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RELATÓRIOECONTAS2006 · 04 RELATÓRIOECONTAS SenhoresAccionistas Oanode2006foimarcadoporumconjuntoderesultadosmuitopositivos doBancoEspíritoSantodeInvestimento,quemantevealiderançana

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RELATÓRIO E CONTAS 2006

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b.1969,França•“Selectedrecording#075”•LambdaprintmountedonAluminium•125x183cm

•Ediçãoúnica

CourtesyoftheartistandYvonLambertNew

York/Paris

• Mensagem conjunta do Presidente do Conselho

de Administração e do Presidente da Comissão Executiva 04

• Órgãos sociais e Comissão Executiva 06

• Princípios e valores do Espírito Santo Investment 11

• Principais indicadores financeiros 12

• Organigrama 13

• Rating 14

• Proposta de aplicação de Resultados 15

1.0 AMBIENTE MACROECONÓMICO 16

• Enquadramento económico internacional 16

• Situação económica nos mercados pertinentes 20

• Portugal

• Espanha

• Brasil

• Angola

2.0ACTIVIDADE E RESULTADOS 22

• Estrutura do negócio de Banca de Investimento 22

• Clientes – Originação 24

• Mercado de Capitais – Renda Variável 34

• Mercado de Capitais – Renda Fixa 42

• Serviços Financeiros 48

• Assessoria Médias Empresas 56

• Project Finance e Securitização 60

• Leveraged Finance 66

• Private Equity 70

RELATÓRIO E CONTAS 2006

3.0 RECURSOS HUMANOS 74

4.0GESTÃO INTEGRADA DOS RISCOS 76

INFORMAÇÃO FINANCEIRA ERELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE

ÍNDICE

04 RELATÓRIO E CONTAS

Senhores Accionistas

O ano de 2006 foi marcado por um conjunto de resultados muito positivos

do Banco Espírito Santo de Investimento, que manteve a liderança na

Banca de Investimento em Portugal.

2006 foi o quarto ano de um ciclo excelente do BESI e, comparando com

2005, o produto bancário consolidado cresceu 30,5% para 164,1 milhões de

euros; o resultado operacional cifrou-se em 90,0 milhões de euros e os

resultados líquidos aumentaram 20% para 60,0 milhões de euros.

Esta magnífica “performance” alcançada em 2006 foi acompanhada por

uma significativa melhoria dos indicadores de eficiência e rentabilidade do

Banco. Assim, o cost to income foi em 2006 de 45,2% e o ROE de 29% que

compara com 23,9% em 2005. Foram confirmadas as notações de rating

anteriormente atribuídas pela Standard & Poors: A– no longo prazo e A2 no

curto prazo.

O Banco concretizou com bastante sucesso um conjunto extenso de

importantes operações em todos os mercados em que temos presença

directa mais relevante: Portugal, Espanha, Brasil e Reino Unido. A confian-

ça dos nossos Clientes foi uma vez mais o elemento fundamental para

esse resultado.

Assim, o Banco Espírito Santo de Investimento viu as suas competências

técnicas e a qualidade na sua actuação em diversas áreas de negócio

reconhecidas internacionalmente, entre as quais destacamos:

• Na área de Fusões e Aquisições o Banco intermediou 36 operações em

2006, num valor de 17,2 mil milhões de euros, o que nos permitiu reforçar

a liderança das “league tables” em Portugal em número e valor de

transacções e alcançar o segundo lugar em número de operações para

a Península Ibérica e o Brasil.

• Na área do Project Finance, o BES Investimento foi o banco Português

com maior destaque nas “league tables” publicadas pela reputada

revista Project Finance International (PFI) relativas ao ano de 2006.

Nesta actividade o banco foi nomeado “Arranger of the year” no sector

dos transportes pelo Infrastructure Journal. Foi-nos igualmente atribuí-

do o prémio “Renewable deal of the year 2006” pela Project Finance

International pelo refinanciamento do “portfolio” de renováveis da Enersis

(985 milhões de euros) e o financiamento da auto-estrada M6 no Reino

Unido, liderado pelo Banco, foi nomeada pela revista Euromoney a ope-

ração do ano de 2006 no sector de infra-estruturas de transporte. Em

2006 oBES Investimento liderou financiamentos de infra-estruturas de trans-

portes em 10 países, na Europa, Estados Unidos, África e América do Sul.

• O Banco também foi designado pela Euromoney como o “Best

Investment Bank in Portugal – Real Estate Investment Banking.”;

• Nos mercados de acções, consolidámos a nossa posição em Portugal

mantendo o 1º lugar no Euronext Lisbon, evoluindo do 10º para o 5º

lugar no ranking da Bolsa de Madrid num universo de 64 instituições

activas neste mercado. É um facto muito positivo sermos já o 5º maior

corretor na BEMEX (Madrid), tendo as recomendações do nosso Research

merecido a “Best Recommendation for Iberian Companies” pela

AQResearch. No Brasil aumentámos a nossa posição competitiva nos

mercados de acções, devido a uma forte aposta na qualidade das equipas;

• No segmento de Leveraged Finance estruturámos e tomámos firme

em Portugal a maior operação de sempre “Real Estate Acquisition Finance”

(190milhões de euros) e expandimos a nossa actividade emEspanha, onde

somos já um banco de referência para as operações de acquisition

finance no segmento de “Mid Market”;

• Na área do private equity o ano de 2006 apresentou já um nível inte-

ressante, traduzido na concretização de 14 operações de investimento

num valor de 28 milhões de euros e em 12 operações de desinvestimento

que originaram mais valias líquidas superiores a 2,5 milhões de euros.

Acreditamos que este período de inquestionável progresso tem sido o

resultado da boa implementação de uma estratégia de crescimento

assente na internacionalização, sem descurar a defesa da posição de lide-

rança no mercado Português. Hoje mais de metade da totalidade dos nos-

sos Colaboradores trabalham fora de Portugal, e 45% das receitas do

Banco e 34% dos lucros são gerados na actividade internacional.

Mensagem Conjunta doPresidente do Conselho deAdministração e do Presidenteda Comissão Executiva

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 05

O desafio está agora em conseguir sustentar estes níveis de crescimento

nos anos vindouros. Com esse objectivo, reiteramos o reforço de investi-

mento no aprofundamento do modelo de banco de investimento multi-

local, assente em três mercados base, Portugal, Espanha e Brasil, com-

plementado com uma presença de âmbito regional Europeu na activida-

de de Project Finance, alavancada por um centro de competência baseado

em Londres e com presença nas principais praças financeiras internacio-

nais, como plataforma de originação/distribuição em torno dos nossos

mercados locais. Em Itália o BES Investimento tomou uma participação no

fundo PPP Itália com activos no valor de 120 milhões de euros e que se

destina à realização de investimentos em regime de parcerias publico-pri-

vadas no sector das Infra-estruturas. Este fundo será gerido em conjunto

com o Grupo São Paolo IMI, através da sua filial para o Project Finance a

Banca OPI.

Nos próximos anos, os principais objectivos passam por reforçar as plata-

formas nas principais praças financeiras e desenvolver as bases geográfi-

cas em que já estamos presentes, como Polónia e Angola, para que pos-

samos ambicionar um ciclo de crescimento compatível com o dos anos

anteriores.

Neste enquadramento, em 2007 iremos tentar lançar as bases de implanta-

ção nos E.U.A., reforçar a nossa presença no Reino Unido (Londres) e analisar

a possibilidade de vir a operar directamente no sudoeste Asiático - China

e Índia.

Para finalizar, agradecemos o empenho dos nossos dedicados Colabo-

radores, que contribuíram decisivamente para o alcance destes níveis de

performance. Destacamos igualmente o bom relacionamento que sempre

temos mantido, nos vários países onde desenvolvemos as nossas activi-

dades, com as entidades reguladoras, de supervisão bancária e mercados.

Agradecemos também o contributo que o Conselho Fiscal e os nossos

Auditores, externos e internos, sempre nos têm dado para desenvolver e

melhorar os níveis de excelência no reporte da informação contabilística

e de gestão do Banco.

Mas não teríamos logrado obter estes resultados sem a confiança dos

nossos Clientes, que connosco têm constituído relações cada vez mais

sólidas e profícuas. A estes expressamos o sincero reconhecimento, assu-

mindo o compromisso de tudo fazermos para continuar a merecer a pre-

ferência dada.

Ricardo Espírito SantoSilva Salgado(Presidente doConselho de Administração)

José MariaEspírito Santo Silva Ricciardi(Vice - Presidente doConselho de Administração.Presidente da Comissão Executiva)

06 RELATÓRIO E CONTAS

Manuel de Magalhães Villas-Boas

Mário da Silveira Teixeira Júnior

Paulo José Lameiras Martins

Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto

Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva

Tiago Vaz Pinto Cyrne de Castro

COMISSÃO EXECUTIVA

PresidenteJosé Maria Espírito Santo Silva Ricciardi

Francisco Ravara Cary

Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde

Miguel António Igrejas Horta e Costa(1)

Christian Georges Jacques Minzolini

Diogo Luís Ramos de Abreu

Félix Aguirre Cabanyes

Luís Miguel Pina Alves Luna Vaz

Paulo José Lameiras Martins

Pedro Manuel Castro Simões Ferreira Neto

Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva

Tiago Vaz Pinto Cyrne de Castro

Secretário da Comissão ExecutivaJosé Luís de Saldanha Ferreira Pinto Basto

CONSELHO FISCAL(2)

PresidenteJoséManuelMacedoPereira –RevisorOficial deContas

Membros EfectivosTito Manuel das Neves Magalhães Basto

"Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e Associados

- Sociedade de Revisores Oficiais de Contas", repre-

sentadapor JoséMariaSousaRegoRibeirodaCunha

Membro SuplenteMário Paulo Bettencourt de Oliveira - Revisor

Oficial de Contas

DIRECÇÕESClientesVasco Pinto Ferreira (Portugal)

Carolina Ibañez (Espanha)

Alberto Kiraly (Brasil)

Paulo Araújo (Reino Unido)

Andrejz Mierzwa (Polónia)

Manuel Reis (Angola)

Serviços FinanceirosLeonor Dantas (Portugal)

José Miguel Rego (Espanha)

Manuel Ferrão de Sousa (Brasil)

Tiago Caseiro (Polónia)

Médias EmpresasLuís Bandeira (Portugal)

Project Finance e SecuritizaçãoNuno David Cardoso (Portugal)

Nigel Purse (Londres)

Lucas Martinez Vuiller (Espanha)

Manuel Reis (Angola)

Leveraged FinanceRui Baptista (Portugal e Espanha)

Mercado de Capitais - OriginaçãoCristina Frazão (Renda Fixa, Portugal)

Sílvia Costa (Renda Variável, Portugal)

Vicente Garcia (Espanha)

Alberto Kiraly (Brasil)

(1) Os Órgãos Sociais do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (Mesada Assembleia Geral, Conselho de Administração e Conselho Fiscal) forameleitos para o quadriénio 2005-2008, por deliberação da Assembleia GeralAnual, realizada no dia 30 de Março de 2005.

(2) O Dr. José Miguel Alecrim Duarte foi nomeado Secretário da Mesa pordeliberação da Assembleia Geral Universal do Banco Espírito Santo deInvestimento, S.A., realizada em 11 de Outubro de 2006, após a renúncia aomesmo cargo do Dr. Filipe de Castro Torres Hasse Ferreira, apresentadaem 30 de Junho. A Dra. Maria Salgado Poppe Almeida de Carvalho renun-ciou ao cargo de Secretária da Mesa em 12 de Outubro de 2006.

(3) O Dr. Miguel António Igrejas Horta e Costa foi nomeado vogal doConselho de Administração com assento na Comissão Executiva, por deli-beração da Assembleia Geral Universal do Banco Espírito Santo deInvestimento, S.A., realizada em 11 de Outubro de 2006, tendo iniciado fun-ções em 15 de Dezembro de 2006.

(1) Nomeado vogal do Conselho de Administração com assento na ComissãoExecutiva, por deliberação da Assembleia Geral Universal do Banco EspíritoSanto de Investimento, S.A., realizada em 11 de Outubro de 2006, oDr. Miguel António Igrejas Horta e Costa iniciou funções em 15 de Dezembrode 2006.

(2) Por deliberação da Assembleia Geral do Banco de 31 de Março de 2006,o Dr. José Manuel Macedo Pereira, Revisor Oficial de Contas foi nomeadopara o cargo de Presidente do Conselho Fiscal, na sequência da renuncia aomesmo cargo do Dr. Bernardo Leite de Faria Espírito Santo, em 20 deFevereiro de 2006. O Dr. Mário Paulo Bettencourt de Oliveira, Revisor Oficialde Contas, foi nomeado Membro Suplente do Conselho Fiscal, cargo atéentão exercido pelo Dr. José Manuel Macedo Pereira.

Orgãos Sociaise Comissão Executiva

ÓRGÃOS SOCIAIS(1)

MESA DE ASSEMBLEIA GERALPresidenteJorge Luís Soromenho Gomes de Abreu

SecretárioJosé Miguel Alecrim Duarte(2)

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidenteRicardo Espírito Santo Silva Salgado

Vice-PresidentesJosé Maria Espírito Santo Silva Ricciardi

Francisco Ravara Cary

Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde

Miguel António Igrejas Horta e Costa(3)

VogaisAmílcar Carlos Ferreira de Morais Pires

António Espírito Santo Silva Salgado

Bernard Marcel Basecqz

Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia

Christian Georges Jacques Minzolini

Diogo Luís Ramos de Abreu

Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva

Félix Aguirre Cabanyes

João Filipe Espírito Santo de Brito e Cunha

José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva

Luís Miguel Pina Alves Luna Vaz

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 07

Mercado Secundário - AcçõesJoão Baptista Pereira/Rodrigo Pinheiro

(Portugal e Espanha)

D’Arthagnan Vasconcelos Jr. (Brasil)

Gestão de ActivosFernando Castro Solla (Portugal)

Proprietary Trading - AcçõesRui Borges de Sousa (Portugal e Espanha)

Derivados e Arbitragem - AcçõesLuis Morgado / Alberto Carrasco

(Portugal e Espanha)

Derivados de Acções - VendasLuis Morgado / Carmen Rojo

(Portugal e Espanha)

Renda FixaCarlos Nogueira (Tesouraria / Portugal)

Frederico Alegria (Brasil)

Carlos Ferreira Pinto (Portugal)

Sílvia Nadelar (Espanha)

DEPARTAMENTOSComplianceNuno Pignatelli Pereira

Planeamento EstratégicoJosé Pinto Basto

InternacionalJosé Neves de Almeida

Comunicação e ImagemPedro Pereira Santos

ContabilidadePedro Ventaneira

Delfina Mendes

InformaçãoPaula Ramalhete

Controlo de GestãoPedro Ventaneira

João Matos

Controlo de RiscoPedro Ventaneira

Luís Pereira

InformáticaCarlos Calqueiro

OperaçõesRui de Sousa

Organização e MeiosJosé Gabriel

Recursos HumanosJosé Gabriel

Análise de Risco de CréditoFilipa Schubeius

JurídicoPatrícia Goldschmidt

SUCURSAISLondres:Pedro Ferreira Neto

Nigel Purse

Espanha(1):Félix Aguirre

Ricardo Domenech

SOCIEDADES SUBSIDIÁRIASBES Investimento do Brasil, S.A.– Banco de Investimento (Brasil)Ricardo Espírito Santo

BES Securities do Brasil, S.A.– Corretora de Câmbiose Valores Mobiliários (Brasil)Ricardo Espírito Santo

D’Arthagnan Vasconcelos Jr.

BESAF - BES ActivosFinanceiros, Ltda. (Brasil)Diogo Abreu

Marco Aurélio de Brito

Morumbi Capital, S.A. (Brasil)Frederico Alegria

Martim Amaral Neto

Espírito Santo Capital- Sociedade de Capitalde Risco, S.A. (Portugal)Francisco Cary

João Arantes e Oliveira

Emília Franco Frazão

Espírito SantoInvestment p.l.c. (Irlanda)Tiago Cyrne de Castro

John Madigan

SOCIEDADES PARTICIPADASConcórdia EspíritoSanto Investment Sp. Z.o.o. (Polónia)Pedro Ferreira Neto

Andrejz Mierzwa

José Neves de Almeida

Tiago Caseiro(1) A Sucursal em Espanha do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A.,registada em Madrid, em 6 de Setembro de 2005, iniciou a actividade em1 de Junho de 2006, na sequência da conclusão, em 31 de Maio, da fusão porincorporação da Espírito Santo Investment, S.A.U., S.V. no Banco EspíritoSanto de Investimento, S.A., e da consequente atribuição dos activos e pas-sivos da sociedade absorvida à Sucursal.

08 RELATÓRIO E CONTAS

Comissão Executiva

José Maria Espírito SantoSilva Ricciardi

Presidente da Comissão Executiva,

Vice-Presidente do Conselho de Admi-

nistração.

Francisco Ravara Cary

Vice-Presidente Executivo do Conselho de

Administração (Conselho de Crédito e Ris-

cos,ALCO,RendaFixa -Tesouraria,Gestão

de Risco, Distribuição e Trading, Renda

Variável - Mercado Secundário, Gestão de

Activos, ProprietaryTrading,PrivateEquity -

Espírito Santo Capital, Dep. Jurídico) .

Rafael Caldeira deCastel-Branco Valverde

Vice-Presidente do Conselho de Admi-

nistração (Clientes, Serviços Finan-

ceiros, Médias Empresas, Mercado

Capitais - Originação, Leveraged Finance,

Dep. Informação).

Miguel AntónioIgrejas Horta e Costa

Vice-Presidente do Conselho de

Administração

(Relações Institucionais).

O nosso desafio consiste em assegurar o crescimen-to sustentado da actividade e resultados, por formaa proporcionar uma adequada remuneração do capi-tal investido.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 09

Ricardo AbecassisEspírito Santo Silva

Administrador

(Brasil).

Tiago Vaz PintoCyrne de Castro

Administrador (Contabilidade, Comu-

nicação e Imagem, Informática, Ope-

rações, Risco, Informação e Controlo

de Gestão, Irlanda).

Luís MiguelPina Alves Luna Vaz

Administrador (Mercado Capitais –

Originação e Renda Variável - Mercado

Secundário, Gestão de Activos,

Proprietary Trading).

Félix Aguirre Cabanyes

Administrador

(Sucursal em Espanha).

Diogo LuísRamos de Abreu

Administrador

(Projectos Especiais e BESAF Brasil).

Christian GeorgesJacques Minzolini

Administrador

(Equity Derivatives - Arbitragem, Vendas).

Paulo JoséLameiras Martins

Administrador

(Serviços Financeiros).

Pedro Manuel CastroSimões Ferreira Neto

Administrador (Project Finance e Se-

curitização, Internacional, Sucursal de

Londres, Polónia, Angola).

10 RELATÓRIO E CONTAS

João Carlos Mendesdos Reis Arantese Oliveira

Presidente da Comissão Executiva

da Espírito Santo Capital.

Nigel Keith Purse

Director Responsável pela Sucursal

em Londres do BES Investimento.

Andrejz Mierzwa

Presidente da Comissão Executiva

da Concórdia Espírito Santo Investment

Sp. Z.o.o. (Polónia).

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 11

PRINCÍPIOS E VALORESDO ESPÍRITO SANTO INVESTMENT

A actividade desenvolvida pelo Espírito Santo Investment é norteada por

um conjunto de princípios e valores distintivos, consubstanciados na orien-

tação para a satisfação, de forma eticamente responsável, das necessi-

dades do Cliente, na independência de opinião e nos valores da compe-

tência, profissionalismo e rigor na execução das tarefas assumidas.

Lealdade para com os Clientes:

Desenvolvemos relações comerciais, estáveis, leais e duradouras com os

nossos Clientes, apoiando-os com seriedade e engenho nos bons e maus

momentos dos respectivos ciclos dos seus negócios.

Postura ética:

Somos transparentes e leais nas acções que desenvolvemos e nas infor-

mações que prestamos. O banco apenas se compromete com o que real-

mente pode realizar.

Independência de opinião:

Prestamos consultoria objectiva e de qualidade, assente na competência

técnica adquirida e no conhecimento dos produtos e mercados.

Adoptamos um posicionamento independente, advogando os interesses

superiores do Cliente, mesmo que tal signifique efectuar recomendações

contrárias à concretização da operação.

Especialização:

Desenvolvemos a nossa actividade nas áreas de negócio onde detemos

efectivas competências técnicas e comerciais, capazes de proporcionar

um real valor acrescentado para os nossos Clientes.

Capacidade de realização:

Orientamos totalmente a nossa actuação para a concretização dos objec-

tivos propostos, destrinçando o essencial do secundário e abordando de

forma prática e imaginativa a realização das tarefas necessárias à pros-

secução dos objectivos definidos.

Flexibilidade e Inovação:

Adoptamos uma atitude positiva e criativa na análise dos projectos e na

concepção e proposta de soluções que expandam e enriqueçam o leque de

opções de desenvolvimento de negócio dos nossos Clientes.

Competência e profissionalismo:

Adoptamos proactivamente as melhores práticas de mercado, visando a

excelência na prestação de serviços e uma gestão equilibrada e responsá-

vel dos recursos técnicos, humanos e de capital que dispomos.

Liderança nas respectivas áreas de actividade:

Ambicionamos conquistar e consolidar a liderança nas áreas de negócio e

mercados onde actuamos, concretizando mais e melhores transacções

que os nossos concorrentes mais directos.

Orientação para o sucesso:

Somos determinados na busca e implementação das soluções que melhor

assegurem e maximizem o sucesso dos nossos Clientes na superação

vitoriosa dos desafios que enfrentam.

PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS

12 RELATÓRIO E CONTAS

Produto bancário Consolidado 164 140 125 798

Comissões 97 838 70 178

Margem Financeira e Mercados 66 302 55 620

Total de Custos Operacionais (74 256) (63 489)

Custos com Pessoal (46 501) (38 034)

Forn. e Serviços Externos (25 506) (23 342)

Amortizações (2 249) (2 113)

Resultado Operacional 89 884 62 309

Provisões (6 889) (4 682)

Int. Minoritários e Outros (2 300) 4

Resultados antes de Impostos 80 695 57 631

Impostos (20 681) (7 612)

Resultado Líquido Consolidado 60 014 50 019

Fonte: Espírito Santo Investment.

20052006

Activo

Activos financeiros detidos para negociação 1 121 871 735 995

Títulos 778 286 553 010

Activos financeiros disponíveis para venda 264 641 250 206

Aplicações em Instituições de Crédito 1 109 590 976 278

Crédito a Clientes 1 390 087 962 245

Outros Activos 680 944 687 842

Total do Activo 4 567 133 3 612 566

Capitais Próprios e Passivo

Capital Social 70 000 70 000

Capital Próprio 260 954 249 656

Passivos financeiros ao justo valor reconhecidos

em Resultado 528 625 307 514

Recursos de outras instituições de crédito 875 445 401 083

Recursos de Clientes e outros empréstimos 1 341 983 1 414 201

Responsabilidades representadas por títulos 1 058 275 765 293

Outros passivos 501 851 474 819

Total Capitais Próprios e Passivo 4 567 133 3 612 566

Fonte: Espírito Santo Investment.

20052006

Demonstração de resultados consolidada milhares de euros

Balanço Consolidado milhares de euros

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 13

Escritórios deRepresentação

Participadas comActividadeComplementarSurcursais

(*) A sucursal em Espanha, registada em 6 de Setembro de 2005, iniciou a actividade em 1 de Junho de 2006, na sequência da fusão por incorporação da correctoraEspírito Santo Investment, S.A.U., S.V. no Banco (31 de Maio) e consequentemente atribuição dos activos e passivos da sociedade absorvida à Sucursal.

ORGANIGRAMA

ServiçosFinanceiros

Direcções deProdutos

ComissãoExecutiva

Conselho deAdministração

MédiasEmpresas

LeveragedFinance

Project Financee Securitização

Mercado deCapitais -Originação Renda Fixa

MercadoSecundário -AcçõesRenda Variável

GestãoActivos

ProprietaryTrading

Derivados eArbitragem -Acções

Derivados deAcções - Vendas

Comité deMercado deCapitais

Comité deBanca eInvestimento

Conselho deCrédito e Riscos

Direcção deClientes

Comité deActivos ePassivos

Comité deInvestimentos

Departamentos

Compliance Risco

Informação eControlo deGestão

Comunicação eImagem Jurídico

RecursosHumanos

PlaneamentoEstratégico

Contabilidade

Auditoria eInspecção(Grupo BES) Operações Informática Informação

Organização eMeiosInternacional

BancoEspírito Santo deInvestimento

Londres Espanha* Luanda

ConcordiaES Investment(Polónia)

Espírito SantoCapital

Espírito SantoInvestment(Irlanda)

MorumbiCapital, S.A.(Brasil)

BESInvestimentodo Brasil

BESAF-BESActivosFinanceiros

BESSecurities doBrasil

Subsidiárias

RATING

Em Janeiro de 2005, foram atribuídas ao BES Investimento, pela agência de

rating internacional Standard & Poor’s , as notações de rating de “A-“ para

o longo prazo e de “A-2” para o curto prazo, com uma perspectiva de evo-

lução (outlook) estável. De acordo com a Standard & Poor’s, a atribuição

destas notações - reiteradas com outlook positivo em Fevereiro de 2006 -

decorre do facto de o Banco ser uma entidade integralmente detida e con-

trolada pelo Banco Espírito Santo, bem como do seu modelo de negócio e

da posição destacada que o Banco detém ao nível da banca de investi-

mentos em Portugal, além da sua sólida capitalização e dos activos de

qualidade que possui.

Em Fevereiro de 2005, a Standard & Poor’s atribuiu também ao Programa

de Euro Medium Term Notes (“EMTN”) de até 500 milhões de euros, da sub-

sidiária irlandesa Espírito Santo Investment p.l.c., as notações de rating de

“A-“ para o longo prazo e de “A-2” para o curto prazo, no respeitante à

emissão de dívida senior. A notação para dívida subordinada com prazo

determinado foi de “BBB+”. De acordo com a Standard & Poor’s – que real-

ça o Keep Well Agreement celebrado entre a emitente e o Banco de que o

Programa beneficia – a perspectiva de evolução para o longo prazo é está-

vel. As mesmas notações foram mantidas pela Standard & Poor’s, após o

aumento do montante nominal do Programa de EMTN, de 500 milhões

para 1 500 milhões de euros, ocorrido em Novembro de 2005.

14 RELATÓRIO E CONTAS

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 15

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Considerando que a conta de resultados do exercício apresenta em trinta

e um de Dezembro de dois mil e seis um saldo positivo de €48 251 843,69

o Conselho de Administração, nos termos da sua competência estatutá-

ria, submete à Assembleia Geral a seguinte proposta de Aplicação dos

Resultados do exercício:

Adicionalmente em Assembleia Geral realizada no dia vinte e quatro de

Novembro de dois mil e seis, foi aprovada a distribuição de parte das

Reservas Livres, no montante de €6 028 753.

Lisboa, 22 de Março de 2007

Ricardo Espírito Santo Silva Salgado

(Presidente)

José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi

(Vice-Presidente)

Francisco Ravara Cary

(Vice-Presidente)

Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde

(Vice-Presidente)

Miguel António Igrejas Horta e Costa(1)

(Vice-Presidente)

Amílcar Carlos Ferreira de Morais Pires

(Vogal)

António Espírito Santo Silva Salgado

(Vogal)

Bernard Marcel Basecqz

(Vogal)

Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia

(Vogal)

Christian Georges Jacques Minzolini

(Vogal)

Diogo Luís Ramos de Abreu

(Vogal)

Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva

(Vogal)

Félix Aguirre Cabanyes

(Vogal)

João Filipe Espírito Santo de Brito e Cunha

(Vogal)

José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva

(Vogal)

Luís Miguel Pina Alves Luna Vaz

(Vogal)

Manuel de Magalhães Villas-Boas

(Vogal)

Mário da Silveira Teixeira Júnior

(Vogal)

Paulo José Lameiras Martins

(Vogal)

Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto

(Vogal)

Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva

(Vogal)

Tiago Vaz Pinto Cyrne de Castro

(Vogal)

(i) para o fundo de reserva legal 4 825 184,36

(ii) para distribuição de dividendos 21 133 184,88

dos quais foram já pagos, a título de Dividendos

Antecipados, no decurso do exercício 17 971 246,53

(iii) para reservas livres 22 293 474,45

TOTAL 48 251 843,69

euros

(1) O Dr. Miguel António Igrejas Horta e Costa foi nomeado vogal do Conselho de Administraçãocom assento na Comissão Executiva, por deliberação da Assembleia Geral Universal doBanco Espírito Santo de Investimento, S.A., realizada em 11 de Outubro de 2006, tendo inicia-do funções em 15 de Dezembro de 2006.

16 RELATÓRIO E CONTAS

1.0 AMBIENTE MACROECONÓMICOENQUADRAMENTO ECONÓMICO INTERNACIONAL

Em 2006 a economia mundial registou um crescimento acentuado, que se esti-

ma em torno de 5% (4,9% em 2005). A conjuntura económica foi caracterizada

por uma distribuição mais equilibrada do crescimento, destacando-se o desem-

penho das economias emergentes, com uma variação do PIB de 7,3%. Dentro

deste grupo, sobressaiu o dinamismo da Ásia, com um crescimento de 8,7%.

Evolução do PIB Mundial (em termos reais)

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

5,3

%

Ecomoniamundial

EUA Zona Euro Japão China

Fonte: FMI e Comissão Europeia

2004 2005 2006

Evolução do PIB Mundial (em termos reais)

4,9 5,1

3,93,2 3,3

2,01,4

2,6 2,3 2,62,2

10,1 10,210,7

A conjuntura económica foi, ainda, caracterizada pela subida do preço do

petróleo nos primeiros oito meses do ano, atingindo no final deste período

ummáximo nominal histórico de USD 78/barril. Em termos médios anuais,

registou-se uma subida de USD 54,5/barril para USD 65,4/barril, que se

explica pela persistência de uma procura forte, por restrições à expansão

da oferta e por movimentos especulativos relacionados, sobretudo, com

questões geopolíticas. No último trimestre de 2006, observou-se um recuo

no preço do petróleo, para cerca de USD 60/barril.

A conjuntura de crescimento económico forte e de inflação moderada –

suportada, no final do ano, pela queda dos preços dos bens energéticos –

contribuiu para uma evolução positiva do sentimento económico global,

expresso num desempenho favorável dos mercados accionistas. Na

Europa, os índices CAC 40 de Paris, DAX de Frankfurt e IBEX 35 subiram

17,53%, 21,98% e 31,79%, respectivamente. Nos Estados Unidos, os índices

S&P500 e Dow Jones valorizaram-se, respectivamente, 13,62% e 16,29%,

tendo o índice Nasdaq ganho 9,52%. Para este desempenho contribuiu

também a persistência de uma conjuntura de ampla liquidez a nível glo-

bal, traduzida numa forte actividade de fusões e aquisições e numa com-

pressão dos spreads de crédito.

Preço do Petróleo USD/Barril

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

Jan. Mar. Mai. Jul. Set. Nov.

Fonte: Bloomberg

Nos Estados Unidos, o PIB cresceu 3,4% em 2006, em ligeira aceleração face

ao registo de 3,2% observado em 2005. O início do ano foi caracterizado por

fortes crescimentos no consumo privado e no investimento, beneficiando

ainda de umefeito riqueza positivo associado à valorização dos preços do imo-

biliário – em particular através do fenómeno demortgage equity withdrawal.

No contexto de um crescimento da actividade económica acima do potencial,

e com a subida dos preços dos combustíveis a pressionar a taxa de inflação

(que subiu, no ano, de 3,4% para 3,5%), a Reserva Federal elevou a target rate

dos fed funds em 100 pontos base no 1º semestre, para 5,25%, tendo inter-

rompido aí o ciclo de subida dos juros de referência iniciado no Verão de 2004.

Evolução da Target Rate dos Fed Funds (EUA)e da Taxa Refi (Zona Euro) 2000-2006

Fonte: Bloomberg

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

0

1

2

3

4

5

6

7

%

Taxa refi Taxa Fed Funds

Na segunda metade de 2006, observou-se um arrefecimento significativo do

sector da habitação, expresso numa estagnação dos respectivos preços e

numa queda de cerca de 19% (anualizada) no investimento residencial. No

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 17

entanto, o consumo das famílias continuou, neste período, a suportar a activi-

dade económica, registando, no conjunto do ano, um crescimento real ainda

forte, de 3,2% (3,5% em 2005). Este comportamento do consumo privado foi,

por sua vez, sustentado pela descida dos preços da energia no último trimes-

tre, pela redução da taxa de desemprego (de 5,1% para 4,6%da população acti-

va) e pela persistência de condições monetárias e financeiras favoráveis, com

uma forte valorização dos mercados accionistas e com taxas de juro de mer-

cado ainda relativamente reduzidas. A yield dos títulos da dívida pública norte-

-americana subiu, na maturidade dos 10 anos, de 4,4% para 4,7% – um nível

historicamente baixo.

cimento anual de 10,7% (0,2 pontos percentuais acima do registo de 2005),

suportado pelo forte dinamismo da formação bruta de capital fixo, com

um crescimento real de 24%, e das exportações, com o excedente comer-

cial a observar uma melhoria de cerca de 70% face ao ano anterior. O

desempenho da economia chinesa constituiu um estímulo importante

para as restantes economias asiáticas, incluindo o Japão, que registou um

crescimento do PIB de 2,2%, em ligeira desaceleração face ao ano anterior

(2,6% em 2005). Com o crescimento do PIB sustentado não apenas pelas

exportações, mas também pela procura interna, a taxa de desemprego

reduziu-se para cerca de 4% da população activa. Neste contexto, o índice

de preços no consumo registou uma variação positiva (de 0,3%, em con-

traste com a queda de 0,6% observada em 2005), levando o Banco Central

a abandonar gradualmente a política de quantitative easing e a elevar a

taxa de juro de referência de 0% para 0,25%. O índice Nikkei registou uma

valorização de 6,92%, abaixo dos principais índices internacionais.

O forte crescimento da China e da Ásia emergente contribuiu também para

manter pressionada a procura de matérias-primas não energéticas, em

particular os metais industriais. Os preçosmédios do alumínio, cobre e zinco

registaram variações anuais de 35%, 80% e 137%, respectivamente.

2,5

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

6,0

5,5

%

Evolução da rendibilidade dos títulos da dívida pública (2001-2006)(yields dos Bunds e dos Treasuries a 10 anos)

2001 2002 2003 2004 2005 2006

Fonte: Bloomberg

Treasuries Bunds

Evolução de Índices Bolsistas em 2006

90

95

100

105

110

115

125

120

135

130

Fonte: Bloomberg

PSI 20 IBEX 35 DAX FTSE 100CAC 40 Dow Jones

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

02 Jan. 2006 = 100

A Ásia reforçou o seu papel como um dos principais motores de cresci-

mento da economia mundial. Em particular, a China apresentou um cres-

Índice de Preços das Commodities em 2006

285

295

305

315

325

335

355

345

375

365

Fonte: Commodity Research Bureau

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Na Zona Euro, o ano foi marcado por uma recuperação significativa dos

índices de confiança (em particular ao nível das empresas), reflectindo a

aceleração observada na actividade económica. O crescimento do PIB

subiu de 1,4% para 2,6%, sobretudo em função de um comportamento

favorável da procura externa, e na qual se destacou o peso crescente da

procura oriunda da Ásia Emergente e do Médio Oriente. No conjunto do

ano, as exportações da Zona Euro cresceram 8,4% em termos reais. O

crescimento da procura externa e o maior optimismo dos empresários

reflectiram-se, por sua vez, numa recuperação do investimento (que regis-

tou uma variação anual de 4,5%) e numa melhoria das condições do mer-

cado de trabalho, com a taxa de desemprego a descer de 8,5% para 8%,

Bunds

Dow Jones

FTSE 100

DAX

CAC 40

PSI 20

IBEX 36

Treasuries

02 Jan. 2006 = 305

18 RELATÓRIO E CONTAS

em termos médios anuais. Esta evolução foi comum à economia da

Alemanha, que registou um crescimento anual do PIB de 2,7%, acima das

expectativas. Na Zona Euro, o consumo das famílias mostrou sinais de

recuperação, mas manteve um crescimento relativamente moderado

(1,8%), ainda restringido por uma conjuntura de forte moderação salarial.

O ano de 2006 foi ainda caracterizado, na economia da Zona Euro, por um

forte crescimento da liquidez (medida pelo agregado monetário M3), a

qual registou, no final do ano, uma variação homóloga de 9,8%, claramen-

te acima do valor de referência do Banco Central Europeu (BCE), de 4,5%,

e o registo mais elevado dos últimos 16 anos. Tal como em 2005, a evolu-

ção da massa monetária continuou a ter, como contrapartida, um forte

dinamismo dos empréstimos ao sector privado. Estes observaram um

crescimento de 10,7%, destacando-se a variação de 13% nos empréstimos

às sociedades não financeiras. Os empréstimos às famílias registaram

uma ligeira desaceleração, mas ainda com crescimentos de 9,5% no cré-

dito à habitação e de 7,8% no crédito ao consumo.

A observação de um crescimento elevado num contexto de forte liquidez

levou o BCE a elevar a taxa de juro das operações principais de refinan-

ciamento em 125 pontos base, para 3,5%. A taxa de inflação manteve-se

inalterada, em termos médios anuais, em 2,2%. A yield dos títulos da dívi-

da pública a 10 anos subiu, por sua vez, de 3,309% para 3,948%.

O estreitamento do diferencial de juros face aos Estados Unidos contribuiu

para uma apreciação de 12% do euro face ao dólar, para EUR/USD 1,319.

0,0

1,0

2,0

3,0

3,7 3,7 3,83,4

3,63,4

2,1 2,2 2,2

4,0

%

Ecomoniamundial

EUA Zona Euro

Fonte: FMI e Comissão Europeia

2004 2005 2006

Taxa de Inflação

Fonte: Bloomberg

Evolução da Cotação EUR/USD, 2006

1,15

1,20

1,25

1,30

1,35

1,40

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

EUR/USD

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 19

SITUAÇÃO ECONÓMICA NOS MERCADOSPERTINENTES

SITUAÇÃO ECONÓMICA EM PORTUGAL

A economia portuguesa observou, em 2006, uma recuperação face ao ano

anterior, com o crescimento do PIB a subir de 0,5% para 1,3%. O maior

dinamismo da actividade assentou, sobretudo, no forte crescimento das

exportações de bens e serviços, com uma variação real de 8,8% (após um

registo de 1,1% em 2005). Para além da manutenção de um crescimento

do PIB elevado em Espanha, Portugal beneficiou da recuperação da acti-

vidade observada no conjunto da Zona Euro, em particular na Alemanha.

Ao mesmo tempo, registaram-se fortes crescimentos das exportações

para destinos menos tradicionais, com destaque para Angola (com um

registo próximo de 60%, em termos nominais). Neste contexto, o contri-

buto das exportações líquidas para o crescimento aumentou, em 2006, de

-0,5 para 1 ponto percentual.

nível e pela natureza restritiva da política orçamental, concretizada,

sobretudo, na subida de alguns impostos indirectos. Com um aumento do

rendimento disponível inferior à expansão do consumo privado, a taxa de

poupança das famílias deverá ter registado uma ligeira descida, de 9,2%

para cerca de 8,5% do rendimento disponível.

A formação bruta de capital fixo voltou a registar o comportamento mais

negativo entre as componentes da procura interna, embora com uma

queda real (de 1,7%) inferior à observada em 2005 (de 3,8%). Apesar de a

recuperação da procura externa se ter reflectido numa subida dos índices

de confiança nos sectores dos serviços e da indústria, as empresas mostra-

ram-se ainda cautelosas nas suas decisões de investimento, perante a vul-

nerabilidade da procura interna. A despesa total em capital fixo foi ainda

restringida pelos esforços de consolidação orçamental, que se traduziram

numa queda do investimento público, e pela continuação do ajustamento

das despesas de investimento em habitação por parte das famílias.

Neste contexto, a taxa média anual de desemprego subiu de 7,6% para

7,7% da população activa.

O consumo público caiu 0,3%, a partir de uma diminuição das despesas

com o pessoal e das despesas em bens e serviços. Em conjunto com a

queda do investimento público e com o forte aumento das receitas fiscais

e não fiscais (ligeiramente acima de 8%), este registo contribuiu para uma

diminuição do défice global das Administrações Públicas, de 6% para um

valor ligeiramente acima de 4% do PIB, um valor inferior ao previsto no

Programa de Estabilidade e Crescimento.

A moderação do crescimento da procura interna e o forte dinamismo das

exportações de bens e serviços não evitaram uma deterioração do saldo

conjunto das balanças corrente e de capital, com as necessidades líquidas

de financiamento externo da economia portuguesa a subirem de 8,1%

para 8,7% do PIB. Ao nível da Balança de Pagamentos, destaca-se ainda a

evolução positiva do investimento directo em Portugal, o qual atingiu, em

termos líquidos, um valor próximo de 5,8 mil milhões de euros.

Os empréstimos ao sector privado não financeiro registaram uma ligeira

aceleração em 2006, com o respectivo crescimento anual a subir de 7,4%

para 8,8%. Na base desta evolução esteve uma expansão mais robusta dos

empréstimos ao consumo e outros fins, cujo crescimento terá subido de

4,5% para um valor ligeiramente acima de 10%, em linha com a melhoria

da confiança das famílias e com os sinais de recuperação do consumo pri-

PIB 3,9 2,0 0,8 -0,7 1,3 0,5 1,3

Consumo Privado 3,7 1,3 1,3 -0,1 2,5 2,2 1,1

Consumo Público 3,5 3,3 2,6 0,2 2,5 2,3 -0,3

Investimento 2,1 1,2 -4,7 -8,3 2,1 -3,8 -1,7

Exportações 8,4 1,8 1,4 3,9 4,4 1,1 8,8

Importações 5,3 0,9 -0,7 -0,8 6,6 1,9 4,3

Inflação (IPC) 2,9 4,4 3,6 3,3 2,4 2,3 3,0

Saldo Orçamental (% do PIB) -2,9 -4,3 -2,9 -2,9 -3,2 -6,0 -4,3

Dívida Pública (% do PIB) 53,3 53,6 55,5 56,9 58,6 64,0 68,7

Desemprego (% da população activa) 4,0 4,1 5,1 6,3 6,7 7,6 7,7

Saldo Bal. Corrente e Capital (% do PIB) -8,9 -8,5 -6,0 -3,3 -5,7 -8,1 -8,7

Fontes: INE, Banco de Portugal, Comissão Europeia, OCDE, Espírito Santo Research.

2006E200520042003200220012000

Principais Indicadores Macroeconómicos - PortugalTaxas de crescimento real (%) excepto quando indicado.

A procura interna, por seu lado, viu o seu contributo para o crescimento

diminuir de 1 para 0,3 pontos percentuais. O consumo privado acentuou a

tendência de desaceleração observada desde 2004, com o respectivo

crescimento a descer de 2,2% para 1,1%. Não obstante uma recuperação

visível dos índices de confiança das famílias na parte final do ano, as des-

pesas de consumo privado foram restringidas, em 2006, pela subida das

taxas de juro, por um crescimento ainda moderado do rendimento dispo-

20 RELATÓRIO E CONTAS

SITUAÇÃO ECONÓMICA EM ESPANHA

O desempenho da economia espanhola voltou a sobressair no contexto

europeu, com um crescimento do PIB de 3,9%, após um registo de 3,5% em

2005. A procura interna desacelerou ligeiramente face ao ano anterior,

mas continuou a exibir um ritmo de crescimento muito robusto, ligeira-

mente abaixo de 5%. O consumo privado e o consumo público cresceram,

respectivamente, 3,7% e 4,4%, enquanto a formação bruta de capital fixo

cresceu 6,3%. Não obstante a subida dos juros de curto prazo na Zona

Euro, as taxas de juro reais mantiveram-se negativas ou próximas de zero

em Espanha durante praticamente todo o ano de 2006, tendo a inflação

média subido para 3,5% (0,1 pontos percentuais acima do registo de 2005).

A persistência de condições monetárias expansionistas voltou, assim, a

contribuir para um desempenho positivo dos sectores da construção e da

habitação residencial, com crescimentos em torno de 6%. Embora exibin-

do uma tendência clara de desaceleração face a 2005 (quando subiram

cerca de 13%), os preços da habitação subiram ainda perto de 9% em

2006, acima da média da Zona Euro. Neste contexto, os empréstimos para

aquisição de habitação continuaram a revelar um forte crescimento,

cerca de 20%, após um registo de 24% no final do ano anterior. O ritmo de

expansão do crédito às sociedades não financeiras acompanhou a ten-

dência positiva do investimento, subindo de 21% para 24% entre 2005 e

2006.

A recuperação da actividade na Zona Euro reflectiu-se positivamente nas

exportações espanholas, cujo crescimento subiu de 1,5% para 6,2%. Neste

contexto, e não obstante uma aceleração das importações (de 7% para

8,4%), observou-se, em 2006, uma diminuição da contribuição negativa da

procura externa líquida para o crescimento. A recuperação das exporta-

ções face às importações não foi, no entanto, suficiente para evitar um

novo agravamento das contas externas, com o défice da conta corrente a

ampliar-se de 7,4% para cerca de 8,8% do PIB.

O dinamismo da actividade económica traduziu-se favoravelmente no

mercado de trabalho, tendo a taxa de desemprego diminuído de 9,2% para

8,4% da população activa. Uma conjuntura favorável ao crescimento das

receitas orçamentais permitiu, por outro lado, uma nova melhoria nas

contas públicas, expressa numa subida do excedente orçamental de 1,1%

para 1,8% do PIB.

vado observados no final do ano. Os empréstimos à habitação mantive-

ram, por seu lado, a tendência de abrandamento gradual dos últimos

anos, com o respectivo crescimento a cair de 11,1% para 9,9%. Os emprés-

timos às sociedades não financeiras exibiram uma tendência de acelera-

ção ao longo de 2006, com um crescimento de 7,2%, acima do registo de

5% observado no ano anterior. Estes empréstimos destinaram-se sobretu-

do a reestruturação de dívidas, fusões e aquisições e financiamento de

actividades correntes por parte das empresas.

A taxa de inflação média subiu, em 2006, de 2,3% para 3%. Este registo

encontra-se afectado por uma alteração metodológica no tratamento

estatístico de algumas componentes do Índice de Preços no Consumidor

(IPC), com impacto apenas nos registos de 2006. Sem esta alteração, a

inflação média teria subido para 2,5%. A aceleração dos preços em 2006 é

explicada pelo aumento dos preços dos bens energéticos na primeira

metade do ano e pelo impacto da subida de alguns impostos indirectos (o

IVA em Julho de 2005 e alguns impostos sobre o consumo em Janeiro de

2006).

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 21

SITUAÇÃO ECONÓMICA EM ANGOLA

A economia de Angola manteve, em 2006, o elevado ritmo de crescimen-

to que caracterizou os últimos anos, estimando-se um crescimento do PIB

em torno de 14,5% (20,6% em 2005). Este desempenho da actividade eco-

nómica assentou numa conjuntura favorável ao nível dos preços de recur-

sos naturais com um elevado peso nas exportações angolanas (como o

petróleo e os diamantes), numa estabilização das principais variáveis

macroeconómicas, com particular destaque para a inflação, e num esfor-

ço de investimento em infraestruturas básicas. O output do sector petrolí-

fero deverá ter crescido 15% em 2006, após um registo de 26% em 2005.

A política do “kwanza forte”, através de intervenções das autoridades no

mercado cambial suportando a divisa e pressionando em baixa os preços

das importações, manteve-se em 2006, o que resultou numa nova desci-

da da taxa de inflação, de 23% para 13%. Neste contexto, prosseguiu, ao

longo do ano, a tendência de descida das taxas de juro. A taxa de redes-

conto do Banco Central desceu de 18% para 14%, enquanto a taxa de juro

dos títulos do Banco Central a 3 meses desceu de 11% para 6%.

SITUAÇÃO ECONÓMICA NO BRASIL

Com taxas de juro ainda relativamente baixas, um crescimento da liquidez

elevado e uma procura forte nos mercados das matérias-primas, a con-

juntura internacional manteve-se favorável à economia do Brasil, tendo o

crescimento do PIB subido de 2,3% para 2,9%. As exportações mantiveram

a tendência de forte crescimento pelo quinto ano consecutivo, levando o

excedente da Balança Comercial a subir de USD 44,8 para USD 46 mil

milhões.

Com uma descida inflação (medida pelo IPCA) de 5,7% para 3,1% e com as

expectativas de médio e longo prazo para a inflação solidamente ancora-

das, o Banco Central reduziu os juros de referência num total acumulado

de 475 pontos base, para 13,25%. A melhoria das condições monetárias

contribuiu, por sua vez, para um maior dinamismo da procura interna,

com recuperações no consumo privado, de 3,1% para 3,8%, e no investi-

mento, de 1,6% para 6,3%. A taxa de desemprego manteve-se relativa-

mente estabilizada, em 8,4% da população activa (após um registo de 8,3%

em 2005).

O real revelou uma grande estabilidade na segunda metade de 2006, em

resultado de intervenções contínuas do Banco Central no mercado cam-

bial. No conjunto do ano, a divisa brasileira registou uma apreciação de

cerca de 8% face ao dólar, para USD/BRL 2,17. Face ao euro, o real depre-

ciou-se perto de 1,5%, para EUR/BRL 2,81.

O ano de 2006 foi igualmente marcado pela realização de eleições presi-

denciais em Outubro, as quais conduziram Lula da Silva a um segundo

mandato como Presidente do Brasil. Tal como o real, as principais medi-

das de risco soberano mantiveram-se estabilizadas – incluindo no período

relativo ao processo eleitoral. O índice EMBI+ Brasil evoluiu ligeiramente

acima dos 200 pontos base (spread face aos títulos do Tesouro norte-ame-

ricano) na segunda metade do ano.

A conjuntura económica do Brasil manteve-se igualmente favorável ao

nível das contas públicas, com a meta de 4,25% do PIB para o excedente

orçamental primário a ser ultrapassada. Em 2006, o Governo apresentou

um excedente primário de 4,34% do PIB.

22 RELATÓRIO E CONTAS

2.0 ACTIVIDADE E RESULTADOSESTRUTURA DO NEGÓCIO DE BANCADE INVESTIMENTO

Enquanto unidade especializada em banca de investimento do Grupo

Banco Espírito Santo - um dos principais grupos financeiros privados

sediados em Portugal - o Espírito Santo Investment é um banco de inves-

timento com uma marcada orientação internacional, centrada no eixo

geográfico composto pela Península Ibérica e Brasil. Em complemento

com a nossa presença nestes mercados, o Espírito Santo Investment tem

apoiado os seus Clientes nos seus processos de internacionalização e

explorado activamente as oportunidades de internacionalização das nos-

sas competências técnicas e comerciais distintivas para novos mercados,

nomeadamente Reino Unido, Angola, Sul da Europa e países da Europa de

Leste aderentes à UE.

O Espírito Santo Investment tem como principal objectivo servir o seg-

mento de Clientes empresariais de média e grande dimensão, os Clientes

institucionais e, na vertente específica de corretagem, o segmento de par-

ticulares. A base de proveitos do Banco provém essencialmente das

comissões auferidas nas actividades de consultoria, corretagem e inter-

mediação financeira e, num segundo plano, dos resultados financeiros

associados às actividades de tomada de crédito estruturado e gestão de

activos e riscos.

Para a prossecução destas actividades, o Banco adoptou uma estrutura

funcional, assente num modelo matricial integrando equipas comerciais

com forte especialização sectorial, as quais desenvolvem a actividade de

originação de negócio em estreita articulação com as diversas unidades

de produto responsáveis pelo desenvolvimento e implementação das solu-

ções e serviços que compõem a nossa oferta de banca de investimento.

A evolução dos mercados e a crescente exigência dos Clientes impõem-

-nos a permanente adaptação da estrutura funcional em que o nosso

negócio se apoia. No decorrer de 2006, merecem destaque as seguintes

medidas de carácter organizacional e de reforço e diversificação da nossa

oferta de produtos e serviços:

i. A conclusão do processo de fusão por incorporação da Espírito Santo

Investment S.A.U. S.V. (ESI) no Banco. Este processo teve início em

Setembro de 2005 e concluiu-se em 31 de Maio de 2006, mas com efei-

tos retroactivos a 1 de Janeiro de 2006. Deste modo, desde esta data

a nova Sucursal assegura o desenvolvimento do negócio de banca de

investimento em Espanha, incluindo as actividades anteriormente rea-

lizadas pela ESI;

ii. O Espírito Santo Investment, em conjunto com Espírito Santo Activos

Financeiros, tomou uma participação no fundo PPP Itália, que se des-

tina à realização de investimentos em Itália no sector das Parcerias

Público-Privadas (PPPs) e de Infra-estruturas. Com activos de 120 milhões

de euros, o fundo PPP Itália será gerido pelo Grupo San Paolo IMI, tendo

por objectivo a constituição de uma carteira de activos em projectos

de infra-estruturas e de prestação local de serviços públicos.

O envolvimento do Espírito Santo Investment no fundo PPP Itália

enquadra-se na estratégia de expansão internacional das suas activi-

dades de project finance e reflecte a aposta do Banco no sector de

infra-estruturas e o reforço da cooperação com a Banca OPI – filial

para o sector de infra-estruturas do Grupo San Paolo;

iii. A concentração em São Paulo da actividade de corretagem no Brasil

(desenvolvida pela BES Securities do Brasil, S.A. – Corretora de Câmbio

e Valores Mobiliários). Esta medida organizacional levou ao encerra-

mento das operações de corretagem no Rio de Janeiro, com efeitos

legais a partir de 14 de Dezembro de 2006.

Relacionamento com Cliente

Prospecção e originação proactiva de operações

Cross Selling Wholesale com Grupo BES

Equipas Comerciais

Corporate Finance

Project Finance e Securitização

Leveraged Finance

Assessoria Médias Empresas

Real Estate Investment Banking

Equity Capital Markets

Debt Capital Markets

Private Equity

Equipas de Produto

Domínio Técnicodo ProdutoCLIENTES

FocoGeográfico

EspecializaçãoSectorial

Colecção BESart • Stand Douglas

“Las Ciervas de Nuestro Señor” Convent Chapel/Manuel Bisbe secondary School Library, Miramar, 2004 • C-print mounted on inch honeycomb aluminium • 78,7x 98,4cm • Edição: 3/7 • Courtesy David Zwirner, New York

Clientes - Originação

Satisfação do Cliente.Uma responsabilidade,um desafio permanente.

O sucesso dos nossos Clientes determina o nosso sucesso.

Como tal, a nossa actuação comercial é totalmente orientada para a

concretização dos objectivos e expectativas dos Clientes, a quem

dedicamos os melhores recursos técnicos e humanos de que dispomos.

26 RELATÓRIO E CONTAS

CLIENTES – ORIGINAÇÃO

A área de Clientes - Originação tem como missão a originação proactiva

de operações para todas as nossas áreas de produto e alargar e fidelizar

a carteira de Clientes do Banco, tendo em vista o desenvolvimento sus-

tentado do nosso fundo de comércio e o reforço do posicionamento estra-

tégico do Grupo Banco Espírito Santo como parceiro de negócio privilegiado

dos nossos Clientes.

No quadro da nossa estratégia global de desenvolvimento, o Banco tem

equipas comerciais sedeadas em Lisboa, Madrid, São Paulo, Londres,

Varsóvia e Luanda. Estas equipas orientam a sua actividade para o desen-

volvimento e reforço da nossa actividade internacional e para a consoli-

dação activa da liderança destacada que detemos no mercado Português

de Banca de Investimento, adoptando para o efeito as seguintes directri-

zes de acção:

i. Aprofundamento do relacionamento comercial com a base de Clientes

existente nos vários mercados onde actuamos, promovendo a oferta

integrada da globalidade dos nossos produtos e serviços;

ii. Abordagem proactiva a novos Clientes, com base nas nossas capaci-

dades técnicas e relacionais distintivas e seleccionando adequada-

mente os mercados, produtos e Clientes-alvo com maior potencial de

geração de negócio;

iii. Exploração do potencial cross border, não só entre Portugal, Espanha

e Brasil, mas também com Angola, Reino Unido e Países da Europa de

Leste;

iv. Em coordenação com as unidades comerciais do Banco Espírito Santo,

desenvolvimento sistemático de uma abordagem wholesale para

maximizar o share of wallet global dos Clientes mais representativos.

A eficácia do trabalho comercial realizado está bem patente nos resulta-

dos obtidos pelo Banco em 2006 e constitui um factor de incentivo e moti-

vação para concretizar as elevadas expectativas e objectivos traçados

para 2007.

Reino Unido Polónia Angola

Cluster 3• Energia• Petróleoe Derivados• Pasta de Papele Embalagens• Cartão• Madeira• Cortiça• Automóvel

Cluster 2• Alimentação• Distribuição• Bebidas• EmbalagensMetálicas• Têxtil• Cerâmica

Cluster 1• Infra-estruturas(excl. rodoviárias)• Água, Saneamento• Municípios• Transportes• Serviços• Equipamento• Extração• Farmacêutico• Biotecnologia

Cluster 6• Imobiliário• Turismo /Hotelaria

Cluster 5• Construção Civil• Cimentos• MateriaisConstrução• Rodovias• Banca• Seguros

Cluster 4• Media• Telecom• Químico• Vidro• Futebol

BrasilEspanhaPortugal

Direcção deClientes

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 27

DIRECÇÃO DE CLIENTES - PORTUGAL

Em Portugal, a nossa equipa comercial deu continuidade à política de refor-

ço da capacidade de originação comercial junto dos nossos Clientes-alvo,

adoptando uma estratégia comercial assente em quatro vectores principais:

i. Aprofundamento da especialização sectorial dos Senior Bankers, de

forma a proporcionar maior valor acrescentado aos Clientes, nomeada-

mente na identificação e sistematização das oportunidades de negócio, e

nodesenvolvimento de soluções adaptadasàs suasnecessidades especificas;

ii. Exploração do potencial de negócio cross border entre Portugal,

Espanha, Reino Unido, Polónia e Angola, através da estreita cooperação

com os nossos colegas comerciais e de produto localizados nessas geogra-

fias, no quadro deumaabordagemtransversal àmatriz de negócio doBanco;

iii. Promoção activa da oferta de soluções de financiamento, designadamente

project finance, leveraged finance e titularização de activos e, concomitante

mente, de soluções estruturadas de cobertura de risco (taxa de juro, cam-

bial e commodities);

iv. Reforço do posicionamento do Banco como player de referência nos

mercados de capitais de acções e dívida, por via da estruturação e/ou

intermediação de ofertas públicas e privadas de acções e títulos de

dívida de empresas e do Tesouro Português.

Enquadrando a implementação da estratégia comercial delineada, a Direcção

de Clientes Portugal concluiu em 2006 o desenvolvimento do sistema inte-

grado de gestão dos processos comerciais, o qual estabelece uma orientação

inequívoca para a satisfação total dos Clientes. Como corolário do trabalho

realizado, este sistema foi objecto de certificação oficial pela APCER de acor-

do com a norma NP EN ISO 9001:2000, e obteve a acreditação pelo Instituto

Português da Qualidade e pela entidade homóloga ENAC.

Vasco Pinto Ferreira

DanielleVan der Grinten

Miguel Borges

MiguelHorta e Costa

Luís Valadas

Afonso Rocha

28 RELATÓRIO E CONTAS

DIRECÇÃO DE CLIENTES - ESPANHA

Em Espanha, o ano 2006 foi muito activo para todas as áreas de produto

do Espírito Santo Investment. E já no final do ano, a equipa comercial foi

reforçada e renovada, o que certamente contribuirá para dinamizar ainda

mais a actividade do banco em 2007 e nos anos seguintes.

A nossa estratégia de originação em Espanha está orientada para o desen-

volvimento de relações de longo prazo com os Clientes, objectivando a cria-

ção de uma base extensa de relações comerciais, e também, a geração de

negócio recorrente para o banco. Com base neste enquadramento, a nossa

estratégia comercial assenta em três vectores fundamentais:

i. Promover o trabalho comercial em coordenação com as equipas de pro-

duto locais, por forma a proporcionar ao Cliente um maior nível de

dedicação comercial e serviço mais personalizado;

ii. Aprofundamento do conhecimento sobre os Clientes-alvo identificados

e desenvolvimento de relações comerciais com estes, trabalhando

coordenadamente com as equipas comerciais do Banco Espírito Santo

em Espanha, e nomeadamente com os seus Centros de Empresa;

iii. Potenciar o negócio internacional (cross-border) entre Portugal, Espanha,

Brasil e Polónia.

A actuação proactiva na originação, conjuntamente com o aproveitamen-

to das vantagens mencionadas, permitir-nos-á implementar uma autên-

tica matriz Cliente/Produto, que nos possibilitará alcançar um maior

número de Clientes e potenciar as possibilidades de obtenção de manda-

tos, em todas as áreas onde actuamos.

Carolina Ibañez

Enrique BofillMorientes

JacoboGarcía-Loygorri

Jorge OñoroMedrano

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 29

DIRECÇÃO DE CLIENTES - BRASIL

No Brasil, a equipa comercial obteve avanços expressivos na originação de

transacções em novos segmentos de mercado, de que resultou umamaior

diversificação da nossa carteira de Clientes e um incremento dos provei-

tos obtidos. Merece igualmente destaque a obtenção de importantes

mandatos recorrentes (repeat-business) e a promoção de cross-selling no

Brasil e de iniciativas de cross border com as demais unidades do Grupo.

Estes bons resultados derivam da estratégia comercial adoptada, a qual

se baseou nas seguintes directrizes:

i. Ampliação do conhecimento sectorial dos Senior Bankers, com o pro-

pósito de antecipar e desenvolver soluções eficazes e adaptadas às

necessidades dos Clientes, no quadro de uma actuação comercial co-

ordenada com as operações do banco em Portugal, Espanha, Reino

Unido e Polónia;

ii. Originação activa e fortalecimento de nossa actuação no segmento de

bancos de médio porte no Brasil (que têm apresentado uma forte dinâ-

mica), principalmente através de operações de captação de recursos

no mercado internacional, conjugadas com soluções e estruturas de

cobertura de risco de taxa de juro e câmbio;

iii. Desenvolvimento da originação de transacções em mercado de capi-

tais de acções, reforçando a nossa presença nesta actividade, através da

participação em 7 operações (6 IPOs), com destaque para as operações

de ofertas públicas no sector imobiliário;

iv. Aumento da actuação no segmento de mid-market, através da ori-

ginação de mandatos (local e cross border) em M&A, principalmente

nos sectores de alimentos & bebidas, banca, serviços e saúde;

v. Reforço na coordenação de obtenção de mandatos em Project Finance,

destacando-se os sectores de Energia, Petróleo & Gás, bem como o

desenvolvimento de parcerias na participação de operações de

Structured Trade Finance, com destaque para os sectores de agribusiness e

metal & mining.

Alberto Kiraly

Márcio Oliveira

Airton Lozano

Rodrigo Aguiar

Miguel Lins

30 RELATÓRIO E CONTAS

DIRECÇÃO DE CLIENTES - REINO UNIDO

Durante o ano de 2006, os serviços de banca de investimento no Reino

Unido foram ampliados para além da especialidade de Project Finance.

Desenvolvemos, de forma mais intensiva, as actividades de fusão e aqui-

sições intracomunitárias e, em paralelo, a cobertura das principais casas

de Private Equity sediadas no Reino Unido foi fortalecida.

Actuando de forma coordenada com as equipas comerciais em Lisboa,

Madrid e São Paulo, lográmos obter posições de liderança em diversas

transacções de assessoria financeira e Leveraged Finance.

Paulo Araújo

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 31

DIRECÇÃO DE CLIENTES - POLÓNIA

Na sequência do acordo de joint venture celebrado em Outubro de 2005

com a Concordia Sp. z.o.o., 2006 foi o primeiro ano completo de operações

na Polónia, através da sociedade Concordia Espirito Santo Investment Sp.

z.o.o. (“CESI”).

O ano foi caracterizado pela transferência e implementação de processos

e procedimentos destinados a integrar os recursos humanos e a organi-

zação local na estrutura Espírito Santo Investment, de modo a assegurar

uma presença sustentada no mercado polaco de banca de investimento,

o qual se caracteriza por elevados níveis de competitividade e pela oferta

de boas oportunidades de negócio a um player forte e empenhado.

O principal negócio da CESI continua a ser corporate finance, área em que

o Espírito Santo Investment tenciona reforçar a presença, explorando a

sua base de Clientes da Europa Ocidental, sobretudo Península Ibérica e

Brasil, e reforçando a sua quota nas transacções domésticas. Também

foram tomadas medidas no sentido de alargar a oferta de produtos, na

Polónia, a project finance, leveraged finance e ao mercado de capitais, seg-

mentos em que se identificou bom potencial.

Andrejz Mierzwa

32 RELATÓRIO E CONTAS

DIRECÇÃO DE CLIENTES - ANGOLA

Desde 2006, com a inauguração da nova sede do Banco Espírito Santo

Angola, ganhou corpo o Gabinete de Banca de Investimento – uma parce-

ria entre o Banco Espírito Santo de Angola e o Espírito Santo Investment.

O actual desempenho e as boas perspectivas a médio prazo para a eco-

nomia angolana são os drivers fundamentais para o aumento do interes-

se dos investidores internacionais em Angola, pelo que a actividade do

Espirito Santo Investment deverá:

i. Explorar o potencial de negócios em Angola, focando em especial

investidores de Portugal e do Brasil;

ii. Explorar novas soluções de financiamento, aprofundando contactos

com entidades multilaterais e ECA’s (export credit agencies);

iii. Reforçar o posicionamento do GBES como banco inovador e de refe-

rência no mercado de dívida pública Angolana;

iv. Preparar os novos desafios do mercado de capitais em Angola, e, em

especial, do nascimento da Bolsa de Valores e Derivados de Luanda.

Manuel Reis

Colecção BESart • Abelardo Morell

“Camera Obscura, Image of Manhattan View Looking West, in Empty Room”, 1996 • Gelatin silver print • 50,8 x 60,96cm • Edição: 3/30 • Courtesy of the artist and Bonni Benrubi Gallery, NYC

Mercado deCapitais - Renda Variável

Uma visão diferente.

Acreditamos que o acesso aos mercados bolsistas proporciona uma

visão e prática empresarial mais rica e dinâmica.

Em 2006 actuámos como coordenadores globais do IPO da GALP

Energia, a maior oferta de acções realizada em Portugal durante o ano.

36 RELATÓRIO E CONTAS

MERCADO DE CAPITAIS – RENDA VARIÁVEL

O mercado accionista em 2006

O ano de 2006 voltou a registar uma performance assinalável nos merca-

dos accionistas, mantendo a tendência observada nos anos anteriores,

com a maioria dos mercados a obterem valorizações acima dos dois dígi-

tos percentuais.

Crescimento económico robusto, liquidez abundante (traduzida por baixas

taxas de juro de longo prazo), forte actividade de Fusões e Aquisições,

resultados das empresas com altas taxas de crescimento e ainda o fim do

ciclo de subida das taxas de juro nos EUA, foram os principais factores que

contribuíram para a valorização dos índices.

O bommomento vivido nos mercados accionistas mundiais estendeu-se de

forma evidente a Portugal, onde se registou uma liquidez bastante elevada

e se assistiu ao regresso de operações de colocação em Bolsa, no caso atra-

vés do programa de privatizações do Estado Português, com o IPO da Galp

e a privatização de 26% do capital da Portucel. Por outro lado, o mercado

contou também com duas das maiores ofertas públicas de aquisição em

Portugal, lançadas sobre a Portugal Telecom e sobre o BPI, o que contribuiu

igualmente para que o PSI-20 terminasse o ano como um dos melhores

performers europeus, registando uma valorização de quase 30%.

O ano de 2006 ficou também marcado pelo outperform do mercado espa-

nhol face ao restante mercado europeu, beneficiando do forte ritmo de

crescimento da sua economia e também da actividade de Fusões e

Aquisições nos diversos sectores da actividade.

Mercado Primário – Renda Variável

O ano de 2006 revelou-se muito positivo para a actividade de mercado de

capitais de acções a nível Europeu, combinado com uma não menos dinâ-

mica actividade de fusões e aquisições.

No que respeita a movimentos de concentração, o ano ficou marcado pela

Oferta Pública de Aquisição lançada pela Sonaecom sobre a Portugal

Telecom, a maior OPA de sempre no mercado português, onde o BES

Investimento actuou como assessor financeiro da Portugal Telecom (so-

ciedade visada), e pela OPA lançada pelo BCP sobre o BPI. Foram ainda

lançadas Ofertas Públicas de Aquisição sobre a Soares da Costa,

Gescartão, TERNOR, TERTIR e Grupo Media Capital, sendo que a maioria

destas operações apenas terá o seu desfecho em 2007.

Em Maio de 2006, concluiu-se o aumento de capital do Banco Espírito

Santo, operação da qual o BES Investimento foi Coordenador Global &

Bookrunner, tendo o valor global da operação ascendido a 1 380 milhões de

euros, sendo uma das maiores operações de mercado de capitais realiza-

da na Europa durante o ano de 2006. Com esta operação de aumento de

capital houve também um aumento da dispersão do capital do BES junto

de investidores institucionais no mercado internacional uma vez que

alguns accionistas de referência exerceram apenas uma parcela dos seus

direitos, tendo vendido os restantes numa operação de colocação parti-

cular desses direitos junto de investidores institucionais.

No mesmo mês, concluiu-se também a 2ª fase de reprivatização da

Celtejo, operação que contemplou a venda de 5% do capital da empresa

pela Parpública através de uma Oferta Pública de Venda reservada a tra-

balhadores e pequenos subscritores. O Banco liderou também a Oferta

Pública de Subscrição destinada a trabalhadores do Grupo Novabase,

operação que se traduziu num aumento de capital da empresa de aproxi-

madamente 13,3 milhões de euros.

0

Bovespa

IBEX

PSI 20

DAX

Euronext 100

CAC

MIB 30

Dow Jones

FTSE

DJ Eurostoxx 50

Nasdaq

Nikkei

Performance dos Principais Índices Bolsistas em 2006

5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 %

Fonte: Bloomberg

Nota: Valorização nas respectivas moedas locais

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 37

Em Julho de 2006, o BES Investimento liderou uma operação inovadora no

mercado Português que consistiu num Aumento de Capital da Sociedade

Comercial Orey Antunes e emissão simultânea pelo Banco de Valores

Mobiliários Obrigatoriamente Permutáveis (VMOP) em acções da Orey que

implicarão um aumento de capital futuro da empresa na maturidade dos

VMOPs. O montante conjunto das duas operações ascendeu a aproxima-

damente 20 milhões de euros.

Em Outubro de 2006, concluiu-se o IPO da Galp Energia, tendo o BES

Investimento actuado como Coordenador Global & Bookrunner. O IPO inse-

riu-se no âmbito da 4ª Fase de privatização da empresa e compreendeu

uma OPV destinada a investidores de retalho e uma Venda Directa desti-

nada a investidores institucionais domésticos e internacionais. O encaixe

bruto da operação foi de 1 091 milhões de euros, tendo sido o 6º maior IPO

realizado nas bolsas da Zona Euro.

Por último, no que respeita ao mercado português, há ainda a destacar

em Novembro a OPV da 3ª e última fase de privatização da Portucel no

montante de 419 milhões de euros, na qual o Banco actuou como Co-Líder.

Neste contexto, o BES Investimento manteve um elevado nível de activi-

dade nesta área, capitalizando a sua experiência e track record no merca-

do de capitais português.

