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Este relatório pretende comunicar a todos os interessados os caminhos percorridos pela turma do 4º ano da Escola do Sítio, especificamente sobre o 1º semestre de 2018. Escolhemos construir uma narrativa inspirada no gênero notícia, com manchete, lide e corpo de texto. Fique tranquilo, não contaremos fakenews, pois temos um compromisso com a verdade. TURMA DO 4º ANO DA ESCOLA DO SÍTIO DESCOBRE SEU OBJETO DISPARADOR Após mistério, professora revela o objeto disparador da turma: uma filmadora. Os alunos do 4º ano da Escola do Sítio, localizada no município de Campinas, no dia 16 de fevereiro, descobriram o objeto disparador da turma, ferramenta pela qual a escola direciona seus projetos. Este segredo só foi revelado após muito mistério e um pouco de pistas. Através de um caça palavras, os alunos encontraram, na sala de vídeo, uma maleta fechada com uma filmadora. “A Jéssica falou que tinha uma surpresa. Nós fomos seguindo as pistas de letras que estavam espalhadas pela escola. Com as letras espalhadas, formamos uma palavra que era SALA DE VÍDEO. Fomos até a sala e lá a gente achou uma maleta, dentro tinha uma filmadora e a gente começou a ver se funcionava. Nem todo mundo conseguiu ver, porque todo mundo estava querendo mexer, comentam as alunas Pietra Aroeira e Maria Luíza. A professora Jéssica Caputti explica que a escolha do objeto partiu de um interesse pessoal em trabalhar com a linguagem do vídeo. “Acredito que a filmadora seja um objeto artístico capaz de reproduzir o olhar da criança para todas as coisas, inclusive para os conteúdos da sala de aula, tornando o diálogo do objeto disparador com os conceitos trabalhados mais espontâneo, mais livre, afirma a professora. A turma recebeu com euforia a descoberta do objeto. Após uma tempestade de ideias, o grupo elencou os principais desejos de trabalho com a filmadora. Muitos alunos quiseram fazer Relatório de Grupo 1º semestre/2018 Turma: 4º ano Professora: Jéssica Caputti Moraes Professora auxiliar: Raphaela M. Alcaraz Orta Coordenadora: Maria Aparecida de Lima Leme

Relatório de Grupo 1º semestre/2018 · “Acredito que a filmadora seja um objeto artístico capaz de reproduzir o olhar da criança para todas as coisas, inclusive para os conteúdos

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Este relatório pretende comunicar a todos os interessados os caminhos percorridos pela

turma do 4º ano da Escola do Sítio, especificamente sobre o 1º semestre de 2018. Escolhemos

construir uma narrativa inspirada no gênero notícia, com manchete, lide e corpo de texto. Fique

tranquilo, não contaremos fakenews, pois temos um compromisso com a verdade.

TURMA DO 4º ANO DA ESCOLA DO SÍTIO DESCOBRE SEU OBJETO DISPARADOR

Após mistério, professora revela o objeto disparador da turma: uma filmadora.

Os alunos do 4º ano da Escola do Sítio, localizada no município de Campinas, no dia 16 de

fevereiro, descobriram o objeto disparador da turma, ferramenta pela qual a escola direciona seus

projetos. Este segredo só foi revelado após muito mistério e um pouco de pistas. Através de um

caça palavras, os alunos encontraram, na sala de vídeo, uma maleta fechada com uma filmadora.

“A Jéssica falou que tinha uma surpresa. Nós fomos seguindo as pistas de letras que estavam

espalhadas pela escola. Com as letras espalhadas, formamos uma palavra que era SALA DE

VÍDEO. Fomos até a sala e lá a gente achou uma maleta, dentro tinha uma filmadora e a gente

começou a ver se funcionava. Nem todo mundo conseguiu ver, porque todo mundo estava querendo

mexer”, comentam as alunas Pietra Aroeira e Maria Luíza.

