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modo significativo, o volume de termos lavrados a partir de determinações contidas
nos Pareceres Prévios e nos Termos de Inspeção, este último em razão da intensificação
das inspeções e do início da realização de auditorias. Em relação à contratação para
eventos juninos, fonte de muitas irregularidades em exercícios anteriores, não houve
termos de ocorrência lavrados, o que significa que a orientação expedida quanto à
contratação de profissionais do setor artístico foi bastante eficaz (Tabela 26).
• Remessa de Informações da Lei de Responsabilidade Fiscal
Em relação à remessa de informações relativas ao cumprimento da Lei de Responsabilidade
Fiscal (LC. 101/2000), está se consolidando a adesão dos gestores ao sistema LRFNet,
disponibilizado em 2003, na medida em que vem crescendo o número de Prefeituras
que remeteram suas informações nos 5 bimestres de 2006. Comparando-se o exercício
de 2005 com 2006, observa-se um aumento percentual de 11% no 1º bimestre, de
20% no segundo, 5% no terceiro e de 8%, nos últimos, o que equivale a um aumento
médio na ordem de 10,4% na remessa (Tabela 27).
Poucas Prefeituras (19) deixaram de remeter suas informações nos cinco bimestres de
2006: Caatiba, Canavieiras, Capim Grosso, Cardeal da Silva, Casa Nova, Coração de
Maria, Guaratinga, Jaguarari, Jitaúna, Laje, Maetinga, Malhada das Pedras, Maragogipe,
Pilão Arcado, Piripá, Presidente Jânio Quadros, Sítio do Mato, Sobradinho e Tanhaçu,
sendo que as de Maragogipe e Sobradinho foram reincidentes, ou seja, não remetem
qualquer informação desde 2004. Para esses casos, o Tribunal está determinando a
lavratura de Termo de Ocorrência.
Tabela 26 - Comparativo de Termos de Ocorrência Lavrados Segundo à Origem
2004 2005 2006OrigemParecer PrévioExame MensalReg. Cadastral e FiscalTermo de InspeçãoEventos JuninosTotal
Qt.183260228111
557
Qt.1552163508-
414
Qt.3381573071-
596
Fonte: 3ª CCE 5ª Diretoria de Controle Externo
OrigemParecer PrévioExame MensalReg. Cadastral e FiscalTermo de InspeçãoEventos JuninosTotal
OrigemParecer PrévioExame MensalReg. Cadastral e FiscalTermo de InspeçãoEventos JuninosTotal
Tabela 27 - Informações da LRF Remetidas do Executivo em 2005 e 2006
Ocorrência
Remeteu no PrazoFora do PrazoNão Remeteu
2005 20061º Bim.
27712317
2º Bim.2989128
3º Bim.3494919
4º Bim.3395028
5º Bim.3473832
1º Bim.3099711
2º Bim.3574812
3º Bim.3663912
4º Bim.3693414
5º Bim.3752121
Fonte: Sistema LRF-Net
6º Bim.26413815
36
O número de Câmaras Municipais que não remeteram suas informações é maior do que
o das Prefeituras omissas. 60 Câmaras não encaminharam nenhuma informação no 2º
quadrimestre de 2006 (Tabela 29).
Com a implantação dos procedimentos de auditoria, o Tribunal vai intensificar o controle
dessas informações, emitindo alertas e aplicando sanções cabíveis.
• Informações de Licitações e de Obras e Serviços de Engenharia
Um dos projetos a ser implementado no âmbito do PROMOEX, é o Sistema de Auditoria
de Obras Públicas Municipais, para cuja viabilização exigiu-se o desenvolvimento de
duas outras ferramentas informatizadas, o SICOB e o Relatório de Custo. O Sistema de
Castrastramento de Obras – SICOB, desenvolvido e implantado em 2006, em tecnologia
Web, visa formar um banco de dados com informações de obras e serviços de engenharia
para fornecer os subsídios indispensáveis ao planejamento e à execução de auditorias.
