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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO PLANO CURRICULAR Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos INDE INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E ... Curricular 2019 B5 Final.pdfVasco Camundimo Helena Xerinda ... Carlos Canivete Torina Recebeu Benedita Bila Alaudino Banze

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUEMINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

PLANO CURRICULARCurso de

Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

INDEINSTITUTO NACIONAL DE

DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

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ÍNDICE

1. Introdução.............................................................................................................................................................62. Enquadramento geral.......................................................................................................................................7

2.1 Contexto.........................................................................................................................................................73.  Desafios do Currículo de formação de professores..............................................................................84. Razões da mudança do currículo..................................................................................................................85.  O Paradigma de formação de professores do ensino primário e educação de adultos........106.  Princípios orientadores do currículo de formação de professores.................................................10

6.1 Articulação entre a formação científica e pedagógica orientada para a prática reflexiva e contextualizada..............................................................................................................................106.2 Contacto permanente com professores experientes.....................................................................116.3 Transferência de competências para a prática profissional futura...........................................11

7.  Abordagem transversal..................................................................................................................................118.  Perfil.......................................................................................................................................................................13

8.1 Perfil de entrada ao curso de formação de professores.............................................................138.2 Perfil de saída..............................................................................................................................................13

9.  Competências a Desenvolver no Curso de Formação de Professores.........................................14Domínio pessoal e social...............................................................................................................................14Domínio dos conhecimentos científicos..................................................................................................15Domínio das habilidades profissionais.....................................................................................................15

10.  Plano de estudos..............................................................................................................................................2411.  Descrição das disciplinas...............................................................................................................................26

Resultados de aprendizagem......................................................................................................................4511.2.9. Resolução de Problemas Matemáticos .....................................................................................4611.3 Práticas Pedagógicas e Estágio.........................................................................................................46

12.  Avaliação.............................................................................................................................................................4812.1. Avaliação como garantia de qualidade de formação..............................................................4812.1.1 Avaliação interna.................................................................................................................................4912.1.2 Avaliação externa.................................................................................................................................49

13.  Estratégias de Implementação....................................................................................................................4913.1 Formadores Competentes nas Instituições de Formação de Professores e Educadores de Adultos...................................................................................................................................4913.2 Cultura de aprendizagem centrada no Formando....................................................................4913.3 Formação para a Praxis: Teoria e Prática........................................................................................5013.4 Formação Contínua em Exercício.....................................................................................................5013.5 Estrutura das instituições de formação de professores e Cultura Organizacional........5113.6 Condições de Aprendizagem.............................................................................................................51

14.  Anexo 1. Regulamento de Avaliação........................................................................................................52Anexo II. Programas de Formação.............................................................................................................69Programa da Língua Portuguesa I.............................................................................................................70Programa de Matemática I...........................................................................................................................84Programa de Ciências Naturais I.................................................................................................................89Programa de Ciências Sociais I....................................................................................................................96Programa de Língua Moçambicana.........................................................................................................101Programa de Pedagogia..............................................................................................................................105Programa de Língua Portuguesa II..........................................................................................................119Programa de Didáctica da Matemática I..............................................................................................126Programa de Ciências Naturais II.............................................................................................................130

Ficha técnica

PLANO CURRICULARProgramas e Regulamento de Avaliação do Curso de

Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Autores: Instituto Nacional de Desenvolvimento da Educação - INDE© Ministério da Educação e Desenvolvimento HumanoNúmero de Registo: 9870/RLIND/20191ª edição: 2019Tiragem: 2000 ExemplaresMaquetização e impressão: Agrimag

Participantes:

Armindo NgungaIsmael C. NhêzeAlbertina Monteiro (em memória)Rafael L. BernardoRemane SelemaneSamaria TovelaGina GuibundaFeliciano M. MahalambeRegina LangaLaurindo NhacuneRaquel RaimundoTelésfero de JesusFabião F. NhabiqueVasco Camundimo Helena Xerinda Sara Ferreira Jeremias Fondo Crisanto Ngundango Hortêncio B. Tembe Firosa Bicá Aissa BragaMaria ManguanaDinis Guibundana Suzana Monteiro Sinfrónia Macome Flávia MartinsDaniel Neto BombaHelena SimoneCarlos Muchanga

Jonasse LeitãoAgostinho Agostinho Vicentina Monteiro Dinis MungoiEstela Fonseca Estêvão Bento Cocho Fiúza Pedro Isac Manhique José PereiraPedro BaptistaManuel Lobo Eduardo Napualo Elsa AlfaicaJosé M. Sinela Juvêncio Chipanga Laura Gomes Patrício Mazivila Rogério Maurício Hirondina ChizianeSalazar PicardoCeleste Ndimande Carlos CaniveteTorina RecebeuBenedita BilaAlaudino BanzeAnabela Amude António Batel AnjoJosé Pedro VumaFormadores dos IFP

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Prefácio

Caro formador,

O Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano tem a honra de colocar nas suas mãos a brochura contendo o Plano Curricular do Curso de Formação de Professores para o  Ensino  Primário  e  Educadores  de  Adultos,  os  respectivos  Programas  de  Formação  e Regulamento de Avaliação. Estes  instrumentos resultam de um trabalho de consulta que envolveu  técnicos  pedagógicos  do  MINEDH,  formadores  das  Instituições  de  Formação de  Professores,  professores  das  escolas  primárias,  docentes  de Universidades  Públicas  e elementos da Sociedade Civil.

O Plano Curricular contém, para além da introdução, o enquadramento geral, os desafios e princípios que norteiam a formação de professores em Moçambique, o perfil do graduado e  as  competências  do  futuro  professor,  definidas  em  três  domínios  (pessoal  e  social; conhecimentos  científicos  e  habilidades  profissionais),  com  os  respectivos  critérios  de desempenho, resultados de aprendizagem e evidências requeridas.

O  Documento  em  alusão  apresenta,  também,  um  plano  de  estudos  que  enfatiza  uma educação  inclusiva  que  procura  responder  às  exigências  do  novo  Currículo  do  Ensino Primário e Educação de Adultos, no que respeita à expansão da rede escolar e à elevação da qualidade de ensino, dotando os professores de uma preparação profissional que os capacite a abraçar,  com sucesso, a  tarefa de educar o Homem numa perspectiva global. Este texto propicia, também, a promoção do patriotismo, respeito pela diversidade socio-cultural e outros valores que contribuem para que o futuro professor assuma uma postura irrepreensível na sociedade.

Pretende-se,  pois,  contribuir  para  a  profissionalização  da  actividade  docente,  entendida como um processo contínuo de construção que começa na formação inicial e se desenvolve ao longo da carreira profissional. Para este curso com duração de três anos de formação presencial, nos quais estão inclusos seis meses de estágio, o nível de entrada é a 12ª classe.

O principal desafio é a formação de profissionais competentes, capazes de organizar e gerir situações  complexas de  aprendizagem assegurando,  assim,  uma educação de qualidade para todos.

Caro formador, o sucesso deste Plano Curricular depende da sua dedicação na interpretação correcta do que nele está preconizado. Assim, o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano convida a todos os intervenientes para que tornem este documento um instrumento que contribua para a elevação da qualidade da educação, combate à pobreza e reforço da unidade nacional, da moçambicanidade, sem descurar os desafios da globalização.

Conceita Ernesto Xavier Sortane

MINISTRA DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

Programa de Ciências Sociais II................................................................................................................134 Programa de Estrutura das Línguas Moçambicanas..........................................................................137Programa de Educação para a Cidadania.............................................................................................147Programa de Educação Física......................................................................................................................151Programa de Matemática II.......................................................................................................................159Programa de Práticas Laboratoriais........................................................................................................163Programa de Didáctica das Ciências Sociais.........................................................................................166Programa de Literatura Oral em Línguas Moçambicanas..............................................................171Programa de Necessidades Educaticas Especiais..............................................................................174Programa de Andragogia............................................................................................................................179Programa de Educação Física......................................................................................................................183

15.  Bibliografia.......................................................................................................................................................233

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

1. Introdução

“A educação é um processo pelo qual a sociedade prepara os seus membros para garantir a sua continuidade e o seu desenvolvimento. Trata-se de um processo dinâmico que busca, continuamente, as melhores estratégias para responder aos novos desafios que a continuidade, transformação e desenvolvimento da sociedade impõem” (PCEB, 2003, p.7).

Em Moçambique a Constituição da República preconiza que a educação constitui um direito e  dever  de  todos  os moçambicanos,  constituindo  um  instrumento  para  a melhoria  das condições de vida. 

No  cumprimento  deste  ditame  constitucional,  no  Programa  Quinquenal  do  Governo (2015-2019), uma das acções prioritárias é “fortalecer a formação, valorização e motivação dos professores no sistema da educação”. Por seu turno, o Plano Estratégico da Educação (2011-2016) preconiza, de entre as suas prioridades, a reformulação do curso de formação de  professores  do  Ensino  Primário  e  educadores  de  adultos,  cujo  objectivo  é  formar profissionais competentes, científica e pedagogicamente, comprometidos com a promoção e o desenvolvimento integrado das capacidades e atitudes que viabilizam a utilização dos conhecimentos nas mais diversas situações.

O cumprimento deste desiderato implica um novo paradigma de formação de professores do Ensino Primário e educadores de adultos que responda aos desafios de promoção de um ensino de qualidade e inclusivo, através de abordagens de ensino integradoras e centradas no aluno. Neste processo, o professor assume o papel de organizador e mediador de ensino e aprendizagem.

É desta forma que se poderá dar resposta à dinâmica actual da sociedade que exige um Sistema Educativo capaz de estabelecer equilíbrios entre a identidade cultural e a evolução tecnológica  e  científica. Através do presente  Plano Curricular  do Curso de  Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos pretende-se formar um professor e  educador  de  adultos  que  se  deve  configurar  como  mediador  entre  o  conhecimento científico e os objectivos da sociedade e os interesses e aspirações dos seus alunos e não um mero reprodutor de conhecimentos. Trata-se de um professor e educador de adultos que reúne em si competências de natureza didáctica e transversal, capaz de criar um conjunto de estratégias de ensino e aprendizagem que permitam ao aluno aprender a aprender, e desenvolva, simultaneamente, a sua autonomia.

Este Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos assenta na profissionalização como a pedra angular de todo o processo, em torno do qual o desenvolvimento de competências no domínio pessoal e social, de conhecimentos científicos e de habilidades inerentes à profissão, são construídos. Logicamente, tudo isto vai ser feito sem descurar as áreas de formação geral que permitem a preparação mais profunda do formando para enfrentar os desafios e as imprevisibilidades na sua relação pedagógica e andragógica com os alunos (crianças e adultos) e os diversos agentes educativos.

Nesta  perspectiva,  para materializar  o  que  foi  descrito,  o  Plano  Curricular  do  Curso  de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos compreende, para além da (1) Introdução, o (2) Enquadramento geral;  (3) Novo paradigma de formação de professores; (4) Princípios orientadores do currículo de formação de professores, (5) Perfil; 

(6) Competências a Desenvolver na Formação de Professores; (7) Descrição das disciplinas; (8)  Plano  de  Estudos;  (9)  Características  do  Currículo;  (10)  Avaliação;  (11)  Estratégias  de Implementação.

2. Enquadramento geral2.1 Contexto

O Programa Quinquenal do Governo (2015-2019) preconiza que “O capital humano e social é um conjunto de capacidades, conhecimentos, competências e atributos de personalidade individual e colectiva que favorecem a realização de actividades sociais e económicas, necessárias para o desenvolvimento socioeconómico sustentável e integrado do país”. Estabelece, ainda, que é necessário “promover um Sistema Educativo inclusivo, eficaz e eficiente que garanta a aquisição das competências requeridas ao nível de conhecimentos, habilidades, gestão e atitudes que respondam às necessidades de desenvolvimento humano”. (PQG 2015-2019:4).

É esta a razão que levou o Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano a reformar o currículo de formação de professores, elevando o perfil de entrada, para que os graduados possam responder aos desafios de qualidade da educação em Moçambique.

Socioeconómico

Moçambique  situa-se  na  região  austral  de  África  com  uma  a  população  de  cerca  de 26.424.000 habitantes, dos quais, cerca de 52% são do sexo feminino. Estima-se que a taxa anual de crescimento populacional é de 2,8% e a esperança de vida é de 52,8 anos (INE, 2016). A economia moçambicana registou, de 2000 a 2014, um crescimento de cerca de 7% (Banco Mundial,  2014), mas  debateu-se  com  um peso  excessivo  da  dívida  externa  cujo  serviço absorveu  cerca  de  30%  do  orçamento  anual  do  estado.  Este  facto  fez  com  que  o  país continuasse vulnerável à crise financeira global e económica, necessitando, deste modo, de medidas de mitigação para assegurar que o crescimento macroeconómico e estabilidade pudessem  beneficiar  todos  os  moçambicanos,  sem  qualquer  discriminação,  através  da criação  e  expansão  de  oportunidades  de  emprego,  geração  de  rendimentos  e  acesso  a alimentos, educação e cuidados de saúde.

De acordo com o mesmo relatório, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique abrandou em 2015, quando a economia se ajustava aos preços mundiais mais baixos das matérias-primas e ao decréscimo de influxos de Investimento Directo Estrangeiro (IDE). Espera-se que o crescimento real do PIB continue a desacelerar de 2016 até 2017, fruto da queda das receitas das exportações, dos custos crescentes de importações, da redução do  IDE  e  de  outros  problemas  conjunturais.  Ainda,  e  de  acordo  com  o  Banco Mundial, Moçambique é considerado um país de baixo rendimento, com PIB per capita que rondou os 592 USD em 2014.

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Educacional

À  luz  do Artigo  88 da Constituição da República  de Moçambique,  a  educação  constitui um direito e dever de cada cidadão. Neste contexto, no seu Programa Quinquenal (2015-2019), o Governo de Moçambique preconiza a formação do capital humano, munindo-o de competências e atributos de personalidade individual e colectiva que favoreçam à realização de actividades sociais e económicas necessárias para o desenvolvimento socioeconómico sustentável e integrado do país.

Para o efeito, o estado conta com uma rede de escolas públicas que trabalham em parceria com  outras  instituições  privadas  e  comunitárias.  Daí  que  de  2000  a  2014,  os  efectivos escolares  do  Ensino Primário  aumentaram de  1.092.063 para  5.705.094  alunos,  segundo estatísticas da educação. Neste período a taxa bruta de escolarização sempre esteve acima dos 100% e a taxa líquida de escolarização evoluiu de 68% para 96%, em 2014.

3. Desafios do Currículo de formação de professores

De acordo com o Programa Quinquenal do Governo (2015-2019) “O sistema de Educação expandiu-se em termos de escolas e da participação dos alunos em todos os níveis e tipos de ensino. A melhoria da qualidade continua a constituir um desafio importante”.

Sendo  Moçambique  um  país  multilingue  e  multicultural,  onde  coexistem  grupos etnolinguísticos, com predominância para os do grupo bantu, colocam-se grandes desafios para atender esta diversidade cultural e linguística que caracteriza o país. Por isso, o sector da educação, no geral e a formação de professores, em particular, devem preparar profissionais capazes de comunicar na língua de ensino, incluindo a língua de sinais e usar o sistema de grafia Braille.

Acrescem-se  a  estes  desafios  os Objectivos  de Desenvolvimento  Sustentável  (ODS)  que preconizam que até 2030, os países devem assegurar uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos os cidadãos. 

Por seu  lado, através da Agenda 2063, os países africanos aspiram uma África pacífica e segura, com o estabelecimento de mecanismos para a  resolução pacífica dos conflitos a todos os níveis e será nutrida uma cultura de paz e tolerância nas crianças, jovens e adultos, através de uma educação para a paz.Relativamente aos desafios da qualidade de ensino, destacam-se a redução das taxas de reprovação e de desistências, o aumento da taxa de conclusão e o desenvolvimento das competências previstas nos programas de ensino, sobretudo a leitura e escrita iniciais assim como a numeracia.

4. Razões da mudança do currículo

Os  relatórios  de  estudos  nacionais  realizados  pelo  INDE  (2011  e  2013),  e  internacionais (SACMEQ, 2007) do Banco Mundial (2014), evidenciam um fraco desempenho dos alunos na leitura, escrita e Matemática. Em relação aos alunos, o Relatório de Avaliação do INDE (2011), conclui que as principais dificuldades dos alunos se situam na redacção de frases simples e no cálculo mental. Este relatório refere que passados quatro anos de escolaridade, 

29%  dos  alunos  ainda  não  atingiram  os  objectivos  preconizados  para  os  primeiros  três anos. No entanto, já o relatório do INDE (2013) constata que apenas 6,3% das crianças que concluíram o  primeiro  ciclo  alcançaram  as  competências  de  leitura  e  escrita,  requeridas nesse nível.

Por seu turno, os estudos do SACMEQ reportam um decréscimo no nível de desempenho dos alunos na leitura e na matemática, de 2000 a 2007. No SACMEQ III (2007), a percentagem de alunos que não tinha desenvolvido as competências de leitura e numeracia é de 43.5% e 74,2%, respectivamente.

Com vista a dar  resposta a estes e outros problemas de qualidade, em 2012 entrou em vigor um currículo de  formação de professores baseado em competências, cujo nível de entrada é a 10ª classe e três anos de formação. Volvidos três anos, este currículo foi avaliado e o seu relatório mostra, entre outras constatações, a existência de um número elevado de formandos com o nível da 12ª classe.

Portanto,  apesar  de  este  currículo  ter  sido  concebido  para  graduados  da  10ª  classe, verifica-se que, na prática, 80% das vagas são absorvidas por candidatos com o nível de 12ª  classe.  Este  crescente número de graduados da 12ª  classe coloca novos desafios ao perfil de entrada nos Institutos de Formação de Professores também para corrigir o facto de Moçambique ser o único país da região com baixo nível de ingresso nas instituições de formação de professores. O relatório de avaliação externe do referido currículo de formação de  professores  recomendou  ao  Ministério  da  Educação  e  Desenvolvimento  Humano  a melhorar o currículo, através da elevação do nível de ingresso dos candidatos, da 10ª para a 12ª classe.

Estas constatações  reforçam a convicção do MINEDH de que é urgente e  imprescindível a  reforma do currículo da  formação de professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos,  adoptando o modelo de  formação baseado  em  competências,  com o perfil  de entrada da 12ª classe do ensino geral, levando Moçambique a equiparar-se às exigências dos países da região.

Esta  imposição  circunstancial  alinha-se  perfeitamente  com  a  história  de  formação  de professores  e  educadores  de  adultos  nos  últimos  quarenta  anos.  Com  efeito,  desde  a proclamação  da  independência  nacional,  foram  concebidos  e  implementados  diversos modelos de formação, tendo, cada um, respondido às exigências do seu período. 

O perfil de entrada para os diferentes cursos foi variando de acordo com a disponibilidade e a idade dos candidatos nos respectivos níveis (6ª/7ª classe e 9ª/10ª classe). Portanto, a duração dos cursos dependeu das necessidades de professores no sistema nos diferentes momentos históricos. Aqui, vale referir que foi na esteira deste circunstancialismo histórico que, para  racionalizar  recursos e porque vezes sem conta os educadores de adultos são maioritariamente contratados como professores do ensino primário, o presente currículo se  propõe  a  formar  professores  do  ensino  primário  que  sejam  também  educadores  de adultos. Daí que ele se chame “Currículo de Formação do Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos” cujos graduados se espera que sejam  igualmente contratados pelo Ministério de tutela para realizar actividade de ensino (a crianças e/ou a adultos) nos subsistemas do Ensino Primário e de Educação de Adultos do Sistema Nacional da Educação.

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

5. O Paradigma de formação de professores do ensino primário e educação de adultos

A actual sociedade de globalização, do conhecimento e da inovação, não cessa de evoluir ao ritmo de importantes transformações que se manifestam ao nível dos diversos sectores e campos de acção (político, cultural e social) em que se organiza, com repercussões no domínio  da  ciência  e  da  produção  de  conhecimento  científico.  Face  a  estas mudanças, torna-se mister  que  as  instituições que  compõem a  sociedade  compreendam esta  nova realidade e aceitem os novos desafios que ela coloca. 

A escola encontra-se, tal como defende Valentini (1979), estreitamente ligada à evolução da  sociedade  e  essa  relação  apresenta-se  cada  vez  mais  complexa  à  medida  que  nos aproximamos dos tempos modernos. Galhardo et al (1987) afirmam, ainda, que um Sistema Educativo é o reflexo da sociedade em que o mesmo se insere e da prospecção das linhas mestras da sua evolução. 

No âmbito da qualidade, a escola moçambicana enfrenta hoje o desafio de promover o sucesso  escolar,  através  de  abordagens  de  ensino  integradoras  e  centradas  no  aluno  e em que o professor assume o papel de organizador e mediador do processo de ensino-aprendizagem.  Por  seu  turno,  a  sociedade  reivindica  um  professor  competente,  idóneo, capaz de cumprir com profissionalismo o contrato social de educador das novas gerações, de participar e liderar processos de desenvolvimento, ao nível da escola e da comunidade.O professor/formador também surge como mediador da aprendizagem, devendo cumprir de forma crítica o programa curricular e adoptar, na sua prática profissional, uma postura de  educador,  em  constante  formação  e  evolução. Neste  contexto,  o  professor/formador estabelece com o futuro professor uma relação biunívoca, em que a aprendizagem depende da  participação  activa  do  formando  na  aprendizagem  e  na  construção  do  seu  próprio conhecimento, evitando assim a reprodução e a memorização do que lhe é transmitido.

O novo paradigma de formação de professores – Paradigma Reflexivo – visa desenvolver nos  futuros professores o espírito crítico e prepará-los para a acção  reflexiva sobre/e na prática pedagógica. Este paradigma constitui-se como a base da  formação do professor profissional  e  tem  como  competências  essenciais  o  saber  analisar,  saber  reflectir,  saber decidir e saber justificar.

6. Princípios orientadores do currículo de formação de professores

O presente Plano Curricular assenta nos seguintes princípios: ● Articulação  entre  a  formação  científica  e  pedagógica  orientada  para  a  prática reflexiva e contextualizada;

● Contacto permanente com professores experientes; ● Transferência de competências para a prática profissional futura.

6.1 Articulação entre a formação científica e pedagógica orientada para a prática reflexiva e contextualizada

Este princípio traduz-se numa formação que permite o desenvolvimento de bases sólidas em termos de saberes teóricos que incluem os saberes pedagógicos, didácticos e da cultura e os saberes práticos, provenientes das experiências quotidianas da profissão.

A formação do professor implica uma estrutura e organização curriculares que estabelecem, por  um  lado,  uma  articulação,  entre  os  saberes  teóricos  e  a  sua  aplicação  prática  em situações concretas do processo de ensino-aprendizagem, desde o início da formação. Por outro lado, uma formação prática que privilegia o contacto com a escola, com o aluno e com os colegas de profissão quebrando-se, assim, a herança de uma cultura de ensino-aprendizagem centrada no formador e em que a prática é posterior à teoria. O novo modelo deve  contribuir para que os  formandos e os professores orientadores das escolas, onde decorre a prática pedagógica, troquem experiências que irão enriquecer o desempenho de ambos.

6.2 Contacto permanente com professores experientes

O modelo de formação de professores que se pretende privilegia um contacto permanente com professores experientes em exercício e aposentados que possam desempenhar o papel de conselheiros aos formandos e aos professores novos e, assim, transmitir a sua experiência prática. Altet (2001:28), apresenta uma proposta de tipologia de saberes necessários para a docência, que inclui “saberes teóricos” (saberes a serem ensinados e saberes para ensinar) e “saberes práticos”. Estes provêm de experiências quotidianas da profissão, contextualizadas e adquiridas em situação de trabalho e compreendem saberes sobre a prática e saberes da prática, constituindo-se como produto das acções que  tiveram êxito e que permitem distinguir o professor principiante do experiente.

6.3 Transferência de competências para a prática profissional futura

A transferência (transposição de comportamentos, conhecimentos e modos de organização de  um  contexto  para  outro)  implica  a  detecção  e  criação  de  padrões  nos  processos  de formação.

Durante esta formação, os processos de ensino e aprendizagem centram-se nos interesses e  necessidades  dos  formandos,  promovendo  a  sua  participação  activa  na  dinâmica  das aulas, para que estes, por sua vez, possam desenvolver este tipo de ensino durante a sua actividade profissional com os seus alunos.

Tendo em conta que não existe um completo isomorfismo entre as instituições de formação e as escolas, a transferência deve ainda ser facilitada pela possibilidade de os formandos conceberem,  implementarem  e  avaliarem  projectos  educativos  adequados  às  realidades com que se deparam na prática pedagógica. A interacção constante entre a planificação, experimentação e avaliação permitirá aos formandos a aquisição de capacidades de análise do real e de si mesmos, na acção pedagógica.

7. Abordagem transversal

De um modo geral, a transversalidade diz respeito a temáticas que atravessam os diferentes campos de conhecimento e abarca assuntos e conflitos vividos no quotidiano das pessoas. A compreensão do  termo  transversalidade envolve a consideração simultânea de outros conceitos que gravitam à sua volta, como sejam as noções de competência, integração e interdisciplinaridade.

A competência  é entendida como a capacidade de utilizar um conjunto de  recursos na 

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

acção. É um conceito integrador na medida em que congrega um conjunto de saberes para fazer face a problemas concretos na vida prática.

Segundo  Roegiers  &  Deketele  (2004:18),  a  integração  define-se  como  uma  operação pela qual diferentes elementos inicialmente dissociados se tornam interdependentes, para fazê-los  funcionar de uma maneira articulada, em  função de um determinado objectivo. Ao ser capaz de integrar, o formando dá significado às aprendizagens; por conseguinte, o seu desempenho considera-se competente. A capacidade de integrar inclui a mobilização de  saberes  de  várias  fontes,  organizados  por  disciplinas  ou módulos,  para  resolver  um problema que não se explica, ou não encontra solução numa única área de conhecimento. Assim, estabelece-se uma relação de interdisciplinaridade entre as várias componentes do plano de estudos.

No presente Curso, a transversalidade corresponde, por um lado, à estratégia de integração de componentes curriculares que perpassam o plano de estudos e que, pela sua natureza, deverão  estar  presentes  em  todos  os  momentos  da  formação  do  novo  professor.  Por outro lado, compreende a estratégia de abordagem de temas de natureza social, a serem integrados em várias disciplinas.

As componentes a serem abordadas de forma transversal compreendem:a) Competências  -  Estão  definidas  sete  competências,  neste  Plano  Curricular, 

nos  domínios  pessoal  e  social,  de  conhecimentos  científicos  e  das  habilidades profissionais. O desenvolvimento destas competências tem um carácter transversal, na  medida  em  que  as  mesmas  são  operacionalizadas  ao  longo  do  Curso,  nas diferentes disciplinas. As competências encontram-se reflectidas nos resultados de aprendizagem  e  respectivas  evidências,  bem  como  nas  actividades  propostas  nas disciplinas. O carácter transversal das competências vai para além da formação inicial e em exercício, pois continua ao longo de toda a carreira profissional.

b) Temas Transversais  –  São definidos  como conjunto de questões que preocupam a  sociedade  e  que,  pela  sua  natureza,  ultrapassam  os  limites  de  uma  disciplina. Os  temas  transversais  encontram-se  definidos  no  Plano  Curricular  do  Curso  de Formação  de  Professores,  tendo  como  base  o  currículo  do  Ensino  Primário  e  da Educação  de  Adultos.  Ao  longo  da  formação,  o  formando  deverá  ser  envolvido em  situações  concretas de utilização de  estratégias  participativas,  orientadas para o  desenvolvimento  do  espírito  crítico  e  da  auto-estima  nas  crianças. Neste  Plano Curricular, foram definidos os seguintes temas transversais, a serem abordados em todas as disciplinas: ● Educação  para  a  cidadania  (Direitos  e  Deveres  do  Cidadão,  Direitos  Humanos, Direitos da Criança, Cultura de Paz e Democracia, Educação Patriótica);

● Género e equidade; ● Saúde Sexual e Reprodutiva (SSR), ITS, HIV, SIDA e Habilidades para a Vida; ● Nutrição  e  Saúde  escolar  (primeiros  socorros,  prevenção  de  doenças,  nutrição, prevenção do consumo de drogas e bebidas alcoólicas);

● Segurança rodoviária; ● Educação ambiental (preservação, uso sustentável, desastres naturais); ● Educação Fiscal e Financeira.

c) Currículo Local (CL) – É corporizado por conteúdos identificados localmente a serem considerados como componente do currículo oficial do Ensino Primário e Educação 

de Adultos. O CL incorpora matéria diversa de interesse para a comunidade, onde a escola está  inserida. Esta componente compreende 20% do currículo centralmente definido. Na formação do professor e educador de adultos, a sua abordagem envolve o  domínio  das  técnicas  de  elaboração  e  gestão  do  CL  na  escola  primária,  o  que pressupõe uma prática efectiva ao longo de toda a formação.

8. Perfil8.1 Perfil de entrada ao curso de formação de professores

Para ingressar neste curso, os candidatos devem ter, obrigatoriamente, a formação de 12ª classe do ensino geral.

8.2 Perfil de saída

O curso de formação de professores do Ensino Primário traduz os princípios pedagógicos do Sistema Nacional de Educação e visa contribuir para a  formação  integral do Homem moçambicano. Este desiderato, de acordo com a Agenda 2025, compreende os seguintes pilares do saber:

Saber ser: “que é preparar o Homem moçambicano no sentido estético, espiritual e crítico, de modo que possa ser capaz de elaborar pensamentos autónomos, críticos e formular os seus próprios juízos de valor que estarão na base das decisões individuais que tiver de tomar, em diversas circunstâncias da sua vida”;

Saber conhecer: “que é a educação para a aprendizagem de conhecimentos científicos sólidos e a aquisição de instrumentos necessários para a compreensão, a interpretação e avaliação crítica dos fenómenos sociais, económicos, políticos e naturais”;

Saber fazer: “que proporciona uma formação e qualificação profissional sólida, espírito empreendedor no aluno/formando, para que ele se adapte não só ao meio produtivo actual, mas também às tendências de transformação no mercado e na sociedade”;

Saber viver juntos e com os outros: “que traduz a dimensão ética do Homem integral, isto é, moralmente são, que saiba comunicar-se com os outros e que saiba respeitar-se a si, à sua família e aos outros Homens de diversas culturas, religiões, raças, entre outros”.

Comité de Conselheiros (2003:129)

Tendo como pano de fundo os pilares acima descritos, o graduado do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos deve ser um profissional idóneo e crítico, com elevado espírito patriótico, que ama as crianças e adultos, fluente na língua de ensino, exemplar na prevenção de doenças e preservação do ambiente, respeitador e cumpridor das  leis do país e dos princípios éticos e deontológicos da profissão docente, capaz de mobilizar criativamente os saberes necessários para planificar, organizar e gerir o processo de ensino e aprendizagem, de liderar e participar proactivamente em processos de desenvolvimento na escola e na comunidade. Assim, o professor do Ensino Primário e educador de adultos deve:

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Nos âmbitos do saber ser e saber viver juntos e com os outros

● Ter uma boa conduta perante a sociedade;  ● Comunicar com clareza e correcção na língua de ensino; ● Assumir atitudes responsáveis perante a sua saúde e da comunidade; ● Respeitar os direitos humanos, em geral, e das crianças, em particular; ● Ter amor à pátria.

Nos âmbitos do saber conhecer e saber fazer

● Estar habilitado a leccionar no Ensino Primário; ● Demonstrar  um  elevado  domínio  dos  conteúdos  e  metodologias  de  ensino  de crianças e de adultos;

● Ter  capacidade  de  agir  de  forma  autónoma,  criativa  e  responsável  em  situações complexas, dentro e fora da sala de aulas;

● Demonstrar ética e deontologia profissional.

9. Competências a desenvolver no Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

A formação de profissionais reflexivos implica práticas docentes apoiadas na mobilização de um conjunto de saberes, transformando-os em acção, de forma a promover um ensino de qualidade. Actuar com profissionalismo exige do professor o domínio de conhecimentos específicos, em torno dos quais deverá agir e também da compreensão das questões envolvidas no seu trabalho. Requer autonomia para  tomar decisões e  responsabilidade pelas opções  feitas, o  que  implica  saber  analisar  a  sua  própria  actuação  no  contexto,  saber  interagir  com  a comunidade profissional e com a sociedade.A formação de professores deve, portanto, visar não apenas a transmissão de conhecimentos, mas, sobretudo, o desenvolvimento de competências e, nesse sentido, o desenvolvimento profissional.  As  competências  para  o  exercício  da  docência  pertencem,  de  acordo  com Tavares (1997), a três domínios:

● Domínio pessoal e social: directamente relacionado com o desenvolvimento  intra e interpessoal do professor, com o saber ser, saber relacionar-se, saber comunicar, saber partilhar, numa perspectiva de desenvolvimento pessoal.

● Domínio de conhecimentos científicos: implica o conhecimento científico e o domínio dos conteúdos relacionados com as matérias de determinada especialidade.

● Domínio das habilidades profissionais: refere-se ao saber fazer, saber operacionalizar os conhecimentos, tendo em conta os destinatários, os alunos (crianças e adultos), os  contextos,  os  recursos,  seleccionando  as  metodologias  e  as  estratégias  mais adequadas.

O presente Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos deverá desenvolver sete competências, organizadas em três domínios:

Domínio pessoal e social1. Promove o espírito patriótico,  a  cidadania  responsável  e democrática,  os  valores 

universais e os direitos humanos e da criança;2. Comunica adequadamente em vários contextos;3. Age de acordo  com os princípios  éticos  e deontológicos,  associados  à profissão 

docente.Domínio dos conhecimentos científicos

4. Domina os conteúdos do Ensino Primário e sua relação intra e interdisciplinar;5. Domina os conhecimentos das Ciências da Educação,  relacionados com o Ensino 

Primário.

Domínio das habilidades profissionais6. Planifica,  medeia  e  avalia  os  processos  de  ensino  e  aprendizagem  de  modo 

criativo, reflexivo, autónomo e em colaboração com os outros, tendo em conta as necessidades, interesses e progressos dos alunos (crianças e adultos);

7. Demonstra uma cultura científica e promove o auto-desenvolvimento profissional.

Estas  competências  são  operacionalizadas  de  forma  transversal  em  todas  as  áreas curriculares, traduzidas em resultados de aprendizagem.

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

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iaNo final da formação, o graduado deve dem

onstrar dom

ínio das teorias que norteiam

 os processos de ensino e 

aprendizagem

, relacionando-as com

 as etapas de desenvolvimento cognitivo dos alunos. Deve, ainda, desenvolver 

estratégias adequadas de inclusão de alunos com

 Necessidades Educativas Especiais (NEE) e aplicar as técnicas e 

instrumentos que operacionalizam

 os princípios psicopedagógicos gerais e específicos ao nível da sala de aulas.

Elem

ento

s de

com

petê

ncia

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s de

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nho

Evid

ênci

as r

eque

rida

sI) Desenvolver conhecimentos, 

atitudes e habilidades para a 

condução dos processos de 

ensino e aprendizagem.

1. Identifica as teorias de aprendizagem inerentes 

aos processos de ensino e aprendizagem

;2.

Promove aprendizagens curriculares, 

fundam

entando a sua prática profissional 

num saber específico resultante da produção 

e uso de diversos saberes integrados, em 

função das acções concretas da mesma prática, 

adequada à idade, interesses, estilos e ritmos de 

aprendizagem

 do aluno;

3. Exerce a sua actividade profissional, de forma 

integrada, no âm

bito das diferentes dimensões 

da escola como instituição educativa;

4. Fom

enta o desenvolvimento da autonomia dos 

alunos e a sua plena inclusão na sociedade;

5. Promove a qualidade dos contextos de inserção 

do processo educativo, de modo a garantir o 

bem-estar dos alunos e o desenvolvimento 

de todas as com

ponentes da sua identidade 

individual e cultural;

6. Dem

onstra capacidade relacional e de 

comunicação a idade, interesses e contexto do 

aluno, contribuindo para o equilíbrio emocional 

do m

esm

o.

a) Apresenta, por escrito, uma sistem

atização das teorias 

de aprendizagem e suas implicações no ensino e na 

aprendizagem

;b) Apresenta fichas de leitura de autores indicados na 

bibliografia;

c) Apresenta trabalho escrito de análise crítica de programas 

de ensino, planos de aula, aulas observadas na escola de 

práticas e manuais escolares, à luz das teorias de ensino e 

aprendizagem

 estudadas.

a) D

escr

ição

das

com

petê

ncia

s

II) Adoptar uma postura 

pedagógica de qualidade.

