
Risco Operacional, busca garantir a continuidade dos processos de negócios críticos à sobrevivência
da instituição em caso de crises que causem a interrupção das suas atividades. Isso proporciona um
ambiente mais seguro às operações, aos clientes e contrapartes, bem como aos seus acionistas.
Para garantir essa resiliência, o Mercantil do Brasil utiliza metodologia que o permite definir
estratégias de contingência, determinando procedimentos alternativos e linhas de ação que manterão
as operações críticas em funcionamento, mesmo na ocorrência de eventos adversos que causem a
interrupção das atividades. Todas essas especificações estão formalizadas em Planos de
Contingência, que contemplam também toda a estrutura de pessoal e logística disponibilizada para a
continuidade dos negócios.
Periodicamente, os Planos de Contingência elaborados passam por testes, cujos relatórios, enviados
inclusive à Alta Administração, orientam a atualização desses planos e buscam garantir a eficácia
dos procedimentos descritos. Esse ciclo virtuoso permite ao Mercantil do Brasil manter sua Gestão
de Continuidade dos Negócios em um processo de melhoria continua.
15
METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE CONTINGÊNCIA
Buscando o aprimoramento da qualidade e efetividade das estratégias, dos planos e dos processos
estabelecidos para a continuidade de seus negócios, a Instituição investe constantemente em novas
tecnologias, metodologias e na capacitação de seus funcionários, visando a atingir padrões cada vez
mais elevados de sustentabilidade e perenidade de seus negócios.
O Mercantil do Brasil mantém, ainda, permanente monitoramento do ambiente em que está
inserido, o que permite um amadurecimento das estratégias e estudo de cenários de crise e,
consequentemente, permanência do estado de prontidão para as situações adversas.
Com tudo isso, a Instituição vem se preparando, com consistência, para reduzir significativamente
os impactos de interrupções a níveis razoáveis.
4.3. Risco de Liquidez
No Mercantil do Brasil o Risco de Liquidez é gerenciado por meio de metodologias e modelos que
visam gerir a capacidade de pagamento da Instituição, considerando o planejamento financeiro, os
limites de riscos e a otimização dos recursos disponíveis, permitindo embasar decisões estratégicas
com grande agilidade e alto grau de confiança.
A Gerência de Gestão de Riscos promove a imediata disseminação de informações e análises sobre
o Risco de Liquidez aos diversos setores diretivos e gerenciais da Instituição, bem como as
conclusões e providências adotadas.
A gestão é realizada em conformidade com a Resolução nº 4.090/2012 do Conselho Monetário
Nacional (CMN), que dispõe sobre a estrutura de gerenciamento, governança e transparência das
informações do Risco de Liquidez.
Visando proporcionar a permanente adequação do gerenciamento às características e exposições da
Instituição e seguindo as melhores práticas sugeridas pela Febraban, pelo Banco Central e pelo BIS
(Bank for International Settlements, em português: Banco de Compensações Internacionais), a
16
Instituição possui dois modelos – “Descasamento entre Ativos e Passivos” e “movimentação diária
de produtos”. O primeiro modelo permite o acompanhamento por produto, moeda, indexador e
vencimento e o segundo fornece fluxo de entrada e saída dos produtos ativos e passivos.
O Mercantil do Brasil realiza ainda, como um dos instrumentos de gestão, a projeção do fluxo de
caixa para curto, médio e longo prazo, através de duas metodologias: uma utilizando o modelo
estatístico de previsão Box-Jenkins e outra baseada em séries históricas de movimentação de
produtos de ativo e passivo, recebimentos antecipados, vencimentos e recompras de operações de
Depósito a Prazo (DPZ Comum, DPGE), Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), Letras
Financeiras (LF), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), operações de crédito, captações externas,
poupança, depósito a vista e TVMs.
Concomitantemente, são construídos cenários de estresse que permitem a identificação de possíveis
problemas que possam vir a comprometer o equilíbrio econômico-financeiro da Instituição. O
Mercantil do Brasil possui ainda, Plano de Contingência de Liquidez contendo responsabilidades e
procedimentos para enfrentar situações de estresse liquidez, garantindo a execução em tempo hábil
das ações e retorno rápido aos níveis de liquidez aceitáveis.