O Sistema Relatório de Custo de Construção Regionalizado, contendo informações
sobre os preços unitários de 139 itens de serviços básicos de construção praticados
pelos municípios, é um instrumento de análise e avaliação dos preços contratados em
cada região do Estado e visa oferecer maior consistência aos dados obtidos mediante a
aplicação da Tabela PINI, indicador de cunho nacional no setor.
Tabela 28 - Informações da LRF Remetidas pelo Legislativo
2005 20061º Quadrimestre 2º Quadrimestre 1º Quadrimestre 2º Quadrimestre
Qt.25712040
%62299
Qt.2945964
%711415
Qt.3126342
%751510
Qt.3233460
%77814
Fonte: Sistema LRF-Net, informações até 27.12.05
Ocorrência
Remeteu no PrazoFora do PrazoNão Remeteu
3º QuadrimestreQt.29110373
%702518
Tabela 29 - Câmaras Municipais Pendentes na Remessa de Informações em 2006
AiquaraAmélia RodriguesAratacaAurelino LealBarra do RochaBiritingaCaatibaCaemCaldeirão GrandeCamaçariCampo Alegre de LourdesCanavieirasCansançãoCapelado Alto AlegreCentral
CipóFloresta AzulGanduGongogiGov. Lomanto JuniorIbicaraíIbirapitangaItaju do ColôniaItamarajuItuaçuJoão DouradoLamarãoLicínio deAlmeidaMacurureMarcionilio Souza
MascoteMonte SantoNilo PeçanhaNovo HorizontePau BrasilPedrãoPiraí do NortePiripáPojucaPonto NovoPres. DutraPres. Jânio QuadrosPres. Tancredo NevesSanta BrígidaSta. Maria da Vitória
SantanaSanto EstevãoSão FélixSerrolândiaSítio do QuintoSobradinhoTanhaçuTaperoáTeolândiaUbatãUibaiUmburanasUruçucaWanderleyWenceslau Guimarães
Fonte:Nota:
Sistema LRF-Net, informações até 27.12.05as Câmaras de Aiquara, Barra do Rocha, Ituaçu, Pedrão, Presidente Dutra, Sta. Brígida, São Félix, Serrolândia e Sítio do Quinto não vêmencaminhando as informações desde 2004.
37
Com esses instrumentos e a customização do SIAOP, o TCM se coloca entre os principais
Tribunais de Contas brasileiros preocupados com a questão das licitações, contratações e
execução de obras públicas, certamente um item de peso na composição da despesa
pública e fonte de freqüentes denúncias de superfaturamento. Também a nomeação e
capacitação de Auditores, Técnicos de Controle Externo e Técnicos de Inspeção de Obras
concursados espelham a prioridade que o Tribunal confere ao controle das obras públicas.
O estágio em que essas atividades se acham, capacitou o TCM a atrair o Encontro Nacional
de Auditoria de Obras Publicas, a ser realizado em Salvador, em março próximo, em
parceria com o Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas – IBRAOP.
As Tabelas 30 e 31 indicam o volume de informações, classificadas por modalidades
licitatórias, volume e total de recursos envolvidos e tipologia de obras públicas e serviços
de engenharia mais comuns nos Municípios, obtidas com o SICOB.
Tabela 30 - Enquadramento das Licitações
EspecificaçãoDispensaInexigibilidadeConviteTomada de PreçoConcorrência*EPOPregãoTotal
Recusos Envolvidos27.472.300,221.668.047,57
163.863.502,54232.991.824,33623.170.397,141.733.944,857.505.026,17
1.058.405.042,82
Fonte:Nota:
Sistema de Cadastro de Obras - SICOB - 3ª CCEEPO é um tipo de licitação internacional regida pelas normas do BID e Banco Mundial.
