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Renata José
ESTUDO CEFALOMÉTRICO EM JOVENS BRASILEIROS
PORTADORES DE CLASSE II, 1ª DIVISÃO DE ANGLE,
SEGUNDO A ANÁLISE DE JARABAK
MARÍLIA2004
Renata José
ESTUDO CEFALOMÉTRICO EM JOVENS BRASILEIROS
PORTADORES DE CLASSE II, 1ª DIVISÃO DE ANGLE,
SEGUNDO A ANÁLISE DE JARABAK
Dissertação apresentada à Universidade de Marília
-UNIMAR, Faculdade de Ciências Odontológicas, para a
obtenção do Título de Mestre em Clínica Odontológica,
Área de concentração em Ortodontia.
Orientador: Prof. Dr. Paulo César Tukasan
Co-orientador: Prof. Dr. Acácio Fuziy
MARÍLIA2004
José, RenataJ83e Estudo cefalométrico em jovens brasileiros portadores de classe II, 1ª di- visão de Angle, segundo a análise de Jarabak./ Renata José -- Marília: UNIMAR, 2004. f.195
Dissertação (Mestrado). – Faculdade de Ciências Odontológicas daUniversidade de Marília. Marília, 2004.
l. Má oclusão classe II 2. Cefalometria 3. Diagnóstico 4. Retrognatismomandibular
I. José, Renata II. Estudo cefalométrico em jovens brasileiros portadores de classe II, 1ª divisão de Angle, segundo a análise de Jabarak
CDD – 617.643
Reitor: Dr. Márcio Mesquita Serva
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Pró-Reitor: Prof. Dr. Sosígenes Victor Benfatti
Faculdade de Ciências Odontológicas
Diretor: Dr. Valdir Gouveia Garcia
Programa de Pós-Graduação em Clínica Odontológica
Área de Concentração em Ortodontia
Coordenador: Prof. Dr. Sosígenes Victor Benfatti
Orientador: Prof. Dr. Paulo César Tukasan
Co-orientador: Prof. Dr. Acácio Fuziy
UNIMAR – UNIVERSIDADE DE MARÍLIA
NOTAS DA BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO
(RENATA JOSÉ)
“ESTUDO CEFALOMÉTRICO EM JOVENS BRASILEIROS PORTADORES DE
CLASSE II, 1ª DIVISÃO DE ANGLE, SEGUNDO A ANÁLISE DE JARABAK”
Banca Examinadora
Prof. Dr. Marcos Rogério de Mendonça - UNESP - Araçatuba-SP
Avaliação:......................... Assinatura:................................................................
Prof. Dr. Acácio Fuziy - UNIMAR – Marília-SP
Avaliação:......................... Assinatura:................................................................
Prof. Dr. Paulo César Tukasan - UNIMAR – Marília-SP
Avaliação:......................... Assinatura:................................................................
Data da Defesa: 16/02/2004
Especialmente...
A DEUS pelo infinito amor e proteção, quesempre iluminou e guiou os meus caminhos
me dando forças para superar todos osmomentos de minha vida, mesmo os
momentos mais difíceis.
Aos meus queridos e amados pais,
Renato e Semy
De vocês recebi o dom mais precioso quepoderiam me dar: a VIDA. Não contentes,
preencheram-na de alegrias, carinho,compreensão e muito amor. Abriram as
portas de meu futuro, e foram responsáveispela minha formação moral e intelectual,
conduzindo-me à compreensão dos preceitosde idoneidade, solidariedade, boa conduta e
acima de tudo respeito pelo ser humano,
sempre me iluminando e abençoando, o meueterno agradecimento.
Minha Mãe, consegui trilhar mais uma etapade meu caminho, e graças a seu apoio eincentivo, estruturado com muito amor,trabalho e honestidade, alcancei meus
objetivos. Obrigada pelo carinho, dedicação epela sua paciência. Agradeço de coração por
mais esta vitória, minha eterna gratidão eadmiração;
e....
Ao meu Pai...
mesmo distante.... deve estar assistindo otérmino desta jornada. Minha eterna
lembrança e saudades.
À minha querida e amada irmã Claudia,companheira, amiga em todos os momentos,obrigada pelo seu amor, pela sua atenção,pela sua prestimosa dedicação, pela sua
dignidade de caráter, pelo incentivo de meusideais e sábios conselhos que me trouxeramsempre esperança e bom ânimo em toda a
minha vida. Você contribuiu de forma decisivapara alcançar esse objetivo. A minha eternaadmiração, gratidão e obrigada por tudo que é
para mim;
Ao meu cunhado Carlinhos, pelo apoio,carinho, minha eterna gratidão e amizade.
Meu reconhecimento e agradecimentoespecial
Ao Professor Doutor Paulo CésarTukasan, participação fundamental neste
trabalho, pela sua presença significante, quecom sua calma e tranqüilidade transmitiu
conhecimentos tão importantes, orientando-
me e por meio de seu apoio, incentivo, econfiança em mim depositados foram
essenciais para busca de minha capacitaçãodocente. Obrigada pela sua amizade e recebaminha eterna admiração e gratidão por tudo
que aprendi e que sou hoje.
Ao professor Doutor Acácio Fuziy, receba aminha admiração e sinceros agradecimentos
pelos ensinamentos transmitidos, peloreconhecimento por todo apoio e amizadeque me foram dedicados e também pelaincansável luta. Muito obrigada por me
ensinar como agir no âmbito profissional, comdedicação, disciplina e ordem. Minha
eterna gratidão.
A minha querida e grande amiga Tuka,em especial, pela sua grandeza de alma,
responsável pelo meu ingresso na carreiradocente, pelo incentivo e sábios conselhos,
fonte inesgotável de sabedoria, força edeterminação, exemplo de simplicidade,
dedicação e honestidade, que me ensinou aenfrentar os grandes desafios em prol de meuaperfeiçoamento moral e intelectual, em que
deposito grande respeito, gratidão eadmiração, de todo coração meu eterno
carinho.
oportunidade de propiciar-me o Curso deMestrado;
Ao Digníssimo Professor Doutor SosígenesVictor Benfatti, Pró-Reitor e Coordenador doPrograma de Pós-Graduação em ClínicaOdontológica, Área de Concentração emOrtodontia da Universidade de Marília, pelo apoiodemonstrado, minha admiração;
Ao Digníssimo Professor Doutor ValdirGouveia Garcia, Diretor da Faculdade deCiências Odontológicas da Universidade deMarília, pelo excelente trabalho realizado, minhaadmiração;
Aos Professores Doutores do Curso deMestrado em Ortodontia, pelos conhecimentostransmitidos;
Ao Professor Doutor Júlio Araújo Gurgel,por toda atenção depositada, minha gratidão eadmiração;
Ao Professor Doutor Luis AnselmoMariotto, pela contribuição da correção no examede qualificação;
Ao Professor Doutor Sebastião M.R.Carvalho, por toda atenção depositada, minhaadmiração;
Aos Professores da Graduação, do Cursode Odontologia, minha admiração;
Aos alunos da Graduação em Odontologia daUniversidade de Marília, pela amizade;
Aos Professores da disciplina deOdontopediatria do Curso de Graduação daUniversidade de Marília, pela pouca convivência,mas agradável, minha admiração e amizade;
Ao Professor Doutor José EduardoCorrente, pela atenção, compreensão epaciência na realização da análise estatística dosresultados, pelo excelente trabalho desenvolvido;
Ao Professor Doutor Luis Antonio deArruda Aidar, pela sua prestimosa atenção;
Ao meu grande amigo Cid, pelo carinho,incentivo, apoio depositado em mim, em todos osmomentos de luta, sinto-me privilegiada dedesfrutar de sua convivência e amizade, minhaeterna gratidão e admiração;
À amiga Sarah, Coordenadora da SaúdeBucal, pelo apoio e suporte diante de minhaausência nos dias da realização do Curso deMestrado, meu eterno carinho, gratidão eamizade;
À Denise, Juliana e Charlene, pelapaciência, carinho e dedicação que sempredepositaram em mim, minha eterna gratidão eamizade;
À amiga Marinêz, meu carinho e amizade;
“Deus nos deu nossos parentes, masteve a bondade de nos deixar escolher
nossos amigos.” Ethel
Munford
Aos amigos do Mestrado...
Meu grande amigo Badaoui, a sua grandezade espírito emana um apreciável exemplo dehumildade e determinação na busca de novosconhecimentos e aprimoramentos pessoal eprofissional. Obrigada pela sua amizadeincondicional, sincera e verdadeira dia após dia,meu eterno carinho;
Ao amigo Danilo, a amizade é como umbarco no horizonte, que, conforme se move, someda visão, mas isso não significa que não esteja lá;
Ao amigo Edmílson, a linguagem da amizadenão é feita de palavras, mas de significados;
Ao amigo Marcos Guilherme, amizade é orespiro da vida, o multiplicador de nossas alegrias;
Ao amigo Mineiro, não há distância ou lapsode tempo que possa diminuir a amizade daquelesque não têm dúvidas quanto ao valor um do outro;
Ao meu grande amigo Roberto, que entrouna minha vida como quem não quisesse nada, emal sabe que o aprisionei para sempre, debaixode sete chaves, dentro do coração; minha eternagratidão, admiração e amizade. A simpatia é osentimento que nasce num só momento, sincerono coração; são dois olhares acesos bem juntos,unidos, presos, numa mágica atração;
À amiga Rosilaine, pela sua grandeza empessoa, de todas as felicidades, a mais gratificanteé a de uma firme e sincera amizade;
Ao amigo Silvio, pelo companheirismo eamizade, nossa vida é repleta de alegrias simplese bênçãos perenes, e uma das grandes alegriasda vida é ter uma pessoa amiga;
Minha amiga Tânia, os amigos não se fazem,já nascem feitos, é uma das mais doces alegriasda vida;
Ao amigo Thomas, a amizade é umsentimento sério, o mais sublime de todos, pois sefunda em princípios e é cimentado pelo tempo;
À amiga Vera, sinto-me orgulhosa de ter oprivilégio de conviver e desfrutar da sua amizade,pelo exemplo de simplicidade e ao mesmo tempopela grandeza que sua presença emana, meueterno carinho;
...vocês são muito especiais!
A minha querida tia Nadima, neste ato,representando os demais membros de minhafamília, pelo amor e carinho, minha eternaadmiração e gratidão;
Aos queridos primos Liliane e César, pelahonra de nossa grande amizade, meu eternocarinho;
À Luciana Bisco Ferreira, pela amizade ecolaboração em meu trabalho, minha gratidão;
À Olívia, desejo a você sucesso em sua novajornada, minha amizade;
Aos funcionários da ROM, pela atenção eserviços prestados;
Ao Roberto Aur, pela atenção depositadaem mim, minha gratidão e amizade;
À Maristela, minha gratidão na elaboraçãodas fichas;
À Professora Valéria pela atenção depositadana realização da revisão do texto;
À Professora Marilda, pelo auxílio na versãodo resumo para língua inglesa;
Ao amigo Carlos Rocha, meu carinho eamizade;
Ao amigo Junior, pela atenção e amizade,minha eterna gratidão;
À amiga Mª. Luíza, meu eterno carinho eamizade;
Aos tradutores da língua inglesa pelocriterioso trabalho de traduções dos artigoscientíficos, que possibilitaram uma leituraconsistente de seus conteúdos;
Ao Markinhos, pela colaboração narealização de meu trabalho no campo dainformática, minha gratidão e amizade;
Ao Mucha e Alex, pelo auxílio em meutrabalho no campo visual;
Aos funcionários da Pós-Graduação, emespecial a Andréa pela atenção e simpatia,minha gratidão e amizade;
Aos funcionários da biblioteca, em especialà Ge, e a bibliotecátia Cezira, pela atenção ededicação;
Ao Marcelo, da tesouraria, pela atençãodepositada em mim, minha amizade;
Ao Sr. Ademir, pela atenção e simpatia,minha gratidão e amizade;
Enfim, a todos aqueles que contribuíram, direta ouindiretamente, para realização deste trabalho, os mais sinceros
agradecimentos, muito obrigada!
“O futuro pertence àqueles queacreditam na
Resumo
No presente trabalho, foram analisadas 95 telerradiografias em norma lateral,
de jovens brasileiros na faixa etária entre 10 e 15 anos, de ambos os gêneros, não
tratados ortodonticamente, as quais foram divididas em dois grupos: Grupo Classe
II, com 65 telerradiografias em norma lateral, de jovens portadores de má oclusão de
Classe II, 1ª divisão de Angle, sendo 29 do gênero masculino e 36 do gênero
feminino; e o Grupo Controle, com 30 telerradiografias em norma lateral, de jovens
portadores de oclusão clinicamente aceitável, sendo 13 do gênero masculino e 17
do gênero feminino. O levantamento foi realizado nas escolas públicas municipais e
estaduais do município de Marília – SP. O professor Joseph Jarabak desenvolveu na
década de 60, uma análise que correlacionava as estruturas da base do crânio e da
mandíbula, determinando o padrão de crescimento facial. A análise de Jarabak foi
utilizada nessa pesquisa, que apresentou como objetivo a determinação dos valores
das grandezas cefalométricas dos grupos estudados, e relacioná-los entre si;
determinar o padrão de crescimento facial e a presença de dimorfismo entre os
gêneros. Os resultados demonstraram que não houve a presença estatisticamente
de dimorfismo entre os gêneros, o Comprimento do Corpo Mandibular, Altura do
Ramo e Altura Facial Posterior apresentaram-se reduzidos e o padrão de
crescimento facial foi predominantemente vertical, apresentando uma face mais
longa, no Grupo Classe II.
Palavras-chave: 1. Má oclusão de Classe II, 1ª divisão; 2. Cefalometria; 3. Diagnóstico;4. Retrognatismo mandibular.
Abstract
For this piece of work, we analysed ninety five cephalometric headfilms young
Brazilian boys and girls, with their age ranging from ten to fifteen. They had not been
treated orthodontically and were divided into two groups: Group Class II - with sixty
five cephalometric headfilms, they presented Class II, division I malocclusion
described by Angle, they were 29 boys and 36 girls; and the Control Group - with
thirty cephalometric headfilms, they presented clinically acceptable occlusion, they
were thirteen boys and seventeen girls. The study was done in municipal and state
schools (from the State of São Paulo) in Marília - S.P. In the 60's, Professor Joseph
Jarabak analysed and developed a correlation between the structure of the skull and
the jaw establishing the facial growth standard. His analysis were used in this
research to determine the avarage values of the cephalometric measure in the
groups studied, and to relate them between themselves; to establish the standard
facial growth and the presence of morphologic anomalies in boys and girls. The
results have shown that, statistically, there were no morphologic anomalies between
boys and girls, the length of the jaw, the height of the branch and the facial posterior
height were reduced and the standard facial growth was mainly vertical and one side
of the face longer than the other, in the Group Class II.
Key Words: 1. Class II, division 1 malocclusion; 2. Cephalometry; 3. Diagnosis; 4. Retrusionmandibular
Lista de Símbolos e Abreviaturas
mm = milímetros
cm = centímetros
m = metros
º = grau
ª = primeira
nº = número
et al. = e colaboradores
% = por cento
NS = não significante
kV = quilovoltagem
mA= miliamperagem
DP = desvio padrão
> = maior
< = menor
N = Nasio
S = Sela
Ar = Articular
Ba = Basio
AFA = Altura Facial Anterior
AFP = Altura Facial Posterior
Goc = Gônio construído
Me = Mentoniano
CCM = Comprimento do Corpo Mandibular
BAC = Base Anterior do Crânio
BPC = Base Posterior do Crânio
AFAT = Altura Facial Anterior Total
AFAS = Altura Facial Anterior Superior
MIH = máxima intercuspidação
RC = relação cêntrica
Lista de Figuras
Figura 1- Fotografias extrabucais frontal e lateral 93Figura 2- Fotografias intrabucais frontal e lateral 93Figura 3- Fotografias intrabucais vista lateral direira e esquerda 94Figura 4- Fotografias intrabucais vista oclusal superior e inferior 94Figura 5- Estruturas anatômicas utilizadas na pesquisa 98Figura 6- Pontos cefalométricos utilizados na pesquisa 101Figura 7- Linhas e Planos utilizados na pesquisa 104Figura 8- Ângulo Sela 107Figura 9- Ângulo Articular 109Figura 10- Ângulo Goníaco 111Figura 11- Ângulo Goníaco Superior e Inferior 113Figura 12- Soma Total 115Figura 13- Relação entre a Base Anterior do Crânio e Comprimento do
Corpo Mandibular
118
Figura 14- Relação entre a Base Posterior do Crânio e Altura do Ramo 120Figura 15- Relação entre a Altura Facial Anterior e Altura Facial Posterior 122Figura 16- Grandezas Cefalométricas da Análise de Jarabak 124
Lista de Quadro e Tabelas
QUADRO 1- Grandezas cefalométricas da Análise de Jarabak 123
TABELA 1- Comparação para as variáveis do Grupo Classe II,
para o primeiro e segundo momentos
130
TABELA 2- Comparação para as variáveis do Grupo Controle
para o primeiro e segundo momentos
131
TABELA 3- Comparação para as variáveis do Grupo Classe II,
para os gêneros feminino e masculino
133
TABELA 4- Comparação para as variáveis do Grupo Controle,
para os gêneros feminino e masculino
134
TABELA 5- Comparação para as variáveis do Grupo Classe II
e Grupo Controle
136
Lista de Gráficos
Gráfico 1- Box-plot para Ângulo Sela para o Grupo Classe II
e Grupo Controle
138
Gráfico 2- Box-plot para Ângulo Articular para o Grupo Classe II
e Grupo Controle
139
Gráfico 3- Box-plot para Ângulo Goníaco para o Grupo Classe II
e Grupo Controle
140
Gráfico 4- Box-plot para Soma Total para o Grupo Classe II
e Grupo Controle
141
Gráfico 5- Box-plot para Ângulo Goníaco Superior para o
Grupo Classe II e Grupo Controle
142
Gráfico 6- Box-plot para Ângulo Goníaco Inferior para o
Grupo Classe II e Grupo Controle
143
Gráfico 7- Box-plot para Base Anterior do Crânio para o
Grupo Classe II e Grupo Controle
144
Gráfico 8- Box-plot para Comprimento do Corpo Mandibular
para o Grupo Classe II e Grupo Controle
145
Gráfico 9- Box-plot para Base Posterior do Crânio para o
Grupo Classe II e Grupo Controle
146
Gráfico 10- Box-plot para Altura do Ramo para o
Grupo Classe II e Grupo Controle
147
Gráfico 11- Box-plot para Altura Facial Posterior para o
Grupo Classe II e Grupo Controle
148
Gráfico 12- Box-plot para Altura Facial Anterior para o
Grupo Classe II e Grupo Controle
149
Sumário
Página
1 INTRODUÇÃO 37
2 REVISÃO DE LITERATURA 42
3 PROPOSIÇÃO 90
4 MATERIAL E MÉTODO 92
5 RESULTADOS 129
6 DISCUSSÃO 152
7 CONCLUSÃO 168
REFERÊNCIAS 171
APÊNDICE 183
ANEXO 194
Introdução
1 Introdução
Um dos fatores de maior importância na elaboração do plano de tratamento
ortodôntico é o diagnóstico, o qual determina o sucesso ou fracasso no tratamento
das más oclusões. Por essa razão, esse assunto tem despertado a atenção de
muitos pesquisadores, preocupados em encontrar meios que possibilitem a
determinação das inúmeras causas que comprometem a integridade biológica do ser
humano.
Durante muito tempo, o diagnóstico ortodôntico foi realizado com muito
empirismo, devido provavelmente à escassez de meios para analisar as partes
componentes do crânio e da face, além do que, a oclusão dentária era estudada
apenas de um ponto de vista anatômico, descrevendo-se a relação dos arcos, de
forma exclusivamente dentária.
No final do século XIX, o pai da Ortodontia, Angle classificou as más oclusões
de uma maneira bastante didática e, por esse motivo, foi amplamente divulgada e
utilizada até os dias de hoje. Angle considerou o primeiro molar permanente
superior como a “chave” para a oclusão, com base na relação oclusal dos dentes.
Na oclusão normal, a cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior
permanente deveria ocluir no sulco mésio-vestibular do primeiro molar inferior
permanente. Por outro lado, a má oclusão de Classe II, 1ª divisão, apresentava o
40
Introdução
sulco mésio-vestibular do primeiro molar inferior permanente se posicionando
distalmente com a cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior permanente,
ao passo que na região anterior, ocorria a inclinação vestibular dos incisivos
superiores, definindo assim a 1ª divisão.
Em 1900, na sexta edição do seu livro texto “Malocclusion of the teeth”,
Angle definiu a Classe II, como o relacionamento mésio-distal anormal, na qual a
mandíbula, e conseqüentemente os dentes inferiores, ocluíam distalmente ao normal
o correspondente à largura de um pré-molar. Em 1907, na sétima edição do citado
livro, Angle modificou sua definição para “uma posição distal ao ideal de mais que a
metade de uma cúspide”. Entretanto, sua classificação foi definida apenas no
sentido horizontal estimulando os pesquisadores a se preocuparem principalmente
com o equilíbrio ântero-posterior do complexo craniofacial.
Para o estudo do crescimento humano quantitativo, o primeiro método
utilizado pela antropologia foi a craniometria, e Hellman, em 1927, realizou dois
importantes estudos em crânios secos, que apesar das limitações impostas pela
craniometria, alguns autores realizaram estudos que foram consagrados e aplicáveis
à Ortodontia até os dias atuais.
O desenvolvimento do cefalostato, em 1931, por Broadbent e Hofrath
possibilitou a padronização das telerradiografias e a cefalometria radiográfica
passou a ser um método com respaldo científico no estudo do crescimento e
desenvolvimento craniofacial, visando não somente o sentido sagital quanto também
o vertical. Assim sendo, foram apresentadas inúmeras análises cefalométricas para
proporcionar informações sobre a morfologia craniofacial adequando-a a parte
dentária.
41
Introdução
A compreensão das diferenças entre os tipos faciais é insuficiente ao estudo
de uma simples variável, pois é necessária a integração de um conjunto de variáveis
que definem o mesmo problema e sua integração na morfologia facial, segundo
Coben (1955).
Björk publicou vários trabalhos no campo da cefalometria sobre o
comportamento das estruturas craniofaciais durante o crescimento. Baseado nesses
trabalhos, Jarabak desenvolveu na década de 60, uma análise que correlacionava
as estruturas da base do crânio e da mandíbula, por alguns autores denominada de
Análise de Björk – Jarabak a qual considerava que o polígono de Jarabak
determinava as características do crescimento em seus aspectos qualitativos e
quantitativos, ou seja, direção e padrão de crescimento facial de indivíduos com
oclusão normal e portadores de diferentes más oclusões.
Jarabak (1972) definiu a cefalometria como a ciência que fracionava o
complexo dento-crânio-facial, com o propósito de examinar de que forma as partes
se relacionavam entre si, e como os incrementos individuais de crescimento ou
mudanças de tratamento, afetavam aquele conjunto.
Para que os estudos de crescimento se tornassem mais confiáveis, Todd
(1981), relatou que apesar da craniometria ter sido o primeiro método utilizado pela
antropologia, para ver o estudo do crescimento humano quantitativo, cuja maior
vantagem seria a possibilidade de se obter medidas precisas diretamente em
crânios secos, assegurou que estes estudos deveriam ser realizados em jovens
vivos, pois a desvantagem do estudo em crânios secos é que poderiam ter sido de
indivíduos com algumas doenças crônicas poderia ter alterado o curso normal do
crescimento craniofacial.
42
Introdução
Siriwat e Jarabak (1985) estudaram também a morfologia facial, e Jarabak
classificou-a em três distintos padrões definidos pela razão da altura facial, podendo
ser padrão de crescimento hiperdivergente, neutro ou hipodivergente.
Em um estudo de Silva Filho et al. (1989), foi concluído que apenas 11,47%
da população apresentou características de oclusão normal, 55% de más oclusões
de Classe I, 42% de más oclusões de Classe II e apenas 3% de más oclusões de
Classe III.
A má oclusão de Classe II, 1ª divisão de Angle, apresentou problemas
esqueléticos verticais e discrepância no sentido ântero-posterior entre a maxila e
mandíbula, causando problemas estéticos e funcionais, apresentados em maior
número nas clínicas ortodônticas, segundo Ritter et al., em 1997.