A professora Jéssica Caputti explica que a escolha do objeto partiu de um interesse pessoal

em trabalhar com a linguagem do vídeo. “Acredito que a filmadora seja um objeto artístico capaz de

reproduzir o olhar da criança para todas as coisas, inclusive para os conteúdos da sala de aula,

tornando o diálogo do objeto disparador com os conceitos trabalhados mais espontâneo, mais livre”,

afirma a professora.

A turma recebeu com euforia a descoberta do objeto. Após uma tempestade de ideias, o

grupo elencou os principais desejos de trabalho com a filmadora. Muitos alunos quiseram fazer

Relatório de Grupo – 1º semestre/2018

Turma: 4º ano

Professora: Jéssica Caputti Moraes

Professora auxiliar: Raphaela M. Alcaraz Orta

Coordenadora: Maria Aparecida de Lima Leme

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vídeos para o youtube, produzir filmes, ir ao cinema, entre outros. Os pais também foram

convidados a participar durante a reunião do começo do ano.

4º ANO CRIA O “JORNAL DO SÍTIO”

A partir do trabalho realizado com o objeto disparador da turma, alunos realizam votação para a

escolha do nome e logo do telejornal.

No dia 23 de fevereiro, a turma do quarto ano da Escola do Sítio decidiu coletivamente pela

criação do telejornal ‘Jornal do Sítio’, dando início aos estudos em Projeto, disciplina relacionada

ao objeto disparador e outros conteúdos.

O telejornal surgiu após a turma acolher a sugestão de trabalho oferecida pelas professoras.

Animados com a ideia de criar um jornal, os alunos se empenharam para organizar todas as

pendências. Trouxeram materiais para compor cenário, figurino e equipamentos de gravação.

Também apresentaram sugestões para a criação da identidade visual do telejornal. Através de

votação, elegeram o nome e o logo do jornal.

Logo do Jornal do Sítio

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“Para que o Jornal do Sítio saísse do plano das ideias e ganhasse corpo, o grupo deveria

compreender a importância de transmitir uma informação. Para isto, deveriam compreender o

gênero notícia e sua estruturação”, comenta a professora Jéssica. O grupo realizou um trabalho de

identificação e familiarização com o gênero através das lições de casa.

“Toda sexta-feira eu mandava de lição de casa a tarefa de assistir ou ler um jornal, mais o registro

de uma notícia interessante. Às segundas-feiras acontecia a socialização dessas notícias para que,

assim, o grupo começasse a interpretar as informações trazidas. Foi um grande amadurecimento

para todos” afirma a professora.

Os alunos anotam suas notícias preferidas no caderno confeccionado pelas professoras para

socializarem em sala seus registros.

CRIANÇAS GRAVAM PRIMEIRA EDIÇÃO DO JORNAL DO SÍTIO

Com notícias dos meses de março e abril, 4º ano estreia seu telejornal.

A primeira edição do Jornal do Sítio foi gravada na semana do dia 23 de abril. Devido ao

tempo, foram gravadas as edições de março e abril. Os alunos se dividiram em grupos e

organizaram toda gravação com bastante autonomia.

Após pesquisarem as notícias recentes que foram registradas no caderno de coleta de

informações, os alunos selecionaram as mais adequadas para a gravação do telejornal. As

professoras se organizaram para criar uma divisão de funções: âncoras, repórteres, diretores,

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roteiristas, equipe de filmagem, direção de arte, previsão do tempo. De acordo com os interesses de

cada aluno, as funções foram distribuídas, contemplando a vontade de todos.

“Eu achei legal gravar o Jornal do Sítio. No começo fiquei envergonhada, mas depois me

acostumei. Ficava dando risada no meio da gravação, mas no fim eu consegui. Achei super

interessante, foi o que mais me marcou. Eu acho que deveríamos continuar o jornal no segundo

semestre”, disse Natália Araújo, uma das alunas do quarto ano e âncora da edição de março. Para a

professora Raphaela Alcaraz “foi interessante ver o trabalho com as crianças. O processo de criação

do jornal teve como ponto de partida a compreensão de como se estrutura um telejornal, desde as

funções dos encarregados por cada parte da filmagem, até a seleção e elaboração da apresentação de

informações relevantes”.