Qt.1.412
232.31757498518
4.447
Tabela 31 - Enquadramento das Obras e Serviços de Engenharia
Tipo da Obra/ServiçoConstruçãoReformaAmpliaçãoRecuperaçãoProjeto de Cálculo Estrutural/ FundaçõesProjetos Elétrico, Hidráulico, TelefônicoEstudos de Viabilidade do SoloEstudos de Viabilidade EconômicaUrbanizaçãoInfra EstruturaDrenagemPavimentaçãoRecuperação EmergencialLimpeza e Revestimento de CanaisInstalação Elétrica p/ Iluminação PúblicaSondagemDrenagem/PavimentaçãoMicrodrenagem e PavimentaçãoLimpeza, Cobertura e ConstruçãoReurbanização GeralPavimentação e ContençãoImplantaçãoContençãoOutrosTotal
Qt.840459151249206212812453237101514247217471832267
2.614
Recursos Envolvidos159.456.125,5831.633.378,8119.264.775,5634.860.519,11
871.624,03203.467,44152.700,00145.164,14
3.870.673,7244.617.325,846.626.836,73
38.003.383,854.044.729,672.773.310,733.259.066,50
152.195,408.304.583,961.981.184,44
663.725,85367.577,25945.969,08
1.053.785,274.452.421,52
28.591.875,57256.789.399,14
Fonte: Sistema de Cadastro de Obras - SICOB - 3ª CCE
38
Com as informações já obtidas, é possível, por exemplo, estabelecer a tipologia mais
usual de obras e serviços de engenharia que os municípios realizam com mais freqüência,
a exemplo de construção que representa 32%, de reforma 18%, de pavimentação e
recuperação 9%, de infra-estrutura 5%, do volume de obras e serviços contratados.
Também, o cruzamento de informações, propiciado pelo SICOB, permitiu que se
constatasse a discrepância entre o montante de recursos licitados com aquele relativo à
tipologia de obras e serviços contratados, como se pode verificar do confronto entre as
Tabelas 31 e 32, constituindo em indicador, na composição da matriz de risco, para o
planejamento e a realização de auditorias de obras e adoção de outras providências.
Não obstante as informações já obtidas, que tem levado a realização de auditorias
extraordinárias em alguns municípios, o grau de adesão ao SICOB ainda é pequeno.
Com o objetivo de compelir a remessa de informações, sobre obras e serviços licitados
e contratados, decidiu-se proceder, em uma primeira etapa, ao controle concentrado
nos 25 municípios de maior receita orçamentária, lavrando-se Termo de Ocorrência,
quando configurada a omissão de informações (Tabela 32).
Tabela 32 - Posição dos Municípios com Maior Receita em Relação ao SICOB
MunicípiosCamaçaríFeira de SantanaVitória da ConquistaSão Francisco do CondeItabunaIlheusJuazeiroCandeiasLauro de FreitasJequiéSimões FilhoPaulo AfonsoBarreirasAlagoinhasMadre de DeusEunápolisTeixeira de FreitasPorto SeguroMucuriPojucaDias D'avilaSanto Antonio de JesusLuís Eduardo MagalhãesGuanambiSerrinhaTotal
Valor354.658.448,15248.934.460,18193.933.789,33179.233.104,72153.477.825,83121.948.091,15121.300.751,96106.880.794,85105.471.861,83102.071.928,3195.174.016,6481.262.584,0480.522.815,7876.467.316,8376.465.196,1870.698.548,7465.071.767,7961.907.284,0558.655.079,9558.385.808,9857.683.538,0547.946.695,5743.704.761,8638.165.497,9337.817.521,70
2.637.839.490,40
Percentual13,45%9,44%7,35%6,79%5,82%4,62%4,60%4,05%4,00%3,87%3,61%3,08%3,05%2,90%2,90%2,68%2,47%2,35%2,22%2,21%2,19%1,82%1,66%1,45%1,43%
100,00%
Fonte: SAESC , SICOB e SIP
39
• Auditorias, Inspeções e Tomada de Contas
Como consectário da moderna fiscalização, o TCM vem investindo na realização de auditorias
planejadas. Neste sentido foi adotado um conjunto de medidas tendentes a criar um
ambiente propício. A primeira delas foi o reforço do quadro técnico, com a nomeação dos
concursados e a realização do curso de capacitação, com ênfase na construção de metodologia
e procedimentos auditoriais. A segunda, foi concentrar na 3ª CCE, que já realiza inspeções,
as atribuições de programar, planejar e coordenar a execução das auditorias.