No que se refere ao mercado Espanhol, este demonstrou-se particular-

mente activo no que respeita a Ofertas Públicas Iniciais de empresas pri-

vadas, com 10 IPOs realizados, na maioria dos casos a registarem perfor-

mances assinaláveis no mercado secundário. O BES Investimento partici-

pou em 4 destas transacções - Vocento, Bolsas y Mercados Españoles,

Renta Corporación e GAM (General de Alquiler de Maquinaria) - sendo o

único banco português a integrar o sindicato de colocação de Ofertas de

empresas espanholas.

38 RELATÓRIO E CONTAS

No Brasil, a combinação de fundamentos macroeconómicos consistentes,

estabilidade política e outlook de mercado de capitais positivo, levaram a

um aumento de ofertas de acções, num total de 42 ofertas, das quais 26

de IPO, que captaram mais de 30,3 mil milhões de reais (aproximadamen-

te 11 mil milhões de euros).

Em 2006, o Espírito Santo Investment actuou como co-manager nos seguintes

IPOs: Lopes (412,9 milhões de reais), Brasil Ecodiesel (378,9 milhões de reais),

Brascan Residential Properties (1.188 milhões de reais), Medial Saúde (742,3

milhões de reais), AmericanBank Note (480,4 milhões de reais) e Company

(281,6 milhões de reais); tendo também participado na Oferta Secundária do

Banco do Brasil (2.273 milhões de reais), uma das maiores do ano.

Adicionalmente, foi concluída a reestruturação societária da Vivo (joint-

-venture entre a Portugal Telecom e a Telefónica Móviles), onde o BES

Investimento do Brasil actuou como assessor financeiro. Esta operação

consistiu na incorporação de acções da Tele Centro Oeste para conversão

em subsidiária integral da Telesp Celular e na incorporação das socieda-

des Tele Sudeste, Tele Leste e CRT Celular pela Telesp Celular, que passou

a ser denominada Vivo Participações S.A..

Por último, o BES Investimento do Brasil juntou a Electrobrás ao grupo de

empresas ao qual presta o serviço demarket-maker no Latibex, através da

sucursal de Espanha do BES Investimento, grupo este que passou assim a

abranger dez empresas brasileiras.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 39

Na Polónia, a Concordia Espírito Santo Investment foi assessor financeiro da

HTL-Strefa no seu IPO. A HTL-Strefa é o maior produtor mundial de disposi-

tivos de recolha de sangue. O montante da operação ascendeu a aproxima-

damente 25,5 milhões de euros, divididos entre nova emissão de acções no

montante de 16,5 milhões de euros e venda de acções existentes.

Mercado Secundário – Renda Variável

Actividade IbéricaEm Portugal, o BES Investimento manteve a liderança no segmento de

acções da Euronext Lisbon, ocupando novamente o 1º lugar do ranking de

2006, com uma quota de 14,20% do volume intermediado. De assinalar,

que actualmente, e após a adesão à plataforma Euronext, a bolsa

Portuguesa conta commais de 60 operadores domésticos e internacionais

com acesso directo, o que ainda enaltece mais a performance do Banco.

Em Espanha, o desempenho foi igualmente notável, com o Banco a atingir

uma quota de 4,6% em 2006, ocupando a quinta posição de um ranking

que integra 64 instituições, fazendo agora parte de um restrito grupo de

operadores onde se incluem os maiores bancos espanhóis e alguns dos

grandes bancos globais.

Estes feitos são fruto de uma estratégia assente no desenvolvimento de

uma plataforma ibérica com valências nos dois mercados, e que tem por

base a aposta num produto de qualidade e valor acrescentado dirigido a

uma base de Clientes incrementalmente diversificada, quer do ponto de

vista geográfico quer do ponto de vista do tipo de Clientes. Assim, gosta-

ríamos de destacar o seguinte:

i. O reforço das equipas de vendas e research, com o objectivo de dina-

mizar a actividade com Clientes institucionais finais, que apresentou

taxas de crescimento assinaláveis. A corretagem foi também positiva-

mente afectada pela reanimação da actividade de mercado primário

assim como pelo incremento da actividade de fusões e aquisições em

toda a Península Ibérica;

ii. O reforço de meios dedicados à actividade de Direct Market Access

(DMA) que em 2006 deu frutos numa escala superior às melhores

expectativas, permitindo assim recuperar parte da quota perdida com

os Clientes que decidiram ter acesso directo;

iii. O contínuo desenvolvimento, em colaboração com o Private Banking

do Banco Espírito Santo, da área de Gestão Discricionária de Carteiras,

onde se voltou a registar um crescimento significativo. Para tal contri-

buiu, naturalmente, a consistência dos níveis de resultados obtidos ao

longo dos últimos 4 anos, gozando a equipa de gestão de um track

record de rendibilidade muito atractivo. A dimensão crítica assim

alcançada conduziu a que no final do ano esta actividade tenha sido

destacada através da constituição de uma direcção autónoma: a DGA

– Direcção de Gestão de Activos, em pleno funcionamento já em

2007.

1 BES INVESTIMENTO 14,20%

2 BANCO MILLENNIUM BCP 10,30%

3 BANCA FIN ECO 8,80%

4 BPI 6,60%

5 MORGAN STANLEY 6,00%

6 FINCOR 4,80%

7 LISBON BROKERS 4,60%

8 CAIXA - BANCO DE INVESTIMENTO 4,60%

9 UBS LIMITED 4,00%

10 BANCO SANTANDER DE NEGÓCIOS 4,00%

Fonte: Euronext Lisbon.

QuotaBrokerRanking

Ranking Euronext Lisbon - 2006

1 SANTANDER INVESTMENT BOLSA 11,57%

2 BANCO BILBAO VIZCAYA ARGENTARIA 8,17%

3 MORGAN STANLEY 7,12%

4 SOCIETE GENERALE SUCURSAL EN ESPAÑA 6,60%

5 BES INVESTIMENTO 4,62%

6 AHORRO Y CORPORACION FINANCIERA 4,61%

7 CAJA MADRID BOLSA 4,15%

8 GAESCO BOLSA, SDAD. DE VALORES 4,09%

9 BANESTO BOLSA 4,08%

10 INTERDIN BOLSA 4,07%

Fonte: Sociedade de Bolsas

QuotaBrokerRanking

Ranking Bolsa de Madrid - 2006

40 RELATÓRIO E CONTAS

BrasilEm 2006, a BES Securities do Brasil continuou a estratégia de crescimen-

to da actividade de corretagem de acções (Bovespa), bem como a consoli-

dação da actividade de corretagem de derivativos (BM&F), processo este

já iniciado no segundo semestre de 2005.

A BES Securities do Brasil promoveu uma ampla reestruturação interna

durante o ano de 2006. Esta reestruturação culminou com a contratação

de uma nova equipa completa de profissionais, com elevada experiência e

oriundos de instituições de primeira linha. No final de 2006, a reestrutura-

ção já estava concluída e a BES Securities já se encontrava a operar com

a nova equipa completa.

Para o ano de 2007, a BES Securities tem por objectivo aumentar a quota

de mercado na actividade de corretagem da Bovespa e conquistar os prin-

cipais investidores institucionais do mercado brasileiro, captando igual-

mente alguns investidores institucionais internacionais que operam na

Bovespa, nomeadamente Europeus.

Por último deverá ser salientado o papel da área de research que fornece

informação e expertise que é utilizada para fundamentar todos os contac-

tos com os Clientes da BES Securities.

Col

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oB

ESar

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Ver

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tter

“BatterseaPowerStation,XXIV:July29,2004”,2004•Gelatinsilverprint•180,34x142,24cm

•Ediçãoúnica•©VeraLutter.CourtesyGagosianGallery,New

York

Mercado deCapitais - Renda Fixa

Crescimento Sustentado.

A credibilidade de uma empresa nos mercados de capitais

é conquistada por via de uma actuação coerente e constante.

Em 2006, apoiámos inúmeros Clientes no esforço de diversificação

das suas fontes de financiamento, promovendo uma maior visibilidade

destes junto da comunidade de investidores institucionais.

44 RELATÓRIO E CONTAS

MERCADO DE CAPITAIS – RENDA FIXA

Área de Primário e Distribuição

O mercado de Eurobonds conheceu um significativo impulso em 2006,

suportado pela dinâmica do mercado de fusões e aquisições e LBO’s, pela

tendência de estreitamento, ainda que moderado, dos spreads de crédito

e pela elevada liquidez financeira a nível global. A evolução para um

padrão de crescimento global mais equilibrado, com um maior contributo

das economias asiáticas, permitiu assegurar uma contínua liquidez aos

mercados de dívida, dissipando os possíveis efeitos negativos emergentes

da condução de política monetária restritiva pelas autoridades monetá-

rias Americana e Europeia.

As empresas mantiveram o ciclo de bons resultados a que temos vindo a

assistir nos últimos anos, do que resultou uma nova redução das taxas de

incumprimento no pagamento de dívida, bem como o estreitamento dos

spreads. As taxas de longo prazo subiram em linha com as expectativas de

mercado, mantendo-se contudo baixas em termos reais. O Bund a 10 anos

encerrou o ano nos 3,948%, 62 pontos base (p.b.) acima do nível registado

em finais de 2005. A subida das rendibilidades na parte longa da curva

Europeia reflectiu a melhoria das condições económicas e o consequente

aumento das taxas de referência por parte do BCE num acumulado de 125

p.b. no ano, para 3,5%.

Em Portugal, aproveitando a elevada liquidez e baixos spreads de crédito

do mercado de capitais, as grandes empresas privilegiaram, durante o ano

de 2006, o recurso ao financiamento no mercado de capitais nacional e

internacional, através de emissões de obrigações domésticas, Eurobonds e

recorrendo ao mercado de Schuldschein (este último mais vocacionado

para o sector público estatal).

As PME’s continuam activamente a substituir dívida bancária tradicional

por programas de papel comercial sem garantia bancária de reembolso,

aproveitando assim a alteração relativa à legislação de papel comercial

datada de 2005, que possibilitou o acesso a programas sem garantia ban-

cária a empresas com capitais próprios superiores a 5 milhões de euros.

As emissões Eurobonds de entidades portuguesas registou elevada dinâ-

mica, sobretudo no segundo semestre, tendo-se registado diversas emis-

sões de Eurobond benchmark, nomeadamente pela REFER A/Aa2 (600

milhões de euros a 20 anos com aval do Estado, 500 milhões de euros a 15

anos stand alone), BRISA A3/A (600 milhões de euros a 10 anos) e EDP A2/A

(1 500 milhões de euros distribuídos pelos prazos de 4, 6 e 10 anos) e

Metropolitano de Lisboa (400 milhões de euros a 10 anos, com aval do

Estado)

No que respeita à actividade do Espírito Santo Investment no mercado de

capitais, destacamos a liderança das operações de Eurobond da EDP, BES

Finance e as OTs da República Portuguesa, bem como a liderança dos

empréstimos obrigacionistas domésticos para a Semapa, Sumolis e a

oferta pública e subscrição das obrigações FC Porto SAD. Em termos de

papel comercial, tendo liderado 24 novos programas, num montante total

de dívida emitida de cerca de 600 milhões de euros, destacamos o pro-

grama da Semapa, que se enquadra numa operação de alongamento da

dívida no mercado de capitais doméstico, tendo a empresa recorrido a

obrigações domésticas e Papel Comercial, ambos liderados pelo Banco.

No mercado espanhol, prosseguindo o objectivo de consolidar a nossa pre-

sença no mercado de capitais e de crédito sindicado, liderámos e estrutu-

rámos duas operações de montante significativo, para os grupos Árbol

Mediapro e Zent Inversiones, tendo participado em diversas operações de

crédito sindicado com elevada notoriedade para empresas espanholas,

pertencentes a diversos sectores de actividade.

No Brasil, o mercado de capitais de renda fixa teve um excelente desem-

penho em 2006, impulsionado pela melhoria dos indicadores económicos

domésticos, aliado ao cenário externo de grande liquidez. No mercado de

capitais internacional o banco actuou como Joint-Bookrunner na primeira

emissão de bond do Banco PanAmericano (50 milhões de dólares, com

reabertura de 10 milhões de dólares a 3 anos) e no bond subordinado do

mesmo banco (50 milhões de dólares e na reabertura de 75 milhões de

dólares a 10 anos com call em 5 anos). Adicionalmente, o banco actuou

como Bookrunner na emissão de bond do Banco Fibra (50 milhões de dóla-

res a 3 anos) e na primeira emissão de bonds da SAG do Brasil S.A., sucur-

sal brasileira do Grupo SAG, que atua no sector do aluguer de viaturas, no

montante de 60 milhões de dólares a 3 anos.

No mercado de Structured Trade Finance, o Banco participou nas opera-

ções da Multigrain e da Coimex (tradings), da Suzano (sector petroquími-

co), da Caraiba (mineração e metalurgia), da Maeda e da Premium

Tobacco (agribusiness).

No mercado de capitais local há a destacar a operação de securitização

de recebíveis da Caiuá, do Grupo Rede, em que o Banco participou como

coordenador na distribuição de tranches seniores do FIDC Caiuá (110,1

milhões de reais a 3 anos), e as emissões de debentures da Vivax S.A. (220

milhões de reais a 5 anos) e da Energisa S.A. (350 milhões de reais a 5

anos), em que o BES Investimento actuou como Joint-Bookrunner.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 45

As principais operações de dívida fechadas em 2006 foram as seguintes:

Fonte: Espírito Santo Investment

A carteira de Tesouraria atingiu um montante de cerca de 350 milhões de

euros, sendo composta de produtos cash (240 milhões de euros) e sintéti-

cos (110 milhões de euros), e beneficiou do clima benigno do mercado de

crédito, em que se registou um número reduzido de eventos bem como o

já referido estreitamento de spreads. Continuámos a privilegiar activos de

boa qualidade e descorrelacionados com as actividades core do Banco,

atendendo a critérios de diversificação, liquidez e baixa volatilidade, por

forma a proporcionar uma fonte estável de receita.

Para 2007 manter-se-á a política de investimento, prevendo-se um cresci-

mento da carteira em linha com o aumento esperado do balanço.

46 RELATÓRIO E CONTAS

Área de Tesouraria

Mantendo o foco na melhoria do perfil de funding, esforçamo-nos, em

2006, por melhorar a diversificação das fontes de financiamento e alargar

a maturidade média do funding.

O Programa de Euro Medium Term Notes (EMTN) da subsidiária irlandesa

Espírito Santo Investment p.l.c. continua a ser o pilar básico da estratégia

de funding. A extrema flexibilidade deste instrumento – rating “A-“ de longo

prazo da Standard & Poor’s – permitiu-nos responder com a rapidez neces-

sária às exigências dos investidores, oferecendo uma vasta gama de solu-

ções que, enquadradas no perfil de risco definido por cada investidor, per-

mitem tirar o melhor partido das condições e leituras do mercado.

De realçar o reforço da colocação da dívida junto de investidores não residentes,

proporcionando assim uma maior diversificação da base de funding, sendo de

destacar o importante papel que a presença em Espanha bem como a capaci-

dade de distribuição e estruturação da equipa de Lisboa tiveram neste processo.

Beneficiando do estreitamento generalizado de spreads de crédito e da

forte procura por emissões estruturadas, orgulhamo-nos de continuar a

merecer a confiança dos investidores, o que nos permitiu ao longo de 2006

aumentar o montante de notas emitidas ao abrigo do Programa. Assim, o

total de dívida emitida ascendeu a cerca de 974 milhões de euros (deno-

minadas em euros e dólares), estando em circulação à data de 31 de

Dezembro cerca de 900 milhões de euros.

Por forma a permitir o crescimento da actividade, a utilização do Progra-

ma deverá continuar a crescer em 2007, prevendo-se que possa chegar a

um total de emissões outstanding de cerca de 2 000 milhões de euros no

final do ano. Para o efeito, o montante máximo do Programa será aumen-

tado ainda no decurso do primeiro semestre, prevendo-se também o pedi-

do de rating a uma segunda agência.

0

200

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

400

600

800

1 000

1 200

Programa de EMTN milhões de euros

Colecção BESart • Daniel Malhão

“Bloco das Águas Livres”, 2004 • Lambda Print • 110 x 140cm • Edição: 2/2 +1p.a. • Cortesia Vera Cortês Agência de Arte

Serviços Financeiros

Especialização.Um instrumento de sucesso.

Somos adeptos convictos da especialização, como meio para

proporcionar aos nossos Clientes soluções com real valor

acrescentado e adaptadas às suas necessidades específicas.

Os resultados obtidos são ilustrativos da adequação e eficácia

da nossa abordagem especialista: em 2006 assessorámos

36 transacções de valor global superior a 17,2 mil milhões de euros.

50 RELATÓRIO E CONTAS

SERVIÇOS FINANCEIROS

Durante o ano de 2006, a actividade de Fusões e Aquisições (F&A) mante-

ve a evolução positiva que se verifica desde 2004, suportada, sobretudo,

pelas baixas taxas de juro e fácil acesso a fontes de financiamento, e pelo

elevado dinamismo que vem caracterizando os fundos de Private Equity e

os Hedge Funds.

De acordo com os dados publicados pela Thomson Financial, durante 2006

a actividade de F&A registou um crescimento global de 9% no número de

operações e de 38% em valor.

Tal como em anos anteriores, este crescimento é explicado maioritariamente

pelo processo de consolidação que vem caracterizando o sector financeiro já

há alguns anos, pelas transacções que ocorreram no sector das telecomuni-

cações e em alguns sectores de utilities, e também, pelo forte crescimento do

sector da energia e sobretudo, pela procura de activos neste sector.

Fruto da integração económica e política que se tem verificado na Europa,

as operações cross border cresceram 39% em número e 51% em valor

durante 2006, representando já mais de 50% do valor total de operações

de F&A realizadas no continente europeu.

As operações deManagement Buyout apresentaram comportamentos dís-

pares durante 2006. Na Europa, registaram um decréscimo de 26% em

valor apesar do crescimento de 4% em número de operações. A nível glo-

bal, as operações de Management Buyout registaram um forte crescimen-

to de 115% em valor e de 9% em número de operações.

Os fundos de Private Equity mantiveram o dinamismo de anos anteriores,

tendo registado crescimentos de 150% em valor a nível global (64% em núme-

ro de operações) e de 119%emvalor na Europa (68%emnúmero de operações).

PENÍNSULA IBÉRICA

A actividade de F&A na Península Ibérica apresentou um comportamento

positivo similar ao que se verificou a nível global, com crescimentos de 31%

em valor e de 64% em número de operações.

O mercado português foi o principal responsável por este bom desempe-

nho com um crescimento superior a 300% em termos de valor (e de 47%

em número de operações), tendo representado cerca de 30% do valor total

de operações de F&A concretizadas na Península Ibérica.

Este bom comportamento é explicado pelo processo de reestruturação e

de consolidação que finalmente se iniciou em Portugal, vários anos depois

de se ter iniciado em Espanha, e que decorre da crescente liberalização da

economia e da necessidade de obter ganhos de dimensão e de escala de

forma a fazer frente à nova realidade política europeia.

Em Espanha e apesar do crescimento de 77% no número de operações,

assistiu-se a um crescimento de apenas de 3% em valor.

Em 2006, de acordo com a Bloomberg, os sectores mais activos em núme-

ro de operações e em valor, foram os seguintes:

0

200

T1 T2 T3

2003 2004 2005 2006

T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4 T1 T2 T3 T4

400

600

800

US $ mil milhões

1 000

1 200

Valor

Nº de operações

1 400

0

2 000

4 000

6 000

8 000

n.º operações

10 000

12 000

Fonte: Thomson Financial

Financeiro 25%

Industrial 19%

Consumo não cíclico 16%

Consumo cíclico 13%

Outros 27%

Número de TransacçõesSectores de Actividade

Financeiro 45%

Comunicação 22%

Utilities 10%

Industrial 9%

Outros 14%

Valor das TransacçõesSectores de Actividade

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 51

1 KPMG Corp Finance 39

2 BES Investimento 19

3 Atlas Capital 15

4 Morgan Stanley 12

4 Santander Investment 12

5 JP Morgan 11

6 Citigroup 10

6 Caixa Banco de Investimento 10

6 Norgestion 10

7 PWC 9

Fonte: Bloomberg

DealsBLOOMBERGRank

“IBERIAN TARGETS, ANY ACQUIRER”Ranked by Number of deals 1.1.2006 - 12.31.2006

1 BES Investimento 15

2 Caixa Banco de Investimento 10

3 Millennium BCP 6

4 JP Morgan 5

5 Goldman Sachs 3

6 Rotschild 3

7 Morgan Stanley 2

8 BPI 2

9 ABN AMRO 2

10 Citigroup 2

DealsBLOOMBERGRank

“PORTUGUESE TARGETS, ANY ACQUIRER”Ranked by Number of deals 1.1.2006 - 12.31.2006

Em 2006, o Espírito Santo Investment reforçou a liderança destacada do

mercado de F&A (por número de operações) em Portugal e consolidou a

sua posição na Península Ibérica, ultrapassando os bancos de investimen-

to globais.

52 RELATÓRIO E CONTAS

BRASIL

Em 2006, o mercado de F&A brasileiro registou um crescimento de 280%

(em valor) face a 2005, ano que tinha sido marcado por instabilidade polí-

tica e pela inevitável contracção do investimento estrangeiro.

As principais transacções no mercado Brasileiro foram: reestruturação

societária da TIM (4,8 mil milhões de dólares), compra da Arcelor Brasil

pela Arcelor Mittal (3,3 mil milhões de dólares), compra da Caemi pela

CVRD (2,6 mil milhões de dólares) e compra do Bank Boston pelo Itaú (2,2

mil milhões de dólares).

De acordo com os dados publicados pela Bloomberg, o Espírito Santo

Investment alcançou o 2º lugar no ranking de F&A (em n.º de operações) no

Brasil ultrapassando alguns bancos globais já com forte presença no mer-

cado Brasileiro.

1 PWC 14

2 BES Investimento 12

3 Banco Itaú 11

4 Merryl Lynch 10

4 UBS 10

5 Goldman Sachs 9

5 Credit Suisse 9

6 Citigroup 8

7 ABN AMRO 7

7 Patria Banco de Negócios 7

Fonte: Bloomberg

DealsBLOOMBERGRank

“BRAZILIAN TARGETS, ANY ACQUIRER”Ranked by Number of deals 1.1.2006 - 12.31.2006

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 53

A ACTIVIDADE DO ESPÍRITO SANTO INVESTMENT

O ano de 2006 marcou a consolidação da presença do Espírito Santo

Investment em Espanha e o reforço da liderança destacada em operações

de F&A em Portugal, representando um passo decisivo na estratégia de

estabelecer o Espírito Santo Investment como banco de referência para

operações de cross border no eixo estratégico Portugal-Espanha-Brasil.

Durante o ano de 2006, o Espírito Santo Investment prosseguiu a sua

estratégia de internacionalização, com a celebração de uma parceria com

uma boutique de investimento sedeada em Varsóvia, de que resultou a

constituição da Concórdia Espírito Santo Investment, Ltd., na qual o

Espírito Santo Investment detém uma participação de 49%. Esta parceria

pretende dinamizar ainda mais o crescente investimento e expansão das

empresas portuguesas para o Leste Europeu.

O volume de operações de F&A intermediadas durante 2006 ascendeu a

17,2 mil milhões de euros, representando 36 operações realizadas com

sucesso para os seus Clientes.

Na Península Ibérica, entre as operações de F&A em que o Espírito Santo

Investment esteve envolvido destacam-se as seguintes:

54 RELATÓRIO E CONTAS

No Brasil e durante o ano de 2006, as transacções mais significativas em

que o Espírito Santo Investment esteve envolvido foram as seguintes:

Por fim, apraz-nos registar que a aposta feita em 2005 com a criação de

uma equipa dedicada exclusivamente ao sector imobiliário, continua a dar

frutos e a granjear reconhecimento internacional, tendo-lhe sido atribuído

pela Euromoney o prémio melhor banco de investimento em Portugal.

Em resultado deste esforço, o ano de 2006 representou para a área de ser-

viços financeiros do Espírito Santo Investment um ano de reforço da sua

presença no eixo estratégico Portugal-Espanha-Brasil e do estabelecimen-

to de novas metas e desafios que assegurarão o continuo crescimento e

desenvolvimento do Espírito Santo Investment.

Col

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oshi

Sug

imot

o

b.1948,Japão•“MechanicalForms0026(WormGear)”,2004•Blackandwhitephotograph•182,25x152,4cm

•Edição:3/5•CourtesySonnabendGallery

AssessoriaMédias Empresas

Uma equipa coesae articulada.

Todos os Clientes são importantes para nós.

Por isso criámos, em articulação com o Banco Espírito

Santo (BES), uma oferta de serviços de assessoria financeira

adaptada às necessidades das empresas de média dimensão.

58 RELATÓRIO E CONTAS

ASSESSORIA MÉDIAS EMPRESA

A Direcção de Médias Empresas do Espírito Santo Investment foi criada em

2004 em parceria com a Direcção de Médias Empresas do Banco Espírito

Santo, com o objectivo de prestar serviços de banca de investimento ao seg-

mento de médias empresas, com especial enfoque nos Clientes servidos

pelos Centros de Empresas (CE) do BES. De forma a permitir uma adequada

diferenciação de abordagem comercial face à Direcção de Serviços

Financeiros, a Direcção de Médias Empresas desenvolve a sua actividade

sobre a insígnia Espírito Santo Assessoria Financeira.

Os serviços de banca de investimento prestados a este segmento de mer-

cado incluem, tanto a assessoria transaccional em fusões e aquisições e o

seu financiamento, como serviços de consultoria financeira pura, designa-

damente, avaliações, estudos de viabilidade económico-financeira, asses-

soria em processos de reestruturação societária e accionista, etc..

O esforço mais relevante em termos de dinamização comercial tem-se

naturalmente exercido através dos CE, que constituem o principal catali-

zador de negócio desta Direcção. Assim, após identificação, pelos CE, das

oportunidades de negócio, os nossos serviços de banca de investimento

são depois oferecidos aos potenciais Clientes mediante a realização de um

plano sistemático de visitas, onde se procede à apresentação do serviço e

à angariação de mandatos de assessoria financeira.

Para multiplicar os canais de angariação de negócio e, por essa via, alar-

gar a sua base de Clientes, em 2006, a Direcção de Médias Empresas tam-

bém estabeleceu um protocolo de colaboração com o Private Banking do

Banco Espírito Santo. Com isso pretende-se dar apoio aos Clientes private

no desenvolvimento dos seus projectos de investimento, regra geral de

natureza individual, bem como na aquisição e alienação de participações

societárias e, em geral, apoiar a optimização da gestão do seu património

empresarial.

O ano de 2006, embora tenha correspondido ao esperado em termos de

nível de actividade, tendo sido angariados e executados cerca de 30 man-

datos, ficou aquém dos objectivos em termos de receitas, fundamental-

mente por razão do atraso verificado no fecho de algumas operações de

aquisição e montagem de financiamento, que se espera venha a ocorrer

ainda no primeiro trimestre de 2007.

Os objectivos desta área de produto para 2007 reflectem uma perspecti-

va de crescimento da actividade - moderado mas sustentado - a partir das

bases lançadas nos anos transactos, concretamente mediante o reforço

da dinâmica junto dos responsáveis dos CE, na criteriosa selecção e prio-

ritização de Clientes e na identificação de oportunidades de negócio, de

forma a optimizar-se a utilização dos recursos humanos e técnicos afec-

tos. Será dado particular ênfase à articulação interna com as Direcções de

Clientes e de Serviços Financeiros do BES Investimento, para assim

melhor se aproveitar o potencial de complementaridade da oferta de ser-

viços, de captação de negócio e na execução de mandatos. Por fim, espe-

ramos também começar a recolher os primeiros frutos da colaboração

com o Private Banking do Banco Espírito Santo para a captação de Clientes

nesse segmento.

Colecção BESart • Bleda Y Rosa

“Calatañazor, en torno ao año 1000”, 1995 • C-print• 150 x 85cm • Edição: 1/10 • Cortesia galeria Pedro Oliveira, Porto

Project Financee Securitização

Perseverançana busca de soluções.

Para nós, querer é poder. Somos determinados e perseverantes

no desenvolvimento e estruturação das soluções financeiras mais

adequadas aos mercados e negócios em causa, e não nos

condicionamos pela complexidade ou dimensão dos desafios

que nos colocam.

Em 2006 concretizámos numerosas operações em Portugal,

Espanha, Brasil, Reino Unido, África Sul, Angola, Itália e Europa

de Leste, e desenvolvemos operações inovadoras de grande

dimensão e complexidade, que receberam o mais alto

reconhecimento internacional.

62 RELATÓRIO E CONTAS

PROJECT FINANCE E SECURITIZAÇÃO

O ano de 2006 destaca-se pela atribuição ao Espírito Santo Investment de

importantes prémios internacionais pelas transacções por si concretizadas,

sendo de realçar a atribuição, pelo terceiro ano consecutivo, de um prémio

internacional altamente prestigiante, reflectindo a excelência da actividade

desenvolvida pela Direcção de Project Finance e Securitização quer em

Portugal quer nos diferentes mercados internacionais em que está presente.

Assim, em 2006, o Espírito Santo Investment foi agraciado com a atribui-

ção dos seguintes prémios:

• Renewable Deal of the Year 2006, da revista “Project Finance Inter-

nacional”, relativamente à Liderança do Financiamento da tran-

sacção do Portfolio de Renováveis da Enersis em Portugal;

• Renewable Deal of the Year 2006, da revista “Project Finance“, atribuí-

do à Liderança do Financiamento do Portfolio de Renováveis da Enersis

em Portugal;

• Transportation Deal of the Year 2006 pela revista “Project Finance” rela-

tivamente à Liderança do Financiamento Auto–Estrada M6, no Reino

Unido.

• Transport Arranger of the Year 2006, da revista “Infrastructure Journal”

pela Estruturação de operações de Financiamento no Sector das In-

fraestruturas de Transportes.

O Espírito Santo Investment consolidou, em 2006, a sua posição de líder

no mercado português com a liderança de todas as principais operações

realizadas em Portugal. Destaque para a actividade nos sectores de ener-

gia, renováveis, infra-estruturas, lazer e saúde – Programa de Parcerias

Público Privadas.

Realce-se ainda o desenvolvimento da actividade da Direcção de Project

Finance e Securitização, através de operações estruturadas, tendo permi-

tido a concretização de sinergias várias em diferentes transacções e per-

mitido a obtenção de mandatos para o Espírito Santo Investment em

novas áreas de actividade.

O BES Investimento foi classificado como o primeiro banco português

pelas revistas “Project Finance International” e “Infrastructure Journal” nas

League Tables de 2006, tendo em termos mundiais ocupado a 30ª posição

e, em termos europeus, a 18ª posição.

Em Londres, a equipa de Project Finance concretizou em 2006 transacções

em três continentes, sendo de destacar a assessoria aos governos da

África do Sul e de Moçambique no refinanciamento de 2,9 mil milhões de

rands da concessionária Trans African – concessionária de 525 km da

auto-estrada N4 (Corredor de Maputo); a liderança do financiamento da

auto-estrada Pocahontas Parkways – investimento de 603 milhões de

dólares - nos Estados Unidos; e a liderança do refinanciamento de mil

milhões de libras da auto-estrada M6 no Reino Unido.

O Espírito Santo Investment concretizou, ainda em 2006, o investimento

no Fundo “PPP Itália”, participando no Comité de Investimento e na sua

equipa de gestão.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 63

Através da equipa de Madrid, foram concretizadas sete transacções em 2006,

com destaque para os sectores de infra-estruturas e energias renováveis: par-

ticipação na auto-estrada de Indiana, nos EUA, mandatos para actuar como

Líder do financiamento dos projectos das auto-estradas Central da Grécia e

Korinthos-Patras, e as transacções Biofuel e Fotovoltaicas, focada na área das

energias renováveis.

Assim, as operações concluídas pelo Espírito Santo Investment, em 2006,

foram as seguintes:

• Liderança na estruturação da operação relativa ao portfólio de par-

ques eólicos da Enersis, em Portugal, representando um investimento

global de 1,04 mil milhões de euros;

• Liderança na estruturação da operação relativa ao refinanciamento da

auto-estrada M6 no Reino Unido, no montante total de mil milhões de

libras;

• Liderança na estruturação da operação relativa ao portfolio de mini-

-hídricas da Enersis, em Portugal, representando um investimento glo-

bal de 180 milhões de euros;

• Liderança na estruturação da operação para a Tejo Energia, em

Portugal, representando um investimento global de 685 milhões de

euros;

• Liderança na estruturação da operação da auto-estada Pocahontas

Parkway, nos EUA, representando um investimento de 603 milhões de

dólares;

• Liderança na estruturação de operações para parques eólicos da

Tecneira, em Portugal, representando um investimento global de 116

milhões de euros;

• Liderança na estruturação da operação para o SIRESP, em Portugal,

representando um investimento global de 90 milhões de euros;

• Liderança na estruturação da operação de reequilíbrio financeiro para

a Aenor, em Portugal, representando um investimento global da ordem

dos 1,5 mil milhões de euros;

• Participação como Arranger na operação de aquisição da BAA – British

Airports Authority, no Reino Unido, no montante total de 4,72 mil

milhões de libras;

• Assessoria na estruturação da operação de reequilíbrio financeiro da

Concessão de auto-estradas Aenor, em Portugal, representando um

investimento global da ordem dos 1,5 mil milhões de euros;

• Assessoria na optimização financeira adicional da operação de Project

Finance do Estádio do Futebol Clube do Porto;

• Assessoria na estruturação e desenvolvimento da estrutura financeira

óptima para a Câmara Municipal de Lisboa, para a concretização de

um projecto imobiliário, representando um investimento global de 150

milhões de euros;

• Assessoria ao Governo Regional dos Açores na preparação e lança-

mento do concurso publico internacional para a construção e operação

em regime de PPP do novo Hospital de Angra do Heroísmo;

• Assessoria à REFER na análise de modelos de negócio para optimiza-

ção do retorno sobre a infra-estrutura ferroviária;

• Assessoria à Câmara Municipal de Santa Maria da Feira no processo de

reequilíbrio financeiro da concessão de águas e saneamento básico;

• Assessoria ao consórcio Hibernia Roads para um conjunto de conces-

sões de auto-estradas na Irlanda;

• Assessoria ao consórcio da Trakia no projecto da concessão da auto-

-estrada Trakia, na Bulgária;

• Assessoria ao Governo da África do Sul para o projecto da auto-estra-

da N4;

• Assessoria no projecto do Aeroporto de Múrcia, em Espanha;

• Montagem e colocação da quinta operação de securitização de crédito

à habitação do Grupo BES, emitida pelo veículo Lusitano Mortgages

No. 5 plc, no montante de 1,5 mil milhões de euros;

• Montagem e colocação da primeira operação de securitização de cré-

dito a PMEs do Banco Espírito Santo, emitida pelo veículo Lusitano SME

No. 1 plc, no montante de 862,6 milhões de euros; e

• Montagem e colocação da segunda tap issue do programa de securiti-

zação de crédito automóvel e ao consumo do Banco Mais, emitida pelo

veículo BMORE Finance No. 4 plc, no montante de 100 milhões de euros.

64 RELATÓRIO E CONTAS

Relativamente aos trabalhos em curso merecem destaque os seguintes

mandatos:

• Assessoria a um consórcio de empresas que se encontra a concorrer

ao Programa de Parcerias Saúde que visa a construção por entidades

privadas, no regime PFI/PPP, de 10 novos hospitais em Portugal;

• Assessoria a uma concessionária de infra-estruturas de transporte no

processo de alteração do contrato de concessão em Portugal;

• Assessoria a um consórcio de empresas nacionais que se encontra a

concorrer a vários projectos de infra-estruturas de transporte em

Portugal;

• Assessoria a um consórcio formado por empresas portuguesas, espa-

nholas e irlandesas que foi seleccionado para a fase final do concurso

de atribuição da concessão da auto-estrada M50 na Irlanda;

• Assessoria a um consórcio internacional que foi seleccionado para a

fase final do concurso da concessão em regime de PPP de uma prisão

na Irlanda;

• Assessoria a uma entidade do sector público na preparação e definição

dos termos da concessão do tratamento e reciclagem de resíduos em

Portugal.

Colecção BESart • Roland Fisher

b. 1958, Alemanha • “F 11”, 2004 • C-print – Plexi-Dibond • 5 x (50 x 35cm) • Edição: 7/11

Leveraged Finance

Rigor e empenho.

Viabilizamos aquisições de média e grande dimensão, partilhando

com os nossos Clientes os riscos de transacção no quadro de

uma avaliação de risco de crédito rigorosa, selectiva e ponderada.

No decorrer de 2006, consolidámos a liderança destacada em

Portugal e reforçámos o nosso posicionamento de referência

no mercado de Leveraged Finance em Espanha.

Espanha - Volume de Investimento e Número de Operações

Para Espanha, estima-se um crescimento do número de operações em

2007, com a dimensão média a manter-se em níveis próximos dos obser-

vados em 2006. Para Portugal, apesar de se antever um maior dinamismo

no mercado, induzido pela entrada de alguns novos private equity locais,

não se estimam alterações profundas no actual panorama de investimen-

tos realizados.

A ACTIVIDADE DO ESPÍRITO SANTO INVESTMENT

Entre as operações concretizadas em 2006 destacamos:

• High-Tech Hoteles - Operação em que o Espírito Santo Investment foi

Mandated Lead Arranger no refinanciamento da dívida sénior e financia-

mento de 43,5 milhões de euros de novos activos da cadeia hotelei-

ra High-Tech Hoteles;

• Svenson - Operação em que o Espírito Santo Investment foi Mandated

Lead Arranger do Staple Finance de 45milhões de euros para aquisição da

Svenson, líder europeu do sector de soluções de tratamento capilar;

Em Espanha, o investimento em buyouts ascendeu a 2,7 mil milhões de

euros em 2006, que compara com os 3,97 mil milhões em 2005 (-32%), ano

em que se concretizaram algumas operações de grande dimensão.

Um aspecto muito positivo que demonstra o bom momento que atraves-

sa o sector do capital de risco em Espanha foi a realização de 612 opera-

ções em 2006, que compara com as 477 realizadas em 2005.

Em relação a Portugal, os dados existentes, referentes ao final do 1º

semestre de 2006 parecem apontar para uma manutenção do volume de

investimentos realizados face aos anos anteriores, permanecendo a níveis

extremamente baixos.

Em termos do mercado de Leveraged Buy-Outs, o mercado europeu, em

2006, atingiu os 115,9 mil milhões de euros, progredindo 12% face aos 103,7

mil milhões de euros registados em 2005.

Destaca-se o crescimento significativo dos volumes de dívida de second-lien

que, com 7,9 mil milhões de euros registados em 2006, cresceu cerca de

46% face ao ano anterior (5,4 mil milhões de euros).

68 RELATÓRIO E CONTAS

LEVERAGED FINANCE

EVOLUÇÃO DO MERCADOEM 2006 E PERSPECTIVAS PARA 2007

O volume total de dívida leveraged do mercado europeu atingiu, em 2006,

os 131,1 mil milhões de euros, através da realização de um total de 278 ope-

rações, o que representa um crescimento de 6% face ao volume total de

123,5 mil milhões de euros, alcançado em 2005 com 197 operações.

0

25

20001999 2001 2002 2003 2004 2005 2006

50

75

100

125

150

0

50

100

150

200

250

300

Fonte: Standard & Poor´s

Volume Anual Número de Operações

Volume Anual e Número de Operações

milhões de euros n.º de operações

n.º de operações

0

1 000

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

2 000

3 000

4 000

5 000

0

100

200

300

400

500

600

700

Fonte: ASCRI

Volume de Investimento Número de Operações

0

50

2001 2002 2003 2004 2005 1º Sem.2004

1º Sem.2005

2º Sem.2005

1º Sem.2006

2º Sem.2004

100

150

200

250

Fonte: APCRI

Portugal - Volume de Investimento milhões de euros

milhões de euros

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 69

• Imopolis - Operação em que o Espírito Santo Investment actuou como

Mandated Lead Arranger no financiamento da aquisição do Fundo de In-

vestimento Imobiliário Fechado Imodesenvolvimento por fundos geridos

pela JPMorgan. Omontante de dívida sénior ascendeu a 183milhões de euros;

• Terrafield - Operação em que o Espírito Santo Investment participou no

âmbito do financiamento do projecto de construção e exploração de

uma fábrica de produção de cimento, por parte da Terrafield, S.L.. O

montante de dívida sénior ascendeu a 30 milhões de euros;

• Iberostar - Operação em que o Espírito Santo Investment foi Co-

-Arranger no âmbito do financiamento da aquisição, por fundos geri-

dos pela Carlyle e pela Vista Capital, do Grupo Emisor Iberostar, princi-

pal operador turístico em Espanha. O montante de dívida sénior da

operação ascendeu a 490 milhões de euros;

• Alfe - Operação em que o Espírito Santo Investment interveio como

Mandated Lead Arranger no âmbito do financiamento da aquisição,

pela Corpfin Capital, do Grupo Alfe, empresa especializada no aluguer

e venda de equipamento para construção. O montante de dívida sénior

ascendeu a 20 milhões de euros.

• Serventa - Operação em que o Espírito Santo Investment actuou como

Mandated Lead Arranger no refinanciamento da dívida sénior de aqui-

sição do Grupo Serventa, líder espanhol do mercado de vending. O

montante de dívida sénior ascendeu a 18 milhões de euros;

• Sarrion - Operação em que o Espírito Santo Investment foi Mandated

Lead Arranger no âmbito do financiamento da aquisição, pela OPCA,

da Construcciones Sarrión, empresa de construção civil espanhola. O

montante de dívida sénior ascendeu a 117,5 milhões de euros;

• Pizza Marzano - Operação em que o Espírito Santo Investment foi

Mandated Lead Arranger no refinanciamento da dívida sénior de 15

milhões de euros do Grupo Pizza Marzano, cadeia de restaurantes de

comida italiana;

• Tagliatella - Operação em que o Espírito Santo Investment actuou

como Mandated Lead Arranger no financiamento da aquisição, pela

Corpfin Capital, da Tagliatella, cadeia de restaurantes de comida ita-

liana. O montante de dívida sénior ascendeu a 43 milhões de euros.

Colecção BESart • Matt Mullican

“Untitled (default Atmosphere) #12", 2006 • 70 x 100 cm • Impressão digital

Private Equity

Horizontes abertos.

Acreditamos na capacidade empresarial e de criação de valor

dos nossos Clientes, com quem partilhamos uma atitude

positivista e aberta a novas ideias e paradigmas de negócio.

Em 2006 apoiámos 14 empresas na implementação dos seus

projectos empresariais, num investimento global superior a

28 milhões de euros.

72 RELATÓRIO E CONTAS

PRIVATE EQUITY

O ano de 2006 ficou marcado por um novo recorde em termos de investi-

mento, tendo sido atingidos cerca de 28 milhões de euros, distribuídos por

Portugal, Espanha e França. Apesar do crescimento da componente exter-

na, o mercado doméstico ainda continuou a representar cerca de 64% do

total do investimento.

No total, concretizaram-se catorze operações, sendo onze corresponden-

tes a investimento em novas empresas e três respeitantes a operações de

follow on. Por tipo de operação, há a destacar um domínio claro das ope-

rações de buyout, com um total de sete negócios concretizados, tendo sido

concluídas ainda três operações de expansão, duas de capital de substi-

tuição e duas de start-up.

De seguida, apresentam-se alguns dos investimentos realizados em 2006:

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 73

O desinvestimento - a custo de aquisição - atingiu o montante de cerca de

3 milhões de euros, dividido por doze operações, algumas delas no contex-

to de programas de desinvestimento plurianual, originando um saldo líqui-

do de mais valias de aproximadamente 2,6 milhões de euros.

No que respeita à actividade de levantamento de novos fundos, não se

verificou uma evolução significativa, tendo-se mantido uma estrutura de

fundos sob gestão próxima da que existia no final de 2005.

Carteira de Investimentos,Situação Financeira e Resultados obtidos

No decurso de 2006, procedeu-se à avaliação da carteira de participações

financeiras, de acordo com o seu valor de mercado. No final do ano, o valor

0

50

100

150

200

2005

Equity FCD PME / BES - prov a 100%

2004

SES Iberian I

2006

Fundos sob Gestão milhões de euros

Fundos sob Gestão (31 Dez. 2006)

IMIT

Fonte: Espírito Santo Capital

48%

52%

Grupo BES

Fundos de Terceiros

No final de 2006, o resultado líquido obtido foi de aproximadamente 1,4

milhões de euros. Os fundos próprios da Espírito Santo Capital atingiam

cerca de 37 milhões de euros, o que somado aos 96 milhões de euros rela-

tivos a outros fundos por si geridos, perfaziam o total de 132 milhões de

euros sob gestão.

0

10

20

30

40

50

60

2004 2005 2006

Fonte: Espírito Santo Capital

Portfolio at Cost Portfolio at Fair Value

Evolução do Portfolio at Cost e at Fair Value milhões de euros

Repartições do Portfolio por Sector

Construção

Indústria

SCR/FCRTéxtil

Serviços

52%

9%

2%

1%

36%

total da carteira própria e dos fundos sob gestão, a valores de mercado,

era de 50,255 milhões de euros, representando um crescimento de 82%

face ao ano anterior.

De destacar ainda o crescimento do quadro de colaboradores no Brasil

que se cifrou nos 18,3%, em virtude da incorporação no quadro de vários

colaboradores das áreas operacionais que até então trabalhavam para o

Banco em regime de outsourcing.

Constituindo um vector fundamental da prática de gestão do Espírito

Santo Investment, o Banco prosseguiu uma política de Recursos Humanos

centrada na atracção de novos talentos, e no desenvolvimento e retenção

dos seus melhores quadros. Apesar de possuir um quadro de colaborado-

res bastante qualificado – cerca de 75% dos colaboradores possuem o

grau de licenciatura ou superior – o Espírito Santo Investment manteve a

sua forte aposta na formação, patrocinando diversas acções de formação

em Portugal e no Estrangeiro.

Programa de Estágios para Recém Licenciados

Tendo como principal objectivo a captação de jovens recém-licenciados

que se tenham distinguido no seu percurso académico nas áreas de

Economia, Gestão e Engenharia, o Banco manteve o seu Programa de

Estágios, que se tem traduzido num estreitar das relações entre o Banco

e as principais universidades do país, nas quais o Banco tem realizado

apresentações aos finalistas, dando a conhecer as suas áreas de negócio

e as suas perspectivas de evolução e expansão para os próximos anos.

Prémio Universitário de Mérito

O BES Investimento patrocinou ainda a atribuição de um prémio pecuniá-

rio ao melhor aluno da cadeira de Investimentos dos Mestrados ministra-

dos pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa.

74 RELATÓRIO E CONTAS

3.0 RECURSOS HUMANOS

Quadro de Colaboradores

Em termos consolidados, o quadro de colaboradores das empresas do uni-

verso Espírito Santo Investment aumentou 8% em relação a Dezembro de

2005, conforme seguidamente se indica:

Em Portugal o quadro de colaboradores cresceu cerca de 4% face a 2005,

tendo alguns destes colaboradores sido recrutados na sequência do

Programa Anual de Estágios que o Banco mantém com as principais uni-

versidades do país.

Em Espanha, o Espirito Santo Investment reforçou o quadro em seis cola-

boradores, todos em áreas de front office, no âmbito da estratégia de

reforço da sua presença no mercado espanhol, num ano em que a

Sucursal local do Banco iniciou operações.

CONSOLIDADO 426 460 7,98%

PORTUGAL 201 209 3,98%

Espírito Santo Investment 190 197

Espírito Santo Capital 11 12

ESPANHA 107 113 5,61%

BRASIL 104 123 18,27%

BES Investimento do Brasil 67 78

BES Securities do Brasil 29 34

BESAF 8 8

Morumbi Capital 0 3

INGLATERRA 8 10 25,00%

IRLANDA 6 4 -33,33%

POLÓNIA 0 1 -

Fonte: Espírito Santo Investment

Var.%Dez. 06Dez. 05

Evolução do Quadro de Colaboradores

76 RELATÓRIO E CONTAS

4.0 GESTÃO INTEGRADA DOS RISCOS

A Função de Risco no Grupo BES

O controlo e a gestão eficiente dos riscos têm vindo a desempenhar um

papel fundamental no desenvolvimento equilibrado e sustentado do

Grupo Banco Espírito Santo. A aproximação da visão regulamentar à pers-

pectiva económica implícita na nova proposta do Comité de Basileia –

cujos princípios corroboram os fundamentos e as práticas seguidas pelo

Grupo – reforça a oportunidade e estimula o esforço que se tem vindo a

desenvolver na área de risco.

As equipas de análise e controle de risco do BES Investimento, trabalham

de uma forma integrada e em consonância com o Departamento de Risco

Global (“DRG”) do BES que centraliza a função de Risco do Grupo BES, quer

ao nível da actividade doméstica, quer internacional, abrangendo os diver-

sos tipos de risco: crédito, mercado, liquidez, taxa de juro de balanço e ope-

racional.

Dentro desse relacionamento as suas actividades ao nível da banca de

investimento, assentam nos seguintes princípios básicos:

• Avaliação contínua e permanente do risco;

• Estabelecimento de limites de tolerância pré-estabelecidos tendo em

conta a Solvência e a maximização do binómio retorno/risco;

• Análise, Quantificação, Controlo e Monitorização de risco por entidades

independentes da área de negócio;

• Utilização de diversas metodologias, nomeadamente na utilização de

ratings internos e externos, estes últimos fornecidos pelas principais

agências de rating internacionais, de VaR, análises de sensibilidade e de

posições;

• Análise das especificidades dos mercados onde as suas diversas uni-

dades de negócio estão implantadas, bem como as características dos

seus portfolios (negociação, investimento ou de detenção até à matu-

ridade).

O controlo e a supervisão de risco é efectuado pela Comissão Executiva do

BES Investimento, que delega no Comité de Crédito e Risco a revisão das

normas e procedimentos conducentes da actividade e no Comité de

Activos e Passivos (ALCO) as políticas de gestão de balanço e de liquidez.

O Novo Acordo de Capital

Os desafios e oportunidades decorrentes do Novo Acordo de Capital são

amplamente reconhecidos pelo Grupo BES. A aproximação da visão regu-

lamentar à perspectiva económica na nova moldura regulamentar pro-

posta, cujos princípios corroboram os fundamentos e as práticas seguidas

pelo Grupo, reforça a oportunidade e estimula o esforço que tem vindo a

ser desenvolvido na área de Gestão de Riscos.

O Grupo BES estabeleceu em 2003 como meta o posicionamento nos

métodos IRB Foundation para o Risco de Crédito e Standardised Approach

para o Risco Operacional. Ao longo dos últimos anos, o Grupo BES efec-

tuou um forte investimento financeiro no projecto Basileia II, que se mate-

rializou no desenvolvimento de plataformas técnicas bem como no refor-

ço de competências dos seus recursos humanos. Este projecto tem uma

componente importante ao nível da consultoria de negócio/risco e de sis-

temas.

Uma das primeiras áreas de actuação do Projecto Basileia II centrou-se na

consolidação do esforço de desenvolvimento e aperfeiçoamento dos

modelos internos de análise de risco, com destaque para os sistemas de

notação de risco. Em paralelo, verificou-se um forte desenvolvimento dos

sistemas de informação. Foram feitos investimentos ao nível da centrali-

zação da informação, bem como desenvolvimentos na qualidade e consis-

tência da gestão da informação. Posteriormente, procedeu-se ao reforço

da introdução das métricas e critérios de risco nos processos quotidianos

de decisão. Neste âmbito, assistiu-se a uma adaptação das práticas, polí-

ticas e procedimentos de gestão com o objectivo de assegurar que existe

uma maior influência da avaliação do risco no processo de decisão, quer

na originação das operações, quer na análise de performance.

Todas as metodologias, práticas, políticas e procedimentos desenvolvidos

tem vindo a ser implementados de forma consistente para as sucursais e

subsidiárias do Grupo BES, tendo como principal objectivo tornar a gestão

dos riscos consistente e potenciar a criação de valor de uma forma sus-

tentada.

De acordo com os prazos definidos pelo Banco de Portugal, o Grupo BES

entregou, entre Março e Setembro de 2006, a candidatura ao método das

notações internas sem estimação própria de LGDs e CF para cálculo de

requisitos de fundos próprios para cobertura de risco de crédito (IRB

Foundation) e ao método Standard para o cálculo de requisitos de fundos

próprios para risco operacional. Esta candidatura representa o culminar

das actividades desenvolvidas ao abrigo do projecto Basileia II ao nível do

desenvolvimento, implementação e validação de modelos, de técnicas de

mitigação de risco e de processos de decisão e apoio à gestão.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 77

Apresentamos em seguida o método de cálculo de requisitos de capital

para cobertura de riscos de crédito a que o BES Investimento, como parte

integrante do Grupo BES, se candidatou para as diferentes classes de

ACTIVOS:

Estes modelos de rating para carteiras de Empresas, são adoptados pelo

Grupo de acordo com abordagens distintas em função da dimensão e do sec-

tor de actividade dos Clientes e/ou operações, assim como são utilizados

modelos específicos adaptados a operações de Project Finance, Leveraged

Finance e promoção imobiliária.

Assim, e no que diz respeito aos sectores de actuação do BES Inves-

timento, nomeadamente as Grandes Empresas, Clientes Institucionais,

Instituições Financeiras, Administrações Locais e Regionais e Financia-

mentos Especializados - nomeadamente, Project e Leveraged Finance -, as

notações de risco são atribuídas por uma equipa especializada (Mesa de

Rating).

A atribuição das notações internas de risco por parte desta equipa a estes

segmentos de risco, classificados pelo Grupo BES como portfolios de baixa

sinistralidade (Low Default Portfolios) assenta na utilização de modelos de

rating do tipo expert based (templates) baseados em variáveis qualitativas

e quantitativas, fortemente dependentes dos vários sectores de activida-

de dos Clientes, e cujos benchmarks foram alinhados com os de uma das

principais agências de rating internacional.

Durante o ano de 2006, o Grupo BES realizou um exercício global de vali-

dação interna dos diversos modelos de rating e scoring implementados nos

anos anteriores. Os resultados obtidos foram globalmente positivos, con-

tinuando os modelos a evidenciar uma boa capacidade de discriminação

de risco, e portanto, válidos para suportar decisões de negócio. Durante a

validação, os modelos de risco foram recalibrados, aproveitando a infor-

mação adicional obtida no último ano. Este exercício, realizado pelo DRG

e sujeito à validação das áreas de controlo interno e auditoria, será repe-

tido pelo menos anualmente, de acordo com as melhores práticas de ges-

tão de risco e o previsto na nova regulamentação sobre requisitos míni-

mos de capital (Basileia II).

Concessão de Crédito

Dando continuidade às iniciativas concretizadas em anos precedentes ao

nível do Grupo BES, prosseguiu-se durante o ano de 2006 com o desenvol-

vimento e melhorias dos processos de concessão de crédito, visando

designadamente a incorporação cada vez mais abrangente das notações

de rating interno e de métricas de rentabilidade ajustada pelo risco nos

processos de decisão.

Assim, todas as operações submetidas a aprovação no Banco, são sujei-

tas à atribuição de um rating interno, à elaboração de relatórios de análi-

se de risco e aos mapas de exposição global.

Riscos de Crédito, Mercado, Liquidez e Operacional

Práticas de Gestão

Dando continuidade a uma prática de bons resultados já implementada

há largos anos no Grupo BES, o BES Investimento tem vindo a efectuar

uma gestão permanente ao nível de todos os riscos. Ao nível das cartei-

ras existentes é dado ênfase à interacção entre as várias equipas envolvi-

das na gestão de risco. Esta abordagem é complementada pela introdu-

ção de melhorias contínuas tanto no plano das metodologias e ferramen-

tas de avaliação e controlo dos riscos, como ao nível dos procedimentos e

circuitos de decisão.

Os Sistemas Internos de Notação de Risco de Crédito

Em consonância com os objectivos do Grupo BES emmatéria de gestão do

risco de crédito, os modelos internos de notação de risco têm sido conti-

nuamente desenvolvidos e aperfeiçoados. Fruto desse esforço, estes

modelos assumem hoje em dia um papel determinante, não só na análise

técnica do risco, mas também nos processos de aprovação e monitoriza-

ção do risco de crédito.

Face às particularidades inerentes ao seu desenvolvimento e aplicação, os

modelos internos de notação de risco aplicáveis ao nível do BES

Investimento são os denominados Modelos Internos de Rating para

Carteiras de Empresas.

Sovereigns IRBF

Banks IRBF

Corporate (excl. SME’s, SL e Purchase e Receivables) IRBF

Specialized Retail IRBF

Residential Lending (excl. HVCRE) ST

Other Retail ST

Equity PD/LGD

Securitization IRBF

ST - Abordagem StandartIRBF - Abordagem Notações Internas - FoundationPD/LGD - Abordagem PD/LGD

AbordagemClasse de Activos

78 RELATÓRIO E CONTAS

Quantificação dos Riscos de Mercado

As principais medidas de risco utilizadas para os Riscos de Mercado são o

VaR (Value at risk), o BPV (Basis Point Value) e o StressTest.

Uma vez que nenhuma medida de risco por si só, reflecte todos as vertentes

associadas a este tipo de riscos, são utilizadas complementarmente outros

indicadores de risco, tais como níveis de avisos de perda (stop losses) e de

ganhos (profit taking), posições abertas, concentração de posições, medidas

de turnover e “gregos”.

Quando o Banco transacciona instrumentos financeiros que não tem pre-

ços de mercado disponíveis em mercados organizados, são aplicados para

estes casos modelos teóricos de avaliação e que posteriormente são utili-

zados na gestão e controlo das posições, nomeadamente na sua compa-

ração com os limites aprovados.

São realizados periodicamente testes de aderência (Back Testing e Price

Testing), no sentido de (i) aperfeiçoar a calibração dos modelos existentes

e da sua adequabilidade aos instrumentos utilizados (ii) analisar a razoa-

bilidade, independência e consistência dos dados utilizados pelos modelos

(iii) verificar a consistência dos algoritmos utilizados e (iv) comparar os

resultados obtidos com os recebidos de outros intervenientes no mercado.

Aprovação de Exposições e Limites

A aprovação de todas as operações que envolvem risco de Crédito e de

Mercado, bem como os limites para todas as medidas de risco de cada

unidade de negócio do BES Investimento (Portugal, Espanha e Brasil) é

efectuada pelo Comité de Crédito e Risco em Lisboa.

Este Comité tem como principais atribuições:

• Aprovar e rever as operações submetidas;

• Aprovar e rever as políticas e estratégias de tomada de risco, de modo

a garantir a sua adequação ao perfil de risco definido pela Comissão

Executiva, tendo em conta os necessários requisitos legais e regula-

mentares vigentes, bem como as best practices de mercado;

• Providenciar o acompanhamento do perfil de risco da instituição;

• Aprovar limites individuais e agregados, de acordo com as linhas de

negócio e produto definidas;

• Monitorizar as exposições mais importantes, graus de concentração,

medidas qualitativas da carteira, a exposição versus limites aprovados;

• Delegar poderes de aprovação ás diversas unidades de negócio dentro

de determinados perfis de risco, tendo em conta o rating, montantes

globais e parciais por cada rating bucket, por maturidades, sectores,

países, etc.

Assim, limites de níveis mínimos de Rating, de VaR, BPV (Basis Point Value),

níveis de avisos de perda (stop losses) e ganhos (profit taking), posições

abertas, concentração de posições, medidas de turnover e “gregos” pro-

postos e aprovados, são atribuídos tendo em conta as especificidade dos

mercados, produtos, moedas e maturidades.

Previamente é efectuada uma análise profunda aos mercados, tendo em

conta a sua liquidez e experiência passada de actuação, no sentido de

serem assegurados os objectivos propostos estrategicamente quer em

termos individuais quer em termos consolidados.

A revisão dos diversos limites de risco ocorre com caracter anual ou sem-

pre que sucedam alterações de mercado ou de posicionamento estratégi-

co das áreas de negócio que assim o justifiquem.

Monitorização e Controle

As actividades de acompanhamento e de controlo têm como objectivo

quantificar e controlar os riscos de Crédito e de Mercado, por forma a que

sejam definidas e implementadas, antecipadamente, medidas concretas

para situações específicas, que possam indiciar agravamento do risco

bem como estratégias globais de gestão da diversas carteiras do Banco.

Pautada por este princípio, o Banco dispõem de equipas em cada unidade

de negócio que em conjugação com a equipa em Portugal do BES

Investimento e o Departamento de Risco Global do BES, asseguram a fun-

ção de controle e monitorização desses riscos assente nos seguintes pro-

cessos:

• Recolha, preparação, controle e difusão diária pelas diferentes áreas

de negócio sobre as posições dos empréstimos, das carteiras de obri-

gações, derivados, utilização dos limites aprovados.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 79

• Elaboração semanal de um relatório de Risco (Semanário de Risco)

onde são abordados os diferentes tipos de risco, nomeadamente:

- Crédito - Perfil de Risco de crédito da carteira do Banco nos seus

diferentes instrumentos, Exposição Global por instrumento, por

País, por Rating, por Sector Económico, por Maturidade, P/L,

Requisitos de capital, aprovações em Comité de Crédito e Risco,

Limites excedidos, indícios de imparidade, etc;

- Mercado (taxa de Juro e acções) - P/L por instrumento, Posição

cambial, Vo1 para as diferentes carteiras, Vega, DEaR, etc;

- Preparação da informação de apoio à elaboração dos diversos repor-

tings externos e internos sobre crédito, risco de contraparte, risco

liquidez e risco de mercado;

- Envio mensal de informação para o BES que a incorpora na análise

mensalmente efectuada pelo Comité de Risco Global. Nestas reu-

niões é feito o acompanhamento do perfil de risco do Grupo BES e

das respectivas unidades de negócio, integrando quatro grandes

eixos de análise: evolução das exposições, monitorização das per

das creditícias, alocação e consumo de capital e controlo da renta-

bilidade ajustada pelo risco.

Risco de Crédito

Carteira de Crédito a Clientes

(i) Estrutura da carteira de crédito

A carteira de crédito bruta de Clientes apresentou em 31 de Dezembro de

2006 ummontante de 1 394 milhões de euros, o que representou uma evo-

lução de cerca de 43,9 % face ao final do ano de 2005.

Tanto o seu perfil de Rating como a distribuição sectorial continuam a

reflectir o reforço no desenvolvimento das actividades que o Banco tem

vindo a efectuar nos últimos anos em termos de concessão de crédito –

Project Finance e Aquisition Finance. Os sectores das Infra-estruturas de

Transportes das quais se destacam principalmente as operações de finan-

ciamento de auto-estradas em Portugal e Espanha e da Produção e

Distribuição de Electricidade, Água e Gás das quais se destacam as opera-

ções de financiamento de parques eólicos, co-geração e produção de elec-

tricidade e gás natural, representam no seu conjunto cerca de 37,7% da car-

teira de crédito, atenta a complementaridade do Banco nas actividades de

mercado de capitais bem como na área de wholesale do Grupo BES.

Do total da carteira de crédito com ratings internos, cerca de 41% é investment

grade. Na área dos non investment grade temos na sua maioria operações de

crédito com um elevado grau de complexidade, estando, normalmente, garan-

tidas por activos reais os quais não se encontram reflectidos ao nível dos

ratings atribuídos, mas que são um importante factor de mitigação de risco,

nomeadamente ao nível do cálculo das perdas esperadas (Expected Losses).

Perfil de Ratings Internos da Carteira de Crédito milhares de euros

Distribuição Sectorial da Carteira de Crédito

0aa+aaa aa-aa aa+ bbb+a- bbb-bbb bbbb+ b+bb- b-b cccccc+ ccccc- dc N/R

50 000

100 000

150 000

200 000

250 000

Fonte: Espírito Santo Investment

Fonte: Espírito Santo Investment

Administração Pública,Defesa e Segurança Social

Construção

Infraestruturas deTransportes

Outras Actividades deServiços Prestados

Produção e Distribuição de electr.,gás, vapor e água quente

Telecomunicações

Alojamento e Restauração

Saúde e Acção Social

Outros

Actividades Imobiliárias

5%

16%

27%

8%

11%

2%

5%

3%

14%

9%

As Linhas de Crédito não Utilizadas atingiram, no final de 2006, cerca de

291,9 milhões de euros, estando relacionadas, na sua maioria, com mon-

tantes ainda não utilizados no âmbito de operações de Project Finance, o

que justifica neste caso quer o perfil de rating apresentado quer a con-

centração sectorial anteriormente referida, nomeadamente os sectores

das Infra-estruturas de Transportes e Produção e Distribuição de Electri-

cidade, Água e Gás.

80 RELATÓRIO E CONTAS

No que se refere a Garantias e Avales prestados pelo Banco, o seu mon-

tante, no final de 2006, era de 107,9 milhões de euros.

Quanto ao perfil de rating desta carteira, cerca de 79% situa-se entre os

ratings “ aa-“ e “bb”. Em termos de distribuição sectorial, os mais repre-

sentativos são os sectores da Intermediação Financeira e da Prestação de

Serviços que em conjunto representam cerca de 77,6%.

Quanto à exposição por Países ao nível do Crédito, Linhas de Crédito não

Utilizadas e Garantias e Avales Prestados, verifica-se que assentam

essencialmente em entidades cuja actividade se desenvolve em Portugal

(46,6%), Espanha (37,5%) e Reino Unido (5,43%), o que reflecte a aposta que

o Banco tem vindo a fazer na sua internacionalização e principalmente no

reforço do seu posicionamento como um importante player no mercado

ibérico.

Perfil de Ratings Internos de Linhas de Crédito não Utilizadas milhares de euros

0aa+aaa aa-aa aa+ bbb+a- bbb-bbb bbbb+ b+bb- b-b cccccc+ ccccc- dc N/R

10 000

20 000

30 000

40 000

50 000

60 000

70 000

Fonte: Espírito Santo Investment

Distribuição Sectorial de Linhas de Crédito não Utilizadas

Fonte: Espírito Santo Investment

Construção

Outras Actividadesde Serviços Prestados

Infraestruturas deTransportes

Produção e Distribuição de electr.,gás, vapor e água quente

Fabricação de Pasta,de Papel e Cartão

Fab. de Coque e ProdutosPetrolíferos Refinados

Saúde e Acção Social

Outros

Alojamento e Restauração

8%

34%

7%

11%

4%

4%

6%

19%

7%

Perfil de Ratings Internos de Garantias milhares de euros

0aa+aaa aa-aa aa+ bbb+a- bbb-bbb bbbb+ b+bb- b-b cccccc+ ccccc- dc N/R

2 000

4 000

6 000

8 000

10 000

12 000

14 000

16 000

18 000

20 000

22 000

Fonte: Espírito Santo Investment

Distribuição Sectorial de Linhas de Garantias

Fonte: Espírito Santo Investment

Actividades Imobiliárias

Infraestruturas deTransportes

Produção e Distribuição de electr.,gás, vapor e água quente

Actividades recreativas,culturais e desportivas

Intermediação Financeira(excl. Seguros e F. Pensões)

Outras actividades deServiços Prestados

Outros

16%

20%

6%

22%

10%

17%

9%

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 81

ii) Carteira de Crédito Vencido

O Banco manteve os seus rácios de sinistralidade controlados e em níveis

reduzidos, registando 0,85% no final de 2006 contra 1,27% em 2005.

De igual modo, com o grande acréscimo verificado na carteira de crédito

e da política conservadora seguida em termos de provisionamento, o

Banco reforçou as suas Provisões em cerca de 3,1 milhões de euros, per-

mitindo assim continuar a apresentar um rácio de cobertura total do

Crédito vencido bastante confortável na ordem dos 185%.

substituição e o risco de crédito potencial futuro) tendo este atingido o

montante de 434,8 milhões de euros no final do ano, representando um

crescimento na ordem dos 57,9% face ao valor registado no final de 2005.

O perfil de risco das exposições do Banco nestes instrumentos concentra-

se maioritariamente em contrapartes cujos ratings são Investment grade

sendo cerca de 75% da exposição global ao sector financeiro, nomeada-

mente perante instituições financeiras sediadas na Europa, Brasil e

Estados Unidos.

A continuidade de umapolitica rigorosa na concessão de crédito apoiada nos sis-

temasdenotaçãoderisco,numamonitorizaçãoapertadaenumacriteriosaesis-

temática exigência de instrumentos de mitigação de risco, veio a permitir que o

custo de provisionamento tenha vindo a decrescer ao longo dos últimos anos,

tendo em 2006 sido de 0,56% contra 1,04% e 1,19%, em 2005 e 2004, respectiva-

mente, tal como se pode observar no quadro a seguir apresentado:

Crédito a Clientes (Bruto) 969 313 1 394 497

Crédito e Juros Vencidos 12 335 11 863

Provisões para Crédito a Clientes 18 847 21 970

Crédito e Juros Vencidos/Crédito a Clientes 1,27% 0,85%

Provisões Crédito/Crédito e Juros Vencidos 152,80% 185%

Rácio de crédito com incumprimento(*) 0,87%

* Calculado de acordo com a Carta-Circular n.º 99/2003/DSB do Banco de Portugal

20062005

milhares de euros

0,00

0,50

1,00

1,50

%

2004 2005 2006

Fonte: Espírito Santo Investment

Custo de Provisionamento

Perfil de Ratings Externos-Derivados de Tx. Juro, Câmbio e Acções milhares de euros

0AA+AAA AA-AA AA+ BBB+A- BBB-BBB BBBB+ B+BB- B-B CCCCCC+ CCCCC- DC N/R

20 000

40 000

60 000

80 000

100 000

120 000

140 000

Fonte: Espírito Santo Investment

Distribuição Sectorial da Carteira de Instrumentos Derivados(Tx. Juro, Câmbio e Acções)

Fonte: Espírito Santo Investment

Aluguer de Máquinase de Equipamentos

Intermediação Financeira(excl. Seguros e F. Penções)

Correios e Telecomunicações

Outros

3%

75%

20%

2%

Carteira de Derivados sobreInstrumentos de Taxa de Juro, Câmbio e Acções

O aumento de actividade verificado durante 2006 veio a aumentar o risco

de crédito subjacente à carteira de derivados sobre instrumentos de taxa

de juro, câmbio e acções (quantificado através das regras definidas pelo

Aviso 1/93 do Banco de Portugal, e que assenta na soma entre o custo de

Carteira de Derivados de Crédito

O risco da carteira de Derivados de Crédito, quantificado através do valor

“nocional” subjacente aos contratos transaccionados e dizendo respeito ao

risco do emitente de referência (underlying) no caso de venda de protecção

82 RELATÓRIO E CONTAS

por parte do BES Investimento, e de contraparte, no caso de compra de pro-

tecção (instituições financeiras), atingiu 157,0 milhões de euros, representan-

do um decréscimo relativamente ao ano de 2005 de cerca de 20,4%.

Quanto ao perfil de rating e distribuição sectorial desta carteira, podere-

mos observar que cerca de 63,5% está concentrada em ratings iguais ou

superiores a “BBB-“ (Investment Grade) e sobre empresas dos sectores

Financeiro e de Comunicações europeias e norte-americanas.

O perfil de risco da carteira de títulos de rendimento fixo continua a ser

bastante influenciado pela consolidação integral da carteira da nossa sub-

sidiária do Brasil que é constituída essencialmente por Notas do Tesouro

Nacional do Brasil e Notas do Banco Central brasileiro (denominadas e

financiadas em moeda local).

Em termos de distribuição sectorial, verifica-se que cerca de 71,5% da car-

teira de Obrigações diz respeito a títulos emitidos por entidades dos sec-

tores de Actividades Financeiras e Administrações Pública, o que traduz a

boa qualidade de risco e a sua elevada liquidez.

Adicionalmente, e com vista à diversificação do risco por áreas geográfi-

cas e sectores, o Banco tem na sua carteira de Investimento vários pro-

dutos estruturados (“Portfolios Diversificados”, que dizem respeito essen-

cialmente a CBO´s e CLO´s), cujos principais activos subjacentes respei-

tam a entidades sediadas nos mercados norte-americano e europeu.