4.3.1. Controle e Acompanhamento
O gerenciamento do Risco de Liquidez considera todas as operações praticadas no mercado
financeiro e de capitais, assim como possíveis exposições contingentes ou inesperadas, tais como as
advindas de serviços de liquidação, prestação de avais e garantias, e linhas de crédito contratadas e
não utilizadas.
Diariamente é feito o acompanhamento detalhado dos movimentos de entrada e saída das
Operações de Crédito, DPZ, DPGE, LCA, LCI, LF, Poupança e Depósito a Vista. Os produtos
DPZ, DPGE e LCA são analisados também de acordo com a concentração (saldo do cliente),
vencimentos, renovações, recompras, e as novas captações. Além disso, há um monitoramento
diário do saldo do Caixa e das principais variáveis que o compõe.
No que se refere ao Descasamento entre ativos e passivos, os gráficos a seguir demonstram a maior
exposição do Conglomerado Prudencial do Mercantil do Brasil nos fatores de risco Pré e CDI,
reflexo dos volumes de operações de crédito no ativo e dos depósitos a prazo no passivo.
Março/15
Para monitorar a capacidade da Instituição em suportar situações de estresse, o Mercantil do Brasil
apura ainda o Índice de Liquidez, que é obtido através da razão entre os Ativos Líquidos e os
Cenários de Estresse projetados.
66%
13%
13%
8%
Ativo
PRÉ CDI US$ Outros
16%
63%
11%
6% 4%Passivo
PRÉ CDI US$ IPCA Outros
17
Para compor os Ativos Líquidos consideram-se integralmente o valor dos títulos públicos e
privados livres, as operações compromissadas (posição bancada) e as disponibilidades. Já nos
cenários de estresse consideram condições adversas que impliquem redução dos recursos captados,
aumento da inadimplência nos produtos da carteira de crédito e/ou restrinjam a realização financeira
de ativos.
4.4. Risco de Imagem e Reputação
O gerenciamento do risco de imagem e de reputação tem como objetivo alinhar os processos
existentes que possam gerar risco de imagem e reputação e, ainda, criar ferramentas que possam
mensurar os riscos, criando mecanismos de controle e apontando melhorias a serem realizadas.
Proteger a imagem e a reputação do Mercantil do Brasil é responsabilidade de todos os
funcionários. Por isso, a gestão dos riscos de imagem e de reputação é compartilhada por diferentes
áreas, que possuam processos já estruturados de captura, organização e consolidação de dados.
4.4.1. Processo de Gerenciamento
A gestão dos riscos de imagem e reputação é realizada através do monitoramento de fontes internas
e externas, conforme abaixo:
Ambiente interno:
Áreas gestoras que apresentem risco potencial – dados dos monitoramentos já
realizados;
Funcionários: demandas, pesquisas de comunicação interna e de clima, informações
advindas dos agentes de comunicação (colaboradores que auxiliam a área de
Comunicação Interna em assuntos ligados à comunicação e à divulgação de
informações);
Canais de Comunicação Interna: monitoramento das manifestações dos funcionários, por
meio dos canais disponíveis;
Áreas acessórias: troca de informações entre as áreas, buscando visão ampla dos riscos;
Acompanhamento e monitoramento das ações dos porta-vozes oficiais.
Ambiente externo:
Clipping – acompanhamento das publicações sobre o Mercantil do Brasil e sobre o
mercado, que possam afetar negativamente a imagem da Instituição;
Assessoria de imprensa – relacionamento com a imprensa;
Redes sociais – acompanhamento das manifestações publicadas e gestão do conteúdo do
canal.
18
4.4.2. Controle e Acompanhamento
O grau de criticidade do risco de imagem e de reputação do Mercantil do Brasil é mensurado
através do Índice de Imagem (I-Imagem).
O índice apresenta métricas de acompanhamento das menções negativas publicadas na imprensa.
De posse das informações advindas do índice, a Instituição analisa as exposições aos riscos de
imagem e de reputação e indica mudanças que visem a mitigar percepções negativas. O I-Imagem
possibilita, também, conhecer os eventos que mais contribuem para danificar a imagem da
Instituição e indicar ações de prevenção e de mitigação.