Com essas medidas e a implantação do SIGA, que se acha em fase de teste do seu
projeto- piloto, as auditorias constituíram práticas rotineiras do novo modelo de controle.
a) Auditorias Motivadas por Pendência de Entrega da Documentação Mensal
Os resultados das primeiras auditorias realizadas, com base nos procedimentos e
metodologia disseminados no Curso, foram bastante auspiciosos. Nessa fase, priorizou-
se a realização de auditorias naqueles municípios que não entregaram a documentação
mensal da receita e da despesa, conforme preceitua a Resolução nº 1060/05. Foram
auditados 17 municípios, além de duas auditorias extraordinárias, motivada pelo
desencontro das informações lançadas no SICOB (Tabela 33).
Estão pendentes de realização 13 auditorias em municípios que não entregaram a
documentação mensal do exercício de 2006, que serão procedidas em 2007. No caso
do município de Gongogi, será procedida, também, à Tomada de Contas, uma vez
que não prestou contas do exercício de 2005 (Tabela 34).
Tabela 33 - Auditorias Realizadas
CaraíbasCanavieirasIbirapitangaIrajubaItaberabaItuaçuLajedo do TabocalMacururéMalhada de Pedras
Marcionílio SouzaPalmeirasPilão Arcado,PiripáPresidente Jânio QuadrosSanta Maria da VitóriaSão José da VitóriaSobradinho - SAAETanhaçu
Fonte: 3ª Coordenadoria de Controle Externo - 3ª CCE
Tabela 34 - Auditorias Pendentes para 2007
Casa NovaCentralCipóConceição de FeiraFeira da Mata SAAEDário MeiraGongogi
JitaúnaMarcionílio SouzaMuniz FerreiraNova ItaranaPiripáQueimadasXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Fonte: 3ª Coordenadoria de Controle Externo - 3ª CCE
40
b) Inspeções de Denúncias
No exercício de 2006, foram realizadas 101 inspeções suscitadas por processos de
denúncias, em duas etapas: no 1º semestre foram efetivadas 56, no período de 13 de
março a 10 de junho e, no 2º semestre 52, no período de agosto a 15 de dezembro.
No primeiro semestre foi procedida a inspeção em 28 municípios, sendo eles: Angical,
Antas, Baixa Grande, Barra, Caém, Candeal, Capim Grosso, Coribe, Encruzilhada, Entre
Rios, Euclides da Cunha, Eunápolis, Feira da Mata, Formosa do Rio Preto, Igaporá,
Jaguaquara, Mairi, Mucuri, Muquém do São Francisco, Nova Fátima, Pé de Serra, Santa
Luz, Santo Estêvão, Sátiro Dias, Serra do Ramalho, Serrinha, Tabocas do Brejo Velho e
Veredas, perfazendo 56 processos de denúncia, uma vez que o número de processos
nem sempre corresponde ao de municípios inspecionados. Às vezes existem mais de
um processo de denúncia sobre um mesmo município.
No segundo semestre foram inspecionados 52 municípios: Água Fria, Alagoinhas,
Angical, Araçás, Araci, Aramari, Bonito, Buerarema, Buritirama, Caetité, Canápolis, Capim
Grosso, Catu, Cipó, Contendas do Sincorá, Crisópolis, Gandu, Gongogi, Guaratinga,
Heliópolis, Ibirapitanga, Itaberaba, Itamaraju, Itapicuru, Jeremoabo, Jiquiriçá, Lagoa
Real, Luís Eduardo Magalhães, Malhada de Pedras, Maragojipe, Mascote, Morro do
Chapéu, Nazaré, Nordestina, Pedrão, Pilão Arcado, Porto Seguro, Pres. Jânio Quadros,
Quijingue, Remanso, Riacho de Santana, Ribeira do Pombal, Santa Maria da Vitória, São
Francisco do Conde, São Gabriel, Serra Dourada, Serra do Ramalho, Serrinha, Sítio do
Mato, Uruçuca, Varzedo e Vereda.
Acham-se pendentes 16 inspeções programadas, que serão realizadas em 2007 (Tabela 35).
c) Tomada de Documentação de Concurso Público
Além das auditorias e inspeções, procedeu-se à tomada de documentação de concurso
público nos municípios de Barra, Caém, Angical, Araci, Bonito, Brejões, Contendas do
Sincorá, Cândido Sales, Itabuna, Itapicuru, Heliópolis, Uruçuca e Veredas.