O processo de criação teve grande envolvimento da turma, mobilizando cada criança em

favor da responsabilidade coletiva, garantindo a autonomia em toda a organização. “No começo eu

achei que a gente não fosse conseguir gravar, porque toda hora entrava um monte de gente na sala.

No final deu certo e foi bem legal. Só acho que poderíamos melhorar a entonação, porque no final

estava todo mundo com voz de cansaço”, comenta o aluno Luiz Vinícius sobre o processo de

gravação do jornal.

A equipe de filmagem se encarregou da finalização do vídeo após a oficina de edição

realizada no programa Movie Maker, na sala de informática.

“Na oficina de edição eu me empolguei e comecei a querer fazer mais, mais e mais. Eu

comecei a querer tanto que pedi para levar o vídeo para casa para terminar de editar lá. Fui

terminando, fui fazendo, porque não é muito difícil de fazer, foi fácil. Quando a Pietra foi em casa

ela teve a ideia de colocar a foto de todos que fizeram o jornal no fim. Eu pedi as fotos no grupo

Confraria Uirapuru, e os pais começaram a mandar. Como eu estava no computador editando, fui

colocando a foto e as funções. Eu gostei bastante de fazer isso e até fiz um vídeo no Movie Maker

sobre a lição de casa do Big Bang”, comenta Ian, responsável pela edição do Jornal do Sítio do mês

de abril.

EXIBIÇÃO DO CURTA DAS CRIANÇAS IKPENG PARA O MUNDO

Como proposta de atividade para o Dia do índio, professoras do 4º ano organizam exibição do

filme

A fim de dialogar com o objeto-disparador, a filmadora, o filme Das crianças Ikpeng para o

mundo, foi o “botão de start” para que as crianças gravassem um vídeo-carta em resposta às

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crianças Ikpeng. A obra integra a versão digital de "Cineastas Indígenas para Jovens e Crianças",

um livro-vídeo para estudantes do ensino fundamental.

“A proposta de exibir o filme Das crianças Ikpeng para o mundo partiu da vontade de

proporcionar um espaço de discussão sobre o que tange a cultura dos indígenas da etnia Ikpeng,

buscando deslocar o olhar da turma do 4º ano para uma direção contrária da noção estereotipada e

caricatural sobre os povos nativos do Brasil. Para além disso, buscamos trazer referências que

pudessem nos apoiar na discussão sobre a situação atual em que os povos nativos da região do

Xingu estão vivendo, sobretudo as lutas sociais e políticas/territoriais que ameaçam a vida e

marcam a realidade dos povos indígenas”, comentam as professoras Raphaela e Jéssica.

Para isto, as professoras exibiram o documentário “Povos do Xingu contra a construção de

Belo Monte”, do Greenpeace, e a série “Índios no Brasil – Quem são eles?” apresentada pelo líder

indígena Ailton Krenak e que mostra, por meio de entrevistas com populares em diversas partes do

país, o desconhecimento e os estereótipos do senso comum sobre a realidade indígena que está na

base do processo de discriminação sofrido por estas comunidades. O índio é aquele que anda pelado

no mato? O índio está acabando? O índio está deixando de ser índio? Os nove personagens

escolhidos para representarem seus povos vão rebatendo um a um estes equívocos.

As colocações das crianças durante a atividade abriram campos de discussões diversos e

demonstraram um envolvimento muito interessante com as propostas de atividades, bem como nas

socializações. Houve um aprofundamento nas discussões relacionando-as com as análises sobre

letras de músicas, interpretando textos e leituras sobre o tema.