Gregoret (1999) dizia que Björk teve uma atuação muito destacada como
pesquisador no campo da cefalometria. Em seus estudos, referiu-se ao polígono,
analisando as medidas que eram consideradas mais importantes para o estudo, ou
seja, a morfologia craniofacial do indivíduo, a determinação do biótipo facial e as
posições e inter-relações dos diferentes componentes esqueléticos. O conhecimento
do crescimento e da morfologia craniofacial, bem como as proporções faciais, são
imprescindíveis para se predizer a tendência de crescimento.
Portanto, a proposta dessa pesquisa foi analisar os valores cefalométricos da
Análise de Jarabak, a partir da amostra realizada na região de Marília – SP, de
indivíduos portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, comparados aos
indivíduos com oclusão normal.
43
Revisão de Literatura
2 Revisão de Literatura
Angle (1899) classificou as más oclusões considerando o primeiro molar
permanente superior como a “chave” para a oclusão, com base na relação oclusal
dos dentes. O fator determinante para a classificação da má oclusão era a variação
na posição ântero-posterior do primeiro molar inferior. Na oclusão normal, a cúspide
mésio-vestibular do primeiro molar superior permanente deveria ocluir no sulco
mésio-vestibular do primeiro molar inferior permanente. Segundo o autor, baseado
nesse princípio, classificou as más oclusões em três tipos: Classe I, Classe II e
Classe III. Dividiu ainda, a Classe II em 1ª e 2ª divisões, podendo se subdividir. Nos
casos da má oclusão de Classe II, 1ª divisão, o sulco mésio-vestibular do primeiro
molar inferior permanente posiciona-se distalmente com a cúspide mésio-vestibular
do primeiro molar superior permanente, ou seja, a relação distal dos dentes
inferiores em relação aos superiores; e na região anterior, a projeção vestibular dos
incisivos superiores, definindo assim a 1ª divisão. Essa relação de Classe II, 1ª
divisão, foi descrita como a “relação mésio-distal anormal dos arcos dentários”, em
que todos os dentes inferiores ocluíam numa posição distal ao normal. Segundo o
autor, essa anomalia era devido à retrusão da mandíbula.
Em 1900, na sexta edição do seu livro texto “Malocclusion of the teeth”, Angle
definiu a Classe II como o relacionamento mésio-distal anormal, na qual a mandíbula
46
Revisão de Literatura
e, conseqüentemente, os dentes inferiores, ocluíam distal ao normal o
correspondente à largura de um pré-molar. Entretanto, na sétima edição do citado
livro, em 1907, Angle modificou sua definição para “uma posição distal ao ideal de
mais que a metade de uma cúspide”.
Lischer (1912) em seu estudo descreveu uma nomenclatura para definir as
más posições individuais dos dentes acrescentado o sufixo “versão” à palavra que
indicasse a direção do deslocamento do dente.
Em 1921, Lischer foi o primeiro a usar o termo “distoclusão” e afirmou que
este deveria ser empregado somente nos casos de uma relação distal do arco
inferior em relação ao arco superior, sem o comprometimento extremo das bases
apicais. Em casos com deficiência no desenvolvimento ântero-posterior da
mandíbula, apesar de apresentarem características semelhantes ao problema,
acreditava-se que não era oportuno utilizar o mesmo termo “distoclusão”.
Simon (1922) classificou o posicionamento dos arcos dentários em função de
três planos antropológicos baseados em pontos craniométricos, ou seja, o plano
orbitário, o plano horizontal de Frankfurt e o plano sagital médio. Dessa forma, o
autor aplicava nomes específicos para classificar a posição dos arcos.
Lundström (1925) analisou a natureza da “distoclusão”, ou seja, o arco inferior
posicionava-se mais distal ou posteriormente em relação ao arco superior e,
erradamente, em casos de mandíbulas hipodesenvolvidas. Verificou que fatores
hereditários poderiam ser a causa de uma deficiência no desenvolvimento ântero-
47
Revisão de Literatura
posterior da mandíbula, e, um relacionamento distal do arco inferior induzido por
fatores funcionais ou ambientais, como perda precoce de dentes decíduos ou
hábitos de sucção. Segundo o autor, esses dois fatores poderiam determinar o
aparecimento da má oclusão, sendo os fatores funcionais ou ambientais, mais
favoráveis ao tratamento ortodôntico.
Hellman (1927) realizou dois importantes estudos em crânios secos, sendo
que apesar das limitações impostas à craniometria, alguns autores realizaram
estudos consagrados e aplicáveis à Ortodontia até os dias atuais. O material
utilizado foi do Museu de História Natural Americano, e segundo o autor, concluiu
que o crescimento da face ocorre de cinco processos: crescimento em largura, pelo
pequeno aumento na porção anterior do plano mediano e crescimento da região dos
caninos até o Gônio; em altura, aumento moderado nas dimensões faciais superior e
inferior, maior aumento nas regiões palatina subnasal e o processo alveolar inferior
da região dos molares e pelo desenvolvimento dos alvéolos e dos dentes; em
profundidade, pelo aumento das dimensões faciais das extremidades posteriores
das estruturas envolvidas acima (palato e processos alveolares da maxila) e abaixo
(nos processos alveolares, ramo e corpo mandibular); ajuste da posição facial e
modificação dos ângulos faciais, como diminuição dos ângulos faciais, goníaco e
mentoniano, ao passo que outras dimensões aumentaram, observou-se ainda que
tais incrementos não ocorreram com a mesma intensidade, velocidade ou época.
Oppenheim (1928) por intermédio de um estudo, aplicando medidas
crâniométricas, comparou 18 crânios secos com má oclusão de Classe II e 18
crânios secos com oclusão normal, e observou como características marcantes que
48
Revisão de Literatura
a maxila apresentou-se com tamanho normal e, até mesmo com discreta retrusão
em relação à base do crânio, evidenciando que o problema não se encontrava no
arco superior; e a anomalia consistia num subdesenvolvimento da mandíbula. Com
base nessas afirmações, o autor defendeu a utilização da técnica para tratamento de
Classe II preconizada por Angle, a qual buscava a estimulação do desenvolvimento
mandibular.
Broadbent (1931) com a publicação de seu trabalho “Uma nova técnica de
raios X e sua aplicação em Ortodontia”, introduziu a cefalometria radiológica nos
Estados Unidos, como novo método de pesquisa. Foi o marco inicial no
desenvolvimento dos estudos sobre o crescimento craniofacial. Sua técnica foi cada
vez mais usada na interpretação das irregularidades dentofaciais, uma vez que a
antropometria e o método de Angle não satisfaziam como elementos para o
diagnóstico das más oclusões.
Brodie (1931) publicou um artigo defendendo alguns conceitos propostos por
Angle com relação à sua classificação das más oclusões, à posição dos primeiros
molares permanentes superiores, e, principalmente à natureza da Classe II, 1ª
divisão. O autor enfatizou a afirmação de que um subdesenvolvimento da mandíbula
seria o fator etiológico determinante dessa má oclusão, estando o primeiro molar
superior permamente em uma posição estável.
Hofrath (1931) introduziu na Alemanha o cefalostato, o qual permitia uma
nova técnica denominada de telerradiografia cefalométrica e a partir disso, tornou-se
49
Revisão de Literatura
um instrumento de comparação “in vivo” bastante confiável, além de ser
imprescindível ao estudo do crescimento e desenvolvimento craniofacial.
Hellman (1932) em um estudo cefalométrico com 1196 indivíduos, sendo 526
do gênero masculino e 670 do gênero feminino, na faixa etária entre 05 anos e 06
meses e 22 anos, tinha como propósito de conhecer mais profundamente o
crescimento facial. Confirmou que a face humana aumenta em tamanho, nos três
planos do espaço: vertical, transversal e ântero-posterior. A maior dimensão da face,
na infância, reside em largura, seguida pela altura e profundidade, e com o
crescimento, a maior e menor dimensão sofre um menor e maior aumento,
respectivamente. Com o aumento em tamanho, ocorre uma alteração das
proporções das dimensões estudadas. O incremento no sentido vertical é maior na
região posterior do que na região anterior da face. Algumas dessas alterações são
mais acentuadas no gênero masculino. No gênero feminino, a face tende a crescer
mais no sentido vertical, ao passo que no masculino o crescimento tende no sentido
horizontal. Os maxilares e os arcos dentários do gênero feminino apresentavam
relativamente mais prognáticos do que no masculino.
Elman (1940) em uma amostra de 42 casos de Classe II e em 72 casos de
Classe I, relacionou a posição do primeiro molar inferior permanente com a
mandíbula. Em sua conclusão, a posição desse dente não diferiu nos grupos
estudados, quando relacionada com a tangente à borda inferior do corpo da
mandíbula e com a tangente à borda posterior do ramo da mandíbula.
50
Revisão de Literatura
Baldridge (1941) estudou a posição mandibular em casos de Classe II e
Classe I e também a posição do primeiro molar superior em relação à base do
crânio. A amostra foi composta de 50 indivíduos de Classe I, 32 indivíduos de
Classe II, 1ª divisão, e 21 indivíduos de Classe II, 2ª divisão, sem restrição de
gênero e idade. Dessa forma, foi verificado que o primeiro molar superior está na
mesma posição definida em relação à base do crânio nas Classes I e II. A
mandíbula na Classe II, 1ª divisão, ocupava-se uma posição mais posterior em
relação à base do crânio, e nos casos de Classe I e Classe II, 2ª divisão, a
mandíbula se posicionava normal.
Björk (1947) em seus estudos, por meio da análise cefalométrica, em um
grupo de 603 indivíduos, sendo 322 indivíduos com 12 anos de idade e 281 adultos,
ambos do gênero masculino, concluiu que o prognatismo foi a característica que
determinou a forma geral do perfil facial; e distinguiu o prognatismo facial do
prognatismo alveolar, sendo que o primeiro refere-se ao grau de protrusão das
estruturas faciais em seu conjunto, e o segundo, a proeminência dos processos
alveolares além das bases ósseas. Determinou quatro pontos para se medir o grau
de prognatismo: 1) prognatismo da base da maxila: ângulo formado pela linha
anterior à base do crânio (N-S) e a linha do perfil (N-ENA); 2) prognatismo alveolar
superior: ângulo formado pela linha anterior à base do crânio (N-S) e a linha (N-Pr);
3) prognatismo alveolar inferior: ângulo formado pela linha anterior à base do crânio
(N-S) e a linha (N-infradental) e 4) prognatismo da base da mandíbula: ângulo
formado pela linha anterior à base do crânio (N-S) e a linha (N-Pg). Estabeleceu
ainda relações entre a arquitetura facial e a oclusão dos dentes, particularmente dos
incisivos. Concluiu que o grau variável de prognatismo de indivíduos do mesmo
51
Revisão de Literatura
grupo racial dependia da configuração da base do crânio, que era determinada pelos
ângulos (N-S-Ar) e (N-S-Ba).
Wylie (1947) apresentou um método de discrepâncias nos tamanhos dos
ossos faciais, no sentido ântero-posterior. Os resultados foram que a maxila no
gênero masculino encontrava-se maior nos casos de Classe II, e o primeiro molar
superior encontrava-se mesialmente. Na mandíbula, encontrava-se menor no gênero
feminimo comparado à Classe I.
Adams (1948) realizou um estudo com o intuito de verificar se existia
diferença no formato da mandíbula nos vários tipos de má oclusão, e segundo o
autor nos casos de Classe I e II, não houve diferenças em relação ao ramo e corpo
mandibular.
Björk (1948) na tentativa de analisar a natureza do prognatismo facial,
realizou um estudo cefalométrico, por meio de telerradiografias em norma lateral em
322 jovens suecos com 12 anos de idade, 281 recrutas do exército e um grupo
controle de 20 jovens portadores de oclusão normal. Com relação a distoclusão, o
pesquisador apresentou evidências de que a má oclusão poderia estar associada a
um prognatismo maxilar superior, um posicionamento distal da mandíbula, ou uma
combinação desses dois fatores. Essas causas estariam relacionadas à diferença do
tamanho das bases ósseas, ou seja, aumento do comprimento maxilar e à
diminuição do comprimento mandibular; diferença no prognatismo alveolar;
inclinação dos incisivos e mobilidade da mandíbula na articulação têmporo-
mandibular.
52
Revisão de Literatura
Downs (1948) formulou uma das primeiras análises de interesse para as
correções ortodônticas, estabelecendo um padrão para o esqueleto facial. O autor
concluiu que há um padrão facial que representava a média dos indivíduos com
oclusão excelente. O padrão esquelético lateral poderia ser avaliado pelas variações
do padrão médio. A relação entre a dentadura e o padrão esquelético poderia ser
comparada com relações conhecidas de bom balanço e harmonia.
Drelich (1948) dividiu uma amostra de 48 indivíduos leucodermas em dois
grupos: o primeiro composto de 24 casos portadores de má oclusão de Classe II, 1ª
divisão, e o segundo grupo composto por 24 casos com oclusão normal, sendo os
dois grupos, distribuídos em ambos os gêneros. O autor concluiu que nos casos de
má oclusão de Classe II, o comprimento da mandíbula era menor, e o mento
encontrava-se posicionado posteriormente em relação à base do crânio; e verificou
também que a Altura Facial Anterior era maior em relação à Altura Facial Posterior,
deparando com um plano mandibular mais inclinado.
Elsasser e Wylie (1948) no presente estudo selecionaram dois grupos de
indivíduos leucodermas sendo um grupo com má oclusão de Classe II, 1ª divisão,
divididos em 48 do gênero feminino e 45 do gênero masculino e outro como grupo
controle de Classe I, e a média de idade de 11 anos e meio. Os autores observaram
a retrusão mandibular no gênero feminino e a protrusão maxilar no gênero
masculino, confirmando a existência de dimorfismo entre os gêneros. O índice
cefalométrico na Classe II, 1ª divisão, era menor que na Classe I, o comprimento
total maxilar no gênero masculino da Classe II, 1ª divisão, era maior que Classe I e
os primeiros molares superiores mais à frente. O comprimento total mandibular no
53
Revisão de Literatura
gênero feminino apresentava-se menor nos casos de Classe II, 1ª divisão, que nos
casos de Classe I, e os incisivos centrais superiores protruídos.
Fischer (1948) contestou o conceito de que a má oclusão de Classe II, 1ª
divisão, era uma entidade única e discutiu o diagnóstico diferencial dos seus vários
tipos, sempre fundamentado na sua experiência clínica, cefalometria radiográfica e
modelos de estudo. Segundo o autor, poderiam ser observados os seguintes tipos
faciais de Classe II, 1ª divisão: (1) protrusão do arco superior; (2) retrusão do arco
inferior; (3) retrusão mandibular funcional; (4) retrusão mandibular estrutural e (5)
protrusão bimaxilar. Segundo o padrão de crescimento facial, esses tipos poderiam
ser ainda classificados em dois tipos: Tipo I – divergência anterior e Tipo II –
divergência posterior, sendo que os casos Tipo I apresentavam retrusão do arco
inferior e com crescimento mais favorável no sentido anti-horário, ao passo que os
casos de Tipo II, apresentavam retrusão mandibular (funcional ou estrutural) com
crescimento desfavorável no sentido horário.
Higley (1948) relatou em seu artigo que vários fatores etiológicos eram
responsáveis pelas deformidades dentofaciais e o objetivo deste estudo seria de
determinar o que estava errado em uma má oclusão e sua localização. Segundo
alguns autores, nos casos de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, a mandíbula
apresentava-se mais retruída, conseqüentemente o corpo mandibular e o ramo
mandibular apresentavam-se diminuídos em tamanho, o ângulo goníaco
apresentava-se agudo, os dentes superiores protruídos e os dentes inferiores
retruídos.
54
Revisão de Literatura
Moyers (1948) relatou que o objetivo desse trabalho era de proporcionar um
método altamente científico de sondar as funções fisiológicas da região têmporo-
mandibular em pacientes com má oclusão de Classe II, 1ª divisão. Devido aos
diferentes tipos de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, suas atividades musculares
apresentavam-se diferentes e, conseqüentemente, o plano de tratamento deveria
ser diferente. Relatou que a função muscular apresentava-se alterada e que por
meio do tratamento ortodôntico poderiam ocorrer alterações dessas funções
musculares.
Nelson e Higley (1948) por meio desse estudo analisaram o comprimento da
mandíbula na má oclusão de Classe II, 1ª divisão, comparada à má oclusão de
Classe I e oclusão normal. Foram analisadas 250 telerradiografias em norma lateral
de indivíduos na faixa etária de 07 a 14 anos, sendo 153 com má oclusão de
Classe I e oclusão normal denominado em Grupo A e 97 com má oclusão de
Classe II denominado Grupo B. O Grupo A obteve o comprimento da mandíbula
maior em relação ao Grupo B.
Renfroe (1948) analisou em seu estudo, telerradiografias em norma lateral de
diversas más oclusões divididos segundo a classificação de Angle, sendo 43 casos
de Classe I, 36 casos de Classe II, 1ª divisão, e 16 casos de Classe II, 2ª divisão.
Segundo o autor, a maxila apresentava mais anteriormente nos casos de Classe I e
Classe II, 2ª divisão, que nos casos de Classe II, 1ª divisão; os primeiros molares
superiores apresentavam-se mais posteriormente nos casos de Classe II. E em
relação à mandíbula, esta se apresentava mais retruída nos casos de Classe II, e
apresentavam um desenvolvimento normal.
55
Revisão de Literatura
Larson e Meredith (1949) analisaram 100 telerradiografias em norma lateral,
na faixa etária de 05 anos, em ambos os gêneros, sendo 55 crianças com oclusão
normal, considerado como grupo controle, 27 crianças de Classe I e 18 crianças de
Classe II, 1ª divisão. Foram relacionados à circunferência e tamanho da mandíbula,
circunferência da cabeça e profundidade da sela túrcica-násio, tamanho da cabeça e
tamanho da mandíbula e tamanho da cabeça e profundidade da sela túrcica-násio.
Concluiu que não houve diferença significativa nas 82 crianças de grupo normal e
Classe I em relação às 18 crianças de Classe II, 1ª divisão. Conseqüentemente não
poderia ser dito que uma deformidade de Classe II, 1ª divisão, era causada por uma
mandíbula relativamente mais curta e comprimento sela túrcica-násio maior.
Gilmore (1950) realizou uma amostra composta de 128 indivíduos, divididos
em quatro grupos, sendo 61 indivíduos com oclusões excelentes, 31 do gênero
masculino e 30 do gênero feminino; e 67 com má oclusão de Classe II, 1ª divisão,
sendo 37 do gênero masculino e 30 do gênero feminino. Foram realizadas
telerradiografias em norma lateral, obtendo medidas angulares e lineares, e o autor
concluiu que a mandíbula no grupo de má oclusão apresentava significamente
menor que no grupo de oclusão excelente; não houve diferença significativa no
tamanho da Base Anterior do Crânio e também em relação ao Ângulo Goníaco.
Björk (1951a) estudou a natureza do prognatismo facial em relação à oclusão
normal, tendo como base seus estudos cefalométricos de seus trabalhos anteriores:
603 suecos – 281 adultos e 322 crianças; e 400 indivíduos da Rodésia-África. O
autor chegou à conclusão que o prognatismo facial poderia ocorrer em
conseqüência de: 1) encurtamento da base do crânio; 2) deflexão angular da base
56
Revisão de Literatura
do crânio; 3) modificações na forma do esqueleto facial como causa de uma
diminuição no ângulo entre o ramo e a base craniana e 4) aumento no comprimento
dos maxilares.
Björk (1951b) utilizando a amostra de trabalhos anteriores, realizou um estudo
cefalométrico com 1003 indivíduos, cujo objetivo era determinar o prognatismo
facial. O autor observou que o grau de prognatismo aumentava durante o
crescimento, devido a uma maior velocidade de aumento do comprimento das bases
ósseas, comparados com o crescimento da base craniana. Observou também que
essa diferença das bases ósseas era causada por alterações no tamanho e posição
da maxila e mandíbula.
Björk (1951c) utilizando a mesma amostra de 1947 relatou que segundo os
resultados de seus estudos em anos anteriores (principalmente em 1947), a
estrutura facial submeteu-se a consideráveis alterações no seu padrão facial com o
crescimento, durante o período da adolescência.
Craig (1951) realizou um estudo de 70 telerradiografias em norma lateral,
sendo 34 indivíduos portadores de Classe I, e 36 indivíduos portadores de má
oclusão de Classe II, 1ª divisão, de ambos os gêneros, na faixa etária de 12 anos.
Segundo o autor, conclui que os dois grupos apresentavam os mesmos padrões
esqueléticos, com exceção do comprimento mandibular na Classe II que se
apresentou diminuído e o primeiro molar inferior mais posteriorizado em relação à
Classe I.
57
Revisão de Literatura
Riedel (1952) em uma amostra de 52 indivíduos-adultos com oclusão
excelente, na faixa etária de 18 a 36 anos; 24 crianças com oclusão excelente, na
faixa etária de 07 a 11 anos; 38 indivíduos portadores de má oclusão de Classe II, 1ª
divisão; 10 indivíduos portadores de má oclusão de Classe II, 2ª divisão; e 09
indivíduos portadores de má oclusão de Classe III; o autor teve como objetivo
analisar a posição ântero-posterior da maxila e mandíbula em relação à base do
crânio. Não houve diferença significativa na posição ântero-posterior da maxila em
relação à base do crânio em indivíduos com oclusão normal e má oclusão; e nos
casos de Classe II, 1ª divisão, a mandíbula encontrava-se retroposicionada
comparado ao grupo de oclusão normal.
Fisk et al. (1953) avaliaram e interpretaram os estudos sobre a morfologia e
fisiologia do complexo craniofacial, nos casos de má oclusão de Classe II, 1ª divisão
de Angle. Segundo os autores, há pelo menos seis variações morfológicas possíveis
que resultavam em Classe II, 1ª divisão: 1) maxila e dentes superiores posicionados
anteriormente em relação ao crânio; 2) dentes superiores posicionados
anteriormente em relação à maxila; 3) hipodesenvolvimento mandibular; 4)
mandíbula posicionada posteriormente, mas de tamanho normal; 5) dentes inferiores
posicionados distalmente em base óssea adequada e 6) qualquer combinação das
variações acima. Ainda afirmaram existir uma evidência de que a maioria dos casos
apresentava retrusão mandibular em relação à maxila, com um menor comprimento
mandibular, a Altura do Ramo em menor dimensão, e um Ângulo Goníaco similar à
Classe I.
58
Revisão de Literatura
Blair (1954) fez um estudo cefalométrico em norma lateral de 100 indivíduos,
na faixa etária de 10 a 14 anos, de ambos os gêneros, distribuídos em três grupos
de más oclusões: 40 indivíduos com má oclusão de Classe I, 40 indivíduos com má
oclusão de Classe II, 1ª divisão, e 20 indivíduos com má oclusão de Classe II, 2ª
divisão. O objetivo desse estudo era verificar se existiam diferenças,
estatisticamente, significativas, nos padrões cefalométricos da face; e segundo o
autor, concluiu que: 1) um alto grau de variação do padrão esquelético da face
poderia ser observado em cada Classe das más oclusões estudadas; 2) na amostra
analisada, somente pequenas diferenças entre as médias dos padrões esqueléticos
da má oclusão de Classe I e Classe II, 1ª divisão, foram observadas; 3) os casos de
Classe II, 2ª divisão, apresentavam o Ângulo Goníaco mais agudo e (4) o primeiro
molar permanente não tinha uma relação constante com o corpo e ramo mandibular
durante o período de crescimento.
Mitchell (1954) analisou 103 indivíduos na faixa etária de 10 a 15 anos em
ambos os gêneros divididos em dois grupos: o primeiro grupo com oclusão normal e
o segundo grupo com má oclusão de Classe II, sendo 50 indivíduos de oclusão
normal e 53 indivíduos de Classe II. O autor concluiu que nos casos de Classe II, o
comprimento e altura do ramo mandibular eram menores em relação à oclusão
normal e o ângulo articular não diferia nesses casos.