Tabela 35 - Municipios Pendentes deInspeção para 2007
BrejõesBueraremaCachoeiraCândido SalesCondeúbaEntre RiosIbicoaraIbiquera
IlhéusItabunaItapetingaJacaraciNova ViçosaTucanoVárzea da Roça Nova FátimaWanderley
Fonte: 3ª Coordenadoria de Controle Externo - 3ª CCE
41
• Visitas de Inspeções Regionais
Em 2006, o Presidente deu prosseguimento ao cronograma de inspeções, visitando as
Inspetorias de Itamaraju e Eunápolis, na busca de unificar entendimentos, conhecer e
avaliar as condições de instalação de cada órgão. Com as duas visitas realizadas, já são
17 IRCEs inspecionadas no biênio. Em decorrência das visitas de inspeções, foi promovida
a reambientação nas 1ª (Salvador) e 4ª (Itabuna) IRCES, abrangendo reforma de lay out,
adequação da rede elétrica, telefônica e de refrigeração. Foram também instalados
aparelhos de ar-condicionado nas IRCEs de Itabuna, Cachoeira, Ribeira do Pombal e
Senhor do Bonfim; e pequenos serviços de reparo nas de Santo Antônio de Jesus,
Jequié, Camaçari e Barreiras (portas, divisórias, janelas e pintura, respectivamente).
42
3. Orientação aos Jurisdicionados
As atividades de orientação aos jurisdicionados constitui um dos relevantes aspectos
institucionais da atuação do Tribunal. Partindo das premissas de que o esforço de
modernização e de aperfeiçoamento do Tribunal só será bem sucedido se, ao mesmo
tempo, a ele se incorporarem os seus jurisdicionados e, de que antes de punir é necessário
esclarecer, orientar, instruir, a orientação aos jurisdicionados é um dos componentes da
estratégia de modernização do Tribunal.
Dentro dessas premissas, sem prejuízo de outras atividades regimentais, as ações do
TCM voltadas à orientação se endereçaram à:
• uniformização de entendimentos sobre matérias relevantes, constituindo uma base
para formação de jurisprudência de orientação geral dos jurisdicionados;
• potencialização de eventos voltados à capacitação da gestão municipal;
• disponibilização de ferramentas de captura informatizada de dados delimitados de gestão,
como estratégia pedagógica de predisposição para a implantação do Projeto SIGA, que
deverá substituir a atual sistemática do controle das contas públicas e, ao mesmo tempo,
induzir à implantação e/ou a manutenção dos sistemas de controle interno;
• capacitação para implantação dos sistemas de controle interno de previsão constitucional.
• Uniformização de Entendimentos sobre Matérias Relevantes
Consolidando a sistemática adotada de uniformização do entendimento do Tribunal sobre
questões relevantes, suscitadas em consultas formuladas pelos jurisdicionados, foram
convertidos em Instrução Cameral, constituindo jurisprudência a ser aplicada pela
Coordenação de Assistência aos Municípios - CAM, dentre outros, entendimento de que:
“ ... O disposto no § 4º, do art. 57, da Emenda Constitucional que regula a eleição/
reeleição da Mesa Diretora das Casas do Congresso Nacional, não se constutui norma-
princípio ou princípio estabelecido inerente e essencial à Federação e à República, de
natureza meramente regimental, que não está entre aquelas que devem ser
compulsoriamente observadas nas Cartas Estaduais e Municipais, entendendo-se que
tal proibição não se estende às Câmaras Municipais” (provocado pela consulta da Câmara
de Ourolândia sobre a reeleição da sua Mesa Diretora),
“ ... O inciso I, do art. 4º do Decreto–Lei nº 201/67, que dispõe sobre as infrações político-
administrativas, estabelece que a prerrogativa de proceder alterações no orçamento, mediante
43
abertura de créditos adicionais e suplementares e especiais, somente é conferida ao Poder
Executivo” (provocado pela consulta da Prefeitura Municipal de Jaguarari).