“Aprendi muito com o vídeo do Ikpeng porque conheci outros lugares, outros povos, como

eles faziam brinquedos e suas brincadeiras. Quando os Kariri-Xocó vieram visitar a escola achei

bem diferente, porque nunca tinha visto um índio, foi legal conhecer. Sobre a construção da

hidrelétrica em Belo Monte, eu achei triste saber o que estava acontecendo, porque é o espaço dos

indígenas que está diminuindo cada vez mais, isso é triste” comenta a aluna Amanda. Já Joaquim

compartilha suas sensações sobre o tema. “Ao assistir o vídeo dos povos indígenas do Rio Xingu,

senti que eles (os políticos) ignoraram os indígenas, que não ligaram para eles, só queriam ganhar

mais dinheiro com isso. Eu fiquei com tristeza porque tiraram toda a vida deles. Sobre o vídeo-carta

para os Ikpeng, eu gostei de enviar a resposta porque queria contar para eles coisas que eles não

sabiam, novas coisas. Eu aprendi bastante com eles também”.

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ALUNOS DISCUTEM SOBRE A TEORIA DO BIG BANG E A ORIGEM DO MUNDO

A partir das discussões fomentadas pelo tema da Festa Junina, os alunos pesquisaram sobre a

origem da Terra e do Universo.

Durante as assembleias para definir o tema da festa junina do Ciclo II, os alunos do quarto

ano da Escola do Sítio aprenderam sobre a Pangeia, supercontinente hipotético e único que teria

existido na Terra até o período cretáceo, o qual, ao se fragmentar, teria dado origem aos continentes

atuais. Para auxiliar na visualização de tal conceito, as professoras do quarto ano exibiram

documentários sobre a origem do planeta Terra, a fim de ilustrar toda a trajetória de transformações

que o planeta já havia sofrido.

O documentário “A origem do planeta Terra”, produção do canal Natgeo, em forma de

retrospectiva, segue os principais eventos que marcaram a formação do planeta e de seus habitantes,

os seres vivos. O filme mostra que ao longo de sua formação o planeta já possuiu diferentes

características em consistência e principalmente em temperatura. Seguido os estudos sobre as

origens, os alunos também assistiram o documentário “o Homem pré-histórico – vivendo entre

Feras”, da Discovery, que conta a evolução do hominídeo através do tempo.

“Neste trabalho houve uma conexão interdisciplinar entre a disciplina de Ciências e História.

Os estudantes se envolveram na narrativa apresentada, construíram boas relações com os seus

conhecimentos anteriores e se animaram com as descobertas”, afirma a professora Jéssica.

Os alunos do quarto ano contaram suas descobertas após as discussões e trabalhos realizados

em sala de aula. “Foi muito legal porque a gente descobriu um monte de coisas que a gente não

sabia, por exemplo, que a Lua não surgiu do Big Bang, foi a Theia que bateu na Terra e os seus

pedacinhos formaram a Lua”, comenta a aluna Anita. Já para Arthur, “a Lua eu já sabia como tinha

sido formada, li na revista Recreio, mas não sabia que a Terra tinha sido formada pela colisão de

meteoros, e que uma da hipóteses para a existência da água seria a de que ela foi trazida por um

meteoro também”.

Um dos alunos da turma, Ian, trouxe o livro Big Bang: como o mundo foi criado, editora

geraçãozinha, para ser lido em sala de aula. A leitura do livro abriu caminho para pesquisas sobre o

tema, resultando em uma exposição sobre a origem da Terra e do Universo.

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Mural da exposição sobre a origem da Terra e do Universo.

O aluno André explica porque gostou do assunto ‘Big Bang’. “Eu acho que é muito legal

pensar que o início do Universo foi feito com uma grande explosão. Então, eu acho que a Ciência

fez uma grande teoria que pode ser provada por milhares de estrelas e galáxias”.

DESAFIOS DO TANGRAM E SUDOKU FAZEM SUCESSO NAS AULAS DE

MATEMÁTICA

Os passatempos auxiliam na construção do raciocínio lógico-matemático dos alunos de maneira

divertida.

Durante a aula de Matemática, na última terça-feira (28 de maio) os alunos do quarto ano da

Escola do Sítio conheceram o Sudoku, jogo de lógica baseado na colocação de números, e também

o Tangram, quebra-cabeça geométrico que exige raciocínio para criar figuras com as peças. Os

jogos fizeram sucesso entre os estudantes que adoraram os desafios.