Perfil de Ratings Externos - Derivados de Crédito milhares de euros

0aa+aaa aa-aa aa+ bbb+a- bbb-bbb bbbb+ b+bb- b-b cccccc+ ccccc- dc N/R

5 000

10 000

15 000

20 000

25 000

30 000

35 000

Fonte: Espírito Santo Investment

Distribuição Sectorial da Carteira de Instrumentos de Derivados (Crédito)

Fonte: Espírito Santo Investment

Outras

Captação, Tratamentoe Distribuição de água

Comércio e Retalho

Comércio por grosso eAgentes do comércio

Correios eTelecomunicações

17%6%

10%

23%

Fabricaçãode Produtos Químicos

2%

Intermediação Financeira(Excl. Seguros e F. Pensões)

35%

Fabricação de VeículosAutomóveis e Outros

1%

1%

Indústrias Alimentares e de Bebidas

Org. Internacionais e OutrasInstit. Extra-Territóriais

2%

3%

Perfil de Ratings Externos - Títulos de Rendimento Fixo milhares de euros

0aa+aaa aa-aa aa+ bbb+a- bbb-bbb bbbb+ b+bb- b-b cccccc+ ccccc- dc N/R

50 000

100 000

150 000

200 000

250 000

300 000

350 000

400 000

450 000

Fonte: Espírito Santo Investment

Distribuição Sectorial de Títulos de Rendimento Fixo

Fonte: Espírito Santo Investment

Outras Actividadesde Serviços Administração Pública

Intermediação Financeira(Excl. Seguros e F. Pensões

Outros

6%52%

23%

19%Carteira de Obrigações

A carteira de títulos de rendimento fixo atingiu 761,4 milhões de euros, o

que significou um crescimento de cerca de 21%, face ao ano anterior.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 83

Exposição Global a Mercados Emergentes

O Banco durante o ano de 2006, aumentou a sua exposição no que diz res-

peito aos Mercados Emergentes, nomeadamente ao Brasil, derivado não

só da melhoria substancial da economia brasileira bem como do cresci-

mento da actividade da sua subsidiária no Brasil. A exposição líquida total

no final do ano de 2006 era de 595,7 milhões de euros, representando

cerca de 13,51% do total do activo líquido consolidado. No entanto, apenas

10,1% da mesma, no montante de 60 milhões de euros, se encontrava

denominada em moeda estrangeira.

Risco de Mercado

Por Risco de Mercado entende-se a potencial perda de valor dos portfolios e

instrumentos financeiros decorrentes de oscilações das variáveis de mercado

como sejam os spreads de crédito, as taxas de juro, as cotações de câmbio, os

preços de acções e cotações de índices, bem como os preços de mercadorias.

As tarefas de identificação, valorização, monitorização e controlo do risco

de mercado são desenvolvidas por uma área especifica - Controlo de Risco

de Mercado - que as exerce de forma totalmente independente das áreas

de negócio do Banco.

Em termos funcionais, o Controlo de Risco de Mercado reporta directamente

a um Administrador Executivo bem como à demais Comissão Executiva.

Em termos organizacionais, existe uma repartição geográfica da função

de Controlo de Risco de Mercado pelas diversas áreas de negócio com

competências adequadas, atendendo às especificidades da actividade

desenvolvida, e dos riscos incorridos em cada empresa do Grupo.

America Latina

Brasil 607 294 706 16 658 589 930 453 982

Bahamas 16 558 5 16 508 45 -

Europa

Turquia 5 723 - - 5 723 -

Total Exposição/

Mercados Emergentes 629 576 711 33 166 595 698 453 982

Total Exposição/Activo

Líquido Consolidados 14,28% 0,20% 75% 13,51% 12,49%

Montante Financiado

em Moeda Local 535 514 2 0 535 512 427 351

Total Exposição/

Montante Financiado

em Moeda Local 85,06% 0,30% 0,00% 89,90% 94,13%

Dez. 06

ProvisõesExposiçãoBruta

Garantias

Dez. 05

ExposiçãoLíquida

milhares de euros

ExposiçãoLíquida

A esta área cabe a apresentação de propostas de limites precedida da

análise dos factores relevantes a cada risco recorrendo a técnicas de tra-

tamento estatístico, à medição da volatilidade do mercado, à análise de

indicadores de profundidade e liquidez e à simulação da actividade em

causa sob diversas condições de mercado de modo a fundamentar conve-

nientemente os limites propostos. Além do fundamento técnico dos limi-

tes existe uma adequação ao track record e experiência da área de negó-

cio e aos objectivos estratégicos, pelo que os limites reflectem a apetên-

cia do Banco por cada um dos tipos de risco em que incorre.

As propostas de limites são apresentadas e aprovadas em sede de Comité

de Crédito e Risco (CCR) de cada unidade de negócio e posteriormente

submetidas à aprovação por parte do CCR ou Comissão Executiva do BES

Investimento em Lisboa. Com periodicidade no mínimo anual procede-se

à sua revisão, podendo esta ser despoletada sempre que as opções estra-

tégicas ou as condições de mercado o justifiquem.

De modo a construir uma imagem que se pretende completa sobre os ris-

cos incorridos e a transmitir a toda a organização sinais claros acerca do

perfil de risco desejado, são utilizadas diversas medidas de risco comple-

mentadas com limites de posição, de stop losses e de concentração.

Entre as medidas de risco utilizadas encontram-se o VaR (Value at Risk) e

o Stress Test e, entre as de sensibilidade, o BPV (Basis Point Value) e os

“Gregos” (Vega e Rho). A calibração do modelo de VaR é feita com uma

análise de Back testing.

Os mercados em que cada unidade de negócio opera encerram especifici-

dades que obrigam à adaptação da forma de implementação das referi-

das metodologias de medição e controlo do risco.

Para efeitos comparativos o quadro seguinte apresenta o VaR por unida-

de de negócio, medido com um holding period de 10 dias e com um nível de

confiança de 99%.

Taxa de juro 440 395 0 340 422 0

Taxa de câmbio 30 231 0 290 199 0

Títulos de Capital 4 109 147 648 819 230 33

Efeito Diversificação -270 -224 0 400 279 0

Total 2 049 996 648 1 049 573 33

31 Dez. 06

BrasilPortugal Espanha

31 Dez. 05

BrasilPortugal Espanha

milhares de euros

Países

84 RELATÓRIO E CONTAS

No quadro seguinte observa-se a posição direccional de BPV detida pelas

diversas unidades de unidades de negócio.

importantes. O objectivo é quantificar o risco de liquidez e determinar o

nível de tolerância a esse mesmo risco.

Manter a liquidez tem um custo para a Instituição, o qual necessita de ser

avaliado por forma a garantir que são atingidos retornos adequados.

O risco de liquidez de funding compreende:

Riscos operativos business as usual - Exposições decorrentes das activida-

des diárias de funding e trading em situações normais de mercado. Os ris-

cos operativos advêm de:

• gaps de funding;

• concentração de funding; e

• fluxos off balance sheet.

Riscos de contingência - Exposições decorrentes de factores externos

sobre os quais a Instituição não tem controle:

• agitação nos mercados;

• acontecimentos políticos; e

• um problema específico de nome no mercado.

O grau de risco é determinado pela severidade e duração dos próprios

acontecimentos externos e pelo nível de exposição operativa.

Por forma a avaliar a exposição ao risco de liquidez são produzidos repor-

tes de MCO (Maximum Cumulative Outflow) com base nos gaps de liquidez.

O MCO tende a realçar os desequilíbrios estruturais do balanço que ocor-

rem quando existe um mismatch importante entre activos e passivos.

O ponto de partida para a construção do MCO é o balanço, dividido por

activos e passivos intergrupo e terceiros. As maturidades de todas as

rubricas são analisados em detalhe, alocando-as aos diferentes intervalos

de maturidade, dando particular ênfase ao período entre a data presente

e os 6 meses.

O tratamento de cada uma das rubricas tem por base pressupostos de

acordo com: comportamento histórico; liquidez dos instrumentos; e

outras características específicas de cada produto.

Alguns dos instrumentos transaccionados pelo Banco não são avaliados

com base em preços de mercado disponíveis em mercados organizados,

mas sim com recurso a modelos teóricos de avaliação. Estes modelos são,

posteriormente, utilizados na gestão e controlo das posições, nomeada-

mente na sua comparação com os limites.

Assim, o banco tem implementado uma metodologia de Price Testing que

tem como objectivos:

i. a revisão de modelos e sua adequabilidade aos instrumentos;

ii. a razoabilidade, independência e consistência dos dados utilizados

pelos modelos;

iii. A razoabilidade dos algoritmos utilizados;

iv. O confronto dos resultados obtidos com aqueles recebidos de outros

intervenientes no mercado.

Risco de Liquidez

O Risco de Liquidez é o risco em que incorre a Instituição de ser incapaz

de cumprir os seus compromissos financeiros para com um Cliente ou

mercado em qualquer altura, local ou divisa.

A confiança pública na situação financeira da Instituição é essencial para

a liquidez.

Esta confiança é uma função da qualidade financeira, i.e. qualidade do cré-

dito, da sua capacidade de acesso aos mercados monetários e de capitais,

dos seus resultados e percepção de mercado. É ainda uma função da

capacidade de sobrevivência da Instituição a um choque financeiro bem

como do cenário regulamentar no qual opera.

Práticas de GestãoO objectivo da gestão da liquidez não é eliminar o risco de liquidez, o que

poderia ser dispendioso e significar também o sacrifício de oportunidades

<2 anos 21 930 -12 487 0 39 170 -10 206 0

>2 anos -7 580 257 0 -2 020 288 0

Total 14 350 -12 595 0 37 150 -9 918 0

31 Dez. 06

BrasilPortugal Espanha

31 Dez. 05

BrasilPortugal Espanha

milhares de euros

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 85

Para além de linhas de crédito de mercado interbancário com a comuni-

dade bancária residente e não residente, o BES Investimento dispõe, atra-

vés da subsidiária Espírito Santo Investment p.l.c., de um Programa de

Euro Medium Term Notes (EMTN), instrumento este de extrema importân-

cia para a gestão da liquidez, pela sua flexibilidade e por constituir um

acesso privilegiado aos mercados de dívida.

Análise do Risco de LiquidezEm 2006, registou-se um crescimento do balanço da ordem dos 20%

(cerca de 712 milhões de euros). Da análise da evolução da estrutura de

financiamento é de realçar um crescimento dos passivos interbancários e

da dívida sob a forma de títulos, tendo os passivos de Clientes mantido

sensivelmente o mesmo valor.

O aumento dos passivos interbancários deve-se em boa medida ao calen-

dário da emissão de dívida e, já no inicio de 2007, parte do interbancário

foi substituído por dívida, conseguindo-se assim um maior equilíbrio das

fontes de financiamento.

A evolução dos principais items do passivo foi como segue:

Clientes – Decréscimo de cerca de 73 milhões de euros.

• Perda marginal de DP’s do segmento institucional em Portugal.

Dívida – crescimento de cerca de 293 milhões de euros.

• Forte crescimento das emissões ao abrigo do Programa de EMTN com

boa diversificação geográfica.

Interbancário – Crescimento de 474 milhões de euros.

• Forte crescimento no final do ano devido ao calendário de emissão de

dívida.

O gap de liquidez suportado por tomadas interbancárias representava, a

31 de Dezembro, cerca de 20% do passivo, ascendendo a cerca de 875

milhões de euros. Deste valor, cerca de 400 milhões de euros representam

tomadas de fundos dentro do perímetro Grupo BES, o que significa que a

contribuição do BES Investimento para o endividamento interbancário do

Grupo representou cerca de 475 milhões de euros.

Em 31 de Dezembro de 2006, o Rácio de Liquidez consolidado do BES

Investimento, calculado segundo as regras do Banco de Portugal, era de

88,9%.

2000 2001 2002 2003* 2004* 2005* 2006*0

10

20

30

40

50

60

%

Fonte: Espírito Santo Investment

(*) Inclui a actividade de corretagem (Ex - ES Dealer) e a extinta ESI S.A.U. S.V. (Espanha)

Interbancário Clientes Dívida Sénior (inc EMTN)

Diversificação das Fontes de Funding (% do Total de Balanço)

2000 2001 2002 2003 2004 2005 20060

200

400

600

800

1 000

1 200

Fonte: Espírito Santo Investment

Redeemed Issued Total outstanding

Programa de EMTN milhões de euros

86 RELATÓRIO E CONTAS

Risco Operacional

O risco operacional consiste genericamente no risco de ocorrência de

eventos resultantes da aplicação inadequada ou negligente de procedi-

mentos internos, do comportamento de pessoas e sistemas, ou de causas

externas, que podem resultar em perdas financeiras ou ter impacto nega-

tivo na relação com os Clientes ou outros Stakeholders. Engloba, ainda, o

risco de negócio/estratégico, ou seja, o risco de variações nos volu-

mes/negócios, receitas/preços ou custos.

O risco legal está incluído nesta definição e é entendido como o risco de

perdas em resultado de não conformidade com a regulamentação vigen-

te (por inadequação das práticas face à documentação requerida por Lei,

não alteração de processos face a nova legislação e/ou divergente inter-

pretação da legislação) ou em resultado de acções judiciais.

A gestão do risco operacional é efectuada através da aplicação de um con-

junto de processos que visa assegurar a uniformização, sistematização e

recorrência das actividades de identificação, monitorização, controlo e

mitigação deste risco.

Estes processos fazem parte de um modelo de gestão composto por duas

grandes áreas, uma de recolha e tratamento de informação, onde se apli-

cam ferramentas que permitem a identificação e monitorização do risco

e outra, que utiliza a informação produzida, devidamente trabalhada, na

gestão eficaz dos riscos, assegurando o devido acompanhamento das

situações de maior criticidade e a implementação da estratégia de gestão

do risco. A articulação destas áreas é conseguida através do reporte efi-

caz à gestão de topo e do acompanhamento das medidas de mitigação

definidas.

Destacam-se, assim os seguintes tópicos domodelo de gestão implementado:

• Identificação do Risco focada em riscos prioritários (criticidade elevada),

definição de cenários e análise profunda de factores que podem ter

impacto no perfil de risco do Grupo BES;

• Monitorização com indicadores e controlos perfeitamente alinhados

com os riscos identificados e com acompanhamento de tendências;

• Acções de Mitigação alinhadas com os riscos de gestão prioritária;

• Dados de perdas (Eventos) analisados para a identificação de tendêcias,

revisão de near-misses e análise de perdas externas à organização (quan-

do disponíveis);

• Sólido Modelo de Governance com relatórios por medida, alinhados

com principais preocupações.

Este sistema de gestão do risco operacional é suportado por uma estru-

tura organizacional centralizada numa área do Departamento de Risco

Global, exclusivamente dedicada ao seu desenho, acompanhamento e

manutenção, e por representantes, designados por cada um dos departa-

mentos, sucursais e subsidiárias considerados relevantes, com a respon-

sabilidade de garantir a aplicação dos procedimentos definidos e a gestão

diária do risco operacional nas suas áreas de competência.

Assumem, também, especial relevo neste modelo de gestão:

A Gestão do Sistema de Controlo Interno, pelo seu papel na garantia da

documentação dos processos, na identificação dos seus riscos específicos

e dos controlos implementados, na determinação do rigor do desenho dos

controlos e na identificação das acções de melhoria necessárias para a

sua plena eficácia, sendo contínua a comunicação de e para a gestão do

risco operacional;

Outras responsabilidades na estrutura deGovernance• Comité de Risco: Acompanhamento dodesempenho e sign off de acções de mitigação• Representantes RO: identificação, avaliação emonitorização dos riscos da respectiva unidadeorgânica

6. Governance, organização e políticas de risco

Departamento Risco Global• Gestão/facilitação da identificação emitigação dos riscos• Monitorização das actividades dasvárias unidades orgânicas

• Mapeamento do Grupo• Mapeamento dosprocessos para os riscosprioritários

Ferramentas de monitorização e gestão do risco

1. Identificação e Avaliação do Risco

• Identificação de riscos com envolvi-mento de gestão de topo e deespecialistas nos processos• Prioritização dos riscos.

5. Dados de Perdas• Internos: Política clara de registo de eventos e reporte regular• Externos: Identificação de eventos relevantes

• Indicadores derisco e controloalinhados comriscos prioritários

2. Monitorização e Análise do Risco

3. Reporte• Relatórios padronizados para oComité de Risco, gestão das unidadesorgânicas,...

4. Acções de Mitigação• Incentivos ligados à gestão dos riscos demaior impacto• Processo de mitigação associado àapetência ao risco e alinhado commecanismo de cobertura por seguros,planeamento da continuidade de negócio,...

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 87

A Auditoria Interna, pelo seu papel no teste da eficácia da gestão dos ris-

cos e dos controlos, bem como na identificação e avaliação da implemen-

tação das acções de melhoria necessárias.

Gabinete de Coordenação de Segurança pelo seu papel no âmbito da

segurança de informação, segurança física e de pessoas e da continuida-

de de negócio.

No caso concreto do BES Investimento, existe um representante do risco

operacional, responsável não só por articular este assunto junto do

Departamento de Risco Global, mas também por dinamizar a implemen-

tação de procedimentos a nível interno.

Ainda em termos organizativos, foi criado no ano de 2006 um grupo de

trabalho que engloba diversas áreas da organização e, que reúne periodi-

camente com o objectivo de discutir assuntos relacionados com a temáti-

ca do risco operacional.

Em 2006, para além da realização de um trabalho de selfassessment em

articulação com o DRG, foram desenvolvidos diversos procedimentos

internos, que deverão complementar os existentes ao nível do Grupo.

O trabalho de levantamento e sistematização do Sistema de Controlo

Interno foi concluído, tendo o seu âmbito englobado as actividades consi-

deradas mais importantes não só Portugal mas também Irlanda, Espanha

e Brasil.

Adicionalmente, o Banco possui implementados procedimentos conside-

rados como boas práticas para o controlo e mitigação dos riscos opera-

cionais, salientando-se, entre outros, o controlo e reporte periódico: dos

resultados da sua actividade, dos seus activos (por exemplo, através de

reconciliações periódicas das suas posições com entidades terceiras) e,

dos limites e exposições aos riscos.

BANCO ESPÍRITO SANTO DE INVESTIMENTO, S.A.Edifício Quartzo - Rua Alexandre Herculano, n° 38 • 1269-161 Lisboa - PortugalCapital Social: 70 000 000 euros • Mat. Cons. Reg. Com. Lisboa n° 57 825 • Pessoa Colectiva 501 385 932

RELATÓRIO E CONTAS 2006

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ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 3

ÍNDICE GERAL

INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

1.0 Demonstrações Financeiras Consolidadas 04

2.0 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Consolidadas 08

• Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 67

• Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria 69

• Relatório da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas 71

• Relatório dos Auditores 74

INFORMAÇÃO FINANCEIRA EM BASE INDIVIDUAL

1.0 Demonstrações Financeiras Individuais 77

2.0 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Individuais 81

• Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 133

• Certificação Legal de Contas e Relatório de Auditoria 135

• Relatório Anual sobre a Fiscalização Efectuada 137

• Relatório dos Auditores 140

• Extracto da Acta da Reunião da Assembleia Universal de 28 de Março de 2007 142

RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE 143

RELATÓRIO E CONTAS 2006

04 RELATÓRIO E CONTAS

1.0 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS

Demonstração consolidada de Resultados dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005

(milhares de euros)

Notas 31.12.2006 31.12.2005

Juros e proveitos similares 5 182 605 146 748

Juros e custos similares 5 154 872 125 985

Margem financeira 27 733 20 763

Rendimentos de instrumentos de capital 1 876 1 790

Rendimentos de serviços e comissões 6 54 249 40 966

Encargos com serviços e comissões 6 (8 687) (10 405)

Resultados de activos e passivos ao justo valor através de resultados 7 43 076 (20 610)

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 8 3 479 (288)

Resultados de reavaliação cambial 9 (2 528) 51 045

Outros resultados operacionais 10 42 295 30 946

Proveitos operacionais 161 493 114 207

Custos com pessoal 11 46 501 38 109

Gastos gerais administrativos 13 25 506 23 342

Depreciações e amortizações 23 e 24 2 249 2 113

Provisões líquidas de anulações 19 e 30 206 390

Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 20 6 032 8 345

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 18 651 (2 391)

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 26 - (989)

Resultado da alienação de outros activos 122 -

Custos operacionais 81 267 68 919

Alienação de subsidiárias e associadas 25 1 792 12 346

Resultados de associadas 25 977 (7)

Resultado antes de impostos 82 995 57 627

Impostos

Correntes 31 37 590 25 342

Diferidos 31 (16 909) (17 730)

20 681 7 612

Resultado líquido do exercício 62 314 50 015

Atribuível aos accionistas do banco 60 014 50 019

Atribuível aos interesses minoritários 2 300 (4)

62 314 50 015

Resultados por acção básicos (em Euros) 14 4.45 3.57

Resultados por acção diluídos (em Euros) 14 4.45 3.57

O Técnico de Contas O Conselho de Administração

Pedro Miguel Nunes Ventaneira

As Notas Explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

Notas 31.12.2006 31.12.2005

Passivo

Passivos financeiros ao justo valor atraves de resultados 17 528 625 307 514

Recursos de outras instituições de crédito 27 875 445 401 083

Recursos de clientes 28 1 341 983 1 414 201

Responsabilidades representadas por títulos 29 958 591 665 984

Derivados de cobertura 21 53 158 27 434

Passivos não correntes detidos para venda 112 428

Provisões 30 2 645 4 750

Passivos por impostos correntes 17 009 25 284

Passivos por impostos diferidos 31 5 622 673

Passivos subordinados 32 99 685 99 309

Outros passivos 33 423 416 304 250

Total de Passivo 4 306 179 3 362 910

Capital Próprio

Capital 34 70 000 70 000

Prémios de emissão 34 8 796 8 796

Reservas de justo valor 35 4 967 4 527

Outras reservas e resultados transitados 35 100 051 76 828

Resultado liquido do exercício atribuivel aos acionistas do banco 60 014 50 019

Total de Capital Próprio atribuível aos accionistas do banco 243 828 210 170

Interesses minoritários 17 126 39 486

Total de Capital Próprio 260 954 249 656

Total de Passivo e Capital Próprio 4 567 133 3 612 566

O Técnico de Contas

Pedro Miguel Nunes Ventaneira

(milhares de euros)

Passivo

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 05

Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2006 e 2005Activo

(milhares de euros)

Notas 31.12.2006 31.12.2005

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 15 8 740 2 772

Disponibilidades em outras instituições de crédito 16 3 493 19 863

Activos financeiros ao justo valor atraves de resultados 17 1 121 871 735 995

Activos financeiros disponíveis para venda 18 264 641 250 206

Aplicações em instituições de crédito 19 1 109 591 976 278

Crédito a clientes 20 1 390 085 962 245

Derivados de cobertura 21 12 711 23 558

Activos não correntes detidos para venda 22 1 747 157 536

Outros activos tangíveis 23 5 549 5 832

Activos intangíveis 24 12 479 12 738

Investimentos em associadas 25 25 695 13 529

Activos por impostos correntes 6 995 3 980

Activos por impostos diferidos 31 39 974 18 370

Outros activos 26 563 562 429 664

Total de Activo 4 567 133 3 612 566

As Notas Explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

06 RELATÓRIO E CONTAS

(milhares de euros)

Total do

Capital Próprio

Outras Reservas atribuível aos Total

Prémios de Reservas de e Resultados Resultado accionistas da Interesses do Capital

Capital emissão justo valor Transitados do exercício empresa-mãe Minoritários Próprio

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 IFRS (sem IAS 32 e 39) 70 000 8 796 - 81 004 42 817 202 617 4 081 206 698

Impacto da aplicação do IAS 32 e do IAS 39 - - 2 385 (5 575) - (3 190) - (3 190)

Saldo em 1 de Janeiro de 2005 IFRS 70 000 8 796 2 385 75 429 42 817 199 427 4 081 203 508

Dividendos de acções ordinárias(a) - - - (7 825) (36 967) (44 792) - (44 792)

Alterações de justo valor líquidas de imposto - - 2 142 - - 2 142 253 2 395

Diferenças de câmbio - - - 3 374 - 3 374 973 4 347

Constituição de reservas - - - 5 850 (5 850) - - -

Outras variações em interesses minoritários (ver nota 36) - - - - - - 34 183 34 183

Resultado líquido do exercício - - - - 50 019 50 019 (4) 50 015

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 70 000 8 796 4 527 76 828 50 019 210 170 39 486 249 656

Dividendos de acções ordinárias(a) - - - (4 032) (22 603) (26 635) - (26 635)

Alterações de justo valor líquidas de imposto - - 440 - - 440 313 753

Diferenças de câmbio - - - (161) - (161) (807) (968)

Constituição de reservas - - - 27 416 (27 416) - - -

Outras variações em interesses minoritários (ver nota 36) - - - - - - (24 166) (24 166)

Resultado líquido do exercício - - - - 60 014 60 014 2 300 62 314

Outros - - - - - - - -

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 70 000 8 796 4 967 100 051 60 014 243 828 17 126 260 954

a) Corresponde a um dividendo por acção de 1,90 euros e 3,20 euros pagos às acções em circulação em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 respectivamente

As Notas Explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

Demonstração de alterações no capital próprio consolidado dos exercícios findos em 31 de Dezembro de2006 e 2005

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 07

Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados dos Exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005

Notas 31.12.2006 31.12.2005

Fluxos de caixa de actividades operacionais

Juros e proveitos recebidos 176 608 144 673

Juros e custos pagos (158 832) (107 380)

Serviços e comissões recebidas 102 978 78 627

Serviços e comissões pagas (8 687) (10 405)

Pagamentos de caixa a empregados e fornecedores (73 697) (59 512)

Totalizadores 38 370 46 003

Variação nos activos e passivos operacionais:

Disponibilidades em bancos centrais - 1 461

Activos financeiros ao justo valor através de resultados (121 689) (52 687)

Aplicações em instituições de crédito (140 051) (88 246)

Recursos de instituições de crédito 473 982 (291 996)

Crédito a clientes (424 711) (350 969)

Recursos de clientes e outros empréstimos (65 736) 387 549

Derivados de cobertura (6 040) (5 850)

Outros activos e passivos operacionais (24 356) (168 051)

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais, antes de impostos sobre os lucros (270 231) (522 786)

Impostos sobre os lucros pagos (48 880) (9 057)

Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento (319 111) (531 843)

Fluxos de caixa das actividades de investimento

Aquisição de investimentos em subsidiárias e associadas - (1 008)

Alienação de investimentos em subsidiárias e associadas 1 606 11 987

Dividendos recebidos 1 876 1 790

Compra de activos financeiros disponíveis para venda (102 074) (70 455)

Venda de activos financeiros disponíveis para venda 109 971 87 744

Compra de imobilizações (2 335) (13 114)

Venda de imobilizações 2 235 347

Fluxos de caixa das actividades de financiamento 11 279 17 291

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Emissão de obrigações de caixa 1 010 559 581 319

Reembolso de obrigações de caixa (689 998) (115 855)

Emissão de passivos subordinados - 59 355

Reembolso de passivos subordinados - (19 952)

Dividendos de acções ordinárias pagos (26 635) (31 272)

Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiamento 293 926 473 595

Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes (2 467) 55 519

Variação líquida em caixa e seus equivalentes (16 373) 14 562

Caixa e equivalentes no início do período 19 876 5 314

Caixa e equivalentes no fim do período 3 503 19 876

(16 373) 14 562

Caixa e equivalentes engloba:

Caixa 14 10 13

Disponibilidades em outras instituições de crédito 15 3 493 19 863

Total 3 503 19 876

(milhares de euros)

As Notas Explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

08 RELATÓRIO E CONTAS

2.0 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASCONSOLIDADAS

BANCO ESPÍRITO SANTO DE INVESTIMENTO, S.A.Notas explicativas às demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2006

NOTA 1 – ACTIVIDADE E ESTRUTURA DO GRUPO

O Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (Banco ou BESI) é um banco de investimento com sede em Portugal, na Rua Alexandre Herculano,

n.º 38, em Lisboa. Para o efeito possui as indispensáveis autorizações das autoridades portuguesas, bancos centrais e demais agentes reguladores

para operar em Portugal e nos países onde actua através de sucursais financeiras internacionais.

A Instituição foi constituída como Sociedade de Investimentos em Fevereiro de 1983 como um investimento estrangeiro em Portugal sob a deno-

minação de FINC – Sociedade Portuguesa Promotora de Investimentos, S.A.R.L. No exercício de 1986 a Sociedade foi integrada no Grupo Espírito

Santo com a designação de Espírito Santo - Sociedade de Investimentos, S.A.

Com o objectivo de alargar o âmbito da actividade, a Instituição obteve autorização dos organismos oficiais competentes para a sua transforma-

ção em Banco de Investimentos, através da Portaria n.º 366/92 de 23 de Novembro, publicada no Diário da República - II Série – n.º 279, de 3 de

Dezembro. O início das actividades de Banco de Investimento, sob a denominação de Banco ESSI, S.A., ocorreu no dia 1 de Abril de 1993.

No exercício de 2000, o BES adquiriu a totalidade do capital social do BES Investimento de forma a reflectir nas suas contas consolidadas todas as

sinergias existentes entre as duas instituições.

Presentemente o BESI opera através da sua sede em Lisboa e de sucursais em Londres e Espanha, assim como através das suas subsidiárias no

Brasil, Irlanda.

As demonstrações financeiras do BESI são consolidadas pelo Banco Espírito Santo, S.A., com sede na Avenida da Liberdade, n.º 195, em Lisboa e pela

Espírito Santo Financial Group, S.A. (ESFG), com sede no Luxemburgo.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 09

A estrutura do grupo de empresas nas quais o Banco detém uma participação directa ou indirecta, superior ou igual a 20%, ou sobre as quais exer-

ce controlo ou influência significativa na sua gestão, e que foram incluídas no perímetro de consolidação, apresenta-se como segue:

Interesse

Ano Ano económico Método de

constituição aquisição Sede Actividade Grupo BESI consolidação

BANCO ESPÍRITO SANTO DE INVESTIMENTO, S.A. (BESI) 1983 - Portugal Banca

ESSI Comunicações SGPS, S.A. 1998 1998 Portugal Gestão de participações sociais 100% Integral

ESSI SGPS, S.A. 1997 1997 Portugal Gestão de participações sociais 100% Integral

Concordia - Espírito Santo Investment 2005 2005 Polónia Prestação de serviços 49% Eq. Patrimonial

Espirito Santo Investimentos, S.A. 1996 1999 Brasil Gestão de participações sociais 100% Integral

Morumbi Capital SA 2005 2005 Brasil Gestora de Fundos 100% Integral

BES Investimento do Brasil, S.A. 2000 2000 Brasil Banca de investimento 80% Integral

BES Securities do Brasil, S.A. 2000 2000 Brasil Corretagem 80% Integral

BES Activos Financeiros, Ltda 2004 2004 Brasil Gestão de activos 80% Integral

FI Multimercado treasury 2005 2004 Brasil Fundo de Investimento 80% Integral

Espírito Santo Capital - Soc.de Capital de Risco, S.A. (ES CAPITAL) 1988 1996 Portugal Capital de risco 100% Integral

Sotancro, S.A. 1999 1999 Portugal Embalagem de vidros 49% Eq. Patrimonial

SES Iberia 2004 2004 Espanha Gestora de Fundos 50% Integral

Fomentinvest, SGPS, S.A. 2003 2003 Portugal Gestão de participações sociais 20% Eq. Patrimonial

HLC - Centrais de Cogeração, S.A. 1999 1999 Portugal Prestação de serviços 24,50% Eq. Patrimonial

Coporgest S.A. 2002 2005 Portugal Imobiliário / Financeiro 20% Eq. Patrimonial

Espírito Santo Investments PLC 1996 1996 Irlanda Compra e venda de títulos 100% Integral

Morumbi Capital Fund 2005 2005 Ilhas Cayman Fundo de Investimento 25% Integral(a)

ESSI Investimentos SGPS, SA 1998 1998 Portugal Gestão de participações sociais 100% Integral

Kutaya 1999 1999 Portugal Gestão e Trading Internacional 100% Integral

Fundo Espírito Santo IBERIA I 2004 2004 Portugal Fundo de Capital de Risco 38,69% Eq. Patrimonial(c)

LOG ESCIC, SGPS, S.A. 2005 2005 Portugal Gestão de participações sociais 18,80% Eq. Patrimonial(b)

BRB Internacional, S.A. 2001 2001 Espanha Produção e distribuição de entretenimento 25% Eq. Patrimonial

Prosport - Com. Desportivas, S.A. 2001 2001 Espanha Comércio de produtos desportivos 25% Eq. Patrimonial

Apolo Films, SL 2001 2001 Espanha Produção e distribuição de entretenimento 25% Eq. Patrimonial

Cominvest- SGII, S.A. 1993 1993 Portugal Gestão de investimentos imobiliários 25% Eq. Patrimonial

a) Apesar de o interesse económico do Grupo ser inferior a 50%, estas entidades foram consolidadas pelo método integral uma vez que o Grupo detém o controlo sobre as suas actividades.

b) Não obstante o interesse económico do Grupo ser inferior a 20%, estas entidades foram incluídas no balanço consolidado pelo método da equivalência patrimonial uma vez que o Grupo exerce uma influência significativa sobre

as suas actividades.

c) O método de consolidação foi alterado durante o ano de 2006 de integral para equivalência patrimonial.

No decorrer do exercício de 2006 ocorreram alterações ao nível da estrutura do Grupo BESI, das quais se destacam as seguintes:

Em 21 de Junho de 2006 a Espírito Santo Capital SA alienou a participação detida na Lontinium S.A;

Em 31 de Maio de 2006, ocorreu a fusão por incorporação da Espírito Santo Investment, SAUV,SV, no Banco Espírito Santo de Investimento S.A., e

na sequência foi criada em 01 de Junho de 2006, a Sucursal de Espanha.

NOTA 2 - PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1 Bases de apresentação

No âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, na sua transposição para

a legislação Portuguesa através do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro e do Aviso n.º 1/2005, do Banco de Portugal, as demonstrações finan-

ceiras consolidadas do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (“BESI” ou “Banco”) são preparadas de acordo com as Normas Internacionais de

Relato Financeiro (“IFRS”) tal como adoptadas na União Europeia a partir do exercício de 2005.

10 RELATÓRIO E CONTAS

Os IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo

Internacional Financial Reporting Interpretation Comitee (“IFRIC”), e pelos respectivos órgãos antecessores.

As demonstrações financeiras consolidadas do BESI agora apresentadas, reportam-se ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 e foram pre-

paradas de acordo com os IFRS em vigor tal como adoptados na União Europeia até 31 de Dezembro de 2006. As políticas contabilísticas utilizadas

pelo Grupo na preparação das suas demonstrações financeiras consolidadas referentes a 31 de Dezembro de 2006 são consistentes com as utiliza-

das na preparação das demonstrações financeiras com referência a 31 de Dezembro de 2005.

As demonstrações financeiras estão expressas em milhares de euros, arredondado ao milhar mais próximo. Estas foram preparadas de acordo com

o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente instrumentos financeiros deriva-

dos, activos financeiros ao justo valor através dos resultados, activos financeiros disponíveis para venda e activos e passivos cobertos, na sua com-

ponente que está a ser objecto de cobertura.

A preparação de demonstrações financeiras de acordo com os IFRS requer que o Grupo efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos

que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou

diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de jul-

gamento ou de complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras con-

solidadas, encontram-se analisadas na Nota 3.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 22 de Março de 2007.

2.2 Princípios de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas agora apresentadas reflectem os activos, passivos e resultados do BESI e das suas subsidiárias (“Grupo”

ou “Grupo BESI”), e os resultados atribuíveis ao Grupo referentes às participações financeiras em empresas associadas.

As políticas contabilísticas foram aplicadas de forma consistente por todas as empresas do Grupo, relativamente a todos os períodos cobertos por

estas demonstrações financeiras consolidadas.

SubsidiáriasSão classificadas como subsidiárias as empresas sobre as quais o Grupo exerce controlo. Controlo normalmente é presumido quando o Grupo

detém o poder de exercer a maioria dos direitos de voto. Poderá ainda existir controlo quando o Grupo detém o poder, directa ou indirectamente,

de gerir as políticas financeiras e operacionais de determinada empresa de forma a obter benefícios das suas actividades, mesmo que a percenta-

gem que detém sobre os seus capitais próprios seja inferior a 50%. As empresas subsidiárias são consolidadas integralmente desde o momento em

que o Grupo assume o controlo sobre as suas actividades até ao momento em que esse controlo cessa.

Quando as perdas acumuladas de uma subsidiária excedem o interesse minoritário no capital próprio dessa subsidiária, tal excesso é atribuível ao

Grupo na medida em que for incorrido. Subsequentes lucros obtidos por tal subsidiária são reconhecidos como proveitos do Grupo até que as per-

das previamente absorvidas sejam recuperadas.

AssociadasSão classificadas como associadas todas as empresas sobre as quais o Grupo detém o poder de exercer influência significativa sobre as suas polí-

ticas financeiras e operacionais, embora não detenha o seu controlo. Normalmente é presumido que o Grupo exerce influência significativa quan-

do detém o poder de exercer mais de 20% dos direitos de voto da associada. Mesmo quando os direitos de voto sejam inferiores a 20%, poderá o

Grupo exercer influência significativa através da participação na gestão da associada ou na composição dos Conselhos de Administração com pode-

res executivos. Os investimentos em associadas são registados nas demonstrações financeiras consolidadas do Banco pelo método da equivalên-

cia patrimonial, desde o momento em que o Grupo adquire a influência significativa até ao momento em que a mesma termina.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 11

Quando o valor das perdas acumuladas incorridas por uma associada e atribuíveis ao Grupo iguala ou excede o valor contabilístico da participação

e de quaisquer outros interesses de médio e longo prazo nessa associada, o método da equivalência patrimonial é interrompido, excepto se o Grupo

tiver a obrigação legal ou construtiva de reconhecer essas perdas ou tiver realizado pagamentos em nome da associada.

Entidades de finalidade especial (“SPE”)O Grupo consolida pelo método integral determinadas entidades de finalidade especial, constituídas especificamente para o cumprimento de um

objectivo restrito e bem definido, quando a substância da relação com tais entidades indicia que o Grupo exerce controlo sobre as suas actividades,

independentemente da percentagem que detém sobre os seus capitais próprios.

A avaliação da existência de controlo é efectuada com base nos critérios estabelecidos na SIC 12 – Consolidação de Entidades de Finalidade Especial,

os quais resumem-se como segue:

• As actividades do SPE são conduzidas exclusivamente de acordo com as necessidades especificas do negócio do Grupo e por forma a que este

obtenha os benefícios dessas actividades;

• O Grupo detém o poder de decisão conducente à obtenção da maioria dos benefícios das actividades do SPE;

• O Grupo tem o direito a obter a maioria dos benefícios do SPE podendo por isso estar exposto aos riscos inerentes à sua actividade;

• O Grupo está exposto à maioria dos riscos do SPE com o objectivo de obter os benefícios decorrentes da sua actividade.

GoodwillO goodwill resultante das aquisições ocorridas até 1 de Janeiro de 2004 encontra-se deduzido aos capitais próprios, conforme opção permitida pelo

IFRS 1, adoptada pelo Grupo na data de transição para os IFRS.

O Grupo regista as aquisições de empresas subsidiárias e associadas ocorridas após 1 de Janeiro de 2004 pelo método da compra. O custo de aqui-

sição equivale ao justo valor determinado à data da compra, dos activos e instrumentos de capital cedidos e passivos incorridos ou assumidos, adi-

cionado dos custos directamente atribuíveis à aquisição.

O goodwill representa a diferença entre o custo de aquisição da participação assim determinado e o justo valor atribuível dos activos líquidos adquiridos.

O goodwill positivo é registado no activo pelo seu valor de custo e não é amortizado, de acordo com o IFRS 3 – Concentrações de Actividades

Empresariais. No caso de investimentos em associadas, o goodwill está incluído no respectivo valor de balanço determinado com base no método

da equivalência patrimonial. O goodwill negativo é reconhecido directamente em resultados no período em que a aquisição ocorre.

O valor recuperável do goodwill registado no activo é revisto anualmente, independentemente da existência de sinais de imparidade. As eventuais

perdas de imparidade determinadas são reconhecidas na demonstração dos resultados.

Aquisição de interesses minoritáriosO goodwill resultante da aquisição de interesses minoritários numa subsidiária representa a diferença entre o custo de aquisição do investimento

adicional na subsidiária e o valor contabilístico, à data da compra, dos activos líquidos, expresso nas contas consolidadas.

Transcrição de demonstrações financeiras em moeda estrangeiraAs demonstrações financeiras de cada uma das subsidiárias e associadas do Grupo são preparadas na sua moeda funcional, definida como a moeda

da economia onde essas subsidiárias e associadas operam. As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo são preparadas em euros, que é

a moeda funcional do BESI.

12 RELATÓRIO E CONTAS

As demonstrações financeiras das empresas do Grupo cuja moeda funcional difere do euro são transcritas para euros de acordo com os seguintes

critérios:

• Os activos e passivos são convertidos à taxa de câmbio da data do balanço;

• Os proveitos e custos são convertidos com base na aplicação de taxas de câmbio aproximadas das taxas reais nas datas das transacções;

• As diferenças cambiais apuradas entre o valor de conversão em Euros da Situação Patrimonial do início do ano e o seu valor convertido à taxa

de câmbio em vigor na data do balanço a que se reportam as contas consolidadas são registadas por contrapartida de reservas. Da mesma

forma, em relação aos resultados das subsidiárias e empresas consolidadas, as diferenças cambiais resultantes da conversão em euros dos

resultados do exercício, entre as taxas de cambio utilizadas na demonstração dos resultados e as taxas de câmbio em vigor na data de balanço, são

registadas em reservas. Na data de alienação da empresa, estas diferenças são reconhecidas em resultados como parte integrante do ganho

ou perda resultante da alienação.

Saldos e transacções eliminadas na consolidaçãoSaldos e transacções entre empresas do Grupo, incluindo quaisquer ganhos ou perdas não realizadas resultantes de operações intragrupo, são eli-

minados no processo de consolidação, excepto nos casos em que as perdas não realizadas indiciam a existência de imparidade que deva ser reco-

nhecida nas contas consolidadas.

Ganhos não realizados resultantes de transacções com entidades associadas são eliminados na proporção da participação do Grupo nas mesmas.

Perdas não realizadas são também eliminadas, mas apenas nas situações em que as mesmas não indiciem existência de imparidade.

2.3 Operações em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transacção. Os activos e passivos monetários expres-

sos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta con-

versão são reconhecidas em resultados.

Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio à data da

transacção. Activos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em

vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais resultantes são reconhecidas em resultados, excepto no que diz respei-

to às diferenças relacionadas com acções classificadas como activos financeiros disponíveis para venda, as quais são registadas em reservas.

2.4 Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (“trade date”), pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo

valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados

directamente em resultados do período, excepto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das variações de justo valor dos

derivados de cobertura depende da natureza do risco coberto e do modelo de cobertura utilizado.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando disponível, ou é determinado tendo por base

técnicas de valorização incluindo modelos de desconto de fluxos de caixa (“discounted cash flows”) e modelos de avaliação de opções, conforme seja

apropriado.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 13

Contabilidade de cobertura• Critérios de classificação

Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura, podem ser classificados contabilisticamente como de cobertura desde que

cumpram, cumulativamente, com as seguintes condições:

i) À data de início da transacção a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente documentada, incluindo a identificação do item

coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da efectividade da cobertura;

ii) Existe a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente efectiva, à data de início da transacção e ao longo da vida da operação;

iii) A eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transacção e ao longo da vida da operação;

iv) Para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de virem a ocorrer.

• Cobertura de justo valor (Fair value hedge)

Numa operação de cobertura de justo valor de um activo ou passivo (“fair value hedge”), o valor de balanço desse activo ou passivo, determinado

com base na respectiva política contabilística, é ajustado por forma a reflectir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações

do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos activos ou dos pas-

sivos cobertos atribuíveis ao risco coberto.

Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o instrumento financeiro derivado é transferido para

a carteira de negociação e a contabilidade de cobertura é descontinuada prospectivamente. Caso o activo ou passivo coberto corresponda a um

instrumento de rendimento fixo, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade pelo método da taxa efectiva.

• Cobertura de fluxos de caixa (Cash flow hedge)

Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (“cash flow hedge”), a parte efectiva

das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas, sendo transferidas para resultados nos períodos em que o res-

pectivo item coberto afecta resultados. A parte inefectiva da cobertura é registada em resultados.

Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de

cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também

afectar resultados. Se for previsível que a operação coberta não se efectuará, os montantes ainda registados em capital próprio são imediatamen-

te reconhecidos em resultados e o instrumento de cobertura é transferido para a carteira de negociação.

Durante o período coberto por estas demonstrações financeiras o Grupo não detinha operações de cobertura classificadas como coberturas de flu-

xos de caixa.

Derivados embutidosOs derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados separadamente quando as suas características económicas e

os seus riscos não estão relacionados com o instrumento principal e o instrumento principal não está contabilizado ao seu justo valor através de

resultados. Estes derivados embutidos são registados ao justo valor com as variações reconhecidas em resultados.

2.5 Crédito a Clientes

O crédito a clientes inclui os empréstimos originados pelo Grupo, cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data

em que o montante do crédito é adiantado ao cliente.

14 RELATÓRIO E CONTAS

O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais do Grupo relativos aos respectivos fluxos de caixa expiraram, (ii)

o Grupo transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante o Grupo ter retido parte, mas não

substancialmente todos, os riscos e benefícios associados à sua detenção, o controlo sobre os activos foi transferido.

O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor acrescido dos custos de transacção e é subsequentemente valorizado ao custo

amortizado, com base no método da taxa efectiva, sendo deduzido de perdas de imparidade.

ImparidadeO Grupo avalia regularmente se existe evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito. As perdas por imparidade identificadas são

registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso, num período posterior, o montante da perda

estimada diminua.

Um crédito concedido a clientes, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um conjunto de créditos com características de risco seme-

lhantes, encontra-se em imparidade quando: (i) exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o

seu reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável dos fluxos de caixa futuros desse crédito,

ou carteira de créditos, que possa ser estimado com razoabilidade.

Inicialmente, o Grupo avalia se existe individualmente para cada crédito evidência objectiva de imparidade. Para esta avaliação e na identificação

dos créditos com imparidade numa base individual, o Grupo utiliza a informação que alimenta os modelos de risco de crédito implementados e con-

sidera de entre outros os seguintes factores:

• a exposição global ao cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento;

• a viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios capazes de responder aos serviços da dívida no futuro;

• a existência de credores privilegiados;

• a existência, natureza e o valor estimado dos colaterais;

• o endividamento do cliente com o sector financeiro;

• o montante e os prazos de recuperação estimados.

Se para determinado crédito não existe evidência objectiva de imparidade numa óptica individual, esse crédito é incluído num grupo de créditos com

características de risco de crédito semelhantes (carteira de crédito), o qual é avaliado colectivamente – análise da imparidade numa base colectiva.

Os créditos que são avaliados individualmente e para os quais é identificada uma perda por imparidade não são incluídos na avaliação colectiva.

Caso seja identificada uma perda de imparidade numa base individual, o montante da perda a reconhecer corresponde à diferença entre o valor

contabilístico do crédito e o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro

efectiva original do contrato. O crédito concedido é apresentado no balanço líquido da imparidade. Para um crédito com uma taxa de juro variável,

a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com base nas

regras de cada contrato.

As alterações do montante das perdas por imparidade reconhecidas, atribuíveis ao efeito do desconto (efeito do valor temporal) são registadas

como juros e proveitos similares.

O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um crédito garantido reflecte os fluxos de caixa que possam resultar da recu-

peração e venda do colateral, deduzido dos custos inerentes com a sua recuperação e venda.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 15

No âmbito da análise da imparidade numa base colectiva, os créditos são agrupados com base em características semelhantes de risco de crédito,

em função da avaliação de risco definida pelo Grupo. Os fluxos de caixa futuros para uma carteira de créditos, cuja imparidade é avaliada colecti-

vamente, são estimados com base nos fluxos de caixa contratuais e na experiência histórica de perdas. A metodologia e os pressupostos utilizados

para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos regularmente pelo Grupo de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas

e as perdas reais.

Quando o Grupo considera que determinado crédito é incobrável havendo sido reconhecida uma perda por imparidade de 100%, este é abatido ao activo.

2.6 Outros activos financeiros

ClassificaçãoO Grupo classifica os seus outros activos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo

com as seguintes categorias:

• Activos financeiros ao justo valor através dos resultados

Esta categoria inclui: (i) os activos financeiros de negociação, que são aqueles adquiridos com o objectivo principal de serem transaccionados no curto

prazo, e (ii) os activos financeiros designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas em resultados.

• O Grupo designa , no seu reconhecimento inicial, certos activos financeiros ao justo valor através de resultados quando:

• Tais activos financeiros são geridos, avaliados e analisados internamente com base no seu justo valor;

• Tal designação elimina uma inconsistência de reconhecimento e mensuração (accounting mismatch); ou

• Tais activos financeiros contêm derivados embutidos.

• Investimentos detidos até à maturidade

Estes investimentos são activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades definidas, que o Grupo tem

intenção e capacidade de deter até à maturidade e que não são designados, no momento do seu reconhecimento inicial, como ao justo valor atra-

vés de resultados ou como disponíveis para venda.

• Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que: (i) o Grupo tem intenção de manter por tempo indetermi-

nado, (ii) são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) não se enquadram nas categorias acima

referidas.

Reconhecimento inicial, mensuração e desreconhecimentoAquisições e alienações de: (i) activos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii) investimentos detidos até à maturidade e (iii) activos

financeiros disponíveis para venda, são reconhecidas na data da negociação (“trade date”), ou seja, na data em que o Grupo se compromete a adqui-

rir ou alienar o activo.

Os activos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto nos casos de activos finan-

ceiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes custos de transacção são directamente reconhecidos em resultados.

Estes activos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais do Grupo ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) o Grupo tenha

transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmen-

te todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, o Grupo tenha transferido o controlo sobre os activos.

16 RELATÓRIO E CONTAS

Mensuração subsequenteApós o seu reconhecimento inicial, os activos financeiros ao justo valor através de resultados são valorizados ao justo valor, sendo as suas varia-

ções reconhecidas em resultados.

Os activos financeiros detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto, as respectivas variações reconhecidas em

reservas, até que os activos sejam desreconhecidos ou seja identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos

e perdas potenciais registados em reservas é transferido para resultados. As variações cambiais associadas a estes activos são reconhecidas tam-

bém em reservas, no caso de acções, e em resultados, no caso de instrumentos de dívida. Os juros, calculados à taxa de juro efectiva, e os dividen-

dos são também reconhecidos na demonstração dos resultados.

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva e são deduzidos de perdas

de imparidade.

O justo valor dos activos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (“bid-price”). Na ausência de cotação, o Grupo estima o justo valor

utilizando (i) metodologias de avaliação, tais como a utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mer-

cado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções customizados de modo a reflectir as particularidades e circuns-

tâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações de mercado.

Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo valor são registados ao custo de aquisição.

Transferências entre categoriasDe acordo com as exigências do IAS 39, o Grupo não procede à transferência de instrumentos financeiros entre categorias, excepto nos raros casos

permitidos no âmbito desta norma.

ImparidadeO Grupo avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de impari-

dade. Para os activos financeiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por impari-

dade registadas por contrapartida de resultados.

Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objectiva de imparidade resultante

de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os títulos cotados, uma desvalorização continuada ou

de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos não cotados, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos flu-

xos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade.

No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade correspondem à diferença entre o valor contabilístico do

activo e o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efectiva original

do activo financeiro. Estes activos são apresentados no balanço líquidos de imparidade. Caso estejamos perante um activo com uma taxa de juro

variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com

base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante da perda de

imparidade diminui, e essa diminuição pode ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade,

esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.

Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas, correspondente

à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo anteriormente reconhecida em

resultados, é transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade ante-

riormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição se o aumento for objectiva-

mente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade, excepto no que se refere a acções ou outros instru-

mentos de capital, caso em que a reversão da imparidade é reconhecida em reservas.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 17

2.7 Activos cedidos com acordo de recompra

Títulos vendidos com acordo de recompra (“repos”) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de venda acrescido de um juro inerente

ao prazo da operação não são desreconhecidos do balanço. O correspondente passivo é contabilizado em valores a pagar a outras instituições finan-

ceiras ou a clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de venda e o valor de recompra é tratada como juro e é diferida durante a vida

do acordo, através do método da taxa efectiva.

Títulos comprados com acordo de revenda (“reverse repos”) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro

inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o valor de compra registado como empréstimos a outras instituições finan-

ceiras ou clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida

do acordo, através do método da taxa efectiva.

Os títulos cedidos através de acordos de empréstimo não são desreconhecidos do balanço, sendo classificados e valorizados em conformidade com

a política contabilística referida na Nota 2.6. Os títulos recebidos através de acordos de empréstimo não são reconhecidos no balanço.

2.8 Passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entre-

ga de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal.

Os passivos financeiros não derivados incluem recursos de instituições de crédito e de clientes, empréstimos, responsabilidades representadas por

títulos, outros passivos subordinados e vendas a descoberto.

Estes passivos financeiros são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e (ii) subsequentemente

ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva, com a excepção das vendas a descoberto e dos passivos financeiros designados ao

justo valor através de resultados, os quais são registados ao justo valor.

O Grupo designa, no seu reconhecimento inicial, certos passivos financeiros como ao justo valor através de resultados quando:

• Tal designação elimina uma inconsistência de reconhecimento e mensuração (accounting missmatch); ou

• Tais passivos financeiros contêm derivados embutidos.

O justo valor dos passivos financeiros cotados é o seu valor de cotação. Na ausência de cotação, o Grupo estima o justo valor utilizando metodolo-

gias de avaliação considerando pressupostos baseados em informação de mercado, incluindo o próprio risco de crédito da entidade do Grupo emi-

tente.

Caso o Grupo recompre dívida emitida esta é anulada do balanço consolidado e a diferença entre o valor de balanço do passivo e o valor de com-

pra é registado em resultados.

2.9 Instrumentos de capital

Um instrumento é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada median-

te a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos activos de

uma entidade após a dedução de todos os seus passivos.

18 RELATÓRIO E CONTAS

Custos directamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida do capital próprio como uma dedução ao valor da

emissão. Valores pagos e recebidos pelas compras e vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de transacção.

As distribuições efectuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao capital próprio como dividendos quando declaradas.

2.10 Compensação de instrumentos financeiros

Activos e passivos financeiros são apresentados no balanço pelo seu valor líquido quando existe a possibilidade legal de compensar os montantes

reconhecidos e exista a intenção de os liquidar pelo seu valor líquido ou realizar o activo e liquidar o passivo simultaneamente.

2.11 Activos recebidos em dação por recuperação de créditos

Os activos recebidos em dação por recuperação de créditos são classificados na rubrica de outros activos e são registados, no seu reconhecimento ini-

cial, pelo menor de entre o seu justo valor deduzido dos custos esperados de venda e o valor de balanço do crédito concedido objecto de recuperação.

Subsequentemente, estes activos são registados pelo menor de entre o valor do seu reconhecimento inicial e o correspondente justo valor actual deduzi-

do dos custos esperados de venda, e não são amortizados. As perdas não realizadas com estes activos assim determinadas são registadas em resultados.

O Grupo obtém avaliações regulares, efectuadas por peritos, dos activos recebidos em dação.

2.12 Outros activos tangíveis

Os outros activos tangíveis do Grupo encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de impari-

dade. Na data de transição para os IFRS, 1 de Janeiro de 2004, o Grupo elegeu considerar como custo o valor reavaliado dos outros activos tangí-

veis, conforme determinado de acordo com as anteriores políticas contabílisticas, o qual era equiparável numa perspectiva geral ao custo depre-

ciado mensurado de acordo com os IFRS ajustado por forma a reflectir as alterações no índice geral dos preços. O custo inclui despesas que são

directamente atribuíveis à aquisição dos bens.

Os custos subsequentes com os outros activos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para

o Grupo. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os terrenos não são amortizados. As amortizações dos outros activos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas constantes, às seguin-

tes taxas de amortização que reflectem a vida útil esperada dos bens:

Número de anos

Imóveis de serviço próprio 50

Beneficiações em edifícios arrendados 10

Equipamento informático 4 a 5

Instalações interiores 5 a 12

Mobiliário e material 4 a 10

Equipamento de segurança 4 a 10

Máquinas e ferramentas 4 a 10

Material de transporte 4

Outro equipamento 5

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 19

Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, o IAS 36 exige que o seu valor recuperável seja estimado, devendo ser reco-

nhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reco-

nhecidas na demonstração dos resultados.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base

no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua

vida útil.

2.13 Activos intangíveis

Os custos incorridos com a aquisição, produção e desenvolvimento de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas

pelo Grupo necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes activos, a qual

se situa normalmente entre 3 a 6 anos.

Os custos directamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações informáticas pelo Grupo, sobre os quais seja expectável que estes

venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício, são reconhecidos e registados como activos intangíveis. Estes custos

incluem as despesas com os empregados das empresas do Grupo especializadas em informática enquanto estiverem directamente afectos aos pro-

jectos.

Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos são reconhecidos como custos quando incorridos.

2.14 Locações

O Grupo classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma

legal cumprindo os critérios definidos no IAS 17 – Locações. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios

inerentes à propriedade de um activo são transferidas para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações

operacionais.

Locações operacionaisOs pagamentos efectuados pelo Grupo à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.

Locações financeiras• Como locatário

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no activo e no passivo, pelo custo de aquisição da propriedade locada, que

é equivalente ao valor actual das rendas de locação vincendas. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados

e (ii) pela amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos como custos ao longo do período

da locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.

2.15 Benefícios aos empregados

PensõesFace às responsabilidades assumidas pelo Grupo no âmbito do Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário foram constituídos Fundos de

Pensões ACT, que se destinam a cobrir as responsabilidades com pensões de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência relativamente à totali-

dade do seu pessoal.

20 RELATÓRIO E CONTAS

Em 1998, o Grupo decidiu, adicionalmente, constituir fundos de pensões abertos autónomos, com a finalidade de financiar a atribuição de benefí-

cios complementares aos colaboradores e pensionistas.

Os fundos de pensões são geridos pela ESAF – Espírito Santo Fundos de Pensões, S.A., subsidiária do Banco Espírito Santo, S.A.

Os planos de pensões existentes no Grupo correspondem a planos de benefícios definidos, uma vez que definem os critérios de determinação do

valor da pensão que um empregado receberá durante a reforma, usualmente dependente de um ou mais factores como sejam a idade, anos de ser-

viço e retribuição.

À luz do IFRS 1, o Grupo optou por na data da transição, 1 de Janeiro de 2004, aplicar retrospectivamente o IAS 19, tendo efectuado o recálculo dos

ganhos e perdas actuariais que podem ser diferidos em balanço de acordo com o método do corredor preconizado nesta norma.

As responsabilidades com pensões de reforma são calculadas anualmente, na data de fecho de contas, pelo Grupo, individualmente para cada plano,

com base no Método da Unidade de Crédito Projectada, sendo sujeitas a uma revisão por actuários independentes. A taxa de desconto utilizada

neste calculo é determinada com base nas taxas de mercado associadas a obrigações de empresas de rating elevado, denominadas na moeda em

que os benefícios serão pagos e com maturidade semelhante à data do termo das obrigações do plano.

Os ganhos e perdas actuariais determinados anualmente, resultantes (i) das diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e

os valores efectivamente verificados e (ii) das alterações de pressupostos actuariais, são reconhecidos como um activo ou um passivo e o seu valor

acumulado é imputado a resultados com base no método do corredor.

Este método estabelece que os ganhos e perdas actuariais diferidos acumulados no início do ano que excedam 10% do maior de entre o total das

responsabilidades e do valor do fundo, também reportados ao início do ano, sejam imputados a resultados durante um período que não pode exce-

der a média da vida de serviço remanescente dos trabalhadores abrangidos pelo plano. O Grupo determinou que os desvios actuariais são amorti-

zados por um período de 15 anos. Os ganhos e perdas actuariais acumulados que se situem dentro do referido limite, não são reconhecidos em resul-

tados.

Anualmente, o Grupo reconhece como um custo, na sua demonstração de resultados um valor total líquido que inclui (i) o custo do serviço corren-

te, (ii) o custo dos juros, (iii) o rendimento esperado dos activos do fundo, (iv) uma porção dos ganhos e perdas actuariais determinada com base no

referido método do corredor e (v) o efeito das reformas antecipadas, o qual inclui a amortização antecipada dos ganhos e perdas actuariais asso-

ciadas.

Os encargos com reformas antecipadas correspondem ao aumento de responsabilidades decorrente da reforma ocorrer antes do empregado atin-

gir os 65 anos de idade.

O Grupo efectua pagamentos aos fundos por forma a assegurar a solvência dos mesmos, sendo os níveis mínimos fixados pelo Banco de Portugal

como segue: (i) financiamento integral no final de cada exercício das responsabilidades actuariais por pensões em pagamento e (ii) financiamento

a um nível mínimo de 95% do valor actuarial das responsabilidades por serviços passados do pessoal no activo.

Benefícios de saúdeAos trabalhadores bancários é assegurada pelo Grupo a assistência médica por um Serviço de Assistência Médico-Social. O Serviço de Assistência

Médico-Social – SAMS – constitui uma entidade autónoma e é gerido pelo Sindicato respectivo.

O SAMS proporciona, aos seus beneficiários, serviços e/ou comparticipações em despesas no domínio de assistência médica, meios auxiliares de

diagnóstico, medicamentos, internamentos hospitalares e intervenções cirúrgicas, de acordo com as suas disponibilidades financeiras e regula-

mentação interna.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 21

Constituem contribuições obrigatórias para o SAMS, a cargo do Grupo, a verba correspondente a 6,50% do total das retribuições efectivas dos tra-

balhadores no activo, incluindo, entre outras, o subsídio de férias e o subsídio de Natal.

O cálculo e registo das obrigações do Grupo com benefícios de saúde atribuíveis aos trabalhadores na idade da reforma são efectuados de forma

semelhante às responsabilidades com pensões.

Prémios de antiguidadeNo âmbito do Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário, o Grupo BESI assumiu o compromisso de pagar aos seus trabalhadores, quando

estes completam 15, 25 e 30 anos ao serviço do Grupo, prémios de antiguidade de valor correspondente a uma, duas ou três vezes, respectivamen-

te, o salário mensal recebido à data de pagamento destes prémios.

À data da passagem à situação de invalidez ou invalidez presumível, o trabalhador tem direito a um prémio de antiguidade de valor proporcional

àquele de que beneficiaria se continuasse ao serviço até reunir os pressupostos do escalão seguinte.

Os prémios de antiguidade são contabilizados pelo Grupo de acordo com o IAS 19, como outros benefícios de longo prazo a empregados.

O valor das responsabilidades do Grupo com estes prémios de antiguidade é estimado anualmente, à data do balanço, pelo Grupo com base no Método

da Unidade de Crédito Projectada. Os pressupostos actuariais utilizados baseiam-se em expectativas de futuros aumentos salariais e tábuas de morta-

lidade. A taxa de desconto utilizada neste cálculo é determinada com base nas taxas de mercado associadas a obrigações de empresas de rating eleva-

do, denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e com maturidade semelhante à data do termo das responsabilidades calculadas.

Anualmente, o aumento da responsabilidade com prémios de antiguidade, incluindo ganhos e perdas actuariais e custos de serviços passados, é

reconhecido em resultados.

Remunerações variáveis aos empregadosDe acordo com as disposições estatutárias de algumas sociedades do Grupo, os accionistas destas sociedades aprovam anualmente em

Assembleia-Geral a remuneração variável a ser distribuída aos membros dos órgãos de Administração e demais colaboradores (bónus), de acordo

com proposta do Conselho de Administração.

As remunerações variáveis dos colaboradores são contabilizadas em resultados do exercício a que respeitam.

2.16 Impostos sobre lucros

Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados,

excepto quando estão relacionados com items que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por

contrapartida dos capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de activos disponíveis para

venda e de derivados de cobertura de fluxos de caixa são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em

resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor

e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores

contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balan-

ço em cada jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis com excepção do goodwill não dedutível para efei-

tos fiscais, das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de activos e passivos que não afectem quer o lucro contabilístico quer o fiscal, e de

22 RELATÓRIO E CONTAS

diferenças relacionadas com investimentos em subsidiárias na medida em que não seja provável que se revertam no futuro. Os impostos diferidos

activos são reconhecidos apenas na medida em que seja expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as diferenças tem-

porárias dedutíveis.

2.17 Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) o Grupo tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a

ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

2.18 Reconhecimento de juros

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e de activos financeiros disponíveis para venda são

reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares, utilizando o método da taxa efectiva. Os juros dos activos e dos

passivos financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos similares ou juros e custos simila-

res, respectivamente.

A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instru-

mento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. A taxa de

juro efectiva é estabelecida no reconhecimento inicial dos activos e passivos financeiros e não é revista subsequentemente.

Para o cálculo da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por

exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam

parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a transacção.

No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros

registados em juros e proveitos equiparados são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade.

No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, com excepção daqueles classificados como de cobertura do risco de taxa de juro e dos derivados

para gestão de certos activos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados por forma a resolver um eventual mismatch contabi-

lístico (derivados para gestão de risco), a componente de juro inerente à variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados

de activos e passivos ao justo valor através de resultados. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos instrumentos financeiros derivados

de cobertura do risco de taxa de juro e dos derivados para gestão de certos activos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados

por forma a resolver um eventual mismatch contabilístico é reconhecida nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares.

2.19 Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma:

• Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, como por exemplo comissões na sindicação de emprés-

timos, são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído.

• Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no período a que se referem.

• Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são registados em

resultados pelo método da taxa de juro efectiva.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 23

2.20 Reconhecimento de dividendos

Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber o seu pagamento é estabelecido.

2.21 Reporte por segmentos

Um segmento de negócio é um conjunto de activos e operações que estão sujeitos a riscos e proveitos específicos diferentes de outros segmentos

de negócio.

Um segmento geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num ambiente económico específico que está sujeito a riscos e provei-

tos que são diferentes de outros segmentos que operam em outros ambientes económicos.

2.22 Resultados por acção

Os resultados por acção básicos são calculados dividindo o resultado líquido atribuível aos accionistas do banco pelo número médio ponderado de

acções ordinárias em circulação, excluindo o número médio de acções próprias detidas pelo Grupo.

Para o cálculo dos resultados por acção diluídos, o número médio ponderado de acções ordinárias em circulação é ajustado de forma a reflectir o

efeito de todas as potenciais acções ordinárias diluidoras, como as resultantes de dívida convertível e de opções sobre acções próprias concedidas

aos trabalhadores. O efeito da diluição traduz-se numa redução nos resultados por acção, resultante do pressuposto de que os instrumentos con-

vertíveis são convertidos ou de que as opções concedidas são exercidas.

Durante o período coberto por estas demonstrações financeiras não existiam quaisquer acções ordinárias potenciais.

2.23 Activos não correntes detidos para venda

Activos não correntes ou grupos para alienação (grupo de activos a alienar em conjunto numa só transacção, e passivos directamente associados

que incluem pelo menos um activo não corrente) são classificados como detidos para venda quando o seu valor de balanço for recuperado princi-

palmente através de uma transacção de venda (incluindo os adquiridos exclusivamente com o objectivo da sua venda), os activos ou grupos para

alienação estiverem disponíveis para venda imediata e a venda for altamente provável.

Imediatamente antes da classificação inicial do activo (ou grupo para alienação) como detido para venda, a mensuração dos activos não correntes

(ou de todos os activos e passivos do grupo) é efectuada de acordo com os IFRS aplicáveis. Subsequentemente, estes activos ou grupos para alie-

nação são remensurados ao menor valor entre o valor de reconhecimento inicial e o justo valor deduzido dos custos de venda.

2.24 Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior

a três meses a contar da data de aquisição/contratação, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de bancos centrais.

2.25 Normas e interpretações ainda não adoptadas

Na Nota 39 são apresentadas as Normas e interpretações ainda não adoptadas pelo Grupo.

24 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 3 – PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS UTILIZADOS NA ELABORAÇÃO DAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Os IFRS estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração efectue julgamentos e faça estimati-

vas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utiliza-

dos na aplicação dos princípios contabilísticos pelo Grupo são discutidas nesta nota com o objectivo de melhorar o entendimento de como a sua

aplicação afecta os resultados reportados do Grupo e a sua divulgação. Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas

pelo Grupo é apresentada na Nota 2 às demonstrações financeiras consolidadas.

Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados

reportados pelo Grupo poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que as esco-

lhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira do Grupo e o resultado

das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para um melhor entendimento das demonstrações financeiras e

não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas possam ser mais apropriadas.

3.1 Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda

O Grupo determina que existe imparidade nos seus activos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de

valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamen-

to efectuado, o Grupo avalia entre outros factores, a volatilidade normal dos preços das acções.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação os quais requerem a utilização de determi-

nados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

A utilização de metodologias alternativas de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível diferente de perdas por imparidade

reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados do Grupo.

3.2 Justo valor dos instrumentos financeiros derivados

O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação é determinado com base na utilização de preços

de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas

de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de rentabilidade e factores de volatilida-

de. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo,

poderia originar resultados financeiros diferentes daqueles reportados.

3.3 Perdas por imparidade no crédito sobre Clientes

O Grupo efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade, conforme referido na Nota 2.5.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas esti-

mativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e

as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 25

A utilização de metodologias alternativas de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade

reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados consolidados do Grupo.

3.4 Impostos sobre os lucros

O Grupo encontra-se sujeito ao pagamento de impostos sobre lucros em diversas jurisdições. A determinação do montante global de impostos sobre

os lucros requer determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação do valor final de

imposto a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.

As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pelo Banco e pelas suas subsidiárias, durante um perío-

do de quatro ou seis anos, no caso de haver prejuízos fiscais reportáveis. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resul-

tantes principalmente de diferenças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção dos Conselhos de Administração do Banco e das

subsidiárias residentes em Portugal, de que não haverá correcções significativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações finan-

ceiras.