4.5. Risco Socioambiental
A Política de Responsabilidade Socioambiental do Mercantil do Brasil, a ser publicada até o dia 31
de julho de 2015, orientará a continuidade dos processos de gerenciamento dos impactos
socioambientais de suas atividades, considerando os seguintes aspectos: a gestão adequada de
resíduos realizada por meio das ações do programa MB Consciente Ambiental; o mapeamento e
estudo contínuo de oportunidades que possam contribuir com a eficiência no consumo de energia e
recursos naturais da empresa; a adoção de critérios socioambientais na concessão, análise e gestão
do crédito, como por exemplo, combate a questões de trabalho relacionadas ao trabalho análogo a
escravo, infantil e à exploração sexual; e implantação de um processo de avaliação de fornecedores
e prestadores de serviços.
A elaboração da Política de Responsabilidade Socioambiental do Mercantil do Brasil prevê,
também, a realização de ações de gestão integrada que abordem diretrizes sobre a estrutura de
governança direcionada às questões socioambientais e a avaliação e gestão de risco socioambiental
envolvidos em suas atividades e processos.
4.6. Risco de Crédito
Por risco de crédito, entende-se como a possibilidade de não cumprimento total ou parcial, por
determinada contraparte, de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a
negociação de ativos financeiros.
A gestão do risco de crédito compreende a identificação, mensuração, controle e mitigação dos
riscos relativos às ocorrências de perdas esperadas e não esperadas na atividade de crédito,
objetivando otimizar a eficiência de seu capital econômico.
O Mercantil do Brasil investe, de forma estruturada, no aperfeiçoamento contínuo dos processos e
das práticas de controle e gestão de risco de crédito, seguindo padrões de mercado e atendendo as
exigências dos órgãos reguladores.
A Estrutura de Gerenciamento do Risco de Crédito Mercantil do Brasil conta com o apoio de
diferentes níveis hierárquicos: Conselho de Administração, Corpo Diretivo e Executivo e todas as
demais áreas envolvidas no processo de concessão e gestão de crédito.
A segregação das atividades é um pilar importante e contempla a originação, análise, decisão, a
formalística, o acompanhamento, controle, a gestão de risco, a cobrança e a recuperação. Estas
atividades são de responsabilidade de Diretorias Executivas distintas, que atuam segundo as
diretrizes estratégicas e a política de crédito.
19
Todo o processo é suportado por modernos sistemas de tecnologia, alta integração e disponibilizam
informações gerenciais a todos os envolvidos nesta atividade, tornando transparentes e integrados
os resultados de cada ciclo.
O processo de análise visa concluir sobre o risco de crédito do cliente adotando aspectos
quantitativos baseados na situação econômica, financeira e patrimonial, e qualitativos tais como
dados cadastrais e comportamentais. A análise da operação de crédito além de ter como base a
classificação de risco do cliente, incorpora os aspectos da estruturação do negócio, inclusive quanto
à liquidez e suficiência das garantias apresentadas. Todo o processo é centralizado e as decisões são
tomadas de forma colegiada e dentro da alçada de cada nível.
Em particular, a concessão de crédito massificado de varejo é realizada de forma automatizada e
padronizada, através de modelos quantitativos, desenvolvidos por uma equipe técnica capacitada e
em constante desenvolvimento, mediante utilização de ferramentas que asseguram maior qualidade
dos créditos concedidos.
O cuidado com a qualidade dos ativos financeiros da Instituição é concomitante ao processo de
concessão de crédito e vai até a liquidação dos contratos. Esta atividade está sob a responsabilidade
direta das Diretorias de Crédito e de Gestão de Crédito, que possuem todas as suas diretrizes
fundamentadas na Política de Crédito da instituição.
Dentro deste contexto, a gestão do risco de crédito no Mercantil do Brasil contempla fatores
internos como a análise da evolução da carteira, seus níveis de inadimplência, rentabilidade dos
produtos, qualidade da carteira, grau de concentração e adequação do capital econômico alocado;
além de fatores externos como acompanhamento do ambiente macroeconômico e dos setores
econômicos, taxas de juros, indicadores de inadimplência do mercado, condicionantes de consumo,
etc. Desta forma, as variações das exposições aos riscos que o Mercantil do Brasil está sujeito, são
acompanhadas levando em consideração o ambiente de negócios, o comportamento da concorrência
e os compromissos com os resultados que o Mercantil do Brasil tem para com seus clientes,
acionistas, funcionários e a sociedade.