“Eu gostei do Sudoku, é bom quando você não tá fazendo nada e é bom para o tempo passar,

mas achei o Sudoku mais difícil. O Tangram é legal porque dá para montar várias imagens de vários

bichos, de vários objetos, várias formas e tamanhos diferentes”, explica Pedro, aluno do quarto ano.

Na disciplina de matemática os estudantes também foram desafiados a usar diversas formas

de pensar, de compreender os cálculos e conceitos de adição, subtração e os diversos tipos de

multiplicação, além do conceito de divisão. Através de situações-problema os alunos foram

estimulados a interpretar os enunciados, e estão desenvolvendo a leitura e uma maior proximidade

com as questões matemáticas.

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“Trabalhei com os conceitos de decomposição numérica e leitura de números focando no

valor posicional de cada algarismo. Tais atividades serviram de base para todos os outros conceitos

trabalhados este semestre. Realizamos adição, subtração, multiplicações e divisão com a

decomposição dos números. Notei um amadurecimento de todos nesta disciplina. No início do

semestre escutava reclamações, eles tinham medo da matemática, mas agora, no fim do semestre, há

uma alegria quase generalizada com o trabalho nessa disciplina. Todos gostam de participar!”, diz a

professora Jéssica.

A turma também relata a brincadeira realizada em março, conhecida como “Morceguinho,

que horas são?”. Com a intenção de consolidar a aprendizagem das horas, o grupo se divertiu com o

pega-pega com relógio. “Eu achei muito legal brincar de ‘Morceguinho, que horas são?’. Foi bem

divertido”, afirma Beatriz. O Henrique também comenta “Eu gostei desse jogo”. Para Gustavo “O

‘Morceguinho, que horas são?’ foi muito legal porque a gente apende as horas brincando”.

Também neste semestre, uma visita inusitada acendeu a curiosidade dos alunos para a

diversidade dos sistemas de numeração de nossa história: a visita de Eleonora Dantas, professora

pesquisadora do ensino de matemática, que explicou as diferenças e semelhanças entre os sistemas

de numeração romano, maia e egípcio através de uma atividade coletiva que terminou com alegria e

pedidos de retorno para a visita.

O aluno Rafael finaliza dizendo que o momento mais marcante deste semestre “foram as

aulas de Matemática, porque eu não fiquei entediado e porque eu gosto de Matemática”.

ÁLBUM DE FIGURINHAS DA COPA VIRA JOGO JUNTO COM GEOATLAS

Com a presença do professor de História, do fundamental 2, quarto ano se divertiu ao brincar com

o geoatlas

No dia 11 de maio de 2018, na turma do quarto ano, contou com a presença do professor

Mateus para uma atividade com o álbum de figurinhas e o Geoatlas. O professor de História, num

primeiro momento, pediu que aqueles alunos que tivessem o álbum de figurinhas se sentassem com

aqueles que não os tinham. A sala foi dividida em grupos para disputar uma animada competição.

“Eu amei a brincadeira com o Geoatlas quando o Mateus veio aqui, e ele nem era do nosso

ano. Ele veio para ensinar tudo, eu nem tinha o álbum de figurinhas ainda, depois eu comprei. Na

aula eu gostei muito de procurar os países no Geotlas”, comenta o aluno Matheus. Já para Emanuel,

o momento mais marcante foi “Quando o Mateus foi lá na sala e mostrou os países pra gente no

álbum da copa”.

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Durante a atividade, as crianças fizeram diferentes jogos em que tinham de identificar as

bandeiras dos países, procurar as nações no mapa múndi e buscar países no Geoatlas segundo dicas

de localização, cultura e língua.

A brincadeira pôde aprofundar o contato com o Geoatlas que já havia sido iniciado desde o

início do ano letivo. Em Geografia os alunos desenvolveram a alfabetização cartográfica,

estabelecendo conexões entre a teoria e a prática apresentadas pelos mapas, ampliando a

representação do espaço através das brincadeiras com o Geoatlas.