Embora sem se constituírem em matérias controversas e divergentes entre os Poderes Executivo
e Legislativo municipais, outras consultas demandaram pronunciamento do Tribunal, tais
como as que versam sobre a “compensação das obrigações previdenciárias da Câmara”, e
sobre a possibilidade de “construção de casas populares com recursos da Caixa Econômica
Federal, disponibilizados por intermédio da Resolução nº 460, do Conselho Curador da
Caixa Econômica Federal, sem a realização do competente procedimento licitatório”.
• Potencialização de Eventos de Capacitação da Gestão Municipal
Como parte da sua estratégia de orientação aos jurisdicionados, o Tribunal participou
dos eventos promovidos pelo Controladoria Geral da União, pelo Governo do Estado,
Ministério Público, União de Prefeituras da Bahia e entidades outras com o objetivo de
contribuir com a melhoria da gestão municipal considerando que a boa e oportuna
orientação é essencial ao controle preventivo.
A Tabela 36 exemplifica alguns dos eventos dessa natureza, com a participação de
órgãos técnicos do Tribunal, em que se priorizou a divulgação da Res. 1120/05 sobre
os controles internos municipais.
Tabela 36 - Principais Eventos de Orientação com a Participação do TCM
Data17.02
20.02
03.03
24.03
28.03
24 e 26/05
05.06
06.11
13.11
07.12
18 e 19.12
EventoUtilização de Recursos Públicos ePrestação de ContasI Fórum de Presidentes de Câmaras daBahiaII Fórum de Presidentes de Câmaras daBahiaII Fórum de Presidentes de Câmaras daBahiaI Simpósio Regional
O Controle Interno na Gestão Pública
Curso de Formação para ControladorInternoSeminário sobre ControladoriaMunicipal6ª Aula p/ Formação de ControladorInterno MunicipalSeminário Gestão Municipal
III Encontro Técnico de Avaliação dasAtividades do TCM
Órgão EntidadeSEDES/COPS Município deSalvadorUPCB e Câmara Municipal deSalvadorUPCB
UPCB e Câmara Municipal deJacobinaCIMURC/TCM/CEPLAC eConsórcio dos Municípios doVale do Rio de ContasPrefeitura Municipal de SâoDesidérioTCM, UPB e DOM
Cons. Regional de Contabili-dade do Estado da BahiaTCM e UPB
Prefeitura Municipal deItapetinga
TCM
Participação TCMPalestrante Res.nº 1121/05
Palestrante - Res. nº 1120/05
Palestrante Res.nº 1120/05
Palestrante Res.nº 1120/05
Palestrante Res. nº 1120/05e Lei Licitações da BA
Palestrante LRF e Resolução1120/05Palestrante Res. nº 1120/05
Palestrante Res. TCMnº 1120/05Palestrante Gestão da ÁreaSocialPalestrante - O ControleInterno na Avaliação daGestãoPalestrante O ControleInterno
Fonte: Coordenadoria de Assistência aos Municípios - CAM
44
• Disponibilização de Sistemas Informatizados
O exercício de 2006 foi destinado à consolidação do conjunto de sistemas
disponibilizados como ferramentas de gestão de aplicações de recursos públicos
em áreas prioritárias de controle: educação, saúde, publicidade e obras públicas.
Neste conjunto se destacam o Sistema de Informações de Educação e Saúde - SIES,
Sistema de Informações de Obras - SICOB, Sistema de Informações de Gastos com
Publicidade - SIP e Sistema de Informação de Multas - SIM, a que se soma o LRF-Net
para captura das informações sobre gestão fiscal. Esses sistemas foram concebidos
com os objetivos de, ao mesmo tempo, facilitar o trabalho de análise do Tribunal,
especialmente quanto ao cumprimento dos índices constitucionais e de induzir os
jurisdicionados a implantarem seus sistemas de controle interno, para melhor
gerenciar o gasto público municipal e sua utilização já se refletem na qualidade das
contas públicas.
• Capacitação Para o Controle Interno
O ponto alto das atividades de orientação foram as ações de capacitação destinadas à
implantação dos sistemas de controle interno, objeto da Resolução nº 1120/05.