No 1º semestre de 2014 foi revisada pelo Conselho de Administração a Política Institucional de
Gerenciamento do Risco de Crédito Mercantil do Brasil, em conformidade com o disposto na
Resolução nº 3.721/2009, do Conselho Monetário Nacional. Em acordo com o artigo 1º desta
resolução, a estrutura adotada pelo Mercantil do Brasil é compatível com a natureza das suas
operações e com a complexidade dos produtos e serviços oferecidos, sendo esta proporcional à
dimensão da exposição ao risco de crédito do conglomerado econômico-financeiro.
Em 1º de outubro de 2013 iniciou-se o atendimento ao cronograma internacional de implantação de
Basiléia III, sendo que as alterações relacionadas à apuração do capital para risco de crédito foram
implementadas em conformidade com o disposto na Circular nº 3.644/2013 do Bacen.
20
4.6.1. Exposição ao Risco de Crédito
O quadro abaixo demonstra as exposições ao risco de crédito do Conglomerado Prudencial e a
média no trimestre:
4.6.2. Percentual das 10, 50 e 100 maiores exposições
21
4.6.3. Por Países e Regiões Geográficas
O quadro a seguir apresenta a exposição total ao risco de crédito do Conglomerado Prudencial
segregada por regiões geográficas:
4.6.4. Por Setor Econômico
Os quadros a seguir apresentam a exposição total a risco de crédito do Conglomerado Prudencial
por setor econômico:
22
4.6.5. Por Prazo a Decorrer
O quadro a seguir apresenta a exposição total ao risco de crédito do Conglomerado Prudencial por
prazo a decorrer:
4.6.6. Por Atraso
Os quadros a seguir apresentam o montante das operações em atraso, bruto de provisões e excluídas
as operações já baixadas para prejuízo, segmentado por regiões geográficas do Brasil e por setor
econômico com exposições significativas:
23
4.6.7. Por Operações Baixadas para Prejuízo no trimestre
O quadro abaixo apresenta o fluxo de operações baixadas para prejuízo no trimestre, segmentado
por setor econômico com exposições significativas e montante de provisões para perdas relativas às
exposições, segmentado por setor econômico com exposições significativas, discriminando os
valores adicionados e os subtraídos:
24
4.6.8. Exposição ao Risco de Crédito de Contraparte
A gestão do Risco de Crédito do Mercantil do Brasil contempla em sua estrutura o gerenciamento
do risco de contraparte. Dentro deste contexto, a diretriz básica da Política de Crédito para avaliar o
risco de contraparte, quando esta se tratar de Instituições Financeiras clientes do Mercantil do
Brasil, tem o objetivo de definir instrumentos adequados de análise para minimizar o risco de
crédito, através da obtenção de maior grau de segurança nas operações com o segmento e de
estabelecer os critérios de enquadramento dos riscos considerados aceitáveis pelo Comitê Diretivo.
O processo de crédito das instituições financeiras ocorre da seguinte forma:
1. As Instituições são classificadas em função do risco de crédito;
2. As operações são amparadas por Limites de Crédito.
A classificação de crédito para Instituições Financeiras clientes do Mercantil do Brasil é decorrente
de um Grau de Risco estabelecido a partir da análise de crédito. Para a realização da Análise de
Crédito são utilizadas informações obtidas através do Banco Central do Brasil, análises realizadas
por empresa externa de classificação de risco, além de informações econômicas, financeiras e de
mercado.
A análise de crédito é elaborada envolvendo aspectos objetivos e subjetivos, sendo o primeiro
resultado da apuração de indicadores econômico-financeiros, tais como a Estrutura Patrimonial, a
solvência, a rentabilidade, os custos e a performance da empresa. No caso da análise subjetiva, é
levado em conta o histórico de instituição, a estrutura operacional e administrativa, os recursos
operacionais, a visão estratégica, o perfil operacional, bem como aspectos voltados para o negócio,
como a qualidade da carteira e as políticas de crédito e de investimento. Na análise de crédito será
estabelecido o Grau de Risco da instituição.
O valor aprovado do limite de crédito representa o limite máximo atribuído a cada Instituição
Financeira, em cada modalidade específica, observadas as regras gerais.