Coben (1955) em uma amostra de 47 indivíduos na faixa etária entre 08 e 16
anos, sendo 25 do gênero masculino e 22 do gênero feminino, com oclusão normal,
realizou um estudo por meio de telerradiografias em norma lateral. Observou as
morfologias faciais, verificando grandes variações na forma, tamanho e crescimento
59
Revisão de Literatura
das estruturas faciais. Segundo o autor, para compreender as diferenças entre os
tipos faciais não era suficiente o estudo de uma simples variável, e sim, o papel de
cada variável e sua integração na morfologia facial. Afirma também, que nenhuma
característica poderia ser julgada “normal” ou “anormal”, “harmoniosa” ou “não
harmoniosa”, sem uma apreciação de que esta atue no total do complexo facial.
Observou que no gênero masculino houve um maior aumento na altura do que na
profundidade facial, com maior crescimento na porção anterior do que na porção
posterior. De um modo geral, os indivíduos do gênero masculino apresentaram
também maiores mudanças nas proporções faciais do que no gênero feminino, além
de apresentarem um aumento acentuado na dimensão vertical, tornando a face no
gênero feminino mais alongada.
Braun e Schmidt (1956) estudaram 100 indivíduos portadores de má oclusão
de Classe I e Classe II, 1ª divisão, divididos igualmente quanto ao gênero. O objetivo
desse estudo foi analisar as dimensões da mandíbula e a curva de Spee. O
comprimento mandibular, altura do ramo e ângulo goníaco não apresentaram
diferenças estatisticamente significantes entre as más oclusões, e segundo
avaliação cefalométrica da curva de Spee, também não indicou diferenças entre os
grupos. Com base nessas afirmações, as dimensões maxilares e a posição da
maxila e mandíbula foram indicadas como possíveis causadoras da má oclusão.
Henry (1957) em seu estudo, por meio da análise cefalométrica em
telerradiografias em norma lateral, e modelos de gesso de 37 casos portadores de
oclusão excelente, 20 casos portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, com
subdivisões e 103 casos de Classe II, 1ª divisão, (27 com dentadura mista e 76 com
60
Revisão de Literatura
dentadura permanente); revelou quatro tipos diferentes da má oclusão de Classe II,
1ª divisão, a) Tipo 1: protrusão alveolar maxilar; b) Tipo 2: protrusão basal maxilar; c)
Tipo 3: micromandíbula e d) Tipo 4: retrusão mandibular.
Kean (1958) realizou um estudo comparando dois grupos de crianças na faixa
etária de 8 a 10 anos. O primeiro grupo constituído de 36 crianças com má oclusão
de Classe II, 1ª divisão; e o segundo grupo constituído de 36 crianças com oclusão
normal considerado como grupo controle, totalizando uma amostra de 72
telerradiografias em norma lateral. Esse estudo revelou que o comprimento total da
base do crânio era maior na Classe II, 1ª divisão, que na Classe I, levando a um
ângulo facial diminuído. A mandíbula apresentava mais curta na Classe II, 1ª divisão,
e a maxila no mesmo comprimento em relação à Classe I. A Altura Facial Anterior
era similar nos dois grupos, e em relação à Altura Facial Posterior também não
houve diferenças significativas.
Martin (1958) por meio de telerradiografias foram analisados 40 indivíduos de
má oclusão de Classe II, 1ª divisão, e 20 indivíduos de oclusão normal divididos
igualmente em gêneros, na faixa etária de 13 anos. Nos casos de Classe II foi
verificado que o ponto A apresentava-se mais à frente na maxila e na mandíbula,
esta se posicionava mais distal em relação à oclusão normal.
Scott (1958) em estudo ao crescimento facial no sentido vertical, verificou a
influência de alguns fatores determinantes, tais como o crescimento da cartilagem
do septo nasal simultaneamente ao crescimento do palato para baixo, por aposição
e reabsorção, resultando num aumento da cavidade nasal em altura; o componente
61
Revisão de Literatura
vertical de crescimento da cartilagem do côndilo mandibular, demonstrado pelo
aumento da altura do ramo da mandíbula e o crescimento do osso alveolar nas
bases ósseas.
Behm (1959) utilizou 60 telerradiografias em norma lateral de indivíduos
portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, na faixa etária entre 09 e 16 anos,
com objetivo de determinar as proporções esqueletais faciais verticais. Os
resultados mostraram que: 1) todas as medidas lineares da Altura Facial Anterior
apresentaram uma menor variação que suas correspondentes medidas da Altura
Facial Posterior; 2) todas as medidas lineares da Altura Facial Inferior apresentaram
maior variação que as demais medidas verticais da face e 3) a Altura Facial
Posterior foi significantemente menor nos indivíduos portadores de má oclusão de
Classe II, 1ª divisão.
Moore (1959) em seus estudos analisou telerradiografias em norma lateral de
indivíduos dos 08 aos 14 anos, sendo que estas eram tomadas a cada 02 anos, com
o intuito de observar os princípios do crescimento e seus pontos de influência no
desenvolvimento do padrão facial. O autor concluiu que uma parte dos casos
demonstrou um crescimento facial de jovens que possuíam e que mantiveram a
oclusão normal. Nos casos de indivíduos portadores de má oclusão de Classe II,
para que fosse alterado o crescimento facial, ou seja, reduzia a convexidade facial,
que é uma característica da Classe II, o tempo oportuno para a terapêutica
ortodôntica seria ao período de surto de crescimento.
62
Revisão de Literatura
Altemus (1960) em uma amostra de 80 indivíduos divididos igualmente em
ambos os gêneros, na faixa etária entre 12 e 16 anos, mediante telerradiografias em
norma lateral, comparou o padrão esquelético de leucodermas e melanodermas.
Obteve como resultados, um maior tamanho da face nos melanodermas em relação
aos leucodermas, além da protrusão dentária, uma maior Altura Facial Ântero-
Inferior. Portanto deveria haver adaptações para os valores médios de um grupo
para o outro.
Björk (1960) afirmou que a retrusão mandibular em relação à maxila, poderia
ocorrer devido: 1) ao comprimento excessivo da maxila; 2) ao deslocamento anterior
da maxila durante o crescimento; 3) à base do crânio aumentado posteriormente; 4)
ao insuficiente crescimento da mandíbula e 5) à rotação posterior da mandíbula.
Calcote (1960) por meio de telerradiografias em norma lateral realizou um
estudo para avaliar o comprimento da mandíbula, sendo um grupo de 30 crianças
com má oclusão de Classe II, 1ª divisão, 30 crianças com má oclusão de Classe I, e
30 crianças com oclusão normal, considerados de Classe I. Concluiu que não houve
diferença estatística significativa no comprimento mandibular em relação a gênero e
tipos de oclusão.
Maj et al. (1960) analisaram 50 crianças com má oclusão de Classe II, 1ª
divisão, e 50 crianças com má oclusão de Classe III, com 220 crianças com oclusão
normal, todas de ambos os gêneros e na faixa etária de 08 a 15 anos. Nos casos da
má oclusão de Classe II, 1ª divisão, em 62% dos casos foi constatada em relação à
profundidade da face, uma projeção da maxila e retrusão da mandíbula.
63
Revisão de Literatura
Estatisticamente não apresentou diferença do comprimento mandibular comparado
ao de oclusão normal, em que apenas mais de 1/3 dos casos apresentou acentuada
inclinação da mandíbula. Dentariamente, 78% dos casos apresentaram com
projeção dos incisivos superiores, 12% de retroinclinação dos incisivos inferiores e
10% de protrusão dos incisivos superiores com retrusão dos incisivos inferiores.
Cassidy (1962) em um estudo comparou em ambos os gêneros, 30 indivíduos
de Classe I e 16 indivíduos de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, sendo estes com
um relacionamento maxilo-mandibular alterado. O autor concluiu que nos casos de
Classe I e Classe II, não houve diferença significativa em relação ao comprimento do
ramo e corpo mandibular.
Merow (1962) com o objetivo de determinar as alterações ocorridas com a
idade, em determinadas proporções dentofaciais, nas direções horizontal e vertical,
analisou uma amostra composta por 25 jovens, com idade dos 07 aos 15 anos.
Chegou à conclusão que o terço superior da face manteve em proporção em seu
crescimento mais para anterior, já no terço médio e inferior demonstraram um
aumento mais acentuado.
Björk (1963) com o intuito de estudar o crescimento mandibular, com
implantes metálicos, analisou 45 indivíduos, na faixa etária dos 05 aos 22 anos, do
gênero masculino, os quais apresentavam diferentes tipos de má oclusão. Segundo
os resultados, verificou que a porção anterior do mento não apresentou
remodelação; na porção inferior da sínfise, ocorreu, em média, um crescimento
periostático acentuado durante a adolescência; o côndilo apresentou um
64
Revisão de Literatura
crescimento mínimo pré-pubertário e comprovou também que foram grandes as
variações individuais em relação à quantidade de crescimento.
Gresham (1963) em um estudo comparativo em crianças da raça leucoderma,
portadoras de oclusão normal e originária da Nova Zelândia e dos Estados Unidos
da América, comprovou que o padrão dento-esquelético era semelhante, porém a
face inferior apresentava-se mais retrusiva nas crianças do grupo da Nova Zelândia
e o ângulo de convexidade facial foi maior nas crianças do grupo dos Estados
Unidos, que apresentavam uma vestibularização dos incisivos inferiores e a altura
facial menor.
James (1963) relatou que foram pesquisados 100 telerradiografias com má
oclusão de Classe II, 1ª divisão, divididos igualmente em dois grupos, sendo 50
indivíduos do gênero masculino e 50 do gênero feminino na faixa etária de 07 a 14
anos comparados a um grupo controle. O resultado demonstrou um aumento do
comprimento da Base Craniana Anterior (S-N) nos casos de Classe II, 1ª divisão, em
relação à Base Craniana Posterior (S-Ar) apresentou-se um aumento do
comprimento nos casos da má oclusão de Classe II, 1ª divisão, no gênero
masculino. Foi constatado que o problema maior estava na retrusão mandibular e
não na protrusão maxilar.
Wallis (1963) por meio desse estudo tinha como objetivo de determinar se a
variação individual de má oclusão de Classe II, 2ª divisão, apresentava
significativamente na população. A amostra foi constituída de 81 indivíduos com má
oclusão de Classe II, 2ª divisão, sendo 34 do gênero masculino e 47 do gênero
65
Revisão de Literatura
feminino; e como grupo controle a má oclusão de Classe II, 1ª divisão, constituído
por 105 indivíduos e a Classe I constituída por 47 indivíduos, dos quais foram tirados
telerradiografias em norma lateral. Os resultados demonstraram que a má oclusão
de Classe II, 2ª divisão, representava uma população significativa distinta. A Base
Craniana Anterior apresentou-se aumentada em relação ao grupo controle, o ângulo
goníano agudo; já em relação ao corpo mandibular, este apresentava menor, e o
ramo mandibular com tamanho normal, ambos como nos casos de Classe II, 1ª
divisão.
Araújo (1964) em uma amostra de 80 jovens, sendo 05 casos portadores de
oclusão normal, considerada como grupo controle; 50 casos portadores de Classe I
(18 do gênero masculino e 32 do gênero feminino) e 25 casos portadores de
Classe II, 1ª divisão, (08 do gênero masculino e 17 do gênero feminino). O autor
concluiu que a maxila não apresentava diferenças de posição entre os grupos, mas
a mandíbula encontrava-se mais posteriormente e com o comprimento do corpo
mandibular diminuído no grupo de Classe II, e não houve diferenças significativas
nos valores do ângulo goníaco.
Sassouni e Nanda (1964) com o intuito de compreender melhor o processo de
crescimento e desenvolvimento craniofacial nos padrões faciais extremos,
diferenciaram os indivíduos com mordida aberta esquelética da sobremordida
profunda, sendo que a altura dentoalveolar superior era maior no primeiro caso. A
altura facial ântero-inferior também era maior e a altura facial póstero-inferior menor.
Apresentava-se um ramo mandibular curto, uma posição mais superior do côndilo e
uma distância côndilo-molar maior os quais se encontravam relacionados com o
66
Revisão de Literatura
desenvolvimento na mordida aberta anterior. Assim, os autores concluíram que
muitas discrepâncias ântero-posteriores são apenas os efeitos das discrepâncias
verticais e o tratamento ortodôntico deve estabelecer o controle da dimensão vertical
para se alcançar a correção ântero-posterior e a estabilidade do caso.
Schudy (1965) em uma amostra composta por 307 indivíduos, na faixa etária
entre 11 e 14 anos, tinha como intuito de documentar as mudanças de crescimento
que causavam rotação na mandíbula. A amostra foi dividida segundo o tipo facial e
comparada com um grupo controle formado por 62 indivíduos. Concluiu que as
variações no crescimento dos côndilos e na área molar eram responsáveis pela
rotação do corpo mandibular. Desse modo, a rotação mandibular no sentido horário
era resultante de um maior crescimento vertical na área molar do que na região do
côndilo mandibular. A rotação no sentido anti-horário, entretanto, era o resultado de
um crescimento condilar maior do que o crescimento vertical na área molar, sendo
que em casos extremos poderia haver uma acentuada sobremordida. Sua principal
conclusão foi que o crescimento mandibular não era o principal determinante da
morfologia facial, e sim, o crescimento vertical da maxila.
Björk (1966) em uma amostra de 45 indivíduos do gênero masculino, com
diferentes tipos de má oclusão, utilizou em seu estudo implantes metálicos, com
intuito de analisar o crescimento da maxila e da mandíbula. O autor correlacionou o
crescimento maxilar e mandibular com o crescimento estatural, na adolescência.
Como resultados, comprovou que no período juvenil o crescimento médio para a
maxila foi de 1mm/ano; o crescimento no período de velocidade mínima pré-
pubertário aos 11 anos e 6 meses foi de 0,25mm/ano; aos 14 anos, pico de
67
Revisão de Literatura
velocidade de crescimento pubertário, o crescimento foi de 1,5mm/ano; e no período
de 17 anos, esse crescimento era nulo. Para a maxila e mandíbula, a velocidade
mínima de crescimento pré-pubertário e o pico de velocidade do crescimento
pubertário ocorreram nas mesmas idades, poucos meses após dos correspondentes
fenômenos para estatura corporal. Aos 17 anos interrompeu-se o crescimento
sutural, ao passo que o crescimento condilar estendeu-se até 23 anos.
Coben (1966) relatou em seu artigo que a má oclusão de Classe II, 1ª divisão,
tinha como características de alterações tanto de ordem dentária, quanto
esquelética. Segundo algumas literaturas, a mandíbula poderia apresentar em um
tamanho normal ou diminuída, estando mais posteriormente em relação à base do
crânio, também poderia apresentar um problema em relação à maxila, sendo esta
mais protruída em relação à base do crânio. Dentariamente, os incisivos superiores
apresentavam-se protruídos, e os inferiores, retruídos.
Nouer (1966) realizou um estudo com o objetivo de determinar as
prevalências de oclusão normal e má oclusão e determinar a porcentagem segundo
a classificação de Angle. Examinou 1623 jovens, sendo que 754 do gênero
masculino e 769 do gênero feminino, na faixa etária entre 07 à 12 anos, divididos em
leucodermos, melanodermos e xantodermos. Concluiu que a prevalência da oclusão
normal foi significativamente baixa, e que a prevalência da má oclusão foi alta.
Segundo a classificação de Angle, mostrou uma porcentagem alta da Classe I, com
91%, seguida a Classe II, com 8,5%, e finalmente a Classe III com 0,40% da
amostra estudada.
68
Revisão de Literatura
Araújo (1967) analisou em uma amostra de 80 indivíduos, sendo 30 casos de
Classe I e 50 casos de Classe II, 1ª divisão, os critérios de classificação das más
oclusões de Angle. A amostra contava com telerradiografias em norma lateral de
indivíduos leucodermas na faixa etária entre 11 e 12 anos, em ambos os gêneros.
Os casos de Classe II demonstraram a mandíbula mais retruída que nos casos de
Classe I, visto que cada Classe possuía tipos com características próprias. Segundo
o autor, não foi possível identificar um tipo único de má oclusão, existindo uma
grande variação dentro de uma mesma Classe.
Houston (1967) em uma amostra de 96 indivíduos portadores de má oclusão
de Classe II, 2ª divisão, (sendo 46 do gênero masculino e 50 feminino) na faixa
etária entre 07 e 14 anos, foram comparados com uma amostra de má oclusão de
Classe II, 1ª divisão, e Classe I (oclusão normal). Os resultados demonstraram que a
base do crânio teve diferença significativa em um maior comprimento nos casos de
Classe II, 1ª e 2ª divisões; a mandíbula apresentou-se nos três grupos em tamanho
semelhante; nos casos de Classe II, 2ª divisão, o ângulo do plano mandibular
apresentou-se menor; também nos casos de Classe II, 2ª divisão, os indivíduos do
gênero feminino apresentaram uma diminuição da Altura Facial Anterior e inferior e
em relação a protrusão maxilar, foi constatado um valor menor nos casos de Classe
II, 1ª divisão, e iguais para os casos de Classe I, e Classe II, 2ª divisão.
Pfaff (1967) em um estudo da morfologia da mandíbula nos casos de Classe I
e Classe II, 1ª divisão, analisou 51 jovens portadores de Classe I, sendo 20 do
gênero masculino e 31 do gênero feminino; e 30 jovens com má oclusão de Classe
II, 1ª divisão, sendo 11 do gênero masculino e 19 do gênero feminino, ambos os
69
Revisão de Literatura
casos na faixa etária entre 11 e 12 anos. O autor constatou que nos portadores de
Classe I a mandíbula era maior (comprimento total, corpo e ramo mandibular) e o
ângulo goníaco não apresentava diferenças significativas entre os grupos.
Ackerman e Proffit (1969) propuseram um esquema de classificação para
más oclusões nos quais foram avaliadas cinco características da má oclusão e o seu
relacionamento. Problemas estes relacionados ao alinhamento e simetria dos arcos
dentários, tipos de perfil facial, problemas no sentido ântero-posterior, transversal e
vertical. Eles não estavam sugerindo que o sistema de Angle fosse descartado, mas,
aumentando sistematicamente por meio da síntese de dois esquemas de
classificação, de Angle e Venn, superando assim as fraquezas principais do sistema
de Angle e auxiliando na visualização da complexidade da má oclusão, e ajuda para
um bom planejamento e correto tratamento.
Björk (1969) ciente de que o sucesso do tratamento de algumas más oclusões
dependia do controle de alguns aspectos morfológicos da face, o autor em uma
pesquisa com 100 jovens analisou a rotação mandibular durante o crescimento por
meio de um estudo longitudinal com implantes metálicos, e relatou que a análise do
crescimento consistia essencialmente na avaliação de três itens: no
desenvolvimento da forma facial; no sentido do crescimento facial e na média
individual de maturação. Dentre esses itens, encontrou maiores informações sobre o
padrão de crescimento mandibular e confirmou que o crescimento em comprimento
mandibular ocorreu essencialmente nos côndilos. A porção anterior do mento
mostrou-se estável, sem ocorrência de crescimento, o aumento na espessura da
sínfise, entretanto, normalmente ocorreu pela aposição em sua porção posterior.
70
Revisão de Literatura
Quanto ao padrão de crescimento mandibular, geralmente se encontrou
caracterizado pela curvatura discreta para frente ou ocasionalmente para trás,
sempre acompanhada pela remodelação na região do ângulo goníaco e da sínfise.
Sassouni (1969) analisou as estruturas do complexo dentofacial em que estas
poderiam levar a diferentes tipos faciais. A infindável variação do tamanho, posição,
forma e proporção do complexo estrutural dentofacial têm influência na oclusão; e os
dentes, músculos e ossos interagem intimamente durante o crescimento
aumentando ou mascarando as deformidades dentofaciais iniciais. Segundo o autor,
nos casos de Classe II esquelética relatou que ocorreu alterações de desvios de
posição, como maxila protruída e mandíbula retruída; e também alterações
dimensionais, como a maxila aumentada em seu tamanho e a mandíbula diminuída.
Em destaque, um excessivo desenvolvimento na Altura Facial Superior – base
craniana e falta de desenvolvimento da Altura Facial Posterior.
Sassouni (1970) por meio de seu estudo destacou a importância do correto
diagnóstico para o planejamento do tratamento ortodôntico. O indivíduo era
analisado mediante telerradiografia em norma lateral e póstero-anterior. Segundo os
resultados, por intermédio da combinação dos aspectos ântero-posteriores e
verticais, a má oclusão de Classe II, 1ª divisão, determinou alguns tipos básicos de
displasias esqueléticas: dois tipos com mordida profunda, sendo um com retrusão
mandibular e, outro com protrusão maxilar, e os outros dois tipos com mordida
aberta, apresentando as mesmas caracteríticas que o anterior.
71
Revisão de Literatura
Thomazinho (1970) analisou uma amostra de 120 telerradiografias de
indivíduos brasileiros leucodermas, sendo 40 indivíduos com má oclusão de
Classe II, 1ª divisão, 40 indivíduos com Classe I e 40 indivíduos com oclusão
normal. Comparando os três grupos, o autor concluiu que a maxila não apresentava
alterações em seu posicionamento, mas a mandíbula nos casos de Classe II,
apresentava-se em seu tamanho menor, e retruída; e também nesses casos de
Classe II, com um padrão de crescimento vertical.
Coben (1971) dizia que a má oclusão relacionava-se tanto com problemas na
maxila quanto na mandíbula, e a chave para o sucesso no tratamento da má oclusão
de Classe II era a associação entre um diagnóstico preciso e o conhecimento
profundo do crescimento e desenvolvimento craniofacial, conhecendo assim a
intensidade, forma, direção e época em que ocorriam essas mudanças em todo
complexo craniofacial.
Isaacson et al. (1971) em um estudo, tiveram como finalidade de examinar a
relação entre as medidas verticais da face e a rotação mandibular. Mediram a Altura
Facial Anterior Total, a Altura Facial Ântero-Superior, a Altura Facial Ântero-Inferior e
a Altura do Ramo nos três tipos de padrão de crescimento: vertical, horizontal e
equilibrado. Como resultado concluíram que nas faces mais alongadas a Altura
Facial Anterior Total apresentava-se aumentada, sendo que a maior parte desse
aumento ocorria na Altura Facial Ântero-Inferior. A Altura Facial Ântero-Superior
permaneceu constante. E nos casos da Altura do Ramo mandibular era
inversamente proporcional ao ângulo formado por SN e o plano mandibular mais alto
(padrão dolicofacial).
72
Revisão de Literatura
Rothstein (1971) por meio de telerradiografias em norma lateral foram
analisados 335 indivíduos com má oclusão de Classe II, 1ª divisão, e 273 indivíduos
com oclusão normal, na faixa etária de 10 a 14 anos, e também foram realizadas
radiografias de punho. O autor concluiu que nos casos de Classe II a base do crânio
apresentava aumentada, a maxila mais à frente e aumentada, e em relação à
mandíbula esta apresentava bem posicionada e normal em seu tamanho.
Andrews (1972) em um estudo com 120 casos de pacientes não tratados
ortodonticamente e portadores de oclusão normal, foram observadas as
características presentes na oclusão normal. Segundo o autor, foram determinadas
seis qualidades diferenciais em cada um dos casos estudados, denominadas “as
seis chaves de oclusão normal”, e portanto, eram vistas como essenciais para o
sucesso do tratamento. São elas: Chave 1- Relação Molar; Chave 2- Angulação da
Coroa; Chave 3- Inclinação da Coroa; Chave 4- Rotações; Chave 5- Contatos Justos
e Chave 6- Plano Oclusal.
Harris et al. (1972) relataram que foram realizadas telerradiografias em norma
lateral, divididas em dois grupos sendo um de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, e
o segundo grupo de oclusão normal, respectivamente, 63 crianças em um grupo e
96 crianças no segundo grupo, na faixa etária de 10 a 12 anos. Em relação à Classe
II, o autor conclui que a mandíbula apresentava-se retruída, e a maxila, em uma
posição normal.
Hitchcock (1973) em um estudo comparativo de 109 indivíduos com má
oclusão de Classe II, 1ª divisão, e 40 indivíduos com oclusão normal, na faixa etária
73
Revisão de Literatura
de 13 anos em ambos os gêneros, o autor concluiu que o posicionamento
mandibular apresentou-se mais retruído na má oclusão de Classe II, 1ª divisão, a
maxila não houve diferenças significativas, e os incisivos superiores no grupo da má
oclusão apresentaram-se protruídos e sem diferenças nos dois grupos em relação
aos incisivos inferiores.