1. Promove aprendizagens significativas no 

âmbito dos objectivos do plano curricular, 

desenvolvendo as com

petências essenciais e 

estruturantes que o integram

;2.

Utiliza, de forma integrada, saberes próprios 

da sua especialidade e saberes transversais e 

multidisciplinares adequados a cada nível de 

ensino, idade, interesses, estilos e ritmos de 

aprendizagem

 do aluno;

3. Promove a aprendizagem

 sistemática dos 

processos de trabalho intelectual e das formas 

de organizar e com

unicar, bem

 com

o o 

envolvimento activo dos alunos nos processos 

de aprendizagem e gestão curricular;

4. Desenvolve estratégias pedagógicas 

diferenciadas, conducentes ao sucesso e 

realização de cada aluno no quadro sociocultural 

da diversidade e heterogeneidade, mobilizando 

valores, saberes, experiências, entre outros.

a) Promove aprendizagens significativas no âm

bito dos 

objectivos do plano curricular, desenvolvendo as 

competências essenciais e estruturantes que o integram

;b) Apresenta, por escrito, exemplos de boas práticas 

vivenciadas durante a prática pedagógica, confrontadas 

com as teorias aprendidas;

c) Apresenta trabalho escrito de aplicação prática dos 

conceitos abordados no Plano Curricular do Ensino 

Primário: ensino integrado, interdisciplinaridade e 

transversalidade.

III) Relacionar os conteúdos 

das diferentes disciplinas 

do Ensino Primário e da 

Educação de Adultos com 

as fases de desenvolvimento 

cognitivo.

1. Confronta os conteúdos a serem

 ensinados, 

com os objectivos de aprendizagem

 e o 

desenvolvimento cognitivo dos alunos; 

2. Recorre à intra e interdisciplinaridade, ao 

integrar diversos saberes disciplinares.

a) Apresenta actividades integradoras, respeitando 

princípios pedagógicos e o desenvolvimento cognitivo 

dos

alun

os.

IV) Seleccionar m

étodos, 

técnicas e meios adequados 

aos processos de ensino e 

aprendizagem

, tendo em 

conta a idade, interesses 

e es

tilos

e ri

tmos

de

aprendizagem

 do aluno.

1. Organiza o ensino e promove as aprendizagens 

no quadro dos paradigm

as epistem

ológicos 

das áreas do conhecimento e de opções 

pedagógicas e didácticas fundam

entadas, 

recorrendo à actividade experim

ental, sempre 

que esta se revele pertinente.

a) Apresenta um portfólio contendo métodos e técnicas 

de ensino (características principais e limitações), 

relacionando-os com a faixa etária e com

 os contextos de 

aprendizagem

.

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18 19

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosV) Desenvolver estratégias 

adequadas de intervenção 

para a inclusão de alunos 

com NEE na sala de aulas e 

na escola.

1. Identifica alunos com Necessidades Educativas 

Especiais;

2. Diagnostica os reais problemas dos alunos;

3. Orienta o aluno para seguimento especializado;

4. Desenha estratégias e planos educativos 

individuais adequados para trabalhar com

 alunos 

com NEE;

5. Partilha informações sobre alunos com

 NEE com

 os restantes agentes educativos;

6. Observa o sigilo profissional no tratam

ento de 

informações de alunos com NEE.

a) Elabora e apresenta um plano de intervenção educativa 

para os alunos com

 NEE;

b) Apresenta trabalho escrito sobre a aplicação de técnicas 

apropriadas de identificação de alunos com NEE, na 

escola, durante as práticas pedagógicas.

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No final da formação, o graduado deve dom

inar os processos de planificação das actividades na escola, planificar 

as suas aulas de acordo com os programas do Ensino Prim

ário e da Educação de Adultos, elaborar materiais 

de ensino, adaptando-os à faixa etária dos alunos e a diferentes contextos. Utilizar estratégias diversificadas na 

mediação do PEA, na valorização da experiência do aluno e explorando as potencialidades da diversidade cultural, 

sem descurar os princípios que norteiam a avaliação no Ensino Primário e na educação de adultos com vista a 

estim

ular a aprendizagem dos alunos.

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I) No final da formação, o 

graduado deve dominar os 

processos de planificação 

das actividades na escola, 

planificar as suas aulas de 

acordo com

 os programas 

do Ensino Primário e da 

Educação de Adultos, 

elab

orar

mat

eria

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e ensino, adaptando-os à 

faixa etária dos alunos e a 

diferentes contextos. Utilizar 

estratégias diversificadas 

na mediação do PEA, na 

valorização da experiência 

do aluno e explorando 

as potencialidades da 

diversidade cultural, sem 

descurar os princípios 

que norteiam

 a avaliação 

no Ensino Primário e na 

educação de adultos 

com vista a estimular a 

aprendizagem

 dos alunos.

1. Planifica as aulas e as actividades da escola;

2. Distingue os níveis de planificação (central, provincial, 

local);

3. Estabelece a relação entre as diferentes com

ponentes do 

currículo (nacional, local, temas transversais);

4. Aplica os métodos e estratégias do Ensino Prim

ário e 

da educação de adultos, em

 diferentes contextos de 

aprendizagem

;5.

Aplica os métodos de leitura e escrita iniciais, 

recomendados no program

a;6.

Utiliza estratégias de ensino que valorizem

 as 

experiências dos alunos e capitalizem

 a diversidade 

cultural;

7. Selecciona meios de ensino apropriados às 

especificidades da aula.

a) Apresenta um exemplo de uma planificação 

anual de actividades de um

a escola concreta;

b) Apresenta, por escrito, planos analíticos;

c) Apresenta um plano de aula, integrando saberes 

locais, tem

as transversais e estabelecendo 

relações de intra e interdisciplinaridade;

d) Projecta um

 plano de aula tendo em

 conta o 

equilíbrio dos dom

ínios cognitivo, afectivo e 

psicom

otor dos objectivos;

e) Com

pila um portfólio (dossier) contendo planos 

e fichas de exercício e respectivas correcções a 

diferentes níveis.

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20 21

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosII) Agir com

o mediador e 

avaliador dos processos de 

ensino e aprendizagem na 

sala

de

aula

s.

1. Respeita os mom

entos da aula e partilha as ideias;

2.  Aplica estratégias de gestão e acom

panham

ento dos 

diferentes ritmos e níveis de aprendizagem dos alunos, 

dando a retro alimentação positiva;

3. Adapta a disposição dos alunos ao espaço de 

aprendizagem

, aos objectivos, às actividades e às 

competências previstas;

4. Envolve os alunos em actividades de pesquisa e em 

projectos integradores e transversais;

5. Faz a auto-avaliação da aula, de acordo com

 o plano;

6. Desenvolve nos alunos a capacidade de auto-avaliação;

7. Reage positivamente às observações sobre a sua aula;

8. Faz uma análise crítica das aulas observadas.

a) Apresenta, por escrito, a análise das aulas 

observadas;

b) Apresenta trabalho escrito de auto-avaliação de 

uma aula dada, estabelecendo a relação entre o 

plano, a leccionação e os resultados alcançados;

c) Elabora grelhas de avaliação para medir o seu 

desempenho, em função dos resultados dos seus 

alun

os.

III) Descrever os diferentes 

tipos e funções de avaliação

1. Explica os objectivos e contextos de aplicação da 

avaliação diagnóstica, formativa e sumativa;

2. Utiliza os diferentes tipos de avaliação, com

o elem

entos 

reguladores e prom

otores da qualidade do ensino e 

aprendizagem

 e da sua própria formação;

3. Selecciona tipos de avaliação, tendo em

 conta as 

competências definidas para cada nível de ensino;

4. Interpreta e aplica o regulamento de avaliação do Ensino 

Primário e da educação de adultos;

5. Utiliza os instrumentos de avaliação, de acordo com

 o 

contexto;

6. Aplica os exercícios de avaliação do nível de desempenho 

das competências básicas;

7. Elabora exercícios de avaliação e respectivas guias de 

correcção.

Apresenta Portfólio (dossier), contendo avaliações 

realizadas, relatórios de avaliação de aulas assistidas 

e grelhas de auto-avaliação.

IV) Avaliar com

petências 

definidas no programa 

de ensino, reflectir sobre 

os resultados e reajustar 

os processos de ensino e 

aprendizagem

1. Faz análise crítica às avaliações elaboradas nas escolas, 

usando a taxonomia de Bloom;

2. Analisa os resultados estatísticos das avaliações e, com

 base nos dados num

éricos, identifica:

• Alunos que precisam

 de apoio;

• Conteúdos/áreas que devem

 ser reforçadas ou 

reensinadas;

3. Selecciona o melhor m

étodo para avaliar determinada 

competência;

4. Preenche e mantém actualizados os instrumentos de 

registo do desem

penho do aluno;

5. Com

unica os resultados da aprendizagem aos alunos e 

encarregados de educação;

6. Partilha os resultados das avaliações e discute com

o superar as dificuldades detectadas;

7. Propõe alterações no plano analítico, com

 base nas 

evidências recolhidas através das avaliações.

Compila portfólio contendo:

• Enunciados de provas recolhidas nas escolas;

• Análise crítica e estatística de avaliações de 

cada classe realizadas nas escolas, em função 

das competências definidas nos program

as do 

Ensino Prim

ário e da educação de adultos;

• Plano para superar as dificuldades;

• Tabelas e gráficos dos resultados de avaliação;

• Instrumentos de registo do desem

penho da 

turma;

• Relatórios de reuniões entre professores e pais/

encarregados de educação;

• Análise crítica dos planos analíticos e sugestões 

para a sua melhoria.

V) Produzir recursos de 

aprendizagem

.1.

Caracteriza os meios didácticos explicando a sua 

importância nos processos de ensino e aprendizagem

; 2.

Identifica os materiais necessários para a elaboração de 

meios didácticos;

3. Desenvolve meios didácticos;

4. Usa os meios didácticos de acordo com

 o tema da aula;

5. Consulta a literatura adequada à elaboração dos 

materiais didácticos.

a) Apresenta trabalho escrito sobre diferentes 

tipos de meios didácticos existentes, indicando 

vantagens e potencialidades;

b)  Apresenta meios didácticos que concorrem

 para 

o desenvolvimento de competências previstas 

nos programas a partir de material localmente 

disponível. 

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22 23

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

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iaNo final da formação, o graduado deve saber identificar as suas necessidades e dificuldades profissionais, procurar, 

individual e/ou colectivam

ente, superá-las, através da sua participação nos estudos, sem

inários, pesquisa e outras 

formas de busca de saberes, de modo a desenvolver-se profissionalmente.

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I) Avaliar as suas 

necessidades 

e dificuldades 

profissionais.

1. Identifica as suas necessidades e dificuldades de 

aprendizagem

;2.

Desenvolve estratégias de superação das dificuldades;

3. Analisa a sua prática, reflecte sobre a mesma e modifica 

estratégias e actividades, de acordo com

 as dificuldades 

identificadas;

Apresenta um

 relatório individual sobre as 

estratégias de superação das necessidades e 

dificuldades identificadas

II) Desenvolver acções para 

a auto-formação.

1. Envolve-se em

 acções de formação, através de seminários de 

capacitação, jornadas pedagógicas e outras;

2. Utiliza as TIC e Tecnologia Assistiva na busca de 

conhecimento. 

a) Apresenta um portfólio com

 informação 

bibliográfica para a elevação dos seus 

conhecimentos profissionais;

b) Partilha as informações adquiridas em

 acções de 

formação, dentro ou fora da escola.

III) Dem

onstrar capacidade 

de trabalho colaborativo.

1. Colabora com os outros na planificação e implem

entação de 

projectos na escola e na com

unidade;

2. Reage positivamente às iniciativas dos colegas, procura 

participar e colaborar;

3. Coopera com

 outros agentes educativos na resolução de 

problemas; 

4. M

otiva os alunos para o seu envolvimento e participação na 

organização escolar;

5. Envolve a com

unidade na organização e realização de 

actividades.

a) Apresenta um Portfólio contendo:

• Calendário anual de actividades a desenvolver;

• Projectos de desenvolvimento da escola e da 

comunidade;

• Tem

as transversais;

• Currículo local;

• Intra e Interdisciplinaridade.

b) Cria um jornal de parede, ou um

a exposição 

fotográfica sobre actividades realizadas pela 

escola e com

unidade.

IV) Aplicar as TIC e 

Tecnologia Assistiva 

como meio de trabalho 

intelectual e essencial 

para investigar, 

informar-se, aprender e 

comunicar.

1. Explica a importância das TIC e Tecnologia Assistiva no seu 

dia-a-dia, em diferentes contextos;

2. Utiliza as TIC e Tecnologia Assistiva na pesquisa-acção; 

3. Explora as potencialidades didácticas das TIC e Tecnologia 

Assistiva no desenvolvimento do processo educativo.

a) Apresenta docum

entos produzidos, usando os 

pacotes de Office e explora internet para fins 

pedagógicos;

b) Apresenta docum

entos produzidos, utilizando 

um processador de texto.

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24 25

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

10. Plano de estudos

Disciplinas Gerais - orientadas para o desenvolvimento de competências de comunicação, aprofundamento de matérias do Ensino Primário, domínio da  Informática e Métodos de Estudo.

Disciplinas nucleares - orientadas para o desenvolvimento de competências profissionais, construídas  considerando  os  saberes  teóricos  e  práticos  relevantes  para  o  professor  do Ensino Primário e educador de adultos, com enfoque na prática pedagógica, em contexto escolar. As disciplinas nucleares são profissionalizantes e visam desenvolver competências para ensinar, levando o formando a mobilizar saberes e recursos de organização e resolução de problemas complexos.

1º Ano:

Contacto Estudo Geral

CCS Língua Portuguesa II 5 2 90 36 126MCN Didáctica da Matemática I 5 2 90 36 126MCN Ciências Naturais II 4 2 72 36 108CCS Ciências Sociais II 4 2 72 36 108CCS Estrutura das Línguas Moçambicanas 3 2 54 36 90CE Psicologia da Aprendizagem 4 2 72 36 108CE Educação para a Cidadania 3 2 54 36 90APT Educação Física 2 1 36 18 54

30 15 540 270 810TotalActividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)

2º Semestre (18 semanas) Horas

Área Unidades Curriculares Contacto EstudoTotal

Contacto Estudo Geral

CCS Língua Portuguesa II 5 2 90 36 126MCN Didáctica da Matemática I 5 2 90 36 126MCN Ciências Naturais II 4 2 72 36 108CCS Ciências Sociais II 4 2 72 36 108CCS Estrutura das Línguas Moçambicanas 3 2 54 36 90CE Psicologia da Aprendizagem 4 2 72 36 108CE Educação para a Cidadania 3 2 54 36 90APT Educação Física 2 1 36 18 54

30 15 540 270 810TotalActividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)

2º Semestre (18 semanas) Horas

Área Unidades Curriculares Contacto EstudoTotal

Contacto Estudo Geral

CCS Didáctica da Língua Primeira (Materna) 6 2 108 36 144MCN Matemática II 5 2 90 36 126MCN Práticas Laboratoriais 4 2 72 36 108CCS Didáctictica das Ciências Sociais I 4 1 72 18 90CCS Literatura Oral em Línguas Moçambicanas 2 1 36 18 54CE Necessidades Educativas Especiais 5 1 90 18 108CE Andragogia 2 1 36 18 54APT Educação Física 2 1 36 18 54CE Práticas Pedagógicas I 0 4 0 72 72

30 15 540 270 810

2º ANO

TotalActividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)

3º Semestre (18 semanas) Horas

Área Unidades Curriculares Contacto EstudoTotal

Contacto Estudo Geral

CCS Didáctica da Língua Segunda I 5 2 90 36 126MCN Didáctica da Matemática II 5 2 90 36 126MCN Didáctica das Ciências Naturais I 4 2 72 36 108CCS Didáctica das Ciências Sociais II 4 2 72 36 108CCS Língua de Sinais de Moçambique 5 1 90 18 108CCS Didáctica de Educação Musical 4 1 72 18 90APT Didáctica da Educação Física 3 1 54 18 72CE Práticas Pedagógicas II 0 4 0 72 72

30 15 540 270 810TotalActividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)

4º Semestre (18 semanas) Horas

Área Unidades Curriculares Contacto EstudoTotal

3º Ano

Contacto Estudo Geral

CCS Didáctica da L. Segunda (Portuguesa) II 6 2 108 36 144MCN Resolução de Problemas Matemáticos 4 2 72 36 108MCN Didáctica das Ciências Naturais II 4 2 72 36 108CCS Didáctica da Ed. Visual e Ofícios 6 2 108 36 144CCS Literatura Infanto-juvenil em L. Port. 2 1 36 18 54APT Sistema Braille 5 2 90 36 126CE Organização e Gestão Escolar 3 1 54 18 72CE Práticas Pedagógicas III 0 4 0 72 72

30 16 540 288 828TotalActividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)

5º Semestre (18 semanas) Horas

Área Unidades Curriculares Contacto EstudoTotal

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26 27

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

6º Semestre

Estágio pré-profissional e Trabalho Final do Curso

11. Descrição das disciplinas11.1. Disciplinas Gerais

As disciplinas gerais compreendem:

1. Língua Portuguesa (I e II); 2. Estrutura das Línguas Moçambicanas;3. Língua Moçambicana; 4. Língua de Sinais de Moçambique;5. Matemática (I e II);6. Ciências Naturais (I e II); 7. Ciências Sociais (I e II); 8.  Introdução às TIC, 9. Sistema Braille,10.  Métodos de Estudo;11. Educação Física; 12. Organização e Gestão Escolar;13. Educação para a Cidadania;14. Literatura Oral em Línguas Moçambicanas;15. Literatura Infanto-Juvenil na Língua Portuguesa16. Necessidades Educativas Especiais

11.1.1. Língua Portuguesa

A  Disciplina  da  Língua  Portuguesa  visa  desenvolver  as  competências  comunicativas  e linguísticas  do  formando,  promover  a  reflexão  sobre  a  língua,  aprofundar  os  conteúdos previstos nos programas do Ensino Primário e desenvolver no formando o gosto pela leitura. Esta disciplina proporcionará aos formandos oportunidades de estudo de obras literárias e de literatura, através da leitura obrigatória e de eventos que contribuem para a formação de um leitor competente e de um animador da leitura, durante a formação e na escola.

Pretende-se  uma  abordagem  teórica  e  prática  orientada  para  os  problemas  do  Ensino Primário, em contexto multilingue e multicultural, baseada no contacto permanente com a escola, com os programas de ensino, com os livros escolares e outros materiais de ensino e aprendizagem.

Ela  estrutura-se  em  Língua  Portuguesa  I,  que  visas  a  aquisição  de  competências  para leccionar  no  I  ciclo  do  Ensino  Primário  e  Língua  Portuguesa  II,  que  visa  a  aquisição  de competências para leccionar no II ciclo do Ensino Primário.

Resultados de aprendizagem:

● Reconhecer e respeitar a diversidade linguística e cultural do país, como contributo para o reforço da unidade nacional;

● Exprimir, oralmente e por escrito, ideias ou comentários sobre valores éticos ligados 

à sua profissão; ● Interpretar a Convenção sobre os Direitos da Criança; ● Produzir discursos orais adequados a situações de comunicação variadas; ● Produzir textos com finalidades informativo-funcionais, reflexivas e persuasivas, de acordo com o contexto;

● Interpretar  textos  de  carácter  informativo,  reflexivo,  argumentativo  e  literário, utilizando técnicas e finalidades em diferentes contextos;

● Utilizar diferentes recursos para a compreensão de textos e de obras literárias de autores nacionais e internacionais;

● Fazer juízos de valor, comentários e inferências sobre o conteúdo dos textos, obras completas e atitudes dos personagens;

● Reflectir sobre o funcionamento e uso da língua e a atitude do professor do ensino primário face aos desvios à norma linguística;

● Analisar,  criticamente,  a  abordagem  dos  conteúdos  de  Língua  Portuguesa  nos materiais  do  Ensino  Primário  e  nas  aulas  assistidas,  quanto  à  sua  adequação  às necessidades linguísticas das crianças.

11.1.2. Estrutura das Línguas Moçambicanas e Língua Moçambicana

Estas  disciplinas  visam  assegurar  que  o  formando  reconheça  a  importância  das  Línguas moçambicanas no ensino, através do estudo dos seus aspectos sociolinguísticos e formais.Elas focalizam o estudo da situação linguística de África e de Moçambique, da história das Línguas Bantu de Moçambique, da estrutura das Línguas Moçambicanas, isto é, a fonética, fonologia,  morfologia  e  a  sintaxe,  incluindo  a  aprendizagem  da  leitura  e  escrita  nestas línguas.

A análise de materiais escritos disponíveis em Línguas Moçambicanas constitui uma base importante para a  reflexão de aspectos  ligados à grafia,  tendo em conta o processo de padronização e suas implicações para o ensino das mesmas.

Resultados de aprendizagem:

● Estabelecer a relação entre o respeito pela diversidade linguística e cultural do país e o reforço da unidade nacional, o orgulho de ser moçambicano e a preservação da paz;

● Explicar a importância da introdução das Línguas Moçambicanas no ensino; ● Caracterizar  similaridades  e  diferenças  entre  as  Línguas  Bantu  faladas  em Moçambique;

● Descrever  a  estrutura  das  línguas  moçambicanas  nos  aspectos  elementares  da fonética, fonologia, morfologia e sintaxe;

● Sistematizar  as diferenças estruturais  entre as  Línguas Moçambicanas e a  Língua Portuguesa;

● Reconhecer as diferenças estruturais entre as Línguas Moçambicanas e o português e as possíveis áreas de tensão entre elas;

● Ler e produzir  textos em Línguas Moçambicanas do grupo Bantu,  respeitando as regras de funcionamento da língua;

● Analisar, criticamente, os materiais em Línguas Moçambicanas, quanto à adequação ao contexto, necessidades  linguísticas das crianças e à observância das regras de 

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funcionamento.11.1.3. Língua de Sinais de Moçambique

A disciplina de Língua de Sinais de Moçambique (LSM) surge no contexto da operacionalização dos  princípios  legais  que  defendem  a  sua  utilização  na  educação  dos  surdos.  Ela  visa desenvolver  a  competência  comunicativa  e  linguístico-gestual  do  formando  e promover o reconhecimento como uma das línguas moçambicanas e a sua massificação, tendo em conta as particularidades psicológicas do desenvolvimento da criança.

A  LSM  tem  enfoque  no  estudo  da  situação  linguística  das  pessoas  com  Necessidades Educativas  Especiais  (NEE),  decorrentes  da  deficiência  auditiva,  classificação  da  perda auditiva e implicações para a aprendizagem, estrutura da língua, cultura dos surdos e uso da mesma, como meio de ensino e aprendizagem da leitura e escrita da língua oral. 

O material escrito na língua portuguesa instituirá a exploração e reflexão da importância da língua de sinais como uma das línguas moçambicanas e de mediação, tendo em conta a especificidade da expressão da mesma em relação ao funcionamento da  língua oral, o processo de padronização e suas implicações para o ensino.

Resultados de aprendizagem:

● Estabelecer relação entre o respeito pela diversidade linguística e cultural do país e o reforço da unidade nacional, o orgulho de ser moçambicano e a preservação da paz;

● Explicar a importância da introdução da Língua de Sinais de Moçambique no ensino e na comunidade;

● Caracterizar as implicações dos diferentes graus de perda auditiva para a aquisição e desenvolvimento da comunicação oral e para os processos de ensino e aprendizagem;

● Descrever  a  estrutura  da  língua  de  sinais  nos  aspectos  elementares  da  fonética, fonologia, morfologia e sintaxe; 

● Sistematizar as diferenças estruturais entre a Língua de Sinais de Moçambique e a Língua Portuguesa; 

● Ler em Língua de Sinais de Moçambique textos escritos em Português, respeitando as regras de funcionamento da mesma;

● Produzir textos em Português, respeitando as regras de funcionamento da Língua de Sinais de Moçambique; 

● Analisar,  criticamente,  os  materiais  em  Língua  Portuguesa,  quanto  à  adequação ao contexto, necessidades  linguísticas das crianças e à observância das regras de funcionamento.

11.1.4. Matemática

Saber  utilizar  a  máquina  de  calcular;  A Matemática  desempenha  um  papel  decisivo  na resolução de problemas da vida diária. É um instrumento poderoso para o conhecimento do mundo, domínio da natureza, construção de conhecimentos em outras áreas curriculares. Favorece também a formação de capacidades intelectuais, a estruturação do pensamento e a agilização do raciocínio do formando. 

Esta disciplina visa revisitar competências em Matemática desenvolvidas ao longo do Ensino 

Primário e Secundário,  relacionadas  com a aritmética e geometria,  entre outras áreas. A aplicação de  conteúdos  como  a  contagem,  o  cálculo  e  as  quatro operações básicas,  na solução  de  problemas  da  vida,  promove  um  ensino  significativo  para  os  alunos.  Esta disciplina compreende: Matemática I (para a aquisição de competências para leccionar no I ciclo do Ensino Primário) e Matemática II (para a aquisição de competências para leccionar no II ciclo do Ensino Primário).

Resultados de aprendizagem:

● Dominar a linguagem matemática;  ● Desenvolver o cálculo mental; ● Saber utilizar a máquina de calcular;  ● Resolver  problemas  relacionados  com  a  realidade,  envolvendo  as  noções de  contagem,  cálculo  e  aplicação  das  quatro  operações  (adição,  subtracção, multiplicação e divisão), números naturais, decimais e fraccionários; 

● Utilizar os conhecimentos sobre os múltiplos e divisores, critérios de divisibilidade, números primos, proporcionalidade e percentagens na resolução de problemas;

● Reconhecer e saber utilizar as unidades de medida (comprimento, massa, capacidade, área, volume e unidades de tempo);

● Desenvolver noções de orientação espacial dos sólidos geométricos; ● Trabalhar  figuras  geométricas  no plano  (triângulos,  quadriláteros,  circunferência), isometrias e padrões matemáticos; 

● Recolher, organizar, sintetizar, representar, interpretar, fazer inferências e apresentar dados numéricos como base para a tomada de decisões pedagógicas; 

● Estabelecer a ligação entre a Matemática, a vida e os saberes locais; ● Analisar  a  abordagem  dos  conteúdos  de Matemática  nos  livros  escolares  e  nas aulas assistidas, quanto à sua ligação com a realidade dos alunos e relação com os saberes locais.

11.1.5. Ciências Naturais

A disciplina de Ciências Naturais tem como finalidade desenvolver no formando competências que lhe permitam compreender o mundo que o rodeia, através da sua observação crítica, procurando explicações lógicas para interpretar o que observa

Os conceitos e procedimentos  ligados às Ciências Naturais contribuem para a ampliação dos conhecimentos do formando, sobre o mundo, levando-o à aquisição de novos valores sobre os fenómenos da natureza, contribuindo para uma reconstrução da relação Homem-Natureza. Assim, os saberes inerentes a esta área auxiliam na identificação de problemas, a partir de observações, no levantamento de hipóteses, e, ainda, a testá-las, a refutá-las e a abandoná-las, em caso de necessidade, permitindo a redescoberta do já conhecido pela ciência.

As  Ciências  Naturais  possibilitam,  também,  o  conhecimento  do  ser  humano  e  a  sua interacção com o meio, contribuindo para a formação da integridade pessoal e da auto-estima,  da  postura,  de  respeito  pessoal  e  para  com os  outros,  para  o  entendimento  da saúde como um valor pessoal e social, para a compreensão da sexualidade humana sem preconceitos, entre os outros.

Nesta  disciplina,  o  formando  adquirirá  conhecimentos  nas  áreas  científicas  de  Biologia, 

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Ambiente,  Saúde,  Física  e  Química.  Os  formandos  terão,  também,  a  possibilidade  de realizar diversas experiências relacionadas com o programa do Ensino Primário e analisar criticamente o conteúdo do livro escolar.

A  disciplina  das  Ciências  Naturais  estrutura-se  em  Ciências  Naturais  I  que  visam  o desenvolvimento de competências para leccionar no I ciclo do Ensino Primário e Ciências Naturais II, para desenvolver competências de leccionar no II Ciclo do Ensno Primário.

Resultados de aprendizagem:

● Aplicar o método científico, como fonte de aquisição do conhecimento; ● Utilizar os conhecimentos sobre os seres vivos e estabelecer a relação entre estes e o ambiente que habitam;

● Discutir problemas ambientais e sugerir soluções locais para os mesmos; ● Compreender a existência de algumas doenças e delinear estratégias de acção e/ou atitudes que contribuam para a sua redução;

● Compreender  a  tríade  Ciências,  Ambiente  e  Desenvolvimento  Sustentável, contribuindo para o melhoramento da segurança humana, a partir de uma gestão ambiental mais adequada;

● Utilizar  o  conhecimento  das  CN,  para  adoptar  cuidados  de  saúde  e  higiene  da comunidade e participar proactivamente na prevenção e combate às doenças;

● Analisar, criticamente, a abordagem dos conteúdos das CN nos livros escolares e nas aulas assistidas, quanto à sua ligação com a realidade.

11.1.6. Ciências Sociais

A disciplina de Ciências Sociais visa desenvolver competências que permitam ao formando analisar e compreender o processo histórico; reconhecer o passado; situar os acontecimentos no espaço e no tempo; a relação entre a origem da diversidade de padrões espaciais da superfície terrestre e sua influência no desenvolvimento das sociedades e ainda a localização de aspectos físico-geográficos e económicos do país, do continente e do mundo. 

Esta disciplina dá especial atenção ao desenvolvimento de conceitos básicos relacionados com  a  vida  social,  partindo  do  estudo  de  fenómenos  do  quotidiano.  Ela  tem  em  vista preparar o  formando para  a  compreensão da  sociedade do passado e,  ainda,  aumentar o  seu  domínio  da  sociedade  do  presente,  desenvolvendo  habilidades  de  compreensão, interpretação de processos históricos de fenómenos naturais. 

O domínio da formação pessoal e social torna-se cada vez mais importante, numa época em  que  os  valores  e  as mudanças  sociais,  económicas,  tecnológicas  e  demográficas  se confrontam  com uma maior  instabilidade  relativamente  aos  valores  socialmente  aceites, à medida  que  a  família  vai  perdendo  terreno  na  sua  função  educativa.  Estas mudanças vão  exigindo,  cada  vez mais,  que  a  escola  forme  cidadãos  com  espírito  crítico,  criativo, democrático, que se respeitam a si próprios e ao próximo, abertos ao diálogo e a livre troca de opiniões. 

A Disciplina de Ciências Sociais  tem por finalidade munir o  formando de conhecimentos relacionados  com  a  História,  Geografia,  Educação  Moral  e  Cívica.  A  tríade  Ciências, Tecnologias  e  Sociedade  merecerá  atenção  nesta  disciplina,  bem  como  a  questão  da educação para o desenvolvimento sustentável.

Nas Ciências Sociais  I o  formando vai adquirir competências para  leccionar no  I ciclo do Ensino Primário e nas Ciências Sociais II não adquirir competências para leccionar no II ciclo do Ensino Primário.

Resultados de aprendizagem:

● Utilizar  os  conhecimentos das Ciências  Sociais  para  a  compreensão do processo histórico;

● Compreender a tríade ciência – tecnologia-sociedade; ● Promover acções que contribuam para o respeito pelos Direitos Humanos em geral e da Criança, em particular;

● Promover  o  espírito  patriótico,  direitos  e  deveres  cívicos  e morais,  exercício  dos direitos e deveres de cidadania;

● Desenvolver  acções  de  promoção  de  valores  socioculturais,  na  escola  e  na comunidade;

● Fomentar, na escola e na comunidade, os valores universais (liberdade, igualdade, tolerância, respeito, solidariedade);

● Assumir atitudes de respeito em relação aos símbolos nacionais, órgãos de soberania, datas nacionais e internacionais;

● Analisar boas práticas e situações de violação de Direitos Humanos e da Criança, no contexto escolar e na comunidade, à luz dos instrumentos nacionais e internacionais, previstos no currículo do Ensino Primário;

● Valorizar e fomentar a educação para o desenvolvimento sustentável; ● Analisar,  criticamente,  materiais  escolares,  aulas  assistidas  e  outros  eventos pedagógicos da escola, quanto à abordagem científica dos conteúdos, educação para a cidadania, educação para a paz, entre outros temas transversais.

11.1.7. Introdução às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)

Devido  à  sua  transversalidade,  a  Informática/Tecnologias  de  Informação  e  Comunicação (TIC) é uma componente incontornável para qualquer área de formação. 

A  Introdução  às  TIC  visa  contribuir  para o desenvolvimento de  competências  relevantes para  uma  integração  plena  do  formando  na  sociedade  de  conhecimento,  através  do domínio de uma  série de  ferramentas que o permitam explorar  fontes diversificadas de conhecimento (livro, telefone, celular,  rádio, TV, computador, entre outras), para o acesso à  informação,  participação  em  comunidades  de  aprendizagem,  utilização  de  conteúdos, entre outras possibilidades. Actualmente, as TIC são também vistas como um instrumento revolucionador do ensino pelo facto de permitirem aprendizagens de fontes variadas.

Resultados de Aprendizagem da Introdução às TIC e Métodos de estudos:

● Explorar o computador na óptica do utilizador; ● Utilizar, de forma criativa, recursos disponíveis em diversas fontes nos processos de ensino e aprendizagem;

● Utilizar recursos diversificados na produção de conteúdos para o Ensino Primário; ● Usar a  internet para pesquisa e troca de  informação útil para o PEA e para a sua auto-formação;

● Interagir em comunidades de aprendizagem.

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11.1.8. Sistema Braille

A  introdução  do  Sistema  Braille  na  formação  tem  por  objectivos  preparar  os  futuros professores para a inclusão de alunos com deficiência visual na escola. Este sistema consiste na substituição do traço, que não se acomoda às características fisiológicas do tacto, pelo ponto em relevo, facilmente percebido e interpretado pelos receptores da pele.

O Sistema Braille é, pois, o código universal e os seus símbolos são apreendidos enquanto totalidades  significantes  e  transmitidos  como  imagens  unitárias  e  coerentes  ao  cérebro, constituindo-se  como  um  código  essencialmente  paralelo  ao  utilizado  na  leitura/escrita vulgar.  Nesta  medida,  afigura-se  primordial  que  o  ensino  e  a  aprendizagem  do  Braille permaneçam  como  espinha  dorsal  dos  currículos  das  crianças  e  jovens  com  deficiência visual, seja qual for a estrutura educativa em que estejam inseridos. Para tal, o professor em formação deve adquirir habilidades para trabalhar com este grupo de alunos, através do domínio desta técnica de comunicação.

O  sistema Braille não é  só a  simples palavra,  é  também o  símbolo matemático,  fórmula química, complexa nota musical, para uso de símbolos abreviativos de palavras em diferentes idiomas.

Nesta perspectiva, a Educação Inclusiva apresenta como sua meta principal assegurar que ninguém fique fora do ensino regular, independentemente da sua condição física, incluindo, neste ideal, as pessoas cegas.