3.5 Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades por pensões de reforma requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projec-

ções actuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e outros factores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de

pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

NOTA 4 - REPORTE POR SEGMENTOS

A actividade do Grupo BESI encontra-se organizada de acordo com as seguintes linhas de negócio:

i) Banca de Investimento– inclui a actividade da banca de investimento, nomeadamente estruturação de fusões e aquisições, montagem e colocação

de emissões de dívida, estudos e análises;

ii) Gestão de activos – inclui a actividade de gestão de fundos de investimentos e de gestão de patrimónios;

26 RELATÓRIO E CONTAS

O reporte de segmentos primários é apresentado como segue:

Juros e proveitos similares - 71 569 - - - 71 569 - 156 667 4 156 671 (45 635) 182 605

Juros e custos similares - 56 572 - - - 56 572 - 143 502 - 143 502 (45 202) 154 872

Margem financeira - 14 997 - - - 14 997 - 13 165 4 13 169 (433) 27 733

Rendimentos de instrumentos de capital - 31 413 - - - 31 413 - 79 - 79 (29 616) 1 876

Rendimentos de serviços e comissões - 27 927 - - - 27 927 - 26 674 - 26 674 (352) 54 249

Encargos de serviços e comissões - (3 288) - - - (3 288) - (5 651) (110) (5 761) 362 (8 687)

Resultados de activos e passivos ao justo

valor através de resultados - (2 819) - - - (2 819) - 57 630 - 57 630 (11 735) 43 076

Resultados de activos financeiros

disponíveis para venda - 596 - - - 596 - 2 883 - 2 883 - 3 479

Resultados de reavaliação cambial - (1 492) - - - (1 492) - (1 315) - (1 315) 279 (2 528)

Outros resultados de exploração - 18 745 - - - 18 745 - 9 397 1 727 11 124 12 426 42 295

Proveitos operacionais - 86 079 - - - 86 079 - 102 862 1 621 104 483 (29 069) 161 493

(Proveitos operacionais Externos) - 86 079 - - - 86 079 - 102 862 1 621 104 483 (29 069) 161 493

(Proveitos operacionais Intersegmentos) - - - - - - - - - - - -

Custos com pessoal - 22 865 - - - 22 865 - 23 036 600 23 636 - 46 501

Gastos gerais administrativos - 13 129 - - - 13 129 - 13 598 187 13 785 (1 408) 25 506

Depreciações e amortizações - 1 144 - - - 1 144 - 1 092 13 1 105 - 2 249

Provisões líquidas de anulações - (844) - - - (844) - - - - 1 050 206

Imparidade do crédito líquida

de reversões e recuperações - 5 924 - - - 5 924 - 108 - 108 - 6 032

Imparidade de outros activos financeiros

líquida de reversões e recuperações - 651 - - - 651 - - - - - 651

Imparidade de outros activos líquida

de reversões e recuperações - 122 - - - 122 - - - 122 - -

Diferenças de consolidação negativas - - - - - - - - - - - -

Custos operacionais - 42 991 - - - 42 991 - 37 834 800 38 634 (358) 81 267

Alienação de investimentos - 1 792 - - - 1 792 - - - - - 1 792

Resultados de associadas - 977 - - - 977 - - - - - 977

Resultado antes de impostos - 44 065 - - - 45 857 - 65 028 821 65 849 (28 711) 82 995

Impostos

Correntes - 28 931 - - - 28 931 - 8 399 258 8 659 - 37 590

Diferidos - (19 229) - - - (19 229) - 2 300 20 2 320 - (16 909)

Resultado após impostos antes

de interesses minoritários - 34 363 - - - 36 155 - 54 329 543 54 870 (28 711) 62 314

Interesses minoritários - 83 - - - 83 - 2 109 108 2 217 - 2 300

Resultado líquido do exercício - 34 280 - - - 36 072 - 52 220 435 52 653 (28 711) 60 014

Outras informações

Activo líquido - 1 862 771 - - - 1 862 771 - 3 238 881 1 310 3 240 191 (535 829) 4 567 133

Investimento em empresas associadas - 13 507 - - - 13 507 - 12 188 - 12 188 - 25 695

Passivo - 1 696 726 - - - 1 696 726 - 3 057 335 337 3 057 672 (448 219) 4 306 179

Investimento em activos tangíveis - 2 976 - - - 2 976 - 2 535 38 2 573 - 5 549

Investimento em activos intangíveis - 11 277 - - - 11 277 - 1 181 21 1 202 - 12 479

(milhares de euros)

31.12.2006

Banca de

empresas e

particulares

Actividade Doméstica Actividade Internacional

Banca de

Investimento

Gestão

de activos

Crédito

especializado Outras Total

Banca de

empresas e

particulares

Banca de

Investimento

Gestão de

activos Total

Intergrupo Total

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 27

31.12.2005

Actividade Doméstica Actividade Internacional

Banca de Banca de Gestão

Investimento Total Investimento de activos Total

Juros e proveitos similares 45 475 45 475 123 449 16 123 465 (22 192) 146 748

Juros e custos similares 35 578 35 578 111 462 - 111 462 (21 055) 125 985

Margem financeira 9 897 9 897 11 987 16 12 003 (1 137) 20 763

Rendimentos de instrumentos de capital 51 767 51 767 286 - 286 (50 263) 1 790

Rendimentos de serviços e comissões 19 704 19 704 22 215 - 22 215 (953) 40 966

Encargos de serviços e comissões 3 993 3 993 6 399 1 6 400 12 10 405

Resultados de activos e passivos ao justo valor através de resultados 13 389 13 389 (11 080) - (11 080) (22 919) (20 610)

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda (394) (394) 106 - 106 - (288)

Resultados de reavaliação cambial (315) (315) 54 107 - 54 107 (2 747) 51 045

Resultados de alienação de outros activos financeiros - - - - - - -

Outros resultados de exploração 24 197 24 197 (20 100) 685 (19 415) 26 164 30 946

Proveitos operacionais 114 252 114 252 51 122 700 51 822 (51 867) 114 207

(Proveitos operacionais Externos) 114 252 114 252 51 122 700 51 822 (51 867) 114 207

(Proveitos operacionais Intersegmentos) - - - - - - -

Custos com pessoal 20 556 20 556 16 796 757 17 553 - 38 109

Gastos gerais administrativos 14 087 14 087 9 765 379 10 144 (889) 23 342

Depreciações e amortizações 1 129 1 129 936 14 950 34 2 113

Provisões líquidas de anulações (2 937) (2 937) 9 - 9 3 318 390

Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 5 998 5 998 - - - 2 347 8 345

Imparidade de outros activos financeiros líquida de

reversões e recuperações (801) (801) - - - (1 590) (2 391)

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações (39) (39) - - - (950) (989)

Custos operacionais 37 993 37 993 27 506 1 150 28 656 2 270 68 919

Alienação de investimentos 12 033 12 033 - - - 313 12 346

Resultados de associadas (7) (7) - - - - (7)

Resultado antes de impostos 88 285 88 285 23 616 (450) 23 166 (53 824) 57 627

Impostos

Correntes 23 386 23 386 2 064 (103) 1 961 (5) 25 342

Diferidos (16 400) (164 00) (161) - (161) (1 169) (17 730)

Resultado após impostos antes de interesses minoritários 81 299 81 299 21 713 (347) 21 366 (52 650) 50 015

Interesses minoritários - - 114 - 114 (110) 4

Resultado líquido do exercício 81 299 81 299 21 827 (347) 21 480 (52 760) 50 019

Outras informações

Activo líquido 1 641 286 1 641 286 2 948 902 594 2 949 496 (978 216) 3 612 566

Investimento em empresas associadas 1 008 1 008 - - - - 1 008

Passivo 1 404 032 1 404 032 2 764 758 223 2 764 981 (806 103) 3 362 910

Investimento em activos tangíveis 675 675 583 - 583 - 1 258

Investimento em activos intangíveis 514 514 763 - 763 - 1 277

(milhares de euros)

Intergrupo Total

28 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 5 - MARGEM FINANCEIRA

O valor desta rubrica é composto por:

O reporte de segmentos secundários é feito de acordo com a localização geográfica das diferentes unidades de negócio do Grupo:

(milhares de euros)

31.12.2006

Portugal Resto Europa América Latina Total

Resultado líquido 50 485 3 627 5 902 60 014

Activo líquido 1 924 794 2 008 602 633 737 4 567 133

Investimento activos

tangíveis 645 91 665 1 401

intangíveis 330 301 303 934

(milhares de euros)

31.12.2005

Portugal Resto Europa América Latina Total

Resultado líquido 42 518 6 070 1 431 50 019

Activo líquido 1 643 759 1 431 175 537 632 3 612 566

Investimento activos

tangíveis 675 237 346 1 258

intangíveis 514 622 141 1 277

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Juros e proveitos similares

Juros de crédito 54 209 32 139

Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 40 675 31 311

Juros de derivados para gestão de risco 16 471 19 043

Juros de activos financeiros disponíveis para venda 11 418 7 142

Juros de activos financeiros ao justo valor através de resultados 53 439 54 519

Outros juros e proveitos similares 6 393 2 594

182 605 146 748

Juros e custos similares

Juros de recursos de bancos centrais e instituições de crédito 55 206 61 875

Juros de derivados para gestão de risco 16 488 8 947

Juros de débitos representados por títulos 22 004 13 239

Juros de depósitos de clientes 57 161 39 938

Juros de passivos subordinados 3 655 1 952

Outros juros e custos similares 358 34

154 872 125 985

27 733 20 763

A rubrica de juros de crédito inclui 600 milhares de euros (2005 – 212 milhares de euros) relativos a juros de contratos de crédito com imparidade.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 29

A rubrica juros de derivados para gestão de risco inclui, de acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.18, os juros de derivados de cober-

tura e os juros dos derivados contratados com o objectivo de efectuar a cobertura económica de determinados activos e passivos financeiros desig-

nados ao justo valor através de resultados, conforme política contabilística descrita na Nota 2.8.

NOTA 6 - RESULTADOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

O valor desta rubrica é composto por:

31.12.2006 31.12.2005

Rendimentos de serviços e comissões

Por serviços bancários prestados 12 367 17 382

Por garantias prestadas 492 734

Por operações realizadas com títulos 41 390 22 850

54 249 40 966

Encargos de serviços e comissões

Por serviços bancários prestados por terceiros 5 595 1 081

Por operações realizadas com títulos - 5 363

Por garantias recebidas 1 23

Outros custos com serviços e comissões 3 091 3 938

8 687 10 405

45 562 30 561

(milhares de euros)

NOTA 7 - RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 70 150 34 527 35 623 8 610 9 837 (1 227)

De outros emissores 5 599 1 365 4 234 8 330 904 7 426

Acções 99 102 51 625 47 477 63 577 48 329 15 248

Instrumentos financeiros derivados

Divisas 488 393 451 479 36 914 10 717 11 765 (1 048)

Taxa de juro 199 890 249 747 (49 857) 10 472 39 547 (29 075)

Cotações 718 076 751 910 (33 834) 116 833 130 071 (13 238)

Outros 566 073 563 554 2 519 717 771 716 467 1 304

2 147 283 2 104 207 43 076 936 310 956 920 (20 610)

30 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 8 - RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos - - - 9 3 6

De outros emissores 3 478 228 3 250 130 396 (266)

Acções 46 10 36 - 28 (28)

3 524 238 3 286 139 427 (288)

NOTA 9 - RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Reavaliação Cambial (12 253) (9 725) (2 528) 305 271 254 226 51 045

(12 253) (9 725) (2 528) 305 271 254 226 51 045

Esta rubrica inclui os resultados decorrentes da reavaliação cambial de activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira, de acordo

com a política contabilística descrita na Nota 2.2.

NOTA 10 – OUTROS RESULTADOS OPERACIONAIS

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Resultado em derivados de cobertura de justo valor (42 611) (12 220)

Outros serviços clientes 52 276 39 616

Resultados operações financeiras 39 048 8 096

Outros ganhos operacionais - outros (4 433) (4 546)

44 280 30 946

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 31

NOTA 11 - CUSTOS COM PESSOAL

O valor dos custos com pessoal é composto por:

31.12.2006 31.12.2005

Vencimentos e salários 38 534 32 213

Remunerações 38 237 31 748

Prémios de antiguidade (ver Nota 11) 297 465

Benefícios de saúde - SAMS (ver Nota 11) 197 132

Outros encargos sociais obrigatórios 3 694 3 062

Custos com pensões de reforma (ver Nota 11) 1 821 1 124

Outros custos 2 255 1 578

46 501 38 109

(milhares de euros)

Os membros do Conselho de Administração do BESI auferiram, em 2006, uma remuneração total de 6 125 milhares de euros (2005: 4 477 milhares

de euros).

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 o valor do crédito concedido aos Órgãos de Administração do Grupo BESI ascendia a 411 milhares de euros e

440 milhares de euros respectivamente.

Por categoria profissional, o número de colaboradores do Grupo BESI analisa-se como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Funções directivas 197 184

Funções de chefia 18 21

Funções específicas 152 147

Funções administrativas 43 43

Funções auxiliares 5 5

415 400

NOTA 12 - BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

Pensões de reforma e benefícios de saúdeEm conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho celebrado com os sindicatos e vigente para o sector bancário, o Banco assumiu o compro-

misso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobre-

vivência. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente em função do número de anos de serviço do empregado, aplicada à tabela sala-

rial negociada anualmente para o pessoal no activo.

Durante o exercício de 1998, o Banco Espírito Santo e as restantes subsidiárias do Grupo em Portugal, onde se inclui o BESI, decidiram constituir um

fundo aberto autónomo, designado de Fundo de Pensões Aberto GES destinado a financiar a atribuição de benefícios complementares aos colabo-

radores.

O fundo têm como sociedade gestora a ESAF - Espírito Santo Fundo de Pensões, S.A.

32 RELATÓRIO E CONTAS

Os pressupostos actuariais utilizados no cálculo das responsabilidades são como segue:

Pressupostos Verificado

31.12.2006 31.12.2005 31.12.2006 31.12.2005

Pressupostos Financeiros

Taxas de evolução salarial 2,75% 2,75% 4,00% 4,00%

Taxa de crescimento das pensões 1,75% 1,75% 2,50% 2,50%

Taxas de rendimento do fundo 4,75% 5,25% 8,61% 8,61%

Taxa de desconto 4,75% 4,75%

Pressupostos Demográficos e Métodos de Avaliação

Tábua de Mortalidade

Homens TV 73/77 (ajustada) TV 73/77 (ajustada)

Mulheres TV 88/90 TV 88/90

Métodos de valorização actuarial Project Unit Credit Method

31.12.2006 31.12.2005

Activos 230 216

Reformados 19 18

Sobreviventes 3 4

TOTAL 252 238

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.15, a taxa de desconto utilizada para estimar as responsabilidades com pensões de refor-

ma e com benefícios de saúde, corresponde às taxas de mercado à data do balanço, associadas a obrigações de empresas de rating elevado. Face

às condições de mercado em 31 de Dezembro de 2006, o Grupo decidiu utilizar uma taxa de desconto de 4,75% (2005: 4,75%).

As contribuições para o SAMS são definidas por esta entidade e em 31 de Dezembro de 2006 ascendiam a 6,5% da massa salarial. Em 2005, esta

taxa era de 6,25%.

Os participantes no Fundo são desagregados da seguinte forma:

A aplicação do IAS 19 traduz-se nas seguintes responsabilidades, encargos, contribuições do Grupo para os fundos de pensões e níveis de cobertu-

ra reportáveis a 31 de Dezembro de 2006 e 2005:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Pensões de reforma Benefícios de saúde Total Pensões de reforma Benefícios de saúde Total

Activos/(responsabilidades) líquidas reconhecidas em balanço

Responsabilidades em 31 de Dezembro

Pensionistas 6 610 430 7 040 5 969 388 6 357

Activos 17 963 1 164 19 127 15 767 1 025 16 792

24 573 1 594 26 167 21 736 1 413 23 149

Saldo dos fundos em 31 de Dezembro 24 621 - 24 621 18 486 - 18 486

Passivos a entregar ao fundo 48 (1 594) (1 546) (3 250) (1 413) (4 663)

Desvios actuariais diferidos em 31 de Dezembro 6 947 489 7 436 6 941 505 7 446

Activos/(responsabilidades) líquidas em balanço em 31 de Dezembro 6 995 (1 105) 5 890 3 691 (908) 2 783

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 33

As evolução das responsabilidades com pensões de reforma e benefícios de saúde pode ser analisada como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Pensões Benefícios Pensões Benefícios

de reforma de saúde Total de reforma de saúde Total

Responsabilidades em 1 de Janeiro 21 736 1 413 23 149 16 159 994 17 153

Alterações do perímetro de consolidação e outros - - - 4 - 4

Custo do serviço corrente 1 442 106 1 548 985 76 1 061

Custo dos juros 1 020 67 1 087 834 51 885

Contibuições dos empregados 122 - 122 102 - 102

(Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades: 764 8 772 -

- Alterações das tábuas de mortalidade - - - 1 053 95 1 148

- Alteração da taxa de desconto - - - 2 375 214 2 589

- Outros (ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 764 8 772 196 18 214

Pensões pagas pelo fundo (511) - (511) (545) - (545)

Benefícios pagos pelo Grupo - - - - (35) (35)

Reformas antecipadas - - - 573 - 573

Responsabilidades em 31 de Dezembro 25 337 1 602 26 939 21 736 1 413 23 149

(milhares de euros)

Em 31 de Dezembro de 2006, o acréscimo de 1% no valor das contribuições para o SAMS implicaria um acréscimo de responsabilidades de 245 milha-

res de euros (31 de Dezembro de 2005: 217 milhares de euros), e um acréscimo no custo do exercício (custo do serviço corrente e custo dos juros)

de 28 milhares de euros (31 de Dezembro de 2005: 22 milhares de euros).

A evolução do valor dos fundos de pensões nos exercícios de 2006 e 2005 pode ser analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Pensões Benefícios Pensões Benefícios

de reforma de saúde Total de reforma de saúde Total

Saldo dos fundos em 1 de Janeiro 18 486 - 18 486 15 950 - 15 950

Alterações do perímetro de consolidação e outros - - - 92 - 92

Rendimento real do fundo 1 483 - 1 483 1 427 - 1 427

Contribuições do Grupo 5 041 - 5 041 1 460 - 1 460

Contribuições dos empregados 122 - 122 102 - 102

Pensões pagas pelo fundo (511) - (511) (545) - (545)

Saldo dos fundos em 31 de Dezembro 24 621 - 24 621 18 486 - 18 486

A evolução dos desvios actuariais diferidos em balanço pode ser analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Pensões Benefícios Pensões Benefícios

de reforma de saúde Total de reforma de saúde Total

Desvios actuariais diferidos em 1 de Janeiro 6 941 505 7 446 4 131 183 4 314

Alterações do perímetro de consolidação e outros 84 - 84 (82) - (82)

(Ganhos) e perdas actuariais no ano:

- Alterações das tábuas de mortalidade - - - 1 053 95 1 148

- Alteração da taxa de desconto - - - 2 375 214 2 589

- Outros (ganhos) e perdas actuariais do ano 246 8 254 (368) 18 (350)

Amortização do exercício (324) (24) (348) (168) (5) (173)

Desvios actuariais diferidos em 31 de Dezembro 6 947 489 7 436 6 941 505 7 446

Dos quais:

Dentro do corredor 2 453 159 2 612 2 164 141 2 305

Fora do corredor 4 494 330 4 824 4 777 364 5 141

34 RELATÓRIO E CONTAS

% Carteira

Obrigações 32,40%

Acções 39,90%

Investimento alternativo 16,00%

Imobiliário 2,90%

Liquidez 8,80%

Total 100,00%

A evolução das responsabilidades não financiadas pode ser analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Pensões Benefícios Pensões Benefícios

de reforma de saúde Total de reforma de saúde Total

Responsabilidades não financiadas no início do ano 3 250 1 413 4 663 209 994 1 203

Alterações do perímetro de consolidação e outros - - - (88) - (88)

Ganhos e perdas actuarias das responsabilidades 764 8 772 3 624 327 3 951

Ganhos e perdas actuariais dos fundos (517) - (517) (564) - (564)

Encargos do ano:

- Custo do serviço corrente 1 442 106 1 548 985 76 1 061

- Custo dos juros 1 020 67 1 087 834 51 885

- Rendimento esperado do fundo (966) - (966) (863) - (863)

- Reformas antecipadas - - - 573 - 573

Contribuições efectuadas no ano e pensões pagas pelo Grupo (5 041) - (5 041) (1 460) (35) (1 495)

Responsabilidades não financiadas no final do ano (48) 1 594 1 546 3 250 1 413 4 663

Os custos do exercício com pensões de reforma e com benefícios de saúde podem ser analisados como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Pensões Benefícios Pensões Benefícios

de reforma de saúde Total de reforma de saúde Total

Custo do serviço corrente 1 442 106 1 548 985 76 1 061

Custo dos juros 1 020 67 1 087 834 51 885

Rendimento esperado do fundo (966) - (966) (863) - (863)

Amortização do exercício 325 24 349 168 5 173

Custos do exercício 1 821 197 2 018 1 124 132 1 256

A evolução dos activos/(responsabilidades) em balanço pode ser analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Pensões Benefícios Pensões Benefícios

de reforma de saúde Total de reforma de saúde Total

Em 1 de Janeiro 3 691 (9 08) 2 783 3 922 (811) 3 111

Custo do exercício (1 821) (197) (2 018) (1 124) (132) (1 256)

Utilização de provisões - - - (573) - (573)

Contribuições efectuadas no ano e pensões pagas pelo Grupo 5 041 - 5 041 1 460 35 1 495

Alterações do perímetro de consolidação e outros 84 - 84 6 - 6

Em 31 de Dezembro 6 995 (1 105) 5 890 3 691 (908) 2 783

Os activos do fundo de pensões utilizados pelo Grupo ou representativos de títulos emitidos por entidades do Grupo são detalhados como segue:

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 35

Os activos/(responsabilidades) em balanço encontram-se reflectidos na rubrica de Outros activos e Outros passivos (ver Nota 25 e Nota 32).

Prémios de antiguidadeEm 31 de Dezembro de 2006 e 2005, as responsabilidades assumidas pelo Grupo e os custos reconhecidos nos exercícios com o prémio de antigui-

dade são como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Responsabilidades a 1 de Janeiro 1620 1404

Custo do exercício 297 465

Prémios pagos (63) 249

Responsabilidades a 31 de Dezembro 2006 1854 1620

(milhares de euros)

Os pressupostos actuariais utilizados no cálculo das responsabilidades são os apresentados para o cálculo das pensões de reforma (quando aplicáveis).

Em 31 de Dezembro de 2006, o Grupo reconheceu em custos com pessoal o montante de 326 milhares de euros (31 de Dezembro de 2005: 465 milha-

res de euros) relativos a prémios de antiguidade (ver Nota 11).

NOTA 13 - GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

O valor desta rubrica é composto por:

31.12.2006 31.12.2005

Rendas e alugueres 4 177 4 121

Publicidade e publicações 1 173 1 273

Comunicações e expedição 3 481 3 044

Deslocações e representação 4 145 3 870

Conservação e reparação 768 592

Seguros 421 302

Serviços especializados

Informática 2 473 2 126

Mão de obra eventual 220 236

Trabalho independente 1 831 1558

Outros serviços especializados 723 2 078

Outros custos 6 094 4 142

25 506 23 342

(milhares de euros)

A rubrica Outros serviços especializados inclui, entre outros, custos com segurança e vigilância, informação, consultores e auditores externos e judi-

ciais, contencioso e notariado. A rubrica de Outros custos inclui, entre outros, custos com formação e custos com fornecimentos externos.

36 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 14 - RESULTADOS POR ACÇÃO

Resultados por acção básicosOs resultados básicos por acção são calculados efectuando a divisão do resultado atribuível aos accionistas do Banco pelo número médio de acções

ordinárias emitidas durante o ano, excluindo o número médio de acções compradas pelo Banco e detidas na carteira como acções próprias.

31.12.2006 31.12.2005

Resultado líquido atribuível à empresa-mãe 60 014 50 019

Resultado líquido atribuível à empresa-mãe ajustado 60 014 50 019

Número médio de acções ordinárias emitidas (milhares) 14 000 14 000

Número médio ponderado de acções ordinárias em circulação (milhares) 14 000 14 000

Resultado por acção básico atribuível aos accionistas do Banco (em euros) 4.29 3.57

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Caixa 10 13

Depósitos à ordem em bancos centrais

Banco de Portugal 7 293 2 489

Outros bancos centrais 1 437 270

8 730 2 759

8 740 2 772

(milhares de euros)

Resultados por acção diluídosOs resultados por acção diluídos são calculados ajustando o efeito de todas as potenciais acções ordinárias diluidoras ao número médio pondera-

do de acções ordinárias em circulação e ao resultado líquido atribuível aos accionistas do banco.

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o Banco não detinha acções potenciais ordinárias diluidoras, pelo que o resultado por acção diluído é igual ao

resultado por acção básico.

NOTA 15 - CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

A rubrica Depósitos à ordem em bancos centrais - Banco de Portugal inclui depósitos de carácter obrigatório, que têm por objectivo satisfazer os

requisitos legais quanto à constituição de disponibilidades mínimas de caixa. De acordo com o Regulamento (CE) n.º 2818/98 do Banco Central

Europeu, de 1 de Dezembro de 1998, as disponibilidades mínimas obrigatórias em depósitos à ordem no Banco de Portugal, são remuneradas e cor-

respondem a 2% dos depósitos e títulos de dívida com prazo inferior a 2 anos, excluindo destes os depósitos e os títulos de dívida de instituições

sujeitas ao regime de reservas mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais. Em 31 de Dezembro de 2006 a taxa de remuneração média des-

tes depósitos ascende a 2,7975% (31 de Dezembro de 2005: 2,02%).

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 37

NOTA 16 - DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Disponibilidades em outras instituições de crédito no país

Depósitos à ordem 932 2431

932 2431

Disponibilidades em outras instituições de crédito no estrangeiro

Depósitos à ordem 2561 17152

Cheques a cobrar - 280

2561 17432

3493 19863

(milhares de euros)

NOTA 17 - ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DOS RESULTADOS

A 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a rubrica Activos financeiros detidos para negociação apresenta os seguintes valores:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Títulos

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 392 532 319 771

De outros emissores 144 862 96 200

Acções 199 365 98 427

Outros títulos 41 527 38 612

778 286 553 010

Derivados 343 585 182 985

1 121 871 735 995

Em 31 de Dezembro de 2006, o valor de aquisição dos activos financeiros ao justo valor através de resultados era de 713 413 milhares de euros (31

de Dezembro de 2005: 513 667 milhares de euros).

A 31 de Dezembro de 2006, o escalonamento dos activos financeiros ao justo valor através de resultados (Títulos) por prazos de vencimento é como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Até 3 meses 4 047 2 904

De 3 meses a um ano 11 114 13 446

De um a cinco anos 6 816 332 688

Mais de cinco anos 515 417 67 931

Duração indeterminada 240 892 136 041

778 286 553 010

(milhares de euros)

38 RELATÓRIO E CONTAS

A 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a rubrica dos activos financeiros ao justo valor através de resultados , no que se refere a títulos cotados e não

cotados, é repartida da seguinte forma:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Cotados Não cotados Total Cotados Não cotados Total

Títulos

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 392 532 - 392 532 319 771 - 319 771

De outros emissores 137 002 7 860 144 862 96 200 - 96 200

Acções 199 365 - 199 365 98 427 - 98 427

Outros títulos 40 780 747 41 527 37 614 998 38 612

Total valor de balanço 769 679 8 607 778 286 552 012 998 553 010

A rubrica Instrumentos financeiros derivados a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Nocional Justo valor Nocional Justo valor

Positivo Negativo Positivo Negativo

Contratos sobre taxas de câmbio 2 092 155 69 073 104 525 1 130 584 63 785 11 680

Contratos sobre taxas de juro

Forward Rate Agreements - - - 32 500 12 11

Interest Rate Swaps 15 034 514 139 929 61 164 5 119 302 64 027 59 283

Swaption - Interest Rate Options - - - 58 604 880 880

Interest Rate Caps & Floors 2 895 543 11 015 11 029 2 477 942 7 615 7 632

Interest Rate Futures 2 291 848 - - 591 534 211 107

Future Options - - - - - -

20 221 905 150 944 72 193 8 279 882 72 745 67 913

Contratos sobre acções/índices

Equity / Index Swaps 432 172 19 874 9 533 337 093 5 777 7 791

Equity / Index Options 6 996 511 102 459 341 448 3 707 193 39 141 219 250

Equity / Index Futures 2 011 708 964 689

9 440 391 122 333 350 981 5 008 975 44 918 227 041

Contratos sobre crédito

Credit Default Swaps 227 110 1 235 926 338 018 1 537 880

227 110 1 235 926 338 018 1 537 880

Total 31 981 561 343 585 528 625 14 757 459 182 985 307 514

A 31 de Dezembro de 2006, o escalonamento dos activos financeiros ao justo valor através de resultados (Derivados) por prazos de vencimento é

como segue:

31.12.2006

Activo Passivo

Até 3 meses 20 990 19 379

De 3 meses a um ano 82 278 141 926

De um a cinco anos 167 894 238 842

Mais de cinco anos 72 423 128 478

343 585 528 625

(milhares de euros)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 39

NOTA 18 - ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

(milhares de euros)

Custo amortizadoReserva de justo valor

Imparidade Valor de balanço

Positiva Negativa

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 2 113 67 - - 2 180

De outros emissores 209 510 1 125 (244) - 210 391

Acções 2 389 3 980 - (170) 6 199

Outros títulos de rendimento variável 31 034 402 - - 31 436

Saldo a 31 de Dezembro de 2005 245 046 5 574 (244) (170) 250 206

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 10 652 14 (116) - 10 550

De outros emissores 213 243 752 (130) (369) 213 496

Acções 7360 690 (28) (133) 7 889

Outros títulos de rendimento variável 28 446 4 260 - 32 706

Saldo a 31 de Dezembro de 2006 259 701 5 716 (274) (502) 264 641

Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade em Activos financeiros disponíveis para venda são apresentados como se segue:

31.12.2006 31.12.2005

Saldo a 31 de Dezembro 170 19 937

Impacto da aplicação do IAS 32/39 - (1 512)

Saldo a de 1 Janeiro 170 18 425

Dotações 369

Utilizações - (17 909)

Reversões (37) (2 388)

Diferenças de câmbio e outras - 2 042

Saldo final 502 170

(milhares de euros)

A 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o escalonamento dos activos financeiros disponíveis para venda por prazos de vencimento é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Até 3 meses 14 998 3 889

De 3 meses a um ano 22 737 11 143

De um a cinco anos 123 791 128 155

Mais de cinco anos 62 520 69 384

Duração indeterminada 40 595 37 635

264 641 250 206

40 RELATÓRIO E CONTAS

As principais contribuições para a reserva de justo valor e para o montante de imparidade com referência a 31 de Dezembro de 2006 podem ser

analisadas como segue:

(milhares de euros)

DescriçãoCusto amortizado

Reserva de Justo valorImparidade Valor de mercado

Positiva Negativa

BOLSA VALORES - S.P. 1 232 3 883 - - 5 115

CP CIMENTO PARTICI 7.25% NOV06 3 592 - 22 (369) 3 201

GOTTEX ABL FUND E7A 2 000 53 - - 2 053

GOTVAFBVI 1 139 168 - - 1 307

GOTVAFDVI 1 139 155 - - 1 294

P.GOLFE 75 - - (75) -

REPUBLIC TURKEY 9.875% JAN08 5 374 - 80 - 5 294

SAPECBRU-OEU 602 647 - - 1 249

UBS AG JERSEY 0% APR13-CEZANNE 2 500 139 - - 2 639

OUTROS 141 509 671 172 (58) 141 950

159 162 5 716 274 (502) 164 102

NOTA 19 - APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Aplicações em instituições de crédito no país

Mercado monetário interbancário 49 015 -

Depósito - 15 000

Outras aplicações 17 706

66 721 15 000

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro

Operações de compra com acordo de revenda 1 043 634 961 280

1 043 634 961 280

1 110 335 976 280

Perdas por imparidade (764) (2)

1 109 591 976 278

(milhares de euros)

O escalonamento das Aplicações em instituições de crédito por prazos de vencimento, a 31 de Dezembro de 2006 e 2005, é como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Até 3 meses 1 109 591 939 905

De 3 meses a um ano - 4 185

De um a cinco anos - 32 188

1 109 591 976 278

(milhares de euros)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 41

31.12.2006 31.12.2005

Até 3 meses 25 606 35 672

De 3 meses a um ano 177 124 158 367

De um a cinco anos 231 191 120 904

Mais de cinco anos 966 271 653 814

Duração indeterminada 11 863 12 335

1 412 055 981 092

Os movimentos ocorridos no exercício como perdas por imparidade em empréstimos e aplicações em instituições de crédito são apresentados como

segue:

31.12.2006 31.12.2005

Saldo inicial 2 3

Dotações 782 4

Reversões (1) (7)

Diferenças de câmbio e outras (19) 2

Saldo final 764 2

(milhares de euros)

NOTA 20 - CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Crédito interno

A empresas

Créditos em conta corrente 2 848 42 328

Empréstimos 608 327 505 778

Descobertos 794 -

Outros créditos 97 109 18 217

A particulares

Habitação 1 142 1 423

Consumo e outros 9 12

710 229 567 758

Crédito ao exterior

A empresas

Empréstimos 644 719 396 300

Outros créditos 45 244 4 699

689 963 400 999

Crédito e juros vencidos

Até 90 dias 6 512 1 406

Há mais de 90 dias 5 351 10 929

11 863 12 335

1 412 055 981 092

Provisões para imparidade do crédito (21 970) (18 847)

1 390 085 962 245

O escalonamento do Crédito a clientes por prazos de vencimento, a 31 de Dezembro de 2006 e 2005, é como segue:

(milhares de euros)

42 RELATÓRIO E CONTAS

Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade em empréstimos a clientes são apresentados como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Saldo a 31 de Dezembro 18 847 15 657

Impacto da aplicação do IAS 32/39 - (4 838)

Saldo a 1 de Janeiro 18 847 10 819

Dotações 10 485 12 116

Utilizações (2 673) (347)

Reversões (4 453) (3 771)

Diferenças de câmbio e outras (236) 30

Saldo final 21 970 18 847

(milhares de euros)

A distribuição do Crédito a clientes por tipo de taxa é como segue:

(milhares de euros)

NOTA 21 - DERIVADOS DE COBERTURA

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os derivados de cobertura em balanço analisam-se como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Derivados para gestão de risco activos

Contratos sobre taxas de juro 6 760 14 647

Contratos sobre acções/índices 5 774 8 911

Outros contratos 177 -

12 711 23 558

Derivados para gestão de risco passivos

Contratos sobre taxas de juro 47 101 18 409

Contratos sobre acções/índices 5 774 9 025

Outros contratos 283 -

53 158 27 434

(40 447) (3 876)

(milhares de euros)

Derivados para gestão de risco

31.12.2006 31.12.2005

Activos Passivos Activos Passivos

Cobertura de justo valor 12 711 53 158 23 558 27 434

12 711 53 158 23 558 27 434

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Taxa fixa 194 422 69 456

Taxa variável 1 217 633 911 636

1 412 055 981 092

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 43

31.12.2005

Variação do Variação do justo

Justo valor Justo valor do Justo valor do valor do elemento

Produto derivado Produto coberto Risco coberto Nocional do derivado(2) derivado no ano elemento coberto(1) coberto no ano(1)

Interest Rate Swaps Emissão de Obrigações Taxa de juro 367 690 (4 824) (7 927) 2 784 (6 197)

Interest Rate Swaps Depositos Taxa de juro 104 334 948 204 (723) (44)

472 024 (3 876) (7 723) 2 061 (6 241)

A partir de 1 de Janeiro de 2005, o Grupo passou a adoptar a contabilidade de cobertura de acordo com os requisitos obrigatórios do IAS 39 (ver

Nota 2.4).

As operações de cobertura de justo valor podem ser analisadas como segue:

As operações de cobertura do Grupo BESI em 31 de Dezembro de 2006 tiveram uma efectividade superior a 97,78%, tendo o montante de cerca de

1 330 milhares de euros sido reconhecido como um proveito no período, relativo à inefectividade destas operações.

Os derivados associados a operações de cobertura de justo valor por maturidades, podem ser analisados como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006

Variação do Variação do justo

Justo valor Justo valor do Justo valor do valor do elemento

Produto derivado Produto coberto Risco coberto Nocional do derivado(2) derivado no ano elemento coberto(1) coberto no ano(1)

Interest Rate Swaps Emissão de Obrigações Taxa de juro 1 452 986 (40 799) (38 988) 41 845 40 597

Interest Rate Swaps Depositos Taxa de juro 118 182 352 (625) (336) 346

1 571 168 (40 447) (39 613) 41 509 40 943

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Nocional Justo Valor Nocional Justo Valor

Até 3 meses 200 568 402 5300 (26)

De 3 meses a um ano 490 600 (1 958) 65 750 105

De um a cinco anos 512 882 (8 630) 244 724 (109)

Mais de cinco anos 367 118 (30 261) 156 250 (3 846)

1 571 168 (40 447) 472 024 (3 876)

(milhares de euros)

NOTA 22 – ACTIVOS E PASSIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

A participação accionista Ropsoh – Unidades de Saúde, SA adquirida em 2005 pelo BESI foi alienada à Espírito Santo Saúde em Março de 2006.

44 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 23 - OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Imóveis

De serviço próprio 1 050 1 060

Beneficiações em edifícios arrendados 3 038 2 675

4 088 3 735

Equipamento

Equipamento informático 4 320 4 263

Instalações interiores 1 551 1 629

Mobiliário e material 1 917 2 096

Equipamento de segurança 230 170

Máquinas e ferramentas 558 934

Material de transporte 159 651

Outros 883 33

9 618 9 776

13 706 3 735

Imobilizado em curso

Beneficiações em edifícios arrendados - 219

Equipamento informático e outros 85 -

85 219

13 791 3 954

Depreciação acumulada (8 242) (7 898)

5 549 (3 944)

(milhares de euros)

O movimento nesta rubrica foi o seguinte:

Imobilizado

Imóveis Equipamento em curso Total

Custo de aquisição

Saldo a 31 de Dezembro de 2005 3 735 9 776 219 13 730

Adições 469 824 108 1 401

Abates / vendas (256) (1 014) - (1 270)

Transferências 163 79 (242) -

Variação cambial (23) (47) - (70)

4 088 9 618 85 13 791

Depreciações

Saldo a 31 de Dezembro de 2005 1 378 6 520 - 7 898

Depreciações do exercício 341 957 - 1 298

Abates / vendas (256) (677) - (933)

Outros movimentos (5) (16) - (21)

Saldo a 31 de Dezembro de 2006 1 458 6 784 - 8 242

Saldo líquido a 31 de Dezembro de 2006 2 630 2 834 85 5 549

Saldo líquido a 31 de Dezembro de 2005 2 357 3 256 219 5 832

(milhares de euros)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 45

Goodwill Sistema de tratamento Outras Imobilizações

automático de dados imobilizações em curso Total

Custo de aquisição

Saldo a 31 de Dezembro de 2005 10 579 7 582 138 570 18 869

Adições:

Adquiridas a terceiros - 721 74 139 934

Abates / vendas (16) (454) (194) - (664)

Transferências - 84 503 (587) -

Variação cambial - (9) (3) - (12)

Outros movimentos (19) - - - (19)

Saldo a 31 de Dezembro de 2006 10 544 7 924 518 122 19 108

Amortizações

Saldo a 31 de Dezembro de 2005 - 6 080 51 - 6 131

Amortizações do exercício - 831 120 - 951

Abates / vendas - (400) (50) - (450)

Variação cambial - (2) (1) - (3)

Saldo a 31 de Dezembro de 2006 - 6 509 120 - 6 629

Saldo líquido a 31 de Dezembro de 2006 10 544 1 415 398 122 12 479

Saldo líquido a 31 de Dezembro de 2005 10 579 1 502 87 570 12 738

NOTA 24 - ACTIVOS INTANGÍVEIS

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Goodwill 10 544 10 579

Adquiridos a terceiros

Sistema de tratamento automático de dados 7 924 7 582

Outras 518 138

8 442 7 720

Imobilizações em curso 122 570

19 108 18 869

Amortização acumulada (6 629) (6 131)

(6 629) (6 131)

12 479 12 738

A rubrica de Goodwill inclui o montante 9 916 milhares de euros referentes a subsidiária ES Capital adquirida pelo Grupo BESI em 30 de Dezembro

de 2005. Este goodwill foi determinado de acordo com a política contabilística descrita na nota 2.2.

O movimento nesta rubrica foi o seguinte:

(milhares de euros)

46 RELATÓRIO E CONTAS

(milhares de euros)

NOTA 25 - INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS

Os dados financeiros relativos às empresas associadas, são apresentados no quadro seguinte:

Capital Resultado

Activo Passivo Próprio Proveitos Líquido

31.12.2006 31.12.2005 31.12.2006 31.12.2005 31.12.2006 31.12.2005 31.12.2006 31.12.2005 31.12.2006 31.12.2005

COMINVEST 7 274 7 316 429 537 6 845 6 779 459 388 191 92

SOTANCRO - 83 464 - 63 054 19 622 15 499 - 63 216 1 219 976

F. IBÉRIA 26 332 - 616 - 25 716 - 14 - (766) -

OUTRAS

(milhares de euros)

Custo da participação % detida Valor de balanço Atribuível ao Grupo

31.12.2006 31.12.2005 31.12.2006 31.12.2005 31.12.2006 31.12.2005 31.12.2006 31.12.2005

COMINVEST 2 089 2 089 25% 25% 1 711 1 695 48 23

SOTANCRO 2 843 2 843 49% 49% 8 452 7 594 858 -

F. IBÉRIA 10 656 - 39% - 10 027 - (288) -

OUTRAS 14 954 16 161 - - 5 505 4 240 359 (30)

30 542 21 093 25 695 13 529 977 (7)

O movimento verificado nesta rubrica é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Saldo inicial 13 529 2 025

Aquisições 2 514 1 008

Resultado de associadas 977 (7)

Alteração do perímetro de consolidação 8 675 10 317

Diferenças de câmbio e outras - 186

Saldo final 25 695 13 529

A alteração do perímetro de consolidação refere-se ao método de consolidação do Fundo de Capital de Risco Espírito Santo Ibéria 1 que em 31 de

Dezembro de 2006, passou a ser consolidado pelo método de equivalência patrimonial.

O valor de 1 792 Euros registado em Alienação de subsidiárias e associadas deve-se à venda da Lontinium, S.L.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 47

NOTA 26 - OUTROS ACTIVOS

A rubrica Outros Activos a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Devedores e outras aplicações

Devedores por operações sobre futuros e opções 247 518 220 970

Devedores por capital de subsidiárias não realizado - 23 072

Suprimentos, prestações suplementares e activos subordinados 3 602 3 526

Sector público administrativo 159 145

Outros devedores diversos 18 579 14 655

269 858 262 368

Perdas por imparidade para devedores e outras aplicações (3 600) (3 624)

266 258 258 744

Outros activos

Ouro, outros metais precisosos, numismática, medalhística e outras disponibilidades 1 033 506

Outros activos 1 210 889

2 243 1 395

Proveitos a receber 32 115

Despesas com custo diferido 1 601 2 097

Outras contas de regularização

Operações cambiais a liquidar 3 662

Operações sobre valores mobiliários a regularizar 260 736 147 113

Outras operações a regularizar 25 694 15 847

286 433 163 622

Pensões de reforma (ver Nota 11) 6 995 3 691

563 562 429 664

(milhares de euros)

As rubricas de Operações sobre valores mobiliários a regularizar, evidenciam o saldo das ordens de compra e venda por subsidiárias do Grupo que

aguardam a respectiva liquidação financeira.

Os movimentos ocorridos em Perdas por imparidade em Outros Activos são apresentados como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Saldo a 31 de Dezembro 3 624 4 808

Dotações - -

Utilizações - (49)

Reversões - (989)

Diferenças de câmbio e outras (24) (146)

Saldo final 3 600 3 624

48 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 27 - RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

A rubrica de Recursos de outras instituições financeiras é apresentada como segue:

31.12.2006 31.12.2005

No país

Mercado monetário interbancário 304 432 143 517

Depósitos 8 24 988

Outros recursos 107 155 37 062

411 595 205 567

No estrangeiro

Depósitos 3 751 45

Empréstimos 1 425 -

Operações com acordo de recompra 366 784 82 556

Outros recursos 91 890 112 915

463 850 195 516

875 445 401 083

(milhares de euros)

O escalonamento dos Recursos de outras instituições de crédito por prazos de vencimento, a 31 de Dezembro de 2006 e 2005, é como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Até 3 meses 875 445 292 316

De 3 meses a um ano - 47 010

De um a cinco anos - -

Mais de cinco anos - 61 757

875 445 401 083

(milhares de euros)

NOTA 28 - RECURSOS DE CLIENTES

O saldo da rubrica Recursos de clientes é composto, quanto à sua natureza, como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Depósitos à vista

Depósitos à ordem 22 884 18 494

Depósitos a prazo

Depósitos a prazo 452 584 485 559

Outros recursos

Operações de venda com acordo de recompra 860 100 879 883

Outros 6 415 30 265

866 515 910 148

1 341 983 1 414 201

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 49

O escalonamento dos Recursos de clientes por prazos de vencimento, a 31 de Dezembro de 2006 e 2005, é como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Exigível à vista 324 627 18 494

Exigível a prazo

Até 3 meses 924 143 935 449

De 3 meses a um ano - 331 113

De um a cinco anos 93 213 105 545

Mais de cinco anos - 23 600

1 017 356 1 395 707

1 341 983 1 414 201

(milhares de euros)

NOTA 29 - RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

A rubrica Responsabilidades Representadas por títulos decompõe-se como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Euro Medium Term Notes 899 972 641 475

Obrigações de caixa 58 619 24 509

958 591 665 984

(milhares de euros)

Durante o exercício de 2006 o Grupo BESI procedeu à emissão de 1 010 559 milhares de euros (31 de Dezembro de 2005: 581 319 milhares de euros)

de títulos, tendo sido reembolsados 665 348 milhares de euros (31 de Dezembro de 2005: 115 855 milhares de euros).

A duração residual das Responsabilidades representadas por títulos, a 31 de Dezembro de 2006 e 2005, é como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Até 3 meses 67 788 125 920

De 3 meses a um ano 537 500 220 831

De um a cinco anos 243 655 181 003

Mais de cinco anos 109 648 138 230

958 591 665 984

(milhares de euros)

50 RELATÓRIO E CONTAS

As características essenciais destes recursos decompõe-se como segue:

31.12.2006

Entidade Descrição Moeda Data Emissão Valor Balanço Maturidade Taxa de juro

BESI BESI CAIXA (BEST) TX FIXA EUR 31/12/04 2,478 2008 Taxa Fixa Crescente

BESI BESI CAIXA(BEST) TX F JUN08 PLUS EUR 31/12/04 3,352 2008 Snowball i)

BESI BESI RENDIM PLUSII TX VAR AGO08 EUR 30/08/04 1,081 2008 Snowball i)

BESI BESI RENDIM PLUS TX VAR OUT07 EUR 29/10/04 1,924 2007 Snowball i)

BESI BESI CAIXA BEST ACCOES EUROPA 4% a) EUR 11/02/05 2,534 2010 Indexada Cabaz Acções g)

BESI BESI MULTIESTRATEGIA MAR2010 a) EUR 31/03/05 2,777 2010 Indexada Cabaz Indices b)

BESI BESI OBRIG RENDIMENT 20% MAY2015 EUR 11/05/05 2,905 2015 Taxa Fixa 5% + Indexada a CMS

BESI BESI OBRIG BULL&BEAR JUN10 a) EUR 28/06/05 1,445 2010 Indexada a DJ Eurostoxx 50

BESI BESI CX RANGE ACCR AND FX NOV11 EUR 30/11/05 5,367 2011 Range accrual

BESI BESI OBCX R.ACCRUAL TARN MAR2016 EUR 31/12/06 3,442 2016 Taxa Fixa 6% + Range Accrual

BESI BESI OB CX RENDIM STEP UP APR14 EUR 31/12/06 3,402 2014 Taxa Fixa Crescente

BESI BESI CAIXA 6.15% NIKKEI JAN2011 EUR 31/12/06 4,215 2011 Indexada a Nikkei 225

BESI BESI CERT CABAZ MUNDIAL AUG07 EUR 31/12/06 3,752 2007 Indexada Cabaz Indices h)

BESI BESI CERTI BARRIER EUSTOXX SEP07 EUR 31/12/06 2,664 2007 Indexada a DJ Eurostoxx 50

BESI BESI CERT DUAL5%+SX5E JUN09 EUR 31/12/06 4,803 2009 Taxa Fixa 5% + Indexada a DJ Eurostoxx 50

BESI BESI VMOP OREY JUN2009 EUR 31/12/06 9,136 2009 Taxa Fixa 14.75%

BESI BESI CERT DUALREND+EUSTOXX AUG14 EUR 31/12/06 3,037 2014 Taxa Fixa 6.6743% + Indexada a DJ Eurostoxx 50

ESIP ES INVESTPLC SEP09 EURIBOR CAPII EUR 24/09/99 5,121 2009 Euribor 6M (Capped 8%)

ESIP ESIP JAN01/JAN11 CRDLKD US 11.85 a) USD 26/01/01 2,417 2011 Taxa Fixa 5% + Indexada a Evento de Crédito

ESIP ESIP FEB2007 REV FLOATER EUR QTO EUR 06/02/02 9,963 2007 USD Libor 12M m)

ESIP ESIP NOV02 OCT2017 CALLABLE STEP EUR 22/10/02 7,502 2017 Taxa Fixa 6% + Indexada a CMS

ESIP ESIP APR11 INDX BASQ LINQ 90% a) EUR 14/04/03 4,783 2011 Indexada Cabaz Indices f)

ESIP ESIP JUL03/JUL11 LINKED CMS a) EUR 25/07/03 12,149 2011 Taxa Fixa + Indexada a CMS

ESIP ESIP NOV2011 CMS LINKED EUR 5M EUR 26/11/03 4,196 2011 Taxa Fixa + Indexada a CMS

ESIP ESIP NOV03/JAN07 EQTYILK IBEX35 a) EUR 18/11/03 2,764 2007 Indexada a IBEX 35

ESIP ESIP NOV03/JAN07 EQTYILK STOXX50 a) EUR 18/11/03 1,599 2007 Indexada a DJ Eurostoxx 50

ESIP ESIP NOV03/JAN07 EQILK DOW JON I a) USD 18/11/03 2,073 2007 Indexada ao DJ Industrial Average

ESIP ESIP DEC2011 CMS LINKED EUR 6.5M EUR 29/12/03 6,784 2011 Taxa Fixa + Indexada a CMS

ESIP ESIP JAN07 STOCK BASKET LINKED a) EUR 08/01/04 2,727 2007 Indexada Cabaz Acções g)

ESIP ESIP JAN07 INDEX BASKET LINKED a) USD 29/01/04 1,952 2007 Indexada Cabaz Indices c)

ESIP ESIP JUL2012 CMS LINKED EUR 5.5M EUR 09/07/04 4,710 2012 Taxa Fixa + Indexada a CMS

ESIP ESIP OUT24 ESFP LINKED CMS NOTE EUR 27/10/04 11,839 2024 Taxa Fixa + Indexada a CMS

ESIP ESIP EURCRE CRDLINK NOV09 EUR 17/11/04 4,570 2009 d)

ESIP ESIP CMS LINKED NOV2014 EUR 30/11/04 4,480 2014 Taxa Fixa 6% + Indexada a CMS

ESIP ESIP EUR SNOWBALL FLOAT NOV2012 EUR 30/11/04 6,171 2012 Taxa Fixa + Snowball i)

ESIP ESIP EUR SNOWBALL FLOAT FEB2010 EUR 01/02/05 8,333 2010 Taxa Fixa + Snowball i)

ESIP ESIP EUR SNOWB FLOAT FEB2010 II EUR 01/02/05 21,961 2010 Taxa Fixa + Snowball i)

ESIP ESIP EUR6M+3 BPS MAR2010 EUR 01/03/05 7,468 2010 Euribor 6M

ESIP ESIP EUR12M+14 BPS APR2008 EUR 06/05/05 15,349 2008 Euribor12M

ESIP ESIP AMORTIZING MAY2010 ESTOXX50 a) EUR 25/05/05 3,375 2010 Indexada ao DJ Eurostoxx 50

ESIP ESIP ASIAN BASKET EURO MAY2008 a) EUR 25/05/05 522 2008 Indexada Cabaz Indices e)

ESIP ESIP ASIAN BASKET USD MAY2008 a) USD 25/05/05 144 2008 Indexada Cabaz Indices e)

ESIP ESIP CALL RANGE ACCRUAL MAY2015 EUR 25/05/05 5,367 2015 Range accrual

ESIP ESIP RANGE ACCRUAL JUN15 EUR 01/06/05 167 2015 Range accrual

ESIP ESIP RANGE ACCRUAL AUG2013 EUR 15/06/05 4,737 2013 Taxa Fixa 4.75% + Range accrual

ESIP ESIP BESLEAS&INFLAT LINK MAY15 a) EUR 25/05/05 7,088 2015 Indexada a HIPC Ex-Tobacco + d)

ESIP ESIP EURIBOR12M+13 BP MAY2008 EUR 03/06/05 8,272 2008 Euribor 12M

ESIP ESIP EUR LEVERAGE SNOWBALL JUL15 EUR 29/07/05 1,589 2015 Taxa Fixa + Snowball i)

ESIP ESIP FEB2007 EQLK IBEX & ESTX50 a) EUR 12/08/05 2,778 2007 Indexada Cabaz Indices n)

ESIP ESIP AGO05 AGO08 FTD USD 1M USD 08/08/05 745 2008 d)

ESIP ESIP AGO05 SEP35 CALLABLE INV FL EUR 05/09/05 10,966 2035 Euribor12M m)

ESIP ESIP SEP17 RANGE ACC TARN EUR 06/09/05 2,507 2017 Range accrual

ESIP ESIP IBEX & SX5E LNQ MAR07 a) EUR 19/09/05 3,191 2007 Indexada Cabaz Indices n)

ESIP ESIP EURBRL LNQ NOTE SEP13 EUR 19/09/05 2,666 2013 Taxa Fixa 15% + Indexada a Câmbio

ESIP ESIP LEVERAGE SNOWBALL SEP2015 EUR 30/09/05 5,520 2015 Taxa Fixa + Snowball i)

ESIP ESIP SX5E E S&P500 00407 EUR 03/10/05 2,138 2007 Indexada Cabaz Indices o)

ESIP ESIP CALL RANGE ACCRUAL OCT2008 EUR 27/10/05 7,187 2008 Range accrual

ESIP ESIP CALL RANGE ACCRUAL NOV2017 EUR 14/11/05 1,555 2017 Range accrual

ESIP ESIP HYBRID (FX AND EUR6M) OCT09 EUR 31/10/05 3,422 2009 Taxa Fixa + p)

(milhares de euros)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 51

ESIP ESIP 30CMS-2CMS LKD NOTE NOV2036 EUR 28/11/05 5,828 2036 Taxa Fixa 7.44% + Indexada a CMS

ESIP ESIP RANGE ACCRUAL AND FX NOV11 EUR 30/11/05 273 2011 Taxa Fixa + p)

ESIP ESIP ZERO COUPON DEC08 EUR 09/12/05 1,990 2008 Cupão Zero

ESIP ESIP RANGE ACCRUAL DEC08 EUR 19/12/05 1,857 2008 Range accrual

ESIP ESIP-ESP SANTO IN PLC 3.04% 2007 EUR 20/12/05 3,962 2007 Taxa Fixa 3.04%

ESIP ESIP ZERO COUPON JAN07 EUR 31/12/06 69,984 2007 Cupão Zero

ESIP ESIP SHOOTING STARS FEB2010 EUR 31/12/06 2,133 2010 Indexada Cabaz Indices q)

ESIP ESIP FEB2007 FIRST TO DEFAULT a) EUR 31/12/06 5,128 2007 d)

ESIP ESIP INDEX BASKET LINKED APR2008 a) EUR 31/12/06 7,640 2008 Indexada Cabaz Indices j)

ESIP ESIP EUR12M+16 BP APR2016 EUR 31/12/06 4,088 2016 Euribor 12M

ESIP ESIP 7.75% RANGE ACC MAY16 USD 31/12/06 3,408 2016 Range accrual

ESIP ESIP CALLABLE EUR SNOWBALL MAY10 EUR 31/12/06 2,569 2010 Taxa Fixa + Snowball i)

ESIP ESIP CALLABLE EUR FLIPPER MAY11 EUR 31/12/06 4,415 2011 Taxa Fixa + Cupão Variável

ESIP ESIP IDX BSKT LINKED AUG2009 EUR EUR 31/12/06 3,989 2009 Indexada Cabaz Indices k)

ESIP ESIP IDX BSKT LINKED AUG2009 USD USD 31/12/06 1,354 2009 Indexada Cabaz Indices k)

ESIP ESIP PT INT CRD LINKED MAR2012 EUR 31/12/06 8,436 2012 d)

ESIP ESIP ZERO COUPON NOTE FEB2007 EUR 31/12/06 29,312 2007 Cupão Zero

ESIP ESIP 5% EUR6M DIGITAL SEP2011 EUR 31/12/06 1,234 2011 r)

ESIP ESIP INDEX BASKET LINKED SEP2011 EUR 31/12/06 7,289 2011 Indexada Cabaz Indices l)

ESIP ESIP FX BASKET LINKED MAR2008 USD 31/12/06 1,328 2008 Indexada a Câmbio

ESIP ESIP ZERO COUPON NOTE SEP2007 EUR 31/12/06 33,124 2007 Cupão Zero

ESIP ESIP EURUSD LINKED OCT2007 EUR 31/12/06 6,957 2007 Indexada a Câmbio

ESIP ESIP EURUSD LINKED APR2007 EUR 31/12/06 982 2007 Indexada a Câmbio

ESIP ESIP 3.885% OCT2007 EUR 31/12/06 123,158 2007 Taxa Fixa 3.885%

ESIP ESIP EURUSD LINKED MAY2007 EUR 31/12/06 1,653 2007 Indexada a Câmbio

ESIP ESIP RANGE ACCRUAL NOV2007 EUR 31/12/06 38,653 2007 Range accrual

ESIP ESIP EURTRY LINKED NOV2009 EUR 31/12/06 1,910 2009 Indexada a Câmbio

ESIP ESIP 6M EURUSD LINKED MAY2007 EUR 31/12/06 5,973 2007 Indexada a Câmbio

ESIP ESIP NOV09 STOCK BASKET LKD USD USD 31/12/06 1,840 2009 Indexada Cabaz Acções g)

ESIP ESIP RANGE ACCRUAL USD NOV2021 USD 31/12/06 2,869 2021 Range accrual

ESIP ESIP NOV07 TELEFONICA LINKED EUR 31/12/06 7,860 2007 Indexada à Acção Telefónica

ESIP ESIP USD RANGE ACCRUAL NOV2021 USD 31/12/06 1,739 2021 Range accrual

ESIP ESIP 4% MAY2008 EUR 31/12/06 25,036 2008 Taxa Fixa 4%

ESIP ESIP 1Y EURUSD LINKED DEC2007 EUR 31/12/06 2,114 2007 Indexada a Câmbio

ESIP ESIP 3.899% NOV2007 EUR 31/12/06 14,047 2007 Taxa Fixa 3.889%

ESIP ESIP JUN08 STOCK BASKET LKD EUR 31/12/06 5,861 2008 Indexada Cabaz Acções g)

ESIP ESIP 3.758% JUN2007 EUR 31/12/06 100,034 2007 Taxa Fixa 3.758%

ESIP ESIP 3.773% JUN2007 EUR 31/12/06 10,272 2007 Taxa Fixa 3.773%

ESIP ESIP MAR07 USDBRL LINKED USD USD 31/12/06 1,436 2007 Indexada a Câmbio

ESIP ESIP 3.891% DEC2007 EUR 31/12/06 105,031 2007 Taxa Fixa 3.891%

ESIP ESIP 4.08% COMPOUND JUN2008 EUR 31/12/06 14,994 2008 Taxa Fixa 4.08%

ESIP ESIP 1% DEC2011 EUR 31/12/06 4,314 2011 Taxa Fixa 1%

ESIP ESIP EUR SNOWBALL FLOAT APR2010 EUR 31/12/05 1,356 2010 Taxa Fixa + Snowball i)

958,591

a) emissões com derivados embutidos

b) indexada a cabaz composto pelos índices EUGATR, Eurostoxx 50, Short EUR/Long USD, Goldman Sachs Commodity Index Excess Return

c) indexada a cabaz composto pelos índices DJ Eurostoxx 50 e Dow Jones Industrials

d) indexada a risco de crédito

e) indexada a cabaz composto pelos índices Nifty India Index; REX Russia Index e China HSCE Index

f) indexada a cabaz composto pelos índices DJ Eurostoxx 50; Standard & Poors 500 e Nasdaq 100

g) indexada a cabaz composto pelas Acções Altadis, Deutsche Bank, Deutsche Telecom, Inditex, Nokia, Banco Popular

h) indexada a cabaz composto pelos índices Dow Jones Eurostoxx 50, S&P 500 e Nikkei 225

i) indexada a Cupão Anterior + Spread - Euribor

j) indexada a cabaz composto pelos índices DJ Eurostoxx 50, S&P 500, Nasdaq

k) indexada a cabaz composto pelos índices S&P 500 e Nikkei

l) indexada a cabaz composto pelos índices DJ Eurostoxx 50, S&P 500, Nasdaq, Hang Seng e Topix

m) indexada a Reverse Floater

n) indexada a cabaz composto pelos índices IBEX 35 e DJ Eurostoxx 50

o) indexada a cabaz composto pelos índices DJ Eurostoxx 50 e S&P 500

p) Indexada a Câmbio e Taxa de Juro

q) indexada a cabaz composto pelos índices DJ Eurostoxx 50, S&P 500, Nikkei 225 e Hang Seng

r) indexada a Taxa de Juro Digital

31.12.2006

Entidade Descrição Moeda Data Emissão Valor Balanço Maturidade Taxa de juro

(milhares de euros)

52 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 30 – PROVISÕES

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a rubrica Provisões apresenta os seguintes movimentos:

(milhares de euros)

Provisões para outros riscos e encargos

Saldo a 1 de Janeiro de 2005 2 948

Dotações 1 500

Utilizações (573)

Anulações (1 110)

Transferências 613

Diferenças de câmbio e outras 1 372

Saldo a 31 de Dezembro de 2005 4 750

Dotações 1 425

Utilizações (1 500)

Anulações (2 000)

Transferencias -

Diferenças de câmbio e outras (30)

Saldo a 31 de Dezembro de 2006 2 645

Estas provisões destinam-se a cobrir a probabilidade de ocorrência de determinadas contingências relacionadas com a actividade do Grupo.

NOTA 31 – IMPOSTOS

O Banco e as subsidiárias com sede em Portugal, estão sujeitos a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC)

e correspondente Derrama.

O cálculo do imposto corrente dos exercícios de 2006 e 2005 foi apurado pelo Grupo BESI com base numa taxa nominal de imposto e derrama de

cerca de 27,5%, de acordo com a Lei nº 107-B/2003, de 31 de Dezembro.

O cálculo do imposto diferido de 2006 foi apurado com base na taxa de 26,5% (2005:27,5%), taxa que se encontrava substancialmente aprovada à

data do balanço, como resultado da aprovação da lei das finanças locais que alterou a forma de cálculo da derrama bem com a respectiva taxa a

aplicar.

As declarações de autoliquidação, do Banco e das subsidiárias com sede em Portugal, relativas aos exercícios de 2006 e anteriores ficam sujeitas a

inspecção e eventual ajustamento pelas Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos. Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquida-

ções adicionais de impostos devido essencialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da Administração do

Banco e das subsidiárias com sede em Portugal que não ocorrerão liquidações adicionais de valor significativo no contexto das demonstrações finan-

ceiras.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 53

Os activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos em balanço em 2006 e 2005 podem ser analisados como segue:

Activo Passivo Líquido

31.12.2006 31.12.2005 31.12.2006 31.12.2005 31.12.2006 31.12.2005

Instrumentos financeiros derivados 34 404 15 245 (5 550) (3 348) 28 854 11 897

Activos financeiros detidos para venda - - (161) (312) (161) (312)

Crédito a clientes 4 666 4 107 - - 4 666 4 107

Investimentos em subsidiárias e associadas - - (842) (874) (842) (874)

Provisões 1 932 1 059 (72) - 1 860 1 059

Pensões - 63 - - - 63

Prémios de antiguidade - 386 - - - 386

Outros - - (2 000) (1 839) (2 000) (1 839)

Créditos fiscais resultantes de dupla tributação 1 247 1 205 - - 1 247 1 205

Prejuízos fiscais reportáveis 728 2 005 - - 728 2 005

Imposto diferido activo/(passivo) 42 977 24 070 (8 625) (6 373) 34 352 17 697

Compensação de activos/passivos por impostos diferidos (3 003) (5 700) 3 003 5 700 - -

Imposto diferido activo/(passivo) líquido 39 974 18 370 (5 622) (673) 34 352 17 697

(milhares de euros)

Os movimentos ocorridos na rubrica de impostos diferidos são apresentados como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Saldo a 31 de Dezembro 17 697 919

Reconhecido em resultados 16 909 17 730

Reconhecido em reservas de justo valor 16 (145)

Reconhecido em outras reservas - (807)

Variação cambial e outros (270) -

Saldo final 34 352 17 697

(milhares de euros)

O movimento do imposto diferido de balanço em 2006 e 2005 explica-se como segue:

31 Dez. 06 31 Dez. 05

Reconhecido Reconhecido Reconhecido Reconhecido

em resultados em reservas em resultados em reservas

Instrumentos financeiros derivados (17 968) - (659) -

Activos financeiros disponíveis para venda - 16 - -

Crédito a clientes 162 - (1 500) -

Provisões 546 - 492 -

Outros (1 074) - 1 617 -

Efeito da alteração da taxa 1 425 - - -

Prejuízos fiscais reportáveis - - -

(16 909) 16 (50) -

(milhares de euros)

54 RELATÓRIO E CONTAS

A reconciliação da taxa de imposto pode ser analisada como segue:

31.12.2006 31.12.2005

% Valor % Valor

Resultado antes de impostos e Interesses Minoritários 83 117 57 627

Taxa de imposto do BESI 27,5% 27,5%

Imposto apurado com base na taxa de imposto do BESI 22 857 15 847

Diferença na taxa de imposto das subsidiárias (3 758) (3 072)

Dividendos excluídos de tributação (488) (398)

Mais-valias não tributadas - (3 575)

Alterações de estimativas e outros 763 (1 317)

Custos não dedutíveis 1 307 127

20 681 7 612

(milhares de euros)

NOTA 32 - PASSIVOS SUBORDINADOS

A rubrica Passivos subordinados decompõe-se como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Outros passivos subordinados

Obrigações de caixa 99 685 99 309

99 685 99 309

As principais características dos passivos subordinados são apresentadas como seguem:

31.12.2006

Empresa emitente Designação Data emissão Valor de Emissão Valor de Balanço Taxa de juro actual Maturidade

BESI BANCO ESSI SUB. 96/06 (EURO) 1996 29 928 29 283 2,375 2006

BESI BESI SUBORDINADAS OCT2033 5.5% 2003 10 000 9 645 5,500 2033

BESI BESI CAIXA SUB DEC15 2005 60 000 - 6,600 2009

ESIP ESIP LOWER TIER II DEC15 2005 60 000 60 000 6,600 2009

Sub-total 159 928 98 928

Juro Corrido 757

TOTAL 159 928 99 685

(milhares de euros)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 55

Durante o exercício de 2006 o Grupo Besi não emitiu, nem reembolsou obrigações subordinadas (2005: emitidos 120 000 milhares de euros, reem-

bolsados 19 953 milhares de euros).

NOTA 33 - OUTROS PASSIVOS

A rubrica Outros passivos a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

31.12.2005

Data emissão Valor de Emissão Valor de Balanço Taxa de juro actual Maturidade

BANCO ESSI SUB. 96/06 (EURO) 1996 29 928 29 283 2,375 2006

BESI SUBORDINADAS OCT2033 5.5% 2003 10 000 10 196 5,500 2033

BESI CAIXA SUB DEC15 2005 60 000 - 6,600 2009

ESIP LOWER TIER II DEC15 2005 60 000 59 603 6,600 2009

159 928 99 082

Juro Corrido 227

159 928 99 309

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Credores e outros recursos

Sector público administrativo 6 692 6 813

Credores diversos

Credores por operações sobre valores mobiliários 92 582 47 861

Credores por fornecimento de bens 8 220 4 124

Credores por benefícios de saúde (ver Nota 11) 1 105 908

Outros credores 14 680 50 688

123 279 110 394

Custos a pagar

Prémios por antiguidade (ver Nota 11) 1 854 1 620

Outros custos a pagar 2 121 5 253

3 975 6 873

Receitas com proveito diferido 329 407

Outras contas de regularização

Operações sobre valores mobiliários a regularizar 256 643 161 537

Operações cambiais a liquidar 20 909 259

Outras operações a regularizar 18 281 24 780

295 833 186 576

423 416 304 250

(milhares de euros)

As rubricas de Operações sobre valores mobiliários a regularizar, em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, evidenciam o saldo das ordens de venda e

compra por subsidiária do Grupo que aguardam a respectiva liquidação financeira.

56 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 34 - CAPITAL, PRÉMIOS DE EMISSÃO, ACÇÕES PRÓPRIAS E ACÇÕES PREFERENCIAIS

Acções ordináriasEm 31 de Dezembro de 2006, o capital social do Banco encontrava-se representado por 14 milhões de acções, com um valor nominal de 5 euros cada,

as quais se encontram totalmente subscritas e realizadas pelo Banco Espírito Santo, S.A.

Prémios de emissãoDurante o exercício de 2006 não se procedeu a qualquer emissão de acções representativas do capital social.

Em 31 de Dezembro de 2006, os prémios de emissão são representados por 8 796 milhares de euros, referentes ao prémio pago pelos accionistas

no aumento de capital ocorrido em Julho de 1998.

NOTA 35 - RESERVAS DE JUSTO VALOR, OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS

Reserva legal, reservas de justo valor e outras reservasA reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. A legislação portuguesa aplicável ao sector ban-

cário (Artigo 97º do Decreto-lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro) exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro

líquido anual, até à concorrência do capital.

As reservas de justo valor representam as mais e menos valias potenciais relativas à carteira de activos financeiros disponíveis para venda, líqui-

das da imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou em exercícios anteriores. O valor desta reserva é apresentado líquido de imposto

diferido.

Durante os exercícios de 2006 e 2005, os movimentos ocorridos nestas rubricas foram os seguintes:

Reservas de justo valor Outras Reservas e Resultados Transitados

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 2 530 (145) 2 385 12 357 1 064 62 008 75 429

Alterações de justo valor 2 142 - 2 142 - - - -

Dividendos de acções ordinárias - - - - - (7 825) (7 825)

Diferenças cambiais - - - 280 3 094 - 280

Constituição de reservas - - - 5 850 - - 5 850

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 4 672 (145) 4 527 18 487 4 158 54 183 76 828

Alterações de justo valor 456 (16) 440 - - - -

Dividendos de acções ordinárias - - - - - (4 032) (4 032)

Diferenças cambiais - - - (4) (470) - (474)

Constituição de reservas - - - 8 629 - 19 100 27 729

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 5 128 (161) 4 967 27 112 3 688 69 251 100 051

(milhares de euros)

Total Outras

Reservas e

Res.Trans.

Outras reservas e

Resultados

Transitados

Diferenças

cambiais

Total

Reserva

de justo valor

Reserva

Legal

Reservas por

impostos

diferidos

Activos financeiros

disponíveis p/

venda

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 57

A reserva de justo valor explica-se da seguinte forma:

31.12.2006 31.12.2005

Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda 259 701 245 046

Imparidade acumulada reconhecida (502) (170)

Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda líquido de imparidade 259 199 244 876

Valor de mercado dos activos financeiros disponíveis para venda 264 641 250 206

Ganhos potenciais reconhecidos na reserva de justo valor 5,442 5,330

Impostos diferidos (162) (145)

Interesses minoritários (313) (658)

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 4 967 4 527

(milhares de euros)

O movimento da reserva de justo valor, líquida de impostos diferidos, no exercício de 2006 pode ser assim analisada:

31.12.2006 31.12.2005

1 de Janeiro de 2006 4 527 2 385

Variação de justo valor 440 2 124

Alienações do exercício - 18

Saldo em 31 de Dezembro 4 967 4 527

(milhares de euros)

Interesses MinoritáriosO detalhe da rubrica de Interesses minoritários por subsidiária é como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Balanço Resultados Balanço Resultados

ROPSOH - Unidades de Saúde, S.A. - - 11 045 -

BES Investimento do Brasil 5 036 1 318 4 360 (204)

BES Securities 1 368 (30) 1 109 90

Fundo de Capital de Risco Ibéria I - - 16 511 -

Morumbi Capital Fund 10 586 929 6 461 110

SES Iberia 136 83 - -

17 126 2 300 39 486 (4)

(milhares de euros)

O movimento de interesses minoritários nos anos findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 pode ser assim analisada:

31.12.2006 31.12.2005

Interesses minoritários em 1 de Janeiro 39 486 4 081

Alterações de perímetro de consolidação (24 166) 34 183

Variação da reserva de justo valor 313 253

Variação cambial e outros (807) 973

Resultado líquido do ano 2 300 (4)

Interesses minoritários em 31 de Dezembro 17,126 39,486

(milhares de euros)

58 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 36 - PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os saldos relativos a contas extrapatrimoniais são analisados como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Passivos e avales prestados

Garantias e avales prestados 107 904 134 910

Activos dados em garantia 28 314 117 408

136 218 252 318

Compromissos

Compromissos irrevogáveis 337 297 305 340

337 297 305 340

(milhares de euros)

As garantias e avales prestados são operações bancárias que não se traduzem por mobilização de fundos por parte do Grupo.