Menezes (1974) teve como objetivo desse estudo investigar as diferenças das
dimensões do complexo craniofacial entre dois grupos totalizando 68 crianças na
faixa etária de 09 à 13 anos. Um grupo com 37 crianças com má oclusão de
Classe II, 1ª divisão, sendo 22 do gênero masculino e 15 do gênero feminino; e 31
crianças portadoras de Classe I considerando grupo controle sendo 17 do gênero
masculino e 14 do gênero feminino. Segundo os resultados, o ângulo da base
craniana (N-S-Ar) era maior nos meninos com má oclusão de Classe II, 1ª divisão,
que nos meninos de Classe I; entretanto nas meninas, essa medida era menor na
Classe II, 1ª divisão, que nas meninas de Classe I. A extensão da Base Craniana
Anterior (N-S) era menor nos meninos de Classe II, 1ª divisão, comparado a
Classe I. A extensão da Base Craniana Posterior (S-Ar) era maior nos meninos com
má oclusão de Classe II, 1ª divisão, que nos meninos de Classe I e comparado às
meninas, essa medida era menor na Classe II, 1ª divisão em relação à Classe I. As
crianças com má oclusão de Classe II, 1ª divisão comparados a Classe I
apresentavam dimensão mandibular diminuída, com um maior ângulo entre a maxila
e mandíbula, e uma acentuada inclinação dos incisivos superiores.
Vigorito (1974) avaliou dois grupos de más oclusões, leucodermas brasileiros,
do gênero masculino entre 19 e 30 anos: Grupo I - 30 casos com má oclusão de
74
Revisão de Literatura
Classe I e Grupo II - 26 casos com má oclusão de Classe II, 1ª divisão. Foram
obtidas telerradiografias em norma lateral em oclusão central, por meio de medidas
angulares e distâncias lineares. A variabilidade individual era bastante acentuada
dentro de cada classe de má oclusão. Os indivíduos portadores de má oclusão de
Classe I apresentaram um padrão médio-satisfatório, ao passo que os de Classe II,
1ª divisão, mostraram um padrão dento-esquelético muito pobre, caracterizado,
principalmente por uma discrepância no sentido ântero-posterior, com retrusão
mandibular, e como consequência um perfil mais convexo.
Jarabak e Fizzell (1975) publicaram pela primeira vez a Análise de Jarabak,
que foi desenvolvida na década de 60. Os autores propuseram a utilização do
polígono de Jarabak para predizer as direções e velocidades de crescimento da
face. Foram obtidos valores médios para as grandezas a partir de uma amostra de
200 indivíduos, com até 5 anos após o tratamento ortodôntico. O crescimento
craniofacial foi dividido em três categorias, e segundo sua direção: em sentidos
horários, diretos para baixo e em sentido anti-horário, e a proporção entre as alturas
faciais posterior e anterior foi a utilizada para esta definição. Desde então, inúmeros
autores têm utilizado essa análise, principalmente, para estudar o padrão de
crescimento facial dos indivíduos com oclusão normal e portadores de diferentes
más oclusões.
Takahashi (1975) realizou um estudo para determinar a prevalência da
oclusão normal e má oclusão em mestiços, em ambos os gêneros. Nos casos de
mestiços, 17,65% dos indivíduos apresentaram má oclusão de Classe II, 1ª divisão;
nos casos de indivíduos xantodermos, 14,47% apresentaram má oclusão de
Classe II, 1ª divisão; e em indivíduos leucodermas, 25,26% apresentaram má
75
Revisão de Literatura
oclusão de Classe II, 1ª divisão. O autor conclui que o mestiço apresentou proporção
de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, maior que o xantodermo e menor que o
leucodermo.
Dermaut e O’reilly (1978) com o intuito de estudar as proporções faciais
verticais, analisaram uma amostra de 24 jovens do gênero feminino, leucodermas,
portadores de oclusão normal, na fase de dentadura permanente, e as tomadas
telerradiográficas foram realizadas aproximadamente 2 a 3 anos antes da menarca e
depois dela. Concluíram que quanto mais precoce a menarca, mais precoce o pico
de velocidade de crescimento, e o maior crescimento vertical anterior ocorreu antes
da menarca na maioria dos casos.
Moyers et al. (1980) realizaram um estudo por meio de uma amostra
composta de 697 crianças (540 casos selecionados em clínicas privadas, 100 casos
de clínicas de Ortodontia de Faculdades e 57 casos coletados nos arquivos de
Centro de Crescimento e Desenvolvimento Humano da Universidade de Michigan), e
as crianças foram selecionadas por meio de exame de modelo. Os autores
avaliaram as variáveis nos planos horizontal e vertical, os quais permitiram a divisão
em relação a esses planos. No plano horizontal, seis subgrupos foram reconhecidos
e identificados tipos de Classe II, identificados pelos números 1, 2, 3, 4 e 5.
Bishara (1981) com a finalidade de determinar normas cefalométricas para a
relação das bases ósseas nos diferentes estágios de desenvolvimento, dos 5 anos
até a idade adulta, avaliou 20 jovens do gênero masculino e 15 do gênero feminino,
da raça leucoderma, portadores de oclusão normal. Durante todo período de estudo,
76
Revisão de Literatura
foi constatado que os valores da AFAT e AFAS tanto no gênero feminino quanto
masculino aumentaram, e no masculino mostrou sempre maiores valores em relação
ao feminino.
McNamara Jr. (1981) com o intuito de determinar a freqüência dos
componentes principais da má oclusão de Classe II, de Angle, o autor analisou 277
telerradiografias em norma lateral, de indivíduos portadores de má oclusão de
Classe II, sendo 153 do gênero masculino e 124 do gênero feminino, na faixa etária
de 08 a 10 anos. As seguintes conclusões foram observadas: a Classe II não é uma
entidade única, ela pode resultar de inúmeras combinações de componentes
dentários e esqueléticos; e na maioria dos casos, a maxila encontrava-se bem
posicionada ou até retruída, uma pequena porcentagem dos casos exibiu protrusão
maxilar; a retrusão mandibular foi a característica mais comum na amostra; pelo
menos metade dos casos apresentava devenvolvimento vertical acentuado; o grau
de protrusão dentária superior, foi menor que o relatado por outros autores e os
incisivos inferiores apresentavam bem posicionados.
Ramanzzini (1981) analisou telerradiografias tomadas em norma lateral
comparando 80 indivíduos divididos igualmente sendo 40 com má oclusão de
Classe II, 1ª divisão, (20 do gênero masculino e 20 do gênero feminino) e 40 com
oclusão normal (20 do gênero masculino e 20 do gênero feminino) na faixa etária
entre 11 e 15 anos. Foi constatado que os indivíduos do gênero masculino
portadores de má oclusão de Classe II apresentavam um padrão esquelético mais
vertical.
77
Revisão de Literatura
Todd (1981) relatava que apesar da craniometria ter sido o primeiro método
utilizado pela antropologia, para ver o estudo do crescimento humano quantitativo,
cuja maior vantagem seria a possibilidade de se obter medidas precisas diretamente
em crânios secos, assegurou que estes estudos deveriam ser realizados em jovens
vivos, pois a desvantagem do estudo em crânios secos, era que poderiam ter sido
de indivíduos com algumas doenças crônicas e que por meio destas, alterar o curso
normal do crescimento craniofacial.
Vigorito e Mitri (1982) com o intuito de verificar os padrões mediante as
grandezas cefalométricas, analisaram 40 telerradiografias em norma lateral de
indivíduos leucodermas em ambos os gêneros na faixa etária entre 12 à 17 anos,
portadores de oclusão normal. Como resultados, os autores constataram padrões
médios de normalidade no posicionamento da maxila e mandíbula.
Silva e Araújo (1983) com o objetivo de estabelecer a prevalência de más
oclusões, baseado na classificação de Angle, em função de três grupos étnicos:
brancos, mulatos e negros, analisaram 600 crianças, sendo 351 do gênero
masculino e 249 do gênero feminino, na faixa etária entre 05 e 07 anos. Os
resultados mostraram que, comparando os três grupos étnicos, o mulato foi o grupo
que apresentou o maior percentual de más oclusões e o branco o que apresentou a
maior prevalência de má oclusão de Classe II; e a Classe I foi a má oclusão de
maior prevalência seguida da Classe II, 1ª divisão, e raramente a Classe III.
Bishara et al. (1984) em um estudo com telerradiografias em norma lateral,
cujo objetivo era quantificar as alterações dimensionais e relacionamento dos
78
Revisão de Literatura
componentes faciais; analisaram 35 jovens, sendo 20 do gênero masculino e 15 do
feminino. Foram divididos em três grupos: Grupo I – dos 05 aos 10 anos; Grupo II –
dos 10 aos 15 anos e Grupo III – dos 15 aos 25 anos. Analisaram as medidas
relativas à Altura Facial Anterior, à Altura Facial Posterior e a relação entre AFP e
AFA. Concluíram que a maioria das alterações no gênero feminino ocorreu nos
Grupos I e II e no gênero masculino houve distribuição nos três períodos de
crescimento.
Bishara e Jakobsen (1985) com o intuito de comparar a Altura Facial Anterior
e a Posterior nos três tipos faciais, analisaram uma amostra de 20 indivíduos do
gênero masculino e 15 do gênero feminino, na faixa etária entre os 05 e 25 anos.
Concluíram que a AFA no gênero masculino foi significantemente maior nos
indivíduos com padrão facial de face longa; já a AFP foi significantemente maior no
gênero feminino em indivíduos com padrão facial de face curta. Os dados obtidos
indicaram que 77% da amostra demonstraram o mesmo tipo facial dos 05 aos 25
anos, significando que houve uma acentuada tendência de se manter o mesmo tipo
facial com a evolução do crescimento.
Siriwat e Jarabak (1985) estudaram a morfologia facial e má oclusão, e
observaram também a presença ou não de dimorfismo entre os gêneros. Jarabak
classificou as morfologias faciais, baseando em três distintos padrões definidos pela
razão da altura facial (FHR) ou como qüociente de Jarabak, que é, Altura Facial
Posterior (S-Goc) pela Altura Facial Anterior (N-Me), sendo considerado como
padrões de: 1) padrão de crescimento hiperdivergente, com FHR menor que 59% e
predominando crescimento vertical, cuja Altura Facial Anterior aumenta em relação à
79
Revisão de Literatura
Altura Facial Posterior; 2) padrão de crescimento neutro, com FHR de 59% a 63%, é
o de maior prevalência. A direção de crescimento é para baixo e para frente e 3)
padrão de crescimento hipodivergente, com FHR maior que 63% e predominando
crescimento horizontal, cuja Altura Facial Anterior diminui em relação à Altura Facial
Posterior. No presente estudo, Jarabak e Siriwat utilizaram uma amostra de 500
indivíduos na faixa etária entre 08 e 12 anos, e utilizaram as grandezas propostas
por Jarabak e Fizzell, concluindo que: 1) nos casos de más oclusões de Classe I e
Classe II, 1ª divisão, predominou o padrão neutro; 2) observaram presença de
dimorfismo entre os gêneros; 3) a maioria dos indivíduos do gênero feminino
demonstrou um padrão neutro, ao passo que a maioria dos indivíduos do gênero
masculino demonstrou um padrão hipodivergente; 4) os indivíduos do gênero
masculino mostraram maior tendência à prognatismo, e quanto ao gênero feminino
tenderam a ortognatismo e retrognatismo e 5) os valores médios de todas as
medidas lineares foram maiores nos casos de gênero masculino do que nos de
gênero feminino.
Buschang (1986) analisou telerradiografias em norma lateral por meio de
registros longitudinais sendo 40 garotos na faixa etária de 11 a 14 anos, e 20
garotos com má oclusão, e 12 de Classe II, 1ª divisão, e 08 de Classe II, 2ª divisão,
e 20 com oclusão normal como grupo controle. Foi encontrado na Classe II,
2ª divisão, um maior crescimento da base do crânio em relação à Classe II,
1ª divisão. Já a Classe II, 1ª divisão, apresentou um comprimento mandibular bem
menor em relação à Classe II, 2ª divisão, e uma discrepância ântero-posterior das
bases ósseas.
80
Revisão de Literatura
Aidar (1987) analisou 200 telerradiografias em norma lateral, em jovens
leucodermas, em ambos os gêneros divididos em 5 grupos, sendo um grupo com
oclusão normal e quatro grupos com má oclusão segundo a classificação de Angle.
O objetivo desse trabalho foi de trazer alguma contribuição ao estudo da avaliação
cefalométrica dos padrões de crescimento facial, mediante os dados de Siriwat e
Jarabak, os resultados mostraram que, com exceção das grandezas angulares e o
quociente de Jarabak, em todas as outras grandezas foram encontradas diferenças
significantes, sendo no gênero masculino médias maiores que no gênero feminino;
já os pacientes com oclusão normal e má oclusão de Classe II, 2ª divisão,
apresentaram um padrão de crescimento facial hipodivergente; e nos casos de má
oclusão de Classe I; Classe II, 1ª divisão, e Classe III apresentaram um padrão de
crescimento neutro.
Martins e Vigorito (1987) em uma amostra de 56 indivíduos brasileiros,
leucodermas, em ambos os gêneros, na faixa etária entre 12 e 18 anos, portadores
de oclusão normal, concluíram que não houve diferença estatisticamente significante
entre os gêneros; a maxila apresentou-se protruída em relação à base do crânio; o
crescimento facial apresentou-se menos divergente; o Ângulo Articular apresentou-
se maior, o ramo mandibular encontrava-se mais posteriorizado em relação à base
do crânio e o ângulo mandibular (Ar-Go-Me) apresentou-se significantemente menor.
Vale e Martins (1987) analisaram no presente estudo telerradiografias de
jovens leucodermas de ambos os gêneros, sendo 27 do gênero feminino e 23 do
gênero masculino, com idade variando entre 19 e 15 anos. Em relação aos
componentes ântero-posterior nas más oclusões de Classe II, 1ª divisão, a posição
81
Revisão de Literatura
da maxila apresentou-se bastante variável, com uma discreta tendência para o
prognatismo; os incisivos superiores demonstraram uma tendência excessiva para a
protrusão; na mandíbula, uma grande porcentagem dos casos apresentou-se
variando do normal para a retrognática e os incisivos inferiores apresentaram em
posição mais retrusiva. Observou também uma acentuada predisposição para o
desenvolvimento vertical excessivo do complexo craniofacial e aumento da altura
facial inferior; e sem alterações no dimorfismo entre os gêneros.
Silva Filho et al. (1989) analisaram 2416 crianças, na faixa etária entre 7 e 11
anos de ambos os gêneros, do município de Bauru-SP. Os resultados mostraram
que apenas 11,47% da população apresentaram as características de oclusão
normal, 55% de más oclusões de Classe I, 42% de más oclusões de Classe II e 3%
de más oclusões de Classe III. A condição sócio-econômica influenciou o porcentual
de oclusão normal e má oclusão de Classe I. Os desvios morfológicos encontrados
em ordem decrescente de incidência: 52,73% de apinhamento ântero-inferior, 37%
de perdas precoces de dentes decíduos e perda de dentes permanentes, 19,86% de
mordida profunda, 18,5% de mordida aberta anterior, 18,2% de mordida cruzada
posterior, 7,6% de mordida cruzada anterior e 1,2% de inserção fibrosa baixa do
freio labial superior.
Van Der Beek et al. (1991) em uma amostra de 72 jovens, na faixa etária
entre os 07 e 14 anos, do gênero feminino, tinham como finalidade observar as
possíveis alterações nas dimensões faciais verticais ocorridas com o crescimento.
Propuseram o estudo de um polígono formado pela Altura Facial Anterior, Altura
Facial Posterior e ângulo do plano mandibular. Segundo os autores, concluíram que
82
Revisão de Literatura
havia pouca correlação entre os parâmetros de crescimento das Alturas Faciais
Anterior e Posterior, os quais apontaram para a existência de um crescimento e
desenvolvimento independentes de ambas as partes. A correlação entre a Altura
Facial Anterior e o ângulo do plano mandibular foi altamente significante,
demonstrando que as alterações durante o crescimento relacionam-se mais à Altura
Facial Anterior do que a Altura Facial Posterior. As jovens do gênero feminino que
inicialmente apresentaram uma Altura Facial Anterior relativamente pequena
cresciam mais devagar do que as que tinham uma Altura Facial Anterior mais longa.
Byczek e Ngan (1992) analisaram 30 telerradiografias em norma lateral de
indivíduos do gênero feminino, na faixa etária de 05 a 13 anos com má oclusão de
Classe I e Classe II. Os resultados mostraram que entre 07 e 12 anos ocorreu uma
diminuição do crescimento mandibular e um aumento do crescimento vertical da
Classe II em relação à Classe I, e que nos casos da má oclusão de Classe II,
ocorreu um subdesenvolvimento mandibular e, conseqüentemente, um
retroposicionamento mandibular e uma diminuição da face posterior em relação à
face anterior ou combinação desses fatores.
Horn (1992) por meio de um estudo propôs durante o tratamento ortodôntico a
utilização do Índice da Altura Facial (IAF), e além da utilização para o diagnóstico
pré-tratamento, este índice poderia permitir que o profissional monitorasse direta e
dinamicamente o controle vertical de cada caso, a razão entre a Altura Facial
Posterior (AFP) e Altura Facial Anterior (AFA). Esse índice indicava o sentido da
rotação mandibular durante o tratamento ortodôntico e era particularmente útil para
os casos de Classe II, 1ª divisão, pois se a AFP aumentasse mais rapidamente que
83
Revisão de Literatura
AFA, o índice aumentaria, colaborando para a obtenção de um perfil mais
harmonioso, e auxiliando na correção ântero-posterior da má oclusão, uma vez que
a mandíbula sofre rotação no sentido anti-horário como nos casos de oclusão
normal. Por outro lado, se AFA aumentasse mais do que a AFP, a mandíbula
apresentaria rotação no sentido horário, tornando o perfil mais convexo e anti-
estético.
Ligthen-Bakker et al. (1992) com o objetivo de analisar cefalometricamente o
mecanismo de crescimento vertical anterior da face, estudaram 60 indivíduos
portadores de oclusão normal, sendo 28 do gênero masculino e 32 do gênero
feminino, na faixa etária entre 07 e 22 anos. Constataram que Altura Facial Ântero-
Superior apresentou uma taxa rápida de crescimento e a Altura Facial Ântero-Inferior
apresentou uma taxa baixa de crescimento, conseqüentemente, predominou o
crescimento horizontal. Nos casos que apresentaram uma taxa baixa de crescimento
da AFAS, houve uma taxa rápida de crescimento da AFAI, tendendo ao crescimento
no sentido vertical.
Enlow (1993) dizia que uma característica da análise de Bjork, posteriormente
adaptada e modificada por Jarabak, era o uso do polígono N-S-Ar-Go-Gn, para
estimar as relações da Altura Facial Anterior e Posterior e para predizer a direção
das mudanças de crescimento, na face inferior, ou seja, a relação dos três ângulos:
Ângulo Sela, Ângulo Articular e Ângulo Goníaco, cuja soma dos três ângulos
descritos anteriormente fosse maior que 396º, haveria uma tendência de
crescimento mandibular no sentido “horário”; ao contrário (“anti-horário”) ocorreria
quando o ângulo fosse menor que esse valor.
84
Revisão de Literatura
Gandini (1993) em seu estudo analisou 1201 indivíduos, leucodermas, em
ambos os gêneros, sendo 604 do gênero masculino e 597 do feminino, na faixa
etária entre 06 e 12 anos, durante a fase de dentadura mista; e relatou que não
houve diferença estatística significante entre os gêneros, e que apresentou uma
distoclusão prevalente de 33,1% dos casos, e uma distoclusão acentuada de 10,3%
dos casos.
Vion (1994) procurou em seu trabalho uma exata interpretação das imagens
telerradiográficas, assim como a localização correta das estruturas ósseas
investigadas e estudadas em norma lateral. Mediante os exames complementares, a
cefalometria baseou-se na busca de certos pontos, verdadeiras testemunhas das
estruturas consideradas essenciais, e nem era preciso dizer que estes pontos
deveriam ser localizados com precisão e as estruturas anatômicas serem
observadas com o maior cuidado, pois assim, o sucesso de uma correta análise
cefalométrica.
Rosenblum (1995) nesse estudo analisou 103 casos de má oclusão de
Classe II, e padrão esquelético de Classe II. Existiam casos de má oclusão de
Classe II, devido a protrusão maxilar e à retrusão mandibular, nos quais foram
encontrados como causa a protrusão maxilar, e em relação à mandíbula,
apresentou-se normal.
Simplício (1995) estudou 100 telerradiografias em norma lateral, em jovens
leucodermas portadores da má oclusão de Classe II, 1ª divisão, na faixa etária entre
08 e 12 anos, divididos igualmente quanto ao gênero. Os resultados mostraram uma
85
Revisão de Literatura
protrusão da maxila no gênero masculino, e no gênero feminino prevaleceu a
normalidade; a posição da mandíbula variou entre o normal e retruída tanto no
gênero masculino quanto no feminino. O padrão vertical foi o mais observado.
Bishara et al. (1996) analisaram 92 casos divididos em má oclusão de Classe
II, 1ª divisão, e oclusão normal como grupo controle, em ambos os gêneros. O
objetivo desse trabalho era determinar as tendências de crescimento na maxila e
mandíbula nas três fases de dentadura: decídua, mista e permanente. Os resultados
mostraram que a tendência de crescimento do arco na fase de dentadura decídua
para mista e permanente era semelhante aos casos portadores de má oclusão de
Classe II, 1ª divisão, e casos com oclusão normal.
Missaka e Fantini (1997) por meio de um estudo analisaram 45
telerradiografias em norma lateral de crianças brasileiras, sendo 23 do gênero
masculino e 22 do gênero feminino, na faixa etária entre 08 e 12 anos, portadores de
má oclusão de Classe II, 1ª divisão, tanto em nível de caninos como de molares.
Segundo os autores, os resultados mostraram que a maxila encontrou-se bem
posicionada na maioria dos casos, com tendência à protrusão, o arco superior
protruído, e o inferior retruído, e a mandíbula com nítida tendência de retrognatismo.
No plano vertical, o padrão esquelético da face indicou um desenvolvimento vertical
acentuado.
Bishara (1998) mediante sua amostra de 30 indivíduos portadores de má
oclusão de Classe II, comparados a um grupo controle de 35 indivíduos com oclusão
normal, o autor relatou que os indivíduos portadores da má oclusão apresentavam
86
Revisão de Literatura
um comprimento mandibular diminuído e um posicionamento mais posterior da
mandíbula, e que a retrusão mandibular proporcionou uma maior convexidade da
face.
Maia et al. (1998a) analisaram uma única radiografia com o intuito de
determinar a tendência de crescimento facial segundo Björk-Jarabak, para auxiliar
na decisão da terapia ortodôntica mais oportuno para influenciar positivamente o
crescimento facial do paciente. Foram analisados essencialmente os Ângulos Sela,
Goníaco e Articular, e os comprimentos dos lados do polígono. Concluíram que um
dos principais fatores a prender a atenção do profissional é o comportamento do
crescimento facial, sua tendência de crescimento, com o objetivo de aperfeiçoar o
diagnóstico e para melhor fundamentação do plano de tratamento.
Maia et al. (1998b) tiveram como propósito, estudar cefalometricamente,
telerradiografias em norma lateral de 100 indivíduos leucodermas, sendo 50 do
gênero masculino e 50 do gênero feminino, na faixa etária entre 06 e 14 anos,
portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão. Os resultados mostraram que
houve um predomínio do vetor vertical no crescimento facial; dominância do perfil
facial convexo, apresentando a maxila normal ou protruída e a mandíbula com
definida tendência retrusiva; os incisivos superiores e inferiores inclinados para
vestibular e protruídos, com moderação na maioria dos casos; e trespasse horizontal
aumentado e vertical normal.
Gregoret (1999) dizia que Björk destacou-se como pesquisador no campo da
cefalometria, publicando uma séries de trabalhos entre os anos de 1947 e 1963
87
Revisão de Literatura
sobre o comportamento das estruturas craniofaciais durante o crescimento.
Baseados nesses trabalhos, o professor Joseph Jarabak desenvolveu, na década de
60, uma análise que correlacionava as estruturas do crânio e da mandíbula, sendo
que alguns autores denominaram esta Análise de Björk – Jarabak, o qual
considerava que o polígono de Jarabak era de grande importância para determinar
as características do crescimento em seus aspectos qualitativos e quantitativos, ou
seja, direção e padrão de crescimento facial de indivíduos com oclusão normal e
portadores de diferentes más oclusões.