Resultados de aprendizagem:

● Estimular a percepção táctil, através de materiais com texturas diferentes; ● Criar movimento dos dedos e das mãos, através de exercícios de perfuração com papel e bastidor, para que não haja dificuldade na escrita; 

● Usar celas Braille de confecções variadas, para maior entendimento da formação das letras e do espaço, iniciando com tamanho ampliado até o tamanho padrão;

● Utilizar alfabeto  táctil,  ampliado como os  feitos de missangas e madeira para os principiantes que ainda não possuem a sensibilidade no tacto para ser feita a leitura nos pontos em relevo em Braille; 

● Dinamizar aulas com jogos adaptados, como baralho, dominó, jogo da memória e outros, sempre que possível; 

● Fazer  uso  de  livros,  revistas  e  textos  actualizados  em  Braille,  garantindo  maior confiabilidade na leitura e acesso à informação.

11.1.9. Métodos de Estudo

A  disciplina  de  Métodos  de  Estudo  visa  fornecer,  ao  formando,  ferramentas  e  técnicas para a busca, compreensão, organização e apresentação da informação, de acordo com as exigências das diferentes disciplinas, ao longo do processo de formativo. Ela irá versar sobre as principais regras da produção científica, proporcionando uma melhor compreensão sobre a sua natureza e objectivos, podendo auxiliar para melhorar a produtividade dos formandos e a qualidade das suas produções. 

Esta disciplina vai ajudar o formando a conciliar as tarefas a realizar durante o tempo de 

estadia na  instituição de formação,  isto é, a ter uma boa gestão do tempo, dedicando o tempo necessário para a realização de cada tarefa.

Sendo fundamentalmente prática, a disciplina de Métodos de Estudo apresenta instrumentos necessários  para  a  realização  de  trabalho  de  pesquisa.  Ela  procura  a  construção  do conhecimento de  forma a  favorecer aos  formandos uma  leitura e escrita mais eficientes, através da pesquisa e redacção elaborados, segundo normas científicas.

A disciplina de Métodos de Estudo constitui um meio apropriado de auxílio para a formação de uma nova mentalidade nos formandos, que de simples repetidores, passam a criadores de novas atitudes e comportamentos, através da construção do próprio conhecimento.

Resultados de Aprendizagem

● Elaborar projectos e desenvolver um trabalho monográfico, como requisito final e conclusivo de um curso académico; 

● Comunicar-se  de  forma  correcta,  compreensível,  revelando  um  pensamento estruturado, plausível e categórico, através de regras que facilitam e estimulam à prática da leitura, da análise e interpretação de textos;

● Desenvolver hábitos que o acompanharão por toda a sua vida como o gosto pela leitura, o espírito crítico e responsável.

11.1.10. Educação Física

Esta  disciplina  deverá  ser  direccionada  para  responder,  concomitantemente,  à  Educação Física  e  ao  desporto  escolar,  incorporando  questões  sensíveis  e  contemporâneas  da sociedade moçambicana, como o HIV e SIDA, abuso de drogas e álcool, género, aspectos legais, ambiente, paz, direitos humanos, em especial os da criança, entre outros.

Entendendo  o  movimento  como  actividade  humana  enriquecedora,  esta  disciplina  visa proporcionar  conhecimentos  básicos  sobre  o  estudo  da motricidade,  nos  seus  diversos ângulos,  equacionar  a  relação  de  socialização  a  uma  cultura  motora,  progressivamente realizadas ao  longo do desenvolvimento da criança. Procura-se compreender o papel da cultura motora, no processo mais amplo da socialização da criança, isto é, o contributo da actividade física e desportiva no desenvolvimento integral da criança (saber; saber ser, saber estar e saber fazer), sua personalidade e autonomia. 

Tem-se  por  finalidade  que  os  formandos  se  familiarizem  com  as  regras  de  segurança intrínsecas à prática desportiva, bem como as regras e a prática de diferentes modalidades desportivas, individuais e colectivas (por exemplo, futebol, basquetebol, atletismo, voleibol, andebol, entre outras).

Resultados de aprendizagem: ● Demonstrar que a actividade física é um direito de todos e uma necessidade básica, contribuindo para o equilíbrio físico, psicológico e social de cada indivíduo;

● Compreender o desenvolvimento humano associado à motricidade; ● Aplicar regras de segurança, na prática desportiva; ● Aplicar as regras específicas de cada modalidade individual e colectiva; ● Analisar, criticamente, a cultura e a prática da Educação Física, em escolas primárias e nos manuais escolares.

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11.1.11. Organização e gestão escolar

Esta  disciplina  visa  desenvolver  competências  de  gestão  pedagógica  e  administrativa numa escola primária, contribuindo, assim, para a criação de um ambiente propício para a aprendizagem. Estas competências incluem o saber fazer nas áreas pedagógicas, escrituração escolar, saúde e higiene escolar, currículo local, manutenção e gestão de espaços. 

Nela, o formando deverá ainda familiarizar-se e saber utilizar técnicas básicas de construção, de forma a participar no desenvolvimento de espaços da escola e da comunidade, e resolver problemas relacionados com a sua própria habitação.

A Organização e gestão escolar deve ser da responsabilidade de todos os profissionais da educação, porque permite a aquisição de conhecimentos científicos, pedagógicos e outros relacionados com a gestão e liderança organizacional.

Resultados de aprendizagem:

● Sistematizar os fundamentos teóricos sobre a Organização e Gestão de uma escola primária;

● Explicar o papel da liderança, na melhoria da qualidade de ensino; ● Propor intervenções de melhoria do desempenho da escola, a partir da análise dos resultados de aprendizagem dos alunos e da reflexão sobre a prática docente; 

● Utilizar  a  legislação  escolar  e  as  demais,  inerentes  à  organização  político-administrativa do país;

● Dominar o uso dos instrumentos de escrituração escolar; ● Elaborar um plano de desenvolvimento da escola; ● Implementar o Currículo  Local,  de  acordo  com os  recursos humanos  e materiais disponíveis;

● Aplicar  as  regras  básicas  de  saúde  e  higiene  escolar  e  primeiros  socorros  em situações reais ou simuladas;

● Apresentar planos de manutenção da escola, fundamentados no conhecimento de regras básicas de construção e de utilização dos espaços escolares;

● Planificar e gerir a construção da sua casa, usando materiais locais, ou convencionais.

11.1.12. Educação para a Cidadania

A disciplina da educação para a cidadania visa contribuir para a formação de cidadãos que conhecem e exercem os  seus direitos e deveres, que  têm o amor à pátria,  respeitam os direitos humanos, em geral e das crianças e mulheres, em particular.

Pretende, pois, que o diálogo e o respeito pelos outros sejam a forma de ser dos futuros professores,  através  de  actividades  que  promovam  e  aprofundam  o  estírito  da  unidade nacional, paz, tolerância, democracia e solidariedade.

Durante  o  seu  estudo,  o  formando  terá  a  possibilidade  de  discutir  temas  como moçambicanidade,  patriotismo,  auto-estima,  cultura  de  paz,  preservação  da  unidade nacional e História de Moçambique. Para o efeito, o formador poderá planificar actividades que envolvam momentos de observação e reflexão sobre acções e atitudes que contribuem para  o  desenvolvimento  do  espírito  patriótico,  bem  como  de  estratégias  de  ensino  de 

valores a crianças, jovens e adultos.

No âmbito da ética e deontologia, a postura e regras de conduta de um professor, os direitos e deveres do professor e da criança, o debate sobre os dilemas da profissão docente e sua relação com os valores aceites socialmente, constituem enfoques desta disciplina.

Resultados de aprendizagem:

● Analisar e aplicar estratégias de desenvolvimento de valores universais, patrióticos (amor à pátria, respeito, auto-estima) e cívicos;

● Compreender  a  importância  da  Ética  e  Deontologia,  tendo  em  consideração  as dimensões pessoal e profissional;

● Reflectir sobre dilemas éticos da profissão docente e discutir respostas adequadas à  complexidade das  situações profissionais,  inseridas num determinado contexto social;

● Propor acções que contribuem para o desenvolvimento de valores cívicos e morais e o exercício da cidadania, na escola e na comunidade;

● Formar professores capazes de:  » Educar  crianças,  jovens  e  adultos  no  respeito  pela Constituição da República, órgãos e símbolos de soberania nacional;

» Proporcionar o desenvolvimento  integral  e harmonioso da personalidade dos seus alunos;

» Inculcar na criança, jovem e adulto, padrões aceitáveis de comportamento, tais como lealdade, respeito, disciplina e responsabilidade; 

» Desenvolver a sensibilidade estética e a capacidade artística das crianças, jovens e adultos, educando-os no amor pelas artes e no gosto pelo belo;

» Educar a criança, o jovem e o adulto no espírito de cooperação internacional, de integração regional, continental e mundial;

» Analisar,  criticamente,  as estratégias de abordagem dos valores patrióticos na cultura organizacional da escola e nos materiais de ensino, propondo alternativas.

11.1.13. Literatura Oral em Línguas Moçambicanas

A disciplina de Literatura Oral em Línguas Moçambicanas pretende valorizar a tradição oral como uma das múltiplas manifestações culturais, nos variados contextos do quotidiano.Por um lado, os textos de tradição oral respondem os diversos usos nas comunidades onde são produzidos e, por outro, as suas funções podem ser deduzidas pela forma em que as mensagens são usadas num ou noutro contexto que, por conseguinte, constituem um dos mais  importantes meios de  transmissão de valores,  assumindo, deste modo, o papel de moralização de costumes.

Pela  sua  importância,  os  textos de  tradição oral  veiculam valores morais do meio  social em que são produzidos, pois incutem conceitos sociais básicos na consciência da criança, constituindo, por isso, um dos meios mais úteis de socialização do indivíduo. Às crianças é  transmitido  um  conjunto  de  atitudes  e  valores  sociais  que  não podem  ser  adquiridos através da educação formal. No seu conjunto, são leis e costumes que governam o código e regras de comportamento, com a finalidade de estabelecer a harmonia social e moral da sociedade. Assim, assumindo-se como um factor de controlo social, os textos de tradição oral  têm a  função  lúdica e moralizante, sendo que a  literatura oral  reveste-se de grande importância do ponto de vista estético e social.

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As funções sociais dizem respeito aos papéis literários das artes verbais, neste caso, como fonte de educação.

11.1.14 Literatura Infanto-Juvenil em Língua Portuguesa

Com esta disciplina, objectiva-se que os formandos promovam, ao nível da escola, o gosto pela  leitura,  através  do desenvolvimento  de  competências  de  leitura  e  compreensão de texto e obras infanto-juvenis. Neste contexto, serão retomadas e experimentadas técnicas motivadoras  de  exploração  de  textos  que  permitam  levar  a  criança  a  compreender,  dar opinião e fazer juízos sobre o que lê. Constituem aspectos a serem aprofundados, a gestão de pequenos acervos bibliográficos, o envolvimento dos alunos na recolha de literatura oral e escrita e promoção de eventos culturais (concursos literários, exposições, jornal de turma e de escola).

As  competências  desenvolvidas  nesta  disciplina  assegurarão  a  promoção  da  leitura  na escola primária, nas Línguas Portuguesa e Moçambicana.

Resultados de aprendizagem (Literatura Oral em Línguas Moçambicanas e Infanto-Juvenil em Língua Portuguesa):

● Dominar  estratégias  de  utilização  dos  conhecimentos  dos  alunos  (adultos  e crianças), para identificar o conteúdo principal de um texto, fazer juízos de valor e comentários sobre os textos;

● Aplicar estratégias diversificadas para levar os alunos (adultos e crianças) a relacionar o conteúdo do texto com aspectos da vida, ou factos da época a que o texto se refere.

● Sistematizar os elementos que ajudam os alunos (adultos e crianças) a chegar ao significado das palavras, frases e do texto;

● Organizar a recolha e circulação de material, para ler ao nível da turma e da escola; ● Organizar cantos e círculos de interesse de leitura e pequenas rubricas no jornal de turma e da escola;

● Gerir uma biblioteca escolar; ● Analisar, criticamente, a problemática do desenvolvimento de hábitos de leitura na escola  primária  e  propor  acções  exequíveis  que  contribuem para  a  formação de pequenos leitores competentes.

11.1.15. Necessidades Educativas Especiais

A Educação em Moçambique enfrenta vários desafios, dentre os quais a Educação Inclusiva, exigindo  do  professor  conhecimentos  profundos  para  o  atendimento  educacional  de crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais. Os professores que trabalham com este grupo de alunos deverão ter domínio das matérias de caracterização psicopedagógica, diagnóstico  e  intervenção  na  escola,  recursos  psicoterapêuticos  para  a  identificação  de problemas específicos de aprendizagem, estimulação precoce, regularidades psicológicas das diferentes psicopatologias assim como didáctica da pedagogia especial. É  neste  contexto  que  surge  a  disciplina  de  “Necessidades  Educativas  Especiais”,  para desenvolver  competências  de  lidar  com  a  diversidade  escolar  de  alunos  com  e  sem necessidades educativas especiais. Nesta perspectiva, os futuros professores devem dominar 

técnicas apropriadas para trabalhar com cada aluno, incluindo aqueles com necessidades educativas  especiais.  A  questão  de  inclusão  de  crianças  ou  jovens  com  Necessidades Educativas Especiais em turmas regulares surge com o propósito de responder aos desafios do movimento da escola inclusiva que se apoia no conceito de inclusão, que implica, por outras palavras, a  inserção de alunos com NEE em turmas regulares, onde estes, sempre que possível, devem receber todos os serviços educativos adequados, às suas capacidades, como é referido na Declaração de Salamanca (1994).

Resultados de aprendizagem:

● Aplicar técnicas e procedimentos para a identificação, caracterização psicopedagogica, orientação e seguimento;

● Aplicar  técnicas  para  exploração  diagnóstica  e  intervenção  educativa;  Aplicar estratégias  de  intervenção  para  alunos  com  necessidades  educativas  de aprendizagem; Usar alternativas de comunicação para a deficiência auditiva, visual ou mental, entre outras;

● Planificar aulas tendo em conta as especificidades dos alunos; ● Usar recursos psicoterapêuticos.

11.2. Disciplinas nucleares

1. Psicologia da Aprendizagem;2. Pedagogia;3. Andragogia, 4. Didáctica da Língua Portuguesa (I e II), 5. Didáctica da Matemática (I e II);6. Didáctica das Ciências Naturais (I e II);7. Práticas Laboratoriais;8.  Didáctica das Ciências Sociais (I e II); 9. Resolução de Problemas Matemáticos10.  Didáctica da Educação Física;11. Didáctica da Educação Visual e Ofícios;12. Didáctica da Educação Musical.

11.2.1 Psicologia da Aprendizagem

A Psicologia da Aprendizagem pretende contribuir para a formação do futuro professor, numa perspectiva de desconstrução da natureza da Psicologia da Educação como ciência aplicada, a sua natureza e relação com a educação moçambicana. Tem, ainda, como finalidade, levar os formandos a reflectirem sobre os princípios psicológicos que explicam e fundamentam os processos de ensino e aprendizagem no contexto da educação moçambicana. Será também a partir  da Psicologia da Aprendizagem que os  formandos desenvolverão  competências para compreensão dos seus alunos do amanhã em contexto intra e extra-escolar, bem como delinearão acções educativas que visem favorecer o desenvolvimento dos mais novos. Por fim, o  relacionamento  interpessoal na escola e na comunidade será,  igualmente, alvo de reflexões.

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Resultados de Aprendizagem:

● Compreender a relação entre a Psicologia como ciência e a educação como processo social;

● Perceber  os  conceitos  básicos,  as  abordagens  e  a  utilidade  da  Psicologia  da Aprendizagem para o trabalho do professor;

● Identificar  as  diferentes  teorias  psicológicas  contemporâneas  e  conhecer  as  suas aplicações gerais à educação;

● Identificar e aplicar modelos de educação alternativos e abordagens pedagógicas gerais derivadas das teorias psicológicas;

● Orientar os processos de ensino e aprendizagem centrados no aluno tendo em conta as etapas e características de desenvolvimento pessoal, os ritmos, potencialidades e necessidades educativas especiais;

● Relacionar-se  com  os  seus  alunos  e  demais  membros  da  comunidade  escolar, guiando-se pelos princípios éticos e humanísticos exigidos pela profissão docente;

● Interpretar criticamente a escola e a organização do currículo, à luz dos contributos teóricos das ciências da educação na vertente de uma escola para todos e para cada um;

● Compreender o papel do professor na motivação dos alunos e no apoio àqueles que têm necessidades educativas especiais;

● Reflectir  acerca  da  especificidade  das  aprendizagens  nos  diferentes  espaços disciplinares;

● Aprender a conhecer na perspectiva da aprendizagem ao longo da vida.

11.2.2. Pedagogia

A Pedagogia pretende dar ao formando uma visão da evolução da educação ao longo dos tempos. Esta é uma disciplina de  iniciação sobre o que foi, ao que é e o que deve ser a educação. Neste sentido, a Pedagogia, a Filosofia, a Educação Comparada, a Epistemologia e a Antropologia, a partir dos seus métodos e saberes adquiridos, revertem-se em Ciências Auxiliares,  embora  indispensáveis,  para  esta  abordagem dinâmica  e  pluridimensional  na qual se encontram múltiplas concepções, histórias e teoria de educação.

Na Andragogia, o futuro professor deve considerar que a experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem dos adultos, e que estes são motivados a aprender de acordo com as vivências, necessidades e interesses que a aprendizagem satisfará em suas vidas. Pretende dar a conhecer diferentes modelos de educação e formação de adultos, salientando o papel do formando e do formador. 

Tendo em conta a perspectiva actual de que a educação é para todos e deve ser melhor para cada um, pretende-se, nesta disciplina, desenvolver competências para aprender a conhecer e a fazer, viver com os outros e a ser, para ensinar isso aos outros.

Resultados de Aprendizagem:

● Analisar  histórica  e  comparativamente  a  evolução  de  educação,  os  sistemas educativos, as ideias e os ideais, os métodos, as técnicas e as instituições, procurando uma atitude reflexiva e crítica dos fenómenos e dados do que tem sido a educação e do que é ser professor na era da globalização;

● Relacionar as diferentes etapas da evolução do sistema educativo moçambicano, nos seus processos, modelos e finalidades;

● Gerir uma  turma considerando a heterogeneidade dos  seus alunos,  a natureza e alcance dos conteúdos curriculares, os  recursos didácticos apropriados e os  seus tamanhos e composição (numerosa e mista, respectivamente);

● Elaborar planos de aulas de forma criativa e metódica; ● Aplicar planos de aulas de forma flexível, obedecendo os padrões estabelecidos nos programas de ensino;

● Avaliar, continuamente, as competências curriculares dos alunos de modo a poder satisfazer, individual e colectivamente, as suas necessidades de inserção, progressão e sucesso escolares;

● Interpretar, criticamente, a escola e a organização do currículo, à luz dos contributos teóricos das ciências da educação na vertente de uma escola para todos;

● Reflectir criticamente sobre as quatro dimensões da educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a ser e a aprender a viver com os outros;

● Conhecer a evolução da Educação de adultos desde a modernidade; ● Saber diferenciar e aplicar os modelos de educação e formação de adultos; ● Saber planificar para formandos adultos.

11.2.3. Andragogia

Na Andragogia, o futuro professor deve considerar que a experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem dos adultos, e que estes são motivados a aprender de acordo com as vivências, necessidades e interesses que a aprendizagem satisfará em suas vidas. Pretende dar a conhecer as diferentes correntes teóricas que a fundamentam, modelos de educação, o  modelo  pedagógico  e  andragógico  e  formação  de  adultos,  salientando  o  papel  do formador (facilitador) e do formando, em termos de tarefas e responsabilidades no decurso do processo de aprendizagem. 

Nesta disciplina os  futuros professores  terão a oportunidade de se  inteirar e aprofundar os  pressupostos  ou  princípios  que  se  tornaram  fundamentos  da  teoria  moderna  de aprendizagem  dos  adultos,  proporcionar-lhes-á  ainda  ferramentas  apropriadas  para  o trabalho pedagógico com os adultos, para o efeito a sua formação basear-se-á nos quatro pilares da educação.

Os  futuros professores através desta disciplina  serão orientados a  compreender quem é adultos-educando e os  factores que  influenciam a sua aprendizagem, daí que durante o processo da sua formação será priorizada o desenvolvimento de competências da prática docente na sala de aulas, através de práticas pedagógicas.

Resultados de Aprendizagem:

● Explicar o surgimento da Andragogia no domínio de aprendizagem de adultos e suas diferenças e semelhanças relação com Pedagogia.

● Explicar os factores que influência na aprendizagem do adulto, bem assim a relação entre o formador e o formando no processo de aprendizagem.

● Descrever  as  diferentes  correntes  teóricas  (aprendizagem  auto-direcionada, aprendizagem centrada no aluno, pedagogia crítica e aprendizagem experiencial), as quais fundamentam a teoria andragógica;

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● Comparar ou diferenciar o modelo pedagógico do modelo andragógico, tendo em consideração as características de aprendizagem: Papel da experiência, vontade de aprender, orientação da aprendizagem e motivação;

● Relacionar o papel do formador (facilitador) e do formando tendo em atenção as suas tarefas e responsabilidades nas diferentes etapas (experiência, relato e reflexão, conceptualização e aplicação)

● Comparar os tipos de professores ● Caracterizar  os métodos  pedagógicos  e  forma  da  sua  aplicação  no  processo  de ensino-aprendizagem

● Descrever e a forma como se usa cada uma das técnicas dos métodos activos no processo de ensino-aprendizagem, incluindo jogos didácticos;

● Relacionar as diferentes etapas da evolução do sistema educativo moçambicano, nos seus processos, modelos e finalidades;

● Elaborar planos de aulas de forma criativa e metódica; ● Aplicar planos de aulas de forma flexível, obedecendo os padrões estabelecidos nos programas de ensino;

● Avaliar, continuamente, as competências curriculares dos alunos de modo a poder satisfazer, individual e colectivamente, as suas necessidades de inserção, progressão e sucesso escolares;

11.2.4. Didáctica da Língua Portuguesa

A Disciplina  de Didáctica  da  Língua  Portuguesa  I  pretende que os  formandos  iniciem o contacto com diversos processos didácticos,  implicados na aquisição e desenvolvimento das quatro habilidades linguísticas (ouvir, falar, ler e escrever). Esta disciplina concentra-se no  desenvolvimento  da  primeira  fase  da  aquisição  de  uma  língua,  compreender  e  falar, como um dos pré-requisitos para a aprendizagem da leitura e da escrita, considerando os diferentes contextos de aprendizagem da Língua Portuguesa. 

A  disciplina  visa  desenvolver  ferramentas  que  permitem  o  formando  compreender  o contexto de aprendizagem do Português,  estudar e experimentar métodos e estratégias de ensino do Português como  língua segunda  (e materna),  reflectir sobre os  fenómenos relacionados com o desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita iniciais, familiarizar-se com as dificuldades de aprendizagem e a abordagem das mesmas, em contexto de sala de aulas e criar um ambiente favorável à aprendizagem de uma língua. 

A  disciplina  de  Didáctica  da  Língua  Portuguesa  II  debruça-se  no  aprofundamento  das estratégias de desenvolvimento da oralidade e consolidação da aprendizagem da leitura e da escrita. 

Esta  disciplina  prepara  o  formando  para  que  planifique  e  dê  aulas  participativas  com segurança e autonomia; utilize adequadamente o livro escolar e outros materiais de apoio, levando o formando a saber ensinar crianças a serem leitores competentes. No âmbito da problemática do desenvolvimento de competências de leitura, terá ainda uma abordagem orientada para a planificação e implementação de actividades de promoção da leitura na escola primária.

Resultados de aprendizagem:

● Sintetizar  os  princípios  e  metodologias  de  ensino  do  Português  como  L2,  de aquisição e desenvolvimento da oralidade, da leitura e da escrita iniciais;

● Planificar  e  agir  como  mediador  do  processo  de  ensino  e  aprendizagem, evidenciando domínio dos princípios de ensino da Língua Portuguesa, da matéria disciplinar do 1º e 2º Ciclos do ensino primário e das metodologias de ensino da oralidade, leitura e escrita iniciais, tendo em conta os contextos de aprendizagem da Língua Portuguesa;

● Aplicar correctamente os métodos de ensino de aprendizagem da oralidade, leitura e escrita, recomendados nos programas de ensino;

● Desenvolver  recursos didácticos que estimulam o desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita;

● Desenvolver habilidades que permitam seleccionar as metodologias mais adequadas ao meio, aos interesses e às necessidades dos alunos, no que respeita ao ensino da oralidade, leitura e escrita;

● Analisar,  criticamente, manuais escolares de Português, quanto à  sua abordagem metodológica  e  sua  adequação  ao  contexto  e  às  necessidades  das  crianças  do Ensino Primário;

● Planificar  e  agir  como  mediador  do  processo  de  ensino  e  aprendizagem, evidenciando domínio da matéria disciplinar do Ensino Primário, das metodologias de desenvolvimento da oralidade e do vocabulário, da compreensão de textos, da escrita incluindo caligrafia e ortografia, de técnicas de elaboração e exploração de textos diversos, previstos nos programas do Ensino Primário; 

● Avaliar o progresso dos alunos, e usar os resultados para planificar e implementar planos de remediação das dificuldades de aprendizagem da Língua;

● Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

● Desenvolver  recursos didácticos que estimulam o desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita iniciais;

● Analisar criticamente a abordagem de ensino de língua, nos materiais de ensino e nas aulas assistidas.

11.2.5. Didáctica da Matemática

Nesta disciplina, os futuros professores terão a oportunidade de trabalhar com o Programa de  Matemática  do  Ensino  Primário.  Analisarão  as  competências,  princípios,  finalidades, experiências  e  processos  matemáticos.  Delinearão  a  natureza  das  tarefas  e  conhecerão diferentes materiais  estruturados  e  não  estruturados,  bem  como a  sua  funcionalidade  e objectivos.

Os  formandos deverão saber planificar de acordo com os programas de Matemática do Ensino Primário, construindo e usando, adequadamente, meios didácticos e instrumentos de avaliação.

Resultados de aprendizagem:

● Saber  transformar  o  conhecimento  matemático  formalizado  em  conhecimento escolar que possa ser compreendido pelo aluno;

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

● Saber utilizar os diversos materiais estruturados e não-estruturados no ensino da Matemática;

● Aplicar  os  princípios  didácticos  no  processo  de  ensino  e  aprendizagem  da Matemática;

● Utilizar  os  conhecimentos  da  Matemática,  para  a  resolução  de  problemas relacionados com o meio social da criança;

● Planificar e agir como mediador do processo de ensino e aprendizagem, evidenciando domínio dos programas de ensino, da matéria disciplinar do Ensino Primário e das metodologias de ensino da Matemática; 

● Avaliar o progresso dos alunos, analisar os resultados e usá-los para melhorar o seu desempenho, de todos e de cada um dos alunos; 

● Produzir ou adaptar recursos didácticos e explorar as suas potencialidades; ● Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

● Analisar criticamente manuais escolares do Ensino Primário, quanto à abordagem metodológica e sua adequação ao nível e necessidades de aprendizagem.

11.2.6. Didáctica das Ciências Naturais

Nesta Disciplina, o futuro professor aprenderá a utilizar estratégias de ensino-aprendizagem adequadas  ao  ensino  de  Ciências  Naturais,  preparar  materiais  didácticos  e  realizar experiências  no  Ensino  Primário.  A disciplina  das Ciências Naturais  levará  o  formando  a reflectir  acerca  das  finalidades  e  componentes  da  educação  em  Ciências,  salientando  a questão da literacia científica, as competências relacionadas com procedimentos e atitudes científicas. O pensamento crítico e criativo, bem como a importância do seu desenvolvimento, serão igualmente aspectos a tratar através da análise crítica aos materiais escolares e outros. O  trabalho científico na escola primária, paralelamente à aprendizagem das Ciências,  ao ensino experimental e laboratorial, será um conteúdo sobre o qual os futuros professores reflectirão, nesta disciplina e na unidade curricular Práticas Laboratoriais. 

A disciplina abordará as metodologias de ensino da saúde sexual e reprodutiva, a temática do HIV e SIDA, dos Direitos Humanos, da violência baseada no género e dos Direitos e Deveres da Criança.

Resultados de aprendizagem:

● Planificar  e  agir  como  mediador  dos  processos  de  ensino  e  aprendizagem, evidenciando domínio dos programas de ensino, da matéria disciplinar do Ensino Primário e da Didáctica das Ciências Naturais; 

● Preparar e realizar experiências laboratoriais na sala de aula; ● Utilizar estratégias de desenvolvimento do gosto pela Ciência; ● Avaliar o progresso dos alunos, analisar os resultados e usá-los para melhorar o seu desempenho, de todos e de cada um dos alunos; 

● Produzir, ou adaptar recursos didácticos e explorar as suas potencialidades, na sala de aula;

● Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

● Analisar,  criticamente,  manuais  escolares  do  Ensino  Primário  e  aulas  assistidas, quanto à abordagem metodológica e sua adequação ao nível e necessidades de aprendizagem.

11.2.7. Práticas Laboratoriais

A disciplina de Práticas Laboratoriais pretende contribuir para que o ensino das Ciências Naturais, na escola primária, seja mais atractivo para os alunos, através de actividades que irão melhorar a compreensão dos conceitos e processos envolvidos nas ciências naturais. Nela os formandos irão aprender técnicas de ensinar melhor as Ciências Naturais, tais como classificar  objectos,  manipular  aparelhos  simples,  realizar  algumas  experiências  práticas, discutir resultados e escrever relatórios das suas “descobertas”.

Actualmente,  devido  a  uma melhor  compressão  dos mecanismos  de  aprendizagem dos alunos e a evolução do conhecimento científico, o ensino das Ciências Naturais tem vindo a sofrer modificações, tornando os seus objectivos mais integrados à vida destes e assume um carácter mais experimental, mais ambiental  e mais  investigativo para desenvolver as competências dos alunos.

O  ensino/aprendizagem  das  ciências  torna-se  mais  efectivo  quando  acompanhado  por um trabalho laboratorial pois, este pode contribuir para o desenvolvimento de técnicas de manipulação de materiais e da compreensão de conceitos, pode ainda ajudar na promoção de técnicas de investigação científica.

Resultados de aprendizagem:

● Explicar os passos do método científico no estudo de um fenómeno; ● Reunir materiais simples da natureza para o ensino das Ciências Naturais; ● Planificar e executar experiências ensino das Ciências Naturais na escola primária; ● Trabalhar com elementos da comunidade na mobilização de recursos para o ensino das Ciências Naturais e protecção do ambiente;

● Analisar, criticamente, a abordagem dos conteúdos das Ciências Naturais nos livros escolares e nos programas de ensino;

● Preparar material didáctico para as aulas de ciências naturais. 

11.2.8. Didáctica das Ciências Sociais

A disciplina de Didáctica das Ciências Sociais pretende que o futuro professor conheça com maior profundidade aspectos  inerentes  ao ensino das Ciências  Sociais,  familiarizando-se com diferentes metodologias que lhe permitirão fazer uma análise exaustiva e crítica dos programas do Ensino Primário, para esta área do saber.

Nesta disciplina, é também solicitada aos futuros professores, a adopção de uma postura crítica e reflexiva, face à singularidade dos vários temas a trabalhar nesta área.A disciplina de Didáctica da Ciências Sociais visa levar o formando a aplicar os princípios e metodologias  de  ensino  de  Ciências  Sociais;  planificar  e  dar  aulas  de  acordo  com  os programas  de  ensino,  demonstrando  segurança  no  domínio  da  matéria  disciplinar  e capacidade de gestão do plano de lição, dos meios de ensino, da participação activa dos alunos e da disciplina, na turma.

Resultados de aprendizagem:

● Planificar aulas de CS e agir  como mediador do PEA, evidenciando domínio dos 

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programas de ensino, da matéria disciplinar do Ensino Primário e das metodologias de ensino das CS;

● Avaliar o progresso dos alunos, analisar os resultados e usá-los para melhorar o seu desempenho, de todos e de cada um dos alunos;

● Produzir, ou adaptar recursos didácticos e explorar as suas potencialidades, na sala de aula;

● Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

● Analisar, criticamente, manuais escolares do Ensino Primário, quanto à abordagem metodológica e sua adequação ao nível e necessidades de aprendizagem.

11.2.9. Resolução de Problemas Matemáticos

A disciplina “Resolução de Problemas Matemáticos” visa desenvolver o potencial criativo do futuro professor do ensino primário. Nesta disciplina, os formandos reflectirão acerca da importância da selecção de estratégia como passo decisivo. Estudarão as etapas deste processo,  de  acordo  com  Pólya  (Matemático  húngaro  que  descreveu  como  devia  ser ensinada a resolução de problemas); contactarão com os níveis heurísticos e com níveis de capacidade de resolução de problemas.

Nesta disciplina desenvolver-se-ão algumas estratégias de resolução de problemas: usar uma ou mais variáveis, completar uma tabela, considerar um caso especial, identificar um padrão, usar o raciocínio dedutivo, verificar soluções, resolver equações, testar hipóteses, desenhar um esquema ou diagrama, fazer uma lista, procurar uma fórmula, usar coordenadas, tentar resolver problemas semelhantes, etc. 

Mostrar-se-á que a criatividade é essencial na arte de resolver problemas. Para além dos problemas escolares, este módulo abordará jogos de estratégias, incluindo puzzles (como por exemplo os Bisos – peças constituídas por dois trapézios isósceles e Billies ou por dois rectângulos na forma de L, desenvolvidos pelo matemático moçambicano Paulus Gerdes) e exercícios de olimpíadas.

Resultados de aprendizagem:

● Promover o gosto pela Matemática no Ensino Primário; ● Seleccionar  estratégias  de  resolução  de  problemas  matemáticos,  adaptadas  à realidade da criança;

● Criar ambientes lúdicos de aprendizagem da Matemática.

11.2.10. Didáctica da Educação Física

A disciplina de Didáctica da Educação Física permitirá, ao formando, conhecer as diferentes abordagens e/ou princípios didácticos capazes de auxiliar o aluno a compreender a cultura corporal de movimento. As  implicações destas abordagens na elaboração de objectivos, organização de conteúdos, experiências de aprendizagem e avaliação serão ainda assuntos relevantes a tratar nesta disciplina.

Deste  modo,  o  formando  deve  desenvolver  habilidades,  para  orientar  a  aquisição  de habilidades básicas,  em danças,  jogos, desportos e ginástica, que constituem conteúdos 

essenciais para o crescimento e desenvolvimento da aptidão física, formação de carácter, lazer e aquisição de estilo de vida saudável, através do desenvolvimento de conhecimentos teóricos e práticos, sobre a educação física e o desporto escolar.

Resultados de aprendizagem:

● Planificar  aulas de  EF  e  agir  como mediador do PEA,  evidenciando domínio dos programas de ensino, da matéria disciplinar do Ensino Primário e das metodologias de ensino das EF;

● Avaliar o progresso dos alunos, analisar os resultados e usá-los para melhorar o seu desempenho, de todos e de cada um dos alunos;

● Produzirou adaptar recursos didácticos e explorar as suas potencialidades na sala de aula;

● Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

● Analisar,  criticamente,  manuais  escolares  do  Ensino  Primário  e  aulas  assistidas, quanto à abordagem metodológica e sua adequação ao nível e necessidades de aprendizagem.

11.2.11. Didáctica da Educação Visual e Ofícios

A disciplina de Didáctica  de Ofícios  e  Educação Visual  assume um papel  importante  na sociedade,  pois  visa  dar  a  conhecer  os  diversos  ofícios mais  relevantes  na  comunidade. Os  futuros  professores  conhecerão  diversas  técnicas  relacionadas  com  a  moldagem,  a modelagem, o papel, os têxteis, a madeira, os metais, a agropecuária, a culinária e a costura. A utilização de diferentes ferramentas, utensílios e equipamentos será uma constante, bem como o desenvolvimento de hábitos de higiene e de segurança no trabalho.

O foco desta disciplina é o estudo de metodologias de ensino da Educação Visual e Ofícios e a sua prática, em contexto de sala de aula.