Seguem abaixo as Regras Gerais que estabelecem os limites para as operações com instituições
financeiras:
a) Os limites de crédito amparam os riscos assumidos nas modalidades para as quais foram
estabelecidos;
b) Os limites são fixados considerando um percentual do Patrimônio Líquido da Instituição
analisada, mas sempre estabelecendo um teto calculado a partir do Patrimônio Líquido do
Mercantil do Brasil;
c) Para as instituições desenquadradas nos limites fixados somente podem ser contratadas
novas operações após o enquadramento de acordo com o limite estabelecido;
d) Operações com instituições controladas ou coligadas ao Mercantil do Brasil e aquelas
compromissadas lastreadas em títulos públicos federais serão consideradas de risco nulo;
e) As operações com acordo formalizado de compensação terão impacto no risco pela
diferença entre os recursos aplicados e captados;
f) Não são atribuídos limites para instituições "Em Observação" ou com "Dados
Insuficientes”;
g) Os Limites de Crédito têm validade por 180 dias, sendo que a decisão final cabe ao
Comitê Superior de Crédito, independentemente dos valores propostos;
h) Qualquer excepcionalidade em relação à política ou processo de crédito ou sua alteração,
somente é aplicada mediante a autorização do Comitê Diretivo.
25
O quadro abaixo apresenta o valor nocional dos contratos sujeitos ao risco de crédito de contraparte,
relativos a contratos a serem liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de
liquidação, nos quais a câmara atue como contraparte central:
A seguir, o valor nocional dos contratos sujeitos ao risco de crédito de contraparte, relativos a
contratos a serem liquidados em sistemas de liquidação de câmaras de compensação e de
liquidação, nos quais a câmara não atue como contraparte central, segregados em contratos com
garantias e contratos sem garantias:
O quadro, a seguir, apresenta o valor positivo bruto dos contratos sujeitos ao risco de crédito de
contraparte, desconsiderados os valores positivos relativos a acordos de compensação, conforme
definidos na Resolução nº 3.263/2005:
A seguir, os valores positivos relativos a acordos para compensação e liquidação de obrigações,
conforme definidos na Resolução nº 3.263/2005:
Apresenta-se, abaixo, o valor das garantias que atendam acumulativamente aos seguintes requisitos:
a) sejam mantidas ou custodiadas na própria instituição ou em seu nome;
b) tenham por finalidade exclusiva a constituição de garantia para as operações a que se vinculem;
c) estejam sujeitas à movimentação, exclusivamente, por ordem da instituição depositária e;
d) estejam imediatamente disponíveis para a instituição depositária no caso de inadimplência do
devedor ou de necessidade de sua realização.
Abaixo, a exposição global a risco de crédito de contraparte, líquida dos efeitos dos acordos para
compensação e do valor das garantias:
Conglomerado Prudencial - R$ mil
494 Contratos em que a Câmara atua como contraparte central
Conglomerado Prudencial - R$ mil
Com Garantia 2.871.005
Sem Garantia 822.427
Contratos em que a Câmara não atua como contraparte
central
Conglomerado Prudencial - R$ mil
3.176.548 Valor Positivo Bruto
Conglomerado Prudencial - R$ mil
213.547 Acordos de Compensação
Conglomerado Prudencial - R$ mil
2.872.718 Garantias
Conglomerado Prudencial - R$ mil
Exposição Global Líquida303.829
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4.6.9. Instrumentos Mitigadores
O quadro abaixo apresenta o valor total mitigado pelos instrumentos definidos nos artigos 36 a 39
da Circular nº 3.644/2013, segmentado por tipo de mitigador e por FPR:
4.7. Aquisição, Venda ou Transferência de Ativos Financeiros e de Securitização
A Resolução nº 3.533/2008 do Conselho Monetário Nacional (CMN), com modificações
posteriores, em vigor a partir de 1º de janeiro de 2012, estabelece procedimentos para classificação,
registro contábil e divulgação de operações de venda ou de transferências de ativos financeiros.
A Instituição realiza historicamente operações de cessão de créditos nas modalidades com retenção
e sem retenção substancial dos riscos e benefícios econômicos. Estas operações atendem aos
objetivos estratégicos de aproveitamento do seu potencial de originação de ativos de crédito,
levando-se em consideração, também, a demanda do mercado.
4.7.1. Com Retenção Substancial dos Riscos e Benefícios
As operações de cessão de créditos na modalidade “com retenção substancial dos riscos e
benefícios” configuram-se pela coobrigação ou pela aquisição de cotas subordinadas em volume
superior ao risco histórico dos fundos adquirentes. Nesta modalidade, as operações cedidas
permanecem registradas no ativo da instituição cedente e os recursos recebidos são registrados no
ativo tendo como contrapartida o passivo financeiro decorrente da obrigação assumida. As receitas
e despesas decorrentes dessas cessões são apropriadas no resultado pelo prazo remanescente das
respectivas operações.