Gondim (1999) com o objetivo de analisar o crescimento vertical da face,
realizou um estudo cefalométrico, que determinava os valores para sobremordida,
para as alturas faciais e dentárias e para os ângulos de crescimento, a significância
dos valores entre as idades, o dimorfismo entre os gêneros e as variáveis que
contribuíam para a sobremordida e para as Alturas Faciais Ântero-Inferior e Póstero-
Inferior. Em uma amostra constituída de 233 telerradiografias em norma lateral, de
jovens leucodermas, sendo 37 do gênero masculino e 38 do gênero feminino, que
apresentavam as radiografias nas idades de 6, 9, 12, 15 e 18 anos. As Alturas
Faciais Anteriores aumentaram progressivamente dos 06 aos 18 anos, de forma
acentuada; as Alturas Faciais Posteriores progrediram até os 15 anos no gênero
feminino e até os 18 anos no gênero masculino. Os ângulos de crescimento
apresentaram uma suave tendência de crescimento vertical com redução dos
valores com a idade, sem diferenças significantes e sem dimorfismo entre os
gêneros.
88
Revisão de Literatura
Lau e Hägg (1999) segundo os autores, o propósito desse trabalho foi
investigar o padrão craniofacial de crianças do sul da China com má oclusão de
Classe II, 1ª divisão, comparados a um grupo controle. A amostra foi composta de
105 crianças com má oclusão de Classe II, 1ª divisão. Os resultados mostraram que
as crianças portadoras da má oclusão, apresentavam maior número de prognatismo
maxilar e menor número de retrognatismo mandibular.
Tukasan (1999) utilizou em seu estudo telerradiografias em norma lateral, em
que analisou 120 jovens leucodermas portadores de má oclusão de Classe II,
1ª divisão, em ambos os gêneros, sendo 60 do gênero masculino e 60 do gênero
feminino, na faixa etária de 12 a 15 anos. Os resultados mostraram uma protrusão
maxilar em ambos os gêneros, e, em relação à mandíbula, no gênero feminino, foi
observado com maior freqüência um retrognatismo mandibular, ao passo que no
gênero masculino estatisticamente apresentaram valores normais.
Rothstein e Yoon-Tarlie (2000) realizaram um estudo em telerradiografias da
cabeça em norma lateral, divididos em dois grupos, um de má oclusão de Classe II,
1ª divisão, e o outro com oclusão normal. O grupo portador da Classe II, era
constituído de 335 indivíduos; e com oclusão normal, 278 indivíduos. Os dois grupos
apresentavam indivíduos em ambos os gêneros, na faixa etária entre 10 e 14 anos.
Segundo os autores, nos casos de Classe II, a maxila apresentava-se protruída, e
este posicionamento mais anterior poderia ser em decorrência da maior extensão da
Base Anterior do Crânio; e em relação à mandíbula esta apresentava-se bem
posicionada em relação ao grupo controle, e também tamanho e forma normal.
89
Revisão de Literatura
Andrighetto et al. (2001) em seus estudos, tiveram o propósito de determinar,
radiograficamente, o efeito da desprogramação neuromuscular, de placa
miorrelaxante superior, na posição craniofacial com o objetivo de realizar o
diagnóstico ortodôntico com a mandíbula em relação cêntrica. Foram analisados 15
indivíduos assintomáticos com má oclusão de Classe II de Angle de ambos os
gêneros, dos quais foram obtidas duas telerradiografias em norma lateral de cada
indivíduo, sendo a primeira previamente e, a segunda, após a desprogramação
neuromuscular. Concluiu-se que as posições mandibulares apresentadas pelos
pacientes, após o uso da placa miorrelaxante, foram de diferentes magnitudes,
variando em função do grau de discrepância entre MIH e RC, em que após a
desprogramação neuromuscular, a mandíbula se tornava mais retruída em relação à
base do crânio, acentuando, assim, ainda mais a má oclusão de Classe II.
Geiser et al. (2002) em estudos cefalométricos analisaram 108
telerradiografias em norma lateral de jovens brasileiros leucodermas, de origem
latina, na faixa etária entre 12 e 17 anos, de ambos os gêneros, com má oclusão de
Classe II, 1ª divisão de Angle. Sabe-se que o grau de prognatismo maxilar e
mandibular pode variar segundo o padrão vertical do complexo craniofacial definido
pelos tipos braqui, meso ou dolicofacial e por meio deste estudo mostraram que nos
indivíduos com má oclusão de Classe II, 1ª divisão, com padrão facial mais vertical,
apresentaram retrognatismo maxilar.
Moresca et al. (2002) analisaram 32 telerradiografias de indivíduos com idade
média de 10 anos e 3 meses, em ambos os gêneros, que não tinham sido
submetidos a tratamento ortodôntico, com má colusão de Classe II, 1ª divisão de
90
Revisão de Literatura
Angle, com o intuito de verificar se existia correlação entre a classificação do padrão
facial segundo as análise de Ricketts e Siriwat e Jarabak. Os autores concluíram
que o estudo não verificou correlação da classificação do padrão facial por meio das
análises cefalométricas de Ricketts e Siriwat e Jarabak, mas segundo a classificação
de Siriwat e Jarabak, a amostra consistiu de 9,38% de tendência de crescimento
horário ou hiperdivergentes, 34,38% de crescimento neutro e 56,25% de indivíduos
com tendência de crescimento anti-horário ou hipodivergentes.
Tukasan (2002) estudou 212 telerradiografias em norma lateral em jovens
leucodermas na faixa etária de 12 e 15 anos, os quais foram divididos em dois
grupos: o grupo de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, com 169 telerradiografias,
em ambos os gêneros, sendo 82 do gênero masculino e 87 do gênero feminino; e o
segundo grupo, chamado grupo controle, com 43 telerradiografias em norma lateral,
em ambos os gêneros, sendo 21 do gênero masculino e 22 do gênero feminino.
Segundo o autor, não apresentou dimorfismo entre os gêneros, e estatisticamente
não houve diferença significativa na posição da maxila, apresentando-se bem
posicionada em relação à base do crânio, mas a mandíbula apresentou-se retruída
em relação à base do crânio nos casos de má oclusão de Classe II, 1ª divisão.
Bertoz et al. (2003) com o intuito de incrementar o diagnóstico e a avaliação
dos resultados decorrentes de diferentes terapias ortodônticas ou ortopédico-
ortodônticas, os autores avaliaram 55 telerradiografias em norma lateral de jovens
brasileiros em ambos os gêneros, sendo 31 do gênero feminino e 24 do gênero
masculino com idade média de 08 anos e 05 meses, portadores de má oclusão de
Classe II de Angle. Segundo os resultados, concluíram que metade da amostra
91
Revisão de Literatura
aproximadamente apresentou a maxila bem posicionada em relação à Base Anterior
do Crânio e, quando não, a mesma encontrava-se na maioria dos casos numa
posição retruída; a mandíbula na maioria dos casos apresentou retruída em relação
à Base Anterior do Crânio; o relacionamento maxilo-mandibular se apresentou
desfavorável na maior parte da amostra e o padrão de crescimento mostrou uma
acentuada tendência de crescimento vertical.
Lima Filho e Ruellas (2003) com o propósito de analisar os componentes da
má oclusão de Classe II nas dimensões ântero-posterior, vertical e transversal, os
autores relataram que essa anormalidade é uma das discrepâncias ortodônticas
mais freqüentes e que poderia apresentar envolvimento de estruturas dentárias e/ou
esqueléticas entre a maxila e mandíbula, e um correto diagnóstico possibilitaria a
elaboração de um tratamento mais adequado.
92
Proposição
3 Proposição
O objetivo dessa pesquisa foi analisar, cefalometricamente, por meio da
Análise de Jarabak, os indivíduos portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão
de Angle e oclusão clinicamente aceitável dos grupos estudados, em jovens
brasileiros de ambos os gêneros. O estudo consistiu em determinar os seguintes
aspectos:
analisar os valores das grandezas cefalométricas do grupo com má oclusão de
Classe II, 1ª divisão de Angle;
O comportamento das grandezas cefalométricas entre os grupos;
O padrão de crescimento facial e a relação das estruturas esqueléticas
estudadas;
A presença de dimorfismo entre os gêneros.
94
Material e Método
4 Material e Método
4.1 Material
A amostra constituiu-se de 95 telerradiografias em norma lateral, de
indivíduos brasileiros, de ambos os gêneros, na faixa etária entre 10 e 15 anos, não
tratados ortodonticamente, tomando-se por base uma amostra de 4912 estudantes
na faixa etária entre 07 e 15 anos, matriculados nas escolas municipais e estaduais
da rede pública de ensino de Marília – SP. Obtida a amostra, foi dividida em dois
grupos distintos: o primeiro grupo, denominado de Grupo Classe II, com 65
telerradiografias de indivíduos portadores de má oclusão de Classe II, 1ª divisão de
Angle, com idade média de 12 anos e 04 meses, sendo (29 do gênero masculino e
36 do gênero feminino) e o segundo grupo, denominado de Grupo Controle, com 30
telerradiografias de indivíduos com oclusão clinicamente aceitável, com idade média
de 13 anos e 09 meses, sendo (13 do gênero masculino e 17 do gênero feminino). O
critério para a seleção da amostra de Classe II, foi por meio de um exame clínico,
verificando-se a relação de distoclusão em primeiros molares e caninos
permanentes, segundo a classificação preconizada por Angle (1899) e mediante as
Figuras 1, 2, 3 e 4, observa-se a má oclusão de Classe II, 1ª divisão de Angle,
96
Material e Método
representada pela jovem de nº 14 da amostra do Grupo Classe II. Para a
constituição do Grupo Controle, foi observado a presença de oclusão clinicamente
aceitável, obedecendo os parâmetros das “seis chaves de oclusão normal”,
preconizada por Andrews (1972).
Figura 1- Fotografias extrabucais frontal e lateral
97
Material e Método
Figura 2- Fotografias intrabucais frontal e lateral (salientando o trespasse horizontal)
Figura 3- Fotografias intrabucais vista lateral direita e esquerda
98
Material e Método
Figura 4- Fotografias intrabucais vista oclusal superior e inferior
4.2 Método
Por razões didáticas, o método foi dividido em:
4.2.1 Obtenção das Telerradiografias
As telerradiografias em norma lateral foram obtidas no centro de
documentação ortodôntica ROM (Radiologia Odontológica de Marília) sempre pelo
99
Material e Método
mesmo técnico. Para obtenção dessas radiografias, foi empregado o aparelho de
raios X, modelo Ortophos CD, da marca Siemens, e empregando-se os fatores de
exposição de 90 kv, 12 mA e tempo de exposição de 0,64”, variando-se em função
do biotipo do indivíduo. O paciente foi posicionado no cefalostato do tipo Margolis e
a distância foco-filme foi de 1,52m, com o plano horizontal de Frankfurt paralelo ao
solo. Todas as telerradiografias foram obtidas empregando-se filmes radiográficos
MXG-plus da marca Kodak, do mesmo lote de fabricação, sendo que o
processamento das telerradiografias foi realizado utilizando-se a processadora
Macrotec Mx-2, em temperatura de 60º C e no tempo de 2,5 minutos.
4.2.2 Elaboração do Cefalograma
Após a obtenção das telerradiografias, o material utilizado para elaboração
dos cefalogramas e obtenção das medidas empregadas foi: papel “ultraphan” com
espessura de 0,07mm e tamanho 18cm X 24cm, lapiseira com grafite HB de
diâmetro 0,3mm, borracha macia, régua 30cm, esquadro, transferidor, template dos
dentes, protactor e negatoscópio como fonte de iluminação. Sobre cada
telerradiografia, adaptou-se uma folha de papel “ultraphan”, sobre a qual foi
delineado o cefalograma utilizando o negatoscópio como fonte de iluminação, em
uma sala escura. Os cefalogramas foram traçados pelo mesmo operador
obedecendo-se os princípios de Jarabak e seguindo-se a seqüência:
4.2.2.1 Desenho das estruturas anatômicas de interesse;
4.2.2.2 Demarcação dos pontos cefalométricos;
4.2.2.3 Linhas e planos cefalométricos;
100
Material e Método
4.2.2.1 Desenho das Estruturas Anatômicas de
interesse
O desenho anatômico observado na Figura 5, foi obtido tomando-se por base
os critérios descritos por Björk (1947) e Interlandi (1968), e foi constituído por:
1) Osso esfenóide: sela túrcica, apófise clinóide anterior e posterior, lâmina
quadrilátera, face superior da pequena asa do esfenóide e face
endocraniana da grande asa do esfenóide (porções vertical e horizontal);
2) Osso occipital: face endocraniana e face exocraniana da base occipital;
3) Perfil da glabela;
4) Ossos próprios do nariz: borda anterior, borda posterior endonasal e
sutura frontonasal;
5) Contorno das faces superior e inferior do palato ósseo;
6) Contorno da espinha nasal anterior e região subespinhal;
7) Contorno da região supramentoniana;
8) Contorno da borda posterior da mandíbula;
9) Contorno do incisivo central superior;
10) Contorno do incisivo central inferior;
11) Contorno do primeiro molar superior;
12) Contorno do primeiro molar inferior;
13) Contorno das órbitas;
101
Material e Método
Figura 5- Estruturas anatômicas utilizadas na pesquisa
4.2.2.2 Demarcação dos Pontos
Cefalométricos
103
Material e Método
Os pontos cefalométricos referenciais empregados para a construção das
linhas e planos podem ser observados na Figura 6 e são:
1) Ponto S (Sela Túrcica)
É o ponto virtual localizado no centro geométrico da sela túrcica;
2) Ponto N (Násio)
Ponto mais anterior e localizado na sutura fronto-nasal;
3) Ponto Me (Mentoniano)
Localizado no limite mais inferior do contorno da curva da sínfise
mentoniana, na confluência da margem inferior da sínfise com a linha da
base mandibular;
4) Ponto Ar (Articular)
Corresponde à intersecção das imagens da superfície da base do
crânio, (base esfenoidal) e da superfície posterior do colo do côndilo
mandibular. Representa a articulação têmporo-mandibular, já que está
situado onde o côndilo emerge na fossa mandibular;
5) Ponto Goc (Gônio construído)
Localizado no vértice do ângulo formado pela intersecção da tangente
à borda posterior do ramo ascendente da mandíbula (Ar- tangente à
borda posterior) com o plano mandibular (Me- tangente à borda inferior da
mandíbula).
104
Material e Método
Figura 6- Pontos cefalométricos utilizados na pesquisa
S - Sela TúrcicaN - NásioMe - MentonianoAr - ArticularGoc - Gônio construído
4.2.2.3 Linhas e Planos Cefalométricos
106
Material e Método
As linhas e planos cefalométricos estão ilustrados na Figura 7 e são:
1) S – N: Base Anterior do Crânio
Linha determinada pela união dos pontos S (sela) e N (násio);
2) N – Me: Altura Facial Anterior
Linha determinada pela união dos pontos N (násio) e Me (mentoniano);
3) S – Goc: Altura Facial Posterior
Linha determinada pela união dos pontos S (sela) e Goc (gônio
construído);
4) N – Goc: Profundidade Facial
Linha determinada pela união dos pontos N (násio) e Goc (gônio
construído), onde divide o ângulo goníaco em duas metades, uma
superior, e outra, inferior;
5) S – Ar: Base Posterior do Crânio
Linha determinada pela união dos pontos S (sela) e Ar (articular);
6) Ar – Goc: Plano do Ramo Mandibular ou Altura do Ramo
É o plano que, passando pelo ponto Ar (articular) tangencia a borda
posterior do ramo ascendente da mandíbula, no seu contorno inferior mais
externa;
7) Me – Goc: Plano Mandibular ou Comprimento do Corpo Mandibular
107
Material e Método
É o plano que passando pelo ponto Me (mentoniano) tangencia a borda
inferior da mandíbula, na região goníaca.
108
Material e Método
Figura 7- Linhas e Planos cefalométricos utilizados na pesquisa
1- S-N: Base Anterior do Crânio 2- N – Me: Altura Facial Anterior3- S – Goc: Altura Facial Posterior4- N – Goc: Profundidade Facial5- S – Ar: Base Posterior do Crânio6- Ar – Goc: Altura do Ramo7- Me– Goc: Comprimento do Corpo Mandibular
109
Material e Método
4.2.3 Obtenção das Grandezas Cefalométricas
e Interpretação
A descrição das medidas angulares, lineares e qüociente de Jarabak, que
permitem o estudo estático como ponto de partida para a cefalometria dinâmica
foram obtidas por meio do método de traçado manual, realizado pelo mesmo
operador. O propósito desta análise cefalométrica foi obter a melhor visão de uma
anomalia esquelética, no sentido vertical e ântero-posterior, com a menor
quantidade possível de medidas. Os valores médios foram baseados nos trabalhos
de Björk (1969), Jarabak e Fizzell (1972), em meninos e meninas na faixa etária de
11 anos. Foram empregadas as seguintes grandezas cefalométricas:
4.2.3.1 Medidas Angulares
Ângulo Sela – (Ar. S. N)
Formado pela união da linha S-N (Sela-Násio) com a linha S-Ar (Sela-
Articular), o qual está representado na Figura 8. Björk (1969) define a flexão entre a
Base Anterior e Posterior do Crânio e descreve a posição da fossa mandibular. O
valor predictivo do crescimento mandibular diante deste fator é bastante
determinante, e esta medida não sofre influência do tratamento ortodôntico ou
ortopédico.
110
Material e Método
O valor médio é de 123º + 6. Para analisar-se esse ângulo, foi necessário
conhecer o crescimento da sincondrose esfeno-occipital, como também dos ossos
que completam a Base Posterior do Crânio, que influenciam a posição da fossa
mandibular.
111
Material e Método
Ângulo Articular – (S.Ar.Goc)
Formado pela união da linha Sela-Articular (Base Posterior do Crânio) e
Articular-Gônio construído (Altura do Ramo), o qual está representado na Figura 9,
e o valor normal estabelecido por Björk (1969) é de 143º + 5. Este ângulo define
como a mandíbula está suportada pela Base Posterior do Crânio, ou seja, se é
observada a rotação horária (posterior) ou anti-horária (anterior). Este importante
fator que avalia a parte posterior da face é um reflexo do tipo facial, do crescimento
dento-alveolar e do padrão muscular do paciente, constituindo-se em um bom
indicador do crescimento e da resposta vertical que terá perante o tratamento. É um
ângulo possível de ser modificado por intermédio do tratamento.
113
Material e Método
Ângulo Gôníaco (Ar.Goc.Me)
Formado pela tangente à borda inferior do corpo mandibular (Goc-Mec) e
borda posterior do ramo ascendente (Ar-Goc), o qual está representado na
Figura 10. O valor normal segundo Björk (1969) é de 130º + 7. Porém, valores
acima da norma indicam prognóstico desfavorável. Definiu a morfologia mandibular
e a sua relação com a altura da face.
A estrutura mandibular pode ser considerada como estrutura central, na qual
o restante da face realiza o crescimento de adaptação. Portanto, este ângulo não
dever ser estudado apenas como um fator único de morfologia.
A forma com que o ramo ascendente e o corpo estão relacionados um com o
outro para estabelecer o Ângulo Goníaco, demonstrará como seu crescimento
influenciará as estruturas faciais.
115
Material e Método
Para determinar esta relação angular, cuja mandíbula assume diferentes
situações com o maciço craniofacial sem variar a forma total, o estudo deve ser feito
dividindo-se o Ângulo Goníaco em 2 partes: Ângulo Goníaco Superior e Ângulo
Goníaco Inferior, isso se consegue com o traçado da linha da profundidade facial.
A porção superior do Ângulo Goníaco é formado pela tangente à borda
posterior do ramo (Ar-Goc) e a linha de profundidade facial (Goc-N), cujo valor
normal varia de 52 a 55º, o qual está representado na (Figura 11).
O Ângulo Goníaco Superior descreve a inclinação do ramo ascendente e
indica a direção de crescimento sagital remanescente da mandíbula. Este é um dos
poucos fatores que, por si só, tem valor de predição da direção de crescimento.
O Ângulo Goníaco Inferior descreve a inclinação do corpo mandibular,
determinando o crescimento vertical de mento, na parte anterior, cujo valor normal
varia de 70 a 75º, o qual está representado na (Figura 11).
117
Material e Método
Relação entre as Medidas Angulares
O relacionamento entre as medidas angulares: Sela, Articular e Goníaco são
representadas pela:
Soma Total
As medidas angulares mencionadas têm como norma clínica, 396º + 6º. Este
total é obtido somando-se os ângulos Sela, Articular e Goníaco. Os ângulos
referidos interrelacionam-se porque têm lados comuns. O Ângulo Sela é formado
parte pela linha S-Ar (Sela-Articular), que é parte também do Ângulo Articular, e o
Ângulo Goníaco é formado pelo plano Goc-Ar (Gônio-Articular), que é parte do
Ângulo Articular, representados na Figura 12. Portanto, não devem ser somente
estudados isoladamente.
Os ângulos têm direta interdependência para sua interpretação,
compensando ou potencializando valores que poderão existir entre eles, resultando
numa determinada direção de crescimento.
119
Material e Método
AS - Ângulo SelaAA - Ângulo ArticularAG - Ângulo Goníaco
4.2.3.2Medidas Lineares
São as medidas que formam os 5 lados do polígono definido por Björk:
- Base Anterior do Crânio (S-N);
- Base Posterior de Crânio (S-Ar);
- Altura do Ramo (Ar-Goc);
- Comprimento do Corpo Mandibular (Goc-Me);
- Altura Facial Anterior (N-Me).
E a estas foi acrescentada por Jarabak e Fizzell (1972), a:
- Altura Facial Posterior (S-Goc).
As medidas lineares são utilizadas nas interpretações, suas normas e
também as relações de proporcionalidade que elas mantêm entre si, definem a
morfologia facial e o padrão de crescimento estrutural, como pode ser observado na
seqüência.
Relação entre as Medidas Lineares
121
Material e Método
O relacionamento entre as medidas lineares são representados à seguir:
Base Anterior do Crânio (S-N) e Comprimento do Corpo Mandibular (Goc-Me)
A Base Anterior do Crânio e o Comprimento do Corpo Mandibular deve expor
a relação normal de 1:1, aos 11 anos. O valor médio da Base Anterior do Crânio (S-
N), encontrado por Jarabak e Fizzell (1972), é de 71mm + 3, no qual está
representado na Figura 13, e aumenta em comprimento, aproximadamente, 1mm
por ano durante o período de crescimento ativo devido ao desenvolvimento dos
seios frontais. Paralelamente a este incremento, a maxila migra para frente devido
ao crescimento das suturas oblíquas da face e, em menor magnitude, ao
crescimento aposicional da sincondrose esfeno-occipital. O Comprimento do Corpo
Mandibular, na mesma idade (aos 11 anos) é de 71mm + 5, no qual está
representado na Figura 13.
Magnitude:
Relação:Base Anterior do Crânio
Comprimento do CorpoMandibular
=1
1
A relação entre a Base Anterior do Crânio e Comprimento do Corpo
Mandibular, pode ser interpretada da seguinte forma:
CCM < BAC = Baixo potencial de crescimento mandibular.
CCM > BAC = Alto potencial de crescimento mandibular.
122
Material e Método
Figura 13- Relação entre Base Anterior do Crânio e Comprimento do Corpo Mandibular
123
Material e Método
Relação entre a Base Posterior do Crânio (S-Ar) e a Altura do Ramo Mandibular
(Ar-Goc)
Björk (1969), Jarabak e Fizzell (1972) analisaram o crescimento posterior da
face entre o Sela e o Gônio. Esta dimensão tem importante influência na direção e
magnitude do crescimento mandibular. Por isso, eles a dividiram em 2 segmentos:
Base Posterior do Crânio, que se entende de Sela (S) ao ponto Articular (Ar), e
Altura do Ramo, medida entre os pontos Articular (Ar) e o Gônio construído (Goc),
cuja relação normal entre ambas é de 3:4.
O valor médio para a Base Posterior do Crânio aos 11 anos é de 34mm + 3, e
para a Altura do Ramo mandibular, de 44mm + 5, ambos representados na
Figura 14.