Resultados de aprendizagem:

● Descrever a importância das artes visuais e ofícios para o desenvolvimento integral das crianças;

● Enunciar as fases de desenvolvimento gráfico da criança e utilizar a imagem como meio de comunicação e expressão;

● Planificar aulas de Educação Visual e Ofícios (EVO), e agir como mediador do PEA, evidenciando  domínio  do  programa  de  ensino,  da matéria  disciplinar  do  Ensino Primário e das metodologias de ensino da EVO; 

● Avaliar o progresso dos alunos, analisar os resultados e usá-los para melhorar o seu desempenho e de todos e de cada um dos alunos; 

● Produzir ou adaptar recursos didácticos e explorar as suas potencialidades, na sala de aula; 

● Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

● Analisar,  criticamente,  manuais  escolares  do  Ensino  Primário  e  aulas  assistidas, quanto à abordagem metodológica, sua adequação e ao nível e necessidades de aprendizagem.

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11.2.12. Didáctica da Educação Musical

A  Didáctica  da  Educação  Musical  pretende  que  os  formandos  sejam  capacitados  para ensinar os aspectos fundamentais da música no Ensino Primário e aprendam a valorizar a música como manifestação artística, na sociedade. Assim, nesta disciplina, o futuro professor conhecerá  o  programa  de  Educação  Musical  (EM)  do  Ensino  Primário  e  desenvolverá metodologias e estratégias de ensino de Educação Musical. Pretende-se que o formando construa  instrumentos,  para  que,  posteriormente,  na  sua  prática  profissional,  planifique e  leccione de acordo com os programas de ensino, e preveja  instrumentos de avaliação, contribuindo  para  a  recreação,  hábitos  de  apreciação  e  prática musical,  na  escola  e  na comunidade.

Resultados de Aprendizagem:

● Planificar aulas de EM e agir como mediador do PEA, evidenciando domínio dos programas de ensino, da matéria disciplinar do Ensino Primário e das metodologias de ensino;

● Avaliar o progresso dos alunos, analisar os resultados e usá-los para melhorar o seu desempenho, de todos e de cada um dos alunos; 

● Produzir, ou adaptar recursos didácticos e explorar as suas potencialidades, na sala de aula; 

● Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

● Analisar,  criticamente,  manuais  escolares  do  Ensino  Primário  e  aulas  assistidas, quanto à abordagem metodológica e sua adequação ao nível e necessidades de aprendizagem.

11.3 Práticas Pedagógicas e Estágio

As  Práticas  Pedagógicas  constituem  uma  componente  importante  na  formação  de  um profissional  competente  e  visam  desenvolver  competências  de  reflexão  sobre  a  prática pedagógica, através do contacto permanente com o contexto real (escola, sala de aula), ao longo de todo o curso.

As  práticas  pedagógicas  constituem  um  espaço  de  ligação  entre  os  saberes  teóricos  e práticos  e  compreendem  a  observação  e  descrição  de  actividades  diversas,  do  trabalho dos  professores  experientes,  a  análise  de  situações  concretas  do  ambiente  escolar  e a  participação  em  eventos  relevantes  do  quotidiano  de  uma  escola  primária,  tais  como sessões de planificação, de análise da actividade docente e do aproveitamento,  reuniões diversas, entre outros.

Por sua vez, o estágio representa o momento culminante do contacto com o ambiente de trabalho, através do qual se procura desenvolver a autonomia e o espírito crítico e promover o  trabalho  em  equipa,  favorecendo  assim  a  construção  de  competências  profissionais marcadas por altos padrões de organização e de responsabilidade.

O formando deverá exercitar a capacidade de comunicar, de mobilizar os conhecimentos adquiridos para assistir, planificar e dar aulas, questionar e explicar o que vê e  faz,  fazer escolhas e argumentar as suas decisões, em contexto real.

Resultados de aprendizagem:

● Apresentar,  oralmente  e  por  escrito,  uma  sistematização  fundamentada  das constatações  resultantes  da  observação  de  aulas  e  outros  eventos,  no  contexto escolar;

● Leccionar  numa  turma  real,  evidenciando  autonomia,  segurança  e  criatividade na gestão do plano da aula e na exploração adequada do  livro escolar e outros materiais de apoio ao PEA;

● Falar  com  clareza  e  objectividade,  adequando  o  discurso  ao  nível  e  idade  das crianças;

● Analisar as suas práticas de ensino e dos colegas e argumentar as suas escolhas, com base nos saberes adquiridos;

● Aplicar,  correctamente,  os métodos  de  ensino  recomendados  nos  programas  do Ensino Primário;

● Analisar e apresentar experiências-modelo e situações problemáticas identificadas em escolas primárias, sustentadas pelos saberes teórico-práticos; 

● Apresentar,  oralmente  e  por  escrito,  o  relatório  das  práticas  pedagógicas  e  de estágio.

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

12. Avaliação

Esta secção do Plano Curricular da Formação de Professores do Ensino Primário e Educação de Adultos apresenta a filosofia geral de avaliação dos processos de ensino e aprendizagem do presente Curso, devendo, a sua operacionalização ser matéria de regulamento específico.Como  parte  integrante  dos  processos  de  ensino  e  aprendizagem,  a  avaliação  é  uma actividade  contínua  que  visa  verificar  até  que  ponto  as metas  do  processo  estão  a  ser alcançadas. Ela permite, por um  lado, que se obtenha uma  imagem do desempenho do formando em termos das competências descritas no plano curricular e, por outro,  servir como mecanismo de retroalimentação ao processo de formação. 

A  avaliação  tem  como principais  objectivos gerais:  (i) Determinar  o grau de  aquisição  e desenvolvimento  de  competências  do  formando;  (ii)  Comprovar  a  adequação,  eficiência e eficácia dos métodos e meios de ensino e aprendizagem utilizados pelos  formadores, bem como da relevância do Currículo e dos programas de formação; (iii) Contribuir para avaliação do desempenho do formador; e, (iv) Contribuir para a elevação da qualidade de formação. 

Neste  curso  de  formação  a  avaliação  é  descentralizada,  cabendo,  a  cada  instituição  de formação, elaborar e aplicar as avaliações, devendo, para o efeito, criar uma unidade interna de gestão de qualidade para garantir a fiabilidade e validade dos resultados da avaliação.Na concretização dos objectivos da avaliação, deverão ser praticadas todas as modalidades (diagnóstica, formativa e sumativa) e instrumentos diversificados de avaliação. 

A avaliação diagnóstica fornecerá, no início de cada etapa de formação, os elementos que permitem adequar o processo de formação às características do formando. 

Ao  longo dos Processos de Ensino e Aprendizagem, a avaliação formativa cumprirá uma função reguladora, apoiando na identificação dos progressos e fracassos e na superação das dificuldades de aprendizagem. Com a avaliação formativa, pretende-se assegurar o sucesso de  todos os  formandos no processo de desenvolvimento de competências previstas em cada unidade curricular, através do uso de formas de avaliação e instrumentos diversificados de recolha de evidências. Permite que o formando tenha maior participação e seja capaz de construir quadros de referência próprios, testar as suas estratégias de aprendizagem e criar mecanismos de auto-controlo e de regulação das aprendizagens.

O presente currículo é baseado em competências e tem como fonte principal de avaliação as evidências que demonstram o alcance de um determinado resultado de aprendizagem dentro de uma unidade  curricular,  por parte do  formando. As  evidências  podem  ser  de natureza oral e escrita, ou em forma de um produto específico, tendo em conta a competência em causa. 

Para o efeito, o formando deverá ser informado sobre o que vai ser avaliado, os métodos e técnicas de avaliação e resultados alcançados, bem como sobre as possibilidades de que dispõe, em caso de insucesso.

12.1. Avaliação como garantia de qualidade de formação

Na implementação do presente currículo, o resultado desejável é reconhecer o formando 

pela sua capacidade de mobilizar recursos (conhecimentos, habilidades, atitudes) e pelo seu grau de autonomia, na realização das tarefas inerentes à sua profissão. Para o efeito, são previstos dois níveis de avaliação da qualidade de formação, a saber:

12.1.1 Avaliação interna:

● O formador responsável pela leccionação da unidade curricular avalia o desempenho dos  formandos,  com base nas  evidências produzidas  e organizadas num dossier (Portfólio) individual;

● Por sua vez, um grupo de formadores, indicados para o efeito, verifica e legitima os resultados, através de uma análise das evidências que compõem o Portfólio (dossier) do  formando.  Esta  análise  deverá  incluir  uma  avaliação  de  alguns  formandos seleccionados  aleatoriamente,  para  comprovar  os  resultados  de  aprendizagem alcançados.

12.1.2 Avaliação externa

● Verificadores externos deverão proceder à avaliação das competências desenvolvidas, por  amostra.  Tanto na  verificação  interna,  como na externa, os  verificadores  têm como  actividade  identificar  as  evidências  que  comprovem  que  os  formandos adquiriram competências  (conhecimentos, habilidades e atitudes)  relativas a uma determinada  unidade  curricular.  A  avaliação  externa  é  feita  por  uma  entidade indicada pelo Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano, envolvendo o Sindicato dos Professores e outras entidades relevantes.

13. Estratégias de Implementação

A implementação bem-sucedida do Plano Curricular de Formação de Professores do Ensino Primário  e  Educadores  de  Adultos  assenta  na  existência  de  modelos  competentes  nas instituições de formação de professores, numa cultura de ensino e aprendizagem centrada no  formando e orientada para a prática. Pressupõe,  ainda,  a melhoria das  condições de aprendizagem e uma estrutura e cultura organizacional capaz de gerir um curso baseado em competências, numa era dominada pela tecnologia.

13.1 Formadores Competentes nas Instituições de Formação de Professores e Educadores de Adultos

O sucesso da formação de professores e educadores de adultos passa pelo investimento na constituição de um corpo docente competente e com experiência de ensino no nível primário, particularmente nas áreas de Ciências da Educação e Didáctica. 

Deve ser garantida a formação de formadores de forma a serem capazes de ensinar a ensinar, através de um sistema de formação inicial, articulado com um programa de desenvolvimento profissional contínuo.

13.2 Cultura de aprendizagem centrada no Formando

O Plano Curricular do Ensino Primário preconiza metodologias enraizadas na abordagem 

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construtivista e no paradigma reflexivo. Neste contexto, preconiza-se uma formação centrada no formando, apoiada por um sistema de avaliação predominantemente formativo.

Espera-se que o formando aprenda a aprender a ensinar através do contacto com estratégias participativas, num ambiente em que todos ensinam e aprendem, assumindo, o formador, o papel de organizador-mediador.

As  instituições  de  formação  de  professores  e  educadores  de  adultos  devem  adoptar metodologias e práticas de ensino e aprendizagem que colocam o formando no centro do processo de  formação, como um sujeito activo que tem oportunidades diversificadas de explorar variadas fontes do saber, incluindo a sua própria experiência de vida. 

Assume-se que o formando só poderá ter sucessos na sua profissão de professor e educador de adultos se, a partir da formação nas instituições de formação de professores e educadores de adultos,  tiver oportunidade de experimentar a abordagem de ensino preconizada no presente Plano Curricular. Por conseguinte, estará em condições de transferir, para a escola, práticas de ensino e aprendizagem integradoras que propiciem a mobilização de saberes e o envolvimento efectivo do aluno, na construção dos seus próprios saberes.

13.3 Formação para a Praxis: Teoria e Prática

O desenvolvimento de competências requeridas ao professor, tal como se preconiza neste documento,  apenas  pode  ocorrer  verdadeiramente,  se  todos  os  processos  de  ensino  e aprendizagem forem estruturados mediante uma acção teórico-prática, ou seja, um saber fazer articulado com a reflexão e a sistematização teórica desse saber fazer.

A  aprendizagem por  competências permite  a  articulação entre  teoria  e prática  e  supera a  tradicional  dicotomia  entre  essas  duas  dimensões,  definindo-se  pela  capacidade  de mobilizar múltiplos recursos, entre os quais os conhecimentos adquiridos na reflexão sobre as  questões  pedagógicas  e  andragógicas  e  aqueles  construídos  na  vida  profissional  e pessoal, para responder às diferentes demandas das situações de trabalho.

Através  das  Práticas  Pedagógicas  e  do  Estágio,  o  formando  iniciará  o  contacto  com  o ambiente escolar, no qual exercitará a aplicação dos conceitos teóricos a problemas práticos, no  contexto  real. O  futuro professor  e  educador de  adultos  experimentará  situações de angústia, incerteza e aprenderá a manipular ferramentas para agir em casos similares e a dar resposta aos problemas reais, decorrentes dos processos de ensino e aprendizagem.

Tendo em conta a formação unificada, integrada, inclusiva e inacabada, torna-se necessário que o professor e educador de adultos tenha ao seu dispor um vasto leque de perspectivas e  teorias  que  o  ajudem  na  escolha  das  condições  indispensáveis  para  a  construção  de uma  imagem do que é,  realmente,  ser professor.  Por  conseguinte,  é  imprescindível uma articulação dialéctica da  teoria  e da prática,  uma  fusão e um entendimento pleno entre ambas, para a concretização de uma docência de qualidade.

13.4 Formação Contínua em Exercício

A formação contínua em exercício integra o conjunto de acções sistemáticas e organizadas com o objectivo de dar continuidade ao desenvolvimento de competências do professor 

do Ensino Primário e educador de adultos, a partir da experiência prática. Esta formação compreende cursos e/ou seminários de capacitação, cursos à distância, entre outras formas estruturadas e articuladas com o sistema de progressões na carreira docente.

Em  torno desta perspectiva de  formação  contínua  centrada na  investigação e na  acção, Nóvoa  (1991),  recorrendo  aos  trabalhos  de  Zeichner  (1983)  e  de  Lise  Demafly  (1990), apresenta dois grupos de modelos de formação contínua de professores:

● Modelos  estruturantes  (tradicional,  comportamentalista,  universitário,  escolar), organizados previamente a partir de uma lógica de racionalidade científica e técnica, e aplicados aos diversos grupos de professores.

● Modelos  construtivistas  (personalista,  investigativo,  interactivo-reflexivo),  que partem  de  uma  reflexão  contextualizada  para  a  montagem  dos  dispositivos  de formação contínua, no quadro de uma regulação permanente das práticas e dos processos de trabalho.

O  presente  Plano  Curricular,  assente  na  linha  dos  modelos  construtivistas,  ressalta  a necessidade  de  se  conceber  uma  formação  contínua  que  contribua  para  a  mudança educacional, para a redefinição da profissão docente e que encara os professores em todas as suas dimensões – individual, colectiva, profissional e organizacional.

13.5 Estrutura das instituições de formação de professores e Cultura Organizacional

Um grande desafio é colocado às instituições de formação de professores educadores de adultos para preparar profissionais  competentes,  reflexivos, proactivos orientados para a profissionalização  da  actividade  docente.  Este  empreendimento  pressupõe  a  adaptação da actual estrutura e da sua cultura organizacional à administração e gestão de um curso flexível. Os graduados deverão levar das instituições de formação de professores o modelo de organização e de boas práticas de trabalho, a seguir nas escolas, de modo a garantir a melhoria da qualidade de educação.

13.6 Condições de Aprendizagem

O sucesso da formação passa pela existência de um ambiente propício para a aprendizagem, que  constitui  uma  condição  de  sucesso  para  o  presente  currículo.  As  condições  de aprendizagem  incluem  o  acesso  ao  conhecimento,  através  do  apetrechamento  das instituições de formação de professores em acervo bibliográfico, tecnologias de informação e laboratórios para a prática de experiências na área de Ciências.

A  modernização  das  instituições  de  formação  de  professores  e  educadores  de  adultos assenta sobretudo no domínio das tecnologias educativas, de modo a assegurar o seu uso interactivo e participação nas comunidades de aprendizagem, a nível nacional e internacional. Ao longo da formação, o formando deverá aprender a aprender, a navegar no mundo da busca do conhecimento, a explorar recursos locais, a transformar e adaptar a informação às necessidades dos seus alunos. As redes sociais são um potencial meio de comunicação e troca de informação, cabendo, ao futuro professor, fazer um uso responsável.

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ANEXO 1

Regulamento de Avaliação

Regulamento de Avaliação

I ParteCAPÍTULO I

Disposições geraisAvaliação: Definição e Objectivos

Artigo 1(Da definição)

1. A avaliação é o processo de recolha de evidências de desempenho do formando, através do qual o formador analisa criticamente os resultados da aprendizagem, formula juízos de valor e  toma decisões visando promover o desenvolvimento de competências do formando, melhorar a qualidade do ensino e do sistema educativo.

2. A principal  função da avaliação é  regular  e orientar  a  formação,  contribuindo, deste modo, para o sucesso do processo educativo.

Artigo 2(Do âmbito de aplicação)

O presente  Regulamento  de Avaliação  aplica-se  a  todas  as  instituições  de  formação  de professores  do  Ensino  Primário  e  educadores  de  adultos,  públicas  e  privadas  do  país, constituindo uma base de orientação obrigatória, através do estabelecimento de princípios e normas de funcionamento.

Artigo 3(Do objecto)

A avaliação  incide sobre o processo do desenvolvimento das competências definidas no Plano Curricular do Curso de Formação de Professores para o Ensino Primário.

Artigo 4(Dos objectivos)

1. A Avaliação visa:

a)  Aferir o grau de desenvolvimento de competências pelo formando;b)  Comprovar a adequação dos conteúdos, métodos e meios de ensino e aprendizagem 

utilizados pelos formadores e formandos;c)  Contribuir para a melhoria do desempenho do formador e do formando;d)  Contribuir para a elevação da qualidade da formação;e)  Estimular a autoavaliação e a orientação do  formando na melhoria da sua própria 

aprendizagem;f)  Estimular o estudo regular e sistemático, tanto individual como colectivo;g)  Orientar a intervenção do formador na sua relação com os alunos, outros professores 

e com os pais/encarregados de educação;h)  Fornecer  ao aluno e aos pais/encarregados de educação,  informação qualitativa e 

quantitativa do desempenho do seu educando.

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Artigo 5(Das modalidades e funções da avaliação)

1. A avaliação compreende as seguintes modalidades:

a)  Avaliação diagnóstica;b)  Avaliação formativa;c)   Avaliação sumativa.

2. A avaliação diagnóstica é aquela que se realiza no início do processo de formação (início do ano  lectivo, unidade curricular,  unidade  temática,  etc.)  com o objectivo de colher informações sobre o nível inicial de aprendizagem do formando e tem por função:

a)  Verificar o nível de conhecimentos, aptidões, atitudes e valores necessários para iniciar uma certa aprendizagem;

b)  Permitir  a  adopção de  estratégias de diferenciação pedagógica que possibilitem que todos os formandos desenvolvam as competências prescritas no currículo e programas de formação.

3. A avaliação formativa  realiza-se durante os processos de ensino e aprendizagem e assume um carácter contínuo e sistemático com as seguintes funções:

a)  Fornecer  ao  formador,  formando  e  restantes  intervenientes,  informação  sobre  as competências desenvolvidas pelo formando;

b)  Verificar, periodicamente, as competências desenvolvidas pelo formando, de acordo com o Plano Curricular em geral e programas das disciplinas, em particular;

c)  Intervir  de  forma  correctiva,  a  partir  dos  dados  recolhidos,  na  melhoria  das competências a ser desenvolvidas pelo formando.

4. A avaliação sumativa ocorre no final de algumas unidades temáticas ou no fim da unidade curricular e tem as seguintes funções:

a)  Fazer  um  balanço  do  desempenho  do  formando,  permitindo  verificar  se  ele desenvolveu ou não as competências previstas;

b)  Desenvolver  actividades  de  superação  a  partir  do  aproveitamento  (desempenho) alcançado;

c)  Classificar os formandos de acordo com o seu grau de aproveitamento;d)  Permitir a tomada de decisão sobre a conclusão ou não da unidade curricular.

Artigo 6(Dos instrumentos de avaliação)

Os  instrumentos  necessários  à  avaliação  da  aprendizagem  são  de  natureza  diversa,  de acordo com as características de cada disciplina ou unidade curricular, designadamente:

I)  Testes;II)  Trabalhos experimentais;III)  Oficinas  Pedagógicas  (seminários,  simulação  de  aulas,  experiências  laboratoriais, 

trabalhos escritos, produção de material didáctico, de entre outros);IV)  Trabalho para casa;

V)  Relatórios reflexivos (de seminários, práticas pedagógicas, estágios, visitas de estudo, das unidades temáticas, etc.);

VI)  Seminários;VII)  Portfólio Reflexivo de Aprendizagem.

1. Testes

a)  Os testes são formas de avaliação em que o formando responde a um conjunto de questões ou tarefas que lhe são apresentadas. Os testes podem ser escritos, orais e/ou práticos;

b)  Em função da carga horária e das especificidades da disciplina, o grupo de disciplina definirá o número de testes parciais a realizar sendo obrigatórios, no mínimo, dois testes escritos, por semestre;

c)  O  Teste  final  é  elaborada  ao nível  de  cada  IFP  e,  dependendo da disciplina,  pode assumir  a  forma  escrita,  escrita  e  oral  e,  nas  disciplinas  de  práticas  laboratoriais, didácticas e estágio a avaliação final assume a forma de projecto;

d)  A conclusão de uma disciplina é sujeita a uma avaliação global, com o objectivo de aferir as competências adquiridas ao longo da formação, nessa disciplina.

2. Trabalhos Experimentais

a)  Os trabalhos experimentais são formas de avaliação em que o formando resolve ou realiza um conjunto de tarefas práticas que lhe são apresentadas pelo formador. As tarefas práticas podem ser projectos de pesquisa, produção de materiais didácticos, produção agrícola ou pecuária, trabalhos com comunidades locais, etc.

b)  Os trabalhos experimentais podem ser realizados individualmente pelo formando ou por um grupo de formandos, sob orientação do formador.

c)  Os  trabalhos  experimentais  e  respectivos  relatórios  são  avaliados  continuamente, permitindo ao formador verificar o desenvolvimento de competências por parte do formando.

3. Oficinas Pedagógicas

a)  As  oficinas  pedagógicas  são  sessões  onde  se  debatem  assuntos  pedagógicos  tais como: práticas pedagógicas, planificação e leccionação de aulas, funcionamento das escolas, SDEJT, outras instituições afins ao sector de educação, etc.

b)  As  oficinas  pedagógicas  contribuem  para  que  os  formandos  desenvolvam competências de comunicação (descrição, argumentação, explicação, etc.). 

c)  Nas oficinas pedagógicas os formandos produzem relatórios e o formador avalia as competências desenvolvidas pelos formandos ao longo da realização das tarefas.

4. Trabalho Para Casa

a)  O trabalho para casa é uma forma de avaliação contínua que consiste na resolução de  tarefas  que  os  formandos  realizam  de  forma  independente,  individual  e/ou colectivamente, fora da aula.

b)  O  formador usa o  trabalho para casa para estimular o  trabalho  independente dos formandos e consolidar as aprendizagens havidas durante as aulas de contacto.

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5. Relatórios reflexivos

a)  Os relatórios são uma forma de avaliar a comunicação dos resultados de actividades realizadas pelos formandos, tais como, pesquisas, visitas de estudo a vários sectores de actividade, práticas pedagógicas, estágios, seminários, etc.

b)  Os relatórios devem apresentar uma estrutura que inclua a introdução, desenvolvimento e conclusão.

6. Seminários

a)  Os  Seminários  são  momentos  de  apresentação  e  debate  de  temas  previamente preparados pelos formandos, formadores ou outras entidades convidadas.

b)  Os seminários visam contribuir para o desenvolvimento de competências reflexivas, proporcionando  assim  a  oportunidade  de  o  formando  aprender  a  questionar  e  a analisar os PEA, para que continue a interrogar-se, a levantar hipóteses e experimentá-las, ao longo da sua vida profissional.

c)  Os Seminários permitem desenvolver  a  capacidade de pesquisa  e de organização, análise e comunicação de  informação, o  raciocínio  lógico e o desenvolvimento de atitudes positivas.

d)  Os  temas  devem  estar  relacionados  com  os  materiais  de  formação,  através  da apresentação e debate de temáticas e situações concretas e relevantes para o Ensino Primário.

7. Portfólio Reflexivo da Aprendizagem

a) O portfólio Reflexivo da Aprendizagem (PRA) é um instrumento de avaliação contínua que permite a obtenção de informação sobre a evolução do formando.

b) O portfólio Reflexivo de Aprendizagem é um conjunto organizado de evidências que retratam o percurso individual do formando ao longo do curso.

c)  A organização do portfólio é da responsabilidade do formando sob assistência dos formadores.

d)  Periodicamente,  o  formador  deve  verificar  e  avaliar  o  portfólio  do  formando, ajudando-o a melhorar o  seu desempenho,  tendo em conta  alguns  aspectos,  tais como:  organização;  análise  reflexiva  dos  testes,  capacidade  de  argumentação, limpeza, conservação, etc.

e)  Os documentos produzidos pelo formando devem ser manuscritos, excepto quando o formador solicitar a apresentação de algum trabalho digitado;

f)  Componentes do portfólio:

I)  Relatório Reflexivo sobre os Seminários (RRS), Relatório de Visita de Estudos (RVE) e outros trabalhos manuscritos em letra cursiva;

II)  Testes escritos e respectivas correcções elaboradas pelo formando (TE);III)  Relatório reflexivo das Práticas Pedagógicas1 (PP);IV)  Relatório Reflexivo de Estágio (E), a ser avaliado considerando alguns dos seguintes elementos:  plano  de  lição;  leccionação  de  aulas;  fichas  de  observação  de  aulas; reflexões sobre as de aulas leccionadas;

V)  Trabalhos de pesquisa (TP);VI)  Imagens (Fotografias e desenhos);VII)  Relatório Reflexivo das Unidades Curriculares (RRUC).

1  As práticas pedagógicas compreendem simulações de aulas, estágio e outras actividades de prática de docência.

g)  Organização e estrutura do portfólio (OP):

I. Folha de rosto;II. Autobiografia do formando;III. Índice;IV. Trabalhos (testes e respectivas grelhas de correcção, temas apresentados em seminários de entre outros, relatórios, planos de aula, actividades, documentos, já avaliados pelo formador (mesmo quando reformulados));

V. Reflexão sobre cada Trabalho ou documentos incluídos.

h) Os portfólios devem ser conservados na instituição de formação e acessíveis durante a frequência do curso.

Artigo 7(Da Escala da Classificação)

1. A classificação é qualitativa e quantitativa;2. A classificação qualitativa compreende a seguinte escala: Excelente, Muito Bom, Bom, 

Satisfatório e Não satisfatório.3. A escala de avaliação quantitativa é de 0 a 20 valores, com a seguinte correspondência 

qualitativa:

ClassificaçãoQualitativa

ClassificaçãoQuantitativa

Critério de classificação

Excelente 19 a 20 valores

• O formando cumpre plenamente as exigências do programa de formação com qualidade;

• Tem conhecimentos profundos e aplica-os consciente e criticamente;

• Resolve problemas complexos com segurança e autonomia;

• Possui pensamento coerente, crítico e apoia os colegas.

Muito Bom 17 a 18 valores

• O formando cumpre as exigências do programa de formação com qualidade;

• Tem conhecimentos profundos e aplica-os consciente e criticamente;

• Possui conhecimento coerente e crítico e apoia os colegas.

Bom 14 a 16 valores

a)  O formando cumpre as exigências do programa de formação;

b)  Tem conhecimentos seguros, sabe aplicá-los e apoia os colegas;

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Satisfatório 10 a 13 valores

• O formando cumpre as exigências do programa de formação com algumas lacunas;

• Tem conhecimentos pouco seguros, aplica-os com dificuldades e precisa de apoio dos formadores e colegas;

Não satisfatório 0 a 9 valores

• O formando não cumpre as exigências do programa de formação;

• Realiza tarefas com muitas dificuldades e não reage positivamente ao apoio dos formadores e colegas.

Artigo 8(Da classificação)

1.  A avaliação deve ter em conta as componentes do portfólio e a sua organização.2.  A nota final da disciplina obtém-se pela soma das médias das componentes do portfólio

e sua organização, em conformidade com o peso de cada uma.

a)  A nota final da disciplina geral obtém-se pela seguinte fórmula:NFdg= (50% da Média de Testes MT) + (20% da Média de Trabalho Experimental MTE) + (25% da Média de Relatórios MR) + (5% de Organização do Portfólio OP);

b)  A nota final da disciplina nuclear obtém-se pela seguinte fórmula:NFdn=  (40% da média de Teste) +  (40% da média de Prática Docente PD) +(15% da média de relatórios) + (5% de Organização do Portfólio OP).

c)   A nota final de frequência obtém-se pela seguinte fórmula:NFF = (40% NFdg) + (60% NFdn)

4.  A nota final deve ser arredondada às unidades.5.  Considera-se que o formando concluiu a frequência, com sucesso, quando apresentar 

evidências  de  ter  alcançado  as  competências  requeridas,  ou  seja,  uma nota  igual  ou superior a 12 valores;

6.  O formando com desempenho negativo a mais de duas disciplinas perde o ano e poderá inscrever-se  no  início  do  ano  lectivo  seguinte  para  a  frequência  das  disciplinas  não concluídas;

7.  Em  caso  de  desempenho  negativo,  até  um máximo  de  duas  disciplinas,  o  formando recebe tarefas para desenvolver as competências em falta;

8.  O disposto no número anterior deverá ocorrer uma vez apenas, no prazo de 15 dias, após a publicação dos resultados;

9.  O  formando  em  situação  referida  no  nº  7  disciplinas,  que  não  tenha  alcançado  as competências  previstas,  perde  o  ano  e  poderá  inscrever-se  no  início  do  ano  lectivo seguinte para a frequência das disciplinas não concluídas;

10.  O formando nas condições referidas no número anterior só pode repetir o curso uma vez apenas.

Artigo 9(Da verificação e validação dos resultados)

1. Os resultados obtidos no processo de formação estão sujeitos à verificação e validação interna e externa.

2. A verificação interna dos resultados será suportada pelos seguintes materiais:a) Portfólio reflexivo de aprendizagem;b)  Relatórios elaborados pelos formadores;c)  Relatórios elaborados pelos departamentos;

3.  A  verificação e  validação  interna  serão  realizadas por um corpo de  formadores para o efeito, nomeado pelo director da  instituição, obedecendo a representatividade dos departamentos; 

4.  Cada  júri  será  presidido  por  um  formador  nomeado  pelo  director,  sob  proposta  do director adjunto pedagógico;

5.  A  verificação  e  validação  externa  dos  resultados  serão  realizadas  por  uma  equipa indicada pelo ministério que superintende o sector da educação;

6.  A verificação externa incidirá sobre os documentos indicados no número 2 deste artigo, no relatório de Avaliação interna e nos documentos de escrituração escolar;

7.  A verificação interna ou externa poderá solicitar a reavaliação de algum formando, caso sejam constatadas graves irregularidades no portfólio.

Artigo 10(Da precedência)

1.  A  progressão  ao  longo  do  curso  é  regulada  pela  relação  de  precedências  entre  as disciplinas.

2.  Nas disciplinas com mais de uma unidade curricular não se estabelece uma relação de precedência entre as unidades curriculares.

3.  O acesso às disciplinas de didáctica está condicionado à conclusão, com sucesso, das disciplinas gerais respectivas, Psicologia da Aprendizagem e Pedagogia.

4.  O estágio está condicionado à conclusão, com sucesso, das disciplinas das Didácticas.

CAPÍTULO IIDisposições gerais

Práticas Pedagógicas: Definição e ObjectivosArtigo 11

(Da definição)

1.  As  Práticas  Pedagógicas  constituem  a  etapa  de  preparação  psicopedagógica  dos formandos para a sua integração na vida escolar.

Artigo 12(Do objecto)

As Práticas Pedagógicas incidem sobre o processo de desenvolvimento das competências definidas no Plano Curricular do Curso de Formação de Professores para o Ensino Primário e Educadores de Adultos.

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Artigo 13(Dos objectivos)

As Práticas Pedagógicas visam integrar o formando no contexto de ensino e aprendizagem, para:

a)  Caracterizar  a  escola/centro  de  AEA  e  turma,  seus  elementos,  estruturas  e  a  sua relação com a comunidade;

b)  Elaborar um plano de actividades a desenvolver na escola;c)  Participar nas acções de planificação de aulas e produção de materiais didácticos;d)  Simular a lecionação de aulas na instituição de formação de professores;e)  Fazer uma análise reflexiva do trabalho efectuado durante as práticas pedagógicas.

Artigo 14(Do local da realização das Práticas Pedagógicas)

As Práticas Pedagógicas realizam-se na instituição de formação de professores para o Ensino Primário e Educadores de Adultos, escola e centro de AEA.

1. Na instituição de formação de professores realizam-se as seguintes actividades:a)  Preparação dos formandos sobre os objectivos e actividades a realizar nas práticas 

pedagógicas;b)  Oficinas1 de preparação de Práticas Pedagógicas envolvendo os SDEJT, ZIP, gestores 

de escolas, professores/educadores de adultos orientadores;b)  Preparação de material didáctico e simulação de aulas;c)  Leccionação de aulas modelo de aplicação de estratégias de ensino e aprendizagem 

no Ensino Primário e AEA pelos formadores.

2. Na escola e centro de AEA realizam-se as seguintes actividades:a)  Caracterização da escola/centro de AEA;b)  Observação das rotinas da escola/centro de AEA;c)  Participação nas reuniões de planificação de aulas e preparação de material didáctico.

3. Na turma realizam-se as seguintes actividades:a)  Assistência às aulas dos professores/educadores de adultos orientadores;b)  Caracterização da turma;c)  Identificação  de  alunos  com  dificuldades  e  desenvolvimento  de  estratégias  para 

superação.

1  As Oficinas de preparação de  Práticas  Pedagógicas  visam definir  o  papel  de  cada uma das  instituições  envolvidas nas PP:  (i)  SDEJT e DPEDH –  informações  sobre  a planificação de  recursos  (humanos, materiais  e financeiros),  gestão do  livro escolar, planificação dos efectivos escolares e da expansão da rede escolar; (ii) ZIP – informações sobre processos de planificação (dosificação das aulas e planificação quinzenal) coordenação das actividades das escolas da ZIP.

Artigo 15(Dos intervenientes nas Práticas Pedagógicas e suas responsabilidades)

1. São intervenientes das Práticas Pedagógicas:a)  Formando;b)  Formador acompanhante;c)  Professor/educador de adultos orientador;d)  Direcção da escola2;e)  Conselho de Escola.

Artigo 16(Dos deveres e direitos do Formando)

1. Formando é aquele que se encontra a frequentar o Curso de Formação de Professores para o Ensino Primário e Educação de Adultos e tem os seguintes deveres e direitos:

I) Deveres:a)  Cumprir  com  o  plano  de  actividades  das  Práticas  Pedagógicas,  observando  a 

assiduidade, pontualidade e responsabilidade;b)  Usar os programas do Ensino Primário e AEA na planificação e simulação de aulas;c)  Produzir materiais didácticos;d)  Assistir  os  alunos  com dificuldades  de  aprendizagem  (integrado  num projecto  de 

pesquisa-acção);e)  Elaborar relatórios reflexivos sobre o decurso das práticas pedagógicas.

II) Direitos:a)  Participar em todas as actividades programadas pela escola das Práticas Pedagógicas;b)  Ter acesso aos documentos normativos e de escrituração escolar em uso na escola;c)  Participar em acções de planificação e simulação de aulas na sua turma, com base nos 

programas do Ensino Primário e de AEA, sob acompanhamento dos formadores das didácticas;

d)  Ser avaliado de acordo com os critérios estabelecidos;e)  Receber apoio pedagógico no âmbito das Práticas Pedagógicas.