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Nas operações de cessão de crédito na categoria com retenção substancial dos riscos e benefícios, a
Instituição está exposta ao risco de crédito, de mercado e operacional, que são adequadamente
monitorados e mitigados de conformidade com as normas em vigor e retém como benefícios
econômicos as receitas apuradas nas operações de cessão de crédito.
O Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), para fins de elaboração das
demonstrações financeiras consolidadas, é considerado Entidade de Propósito Específico (EPE) nos
termos da Instrução CVM nº 408/2004. Na consolidação, o saldo dos direitos creditórios é
incorporado à carteira de operações de crédito, com o correspondente registro do saldo das cotas
seniores na rubrica de “Obrigações por Cotas de Fundos de Investimentos”, líquido das aplicações
em cotas subordinadas.
4.7.2. Sem Retenção Substancial dos Riscos e Benefícios
As operações de cessão de créditos na modalidade “sem retenção substancial dos riscos e
benefícios”, caracterizam-se pela transferência de todos os riscos e benefícios de propriedade do
ativo financeiro objeto da operação. Nesta modalidade, as operações cedidas são baixadas do ativo
da instituição cedente, em contrapartida os recursos recebidos são registrados no ativo. As receitas e
despesas incorridas decorrentes dessas operações são registradas no resultado do período de forma
segregada.
O saldo das operações cedidas até 31/12/2011, com coobrigação, ou seja, antes da entrada em vigor
da Resolução nº 3.533/08, encontra-se registrado em conta de compensação:
Em R$ mil
Saldo Operações Cedidas com Coobrigação Registradas em Contas de Compensação
Descrição Mar/2015
Saldo das coobrigações 66.817
As Operações de Cessão de Crédito após a Resolução nº 3.533/08 são como segue:
Em R$ mil
Saldo Operações Cedidas com Retenção Substancial de Riscos e Benefícios
Descrição Mar/2015
Instituições Financeiras 953.780
Total das exposições honradas ou recompradas 52.073
No período, não há saldo de exposições em operações de Cessão de Crédito Sem Transferência nem
Retenção Substancial dos Riscos e Benefícios e de operações de aquisição de crédito, bem como
não ocorreram operações de Cessão com Transferência Substancial de Riscos e Benefícios.
4.7.3. Operações de Securitização
O Banco Mercantil do Brasil é controlador da COSEFI – Companhia Securitizadora e de Assessoria
em Recuperação de Créditos Financeiros, que tem como objeto social a prestação de serviços de
cobrança e aquisição de créditos oriundos de operações praticadas por instituições financeiras;
sociedades de crédito imobiliário; companhias hipotecárias; e associações de poupança e
empréstimo.
A carteira de crédito da COSEFI é composta por operações nas modalidades de crédito consignado,
capital de giro e crédito pessoal adquiridos de Empresas do Conglomerado Mercantil do Brasil com
28
a finalidade exclusiva de recuperação de créditos. Em março de 2015, essas operações perfazem o
montante de R$ 857 mil e não há operações de securitização de que trata o artigo 115 da Circular nº
3.648/2013. O risco ponderado dessas operações, em conformidade com as normas em vigor, é
imaterial no consolidado.
4.8. Participações Societárias Não Classificadas na Carteira de Negociação
O Mercantil do Brasil possui investimentos em participações societárias estratégicas, que são
compostas apenas por empresas sobre as quais a Instituição possui o controle.
Esse controle é caracterizado quando, diretamente ou por meio de outras controladas, é titular de
direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais
e o poder de eleger a maioria dos administradores.
As participações em sociedades controladas são avaliadas pelo método da equivalência patrimonial
e são consolidadas em observância à Lei n° 6.404/76, e às normas e Instruções do Bacen e da CVM.
Na consolidação das operações entre as empresas que fazem parte do Conglomerado Prudencial,
bem como os saldos, os ganhos e as perdas não realizados nessas operações são eliminados.
Em R$ mil
Descrição Valor Contábil Valor Justo
Mar/15 Dez/14 Mar/15 Dez/14
Capital Fechado(*) 151.875 177.042 151.875 177.042
Total 151.875 177.042 151.875 177.042
(*) Em conformidade com o artigo 14 e § 4º do artigo 19 da Circular 3.678/2013
Não há requerimento de capital de que trata o artigo 14, inciso V, da circular nº 3.678/2013 ou
perdas nesses processos.