ALUNOS DO QUARTO ANO SE ENCANTAM PELA LEITURA

Livros “O senhor Fedor” e “Luna Clara e Apolo Onze” fazem sucesso entre as crianças

No dia 21 de maio, segunda-feira, a professora do quarto ano apresentou à turma o livro

“Luna Clara e Apolo Onze”, de Adriana Falcão, dando continuidade aos momentos de leitura em

sala de aula.

O livro já é o 8º lido para a turma, neste ano. Com temas variados desde literatura-infantil

até literatura juvenil, a leitura foi garantida diariamente, incentivando os jovens a se aventurarem no

universo dos livros.

“Sempre enxerguei a literatura como literatura e só, sem classificações indicativas. Um livro

tem sempre o que nos dizer e onde nos tocar, não interessa se ele tem mais ilustrações do que partes

escritas, ou se é o contrário; o livro diz sempre algo que toca de diferentes formas cada público, de

diversas maneiras. O mais importante ao ler um livro para uma criança é conseguir tocar o outro”,

comenta a professora Jéssica sobre seu trabalho com a leitura.

A professora chamou a atenção das crianças para a ilustração, convidando-os a lerem a

história através das imagens também. Com as observações, a turma já reconhece os traços de alguns

ilustradores, como do autor-ilustrador Peter Brown.

Os momentos de leitura fizeram tanto sucesso que os alunos demonstraram muita vontade de

ler para a turma seus livros preferidos. Para acolher essa vontade é que surgiu a ideia de criar o

“Leitor privilegiado”, momento em que o aluno pode ler para a turma seu livro preferido, e também

propor uma atividade relacionada ao livro à turma. As apresentações acontecem às segundas-feiras,

e o projeto ainda está em andamento.

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O que mais marcou a aluna Anita Magalhães neste semestre “foram as leituras de Luna Clara e

Apolo Onze, Senhor Fedor e o Leitor Privilegiado. No Leitor Privilegiado a gente escolhe um dia

para ler para turma e faz um monte de atividades muito legais sobre o livro”.

“Conjuntamente com a leitura, o quarto ano também trabalhou com os momentos de Escrita

Criativa e Escrita Coletiva. Na Escrita Criativa os alunos escrevem textos mais livres, pois o

objetivo é soltar a imaginação. Na Escrita Coletiva os textos são produzidos coletivamente e a

continuidade da narrativa depende do leitor. Essas duas atividades permitem que os alunos

enxerguem a importância de escrever um texto coerente e legível para que a compreensão do leitor

não seja afetada”, diz a professora sobre as atividades trabalhadas em sala de aula. A aluna Pietra

Barone observa que “a Escrita Coletiva foi bem legal, mas algumas pessoas não fizeram muito bem

a proposta porque zoaram as histórias”.

MANOEL DE BARROS CONVIDA O QUARTO ANO A BRINCAR COM AS PALAVRAS

Crianças se encantam com as palavras brincantes do poeta brasileiro.

No dia 04 de maio, sexta-feira, o quarto ano realizou uma atividade sobre o poeta nascido

em Cuiabá, Manoel de Barros. Em roda, com fragmentos da poesia ‘O apanhador de desperdícios’,

os alunos tentaram traduzir os versos do poeta. A atividade abriu caminhos para outros estudos

sobre o gênero poesia, conquistando o interesse da turma à escrita poética.

“Fui à biblioteca e emprestei alguns livros de poesia. Dividi a turma em pequenos grupos e

ofereci livro de poesia a cada um. Orientei que os alunos abrissem os livros de maneira aleatória, e

que escolhessem um verso para socializar. Escrevi na lousa todos os versos escolhidos pelos grupos

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e construímos, assim, nossa primeira poesia coletiva. As crianças adoraram”, comenta a professora

Jéssica sobre o trabalho realizado com a turma.

Além dos estudos sobre o gênero poesia, os alunos também produziram muitos poemas

sobre os assuntos trabalhados em sala de aula. “Eu queria estudar mais poesia, escrever mais,

porque eu gostei muito de aprender sobre a poesia e meio que eu encontrei as palavras que rimam

para fazer as atividades. Queria experimentar mais coisas novas. Eu acho que eu tenho um dom para

a poesia”, comenta a aluna Lívia.