Magnitude:
Relação:Base Posterior do Crânio
Altura do Ramo=
3
4
124
Material e Método
A relação entre a Base Posterior do Crânio e Altura do Ramo, pode ser
interpretada da seguinte forma:
3/5 = Alto potencial de crescimento do ramo mandibular.
3/3 = Baixo potencial de crescimento ramo mandibular.
125
Material e Método
Figura 14- Relação entre a Base Posterior do Crânio e Altura do Ramo
Relação entre a Altura Facial Posterior (S-Goc) e a Altura Facial Anterior (N-Me)
126
Material e Método
O planejamento de um caso tem como objetivos básicos: adaptar o
tratamento ao crescimento dos pacientes e selecionar os aparelhos para cada etapa.
Nesta relação percentual entre a Altura Facial Anterior e Posterior, podemos
encontrar respostas que permitiriam realizar um estudo do tipo de crescimento a se
manifestar. Desta maneira, demonstrando-se a resposta ao tratamento e
visualizando com maior clareza os objetivos terapêuticos a serem alcançados.
Altura Facial Posterior
Altura Facial Anterior X 100 = Porcentagem de Jarabak
Deve-se considerar que o limite de 54 a 58% evidencia o crescimento
rotacional posterior no sentido horário, maior crescimento vertical da maxila e dos
processos alveolares; de 64 a 80% mostra o crescimento rotacional anterior no
sentido anti-horário, maior crescimento da Base Posterior do Crânio e Altura do
Ramo mandibular; e de 59 a 63%, o padrão de crescimento é normal, denotando um
crescimento para baixo e para frente.
A análise cefalométrica de Jarabak considera principalmente a parte posterior
da face, onde áreas importantes de crescimento acontecem. Além disso, com pontos
de fácil identificação, são possíveis o reconhecimento e a provável solução dos
problemas afins, bem como a indicação dos elementos terapêuticos que deveriam
ser escolhidos. A relação entre a Altura Facial Posterior e a Altura Facial Anterior
está representada na Figura 15.
127
Material e Método
Segundo as grandezas cefalométricas descritas na Análise de Jarabak,
representado abaixo, no QUADRO 1, representamos também por meio do traçado
cefalométrico as grandezas cefalométricas angulares e lineares (Figura 16).
QUADRO 1- Grandezas cefalométricas da Análise de Jarabak
Análise de Jarabak Norma
1. Ângulo Sela (N.S.Ar) 123º + 6º
2. Ângulo Articular (S.Ar.Goc) 143º + 5º
3. Ângulo Goníaco (Ar.Goc.Me) 130º + 7º
4. Soma Total (1+2+3) 396º + 6º
5. Ângulo Goníaco Superior (Ar.Goc.N) 52º a 55º
6. Ângulo Goníaco Inferior (N.Goc.Me) 70º a 75º
7. Base Anterior do Crânio (S.N) 71 + 3 mm
8. Comprimento do Corpo Mandibular (Goc.Me) 71 + 5 mm
9. Base Posterior do Crânio (S.Ar) 32 + 3 mm
10. Altura do Ramo Mandibular (Ar.Goc) 44 + 5 mm
11. Altura Facial Posterior (S.Goc) 70 – 85 mm
12. Altura Facial Anterior (N.Me) 105 – 120 mm
13. Porcentagem de Jarabak 62 – 65%
129
Material e Método
Figura 16- Grandezas cefalométricas da Análise de Jarabak
1 - Ângulo Sela (N.S.Ar) 8 - Comprimento do Corpo Mandibular (Goc.Me)2 - Ângulo Articular (S.Ar.Goc) 9 - Base Posterior do Crânio (S.Ar)3 - Ângulo Goníaco (Ar.Goc.Me) 10 - Altura do Ramo Mandibular (Ar.Goc)4 - Soma Total (1+2+3) 11 - Altura Facial Posterior (S.Goc)5 - Ângulo Goníaco Superior (Ar.Goc.N) 12 - Altura Facial Anterior (N.Me)6 - Ângulo Goníaco Inferior (N.Goc.Me) 13 - Porcentagem de Jarabak = AFP7 - Base Anterior do Crânio (S.N) AFA X 100
130
Material e Método
4.2.4 Análise ou Método Estatístico
O planejamento estatístico desta pesquisa foi realizado em duas etapas:
4.2.4.1 Avaliação do Erro do Método
Cefalométrico
Este cálculo teve como finalidade de avaliar a magnitude do erro de
mensuração durante a realização do traçado dos cefalogramas da pesquisa, com o
intuito de se obter maior confiabilidade na sua totalidade. Os traçados foram
realizados por um mesmo operador, mantendo-se as mesmas condições ambientais
e instrumentais de trabalho. Após um período de 30 dias da realização dos traçados
cefalométricos, foram selecionadas aleatoriamente, 19 telerradiografias em norma
lateral de indivíduos do grupo de má oclusão de Classe II, 1ª divisão, sendo (08 do
gênero masculino e 11 do gênero feminino) o que correspondia a 30% da amostra
estudada, para realizar novas medições, obtendo-se um segundo grupo de medidas
cefalométricas que foram comparadas ao primeiro conjunto de medidas para
verificar a existência ou não do erro, pelo teste de Friedman, em nível de
significância de 5% e 1% de probabilidade (TABELA 1). É um teste não paramétrico,
o qual existe uma dependência entre os dados, e neste caso, o número de
observações para cada momento deve ser o mesmo, e com isso, o teste é feito com
a ordenação dos dados e a atribuição de postos para cada um dos momentos em
131
Material e Método
separados e é calculada uma estatística para o teste, que possui novamente uma
distribuição aproximada qui-quadrado. Assim, o teste rejeita a igualdade entre as
médias para os momentos se o valor da estatística de Friedman for maior que o
valor tabelado da distribuição qui-quadrado.
Foi realizado o mesmo cálculo de avaliação do erro cefalométrico para o
grupo com oclusão clinicamente aceitável, sendo que 30% da amostra correspondia
a 09 telerradiografias, sendo (03 do gênero feminino e 06 do gênero masculino)
(TABELA 2).
4.2.4.2 Avaliação dos Resultados
Inicialmente foram calculados a média e o desvio padrão de cada grandeza
cefalométrica do grupo de má oclusão de Classe II, 1ª divisão de Angle, denominado
de Grupo Classe II, e do grupo com oclusão clinicamente aceitável, denominado de
Grupo Controle. Após a análise estatística do erro foi aplicado o teste de Kruskal-
Wallis para comparar as médias das variáveis observadas em ambos os gêneros,
em nível de significância de 5% e 1% de probabilidade, para se verificar a existência
de dimorfismo entre os gêneros entre os valores estudados (TABELAS 3 e 4).
O teste de Kruskal-Wallis é um teste não paramétrico, ou seja, não existe a
pressuposição de distribuição dos dados como a normal, serve para testar a
hipótese de que duas populações tem a mesma distribuição. O objetivo é trabalhar
com k amostras, o qual ordena-se as k amostras atribuindo postos a cada valor
observado e calcula-se uma estatística de teste que tem uma distribuição
aproximada qui-quadrado. O teste rejeita a igualdade entre as médias das amostras
se o valor da estatística for maior que o valor obtido da distribuição de qui-quadrado.
132
Material e Método
Em seguida, foi aplicado o teste de Wilcoxon entre as variáveis dos Grupos
Classe II e Controle, verificando a existência de diferença significativa entre os
indivíduos com má oclusão Classe II, 1ª divisão, e os indivíduos com oclusão
clinicamente aceitável (TABELA 5). É um teste também conhecido como Mann-
Whitney, não paramétrico, o qual este teste é uma alternativa ao teste t-Student para
o caso de duas amostras independentes. Como não existe a pressuposição de
distribuição de dados, a estatística de teste é baseada na amostra ordenada, em
que são atribuídos postos aos valores ordenados. Assim, de posse dos dados
referentes às duas amostras independentes, faz-se uma ordenação da amostra
conjunta. O teste rejeita a igualdade entre as médias se a soma dos pontos de uma
das amostras for maior que a soma dos pontos da outra amostra. Quando o
tamanho das amostras for pequeno, o teste tem nível de significância exato, e
quando a amostra aumenta de tamanho, uma aproximação para a distribuição
normal é feita.
133
Resultados
5 Resultados
Os resultados apresentados a seguir compreendem as avaliações
estatísticas, compostas por médias, desvios-padrão e a significância dos valores
investigados, representados por meio de tabelas e gráficos.
5.1 Análise do Cálculo do Erro para o Grupo Classe II (TABELA 1);
5.2 Análise do Cálculo do Erro para o Grupo Controle (TABELA 2);
5.3 Análise do Grupo Classe II (TABELA 3);
5.4 Análise do Grupo Controle (TABELA 4);
5.5 Comparação do Grupo Classe II com o Grupo Controle (TABELA 5);
5.6 Distribuição gráfica.
5.1 Análise do Cálculo do Erro para o
Grupo Classe II
135
Resultados
Dos 65 indivíduos do Grupo Classe II, para o primeiro momento, foi retirada
aleatoriamente uma amostra de 30% do grupo estudado, num segundo momento,
com a finalidade de verificar o erro cometido entre os dois momentos. Foi aplicado o
teste de Friedman e os resultados obtidos constam da tabela abaixo.
TABELA 1- Comparação para as variáveis do Grupo Classe II, para o primeiro e segundo momentos
VariávelQui-
quadrado(Friedman)
P-valorMédia ± Desvio
Padrão (1º momento)
Média ± DesvioPadrão
(2o momento)Ângulo Sela 0,250 0,61708 (NS) 129,53 ± 4,41 128,53 ± 4,07
Ângulo Articular 1,315789 0,25136 (NS) 145 ± 7,09 143,58 ± 6,25
Ângulo Goníaco 1,315789 0,25136 (NS) 121,42± 5,96 123,95 ± 5,60
Soma Total 0,25 0,61708 (NS) 395,95 ± 5,32 396,05 ± 5,66
Âng. Gon. Sup. 0,0526316 0,81855 (NS) 49,58 ± 3,76 50,63 ± 3,47
Âng. Gon. Inf. 2,00 . 0,15731 (NS) 71,84 ± 4,36 73,32 ± 4,08
B. A. C. 1,00 0,31732 (NS) 70,47 ± 3,69 69,95 ± 3,94
Compr. CorpoMand. 2,882353 0,08956 (NS) 73,84 ± 6,32 71,32 ± 5,85
B. P. C. 0,4736842 0,49130 (NS) 34,11 ± 2,92 34,37 ± 2,59
Altura do Ramo 0,0588235 0,80837 (NS) 42,79 ± 5,17 43,58 ± 5,81
AFP 0,8888889 0,34579 (NS) 71,37 ± 5,88 71,89 ± 4,90
AFA 0,2222222 0,63736 (NS) 118,16 ± 5,23 117,26 ± 5,24
Porcentagem deJarabak 0,0526316 0,81855 (NS) 60,37 ± 3,77 61,32 ± 3,32
(NS) não significativo em relação aos níveis considerados
Segundo os resultados obtidos na TABELA 1, por meio do teste de Friedman,
foi realizado o cálculo do erro e notou-se que não houve diferença estatisticamente
significativa entre as medidas para o primeiro e segundo momentos para todas as
136
Resultados
variáveis do grupo estudado. Portanto, obtivemos confiabilidade nos traçados e
mensurações.
5.2 Análise do Cálculo do Erro para o
Grupo Controle
Dos 30 indivíduos do Grupo Controle, para o primeiro momento, foi retirada
uma amostra de 30% do grupo estudado, num segundo momento, com a finalidade
de verificar o erro cometido entre os dois momentos. Foi aplicado o teste de
Friedman e os resultados obtidos constam da tabela abaixo.
TABELA 2- Comparação para as variáveis do Grupo Controle para o primeiro e segundo momentos
VariávelQui-
quadradode
FriedmanP-valor Média ± Desvio
Padrão (1o momento)Média ± Desvio
Padrão (2o momento)
Ângulo de Sela 1,00 0,31732 (NS) 125,78 ± 4,60 126,11 ± 3,82
Ângulo Articular 1,2857 0,25685 (NS) 143,44 ± 5,25 144,33 ± 5,17
Ângulo Goníaco 0,00 1,0 (NS) 122,33 ± 3,39 121,67 ± 2,87
Soma Total 0,5 0,47951 (NS) 391,55 ± 2,45 392,11 ± 2,57
Âng. Gon. Sup. 0,1111 0,73888 (NS) 51,22 ± 2,22 50,67 ± 2,34
Âng. Gon. Inf. 0,1111 0,73888 (NS) 71,11 ± 2,37 71 ± 2,24
B.A.C. 1,00 0,31732 (NS) 73,33 ± 2,60 73,22 ± 2,86
Compr.CorpoMand. 0,1111 0,73888 (NS) 76,67 ± 2,55 76,78 ± 3,52
B.P.C. 0,1111 0,73888 (NS) 35,33 ± 2,87 34,55 ± 2,70
Altura do Ramo 0,1111 0,73888 (NS) 48,33 ± 2,87 48,44 ± 2,70
AFP 0,1111 0,73888 (NS) 77,67 ± 3,20 76,22 ± 3,37
137
Resultados
AFA 0,1111 0,73888 (NS) 120,55 ± 4,24 120,33 ± 4,82
Porcentagem de Jarabak 1,00 0,31732 (NS) 64,43 ± 1,72 63,38 ± 2,77
(NS) – não significativo com relação aos níveis considerados
Segundo os resultados obtidos na TABELA 2, por meio do teste de Friedman,
foi realizado o cálculo do erro e notou-se que não houve diferença estatisticamente
significativa entre as medidas para o primeiro e segundo momentos para todas as
variáveis do grupo estudado. Portanto, obtivemos confiabilidade nos traçados e
mensurações.
5.3 Análise do Grupo Classe II
Dos 65 indivíduos do grupo de Classe II, 1ª divisão, dos quais 36 indivíduos
eram do gênero feminino e 29 do gênero masculino, por meio do teste Qui-quadrado
de Kruskal-Wallis foram realizadas medições das variáveis: Ângulo Sela, Ângulo
Articular, Ângulo Goníaco, Soma Total, Ângulo Goníaco Superior, Ângulo Goníaco
Inferior, Base Anterior do Crânio, Comprimento do Corpo Mandibular, Base Posterior
do Crânio, Altura do Ramo, AFA, AFP e Porcentagem de Jarabak, para o primeiro
momento, com a finalidade de verificar a presença de dimorfismo entre os gêneros.
Os resultados obtidos constam da tabela abaixo.
138
Resultados
TABELA 3- Comparação para as variáveis do Grupo Classe II, para os gêneros feminino emasculino
VariávelQui-quadrado
deKruskal-Wallis(36 F e 29 M)
P-valorMédia ± Desvio
Padrão (Feminino)Média ± Desvio
Padrão (Masculino)
Ângulo Sela 0,3322 0,5644 (NS) 126,97 ± 4,82 126,96 ± 4,38
Ângulo Articular 1,4472 0,2290 (NS) 145,64 ± 6,50 147,72 ± 10,92
Ângulo Goníaco 0,0394 0,8427 (NS) 123,28 ± 6,39 123,55 ± 5,87
Soma Total 0,2144 0,6434 (NS) 395,89 ± 4,78 398,24 ± 9,97
Âng. Gon. Sup. 0,0086 0,9259 (NS) 50,17 ± 4,41 50,62 ± 3,76
Âng. Gon. Inf. 0,0601 0,8063 (NS) 73,11 ± 4,20 72,93 ± 4,32
B. A. C. 14,5796 0,0001 (**) 69,31 ± 2,58 72,76 ± 3,81
Compr. Corpo Mand. 5,2643 0,0218 (*) 71,67 ± 4,45 75,31 ± 6,69
B. P. C. 3,0631 0,0801 (NS) 33,56 ± 2,98 35,31 ± 3,62
Altura do Ramo 0,1277 0,7208 (NS) 42,25 ± 6,31 43,21 ± 4,92
AFP 2,0246 0,1548 (NS) 71,22 ± 5,31 73,34 ± 6,60
AFA 7,0395 0,0080 (**) 116,36 ± 5,75 121,45 ± 7,68
Porcentagem deJarabak 0,1784 0,6728 (NS) 61,24 ± 4,06 60,41 ± 4,11
(*) significativo a 5% de probabilidade(**) significativo a 1% de probabilidade(NS) não significativo com relação aos níveis considerados
Segundo os resultados obtidos na TABELA 3, por meio do teste Qui-
quadrado de Kruskal-Wallis, nota-se apenas diferença significativa para Base
139
Resultados
Anterior do Crânio, Comprimento do Corpo Mandibular e Altura Facial Anterior. As
demais variáveis do grupo estudado não diferem significativamente para os gêneros
masculino e feminino.
5.4 Análise do Grupo Controle
Considerando 30 indivíduos com oclusão clinicamente aceitável, como Grupo
Controle; sendo 17 indivíduos do gênero feminino e 13 do gênero masculino,
mediante o teste Qui-quadrado de Kruskal-Wallis foi realizada uma comparação
entre os gêneros para verificar a presença de dimorfismo entre os gêneros. Os
resultados obtidos constam da tabela abaixo.
TABELA 4- Comparação para as variáveis do Grupo Controle, para os gêneros feminino e masculino
VariávelQui-quadrado
deKruskal-Wallis(17 F e 13 M)
P-valor Média ± DesvioPadrão (Feminino)
Média ± DesvioPadrão (Masculino)
Ângulo Sela 0,5418 0,4617 (NS) 125,70 ± 4,38 124,77 ± 3,65
Ângulo Articular 0,3701 0,5430 (NS) 144,53 ± 6,07 145,77 ± 6,23
Ângulo Goníaco 0,5730 0,4491 (NS) 121,47 ± 4,08 122,31 ± 5,33
Soma Total 0,5440 0,4608 (NS) 391,70 ± 4,16 392,85 ± 5,19
Âng. Gon. Sup. 0,6773 0,4105 (NS) 51,00 ± 3,77 49,61 ± 3,48
Âng. Gon. Inf. 3,3487 0,0673 (NS) 70,47 ± 3,16 72,69 ± 3,50
B. A. C. 2,6278 0,1050 (NS) 71,59 ± 3,00 73,54 ± 2,90
Compr. Corpo Mand. 5,7613 0,0164 (*) 75,41 ± 3,89 79,23 ± 3,63
B. P. C. 2,8302 0,0925 (NS) 34,12 ± 3,84 36,46 ± 2,57
Altura do Ramo 3,1850 0,0743 (NS) 46,06 ± 3,73 49,31 ± 5,68
140
Resultados
AFP 8,0378 0,0046 (**) 74,23 ± 5,58 79,77 ± 4,62
AFA 11,5978 0,0007 (**) 116,53 ± 5,97 125,23 ± 5,34
Porcentagem deJarabak 0,0004 0,9833 (NS) 63,71 ± 3,67 63,78 ± 4,21
(*) significativo a 5% de probabilidade(**) signifivativo a 1% de probabilidade(NS) não significativo com relação aos níveis considerados
Segundo os resultados obtidos na TABELA 4, por meio da realização do teste
Qui-quadrado de Kruskal-Wallis, observamos que para o Grupo Controle, existe
diferença significativa para as seguintes variáveis: Comprimento do Corpo
Mandibular, Altura Facial Posterior e Altura Facial Anterior para os gêneros
masculino e feminino; e as demais variáveis não apresentaram diferença
significativa.
5.5 Comparação do Grupo Classe II com o
Grupo Controle
Considerando o Grupo Classe II, com 65 indivíduos com má oclusão e o
Grupo Controle, com 30 indivíduos com oclusão clinicamente aceitável, foi realizado
o teste de Wilcoxon para as duas amostras aproximadas para a distribuição normal,
com a finalidade de comparar os dados do Grupo Classe II e Grupo Controle,
verificando se existia diferença significativa, e considerando os níveis de
significância de 5% e 1% de probabilidade. Nesta fase não considerou o gênero,
141
Resultados
pois já se sabia que não houve diferença estatisticamente significativa. Os
resultados obtidos constam da tabela abaixo.
TABELA 5- Comparação para as variáveis do Grupo Classe II e Grupo Controle
Variável Z P-valorMédia(Grupo
Classe II)
DP(Grupo
Classe II)
Média(Grupo
Controle)
DP(Grupo
Controle)
Ângulo Sela -1,49886 0,1329(NS) 126,9692308 4,5926886 125,3000000 4,0441529
Ângulo Articular -0,745669 0,4559 (NS) 146,5692308 8,7427992 145,0666667 6,0681948
Ângulo Goníaco -0,947392 0,3434 (NS) 123,4000000 6,1206617 121,8333333 4,5944744
Soma Total -3,24014 0,0012 (**) 396,9384615 7,5743748 392,2000000 4,5893430
Âng. Gon. Sup. 0,036274 0,9711 (NS) 50,3692308 4,1100838 50,4000000 3,6540011
Âng. Gon. Inf. -1,62335 0,1045 (NS) 73,0307692 4,2240725 71,4333333 3,4409635
B. A. C. 2,13823 0,0325 (*) 70,8461538 3,6065512 72,4333333 3,0702503
Compr. Corpo Mand. 3,37749 0,0007 (**) 73,2923077 5,8087302 77,0666667 4,1848111
B. P. C. 1,26232 0,2068 (NS) 34,3384615 3,3693328 35,1333333 3,5010672
Altura do Ramo 3,67258 0,0002 (**) 42,6769231 5,7066510 47,4666667 4,8688548
AFP 3,33809 0,0008 (**) 72,1692308 5,9675404 76,6333333 5,8160499
AFA 0,906324 0,3648 (NS) 118,6307692 7,0987878 120,3000000 7,1203932
Porcentagem deJarabak 2,91054 0,0036 (**) 60,8712308 4,0706804 63,7410000 3,8448141
(*) – significativo a 5% de probabilidade (**) – significativo a 1% de probabilidade (NS) – não significativo com relação aos níveis considerados
142
Resultados
Segundo os resultados obtidos na TABELA 5, por meio da realização do teste
de Wilcoxon, nota-se que houve diferença significativa entre Grupo Classe II e o
Grupo Controle para as variáveis: Soma Total, Base Anterior do Crânio,
Comprimento do Corpo Mandibular, Altura do Ramo, Altura Facial Posterior e
Porcentagem de Jarabak. As demais variáveis não apresentaram significância.
5.6 Distribuição Gráfica
Por meio do Box-plot, foi realizada a distribuição gráfica considerando o
Grupo Classe II e o Grupo Controle, o qual foi realizado treze gráficos para cada
variável estudada.
O gráfico do tipo Box-plot é uma forma de verificar a distribuição dos dados
coletados de uma população. Para a sua construção, é preciso calcular 1o. e 3o.
quartis, que correspondem, respectivamente, aos valores referentes a 25% e 75%
da amostra e, a mediana, que corresponde ao valor referente a 50% da amostra. A
representação do Box-plot é feita mediante a colocação dos valores máximo e
mínimo ligados por uma caixa constituída dos valores referentes aos quartis (1o., 3o.
e mediana). O box-plot pode ser construído com ou sem a presença de observações
discrepantes (outliers), sendo opcional nos mais diversos softwares estatísticos. Se
a distribuição dos dados é simétrica, as distâncias entre os valores mínimo e 1o.
quartil, 1o. quartil e mediana, mediana e 3o. quartil e 3o. quartil e o máximo dever ter
distâncias próximas. A simetria é importante para o caso de aplicações de testes
143
Resultados
paramétricos aos parâmetros envolvidos na população. Caso não haja simetria, o
teste paramétrico é menos poderoso e deve-se optar por um similar não
paramétrico.