Os compromissos irrevogáveis, representam acordos contratuais para a concessão de crédito com os clientes do Grupo (p.e. linhas de crédito não

utilizadas) os quais, de forma geral, são contratados por prazos fixos ou com outros requisitos de expiração e, normalmente, requerem o pagamento

de uma comissão. Substancialmente todos os compromissos de concessão de crédito em vigor requerem que os clientes mantenham determina-

dos requisitos verificados aquando da contratualização dos mesmos.

Não obstante as particularidades destes passivos contingentes e compromissos, a apreciação destas operações obedece aos mesmos princípios

básicos de uma qualquer outra operação comercial, nomeadamente o da solvabilidade quer do cliente quer do negócio que lhes estão subjacentes,

sendo que o Grupo requer que estas operações sejam devidamente colateralizadas quando necessário. Uma vez que é expectável que a maioria dos

mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados não representam necessariamente necessidades de caixa futuras.

Em 31 de Dezembro de 2006, a rubrica de activos dados em garantia inclui:

Títulos dados em garantia ao Banco de Portugal no âmbito do Sistema de Pagamento de Grandes Transacções no montante de 26 244 milhares de

euros (31 de Dezembro de 2005: 26 385 milhares de euros);

Títulos dados em garantia à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários no âmbito do Sistema de Indemnização aos Investidores no montante de

2 000 milhares de euros (31 de Dezembro de 2005: 2 000 milhares de euros);

Valores dados em garantia ao Fundo de Garantia de Depósitos no montante de 70 milhares de euros (31 de Dezembro de 2004: 70 milhares de euros);

Valor dado em garantia ao Mercado Oficial Espanhol de Opções e Futuros Financeiros no montante de 70 377 milhares de euros (2005: 83 454 milha-

res de euros).

Adicionalmente, as responsabilidades evidenciadas em contas extrapatrimoniais relacionadas com a prestação de serviços bancários são como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 3 860 683 2 166 708

3 860 683 2 166 708

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 59

Os títulos de clientes à guarda e responsabilidade do Grupo, incluídos na rubrica de Depósito e guarda de valores, encontram-se essencialmente

depositados na empresa do Grupo especializada na custódia de títulos.

NOTA 37 – TRANSACÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

O valor das transacções do Grupo com partes relacionadas em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, assim como os respectivos custos e proveitos reco-

nhecidos no período em análise, resume-se como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Recursos Garantias Recursos Garantias

Empresas associadas

COMINVEST 3 501 73 2 521 67

3 501 73 2 521 67

(milhares de euros)

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o montante global dos activos e passivos do Grupo BESI que se referem a operações realizadas com entidades

subsidiárias, associadas e relacionadas do Grupo ESFG (holding do Banco) resume-se como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Activos 428 969 157 123

Passivos 601 302 322 446

Extrapatrimoniais 2 170 928 2 024 400

(milhares de euros)

Os activos, passivos e extrapatrimoniais com entidades do grupo referem-se fundamentalmente a operações de crédito e de derivados com o accio-

nista único, Banco Espírito Santo SA.

NOTA 38 – GESTÃO DOS RISCOS DE ACTIVIDADE É ANALISADO COMO SEGUE:

Em termos de política de gestão dos riscos, é apresentada a seguinte informação qualitativa do Grupo BES Investimento:

O controlo e a gestão dos riscos, pelo papel que têm vindo a desempenhar no apoio activo à gestão, apresentam-se como um dos principais eixos

estratégicos de suporte ao seu desenvolvimento equilibrado e sustentado.

A direcção de risco tem mantido como principais, os seguintes objectivos:

• Identificação, quantificação e controlo dos diferentes tipos de risco assumidos, adoptando progressivamente princípios e metodologias uniformes;

• Contribuição contínua para o aperfeiçoamento de ferramentas de apoio à estruturação de operações e do desenvolvimento de técnicas internas

de avaliação de performance e de optimização da base de capital;

• Gestão proactiva de situações de atraso significativo e incumprimentos de obrigações contratuais.

Risco de créditoO Risco de Crédito resulta da possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes do incumprimento do cliente ou contraparte relativa-

mente às obrigações contratuais estabelecidas com o Grupo no âmbito da sua actividade creditícia. O risco de crédito está essencialmente presente

60 RELATÓRIO E CONTAS

nos produtos tradicionais bancários – empréstimos, garantias e outros passivos contingentes – e em produtos de negociação – swaps, forwards e

opções (risco de contraparte).

É efectuada uma gestão permanente das carteiras de crédito que privilegia a interacção entre as várias equipas envolvidas na gestão de risco ao

longo das sucessivas fases da vida do processo de crédito. Esta abordagem é complementada pela introdução de melhorias contínuas das meto-

dologias e ferramentas de avaliação e controlo dos riscos.

O acompanhamento do perfil de risco de crédito do Grupo, nomeadamente no que se refere à evolução das exposições de crédito e monitorização

das perdas creditícias, é efectuado regularmente. São igualmente objecto de análises diárias o cumprimento dos limites de crédito aprovados e o

correcto funcionamento dos mecanismos associados às aprovações de linhas de crédito no âmbito da actividade corrente das áreas de negócio.

Concentração de riscosA repartição do Crédito sobre clientes e títulos por sectores de actividade, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, encontra-

se apresentada conforme segue:

REPARTIÇÃO POR SECTORES DE ACTIVIDADE 31.12.200631.12.2006

Activos financeiros ao justo Activos financeiros

Crédito sobre clientes valor através de resultados detidos para venda

Valor bruto ImparidadeValor bruto Imparidade Valor bruto Imparidade

Crédito Crédito Crédito Crédito

vivo Vencido vivo Vencido

Agricultura, Sivicultura e Pesca 9 050 1 422 140 1 357 - - -

Indústrias Extractivas - - - - 9 689 - - -

Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco - - - - 902 - 2 036 -

Texteis e Vestuário - - - - - - - -

Curtumes e Calçado 6 124 - 209 - - - - -

Madeira e Cortiça - - - - 130 - - -

Papel e Indústrias Gráficas - 19 - 6 13 449 - 5 069 -

Refinação de Petróleo 15 113 - 210 - 3 147 - - -

Produtos Químicos e de Borracha 3 802 - 207 - 12 - - -

Produtos Minerais não Metálicos 873 - 2 - 763 - 1 395 -

Indústrias Metalúrgicas de Base e p. metálicos 14 131 15 204 15 181 - - -

Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Eléctricos - 10 - 10 - - - -

Fabricação de Material de Transporte - - - - 1 430 - - -

Outras Indústrias Transformadoras 16 927 - 211 - 1 150 - 1 259 -

Electricidade, Gás e Água 147 377 - 1 275 - 56 059 - - -

Construção e Obras Públicas 230 815 427 551 338 4 839 - - -

Comércio por Grosso e a Retalho 40 886 182 35 182 649 - 30 458 -

Turismo 13 698 - 208 - 492 - - -

Transportes e Comunicações 50 143 6 588 748 6 530 59 833 - 528 -

Actividades Financeiras 3 393 225 70 56 488 366 304 202 296 427

Actividades Imobiliárias 114 595 363 649 250 195 - - -

Serviços Prestados às Empresas 245 037 954 2 344 842 21 644 - 901 -

Administração e Serviços Públicos 107 780 1 261 830 633 394 552 - 10 550 -

Outras actividades de serviços colectivos 379 298 397 2 801 1 051 13 162 - 10 651 75

Crédito à Habitação 1 142 - 6 - - - - -

Crédito a Particulares 9 - - - - - - -

Outros - - - - 51 531 - - -

TOTAL 1 400 193 11 863 10 700 11 270 1 122 175 304 265 143 502

(milhares de euros)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 61

Risco de mercadoO Risco de Mercado representa genericamente a eventual perda resultante de uma alteração adversa do valor de um instrumento financeiro como

consequência da variação de taxas de juro, taxas de câmbio e preços de acções.

Ao nível do risco de mercado o principal elemento de mensuração de riscos consiste na estimação das perdas potenciais sob condições adversas de

mercado, para o qual a metodologia Value at Risk (VaR) é utilizada. O Grupo BES utiliza um VaR com recurso à simulação de Monte Carlo, com um

intervalo de confiança de 99% e um período de investimento de 10 dias. As volatilidades e correlações são históricas com base num período de obser-

vação de um ano.

De forma a melhorar a medida do VaR têm vindo a ser desenvolvidas outras iniciativas, como exercícios de back-testing que consistem na compa-

ração entre as perdas previstas no modelo e as perdas efectivas. Estes exercícios permitem aferir a aderência do modelo à realidade e assim melho-

rar as capacidades predictivas do mesmo. Como complemento ao VaR têm sido desenvolvidos cenários extremos (stress-testing) que permitem ava-

liar os impactos de perdas potenciais superiores às consideradas na medida do VaR.

REPARTIÇÃO POR SECTORES DE ACTIVIDADE 31.12.200531.12.2005

Activos financeiros ao justo Activos financeiros

Crédito sobre clientes valor através de resultados detidos para venda

Valor bruto ImparidadeValor bruto Imparidade Valor bruto Imparidade

Crédito Crédito Crédito Crédito

vivo Vencido vivo Vencido

Agricultura, Sivicultura e Pesca 982 4 511 35 2 890 - - - -

Indústrias Extractivas - - - - 4 - - -

Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco - - - - 13 000 - 27 321 -

Papel e Indústrias Gráficas 15 125 285 157 285 2 992 - 5 033 -

Refinação de Petróleo - - - - 3 306 - - -

Produtos Químicos e de Borracha 6 442 - 18 - 41 - - -

Produtos Minerais não Metálicos - 9 - 2 1 093 - 1 390 -

Indústrias Metalúrgicas de Base e p. metálicos - 15 - 4 396 - - -

Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Eléctricos 6 682 205 51 143 115 - - -

Fabricação de Material de Transporte 8 477 - 678 - 3 609 - - -

Outras Indústrias Transformadoras - - - - 1 656 - 1 302 -

Electricidade, Gás e Água 122 530 - 1 108 - 17 185 - - -

Construção e Obras Públicas 87 561 290 365 290 3 362 - 2 108 -

Comércio por Grosso e a Retalho 43 744 942 1 143 942 6 275 - 6 084 -

Turismo 18 582 39 129 398 2 134 - - -

Transportes e Comunicações 39 231 426 349 123 70 078 - 609 -

Actividades Financeiras 3 127 2 391 792 1 304 235 985 - 181 136 95

Actividades Imobiliárias 27 492 4 169 4 904 - - -

Serviços Prestados às Empresas 5 257 - 4 - 3 737 - 896 -

Administração e Serviços Públicos 134 - 52 - 319 780 - 2 180 -

Outras actividades de serviços colectivos 582 135 3 218 3 122 4 282 8 010 - 182 -

Crédito à Habitação 1 243 - - 7 - - - -

Crédito a Particulares 12 - - - - - - -

Outros - - - - 42 333 - 22 135 75

TOTAL 968 756 12 335 8 172 10 674 735 995 - 250 376 170

(milhares de euros)

62 RELATÓRIO E CONTAS

Em especial no que se refere ao risco cambial, a repartição dos activos e dos passivos, a 31 de Dezembro de 2006 e 2005, por moeda, é analisado

como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006

Dólares Norte Libras Yenes Reais Outras Moedas Valor

Euros Americanos Esterlinas Japoneses Brasileiros Estrangeiras Total

Activo

Caixa e disponibilidades bancos centrais 8 734 - 5 - 1 - 8 740

Disponibilidades em outras I.Crédito 2 881 177 150 1 281 3 3 493

Activos Financeiros detidos para negociação 439 267 56 816 40 282 441 585 065 - 1 121 871

Activos financeiros disponíveis para venda 213 161 42 802 - - 8 678 - 264 641

Aplicações em Instituições de Crédito 1 068 178 18 894 - - 22 519 - 1 109 591

Crédito a clientes 1 247 520 58 528 84 037 - - - 1 390 085

Derivados de cobertura 4 742 7 969 - - - - 12 711

Activos não correntes detidos para venda 1 747 - - - - - 1 747

Investimentos em associadas 28 122 2 620 - - (5 553) 506 25 695

Outros activos não financeiros 634 298 77 2 822 (74) 16 088 (744) 652 467

Total Activo 3 648 650 187 883 127 296 368 627 079 (235) 4 591 041

Passivo

Passivos financeiros detidos para negociação 434 889 43 972 39 753 - 10 011 - 528 625

Recursos de outras instituições de crédito 465 791 103 687 86 623 - 219 344 - 875 445

Recursos de clientes e outros empréstimo 1 022 466 1 565 - - 317 952 - 1 341 983

Responsabilidades representadas por títulos 937 287 21 304 - - - - 958 591

Derivados de cobertura 44 877 8 281 - - - - 53 158

Passivos subordinados 99 685 - - - - - 99 685

Passivos não correntes detidos para venda - - - - - - -

Outros passivos não financeiros 395 115 8 558 919 368 43 732 - 448 692

Total Passivo 3 400 110 187 367 127 295 368 591 039 - 4 306 179

Situação Líquida 224 632 11 399 - - 25 157 (234) 260 954

Exposição Líquida - (9 201) (1 618) (74) (11 985) (1 027) (23 905)

Exposição Operacional - (9 201) (1 618) (74) (11 985) (1 027) (23 905)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 63

31.12.2005

Dólares Norte Libras Yenes Reais Outras Moedas Valorl

Euros Americanos Esterlinas Japoneses Brasileiros Estrangeiras Total

Activo

Caixa e disponibilidades bancos centrais 2 766 - 5 - 1 - 2 772

Disponibilidades em outras I.Crédito 12 605 21 3 027 8 4 202 - 19 863

Activos Financeiros detidos para negociação 222 824 18 402 17 065 2 983 474 721 - 735 995

Activos financeiros disponíveis para venda 209 336 33 593 - - 7 277 - 250 206

Aplicações em Instituições de Crédito 938 196 - - - 38 082 - 976 278

Crédito a clientes 864 807 34 259 63 179 - - - 962 245

Derivados de cobertura 23 199 359 - - - - 23 558

Activos não correntes detidos para venda 157 536 - - - - - 157 536

Investimentos em associadas 18 378 - - - (5 857) 1 008 13 529

Outros activos não financeiros 446 837 8 941 3 338 - 11 126 342 470 584

Total Activo 2 896 484 95 575 86 614 2 991 529 552 1 350 3 612 566

Passivo

Passivos financeiros detidos para negociação 289 222 2 079 9 756 - 6 457 - 307 514

Recursos de outras instituições de crédito 195 144 71 588 72 632 3 022 58 575 122 401 083

Recursos de clientes e outros empréstimo 975 489 20 408 - - 418 304 - 1 414 201

Responsabilidades representadas por títulos 651 479 14 505 - - - - 665 984

Derivados de cobertura 26 987 447 - - - - 27 434

Passivos subordinados 99 309 - - - - - 99 309

Passivos não correntes detidos para venda 112 428 - - - - - 112 428

Outros passivos não financeiros 307 059 8 165 3 663 - 15 707 363 334 957

Total Passivo 2 657 117 117 192 86 051 3 022 499 043 485 3 250 482

Situação Líquida 231 621 - - - 18 035 - 249 656

Exposição Líquida - 21 617 (563) 31 (12 474) (865) 7 746

Exposição Operacional - 21 617 (563) 31 (12 474) (865) 7 746

(milhares de euros)

A taxa de juro média dos activos e passivos financeiros em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, é analisada como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Saldo médio do exercício Juro do período Taxa de juro média Saldo médio do exercício Juro do período Taxa de juro média

Activos monetários 1 038 161 40 675 3,92% 995 857 31 311 3,14%

Crédito a clientes 1 082 321 54 209 5,01% 804 970 32 139 3,99%

Aplicações em títulos 924 045 87 721 9,49% 765 133 83 298 10,89%

Activos financeiros 3 044 526 182 605 6,00% 2565 960 146 748 5,72%

Recursos monetários 469 027 55 206 11,77% 709 171 61 875 8,72%

Recursos de clientes 1 475 733 57 161 3,87% 1 162 229 39 939 3,44%

Outros recursos 882 762 42 505 4,82% 449 203 24 171 5,38%

Passivos financeiros 2 827 521 154 872 5,48% 2 320 603 125 985 5,43%

Resultado Financeiro 27 733 0,52% 20 763 1,80%

(milhares de euros)

64 RELATÓRIO E CONTAS

Risco de liquidezO Risco de Liquidez advém da incapacidade potencial de financiar o activo satisfazendo as responsabilidades exigidas nas datas devidas e da exis-

tência de potenciais dificuldades de liquidação de posições em carteira sem incorrer em perdas exageradas.

A gestão da liquidez encontra-se centralizada na Tesouraria. Esta gestão tem como objectivo manter um nível satisfatório de disponibilidades para

fazer face às suas necessidades financeiras no curto, médio e longo prazo. Para avaliar a exposição global a este tipo de risco são elaborados rela-

tórios que permitem não só identificar os mismatch negativos, como efectuar a cobertura dinâmica dos mesmos.

Adicionalmente, é também realizado um acompanhamento por parte do Banco dos rácios de liquidez de um ponto de vista prudencial, calculados

segundo as regras exigidas pelo Banco de Portugal.

Risco operacionalO Risco Operacional traduz-se, genericamente, na eventualidade de perdas originadas por falhas na prossecução de procedimentos internos, pelos

comportamentos das pessoas ou dos sistemas informáticos, ou ainda, por eventos externos à organização.

Para gestão do risco operacional, encontra-se em curso a implementação de um sistema que visa assegurar a uniformização, sistematização e

recorrência das actividades de identificação, monitorização, controlo e mitigação deste risco.

Justo valor de activos e passivos financeiros registados ao custo amortizado

O justo valor dos activos e passivos financeiros que estão registados ao custo amortizado, para o Grupo, é analisado como segue:

(milhares de euros)

2006 2005

Valor de Valor de

balanço Justo valor balanço Justo valor

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 8 740 8 740 2 772 2 772

Disponibilidades em outras instituições de crédito 3 493 3 493 19 863 19 863

Aplicações em instituições de crédito 1 109 591 1 109 591 976 278 976 278

Crédito a clientes 1 390 085 1 390 085 962 245 969 103

Total activos financeiros ao justo valor 2 511 909 2 511 909 1 961 158 1 968 016

Recursos de outras instituições de crédito 875 445 875 445 401 083 401 083

Depósito de clientes 1 341 983 1 341 983 1 414 201 1 414 201

Responsabilidades representados por títulos 958 591 960 234 665 984 665 534

Passivos subordinados 99 685 99 685 99 309 100 199

Total passivos financeiros ao justo valor 3 275 704 3 277 347 2 580 577 2581 017

As principais metodologias e pressupostos utilizados na estimativa do justo valor dos activos e passivos financeiros acima referidos são analisados

como segue:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais, Disponibilidades em outras instituições de crédito e Empréstimos eaplicações em instituições de créditoConsiderando aos prazos curtos associados a estes instrumentos financeiros, considera-se que o seu valor de balanço é uma estimativa razoável

do respectivo justo valor.

Crédito a clientesO justo valor do crédito a clientes é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando que as

prestações são pagas nas datas contratualmente definidas.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 65

Recursos de outras instituições de créditoConsiderando os prazos curtos associados a estes instrumentos financeiros, considera-se que o seu valor de balanço é uma estimativa razoável do

respectivo justo valor.

Depósitos de clientesO justo valor destes instrumentos financeiros é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, conside-

rando que as prestações ocorrem nas datas contratualmente definidas. Considerando que as taxas de juro aplicáveis são de natureza variável e o

período de maturidade dos depósitos é substancialmente inferior a um ano, não existem diferenças quantificáveis no seu justo valor.

Débitos representados por títulos e Passivos subordinadosPara os instrumentos onde se adopta a contabilidade de cobertura, o seu justo valor já se encontra reflectido nas demonstrações financeiras. Para

os instrumentos remanescentes, o justo valor é baseado em cotações de mercado quando disponíveis, caso não existam é estimado com base na

actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros no futuro para estes instrumentos.

NOTA 39 – NORMAS CONTABILÍSTICAS E INTERPRETAÇÕES RECENTEMENTE EMITIDAS

As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas que ainda não entraram em vigor e que o Grupo ainda não aplicou na ela-

boração das suas demonstrações financeiras, podem ser analisadas como segue:

IFRIC 8 – Âmbito da aplicação da IFRS 2O International Financial Reporting Committee (IFRIC), emitiu em 12 de Janeiro de 2006 a IFRIC 8 Âmbito da aplicação da IFRS 2 e a sua aprovação

pela Comissão Europeia foi em 8 de Setembro de 2006.

Esta interpretação clarifica que a IFRS 2 Pagamento com Base em Acções se aplica às situações em que a entidade efectua pagamentos com base

em acções por um valor aparentemente nulo ou residual. A IFRIC 8 explica que, se o benefício concedido aparenta ser menor que o justo valor do

instrumento de capital atribuído ou das responsabilidades assumidas, esta situação indica, normalmente que outro benefício foi ou irá ser recebi-

do pelo que se aplica o IFRS 2.

Este IFRIC é mandatório e aplicável a períodos anuais que tiveram início em ou após 1 de Maio de 2006.

O Grupo não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRIC 8.

IFRIC 9 – Reavaliação dos derivados embutidosO International Financial Reporting Committee (IFRIC), emitiu em 12 de Março de 2006 a IFRIC 9 Re-avaliação dos derivados embutidos e a sua apro-

vação pela Comissão Europeia foi em 8 de Setembro de 2006.

Esta interpretação clarifica que o momento de re-avaliação da separação dos derivados embutidos deverá ser apenas quando existirem alterações

aos próprios contratos.

Este IFRIC é mandatório e aplicável a períodos anuais que tiveram início em ou após 1 de Junho de 2006.

O Grupo não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRIC 9.

IFRIC 10 – Reporte Financeiro Interino e ImparidadeO International Financial Reporting Committee (IFRIC) emitiu em 20 de Julho de 2006 a IFRIC 10 Reporte financeiro intercalar e imparidade e está pre-

vista a sua aprovação pela Comissão Europeia para o segundo trimestre de 2007.

Este IFRIC proíbe a reversão das perdas por imparidade reconhecidas nos períodos interinos anteriores, relativamente a Goodwill, investimentos em

instrumentos de capital ou activos financeiros registados ao custo.

66 RELATÓRIO E CONTAS

Este IFRIC é mandatório para exercícios a partir de 2007 e a sua aplicação será prospectiva para Goodwill, investimentos em instrumentos de capi-

tal ou activos financeiros registados ao custo, a partir da primeira data de adopção da IAS 36 e IAS 39 pela primeira vez.

O Grupo não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRIC 10.

IFRIC 11 – IFRS 2 – Transacções com Treasury shares e GrupoO International Financial Reporting Committee (IFRIC) emitiu em 2 de Novembro de 2006 a IFRIC 11 IFRS 2 – Transacções com Treasury shares e Grupo

e está prevista a sua aprovação pela Comissão Europeia para o segundo trimestre de 2007. Este IFRIC aborda dois assuntos distintos:

1.a) Contratos onde uma entidade atribui aos seus empregados direitos a instrumentos de capital, e terá que optar em pagar em acções pró-

prias ou terá que adquirir instrumentos de capital de outra entidade para satisfazer a suas obrigações perante os seus colaboradores;

1.b) Contratos onde aos colaboradores de uma entidade são atribuídos direitos a instrumentos de capital dessa entidade.

2. Contratos de pagamento com acções próprias que envolvem duas ou mais entidades do mesmo Grupo.

Este IFRIC é mandatório para exercícios a partir de 1 de Janeiro de 2007.

O Grupo não espera vir a ter nenhum impacto com a adopção do IFRIC 11.

IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações e emenda ao IAS 1 Apresentação de Demonstrações FinanceirasO International Accounting Standards Board (IASB), emitiu em 18 de Agosto de 2005 o IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações e adenda com-

plementar ao IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras.

O IFRS 7 introduz novos requisitos destinados a melhorar a informação divulgada nas demonstrações financeiras sobre os instrumentos financei-

ros e substitui o IAS 30 Divulgações nas Demonstrações Financeiras de Bancos e de Instituições Financeiras Similares e alguns dos requisitos da IAS

32 Instrumentos Financeiros: Divulgação e Apresentação. A emenda ao IAS 1 introduz novos requisitos em matéria de divulgação relativamente à

estrutura de capital das entidades.

Esta norma é de aplicação mandatória para exercícios a partir de 1 de Janeiro de 2007.

Decorrente da adopção do IFRS 7 os impactos esperados serão essencialmente ao nível das divulgações a efectuar no que se refere aos instru-

mentos financeiros.

IFRS 8 – Segmentos operacionaisO International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em 30 de Novembro de 2006 a IFRS 8 Segmentos operacionais e está prevista a sua apro-

vação pela Comissão Europeia para o segundo trimestre de 2007.

A IFRS 8 segmentos operacionais define a apresentação da informação sobre segmentos operacionais de uma entidade e também sobre serviços

e produtos, áreas geográficas onde a entidade opera e os seus maiores clientes. Esta norma específica como uma entidade deverá reportar a sua

informação nas demonstrações financeiras anuais, e como consequência alterará a IAS 34 Reporte financeiro interino, no que respeita à informa-

ção a ser seleccionada para reporte financeiro interino. Uma entidade terá também que fazer uma descrição sobre a informação apresentada por

segmento nomeadamente resultados e operações, assim como uma breve descrição de como os segmentos são construídos.

Esta norma é de aplicação mandatória para exercícios a começar ou a partir de 1 de Janeiro de 2009.

O Grupo encontra-se a avaliar o impacto da adopção desta norma.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 67

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77 RELATÓRIO E CONTAS

1.0 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

Demonstração dos Resultados dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005

Notas 31.12.2006 31.12.2005

Juros e proveitos similares 4 97 220 44 850

Juros e custos similares 4 82 539 35 366

Margem financeira 14 681 9 484

Rendimentos de instrumentos de capital 31 419 51 187

Rendimentos de serviços e comissões 5 46 084 19 704

Encargos de serviços e comissões 5 (7 095) (3 993)

Resultados de activos e passivos ao justo valor através de resultados 6 1 845 13 390

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 7 350 (394)

Resultados de reavaliação cambial 8 (1 793) 325

Outros resultados de exploração 9 35 131 23 721

Proveitos operacionais 120 622 113 424

Custos com pessoal 10 34 337 20 556

Gastos gerais administrativos 12 19 984 14 026

Depreciações e amortizações 22 e 23 1 859 1 129

Provisões líquidas de anulações 18, 24 e 29 1 717 (1 952)

Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 19 3 468 5 999

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 17 652 (801)

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 25 - (39)

Custos operacionais 62 017 38 918

Alienação de subsidiárias e associadas - 16

Resultado antes de impostos 58 605 74 522

Impostos

Correntes 30 30 912 23 376

Diferidos 30 (20 559) (16 400)

Resultado líquido do exercício 48 252 67 546

Resultados por acção básicos (em euros) 13 3,45 4,82

Resultados por acção diluídos (em euros) 13 3,45 4,82

O Técnico de Contas O Conselho de Administração

Pedro Miguel Nunes Ventaneira

(milhares de euros)

As Notas Explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 78

Balanço em 31 de Dezembro de 2006 e 2005Activo

Notas 31.12.2006 31.12.2005

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 14 8 738 2 497

Disponibilidades em outras instituições de crédito 15 1 887 5 120

Activos financeiros detidos para negociação 16 473 902 198 751

Activos financeiros disponíveis para venda 17 66 806 98 813

Aplicações em instituições de crédito 18 1 153 721 66 669

Crédito a clientes 19 679 801 523 495

Derivados de cobertura 20 3 118 1 718

Activos não correntes detidos para venda 21 - 31 720

Outros activos tangíveis 22 3 489 3 319

Activos intangíveis 23 1 430 924

Investimentos em subsidiárias e associadas 24 3 481 37 391

Activos por impostos correntes 3 777 3 522

Activos por impostos diferidos 30 37 608 17 040

Outros activos 25 685 910 520 221

Total de Activo 3 123 668 1 511 200

(milhares de euros)

As Notas Explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

Passivo

Notas 31.12.2006 31.12.2005

Passivo

Passivos financeiros detidos para negociação 16 514 734 292 045

Recursos de outras instituições de crédito 26 803 662 494 458

Recursos de clientes 27 1 059 664 137 248

Responsabilidades representadas por títulos 28 58 619 24 509

Derivados de cobertura 20 4 554 2 068

Provisões 29 12 124 11 638

Passivos por impostos correntes 15 357 25 091

Passivos subordinados 31 99 678 99 653

Outros passivos 32 384 997 272 624

Total de Passivo 2 953 389 1 359 334

Capital Próprio

Capital 33 70 000 70 000

Prémios de emissão 33 8 796 8 796

Reservas de justo valor 34 645 988

Outras reservas e resultados transitados 34 42 586 4 536

Resultado do exercício 48 252 67 546

Total de Capital Próprio 170 279 151 866

Total de Passivo e Capital Próprio 3 123 668 1 511 200

O Técnico de Contas

Pedro Miguel Nunes Ventaneira

79 RELATÓRIO E CONTAS

Demonstração de alterações no capital próprio dos exercícios findos em 31 de Dezembrode 2006 e 2005

(milhares de euros)

Outras Reservas Total

Prémios Reservas de e Resultados Resultado Capital

Capital de emissão justo valor Transitados do exercício Próprio

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 NCA (sem IAS 32 e 39) 70 000 8 796 - 22 681 29 003 130 480

Impacto da aplicação do IAS 32 e do IAS 39 - - 403 (2 713) - (2 310)

Saldo em 1 de Janeiro de 2005 NCA 70 000 8 796 403 19 968 29 003 128 170

Dividendos de acções ordinárias (a) - - - (20 000) (24 792) (44 792)

Alterações de justo valor, líquidas de imposto - - 585 - - 585

Constituição de reservas - - - 4 211 (4 211) -

Impacto da fusão por incorporação da ES Dealer - - - 357 - 357

Resultado líquido do exercício - - - - 67 546 67 546

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 70 000 8 796 988 4 536 67 546 151 866

Dividendos de acções ordinárias (a) - - - (4 032) (22 603) (26 635)

Alterações de justo valor líquidas de imposto - - (343) - - (343)

Constituição de reservas - - - 44 943 (44 943) -

Resultado líquido do exercício - - - - 48 252 48 252

Impacto da fusão por incorporação da ES Investments,SAUV,S.V. - - - (2 861) - (2 861)

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 70 000 8 796 645 42 586 48 252 170 279

(a) Corresponde a um dividendo por acção de 1,90 euros e 3,20 euros em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, respectivamente.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 80

Demonstração dos Fluxos de Caixa Individuais dos Exercícios findos em 31 de Dezembrode 2006 e 2005

(milhares de euros)

Notas 31.12.2006 31.12.2005

Fluxos de caixa de actividades operacionais

Juros e proveitos recebidos 94 425 46 213

Juros e custos pagos (81 136) (33 930)

Serviços e comissões recebidas 89 508 49 277

Serviços e comissões pagas (7 095) (3 993)

Pagamentos de caixa a empregados e fornecedores (57 672) 1 754

38 030 59 321

Variação nos activos e passivos operacionais:

Disponibilidades em bancos centrais (6 242) 1 583

Activos financeiros ao justo valor através de resultados (50 617) 193 987

Aplicações em instituições de crédito (1 086 653) 170 975

Recursos de instituições de crédito 309 717 (158 315)

Crédito a clientes (158 402) (153 029)

Recursos de clientes e outros empréstimos 921 181 63 641

Derivados de cobertura (9 379) (5 893)

Outros activos e passivos operacionais 3 509 (180 563)

Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais, antes de impostos

sobre os lucros (38 856) (8 293)

Impostos sobre os lucros pagos (40 901) (8 389)

Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento (79 757) (16 682)

Fluxos de caixa das actividades de investimento

Aquisição de investimentos em subsidiárias e associadas - (35 050)

Alienação de investimentos em subsidiárias e associadas - 17

Dividendos recebidos 31 419 51 187

Compra de activos financeiros disponíveis para venda (75 670) (53 282)

Venda de activos financeiros disponíveis para venda 109 656 29 521

Compra de imobilizações (973) (882)

Venda de imobilizações 139 3 165

Fluxos de caixa das actividades de financiamento 64 571 (5 324)

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Emissão de obrigações de caixa 40 380 16 316

Emissão de passivos subordinados - 60 000

Reembolso de passivos subordinados - (19 952)

Dividendos de acções ordinárias pagos (26 635) (31 272)

Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiamento 13 745 25 092

Efeitos da alteração da taxa de câmbio em caixa e seus equivalentes (1 793) 692

Variação líquida em caixa e seus equivalentes (3 234) 3 778

Caixa e equivalentes no início do período 5 129 1 351

Caixa e equivalentes no fim do período 1 895 5 129

(3 234) 3 778

Caixa e equivalentes engloba:

Caixa 14 8 9

Disponibilidades em outras instituições de crédito 15 1 887 5 120

Total 1 895 5 129

As Notas Explicativas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações Financeiras

81 RELATÓRIO E CONTAS

2.0 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS

BANCO ESPÍRITO SANTO DE INVESTIMENTO, S.A.Notas explicativas às demonstrações financeiras individuais em 31 de Dezembro de 2006

(Montantes expressos em milhares de euros, excepto quando indicado)

NOTA 1 - ACTIVIDADE

O Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (Banco ou BESI) é um banco comercial com sede em Portugal, na Rua Alexandre Herculano, n.º 38, em

Lisboa. Para o efeito possui as indispensáveis autorizações das autoridades portuguesas, bancos centrais e demais agentes reguladores para ope-

rar em Portugal e nos países onde actua através de sucursais financeiras internacionais.

A Instituição foi constituída como Sociedade de Investimentos em Fevereiro de 1983 como um investimento estrangeiro em Portugal sob a deno-

minação de FINC – Sociedade Portuguesa Promotora de Investimentos, S.A.R.L. No exercício de 1986 a Sociedade foi integrada no Grupo Espírito

Santo com a designação de Espírito Santo - Sociedade de Investimentos, S.A.

Com o objectivo de alargar o âmbito da actividade, a Instituição obteve autorização dos organismos oficiais competentes para a sua transforma-

ção em Banco de Investimento, através da Portaria n.º 366/92 de 23 de Novembro, publicada no Diário da República - II Série – n.º 279, de 3 de

Dezembro. O início das actividades de Banco de Investimentos, sob a denominação de Banco ESSI, S.A., ocorreu no dia 1 de Abril de 1993.

Presentemente o BESI opera através da sua sede em Lisboa e de sucursais em Londres e Espanha, assim como através das suas subsidiárias no

Brasil e Irlanda.

No exercício de 2000, o BES adquiriu a totalidade do capital social do BES Investimento por forma a reflectir nas suas contas consolidadas todas as

sinergias existentes entre as duas instituições.

As demonstrações financeiras do BESI são consolidadas pelo Banco Espírito Santo, S.A., com sede na Avenida da Liberdade, n.º 195, em Lisboa e pela

Espírito Santo Financial Group, S.A. (ESFG), com sede no Luxemburgo.

NOTA 2 - PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

2.1 Bases de apresentação

No âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, na sua transposição para

a legislação Portuguesa através do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro e do Aviso n.º 1/2005, do Banco de Portugal, as demonstrações finan-

ceiras do BESI passaram a ser preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como definidas pelo Banco de Portugal,

a partir do exercício de 2005.

As NCA traduzem-se na aplicação às demonstrações financeiras individuais das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) tal como adop-

tadas na União Europeia, com excepção de algumas matérias reguladas pelo Banco de Portugal, como a imparidade do crédito a clientes e o tra-

tamento contabilístico relativo ao reconhecimento em resultados transitados dos ajustamentos das responsabilidades por pensões de reforma e

sobrevivência apuradas na transição.

Os IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as interpretações emitidas pelo

Internacional Financial Reporting Interpretation Comitee (IFRIC), e pelos respectivos órgãos antecessores.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 82

As demonstrações financeiras individuais do BESI agora apresentadas, reportam-se ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2006 e foram prepa-

radas de acordo com as NCA, as quais incluem os IFRS em vigor tal como adoptados na União Europeia até 31 de Dezembro de 2006. As políticas

contabilísticas utilizadas pelo Banco na preparação das suas demonstrações financeiras referentes a 31 de Dezembro de 2006 são consistentes com

as utilizadas na preparação das suas demonstrações financeiras com referência a 31 de Dezembro de 2005.

As demonstrações financeiras estão expressas em milhares de euros, arredondado ao milhar mais próximo. Estas foram preparadas de acordo com

o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente instrumentos financeiros deriva-

dos, activos financeiros ao justo valor através dos resultados, activos financeiros disponíveis para venda e activos e passivos cobertos, na sua com-

ponente que está a ser objecto de cobertura.

A preparação de demonstrações financeiras de acordo com as NCA requer que o Banco efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos

que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou

diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de jul-

gamento ou complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras encon-

tram-se analisadas na Nota 3.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 22 de Março de 2007.

2.2 Operações em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transacção. Os activos e passivos monetários expres-

sos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta con-

versão são reconhecidas em resultados.

Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio à data da

transacção. Activos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em

vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais resultantes são reconhecidas em resultados, excepto no que diz respei-

to às diferenças relacionadas com acções classificadas como activos financeiros disponíveis para venda, as quais são registadas em reservas.

2.3 Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (“trade date”), pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo

valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados

directamente em resultados do período, excepto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das variações de justo valor dos

derivados de cobertura depende da natureza do risco coberto e do modelo de cobertura utilizado.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando disponível, ou é determinado tendo por base

técnicas de valorização incluindo modelos de desconto de fluxos de caixa (“discounted cash flows”) e modelos de avaliação de opções, conforme seja

apropriado.

Contabilidade de cobertura• Critérios de classificação

Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura, podem ser classificados contabilisticamente como de cobertura desde que

cumpram, cumulativamente, com as seguintes condições:

83 RELATÓRIO E CONTAS

(i) À data de início da transacção a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente documentada, incluindo a identificação do item

coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da efectividade da cobertura;

(ii) Existe a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente efectiva, à data de início da transacção e ao longo da vida da operação;

(iii) A eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transacção e ao longo da vida da operação;

(iv) Para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de virem a ocorrer.

• Cobertura de justo valor (Fair value hedge)

Numa operação de cobertura de justo valor de um activo ou passivo (“fair value hedge”), o valor de balanço desse activo ou passivo, determinado

com base na respectiva política contabilística, é ajustado por forma a reflectir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações

do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos activos ou dos pas-

sivos cobertos atribuíveis ao risco coberto.

Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o instrumento financeiro derivado é transferido para

a carteira de negociação e a contabilidade de cobertura é descontinuada prospectivamente. Caso o activo ou passivo coberto corresponda a um

instrumento de rendimento fixo, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade pelo método da taxa efectiva.

• Cobertura de fluxos de caixa (Cash flow hedge)

Numa operação de cobertura da exposição à variabilidade de fluxos de caixa futuros de elevada probabilidade (“cash flow hedge”), a parte efectiva

das variações de justo valor do derivado de cobertura são reconhecidas em reservas, sendo transferidas para resultados nos períodos em que o res-

pectivo item coberto afecta resultados. A parte inefectiva da cobertura é registada em resultados.

Quando um instrumento de cobertura expira ou é vendido, ou quando a cobertura deixa de cumprir os critérios exigidos para a contabilidade de

cobertura, as variações de justo valor do derivado acumuladas em reservas são reconhecidas em resultados quando a operação coberta também

afectar resultados. Se for previsível que a operação coberta não se efectuará, os montantes ainda registados em capital próprio são imediatamen-

te reconhecidos em resultados e o instrumento de cobertura é transferido para a carteira de negociação.

Durante o período coberto por estas demonstrações financeiras o Banco não detinha operações de cobertura classificadas como coberturas de flu-

xos de caixa.

Derivados embutidosOs derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados separadamente quando as suas características económicas e

os seus riscos não estão relacionados com o instrumento principal e o instrumento principal não está contabilizado ao seu justo valor através de

resultados. Estes derivados embutidos são registados ao justo valor com as variações reconhecidas em resultados.

2.4 Crédito a clientes

O crédito a clientes inclui os empréstimos originados pelo Banco, cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data

em que o montante do crédito é adiantado ao cliente.

O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais do Banco relativos aos respectivos fluxos de caixa expiraram, (ii)

o Banco transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante o Banco ter retido parte, mas não

substancialmente todos, os riscos e benefícios associados à sua detenção, o controlo sobre os activos foi transferido.

O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor acrescido dos custos de transacção e é subsequentemente valorizado ao custo

amortizado, com base no método da taxa efectiva, sendo deduzido de perdas de imparidade.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 84

Imparidade

O Banco avalia regularmente se existe evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito. As perdas por imparidade identificadas são

registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso, num período posterior, o montante da perda

estimada diminua.

Um crédito concedido a clientes, ou uma carteira de crédito concedido, definida como um conjunto de créditos com características de risco seme-

lhantes, encontra-se em imparidade quando: (i) exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o

seu reconhecimento inicial e (ii) quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor recuperável dos fluxos de caixa futuros desse crédito,

ou carteira de créditos, que possa ser estimado com razoabilidade.

Inicialmente, o Banco avalia se existe individualmente para cada crédito evidência objectiva de imparidade. Para esta avaliação e na identificação

dos créditos com imparidade numa base individual, o Banco utiliza a informação que alimenta os modelos de risco de crédito implementados e con-

sidera de entre outros os seguintes factores:

• a exposição global ao cliente e a existência de créditos em situação de incumprimento;

• a viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios capazes de responder aos serviços da dívida no futuro;

• a existência de credores privilegiados;

• a existência, natureza e o valor estimado dos colaterais;

• o endividamento do cliente com o sector financeiro;

• o montante e os prazos de recuperação estimados.

Se para determinado crédito não existe evidência objectiva de imparidade numa óptica individual, esse crédito é incluído num grupo de créditos com

características de risco de crédito semelhantes (carteira de crédito), o qual é avaliado colectivamente – análise da imparidade numa base colectiva.

Os créditos que são avaliados individualmente e para os quais é identificada uma perda por imparidade não são incluídos na avaliação colectiva.

Caso seja identificada uma perda de imparidade numa base individual, o montante da perda a reconhecer corresponde à diferença entre o valor

contabilístico do crédito e o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro

efectiva original do contrato. O crédito concedido é apresentado no balanço líquido da imparidade. Para um crédito com uma taxa de juro variável,

a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com base nas

regras de cada contrato.

As alterações do montante das perdas por imparidade reconhecidas, atribuíveis ao efeito do desconto (efeito do valor temporal) são registadas

como juros e proveitos similares.

O cálculo do valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados de um crédito garantido reflecte os fluxos de caixa que possam resultar da recu-

peração e venda do colateral, deduzido dos custos inerentes com a sua recuperação e venda.

No âmbito da análise da imparidade numa base colectiva, os créditos são agrupados com base em características semelhantes de risco de crédito,

em função da avaliação de risco definida pelo Banco. Os fluxos de caixa futuros para uma carteira de créditos, cuja imparidade é avaliada colecti-

vamente, são estimados com base nos fluxos de caixa contratuais e na experiência histórica de perdas. A metodologia e os pressupostos utilizados

para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos regularmente pelo Banco de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas

e as perdas reais.

Quando o Banco considera que determinado crédito é incobrável havendo sido reconhecida uma perda por imparidade de 100%, este é abatido ao

activo.

85 RELATÓRIO E CONTAS

2.5 Outros activos financeiros

ClassificaçãoO Banco classifica os seus outros activos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo

com as seguintes categorias:

• Activos financeiros ao justo valor através dos resultados

Esta categoria inclui: (i) os activos financeiros de negociação, que são aqueles adquiridos com o objectivo principal de serem transaccionados no

curto prazo, e (ii) os activos financeiros designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas em resul-

tados.

O Banco designa , no seu reconhecimento inicial, certos activos financeiros ao justo valor através de resultados quando:

- Tais activos financeiros são geridos, avaliados e analisados internamente com base no seu justo valor;

- Tal designação elimina uma inconsistência de reconhecimento e mensuração (accounting mismatch); ou

- Tais activos financeiros contêm derivados embutidos.

• Investimentos detidos até à maturidade

Estes investimentos são activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades definidas, que o Banco tem

intenção e capacidade de deter até à maturidade e que não são designados, no momento do seu reconhecimento inicial, como ao justo valor atra-

vés de resultados ou como disponíveis para venda.

• Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que: (i) o Banco tem intenção de manter por tempo indetermi-

nado, (ii) são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) não se enquadram nas categorias acima

referidas.

Reconhecimento inicial, mensuração e desreconhecimentoAquisições e alienações de: (i) activos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii) investimentos detidos até à maturidade e (iii) activos

financeiros disponíveis para venda, são reconhecidas na data da negociação (“trade date”), ou seja, na data em que o Banco se compromete a adqui-

rir ou alienar o activo.

Os activos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto nos casos de activos finan-

ceiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes custos de transacção são directamente reconhecidos em resultados.

Estes activos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais do Banco ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) o Banco tenha

transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmen-

te todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, o Banco tenha transferido o controlo sobre os activos.

Mensuração subsequenteApós o seu reconhecimento inicial, os activos financeiros ao justo valor através de resultados são valorizados ao justo valor, sendo as suas varia-

ções reconhecidas em resultados.

Os activos financeiros detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto, as respectivas variações reconhecidas em

reservas, até que os activos sejam desreconhecidos ou seja identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos

e perdas potenciais registados em reservas é transferido para resultados. As variações cambiais associadas a estes activos são reconhecidas tam-

bém em reservas, no caso de acções, e em resultados, no caso de instrumentos de dívida. Os juros, calculados à taxa de juro efectiva, e os dividen-

dos são também reconhecidos na demonstração dos resultados.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 86

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva e são deduzidos de perdas

de imparidade.

O justo valor dos activos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (“bid-price”). Na ausência de cotação, o Banco estima o justo valor

utilizando (i) metodologias de avaliação, tais como a utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mer-

cado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções customizados de modo a reflectir as particularidades e circuns-

tâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações de mercado.

Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo valor são registados ao custo de aquisição.

Transferências entre categoriasDe acordo com as exigências do IAS 39, o Banco não procede à transferência de instrumentos financeiros entre categorias, excepto nos raros casos

permitidos no âmbito desta norma.

ImparidadeO Banco avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de impari-

dade. Para os activos financeiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por impari-

dade registadas por contrapartida de resultados.

Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objectiva de imparidade resultante

de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os títulos cotados, uma desvalorização continuada ou

de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos não cotados, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos flu-

xos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade.

No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade correspondem à diferença entre o valor contabilístico do

activo e o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efectiva original

do activo financeiro. Estes activos são apresentados no balanço líquidos de imparidade. Caso estejamos perante um activo com uma taxa de juro

variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com

base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante da perda de

imparidade diminui, e essa diminuição pode ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade,

esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.

Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas, correspondente

à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo anteriormente reconhecida em

resultados, é transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade ante-

riormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição se o aumento for objectiva-

mente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade, excepto no que se refere a acções ou outros instru-

mentos de capital, caso em que a reversão da imparidade é reconhecida em reservas.

2.6 Activos cedidos com acordo de recompra

Títulos vendidos com acordo de recompra (“repos”) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de venda acrescido de um juro inerente

ao prazo da operação não são desreconhecidos do balanço. O correspondente passivo é contabilizado em valores a pagar a outras instituições finan-

ceiras ou a clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de venda e o valor de recompra é tratada como juro e é diferida durante a vida

do acordo, através do método da taxa efectiva.

87 RELATÓRIO E CONTAS

Títulos comprados com acordo de revenda (“reverse repos”) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro

inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o valor de compra registado como empréstimos a outras instituições finan-

ceiras ou clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida

do acordo, através do método da taxa efectiva.

Os títulos cedidos através de acordos de empréstimo não são desreconhecidos do balanço, sendo classificados e valorizados em conformidade com

a política contabilística referida na Nota 2.5. Os títulos recebidos através de acordos de empréstimo não são reconhecidos no balanço.

2.7 Passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entre-

ga de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal.

Os passivos financeiros não derivados incluem recursos de instituições de crédito e de clientes, empréstimos, responsabilidades representadas por

títulos, outros passivos subordinados e vendas a descoberto.

Estes passivos financeiros são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e (ii) subsequentemente

ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva, com a excepção das vendas a descoberto e dos passivos financeiros designados ao

justo valor através de resultados, os quais são registados ao justo valor.

O Banco designa, no seu reconhecimento inicial, certos passivos financeiros como ao justo valor através de resultados quando:

• Tal designação elimina uma inconsistência de reconhecimento e mensuração (accounting missmatch); ou

• Tais passivos financeiros contêm derivados embutidos.

O justo valor dos passivos financeiros cotados é o seu valor de cotação. Na ausência de cotação, o Banco estima o justo valor utilizando metodolo-

gias de avaliação considerando pressupostos baseados em informação de mercado, incluindo o próprio risco de crédito da entidade emitente.

Caso o Banco recompre dívida emitida esta é anulada do balanço e a diferença entre o valor de balanço do passivo e o valor de compra é regista-

do em resultados.

2.8 Instrumentos de capital

Um instrumento é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada median-

te a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos activos de

uma entidade após a dedução de todos os seus passivos.

Custos directamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida do capital próprio como uma dedução ao

valor da emissão. Valores pagos e recebidos pelas compras e vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos cus-

tos de transacção.

As distribuições efectuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao capital próprio como dividendos quando declaradas.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 88

2.9 Compensação de instrumentos financeiros

Activos e passivos financeiros são apresentados no balanço pelo seu valor líquido quando existe a possibilidade legal de compensar os montantes

reconhecidos e exista a intenção de os liquidar pelo seu valor líquido ou realizar o activo e liquidar o passivo simultaneamente.

2.10. Activos recebidos em dação por recuperação de créditos

Os activos recebidos em dação por recuperação de créditos são classificados na rubrica de outros activos e são registados, no seu reconhecimen-

to inicial, pelo menor de entre o seu justo valor deduzido dos custos esperados de venda e o valor de balanço do crédito concedido objecto de recu-

peração.

Subsequentemente, estes activos são registados pelo menor de entre o valor do seu reconhecimento inicial e o correspondente justo valor actual

deduzido dos custos esperados de venda, e não são amortizados. As perdas não realizadas com estes activos assim determinadas são registadas

em resultados.

O Banco obtém avaliações regulares, efectuadas por peritos, dos activos recebidos em dação.

2.11 Outros activos tangíveis

Os outros activos tangíveis do Banco encontram-se valorizados ao custo deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de impari-

dade. Na data de transição para os IFRS, 1 de Janeiro de 2004, o Banco elegeu considerar como custo o valor reavaliado dos seus outros activos tan-

gíveis, conforme determinado de acordo com as anteriores políticas contabílisticas, o qual era equiparável numa perspectiva geral ao custo depre-

ciado mensurado de acordo com os IFRS ajustado por forma a reflectir as alterações no índice geral dos preços. O custo inclui despesas que são

directamente atribuíveis à aquisição dos bens.

Os custos subsequentes com os outros activos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futu-

ros para o Banco. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos

exercícios.

Os terrenos não são amortizados. As amortizações dos activos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas constantes, às seguintes

taxas de amortização que reflectem a vida útil esperada dos bens:

Número de anos

Imóveis de serviço próprio 35 a 50

Beneficiações em edifícios arrendados 10

Equipamento informático 4 a 5

Instalações interiores 5 a 12

Mobiliário e material 4 a 10

Equipamento de segurança 4 a 10

Máquinas e ferramentas 4 a 10

Material de transporte 4

Outro Equipamento 5

89 RELATÓRIO E CONTAS

Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, o IAS 36 exige que o seu valor recuperável seja estimado, devendo ser reco-

nhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reco-

nhecidas na demonstração dos resultados.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no

valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida

útil.

2.12 Activos Intangíveis

Os custos incorridos com a aquisição, produção e desenvolvimento de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas

pelo Banco necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes activos a qual se

situa normalmente entre 3 e 6 anos.

Os custos directamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações informáticas pelo Banco, sobre os quais seja expectável que estes

venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício, são reconhecidos e registados como activos intangíveis. Estes custos

incluem despesas com os empregados das empresas do Grupo especializadas em informática enquanto estiverem directamente afectos aos pro-

jectos.

Todos os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos são reconhecidos como custos quando incorridos.

2.13 Locações

O Banco classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma

legal cumprindo os critérios definidos no IAS 17 – Locações. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios

inerentes à propriedade de um activo são transferidas para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações

operacionais.

Locações operacionaisOs pagamentos efectuados pelo Banco à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.

Locações financeiras• Como locatário

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no activo e no passivo, pelo custo de aquisição da propriedade locada, que

é equivalente ao valor actual das rendas de locação vincendas. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados

e (ii) pela amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos como custos ao longo do período

da locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.

2.14 Benefícios aos empregados

PensõesFace às responsabilidades assumidas pelo Banco no âmbito do Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário foram constituídos Fundos de

Pensões ACT, que se destinam a cobrir as responsabilidades com pensões de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência relativamente à totali-

dade do seu pessoal.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 90

Em 1998, o Banco decidiu, adicionalmente, constituir fundos de pensões abertos autónomos, com a finalidade de financiar a atribuição de benefí-

cios complementares aos colaboradores e pensionistas.

Os fundos de pensões são geridos pela ESAF – Espírito Santo Fundos de Pensões, S.A., subsidiária do Banco Espírito Santo, S.A.

Os planos de pensões existentes no Banco correspondem a planos de benefícios definidos, uma vez que definem os critérios de determinação do

valor da pensão que um empregado receberá durante a reforma, usualmente dependente de um ou mais factores como sejam a idade, anos de ser-

viço e retribuição.

À luz do IFRS 1, o Banco optou por na data da transição, 1 de Janeiro de 2004, aplicar retrospectivamente o IAS 19, tendo efectuado o recálculo dos

ganhos e perdas actuariais que podem ser diferidos em balanço de acordo com o método do corredor preconizado nesta norma.

As responsabilidades com pensões de reforma são calculadas anualmente, na data de fecho de contas, pelo Banco, individualmente para cada plano,

com base no Método da Unidade de Crédito Projectada, sendo sujeitas a uma revisão por actuários independentes. A taxa de desconto utilizada

neste calculo é determinada com base nas taxas de mercado associadas a obrigações de empresas de rating elevado, denominadas na moeda em

que os benefícios serão pagos e com maturidade semelhante à data do termo das obrigações do plano.

Os ganhos e perdas actuariais determinados anualmente, resultantes (i) das diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e

os valores efectivamente verificados e (ii) das alterações de pressupostos actuariais, são reconhecidos como um activo ou um passivo e o seu valor

acumulado é imputado a resultados com base no método do corredor.

Este método estabelece que os ganhos e perdas actuariais diferidos acumulados no início do ano que excedam 10% do maior de entre o total das

responsabilidades e do valor do fundo, também reportados ao início do ano, sejam imputados a resultados durante um período que não pode exce-

der a média da vida de serviço remanescente dos trabalhadores abrangidos pelo plano. O Banco determinou que os desvios actuariais são amorti-

zados por um período de 15 anos. Os ganhos e perdas actuariais acumulados que se situem dentro do referido limite, não são reconhecidos em resul-

tados.

Anualmente, o Banco reconhece como um custo, na sua demonstração de resultados um valor total líquido que inclui (i) o custo do serviço corren-

te, (ii) o custo dos juros, (iii) o rendimento esperado dos activos do fundo, (iv) uma porção dos ganhos e perdas actuariais determinada com base no

referido método do corredor e (v) o efeito das reformas antecipadas, o qual inclui a amortização antecipada dos ganhos e perdas actuariais asso-

ciadas.

Os encargos com reformas antecipadas correspondem ao aumento de responsabilidades decorrente da reforma ocorrer antes do empregado atin-

gir os 65 anos de idade.

O Banco efectua pagamentos aos fundos por forma a assegurar a solvência dos mesmos, sendo os níveis mínimos fixados pelo Banco de Portugal

como segue: (i) financiamento integral no final de cada exercício das responsabilidades actuariais por pensões em pagamento e (ii) financiamento

a um nível mínimo de 95% do valor actuarial das responsabilidades por serviços passados do pessoal no activo.

Benefícios de saúdeAos trabalhadores bancários é assegurada pelo Banco a assistência médica por um Serviço de Assistência Médico-Social. O Serviço de Assistência

Médico-Social – SAMS – constitui uma entidade autónoma e é gerido pelo Sindicato respectivo.

O SAMS proporciona, aos seus beneficiários, serviços e/ou comparticipações em despesas no domínio de assistência médica, meios auxiliares de

diagnóstico, medicamentos, internamentos hospitalares e intervenções cirúrgicas, de acordo com as suas disponibilidades financeiras e regula-

mentação interna.

91 RELATÓRIO E CONTAS

Constituem contribuições obrigatórias para o SAMS, a cargo do Banco, a verba correspondente a 6,50% do total das retribuições efectivas dos tra-

balhadores no activo, incluindo, entre outras, o subsídio de férias e o subsídio de Natal.

O cálculo e registo das obrigações do Banco com benefícios de saúde atribuíveis aos trabalhadores na idade da reforma são efectuados de forma

semelhante às responsabilidades com pensões.

Prémios de antiguidadeNo âmbito do Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário, o BES Investimento assumiu o compromisso de pagar aos seus trabalhadores, quan-

do estes completam 15, 25 e 30 anos ao serviço do Banco, prémios de antiguidade de valor correspondente a uma, duas ou três vezes, respectiva-

mente, o salário mensal recebido à data de pagamento destes prémios.

À data da passagem à situação de invalidez ou invalidez presumível, o trabalhador tem direito a um prémio de antiguidade de valor proporcional

àquele de que beneficiaria se continuasse ao serviço até reunir os pressupostos do escalão seguinte.

Os prémios de antiguidade são contabilizados pelo Banco de acordo com o IAS 19, como outros benefícios de longo prazo a empregados.

O valor das responsabilidades do Banco com estes prémios de antiguidade é estimado anualmente, à data do balanço, pelo Banco com base no

Método da Unidade de Crédito Projectada. Os pressupostos actuariais utilizados baseiam-se em expectativas de futuros aumentos salariais e

tábuas de mortalidade. A taxa de desconto utilizada neste cálculo é determinada com base nas taxas de mercado associadas a obrigações de

empresas de rating elevado, denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e com maturidade semelhante à data do termo das res-

ponsabilidades calculadas.

Anualmente, o aumento da responsabilidade com prémios de antiguidade, incluindo ganhos e perdas actuariais e custos de serviços passados, é

reconhecido em resultados.

Remunerações variáveis aos empregadosDe acordo com as disposições estatutárias do Banco, os accionistas aprovam anualmente em Assembleia-Geral a remuneração variável a ser dis-

tribuída aos membros dos órgãos de Administração e demais colaboradores (bónus), de acordo com proposta do Conselho de Administração.

As remunerações variáveis dos colaboradores são contabilizadas em resultados do exercício a que respeitam.

2.15 Impostos sobre lucros

Os impostos sobre lucros compreendem os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre lucros são reconhecidos em resultados,

excepto quando estão relacionados com items que são reconhecidos directamente nos capitais próprios, caso em que são também registados por

contrapartida dos capitais próprios. Os impostos diferidos reconhecidos nos capitais próprios decorrentes da reavaliação de activos disponíveis para

venda e de derivados de cobertura de fluxos de caixa são posteriormente reconhecidos em resultados no momento em que forem reconhecidos em

resultados os ganhos e perdas que lhes deram origem.

Os impostos correntes são os que se esperam que sejam pagos com base no resultado tributável apurado de acordo com as regras fiscais em vigor

e utilizando a taxa de imposto aprovada ou substancialmente aprovada em cada jurisdição.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores

contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas à data de balan-

ço em cada jurisdição e que se espera virem a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 92

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis, das diferenças resultantes do reconhecimento

inicial de activos e passivos que não afectem quer o lucro contabilístico quer o fiscal, e de diferenças relacionadas com investimentos em subsidiá-

rias na medida em que não seja provável que se revertam no futuro. Os impostos diferidos activos são reconhecidos apenas na medida em que seja

expectável que existam lucros tributáveis no futuro capazes de absorver as diferenças temporárias dedutíveis.

2.16 Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) o Banco tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a

ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

2.17 Reconhecimento de juros

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e de activos financeiros disponíveis para venda são

reconhecidos nas rubricas de juros e proveitos similares ou juros e custos similares, utilizando o método da taxa efectiva. Os juros dos activos e dos

passivos financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e proveitos similares ou juros e custos simila-

res, respectivamente.

A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instru-

mento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. A taxa de

juro efectiva é estabelecida no reconhecimento inicial dos activos e passivos financeiros e não é revista subsequentemente.

Para o cálculo da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento finan-

ceiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comis-

sões que sejam parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a

transacção.

No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros

registados em juros e proveitos equiparados são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade.

No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, com excepção daqueles classificados como de cobertura do risco de taxa de juro e dos

derivados para gestão de certos activos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados por forma a resolver um eventual

mismatch contabilístico (derivados para gestão de risco), a componente de juro inerente à variação de justo valor não é separada e é classificada

na rubrica de resultados de activos e passivos ao justo valor através de resultados. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos ins-

trumentos financeiros derivados de cobertura do risco de taxa de juro e dos derivados para gestão de certos activos e passivos financeiros desig-

nados ao justo valor através de resultados por forma a resolver um eventual mismatch contabilístico é reconhecida nas rubricas de juros e provei-

tos similares ou juros e custos similares.

2.18 Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma:

• Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, como por exemplo comissões na sindicação de emprés-

timos, são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído;

93 RELATÓRIO E CONTAS

• Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados, são reconhecidos em resultados no período a que se referem;

• Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são registados em

resultados pelo método da taxa de juro efectiva.

2.19 Reconhecimento de dividendos

Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber o seu pagamento é estabelecido.

2.20 Reporte por segmentos

Um segmento de negócio é um conjunto de activos e operações que estão sujeitos a riscos e proveitos específicos diferentes de outros segmentos

de negócio.

Um segmento geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num ambiente económico específico que está sujeito a riscos e provei-

tos que são diferentes de outros segmentos que operam em outros ambientes económicos.

De acordo com o parágrafo 6 do IAS 14, o Banco está dispensado de apresentar o reporte por segmentos em base individual, uma vez que as

demonstrações financeiras individuais são apresentadas conjuntamente com as do Grupo.

2.21 Resultados por acção

Os resultados por acção básicos são calculados dividindo o lucro atribuível aos accionistas do Banco pelo número médio ponderado de acções ordi-

nárias em circulação, excluindo o número médio de acções próprias detidas pelo Banco.

Para o cálculo dos resultados por acção diluídos, o número médio ponderado de acções ordinárias em circulação é ajustado de forma a reflectir o

efeito de todas as potenciais acções ordinárias diluidoras, como as resultantes de dívida convertível e de opções sobre acções próprias concedidas

aos trabalhadores. O efeito da diluição traduz-se numa redução nos resultados por acção, resultante do pressuposto de que os instrumentos con-

vertíveis são convertidos ou de que as opções concedidas são exercidas.

Durante os períodos coberto por estas demonstrações financeiras não existiam quaisquer acções ordinárias potenciais.

2.22 Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior

a três meses a contar da data de aquisição/contratadas, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de bancos centrais.

2.23 Normas e interpretações ainda não adoptadas pelo Banco

Na nota 38 são apresentadas as Normas e Interpretações ainda não adoptadas pelo Banco.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 94

NOTA 3 – PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E JULGAMENTOS UTILIZADOS NA ELABORAÇÃO DAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

As NCA estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração efectue julgamentos e faça estimati-

vas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utiliza-

dos na aplicação dos princípios contabilísticos pelo Banco são discutidas nesta nota com o objectivo de melhorar o entendimento de como a sua

aplicação afecta os resultados reportados do Banco e a sua divulgação. Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas

pelo Banco é apresentada na Nota 2 às demonstrações financeiras.

Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados

reportados pelo Banco poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que as esco-

lhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira do Banco e o resultado

das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para um melhor entendimento das demonstrações financeiras e

não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas possam ser mais apropriadas.

3.1 Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda

O Banco determina que existe imparidade nos seus activos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de

valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamen-

to efectuado, o Banco avalia entre outros factores, a volatilidade normal dos preços das acções.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação os quais requerem a utilização de determi-

nados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

A utilização de metodologias alternativas e de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível diferente de perdas por imparida-

de reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados do Banco.

3.2 Justo valor dos instrumentos financeiros derivados

O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação é determinado com base na utilização de preços

de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas

de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de rentabilidade e factores de volatilida-

de. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo,

poderia originar resultados financeiros diferentes daqueles reportados.

95 RELATÓRIO E CONTAS

3.3 Perdas por imparidade no crédito sobre clientes

O Banco efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade, conforme referido na Nota 2.4.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas esti-

mativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e

as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento.

A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em níveis diferentes das perdas por imparida-

de reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados do Banco.

3.4. Impostos sobre os lucros

O Banco encontra-se sujeito ao pagamento de impostos sobre lucros em diversas jurisdições. A determinação do montante global de impostos sobre

os lucros requer determinadas interpretações e estimativas. Existem diversas transacções e cálculos para os quais a determinação do valor final de

imposto a pagar é incerto durante o ciclo normal de negócios.

Outras interpretações e estimativas poderiam resultar num nível diferente de impostos sobre os lucros, correntes e diferidos, reconhecidos no período.

As Autoridades Fiscais têm a atribuição de rever o cálculo da matéria colectável efectuado pelo Banco, durante um período de quatro ou seis anos,

no caso de haver prejuízos fiscais reportáveis. Desta forma, é possível que haja correcções à matéria colectável, resultantes principalmente de dife-

renças na interpretação da legislação fiscal. No entanto, é convicção do Conselho de Administração do Banco, de que não haverá correcções signi-

ficativas aos impostos sobre lucros registados nas demonstrações financeiras.

3.5. Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades por pensões de reforma requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projec-

ções actuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e outros factores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de

pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 96

NOTA 4 – MARGEM FINANCEIRA

O valor desta rubrica é composto por:

31.12.2006 31.12.2005

Juros e proveitos similares

Juros de crédito 27 224 17 507

Juros de disponibilidades e aplicações em instituições de crédito 37 660 4 624

Juros de derivados para gestão de risco 22 594 18 475

Juros de activos financeiros disponíveis para venda 2 738 1 337

Juros de activos financeiros ao justo valor através de resultados 666 660

Outros juros e proveitos similares 6 338 2 247

97 220 44 850

Juros e custos similares

Juros de recursos de bancos centrais e instituições de crédito 49 291 15 926

Juros de derivados para gestão de risco 20 440 14 995

Juros de depósitos de clientes 7 594 1 924

Juros de débitos representados por títulos 1 201 589

Juros de passivos subordinados 3 655 1 898

Outros juros e custos similares 358 34

82 539 35 366

14 681 9 484

(milhares de euros)

A rubrica de juros de crédito inclui 600 milhares de euros (2005: 212 milhares de euros) relativos a juros de contratos de crédito com imparidade.

A rubrica juros de derivados para gestão de risco refere-se a derivados de Fair Value Option.

NOTA 5 – RESULTADOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

O valor desta rubrica é composto por:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Rendimentos de serviços e comissões

Por serviços bancários prestados 1 430 826

Por garantias prestadas 414 631

Por operações realizadas por conta de terceiros 39 747 13 913

Outros proveitos de serviços e comissões 4 493 4 334

46 084 19 704

Encargos com serviços e comissões

Por serviços bancários prestados por terceiros 1 598 728

Por operações realizadas por terceiros 3 385 99

Por garantias recebidas - 23

Outros custos com serviços e comissões 2 112 3 143

7 095 3 993

38 989 15 711

97 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 6 – RESULTADOS DE ACTIVOS E PASSIVOS AO JUSTO VALOR ATRAVÉS DE RESULTADOS

O valor desta rubrica é composto por:

31.12.2006 31.12.2005

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 378 143 235 522 606 (84)

De outros emissores 4 621 384 4 237 6 940 534 6 406

Acções 93 703 49 724 43 979 23 530 16 873 6 657

Instrumentos financeiros derivados 1 016 050 1 062 656 (46 606) 510 810 510 399 411

1 114 752 1 112 907 1 845 541 802 528 412 13 390

(milhares de euros)

NOTA 7 – RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

O valor desta rubrica é composto por:

31.12.2006 31.12.2005

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos - - - 9 3 6

De outros emissores 501 141 360 1 374 (373)

Acções - 10 (10) - 27 (27)

501 151 350 10 404 (394)

(milhares de euros)

Esta rubrica inclui os resultados decorrentes da reavaliação cambial de activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira de acordo

com a política contabilística descrita na Nota 2.2.

NOTA 8 – RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL

O valor desta rubrica é composto por:

31.12.2006 31.12.2005

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Reavaliação Cambial 1 336 3 129 (1 793) 2 233 1 908 325

1 336 3 129 (1 793) 2 233 1 908 325

(milhares de euros)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 98

NOTA 9 – OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO

O valor desta rubrica é composto por:

Os membros do Conselho de Administração do BESI auferiram, em 2006, uma remuneração total de 1 521 milhares de euros (2005: 1 378 milhares

de euros).

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 o valor do crédito concedido aos Órgãos de Administração do Banco ascendia a 411 milhares de euros e 440

milhares de euros, respectivamente.

Em 31 de Dezembro de 2006, o número de colaboradores do Banco é de 192 (31 de Dezembro de 2005: 185).

Por categoria profissional, o número de colaboradores do BESI analisa-se como segue:

NOTA 10 – CUSTOS COM PESSOAL

O valor dos custos com pessoal é composto por:

31.12.2006 31.12.2005

Resultado em derivados de cobertura de justo valor (10 465) (7 094)

Rendimentos da prestação de serviços diversos 43 424 30 587

Outros ganhos em operações financeiras 3 971 1 824

Outros resultados de exploração (1 799) (1 596)

35 131 23 721

(milhares de euros)

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Vencimentos e salários 29 115 17 863

Remunerações 28 818 17 223

Prémios de antiguidade (ver Nota 11) 297 640

Benefícios de saúde - SAMS (ver Nota 11) 196 132

Outros encargos sociais obrigatórios 2 189 1 060

Custos com pensões de reforma (ver Nota 11) 1 807 1 124

Outros custos 1 030 377

34 337 20 556

31.12.2006 31.12.2005

Funções directivas 103 99

Funções de chefia 18 21

Funções específicas 50 43

Funções administrativas 18 19

Funções auxiliares 3 3

192 185

99 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 11 – BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

Pensões de reforma e benefícios de saúdeEm conformidade com o Acordo Colectivo de Trabalho celebrado com os sindicatos e vigente para o sector bancário, o Banco assumiu o compro-

misso de conceder aos seus empregados, ou às suas famílias, prestações pecuniárias a título de reforma por velhice, invalidez e pensões de sobre-

vivência. Estas prestações consistem numa percentagem, crescente em função do número de anos de serviço do empregado, aplicada à tabela sala-

rial negociada anualmente para o pessoal no activo.