O sucesso com as rimas e palavras brincantes foi tão grande que as professoras sugeriram

um Sarau para a leitura das poesias escritas. As alunas Pietra Aroeira e Maria Luiza comentam

sobre esse momento. “Nós adoramos poesia e gostamos muito do Sarau. Gostamos da poesia da

Jéssica, ela bateu na porta e falou: O silêncio chegou. E daí fechou a porta e sentou. Gostamos

muito da poesia da Amanda, porque o dela rimou e fazia sentido. Na verdade, o de todo mundo fez

sentido. Foi um momento muito legal, gostamos bastante”.

FRIDA KAHLO É ASSUNTO DAS AULAS DE ARTES DO QUARTO ANO

Dor, diversidade, paixão, natureza e superação são temas abordados nos autorretratos da pintora

mexicana, sucesso entre as crianças.

No dia 8 de março, quinta-feira, durante a aula de Artes, a turma do quarto ano aprofundou

seus conhecimentos sobre a pintora mexicana Frida Kahlo, mulher revolucionária que traz à tona a

dor, a paixão, a natureza e a superação em suas obras.

As professoras selecionaram trechos do filme ‘Frida’, de 2002, para ilustrar todo o drama da

história de vida da pintora. As alunas Pietra Aroeira e Maria Luiza explicam a atividade realizada.

“A gente fez autorretratos inspirados na Frida. Nos colocamos no lugar dela, como se a gente fosse

ela e ela estivesse desenhando a gente. Fizemos muitas atividades ligada à Frida. Vimos um filme

sobre a vida dela, mas foram só algumas partes, porque a professora cortou. Ela ficou engessada

porque sofreu um acidente, então os pais compraram uma tela nova para ela pintar porque no gesso

não tinha mais espaço. Foi nessa hora que ela ganhou um espelho para se olhar e desenhar ela

mesma, olhava pra cima e se olhava. Desenhava o que sentia. Se casou com um pintor famoso de

muros, o Diego Rivera. Ela se casou durante essa história, ela foi falar com ele porque ela queria ser

uma pintora. A gente gostou muito de estudar sobre a Frida!”.

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Maria Luiza complementa “Eu fiz um desenho no caderno, era a Frida com o gesso pintado de

borboletas, e o melhor quadro dela, que é o principal, pintado na sua frente”.

Os estudos e pesquisas sobre a artista renderam uma exposição com os autorretratos dos alunos

inspirados nas obras de Frida Kahlo.

Os alunos também se inspiraram em outras artistas, como a campineira Valéria Menezes, mãe de

uma aluna da Escola do Sítio. Seu quadro utiliza recorte e colagem como técnica e serviu de

inspiração para os trabalhos dos alunos. Natália Araújo comenta sobre seu envolvimento com a

atividade “ eu gostei muito do recorte e colagem, foi uma das melhores atividades de arte para

mim”.

Obra de Valéria Menezes Obra inspirada

FÉRIAS SE APROXIMAM E ANUNCIAM O FIM DO SEMESTRE

Já na expectativa do encerramento do semestre a turma ainda mostra muita vontade e energia na

preparação da reunião de pais que ocorrerá em breve.

Os alunos do quarto ano preparam-se para se despedir das aulas com desejos que já se

armazenam para o próximo semestre. Mas não sem o empolgamento, anterior, com a preparação da

reunião de pais de final de semestre que está marcada para o dia 20 de junho, na Escola.

Orientados pelas professoras, suas ideias foram trabalhadas e serão apresentadas na

referida reunião. Entretanto, com mais uma semana de aula ainda por acontecer, dizem os alunos,

para que os pais aguardem, porque mais uma surpresa ainda comporá esse encerramento de

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semestre, que foi tão intenso, de muitos aprendizados, grande deslocamento do grupo no trabalho

pedagógico e também nas relações interpessoais.

Muitas novidades virão, com muitas poesias para escrever, muitas edições do Jornal do

Sítio para gravar e muito conhecimento para compartilhar.