4.9. Restrições ou Impedimentos Relevantes
No Conglomerado Prudencial Mercantil do Brasil, as instituições estão impedidas de realizar
operações entre si fora dos padrões de mercado e ao controlador é vedada a concessão de
empréstimos ou adiantamentos às instituições controladas direta ou indiretamente, bem como do
seu pessoal chave.
Assim, o Mercantil do Brasil, conforme definido na Política de Crédito, informa que não são
efetuados empréstimos ou adiantamentos a quaisquer subsidiárias, membros do Conselho de
Administração, da Diretoria Executiva, bem como a seus respectivos cônjuges e parentes até 2º
grau, e que as principais operações e negócios com as partes relacionadas seguem os padrões de
mercado e são amparadas pelas devidas avaliações prévias de suas condições e do estrito interesse
do Mercantil do Brasil em sua realização.
5. Gestão do Capital e Balanço Patrimonial
O Capital deve ser componente indispensável do processo decisório dos negócios, sendo seu
gerenciamento fator de diferenciação competitiva e de avaliação da relação risco-retorno. A
29
agregação de valor que ele confere ao Mercantil do Brasil assegura a otimização dos recursos e da
alocação de Capital em benefício dos clientes, acionistas, funcionários e da sociedade.
O Gerenciamento de Capital no Mercantil do Brasil é um processo contínuo de (i) monitoramento e
controle do capital mantido pela instituição, (ii) avaliação da necessidade de capital para fazer face
aos riscos a que a instituição está sujeita, e (iii) planejamento de metas e de necessidade de capital,
em conformidade com os objetivos estratégicos e mercadológicos da instituição; e com uma postura
prospectiva que antecipa a necessidade de capital decorrente de possíveis mudanças nas condições
de mercado.
O Mercantil do Brasil faz o gerenciamento da sua estrutura de Capital por meio dos mecanismos e
procedimentos formalizados em sua Política Institucional de Gerenciamento de Capital, mantendo o
Capital compatível com os riscos incorridos pela Instituição. A Política Institucional de
Gerenciamento de Capital atende as exigências regulamentares instituídas pela Resolução nº
3.988/2011 do Conselho Monetário Nacional (CMN), e está em linha com as diretrizes estratégicas
do Mercantil do Brasil. Sua estrutura centralizada de Gerenciamento de Capital Mercantil do Brasil
é compatível com a natureza das operações, a complexidade dos produtos e serviços oferecidos, e a
dimensão da exposição a riscos; garantindo maior agilidade e assertividade na tomada de decisões.
Os principais objetivos do Gerenciamento de Capital são:
Utilização eficiente do Capital, por meio da alocação em negócios que considera o binômio
risco versus retorno;
Otimização do Capital alocado em segmentos de negócios e produtos de maior
rentabilidade;
Projeções de metas de Capital para atendimento aos objetivos estratégicos definidos no
Planejamento Estratégico e Mercadológico Mercantil do Brasil;
Gestão integrada de riscos, considerando os pilares I e II do Basileia II;
Garantir sua posição de solidez no mercado financeiro, ao adotar as melhores práticas de
gestão e mitigação de riscos, em atendimento aos requisitos do Basileia III.
No contexto do Gerenciamento de Capital, é elaborado um Plano de Capital estruturado de forma
consistente com o Planejamento Estratégico e Mercadológico do Mercantil do Brasil e tem como
objetivo garantir a manutenção de um nível adequado e sustentável de capital. O Plano de Capital
compreende:
Metas e projeções de Capital para o período mínimo de 3 anos;
Principais fontes de Capital disponíveis, ou seja, as alternativas de capitalização a serem
acessadas;
Plano de Contingência de Capital, com medidas de ajuste de caráter preventivo e restritivo;
Política de Distribuição de Resultados.
Para a elaboração das projeções plurianuais, são considerados:
Ameaças e oportunidades relativas ao ambiente econômico e de negócios traduzidos nas
projeções de carteiras;
Projeções dos valores de ativos e passivos, bem como das receitas e despesas;
Metas de crescimento ou participação no mercado; e
Distribuição de resultados.
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5.1. Projeções de Capital
Com a introdução das novas regras do Basileia III, passam a existir três requerimentos
independentes para cada conceito de capital (PR, Nível I e Capital Principal), além de montantes
adicionais de capital, estes variáveis ao longo do tempo. Outros índices serão ainda introduzidos ao
longo do tempo, como é o caso dos relacionados com liquidez e alavancagem.