Durante o exercício de 1998, o Banco Espírito Santo e as restantes subsidiárias do Grupo em Portugal, onde se inclui o BESI, decidiram constituir um

fundo aberto autónomo, designado de Fundo de Pensões Aberto GES destinado a financiar a atribuição de benefícios complementares aos colabo-

radores.

Em Portugal, os fundos têm como sociedade gestora a ESAF - Espírito Santo Fundo de Pensões, S.A.

Os pressupostos actuariais utilizados no cálculo das responsabilidades são como segue:

De acordo com a política contabilística descrita na Nota 2.14, a taxa de desconto utilizada para estimar as responsabilidades com pensões de refor-

ma e com benefícios de saúde, corresponde às taxas de mercado à data do balanço, associadas a obrigações de empresas de rating elevado. Face

às condições de mercado em 31 de Dezembro de 2006, o Banco decidiu utilizar uma taxa de desconto de 4,75% (2005: 4,75%).

As contribuições para o SAMS são definidas por esta entidade e em 31 de Dezembro de 2006 ascendiam a 6,5% da massa salarial (2005: 6,50%).

Os participantes no Fundo são desagregados da seguinte forma:

Pressupostos Verificado

31.12.2006 31.12.2005 31.12.2006 31.12.2005

Pressupostos Financeiros

Taxas de evolução salarial 2,75% 2,75% 2,75% 4,00%

Taxa de crescimento das pensões 1,75% 1,75% 1,75% 2,50%

Taxas de rendimento do fundo 4,75% 5,25% 8,61% 8,61%

Taxa de desconto 4,75% 4,75%

Pressupostos Demográficos e Métodos de Avaliação

Tábua de Mortalidade

Homens TV 73/77 TV 73/77

Mulheres TV 88/90 TV 73/77

Métodos de valorização actuarial Project Unit Credit Method

31.12.2006 31.12.2005

Activos 227 216

Reformados 19 18

Sobreviventes 3 4

TOTAL 249 238

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 100

A aplicação do IAS 19 traduz-se nas seguintes responsabilidades, encargos, contribuições do Banco para os fundos de pensões e níveis de cobertu-

ra reportáveis a 31 de Dezembro de 2006 e 2005:

Em 31 de Dezembro de 2006, o acréscimo de 1% no valor das contribuições para o SAMS implicaria um acréscimo de responsabilidades de 245 milha-

res de euros (31 de Dezembro de 2005: 217 milhares de euros), e um acréscimo no custo do exercício (custo do serviço corrente e custo dos juros)

de 28 milhares de euros (31 de Dezembro de 2005: 22 milhares de euros).

A evolução das responsabilidades com pensões de reforma e benefícios de saúde pode ser analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Pensões de Benefícios Total Pensões Benefícios

reforma de saúde Total de reforma de saúde Total

Activos/(responsabilidades) líquidas reconhecidas em balanço

Responsabilidades em 31 de Dezembro

Pensionistas 6 610 430 7040 5 969 388 6 357

Activos 17 946 1 163 19 109 15 763 1 025 16 788

24 556 1 593 26 149 21 732 1 413 23 145

Saldo dos fundos em 31 de Dezembro 24 522 - 24 522 18 394 - 18 394

Passivos a entregar ao fundo (34) (1 593) (1 627) (3 338) (1 413) (4 751)

Desvios actuariais diferidos em 31 de Dezembro 6 947 490 7 437 7 024 505 7 529

Activos/(responsabilidades) líquidas em balanço em 31 de Dezembro 6 913 (1 103) 5 810 3 686 (908) 2 778

31.12.2006 31.12.2005

Pensões de Benefícios Pensões Benefícios

Pensões de saúde Total de reforma de saúde Total

Responsabilidades em 1 de Janeiro 21 732 1 413 23 145 13 766 844 14 610

Fusão da ES Dealer - - - 2 393 150 2 543

Custo do serviço corrente 1 432 105 1 537 985 76 1 061

Custo dos juros 1 020 67 1 087 834 51 885

Contibuições dos participantes 120 - 120 102 - 102

(Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades:

- Alterações das tábuas de mortalidade - - - 1 053 95 1 148

- Alteração da taxa de desconto - - - 2 375 214 2 589

- Outros (ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 763 8 771 196 18 214

Pensões pagas pelo fundo (511) - (511) (545) - (545)

Benefícios pagos pelo Grupo - - - - (35) (35)

Reformas antecipadas - - - 573 - 573

Responsabilidades em 31 de Dezembro 24 556 1 593 26 149 21 732 1 413 23 145

(milhares de euros)

101 RELATÓRIO E CONTAS

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Pensões Benefícios Pensões Benefícios

de reforma de saúde Total de reforma de saúde Total

Desvios actuariais diferidos em 1 de Janeiro 7 024 505 7 529 4 062 193 4 255

Integração dos desvios actuariais da ES Dealer - - - 69 (10) 59

(Ganhos) e perdas actuariais no ano:

- Alterações das tábuas de mortalidade - - - 1 053 95 1 148

- Alteração da taxa de desconto - - - 2 375 214 2 589

- Outros (ganhos) e perdas actuariais do ano 246 9 255 (367) 18 (349)

Amortização do exercício (323) (24) (347) (168) (5) (173)

Outros - - - - - -

Desvios actuariais diferidos em 31 de Dezembro 6 947 490 7 437 7 024 505 7 529

Dos quais:

Dentro do corredor 2 453 160 2 613 2 173 141 2 314

Fora do corredor 4 494 286 4 780 4 851 364 5 215

31.12.2006 31.12.2005

Pensões Benefícios Pensões Benefícios

de reforma de saúde Total de reforma de saúde Total

Saldo dos fundos em 1 de Janeiro 18 394 - 18 394 12 999 - 12 999

Fusão da ES Dealer - - - 2 951 - 2 951

Rendimento real do fundo 1 485 - 1 485 1 427 - 1 427

Contribuições do Grupo 5 034 - 5 034 1 460 - 1 460

Contribuições dos empregados 120 - 120 102 - 102

Pensões pagas pelo fundo (511) - (511) (545) - (545)

Outros - - - - - -

Saldo dos fundos em 31 de Dezembro 24 522 - 24 522 18 394 - 18 394

(milhares de euros)

A evolução das responsabilidades não financiadas pode ser analisada como segue:

A evolução do valor dos fundos de pensões nos exercícios de 2006 e 2005 pode ser analisada como segue:

A evolução dos desvios actuariais diferidos em balanço pode ser analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Pensões Benefícios Pensões Benefícios

de reforma de saúde Total de reforma de saúde Total

Responsabilidades não financiadas / Passivos a entregar em 1 de Janeiro 3 338 1 413 4 751 767 844 1 611

Fusão da ES Dealer - - - (558) 150 (408)

Ganhos e perdas actuariais das responsabilidades 763 8 771 3 624 327 3 951

Ganhos e perdas actuariais dos fundos (517) - (517) (564) - (564)

Encargos do ano:

- Custo do serviço corrente 1 432 105 1 537 985 76 1 061

- Custo dos juros 1 020 67 1 087 834 51 885

- Rendimento esperado do fundo (968) - (968) (863) - (863)

- Reformas antecipadas - - - 573 - 573

Contribuições efectuadas no ano e pensões pagas pelo Grupo (5 034) - (5 034) (1 460) (35) (1 495)

Passivos a entregar em 31 de Dezembro 34 1 593 1627 3 338 1 413 4 751

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 102

Os activos/ (responsabilidades) em balanço encontram-se reflectidas na rubrica de Outros activos e Outros passivos (ver Nota 25 e Nota 32).

Prémio por antiguidadeConforme referido na Nota 2.14, os trabalhadores que atinjam determinados níveis de antiguidade têm direito a um prémio de antiguidade, calcu-

lado com base no valor da maior retribuição mensal efectiva a que o trabalhador tenha direito no ano da sua atribuição. À data da passagem à

situação de invalidez presumível, o trabalhador terá direito a um prémio de antiguidade de valor proporcional àquele de que beneficiaria se conti-

nuasse ao serviço até reunir os pressupostos do escalão seguinte.

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, as responsabilidades assumidas pelo Banco e os custos reconhecidos nos exercícios com o prémio de antigui-

dade são como segue:

Os activos do fundo de pensões utilizado pelo Banco ou representativos de títulos emitidos pelo Banco são detalhados como segue:

Os custos do exercício com pensões de reforma e com benefícios de saúde podem ser analisados como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Pensões Benefícios Pensões Benefícios

de reforma de saúde Total de reforma de saúde Total

Custo do serviço corrente 1 432 105 1 537 985 76 1 061

Custo dos juros 1 020 67 1 087 834 51 885

Rendimento esperado do fundo (968) - (968) (863) - (863)

Amortização do exercício 323 24 347 168 5 173

Reformas antecipadas - - - - - -

Custos do exercício 1 807 196 2 003 1 124 132 1 256

% Carteira

Obrigações 32,40%

Acções 39,90%

Investimento alternativo 16,00%

Imobiliário 2,90%

Liquidez 8,80%

Total 100,00%

31.12.2006 31.12.2005

Responsabilidades a 1 de Janeiro 1 620 1 229

Custo do exercício (Ver Nota 10) 297 640

Prémios pagos 63 249

Responsabilidades a 31 de Dezembro 1 854 1 620

(milhares de euros)

Os pressupostos actuariais utilizados no cálculo das responsabilidades são os apresentados para o cálculo das pensões de reforma (quando aplicáveis).

103 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 12 – GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

O valor desta rubrica é composto por:

Resultados por acção diluídosOs resultados por acção diluídos são calculados ajustando o efeito de todas as potenciais acções ordinárias diluidoras ao número médio pondera-

do de acções ordinárias em circulação e ao resultado líquido.

A rubrica Outros serviços especializados inclui, entre outros, custos com banco de dados e recrutamento de pessoal.

NOTA 13 – RESULTADOS POR ACÇÃO

Resultados por acção básicosOs resultados básicos por acção são calculados efectuando a divisão do resultado atribuível aos accionistas do Banco pelo número médio ponde-

rado de acções ordinárias em circulação durante o ano.

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Rendas e alugueres 3 204 1 887

Publicidade e publicações 1 029 1 034

Comunicações e expedição 2 883 1 338

Conservação e reparação 632 340

Deslocações e representação 3 585 2 664

Água, energia e combustiveis 289 180

Material de consumo corrente 230 116

Serviços especializados

Informática 2 163 1 274

Mão-de-Obra eventual 220 235

Trabalho independente 1 155 782

Segurança e vigilância 258 166

Informações 62 76

Outros serviços especializados 2 421 1 808

Outros custos 1 853 2 126

19 984 14 026

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Resultado líquido atribuível aos accionistas do Banco 48 252 67 546

Número médio ponderado de acções ordinárias emitidas (milhares) 14 000 14 000

Número médio ponderado de acções ordinárias em circulação (milhares) 14 000 14 000

Resultado por acção básico atribuível aos accionistas do Banco (em euros) 3,45 4,82

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 104

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o Banco não detinha acções potenciais ordinárias diluidoras, pelo que o resultado por acção diluído é igual ao

resultado por acção básico.

NOTA 14 – CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

A rubrica Depósitos à ordem em bancos centrais - Banco de Portugal inclui depósitos de carácter obrigatório, que têm por objectivo satisfazer os

requisitos legais quanto à constituição de disponibilidades mínimas de caixa. De acordo com o Regulamento (CE) n.º 2818/98 do Banco Central

Europeu, de 1 de Dezembro de 1998, as disponibilidades mínimas obrigatórias em depósitos à ordem no Banco de Portugal, são remuneradas e cor-

respondem a 2% dos depósitos e títulos de dívida com prazo inferior a 2 anos, excluindo destes os depósitos e os títulos de dívida de instituições

sujeitas ao regime de reservas mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais. Em 31 de Dezembro de 2006 a taxa de remuneração média des-

tes depósitos ascende a 2,7975% (31 de Dezembro de 2005: 2,07%).

NOTA 15 – DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Caixa 8 9

Depósitos à ordem em bancos centrais

Banco de Portugal 7 293 2 488

Outros bancos centrais 1 437 -

8 730 2 488

8 738 2 497

31.12.2006 31.12.2005

Disponibilidades em outras instituições de crédito no país

Depósitos à ordem 778 2 319

778 2 319

Disponibilidades em outras instituições de crédito no estrangeiro

Depósitos à ordem 1 109 2 801

1 109 2 801

1 887 5 120

(milhares de euros)

105 RELATÓRIO E CONTAS

Conforme a política contabilística descrita na Nota 2.5, os activos financeiros ao justo valor através de resultados são aqueles adquiridos com o

objectivo de serem transaccionados no curto prazo independentemente da sua maturidade.

A 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a rubrica de activos financeiros ao justo valor através de resultados, no que se refere a títulos cotados e não cota-

dos, é repartida da seguinte forma:

Em 31 de Dezembro de 2006, o valor de aquisição dos activos financeiros ao justo valor através de resultados era de 198 653 milhares de euros (31

de Dezembro de 2005: 78 952 milhares de euros).

A 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a rubrica de Activos financeiros ao justo valor através de resultados, no que se refere a prazos de maturidade, é

como segue:

NOTA 16 – ACTIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS DETIDOS PARA NEGOCIAÇÃO

A 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a rubrica Activos financeiros ao justo valor através de resultados apresenta os seguintes valores:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Títulos

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 97 -

De outros emissores 11 281 13 490

Acções 183 057 58 691

Outros títulos de rendimento variável 4 013 6 838

198 448 79 019

Derivados 275 454 119 732

473 902 198 751

31.12.2006 31.12.2005

Títulos detidos para negociação

Até 3 meses 2 636 -

De 3 meses a um ano 92 -

De um a cinco anos 3 421 8 341

Mais de cinco anos 5 229 6 147

Duração indeterminada 187 070 64 531

198 448 79 019

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Cotados Não cotados Total Cotados Não cotados Total

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 97 - 97 - - -

De outros emissores 11 281 - 11 281 13 490 - 13 490

Acções 183 057 - 183 057 58 691 - 58 691

Outros títulos de rendimento variável 3 265 748 4 013 5 840 998 6 838

Total valor de balanço 197 700 748 198 448 78 021 998 79 019

(milhares de euros)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 106

A rubrica Instrumentos financeiros derivados a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

Estão incluídos derivados que estão a cobrir emissões de fair value option conforme quadro anexo:

A 31 de Dezembro de 2006, o escalonamento dos activos financeiros ao justo valor através de resultados (Derivados) por prazos de vencimento é

como segue:

31.12.2006 31.12.2005

NocionalJusto valor

NocionalJusto valor

Activo Passivo Activo Passivo

Contratos sobre taxas de câmbio 1 692 469 68 990 68 752 367 834 1 634 1 639

Contratos sobre taxas de juro

Interest Rate Swaps 10 518 172 85 716 84 659 7 776 338 55 602 52 866

Interest Rate Caps & Floors 2 304 360 8 541 8 541 1 864 077 6 141 6 150

Future Options 10 976 - - 6 527 - -

12 833 508 94 257 93 200 9 646 942 61 743 59 016

Contratos sobre acções/índices

Equity / Index Swaps 580 792 9 245 9 257 160 795 10 633 10 682

Equity / Index Options 6 988 734 102 268 343 230 3 758 738 44 703 220 324

Equity / Index Futures 2 011 708 - - 669 772 - -

9 581 234 111 513 352 487 4 589 305 55 336 231 006

Contratos sobre crédito

Credit Default Swaps 154 742 694 295 261 040 1 019 384

154 742 694 295 261 040 1 019 384

Total 24 261 953 275 454 514 734 14 865 121 119 732 292 045

(milhares de euros)

31.12.2006

Activo Passivo

Até 3 meses 9 451 19 205

De 3 meses a um ano 80 020 134 355

De um a cinco anos 38 307 217 114

Mais de cinco anos 147 676 144 060

275 454 514 734

(milhares de euros)

Activo/Passivo Activo/Passivo

Produto derivado financeiro associado Produto derivado financeiro associado

Nocional Justo Valor Justo Valor

Index Swaps Obrigações emitidas 18 597 (126) (140)

18 597 (126) (140)

(milhares de euros)

107 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 17 – ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

A 31 de Dezembro de 2006 e 2005, o escalonamento dos activos financeiros disponíveis para venda por prazos de vencimento é como segue:

Em 1 de Janeiro de 2005, o Banco passou a valorizar os activos financeiros disponíveis para venda ao seu justo valor de acordo com a política con-

tabilística descrita na Nota 2.5. Até essa data, estes títulos encontravam-se registados ao custo de aquisição líquidos de provisões para menos-valias

potenciais, determinadas como a diferença entre o custo de aquisição e o valor de mercado.

Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade em Activos financeiros disponíveis para venda são apresentados como se segue:

Custo amortizadoReserva de justo valor

Imparidade Valor balançoPositiva Negativa

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 2 113 67 - - 2 180

De outros emissores 65 868 326 (1) - 66 193

Acções 3 529 690 - (112) 4 107

Outros títulos 26 282 122 (71) - 26 333

Saldo a 31 de Dezembro de 2005 97 792 1 205 (72) (112) 98 813

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 4 817 14 (36) - 4 795

De outros emissores 33 775 138 (37) (369) 33 507

Acções 3 447 647 - (75) 4 019

Outros títulos 24 321 323 (159) - 24 485

Saldo a 31 de Dezembro de 2006 66 360 1 122 (232) (444) 66 806

(milhares de euros)

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Saldo a 31 de Dezembro 112 17 963

Impacto da aplicação do IAS 32/39 - (1 137)

Saldo a 1 de Janeiro 112 16 826

Dotações 369 -

Utilizações (37) (17 339)

Reversões - (798)

Diferenças de câmbio e outras - 1 423

Saldo final 444 112

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Títulos disponíveis para venda

Até 3 meses 3 201 3 021

De 3 meses a um ano 12 586 -

De um a cinco anos 18 419 60 212

Mais de cinco anos 4 096 5 140

Duração indeterminada 28 504 30 440

66 806 98 813

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 108

As principais contribuições para a reserva de justo valor e para o montante de imparidade com referência a 31 de Dezembro de 2006 podem ser

analisadas como segue:

O escalonamento das Aplicações em instituições de crédito por prazos de vencimento, a 31 de Dezembro de 2006 e 2005, é como segue:

NOTA 18 – APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

Descrição Custo amortizadoReserva de Justo valor

Imparidade Valor de mercadoPositiva Negativa

REP.PORTUGUESA AGO2007 4,875% 2 069 14 - - 2 083

OT MAI 10 5,85% 1 167 - (17) - 1 150

OT JUL 09 3,95% 1 075 - (17) - 1 058

REP.PORTUGUESA 3,25% JUL2008 398 - (2) - 396

MONTEPIO GERAL EUR3M+20 JAN11 1 393 - (11) - 1 382

LUSITANO GLOBAL CDO PLC-CLASS D 1 843 135 - - 1 978

CAIXA FINANCE APR2007 EUR3M+15 8 999 2 - - 9 001

CEMG-CAYMAN ISLA EUR3M+25 NOV09 8 505 - (4) - 8 501

BANCAJA INT CAVALE EU3M+20 JAN16 1 997 1 - - 1 998

CP CIMENTO PARTICI 7,25% NOV06 3 962 - (22) (369) 3 571

IBERIA1 2 388 - (159) - 2 229

SAPECBRU-OEU 602 647 - - 1 249

GOTVAFBVI 1 139 168 - - 1 307

GOTVAFDVI 1 139 155 - - 1 294

P.GOLFE 75 - - (75) -

36 751 1 122 (232) (444) 37 197

(milhares de euros)

(milhares de euros)

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Até 3 meses 133 376 49 762

De 3 meses a um ano 1 021 109 16 909

1 154 485 66 671

31.12.2006 31.12.2005

31.12.2006 31.12.2005

Aplicações em instituições de crédito no país

Mercado monetário interbancário 49 015 -

Outras aplicações 17 700 -

66 715 -

Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro

Operações de compra com acordo de revenda 1 021 109 -

Outras aplicações 66 661 66 671

1 087 770 66 671

1 154 485 66 671

Perdas por imparidade (764) (2)

1 153 721 66 669

109 RELATÓRIO E CONTAS

Os movimentos ocorridos no exercício em perdas por imparidade em empréstimos e aplicações em instituições de crédito é apresentada como

segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Saldo inicial 2 3

Dotações 782 4

Utilizações - -

Reversões (1) (7)

Diferenças de câmbio e outras (19) 2

Saldo final 764 2

NOTA 19 – CRÉDITO A CLIENTES

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Crédito interno

A empresas

Créditos em conta corrente 2 848 42 328

Empréstimos 577 308 453 666

Descobertos 794 1

Outros créditos 97 109 19 705

A particulares

Habitação 1 142 1 423

Consumo e outros 9 12

679 210 517 135

Crédito ao exterior

A empresas

Empréstimos - 5 434

- 5 434

Crédito e juros vencidos

Até 90 dias 6 485 100

Há mais de 90 dias 5 350 10 929

11 835 11 029

691 045 533 598

Provisão para imparidade do crédito (11 244) (10 103)

679 801 523 495

Adicionalmente, o Banco tem em 31 de Dezembro de 2006, 10 699 milhares de euros de provisões para riscos gerais de crédito (31 de Dezembro de

2005: 8 138 milhares de euros), os quais de acordo com as NCA são apresentadas no passivo (Ver Nota 29).

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 110

O escalonamento do Crédito a clientes por prazos de vencimento, a 31 de Dezembro de 2006 e 2005, é como segue:

O Crédito a clientes repartido por tipo de garantia é apresentado de seguida:

A distribuição do Crédito a clientes por tipo de taxa é como segue:

Os movimentos ocorridos nas perdas por imparidade em empréstimos a clientes são apresentados como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Até 3 meses 24 106 219

De 3 meses a um ano 77 119 17 107

De um a cinco anos 93 734 18 134

Mais de cinco anos 484 251 487 109

Duração indeterminada 11 835 11 029

691 045 533 598

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Saldo inicial 10 103 4 889

Dotações 7 916 9 582

Utilizações (2 310) (237)

Reversões (4 448) (3 583)

Transferências - (810)

Diferenças de câmbio e outras (17) 262

Saldo final 11 244 10 103

31.12.2006 31.12.2005

Taxa fixa 16 973 14 462

Taxa variável 674 072 519 136

691 045 533 598

(milhares de euros)

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Créditos garantidos por hipoteca 30 859 30 042

Créditos garantidos por títulos cotados 276 242 173 564

Outras garantias 111 530 42 631

Créditos sem garantia 272 414 287 361

691 045 533 598

111 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 20 – DERIVADOS DE COBERTURA

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005 os derivados de cobertura em balanço analisam-se como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Derivados de cobertura activos

Contratos sobre taxas de juro 3 118 1 718

3 118 1 718

Derivados de cobertura passivos

Contratos sobre taxas de juro 4 554 (2 068)

4 554 (2 068)

(1 436) (350)

As operações de cobertura do Banco em 31 de Dezembro de 2006 tiveram uma efectividade superior a 99,89%, (2005: 99,89%) tendo o montante de

cerca de 1 482 milhares de euros sido reconhecido como um proveito no período, relativo à inefectividade destas operações.

As operações de cobertura de justo valor, podem ser analisadas como segue:

Derivados para Gestão de Risco:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Activos Passivos Activos Passivos

Cobertura de justo valor 3 118 4 554 1 718 2 068

3 118 4 554 1 718 2 068

31.12.2006

Interest Rate Swaps Emissão de Obrigações Taxa de juro 98 332 (1 789) (1 298) 3 818 3 059

Interest Rate Swaps Depositos Taxa de juro 118 182 353 (625) (336) 346

216 514 (1 436) (1 923) 3 482 3 405

(1) Atribuível ao risco coberto.

(2) Inclui juro corrido.

(milhares de euros)

Justo valor do ele-

mento coberto (1)

Var. justo valor do

derivado no ano

Justo valor do deri-

vado (2)NocionalRisco cobertoProduto cobertoProduto derivado

Variação do justo

valor do elemento

coberto no ano (1)

31.12.2005

Interest Rate Swaps Emissão de Obrigações Taxa de juro 38 166 (1 298) (2 178) 758 1876

Interest Rate Swaps Depositos Taxa de juro 96 335 948 403 (723) (44)

134 501 (350) (1 775) 35 1 832

(1) Atribuível ao risco coberto.

(2) Inclui juro corrido.

(milhares de euros)

Justo valor do ele-

mento coberto (1)

Var. justo valor do

derivado no ano

Justo valor do deri-

vado (2)NocionalRisco cobertoProduto cobertoProduto derivado

Variação do justo

valor do elemento

coberto no ano (1)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 112

As operações de cobertura de justo valor, por maturidades, podem ser analisadas como segue:

NOTA 21 – ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA

A participação accionista Ropsoh – Unidades de Saúde S.A adquirida em 2005 pelo BESI foi alienada à Espírito Santo Saúde em Março de 2006.

NOTA 22 – OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Nocional Justo valor Nocional Justo valor

Até 3 meses - - - -

De 3 meses a um ano 4 000 (78) 63 000 (28)

De um a cinco anos 115 298 421 42 741 (327)

Mais de cinco anos 97 216 (1 779) 28 760 5

216 514 (1 436) 134 501 (350)

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Imóveis

De serviço próprio 642 642

Beneficiações em edifícios arrendados 2 431 2 141

3 073 2 783

Equipamento

Equipamento informático 3 709 2 961

Instalações interiores 1 356 1 041

Mobiliário e material 1 882 1 826

Equipamento de segurança 187 168

Máquinas e ferramentas 525 506

Material de transporte 140 109

Outros 59 31

7 858 6 642

10 931 9 425

Imobilizado em curso

Beneficiações em edifícios arrendados - 208

Equipamento informático e outros 85 -

85 208

11 016 9 633

Depreciação acumulada (7 527) (6 314)

(7 527) (6 314)

3 489 3 319

(milhares de euros)

113 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 23 – ACTIVOS INTANGÍVEIS

Esta rubrica a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

O movimento nesta rubrica foi o seguinte:

(milhares de euros)

Imobilizado

Imóveis Equipamento em curso Total

Custo de aquisição

Saldo a 31 de Dezembro de 2005 2 783 6 642 208 9 633

Adições

Adquiridas a terceiros 137 397 109 643

Abates / vendas - (138) - (138)

Transferências 153 79 (232) -

Outros movimentos (*) - 878 - 878

Saldo a 31 de Dezembro de 2006 3 073 7 858 85 11 016

Amortizações

Saldo a 31 de Dezembro de 2005 1 180 5 134 - 6 314

Amortizações do exercício 220 733 - 953

Abates / vendas - (127) - (127)

Outros movimentos (*) - 387 - 387

Saldo a 31 de Dezembro de 2006 1 400 6 127 - 7 527

Saldo líquido a 31 de Dezembro de 2006 1 673 1 731 85 3 489

Saldo líquido a 31 de Dezembro de 2005 1 603 1 508 208 3 319

(*) O valor é essencialmente composto pela incorporação de activos da sucursal de Espanha.

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Adquiridos a terceiros

Sistema de tratamento automático de dados 7 284 5 531

Outras 517 -

7 801 5 531

Imobilizações em curso 122 570

7 923 6 101

Amortização acumulada (6 493) (5 177)

(6 493) (5 177)

1 430 924

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 114

O movimento nesta rubrica foi o seguinte:

Sistema de tratamento Imobilizações

automático de dados Outras imobilizações em curso Total

Custo de aquisição

Saldo a 31 de Dezembro de 2005 5 531 - 570 6 101

Adições:

Adquiridas a terceiros 177 14 139 330

Transferências 84 503 (587) -

Outros movimentos (*) 1 492 - - 1492

Saldo a 31 de Dezembro de 2006 7 284 517 122 7 923

Amortizações

Saldo a 31 de Dezembro de 2005 5 177 - - 5 177

Amortizações do exercício 786 120 - 906

Outros movimentos (*) 410 - - 410

Saldo a 31 de Dezembro de 2006 6 373 120 - 6 493

Saldo líquido a 31 de Dezembro de 2006 911 397 122 1 430

Saldo líquido a 31 de Dezembro de 2005 354 - 570 924

(*) O valor é essencialmente composto pela incorporação de activos da sucursal de Espanha.

(milhares de euros)

NOTA 24 – INVESTIMENTOS EM SUBSIDIÁRIAS E ASSOCIADAS

Os dados financeiros relativos às empresas subsidiárias e associadas, são apresentados no quadro seguinte:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Participação Valor Participação Valor

Nº de directa nominal Custo da Nº de directa nominal Custo da

acções no capital (Euro) participação acções no capital (Euro) participação

KUTHAYA 2 100,00% 2 500,00 5,00 2 100,00% 2 500,00 5,00

BRB INTERNACIONAL 38 000 19,00% 5,00 7 627,69 38 000 19,00% 5,00 7 627,69

PRO SPORT 1 900 19,00% 6,02 189,05 1 900 19,00% 6,02 189,05

APOLO FILMS 16 508 19,00% 6,01 581,91 16 508 19,00% 6,01 581,91

COMINVEST 375 000 25,00% 5,00 2 089,02 375 000 25,00% 5,00 2 089,02

COPORGEST 10 000 20,00% 5,00 50,00 - - - -

ESSI COMUNICACÕES, SGPS,S.A. 10 000 100,00% 5,00 50,00 10 000 100,00% 5,00 50,00

ESSI INVESTIMENTOS, SGPS,S.A. 210 000 100,00% 5,00 1 050,00 210 000 100,00% 5,00 1 050,00

ESPIRITO SANTO INVESTMENT PLC 164 994 100,00% 5,00 824,97 164 994 100,00% 5,00 824,97

ESPIRITO SANTO INVESTMENT-SAU, SV (a) - - - - 46 422 100,00% 602,00 35 010,73

12 468 47 428

Perdas por imparidade (8 987) (10 037)

3 481 37 391

(a) A 31 de Maio de 2006 ocorreu a fusão por incorporação da Espírito Santo Investment SAU,SV no Banco Espírito Santo de Investimento S.A.

115 RELATÓRIO E CONTAS

As rubricas de Operações sobre valores mobiliários a regularizar, evidenciam o saldo das ordens de compra e venda do Banco que aguardam a res-

pectiva liquidação financeira.

Os movimentos ocorridos em perdas por imparidade em Outros activos são apresentados como segue:

NOTA 25 – OUTROS ACTIVOS

A rubrica Outros activos a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Saldo inicial 10 037 4 358

Transição para NCA - 6 072

Utilizações - (393)

Reversões (1 050) -

Saldo final 8 987 10 037

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Devedores e outras aplicações

Cauções prestadas pela realização de contratos de opções 176 707 142 997

Cauções prestadas pela realização de contratos de futuros 70 803 73 424

Suprimentos, prestações suplementares e activos subordinados 144 583 144 488

Sector público administrativo 136 23

Outros devedores diversos 13 413 6 699

405 642 367 631

Perdas por imparidade para devedores e outras aplicações (3 775) (3 775)

401 867 363 856

Outros activos

Ouro, outros metais preciosos, numismática, medalhística e outras disponibilidades 1 033 506

Outros activos 1 215 759

2 248 1 265

Despesas com custo diferido 1 465 1 621

Outras contas de regularização

Operações cambiais a liquidar - 212

Operações sobre valores mobiliários a regularizar 256 024 144 935

Outras operações a regularizar 17 393 4 646

273 417 149 793

Pensões de reforma (ver Nota 11) 6 913 3 686

685 910 520 221

31.12.2006 31.12.2005

Saldo inicial 3 775 3 863

Utilizações - (49)

Reversões - (39)

Diferenças de câmbio e outras - -

Saldo final 3 775 3 775

(milhares de euros)

O movimento das perdas por imparidade relativas aos investimentos em subsidiárias e associadas, foi como segue:

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 116

NOTA 26 – RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

A rubrica de Recursos de outras instituições financeiras é apresentada como segue:

NOTA 27 – RECURSOS DE CLIENTES

O saldo da rubrica Recursos de clientes e outros empréstimos é composto, quanto à sua natureza, como segue:

O escalonamento dos Recursos de outras instituições de crédito por prazos de vencimento, a 31 de Dezembro de 2006 e 2005, é como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

No país

Mercado monetário interbancário 304 432 143 516

Depósitos 8 24 988

Outros recursos 107 215 37 063

411 655 205 567

No estrangeiro

Operações de venda com acordo de recompra 152 548 -

Depósitos 25 45

Outros recursos 239 434 288 846

392 007 288 891

803 662 494 458

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Até 3 meses 803 662 267 172

De 3 meses a um ano - 227 286

De um a cinco anos - -

Mais de cinco anos - -

803 662 494 458

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Depósitos à vista

Depósitos à ordem 41 967 35 554

Depósitos a prazo

Depósitos a prazo 151 181 74 444

Outros recursos

Operações com acordo de recompra 860 100 -

Outros 6 416 27 250

866 516 27 250

1 059 664 137 248

117 RELATÓRIO E CONTAS

O escalonamento dos Recursos de clientes e outros empréstimos por prazos de vencimento, a 31 de Dezembro de 2006 e 2006, é como segue:

Durante o exercício de 2006, o Banco procedeu à emissão de 36 677 milhares de euros de títulos (2005: 16 316 milhares de euros durante).

A duração residual das Responsabilidades representadas por títulos, a 31 de Dezembro de 2006 e 2005, é como segue:

NOTA 28 – RESPONSABILIDADES REPRESENTADAS POR TÍTULOS

A rubrica Responsabilidades Representas por títulos decompõe-se como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Exigível à vista 48 383 35 554

Exigível a prazo

Até 3 meses 977 014 14 669

De 3 meses a um ano - 62 032

De um a cinco anos 34 267 24 993

1 011 281 101 694

1 059 664 137 248

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Responsabilidades representadas por títulos

Obrigações de caixa 24 100 24 509

Outras Obrigações 6 912 -

Obrigações Fair Value Option 27 607 -

58 619 24 509

31.12.2006 31.12.2005

Até 3 meses

De 3 meses a um ano 8 344 -

De um a cinco anos 37 404 15 807

Mais de cinco anos 12 871 8 702

58 619 24 509

(milhares de euros)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 118

As características essenciais destes recursos, em 31 de Dezembro de 2006, são como segue:

NOTA 29 – PROVISÕES

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, a rubrica Provisões apresenta os seguintes movimentos:

(milhares de euros)

31.12.2006

Entidade Descrição Moeda Data emissão Valor emitido Valor de balanço Maturidade Taxa de Juro

BESI BESI CAIXA(BEST) TX F JUN08 PLUS EUR 2004/06/30 3 500 3 352 2008/06/30 Snowball i)

BESI BESI CAIXA (BEST) TX FIXA EUR 2004/06/30 2 500 2 479 2008/06/30 Taxa Fixa Crescente

BESI BESI RENDIM PLUSII TX VAR AGO08 EUR 2004/08/30 1 150 1 082 2008/08/30 Snowball i)

BESI BESI RENDIM PLUS TX VAR OUT07 EUR 2004/10/29 2 000 1 929 2007/10/29 Snowball i)

BESI BESI CAIXA BEST ACCOES EUROPA 4% a) EUR 2005/02/11 2 500 2 534 2010/02/11 Indexada Cabaz Acções g)

BESI BESI MULTIESTRATEGIA MAR2010 a) EUR 2005/03/31 3 000 2 777 2010/03/31 Indexada Cabaz Indices b)

BESI BESI OBRIG RENDIMENT 20% MAY2015 EUR 2005/05/11 2 700 2 922 2015/05/11 Taxa Fixa 5% + Indexada a CMS

BESI BESI OBRIG BULL&BEAR JUN10 a) EUR 2005/06/28 1 500 1 466 2010/06/28 Indexada a DJ Eurostoxx 50

BESI BESI CX RANGE ACCR AND FX NOV11 EUR 2005/11/30 6 674 5 560 2011/11/30 Range accrual

BESI BESI OBCX R.ACCRUAL TARN MAR2016 EUR 2006/03/29 4 913 3 507 2016/03/29 Taxa Fixa 6% + Range Accrual

BESI BESI OB CX RENDIM STEP UP APR14 EUR 2006/03/31 3 458 3 402 2014/04/01 Taxa Fixa Crescente

BESI BESI CAIXA 6.15% NIKKEI JAN2011 EUR 2006/01/31 4 193 4 215 2011/01/31 Indexada a Nikkei 225

BESI BESI CERT CABAZ MUNDIAL AUG07 EUR 2006/03/01 3 709 3 752 2007/08/31 Indexada Cabaz Indices h)

BESI BESI CERTI BARRIER EUSTOXX SEP07 EUR 2006/03/29 2 681 2 664 2007/09/28 Indexada a DJ Eurostoxx 50

BESI BESI CERT DUAL5%+SX5E JUN09 EUR 2006/06/30 4 734 4 803 2009/06/30 Taxa Fixa 5% + Indexada a DJ Eurostoxx 50

BESI BESI VMOP OREY JUN2009 EUR 2006/07/05 9 975 9 135 2009/06/30 Taxa Fixa 14.75%

BESI BESI CERT DUALREND+EUSTOXX AUG14 EUR 2006/08/25 3 013 3 040 2014/08/26 Taxa Fixa 6.6743% + Indexada a DJ Eurostoxx 50

Total 62 200 58 619

a) emissões com derivados embutidos

b) indexada a cabaz composto pelos índices EUGATR, Eurostoxx 50, Short EUR/Long USD, Goldman Sachs Commodity Index Excess Return

g) indexada a cabaz composto pelas Acções Altadis, Deutsche Bank, Deutsche Telecom, Inditex, Nokia, Banco Popular

h) indexada a cabaz composto pelos índices Dow Jones Eurostoxx 50, S&P 500 e Nikkei 225

i) indexada a Cupão Anterior + Spread - Euribor

(milhares de euros)

Provisões para riscos Provisões para outros

gerais de crédito riscos e encargos Total

Saldo a 31 de Dezembro de 2004 9 829 2 948 12 777

Dotações 2 334 1 500 3 834

Reversões (4 838) (948) (5 786)

Transferências 810 - 810

Diferenças de câmbio e outras 3 - 3

Saldo a 31 de Dezembro de 2005 8 138 3 500 11 638

Dotações 2 561 1 425 3 986

Reversões - (2 000) (2 000)

Utilizações - (1 500) (1 500)

Transferências - - -

Diferenças de câmbio e outras - - -

Saldo a 31 de Dezembro de 2006 10 699 1 425 12 124

119 RELATÓRIO E CONTAS

As provisões para outros riscos e encargos destinam-se a cobrir a probabilidade de ocorrência de determinadas contingências relacionadas com a

actividade do Banco.

NOTA 30 – IMPOSTOS

O Banco está sujeito a tributação em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) e correspondente Derrama.

O cálculo do imposto corrente dos exercícios de 2006 e 2005 foi apurado pelo BESI com base numa taxa nominal de imposto e derrama de cerca de

27,5%, de acordo com a Lei nº 107-B/2003, de 31 de Dezembro.

O cálculo do imposto diferido de 2006 foi apurado com base na taxa de 26,5%, por esta estar substancialmente aprovada à data de balanço.

As declarações de autoliquidação do Banco, relativas aos exercícios de 2006 e seguintes, ficam sujeitas a inspecção e eventual ajustamento pelas

Autoridades Fiscais durante um período de quatro anos. Assim, poderão vir a ter lugar eventuais liquidações adicionais de impostos devido essen-

cialmente a diferentes interpretações da legislação fiscal. No entanto, é convicção da Administração do Banco que não ocorrerão liquidações adi-

cionais de valor significativo no contexto das demonstrações financeiras.

Os activos e passivos por impostos diferidos reconhecidos em balanço em 2006 e 2005 podem ser analisados como segue:

O movimento ocorridos na rubrica de impostos diferidos são apresentadas como segue:

(milhares de euros)

Activo Passivo Líquido

31.12.2006 31.12.2005 31.12.2006 31.12.2005 31.12.2006 31.12.2005

Instrumentos financeiros derivados 34 404 15 245 - - 34 404 15 245

Activos financeiros detidos para venda - - (245) (312) (245) (312)

Crédito a clientes 4 666 2 777 - - 4 666 2 777

Investimentos em subsidiárias e associadas - - (842) (874) (842) (874)

Provisões 378 550 - - 378 550

Pensões - 63 - - - 63

Prémios de antiguidade - 386 - - - 386

Outros - - (2 000) (2 000) (2 000) (2 000)

Créditos fiscais resultantes de dupla tributação 1 247 1 205 - - 1247 1 205

Prejuízos fiscais reportáveis - - - - - -

Imposto diferido activo/(passivo) 40 695 20 226 (3 087) (3 186) 37 608 17 040

Compensação de activos/passivos por impostos diferidos (3 087) (3 186) 3 087 3 186 - -

Imposto diferido activo/(passivo) líquido 37 608 17 040 - - 37 608 17 040

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Saldo a 31 de Dezembro 17 040 1 511

Reconhecido em resultados 20 559 16 400

Reconhecido em reservas de justo valor (100) (145)

Reconhecido em outras reservas - (726)

Variação cambial e outros 109 -

Saldo final 37 608 17 040

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 120

O movimento do imposto diferido de balanço em 2006 e 2005 explica-se como segue:

NOTA 31 – PASSIVOS SUBORDINADOS

A rubrica Passivos subordinados a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

A reconciliação da taxa de imposto pode ser analisada como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Reconhecido Reconhecido Reconhecido Reconhecido

em resultados em reservas em resultados em reservas

Instrumentos financeiros derivados (20 457) - (16 304) -

Activos financeiros disponíveis para venda - 100 167 -

Crédito a clientes (1 168) - (1 224) -

Investimentos em subsidiárias e associadas - - 1 748 -

Provisões (571) - 418 -

Outros 212 - (1 205) -

Efeito da alteração da taxa 1 425 - - -

Efeito da fusão da ES Dealer - - - (81)

Ajustamento de transição a 1 de Janeiro de 2005 - - - 952

(20 559) 100 (16 400) 871

(milhares de euros)

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

% Valor % Valor

Resultado antes de impostos 59 935 74 522

Taxa de imposto do BESI 27,5% 27,5%

Imposto apurado com base na taxa de imposto do BESI 16 116 20 494

Dividendos excluídos de tributação (8 632) (14 076)

Alterações de estimativas (193) -

Custos não dedutíveis 1 194 179

Outros 3 198 379

11 683 6 976

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Obrigações de caixa 99 678 99 653

99 678 99 653

121 RELATÓRIO E CONTAS

Durante o exercício de 2006, o Banco não procedeu a qualquer emissão ou reembolso. Durante o exercício de 2005, o Banco procedeu à emissão de

60 000 milhares de euros de dívida subordinada, tendo sido reembolsados 19 952 milhares de euros.

NOTA 32 – OUTROS PASSIVOS

A rubrica Outros passivos a 31 de Dezembro de 2006 e 2005 é analisada como segue:

As principais características dos passivos subordinados são apresentadas como seguem:

(milhares de euros)

31.12.2006

Empresa emitente Designação Data emissão Valor de emissão Valor de balanço Taxa de juro Maturidade

BESI BANCO ESSI SUB. 96/06 (EURO) 1996 29 928 29 283 2,6220% 2006

BESI BESI SUBORDINADAS OCT2033 5.5% 2003 10 000 9 646 5,5000% 2033

BESI BESI CAIXA SUB DEC15 2005 60 000 60 000 6,6000% 2015

Sub-total 98 929

Juro Corrido 749

TOTAL 99 678

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Credores e outros recursos

Sector público administrativo 3 189 3 199

Credores diversos

Credores por operações sobre valores mobiliários 92 582 41 756

Credores por fornecimento de bens 1 651 3 570

Credores por benefícios de saúde (ver Nota 11) 1 103 908

Outros credores 10 552 41 154

109 077 90 587

Custos a pagar

Prémios por antiguidade (ver Nota 11) 1 854 1 620

Outros custos a pagar 2 886 1 677

4 740 3 297

Receitas com proveito diferido 326 404

Outras contas de regularização

Operações sobre valores mobiliários a regularizar 251 997 150 594

Operações cambiais a liquidar 3 252 75

Outras operações a regularizar 15 605 27 667

270 854 178 336

384 997 272 624

As rubricas de Operações sobre valores mobiliários a regularizar, em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, evidenciam o saldo das ordens de venda e

compra em bolsa do Banco que aguardam a respectiva liquidação financeira.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 122

NOTA 33 – CAPITAL, PRÉMIOS DE EMISSÃO

Acções ordináriasEm 31 de Dezembro de 2006, o capital social do Banco encontrava-se representado por 14 milhões de acções, com um valor nominal de 5 euros cada,

as quais encontram-se totalmente subscritas e realizadas pelo Banco Espírito Santo, S.A..

Prémios de emissãoDurante o exercício de 2006 não se procedeu a qualquer emissão ou reembolso de acções representativas do capital social.

Em 31 de Dezembro de 2005, os prémios de emissão são representados por 8 796 milhares de euros, referentes ao prémio pago pelos accionistas

no aumento de capital ocorrido em Julho de 1998.

NOTA 34 – RESERVAS DE JUSTO VALOR, OUTRAS RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS

Reserva legal, reservas de justo valor e outras reservasA reserva legal só pode ser utilizada para cobrir prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. A legislação portuguesa aplicável ao sector ban-

cário (Artigo 97º do Decreto-lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro) exige que a reserva legal seja anualmente creditada com pelo menos 10% do lucro

líquido anual, até à concorrência do capital.

Reservas de justo valor representam as mais e menos valias potenciais relativas à carteira de investimentos disponíveis para venda, líquidas da

imparidade reconhecida em resultados no exercício e/ou em exercícios anteriores. O valor desta reserva é apresentado líquido de imposto diferido.

Durante os exercícios de 2006 e 2005, os movimentos ocorridos nestas rubricas foram os seguintes:

Reservas de justo valor Outras Reservas e Resultados Transitados

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 548 (145) 403 10 614 9 354 19 968

Alterações de justo valor 585 - 585 - - -

Dividendos de acções ordinárias - - - - (20 000) (20 000)

Impacto da fusão por incorporação da ES Dealer - - - - 357 357

Constituição de reservas - - - 2 509 1 702 4 211

Saldo em 31 de Dezembro de 2005 1 133 (145) 988 13 123 (8 587) 4 536

Alterações de justo valor (243) (100) (343) - - -

Dividendos de acções ordinárias - - - - (4 032) (4 032)

Impacto da fusão por incorporação da Espirito Santo Investment, SAU, SV - - - - (2 861) (2 861)

Constituição de reservas - - - 6 754 38 189 44 943

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 890 (245) 645 19 877 22 709 42 586

(milhares de euros)

Total Outras

Reservas e

Res.Trans.

Outras reservas

e Resultados

TransitadosReserva Legal

Total

Reserva de justo

valor

Reservas

por impostos

diferidos

Activos

financeiros disponíveis

p/ venda

123 RELATÓRIO E CONTAS

As garantias e avales prestados são operações bancárias que não se traduzem por mobilização de fundos por parte do Banco.

Os compromissos irrevogáveis, representam acordos contratuais para a concessão de crédito com os clientes do Banco (p.e. linhas de crédito não

utilizadas) os quais, de forma geral, são contratados por prazos fixos ou com outros requisitos de expiração e, normalmente, requerem o pagamento

de uma comissão. Substancialmente todos os compromissos de concessão de crédito em vigor requerem que os clientes mantenham determina-

dos requisitos verificados aquando da contratualização dos mesmos.

Não obstante as particularidades destes passivos contingentes e compromissos, a apreciação destas operações obedece aos mesmos princípios

básicos de uma qualquer outra operação comercial, nomeadamente o da solvabilidade quer do cliente quer do negócio que lhes estão subjacentes,

sendo que o Banco requer que estas operações sejam devidamente colateralizadas quando necessário. Uma vez que é expectável que a maioria dos

mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados não representam necessariamente necessidades de caixa futuras.

A reserva de justo valor explica-se da seguinte forma:

O movimento da reserva de justo valor, líquida de impostos diferidos, no exercício de 2006 e 2005 pode ser assim analisada:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda 66 360 97 792

Imparidade acumulada reconhecida (444) (112)

Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda líquido de imparidade 65 916 97 680

Valor de mercado dos activos financeiros disponíveis para venda 66 806 98 813

Ganhos potenciais reconhecidos na reserva de justo valor 890 1 133

Impostos diferidos (245) (145)

Saldo em 31 de Dezembro 645 988

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

1 de Janeiro 988 403

Variação de justo valor (343) 515

Alienações do exercício - 70

Saldo em 31 de Dezembro 645 988

NOTA 35 – PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, os saldos relativos a contas extrapatrimoniais apresenta-se como segue:

(milhares de euros)

31.12.2006 31.12.2005

Passivos e avales prestados

Garantias e avales prestados 107 904 116 496

Activos dados em garantia 28 314 28 455

136 218 144 951

Compromissos

Compromissos

Compromissos irrevogáveis 101 175 104 225

101 175 104 225

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 124

Em 31 de Dezembro de 2006, a rubrica de activos dados em garantia inclui:

• Títulos dados em garantia ao Banco de Portugal no âmbito do Sistema de Pagamento de Grandes Transacções no montante de 26 243 milhares

de euros (31 de Dezembro de 2005: 26 385 milhares de euros);

• Títulos dados em garantia à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários no âmbito do Sistema de Indemnização aos Investidores no montante

de 2 000 milhares de euros (31 de Dezembro de 2005: 2 000 milhares de euros);

• Valores dados em garantia ao Fundo de Garantia de Depósitos no montante de 70 milhares de euros (31 de Dezembro de 2005: 70 milhares de euros).

Adicionalmente, as responsabilidades evidenciadas em contas extrapatrimoniais relacionadas com a prestação de serviços bancários são como

segue:

31.12.2006 31.12.2005

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 3 860 683 2 166 708

3 860 683 2 166 708

(milhares de euros)

Os títulos de clientes à guarda e responsabilidade do Banco, incluídos na rubrica de Depósito e guarda de valores, encontram-se essencialmente

depositados na empresa do Grupo especializada na custódia de títulos.

NOTA 36 – TRANSACÇÕES COM PARTES RELACIONADAS

O valor das transacções do Banco com partes relacionadas em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, assim como os respectivos custos e proveitos reco-

nhecidos no período em análise, resumem-se como segue:

31.12.2006 31.12.2005

Aplicações Recursos Garantias Proveitos Custos Aplicações Recursos Garantias Proveitos Custos

Empresas subsidiárias

ESIP 66 661 144 545 - 100 023 83 311 66 670 178 967 6 068 182 863 239 090

ESSI INV.SGPS - 13 583 - - - - 13 104 - - -

ES CAPITAL - 18 747 - - - - 6 314 - - -

ESSI SGPS - 4 983 - 605 968 58 471 - 3 198 - 605 970 200

ESSI COMUNICAÇÕES - 469 - - - - 317 - - -

KUTAYA - 1 - - - - - - - -

ES DEALER - - - - - - - - - -

BES INVESTIMENTO DO BRASIL, SA - - 7 593 - - - - - - -

66 661 182 328 7 593 705 991 141 782 66 670 201 900 6 068 788 833 239 290

Empresas associadas

COMINVEST - 3 501 73 - - - 2 521 67 - -

- 3 501 73 - - - 2 521 67 - -

(milhares de euros)

125 RELATÓRIO E CONTAS

NOTA 37 – GESTÃO DOS RISCOS DE ACTIVIDADE

Em termos de política de gestão dos riscos, é apresentada a seguinte informação qualitativa do Banco;

O controlo e a gestão dos riscos, pelo papel que têm vindo a desempenhar no apoio activo à gestão, apresentam-se como um dos principais eixos

estratégicos de suporte ao seu desenvolvimento equilibrado e sustentado.

A direcção de risco tem mantido como principais, os seguines objectivos:

• Identificação, quantificação e controlo dos diferentes tipos de risco assumidos, adoptando progressivamente princípios e metodologias uniformes;

• Contribuição contínua para o aperfeiçoamento de ferramentas de apoio à estruturação de operações e do desenvolvimento de técnicas internas de

avaliação de performance e de optimização da base de capital;

• Gestão proactiva de situações de atraso significativo e incumprimentos de obrigações contratuais.

Risco de créditoO Risco de crédito resulta da possibilidade de ocorrência de perdas financeiras decorrentes do incumprimento do cliente ou contraparte relativa-

mente às obrigações contratuais estabelecidas com o Banco no âmbito da sua actividade creditícia. O risco de crédito está essencialmente presente

nos produtos tradicionais bancários – empréstimos, garantias e outros passivos contingentes – e em produtos de negociação – swaps, forwards e

opções (risco de contraparte).

É efectuada uma gestão permanente das carteiras de crédito que privilegia a interacção entre as várias equipas envolvidas na gestão de risco ao

longo das sucessivas fases da vida do processo de crédito. Esta abordagem é complementada pela introdução de melhorias contínuas das meto-

dologias e ferramentas de avaliação e controlo dos riscos.

O acompanhamento do perfil de risco de crédito do Banco, nomeadamente no que se refere à evolução das exposições de crédito e monitorização

das perdas creditícias, é efectuado regularmente. São igualmente objecto de análises diárias o cumprimento dos limites de crédito aprovados e o

correcto funcionamento dos mecanismos associados às aprovações de linhas de crédito no âmbito da actividade corrente das áreas de negócio.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 126

Concentração de riscosA repartição do Crédito sobre clientes e títulos por sectores de actividade, para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, encontra-se

apresentada conforme segue:

31.12.200631.12.2006

Activos financeiros ao justo Activos financeiros

Crédito sobre clientes valor através de resultados detidos para venda

Valor bruto ImparidadeValor bruto Imparidade Valor bruto Imparidade

Crédito Crédito Crédito Crédito

vivo vencido vivo vencido

Agricultura, Sivicultura e Pesca 970 1 422 - 1 357 - - - -

Indústrias Extractivas - - - - 1 - - -

Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco - - - - 883 - - -

Texteis e Vestuário - - - - - - - -

Curtumes e Calçado - - - - - - - -

Madeira e Cortiça - - - - 130 - - -

Papel e Indústrias Gráficas - 19 - 6 3 805 - - -

Refinação de Petróleo - - - - 3 147 - -

Produtos Quimicos e de Borracha - - - - 12 - - -

Produtos Minerais não Metálicos - - - - 36 - 1 395 -

Indústrias Metalúrgicas de Base e p. metálicos - 15 - 15 - - - -

Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Eléctricos - 9 - 9 - - - -

Fabricação de Material de Transporte - - - - 1 430 - - -

Outras Industrias Transformadoras - - - - 1 150 - 1 259 -

Electricidade, Gás e Água 96 668 - - - 50 869 - - -

Construção e Obras Públicas 34 827 428 - 338 1 207 - - -

Comércio por Grosso e a Retalho 803 182 - 182 282 - - -

Turismo - - - - 14 - - -

Transportes e Comunicações 33 097 6 588 - 6 529 32 642 - - -

Actividades Financeiras 794 196 - 30 308 025 304 56 512 369

Actividades Imobiliárias 44 354 363 - 249 195 - - -

Serviços Prestados às Empresas 149 401 955 427 842 16 921 - 900 -

Administração e Serviços Públicos 73 513 1 262 - 206 526 - 4 794 -

Outras actividades de serviços colectivos 243 632 396 711 337 4 708 - 231 -

Crédito à Habitação 1 142 - - 6 - - - -

Crédito a Particulares 9 - - - - - -

Outros - - - - 48 223 - 2 159 75

TOTAL 679 210 11 835 1 138 10 106 474 206 304 67 250 444

(milhares de euros)

127 RELATÓRIO E CONTAS

Risco de mercadoO Risco de Mercado representa genericamente a eventual perda resultante de uma alteração adversa do valor de um instrumento financeiro como

consequência da variação de taxas de juro, taxas de câmbio e preços de acções.

Ao nível do risco de mercado o principal elemento de mensuração de riscos consiste na estimação das perdas potenciais sob condições adversas de

mercado, para o qual a metodologia Value at Risk (VaR) é utilizada. O Banco utiliza um VaR com recurso à simulação de Monte Carlo, com um inter-

valo de confiança de 99% e um período de investimento de 10 dias. As volatilidades e correlações são históricas com base num período de observa-

ção de um ano.

De forma a melhorar a medida do VaR têm vindo a ser desenvolvidas outras iniciativas, como exercícios de back-testing que consistem na compa-

ração entre as perdas previstas no modelo e as perdas efectivas. Estes exercícios permitem aferir a aderência do modelo à realidade e assim melho-

rar as capacidades predictivas do mesmo. Como complemento ao VaR têm sido desenvolvidos cenários extremos (stress-testing) que permitem ava-

liar os impactos de perdas potenciais superiores às consideradas na medida do VaR.

31.12.200531.12.2005

Activos financeiros ao justo Activos financeiros

Crédito sobre clientes valor através de resultados detidos para venda

Valor bruto ImparidadeValor bruto Imparidade Valor bruto Imparidade

Crédito Crédito Crédito Crédito

vivo Vencido vivo Vencido

Agricultura, Sivicultura e Pesca 982 4 511 - 2 890 2 346 - - -

Indústrias Extractivas - - - - 4 - - -

Indústrias Alimentares, das Bebidas e Tabaco - - - - 1 847 - 27 321 -

Texteis e Vestuário - - - - - - - -

Curtumes e Calçado - - - - - - - -

Madeira e Cortiça - - - - - - - -

Papel e Indústrias Gráficas 15 125 285 - 285 1 618 - - -

Refinação de Petróleo - - - - 133 - - -

Produtos Químicos e de Borracha - - - - 41 - - -

Produtos Minerais não Metálicos - 9 - 2 222 - 1 389 -

Indústrias Metalúrgicas de Base e p. metálicos - 15 - 4 - - - -

Fabricação de Máquinas, Eq. e Ap. Eléctricos 101 231 205 - 143 115 - - -

Fabricação de Material de Transporte - - - - 3 609 - - -

Outras Industrias Transformadoras - - - - 1 021 - 1 302 -

Electricidade, Gás e Água - - - - 9 743 - - -

Construção e Obras Públicas 20 331 290 - 290 1 100 - - -

Comércio por Grosso e a Retalho 585 942 - 942 - - 3 010 -

Turismo 13 393 39 - 398 - - - -

Transportes e Comunicações 30 270 426 - 123 21 528 - - -

Actividades Financeiras 2 521 1 085 - 733 137 892 - 60 572 (37)

Actividades Imobiliárias 17 408 4 - 4 485 - - -

Serviços Prestados às Empresas - - - - 433 - 896 -

Administração e Serviços Públicos 123 - - - - - 2 180 -

Outras actividades de serviços colectivos 319 345 3 218 - 4 282 8 010 - 50 -

Crédito à Habitação 1 243 - - 7 - - - -

Crédito a Particulares 12 - - - - - - -

Outros - - - - 8 604 - 2 205 (75)

TOTAL 522 569 11 029 - 10 103 198 751 - 98 925 (112)

(milhares de euros)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 128

Em especial no que se refere ao risco cambial, a repartição dos activos e dos passivos, a 31 de Dezembro de 2006 e 2005, por moeda, é analisado

como segue:

31.12.2006

Dólares Norte Libras Yenes Reais Outras Moedas Valor

Euros Americanos Esterlinas Japoneses Brasileiros Estrangeiras Total

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 8 733 - 5 - - - 8 738

Disponibilidades em outras instituições de crédito 1 690 36 150 1 7 3 1 887

Activos financeiros detidos para negociação 403 271 49 869 20 321 441 - - 473 902

Activos financeiros disponíveis para venda 61 003 5 803 - - - - 66 806

Aplicações em instituições de crédito 1 072 047 16 940 64 734 - - - 1 153 721

Crédito a clientes 679 746 - 55 - - - 679 801

Derivados de cobertura 3 118 - - - - - 3 118

Outros activos tangíveis 3 489 - - - - - 3 489

Activos intangíveis 1 430 - - - - - 1 430

Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação 3 481 - - - - - 3 481

Activos por impostos correntes 469 - 3 308 - - - 3 777

Activos por impostos diferidos 37 608 - - - - - 37 608

Outros activos 665 477 19 229 1 000 - 195 9 685 910

Total Activo 2 941 562 91 877 89 573 442 202 12 3 123 668

Passivo

Passivos financeiros ao justo valor com

reconhecimento em resultados 463 495 41 183 10 056 - - - 514 734

Recursos de outras instituições de crédito 592 867 113 933 96 862 - - - 803 662

Recuros de clientes e outros empréstimos 1 058 099 1 565 - - - - 1 059 664

Responsabilidades representadas por títulos 58 619 - - - - - 58 619

Derivados de cobertura com justo valor negativo 4 554 - - - - - 4 554

Provisões 12 003 121 - - - - 12 124

Passivos por impostos correntes 15 357 - - - - - 15 357

Outros passivos subordinados 99 678 - - - - - 99 678

Outros passivos 466 935 2 235 919 367 195 - 470 651

Total Passivo 2 771 607 159 037 107 837 367 195 - 3 039 043

Situação Líquida 169 955 324 - - - - 170 279

Exposição Líquida - (67 484) (18 264) 75 7 12 (85 654)

Exposição Operacional - (67 484) (18 264) 75 7 12 (85 654)

(milhares de euros)

129 RELATÓRIO E CONTAS

A taxa de juro média dos activos e passivos financeiros em 31 de Dezembro de 2006 e 2005, é analisada como segue:

(milhares de euros)

31.12.2005

Dólares Norte Libras Yenes Reais Outras Moedas Valor

Euros Americanos Esterlinas Japoneses Brasileiros Estrangeiras Total

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 2 492 - 5 - - - 2 497

Disponibilidades em outras instituições de crédito 2 316 21 2 750 9 23 1 5 120

Activos financeiros detidos para negociação 173 600 12 427 9 740 2 984 - - 198 751

Activos financeiros disponíveis para venda 94 452 4 361 - - - - 98 813

Aplicações em instituições de crédito - 16 907 49 762 - - - 66 669

Crédito a clientes 523 495 - - - - - 523 495

Derivados de cobertura 1 630 88 - - - - 1 718

Activos não correntes detidos para venda 31 720 - - - - - 31 720

Outros activos tangíveis 3 319 - - - - - 3 319

Activos intangíveis 924 - - - - - 924

Investimentos em associadas e filiais excluídas da consolidação 37 391 - - - - - 37 391

Activos por impostos correntes 280 - 3 242 - - - 3 522

Activos por impostos diferidos 17 040 - - - - - 17 040

Outros activos 468 178 36 801 14 890 - 10 342 520 221

Total Activo 1 356 837 70 605 80 389 2 993 33 343 1 511 200

Passivo

Passivos financeiros ao justo valor com

reconhecimento em resultados 287 290 2 514 2 241 - - - 292 045

Recursos de outras instituições de crédito 347 518 71 162 72 632 3 024 - 122 494 458

Recuros de clientes e outros empréstimos 130 251 6 997 - - - - 137 248

Responsabilidades representadas por títulos 24 509 - - - - - 24 509

Derivados de cobertura com justo valor negativo 1 901 167 - - - - 2 068

Provisões 11 638 - - - - - 11 638

Passivos por impostos correntes 25 091 - - - - - 25 091

Outros passivos subordinados 99 653 - - - - - 99 653

Outros passivos 268 110 (1 203) 4 872 - 481 364 272 624

Total Passivo 1 195 961 79 637 79 745 3 024 481 486 1 359 334

Situação Líquida 151 866 - - - - - 151 866

Exposição Líquida - 9 032 (644) 31 448 143 -

Exposição Operacional - 9 032 (644) 31 448 143 -

31.12.2006 31.12.2005

Saldo médio Juro do Taxa de Saldo médio Juro do Taxa de

do exercício período juro média do exercício período juro média

Activos monetários 786 911 37 660 4,79% 181 213 6 621 3,65%

Crédito a clientes 554 536 27 224 4,91% 461 656 17 507 3,79%

Aplicações em títulos 221 606 32 336 14,59% 164 942 20 722 12,56%

Activos financeiros 1 563 052 97 220 6,22% 807 811 44 850 5,55%

Recursos monetários 593 683 49 291 8,30% 661 730 15 927 2,41%

Recursos de clientes 774 361 7 594 0,98% 78 601 2 622 3,34%

Outros recursos 148 056 25 654 17,33% 79 167 16 817 21,24%

Passivos financeiros 1 516 099 82 539 5,44% 819 499 35 366 4,32%

Resultado Financeiro 14 681 0,78% 9 484 1,80%

(milhares de euros)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 130

Risco de LiquidezO Risco de Liquidez advém da incapacidade potencial de financiar o activo satisfazendo as responsabilidades exigidas nas datas devidas e da exis-

tência de potenciais dificuldades de liquidação de posições em carteira sem incorrer em perdas exageradas.

A gestão da liquidez encontra-se centralizada na Tesouraria. Esta gestão tem como objectivo manter um nível satisfatório de disponibilidades para

fazer face às suas necessidades financeiras no curto, médio e longo prazo. Para avaliar a exposição global a este tipo de risco são elaborados rela-

tórios que permitem não só identificar os mismatch negativos, como efectuar a cobertura dinâmica dos mesmos.

Adicionalmente, é também realizado um acompanhamento por parte do Banco dos rácios de liquidez de um ponto de vista prudencial, calculados

segundo as regras exigidas pelo Banco de Portugal.

Risco OperacionalO Risco Operacional traduz-se, genericamente, na eventualidade de perdas originadas por falhas na prossecução de procedimentos internos, pelos

comportamentos das pessoas ou dos sistemas informáticos, ou ainda, por eventos externos à organização.

Para gestão do risco operacional, encontra-se em curso a implementação de um sistema que visa assegurar a uniformização, sistematização e

recorrência das actividades de identificação, monitorização, controlo e mitigação deste risco.

Justo valor de activos e passivos financeiros registados ao custo amortizadoO justo valor dos activos e passivos financeiros que estão registados ao custo amortizado, para o Banco, é analisado como segue:

2006 2005

Valor de Valor de

balanço Justo valor balanço Justo valor

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 8 738 8 738 2 497 2 497

Disponibilidades em outras instituições de crédito 1 887 1 887 5 120 5 120

Aplicações em instituições de crédito 1 153 721 1 153 721 66 669 66 669

Crédito a clientes 679 801 679 801 523 495 523 310

Total activos financeiros ao justo valor 1 844 147 1 844 147 597 781 597 596

Recursos de outras instituições de crédito 803 662 803 662 494 458 494 458

Depósito de clientes 1 059 664 1 059 664 137 248 137 248

Responsabilidades representados por títulos 58 619 58 619 24 509 25 069

Passivos subordinados 99 678 99 678 99 653 100 199

Total passivos financeiros ao justo valor 2 021 623 2 021 623 755 868 755 974

(milhares de euros)

As principais metodologias e pressupostos utilizados na estimativa do justo valor dos activos e passivos financeiros acima referidos são analisados

como segue:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais, Disponibilidades em outras instituições de créditoe Empréstimos e aplicações em instituições de créditoConsiderando aos prazos curtos associados a estes instrumentos financeiros, considera-se que o seu valor de balanço é uma estimativa razoável

do respectivo justo valor.

Crédito a clientesO justo valor do crédito a clientes é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, considerando que as

prestações são pagas nas datas contratualmente definidas.

131 RELATÓRIO E CONTAS

Recursos de outras instituições de créditoConsiderando os prazos curtos associados a estes instrumentos financeiros, considera-se que o seu valor de balanço é uma estimativa razoável do

respectivo justo valor.

Depósitos de clientesO justo valor destes instrumentos financeiros é estimado com base na actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e de juros, conside-

rando que as prestações ocorrem nas datas contratualmente definidas. Considerando que as taxas de juro aplicáveis são de natureza variável e o

período de maturidade dos depósitos é substancialmente inferior a um ano, não existem diferenças quantificáveis no seu justo valor.

Débitos representados por títulos e Passivos subordinadosPara os instrumentos onde se adopta a contabilidade de cobertura, o seu justo valor já se encontra reflectido nas demonstrações financeiras. Para

os instrumentos remanescentes, o justo valor é baseado em cotações de mercado quando disponíveis, caso não existam é estimado com base na

actualização dos fluxos de caixa esperados de capital e juros no futuro para estes instrumentos.

NOTA 38 – NORMAS CONTABILÍSTICAS E INTERPRETAÇÕES RECENTEMENTE EMITIDAS

As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas que ainda não entraram em vigor e que o Banco ainda não aplicou na ela-

boração das suas demonstrações financeiras, podem ser analisadas como segue:

IFRIC 8 – Âmbito da aplicação da IFRS 2O International Financial Reporting Committee (IFRIC), emitiu em 12 de Janeiro de 2006 a IFRIC 8 Âmbito da aplicação da IFRS 2 e a sua aprovação

pela Comissão Europeia foi em 8 de Setembro de 2006.

Esta interpretação clarifica que a IFRS 2 Pagamento com Base em Acções se aplica às situações em que a entidade efectua pagamentos com base

em acções por um valor aparentemente nulo ou residual. A IFRIC 8 explica que, se o benefício concedido aparenta ser menor que o justo valor do

instrumento de capital atribuído ou das responsabilidades assumidas, esta situação indica, normalmente que outro benefício foi ou irá ser recebi-

do pelo que se aplica o IFRS 2.

Este IFRIC é mandatório e aplicável a períodos anuais que tiveram início em ou após 1 de Maio de 2006.

O Banco não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRIC 8.

IFRIC 9 – Reavaliação dos derivados embutidosO International Financial Reporting Committee (IFRIC), emitiu em 12 de Março de 2006 a IFRIC 9 Reavaliação dos derivados embutidos e a sua apro-

vação pela Comissão Europeia foi em 8 de Setembro de 2006.

Esta interpretação clarifica que o momento de reavaliação da separação dos derivados embutidos deverá ser apenas quando existirem alterações

aos próprios contratos.

Este IFRIC é mandatório e aplicável a períodos anuais que tiveram início em ou após 1 de Junho de 2006.

O Banco não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRIC 9.

IFRIC 10 – Reporte Financeiro Interino e ImparidadeO International Financial Reporting Committee (IFRIC) emitiu em 20 de Julho de 2006 a IFRIC 10 Reporte financeiro intercalar e imparidade e está pre-

vista a sua aprovação pela Comissão Europeia para o segundo trimestre de 2007.

Este IFRIC proíbe a reversão das perdas por imparidade reconhecidas nos períodos interinos anteriores, relativamente a Goodwill, investimentos em

instrumentos de capital ou activos financeiros registados ao custo.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 132

Este IFRIC é mandatório para exercícios a partir de 2007 e a sua aplicação será prospectiva para Goodwill, investimentos em instrumentos de capi-

tal ou activos financeiros registados ao custo, a partir da primeira data de adopção da IAS 36 e IAS 39 pela primeira vez.

O Banco não espera vir a ter nenhum impacto material com a adopção do IFRIC 10.

IFRIC 11 – IFRS 2 – Transacções com Treasury shares e GrupoO International Financial Reporting Committee (IFRIC) emitiu em 2 de Novembro de 2006 a IFRIC 11 IFRS 2 – Transacções com Treasury shares e Grupo

e está prevista a sua aprovação pela Comissão Europeia para o segundo trimestre de 2007. Este IFRIC aborda dois assuntos distintos:

1.a) Contratos onde uma entidade atribui aos seus empregados direitos a instrumentos de capital, e terá que optar em pagar em acções próprias

ou terá que adquirir instrumentos de capital de outra entidade para satisfazer a suas obrigações perante os seus colaboradores;

1.b) Contratos onde aos colaboradores de uma entidade são atribuídos direitos a instrumentos de capital dessa entidade.

2. Contratos de pagamento com acções próprias que envolvem duas ou mais entidades do mesmo Grupo.

Este IFRIC é mandatório para exercícios a partir de 1 de Janeiro de 2007.