Artigo 17(Das responsabilidades do Formador Acompanhante)

Formador Acompanhante é aquele que, estando a leccionar na instituição de formação de professores, tem a missão de acompanhar os formandos para as Práticas Pedagógicas e tem as seguintes responsabilidades:

a)  Coordenar, com a Direcção da escola, a organização das Práticas Pedagógicas;b)  Elaborar um plano de acompanhamento dos formandos;c)  Leccionar aulas modelo com aplicação de estratégias de Ensino Primário e Educação 

de Adultos (monodocência);d)  Apoiar  técnica  e  pedagogicamente  os  formandos,  em  coordenação  com  os 

professores/educadores de adultos orientadores;e)  Apoiar os professores/educadores de adultos orientadores na integração gradual dos 

2  Podem representar a Direcção de Escola o Director, Director Adjunto da Escola, Coordenador de Ciclo, Coordenador de classe ou outro professor indicado para o efeito.

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formandos na vida da escola;f)  Orientar  os  formandos  na  preparação  e  elaboração  do  relatório  sobre  as  Práticas 

Pedagógicas;g)  Avaliar o desempenho do formando na planificação e leccionação das aulas;h)  Avaliar os relatórios das práticas pedagógicas.

Artigo 18(Das responsabilidades do professor orientador)

1. Professor Orientador é a designação dada a um professor experiente, em exercício na escola primária ou centro de AEA, com formação psicopedagógica, a quem cabe guiar, orientar, aconselhar e treinar o Formando no início da sua carreira, oferecer suporte e estimular o seu desenvolvimento crítico.

2.   Compete ao professor orientador:

a)  Coordenar, com o formador, a orientação técnico-pedagógica do formando;b)  Fornecer informações sobre a actividade docente que contribuam para a integração 

gradual do formando na vida da escola;c)  Mostrar ao formando todas as etapas de planificação, preparação das aulas e 

elaboração de material didáctico;d)  Apoiar técnica e pedagogicamente os formandos;e)  Avaliar, regularmente, o desempenho do formando;f)  Apreciar os relatórios elaborados pelos formandos sobre a escola e turma;g)  Avaliar o desempenho do formando na planificação e leccionação das aulas;h)  Elaborar o relatório final sobre o desempenho dos formandos nas práticas 

pedagógicas.

Artigo 19(Das responsabilidades da Direcção da escola de Práticas Pedagógicas)

Compete à Direcção da escola de Práticas Pedagógicas:

a)  Coordenar,  com  os  formadores  acompanhantes,  a  organização  das  Práticas Pedagógicas;

b)  Providenciar, aos formandos, regulamentos  internos e documentos de escrituração escolar em uso na escola;

c)    ontrolar  a  assiduidade  e  pontualidade  dos  formandos  durante  as  práticas pedagógicas.

Artigo 20(Das responsabilidades do Conselho de Escola)

O  Conselho  de  Escola  é  o  representante  dos  pais/encarregados  de  educação  e  da comunidade na escola. Ele tem as seguintes responsabilidades:

a)  Acompanhar o processo de  integração dos  futuros professores nas actividades de práticas pedagógicas;

b)  Opinar sobre a conduta deontológica dos futuros professores.

Artigo 21(Da avaliação do formando nas Práticas pedagógicas)

1. Durante  as  práticas  pedagógicas  o  formando  é  avaliado  com  base  nos  seguintes elementos constantes do portfólio:

a)  Relatório sobre a escola (estrutura física da escola, organização e funcionamento da escola);

b)  Relatório  de  pesquisa-acção  sobre  assistência  aos  alunos  com  dificuldades  de aprendizagem;

2. A nota da conclusão das práticas pedagógicas deve ser igual ou superior a 12 valores e obtém-se a partir da média aritmética dos dois relatórios.

Secção 2Estágio

Artigo 22(Da Definição)

1. O Estágio  é  um  conjunto de  actividades  curriculares  e  co-curriculares  desenvolvidas pelos  formandos,  na  escola  primária  e  centros  de  alfabetização  e  educação  de adultos, em contacto directo com os alunos e alfabetizandos, com vista à aquisição de conhecimentos práticos da actividade docente.

2. Durante  o  estágio  os  formandos  têm  a possibilidade de  aprimorar  a  capacidade de mobilizar recursos adquiridos na formação teórica e aplicarem na sala de aulas.

3. Todas as actividades desenvolvidas durante o estágio são programadas, supervisionadas e avaliadas.

Artigo 23(Dos Objectivos do Estágio)

São objectivos do estágio:

a)  Aprofundar a relação entre a teoria e a prática;b)  Desenvolver a autonomia e responsabilidade profissional do formando.

Atrigo 24(Da preparação do Estágio)

A preparação do estágio decorre na instituição de formação de professores e visa à:a)  Preparação dos formandos sobre os objectivos e actividades a realizar no estágio;b)  Realização de oficinas de preparação do estágio envolvendo os SDEJT, ZIP, gestores 

de escolas e professores/educadores de adultos orientadores;c)  Socialização dos instrumentos de trabalho no estágio (fichas de observação de aulas, 

planos de aula, grelhas de avaliação, etc.);d)  Lecionação  de  aulas modelo  (pelos  formadores),  com  enfoque  nas metodologias 

do Ensino Primário e Educação de Adultos  (espiralidade,  integração disciplinar, de conteúdos locais, temas transversais, etc.).

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Artigo 25(Das actividades desenvolvidas no Estágio)

As actividades desenvolvidas na Escola Primária/Centro de AEA são:a)  Planificação e produção de material didáctico;b)  Leccionação de aulas;c)  Análise reflexiva de aulas;d)  Aplicação de instrumentos de avaliação;e)  Avaliação de actividades dos alunos;f)  Participação em outras actividades da escola.

Artigo 26(Dos intervenientes no Estágio)

Intervêm no estágio:a)  Estagiário;b)  Professor Orientador do Estágio;c)  Formador acompanhante;d) Direcção da escola de estágio;e)  Conselho da Escola;f)  Comissão de estágio;g)  Direcção da instituição de formação de professores.

Artigo 27(Do Estagiário)

Estagiário é um formando que está na última fase de formação e realiza trabalho de docência numa escola primária/centro de AEA, sob acompanhamento de um Professor Orientador do Estágio e um formador da instituição de formação.

Artigo 28(Dos deveres e direitos do Estagiário)

I. Deveres:a)  Trajar uniforme da instituição de formação e bata branca;b)  Planificar as aulas a leccionar sob acompanhamento do Professor Orientador do 

Estágio e formador acompanhante;c)  Produzir material didáctico para as suas aulas;d)  Leccionar todas as aulas planificadas na presença do Professor Orientador do 

Estágio, até à carga horária limite do ciclo;e)  Fazer a autoavaliação durante a análise das suas aulas;f)  Elaborar trimestralmente um relatório reflexivo das suas actividades;g)  Elaborar e implementar um projecto de pesquisa-acção sobre as diversas situações 

da escola;h)  Participar nas actividades em curso na escola/centro de AEA;i)  Elaborar relatórios reflexivos sobre o decurso do estágio.

II) Direitos:a)  Participar em todas as actividades programadas pela escola/centro de AEA de 

estágio;

b)  Ter acesso aos documentos normativos e de escrituração escolar em uso na escola;c)  Participar em acções de planificação e leccionação de aulas na escola/centro de 

AEA;d)  Participar em todas as actividades planificadas pela direcção da ZIP;e)  Ser avaliado de acordo com os critérios estabelecidos;f)  Receber apoio pedagógico no âmbito do estágio.

Artigo 29(Do Professor Orientador do Estágio e seu Perfil)

O professor orientador do Estágio é aquele que, trabalhando na escola ou centro de AEA, recebe, na sua turma, formandos para realizarem estágio. O mesmo deve reunir os seguintes requisitos:

i)  Formação psicopedagógica;ii)  Experiência mínima de leccionação de cinco anos;iii)  Capacidade de ouvir, questionar e estimular a acção reflexiva;iv)  Boa conduta profissional e social;v)  Nível mínimo de “Bom” na classificação dos últimos três anos.

Artigo 30(Das responsabilidades do Professor Orientador do Estágio)

Compete ao Professor Orientador do Estágio:

a)  Ajudar o Estagiário na preparação das aulas e material didáctico;b)  Assistir todas as aulas leccionadas pelo Estagiário e preencher as respectivas fichas;c)  Analisar (com o Estagiário) as aulas leccionadas;d)  Avaliar as aulas lecionadas pelo Estagiário;e)  Participar na avaliação conjunta  (aula de  Júri),  com o  formador acompanhante e a 

direcção da escola, de duas aulas (uma aula por cada ciclo do ensino primário e/ou uma da AEA) leccionadas pelo Estagiário;

f)  Participar nas reuniões de balanço do estágio;g)  Apresentar  alternativas  didáctico-pedagógicas  adequadas  às  necessidades 

evidenciadas pelo Estagiário durante o estágio.

Artigo 31(Das responsabilidades do Formador acompanhante)

Compete ao formador acompanhante:

a)  Coordenar  com  os  gestores  escolares  a  recepção  e  integração  dos  estagiários  na escola para a realização do estágio;

b)  Estabelecer, com o Professor Orientador do Estágio, um plano de assistência às aulas;c)  Analisar os relatórios elaborados pelos estagiários e apresentar alternativas didáctico-

pedagógicas  adequadas  às  necessidades  evidenciadas  pelo  Estagiário  durante  o estágio;

d)  Compilar  os  relatórios  elaborados  pelo  Professor  Orientador  do  Estágio  sobre  os estagiários;

e)  Avaliar, quantitativamente, duas aulas (duas por ciclo do Ensino primário e/ou uma de 

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AEA) dos estagiários do seu grupo;f)  Participar na avaliação conjunta (aula de Júri), com o Professor Orientador do Estágio 

e a direcção da escola, de duas aulas (duas por ciclo do Ensino primário e/ou uma de AEA) leccionadas pelo Estagiário;

g)  Manter a instituição de formação permanentemente informada sobre o decurso do estágio do seu grupo de estagiários;

h)  Elaborar o relatório final sobre o estágio do seu grupo.

(Da Direcção da escola do estágio)

Compete às Direcções das escolas onde é realizado o estágio:

a)  Planificar, com os formadores acompanhantes, a organização do estágio;b)  Dar a conhecer aos estagiários o regulamento da escola;c)  Identificar os Professores Orientadores do Estágio para acompanharem os estagiários;d)  Assistir  e  avaliar  as  aulas  dos  estagiários  com  base  num  guião  fornecido  pela 

instituição de formação;e)  Participar na avaliação conjunta (aulas de Júri), com o formador acompanhante e o 

Professor Orientador do Estágio, de duas aulas leccionadas pelos estagiários;f)  Sugerir  aos  estagiários  alternativas  didáctico-pedagógicas  adequadas  às  suas 

necessidades;g)  Fornecer informações escritas sobre o decurso do estágio à instituição de formação 

de professores, através do Formador Acompanhante.

Artigo 33(Da Comissão de estágio)

1. A Comissão do Estágio é um órgão constituído por um mínimo de cinco (5) formadores, designados pelo Director da instituição de formação, sob proposta do Director Adjunto da Escola.

2. A comissão  tem o mandato de  três  (3)  anos e é presidida pelo Director Adjunto da Escola coadjuvado pelo chefe do Departamento de Formação em Exercício.

Artigo 34(Das responsabilidades da Comissão de Estágio)

Compete à Comissão de Estágio:

a)  Identificar, em articulação com as direcções distrital e provincial que superintendem a área da Educação, as escolas que irão acolher o estágio;

b)  Trabalhar com as escolas de estágio para a identificação dos Professores Orientadores do Estágio, de acordo com o perfil definido;

c)  Organizar  a  capacitação  dos  Professores  Orientadores  do  Estágio  na  filosofia  do currículo;

d)  Adequar instrumentos de acompanhamento do Estagiário;e)  Estabelecer o calendário de avaliação conjunta;f)  Garantir o registo atempado da informação pedagógica dos estagiários.

Artigo 35(Da Avaliação do Estagiário)

1. O estagiário será avaliado com base nos seguintes elementos constantes do portfólio:a)  Planos de lição elaborados pelo Estagiário (PL);b)  Aulas leccionadas (AL);c)  Aulas de júri (AJ);d)  Relatório de Pesquisa-Acção (RPA);e)  Relatório reflexivo final (RRF).

2. A nota final do estágio será obtida pela seguinte fórmula:NFE= (20% da média de PL) + (35% da média de AL) + (15% da média de AJ) + (15% da média de RPA) + (15% da média de RRF).

3. A nota final deve ser igual ou superior a 12 valores.

CAPÍTULO IIIArtigo 36

(Da conclusão do curso)

1. O  Curso  de  Formação  de  Professores  do  Ensino  Primário  e  Educadores  de  Adultos compreende uma etapa de formação académica de cinco semestres e um estágio de seis meses.

2. Conclui  o  curso,  o  formando  que  tenha  terminado  com  sucesso  as  duas  etapas  de formação.

3. A nota final do curso será obtida pela seguinte fórmula:NFC = (40% NFF) + (20% NFPP) + (40% NFE)3

Artigo 37(Da perda de direito à frequência)

1. Perde direito à frequência, todo o formando que:a)  Tenha excedido 1/5 de  faltas  injustificadas do número de horas previstas em cada 

disciplina da etapa presencial;b)  Tenha  excedido  1/5  de  faltas  injustificadas  do  número  de  aulas  previstas  para  o 

estágio;c)  Tenha  cometido  uma  fraude,  comprovada  e  assumida  pelo  formando  por  escrito, 

durante a frequência da instituição de formação de professores;d)  Se apresente sob efeito de drogas de forma recorrente.

CAPÍTULO IVDisposições Finais

Artigo 38(Das disposições finais)

1. As  alterações  ao  presente  Regulamento  serão  feitas  por  Despacho  do  Ministro  da Educação.

2. Todos  os  casos  omissos  ou  duvidosos  resultantes  da  interpretação  e  aplicação  do 

3  NFC – Nota Final do Curso; NFF – Nota Final de Frequência; NFPP – Nota Final de Práticas Pedagógicas e NFE – Nota Final de Estágio.

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Anexo 2

Programas de Formação

presente  Regulamento  de  Avaliação  serão  resolvidos  por  Despacho  do  Ministro  da Educação.

3. O presente Regulamento entra imediatamente em vigor.

Maputo, Dezembro de 2018

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1º ano - 1º SemestrePROGRAMAS E CARGA HORÁRIA

Contacto Estudo Geral

CCS Língua Portuguesa I 5 2 90 36 126MCN Matemática I 5 2 90 36 126MCN Ciências Naturais I (*) 4 2 72 36 108CCS Ciências Sociais I (**) 4 2 72 36 108CCS Língua Moçambicana 4 2 72 36 108CE Pedagogia 4 2 72 36 108APT Introdução às T IC 2 2 36 36 72APT Métodos de Estudo 2 1 36 18 54

30 15 540 270 810Total(*) Inclui Educação Nutricional, Água e Saneamento; (**) Inclui Desastres NaturaisActividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)

1º Semestre (18 semanas) Horas

Área Unidades Curriculares Contacto EstudoTotal

Carga Horária: 792 HORAS

PROGRAMA DE LÍNGUA PORTUGUESA I

Carga Horária: 90 HORAS

Introdução

A Língua Portuguesa em Moçambique tem o estatuto de língua oficial e de unidade nacional. A disciplina da Língua Portuguesa visa desenvolver a competência comunicativa e linguística do formando, promover a reflexão sobre a língua, aprofundar os conteúdos previstos nos programas do Ensino Primário e desenvolver no formando o gosto pela leitura. 

Esta disciplina proporcionará, aos formandos, oportunidades de estudo de obras literárias e de literatura infanto-juvenil, através da leitura obrigatória e de eventos que contribuem para a formação de um leitor competente e de um animador da leitura, durante a formação e na escola. Esta disciplina compreende duas unidades curriculares: Língua Portuguesa I e II.

Competências

Com  esta  disciplina,  pretende-se  que  o  formando  desenvolva  uma  abordagem  teórica e  prática  orientada  para  os  problemas  do  Ensino  Primário,  em  contexto  multilingue  e multicultural, baseada no contacto permanente com a escola, com os programas de ensino, com os livros escolares e outros materiais

As  competências  a  serem desenvolvidas  nesta  disciplina  provêm do  plano  curricular  do curso de Formação de Professores do Ensino Primário e são operacionalizadas em todas as áreas curriculares, tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de 

desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina, o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove o  espírito patriótico,  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ●  Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem:

● Respeitar a diversidade linguística e cultural do país, como contributo para o reforço da unidade nacional;

● Exprimir, oralmente e por escrito, ideias ou comentários sobre valores éticos ligados à sua profissão;

● Interpretar a Convenção sobre os Direitos da Criança; ● Produzir enunciados orais, adequados a situações variadas de comunicação; ● Utilizar diferentes recursos para a compreensão de textos e de obras literárias de autores nacionais e estrangeiros;

● Fazer juízos de valor, comentários e inferências sobre o conteúdo dos textos, obras completas e atitudes dos personagens;

● Reflectir sobre o funcionamento e uso da língua e atitude do professor do Ensino Primário face aos desvios à norma linguística;

● Analisar criticamente a abordagem dos conteúdos de LP nos materiais de Ensino Primário e nas aulas assistidas, quanto à sua adequação às necessidades linguísticas das crianças.

Visão Geral do Programa: Língua Portuguesa I

UNIDADE TEMÁTICA HORASFamíliaTextos de comunicação familiar ou social

1. Conversa directa - em presença e à distância• Expressões diversas (de lateralidade e palavras para indicar a posição; de tamanho e peso; para formular e reagir a pedidos diversos; para elogiar; para exprimir desejos; para exprimir tristeza/aborrecimento e pena; para exprimir amizade, solidariedade e preferência

8

2. Carta informal/familiar 53. Carta formal 54. Postal 55. Relato 66. Meios de comunicação familiar e social• Meios de comunicação tradicionais (pala - pala, batuque, fumo)• Meios de comunicação modernos (fax, rádio, jornal, televisão. E-mail, internet)

8

7. Instruções várias 58. Notícia 5

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

9. Reportagem 510. Textos descritivos

10.1. Descrição de lugares, símbolos e pessoas 10.2. Descrição de locais de interesse turístico e histórico: museus, praças, fortalezas, monumentos, etc. 10.3. Descrição de espaços, objectos, mapas, globos, etc10.4. Descrição do estado de tempo 

10

Unidade Temática: Escola11. Textos Normativos11.1. Regulamento da Escola, Regulamento de Avaliação e outros11.2. Excertos de:- Constituição da República de Moçambique;- Legislação sobre Órgãos de Poder Local e Órgãos do Poder Central;- Protocolos da CPLP e da SADC.11.3. Excertos de:- Legislação sobre matérias várias (ambiente, terra, biodiversidade, etc.)- Carta da OUA e da ONU- Declaração Universal dos Direitos do Homem

8

12. Textos de chamada de atenção:12.1. Avisos12.2. Instruções várias (instruções do dia a dia, folhetos/cartazes diversos, receitas de cozinha12.3. Anúncios

8

13. Textos orais e/ou escritos de natureza didáctica ou científica:13.1. Os manuais escolares13.2. Materiais de consulta13.3. Receitas de cozinha- Instruções técnicas13.4. O texto expositivo – explicativo

12

14. Texto expositivo-argumentativo14.1. Explicações sobre temas diversos, gravuras, mapas e esquemas

10

Plan

o Te

mát

ico

– Lí

ngua

Por

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IU

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Tem

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Fam

ília

Text

os d

e co

mun

icaç

ão fa

mili

ar o

u so

cial

1. Conversa directa - em

 presença e à 

distância.

• Funcionam

ento da língua.

- Formas de tratam

ento de intim

idade: 

Tu e de formalidade: v

ocê,

Sen

hor(

a)

• Recorta em bibliografia diversa textos que reproduzem

 situações de 

comunicação familiar e social;

• Produz por escrito conversas directas (em presença e à distância) usando 

os níveis de língua familiar ou corrente e usando formas de tratam

ento 

adequadas em

 função do contexto e sua relação com o interlocutor.

65

Fam

ília

• Classificação morfológica e análise 

sintáctica

• Concordância nominal e verbal: 

determinante, nom

e, adjectivo e 

verbo 

2. C

arta

info

rmal

/fam

iliar

(consolidação da matéria)

Func

iona

men

to d

a lín

gua

• Formas de tratam

ento da 2ª/3ª 

pessoas gram

aticais.

• Assinala as palavras de uma frase dada tendo em

 conta a classificação 

morfológica das palavras;

• Analisa sintacticam

ente frases retiradas em textos.

• Assinala em

 frases dadas “erros” de concordância nominal e verbal;

• Reescreve frases corrigindo “erros” de concordância nominal e verbal;

• Constrói frases respeitando regras de concordância nom

inal e verbal

• Elabora o esquema da estrutura da carta informal identificando as partes nela 

contidas a nível de:

• Vocativo,

• Saudação inicial

• Desenvolvimento

• Forma de despedida;  

• Nível de língua,

• Produz por escrito cartas familiares, usando o nível de língua familiar e 

formas de tratam

ento adequadas em função do contexto e sua relação com o 

interlocutor.

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosFa

míli

a•

Sinais de pontuação

• Níveis de língua: fam

iliar e corrente

• Tipos de frase:

• Declarativo

• Exclam

ativo

• Interrogativo

• Imperativo

• Formas de frases:

• Afirmativa

• Negativa

• Constituintes imediatos da frase 

(GN e GV) – sujeito e predicado.

• Concordância verbal: pessoa e 

número.

• Usa os sinais de pontuação em

 frases e textos diversos;

• Identifica os níveis de língua familiar e corrente em

 cartas;

• Assinala frases na forma negativa/afirmativa, distinguindo-as entre si;

• Classifica frases dadas, segundo o tipo e forma; 

• Assinala em

 frases dadas a intencionalidade e o tipo e forma; 

• Em função do sinal de pontuação usado, indica o tipo de frase;

•  Reescreve frases transformando-as de afirmativas para negativa e vice-versa;

• Assinala o GN e o GV, em frases dadas;

• Assinala o núcleo do GN (nom

e ou pronome) e do GV (verbo);

• Analisa frases identificando as diferentes funções sintácticas dos seus 

constituintes im

ediatos;

• Reescreve frases transformando nom

es, pronomes e verbos do singular para o 

plural e vice-versa;

• Constrói frases aplicando as regras de concordância entre GN e GV. 

Fam

ília

3. C

arta

form

alApresentação e estrutura

• Caracteristica da linguagem;

• Níveis de língua

- Corrente e

-Padrão

Func

iona

men

to d

a lín

gua

- Formas de tratam

ento: a 3ª pessoa 

gram

atical.

- Tipos de sujeito:

• Sujeito oculto;

• Sujeito inexistente.

• Responde por escrito a um

 questionário sobre a carta formal, identificando o 

local e data de emissão, o destinador, o destinatário, o assunto e a mensagem 

da carta; 

• Descreve a carta informal diferenciando-a da formal, tendo em conta a sua 

estrutura, a linguagem, formas de tratam

ento, níveis de língua e o vocabulário;

• Escreve uma carta formal obedecendo à estrutura, nível de língua, 

características de linguagem

, formas de tratam

ento e vocabulário, para um

 dos seguintes contextos: dar a conhecer um facto/acontecimento; dar/ pedir 

informações/esclarecimentos;

• Pedir autorização; com

prar ou negociar um produto (alimentício, higiénico…); 

situações administrativas formais (Ex. professores, gestores de escola ou 

organísmo administrativo. 

• Usa formas de tratam

ento e fórmulas de delicadeza adequadas a contextos 

sociais diversificados;

• Usa o sujeito oculto e inexistente em

 diferentes frases e textos de 

comunicação familiar ou social;

Fam

ília

4.Po

stal

- O

tex

to g

ráfi

co (i

cóni

co) e

o t

exto

ve

rbal

Func

iona

men

to d

a lín

gua

• Palavras compostas por:

- Justaposição;

- Aglutinação.

• Tem

pos e modos verbais: presente 

e pretérito perfeito simples do 

indicativo

• Os complem

entos circunstanciais 

de modo e de com

panhia.

• Responde por escrito a um

 questionário de interpretação do postal; 

• Escreve postais com

o meio de com

unicação familiar e social tendo em conta 

os seguintes aspectos:

- A mancha gráfica;

- Extensão do texto;

- Imagem

;- Assunto a tratar.

• Agrupa palavras com

postas por justaposição e aglutinação, extraídas de 

frases/textos dados;

• Elabora frases/textos com palavras compostas por justaposição e aglutinação;

• Preenche um

 quadro com verbos no presente e pretérito perfeito simples do 

indicativo, extraídos de frases/textos dados;

• Elabora frases com

 verbos no presente e pretérito perfeito simples do 

indicativo;

• Assinala em

 frases dadas, com

plem

entos circunstanciais de modo e de 

companhia;

• Elabora frases com

 com

plem

entos circunstanciais de modo e de com

panhia

Fam

ília

5. R

elat

o•

Fun

cion

amen

to d

a lín

gua

- Relação de sentido entre as palavras: 

sinonímia, antonímia, hom

onímia, 

paronímia, hom

ografia.

- O Determinante: artigo (definido/

indefinido), num

eral dem

onstrativo, 

possessivo.

• Resum

e por escrito os factos relatados usando palavras e termos adequados 

para: - Informar;

- Contar;

- Descrever;

- Comparar; 

- Ordenar cronologicamente os acontecimentos

• Assinala em

 frases dadas, palavras sinónimas, antónimas, hom

ónimas, 

parónimas e hom

ógrafas, distinguindo-as um

as das outras;

• Elabora frases com

 palavras sinónimas, antónimas, hom

ónimas, hom

ógrafas e 

parónimas de acordo com

 o contexto em

 que ocorrem

; •

Assinala em

 frases dadas, diferentes tipos de determinantes, distinguindo-os 

uns dos outros;

• Elabora frases usando diferentes tipos de determinantes artigo (definido/

indefinido), num

eral dem

onstrativo, possessivo, de acordo com

 o contexto em

 que ocorrem.

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76 77

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosFa

míli

aTempos e Modos Verbais no:

• Presente do indicativo;

• Pretérito perfeito simples e 

composto do indicativo;

• Pretérito imperfeito do indicativo. 

• Pretérito mais que perfeito do 

indicativo.

–Frase complexa: relação de 

coordenação: copulativa e 

adversativa

• Retira do texto em

 análise, frases com

 verbos nos tempos e modos: presente, 

pretérito perfeito simples e com

posto, im

perfeito do indicativo, distinguindo-

os uns dos outros;

• Elabora frases usando verbos nos seguintes tempos e modos verbais: Presente 

do indicativo; pretérito perfeito simples e com

posto do indicativo; pretérito 

imperfeito do indicativo; pretérito mais que perfeito do indicativo.

• Produz por escrito, frases com

plexas coordenadas copulativas e adversativas. 

• Preenche um

 quadro com frases simples e com

plexas extraídas de um

 texto 

dado; 

• Elabora frases simples e com

plexas evidenciando as suas diferenças. 

• Transforma frases simples em com

plexas (coordenadas copulativas ou 

adversativas);

Fam

ília

6. M

eios

de

com

unic

ação

fam

iliar

e

soci

alM

eios

de

com

unic

ação

tra

dici

onai

s:

Pala-pala

Batuque

Fumo

Mei

os d

e co

mun

icaç

ão m

oder

nos:

Fax

Rádio

Jornal

Televisão

Correio electrónico (e-mail)

Inte

rnet

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

• Funções sintácticas dos 

complem

entos da frase simples:

- Complem

ento directo;

- Complem

ento indirecto.

• Retira do texto os meios de comunicação, diferenciando o tradicional dos 

modernos;

• Produz um

 texto escrito sobre os Meios de Comunicação, indicando:

- A importância dos meios de comunicação tradicionais e modernos na 

comunicação familiar e social;

- Os principais meios de comunicação familiar e sociais usados na sua 

comunidade;

• Assinala os com

plem

entos directos e indirectos em frases extraídas de textos 

de com

unicação familiar e social;

• Identifica em frases dadas os complem

entos directo e indirecto;

• Constrói frases, usando com

plem

ento directo e indirecto;

Fam

ília

7. In

stru

ções

vár

ias

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

Mod

os v

erba

is:

- Indicativo;

- Imperativo;

- Conjuntivo;

• Responde por escrito a um

 questionário de interpretação de instruções 

contidas em: recom

endações familiares do dia-a-dia, vários sinais existentes 

na com

unidade, receitas de cozinha e folhetos ou cartazes sobre prevenção 

de doenças, minas, saneamento;

• Produz textos com

 instruções relativas a uma das seguintes situações: vários 

sinais existentes na com

unidade, receitas de cozinha e folhetos ou cartazes 

sobre a prevenção de doenças, minas ou saneam

ento;

• Transcreve, modos verbais mais usados nas instruções (indicativo, im

perativo, 

conjuntivo); explicando a intencionalidade subjacente.

• Usa os modos verbais mais frequentes nas instruções com

 a finalidade das 

mesmas;

• Usa adequadam

ente verbos nos modos indicativos (presente e futuro), 

imperativo e conjuntivo (presente e pretérito im

perfeito)

Fam

ília

8. N

otíc

ia•

Estrutura:

- Título, subtitulo;

- Parágrafo - guia (lead)

- Corpo da notícia

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

• Formas de frase:

–Activa

–Passiva

• Os complem

entos circunstanciais 

de tempo, lugar, causa e fim

• Transcreve o parágrafo - guia da notícia: quem? O quê? Onde? Quando?

• Resum

e por escrito notícias lidas ou ouvidas;

• Escreve notícias relativas a assuntos de natureza comunitária, regional, 

nacional e internacional.

• Elabora frases na forma activa e passiva 

• Reescreve frases na forma activa para a forma passiva e vice-versa;

• Assinala os com

plem

entos circunstanciais de tempo, lugar, causa e fim nas 

notícias estudadas.

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78 79

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosFa

míli

a9.

Rep

orta

gem

• Características formais e de 

Conteúdo:

–Linguagem clara, viva, directa e 

precisa;

–Estilo directo;

–Predom

inância da função  

–Informativa;

–Discurso da 3ª pessoa e indirecto;

–Linguagem corrente e objectiva;

–Relevância do como e porquê;

–Integração de falas de 

personagens.

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

• Palavras hom

ógrafas e parónimas;

• Complem

entos circunstanciais de 

lugar, tempo e causa

• Descreve por escrito a mancha gráfica da reportagem

 diferenciando-a da 

notícia;

• Escreve uma reportagem

 abordando assuntos de âmbito local ou regional, 

tendo em

 conta as característcas formais e de conteúdo, linguagem, função e 

discurso;

• Assinala em

 frases dadas, palavras homógrafas e parónimas, distinguindo-as 

umas das outras;

• Elabora frases com

 palavras homógrafas e parónimas;

• Assinala em

 frases, com

plem

entos circunstanciais de lugar, tempo, causa, 

modo, fim e com

panhia;

• Produz frases ou textos com

 com

plem

entos circunstânciais de lugar, tempos e 

causa.

Fam

ília

10.

Tex

tos

desc

riti

vos

10.

1. D

escr

ição

de

luga

res,

mbo

los

e pe

ssoa

s Fu

ncio

nam

ento

da

Líng

uas

• Im

portância de verbos, adjectivos e 

expressões de lugar na descrição.

•  Constituintes do GN: nom

e, 

determinante, pronome;

• Noção de GN alargado;

• Concordância nominal

• Flexão de palavras em

 género 

e número: nom

e, determinante, 

pronom

e;Adjectivo: grau superlativo absoluto

• Interpreta por escrito textos ou passagens textuais que descrevem

 lugares e 

pessoas;

• Descreve por escrito os símbolos de identidade nacional; cores da Bandeira, 

Emblem

a e Hino Nacional.

• Usa nom

es, adjectivos, verbos e expressões de lugar na escrita de textos 

descritivos.

• Usa nom

es, adjectivos, verbos e expressões de lugar na descrição; 

• Assinala os constituintes do GN

• Elabora frases alargando o GN;

• Produz frases ou textos tendo em

 conta a concordância nominal 

• Elabora frases aplicando regras de flexão de (nom

es, determinantes, 

pronom

es, adjectivos;) em

 género e número.

• Transcreve de frases dadas, adjectivos no grau superlativo absoluto sintético e 

analítico;

• Elabora frases usando adjectivos no grau superlativo absoluto sintético e 

analítico em descrições escritas.

Fam

ília

Caligrafia

• D

itado

• Redacção

• Diário

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

• Palavras derivadas por sufixação 

(sufixos nominais, verbais e 

adverbiais) e por prefixação.

•  Enriquecimento e Expansão do 

Vocabulário: Palavras da mesma 

família; 

• Tipos de Predicado: nom

inal e 

verbal.

• Escreve textos com

 caligrafia legível;

• Escreve textos ditados;

• Elabora redacções sobre temas diversos;

• Escreve diariamente sobre o que faz ao longo do dia.

• Retira do texto em

 análise, nom

es, adjectivos, advérbios e verbos dos textos 

descritivo;

• Produz textos descritivos, usando nom

es, adjectivos, advérbios e verbos;

• Usa palavras derivadas por sufixação (sufixos nominais, verbais e adverbais) e 

por prefixação na produção de textos diversos;

• Elabora frases com

 palavras da mesma família;

• Produz frases, usando predicados nom

inais e verbais;

Fam

ília

10.2

. Des

criç

ão d

e lo

cais

de

inte

ress

e tu

ríst

ico

e hi

stór

ico:

m

useu

s, p

raça

s, fo

rtal

ezas

, m

onum

ento

s, e

tc.

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

Classe de palavras: 

–Adjectivo, 

–Verbo ( pretérito imperfeito do       

indicativo)(revisão)

10.3

. Des

criç

ão d

e es

paço

s,

obje

ctos

, map

as, g

lobo

s, e

tc10

.4.D

escr

ição

do

esta

do d

e te

mpo

Fun

cion

amen

to d

a Lí

ngua

Classes de Palavras: nomes e 

pronom

es

• Produz textos descritivos a partir de fotografias/im

agens, locais de interesse 

turístico, social e histórico.

• Constrói frases usando adjectivos nos graus superlativos (absoluto) e relativo 

(superioridade e inferioridade)

• Produz textos descrevendo, a sua região de origem

, o seu país, os países da 

zona Austral e do continente africano;

• Descreve por escrito o estado de tempo da sua região, do seu país e doutros 

países da zona Austral de África;

• - Substitui nom

es por pronomes correspondentes em frases ou textos,

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80 81

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosEs

cola

11.T

exto

s N

orm

ativ

os11

.1. R

egul

amen

to d

a Es

cola

, Re

gula

men

to d

e A

valia

ção

e ou

tros

11.2

. Exc

erto

s de

: –Constituição da República de 

Moçam

bique;

–Legislação sobre Órgãos de Poder 

Local e Órgãos do Poder Central;

–Protocolos da CPLP e da SADC.

11.3

. Exc

erto

s de

: –Legislação sobre várias matérias 

(ambiente, terra, biodiversidade, 

etc.)

–Carta da OUA e da ONU

–Declaração Universal dos Direitos 

do Hom

em•

Fun

cion

amen

to d

a lín

gua

–Classes de palavras: advérbios de 

modo, preposições (sistematização)

–Frase complexa: relação de 

subordinação: causal e final.

• Assinala excertos de vários de textos normativos sobre o funcionamento e 

gestão escolar;

• Escreve textos nom

ativos, que tratam

 de direito a educação igualdade de 

direitos (independentemente da idade, raça, sexo…)

• Menciona por escrito os líderes políticos do seu país, da SADC, e da CPLP;

• Produz textos de ordenamentos organizativo-administrativo e jurídico dos 

países de SADC e CPLP;

• Transcreve excertos da carta da OUA e da ONU.

35

Esco

laFu

ncio

nam

ento

da

Líng

ua- Modos verbais: indicativo - presente 

e futuro; imperativo; conjuntivo – 

presente e pretérito imperfeito.

3.2.