144
Grupo Classe II Grupo Controle
Resultados
Gráfico 1- Box-plot para o ÂNGULO SELA para o Grupo Classe II e Grupo Controle
145
Grupo Classe II Grupo Controle
Resultados
Gráfico 3- Box-plot para o ÂNGULO GONÍACO para Grupo Classe II e Grupo Controle
147
Grupo Classe II Grupo Controle
Resultados
Gráfico 4- Box-plot para a SOMA TOTAL para Grupo Classe II e Grupo Controle
148
Grupo Classe II Grupo Controle
Som
a To
tal
Resultados
Gráfico 5- Box-plot para o ÂNGULO GONÍACO SUPERIOR para Grupo Classe II e GrupoControle
149
Grupo Classe II Grupo Controle
Resultados
Gráfico 6- Box-plot para o ÂNGULO GONÍACO INFERIOR para Grupo Classe II e GrupoControle
150
Grupo Classe II Grupo Controle
Resultados
Gráfico 7- Box-plot para a BASE ANTERIOR DO CRÂNIO para Grupo Classe II e GrupoControle
151
Grupo Classe II Grupo Controle
Resultados
Gráfico 8- Box-plot para o COMPRIMENTO DO CORPO MANDIBULAR para Grupo Classe II e Grupo Controle
152
Grupo Classe II Grupo Controle
Resultados
Gráfico 9- Box-plot para a BASE POSTERIOR DO CRÂNIO para Grupo Classe II e GrupoControle
153
Grupo Classe II Grupo Controle
Resultados
Gráfico 10- Box-plot para a ALTURA DO RAMO para Grupo Classe II e Grupo Controle
154
Grupo Classe II Grupo Controle
Resultados
Gráfico 11- Box-plot para a ALTURA FACIAL POSTERIOR para Grupo Classe II e GrupoControle
155
Grupo Classe II Grupo Controle
Resultados
Gráfico 12- Box-plot para a ALTURA FACIAL ANTERIOR para Grupo Classe II e GrupoControle
156
Grupo Classe II Grupo Controle
Resultados
Gráfico 13- Box-plot para a PORCENTAGEM DE JARABAK para Grupo Classe II e GrupoControle
157
Grupo Classe II Grupo Controle
Discussão
6 Discussão
O método mais preconizado para quantificar o crescimento do complexo
craniofacial é a cefalometria radiográfica, que é amplamente utilizada em pesquisas
sobre o crescimento craniofacial, no diagnóstico ortodôntico e na avaliação do
tratamento. Segundo os estudos (HELLMAN, 1927; OPPENHEIM, 1928) mediante a
craniometria, relataram que a maior vantagem era a possibilidade de se obter
medidas precisas diretamente de crânios secos, porém as desvantagens desse
método era de fornecer apenas dados transversais do crescimento e também
poderiam alterar o curso normal do crescimento craniofacial devido as doenças
crônicas (PROFFIT, 1986; TODD, 1981). Apesar das limitações impostas à
craniometria, alguns autores realizaram estudos que foram consagrados e aplicados
à Ortodontia até os dias atuais. O primeiro documento que hoje chamamos de
cefalometria foi provavelmente de Pacini (1922). Neste mesmo ano, Simom utilizou o
sistema gnatológico, e por meio dessas idéias de antropometria e gnatologia
desenvolveram-se e fundiram-se em uma nova tecnologia: a radiografia
cefalométrica. A cefalometria, sem dúvida, é um instrumento de diagnóstico útil para
a identificação do padrão facial ou sua tendência de crescimento facial. As
transformações que representam a mudança da criança num adulto são, na
realidade, a expressão do crescimento, o qual é regulado por fatores genéticos,
gerais e ambientais, sua expressão se desenvolve segundo essas influências,
159
Discussão
portanto, de modo favorável ou não ao desenvolvimento normal da face e da
oclusão. Na oclusão normal, os maxilares e as demais estruturas faciais
desenvolvem-se de modo harmonioso com alterações sucessivas de crescimento
expressas principalmente no sentido sagital, vertical e transversal, que resulta na
face adulta de proporções normais e com um bom relacionamento oclusal.
Jarabak e Fizzell (1972) definiram a cefalometria como a ciência que fraciona
o complexo dento-crânio-facial, que tinha como propósito examinar de que forma as
partes relacionavam-se entre si, e como os incrementos individuais de crescimento
ou mudanças de tratamento afetavam aquele conjunto. Muito se deve ao
desenvolvimento clínico da cefalometria, à contribuição de Dows (1948), que
formulou uma das primeiras análises cefalométricas de interesse para as correções
ortodônticas, estabelecendo um padrão para o esqueleto facial, e segundo o autor,
há um padrão facial que representa a média dos indivíduos com oclusão
clinicamente aceitável. Jarabak e Fizzell (1975) publicaram pela primeira vez a
Análise de Jarabak, e determinaram categorias de padrão de crescimento facial.
Na literatura ortodôntica, há inúmeros trabalhos relacionados ao estudo da má
oclusão de Classe II, 1ª divisão de Angle, considerando que a maioria deles utilizava
a cefalometria para analisar as características dos problemas relacionados a essa
má oclusão. Estudos de prevalência foram realizados para determinar o índice da
má oclusão de Classe II, e segundo (NOUER, 1966) apresentou uma prevalência de
Classe II em 8,5%; (TAKAHASHI, 1975) apresentou uma prevalência para a má
oclusão de Classe II, de 25,26%; (SILVA FILHO et al., 1989) uma alta prevalência
dessa má oclusão, em 42% dos casos e (GANDINI, 1993), 33,10% de distoclusão.
Muitas más oclusões ântero-posteriores são decorrentes de um desenvolvimento
vertical e transversal anormal ou são agravadas pelo mesmo. Diante da literatura
160
Discussão
consultada, pode-se afirmar que o mais importante no sentido de uma melhor
compreensão da má oclusão de Classe II, 1ª divisão, é o diagnóstico criterioso.
Optou-se pela realização da Análise de Jarabak por ser uma análise bastante
estudada, de fácil realização, e completa em seus dados, segundo (MCNAMARA
JR., 1984). Portanto, o objetivo desse capítulo foi interpretar e confrontar os
resultados obtidos dessa pesquisa juntamente com a literatura.
A má oclusão de Classe II, 1ª divisão, pode ser caracterizada por vários
fatores que levam a essa má oclusão, e apesar de não ter sido analisada nessa
pesquisa a relação da maxila com a base do crânio, não poderia deixar de citar
alguns autores que obtiveram em seus estudos, resultados de uma má oclusão de
Classe II, 1ª divisão, em decorrência de alterações da maxila, como um
desenvolvimento maior da maxila em relação à mandíbula e mesmo em relação à
base do crânio. Segundo a literatura, alguns autores verificaram que a maxila
encontrava-se protruída em relação à base do crânio, nos casos de Classe II, 1ª
divisão, como (WYLIE, 1947; BJÖRK, 1947, 1948; ELSASSER e WYLIE, 1948;
DRELICH, 1948; FISCHER, 1948; BJÖRK, 1951a,b; FISK et al., 1953; BLAIR, 1954;
BRAUN e SCHIMIDT, 1956; HENRY, 1957; MARTIN, 1958; BJÖRK, 1960;
MAJ et al., 1960; JAMES, 1963; COBEN, 1966; HOUSTON, 1967; SASSOUNI,
1969, 1970; COBEN, 1971; ROTHSTEIN, 1971; MCNAMARA JR., 1981; MARTINS
e VIGORITO, 1987; VALE e MARTINS, 1987; ROSEMBLUM, 1995; SIMPLÍCIO,
1995; MAIA et al., 1998; LAU e HAGG, 1999; TUKASAN, 1999; ROTHSTEIN e
YOON-TARLIE, 2000). Segundo a literatura, alguns trabalhos apresentaram um
posicionamento normal da maxila em relação à base do crânio, nos casos de Classe
II, 1ª divisão, (OPPEINHEIN, 1928; BRODIE, 1931; LARSON e MEREDITH, 1949;
RIEDEL, 1952; KEAN, 1958; ARAÚJO, 1964; THOMAZINHO, 1970; HARRIS,
161
Discussão
KOWALSKI e WALKER, 1972; HITCHCOCK, 1973; MCNAMARA JR., 1981;
VIGORITO e MITRI, 1992; SIMPLÍCIO, 1995; MISSAKA e FANTINI, 1997; MAIA et
al., 1998; BERTOZ et al., 2003). Também foram encontrados casos de má oclusão
de Classe II, 1ª divisão, por retrusão de maxila com maior retrognatismo mandibular
(RENFROE, 1948; AIDAR, 1987; GEISER et al., 2002; BERTOZ et al., 2003).
O que mais se encontrou na literatura foi problema da má oclusão de Classe
II, 1ª divisão, predominantemente relacionada com à mandíbula. Muitos trabalhos
mostraram que a mandíbula encontrava-se retruída em relação à base do crânio,
nos casos de Classe II, 1ª divisão, (LISCHER, 1921; LUNDSTRÖM, 1925;
OPPEINHEIN, 1928; BRODIE, 1931; BALDRIDGE, 1941; WYLIE, 1947; BJÖRK,
1948; DRELICH, 1948; ELSASSER e WYLIE, 1948; FISCHER, 1948; HIGLEY,
1948; NELSON e HIGLEY, 1948; RENFROE, 1948; GILMORE, 1950; BJÖRK,
1951b; CRAIG, 1951; RIEDEL, 1952; FISK et al., 1953; BLAIR, 1954; MITCHEL,
1954; BRAUN e SCHIMIDT, 1956; HENRY, 1957; KEAN, 1958; MARTIN, 1958;
BJÖRK, 1960; MAJ et al., 1960; GRESHAM, 1963; JAMES, 1963; WALLIS, 1963;
ARAÚJO, 1964, 1967; COBEN, 1966; ARAÚJO, 1967; HOUSTON, 1967; PFAFF,
1967; SASSOUNI, 1969, 1970; THOMAZINHO, 1970; COBEN, 1971; HARRIS et
al.,1972; HITCHCOCK, 1973; MENEZES, 1974; VIGORITO, 1974; MOYERS et al.,
1980; MCNAMARA JR., 1981; BUSCHANG, 1986; AIDAR, 1987; VALE e MARTINS,
1987; BYCZEK e NGAN, 1992; ROSEMBLUM, 1995; SIMPLÍCIO, 1995; MISSAKA e
FANTINI, 1997; BISHARA, 1998; MAIA et al., 1998; LAU e HAGG, 1999; TUKASAN,
1999; ANDRIGHETTO et al., 2001; TUKASAN, 2002; BERTOZ et al., 2003), da
mesma forma que os valores encontrados nessa pesquisa, apresentaram diferença
estatisticamente significativa em algumas grandezas cefalométricas, confirmando
assim a má oclusão de Classe II, 1ª divisão, em decorrência da mandíbula. Segundo
162
Discussão
a literatura, alguns trabalhos ainda mostraram um posicionamento normal da
mandíbula, nos casos de Classe II, 1ª divisão, (ELMAN, 1940; ADAMS, 1948;
LARSON e MEREDITH, 1949; FISK et al., 1953; BLAIR, 1954; BRAUN e SCHIMIDT,
1956; CALCOTE, 1960; CASSIDY, 1962; ROTHSTEIN, 1971; MOYERS et al., 1980;
VIGORITO e MITRI, 1982; VALE e MARTINS, 1987; ROSEMBLUM, 1995;
SIMPLÍCIO, 1995; ROTHSTEIN e YOON-TARLIE, 2000) e até um prognatismo
mandibular (BJÖRK, 1947).
Avaliando os resultados obtidos nessa pesquisa, foram interpretados e
relacionados entre si, comparando-os com a literatura. No presente estudo, foram
analisadas as medidas angulares e lineares permitindo um estudo estatístico como
ponto de partida para a cefalometria dinâmica. O propósito dessa análise
cefalométrica foi obter a melhor visão de uma anomalia esquelética, no sentido
vertical e ântero-posterior, com a menor quantidade possível de medidas
cefalométricas. Primeiramente, compararam-se as medidas angulares, e segundo os
ângulos Sela, Articular e Goníaco, estes demonstram o grau de crescimento facial e
quando o Ângulo Sela apresenta-se aumentado ou mais aberto indica uma posição
mais horizontal da Base Posterior do Crânio (S-Ar), e, com o crescimento, a fossa
mandibular situa-se mais para trás e levemente para baixo, provocando a
retroposição mandibular. O valor deste ângulo é encontrado geralmente, nas más
oclusões de Classe II e mordida aberta esquelética. A face apresenta-se retrognata
mesmo com mandíbula apresentando um tamanho normal.
Ao contrário, um ângulo menor do que a norma, ou fechado, indica uma
posição mais vertical da Base Posterior do Crânio (S-Ar). O deslocamento, com o
crescimento da fossa mandibular situa-se mais para baixo e levemente para trás,
favorecendo a projeção anterior da mandíbula. Encontrado geralmente nas más
163
Discussão
oclusões de Classe III e mordida profunda esquelética. A face apresenta-se mais
prognata, mesmo nos casos de uma mandíbula de tamanho normal. Este ângulo
pode ter valor maior ou menor que o normal nos três biótipos faciais. Em geral, o
Ângulo Sela mais aberto é mais freqüente em indivíduos dolicifaciais, ao passo que
o ângulo mais fechado é freqüente em indivíduos braqui e mesofaciais.
Segundo os resultados dessa pesquisa, o Ângulo Sela não apresentou
diferença estatisticamente significativa, o qual encontrou uma média para o Grupo
Classe II, de 126,96º, e para o Grupo Controle, uma média de 125,30º. Mediante os
resultados, o Ângulo Sela apresentou-se mais aberto, levando a um
retroposicionamento mandibular e deixando a face mais retrognata, embora a
mandíbula se apresentasse em seu tamanho normal.
Em relação ao Ângulo Articular, a posição do ramo mandibular é afetada
durante o crescimento e desenvolvimento pelos músculos circundantes e pelo
crescimento dentoalveolar. Ângulos Articulares aumentados ou abertos são
encontrados em indivíduos com ramo mandibular direcionado verticalmente,
favorecendo o retrognatismo mandibular, e a musculatura apresenta-se de pouca
potência condicionando um crescimento e uma reação diferenciada ao tratamento. O
ramo é mais estreito e com uma cinta pterigo-masseteriana também estreita,
permitindo que o crescimento do ramo da mandíbula se faça mais vertical sem a
projeção sagital da sínfise. A resistência muscular à mecânica extrusiva,
especialmente de dentes posteriores, será débil, facilitando a abertura da mordida e
o deslocamento condilar. Um ângulo aberto recomenda, portanto, evitar a mecânica
extrusiva e o uso de fios ortodônticos de alta carga de deflexão. O uso de fios rígidos
pode, em um movimento extrusivo de um elemento dentário, provocar uma mordida
aberta ou o deslocamento condilar. Ao passo que Ângulos Articulares diminuídos ou
164
Discussão
fechados são encontrados em indivíduos com ramo mandibular direcionado
horizontalmente, favorecendo o prognatismo mandibular, em indivíduos que
apresentam músculos elevadores fortes, hiperdesenvolvidos e normalmente uma
cinta pterigo-masseteriana de ampla inserção, coincidente com o ramo mandibular
também largo. Correlacionando esse ângulo com o crescimento pode-se dizer que
quanto mais anteriorizada for a orientação da linha (Ar-Goc) fechando o Ângulo
Articular, o crescimento favorecerá a projeção sagital da sínfise mandibular. O
Ângulo Articular pode ser modificado pelo tratamento. Segundo essa pesquisa, os
resultados apresentados para o Ângulo Articular no Grupo Classe II, foi de 146,56º,
e para o Grupo Controle, 145,06º. Estatisticamente não houve diferença significativa
para este ângulo, mas confirmou por meio dos resultados obtidos na pesquisa, o
retrognatimo mandibular.
O Ângulo Goníaco determina sua relação com a altura facial, e segundo Björk
(1969) definiu a morfologia mandibular. Pode ser considerado como sendo o centro
ao redor do qual o restante da face realiza um crescimento adaptativo; além disso, é
a determinante da direção de crescimento da porção inferior da face. Pode ser
analisado de duas formas: a primeira é considerar seu valor total e relacioná-lo com
os ângulos estudados anteriormente, fazendo-se a soma dos três ângulos, os quais
serão explicados mais adiante e a outra forma é dividí-lo em duas partes, uma
superior e outra inferior. Quando o ângulo Goníaco apresenta-se diminuído, a
mandíbula apresenta-se quadrada, a altura da face é curta, e o indivíduo exibe uma
mordida profunda esquelética. O valor aumentado evidencia uma mandíbula estreita,
a altura da face anterior é longa, e associado à mordida aberta esquelética.
Mediante os resultados obtidos nessa pesquisa, estatisticamente, também
não houve diferença significativa e para o Grupo Classe II, a média do Ângulo
165
Discussão
Goníaco apresentou um valor de 123,40º, e no Grupo Controle um valor de 121,83º;
segundo (HIGLEY, 1948; WALLIS, 1963) este ângulo também se apresentou agudo.
Comparando os dois grupos, os resultados mostraram que houve uma tendência à
mordida aberta anterior e uma face mais longa, conseqüentemente um
retroposicionamento mandibular. Portanto, esse ângulo não deve ser estudado
apenas como um fator único de morfologia, mas a forma como o ramo mandibular e
o corpo mandibular estão relacionados para formar o Ângulo Goníaco, demonstram
como seu crescimento influenciaria as estruturas faciais.
Apesar dos ângulos Sela, Articular e Goníaco apresentarem valores maiores,
diferentes do Grupo Controle, avaliando isoladamente o comportamento individual
de cada ângulo, esses valores não foram suficientes para provocarem uma diferença
estatisticamente significativa, mas analisando a somatória desses três ângulos, o
valor tornou-se estatisticamente significativo, no qual os ângulos têm direta
interdependência para sua interpretação, compensando ou potencializando valores
que poderiam existir entre eles, resultando numa determinada direção de
crescimento. Quando o valor da Soma Total apresentar diminuído, indicará um
crescimento do mento, no sentido anterior. Ao contrário, quando esse valor é
aumentado, o crescimento se manifesta mais no sentido vertical, com pouca
projeção anterior, do mento, tendendo a um crescimento no sentido vertical. No
Grupo Classe II, essa Soma Total foi de 396,93º, e no Grupo Controle, de 392,20º; e
diante dos resultados obtidos nessa pesquisa, apresentou-se um
retroposicionamento mandibular no Grupo Classe II, com tendência de rotação
mandibular no sentido horário, segundo os autores (LISCHER, 1921; LUNDSTRÖM,
1925; OPPEINHEIN, 1928; BRODIE, 1931; BALDRIDGE, 1941; WYLIE, 1947;
BJÖRK, 1948; DRELICH, 1948; ELSASSER e WYLIE, 1948; FISCHER, 1948;
166
Discussão
HIGLEY, 1948; NELSON e HIGLEY, 1948; RENFROE, 1948; GILMORE, 1950;
BJÖRK, 1951b; CRAIG, 1951; RIEDEL, 1952; FISK et al., 1953; BLAIR, 1954;
MITCHEL, 1954; BRAUN e SCHIMIDT, 1956; HENRY, 1957; KEAN, 1958; MARTIN,
1958; MAJ et al., 1960; JAMES, 1963; WALLIS, 1963; ARAÚJO, 1964; COBEN,
1966; ARAÚJO, 1967; HOUSTON, 1967; PFATT, 1967; SASSOUNI, 1969, 1970;
THOMAZINHO, 1970; COBEN, 1971; HARRIS et al., 1972; HITCHCOCK, 1973;
MENEZES, 1974; MOYERS et al., 1980; MCNAMARA JR., 1981; BUSCHANG,
1986; AIDAR, 1987; VALE e MARTINS, 1987; BYCZEK e NGAN, 1992;
ROSEMBLUM, 1995; SIMPLÍCIO, 1995; MISSAKA e FANTINI, 1997; BISHARA,
1998; MAIA et al., 1998; LAU e HAGG, 1999; TUKASAN, 1999; ANDRIGHETO et
al., 2001; TUKASAN, 2002). Estatisticamente, a Soma Total apresentou diferença
significativa, com valores aumentados e um padrão de crescimento facial vertical.
A partir de uma linha determinada por Jarabak e Fizzell (1972), denominada
de profundidade facial, o Ângulo Goníaco foi dividido em duas partes: Ângulo
Goníaco Superior e Inferior, como foi descrito anteriormente, o qual seria uma das
formas de analisá-lo. O Ângulo Goníaco Superior descreve a inclinação do ramo
mandibular e quando o seu apresentar-se aumentado, indicará um incremento
remanescente de crescimento mandibular no sentido horizontal, fazendo com que a
parte inferior da face seja mais prognata, com projeção anterior do mento. Quando o
Ângulo Goníaco Superior for diminuído, o incremento remanescente de crescimento
mandibular será mais vertical, do tipo rotacional posterior, e com pouca projeção
anterior do mento, sendo um caso desfavorável para a correção de Classe ll
esquelética, necessitando controle vertical dos processos alveolares e da maxila.
Segundo os resultados dessa pesquisa, o Ângulo Goníaco Superior apresentou-se
no Grupo Classe II, com um valor de 50,36º e no Grupo Controle, de 50,40º.
167
Discussão
Praticamente não houve diferença de valores entre os dois grupos, por isso não
houve diferença estatisticamente significativa.
Em relação ao Ângulo Goníaco Inferior, este descreve a inclinação do corpo
mandibular. Um aumento do Ângulo Goníaco Inferior indica inclinação maior do
corpo mandibular, para baixo, e o crescimento manifesta-se projetando a sínfise
nesse sentido, ocasionando um padrão de mordida aberta esquelética. Ao contrário,
um Ângulo Goníaco Inferior diminuído descreve um corpo mandibular mais
horizontal, associado a um padrão de mordida profunda esquelética. Conhecer a
direção do incremento remanescente de crescimento é muito importante para o
clínico que está planejando corrigir as más oclusões ântero-posteriores e verticais
esqueléticas. Indivíduos com Ângulo Goníaco Superior aumentado e Inferior
diminuído são os habitualmente classificados com padrão de crescimento favorável
para a correção de uma má oclusão esquelética, no qual o crescimento para frente,
da sínfise, favorece a correção. Nesses casos, Jarabak e Fizzell (1972)
recomendam deixar um trespasse vertical aumentado para dar certa liberdade aos
incisivos até que o crescimento mandibular esteja terminado, evitando-se com essa
conduta um possível apinhamento ou mordida cruzada anterior. Ao contrário, esse
mesmo caso é extremamente desfavorável na Classe III. Os resultados encontrados
nessa pesquisa no Grupo Classe II, foi de 73,03º e no Grupo Controle, de 71,43º.
Apesar de estatisticamente não ter dado diferença significativa, o Ângulo Goníaco
Inferior apresentou uma média maior comparada ao Grupo Controle, resultando em
uma maior inclinação do corpo mandibular, possibilitando ao direcionamento com
rotação no sentido horário, podendo ocasionar um padrão de mordida aberta
anterior esquelética.
168
Discussão
As medidas lineares definirão a morfologia facial e o potencial de crescimento
estrutural, entre as relações de proporcionalidade que elas mantêm entre si.
Na relação entre Base Anterior do Crânio e Comprimento do Corpo Mandibular tem-
se uma relação normal de 1:1. Se esse fosse o valor observado, ou um valor muito
próximo, indicaria que o Comprimento do Corpo Mandibular aumentaria em média 1
a 1,5 mm para cada milímetro de crescimento da Base Anterior do Crânio. Nos
casos em que o Comprimento do Corpo Mandibular for de 3 a 5 mm maior que o
comprimento da Base Anterior do Crânio, o incremento de crescimento mandibular
será maior que aquele produzido anualmente nos casos que existe uma relação de
1:1, indicando um crescimento com tendência para Classe III. É necessário
considerar, porém, que a Base Anterior do Crânio quando apresentar aumentada
será comumente encontrada nos indivíduos com má oclusão de Classe II
esquelética (KEAN, 1958; BJÖRK, 1960; JAMES, 1963; WALLIS, 1963; HOUSTON,
1967; SASSOUNI, 1969; ROTHSTEIN, 1971). Mediante os resultados nessa
pesquisa, o valor da Base Anterior do Crânio no Grupo Classe II, foi de 70,84mm em
relação a 72,43mm no Grupo Controle, apresentando um comprimento de Base
Anterior do Crânio curta, conforme os trabalhos de (ELSASSER e WYLIE, 1948;
BJÖRK, 1951a; MENEZES, 1974). Estatisticamente houve diferença significativa
para essa proporção entre os grupos estudados. Em relação ao Comprimento do
Corpo Mandibular, o valor encontrado no Grupo Classe II foi de 73,29mm e no
Grupo Controle, de 77,06mm. Estatisticamente, houve diferença significativa
comparando os dois grupos, no qual foi determinado um Comprimento do Corpo
Mandibular reduzido, segundo os autores (OPPENHEIM, 1928; BRODIE, 1931;
WYLIE, 1947; DRELICH, 1948; ELSASSER e WYLIE, 1948; HIGLEY, 1948;
GILMORE, 1950; CRAIG, 1951; FISK et al., 1953; MITCHELL,1954; MARCONDES,
169
Discussão
1955; HENRY, 1957; KEAN, 1958; MARTIN, 1958; BJÖRK, 1960; WALLIS, 1963;
ARAÚJO, 1964; COBEN, 1966; PFAFF, 1967; SASSOUNI, 1969; TOMAZINHO,
1970; MENEZES, 1974; BUSCHANG, 1986; BYCZEK e NGAN, 1992; BISHARA,
1998); o que difere desses resultados no qual (NELSON e HIGLEY, 1948)
encontraram um comprimento maior da mandíbula nos casos de oclusão normal e
Classe I, quando comparados com a má oclusão de Classe II; e alguns autores
encontraram em seus estudos um comprimento normal do tamanho do corpo
mandibular (RENFROE, 1948; BRAUN e SCHMIDT, 1956; ROTHSTEIN, 1971;
ROTHSTEIN e YOON-TARLIE, 2000).