O Grupo não espera vir a ter nenhum impacto com a adopção do IFRIC 11.

IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Divulgações e emenda ao IAS 1 Apresentação de Demonstrações FinanceirasO International Accounting Standards Board (IASB), emitiu em 18 de Agosto de 2005 o IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgações e adenda com-

plementar ao IAS 1 Apresentação de Demonstrações Financeiras.

O IFRS 7 introduz novos requisitos destinados a melhorar a informação divulgada nas demonstrações financeiras sobre os instrumentos financei-

ros e substitui o IAS 30 Divulgações nas Demonstrações Financeiras de Bancos e de Instituições Financeiras Similares e alguns dos requisitos da IAS

32 Instrumentos Financeiros: Divulgação e Apresentação. A emenda ao IAS 1 introduz novos requisitos em matéria de divulgação relativamente à

estrutura de capital das entidades.

Esta norma é de aplicação mandatória para exercícios a partir de 1 de Janeiro de 2007.

Decorrente da adopção do IFRS 7 não irá existir qualquer impacto nas demonstrações financeiras do Grupo.

IFRS 8 – Segmentos operacionais

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em 30 de Novembro de 2006 a IFRS 8 Segmentos operacionais e está prevista a sua apro-

vação pela Comissão Europeia para o segundo trimestre de 2007.

A IFRS 8 Segmentos operacionais define a apresentação da informação sobre segmentos operacionais de uma entidade e também sobre serviços

e produtos, áreas geográficas onde a entidade opera e os seus maiores clientes. Esta norma específica como uma entidade deverá reportar a sua

informação nas demonstrações financeiras anuais, e como consequência alterará a IAS 34 Reporte financeiro interino, no que respeita à informa-

ção a ser seleccionada para reporte financeiro interino. Uma entidade terá também que fazer uma descrição sobre a informação apresentada por

segmento nomeadamente resultados e operações, assim como uma breve descrição de como os segmentos são construídos.

Esta norma é de aplicação mandatória para exercícios a começar ou a partir de 1 de Janeiro de 2009.

O Banco encontra-se a avaliar o impacto da adopção desta norma.

133 RELATÓRIO E CONTAS

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 134

135 RELATÓRIO E CONTAS

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 136

137 RELATÓRIO E CONTAS

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 138

139 RELATÓRIO E CONTAS

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 140

141 RELATÓRIO E CONTAS

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 142

EXTRACTO DA ACTA NÚMERO CINQUENTA E QUATRO DA REUNIÃO DA ASSEMBLEIA GERALUNIVERSAL DE 28 DE MARÇO DE 2007 REFERENTE À APROVAÇÃO DO RELATÓRIO DE GESTÃOE CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2006 E DA RESPECTIVA PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

No dia vinte e oito de Março de dois mil e sete, pelas nove horas, teve lugar em Lisboa, no Edifício Quartzo, Rua Alexandre Herculano número trinta e

oito, a assembleia geral do BANCO ESPÍRITO SANTO DE INVESTIMENTO, SA, com sede neste local, com o capital social, integralmente realizado, de

setenta milhões de euros, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, Pessoa Colectiva número 501.385.932.

(…)

De seguida, o Senhor Presidente da Mesa deu entrada ao primeiro ponto da ordem de trabalhos, tendo o Dr. José Maria Ricciardi pedido a palavra para

fazer uma breve apresentação sobre os principais temas e acontecimentos que marcaram a actividade do Banco durante o exercício de dois mil e seis.

Terminada a apresentação e como ninguém tivesse querido usar da palavra, foram postos à votação o Relatório do Conselho de Administração e as

Contas do Banco relativos ao exercício de dois mil e seis. O Relatório e as contas foram aprovados pelo Accionista único.

De seguida entrou-se no segundo ponto da Ordem de Trabalhos, tendo tomado novamente a palavra o Dr. José Maria Ricciardi, o qual, em nome de todo

o Conselho de Administração, apresentou a proposta de aplicação de resultados aprovada em reunião do Conselho de Administração que teve lugar no

passado dia vinte e dois de Março: “Considerando que a Conta de Resultados do Exercício apresenta a trinta e um de Dezembro de dois mil e seis um

saldo positivo de quarenta e oito milhões, duzentos e cinquenta e um mil, oitocentos e quarenta e três euros e sessenta e nove cêntimos, o Conselho de

Administração do Banco submete à aprovação do accionista único a seguinte proposta de aplicação de resultados: (i) para o fundo de reserva legal: qua-

tro milhões, oitocentos e vinte e cinco mil, cento e oitenta e quatro euros e trinta e seis cêntimos; (ii) para distribuição de dividendos: vinte e um milhões,

cento e trinta e três mil, cento e oitenta e quatro euros e oitenta e oito cêntimos (dos quais foram já pagos no decurso do exercício, a título de dividen-

dos antecipados, dezassete milhões, novecentos e setenta e um mil, duzentos e quarenta e seis euros e cinquenta e três cêntimos) e (iii) para reservas

livres, o montante de vinte e dois milhões, duzentos e noventa e três mil, quatrocentos e setenta e quatro euros e quarenta e cinco cêntimos”.

Como ninguém quisesse usar da palavra, foi a proposta apresentada colocada à votação, tendo sido aprovada pelo voto favorável do accionista único.

De seguida entrou-se no terceiro ponto da Ordem de Trabalhos, tendo sido aprovado pelo voto favorável do único accionista o Relatório do Conselho de

Administração e as contas consolidadas do Banco relativos ao exercício de dois mil e seis.

(…)

Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a presente Assembleia Geral, da qual foi lavrada a presente acta, que vai assinada pelo Presidente da Mesa,

pelo Secretário e pelo representante do accionista único.

143 RELATÓRIO E CONTAS

1.0 Introdução 144

1.1 Das recomendações sobre o Governo da Sociedade 144

1.2 Principais eventos em 2006 145

2.0 Organização da Sociedade e Fiscalização 146

2.1 Organigrama da Sociedade 146

2.2 Fiscalização da Sociedade 153

2.2.1 Fiscalização Interna – o Conselho Fiscal 153

2.2.2 Fiscalização Externa 155

3.0 Divulgação de Informação 157

3.1 Descrição da evolução da cotação das acções 157

3.2 Política de distribuição de dividendos 157

3.3 Práticas remuneratórias, planos de atribuição de acções e planos

de atribuição de opções de aquisição de acções 157

3.4 Negócios e operações realizados com membros dos órgãos

de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas

ou sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo. 158

3.5 Montante da remuneração anual paga ao auditor externo 158

3.6 Utilização de novas tecnologias na divulgação de informação 160

3.7 Gabinete de apoio ao investidor 160

4.0 Representação de accionistas e exercício do direito de voto,

direitos especiais e acordos parassociais. 161

RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE

BESI’06 144

5.0 Regras societárias 162

5.1 Código de Conduta e outra regulamentação interna 162

5.2 Regras sobre Conflitos de Interesses 163

5.3 Política de comunicação de irregularidades 164

5.4 Procedimentos internos para o controlo do risco na actividade do Banco 165

6.0 Órgão de Administração 168

6.1 Caracterização do Conselho de Administração 168

6.2 Caracterização da Comissão Executiva e de outras comissões com

competência em matéria de gestão 173

6.3 Modo como o órgão de administração exerce o controlo da sociedade 176

6.4 Comissões de controlo internas 176

6.5 Remuneração dos titulares do órgão de administração 177

ANEXO: Outros cargos societários dos membros do Conselho de Administração 179

ÍNDICERELATÓRIO SOBRE

O GOVERNO DASOCIEDADE

145 RELATÓRIO E CONTAS

1.0 INTRODUÇÃO

1.1 Das recomendações sobre o Governo da Sociedade

O Conselho de Administração do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. (o “Banco” ou “BES Investimento”) apresenta o relatório anual sobre o

Governo da Sociedade (o “Relatório”), elaborado de acordo com o modelo determinado pelos Regulamentos da Comissão do Mercado dos Valores

Mobiliários (CMVM) nº 07/2001 e nº 11/2000 – Governo das Sociedades Cotadas, com as alterações introduzidas pelos Regulamentos nº 11/2003, nº

10/2005 e nº 3/2006.

Estes Regulamentos não se aplicam, enquanto exigência legal, ao Banco, por este não ter acções admitidas à negociação em mercado regulamen-

tado. Porém, na linha das Recomendações sobre o Governo das Sociedades Cotadas aprovadas pela CMVM em 1999, com posteriores actualizações

em Novembro de 2003 e em Novembro de 2005 (as “Recomendações”), e de acordo com a política do Grupo Banco Espírito Santo, a apresentação

do presente Relatório consubstancia um exercício de reflexão crítica e de tomada de posição, pelo BES Investimento, sobre as melhores práticas do

Governo das Sociedades, matéria em constante evolução.

Tenha-se presente que algumas das Recomendações, designadamente em matéria de restrição do exercício activo do direito de voto, de medidas

destinadas a impedir o êxito de ofertas públicas de aquisição e da existência de um gabinete de apoio ao investidor, não são passíveis de aplicação

ao Banco, que conta com um único accionista.

Exceptuando os condicionalismos resultantes de um accionista único, o Banco tem, no geral, adoptado as demais Recomendações, as quais em

seguida se sumariam com remissão para os capítulos pertinentes do presente Relatório:

• a existência de um sistema de controlo interno, para a detecção eficaz de riscos ligados à actividade da empresa, em salvaguarda do seu patri-

mónio e em benefício da transparência do seu governo societário – capítulo 5;

• a composição plural do órgão de administração, exercendo os seus membros uma orientação efectiva em relação à gestão da sociedade e aos

seus responsáveis – capítulos 6.1 e 6.2;

• a existência de administradores não executivos e, entre estes, de administradores independentes, cujo papel é o de acompanhar e avaliar conti-

nuamente a gestão da sociedade por parte dos membros executivos – capítulo 6.1;

• a existência de comissões de controlo internas com atribuição de competências na avaliação da estrutura e governo societários – capítulo 6.4;

• a estruturação da remuneração dos membros do órgão de administração por forma a permitir o alinhamento dos interesses daqueles com os

interesses da sociedade – capítulo 6.5;

• a independência dos membros da comissão de remunerações, ou órgão equivalente, relativamente aos membros do órgão de administração que

aufiram vencimento – capítulos 3.3 e 6.5, que igualmente relevam no que concerne a plano de atribuição de acções BES a membros do órgão de

administração e a colaboradores;

• a existência de uma política de comunicação de irregularidades alegadamente ocorridas no seio da sociedade – capítulo 5.3.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 146

1.2 Principais eventos em 2006

Como principais factos relevantes no Governo da Sociedade durante o ano de 2006, destacam-se:

• as alterações ocorridas na composição dos Órgãos Sociais do Banco: Mesa da Assembleia Geral (deliberação da Assembleia Geral de 11 de

Outubro), Conselho Fiscal (Assembleia Geral de 31 de Março) e Conselho de Administração (Assembleia Geral de 11 de Outubro), alterações estas

relevadas, respectivamente, nos capítulos 4, 2.2 e 6.1 do presente Relatório.

• a alteração dos Estatutos do Banco, por deliberação da Assembleia Geral realizada em 11 de Outubro, contemplando o aumento, de vinte e um

para vinte e dois, do número máximo de membros do Conselho de Administração, e de três para quatro, do número máximo de Vice-Presidentes

do referido Órgão, tendo também sido decidida a remoção da imposição de um número ímpar de administradores com assento na Comissão

Executiva.

• a prossecução da estratégia de alargamento e consolidação da presença internacional do Banco, com realce para a conclusão do projecto de

congregação numa sucursal do Banco em Espanha, das actividades de banca de investimento que o Banco desenvolvia em Espanha no regime

de Livre Prestação de Serviços, bem como das actividades asseguradas pela Espírito Santo Investment, S.A.U., S.V., sociedade financeira de cor-

retagem espanhola detida pelo BES Investimento.

A Sucursal em Espanha, que havia sido registada no Registro Mercantil de Madrid em Setembro de 2005, iniciou a sua actividade no dia 1 de

Junho de 2006, após a conclusão da fusão por incorporação da corretora espanhola no Banco, com simultânea atribuição dos activos e passivos

daquela à Sucursal. A fusão, autorizada pelo Banco de Portugal em 3 de Janeiro de 2006 e pela Comisión Nacional del Mercado de Valores em 19

de Abril, foi concluída em 31 de Maio.

Escritórios deRepresentação

Participadas comActividadeComplementarSurcursais

ServiçosFinanceiros

Direcções deProdutos

ComissãoExecutiva

Conselho deAdministração

MédiasEmpresas

LeveragedFinance

Project Financee Securitização

Mercado deCapitais -Originação Renda Fixa

MercadoSecundário -AcçõesRenda Variável

GestãoActivos

ProprietaryTrading

Derivados eArbitragem -Acções

Derivados deAcções - Vendas

Comité deMercado deCapitais

Comité deBanca eInvestimento

Conselho deCrédito e Riscos

Direcção deClientes

Comité deActivos ePassivos

Comité deInvestimentos

Departamentos

Compliance Risco

Informação eControlo deGestão

Comunicação eImagem Jurídico

RecursosHumanos

PlaneamentoEstratégico

Contabilidade

Auditoria eInspecção(Grupo BES) Operações Informática Informação

Organização eMeiosInternacional

BancoEspírito Santo deInvestimento

Londres Espanha* Luanda

ConcordiaES Investment(Polónia)

Espírito SantoCapital

Espírito SantoInvestment(Irlanda)

MorumbiCapital, S.A.(Brasil)

BESInvestimentodo Brasil

BESAF-BESActivosFinanceiros

BESSecurities doBrasil

Subsidiárias

147 RELATÓRIO E CONTAS

2.0 ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE E FISCALIZAÇÃO

(*) A sucursal em Espanha, registada em 6 de Setembro de 2005, iniciou a actividade em 1 de Junho de 2006, na sequência da fusão por incorporação da corretora

Espírito Santo Investment, S.A.U., S.V. no Banco (31 de Maio) e consequente atribuição dos activos e passivos da sociedade absorvida à sucursal.

2.1 Organigrama da Sociedade

Apresenta-se o organigrama do BES

Investimento à data de 31 de Dezembro de

2006, onde se sistematizam as unidades

pelo tipo de actividade que desenvolvem:

i) Direcção de Clientes

ii) Direcções de Produtos

iii) Departamentos de Apoio

iv) Sucursais de Londres e de Espanha

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 148

O Conselho de Administração e a respectiva Comissão Executiva, bem como os comités de acompanhamento especializado, são referidos mais

adiante no capítulo 6 do presente Relatório.

Descrevem-se em seguida as competências das Direcções e dos Departamentos, com indicação do Administrador titular do pelouro. Estas unida-

des têm, regra geral, um âmbito global, não se cingindo apenas ao BES Investimento, mas estendendo-se, transversalmente, aos diversos merca-

dos onde o Banco actua directamente (Portugal, Espanha, Reino Unido) ou por interposta subsidiária (Brasil).

i) Direcção de Clientes

O Front Office do BES Investimento está organizado de forma matricial entre a Direcção de Clientes – a quem compete a coordenação comercial – e as “Direcções

de Produto”, com que a primeira se relaciona de forma transversal, permitindo a prestação de um serviço global ao cliente em operações complexas e multi-pro-

duto, como seja, por exemplo, a assessoria de corporate finance associada à montagem de operações de financiamento ou, ainda, a gestão de risco de taxa de juro.

A Direcção de Clientes, sob a orientação do Administrador Executivo, Dr. Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, está organizada por sectores

de actividade e articula-se com a Direcção de Grandes Empresas do Banco Espírito Santo, numa lógica wholesale.

A sua principal missão é manter um relacionamento continuado com os Clientes, promovendo, de modo sistemático, a detecção proactiva das suas

necessidades e a propositura de soluções geradoras de negócio para o Banco.

A Direcção de Clientes está representada nos diversos mercados geográficos em que o Banco actua, com colaboradores residentes em Espanha, no

Reino Unido e no Brasil.

ii) Direcções de Produto

As unidades especializadas de produto são as seguintes:

ii.1 - Direcção de Mercado de Capitais – Originação

Administradores: Dr. Rafael Valverde e Dr. Luís Luna Vaz

Esta Direcção está subdividida em duas unidades distintas, uma vocacionada para os produtos de Renda Variável e, a outra, para os produtos

de Renda Fixa.

ii.1.a - Renda Variável

A principal função desta unidade é a estruturação e sindicação de transacções de acções envolvendo o recurso ao mercado de capi-

tais, designadamente OPVs, Privatizações, Aumentos de Capital, Colocações Particulares, OPAs, Processos de Admissão à negociação,

produtos equity linked (obrigações convertíveis, warrants, etc). Esta Área desenvolve a sua actividade no eixo Portugal-Espanha-Brasil.

ii.1.b - Renda Fixa

A esta unidade compete a angariação (junto de clientes corporate, entidades governamentais ou supranacionais), a montagem e a sin-

dicação de operações de dívida, estruturada ou plain vanilla (obrigações, papel comercial e crédito), englobando dívida directa ou dívida

colateralizada por activos mobiliários. Está especialmente focalizada para os mercados ibérico e brasileiro.

ii.2 - Direcção de Mercado Secundário – Acções

Administradores: Dr. Francisco Ravara Cary e Dr. Luís Luna Vaz

A missão desta Direcção é desenvolver as actividades de trading e vendas (brokerage) nos mercados em que o Banco está presente, desig-

nadamente em Portugal e Espanha. O Banco é trading member para os quatro mercados Euronext e, através da Sucursal em Espanha, das

Bolsas de Madrid, Barcelona e Valência.

Esta Direcção integra ainda unidades de research que têm a seu cargo o estudo, acompanhamento e produção de informação sobre as prin-

cipais empresas do mercado ibérico, com realce para a cobertura das que integram os índices PSI20 e IBEX35.

149 RELATÓRIO E CONTAS

ii.3 - Direcção de Gestão de Activos

Administradores: Dr. Francisco Ravara Cary e Dr. Luís Luna Vaz

Esta Direcção desenvolve, em Portugal, a actividade de gestão discricionária de carteiras de clientes.

ii.4 - Direcção de Proprietary Trading

Administradores: Dr. Francisco Ravara Cary e Dr. Luís Luna Vaz

Esta Direcção tem a seu cargo a gestão das carteiras próprias de acções do Banco.

ii.5 - Direcção de Serviços Financeiros

Administradores: Dr. Rafael Valverde e Eng. Paulo Martins

As funções principais desta Direcção, em ligação estreita com a Direcção de Clientes, consistem na montagem e concretização de operações

de Fusão e Aquisição (M&A), na avaliação de empresas, quer como suporte às suas actividades, quer como apoio a outras Direcções, partici-

pando ainda activamente na consolidação das operações internacionais do Banco, com ênfase especial nas operações de cross border com

Espanha, Brasil e Reino Unido, países onde existe presença local do Banco.

ii.6 - Direcção de Médias Empresas

Administrador: Dr. Rafael Valverde

Esta Direcção, resultante de uma unidade de negócio criada em 2004 em parceria com a Direcção de Médias Empresas do Banco Espírito

Santo, e com a denominação comercial de Espírito Santo Assessoria Financeira, tem por missão a prestação de serviços de banca de inves-

timento ao segmento de médias empresas, dentro de uma óptica de complementaridade com a Direcção de Serviços Financeiros. Os servi-

ços prestados, dirigidos em especial às empresas clientes do BES que já são objecto de gestão especializada ao nível dos respectivos Centros

de Empresa, incluem a assessoria transaccional em fusões e aquisições e serviços de consultoria pura: avaliações, estudos de viabilidade eco-

nómico-financeira, assessoria financeira no contexto de processos de reestruturação societária e accionista, entre outros.

ii.7 - Direcção de Leveraged Finance

Administrador: Dr. Rafael Valverde

A função principal desta Direcção, em ligação estreita com a Direcção de Clientes e com a colaboração das áreas de originação do BES, con-

siste em apoiar os clientes do Grupo BES em operações de aquisição com recurso a operações estruturadas de endividamento (nomeada-

mente, leverage buy-out e management buy-out) e em operações de financiamento de activos em non-recourse ou de releverage.

O Banco procura posicionar-se nestas operações como lead-arranger e seu tomador firme, procedendo depois à sua sindicação se e quando

a dimensão e características das mesmas o justificam.

ii.8 - Direcção de Project Finance e Securitização

Administrador: Dr. Pedro Ferreira Neto

Esta Direcção age em estreita ligação com a Direcção de Clientes e áreas congéneres das Sucursais de Londres e Espanha, da participada

BES Investimento do Brasil e, ainda, com a colaboração das áreas de originação do BES. As suas funções principais consistem (a) na inter-

venção em operações non-recourse e limited-recourse, ligadas a projectos de investimento, envolvendo entre outros modelos contratuais,

concessões e parcerias público-privado; e (b) em proporcionar aos clientes do Grupo BES um serviço de alta qualidade e inovação técnica,

quer numa perspectiva de advisory, quer numa perspectiva de arranging e lending, proporcionando-lhes acesso às estruturas de financiamento

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 150

ideais, nas melhores condições de mercado. Compete-lhe a gestão do portfolio de projectos em regime de project finance em que o Grupo BES

participa. Esta Direcção é, ainda, responsável pelo desenvolvimento da actividade de securitização, tendo por principais funções (a) a partici-

pação na originação e estruturação de operações de securitização para o Grupo BES e para clientes; e (b) o desenvolvimento de estruturas

de financiamento óptimas com a conjugação de formatos off-balance, asset-based e limited recourse, com recurso preferencial ao mercado

de capitais, via lei de securitização, para obtenção de fundos para os clientes do Grupo BES nas melhores condições de mercado.

ii.9 - Direcção de Derivados e Arbitragem – Acções

Administrador: Dr. Christian Minzolini

A principal função desta Direcção consiste nas actividades de arbitragem de acções e equity derivatives e de gestão do livro de derivados de

acções OTC do Banco.

Esta Direcção encontra-se dividida em 3 áreas distintas: Área de Arbitragem, Área de Derivados OTC e Área Quantitativa.

ii.10 - Direcção de Derivados de Acções – Vendas

Administrador: Dr. Christian Minzolini

Esta Direcção assegura a actividade de vendas de derivados de acções tanto em mercados organizados como em mercados OTC, bem como

a venda de estratégias de arbitragem.

ii.11 - Direcção de Renda Fixa

Administrador: Dr. Francisco Cary

Esta Direcção está subdividida em três áreas:

a) Tesouraria;

b) Distribuição e Trading

c) Gestão de Risco

ii.11.a - Tesouraria

A esta Área compete (a) a Gestão do Balanço (gestão do risco de taxa de juro; gestão do risco de liquidez, de acordo com as direc-

tivas do Comité de Activos e Passivos - ALCO; monitorização e cumprimento de rácios e requisitos prudenciais; optimização do capi-

tal); (b) a Gestão da Emissão de Dívida e Pricing do Passivo; (c) a gestão da carteira de investimento de dívida (de acordo com cri-

térios de diversificação, qualidade e rentabilidade, tendo como objectivo rebalancear os riscos do balanço e proporcionar uma fonte

de receita estável) e (d) o Transfer Pricing interno do Activo e Passivo (por forma a garantir a correcta alocação dos custos do uso

de fundos aos diversos centros originadores de negócio).

ii.11.b - Distribuição e Trading

Esta Área tem por principais funções (a) efectuar trading para Clientes e para carteira própria de títulos da dívida pública portuguesa,

de títulos da dívida estrangeira, de outros títulos do Euromercado e de produtos de dívida de empresas; e (b) colocar os produtos de

dívida estruturados pela unidade de Renda Fixa da Direcção de Mercado de Capitais – Originação, junto de investidores institucionais

nacionais e estrangeiros.

ii.11.c - Gestão de Risco

À Área de Gestão de Risco compete o estudo, a montagem e a gestão de novos produtos estruturados (derivados) relacionados com as

operações referenciadas no ponto supra, bem como de produtos de cobertura de risco de taxa de câmbio e de taxa de juro para

imunização de Balanços, quer do Banco, quer dos seus Clientes.

151 RELATÓRIO E CONTAS

iii) Departamentos de Apoio

As Unidades de Apoio consistem num conjunto de estruturas que garantem (a) o apoio à Comissão Executiva nas vertentes do planeamento estra-

tégico e de internacionalização e (b) a logística de suporte à actividade do Banco. Neste último grupo inserem-se todas as estruturas, internas ou

ao nível do Grupo BES, que desenvolvem a sua actividade técnica/operativa em apoio directo às restantes unidades.

iii.1- Departamento de Planeamento Estratégico

Administrador: Dr. José Maria Ricciardi, Presidente da Comissão Executiva

A este Departamento compete a análise da envolvente estratégica e competitiva defrontada pelo Banco nos diversos mercados em que este actua,

propondo à Comissão Executiva as respectivas acções de antecipação ou resposta; é igualmente responsável pela elaboração e revisão de um

plano estratégico a médio prazo e a coordenação de grupos de trabalho para análise do mercado e/ou da viabilidade das acções estratégicas

e projectos de desenvolvimento em estudo.

iii.2 - Departamento Internacional

Administrador: Dr. Pedro Ferreira Neto

O Departamento Internacional é responsável pelo acompanhamento geral das actividades do Banco nos mercados internacionais, com

excepção daqueles em que o Banco tem presença directa mais relevante, designadamente Brasil, Espanha e Reino Unido. Compete-lhe,

designadamente, apoiar a Comissão Executiva, em articulação com o Departamento de Planeamento Estratégico, na definição de uma

estratégia de internacionalização e, em particular, na identificação dos mercados-alvo e no desenvolvimento dos respectivos Business Plans;

implementar a estratégia definida para os mercados internacionais referidos; a originação de operações nesses mercados, as quais deverão

depois ser encaminhadas para as respectivas áreas de produto; e, em geral, promover o negócio internacional dos clientes-alvo do Banco.

iii.3 - Departamento de Informação e Controlo de Gestão (“DICG”)

Administrador: Dr. Tiago Cyrne de Castro

Este Departamento assegura as tarefas de informação e controlo de gestão, em base individual e consolidada, com responsabilidades de

coordenação transversal sobre todas as subsidiárias do Banco, designadamente em Portugal, no Brasil e na Irlanda, garantindo atempada

informação sobre a rentabilidade do Banco e empresas subsidiárias e de cada um das suas áreas de negócio. Tem também a seu cargo a

elaboração dos orçamentos anuais e o controlo da sua execução.

iii.4 - Departamento de Risco (“DR”)

Administrador: Dr. Tiago Cyrne de Castro

Este Departamento compõe-se de duas unidades distintas, a saber:

iii.4.a - Controlo de Risco

Esta Área controla, monitoriza e reporta os riscos de mercado e de crédito de todas as operações do Banco, seja em base individual

seja em base consolidada (Portugal, Espanha, Brasil, Reino Unido e Irlanda), exercendo para o efeito tutela, neste domínio, sobre as

sociedades subsidiárias do Banco, designadamente BES Investimento do Brasil e subsidiárias e Espírito Santo Investment p.l.c..

Adicionalmente, analisa o risco de mercado em operações específicas, sempre que se pretenda a tomada deste tipo de risco no

Banco, com o objectivo da sua quantificação, e revê os factores de risco utilizados para medir e fixar limites de risco de mercado.

Em particular, a Área de Controlo de Risco recolhe, prepara, controla e difunde diariamente pelas diferentes áreas de negócio infor-

mação sobre posições das diversas carteiras e a utilização dos limites aprovados (VaR, stop losses, concentração, etc.), elabora

semanalmente o Perfil de Risco de crédito da carteira do Banco (exposição global, por instrumento, por país, por rating interno, por

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 152

sector económico, etc.), desenvolve metodologias de aferição de risco e prepara toda a informação de apoio à elaboração dos diversos

reportings externos e internos sobre crédito, risco de contraparte, risco de liquidez e risco de mercado. À Área de Controlo de Risco

compete ainda o cálculo, monitorização e reporte dos diversos rácios e requisitos prudenciais, com destaque para o rácio de solva-

bilidade.

Na identificação, quantificação e controlo dos diferentes tipos de risco assumidos, o DR trabalha em consonância com o Depar-

tamento de Risco Global (“DRG”) do BES, que numa óptica de gestão da exposição global do Grupo BES (sociedades incluídas no

perímetro de supervisão em base consolidada a que o BES está sujeito), desenvolve aquelas tarefas, em termos que permitam reforçar

o conhecimento e a gestão da exposição global do Grupo através da implementação progressiva das políticas de risco traçadas pela

Comissão Executiva do BES, homogeneizando princípios, conceitos e metodologias a todas as entidades que integram o Grupo.

iii.4.b - Análise de Risco de Crédito

Os colaboradores do BESI desta Área estão integrados na denominada Mesa de Rating do Grupo BES e a sua principal função é a

análise de risco de crédito, a atribuição e validação de ratings internos e o fornecimento de ratings das agências internacionais às

operações e clientes do Banco.

iii.5 - Departamento de Compliance

Administrador: Dr. José Maria Ricciardi, Presidente da Comissão Executiva

Das tarefas cometidas a este Departamento são de realçar o acompanhamento do normativo legal criado pelas entidades supervisoras dos

mercados de actuação – Comissões de Mercados de Valores Mobiliários, Bancos Centrais e Agências Governamentais – e verter tais disposições

em regulamento interno; assegurar o cumprimento das normas internas e propor e implementar novas normas, sob a égide da Comissão

Executiva; e prevenir a ocorrência de situações propensas à prática de branqueamento de capitais e de inside trading;

As competências do Departamento de Compliance compreendem o BES Investimento, as sucursais em Londres e Espanha, a Espírito Santo

Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A. e a Espírito Santo Investment p.l.c. (Irlanda). Tutela igualmente as unidades homólogas do BES

Investimento do Brasil, S.A. – Banco de Investimento (exercendo esta última também funções na BES Securities do Brasil – Corretora de

Câmbio e de Valores Mobiliários e na BESAF – BES Activos Financeiros, Lda. e na Morumbi Capital, S.A.).

iii.6 - Departamento Jurídico

Administrador: Dr. Francisco Cary

Este Departamento tem por função o acompanhamento dos negócios do Banco, dando-lhe a estrutura jurídica mais adequada. Assegura a

prestação de serviços de consultoria ou assessoria fiscal, bem como serviços de contencioso judicial. Tem uma colaboração estreita com o

Departamento de Risco e o Departamento de Compliance, designadamente no que respeita aos riscos legal e de compliance.

iii.7 - Departamento de Contabilidade

Administrador: Dr. Tiago Cyrne de Castro

Este Departamento, que na sua área de competência tutela as diversas subsidiárias do Banco, assegura o registo e controlo das operações

contabilísticas, bem como, em conjunto com o Departamento de Risco - Controlo de Risco, o reporting associado para o Banco de Portugal.

iii.8 - Departamento de Operações

Administrador: Dr. Tiago Cyrne de Castro

Este Departamento funciona como back office das diversas Direcções de Produto, garantindo a existência de segregação de funções ao nível

dos processos de negócio do Banco.

153 RELATÓRIO E CONTAS

As actividades desenvolvidas variam consoante o produto/serviço em causa, podendo passar pelo correcto e tempestivo registo em sistema,

conferência, formalização, liquidação, gestão de eventos e controlo das diversas operações. Nos produtos acima referidos incluem-se o crédito

e as garantias, os derivados (mercado e OTC) e a corretagem, entre outros. O Departamento executa, em paralelo, um conjunto de actividades

de carácter transversal, nomeadamente ao nível do registo e manutenção da base de dados de clientes e contrapartes, do controlo das contas

de correspondentes e dos diversos custodiantes e, do cumprimento de algumas das obrigações de reporte às entidades de supervisão.

iii.9 - Departamento de Informática

Administrador: Dr. Tiago Cyrne de Castro

Este Departamento tem por função o levantamento das necessidades, selecção ou desenvolvimento e implementação dos sistemas infor-

máticos e de comunicações em todas as áreas do Banco. Assegura a manutenção dos sistemas informáticos e de comunicações, a reali-

zação das tarefas de rotina associadas e optimizações e, ainda, o apoio permanente aos utilizadores dos sistemas informáticos e comunicações.

É responsável pela segurança dos sistemas acima referidos e das instalações informáticas e pelo estudo e implementação de planos de

recuperação e de contingência.

iii.10 - Departamento de Comunicação e Imagem

Administrador: Dr. Tiago Cyrne de Castro

Este Departamento tem por função tudo o que se refere à gestão da imagem do Grupo Espírito Santo Investment (Banco Espírito Santo de

Investimento - em Portugal, no Brasil, em Espanha, no Reino Unido e na Irlanda) e é responsável pelo Site institucional Espírito Santo

Investment, bem como pela coordenação de projectos de marketing, campanhas de publicidade e contactos com os media.

iii.11 - Departamento de Recursos Humanos

Administrador: Dr. José Maria Ricciardi, Presidente da Comissão Executiva

Este Departamento tem a seu cargo tudo o que se relaciona com política de Recursos Humanos, sendo responsável pela elaboração do orça-

mento anual de custos com pessoal e assegurando os processamentos das remunerações e encargos.

iii.12 - Departamento de Organização e Meios

Administrador: Dr. José Maria Ricciardi, Presidente da Comissão Executiva

Este Departamento tem a seu cargo a supervisão das instalações, a recepção e o economato, a expedição e a recepção da correspondência do

Banco e os serviços externos. É igualmente responsável pelo planeamento da segurança física de pessoas e bens nas instalações do Banco.

Reporta ao Director Responsável de Recursos Humanos.

iii.13 - Departamento de Informação

Administrador: Dr. Rafael Valverde

Este Departamento tem por função o tratamento e armazenagem informática de toda a informação recebida no Banco, além da gestão

dos documentos de arquivo, socorrendo-se de microfilmagem e digitalização.

iii.14 - Departamento de Auditoria e Inspecção

Este Departamento é uma unidade do Banco Espírito Santo, S.A. e assegura as funções de auditoria e inspecção em todas as sociedades

do Grupo BES, incluindo o BES Investimento e suas subsidiárias.

As suas competências e responsabilidades são desenvolvidas no capítulo 5.4 do presente Relatório.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 154

iv) Sucursais

iv.1 - Sucursal de Londres

Administrador: Dr. Pedro Ferreira Neto

A Sucursal de Londres iniciou actividades em 3 de Fevereiro de 2003, centrando-se o seu negócio na prestação de serviços de assessoria técnica

(advisory) e montagem de financiamentos (arranging) em regime de Project Finance. A Sucursal está sob a orientação de um Director-Geral

residente, o qual reporta directamente ao Administrador com o pelouro de Project Finance e Securitização.

iv.2 - Sucursal em Espanha

Administrador: Dr. Félix Aguirre

A Sucursal de Madrid, sob a designação de Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., Sucursal en España, obteve o registo comercial no

dia 6 de Setembro de 2005, tendo o seu registo junto do Banco de Espanha sido averbado em 16 do mesmo mês. A Sucursal iniciaria a sua

actividade no dia 1 de Junho de 2006, após a conclusão da fusão por incorporação da corretora Espírito Santo Investment, S.A.U., S.V. no BES

Investimento (31 de Maio) e consequente atribuição dos activos e passivos da sociedade absorvida à Sucursal.

A Sucursal congrega o negócio de banca de investimento que o Banco desenvolvia em Espanha no regime de Livre Prestação de Serviços e

as actividades de corretagem asseguradas pela extinta Espírito Santo Investment, S.A.U., S.V.. Actuando sob a supervisão local da Comisión

Nacional del Mercado de Valores, a Sucursal é trading member das Bolsas de Madrid, Barcelona e Valência e do mercado espanhol de deri-

vados (MEFF). É também gestora do mercado de dívida pública espanhola desmaterializada e membro do mercado alemão de equity

derivatives (Eurex).

2.2 Fiscalização da Sociedade

O BES Investimento é uma instituição de crédito organizada ao abrigo da legislação bancária portuguesa e autorizada a operar enquanto tal pelo

Banco de Portugal desde Abril de 1993. A sua actividade como banco encontra-se regulada pelo Regime Geral das Instituições de Crédito e

Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro. Como intermediário financeiro, actuando nos mercados de valo-

res mobiliários, a sua actividade é regulada pelo Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei nº 486/99, de 13 de Novembro, e legisla-

ção complementar. Como sociedade anónima, a sua organização rege-se pelas disposições do Código das Sociedades Comerciais português, apro-

vado pelo Decreto-Lei nº 262/86, de 2 de Setembro.

Os organismos e os mecanismos de fiscalização da actividade do Banco reflectem tais disposições legais.

2.2.1 Fiscalização Interna – o Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e um suplente. O Conselho Fiscal do BES Investimento, era, à data de 31 de Dezembro de

2006, composto pelos seguintes membros (quadriénio 2005-2008):

Presidente Dr. José Manuel Macedo Pereira – Revisor Oficial de Contas

Vogais Efectivos Dr. Tito Manuel das Neves Magalhães Basto

“Amável Calhau, Ribeiro da Cunha e Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas”,

representada por Dr. José Maria Sousa Rego Ribeiro da Cunha, Revisor Oficial de Contas

Vogal Suplente Dr. Mário Paulo Bettencourt de Oliveira – Revisor Oficial de Contas

155 RELATÓRIO E CONTAS

Por deliberação da Assembleia Geral do Banco de 31 de Março de 2006, o Dr. José Manuel Macedo Pereira, Revisor Oficial de Contas, foi nomeado

para o cargo de Presidente do Conselho Fiscal, na sequência da renuncia ao mesmo cargo do Dr. Bernardo Leite de Faria Espírito Santo, em 20 de

Fevereiro de 2006. O Dr. Mário Paulo Bettencourt de Oliveira, Revisor Oficial de Contas, foi nomeado Membro Suplente do Conselho Fiscal, cargo até

então exercido pelo Dr. José Manuel Macedo Pereira.

Um membro efectivo do Conselho Fiscal tem de ser um revisor oficial de contas ou uma sociedade de revisores oficiais de contas. Os restantes mem-

bros do Conselho Fiscal podem ser sociedades de advogados, sociedades de revisores oficiais de contas ou accionistas, mas neste último caso devem ser

pessoas singulares com capacidade jurídica plena e devem ter as qualificações e a experiência profissional adequadas ao exercício das suas funções.

As incompatibilidades e inibições para a eleição de membros do Conselho Fiscal são determinadas por lei, no sentido da salvaguarda da respectiva

independência e habilitação para o cargo.

Assim, não podem ser membros do Conselho Fiscal:

a) os beneficiários de vantagens particulares da Sociedade;

b) os que exercem funções de administração na Sociedade;

c) os membros dos órgãos de administração de sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo com a Sociedade;

d) o sócio de sociedade em nome colectivo que se encontre em relação de domínio com a Sociedade;

e) os que, de modo directo ou indirecto, prestem serviços ou estabeleçam relação comercial significativa com a Sociedade ou sociedades que com

esta se encontrem em relação de domínio ou de grupo;

f) os que exerçam funções em empresa concorrente e que actuem em representação ou por conta desta ou que por qualquer outra forma estejam

vinculados a interesses de empresa concorrente;

g) os cônjuges, parentes e afins na linha recta e até ao 3º grau, inclusivé, na linha colateral, de pessoas impedidas por força do disposto nas alíneas

a), b), c), d) e f), bem como os cônjuges das pessoas abrangidas pelo disposto na alínea e);

h) os que exerçam funções de administração ou de fiscalização em cinco sociedades ou mais, exceptuando as sociedades de advogados, as socie-

dades de revisores oficiais de contas e os revisores oficiais de contas, aplicando-se a estes o regime do artigo 76º do Decreto-Lei nº 487/99, de

16 de Novembro;

i) os revisores oficiais de contas em relação aos quais se verifiquem outras incompatibilidades previstas na respectiva legislação;

j) os interditos, os inabilitados, os insolventes, os falidos e os condenados a pena que implique a inibição, ainda que temporária, do exercício de funções

públicas.

Os membros do Conselho Fiscal são eleitos pela Assembleia Geral, por períodos de quatro anos, de acordo com os Estatutos do Banco, e são reelegíveis.

Como competências do Conselho Fiscal contam-se:

a) a fiscalização da administração da sociedade;

b) a vigilância pela observância da lei e do contrato de sociedade;

c) a verificação da regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhes servem de suporte;

d) a verificação da extensão da caixa e das existências de qualquer espécie dos bens ou valores pertencentes à sociedade ou por ela recebidos

em garantia, depósito ou outro título;

e) a verificação da exactidão dos documentos de prestação de contas;

f) verificar se as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados pela sociedade conduzem a uma correcta avaliação do património

e dos resultados;

g) a elaboração de um relatório anual sobre a sua acção fiscalizadora e a emissão de um parecer sobre o relatório, contas e propostas apresentadas

pela administração;

h) fiscalizar a eficácia do sistema de gestão de riscos, do sistema de controlo interno e do sistema de auditoria interna.

Neste âmbito, como órgão de fiscalização de uma instituição de crédito, compete ao Conselho Fiscal elaborar um parecer anual sobre o

Sistema de Controlo Interno do Banco, com a abrangência acima referida, a submeter ao Banco de Portugal, nos termos do Aviso nº 3/2006.

De acordo com a mesma regulamentação, o Revisor Oficial de Contas emite paralelamente um parecer sobre a adequação do controlo interno,

circunscrito á análise do controlo interno subjacente ao processo de preparação e de divulgação de informação financeira (relato financeiro),

incluindo as verificações referidas nas alíneas c) a f) supra.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 156

i) convocar a assembleia geral, quando o presidente da respectiva mesa o não faça, devendo fazê-lo;

j) receber as comunicações de irregularidades apresentadas por accionistas, colaboradores da sociedade, ou outros;

l) contratar a prestação de serviços de peritos que coadjuvem um ou vários dos membros da Conselho Fiscal no exercício das suas funções;

m) cumprir as demais atribuições constantes da lei ou do contrato de sociedade.

Nos casos em que a fiscalização da sociedade esteja a cargo de um conselho fiscal e de um revisor oficial de contas ou sociedade de revisores ofi-

ciais de contas que não seja membro daquele órgão, compete ainda ao Conselho Fiscal:

n) fiscalizar o processo de preparação e de divulgação de informação financeira;

o) propor à assembleia geral a nomeação do revisor oficial de contas;

p) fiscalizar a revisão de contas aos documentos de prestação de contas da sociedade;

q) fiscalizar a independência do revisor oficial de contas, designadamente no tocante à prestação de serviços adicionais.

Qualquer membro do Conselho Fiscal deve, sempre que se aperceba de factos que revelem dificuldades na prossecução normal do objecto social, comu-

nicá-los imediatamente ao Revisor Oficial de Contas, por carta registada. A este último compete comunicar imediatamente, por carta registada,

ao Presidente do Conselho de Administração ou da Comissão Executiva, os factos de que tenha conhecimento e que considere revelarem graves difi-

culdades na prossecução do objecto da sociedade, designadamente reiteradas faltas de pagamento a fornecedores, protestos de títulos de crédito,

emissão de cheques sem provisão, falta de pagamento de quotizações para a segurança social ou de impostos.

O Conselho Fiscal deve reunir, pelo menos, todos os trimestres e, além disso, sempre que o respectivo Presidente o convoque, quer por iniciativa pró-

pria, quer a pedido de qualquer dos restantes membros ou a solicitação do Conselho de Administração. As deliberações do Conselho Fiscal são

tomadas por maioria, devendo os membros que com elas não concordarem fazer inserir na acta os motivos da sua discordância.

Em consequência da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 76-A/2006 de 30 de Junho, o BES Investimento procederá, até 30 de Junho de 2007, à har-

monização da sua estrutura de governo societário com o disposto no Código das Sociedades Comerciais, adoptando um dos modelos de governo aí

previstos para as sociedades com valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado.

Assim, poderá o BES Investimento adoptar um modelo de governo (a) composto por um Conselho de Administração, um Conselho Fiscal e um revi-

sor oficial de contas ou sociedade de revisores oficiais de contas, que não seja membro do Conselho Fiscal, ou, em alternativa, um modelo (b) com-

posto por um Conselho de Administração, uma Comissão de Auditoria e um revisor oficial de contas ou sociedade de revisores oficiais de contas.

2.2.2 Fiscalização Externa

Auditores ExternosO Banco tem como Revisores Oficiais de Contas e Auditor Externo Independente, registado junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a

sociedade “Amável Calhau, Ribeiro da Cunha & Associados, S.R.O.C.”, responsável, desde 1993, pela Certificação Legal das Contas e pelos Relatórios

de Auditoria às Contas Individuais e às Contas Consolidadas do Banco e pelos Relatórios de Revisão Limitada sobre Informação Individual e

Consolidada relativos aos primeiros semestres de cada ano.

A “Amável Calhau, Ribeiro da Cunha & Associados, S.R.O.C.”, representada pelo Dr. José Maria Sousa Rego Ribeiro da Cunha, Revisor Oficial de Contas,

é vogal efectivo do Conselho Fiscal do Banco.

Ao Revisor Oficial de Contas da sociedade aplica-se o mesmo regime de incompatibilidades e inibições referido no precedente ponto para o Conselho

Fiscal.

As Contas Individuais e Consolidadas do BES Investimento, são também objecto de auditoria anual pela KPMG & Associados, S.R.O.C., S.A., Auditor

Externo Efectivo do Banco Espírito Santo, S.A. e que integra a rede profissional KPMG, auditores internacionais do Grupo BES.

A KPMG é o Auditor Independente das subsidiárias do Banco localizadas no Brasil e na Irlanda.

157 RELATÓRIO E CONTAS

Autoridades de SupervisãoA actividade e a organização do BES Investimento são supervisionadas pelo Banco de Portugal e, no que respeita às actividades de intermediação

financeira relacionada com valores e mercados mobiliários, pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O Banco de Portugal exerce a supervisão das instituições de crédito e das sociedades financeiras, de modo a garantir a estabilidade e a solidez do

sistema financeiro, a eficiência do seu funcionamento, a segurança dos depósitos e dos depositantes e a protecção dos consumidores de serviços

financeiros.

De acordo com o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, compete em especial ao Banco de Portugal autorizar a cons-

tituição de instituições de crédito e sociedades financeiras nos casos em que a decisão se pauta unicamente por critérios de natureza técnico-pru-

dencial, acompanhar a actividade das instituições supervisionadas, vigiar a observância das normas que disciplinam essa actividade, emitir reco-

mendações para que sejam sanadas as irregularidades detectadas, sancionar as infracções praticadas e tomar providências extraordinárias de

saneamento.

A CMVM é a entidade de supervisão a quem compete regular e supervisionar o funcionamento dos mercados de valores mobiliários e a actividade

de todas as entidades que intervêm nesses mercados.

A CMVM supervisiona e regula ainda as ofertas públicas sobre valores mobiliários e, tanto na vertente prudencial como comportamental, as enti-

dades gestoras de mercados e os organismos de investimento colectivo (fundos de investimento mobiliário e imobiliário).

As actividades das sucursais e subsidiárias do Banco, localizadas fora de Portugal (Brasil, Espanha, Reino Unido e Irlanda), estão sujeitas a supervi-

são pelas autoridades bancárias e de mercados com competências na jurisdição nacional em causa.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 158

3.0 DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO

3.1 Descrição da evolução da cotação das acções

O BES Investimento tem um capital social de 70 000 000,00 de euros, dividido em 14 000 000 de acções, com o valor nominal unitário de 5,00 euros,

integralmente subscritas e realizadas pelo BES. Não é uma sociedade de capital aberto.

O valor do dividendo bruto por acção pago pelo BES Investimento ao seu accionista único foi, por referência aos resultados de 2005, de cerca de

1,6168 euros, num total de 22 634 948,63 euros.

3.2 Política de distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos depende da evolução das condições financeiras e dos resultados do BES Investimento e de outros factores que o

Conselho de Administração considere relevantes.

Neste contexto e conforme consta da proposta de aplicação dos resultados do exercício de 2006, o Conselho de Administração do Banco vai apre-

sentar à Assembleia Universal a proposta de pagamento de um dividendo bruto por acção no valor de 1,5095 euros, no total de 21 133 184,88 euros.

3.3 Práticas remuneratórias, planos de atribuição de acções e planos de atribuição de opções

de aquisição de acções

Os Administradores Executivos e os colaboradores do BES Investimento beneficiam de duas práticas remuneratórias:

• retribuição fixa

• retribuição variável.

A retribuição fixa dos Administradores Executivos é definida pelo accionista único, o Banco Espírito Santo, S.A., sendo a dos colaboradores aprova-

da pela Comissão Executiva. A remuneração dos Administradores Executivos e dos colaboradores encontra-se enquadrada no ACTV – Acordo

Colectivo de Trabalho Vertical do Sector Bancário.

Relativamente à retribuição variável, esta caracteriza-se por duas formas de pagamento, independentemente do cargo ou das categorias profis-

sionais:

• prémios

• plano de incentivos (SIBA)

Os prémios encontram-se associados aos resultados do Banco, tendo subjacente o SAD – Sistema de Avaliação de Desempenho.

O SAD aplica-se exclusivamente ao quadro de colaboradores, permitindo avaliar Competências, Objectivos Específicos e de Negócio. São interve-

nientes neste processo de avaliação, os colaboradores, os responsáveis hierárquicos e os administradores dos pelouros.

O plano de incentivos do BES Investimento decorre do SIBA – Sistema de Incentivos Baseado em Acções instituído no Grupo BES, aplicando-se na inte-

gra todas as condições e objectivos do Banco Espirito Santo, S.A.. O SIBA foi aprovado em Assembleia Geral de Accionistas do Banco Espírito Santo de

20 de Junho de 2000.

159 RELATÓRIO E CONTAS

Este programa de incentivos caracteriza-se pela venda aos colaboradores de um ou mais lotes de acções representativas do capital social do BES,

com liquidação do preço em diferido. No que ao BES Investimento respeita, poderão ser beneficiários do SIBA os membros da Comissão Executiva

e os colaboradores no activo. É à Comissão Executiva do BES Investimento que compete determinar, ao nível dos colaboradores do Banco, o univer-

so de beneficiários e a quantidade de acções colocadas à disposição de cada um. O limite máximo de acções a distribuir é fixado pelo Conselho de

Administração do BES. Na elaboração da sua proposta, a Comissão Executiva do Banco tem em consideração a avaliação do desempenho dos poten-

ciais beneficiários, em função da responsabilidade do cargo e dos objectivos fixados. Quando estiver em causa qualquer membro da Comissão

Executiva do BES Investimento, a decisão será tomada pelo Conselho de Administração do Banco Espírito Santo.

O preço de alienação unitário das acções é o que resultar da divisão, pelo seu número total, do valor correspondente à cotação de fecho das acções

na sessão de bolsa da Euronext Lisboa imediatamente anterior à data da alienação, acrescido do valor equivalente aos dividendos que lhes tiverem

sido atribuídos até à data do integral pagamento daquele preço, bem como do valor equivalente aos encargos financeiros resultantes de eventual

financiamento concedido por força de aumento de capital por entradas em dinheiro.

Em 2006, não se procedeu a nova atribuição de acções ao abrigo do SIBA, pelo que o total de acções atribuídas a colaboradores do Banco e socie-

dades subsidiárias, desde o início da implementação do SIBA, em 2000, com exclusão das acções entretanto alienadas, ascende a 760.773 acções,

representativas de 0,15% do capital social do BES.

3.4 Negócios e operações realizados com membros dos órgãos de administração e fiscalização, titulares

de participações qualificadas ou sociedades que se encontrem em relação de domínio ou de grupo.

Todo e qualquer negócio realizado pelo BES Investimento é, cumulativamente, celebrado em condições normais de mercado para operações simila-

res (arm’s lenght) e insere-se no objecto da actividade do Banco.

3.5 Montante da remuneração anual paga ao auditor externo

Em 2006, o BES Investimento pagou ao seu Auditor, vogal revisor oficial de contas do Conselho Fiscal, “Amável Calhau, Ribeiro da Cunha &

Associados, S.R.O.C.”, auditor independente registado na CMVM, a quantia de 63 597,60 euros por serviços de auditoria / revisão oficial de contas.

Não foram solicitados ou pagos quaisquer outros serviços.

Também em 2006, foram contratados pelo BES Investimento e suas subsidiárias diversos serviços de auditoria e consultoria ao seu Auditor Externo, a KPMG,

auditores internacionais do Grupo BES. A remuneração desses serviços consta do quadro seguinte, com indicação da natureza dos serviços prestados.

Portugal Internacional Total

BES Sociedades Sociedades

Investimento Subsidiárias Subsidiárias Valor %

a) Serviços de auditoria e Revisão Legal de Contas 91 600 35 000 145 874 272 474 42,5%

b) Outros serviços de garantia de fiabilidade 51 500 120 805 68 000 240 305 37,5%

c) Serviços de consultoria fiscal 11 500 6 500 14 520 32 520 5,1%

d) Outros serviços que não de auditoria / revisão legal de contas 11 500 - 83 751 95 251 14,9%

Total 166 100 162 305 312 145 640 550 100,0%

Notas: BES Investimento inclui as Sucursais de Londres e Espanha.

(milhares de euros)

(pagamentos em outras moedas, convertidos ao câmbio de 31.12.2006)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 160

A prestação ao Grupo BES dos serviços referidos nas alíneas c) e d) acima (non-audit services), quer pelo Auditor Externo, quer por outras entidades

pertencentes à mesma rede profissional, pressupõe a existência, tanto a nível do Grupo BES como do próprio Auditor Externo, de meios de salva-

guarda da independência profissional do Auditor Externo. Resumem-se seguidamente esses meios:

I) A nível do Grupo BES

No âmbito do cumprimento das regras de independência estabelecidas em relação ao Auditor Externo, a Comissão de Auditoria do BES, a que se

faz referência adiante no capítulo 6.4 do presente Relatório, definiu os critérios que devem ser observados na aprovação dos serviços a serem pres-

tados pelo Auditor Externo, que não sejam de auditoria e ou revisão legal das contas (non-audit services).

Neste contexto, todas as propostas de prestação de serviços de consultoria fiscal ou de outros serviços que não de auditoria/revisão legal de con-

tas são obrigatoriamente sujeitas a análise e prévia aprovação pela referida Comissão de Auditoria, tendo em vista a salvaguarda da independên-

cia profissional do Auditor Externo.

Por razões de ordem prática, a Comissão de Auditoria definiu um conjunto de non-audit services que, dada a sua natureza, não requerem que a sua

análise e aprovação tenham de ter carácter prévio se o valor da respectiva remuneração for inferior a um valor pré-determinado. Todavia, e em

simultâneo, a Comissão de Auditoria não só estabeleceu a obrigatoriedade de ser informada trimestralmente, para ratificação, sobre todas essas

propostas automaticamente aprovadas, como também requereu que todas as propostas do Auditor Externo para prestação de non-audit services

cuja remuneração exceda aquele limite, e/ou cuja natureza não seja susceptível de permitir a sua aprovação automática, sejam sujeitas a análise

e aprovação prévias por aquela Comissão.

II) A nível do Auditor Externo do Grupo BES

O Auditor Externo do Grupo BES preparou instruções internas específicas sobre procedimentos que têm que ser cumpridos obrigatoriamente por

todas as entidades pertencentes à mesma rede profissional quando se proponham prestar serviços profissionais a qualquer entidade do Grupo BES.

Adicionalmente, a rede internacional a que pertence o Auditor Externo implementou um sistema intra-net (designado Sentinel) que obriga a que

nenhum serviço possa ser prestado por qualquer entidade daquela rede a um cliente com títulos cotados em bolsa (o caso do BES) sem a prévia

autorização do Global Lead Partner responsável por esse cliente. Este procedimento obriga qualquer sócio do Auditor Externo, ou de qualquer outra

entidade pertencente à mesma rede profissional, que se proponha prestar um serviço a um cliente de auditoria/revisão oficial de contas, a pedir

uma autorização prévia ao respectivo Global Lead Partner para a prestação do mesmo. Nesse pedido de autorização, o sócio do Auditor Externo res-

ponsável pela apresentação da proposta ao cliente é obrigado a fundamentar as razões pelas quais considera não só que o serviço a prestar ao

cliente de auditoria não coloca em causa a independência do Auditor Externo em relação a esse cliente, mas também que cumpre com as regras

aplicáveis de gestão de risco profissional.

Por outro lado, antes de autorizar a apresentação ao Grupo BES de qualquer proposta de prestação de serviços, é da responsabilidade do Global

Lead Partner do Auditor Externo, responsável pelas relações profissionais deste com o Grupo BES, verificar se os serviços a propor estão abrangidos

pela necessidade de pré-aprovação de non-audit services e, se for caso disso, fazer as diligências necessárias junto da entidade do Grupo BES a quem

a proposta é dirigida para se certificar do rigoroso cumprimento das normas de independência aplicáveis. Em caso de dúvida, o Global Lead Partner

deverá, também, consultar o seu Risk Management Partner.

De referir, finalmente, que todos estes procedimentos são sujeitos a testes de cumprimento no âmbito do processo interno de Controlo de Qualidade

que é efectuado anualmente pelo Auditor Externo do Grupo BES.

161 RELATÓRIO E CONTAS

3.6 Utilização de novas tecnologias na divulgação de informação

A utilização de meios electrónicos para a divulgação, disponibilização e envio de informação financeira do BES Investimento tem ganho uma impor-

tância crescente na relação da instituição com os nossos clientes.

O BES Investimento disponibiliza na sua página na Internet (www.esinvestment.com), diversa informação institucional, designadamente uma corporate

presentation e informação relativa às áreas de actividade (incluindo contactos) e à sua presença geográfica (Portugal, Espanha, Brasil e Londres).

3.7 Gabinete de apoio ao investidor

Não existe um gabinete de apoio ao investidor. O relacionamento com o accionista único é assegurado ao nível da Administração.

O Departamento de Comunicação e Imagem garante, através do seu Director, Pedro Pereira Santos, a prestação de informação a analistas e órgãos

de comunicação, nomeadamente no que respeita ao esclarecimento de questões ou divulgação de informação periódica ou pontual. Este departa-

mento tem competência para elaborar apresentações e emitir comunicados ou press releases sobre os resultados semestrais ou anuais, bem como

sobre quaisquer factos que ocorram passíveis de interesse da comunidade financeira em geral.

A relação do BES Investimento com os investidores - o Banco tem apenas dívida, na forma de obrigações, admitida à negociação em mercado regu-

lamentado – e as autoridades de supervisão é assegurada pelo Representante para as Relações com o Mercado e com a C.M.V.M., Nuno Pignatelli

Pereira, Director do Departamento de Compliance.

O investidor pode contactar o Banco por via postal, telefónica ou electrónica, para os seguintes endereços:

Departamento de Compliance (Att: Nuno Pereira)

Rua Alexandre Herculano, 38 - 1269-161 Lisboa

Tel. / Fax: (351) 21 319 69 00 / (351) 21 330 95 00

E-mail: [email protected]

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 162

4.0 REPRESENTAÇÃO DE ACCIONISTAS E EXERCÍCIO DO DIREITO DE VOTO,DIREITOS ESPECIAIS E ACORDOS PARASSOCIAIS.

O BES Investimento tem actualmente um único accionista – o Banco Espírito Santo, S.A.

Daí que não se coloquem questões ao nível da representação dos accionistas e do exercício dos direitos de voto, não existindo qualquer acordo

parassocial nem cláusula estatutária com incidência no exercício de direitos sociais ou transmissibilidade das acções do Banco.

As assembleias gerais do BES Investimento têm decorrido sob a forma de assembleia universal (sem “observância de formalidades prévias”), median-

te a apresentação de “carta mandadeira” assinada por legais representantes do accionista único, na qual se indica a pessoa ou as pessoas que o

representam e a menção de que a assembleia se pode constituir e deliberar validamente sob forma universal.

A Mesa da Assembleia Geral do Banco tinha, à data de 31 de Dezembro de 2006, a seguinte composição (quadriénio 2005-2008):

Presidente: Dr. Jorge Luís Soromenho Gomes de Abreu

Secretário: Dr. José Miguel Alecrim Duarte

O Dr. José Miguel Alecrim Duarte foi nomeado Secretário da Mesa por deliberação da Assembleia Geral Universal do Banco, realizada em 11 de

Outubro de 2006, após a renúncia ao mesmo cargo do Dr. Filipe de Castro Torres Hasse Ferreira, apresentada em 30 de Junho. A Dra. Maria Salgado

Poppe Almeida de Carvalho renunciou ao cargo de Secretária da Mesa em 12 de Outubro de 2006.

163 RELATÓRIO E CONTAS

5.0 REGRAS SOCIETÁRIAS

5.1 Código de Conduta e outra regulamentação interna

O Código de Conduta (o “Código”), aplicável a todos os colaboradores do BES Investimento (membros dos órgãos sociais, empregados, mandatários

e demais colaboradores), data de Setembro de 2002, com a actualização efectuada em 3 de Janeiro de 2005, por força da incorporação da Espírito

Santo Dealer – e do negócio de corretagem - no Banco.

O Código foi adaptado, em 2002, a partir do Código de Conduta do BES, a exemplo do que ocorreu com as várias instituições de crédito e socieda-

des financeiras do Grupo BES.1

Como principais previsões do Código, que se encontra registado na CMVM nos termos do nº 2 do artigo 316º do Código de Valores Mobiliários, há a

destacar:

• A imposição de um conjunto de deveres éticos a todos os colaboradores (princípio da igualdade de tratamento de todos os clientes do Banco,

deveres de profissionalismo, seriedade, competência, diligência, lealdade, neutralidade e integridade, princípio da prevalência dos interesses dos

clientes do Banco sobre o interesse dos trabalhadores e dos membros dos órgãos de administração, dever de sigilo e de colaboração com todas

as autoridades de supervisão, deveres de conduta interna e deveres especial de tutela do mercado e da sua transparência);

• Regulamentação detalhada sobre a matéria do conflito de interesses;

• Regulamentação da realização de operações pessoais sobre valores mobiliários efectuada pelos colaboradores do Banco, de modo a prevenir o

abuso de informação privilegiada (inside trading);

• Regula a situação dos colaboradores que efectuam análise económica;

• Estabelecimento de princípios gerais relacionados com a prevenção do branqueamento de capitais;

• Regulamentação do tratamento a dar a reclamações dos clientes;

• Expressa determinação de que qualquer incumprimento do Código de Conduta será considerado uma infracção disciplinar, quando cometido por

um colaborador do BES Investimento; como uma violação do contrato, quando cometida por prestador de serviço a título permanente; ou como

a preterição de deveres contratuais, no caso de o infractor ser membro do órgão de administração ou fiscalização.

O responsável pelo acompanhamento da aplicação do Código de Conduta é o Chief Compliance Officer do BES Investimento, que esclarece igual-

mente todas as dúvidas e questões relacionadas com a sua interpretação.

Ainda e com vista ao cumprimento dos objectivos definidos pela Comissão Executiva, a actividade do BES Investimento encontra-se normali-

zada e disciplinada, tendo carácter obrigatório a aplicação dos diversos procedimentos e controlos estabelecidos. Os métodos e processos de

trabalho estão definidos, são do conhecimento obrigatório de todos os colaboradores e constam de documentos escritos, os quais – tal como

o Código de Conduta - são difundidos informaticamente (via Intranet), através de computador pessoal, instalado em cada um dos postos de tra-

balho.

1 Durante o ano de 2006, iniciou-se o processo de elaboração de um novo Código de Conduta, versando matéria de ética profissional, e de um Regulamento Interno relativo às actividades de intermediação financeira. Ambos os docu-

mentos foram aprovados pela Comissão Executiva do Banco, já em 2007, e o Regulamento Interno foi submetido, nos termos legais, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários para registo.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 164

Estes documentos assumem a forma de:

• Manual de Procedimentos e Manual de Risco, que são textos regulamentadores dos produtos comercializados e das actividades de suporte;

• Ordens de Serviço, que são textos normativos emanados pela Comissão Executiva e que se destinam a definir as regras básicas do funcionamento

do Banco; e

• Comunicações Internas, que são textos de carácter informativo e restrito, emitidos pelos diversos sectores do Banco, com vista à comunicação

de situações específicas de interesse para as relações inter-serviços.

5.2 Regras sobre Conflitos de Interesses

Existem vários preceitos legais que regulamentam e tentam prevenir a ocorrência de situações de conflitos de interesse. Também o Código de

Conduta do Banco procura desenvolver regras de execução dos preceitos legais.

Regras aplicáveis ao BES Investimento enquanto Instituição de CréditoOs membros do órgão de administração, os directores e outros empregados, os consultores e os mandatários das instituições de crédito não podem

intervir na apreciação e decisão de operações em que sejam directa ou indirectamente interessados os próprios, seus cônjuges, parentes ou afins

em 1.º grau, ou sociedades ou outros entes colectivos que uns ou outros, directa ou indirectamente, dominem.

Como princípio, as instituições de crédito não podem conceder crédito, sob qualquer forma ou modalidade, incluindo a prestação de garantias, quer

directa quer indirectamente, aos membros dos seus órgãos de administração ou fiscalização, nem a sociedades ou outros entes colectivos por eles

directa ou indirectamente dominados. As Instituições de Crédito não poderão também adquirir partes de capital em sociedades ou outros entes

colectivos directa ou indirectamente dominados pelos membros dos seus órgãos de administração ou fiscalização.

Estas proibições não se aplicam nem a operações de carácter ou finalidade social ou decorrentes da política de pessoal, nem aos administradores

não executivos das instituições de crédito e a sociedades ou outros entes colectivos por eles dominados.

Os membros do órgão de administração ou fiscalização de uma instituição de crédito não podem participar na apreciação e decisão de operações

de concessão de crédito a sociedades ou outros entes colectivos de que sejam gestores ou em que detenham participações qualificadas.

Em regra, nas situações em que seja possível a concessão de crédito aos membros dos órgãos de administração e fiscalização, exige-se a aprova-

ção por maioria de pelo menos dois terços dos restantes membros do órgão de administração e o parecer favorável do órgão de fiscalização.

Regras aplicáveis ao BES Investimento enquanto sociedade anónimaNão são válidos os contratos celebrados entre a sociedade e os seus administradores, directamente ou por pessoa interposta, se não tiverem sido pre-

viamente autorizados por deliberação do conselho de administração, na qual o interessado não pode votar, e com o parecer favorável do conselho fiscal.

Esta regra é extensiva a actos ou contratos celebrados com sociedades que estejam em relação de domínio ou de grupo com aquela de que o con-

traente é administrador.

No relatório anual, o conselho de administração deve especificar as autorizações que tenha concedido e o relatório do conselho fiscal deve men-

cionar os pareceres proferidos sobre essas autorizações.

165 RELATÓRIO E CONTAS

Este regime não se aplica apenas em situações em que se trate de actos compreendidos no próprio comércio da sociedade e nenhuma vantagem

especial seja concedida ao contraente administrador. Nestas situações, é livre a contratação entre a sociedade e cada administrador.

Durante o período para o qual foram designados, os administradores não podem exercer, na sociedade ou em sociedades que com esta estejam em

relação de domínio ou de grupo, quaisquer funções temporárias ou permanentes ao abrigo de contrato de trabalho, subordinado ou autónomo, nem

podem celebrar quaisquer desses contratos que visem uma prestação de serviços quando cessarem as funções de administrador.

Os administradores não podem, sem autorização da assembleia geral, exercer, por conta própria ou alheia, actividade concorrente com a da sociedade.

Os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal devem comunicar à sociedade o número de acções e de obrigações da sociedade de

que são titulares, e bem assim todas as suas aquisições, onerações ou cessações de titularidade, por qualquer causa, de acções e de obrigações da

mesma sociedade e de sociedades com as quais aquela esteja em relação de domínio ou de grupo. Este dever estende-se a acções e obrigações do côn-

juge não separado judicialmente, seja qual for o regime matrimonial de bens, dos descendentes de menor idade, de pessoas que detenham as acções

por conta ou ainda de sociedades que se encontrem em determinada relação com os membros do Conselho de Administração ou do Conselho Fiscal.

Regras constantes do Código de Conduta do BES InvestimentoSerá dada prevalência aos interesses dos clientes, tanto em relação aos interesses do Banco ou de empresas com as quais este se encontre em

relação de domínio ou de grupo, como em relação aos interesses de qualquer dos destinatários do Código - membros dos órgãos de administração

e de fiscalização, trabalhadores, mandatários e outras pessoas que prestem serviços a título permanente.

Em qualquer caso de conflito, será assegurado aos clientes um tratamento transparente e equitativo.

Os colaboradores do Banco deverão evitar a ocorrência de conflitos de interesses entre os seus clientes, actuando com imparcialidade e transpa-

rência e assegurando sempre o respeito pelo princípio da igualdade de tratamento.

São deveres fundamentais de conduta interna de qualquer colaborador do Banco:

a) Comunicar de imediato à sua hierarquia, à Comissão Executiva ou ao Compliance Officer, qualquer conflito de interesses ou de deveres em que

incorram ou de que tenham conhecimento;

b) Não utilizar, indevidamente, oportunidades negociais ou bens societários;

c) Abster-se de solicitar ou aceitar de terceiros quaisquer ofertas ou benesses, para si próprio, para a sua família ou para terceiros, susceptíveis

de comprometer a sua imparcialidade e a sua lealdade para com o Banco.

No caso de incorrer em situação de conflito de interesses que seja devida a qualquer causa relacionada com a pessoa ou o património do colabo-

rador e que seja susceptível, em abstracto, de perturbar ou impedir a adequada defesa dos interesses do Banco, do mercado ou dos clientes do

Banco, o colaborador em causa deve comunicar de imediato tal facto à sua hierarquia, que deverá tomar as providências adequadas à resolução

do conflito.

Os colaboradores do Banco que efectuam análise financeira, estão impedidos de, directamente ou por interposta pessoa, (i) negociar sobre os valo-

res mobiliários emitidos pelas empresas que analisam; e (ii) nelas deterem interesses económicos.

5.3 Política de comunicação de irregularidades

O normativo interno do Banco prevê como dever de conduta dos seus colaboradores notificar prontamente o Departamento de Compliance de qual-

quer violação de disposições legais, regulamentares ou do Código de Conduta. Especial ênfase é dada à obrigação de comunicação de situações

actuais ou potenciais de incumprimento ou violação de deveres consagrados no Código dos Valores Mobiliários e demais regulamentação sobre

mercados e intermediação financeira, que possam consubstanciar ilícito de natureza penal ou contra-ordenacional.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 166

Os colaboradores que notifiquem comportamentos irregulares não são susceptíveis de medidas retaliatórias, sendo acautelada a confidencialida-

de da identificação do colaborador, quando solicitada. Não são admitidas comunicações anónimas ou que não refiram práticas concretas.

Os factos comunicados serão investigados pelo Departamento de Compliance, que reporta directamente ao Presidente da Comissão Executiva e ao

Presidente do Conselho Fiscal, sem prejuízo do Conselho Fiscal poder promover as investigações que entender necessárias.

Todas as comunicações são arquivadas confidencialmente. As que se mostrem falhas de credibilidade ou de cuja investigação não resulte qualquer

procedimento, disciplinar ou legal, são destruídas.

5.4 Procedimentos internos para o controlo do risco na actividade do Banco

O BES Investimento dispõe desde há vários anos de uma estrutura interna especialmente dedicada ao controlo de risco da sua actividade. O siste-

ma de controlo interno do Banco, configurado, na linha das Recomendações da CMVM, para a eficaz detecção dos riscos ligados à actividade, em

salvaguarda do seu património e em benefício da transparência do seu governo societário, é objecto de verificação e fiscalização em particular pela

entidade de supervisão bancária, o Banco de Portugal. O Conselho de Administração do Banco elabora anualmente o Relatório sobre o Sistema de

Controlo Interno, em cumprimento do estabelecido no Aviso do Banco de Portugal nº 3/2006, de 9 de Maio, que revogou a Instrução nº 72/96 e as

suas sucessivas alterações. A informação referente às atribuições funcionais, organização e níveis de risco, encontra-se amplamente desenvolvida

no capítulo do Relatório de Gestão que versa sobre a “Gestão Integrada dos Riscos”.