Apesar da gestão e projeções se basearem em todos os índices exigidos, o Mercantil do Brasil
elegeu como principal indicador do grau de capitalização o Índice do PR. Ele é apurado a partir da
expectativa de crescimento dos ativos ponderados pelo risco (RWA), em relação ao Capital
necessário para cada parcela de risco; além da evolução dos níveis de capitalização, seja ela
“orgânica” – por meio dos resultados projetados – ou por demais fontes de Capital disponíveis.
Concomitantemente, a Instituição deve manter Capital disponível para as perdas não esperadas, que
corresponde à parcela adicional (Rban) para cobertura de risco de mercado das operações
classificadas na Carteira Banking. O valor da parcela Rban deverá ser necessariamente menor que a
diferença entre o valor do PR (Patrimônio de Referência) e o valor do Requerimento Mínimo para
RWA (Ativos Ponderados pelo Risco).
O impacto das projeções plurianuais no nível de capitalização do Mercantil do Brasil – por meio da
evolução do Índice do PR – e, consequentemente, da necessidade de Capital, gera as Metas e
Projeções de Capital Mercantil do Brasil para o período.
De forma a prover informações necessárias aos Executivos e ao Conselho de Administração para
tomada de decisões, relatórios gerenciais são elaborados baseando-se na adequação de Capital do
Mercantil do Brasil bem como sobre projeções de níveis de capital futuros, em situações normais e
de estresse.
O Plano de Capital Mercantil do Brasil, as projeções plurianuais constantemente revisadas e os
relatórios de acompanhamento do Gerenciamento de Capital representam uma evolução em termos
de gestão mais efetiva do nível de capitalização da Instituição.
5.2. Suficiência de Capital
A avaliação da suficiência de capital é realizada para assegurar que o Mercantil do Brasil mantenha
uma sólida base de capital para apoiar o desenvolvimento das suas atividades. O Gerenciamento do
Capital está alinhado ao Planejamento Estratégico e Mercadológico Mercantil do Brasil e considera
uma visão prospectiva, antecipando possíveis mudanças nas condições do ambiente econômico e
comercial em que atua. A suficiência de capital da Organização é demonstrada mediante a apuração
dos Índices de Basileia para os períodos futuros, a fim de suportar o crescimento dos negócios, já
considerando a introdução do cronograma de Basileia III e seus fatores de faseamento para os
ajustes prudenciais.
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5.3. Detalhamento do PR e RWA
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5.4. Balanço Patrimonial
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5.4.1. Instituições Integrantes do Balanço Patrimonial
O quadro a seguir demonstra as instituições que fazem parte do escopo de consolidação do balanço
patrimonial:
R$ / Mil
Banco Mercantil de Investimentos S.A. Banco de investimento 78,77 76.823 59.902
Mercantil do Brasil Corretora S.A. –
Câmbio, Títulos e Valores MobiliáriosCorretora de câmbio, títulos e valores mobiliários 99,99 27.196 24.943
Mercantil do Brasil Distribuidora S.A. –
Títulos e Valores MobiliáriosDistribuidora de títulos e valores mobiliários 100,00 11.515 7.326
Mercantil do Brasil Financeira S.A. –
Crédito, Financiamento e InvestimentosFinanceira 84,71 1.508.331 202.030
Mercantil do Brasil Leasing S.A. –
Arrendamento MercantilArrendamento mercantil 100,00 41.114 33.279
COSEFI – Companhia Securitizadora e de
Assessoria em Recuperação de Créditos
Financeiros
Securitizadora de crédito 100,00 6.626 6.587
Mercantil Administração e Corretagem de
Seguros S.A. ( Controlada Indireta )Corretagem de Seguros 76,07 6.963 6.403
Mercantil do Brasil Administradora e
Corretora de Seguros e Previdência
Privada S.A.
Administração, corretagem de seguros em geral e de
previdência privada100,00 42.183 37.804
Mercantil do Brasil Empreendimentos
Imobiliários S.A.Empreendimentos Imobiliários 100,00 73.300 73.054
Mercantil do Brasil Imobiliária S.A. Imobiliária 100,00 44.049 36.146
Empresa Atividade Participação %Total do
Ativo
Total do
Patrimônio
Liquido