Segundo a proporção entre a Base Posterior do Crânio e a Altura do Ramo, a
relação normal é de 3:4. A distância Sela-Articular muito diminuída em relação à
média, contribuiria para a diminuição da Altura Facial Posterior, favorecendo a
mordida aberta e a Classe II esquelética. Essa tendência seria ainda maior, se a
Altura do Ramo também se encontrasse diminuída, invertendo-se a situação para a
mordida profunda e Classe III esquelética. Como referência, cada vez que a relação
entre a Base Posterior do Crânio e a Altura do Ramo da mandíbula aproximar-se de
1:1, estaremos na presença de um ramo curto (relacionando a um comprimento
normal da Base Posterior do Crânio). A altura posterior da face, diminuída, tende a
um crescimento mandibular do tipo horário, caracterizado pela face divergente ou
retrognata. O risco de deslocamento condilar, de sua posição assentada na fossa
mandibular, aumenta nesse caso, e requer cuidados especiais na mecânica de
tratamento utilizada. Está, portanto, contra indicada toda mecânica que produz a
extrusão ou distalização de dentes, especialmente da região posterior. Ao contrário,
se o indivíduo apresentasse uma relação 3:5, teria uma boa altura posterior da face
e um indivíduo com boa Altura de Ramo mandibular, no qual tende a um
170
Discussão
crescimento do tipo anti-horário, com possibilidade de que o mento se projete em
relação à face. Diminuiria também o risco da possibilidade do côndilo, de sua
posição assentada na fossa mandibular durante a aplicação da mecânica
ortodôntica. Segundo os resultados obtidos nessa pesquisa, no Grupo Classe II, o
valor da Base Posterior do Crânio foi de 34,33mm e no Grupo Controle, de
35,13mm, representando um valor menor no Grupo Classe II comparado ao Grupo
Controle, segundo os trabalhos de (JAMES, 1963; MENEZES, 1974). Foi encontrada
em alguns trabalhos uma Base Posterior do Crânio aumentada (KEAN, 1958;
BJÖRK, 1960; JAMES, 1963; WALLIS, 1963; HOUSTON, 1967; SASSOUNI, 1969;
ROTHSTEIN, 1971) diferenciando dessa pesquisa. Estatisticamente, não houve
diferença significativa para Base Posterior do Crânio para o Grupo de Classe II,
comparado ao Grupo Controle. Analisando a Altura do Ramo, o valor encontrado no
Grupo Classe II foi de 42,67mm e no Grupo Controle, de 47,46mm, determinando
estatisticamente que houve diferença significativa comparada ao Grupo Classe II,
com o Grupo Controle. Quanto mais próxima for a relação entre a Base Posterior do
Crânio e Altura do Ramo em 1:1, estará na presença de uma Altura de Ramo curta.
Em função disso, confirma que o Grupo Classe II, comparado ao Grupo Controle,
apresentou um tamanho de ramo curto, e segundo os autores, (DRELICH, 1948;
HIGLEY, 1948; FISK et al., 1953; MITCHELL, 1954; SASSOUNI e NANDA, 1964;
PFAFF, 1967) o mesmo resultado foi encontrado em seus estudos. Porém alguns
autores encontraram um tamanho de ramo diferente, que apresentava uma Altura de
Ramo mandibular normal (WALLIS, 1963), e uma Altura de Ramo mandibular
aumentada (SCOTT, 1958).
A relação entre a Altura Facial Posterior e Altura Facial Anterior, desempenha
papel fundamental no equilíbrio e harmonia facial, orientando o sentido da rotação
171
Discussão
mandibular e determinando o tipo de crescimento facial. Segundo essa pesquisa, a
Altura Facial Posterior no Grupo Classe II, foi de 72,16mm e no Grupo Controle, de
76,63mm, resultando uma Altura Facial Posterior curta, como foi citado por (BEHM,
1959; SASSOUNI, 1969; BYCZEK e NGAN, 1992). Estatisticamente houve diferença
significativa para a Altura Facial Posterior, comparando o Grupo Classe II, com o
Grupo Controle. Mais um valor da análise cefalométrica mostra que o problema da
má oclusão de Classe II está localizado na região posterior. Esse valor reduzido
confirma o que resultou na Altura do Ramo curto, contribuindo para tendência à
mordida aberta anterior e para um crescimento no sentido vertical. A Altura Facial
Anterior, no Grupo Classe II, teve um valor de 118,63mm e no Grupo Controle, de
120,30mm. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos para
Altura Facial Anterior, e (HOUSTON, 1967) também encontrou em seus estudos
uma Altura Facial Anterior reduzida. Segundo os valores encontrados nessa
pesquisa da Altura Facial Posterior e Altura Facial Anterior, a média para o Grupo
Controle, na Porcentagem de Jarabak, foi de 63,74%, determinando uma média de
crescimento facial normal, ou seja, para baixo e para frente. Em relação ao Grupo
Classe II, essa porcentagem foi de 60,87%, significando um padrão de crescimento
facial no sentido horário, com tendência ao crescimento vertical comparado ao
Grupo Controle, cujos autores encontraram em seus estudos um padrão de
crescimento facial neutro (FISCHER, 1948; GILMORE, 1950; RIEDEL, 1952; FISK et
al., 1953; BLAIR, 1954; MITCHELL, 1954; BRAUN e SCHIMIDT, 1956; SIRIWAT e
JARABAK, 1985; AIDAR, 1987; ROTHSTHEIN e YOON-TARLIE, 2000), e em
alguns casos um padrão de crescimento hipodivergente, segundo (SIRIWAT e
JARABAK, 1985), diferenciando dos resultados dessa pesquisa. Com esses valores
foi constatado que houve diferença estatisticamente significativa para a
172
Discussão
Porcentagem de Jarabak no Grupo Classe II, comparado ao Grupo Controle.
Moresca et al. (2002) encontraram um padrão de crescimento de 9,38% com
tendência vertical, 34,38% com crescimento neutro e 56,25% com tendência de
crescimento horizontal o que difere dos resultados dessa pesquisa que prevaleceu a
tendência de crescimento vertical.
Muitas más oclusões ântero-posteriores são decorrentes de um
desenvolvimento vertical anormal ou são agravadas pelo mesmo. No caso da
Classe II, 1ª divisão, quanto mais o crescimento vertical anterior prevalecer sobre a
região posterior, ou seja, a Altura Facial Anterior sobre a Posterior, maior será a
rotação mandibular no sentido horário, com tendência ao crescimento vertical,
tornando o perfil facial mais convexo, como foi citado pelos autores
(HELLMAN, 1932; DRELICH, 1948; FISCHER, 1948; HIGLEY, 1948; FISK et al.,
1953; MITCHELL, 1954; COBEN, 1955; HENRY, 1957; BEHM, 1959; ALTEMUS,
1960; BJÖRK, 1960; MEROW, 1962; SASSOUNI e NANDA, 1964; SCHUDY, 1965;
PFAFF, 1967; BJÖRK, 1969; SASSOUNI, 1969; THOMAZINHO, 1970; ISAACSON
et al., 1971; HITCHCOCK, 1973; MENEZES, 1974; BISHARA, 1981; MCNAMARA
JR., 1981; RAMANZINI, 1981; BISHARA e JAKOBSEN, 1985; VALE e MARTINS,
1987; BYCZEK e NGAN, 1992; LIGTHELM-BAKKER et al., 1992; HORN, 1992;
MISSAKA e FANTINI, 1997; GONDIM, 1999; GEISER et al., 2002; BERTOZ et al.,
2003). Segundo essa pesquisa, a tendência ao crescimento facial ocorreu no sentido
horário, predominantemente vertical, porém o fator mais marcante para essa relação
foi Altura Facial Posterior mais reduzida no Grupo Classe II comparado ao Grupo
Controle.
173
Conclusão
7 Conclusão
Baseando-se nos resultados obtidos em relação à amostra estudada, julga-se
lícito concluir que:
A Base Anterior do Crânio, Comprimento do Corpo Mandibular, Altura do Ramo
e Altura Facial Posterior apresentaram-se reduzidos no Grupo Classe II;
A Soma Total apresentou um valor aumentado para o Grupo Classe II;
A Porcentagem de Jarabak determinou um padrão de crescimento mais vertical
e no sentido horário para o Grupo Classe II;
Não houve dimorfismo entre os gêneros para o Grupo Classe II.
175
Conclusão
Considerações Clínicas
A pesquisa realizada verificou as características cefalométricas de uma
amostra com má oclusão de Classe II, 1ª divisão de Angle, segundo o método de
Jarabak. Por meio deste método foi possível determinar que esta má oclusão
apresentou características mais verticais devido à deficiência na região posterior,
além de uma mandíbula com tamanho reduzido. A Análise de Jarabak demonstrou
ser um excelente meio de diagnóstico para determinar o padrão de crescimento
facial do indivíduo, auxiliando de forma significativa na visualização dos problemas
esqueléticos existentes.
176
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188
Apêndice
APÊNDICE A
Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Classe II
Nº Ângulo
Sela Ângulo
Articular Ângulo
Goníaco Soma TotalÂngulo
GoníacoSuperior
ÂnguloGoníacoInferior
BaseAnterior do
Crânio em ° em ° em ° em ° em ° em ° mm
1 129 138 130 397 57 73 742 125 143 132 400 54 78 713 122 152 127 401 53 74 694 133 141 125 399 51 74 685 129 157 120 406 43 77 646 124 161 114 399 39 75 707 123 145 127 395 53 74 668 129 144 123 396 48 75 659 130 140 131 401 55 76 7110 132 147 118 397 48 70 6911 127 148 114 389 46 68 6912 133 142 117 392 50 67 7213 130 148 116 394 48 68 6814 129 145 124 398 50 74 6915 131 146 120 397 47 73 7216 128 141 123 392 53 70 7317 130 137 136 403 60 76 6918 131 140 123 394 52 71 6619 121 144 138 403 54 84 7020 129 152 114 395 41 73 6721 127 152 119 398 47 72 6922 125 146 132 403 50 82 6623 127 139 117 383 53 64 7224 126 145 124 395 50 74 7225 126 143 124 393 52 72 6726 122 147 125 394 52 73 7127 124 139 130 393 56 74 7128 134 139 119 392 51 68 7329 132 137 122 391 53 69 6830 116 152 123 391 49 74 6831 133 137 133 403 53 80 6732 125 148 125 398 48 77 6633 132 144 115 391 46 69 67
Média 127,70 144,82 123,64 396,15 50,36 73,27 69,06
190
Apêndice
APÊNDICE A
Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Classe II
NºComp. do
CorpoMandibular
Base Posteriordo Crânio
Altura doRamo A.F.P. A.F.A. Porcentagem
de Jarabak
mm mm mm mm mm %1 75 39 40 72 121 59,502 66 30 42 68 116 58,623 71 30 32 59 108 54,634 74 37 40 71 119 59,665 67 31 33 61 117 52,146 72 35 45 77 127 60,637 67 32 40 68 108 62,968 71 34 44 71 117 60,689 66 35 39 68 117 58,1210 80 34 38 67 117 57,2611 74 39 50 81 120 67,5012 74 32 45 71 112 63,3913 66 31 42 67 108 62,0414 69 35 40 68 117 58,1215 82 38 47 79 128 61,7216 77 30 48 72 115 62,6117 68 33 33 60 110 54,5518 68 33 42 67 109 61,4719 65 35 44 74 123 60,1620 70 33 49 76 122 62,3021 72 32 40 67 115 58,2622 73 35 42 73 126 57,9423 73 35 51 79 109 72,4824 75 38 46 76 124 61,2925 68 28 43 66 111 59,4626 65 34 43 72 113 63,7227 78 38 45 77 121 63,6428 78 34 49 75 118 63,5629 74 32 17 72 110 65,4530 68 32 46 75 109 68,8131 71 35 43 70 122 57,3832 75 27 44 70 118 59,3233 78 33 50 77 117 65,81
Média 71,82 33,61 42,18 71,09 116,48 61,07
191
Apêndice
APÊNDICE A
Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Classe II
Nº Ângulo
Sela Ângulo
Articular Ângulo
Goníaco Soma TotalÂngulo
GoníacoSuperior
ÂnguloGoníacoInferior
BaseAnterior do
Crânio em ° em ° em ° em ° em ° em ° mm
34 113 162 119 394 44 75 7135 122 156 116 394 47 69 7236 122 146 123 391 53 70 7337 122 195 122 439 49 73 7638 141 127 127 395 56 71 7039 124 136 136 396 59 77 6940 129 148 129 406 48 81 7341 126 145 123 394 53 70 7542 125 146 126 397 52 74 8043 126 155 120 401 44 76 6544 131 142 123 396 53 70 7845 124 150 121 395 47 74 7346 126 145 125 396 51 74 6947 132 138 123 393 53 70 7548 130 147 115 392 47 68 7649 129 155 126 410 45 81 7050 124 147 122 393 49 73 7251 131 139 123 393 53 70 7552 132 145 128 405 51 77 7853 124 149 135 408 52 83 7154 124 148 123 395 51 72 7855 130 151 120 401 49 71 7156 131 139 129 399 53 76 6957 124 147 121 392 53 68 7358 121 152 116 389 44 72 7259 123 150 122 395 51 71 7360 124 153 113 390 46 67 7661 125 149 112 386 48 64 7562 129 144 126 399 51 75 7463 120 150 120 390 50 70 6964 130 142 122 394 51 71 7165 125 150 135 410 59 76 64
Média 126,22 148,38 123,16 397,75 50,38 72,78 72,69
192
Apêndice
APÊNDICE A
Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Classe II
NºComp. do
CorpoMandibular
Base Posteriordo Crânio
Altura doRamo A.F.P. A.F.A. Porcentagem
de Jarabak
mm mm mm mm mm %34 71 34 46 77 121 63,6435 71 29 40 67 111 60,3636 68 36 43 74 113 65,4937 81 38 37 71 126 56,3538 69 37 47 75 117 64,1039 64 31 43 68 109 62,3940 77 37 41 74 135 54,8141 80 33 44 71 118 60,1742 84 41 45 80 135 59,2643 68 33 39 68 117 58,1244 87 38 45 76 128 59,3845 77 33 50 79 125 63,2046 75 35 42 71 118 60,1747 79 39 46 77 123 62,6048 86 37 45 81 127 63,7849 73 36 36 68 128 53,1350 71 32 49 76 119 63,8751 69 31 49 73 117 62,3952 72 32 43 69 128 53,9153 69 34 37 68 124 54,8454 79 39 44 78 126 61,9055 72 30 36 62 112 55,3656 69 37 43 74 120 61,6757 75 36 38 69 111 62,1658 83 45 55 94 135 69,6359 78 32 42 70 117 59,8360 89 37 47 79 129 61,2461 79 36 46 77 115 66,9662 72 40 42 77 127 60,6363 75 33 44 72 112 64,2964 67 32 46 72 115 62,6165 65 30 32 58 109 53,21
Média 74,81 35,09 43,19 73,28 120,84 60,67
193
Apêndice
APÊNDICE B
Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Controle
NºÂngulo
SelaÂngulo
ArticularÂngulo
Goníaco Soma TotalÂngulo
GoníacoSuperior
ÂnguloGoníacoInferior
BaseAnterior do
Crânioem ° em ° em ° em ° em ° em ° mm
1 129 152 113 394 44 69 682 133 136 126 395 53 73 753 124 138 126 388 55 71 724 130 142 121 393 51 70 695 124 143 119 386 53 66 746 131 143 118 392 50 68 707 125 141 118 384 53 65 708 118 152 124 394 49 75 729 126 148 122 396 48 74 7410 118 158 123 399 47 76 7011 126 135 130 391 60 70 7712 130 142 119 391 50 69 7513 128 144 122 394 52 70 7014 126 143 123 392 54 69 7115 126 142 123 391 53 70 7116 119 149 116 384 48 68 7417 124 149 122 395 47 75 6518 125 137 126 388 54 72 6919 129 139 123 391 52 71 7320 127 147 121 395 46 75 7021 123 149 129 401 51 78 7222 125 146 118 389 50 68 7823 129 138 128 395 53 75 7724 115 156 125 396 49 76 7325 122 150 109 381 43 66 7126 127 139 125 391 53 72 7427 123 154 122 399 45 77 7628 127 146 118 391 48 70 7129 125 151 120 396 48 72 7730 125 143 126 394 53 73 75
Média 125,30 145,07 121,83 392,20 50,40 71,43 72,43
194
Apêndice
APÊNDICE B
Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Controle
NºComp. do
CorpoMandibular
Base Posteriordo Crânio
Altura do Ramo A.F.P. A.F.A. Porcentagem
de Jarabak
mm mm mm mm mm %1 74 31 43 70 114 61,40 2 78 32 53 77 124 62,10 3 75 35 49 77 115 66,96 4 73 30 45 71 112 63,39 5 78 40 46 79 116 68,10 6 74 34 46 71 115 61,74 7 71 37 45 76 108 70,37 8 80 35 46 76 123 61,79 9 82 39 48 81 131 61,83
10 69 27 41 66 113 58,41 11 79 30 46 69 113 61,06 12 75 35 50 79 121 65,29 13 79 36 42 71 117 60,68 14 70 30 42 66 107 61,68 15 77 37 44 75 116 64,66 16 78 40 54 87 121 71,90 17 70 32 43 71 115 61,74 18 75 34 50 77 115 66,96 19 80 36 53 80 123 65,04 20 80 37 53 83 131 63,36 21 76 39 39 73 125 58,40 22 78 39 47 80 123 65,04 23 82 36 52 81 131 61,83 24 77 33 44 74 122 60,66 25 82 38 61 92 123 74,80 26 74 34 51 78 121 64,46 27 80 32 53 81 134 60,45 28 80 37 49 80 123 65,04 29 88 40 42 78 132 59,09 30 78 39 47 80 125 64,00
Média 77,07 35,13 47,47 76,63 120,30 63,74
195
Apêndice
APÊNDICE C
Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Classe II,Cálculo do Erro (2º momento)
NºÂngulo Sela Ângulo
ArticularÂngulo
Goníaco Soma TotalÂngulo
GoníacoSuperior
ÂnguloGoníacoInferior
BaseAnterior do
Crânioem ° em ° em ° em ° em ° em ° mm
1 130 144 125 399 50 75 682 130 144 117 390 50 67 703 129 145 117 392 48 70 744 131 138 125 394 54 70 765 140 130 126 396 55 71 726 123 144 129 396 54 75 707 127 143 130 399 53 77 678 124 146 124 395 53 72 709 128 143 139 410 55 84 74
10 131 145 124 400 47 76 6311 129 134 133 396 63 70 7012 125 153 118 397 47 71 6813 123 154 126 403 47 78 6714 130 143 125 398 52 73 6715 129 143 128 400 52 76 6916 127 142 126 395 51 75 6417 131 151 117 398 42 75 6618 123 151 116 390 48 68 7619 132 135 124 391 54 70 75
Média 128,51 143,62 124,65 396,78 51,31 73,34 69,74
196
Apêndice
APÊNDICE C
Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Classe II,Cálculo do Erro (2º momento)
NºComp. do
CorpoMandibular
Base Posteriordo Crânio
Altura doRamo A.F.P. A.F.A. Porcentagem de
Jarabak
mm mm mm mm mm %1 70 36 41 71 119 59,66 2 73 34 44 73 112 65,00 3 86 39 50 82 128 63,73 4 77 38 45 76 122 62,21 5 69 36 47 73 118 62,01 6 66 34 42 71 114 62,16 7 69 29 41 65 112 58,32 8 65 31 40 66 108 61,35 9 68 34 38 68 127 53,47 10 68 34 41 70 116 60,33 11 61 32 34 60 101 58,87 12 73 34 37 67 114 50,04 13 65 31 37 66 115 57,28 14 76 34 38 68 115 58,83 15 66 35 40 69 117 58,79 16 70 36 42 73 115 63,29 17 70 34 47 76 123 62,15 18 82 38 47 80 123 65,22 19 66 31 52 74 114 64,51
Média 70,54 34,17 42,20 70,92 116,52 60,38
APÊNDICE D
197
Apêndice
Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Controle,Cálculo do Erro (2º momento)
NºÂngulo Sela Ângulo
ArticularÂngulo
Goníaco Soma TotalÂnguloGoníacoSuperior
ÂnguloGoníacoInferior
BaseAnterior do
Crânioem ° em ° em ° em ° em ° em ° mm
1 124 138 126 388 55 71 72 2 130 142 121 393 51 70 69 3 130 142 119 391 50 69 75 4 129 139 123 391 52 71 73 5 125 146 118 389 50 68 78 6 115 156 125 396 49 76 73 7 127 139 125 391 53 72 74 8 127 146 118 391 48 70 71 9 125 143 126 394 53 73 75
Média 125,78 143,44 122,33 391,56 51,22 71,11 73,33
APÊNDICE D
198
Apêndice
Valores das grandezas cefalométricas pertencentes aos jovens do Grupo Controle,Cálculo do Erro (2º momento)
NºComp. do
CorpoMandibular
Base Posteriordo Crânio
Altura doRamo A.F.P. A.F.A. Porcentagem de
Jarabak
mm mm mm mm mm %1 75 35 49 77 115 66,96 2 73 30 45 71 112 63,39 3 75 35 50 79 121 65,29 4 80 36 53 80 123 65,04 5 78 39 47 80 123 65,04 6 77 33 44 74 122 60,66 7 74 34 51 78 121 64,46 8 80 37 49 80 123 65,04 9 78 39 47 80 125 64,00
Média 76,67 35,33 48,33 77,67 120,56 64,43
199
Anexo
ANEXO A
CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
De modo a colaborar na evolução do diagnóstico e tratamento odontológico e
auxiliar na difusão do conhecimento odontológico e científico, por meio desta,
autorizo o Dr.__________________________, Cirurgião-dentista, CRO ____,Estado
de ______________________,devidamente qualificado, a realizar e a publicar, exibir
ou usar de outras maneiras as fotografias, modelos de estudo, radiografias ou
diapositivos feitos de minha pessoa ou do menor sob minha responsabilidade legal,
quer anterior ou posterior à data desta autorização e vinculadas à Odontologia, à
qual nos submetemos ( submeteremos), de modo adequado, única e exclusivamente
para fins de divulgação científica na área odontológica. Entendi e concordo que meu
nome não será revelado ou utilizado de nenhuma outra forma que não seja
relacionado à divulgação científica.
Marília, ____de ____________________de ________.
____________________________________________
Assinatura (responsável legal)
Nome por extenso: ____________________________________________________
Nome do Responsável Legal: ___________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________
R. G. ___________________________ Telefone: ___________________________
201
Anexo
ANEXO B
AUTORIZAÇÃO PARA REPRODUÇÃO
Eu, Renata José, autora da Dissertação intitulada "Estudo
cefalométrico em jovens brasileiros portadores de Classe II, 1ª divisão de
Angle, segundo a Análise de Jarabak", apresentada como requisito parcial para a
obtenção do título de Mestre em Clínica Odontológica com ênfase em Ortodontia,
em 16 de Fevereiro de 2004, autorizo a reprodução desta obra a partir do prazo
abaixo estabelecido, desde que seja citada a fonte.
(X) após 6 meses da defesa pública
( ) após 12 meses da defesa pública
Marília, 16 de Fevereiro de 2004.
_______________________________
Renata José
202