Ao longo dos anos 2003, 2004, inclusive no próprio exercício de 2005, o TCM
procurou incutir nos gestores, nos diversos eventos de que participou, a necessidade
de disporem de seus sistemas de controle, não só por imperativo constitucional e
pelas exigências do novo ambiente administrativo criado pela Lei de Responsabilidade
Fiscal, como pela vantagem de se anteciparem na correção de suas próprias falhas
gerenciais. Após intensa campanha de esclarecimento, o Tribunal estabeleceu o
paradigma de controle, em Resolução, fixou o prazo de 270 dias para sua
implantação. O próprio TCM se predispôs a promover ações de capacitação focada
nos objetivos pretendidos.
Nesse sentido, ressalta-se o Curso de Formação de Controlador Interno Municipal
realizado em parceria com a União de Municípios da Bahia – UPB. Organizado
segundo as áreas de controle estabelecidas pelo paradigma de controle adotado,
em sete (7) módulos, abrangendo o controle dos processos de licitação, controle
de frota, gestão de bens patrimoniais e almoxarifado; acompanhamento de obras e
técnicas de auditoria; pessoal; atendimento na área social – educação/assistência
social e saúde, e respaldado em material didático especialmente preparado pela
Faculdade Jorge Amado, sob a direção técnica da CAM, o curso contou com a
participação de 771 órgãos municipais e outros interessados, com um total de
2.477 participantes (Tabela 37).
45
Com essas ações, 57% dos 834 jurisdicionados (Prefeituras e Câmaras) informaram ter
criado os seus sitemas de controle interno (tabela 38).
As ações de capacitação terão continuidade em 2007 com o aproveitamento e/ou revisão
dos módulos produzidos e agregação de novas informações, devendo focar, nessa segunda
etapa, nos servidores que de fato irão operacionalizar os sistemas de controle. A produção
e instrumentos ficará completa com a elaboração de um Relatório-Padrão de Controle
Interno para que se possa gradativamente aperfeiçoar os sistemas implantados.
Com base nas informações disponíveis, são as seguintes as Prefeituras que já dispõem dos
seus sistemas de controle interno: Abaré, Adustina, Água Fria, Aiquara, Alagoinhas, Alcobaça,
Almadina, Amargosa, Anagé, Andaraí, Andorinha, Angical, Angüera, Antas, Antônio Gonçalves,
Aporá, Aracatu, Araci, Aramari, Arataca, Aratuípe, Baianópolis, Baixa Grande, Barra, Barra da
Estiva, Barra do Choça, Barra do Mendes, Barra do Rocha, Barrocas, Belmonte, Belo Campo,
Biritinga, Boa Nova, Boa Vista do Tupim, Bom Jesus da Serra, Boninal, Bonito, Boquira, Botuporã,
Brejões, Brejolândia, Brotas de Macaúbas, Brumado, Cabeceiras do Paraguaçu, Cachoeira,
Caculé, Caetité, Cairu, Camacã, Camaçari, Camamu, Campo Alegre de Lourdes, Campo Formoso,
Canápolis, Canarana, Canavieiras, Candeal, Candeias, Candiba, Cândido Sales, Canudos, Capela
do Alto Alegre, Caravelas, Cardeal da Silva, Carinhanha, Casa Nova, Castro Alves, Catolândia,
Catu, Caturama, Cícero Dantas, Cipó, Coaraci, Cocos, Conceição do Almeida, Conceição do
Coité, Conde, Condeúba, Contendas do Sincorá, Coração de Maria, Cordeiros, Coronel João
Sá, Correntina, Cotegipe, Cravolândia, Cruz das Almas, Curaçá, Dário Meira, Dias D’Ávila, Dom
Macedo Costa, Elísio Medrado, Encruzilhada, Érico Cardoso, Euclides da Cunha, Eunápolis,