Anú

ncio

s•

Características linguísticas 

–Frases curtas;

–Repetição de ideias; 

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

• Classes de palavras: adjectivo 

e sua flexão em

 grau (grau 

superlativo, absoluto e relativo 

de superioridade e inferioridade 

(sistematização)

•  Funções sintácticas do adjectivo: o 

atrib

uto

• Classe de palavras: tempos 

e modos verbais (presente e 

pretérito im

perfeito do conjuntivo); 

imperativo: formal / informal e 

afirmativo/negativo (consolidação)

• Usa os verbos nos modos: indicativo (presente e futuro), imperativo 

e conjuntivo (presente e pretérito im

perfeito) de acordo com

 a sua 

intencionalidade nas instruções 

• Responde por escrito a um

 questionário de interpretação de anúncio tendo 

em conta as características linguísticas;

• Produz anúncio sobre diferentes temáticas;

• Usa adjectivos nos graus superlativos: absoluto, e relativo:de superioridade,na 

produção de frases e textos;

• Elabora frases com

 a função sintáctica de atributo;

• Preenche o quadro com

 os modos, indicativo, im

perativo e conjuntivo 

transmitindo informações, conselhos, prevenção e ordens;

Esco

la13

. Exp

ress

ões

dive

rsas

Expressões de lateralidade e palavras 

para indicar a posição;

Expressões de tamanho e peso;

Expressões para formular e reagir a 

pedidos diversos;

–Expressões para elogiar;

–Expressões para exprimir desejos;

–Expressões para exprimir tristeza ou 

aborrecimento e pena;

–Expressões para exprimir am

izade, 

solidariedade e preferência

• Constrói frases usando expressões previstas no program

a do 1º ciclo, para 

diferentes situações de com

unicação;

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82 83

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosEs

cola

14. T

exto

s or

ais

e/ou

esc

rito

s, d

e na

ture

za d

idác

tica

ou

cien

tífi

ca:

14.1

. Os

man

uais

esc

olar

esOrganização dos textos:

–Título ou títulos;

–Apresentação do tema/problema;

–Corpo explicativo;

–Sistem

atização de dados;        

• Funcionam

ento da Língua:

–Verbos Intransitivos, intransitivos e 

de significação indefinida

–Constituintes do GV;

–Concordância Verbal;

–Advérbios;

–Preposições

• Sistematiza informação contida num manual escolar;

• Produz um

 texto didáctico contendo informação recolhida de fontes diversas; 

• Elabora frases com

 verbos transitivos, intransitivos e de significação indefinida;

• Assinala os constituintes nucleares do GV conforme se o verbo é transitivo, 

intransitivo e de significação indefinida;

• Alarga o GV aplicando as regras de concordância entre os constituintes do GV;

• Assinala advérbios e locuções adverbiais de lugar, tempo, modo, quantidade 

ou intensidade, afirmação, negação, ordem

, exclusão, inclusão.

Esco

la14

.2. M

ater

iais

de

cons

ulta

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

:Orações subordinadas: relativa 

temporal, causal, condicional e final;

• Pronomes relativos 

• Conjunções e Locuções 

conjuncionais subordinativas 

temporais, causais, finais e 

condicionais

• Classe de palavras:

–Concordância do adjectivo/nome, 

em núm

ero e género.

• Sistematiza por escrito as informações mais importantes sobre um

 dado tema, 

obtidas de diversas fontes;

• Produz textos de natureza didáctica sobre um

 dado tema, usando as 

informações obtidas de diversas fontes;

• Assinala em

 frases dadas, orações subordinadas relativas temporais, causais, 

condicionais, condicionais e finais, distinguindo-as entre si;

• Constrói frases contendo orações subordinadas causais, temporais, 

condicionais e finais; 

• Assinala em

 frases dadas, os pronom

es relativos;

• Constrói frases contendo pronomes relativos;

• Assinala em

 frases dadas, locuções conjuncionais subordinativas temporais, 

causais, finais e condicionais;

• Constrói frases contendo locuções conjuncionais subordinativas temporais, 

causais, finais e condicionais;

• Elabora frases obedecendo a concordância do adjectivo/nome, em núm

ero e 

géne

ro.

Esco

la14

.3. R

ecei

tas

de c

ozin

ha-

Inst

ruçõ

es t

écni

cas

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

•  Classes de palavras: os pronom

es - 

Interrogativos (revisão), indefinidos: 

variáveis e invariáveis; 

• Modos Verbais:

–Indicativo, im

perativo (negativo/

afirmativo) e conjuntivo 

(consolidação)

• Responde por escrito a um

 questionário do texto sobre instruções contidas 

em receitas de cozinha;

• Produz receitas de cozinha, tendo em conta os seguintes aspectos:

–Linguagem (simples ou complexa);

–Vocabulário (simples ou técnica);

–Modo de usar;

• Assinala em

 frases dadas, pronomes interrogativos, indefinidos (variáveis e 

invariáveis);

• Elabora frases usando pronom

es interrogativos, indefinidos variáveis e 

invariáveis;

• Usa modos verbais: indicativo, im

perativo e conjuntivo, na elaboração de 

frases para dar informações, conselhos, instruções e ordens.

Esco

la14

.4. O

tex

to e

xpos

itiv

o –

expl

icat

ivo

• Funcionam

ento da Língua:

–Classes de palavras: tempos e 

modos verbais: 

–Presente;

–Pretérito perfeito simples e 

composto;

–Pretérito im

perfeito e perifrástico; 

–Pretérito - mais - que perfeito e 

composto do modo indicativo 

(revisão)

• Expansão do grupo verbal

• Preposições e locuções 

preposicionais

• Contracções (no, na, nos, nas, pelo, 

pela, pelos, pelas)

• Advérbios de lugar e de tempo

• Responde por escrito a um

 questionário de interpretação de um texto 

expositivo - explicativo;

• Reescreve passagens que explicam

, justificam, argum

entam saberes, 

descobertas, eventos contidos em manuais escolares e textos expositivos-

narrativos;

• Transcreve de textos, frases contendo os tempos e modos verbais, no 

presente, pretérito perfeito simples e com

posto, pretérito imperfeito e 

perifrástico;

• Usa presente, pretérito perfeito simples e com

posto, im

perfeito, futuro 

imperfeito e perifrástico, pretérito- mais-que-perfeito simples ou composto, 

do modo indictivo na produção de textos didácticos-científicos;

• Elabora frases, expandindo o GV com preposições e locuções preposicionais, 

contacções, advérbios de lugar, tempo, afirmativo/negativo;

• Redige textos usando preposições e contracções;

• Usa advérbios de lugar e do tempo, na produção de frases e textos.

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84 85

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

PROGRAMA DE MATEMÁTICA I

Carga Horária: 90 HORAS

Introdução

A Matemática desempenha um papel decisivo na resolução de problemas da vida diária. É um instrumento poderoso para o conhecimento do mundo, domínio da natureza, construção de  conhecimentos  em  outras  áreas  curriculares;  interferindo  também  na  formação  de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento e na agilização do raciocínio do aluno.

Esta  disciplinas  visa  revisitar  competências  desenvolvidas  ao  longo  do  Ensino  Primário e Secundário  relacionadas com a aritmética e geometria, entre outras áreas. A aplicação de conteúdos como a contagem, o cálculo e as quatro operações básicas, na solução de problemas da vida, promovendo um ensino com significativo para os alunos. Esta disciplina compreende duas unidades curriculares, Matemática I e II.

Competências a Desenvolver

A  Matemática  visa  proporcionar  aos  formandos  um  contacto  com  ideias  e  métodos fundamentais que lhes permitirão desenvolver as capacidades de raciocinar, comunicar de forma lógica, analisar de forma reflexiva e resolver seus os problemas e da comunidade.

As competências a serem materializadas nesta disciplina emanam do Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e são operacionalizadas em todas as áreas curriculares, tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove o  espírito patriótico,  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o auto-desenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem

● Desenvolver competências para ensinar a contar, calcular e resolver problemas da vida aplicando as operações matemáticas no Ensino Primário; 

● Resolver  problemas  do  quotidiano  aplicando  os  conhecimentos  sobre  fracções, números decimais,  critérios de divisibilidade,  proporcionalidades,  percentagens  e permilagem; 

● Resolver problemas que envolvem grandezas de medidas, espaço e forma;  ● Aplicar os direitos e deveres da criança no ensino da matemática; ● Resolver problemas da vida prática aplicando os conhecimentos estatísticos;  ● Construir figuras e sólidos geométricos relacionados com a vida real.

Visão Geral do Programa (Matemática I)

Nº Unidade Temática Horas

I. Conjunto e elementos 8II. Números naturais e operações 20III. Divisibilidade de números Naturais 14IV. Fracções 18V. Números decimais e operações 16VI. Razões e proporções 10

Avaliações 4

Total Matemática I 90

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86 87

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosPl

ano

Tem

átic

o: M

atem

átic

a I

Uni

dade

Te

mát

ica

Cont

eúdo

sEv

idên

cias

Req

ueri

das

20

I- C

onju

ntos

e

elem

ento

s

• Introdução ao estudo de conjuntos

• Designação de um conjunto;

• Formas de definição de um

 conjunto: por extensão e por 

compreensão; 

• Representação de um

 conjunto em

 chavetas e em diagram

as;

• Relação de pertença e não 

pertença;

• Conjunto singular e conjunto vazio;

• Subconjunto;

• Relação de inclusão; 

• Operações sobre conjuntos:

–Reunião;

–Intersecção de dois ou mais 

conjuntos;

–Diferença de dois conjuntos;

–Conjunto universal;

–Conjunto com

plem

entar.

• Aplica o conceito de conjunto e elemento partindo de exem

plos locais com

o família, com

unidade etc.;

• Resolve problem

as aplicando as operações sobre conjuntos.

8

II N

úmer

os

Nat

urai

s e

oper

açõe

s

• Decom

posição de núm

eros 

naturais;

• Adição de núm

eros naturais;

• Subtracção de núm

eros naturais;

• Propriedades da adição;

• Multiplicação de números Naturais;

• Divisão de números Naturais;

• Propriedades da multiplicação;

• Propriedade distributiva da 

multiplicação;

• Expressões numéricas envolvendo 

as quatro operações e parêntesis;

• Potenciação.

• Decom

põe os núm

eros naturais;

• Efectua as operações básicas com os números naturais;

• Aplica as propriedades da adição e da multiplicação na simplificação do 

cálculo mental ou escrito;

• Aplica a propriedade distributiva da multiplicação em relação a adição e à 

subtracção para efectuar o cálculo mental e escrito;

• Resolve expressões numéricas com

/sem

 parênteses envolvendo as quatro 

operações básicas;

• Efectua operações básicas com

 potências.

20

III-

Div

isib

ilida

de

dos

núm

eros

N

atur

ais

• Noção de múltiplos de um núm

ero 

Natural;

• Múltiplos comuns de dois ou mais 

números; 

• Noção de divisor de um

 núm

ero; 

• Divisores com

uns de dois ou mais 

números; 

• Critérios de divisibilidade por 2, 3, 

4, 5, 6, 9, 10, e 15;

• Núm

eros prim

os;

• Decom

posição de um núm

ero 

Natural em factores prim

os;

• Máximo divisor com

um de 

dois núm

eros pelo processo de 

decomposição em

 factores prim

os; 

• O mínimo múltiplo com

um de 

dois núm

eros pelo processo de 

decomposição em

 factores prim

os.

• Usa os múltiplos e divisores de um núm

ero para calcular o máximo divisor 

comum

 e o mínimo múltiplo com

um;

• Aplica os critérios de divisibilidade na resolução de problem

as matem

áticos e 

da vida real.

14

IV-F

racç

ões

• Introdução ao estudo de fracções

• Leitura e escrita de fracções

• Representação de fracções na semi-

recta graduada;

• Tipos de fracções;

• Fracções equivalentes:

–Am

pliação e simplificação de 

fracções

• Com

paração de fracções;

• Fracção com

o quociente;

• Adição de fracções;

• Subtracção de fracções;

• Multiplicação de fracções;

• Divisão de fracções.

• Representa um

a fracção graficamente e na semi-recta graduada;

• Transforma as fracções im

próprias na forma mista;

• Amplia e simplifica fracções;

• Com

para fracções;

• Efectua operações básicas com

 fracções;

• Resolve problem

as práticos que envolvem fracções.

18

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88 89

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

V-N

úmer

os

Dec

imai

s e

Ope

raçõ

es

• Noção de número decimal;

• Com

posição e decomposição de 

números decimais;

• Leitura e escrita de núm

eros 

decimais;

• Representação dos núm

eros 

decimais na sem

i-recta graduada;

• Com

paração e ordenação dos 

números decimais;

• Relação dos núm

eros decimais com 

fracções;

• Operações com

 núm

eros decimais;

• Resolução de problemas práticos 

envolvendo núm

eros decimais

• Efectua as operações usando núm

eros decimais;

• Resolve problem

as práticos que envolvem os números na sua representação 

decimal.

VI-

Razõ

es e

pr

opor

ções

• Noção de razão;

• Valor da razão;

• Equivalência de razões;

• Simplificação da razão;

• Aplicação da razão;

• Proporções:

–Aplicação da proporção;

–Resolução de problem

as 

envolvendo proporções;

• Escala.

• Aplica razões, proporções e escala na resolução de problem

as reais da vida

10

Ava

liaçã

o4

PROGRAMA DE CIÊNCIAS NATURAIS ICarga Horária: 72 HORAS

Introdução

A  disciplina  de  Ciências  Naturais  fornece  elementos  que  permitem  a  compreensão  do mundo e suas transformações, fazendo com que o indivíduo se insira no Universo e seja um cidadão crítico, capaz de se integrar numa sociedade sujeita a constantes mudanças, na qual o conhecimento científico e tecnológico vai sendo cada vez mais valorizado. 

Nesta  disciplina  o  formando  adquirirá  conhecimentos  nas  áreas  científicas  de  Biologia, Ambiente, Saúde, Física e Química. 

As Ciências Naturais estão estreitamente relacionadas com o ambiente. O seu ensino visa levar o formando a observar com espírito crítico aquilo que o rodeia, visa, também, provocar nele uma curiosidade e a necessidade de procurar explicações lógicas para interpretar o que está a observar. É daí que durante o seu estudo, os formandos terão também a possibilidade de realizarem diversas experiências laboratoriais relacionadas com o programa do ensino primário.

Competências

As competências a serem materializadas nesta disciplina são emanadas do Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primários e são operacionalizadas em todas as áreas curriculares e de forma específica nas diferentes disciplinas, tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove o  espírito patriótico,  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos humanos;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do ensino primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o auto-desenvolvimento profissional.

● Resultados de Aprendizagem

● Discutir o método científico como fonte de conhecimento; ● Desenvolver  habilidades  de  pensar  e  agir  cientificamente,  buscando  conhecimento através da pesquisa;

● Explicar  a  importância  do  estudo  das  Ciências  Naturais  para  a  construção  de  uma cidadania responsável;

● Aumentar, no formando, o interesse e o desejo de aprender, para que ganhe uma atitude científica diante dos factos e fenómenos da natureza:

● Utilizar o conhecimento das Ciências Naturais para adoptar cuidados de saúde e higiene da comunidade e participar proactivamente na prevenção e combate às doenças;

● Analisar  criticamente  a  abordagem  dos  conteúdos  das  Ciências  Naturais  nos  livros 

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

escolares e nas aulas assistidas quanto à sua ligação com a realidade.

Visão Geral do Programa

Nº Unidade Temática Carga Horária

1 Introdução ao ensino das Ciências Naturais 42 Seres vivos 183 Luz e som 84 Estrutura e Função dos Órgãos do Corpo Humano 165 Nutrição 66 Electricidade 67 Energia e Movimento 10

Avaliações 4Total 72

Uni

dade

Te

mát

ica

Cont

eúdo

sEv

idên

cias

Req

ueri

das

CH

Intr

oduç

ão

ao e

nsin

o da

s Ciências Naturais

• Im

portância do estudo das ciências 

naturais na escola prim

ária;

• Método científico e suas etapas: 

Observação, formulação de hipóteses, 

experiência e conclusão;

• Limitações do método científico

• Fontes das ciências naturais na escola 

primária

• Aplica o método científico no ensino e aprendizagem das ciências 

naturais;

• Usa materiais disponíveis ao seu redor para o ensino das ciências naturais

4

Seres vivos

• Características dos seres vivos;

• Classificação em

 plantas e animais.

• Características das plantas

• Constituição de um

a planta com

pleta: 

raiz, caule, folhas, flores, frutos e 

sementes;

• Funções das partes da planta;

• Im

portância das plantas.

• Características dos animais:

• Presença de esqueleto, Formas de 

locomoção e habitat;

• Animais domésticos e selvagens;

• Im

portância dos animais na natureza.

• Hom

em com

o um

 animal racional: a 

fala, inteligência, trabalho;

• Papel do Hom

em na conservação da 

natureza;

• Cadeia alimentar e sua im

portância;

• Ciclo de nutrientes;

• Ciclo de Carbono;

• Ciclo de Nitrogénio;

• Vantagens e desvantagens do uso de 

fertilizantes químicos.

• Distingue animais domésticos dos selvagens;

• Preserva o am

biente para a manutenção do equilíbrio ecológico;

• Reduz o uso de adubos artificiais pela prática da rotação de culturas.

18

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92 93

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Luz

e so

m

• Fontes de luz;

• Im

portância da luz;

• Luz natural e artificial

• Formação da sombra e sua aplicação;

• Reflexão e refracção da luz;

• Produção do arco-íris;

• Corpos transparentes, translúcidos e 

opacos;

• Im

portância do som

;•

Som

 e a vibração de partículas;

• Fontes, propagação, meio e receptor 

do som

;•

Características do som e sua aplicação.

• Relaciona as fontes de luz com a sua im

portância;

• Dem

onstra experiências de passagem de luz por diferentes corpos;

• Traça as formas de evitar excesso de som

• Sensibiliza a sociedade contra a poluição sonora.

8

Estr

utut

ra e

fu

nção

dos

ór

gãos

do

corp

o hu

man

o

• O olho e os órgãos anexos:

–Pálpebras; pestanas; sobrancelhas.

• O ouvido e os órgãos anexos:

–Pavilhão auditivo; cílios;

–Ce

ra.

• Nariz e órgãos anexos:

–Fossas nasais; cílios.

• Boca e órgãos anexos:

–Língua e dentes.

–Saliva

• Pele e órgãos anexos:

–Pe

los

• Cuidados com os órgãos dos sentidos 

e os órgãos anexos

• Aparelhos que constituem

 o corpo 

humano: digestivo, circulatório, 

respiratório, urinário e reprodutor;

• Aparelho digestivo

a) Constituição;

b) Processo da digestão dos alimentos;

• Preserva os órgãos dos sentidos e seus órgãos anexos;

• Respeita e ajuda pessoas com

 deficiência nos órgãos de sentidos;

• Aplica e difunde as regras de higiene para preservação dos aparelhos do 

corpo humano.

16

c) Higiene;

d) Doenças: cólera, diarreias, gastrite, 

parasitoses intestinais, etc..

• Aparelho circulatório

a) C

onst

ituiç

ãob) Circulação do sangue: Pequena e 

grande circulação;

c) Doenças do sistem

a circulatório

• A

pare

lho

resp

irat

ório

a) Constituição do aparelho respiratório

b) Processo de respiração;

c) Higiene do aparelho respiratório

d) Doenças do Aparelho respiratório: 

Asma, bronquite, alergias, tuberculose. 

• A

pare

lho

urin

ário

a) Constituição do aparelho urinário 

b) Higiene do aparelho urinário

c) Doenças do Aparelho urinário: 

inflamação da bexiga, pedras nos rins, 

bilharziose. 

• A

pare

lho

repr

odut

ora) Constituição do aparelho reprodutor 

(masculino e feminino);

b) Higiene do aparelho reprodutor;

• Doenças do Aparelho reprodutor: 

Gonorreia, Sífilis, cancro do colo do 

útero, cancro da próstata, candidíase.

Nut

riçã

o

• Tipos de alimentos e respectivas 

funções: construtores, energéticos e 

protectores;

• Im

portância de uma alimentação 

equilibrada; 

• Higiene na preparação dos alimentos;

• Formas de conservação de alimentos: 

secar, fumar, salgar, congelar.

• Agrupa os alimentos de acordo com a função 

• Explica e pratica a importância de uma alimentação equilibrada para a 

mulher grávida e criança;

• Sugere um

a combinação de alimentos para obtenção de uma dieta 

equi

libra

da.

6

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94 95

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos•

Doenças causadas por deficiência 

alimentar;

• Im

portância de uma alimentação 

equilibrada; 

• Roda dos alimentos;

• Qualidade e validade dos alimentos;

• Alimentos produzidos localmente e 

o seu enquadramento no ciclo da 

alim

enta

ção

• Alimentação da criança e da mulher 

grávida;

• Im

portância do aleitamento materno;

• Tabus ligados a alimentação da criança 

e da mulher grávida.

Elec

tric

idad

e

• Im

portância da electricidade;

• Electrização;

• Cuidados a ter com

 a electricidade;

• Circuito eléctrico;

• Polaridade;

• Condutibilidade eléctrica;

• Aparelhos eléctricos;

• Curto-circuito;

• Perigos e Cuidados com a electricidade;

• Prim

eiros socorros às vítim

as de 

choque eléctrico;

• Trovoada e Relâmpago.

• Usa de forma racional a electricidade;

• Aplica as práticas de primeiros socorros às vítim

as de choque eléctrico;

• Descreve os cuidados a ter com

 a electricidade

6

Ener

gia

e m

ovim

ento

• Tipos de máquinas simples;

• Elementos de uma máquina simples;

• Exemplos de máquinas simples: 

alavanca, plano inclinado, roldana, 

abre-latas, machado, etc.

• Constrói e usa máquinas simples utilizando materiais disponíveis;

• Usa as formas de energia renováveis e não renováveis de forma 

sustentável.

10

• Im

portância das máquinas simples;

• Fontes de energia: sol, água, vento, 

petróleo, gás, lenha, carvão (mineral e 

vegetal);

• Fontes de energia renováveis e não 

renováveis.

• V

anta

gens

de

uso

de e

nerg

ia s

olar

sobre outros tipos de energia.

Ava

liaçõ

es4

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96 97

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

PROGRAMA DE CIÊNCIAS SOCIAIS ICarga Horária: 72 Horas

Introdução

A  disciplina  de  Ciências  Sociais  (CS)  visa  desenvolver  competências  que  permitam  ao formando  analisar  e  compreender o processo histórico,  reconhecer o passado,  situar  os acontecimentos no espaço e no tempo, a relação entre a origem da diversidade de padrões espaciais  da  superfície  terrestre  e  sua  influência  no  desenvolvimento  das  sociedades  e ainda a localização de aspectos físico-geográficos e económicos do país, do continente e do mundo.

A abordagem de conteúdos de educação patriótica, educação para a cidadania, Direitos Humanos e da Criança, valores universais, morais e cívicos, visam nesta disciplina desenvolver no formando, a auto-estima, o amor à pátria e o orgulho de ser moçambicano.

Competências a Desenvolver

Esta disciplina visa dotar os formandos de conhecimentos e habilidades que lhes permitam compreender os problemas do mundo actual muitos dos quais estão ligados à convivência social. Tem como fim capacitar os formandos de modo a adoptarem uma postura reflexiva, proactiva face às questões concernentes as ciências sociais.

As  competências  a  serem materializadas  nesta  disciplina provém do plano  curricular  do curso de  Formação de Professores Primários  e  são operacionalizadas em  todas  as  áreas curriculares e de forma específica das disciplinas tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove o  espírito patriótico,  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

●  Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino primário; ● Promove  o  auto-desenvolvimento  profissional  e  envolve-se  num  trabalho colaborativo e articulado. 

Resultados de Aprendizagem

● Utilizar  os  conhecimentos das Ciências  Sociais  para  a  compreensão do processo histórico;

● Aplicar os direitos e deveres da criança; ● Promover  o  espírito  patriótico,  direitos  e  deveres  cívicos  e morais,  exercício  dos direitos e deveres de cidadania;

● Desenvolver  acções  de  promoção  de  valores  socioculturais  na  escola  e  na comunidade;

● Fomentar, na escola e na comunidade, os valores universais (liberdade, igualdade, 

tolerância respeito, solidariedade); ● Assumir atitudes de respeito em relação aos símbolos nacionais, órgãos de soberania, datas nacionais e internacionais;

● Analisar boas práticas e situações de violação de direitos humanos e da criança no contexto escolar e na comunidade à luz dos instrumentos nacionais e internacionais previstos no currículo do EP.

● Valorizar e fomentar a educação para o desenvolvimento sustentável; ● Analisar  criticamente  materiais  escolares  aulas  assistidas  e  outros  eventos pedagógicos da  escola quanto  à  abordagem científica dos  conteúdos,  educação para a cidadania, educação para a paz, entre outros temas transversais.

Visão Geral do Programa:

UNIDADE TEMÁTICA HORASIntrodução as Ciências Sociais 2

A localização e representação do meio 14

Moçambique (Característica\as Físico/Geográficas e Económicas 38

Continente Africano 12

Avaliação 6

72

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98 99

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosPl

ano

Tem

átic

o de

Ciê

ncia

s So

ciai

s I

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

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oras

I) I

ntro

duçã

o às

Ci

ênci

as S

ocia

is

• Conceito de Ciências Sociais 

• Objecto de estudo das Ciências Sociais

• Factos e fenómenos geográficos 

• Factos Históricos

• Sujeito da História 

• Ram

os da geografia (física e 

económ

ica) 

• Relação das Ciências Sociais com 

outras ciências 

• Faz uma correspondência entre os factos e fenómenos geográficos.

• Estabeleça um

a relação entre objecto e o sujeito da História;

• Elabora um esquema demonstrando a relação da História com

 outras 

Ciências (rever)

• Elabora um esquema demonstrativo dos ramos geografia

• Com

 base num esquema faz a relação entre as Ciências Sociais e 

outras ciências;

2

II) A

loca

lizaç

ão e

re

pres

enta

ção

do m

eio

2.1-

Sis

tem

a So

lar

• Os planetas e estrelas do Sistema Solar

• A terra: Características do planeta terra

• O sol: A im

portância do sol para os 

seres vivos. Efeitos do sol

• A lua: características da lua.

2.2

– Co

orde

nada

s G

eogr

áfica

s•

Latitude, 

• A

ltitu

de

• L

ongi

tude

• Leitura das coordenadas no globo e no 

planisfério.

2.3

– G

lobo

e M

apas

• Suas características; vantagens e 

desvantagens.

• Fusos horários.

2.4

- N

oçõe

s ge

rais

de

Geo

grafi

a Fí

sica

• A Terra: 

• Estrutura interna (caracterização)

• Os sismos e vulcões 

• Relevo

• E

labo

ra u

m e

sque

ma

do s

iste

ma

sola

r dem

onst

rand

o a

sua

rela

ção

com outros elem

entos:

• Localiza no planisfério ou no globo um determinado ponto;

• Lê as coordenadas de um

 ponto ou lugar;

• Desenha os mapas de acordo com

 a escala, conteúdo ou tema;

• Calcula os horários de acordo com os fusos;

• Esquematiza a estrutura interna da terra;

• Localiza no mapa as zonas sísmicas e vulcânicas;

• Esboça um

 esquema sobre o aparelho vulcânico;

• Elabora um cartaz demonstrando as consequências dos sismos e 

vulcões.

14

• Clima/ fauna e flora

• Hidrografia

III)

Moç

ambi

que

cara

cter

ísti

cas

Físi

co/

Geo

gráfi

cas

e Ec

onóm

icas

3.1–

Geo

grafi

a fí

sica

de

Moç

ambi

que

• Localização geográfica de Moçam

bique

• O relevo {planícies, planaltos, 

montanhas, vales e depressões

• Clima/ flora e fauna {tipos de clima, 

características do clima e sua relação 

com a flora e fauna}

• Hidrografia {principais rios e lagos, 

características dos rios e lagos 

africanos}

3.2

– G

eogr

afia

econ

ómic

a de

M

oçam

biqu

e•

Estrutura sectorial da população 

• Migrações (causas e consequências)

• População e suas actividades

• População e problem

as ambientais

3.3-

Des

astr

es N

atur

ais

e su

as O

rige

ns•

Tipos de desastres naturais

• Elementos que influenciam

 os desastres 

natu

rais

• Factores que influenciam

 a ocorrência 

de d

esas

tres

nat

urai

s em

Moç

ambi

que

(Relevo, Hidrografia, clima e factor 

Hum

ano) 

• Tipos de Desastres Naturais Frequentes 

em M

oçam

biqu

e•

Impacto socioeconómico

• Prevenção e com

bate dos desastres 

natu

rais

• Preservação e conservação do meio 

ambi

ente

• Desenha o mapa de África destacando Moçam

bique;

• Localiza no mapa as principais formas de relevo;

• Através de um

 cartaz faz a diferenciação das formas de relevo de 

Moçam

bique/África;

• Localiza no mapa os diferentes tipos de clima, flora e fauna;

• Com

 a ajuda dos mapas e atlas geográfico de Moçam

bique e África 

faz um

a relação entre o relevo e clima;

• Localiza no mapa os rios e lagos;

• Com

 base no esquema faz a relação entre o relevo, clima, rios e lagos;

• Constrói uma pirâmide etária;

•  Pesquisa as causas das migrações na sua comunidade, ilustrando os 

aspectos negativos e positivos;

• Elabora um resumo em

 que faz um

a análise dos diferentes conceitos 

relacionados com

 Desastres Naturais;

• Seleccione os desastres naturais de acordo com a sua origem

 (interna 

e externa);

• Elabore um gráfico termopluviom

etrico que lhe permita identificar o 

período em que ocorrem

 as cheias da sua província.

• Apoiar as comunidades na selecção dos locais de fixação.

• Proponha um

 conjunto de actividades que pode ajudar a população a 

travar a erosão. 

• Identificar os tipos de desastres naturais mais frequentes em

 Moçam

bique;

• Localizar no mapa as zonas propensas a esses desastres.

38

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100 101

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

IV)

Cont

inen

te

Afr

ican

o Ca

ract

erís

tica

s Fí

sico

/ G

eogr

áfica

s e

Econ

ómic

as

4.1

- G

eogr

afia

Físi

ca d

e Á

fric

a•

Localização geográfica do continente 

africano: Africa Ocidental e do Norte, 

África Central, África Oriental e África 

Aust

ral

• Coordenadas geográficas do 

continente

• O relevo {planícies, planaltos, 

montanhas, vales e depressões

• Clima/ flora e fauna {tipos de clima, 

características do clima e sua relação 

com a flora e fauna}

• Hidrografia {principais rios e lagos, 

características dos rios e lagos 

africanos}.

4.2

– G

eogr

afia

econ

ómic

a de

Áfr

ica

• População e suas actividades

• Movimentos populacionais e suas 

consequências

4.3-

Áfr

ica

o be

rço

da H

uman

idad

e•

Conceito de historiografia

• Fontes da Historia de África 

• Correntes {eurocentrista, afrocentrista e 

progressista ou africanista} 

• Periodização da História de 

Moçam

bique e de África

• O processo de hom

inização;

• Etapas da evolução do Hom

em;

Principias centros arqueológicos em África 

(zonas do Grandes Lagos, Níger, Vale do 

Nilo e Congo).

• Elabora um mapa de África 

• Apresenta um trabalho de pesquisa sobre as condições físicas do 

continente africano 

• Localiza no mapa de África o relevo, clima e 

• hidrografia de África.

• Elabora um quadro para dem

onstrar a problem

ática das fontes de 

História de África

• Com

para as três correntes da historiografia africana;

• Elabora um gráfico de tempo, correspondente aos períodos da 

história de Moçam

bique e de África;

• Desenha o mapa dos principias centros arqueológicos;

12

Ava

liaçã

o6

PROGRAMA DE LÍNGUA MOÇAMBICANA

Carga Horária: 72 HORAS

Introdução

A disciplina “Línguas Moçambicanas”, visa assegurar que o formando reconheça a importância das  línguas moçambicanas no ensino,  através do estudo de aspectos  sociolinguísticos e formais das mesmas.

Esta disciplina focaliza o estudo da situação linguística de África, no geral e de Moçambique, em particular. Ela estuda a história e a estrutura das línguas moçambicanas, isto é, a fonética, fonologia,  morfologia  e  a  sintaxe,  incluindo  a  aprendizagem  da  leitura  e  escrita  nestas línguas.

A análise de materiais escritos disponíveis em línguas moçambicanas constitui uma base importante para a  reflexão de aspectos  ligados a grafia,  tendo em conta o processo de padronização e suas implicações para o ensino das mesmas.

Competências

As  competências  a  serem materializadas  nesta  disciplina provêm do plano  curricular  do curso de  Formação de Professores Primários  e  são operacionalizadas em  todas  as  áreas curriculares e de forma específica nas disciplinas, tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove o  espírito patriótico,  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Promove  o  auto-desenvolvimento  profissional  e  envolve-se  num  trabalho, colaborativo e articulado.

Resultados de Aprendizagem:

● Relacionar o respeito pela diversidade linguística e cultural do país como o reforço da unidade nacional, o orgulho de ser moçambicano e a preservação da paz;

● Explicar a importância da introdução das línguas moçambicanas no ensino; ● Caracterizar  similaridades  e  diferenças  entre  as  línguas  bantu  faladas  em Moçambique;

● Descrever  a  estrutura  das  línguas  moçambicanas  nos  aspectos  elementares  da fonética, fonologia, morfologia e a sintaxe;

● Sistematizar  as  diferenças  estruturais  entre  as  línguas moçambicanas  e  a  língua portuguesa;

● Lêr e produzir textos em línguas moçambicanas de origem bantu, respeitando as 

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102 103

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

regras de funcionamento da língua; ● Analisar criticamente os materiais em línguas moçambicanas, quanto à adequação ao contexto, necessidades  linguísticas das crianças e à observância das regras de funcionamento.

Visão Geral do Programa de Língua Moçambicana

UNIDADE TEMÁTICA HORASDiversidade Linguística e Cultural 10Estrutura das Línguas Bantu Faladas em Moçambique 18Funcionamento da Língua 16Produção de Enunciados Orais Adequados a Diferentes Contextos 14Interpretação  de  Textos,  Utilizando  Técnicas  e  Finalidades  Específicas  em Diferentes Contextos

10

Avaliação 4Total 72

Plan

o Te

mát

ico

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

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sC.

H

I) D

iver

sida

de

Ling

uíst

ica

e Cu

ltur

al

A L

íngu

a –Conceito de Língua;

–Importância do estudo das línguas 

Bantu no desenvolvimento do país;

–Situação linguística do continente 

africano;

–Situação linguística de Moçam

bique;

–Características das línguas Bantu.

–Define língua e língua Bantu;

–Explica a importância do estudo das línguas Bantu para o 

desenvolvimento do país

–Localiza no mapa onde são faladas as línguas Bantu no continente 

africano;

–Identifica as línguas Bantu de Moçam

bique

–Localiza as línguas Bantu de Moçam

bique no mapa linguístico do país;

10

II) E

stru

tura

das

ngua

s Ba

ntu

fala

das

em

Moç

ambi

que

Ort

ogra

fia

das

Líng

uas

Bant

u –Sistem

a ortográfico (vogais e 

consoantes);

Representação do tom (gramatical vs 

lexical).

Mor

folo

gia

Nom

inal

–Estrutura do nom

e; –Classes e prefixos nominais;

–Prefixos vs secundários;

–Aumentativos e diminuitivos,

–Locativização

Integração de em

préstim

os em classes 

nom

inai

s.

–Identifica as regras ortográficas das línguas Bantu de Moçam

bique;

–Representa o tom gramatical e lexical

–Diferencia o tom gramatical do lexical;

–Define morfologia nominal;

–Identifica a estrutura básica do nom

e; –Caracteriza a estrutura básica do nome;

–dentifica os prefixos de nom

es das línguas Bantu;

–Aplica os mecanismos da derivação nom

inal nas línguas Bantu;

–Define morfologia verbal;

–Analisa as características do verbo nas línguas Bantu;

–Identifica a estrutura básica do verbo;

–Identifica as extensões verbais nas línguas Bantu; 

–Aplica as extensões verbais nas línguas Bantu;

–Define sintaxe;

–Estabelece relações de concordância com

 sintagm

a nominal simples e 

complexo;

–Identifica frase verbal e frase não verbal;

–Identifica frases coordenadas e subordinadas;

–Classifica as diferentes frases coordenadas e subordinadas.