O controlo e supervisão de risco é efectuado pela Comissão Executiva do Banco, que delega no Conselho de Crédito e Risco a revisão das normas e

procedimentos conducentes da actividades comercial e de controlo dos riscos inerentes, bem como a apreciação dos riscos de crédito, de mercado,

legal e de imagem; e no Comité de Activos e Passivos (“ALCO”), as políticas de gestão de balanço e liquidez.

i) Conselho de Crédito e Risco (“CCR”)

A este Conselho cabe a aprovação de todas as operações em que o Banco esteja envolvido e que apresentem Risco em sentido global (risco patri-

monial, extra-patrimonial ou de imagem), tais como: Operações de Crédito, Garantias, Tomadas Firmes em Emissões de Valores Mobiliários,

Operações Cambiais, Linhas de Contraparte, Aquisições para carteira de Investimento e Outros Riscos.

Concretamente, compete ao CCR:

a) Aprovar e rever as políticas e estratégias de tomada de risco, de modo a garantir a sua adequação ao perfil de risco definido pela Comissão

Executiva, tendo em conta os necessários requisitos legais e regulamentares vigentes, bem como as best practices de mercado;

b) Aprovar e rever as operações submetidas, bem como os limites individuais e agregados, de acordo com as linhas de negócio e produto definidas;

c) Providenciar o acompanhamento do perfil de risco da instituição;

d) Monitorizar as exposições mais importantes, graus de concentração, medidas qualitativas da carteira, a exposição versus limites aprovados;

e) Delegar poderes de aprovação às diversas unidades de negócio dentro de determinados perfis de risco, nomeadamente quanto ao rating, mon-

tantes, maturidades, etc.

A composição deste órgão é a seguinte:

• Membros Permanentes: todos os Administradores do Banco com funções executivas e responsáveis de Direcção ou Departamento que a Comissão

Executiva possa vir a nomear em Ordem de Serviço.

A Presidência deste Conselho está a cargo do Dr. Francisco Cary, Administrador com assento na Comissão Executiva, sendo substituído na sua

ausência pelo Dr. Tiago Cyrne de Castro, Administrador com o pelouro do Departamento de Risco.

• Membros Consultivos: Senior Bankers que apresentam as operações a discutir, e se farão acompanhar por representantes das Direcções de

Produto envolvidas nas operações, o(s) Analista(s) de Risco que estudaram e classificaram as mesmas, o responsável pela Área de Tesouraria

(Direcção de Renda Fixa) e um elemento do Departamento Jurídico.

167 RELATÓRIO E CONTAS

É sempre obrigatória a presença do Administrador com o pelouro do Departamento de Risco, podendo este na sua ausência ser representado pelo

seu Director Responsável.

As decisões são tomadas sempre por maioria de 2/3 dos votos dos Membros Permanentes, com expressão mínima de quatro assinaturas, sendo

que uma delas terá sempre de ser de um Administrador e outra de um representante do Risco.

As operações que não reúnam uma maioria favorável de 2/3 dos votos dos Membros Permanentes presentes poderão, caso o Administrador pre-

sente assim o entenda, ser reapreciadas no CCR seguinte ou ser enviadas para apreciação pela Comissão Executiva.

Este órgão reúne-se com periodicidade bissemanal ou quando se justifique e toda a documentação objecto de apreciação, incluindo o teor da deci-

são e respectivas assinaturas é arquivada em sede de Administração e digitalizada.

ii) Comité de Activos e Passivos (“ALCO”)

O ALCO tem como principais atribuições:

• Definir políticas de afectação e estruturação do balanço;

• Acompanhar a evolução dos Activos e Passivos face aos riscos de taxa de juro, de câmbio e de liquidez, propondo medidas de gestão de balanço

adequadas às suas necessidades através da monitorização de limites de MCO (Maximum Cumulative Outflow), rácios de cobertura dos Activos

de Longo Prazo e planos de contingência.

• A análise dos Fundos Próprios, e nomeadamente a gestão do Rácio de Subordinadas, bem como a análise do Rácio de Liquidez preparado de

acordo com a Instrução nº 1/2000 do Banco de Portugal.

O ALCO é presidido por um membro da Comissão Executiva – o Dr. Francisco Cary - integrando ainda os demais membros da Comissão Executiva, os res-

ponsáveis pela Tesouraria do Banco e pelo Departamento de Risco e os primeiros responsáveis pelas unidades orgânicas com envolvimento expressivo na

gestão do balanço e do risco, designadamente a Direcção de Renda Fixa, a Direcção de Mercado de Capitais – Originação e a Direcção de Clientes.

O ALCO reúne com frequência mínima trimestral ou sempre que as circunstâncias assim o aconselham. Em geral, o ALCO tem reunido em sede de

Comissão Executiva.

O BES Investimento também está representado pelo Dr. Francisco Cary no Comité ALCO da casa-mãe. Este Comité reúne, pelo menos, com periodicidade

mensal e é presidido pelo Dr. Ricardo Espírito Santo Silva Salgado, Presidente do Conselho de Administração do BES Investimento e da Comissão Executiva

do BES, contando ainda com a participação de todos os restantes membros da Comissão Executiva deste banco, entre os quais o Dr. José Maria Espírito

Santo Silva Ricciardi, Vice-Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva do BES Investimento.

Para gestão e minimização do risco de compliance, a Comissão Executiva do Banco criou, em 2002, o Departamento de Compliance, dotando-a dos

recursos, autonomia e autoridade indispensáveis à prossecução eficaz das suas responsabilidades.

iii) Departamento de Compliance

Como atrás referido (capítulo 2.1), o Departamento de Compliance tem como missão assegurar o respeito, pelo Banco e pelos seus colaboradores,

do cumprimento das regras legais, estatutárias, regulamentares, éticas e de conduta que lhes são aplicáveis, bem como prestar esclarecimentos a

quaisquer questões relacionadas com a sua actividade.

As principais actividades de Compliance incluem:

• Análise, avaliação de impacto e incidência e formulação de recomendações para adopção ou implementação de normativos oriundos de enti-

dades regulamentares e de supervisão nacionais ou internacionais;

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 168

• Assegurar o cumprimento das normas aplicáveis ao exercício das actividades de intermediação financeira que o Banco está autorizado a exercer;

• Responsabilidade pelo acompanhamento da execução do Código de Conduta e do Regulamento Interno e avaliação de eventuais áreas de con-

flitos de interesse;

• Revisão dos processos relacionados com Anti Money Laundering e KYC (Know Your Customer).

O Chief Compliance Officer é o responsável pela Supervisão e Controlo das Actividades de Intermediação exercidas pelo Banco, estando para o efei-

to registado junto da CMVM nos termos do artigo 19º do Regulamento CMVM nº 12/2000, alterado pelo Regulamento nº 7/2005.

As responsabilidades do Departamento de Compliance são consistentes com os requisitos legais e regulamentares de outras jurisdições em que o

Banco opera, seja directamente seja por interposta subsidiária. De facto, foram criadas unidades de compliance em Espanha (Sucursal em Madrid),

no Brasil (BES Investimento do Brasil e BES Securities do Brasil) e no Reino Unido (Sucursal em Londres), dotadas de recursos próprios e estrutura e

responsabilidades estabelecidas de acordo com a legislação local aplicável. Todas estas unidades respondem funcionalmente ao Departamento de

Compliance do BES Investimento, estando obrigadas a reportar-lhe a sua actividade.

Em matérias transversais às diversas instituições do Grupo Banco Espírito Santo, o Departamento de Compliance do BES Investimento opera, em estreita

articulação, designadamente com o Departamento de Compliance e com a Comissão de Auditoria do BES (especificada no ponto 6.4 do presente Relatório).

De referir, ainda, a existência das seguintes unidades orgânicas a nível do BES dedicadas à auditoria interna e à gestão de riscos:

iv) Comité de Risco

Este Comité do BES é responsável por todas as matérias relacionadas com o risco global do Grupo BES, cabendo-lhe, em especial, monitorizar a evo-

lução do perfil integrado de risco do Grupo e analisar e propor metodologias, políticas, procedimentos e instrumentos de avaliação para todos os

tipos de risco, nomeadamente de crédito, operacional e de mercados, de liquidez e de taxa de juro de balanço, bem como analisar a evolução da

rendibilidade ajustada pelo risco e do valor acrescentado dos principais segmentos/clientes. Para além disso, é responsável pelo acompanhamento

de projectos especiais na área do Risco, com destaque para o Projecto Basileia II.

O Comité reúne, em regra, todos os meses, dele fazendo parte administradores executivos do BES e do BES Investimento, designadamente o Dr. José

Maria Espírito Santo Silva Ricciardi, Vice-Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva do Banco, e o Dr. Tiago Cyrne

de Castro, Administrador Executivo com o pelouro do Risco.

v) Departamento de Auditoria e Inspecção

A acção deste departamento do BES é extensiva às sociedades do Grupo BES, incluindo o BES Investimento e suas subsidiárias.

O Departamento de Auditoria tem por missão avaliar a eficácia e adequação dos processos de gestão de risco, do controlo interno e da governa-

ção, inerentes à actividade das sociedades incluídas no perímetro do Grupo BES com vista à diminuição das condições gerais de risco.

No âmbito das suas atribuições, compete-lhe designadamente:

(a) analisar os processos operativos e de negócio, avaliando a eficácia da gestão dos riscos e dos controlos respectivos, bem como a conformida-

de da actividade com os preceitos legais / regulamentares e os textos normativos internos aplicáveis;

(b) colaborar com todos os órgãos do Grupo BES na aplicação e correcta observância das políticas superiormente definidas, particularmente no

que respeita a sensibilização/aplicação de procedimentos de controlo interno;

(c) conferir e avaliar a defesa e segurança dos valores monetários, escriturais e documentais, pertença do Grupo BES ou a ele confiados;

(d) participar na definição e elaboração dos textos normativos, na óptica da uniformização dos procedimentos de prevenção, controlo e segurança,

bem como emitir e fazer publicar comunicações e circulares sobre matérias enquadráveis no âmbito da sua esfera específica de intervenção;

(e) zelar para que práticas contrárias aos textos normativos e/ou regulamentos internos sejam prontamente corrigidas, pugnando, paralelamente,

para que os procedimentos adoptados na execução das operações se encontrem devidamente regulamentados.

169 RELATÓRIO E CONTAS

6.0 ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO

De acordo com as Recomendações da CMVM, o Órgão de Administração deve:

1. ser composto por uma pluralidade de membros que exerçam uma orientação efectiva em relação à gestão da sociedade e aos seus responsáveis;

2. incluir um número suficiente de administradores não executivos, cujo papel é o de acompanhar e avaliar continuamente a gestão da sociedade

por parte dos membros executivos, e de entre aqueles, um número suficiente de membros independentes, ou seja, de administradores que não

estejam associados a quaisquer grupos de interesses específicos na sociedade.

A composição do Conselho de Administração do BES Investimento está em linha com as Recomendações, já que aquele exerce um controlo efecti-

vo na orientação da vida do Banco, reservando para si as decisões referentes às matérias mais relevantes, não obstante a existência de uma

Comissão Executiva, que assegura a sua gestão corrente dentro das competências delegadas. Por outro lado, o Conselho de Administração inclui

membros não executivos que se considera não estarem associados a grupos específicos de interesses.

6.1 Caracterização do Conselho de Administração

Ao Conselho de Administração – eleito pela Assembleia Geral - compete a discussão e aprovação das decisões estratégicas do Banco, reunindo-se,

em princípio, quatro vezes por ano (artigo 13º, número 1 dos Estatutos).

Para que este Conselho delibere validamente é necessário que esteja presente a maioria dos seus membros, sendo as suas deliberações tomadas

por maioria dos votos dos Administradores presentes ou representados. Em caso de empate nas votações, o Presidente ou quem o substituir, terá

voto de qualidade (artigo 13º, números 3 e 4 dos Estatutos). As reuniões deste órgão dão sempre lugar à elaboração de Actas.

O Conselho de Administração, de acordo com o artigo 14º dos Estatutos, pode delegar a gestão corrente do Banco em dois ou mais administrado-

res ou numa Comissão Executiva, nos termos e segundo a forma prevista na lei.

Nos termos do artigo 11º, número 1 do contrato social, o Conselho de Administração é composto por um número mínimo de três e um número máxi-

mo de vinte e dois administradores2.

A CMVM exige que cada sociedade indique os membros do órgão de administração, distinguindo os membros executivos dos não executivos e, de

entre estes, os membros independentes dos não independentes.

Não são considerados como administradores não executivos independentes, para os efeitos da referida regulamentação, todos aqueles que este-

jam associados a quaisquer grupos de interesses específicos na Sociedade ou que se encontrem nalguma circunstância susceptível de afectar a sua

isenção de análise e de decisão.

É o que ocorre, nomeadamente, com administradores não executivos que:

a) sejam simultaneamente membros do órgão de administração de sociedade que exerça domínio sobre o BES Investimento;

b) sejam titulares, exerçam funções de administração, tenham vínculo contratual ou actuem em nome ou por conta de titulares de participação

qualificada igual ou superior a 10% do capital social ou dos direitos de voto no BES Investimento, ou de idêntica percentagem em sociedade que

sobre o BES Investimento exerça domínio;

2 Em reunião da Assembleia Geral, realizada em 11 de Outubro de 2006, foi deliberada a alteração dos Estatutos do Banco no sentido de aumentar, de vinte e um para vinte e dois, o número máximo

de membros do Conselho de Administração, e de três para quatro, o número máximo de Vice-Presidentes, tendo também sido decidida a remoção da imposição de um número ímpar de administradores com

assento na Comissão Executiva.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 170

c) sejam titulares, exerçam funções de administração, tenham vínculo contratual ou actuem em nome ou por conta de titulares de participação

qualificada igual ou superior a 10% do capital social ou dos direitos de voto em sociedade concorrente;

d) aufiram qualquer remuneração, ainda que suspensa, do BES Investimento ou de outras sociedades que com aquele estejam em relação de

domínio ou de grupo, excepto a retribuição pelo exercício das funções de administração;

e) tenham uma relação comercial significativa com o BES Investimento ou com sociedade em relação de domínio ou de grupo, quer directamente

quer por pessoa interposta, entendendo-se por relação comercial significativa a situação de um prestador importante de serviços ou bens, de

um cliente importante ou de organizações que recebem contribuições significativas do BES Investimento ou da entidade dominante;

f) sejam cônjuges, parentes e afins em linha recta até ao 3.º grau, inclusive, das pessoas referidas nas alíneas anteriores.

Em qualquer caso, entende-se que, além de aferir a verificação das circunstâncias acima enunciadas, o órgão de administração deve ajuizar, em

termos fundamentados, da independência dos seus membros perante outras circunstâncias concretas a eles atinentes. A independência dos admi-

nistradores não executivos do Banco é verificada com base num questionário que lhes é enviado anualmente.

Assim, 2 (dois) dos 10 (dez) membros não executivos que, à data de 31 de Dezembro de 2006, compunham o Conselho de Administração do BES

Investimento serão membros independentes, não obstante a sua recondução ou nomeação depender do accionista único e de terem sido reeleitos

por mais de dois mandatos.

O actual Conselho de Administração do BES Investimento encontra-se eleito para o quadriénio 2005-2008.

Em seguida identificam-se os membros do Conselho de Administração, com a indicação do cargo, da data da respectiva primeira nomeação e se

devem ou não ser considerados independentes face à aplicação da supracitada regulamentação.

Administrador

Data de

Nascimento Nacionalidade

Data de

Nomeação

Termo do

Mandato

Comissão

Executiva Independente Razão para Não Independente

Presidente

do Conselho de Administração

Dr. Ricardo Espírito Santo Silva Salgado

Vice-Presidente

do Conselho de Administração

e Presidente da Comissão Executiva

Dr. José Maria

Espírito Santo Silva Ricciardi

Vice-Presidente

do Conselho de Administração

Dr. Francisco Ravara Cary

Vice-Presidente

do Conselho de Administração

Dr. Rafael Caldeira

de Castel-Branco Valverde

Vice-Presidente

do Conselho de Administração

Dr. Miguel António Igrejas Horta e Costa

Dr. António Espírito Santo Silva Salgado

25/Jun/1944

27/Out/1954

29/Ago/1965

15/Abr/1953

28/Jul/1948

15/Dez/1947

Portuguesa

Portuguesa

Portuguesa

Portuguesa

Portuguesa

Portuguesa

31/Mar/1995

27/Jul/1992

20/Fev/1998

18/Dez/1990

18/Out/2006(*)

15/Dez/1989

2008

2008

2008

2008

2008

2008

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Vice-Presidente do Conselho de Administração e Presidente

da Comissão Executiva do accionista único, Banco Espírito

Santo, S.A. – Sociedade Aberta

Presidente da Comissão Executiva desde 25 de Julho de 2003

Executivo

Executivo

Executivo

Relações de parentesco com membros do Conselho de Ad-

ministração que pertencem ao Conselho de Administração do

accionista único (alínea f) do nº 2 do artº 1º do Regulamento

da CMVM nº 7/2001)

171 RELATÓRIO E CONTAS

Administrador

Data de

Nascimento Nacionalidade

Data de

Nomeação

Termo do

Mandato

Comissão

Executiva Independente Razão para Não Independente

Sr. Bernard Marcel Fernand Basecqz

Dr. Duarte José Borges

Coutinho Espírito Santo Silva

Dr. Manuel de Magalhães Villas-Boas

Dr. Christian Georges Jacques Minzolini

Sr. Bernardo Ernesto

Simões Moniz da Maia

Dr. José Manuel

Pinheiro Espírito Santo Silva

Dr. Mário da Silva Teixeira Júnior

Dr. Pedro Manuel

de Castro Simões Ferreira Neto

Dr. Ricardo Abecassis

Espírito Santo Silva

Dr. Diogo Luís Ramos de Abreu

Dr. Tiago Vaz Pinto Cyrne de Castro

Dr. João Filipe

Espírito Santo de Brito e Cunha

Dr. Luís Miguel Pina Alves Luna Vaz

Eng. Paulo José Lameiras Martins

Dr. Amílcar Carlos

Ferreira de Morais Pires

Dr. Félix Aguirre Cabanyes

15/Out/1945

20/Mar/1924

29/Maio/1945

7/Ago/1956

26/Jul/1961

2/Maio/1945

4/Mar/1946

2/Set/1965

4/Nov/1958

20/Dez/1965

5/Ago/1961

28/Fev/1965

12/Set/1969

27/Nov/1965

30/Maio/1961

9/Abr/1959

Belga

Portuguesa

Portuguesa

Francesa

Portuguesa

Portuguesa

Brasileira

Portuguesa

Portuguesa

Portuguesa

Portuguesa

Portuguesa

Portuguesa

Portuguesa

Portuguesa

Espanhola

15/Dez/1989

15/Dez/1989

29/Jul/1992

9/Jun/1994

30/Jul/1997

28/Mar/2000

26/Mar/2002

6/Dez/2002

25/Jul/2003

25/Set/2003

25/Set/2003

27/Dez/2004

30/Mar/2005

30/Mar/2005

22/Nov/2005

22/Nov/2005

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

2008

Não

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

Sim

Sim

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Sim

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Sim

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Não

Relações de parentesco com membros do Conselho de Ad-

ministração que pertencem ao Conselho de Administração do

accionista único (alínea f) do nº 2 do artº 1º do Regulamento

da CMVM nº 7/2001)

Vogal do Conselho de Administração do accionista único,

Banco Espírito Santo, S.A. – Sociedade Aberta, e da sociedade

Espírito Santo Financial Group, S.A.

Executivo.

Vogal do Conselho de Administração da Espírito Santo

International, S.A.

Vogal do Conselho de Administração e Membro da Comissão

Executiva do accionista único, Banco Espírito Santo, S.A. –

Sociedade Aberta.

Executivo.

Executivo.

Executivo.

Executivo.

Relações de parentesco com membros do Conselho de Ad-

ministração que pertencem ao Conselho de Administração do

accionista único (alínea f) do nº 2 do artº 1º do Regulamento

da CMVM nº 7/2001)

Executivo.

Executivo.

Vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do

accionista único, Banco Espírito Santo, S.A. – Sociedade Aberta

Executivo.

(*) O Dr. Miguel Horta e Costa já havia exercido o cargo de Administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., nos períodos (datas de nomeação e de renúncia) de 30 de Março de 1992 a 14

de Julho de 1994 (na qualidade de Vice-Presidente do Conselho de Administração) e de 24 de Março de 1999 a 16 de Março de 2002.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 172

Serão, pois, independentes, na acepção dada pelo nº 2 do artº 1º do Regulamento da CMVM nº 7/2001, com a redacção introduzida pelo Regulamento

da CMVM nº 10/2005, os seguintes administradores não executivos do BES Investimento:

• Sr. Bernard Marcel Fernand Basecqz

• Dr. Mário da Silva Teixeira Júnior

Apresenta-se em seguida, as qualificações profissionais dos membros do Conselho de Administração e as actividades profissionais por si exercidas

nos últimos cinco anos.

Ricardo Espírito Santo

Silva Salgado

José Maria Espírito

Santo Silva Ricciardi

Francisco Ravara Cary

Rafael Caldeira

de Castel-Branco Valverde

Miguel António Igrejas

Horta e Costa

Christian Georges

Jacques Minzolini

Diogo Luís Ramos de Abreu

Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Ciências Económicas

e Financeiras da Universidade Técnica de Lisboa.

Licenciado em Sciences Economiques Appliquées pelo Instituto de

Administração e Gestão da Faculdade de Ciências Económicas, Políticas

e Sociais da Universidade Católica de Lovaina, Bélgica.

Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade

Católica Portuguesa. MBA do INSEAD (Fontainebleu, França).

Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia da

Faculdade Técnica de Lisboa.

Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia da

Universidade Técnica de Lisboa. Pós-Graduação em "Alta Direcção de

Empresas" pela Universidade de Navarra, Espanha, e em "Management

de Comunicações" pelo Management College (British post Office) do

Reino Unido.

Licenciado em Gestão pela ESCP - Escola Superior do Comércio de Paris.

Stanford Executive Program pela Stanford Business School, E.U.A.

Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade

Católica Portuguesa.

Vice-Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva do

Banco Espírito Santo, S.A., Presidente do Conselho de Administração do Banco Espírito

Santo de Investimento, S.A. e das sociedades Partran, SGPS, S.A., Espírito Santo Financial

Group, S.A. e Bespar - SGPS, S.A.. Membro do Executive Committee do Instituto

Internacional de Estudos Bancários desde 2003 e seu Presidente desde Outubro de 2005,

funções que terminaram em 31 de Dezembro de 2006. Membro do Supervisory Board da

Euronext N.V. desde 2002 e Administrador do Banco Bradesco, S.A. (Brasil) desde 2003.

Administrador Executivo do Banco Espírito Santo, S.A.. Vice-Presidente do Conselho de

Administração, com funções executivas, do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. e,

desde 25 de Julho de 2003, Presidente da Comissão Executiva. Presidente do Conselho de

Administração do BES Investimento do Brasil, S.A. – Banco de Investimento e Administrador

da Espírito Santo Financial Group S.A.. Administrador não executivo da EDP - Energias de

Portugal, S.A., de Março a Junho de 2006, e Vogal do Conselho Geral e de Supervisão, desde

Julho de 2006.

Nomeado em Março de 2005, Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco

Espírito Santo de Investimento, S.A., era, desde Fevereiro de 1998, Administrador Executivo

responsável pelo desenvolvimento das actividades no Brasil. Entre 1998 e 2000, foi Director

Executivo do Banco Boavista InterAtlântico, S.A. (Brasil), reponsável pela área de banca de

investimento e grandes empresas. De Julho de 2000 a Maio de 2002, Director-Presidente do

BES Investimento do Brasil, S.A. - Banco de Investimento, de que continua a ser

Administrador. É, desde 2001, membro do Conselho de administração da Bradespar, S.A.

(Brasil). Presidente do Conselho de Administração da Espírito Santo Capital - Sociedade de

Capital de Risco, S.A. e da SES Iberia Private Equity, S.A., em Espanha, foi nomeado, em

Setembro de 2006, Administrador da Espírito Santo Ventures, Sociedade de Capital de

Risco, S.A.

Administrador Executivo do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., foi nomeado Vice-

-Presidente do Conselho de Administração em Março de 2005. É Administrador do BES

Investimento do Brasil, S.A. - Banco de Investimento.

Membro do Conselho de Administração da PGA - Portugália Airlines. Até 2002, Vice-

-Presidente Executivo do Conselho de Administração da Portugal Telecom, S.A. e

Presidente Executivo entre 2002 e Abril de 2006. Até Fevereiro de 2006, Membro do

Conselho de Administração da Telefonica. Presidente do Conselho de Administração da

Euroges Factoring, até 2002. Membro do Conselho de Administração do Banco Espírito

Santo de Investimento, S.A., até Março de 2002, foi nomeado Vice-Presidente e membro da

Comissão Executiva em Outubro de 2006. Administrador não executivo do Banco Espírito

Santo, S.A. desde 2005. Vice-Presidente da AIP, de 2003 a 2006.

Administrador Executivo do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., foi, até Maio de

2006, Administrador-Delegado da Espírito Santo Investment, S.A.U., S.V. e, entre Setembro

de 2005 e Julho de 2006, Director Geral da Sucursal em Espanha do Banco Espírito Santo

de Investimento, S.A.. Em 2005, foi nomeado Administrador da SES Iberia Private Equity,

S.A., em Espanha.

Até Abril de 2001, Administrador Executivo do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A.,

responsável pelas Direcções de Mercado de Capitais - Acções e de Private Equity. Entre

Maio de 2001 e Abril de 2003 exerceu funções de Consultor e de Administrador numa

empresa sedeada nos E.U.A.. Desde Abril de 2003, é Administrador Executivo da ESAF -

Espírito Santo Activos Financeiros, S.G.P.S., S.A. e em Setembro de 2003 foi nomeado

Administrador Executivo do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. É, desde Maio de

2006, Membro do Conselho de Administração da Espírito Santo Capital - Sociedade de

Capital de Risco, S.A.

Administrador Qualificação Profissional Percurso Profissional nos últimos cinco anos

173 RELATÓRIO E CONTAS

Félix Aguirre Cabanyes

Luís Miguel

Pina Alves Luna Vaz

Paulo José Lameiras Martins

Pedro Manuel de Castro Simões

Ferreira Neto

Ricardo Abecassis

Espírito Santo Silva

Tiago Vaz Pinto Cyrne de Castro

Amílcar Carlos

Ferreira de Morais Pires

António Espírito Santo

Silva Salgado

Bernard Marcel Fernand Basecqz

Bernardo Ernesto Simões

Moniz da Maia

Duarte José Borges Coutinho

Espírito Santo Silva

João Filipe Espírito Santo

de Brito e Cunha

Licenciado em Ciências Económicas e Empresariais pela Universidade

Autónoma de Madrid, com especialidade em Finanças Públicas e

Sistema Tributário. MBA pelo IESE, Barcelona.

Licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade

Católica Portuguesa.

Licenciado em Engenharia de Produção Industrial pela Universidade

Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências e Tecnologia. Pós-Graduado em

Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de Ciências e Trabalho de

Empresas, em Lisboa.

Licenciado em Gestão de Empresas pela Universidade Católica

Portuguesa.

Licenciado em Economia pela City University, Londres.

Licenciado em Gestão de Empresas pelo Instituto Superior de Línguas e

Administração, em Lisboa.

Licenciado em Ciências Económicas pela Universidade Católica

Portuguesa.

Licenciado do Instituto Superior de Hotelaria e Turisno, na Suíça, com

Especialização em Gestão de Empresas.

Doutorado em Direito pela Universidade Católica de Lovaina, Bélgica, e

MBA em Finanças pela Michigan State University.

Curso Complementar do Liceu, em Lisboa.

Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Ciências Económicas

e Financeiras, em Lisboa.

Licenciado em Direito pela Universidade Lusíada, em Lisboa. PDG pela

Universidade de Navarra - IESE.

Até 2001, Corporate Bank Head no Citibank N.A., Sucursal em Espanha. De 2001 a 2005,

Director-Geral de Citibank International plc, Sucursal em Espanha. Administrador do

Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. desde Novembro de 2005, foi nomeado para a

Comissão Executiva em Dezembro. É, desde Julho de 2006, Director-Geral da Sucursal em

Espanha do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A.

Nomeado em Março de 2005 Administrador Executivo do Banco Espírito Santo de

Investimento, S.A., onde, desde 2000, era o Director Responsável pelas áreas de Mercados

Primário e Secundário de Acções, com assento na Comissão Executiva. É, desde Outubro

de 2006, Membro não executivo do Conselho de Administração da ESAF - Espírito Santo

Activos Financeiros, S.G.P.S., S.A.. Foi nomeado em 2006 Membro do Conselho Consultivo

da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Desde Março de 2005 Administrador Executivo do Banco Espírito Santo de Investimento,

S.A., onde vinha desempenhando funções de Direcção, como responsável pela área de

M&A a nível ibérico.

Desde Dezembro de 2002, Administrador Executivo do Banco Espírito Santo de

Investimento, S.A., onde exercia, desde 2000, as funções de Director Coordenador da área

de Project Finance. Presidente do Conselho de Administração da sociedade ES Concessões,

S.G.P.S., S.A., Administrador Executivo de ESCOM - Espírito Santo Commerce, S.A. e

Administrador não executivo do Banco Espírito Santo de Angola, S.A., é, desde Junho de

2006, Administrador do Banco Espírito Santo do Oriente, S.A. (Macau) e, desde Outubro de

2006, Membro do Conselho de Administração do BES Investimento do Brasil, S.A. - Banco

de Investimento.

Desde 2000, Membro do Conselho de Administração do BES Investimento do Brasil, S.A. e

seu Director Presidente a partir de 2002. Membro dos conselhos de administração do

Banco Espírito Santo, S.A., desde 2002, e do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A.,

desde 2003, foi nomeado Administrador Executivo do Banco Espírito Santo de

Investimento, S.A. em Dezembro de 2005. Presidente do Conselho de Administração do

Banco Espírito Santo de Angola, S.A.

Desde Setembro de 2003, Administrador Executivo do Banco Espírito Santo de

Investimento, S.A., onde desempenhava as funções de Director Central, com assento na

Comissão Executiva, com responsabilidades nas áreas de Planeamento e Controlo de

Gestão, Controlo de Risco, Operações Especiais e algumas áreas de suporte.

Administrador Executivo da Espírito Santo Investment p.l.c. (Irlanda) e Vogal do Conselho

de Administração da Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A.

Até 2004 Assessor do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo, S.A. e

Coordenador do Departamento Financeiro, Mercados e Estudos. Desde 2004,

Administrador Executivo do Banco Espírito Santo, S.A. e, desde Novembro de 2005, mem-

bro do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. É, desde

Abril de 2006, Membro não executivo do Conselho de Administração da Portugal Telecom,

S.G.P.S., S.A.

Administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. e Presidente do Conselho de

Adminitração, com funções executivas, de Controlled Sport (Portugal) - Turismo Cinegética

e Agricultura, S.A. Desde 2001, Presidente do Conselho de Administração, com funções

executivas, das sociedades Monfortur - Monfortinho Turismo, S.A., Empresa Hotel Astória

de Monfortinho, S.A. e Empresa das Águas do Vimeiro, S.A.; Administrador da Companhia

das Águas da Fonte Santa de Monfortinho, S.A.

Administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A. Até 2003, Administrador do

Kredietrust Luxembourg e Administrador-Delegado do Banque Continentale du

Luxembourg. Desde 2003, Director-Geral e Presidente do Comité Executivo do Kredietbank

(Suisse), S.A.. Administrador da Fondation pour la Recherche en Ophtalmologie (Lausana,

Suiça), desde 2005.

Administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A.; Vice-Presidente do Conselho

de Administração, com funções executivas, da Mague - Gestão e Participações, S.G.P.S.,

S.A., Administrador Executivo da Sogema, S.G.P.S., S.A., e da Euro-Yser, Produtos Químicos,

S.A.. É Membro do Conselho de Administração da Espírito Santo International, S.A.

Vogal do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A.

Vogal do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., desde

Dezembro de 2004. Vogal do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo de

Angola, S.A.. Até 2004, Director-Coordenador do Banco Espírito Santo, S.A. (Espanha).

Administrador Qualificação Profissional Percurso Profissional nos últimos cinco anos

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 174

José Manuel Pinheiro

Espírito Santo Silva

Manuel de Magalhães

Villas-Boas

Mário da Silveira Teixeira Júnior

Licenciado em Economia, com especialização em Direcção e Adminis-

tração de Empresas, pela Universidade de Évora (ex – Instituto de Estudos

Superiores de Évora).

Licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Ciências Económicas

e Financeiras, em Lisboa.

Licenciado em Engenharia Civil e Administração de Empresas pela

Universidade Mackenzie, em São Paulo, Brasil.

Presidente da Compagnie Bancaire Espírito Santo, S.A. (redenominado Banque Privée

Espírito Santo, S.A., em Janeiro de 2007), Administrador Executivo do Banco Espírito Santo,

S.A. e Presidente do Banco Espírito Santo, S.A. (Espanha) desde 2000. Administrador do

Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., desde Março de 2000.

Senior Vice President da sociedade Espírito Santo International, S.A., e Administrador da

sociedade Espírito Santo Financial Group, S.A. Membro do Conselho de Administração do

Banco Espírito Santo, S.A. e do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A..

Vogal do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A, é, desde

Fevereiro de 2001, Vice-Presidente (não executivo) do Conselho de Administração do BES

Investimento do Brasil, S.A.. É Membro não executivo dos conselhos de administração da

Bradespar, S.A. e do Banco Bradesco, S.A. (Brasil), onde exerce funções de Coordenador dos

Comités de Auditoria e de Controlo Interno e Compliance. Tem desempenhado cargos de

administração em diversas empresas da Organização Bradesco.

Em anexo ao presente Relatório, apresenta-se a lista de funções exercidas pelos membros do Conselho de Administração em outras sociedades, com discri-

minação dos cargos exercidos em sociedades do Grupo BES (entendido como o conjunto do BES e das sociedades que consigo consolidam integralmente).

O Conselho de Administração não tem definida a priori uma lista de incompatibilidades e o número máximo de cargos acumuláveis pelos seus membros

em órgãos de administração de outras sociedades. À Comissão Executiva compete pronunciar-se sobre cada intenção de acumulação de cargos por parte

dos Administradores Executivos. A acumulação de cargos de administração em outras sociedades está disciplinada pelo Regime Geral das Instituições de

Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, de acordo com o qual o Banco de Portugal pode opor-se a que

os administradores de instituições de crédito exerçam funções de administração noutras sociedades se entender que (i) dessa acumulação podem resul-

tar riscos de conflitos de interesse ou (ii) inconvenientes face à disponibilidade para o cargo. Do regime de autorização prévia está excluído o exercício de

cargos de administração em entidades incluídas no perímetro de supervisão em base consolidada que o Banco integra (Grupo BES).

Alterações à Composição do Conselho de Administração e da Comissão ExecutivaO Conselho de Administração do Banco foi eleito para o quadriénio 2005-2008, por deliberação da Assembleia Geral Universal, de 30 de Março de 2005, seguin-

do-se, em 31 de Março, a aprovação, pelo Conselho de Administração, da constituição da sua Comissão Executiva sob Presidência do Dr. José Maria Ricciardi.

Em 22 de Novembro do mesmo ano, a Assembleia Geral aprovou a nomeação, para o cargo de vogal do Conselho de Administração do Banco, do

Dr. Amílcar Carlos Ferreira de Morais Pires, Administrador Executivo do BES, e do Dr. Félix Aguirre Cabanyes. Desta nomeação seria averbado regis-

to no Banco de Portugal em 26 de Janeiro de 2006.

Em reunião da Assembleia Geral, realizada em 11 de Outubro de 2006, foi deliberada a nomeação do Dr. Miguel António Igrejas Horta e Costa para

o cargo de Vice-Presidente do Conselho de Administração, com funções executivas. O Dr. Miguel Horta e Costa já havia exercido o cargo de

Administrador do Banco Espírito Santo de Investimento, S.A., nos períodos (datas de nomeação e de renúncia) de 30 de Março de 1992 a 14 de Julho

de 1994 (na qualidade de Vice-Presidente do Conselho de Administração) e de 24 de Março de 1999 a 16 de Março de 2002.

6.2 Caracterização da Comissão Executiva e de outras comissões com competência em matéria de gestão

Nos termos do artigo 14º número 2 dos Estatutos, o Banco criou uma Comissão Executiva, a quem o Conselho de Administração delegou a gestão cor-

rente, bem como a discussão e preparação do processo de aprovação das decisões estratégicas do Banco, a apresentar ao Conselho de Administração.

Por deliberação de 31 de Março de 2005, o Conselho de Administração do BES Investimento determinou “delegar numa Comissão Executiva, sem

limites a não ser os que resultam da lei expressa, todos os poderes de gestão corrente necessários e adequados à prossecução do objecto social do

Banco, nomeadamente os necessários e adequados à prática dos actos e à celebração dos negócios que se integram na actividade das instituições

de crédito e dos intermediários financeiros”.

Administrador Qualificação Profissional Percurso Profissional nos últimos cinco anos

175 RELATÓRIO E CONTAS

Nos termos do artº 407º, nº 4 do Código das Sociedades Comerciais, a deliberação do Conselho de Administração deve fixar os limites da delega-

ção, na qual não podem ser incluídas as matérias previstas nas alíneas a) a d), f), l) e m) do artigo 406º do citado Código e, no caso de criar uma

comissão, deve estabelecer a composição e o modo de funcionamento desta.

Atenta a deliberação do Conselho de Administração e o teor das referidas normas, estão vedadas à Comissão Executiva as seguintes matérias:

a) Escolha do presidente do Conselho de Administração;

b) Cooptação de administradores;

c) Pedido de convocação de assembleias gerais;

d) Aprovação de relatórios e contas anuais;

e) Prestação de cauções e garantias pessoais ou reais pela sociedade;

g) Mudança de sede e aumentos de capital, nos termos previstos no contrato de sociedade;

h) Projectos de fusão, de cisão e de transformação da sociedade.

A Comissão Executiva reúne-se, em princípio, com periodicidade semanal. As reuniões decorrem de acordo com Agenda distribuída previamente

pelos seus membros e cujos pontos para discussão são apresentados pelos componentes da Comissão.

As decisões são tomadas por maioria dos membros presentes, sendo lavradas actas das suas reuniões.

A Comissão Executiva era, à data de 31 de Dezembro de 2006, composta por 12 (doze) membros, aos quais estavam atribuídas as seguintes

áreas:

• Presidente

Dr. José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi – Preside também ao Comités de Banca de Investimento, de Mercado de Capitais e de Investimento,

a que se faz referência mais adiante. Áreas operacionais: Planeamento Estratégico, Compliance, Recursos Humanos e Organização e Meios.

• Vogais

Dr. Francisco Ravara Cary – Presidente do Conselho de Crédito e Riscos (CCR) e do Comité de Activos e Passivos (ALCO); tutela as Direcções de

Mercado Secundário – Acções, Gestão de Activos, Proprietary Trading, a Direcção de Renda Fixa (Tesouraria, Distribuição e Trading, Gestão de

Risco) e o Departamento Jurídico; é ainda Presidente da Espírito Santo Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A.

Dr. Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde – Direcção de Clientes, Serviços Financeiros, Médias Empresas, Mercado de Capitais – Originação,

Leveraged Finance e Departamento de Informação.

Dr. Miguel António Igrejas Horta e Costa – Relações Institucionais.

Dr. Christian Georges Jacques Minzolini – Derivados e Arbitragem – Acções e Derivados de Acções – Vendas.

Dr. Diogo Luís Ramos de Abreu – Projectos Especiais do Banco e BESAF, no Brasil.

Dr. Felix Aguirre Cabanyes – Sucursal em Espanha.

Dr. Luís Miguel Pina Alves Luna Vaz – Mercado de Capitais – Originação, Mercado Secundário – Acções, Gestão de Activos e Proprietary Trading.

Eng. Paulo José Lameiras Martins – Serviços Financeiros.

Dr. Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto – Direcção de Project Finance e Securitização, Direcção Internacional, Sucursal de Londres,

Escritório de Representação em Luanda e Concordia Espírito Santo Investment, na Polónia.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 176

Dr. Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva – BES Investimento do Brasil, S.A. – Banco de Investimento e BES Securities do Brasil, S.A. – Corretora

de Câmbios e Valores Mobiliários.

Dr. Tiago Vaz Pinto Cyrne de Castro – Departamentos de Contabilidade, Comunicação e Imagem, Informática, Operações, Risco, Informação e

Controlo de Gestão; tem ainda sob a sua responsabilidade a sociedade financeira irlandesa subsidiária Espírito Santo Investment p.l.c..

Existem, ainda as seguintes comissões com competência especializada em matéria de gestão:

Comités de Acompanhamento EspecializadoPara além do Conselho de Crédito e Risco e do Comité de Activos e Passivos (ALCO), já referidos no Capítulo 5.4 do presente Relatório (procedi-

mentos internos para o controlo do risco na actividade do Banco), há ainda a considerar:

i) Comité de Mercado de Capitais

Este Comité funciona como órgão de aconselhamento da Comissão Executiva para análise do mercado de capitais e definição da estratégia com-

petitiva a prosseguir pelo Banco no referente ao seu posicionamento nos Mercados Secundários de Renda Fixa e Variável e na gestão das posições

e riscos de balanço. Tem como atribuições concretas (a) analisar as oportunidades de mercado, (b) discutir e propor medidas dinamizadoras da acti-

vidade e acções comerciais concretas e (c) a coordenação, na sua área de intervenção, com as demais instituições do Grupo BES.

Para além dos membros da Comissão Executiva, fazem parte como membros efectivos do Comité os responsáveis pelas diferentes áreas de negó-

cio relacionadas com o mercado de capitais (Direcção de Renda Fixa, Direcção de Mercado de Capitais – Originação, Direcção de Mercado

Secundário – Acções e Direcção de Derivados de Acções - Vendas), bem como o responsável da Direcção de Clientes em Portugal e o responsável

do Departamento de Risco – Controlo de Risco, assim como outros colaboradores que a Comissão Executiva venha a indicar.

O Comité de Mercado de Capitais reúne mensalmente, sob a presidência do Dr. José Maria Ricciardi, Presidente da Comissão Executiva, e das suas

reuniões são lavradas actas pelo secretário da Comissão Executiva, das quais é dado conhecimento a todas as áreas e colaboradores que sejam

afectados pelas decisões aí tomadas.

ii) Comité de Banca de Investimento

Este Comité, com as mesmas atribuições concretas que o anterior, funciona como órgão de aconselhamento da Comissão Executiva para análise

do mercado de Banca de Investimento (Corporate Finance, M&A, Private Equity, Leveraged Finance, Project Finance e Securitização) e definição da

estratégia a prosseguir pelo Banco neste segmento da sua actividade.

Para além dos membros da Comissão Executiva, participam como membros efectivos do Comité os responsáveis pelas diferentes áreas de negócio

relativas a banca de investimento – Direcção de Serviços Financeiros, Direcção de Leveraged Finance, Direcção de Project Finance e Securitização –,

bem como o responsável da Direcção de Clientes em Portugal e o responsável pelo Departamento de Risco – Análise de Risco de Crédito, assim

como outros colaboradores que a Comissão Executiva venha a indicar.

O Comité de Banca de Investimento reúne mensalmente, sob a presidência do Dr. José Maria Ricciardi, Presidente da Comissão Executiva, e das suas

reuniões são lavradas actas pelo secretário da Comissão Executiva, das quais é dado conhecimento a todas as áreas e colaboradores que sejam

afectados pelas decisões aí tomadas.

iii) Comité de Investimento

O Comité de Investimento tem como principal função decidir sobre o investimento e desinvestimento em acções para carteiras próprias chave do

Banco, segundo os objectivos e as linhas orientadoras e dentro dos limites estabelecidas pela Comissão Executiva.

O Comité de Investimento é formado por três membros da Comissão Executiva, um deles necessariamente o seu Presidente, e os outros dois com

responsabilidades na área de acções e/ou mercados, reunindo sempre que convocado pelo Presidente da Comissão Executiva, ante a apresentação

de propostas concretas. As decisões são tomadas por maioria simples, tendo o Presidente direito de veto. O Comité de Investimento, na impossibi-

lidade física de se reunir, pode ser realizado via telefone.

177 RELATÓRIO E CONTAS

Á parte os comités próprios do BES Investimento, existem comités ao nível do BES que controlam o negócio do Banco, numa perspectiva de gestão

integrada do Grupo BES.

ii) Comité Wholesale (Banca de Empresas e de Investimento)

Este comité tem como atribuições, entre outras, as de propor à Comissão Executiva do BES as grandes linhas de desenvolvimento estratégico para

a área de Wholesale Banking, coordenando iniciativas e assegurando a articulação entre a actividade de Corporate Banking do BES e a do BES Inves-

timento, nas diversas geografias em que o Grupo opera.

O comité reúne, em regra, todos os meses e nele o BES Investimento é representado pelo Dr. Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde, Vogal da

Comissão Executiva do Banco.

iii) Comité de Risco

Cfr. capítulo 5.4. – iv) deste Relatório.

iv) Comité ALCO

Cfr. referência feita no capítulo 5.4 – ii).

6.3 Modo como o órgão de administração exerce o controlo da sociedade

De acordo com os estatutos do Banco, o Conselho de Administração reúne, em princípio, pelo menos quatro vezes por ano, e sempre que for con-

vocado pelo Presidente ou por dois administradores. A Comissão Executiva do Conselho de Administração reúne, em regra, pelo menos uma vez por

semana, sem prejuízo do acompanhamento diário que, quando necessário, implica reuniões extraordinárias.

Em 2006, o Conselho de Administração do BES Investimento reuniu-se por cinco vezes, tendo sido quarenta e oito as reuniões da sua Comissão Executiva.

O secretariado do Conselho de Administração assegura que os membros do Conselho de Administração e da Comissão Executiva recebam atem-

padamente a documentação adequada à apreciação dos pontos em agenda para cada uma das reuniões dos respectivos órgãos.

Das decisões da Comissão Executiva são lavradas actas que estão à disposição do Conselho de Administração.

6.4 Comissões de controlo internas

As Recomendações da CMVM incluem a criação, pelo Órgão de Administração, de comissões de controlo internas com atribuição de competências

na avaliação da estrutura e governo societários.

O BES Investimento não criou comissões de controlo internas. Porém, sobre o Banco têm jurisdição o Departamento de Auditoria e Inspecção [cfr.

capítulo 5.4 – v)] e a Comissão de Auditoria (Audit Committee) do Conselho de Administração do BES, que acompanham o Governo da Sociedade, à

luz da envolvente normativa geral, tanto no plano interno como internacional.

Comissão de AuditoriaEsta comissão, criada no âmbito do Conselho de Administração do BES em Outubro de 2001, passou, por decisão da Assembleia Geral Extraordinária

dos accionistas do BES, de 18 de Dezembro de 2006, a desempenhar, com o apoio independente do Revisor Oficial de Contas, e até ao fim do man-

dato em curso para o quadriénio 2004-2007, as funções legais e estatutárias tradicionalmente atribuídas ao Conselho Fiscal, conforme previsto na

reforma do Código das Sociedades Comerciais, consagrada no Decreto-Lei nº 76-A/2006, de 29 de Março.

A Comissão de Auditoria tem, em sede do BES, todas as atribuições de um Conselho Fiscal, atrás descritas no ponto 2.2.1 do presente Relatório.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 178

Algumas das suas competências abrangem todas as sociedades que integram o Grupo BES, incluindo o BES Investimento e sociedades suas

subsidiárias. Assim, entre as funções da Comissão de Auditoria conta-se assistir o Conselho de Administração do BES no cumprimento das suas

responsabilidades de supervisão (a) dos sistemas de compliance adoptados pelas sociedades integrantes do Grupo, com vista a confirmar o

efectivo cumprimento das leis e regulamentos que lhes são aplicáveis, bem como a adesão de todos os administradores, directores, restantes

colaboradores e, também, de todos os fornecedores, aos respectivos Códigos de Conduta e Ética aplicáveis ao BES e às sociedades do Grupo

BES; (b) dos processos de auditoria interna e externa; e (c) da nomeação do Auditor Externo do Grupo BES, fixação da respectiva remuneração,

avaliação de desempenho e verificação das suas qualificações profissionais e grau de independência. Em ordem a salvaguardar a independên-

cia do Auditor Externo, cabe à Comissão de Auditoria a prévia aprovação de quaisquer serviços significativos que o Auditor Externo e/ou qual-

quer outra entidade pertencente à mesma rede profissional integrada pelo Auditor Externo e/ou por pessoas colectivas em relação de domínio

ou de grupo com o mesmo, se proponham prestar às sociedades do Grupo, desde que esses serviços não revistam a natureza de auditoria/revi-

são oficial de contas.

A Comissão de Auditoria tem plena autoridade para conduzir, contratar ou autorizar investigações na sua área de responsabilidade. Nomea-

damente, a Comissão tem poderes para, na medida em que o considere necessário para o exercício das suas funções, (a) reunir com administrado-

res, directores, revisores oficiais de contas, e/ou membros dos órgãos sociais das diversas entidades do Grupo BES e (b) obter de qualquer colabo-

rador das diversas entidades que integram o Grupo BES toda a informação pertinente.

A Comissão de Auditoria é composta por um mínimo de três e um máximo de cinco membros do Conselho de Administração do BES, um dos quais

é designado seu Presidente, eleitos pela Assembleia Geral dos accionistas do BES, por períodos de quatro anos, sendo permitida a sua reeleição. Os

membros da Comissão de Auditoria podem ser destituídos pela Assembleia Geral desde que ocorra justa causa.

Aos membros da Comissão de Auditoria do BES aplica-se o mesmo regime de incompatibilidades e inibições que a lei consagra para o conselho fis-

cal (Cfr. capítulo 2.2.1), exceptuando-se apenas o impedimento ao exercício de funções de administração na própria sociedade. Nos termos legais, os

administradores que integram a Comissão de Auditoria devem ser membros não executivos do Conselho de Administração e, na sua maioria, ser

independentes, ou seja, não estarem associados a qualquer grupo de interesses específicos na Sociedade, nem se encontrarem em alguma cir-

cunstância susceptível de afectar a sua isenção de análise ou de decisão, nomeadamente, em virtude de (i) serem titulares ou actuarem em nome

ou por conta de titulares de participação qualificada igual ou superior a 2% do capital social da Sociedade, e/ou (ii) terem sido reeleitos por mais de

dois mandatos, de forma contínua ou intercalada.

A Comissão de Auditoria é actualmente composta por três membros não executivos do Conselho de Administração do BES: Dr. Mário Martins

Adegas (Presidente), Dr. José Manuel Ruivo da Pena e Sr. Luís António Burnay Pinto de Carvalho Daun e Lorena. Apenas o Presidente da Comissão

de Auditoria é considerado membro não independente, visto ter sido reeleito por mais de dois mandatos.

A Comissão de Auditoria do BES reúne, ordinária e formalmente, pelo menos uma vez em cada dois meses e sempre que o Presidente o entender

ou algum dos restantes membros o solicitar. As deliberações são tomadas por maioria, dispondo o Presidente, estatutariamente, de voto de quali-

dade. Os membros da Comissão de Auditoria que faltem, sem justificação aceite, a mais de metade das reuniões formais ocorridas durante um

exercício, incorrem numa situação de falta definitiva, devendo ser substituídos.

6.5 Remuneração dos titulares do órgão de administração

De acordo com as Recomendações da CMVM, a remuneração dos membros do órgão de administração deve ser estruturada de forma a permitir o

alinhamento dos interesses daqueles com os interesses da sociedade e deve ser objecto de divulgação anual em termos individuais.

Parte da remuneração dos membros da Comissão Executiva do BES Investimento tem uma componente variável, em função dos resultados da

Sociedade, sendo esta definida pelo accionista único. Assim se assegura o alinhamento dos interesses dos Administradores Executivos com os inte-

resses da Sociedade. A remuneração dos membros do Conselho de Administração é divulgada em termos globais (remuneração variável e fixa, em

termos colectivos), garantindo um adequado conhecimento do custo do Banco com o seu Órgão de Administração.

179 RELATÓRIO E CONTAS

Os membros do Conselho de Administração do BES Investimento auferiram, em 2006, uma remuneração total de 6,125 milhões de euros.

Também em 2006, foram atribuídas, através do Banco, aos membros da sua Comissão Executiva, 228 332 acções BES, ao abrigo do plano de incen-

tivos SIBA, para colaboradores do Grupo BES, descrito no capítulo 3.3 do presente Relatório.

À data de 31 de Dezembro, o montante em dívida de crédito à habitação concedido pelo Banco aos membros do seu Conselho de Administração,

ascendia a 411 035 euros.

O BES Investimento não tem compensações negociadas contratualmente ou através de transacção em caso de destituição com os seus adminis-

tradores, ou outros pagamentos ligados à cessação antecipada dos contratos.

Os Administradores têm direito a pensão de reforma ou complemento de pensão de reforma, no caso de serem ou terem sido membros da

Comissão Executiva, sendo a pensão de reforma calculada nos termos do ACTV – Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Sector Bancário. O direi-

to à pensão de reforma ou complemento de reforma vence-se em caso de velhice, com o atingir de sessenta e cinco anos de idade e o de invalidez,

somente caso se venha a verificar esta situação.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 180

Nome Cargo no BES Investimento Outros Cargos

Dr. Ricardo Espírito Santo Silva Salgado Presidente do Conselho

de Administração

(Não Executivo)

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Presidente da Comissão Executiva e Vice-Presidente do Conselho de Administração do Banco

Espirito Santo, S.A.

Presidências de Conselho de Administração:

- BEST - Banco Electrónico de Serviço Total, S.A.

- ESAF - Espirito Santo Activos Financeiros, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

- Espírito Santo – Empresa de Prestação de Serviços 2, A.C.E.

- Espírito Santo Ventures, Sociedade de Capital de Risco, S.A.

- ES Tech Ventures, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Vogal do Conselho de Administração de:

- Banco Espírito Santo, S.A. (Espanha)

- Banque Espírito Santo et de la Vénétie, S.A.

- BES Finance, Ltd.

- Espírito Santo Bank

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Presidências de Conselho de Administração:

- BESPAR - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

- Casa dos Pórticos – Sociedade de Administração de Bens, S.A.

- ESFG Overseas, Limited

- Espirito Santo Financial (Portugal) - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

- Espirito Santo Financial Group, S.A.

- Espírito Santo Saúde, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

- PARTRAN - Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

- Sociedade de Administração de Bens Pedra da Nau, S.A.

Vice-Presidente do Conselho de Administração de:

- E.S. Holding Administração e Participações, S.A.

Vogal do Conselho de Administração de:

- Banco Bradesco, S.A.

- Banque Privée Espírito Santo, S.A. (Lausana)

- E.S. Control Holding, S.A.

- Espírito Santo Financial Services Inc.

- Espírito Santo International, S.A.

- Espírito Santo Resources Limited

- Espírito Santo Services, S.A.

Presidente do Supervisory Board de:

- IIEB – Institut International d/Études Bancaires (cessou funções em 31 Dez 2006)

Membro do Supervisory Board de:

- Euronext NV

RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE

ANEXOOUTROS CARGOS DE QUE SÃO TITULARES OS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BANCO ESPÍRITO SANTO

DE INVESTIMENTO, S.A. (31 de Dezembro de 2006)

181 RELATÓRIO E CONTAS

Dr. José Maria Espírito Santo Silva Ricciardi

Dr. Francisco Ravara Cary

Dr. Rafael Caldeira de Castel-Branco Valverde

Vice-Presidente do Conselho de

Administração e Presidente da

Comissão Executiva

Vice-Presidente do Conselho de

Administração e Membro da

Comissão Executiva

Vice-Presidente do Conselho de

Administração e Membro da

Comissão Executiva

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do Banco Espírito Santo, S.A.

Presidente do Conselho de Administração de:

- BES Investimento do Brasil, S.A. – Banco de Investimento (S.Paulo – Brasil)

Vogal do Conselho de Administração de:

- ES, Recuperação de Crédito, A.C.E.

Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral de:

- ESAF – Espírito Santo Gestão de Patrimónios, S.A.

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- Espírito Santo Financial Group S.A.

Vogal do Conselho Geral e de Supervisão de:

- EDP – Energias de Portugal, S.A.

Presidente da Mesa da Assembleia Geral de:

- Controlled Sport (Portugal), Turismo, Cinegética e Agricultura, S.A.

- PT Meios – Serviço de Publicidade e Marketing, S.A.

Secretário da Mesa da Assembleia Geral de:

- Espart – Espírito Santo Participações Financeiras, S.G.P.S., S.A.

Vice-Presidente do Conselho Fiscal de:

- Sporting Clube de Portugal

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Presidente do Conselho de Administração de:

- Espírito Santo Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A.

- ESSI – Comunicações, S.G.P.S., S.A.

- ESSI – Investimentos, S.G.P.S., S.A.

- ESSI, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

- SES Iberia Private Equity, S.A. (Espanha)

Vogal do Conselho de Administração de:

- BES Investimento do Brasil, S.A. - Banco de Investimento (São Paulo, Brasil)

- Espirito Santo de Investimentos, S.A. (S. Paulo, Brasil)

- Espírito Santo Ventures, Sociedade de Capital de Risco, S.A.

Gerente da Jampur – Trading Internacional, Lda (Madeira, Portugal)

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- Bradespar, S.A. (São Paulo, Brasil)

- Fomentinvest, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- BES Investimento do Brasil, S.A. – Banco de Investimento (São Paulo, Brasil)

- Espírito Santo de Investimentos, S.A. (S. Paulo, Brasil)

- ESSI – Comunicações, S.G.P.S., S.A.

- ESSI – Investimentos, S.G.P.S., S.A.

- ESSI, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Vogal do Conselho Fiscal de:

- Academia de Música de Sta. Cecília

Vice-Presidente da Federação Portuguesa de Rugby

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 182

Dr. Miguel António Igrejas Horta e Costa

Dr. Christian Georges Jacques Minzolini

Dr. Diogo Luís Ramos de Abreu

Dr. Félix Aguirre Cabanyes

Vice-Presidente do Conselho de

Administração e Membro da

Comissão Executiva

Vogal do Conselho de Administração

e Membro da Comissão Executiva

Vogal do Conselho de Administração

e Membro da Comissão Executiva

Vogal do Conselho de Administração

e Membro da Comissão Executiva

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo, S.A.

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Membro do Conselho de Administração de:

- Boston Communications Group Inc. (BCGI) (EUA)

- Carbon Assets Fund (EUA)

- Portugália – Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A.

Administrador Único de:

- Sociedade de Administração de Bens Casa da Holanda, S.A.

Presidente do Conselho Consultivo de:

- Companhia Imobiliária do Fez, S.A.

Outros Cargos:

- Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) (Membro do

Conselho Consultivo)

- Associação Portuguesa da Soberana e Militar Ordem de Malta (Vice-Presidente)

- Confederação Internacional dos Empresários Portugueses (CIEP) (Presidente da Comissão

Executiva)

- Fundação Batalha de Aljubarrota (Administrador)

- Fundação Luso Brasileira (Vice-Presidente)

- Prémio Infante D. Henrique (Presidente da Direcção)

- Club de Golf do Campo Real (Presidente Honorário)

- Clube Naval de Cascais (Comodoro)

- Cônsul Honorário da República de El Salvador em Portugal

- Embaixador da Soberana e Militar Ordem de Malta na República de Cabo Verde

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- SES Ibéria Private Equity, S.A. (Espanha)

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- Panorama, S.A. (Espanha)

Membro do Conselho Consultivo de:

- Salvago, S.A. (Espanha)

Sócio Gerente de Frazolini – Gestão de Investimentos e Consultadoria, Lda.

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- ESAF - Espírito Santo Activos Financeiros, S.G.P.S., S.A

- Espírito Santo Capital – Sociedade de Capital de Risco, S.A.

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

- TLCI - Soluções Integradas de Telecomunicações, S.A.

- TLCI 2 - Soluções Integradas de Telecomunicações, S.A.

1. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- Aernnova Aerospace, S.A. (Espanha)

- Synergy Industry and Technology, S.A. (Espanha)

Administrador Único de Feviblan Inversiones, S.L. (Espanha)

183 RELATÓRIO E CONTAS

Dr. Luís Miguel Pina Alves Luna Vaz

Eng. Paulo José Lameiras Martins

Dr. Pedro Manuel de Castro Simões Ferreira Neto

Dr. Ricardo Abecassis Espírito Santo Silva

Vogal do Conselho de Administração

e Membro da Comissão Executiva

Vogal do Conselho de Administração

e Membro da Comissão Executiva

Vogal do Conselho de Administração

e Membro da Comissão Executiva

Vogal do Conselho de Administração

e Membro da Comissão Executiva

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- ESAF – Espírito Santo Activos Financeiros, S.G.P.S., S.A.

Outros cargos

Membro do Conselho Consultivo da

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

Não exerce outros cargos

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- Banco Espírito Santo de Angola, S.A. (Angola)

- Banco Espírito Santo do Oriente, S.A. (Macau, China)

- BES Investimento do Brasil, S.A. – Banco de Investimento (São Paulo, Brasil)

Presidente do Conselho de Administração (funções não executivas) de:

- ES Concessões, S.G.P.S., S.A

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Vogal Executivo do Conselho de Administração de:

- ESCOM – Espírito Santo Commerce, S.A.

Vogal do Conselho Fiscal de SMCC – Sociedade Mineira

do Camatchia e Camagico, S.A.R.L. (Angola)

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vogal não executivo do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo, S.A.

Presidente do Conselho de Administração de:

- Banco Espírito Santo de Angola, S.A. (Angola)

Presidente do Conselho de Administração e da Directoria Executiva de:

- Espírito Santo Investimentos, S.A. (Brasil)

Vogal do Conselho de Administração e Presidente da Directoria Executiva de:

- BES Investimento do Brasil, S.A. – Banco de Investimento

Vice-Presidente do Conselho de Administração de:

- Espírito Santo Bank (EUA)

Vogal do Conselho de Administração de:

- BES Finance Limited

Membro da Directoria de:

- Europ Assistance (Brasil)

- Gespar S/C Ltda. (Brasil)

Presidente do Conselho Fiscal de:

- Banco Espírito Santo do Oriente, SA (Macau, China)

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração e Presidente da Directoria Executiva de:

- E.S. Holding – Administração e Participações, S.A. (Brasil)

Vogal do Conselho de Administração e Membro da Directoria Executiva de:

- Seicor – Comércio, Administração e Participações, S.A. (Brasil)

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 184

Dr. Tiago Vaz Pinto Cyrne de Castro

Dr. Amílcar Carlos Ferreira de Morais Pires

Vogal do Conselho de Administração

e Membro da Comissão Executiva

Vogal do Conselho de Administração

(Não Executivo)

Vogal do Conselho de Administração de:

- Agribahia, S.A. (Brasil)

- Agriways, S.A. (Brasil)

- Bradespar, S.A. (Brasil)

- E.S. Control Holding, S.A.

- ESPART – Administração e Participações, S.A.

- Espírito Santo Financial (Portugal) – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

- Espírito Santo International, S.A. (Luxemburgo)

- Espírito Santo Resources Limited (Bahamas)

- Euroamerican Finance Corporation Inc. (BVI)

- Monteiro Aranha, S.A. (Brasil)

- Novagest Assets Management, Ltd

- Pojuca, S.A. (Brasil)

- Pojuca Administração, S.A. (Brasil)

- USHUAIA – Gestão e Trading Internacional, Ltd

Director Presidente de:

- InterAtlântico S.A. (Brasil)

Membro da Directoria de:

- Associação Espírito Santo Cultura (Brasil)

- Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil

- Christaltur, Empreendimentos e Participações Ltda. (Brasil)

- ESAI – Espírito Santo Ativos Imobiliários, Ltda. (Brasil)

- ESAP Brasil Agro-Pecuária

- ESCAE – Administração e Participações, Ltda. (Brasil)

- ES Consultoria, Ltda. (Brasil)

- Joá Imobiliária Ltda. (Brasil)

- Quinta da Baroneza, Empreendimentos e Participações Ltda. (Brasil)

- Sintra, Empreendimentos Imobiliários, Ltda. (Brasil)

- Terras de Bragança Participações Ltda. (Brasil)

Membro do Conselho Consultivo de:

- Portugal Telecom (Brasil)

Vogal do Conselho Fiscal de:

- Banco Bradesco, S.A. (Brasil)

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco, S.A.

- Espírito Santo Investment p.l.c. (Irlanda)

- ESSI – Comunicações, S.G.P.S., S.A.

- ESSI – Investimentos, S.G.P.S., S.A.

- ESSI, Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

Vogal do Conselho Fiscal de:

Besleasing e Factoring – Instituição Financeira de Crédito, S.A.

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- Cominvest – Sociedade de Gestão e Investimento Imobiliário, S.A.

- MULTIGER - Sociedade de Compra, Venda e Administração de Propriedades, S.A.

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do Banco Espírito Santo, S.A.

185 RELATÓRIO E CONTAS

Dr. António Espírito Santo Silva Salgado

Sr. Bernard Marcel Fernand Basecqz

Sr. Bernardo Ernesto Simões Moniz da Maia

Vogal do Conselho de Administração

(Não Executivo)

Vogal do Conselho de Administração

(Não Executivo)

Vogal do Conselho de Administração

(Não Executivo)

Presidente do Conselho de Administração de:

- Bank Espírito Santo International Limited

- BIC – International Bank, Limited

Vogal do Conselho de Administração de:

- Banco Espírito Santo do Oriente, S.A. (Macau)

- BES Finance Limited

- ESAF – Espírito Santo Activos Financeiros, S.G.P.S., S.A.

- Espírito Santo p.l.c. (Irlanda)

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- BES-Vida, Companhia de Seguros, S.A.

- Portugal Telecom, S.G.P.S., S.A.

1. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Presidente do Conselho de Administração de:

- Companhia Agrícola de Penha Garcia, S.A.

- Controlled Sport (Portugal) - Turismo Cinegética e Agricultura, S.A.

- Empresa das Águas do Vimeiro, S.A.

- Empresa Hotel Astória de Monfortinho, S.A.

- MONFORTUR - Monfortinho Turismo, S.A.

- Sociedade Agrícola de Vale Feitoso, S.A.

Vogal do Conselho de Administração e Administrador Delegado de:

- Companhia das Águas da Fonte Santa de Monfortinho, S.A.

Vogal do Conselho de Administração de:

- Cinegetur – Empreendimentos Cinegético-Turísticos, S.A.

Sócio Gerente de:

- Mais Caça – Produção e Venda de Espécies Cinegéticas, Lda.

- Sociedade Agrícola das Perdizes, Lda.

1. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Presidente da Comissão Executiva e Director-Geral de:

- Kredietbank (Suisse), S.A.

Vice-Presidente do Conselho de Administração de:

- Privagest (Genebra, Suiça)

Vogal do Conselho de Administração de:

- Kredietbank Luxembourg ( Mónaco), S.A.M.

- Lebanon Holding (Investment Fund – Sicav, Luxemburgo)

1. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Vice-Presidente do Conselho de Administração (funções executivas) da Mague Gestão e

Participações, S.G.P.S., S.A.

Vogal do Conselho de Administração de:

- Aqua - Yser, S.A

- DEPIN – Produtos Depilatórios, S.A.

- Espírito Santo International, S.A.

- Euro - Yser, Produtos Químicos, S.A.

- FINOVA, S.G.P.S., S.A.

- G.P.M.G.- Gestão e Participações, S.G.P.S., S.A.

- IMOMAGUE, S.A.

- RIOS & OCEANOS – Sociedade de Exploração Turística, S.A.

- SOGEMA - S.G.P.S., S.A.

- TOTALPARTE - S.G.P.S., S.A.

ESPÍRITO SANTO INVESTMENT 186

Dr. Duarte José Borges Coutinho Espírito Santo Silva

Dr. João Filipe Espírito Santo de Brito e Cunha

Dr. José Manuel Pinheiro Espírito Santo Silva

Dr. Manuel de Magalhães Villas-Boas

Vogal do Conselho de Administração

(Não Executivo)

Vogal do Conselho de Administração

(Não Executivo)

Vogal do Conselho de Administração

(Não Executivo)

Vogal do Conselho de Administração

(Não Executivo)

Não exerce outros cargos.

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- Banco Espírito Santo de Angola, S.A.

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Membro do Conselho de Administração de:

- Banco Espírito Santo Sailing Team, S.L. (Espanha).

- ESLUMO (Espanha)

- Espírito Santo Properties (Espanha)

- Eunea Investments, S.L. (Espanha)

- NSI – Nova Saúde Integral, S.L. (Espanha)

- Sociedade Imobiliária e Turística da Quinta do Perú, S.A.

Gerente de:

- VESB – Gestão de Investimentos e Prestação de Serviços, Lda.

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva do Banco Espírito Santo, S.A.

Presidente do Conselho de Administração de:

- Banco Espírito Santo, S.A. (Espanha)

- Espírito Santo Financial Consultants, Gestão de Patrimónios, S.A.

- Fiduprivate – Sociedade de Serviços, Consultoria, Administração de Empresas, S.A.

Vogal do Conselho de Administração de:

- Banque Espírito Santo et de la Vénétie, s.a.

- ESAF – Espírito Santo Activos Financeiros, Sociedade Gestora de Participações Sociais, s.a.

- Espírito Santo Bank

- Europ Assistance – Companhia Portuguesa de Seguros de Assistência, s.a.

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Presidente do Conselho de Administração de:

- Banque Privée Espírito Santo, S.A. (Lausana)

- Sociedade Imobiliária e Turística da Quinta do Peru, S.A.

Vice-Presidente do Conselho de Administração de:

- ESFG Overseas Limited

- Espírito Santo Financial Group, S.A.

- Espírito Santo Financial (Portugal) – Sociedade Gestora de Participações Sociais, s.a.

Vogal do Conselho de Administração de:

- BESPAR – Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.

- E.S. Control Holding, S.A

- Espírito Santo Internacional, S.A.

- Espírito Santo Resources Limited

- Espírito Santo Services, S.A.

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vogal não executivo do Conselho de Administração do Banco Espirito Santo, S.A.

Vogal do Conselho de Administração de:

- BES Finance Limited

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Vogal do Conselho de Administração de:

- ESFG Overseas Limited

- Espirito Santo Financial Group, S.A

- Espirito Santo Investment Management

187 RELATÓRIO E CONTAS

Dr. Mário da Silveira Teixeira Júnior Vogal do Conselho de Administração

(Não Executivo)

1. Cargos sociais exercidos em empresas do Grupo BES

Vice-Presidente do Conselho de Administração de:

- BES Investimento do Brasil S.A. - Banco de Investimento

2. Cargos sociais exercidos em empresas fora do Grupo BES

Vice-Presidente do Conselho de Administração de:

- Companhia Vale do Rio Doce

Membro do Conselho de Administração de:

- Banco Bradesco S.A.

- Bradesco Leasing, S.A. – Arrendamento Mercantil

- Bradespar S.A.

- Cidade de Deus – Companhia Comercial de Participações

- Valepar S.A.

Membro do Conselho de Administração e da Directoria Executiva de:

- ELO Participações e Investimentos, S.A.

Director de:

- NCF Participações, S.A.

- Nova Cidade de Deus Participações, S.A.

- Top Clube Bradesco, Segurança, Educação e Assistência Social

Membro do Conselho Deliberativo da Caixa Beneficiente dos Funcionários do Bradesco

Membro da Mesa Regedora e Director Gerente da Fundação Bradesco

Membro do Conselho de Administração e Director Gerente da Fundação Instituto de Moléstias

do Aparelho Digestivo e da Nutrição.

Nota: todos as sociedades e instituições acima referidas estão sediadas no Brasil.