Fátima, Feira da Mata, Feira de Santana, Filadélfia, Formosa do Rio Preto, Gandu, Governador
Lomanto Júnior, Governador Mangabeira, Guajeru, Guanambi, Guaratinga, Heliópolis, Iaçu,
Ibiassucê, Ibicaraí, Ibicoara, Ibipitanga, Ibiquera, Ibitiara, Ibotirama, Ichu, Igaporã, Igrapiúna,
Iguaí, Ilhéus, Inhambupe, Ipiaú, Ipirá, Irajuba, Irará, Itabela, Itaberaba, Itabuna, Itaetê, Itagi,
Itagimirim, Itaguaçu da Bahia, Itamaraju, Itamari, Itambé, Itanhém, Itapebi, Itapitanga, Itaquara,
Itatim, Itiruçu, Itiúba, Itororó, Iuiú, Jacaraci, Jacobina, Jaguaquara, Jaguarari, Jeremoabo, Jitaúna,
João Dourado, Jussara, Lage, Lagoa Real, Laginho, Lajedo do Tabocal, Lamarão, Lapão, Lauro
de Freitas, Lençóis, Licínio de Almeida, Livramento de Nossa Senhora, Luis Eduardo Magalhães,
Tabela 37 - Participação dos Jurisdicionados no Curso
Órgão/Entidade de OrigemCâmaraPrefeituraOutros Administração IndiretaTotal
Qt.186405180771
Fonte: Coordenadoria de Assistência aos Municípios - CAM e União de Municípios da Bahia - UPB
Tabela 38 - Municípios em Relação ao Controle Interno
Órgão/Entidade
CâmaraPrefeituraTotal
Total
417417834
Informou PendentesQtd.266213479
%645157
Qtd.151204355
%364943
Fonte: Coordenadoria de Assistência aos Municípios - CAM
46
Macajuba, Macarani, Macaúbas, Maetinga, Maiquinique, Malhada, Malhada de Pedras,
Manoel Vitorino, Mansidão, Maracás, Maragogipe, Marcionílio Souza, Mata de São João,
Matina, Medeiros Neto, Miguel Calmon, Milagres, Mirangaba, Mirante, Monte Santo, Morro
do Chapéu, Mortugaba, Mucugê, Muquém do São Francisco, Muritiba, Nordestina, Nova Soure,
Nova Viçosa, Novo Triunfo, Olindina, Oliveira dos Brejinhos, Ouriçangas, Palmas de Monte
Alto, Palmeiras, Paramirim, Paratinga, Pau Brasil, Paulo Afonso, Pedrão, Pedro Alexandre, Piatã,
Pindaí, Pindobaçu, Piritiba, Planaltino, Planalto, Pojuca, Ponto Novo, Porto Seguro, Potiraguá,
Prado, Pres. Dutra, Pres. Jânio Quadros, Pres. Tancredo Neves, Quixabeira, Remanso, Retirolândia,
Riachão das Neves, Riacho de Santana, Ribeira do Pombal, Ribeirão do Largo, Rio de Contas,
Salinas da Margarida, Santa Brígida, Santa Inês, Santa Luz, Santa Luzia, Santa Terezinha,
Santana, Santanópolis, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, Santo Estêvão, São Domingos,
São Felipe, São Gabriel, São José da Vitória, São Miguel das Matas, Saubara, Saúde, Seabra,
Sebastião Laranjeiras, Senhor do Bonfim, Serra do Ramalho, Serra Dourada, Serra Preta,
Serrolândia, Sítio do Quinto, Tabocas do Brejo Velho, Tanque Novo, Teixeira de Freitas, Teodoro
Sampaio, Teofilândia, Teolândia, Terra Nova, Uauá, Ubaíra, Uibaí, Una, Utinga, Várzea do Poço,
Várzea Nova , Vera Cruz, Wagner, Wanderley e Wenceslau Guimarães.
Além das ações estratégicas, no exercício de 2006, foram apreciados 1.585 processos
(Tabela 39), inclusive o exame da legalidade das pensões em decorrência da alteração
da Resolução nº 672/02, tendo em vista a compensação financeira entre institutos de
previdência.
Tabela 39 - Demandas de Orientação e Assistência Atendidas
EspecificaçãoConsultas à UACEConsultas à UAJMAposentadorias GEAPEConcurso PúblicoAcompanhamento do julgamento das contas pelas Câmaras MunicipaisPensõesTotal
Qt.8648145488352124
1.585
Fonte: Coordenadoria de Assistência aos Municípios - CAM