18

III)

Func

iona

men

to

da L

íngu

a

–Discurso directo vs indirecto,

–Frase activa vs passiva.

Identifica frases no discurso directo e indirecto;

–Constrói frases no discurso directo e indirecto;

–Transforma frases de um

 discurso para o outro;

–Detecta as transformações operadas;

–Identifica frases na voz activa e passiva;

–Constrói frases na voz activa e passiva;

–Transforma frases da voz activa para passiva (vice-versa)

–Detecta as transformações operadas.

16

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104 105

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

IV)

Prod

ução

de

enun

ciad

os

orai

s ad

equa

dos

a di

fere

ntes

co

ntex

tos

–Formas de tratam

ento (horizontais vs 

verticais);

–Conversa directa (contextos formal e 

informal);

–Debates sobre temas transversais

–Identifica as formas de tratam

ento (horizontais vs verticais);

–Aplica as formas de tratam

ento (horizontais vs verticais);

–Simula conversa directa e indirecta adequada a contextos formal e 

informal;

–Participa em

 debates sobre temas transversais (HIV&SIDA, 

Dem

ocracia, Meio am

biente)

14

V)

Inte

rpre

taçã

o de

tex

tos

de c

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ter

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ivo,

re

flex

ivo,

ar

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icas

e

fina

lidad

es

espe

cífi

cas

em d

ifer

ente

s co

ntex

tos

Text

os fu

ncio

nais

–Aviso,

–Anuncio,

–Requerimento,

–Convite,

–Carta formal e informal.

Text

os li

terá

rios

–Texto narrativo, texto descritivo,

–Texto expositivo/ argum

entativo,

–Texto poético.

Text

os in

form

ativ

os –Notícia;

–Reportagem

.Té

cnic

as d

e re

sum

oRe

colh

a de

lend

as/

outr

as h

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rias

da

com

unid

ade

Cont

eúdo

s tr

ansv

ersa

is: HIV&SIDA, 

Dem

ocracia, Meio am

biente

Identifica as regras de elaboração de textos funcionais (avisos, anúncios, 

requerimento, convite e carta formal e informal);

–Redige textos funcionais (avisos, anúncios, requerim

ento, convite e 

carta formal e informal)

–Caracteriza os textos literários;

–Redige textos literários;

–Lê textos literários;

–Identifica as regras de elaboração de textos Informativos (notícia e 

reportagem

); –Elabora Informativos (notícia e reportagem

); –Indica os passos do resumo;

–Resume textos;

–Recolhe lendas/ outras histórias da com

unidade;

–Participa em

 debates sobre temas transversais (HIV&SIDA, 

Dem

ocracia, Meio am

biente)

10

Ava

liaçã

o4 PROGRAMA DE PEDAGOGIA

Carga Horária: 108 HORAS

INTRODUÇÃO

O  presente  Programa  de  Pedagogia  toma  em  consideração  aspectos  de  melhoria  do desempenho didáctico dos professores quanto às noções, modelos, técnicas e estratégias de  ensino.  Espera-se  que  os  futuros  professores  terminem  o  curso  com  as  habilidades necessárias para um desempenho correcto e eficaz nos processos de ensino e aprendizagem, bem  como  nos  aspectos  de  formação  duma  personalidade  que  satisfaça  as  exigências morais que a sociedade impõe.

Importa  considerar  que  além  da  análise  dos  diversos  sistemas  educativos  decorrentes em Moçambique  a  referência  à  Política Nacional  da  Educação  e  análise  comparativa  de currículas permitirá estimular a observância de estratégias para a melhoria de eficiência da qualidade de ensino, através da elevação dos resultados da aprendizagem dos alunos.Assim, o ensino da disciplina de Pedagogia na formação de professores para o Ensino Primário deverá contribuir para a aquisição de conhecimentos e desenvolvimento de capacidades e atitudes e iniciativas que permitam ao futuro professor desempenhar eficientemente a sua tarefa.

No estudo destes aspectos,  a análise das  teorias e modelos de ensino, a  caracterização, produção e utilização dos meios auxiliares de ensino, deverão estimular a iniciativa criadora, na exploração e no uso das condições metodológicas, humanas e materiais locais, para o desenvolvimento de um processo educativo eficaz. Os  futuros professores devem  iniciar o estudo de aspectos da Didáctica Geral  relacionados com o Ensino Primário, abordar a problemática da planificação dos processos de ensino e aprendizagem a diferentes níveis e aspectos de gestão dos instrumentos orientadores (Plano curricular, programas de ensino, etc.). Nesta disciplina particular atenção será dada à avaliação no Ensino Primário e à gestão do currículo local como parte integrante do currículo nacional.

Competências

Com  esta  disciplina,  pretende-se  que  o  formando  desenvolva  uma  abordagem  teórica e  prática  orientada  para  os  problemas  do  Ensino  Primário,  em  contexto  multilingue  e multicultural, baseada no contacto permanente com a escola, com os programas de ensino, com os livros escolares e outros materiais

As  competências  a  serem desenvolvidas  nesta  disciplina  provêm do  plano  curricular  do curso de Formação de Professores do Ensino Primário e são operacionalizadas em todas as áreas curriculares e de forma específica nas disciplinas de formação, tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina, o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove o  espírito patriótico,  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão 

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106 107

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

docente; ●  Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem:

● Formular os objectivos simples e funcionais do ensino no que se refere à performance; ● Definir conteúdos e actividades apropriados para atingir os objectivos educativos e de aprendizagem;

● Operacionalizar os objectivos definidos numa perspectiva centralizada no aluno e o professor como mediador dos Processos de Ensino e Aprendizagem;

● Mediar os processos de ensino e aprendizagem ● Elaborar e  implementar os  critérios de avaliação que permitam determinar  se os conteúdos e as actividades realizadas conduzem ao alcance dos objectivos fixados;

● Experimentar os métodos de ensino comummente seguidos pelos professores nas escolas.

● Respeitar a diversidade linguística e cultural do país, como contributo para o reforço da unidade nacional.

VISÃO GERAL DO PROGRAMA

Nº UNIDADE TEMÁTICA HorasI. Introdução à profissão docente 4II. Noções e conceitos básicos de Pedagogia e Ciências de Educação 8III. A Escola 4IV. Educação em Moçambique 14V. Análise comparativa de Sistemas educativos da África Austral 10VI. Teorias e modelos de ensino 18

VII. Planificação, gestão e avaliação dos processos de ensino e aprendizagem: conceitos e funções 14

VIII. Meios auxiliares de ensino 10IX. Observação de aulas: uma estratégia de formação de professores 12X. Estágio e práticas docentes 10

Avaliação 4Total 108

Plan

o Te

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Uni

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Tem

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dos

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Evid

ênci

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eque

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oras

I) I

ntro

duçã

o à

profi

ssão

do

cent

e

1.1 

Perfil profissional do professor do Ensino 

Primário;

1.2 

Alguns caracteres do professor e seus efeitos 

nas relações com

 o aluno;

1.3 

A relação professor-aluno e os métodos 

pedagógicos;

1.4 

Direitos e deveres profissionais do professor;

1.5 

Problemas e constrangimentos da função 

docente;

1.6 

Como manter a disciplina e autoridade na 

aula

.

• 1.1 Perfil profissional do professor do Ensino Prim

ário;

• 1.2 Algun caracteres do professor e seus efeitos nas 

relações com

 o aluno;

• 1.3 A relação professor-aluno e os métodos pedagógicos;

• 1.4 Direitos e deveres profisionais do professor;

• 1.5 Problemas e constrangimentos da função docente;

• Com

o manter a disciplina e autoridade na aula.

4

II) N

oçõe

s e

conc

eito

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Pe

dago

gia

e Ci

ênci

as d

a Ed

ucaç

ão

2.1 

Aprender e ensinar;

2.2 

Instrução e educação;

2.3 

Aprendizagem

 e motivação;

2.4 

Pedagogia e Ciências da Educação;

2.5 

A importância da ligação entre Pedagogia 

e Psicologia nos processos de ensino e 

aprendizagem

.

• Distingue e relaciona conceitos básicos da Pedagogia e das 

Ciências da Educação.

8

III)

A E

scol

a

3.1 

Conceitos e funções;

3.2 

Importância da escola no desenvolvimento 

social;

3.3 

O envolvimento dos pais e da com

unidade 

na vida escola.

• Analisa as funções e importância da escola no 

desenvolvimento social;

• Debate estratégias de aliciamento da comunidade local na 

participação na vida da escola.

4

IV)

Educ

ação

em

M

oçam

biqu

e

4.1 

Educação Tradicional: elementos da sua 

Pedagogia;

4.2 

Educação colonial: elem

entos da sua 

Pedagogia;

4.3 

Evolução histórica da Educação em

 Moçam

bique no período pós-colonial;

4.4 

Educação pós-independência:

a) O Sistema Nacional de Educação;

• Com

para as diversas fases da Educação em

 Moçam

bique;

• Analisa as diversas fases da educação em

 Moçam

bique;

• Analisa a dinâmica e os efeitos da Legislação e das normas 

sócio-culturais que regulam as práticas do Sistem

a Educativo 

moçam

bicano;

• Analisa as revisões curriculares efectuadas após a 

independência;

• Identificar na família, escola e comunidade as práticas sócio-

culturais características e favoráveis à participação social no 

processo educativo moçam

bicano;

14

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108 109

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultosb) A Política Nacional de Educação e suas 

Estratégias de im

plem

entação;

4.5 

A dinâmica do Sistema Educativo de 

Moçam

bique:

4.6 

Expectativas sócio-culturais em relação ao 

Processo Educativo Moçam

bicano.

• Apresenta estratégias de melhoria qualitativa da educação no 

ensino prim

ário.

V)

Aná

lise

com

para

tiva

de

Sis

tem

as

Educ

ativ

os d

a Á

fric

a A

ustr

al

5.1 

Distinção entre a educação colonial 

portuguesa, inglesa e francesa na África 

Austral;

5.2 

Evolução histórica da Educação nos países da 

África Austral no período pós-colonial;

5.3 

Sistem

as curriculares (do Ensino Prim

ário) 

dos países da África Austral;

5.4 

Problemas e constrangimentos decorrentes 

da Educação nos países em desenvolvimento.

• Analisa os sistemas educativos/curriculares dos países da 

África Austral;

• Com

para o uso das línguas nativas nos processos de ensino e 

aprendizagem

 colonial inglesa, francesa e portuguesa.

10

VI)

Teo

rias

e

Mod

elos

de

Ensi

no

6.1 

Conceito de: Didáctica; Métodos de Ensino; 

Técnicas e estratégias de Ensino (dinâm

ica de 

grupo);

6.2 

As técnicas e estratégias de ensino aplicáveis 

no Ensino Primário do 1º grau (o painel, a 

dram

atização, o trabalho com

 e no quadro 

preto, o trabalho de grupo);

6.3 

Os métodos expositivos, de discussão 

em grupo, de dram

atização (vantagens e 

desvantagens, regras metodológicas para a 

sua utilização);

6.4 

Modelo personalista de Carls Rogers: 

(pressupostos, caracterização, vantagens e 

desvantagens);

6.5 

Modelo de ensino para a mestria: 

(pressupostos, caracterização, vantagens e 

desvantagens);

• Analisa as aulas leccionadas por professores metodólogos na 

Escola Anexa;

• Com

para as técnicas e estratégias de ensino aplicadas por 

professores metodólogos.

• Reflexão sobre temas escolhidos do program

a;•

Planifica e avalia os processos de ensino e aprendizagem

.

18

6.6 

Modelo da pedagogia correctiva: 

(pressupostos, caracterização, vantagens e 

desvantagens);

6.7 

O ensino programado: (definição, princípios 

básicos, vantagens e desvantagens).

VII)

Pla

nifi

caçã

o,

Ges

tão

e A

valia

ção

do e

nsin

o-ap

rend

izag

em:

Conc

eito

s e

funç

ões

7.1 

Características gerais dos programas do EP;

7.2 

Conceitos de planificação do ensino;

7.3 

Relação: objectivos-conteúdos-métodos;

7.4 

Formas de organização do ensino;

7.5 

Planificação de um program

a de ensino, do 

ano lectivo, da unidade de ensino e da aula;

7.6 

Conceito de avaliação pedagógica;

7.7 

Funções da avaliação pedagógica;

7.8 

Instrumentos de avaliação: vantagens e 

desvantagens.

14

VIII

) M

eios

au

xilia

res

de

ensi

no

8.1 

Tipos, características e im

portância dos 

meios de ensino;

8.2 

O livro como instrumento de ensino e 

aprendizagem

;8.3 

O teatro escolar com

o instrumento de 

ensino;

8.4 

Outros meios auxiliares de ensino;

8.5 

Concepção, produção, uso e conservação 

dos meios de ensino (aspectos teóricos 

importantes a considerar).

• Simulação de aulas usando livros diversos como materiais de 

ensino e aprendizagem;

• Produz e usa meios auxiliares de ensino e aprendizagem.

10

IX)

Obs

erva

ção

de a

ulas

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trat

égia

de

form

ação

de

prof

esso

res?

9.1 

Observação não focalizada;

9.2 Observação focalizada: grelha de observação;

9.3 

Aspectos fundam

entais a ter em 

consideração na preparação, realização e 

avaliação da observação de aulas.

• Analisa aulas observadas na Escola Anexa.

12

X) E

stág

io e

Pr

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Doc

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s Es

cola

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En

sino

Pri

már

io

10.1 Actividades pedagógicas de preparação do     

estágio;

10.2 Organização dos alunos-mestres;

10.3 Práticas pedagógicas nas escolas.

• Aplica as estratégias, técnicas e métodos de ensino durante o 

estágio e práticas docentes.

10

Ava

liaçã

o4

Tota

l10

8

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110 111

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

INTRODUÇÃO ÀS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Carga Horária:36 HORAS

Introdução

A disciplina de Introdução às Tecnologias de Informação e Comunicação visa contribuir para o desenvolvimento de competências relevantes para uma integração plena do formando na sociedade de conhecimento e para o exercício efectivo do papel de mediador do processo de ensino-aprendizagem. 

Actualmente, devido à sua transversalidade, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) são uma componente  incontornável para qualquer área de formação. Assim sendo, pretende-se que ao terminar a formação, o futuro professor esteja dotado de conhecimentos sobre as TIC que o permitam conhecer os diferentes tipos de tecnologias desde as mais tradicionais (ponteiro e ardósia; lápis, esferográfica e papel; telégrafo; entre outras) até às mais recentes (telefone fixo, telefone celular, rádio, TV, computador, quadros  interactivos, entre outras). Para além disto, é fundamental que o formando compreenda a importância de todas estas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem.

Competências a Desenvolver

As  competências  a  serem materializadas  nesta  disciplina provêm do plano  curricular  do curso de  Formação de Professores Primários  e  são operacionalizadas em  todas  as  áreas curriculares  e  de  forma  específica  nos  módulos  tendo  sempre  em  conta  os  elementos de  competências,  critérios de desempenho e evidências  requeridas. Assim, no fim deste módulo o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove o espírito patriótico, a cidaddania responsável e democrática, os valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

●  Demonstra os conhecimentos científicos do Ensino Primário; ●  Promove o auto - desenvolvimento profissional e envolve-se num trabalhocolaborativo e articulado.

Resultados de aprendizagem:

● Explorar o computador na óptica do utilizador; ● Utilizar, de forma criativa, recursos disponíveis em diversas fontes no processo de ensino-aprendizagem;

● Utilizar recursos diversificados na produção de conteúdos para o ensino primário; ● Usar a internet para pesquisa e troca de informação útil para o processo de ensino-aprendizagem e para a autoformação do futuro professor;

● Interagir em comunidades de aprendizagem;

Visão Geral do Programa

Unidade Temática HorasVocabulário e Noções de Computação 2Processador de Texto 4Apresentações 6Internet, web, Pesquisa Online e Segurança na Internet 10Tecnologias Educativas 10Avaliações 4Total 36

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112 113

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosPl

ano

Tem

átic

o

Uni

dade

Tem

átic

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ênci

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I) V

ocab

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e N

oçõe

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Co

mpu

taçã

o

• Conceito de Tecnologias de Informação e 

Comunicação (TIC);

• Aplicações de TIC nos processos de ensino e 

aprendizagem

;•

Estrutura do computador

• Os computadores e a sociedade;

• Evolução da com

putação;

• Im

portância da informática;

• Noções básicas de com

putação;

• Procedimentos básicos de utilização de 

computadores;

• Distinção entre hardware e software 

informáticos;

• Elementos básicos de um com

putador;

• Sistemas operativos;

• Vírus e Programas de Antivírus

• Introdução ao mundo global (Intranet, Internet, 

e-mail...).

• Mencionar os componentes de um

 com

putador;

• Ligar e desligar correctam

ente o com

putados

2

II) P

roce

ssad

or d

e Te

xto

• Introdução ao am

biente Windows;

• Funcionalidades básicas do Windows;

• Officce: (W

ord, Excell e Power Point);

• Funcionalidades básicas do Microsoft Word;

• Criação de um docum

ento; 

• Com

o aceder;

• Técnicas de digitação;

• Barras de ferram

entas;

• Formatação;

• Acentuação;

• Digitação do texto;

• Gravação de um docum

ento 

• Criação de um novo documento

• Abertura de um docum

ento existente

• Im

pressão de um docum

ento

• Conhecer e utilizar ferram

entas do Microsoft Word 

• Processar textos, gravar e im

primir;

4

III)

Apr

esen

taçõ

es

• Funcionalidades básicas do Microsoft 

PowerPoint

• Criação de uma apresentação

• Com

o aceder

• Barras de ferram

entas

• Formatação

• Gravação de um docum

ento 

• Abertura de um docum

ento existente

• Im

pressão de um docum

entoW

Conhecer e utilizar ferram

entas do Microsoft PowerPoint

6

IV)

Folh

a de

lcul

o

• Funcionam

ento do Excel

• Com

o aceder

• Barras de ferram

entas

•  Planilha básica

• Formatação

• Gravação de um docum

ento

• Abertura de um docum

ento existente

• Im

pressão de um docum

ento

• Cálculo simples/folha de cálculo

• Formatação das células

10

V)

Inte

rnet

, web

, Pe

squi

sa o

nlin

e e

Segu

ranç

a na

In

tern

et

• O que é a internet e com

o funciona;

• Web;

• Serviços básicos da internet e da Web;

• Browsers/Motores de pesquisa;

• Ferramentas e funcionalidades básicas do 

browser Internet Explorer;

• Navegação na internet;

• Métodos e técnicas de navegação e pesquisa 

na internet;

• Retirar informação de um

a página de internet;

• Regras de segurança de navegação na internet;

• Ética no uso da Internet.

10

Ava

liaçõ

es4

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114 115

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

MÉTODOS DE ESTUDO

Carga Horária: 36 HORAS

Introdução

A disciplina de Métodos de Estudo visa fornecer um conjunto de ferramentas para que o formando possa organizar o seu estudo com maior autonomia e de aprender a aprender. Com  esta  disciplina  pretende-se  que  o  formando  desenvolva  uma  abordagem  teórica e  prática  orientada  para  os  problemas  do  Ensino  Primário,  em  contexto  multilingue  e multicultural, baseada no contacto permanente com a escola, com os programas de ensino, com os livros escolares e outros materiais. Ela ajuda a assumir e a desenvolver hábitos de estudo e técnicas de trabalho produtivos.

Competências

As  competências  a  serem  desenvolvidas  nesta  disciplina  provêm  do  plano  curricular do  curso  de  Formação  de  Professores  do  ensino  Primários  e  são  operacionalizadas  de forma  específica  nas  disciplinas  de  formação,  tendo  sempre  em  conta  os  elementos  de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove  o  espírito  patriótico  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem:

● Desenvolver estratégias metodológicas e técnicas para a  formação de hábitos de estudo, leitura e registo de informação;

● Dominar o uso de instrumentos de trabalho académico, de produção e sistematização de conhecimento;

● Desenvolver técnicas de estudo que permitam disciplinar o seu trabalho intelectual, garantindo deste modo maior produtividade;

● Fortalecer a postura investigativa na sua aprendizagem.

Nº UNIDADE TEMÁTICA Horas1 Introdução a métodos de estudo 22 Recursos necessários ao estudo 43 Leitura como método de estudo e base de redacção 104 Construção de textos de natureza académica 65 Relatórios  46 Práticas de estudo 6

Avaliação 436

Visão Geral do Programa

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116 117

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosPl

ano

Tem

átic

o

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sH

oras

Intr

oduç

ão a

m

étod

os d

e es

tudo

Introdução a Métodos de estudo; Conceito e 

objectivos

Meios e condições para o estudo;

Métodos, economia e eficiência nos estudos: 

estudo na sala de aulas, em

 casa e na biblioteca.

Aplica métodos de estudo na sala de aulas, biblioteca e em casa.

6

Recu

rsos

ne

cess

ário

s ao

es

tudo

Tempo

Espaço 

Material Escolar

Faz a gestão criteriosa dos recursos para a obtenção de sucessos 

nos

estu

dos

4

Leit

ura

com

o m

étod

o de

est

udo

e ba

se d

e re

dacç

ão

Leitura com

o método de estudo e base de 

redacção

• Leitura, tipos de técnicas de leitura

• Fichas de leitura

• R

esum

o•

Apontam

entos

Elem

entos auxiliares da leitura:

a) Título; 

b) Data da publicação; 

c) Contracapa; 

d) Índice ou sumário; 

e) Introdução, prefácio ou nota do autor; 

f) Bibliografia. 

Aplica métodos de leitura.

10

Cons

truç

ão d

e te

xtos

de

natu

reza

ac

adém

ica

Trabalhos Académ

icos e sua Estrutura

Escrita Académica (Norma APA)

Citações:

• Citação textual;

• Citação livre;

• Citação de citação.

Redige textos académicos obedecendo as normas

6

Rela

tóri

os•

Parte pré-textual

• Texto/corpo

• Pós-Textual

Escreve relatórios de actividades de acordo com

 a estrutura 

estu

dada

.4

Prát

icas

de

estu

do

Para quê e com

o estudar? 

Tipos de estudo; estudo em

 grupo e sua 

importância;

Planificação e organização da vida e do tempo de 

estudo;

Organização do tempo de estudo (o que estudar, 

como e quando)

• Estabelece metas do seu estudo;

• Decide sobre o tipo de estudo, de acordo com

 os objectivos 

que pretende alcançar

6

Ava

liaçã

o4

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118 119

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

1º ANO, II SEMESTREDISCIPLINAS E CARGA HORÁRIA

Contacto Estudo Geral

CCS Língua Portuguesa II 5 2 90 36 126MCN Didáctica da Matemática I 5 2 90 36 126MCN Ciências Naturais II 4 2 72 36 108CCS Ciências Sociais II 4 2 72 36 108CCS Estrutura das Línguas Moçambicanas 3 2 54 36 90CE Psicologia da Aprendizagem 4 2 72 36 108CE Educação para a Cidadania 3 2 54 36 90APT Educação Física 2 1 36 18 54

30 15 540 270 810TotalActividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)

2º Semestre (18 semanas) Horas

Área Unidades Curriculares Contacto EstudoTotal

Carga Horária: 810 HORAS

PROGRAMA DE LÍNGUA PORTUGUESA IICarga Horária: 90 HORAS

Visão Geral do Programa: Língua Portuguesa II

Unidade Temática HORASEscola 6Textos de comunicação administrativa e burocrática1. Requerimento 62. Exposição 63. Curriculum Vitae 64. Acta 6Unidade Temática: Nós e o meioTextos orais e/ou escritos de pesquisa e organização de dados

1. Relatório2. Entrevista

88

Textos narrativos1. Lenda, Conto e Fábula2. Lenda e conto popular em Banda Desenhada3. Novela

886

Texto dramático 8Textos poéticos1. Poesia de combate2. Poesia de Msaho

455

Textos Normativos 6

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120 121

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosPl

ano

Tem

átic

o: L

íngu

a Po

rtug

uesa

II

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sH

oras

Esco

la

1. T

exto

s de

com

unic

ação

adm

inis

trat

iva

e bu

rocr

átic

a1.

1. O

Req

uerim

ento

Estrutura:

–Vocativo: Exmo/a Senhor/a;

–Identificação clara do/a requerente: nom

e completo, estado civil, naturalidade;

–Corpo;

–Caracterização do assunto;

–Formulação do pedido;

–Fórmula final: pede deferim

ento;

–Data e assinatura do/a requerente

1.2.

Fun

cion

amen

to d

a lín

gua

–Frase Complexa: relação de subordinação final, 

causal e temporal;

• Preenche um

 esquema da estrutura do requerimento;

• Redige um

 requerimento de carácter adm

inistrativo, tendo em

 conta a estrutura do texto e o uso de frases adequadas para 

requerer e argum

entar;

• Assinala conjunções e locuções conjuncionais subordinadas 

finais, causais e temporais, em frases dadas, diferenciando-as 

entre si;

• Elabora frases com

plexas subordinadas finais, causais e 

temporais.

30

Esco

la

1.3.

A E

xpos

ição

Estrutura:

–Introdução - caracterização do problema ou 

situação;

–Desenvolvimento - argum

entos e contra 

argumentos;

–Conclusão.

1.4.

Fun

cion

amen

to d

a lín

gua

–Siglas e abreviaturas;

–Tipos de conjugação pronom

inal: 

–Conjugação pronominal;

–Conjugação pronominal reflexa;

–Conjugação pronominal recíproca;

–Pronom

inalização de: com

plem

entos directo, 

indirecto e formas verbais terminadas em (-m, 

-r, -s e –z).

–Funções sintácticas dos constituintes da frase 

simples: o vocativo

• Responde, por escrito, a um questionário de interpretação 

sobre um

a exposição;

• Preenche um

 esquema da estrutura formal de um

a exposição;

• Redige exposições dirigidas a órgãos de gestão escolar e a 

instituições públicas ou privadas tendo em

 conta a mancha 

gráfica e o conteúdo;

• Usa correctam

ente siglas e abreviaturas na produção de 

textos expositivos;

• Assinala os diferentes tipos de conjugação pronom

inal;

• Elabora frases usando conjugação pronominal reflexa, 

recíproca, pronominalização de complem

entos, directo e 

indirecto;

• Escreve frases aplicando regras de pronom

inalização em 

formas verbais terminadas em- m, -r, -s, e –z;

• Usa o vocativo na produção de textos expositivos;

• Elabora frases ou textos usando correctamente as funções 

sintácticas: vocativo.

Esco

la

2. O

Cur

ricu

lum

Vit

ae      - Estrutura:

      - Dados pessoais;

      - Habilitações literárias e profissionais;

     - Experiência profissional;

     - Obras publicadas e/ou 

     Trabalhos realizados;

     - Conhecimento de línguas e referências.

3. O

s fo

rmul

ário

s 4.

Os

dado

s bi

ográ

fico

s

• Descreve, por escrito, a estrutura do currículo;

• Escreve currículos para diversas entidades em resposta a: 

–Uma oferta de em

prego,

–Um pedido de emprego,

–Uma candidatura para continuação de estudos e/ou 

progressão nas carreiras profissionais, etc.

• Assinala, em formulários diversos, perguntas cuja resposta 

deve fornecer dados biográficos

• Preenche formulários diversos de acordo com

 as instruções 

fornecidas e o espaço disponível;

• Redige texto, apresentando os seus dados biográficos

Esco

la

5. A

cta

Estr

utur

aMancha gráfica

Formas de abertura e encerramento

Tipo de linguagem

Intencionalidade comunicativa

• Descreve, por escrito, a estrutura formal da acta:

• Indicando a (s) diferença (s) existentes entre a acta e o 

relatório no que se refere à mancha gráfica e intencionalidade 

comunicativa;

• Formas de abertura e de encerram

ento de um

a acta;

• Com

pleta actas, a partir de um texto com lacunas;

• Redige actas sobre factos ocorridos na reunião de turma ou 

associação de estudantes, tendo em conta a estrutura, tipo de 

linguagem

 e fidelidade;

• Resum

e, por escrito, textos dados, tendo em conta a 

fidelidade do texto principal;

6

Esco

la

6. T

exto

s or

ais

e/ou

esc

rito

s de

pes

quis

a e

orga

niza

ção

de d

ados

:6.

1. O

rel

atór

ioEstrutura:

–Apresentação: Cabeçalho (data, origem

, natureza, destinatário) e assunto (exposição 

resumida dos factos);

–Texto: Corpo (descrição e análise do(s) facto(s) 

e conclusão, com

 sugestões;

Anexos (se houver).

• F

unci

onam

ento

da

língu

a –Classe de palavras: os pronom

es 

demonstrativos: variáveis e invariáveis (sua 

relação com os advérbios de lugar).

• Preenche o esquem

a da estrutura do relatório;

• Escreve relatórios sobre o assunto da escola e da vida pública 

ou privada, tendo em

 conta os seguintes aspectos: estrutura, 

tipo de linguagem e conteúdo (coerência entre o relatado/

constatado e as conclusões/sugestões).

4

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122 123

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Nós

e o

Mei

o

7. A

Ent

revi

sta

Estrutura da entrevista:

–Introdução;

–Perguntas do entrevistador/respostas do 

entrevistado;

–Conclusão.

Func

iona

men

to d

a lín

gua

–Formas de tratam

ento (revisão e 

sistem

atização); 

–Flexão dos nom

es com

postos em núm

ero: 

plural dos nom

es com

postos com

 palavras 

separadas por um hífen.

• Descreve, por escrito, a estrutura da entrevista;

• Elabora perguntas escritas bem

 articuladas, claras e correctas, 

tendo em

 conta a situação e interlocutor;

• Escreve guião de entrevista para personalidades várias da vida 

cultural, política, académica da sua com

unidade, autarquia e 

do país, em

 geral, usando formas de tratam

ento adequadas 

de acordo com o contexto e o interlocutor.

• Usa adequadam

ente os plurais dos nomes com

postos 

formados por palavras separadas por um hífen nas seguintes 

situações:

–Nom

e+nome ou 

–Nom

e+adjectivo,

–Verbo ou palavra invariável + nom

e; –Verbo ou palavra invariável + adjectivo;

–Vários elem

entos ligados por preposição.

25

Nós

e o

mei

o

8. T

exto

s na

rrat

ivos

8.

1. L

enda

, Con

to e

Fáb

ula

–Estrutura do texto narrativo.

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

–Funções sintácticas dos constituintes da frase: 

sujeito, predicado (com

plem

ento directo, 

complem

ento indirecto e nome predicativo do 

sujeito) e com

plem

entos circunstanciais;

–Classificação dos pronomes pessoais: em

 forma de sujeito, com

plem

ento directo e 

complem

ento indirecto;

–Verbos: modo condicional;

–Discurso directo e indirecto

• Responde, por escrito, a um questionário de interpretação 

sobre um

 texto narrativo;

• Preenche um

 esquema sobre a mancha gráfica de um

 texto 

narrativo;

• Reconta, por escrito, uma história lida ou ouvida, tendo 

em conta os seguintes aspectos: tem

po, espaço, narrador, 

personagem

, acção;

• Produz um

 texto narrativo diferenciando: fábula, lenda e 

conto;

• Preenche um

 quadro com os constituintes da frase 

(com

plem

ento directo, com

plem

ento indirecto e nome 

predicativo do sujeito) e com

plem

ento circunstanciais

• Retira, do texto em

 análise, pronomes pessoais em

 forma de 

sujeito, com

plem

ento directo e complem

ento indirecto;

• Constrói frases respeitando as regras de concordância entre 

os seus constituintes;

Nós

e o

mei

o

8.2.

Len

da e

con

to p

opul

ar e

m b

anda

de

senh

ada

–Elem

entos da narrativa: narrador, personagem

 e acção;

–Função educativa da lenda e do conto popular;

–Estrutura da banda desenhada.

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

–Classe de palavras: 

Advérbio e sua flexão em grau: 

• Comparativo de superioridade, de igualdade e 

de inferioridade;

• Superlativo absoluto sintético e analítico;

–Recursos da linguagem

: repetição, com

paração 

e metáfora;

–Verbo: tempos compostos do indicativo 

(pretérito perfeito e pretérito - mais – que – 

perfeito)

• Reconta, por escrito, lendas e contos populares que tenha 

ouvido ou lido;

• Faz desenho de um

a história, em quadradinhos, 

representando os aspectos mais interessantes;

• Faz o levantam

ento e classificação dos advérbios existentes 

nos contos em estudo;

• Elabora frases, usando os graus com

parativo e superlativo:

• Comparativo de:

• Superioridade: advérbio mais + adjectivo + que/do que” 

• Igualdade: advérbio tão + adjectivo + com

o;•

Inferioridade: advérbio menos + adjectivo + que/do que);

• Superlativo absoluto:

• Sintético: adjectivo + -íssimo;

• Analítico : advérbio muito + adjectivo.

• Conta, por escrito, histórias da sua im

aginação, de acordo 

com a ordem

 lógica dos acontecimentos, usando recursos da 

linguagem

 de comparação, metáfora e personificação;

• Usa adequadam

ente verbos nos tempos compostos do 

indicativo (pretérito perfeito e pretérito mais-que-perfeito) na 

narração de histórias.

Nós

e o

Mei

o

8.3.

Len

da e

con

to p

opul

ar(Continuação)

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

• Os complem

entos circunstanciais de modo, fim 

e companhia (revisão)

8.4.

Nov

ela.

• Personagens (personagem individual e 

personagem

 colectiva);

• Identificação de sentim

entos e atitudes das 

personagens;

• Retrato psicológico das personagens por 

caracterização directa.

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

• Adjectivo: funções sintácticas do adjectivo: o 

nome predicativo do com

plem

ento directo

• Conta, por escrito, histórias inspirando-se em ambientes, 

relações interpessoais, acontecimentos diversos a nível da sua 

comunidade, da sua província e do país;

• Usa com

plem

entos circunstanciais de modo, fim e com

panhia, 

na produção de frases e textos;

• Responde, por escrito, a um questionário de interpretação 

de excertos/capítulos de novelas sobre o seu país, países de 

língua oficial portuguesa e mundo;

• Escreve pequenas novelas, tendo em

 conta a estrutura e 

retrato psicológico das personagens por caracterização 

directa;

• Preenche um

 quadro com as funções sintácticas de nome 

predicativo do com

plem

ento directo e o complem

ento 

directo;

• Escreve frases e textos fazendo concordância entre o 

predicativo do com

plem

ento directo e o complem

ento 

directo;

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124 125

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosConcordância do nome predicativo do 

complem

ento directo com o com

plem

ento 

indirecto.

• Usa o adjectivo, flexionando-o no grau superlativo 

absoluto sintético e superlativo relativo de superioridade e 

inferioridade com sufixos em

- ís

sim

o, íl

imo,

ou

–érr

imo,

na

produção de textos.

Soci

edad

e

9. T

exto

dra

mát

ico

• Jogos dramáticos;

• Encenação e representação teatral:

–O diálogo;

–A acção;

–O actor (personagem);

–As indicações cénicas: texto secundário do 

autor no qual se indicam: gestos, entoação e 

movimentação de actores

–O cenário, a luz, o som

, etc.

• Acção Dramática:

–Exposição (apresentação dos actores/

personagens);

–Desenvolvimento (produz-se o conflito) e 

–Desenlace;

• Divisão da Acção Dramática: actos, quadros e 

cenas e actores/Personagens

• Responde, por escrito, a um questionário de interpretação do 

texto dram

ático;

• Transforma textos narrativos em textos dramáticos, tendo em 

conta os seguintes aspectos: actores e estrutura do texto.

10

Soci

edad

e

9.1.

Fun

cion

amen

to d

a Lí

ngua

• Palavras derivadas por sufixação;

• Discurso directo e indirecto;

•  Classes de palavras: nom

es, adjectivos, 

advérbios e verbos (revisão);

• Orações coordenadas copulativas, adversativas 

e conclusivas;

• Interjeições; 

• Os neologismos;

• Assinala, em frases dadas, usando sinais diferentes, palavras 

derivadas por sufixação;

• Passa, por escrito, frases/textos do discurso directo para o 

discurso indirecto, usando os termos introdutores adequados;

• Forma palavras novas a partir de nomes e/ou adjectivos;

• Elabora frases com

 advérbios e verbos;

• Escreve frases com

 orações coordenadas copulativas, 

adversativas e conclusivas;

• Constrói frases com interjeições diversas;

• Usa neologismos em situações dadas.

Nós

e o

Mei

o

10. T

exto

s po

étic

osPo

ema:

• Estrofe e verso;

• Dicção, entoação e ritmo;

• Mancha gráfica: o verso, a estrofe, a rima;

• Responde, por escrito, a um questionário de interpretação 

sobre poem

a;•

Escreve versos sobre o meio em

 que vive (animais, plantas, 

objectos, acontecimentos, tendo em

 conta a estrutura, o 

conteúdo, linguagem

, recursos estilísticos;

5

O T

exto

Ver

bal:

• O conteúdo, a linguagem do poem

a e os 

recursos estilísticos - com

paração, metáfora, 

personificação (revisão), anáfora

• Classificação das estrofes quanto ao núm

ero 

de versos (dístico ou parelha, terceto, 

quadra, quintilha);

• Classificação dos versos quanto a rim

a: 

emparelhada, cruzada, interpolada e 

encadeada;

• Recursos sonoros e estilísticos: com

paração, 

metáfora, personificação, anáfora 

(consolidação). 

Soci

edad

e

10.1

.Poe

sia

de C

omba

te10

.2.P

oesi

a de

Msa

ho•

Versos livres e versos brancos ou soltos;

• Recursos sonoros e estilísticos: rima, anáfora, 

antítese, hipérbole;

• Noção de linguagem

 literária: o belo, a 

conotação;

• Palavras polissémicas.

Func

iona

men

to d

a lín

gua

• Sílaba tónica e átona

• Responde, por escrito, a questionários de interpretação de 

poesias de com

bate;

• Assinala, em poemas dados, os recursos estilísticos utilizados;

• Assinala sílaba tónica e átona em frases dadas.

10

Soci

edad

e

11. T

exto

s N

orm

ativ

os•

Excertos da Constituição da República de 

Moç

ambi

que

• Legislação sobre Órgão de Poder Local e 

Central;

• Protocolos da CPLP e SADC;

• Excertos de legislação sobre várias matérias; 

• Carta da UA;

• Declaração Universal dos Direito do Hom

em e 

da C

rianç

a.

• Produz textos normativos diversos;

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126 127

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

PROGRAMA DE DIDÁCTICA DA MATEMÁTICA ICarga Horária: 90 HORAS

Introdução

Nesta disciplina os futuros professores terão a oportunidade de trabalhar com o Programa de  Matemática  do  Ensino  Primário,  analisarão  as  competências,  princípios,  finalidades, experiências  e  processos  matemáticos,  delinearão  a  natureza  das  tarefas,  conhecerão diferentes materiais  estruturados  e  não-estruturados,  bem  como  a  sua  funcionalidade  e objectivos. 

Os  formandos  deverão  saber  planificar  de  acordo  com  o  Programa  de  Matemática  no Ensino Primário, construindo e usando adequadamente, meios didácticos e  instrumentos de avaliação. 

Competências a desenvolver

Esta  disciplina  visa  proporcionar  aos  formandos  um  contacto  com  ideias  e  métodos fundamentais  que  lhes  permitirão  desenvolver  a  capacidade  e  confiança  pessoal  na utilização deste para analisar e resolver problemas, raciocinar e comunicar de forma lógica.As competências a serem materializadas nesta disciplina provém do plano curricular do curso de Formação de Professores Primários e são operacionalizadas nas áreas curriculares, tendo sempre em conta os elementos de  competências,  critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim,  no fim do estudo desta disciplina o  formando deverá desenvolver  as seguintes competências:

1. Promove o espírito patriótico,  a  cidadania  responsável  e democrática,  os  valores universais e os direitos humanos e da criança;

2. Comunica adequadamente em vários contextos;3. Age de acordo  com os princípios  éticos  e deontológicos,  associados  à profissão 

docente.4. Domina os conteúdos do Ensino Primário e sua relação intra e interdisciplinar;5. Domina os conhecimentos das Ciências da Educação,  relacionados com o Ensino 

Primário.6. Planifica,  medeia  e  avalia  os  processos  de  ensino  e  aprendizagem  de  modo 

criativo, reflexivo, autónomo e em colaboração com os outros, tendo em conta as necessidades, interesses e progressos dos alunos (crianças e adultos);

7. Demonstra uma cultura científica e promove o auto-desenvolvimento profissional.

Resultados de aprendizagem

● Saber utilizar os diversos materiais estruturados e não-estruturados no ensino da matemática;

● Aplicar  os  princípios  didácticos  nos  processos  de  ensino  e  aprendizagem  da matemática;

● Utilizar os conhecimentos da matemática para a resolução de problemas relacionados com o meio social da criança;

● Planificar e agir  como mediador do PEA, evidenciando domínio do programa de ensino, da matéria disciplinar do Ensino Primário e das metodologias de ensino da 

matemática;  ● Avaliar o progresso dos alunos, analisar os resultados e usá-los para melhorar o seu desempenho e de todos e de cada um dos alunos; 

● Produzir ou adaptar recursos didácticos e explorar as suas potencialidades; ● Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

● Analisar criticamente manuais escolares do Ensino Primário, quanto à abordagem metodológica e sua adequação ao nível e necessidades de aprendizagem.

Visão Geral do Programa

UNIDADE TEMÁTICA Horas

I. Introdução à metodologia do ensino de Matemática 6

II. Números naturais e operações 18

III. Divisibilidade de números naturais 12

IV. Fracção 18

V. Números decimais e operações 18

VI. Razões e proporções 14

Avaliações 4

Total 90

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128 129

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosPl

ano

Tem

átic

o

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sTe

mpo

I) Introdução à 

met

odol

ogia

do

ens

ino

de

Matem

ática

1 Introdução à metodologia do ensino de 

Matem

ática

–Identifica o significado dos objectivos, o seu papel no 

ensino e o tipo de relação existente entre os objectivos;

–Apresenta com clareza, a relação que existe entre a 

disciplina de Matem

ática e as outras disciplinas do curso e 

do ensino básico;

–Relaciona os conhecimentos matem

áticos das crianças na 

fase pré-escolar com

 os diferentes conceitos matem

áticos 

escolares;

–Usa o program

a de ensino básico na preparação das suas 

aulas. Interpreta com

 clareza os programas de ensino nos 

diferentes ciclos de aprendizagem;

–Descreve a relação entre as etapas de aula e os conteúdos 

dos diferentes ciclos;

6

I-2 Familiarização do programa de ensino de 

Matem

ática

Etapas da aula

I-4 Avaliação no ensino de Matem

ática

I-5 Planificação no ensino de Matem

ática

I-6 Exercitação no ensino de Matem

ática

I-7 O ensino do vocabulário de Matem

ática

I-8 Procedimento de aula simulada

–Implem

enta a aula simulada;

–Aplica a folha exem

plar de avaliação de aula simulada.

II Núm

eros naturais 

e operações

Objetivos; avaliação; conteúdos; mapa conceptual

ii) Adição de núm

eros naturais com transporte

iii) Subtracção de núm

eros naturais com 

transporte

iv) M

ultiplicação de números naturais

v) Multiplicação de números naturais: 

multiplicação por 5

vi) Divisão de números naturais

vii) Divisão de números naturais: divisão com resto

Simulação e estudo da aula

–Define os objetivos, critérios de avaliação, conteúdos e o 

mapa conceptual;

–Aplica estratégias correctas para o ensino de núm

eros 

naturais e operações (Ler, escrever e com

por núm

eros 

naturais, adicionar e subtrair núm

eros naturais com 

transporte, multiplicar e dividir números naturais)

–Planifica e simula aulas sobre o tratam

ento de números 

naturais e operações.

18

III Divisibilidade de 

números naturais

Objetivos; avaliação; conteúdos; mapa conceptual

i) Múltiplo de um

 núm

ero

ii) Múltiplos comuns

iii) Divisor de um

 núm

ero

iv) Divisores com

uns

Simulação e estudo da aula

–Define objetivos, conteúdos, critérios de avaliação para uma 

aula simulada;

–Aplica estratégias correctas para abordar a divisibilidade 

de núm

eros naturais (determinar múltiplos de um núm

ero, 

determinar múltiplos comuns de dois ou mais números, 

determinar divisores de um

 núm

ero e determinar divisores 

comuns de dois ou mais números);

–Planifica e simula aulas sobre o ensino da divisibilidade de 

números naturais.

12

IV. Fracção

Objetivos; avaliação; conteúdos; mapa conceptual

i) Noção de fracções

iv) Equivalência e simplificação de fracções

v) Adição de fracções com

 o mesmo denominador

vi) Subracção de fracções com

 denom

inadores 

diferentes

vii) Multiplicação de fracções

viii) Divição de fracções

Simulação e estudo da aula

–Define os objetivos, conteúdos, critérios de avaliação e o 

mapa conceptual;

–Aplica estratégias correctas para o ensino de fracção (Ler, 

escrever fracções, representar fracções na semi-recta 

graduada, com

parar fracções com o mesmo denominador, 

determinar fracções equivalentes, simplificar e amplificar 

fracções, adicionar, subtrair, multiplicar e dividir fracções)

–Planifica e simula aulas sobre o ensino de fracção.

18

V Núm

eros decimais 

e operações

Objetivos; avaliação; conteúdos; mapa conceptual

i) Composição e decomposição de núm

eros 

decimais

ii) Com

paração de núm

eros decimais usando a 

semi-recta graduada

iii) Adição de núm

eros decimais

iv) M

ultiplicação de números decimais

v) Divisão de números decimais

Simulação e estudo da aula

–Define os objetivos, conteúdos, critérios de avaliação e o 

mapa conceptual;

–Aplica estratégias correctas para o ensino de núm

eros 

decimais (Ler, escrever, compor e decom

por núm

eros 

decimais, comparar núm

eros decimais usando a sem

i-recta 

graduada, relacionar núm

eros decimais com fracções, 

adicionar, subtrair, multiplicar e dividir números decimais);

–Planifica e simula aulas sobre o ensino de números decimais 

e operações

18

VI R

azõe

s e

proporções

Objetivos; avaliação; conteúdos; mapa conceptual

i) Equivalência de razões

ii) Simplificação de razões

iii) Aplicação da razão

iv) Aplicação da proporção

Simulação e estudo da aula

–Define objetivos, conteúdos, critérios de avaliação e o mapa 

conceptual;

–Aplica estratégias correctas para abordar razões e 

proporções (determinar e identificar razões equivalentes, 

simplificar razões a e plicar a razão e a proporção na 

resolução de problem

as concretos);

–Planifica e simula aulas sobre o ensino de razões e 

proporções

14

Avaliações

4To

tal

90

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

PROGRAMA DE CIÊNCIAS NATURAIS II

Carga Horária: 72 HORAS

Visão geral do Programa

1. Caça e pesca para o desenvolvimento sustentável 6

2. Matéria e mudança de estados físicos 14

3. Água 12

4. Solo e Agricultura 12

5. Saúde e higiene 10

6. Saúde sexual e reprodutiva. 14

Avaliações 4

Total 72

Plan

o Te

mát

ico

Caça

e p

esca

par

a o

dese

nvol

vim

ento

su

sten

táve

l

• Recursos naturais existentes na comunidade;

• Importância dos recursos naturais;

• Degradação Am

biental pela exploração indevida 

dos recursos naturais.

• Flora e fauna de Moçam

bique;

• Formas de conservação dos recursos faunísticos, 

florestais e pesqueiros:

–Maneio comunitário dos recursos florestais, 

faunísticos e pesqueiros;

–Fiscalização de recursos florestais, faunísticos e 

pesqueiros;

• Reposição de espécies florestais, faunísticas e 

pesqueiras;

• Problemas ambientais:

–Crescimento da população;

–Degradação dos recursos naturais;

–Degradação dos habitats;

–Poluição ambiental;

–Queimadas

• Consequências dos problemas ambientais:

–Mudanças climáticas;

–Inundações;

–Ciclones;

–Desertificação;

–Secas.

• Preserva os recursos faunísticos, florestais e pesqueiros da 

sua região;

• Fiscaliza o uso dos recursos faunísticos, florestais e 

pesqueiros;

• Divulga estratégias de conservação dos recursos florestais, 

faunísticos e pesqueiros;

• Implem

enta as medidas de protecção e conservação do 

ambi

ente

.

6

Mat

éria

e m

udan

ça

de e

stad

os fí

sico

s• Características da matéria;

• Mudanças dos estados físicos da matéria em 

função da temperatura;

• Propriedades observáveis e mensuráveis da 

matéria: Volum

e, Massa e Densidade;

• Elem

entos, compostos e mistura;

• Variação do tamanho do corpo com a variação 

da temperatura;

• O ar e suas propriedades:

–Prova da existência do ar;

–Co

mbu

stão

.

• Distingue as propriedades da matéria;

• Preserva o ambiente e qualidade do ar.

14

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosÁ

gua

• Localização da água na natureza: mares, rios, 

oceanos, lagos, lençóis freáticos, nuvens e 

polos;

• Ciclo da água;

• Estados físicos da água;

• Qualidade da água e formas da sua 

conservação; 

• Importância da água para os seres vivos;

• Propriedades da água:

–Inodora (sem

 cheiro), incolor (sem cor) e 

insípida (sem

 sabor);

–Dissolução;

• Contam

inação da água;

• Técnicas de tratam

ento da água; fervura; 

decantação; filtragem

;• Produtos químicos e outras formas de 

tratam

ento da água: lixívia, cloro;

• Doenças causadas pelo consumo de água 

contam

inada (diarreias e parasitoses 

intestinais).

• Identifica fontes de água na comunidade;

• Conserva as fontes de água na comunidade;

• Valoriza a água para a vida com

o recurso fundam

ental e 

esgotável;

• Aplica as técnicas de tratam

ento da água na sua 

comunidade;

• Difunde conhecimentos sobre a prevenção de doenças 

causadas pelo consum

o da água contam

inada.

12

Solo

e A

gric

ultu

ra• Doenças mais comuns na com

unidade: agente 

causador, sintomas e formas de prevenção: 

Doenças diarreicas, (com

 ênfase para a cólera), 

sarna, tinha, matequenha (Tunga penetrans), 

tuberculose, malária, bilharziose elefantíase e 

outras;

• Regras de higiene: Individual, Colectiva e de 

Saneam

ento do meio;

• Regras de higiene individual e colectiva:

–Lavar as mãos, tomar banho, escovar os dentes, 

tratar o cabelo

–Construir e usar latrinas;

–Cuidar do lixo;

–Eliminar os charcos, entre outros

Pratica hábitos de higiene individual, colectiva e de 

sane

amen

to d

o m

eio.

10

Saúd

e se

xual

e

repr

odut

iva

• Mudanças físicas e psicológicas que ocorrem na 

adolescência;

• Sexo, sexualidade e comportam

ento sexual;

Adopta com

portam

entos saudáveis e responsáveis em relação 

a sua saúde e a da com

unidade.

14

• Conhecimentos básicos sobre HIV e SIDA;

• O abuso de álcool e outras drogas;

• Gravidez não planificada e ITS;

• Planeamento familiar;

• Ritos de iniciação (Aspectos positivos e 

negativos dos ritos de iniciação);

• Direitos sexuais e reprodutivos;

• Orientação sexual;

• Auto-estima;

• Assédio, violência e abuso sexual;

• A importância da cultura no comportam

ento 

humano.

Ava

liaçõ

es4

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134 135

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

PROGRAMA DE CIÊNCIAS SOCIAIS II

Carga Horária: 72 Horas

Visão Geral do Programa:

Moçambique antes e pós fixação Bantu 20A presença europeia em África, implantação do sistema colonial 18Moçambique no período da Luta de Libertação à independência  10África Austral 10A sociedade e suas formas de participação na vida 10Avaliação 4

72

14.

Plan

o Te

mát

ico

de C

iênc

ias

Soci

ais

II

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sH

oras

I) M

oçam

biqu

e an

tes

a ap

ós

fixa

ção

Bant

u

1.1-

Os

prim

eiro

s ha

bita

ntes

kho

i Kho

i e S

ans

• Seu modo de vida, Economia recolectora, 

Estrutura social}

• Migrações bantu {Zona de origem

, características e as causas de abandono; as 

vagas migratórias e a sequência de ocupação 

da África Austral}

1.2

- Re

inos

e im

péri

os• Estados do Zimbabwe

• Reinos Afro Islâmicos da Costa (O com

ércio com 

mercadores asiáticos e o seu im

pacto)

• Mwenem

utapa e o ciclo do ouro

• Marave e o ciclo do marfim

.• Prazos da Coroa e estados Militares e o ciclo 

dos escravos

• O M’fecane e o Estado de Gaza

• Reconstitui as etapas da evolução do Hom

em 

• Esquem

atiza a organização dos primeiros habitantes

• Esquem

atiza no mapa as rotas da migração bantu

• Elabora um

 quadro comparativo dos Reinos e Im

périos.

• Elabora um

 mapa com os principias reino afro árabe na costa 

oriental africana

• Representa no mapa os núcleos linguísticos afro árabes.

20

II) A

pre

senç

a eu

rope

ia

em Á

fric

a,

impl

anta

ção

do

sist

ema

colo

nial

2.1

- A

cor

rida

ao

cont

inen

te a

fric

ano

• A conferência de Berlim

• A partilha de África e a ocupação efectiva

• O estabelecimento das fronteiras de 

Moç

ambi

que

2.2

- A

res

istê

ncia

à o

cupa

ção

Moç

ambi

que

e Á

fric

a • Aspectos gerais das resistências

• Resistência em

 Moçam

bique {sul, centro e 

norte}

• Administração colonial em Moçam

bique.

2.3-

Nac

iona

lism

o em

Moç

ambi

que/

Áfr

ica

• Conceito de nacionalismo 

• Causas do nacionalismo

• Líderes nacionalistas

• Esboça o mapa cor-de-rosa, e deduza as razões dos conflitos 

entre a Inglaterra e Portugal;

• Apresenta o mapa de África com os limites coloniais.  

• Elabora um

 quadro com os destaques das resistências em 

Moç

ambi

que.

• Descreva as formas de resistência;

• Avalia o im

pacto da adm

inistração colonial

• Elabora um

 com

 quadro sobre o nacionalismo indicando os 

líderes nacionalismo e respectivos partidos e países.

18

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136 137

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosIII

) M

oçam

biqu

e no

per

íodo

da

Lut

a de

Li

bert

ação

à

Inde

pend

ênci

a N

acio

nal

3.1

- A

luta

pel

a in

depe

ndên

cia

• A fundação da FRELIMO – 1962

• O período da Luta de Libertação Nacional 1964-

1974

• A Independência Nacional de Moçam

bique 25 

de Junho de 1975

• Descreve processo de fundação e libertação de Moçam

bique

• Elabora um

 gráfico do tempo sobre a história de libertação 

nacional

10

IV)

Áfr

ica

Aus

tral

4.1

- Á

fric

a A

ustr

al• A SADC {países integrantes, objectivos, 

responsabilidade de cada país}

• O desenvolvimento económico de África e sua 

relação entre os países participantes.  

• Elabora o mapa dos Países da África Austral

• Observa o mapa e identifica as condições que poderão 

concorrer para integração regional

10

V)

A s

ocie

dade

e

suas

form

as d

e pa

rtic

ipaç

ão n

a vi

da

5. 1

– F

amíli

a• Noção de família

• Tipos de família

5.2

– D

irei

tos

• Direitos humanos

• Direitos da criança

• Lei da família 

5.3

– D

emoc

raci

a e

form

as d

e re

pres

enta

ção

• Aspectos da democracia

• Símbolos Nacionais

• Órgão de Soberania

• Datas Com

emorativas

• Com base no tipo de família existente na sua com

unidade, 

faz um

a comparação com os vários tipos famílias;

• Valoriza os direitos humanos e da criança;

• Elabora um

 cartaz com os símbolos nacionais e os órgãos de 

sobe

rani

a• Apresenta um

a pesquisa sobre o cum

primento da lei da 

família na sua com

unidade

10

Ava

liaçã

o4

PROGRAMA DE ESTRUTURA DAS LÍNGUAS MOÇAMBICANAS

Carga Horária 54 HORAS

Introdução

A disciplina de Estrutura das Línguas Moçambicanas pretende fazer com que o formando aprenda a  situação  linguística de África e de Moçambique,  a história das  Línguas Bantu de Moçambique,  e  a  estrutura  das  Línguas Moçambicanas,  isto  é,  a  fonética,  fonologia, morfologia e a sintaxe, incluindo a aprendizagem da leitura e escrita nestas línguas.

A análise de materiais escritos disponíveis em Línguas Moçambicanas constitui uma base importante para a  reflexão de aspectos  ligados à grafia,  tendo em conta o processo de padronização e suas implicações para o ensino das mesmas.

Competências

Com  esta  disciplina  pretende-se  que  o  formando  desenvolva  uma  abordagem  teórica e  prática  orientada  para  os  problemas  do  Ensino  Primário,  em  contexto  multilingue  e multicultural, baseada no contacto permanente com a escola, com os programas de ensino, com os livros escolares e outros materiais.

As  competências  a  serem desenvolvidas  nesta  disciplina  provêm do  plano  curricular  do curso de Formação de Professores do ensino Primários e são operacionalizadas em todas as áreas curriculares e de forma específica nas disciplinas de formação, tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove  o  espírito  patriótico  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

●  Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de aprendizagem:

● Caracterizar  similaridades  e  diferenças  entre  as  Línguas  Bantu  faladas  em Moçambique;

● Descrever  a  estrutura  das  línguas  moçambicanas  nos  aspectos  elementares  da fonética, fonologia, morfologia e sintaxe;

● Sistematizar  as diferenças estruturais  entre as  Línguas Moçambicanas e a  Língua Portuguesa;

● Reconhecer as diferenças estruturais entre as Línguas Moçambicanas e o português e as possíveis áreas de tensão entre elas;

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138 139

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

● Ler e produzir  textos em Línguas Moçambicanas do grupo Bantu,  respeitando as regras de funcionamento da língua;

● Analisar, criticamente, os materiais em Línguas Moçambicanas, quanto à adequação ao contexto, necessidades  linguísticas das crianças e à observância das regras de funcionamento.

Visão Geral do Programa

Unidade Temática HORAS

Aspectos Sociolinguísticos e Antropológicos das Línguas Bantu de Moçambique 10

Fonética das Línguas Bantu de Moçambique 8

Fonologia das Línguas Bantu de Moçambique 10

Morfologia nominal das Línguas Bantu de Moçambique 8

Morfologia verbal das Línguas Bantu de Moçambique 8

Sintaxe das Línguas Bantu de Moçambique 10

Total 54

Plan

o Te

mát

ico

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sH

oras

Asp

ecto

s So

ciol

ingu

ísti

cos

e A

ntro

poló

gico

s da

s Lí

ngua

s Ba

ntu

de

Moç

ambi

que

1. Conceito de Língua e Conceito de Língua Bantu

2. Características gerais das Línguas Bantu

3. Localização das Línguas Bantu no Continente 

Africano

• Define o conceito de:

–Língua

–Língua Bantu

• Caracteriza traços típicos das Línguas Bantu

• Localiza no mapa as zonas onde são faladas as Línguas Bantu

2

Líng

uas

Bant

u de

Moç

ambi

que

1. M

oçam

bique como País Multilíngue e 

Multicultural

2. Línguas Bantu de Moçam

bique

3. Localização das Línguas Bantu de Moçam

bique.

4. Fenóm

enos linguísticos de contacto de línguas

• Apresenta exem

plos que dem

onstrem que Moçam

bique é 

um País Multilíngue e Multicultural

• Identifica as Línguas Bantu de Moçam

bique

• Localiza as Línguas Bantu de Moçam

bique no mapa 

linguístico

• Valoriza os aspectos étnico-linguísticos de Moçam

bique.

4

Classificação das Línguas Bantu de Moçam

bique 

segundo GUTHRIE (1967).

• Classifica as Línguas Bantu de Moçam

bique segundo 

GUTHRIE (1967).

• Usa a classificação de GUTHRIE (1967).

4

Foné

tica

das

ngua

s Ba

ntu

1. O aparelho fonador

2. Os pontos de articulação

3. Os modos de articulação

• Localiza os pontos e os modos de articulação

• Classifica o som produzido

1

Produção, descrição e classificação dos sons 

(ponto e modo de articulação).

• Descreve os sons específicos que ocorrem

 nas Línguas Bantu;

• Classifica os sons que ocorrem nas Línguas Bantu.

1

Sist

ema

cons

onân

tico

1. Características das consoantes típicas das 

Línguas Bantu

Modificações consonânticas

1. Aspiração

2. Labialização/Velarização

3. P

alat

aliz

ação

4. Pré-nasalização

• Identifica as consoantes típicas das Línguas Bantu;

• Descreve as características típicas das consoantes das 

Línguas Bantu;

• Identifica as mudanças que ocorrem nas Línguas Bantu:

–Aspiração

–Labialização/Velarização

–Pa

lata

lizaç

ão –Pré-nasalização

Aplica as regras das modificações consonânticas

2

Duração vocálica:

1. Vogais longas;

2. Vogais breves.

• Identifica a duração que ocorre nas vogais longas e breves 

• Usa correctam

ente as vogais e sua duração.

2

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sH

oras

Fono

logi

a da

s Lí

ngua

s Ba

ntu

Cara

cter

ísti

cas

dist

inti

vas

dos

sons

1. V

ozea

men

to2. Sons implosivos

3. Aspiração

4. L

abia

lizaç

ão5. Nasal silábica

Identifica as características distintivas dos sons

3

Asp

ecto

s pr

osód

icos

1. T

om2. Tom

 lexical

• Analisa o tom lexical nas LB;

• Aplica o tom lexical nas LB.

3

Ort

ogra

fia

das

LB d

e M

oçam

biqu

eSistem

a ortográfico:

Vogais, Consoantes, Sílabas

• Tom

 e sua representação

• Escrita

• Uso de maiúsculas

• Uso de apóstrofe

• Sinais de pontuação.

• Identifica as regras ortográficas das LB de Moçam

bique;

• Produz frases aplicando as regras ortográficas das LB de 

Moç

ambi

que.

4

Mor

folo

gia

Nom

inal

das

ngua

s Ba

ntu

de

Moç

ambi

que

Estr

utur

a do

nom

e:1. Prefixo nominal

2. T

ema

nom

inal

• Caracteriza as estruturas básicas do nom

e• Aplica a estrutura do nom

e em

 contextos frásicos

4

Clas

ses

nom

inai

s1. Prefixos nom

inais

2. Nom

es: simples e com

postos

3. Integração dos em

préstim

os nas L.B.

• Aplica os mecanismos da derivação nom

inal nas LB.

• Realiza a segm

entação das palavras nas LB

4

• M

orfo

logi

a ve

rbal

das

ngua

s Ba

ntu

de M

oçam

biqu

e

Estr

utur

a do

ver

bo1. Constituintes do verbo:

• Raiz verbal;

• Marcas de tempo (passado, presente, futuro);

• Marcas de concordância do sujeito;

• Marcas de objecto.

• Analisa as características do verbo nas LB;

• Identifica os constituintes do verbo nas LB.

4

Exte

nsõe

s ve

rbai

s:Causativa, Aplicativa, Passiva, Recíproca, Estativa, 

Intensiva e Contactiva

• Identifica as extensões verbais nas LB;

• Aplica as extensões verbais nas LB.

4

Sint

axe1 d

as

língu

as b

antu

Fras

e si

mpl

es1. Frase verbal

2. Frase não verbal (orações copulativas)

• Identifica frase verbal e frase não verbal

• Constrói frases 

2

Cate

gori

as s

intá

ctic

as d

os a

rgum

ento

sSujeito (simples e com

posto)

Mecanismos de concordância verbal: (sujeito 

simples e com

posto)

• Identifica os argumentos de uma frase e as suas funções 

sintácticas

2

Obj

ecto

1. Objecto prim

ário e objecto secundário

2. M

ecanismos de concordância verbal

• Identifica o objecto prim

ário 

• Identifica o objecto secundário

• Aplica os mecanismos de concordância verbal

2

Com

plem

ento

s1. Vocativo

2. I

nstr

umen

to3.

Cau

sa4. M

ecanismos de concordância verbal

• Identifica os complem

entos de uma frase

• Aplica mecanismos de concordância verbal

2

Fras

e co

mpl

exa

1. Conjunções:

• Coordenativas:

–Copulativa, adversativa, disjuntiva

• Subordinativas:

–Causal, integrante, relativa, temporal

• Identifica as conjunções 

• Identifica os modos verbais

• Aplica os mecanismos de junção de orações

2

1 Na sintaxe vai se privilegiar exemplos de textos sobre a temática da SIDA, M

eio am

biente, Saúde

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

PSICOLOGIA DE APRENDIZAGEM

Carga Horária: 108 HORAS

A Psicologia da Aprendizagem pretende contribuir para a  formação do  futuro professor, numa perspectiva de desconstrução da natureza da Psicologia da Educação como ciência aplicada. Tem, ainda, como finalidade, levar os formandos a reflectirem sobre os princípios psicológicos  que  explicam  e  fundamentam  os  processos  de  ensino  e  aprendizagem  no contexto da educação moçambicana. Será também a partir da Psicologia da Aprendizagem que  os  formandos  desenvolverão  competências  para  compreensão  dos  seus  alunos  do amanhã em contexto  intra  e  extra-escolar,  bem como delinearão acções  educativas que visem favorecer o desenvolvimento dos mais novos. Por fim, o relacionamento interpessoal na escola e na comunidade será, igualmente, alvo de reflexões.Competências

● Domina os conhecimentos das Ciências da Educação,  relacionados com o Ensino Primário.

● Planifica,  medeia  e  avalia  os  processos  de  ensino  e  aprendizagem  de  modo criativo, reflexivo, autónomo e em colaboração com os outros, tendo em conta as necessidades, interesses e progressos dos alunos (crianças e adultos);

Resultados de Aprendizagem:

● Compreender a relação entre a Psicologia como ciência e a educação como processo social;

● Perceber  os  conceitos  básicos,  as  abordagens  e  a  utilidade  da  Psicologia  da Aprendizagem para o trabalho do professor;

● Identificar  as  diferentes  teorias  psicológicas  contemporâneas  e  conhecer  as  suas aplicações gerais à educação;

● Identificar e aplicar modelos de educação alternativos e abordagens pedagógicas gerais derivadas das teorias psicológicas;

● Orientar os processos de ensino e aprendizagem centrados no aluno tendo em conta as etapas e características de desenvolvimento pessoal, os ritmos, potencialidades e necessidades educativas especiais;

● Relacionar-se  com  os  seus  alunos  e  demais  membros  da  comunidade  escolar, guiando-se pelos princípios éticos e humanísticos exigidos pela profissão docente;

● Interpretar criticamente a escola e a organização do currículo, à luz dos contributos teóricos das ciências da educação na vertente de uma escola para todos e para cada um;

● Compreender o papel do professor na motivação dos alunos e no apoio àqueles que têm necessidades educativas especiais;

● Reflectir  acerca  da  especificidade  das  aprendizagens  nos  diferentes  espaços disciplinares;

● Aprender a conhecer na perspectiva da aprendizagem ao longo da vida.

Visão Geral do Programa

Nº UNIDADE TEMÁTICA AULASI. Noções Gerais de Psicologia 16

II. Desenvolvimento Humano 22

III. Bases Psicológicas dos Processos de Desenvolvimento e Aprendizagem 16

IV. Tópicos da Psicologia de Aprendizagem 20

V. Teorias de Aprendizagem 18

VI. Soluções de Problemas de Criatividade 16

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosPl

ano

Tem

átic

o

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

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ênci

as R

eque

rida

sA

ulas

I) N

OÇÕ

ES G

ERA

IS D

A

PSIC

OLO

GIA

1. O que é Psicologia;

2. M

étodo e objecto de estudo da Psicologia;

3. Abordagens da Psicologia contem

porânea:

3.1 Behaviorismo;

3.2 Psicanálise;

3.3 Gestalt;

3.4 Hum

anismo;

4. Cam

pos da Psicologia;

5. Aplicações da Psicologia;

6. Objectivos da Psicologia Educacional.

• Compreende algumas Noções de Psicologia que explicam

 cientificamente a dinâm

ica e a evolução dos Processos de 

Desenvolvimento e Aprendizagem Hum

anos.

16

II) C

ompr

eend

e al

gum

as N

oçõe

s de

Psi

colo

gia

que

expl

icam

ci

enti

fica

men

te

a di

nâm

ica

e a

evol

ução

dos

Pr

oces

sos

de

Des

envo

lvim

ento

e

Apr

endi

zage

m

Hum

anos

.

1. Desenvolvimento Hum

ano:

1.1 Natureza e dialéctica do 

desenvolvimento hum

ano;

1.2 Etapas do desenvolvimento hum

ano;

1.3 Características orgânico-motoras do 

desenvolvimento hum

ano

2. Processos do desenvolvimento hum

ano:

2.1 Identificação social;

2.2 Tipificação sexual;

2.3 Formação da personalidade

3. Determinantes dos processos de 

desenvolvimento hum

ano:

3.1 Família;

3.2 Comunidade;

3.3 Meio-am

biente

4. Teorias do Desenvolvimento Hum

ano

4.1 Desenvolvimento cognitivo;

4.2 Desenvolvimento psico-sexual;

4.3 Desenvolvimento psico-social;

4.4 Desenvolvimento moral

• Conhece as características, os Processos e Determinantes do 

Desenvolvimento Hum

ano, do nascimento à adolescência

22

III)

BASE

S PS

ICO

LÓG

ICA

S D

OS

PRO

CESS

OS

DE

DES

ENV

OLV

IMEN

TO

E A

PREN

DIZ

AG

EM

1. Cognição;

2. Percepção;

3. Sensação;

4. Imaginação;

5. Emoção;

6. Frustração.

• Compreende as Bases Psicológicas dos Processos de 

Desenvolvimento e Aprendizagem

• Esquem

atiza os diferentes processos das bases psicológicas 

do Desenvolvimento e Aprendizagem

16

IV)

TÓPI

COS

DA

PS

ICO

LOG

IA D

A

APR

END

IZA

GEM

1. Psicologia da Aprendizagem;

2. História da aprendizagen;

3. Objectivos da aprendizagem

;4. Características da aprendizagem

;5. Tipos de aprendizagem

:5.1 Aprendizagem

 cognitiva;

5.2 Aprendizagem

 afectiva;

5.3 Aprendizagem

 psico-motora

6. Processo de transferência:

6.1 Transferência da aprendizagem;

6.2 Tipos de transferência:

6.3 Ensino para a transferência e treino 

específico;

6.4 Teorias da transferência;

7. M

emória e esquecimento:

7.1 Características da mem

ória;

7.2 Estágios da mem

ória;

7.3 Características do esquecimento;

7.4 Factores responsáveis pelo Esquecimento

8. Pré-requisitos para a aprendizagem:

8.1 Maturação;

8.2 Motivação;

8.3 Inteligência;

8.4 Experiências passadas

9. Aprendizagem e género;

10. Técnicas de observação e com

unicação na 

sala

de

aula

s.

• Aplica os diferentes tópicos da Psicologia da Aprendizagem 

para o entendimento e condução do processo de Ensino-

Aprendizagem

20

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sA

ulas

V) T

EORI

AS

DA

A

PREN

DIZ

AG

EM1. Abordagem

 tradicional.

1.1 Contribuições da abordagem tradicional 

na explicação da aprendizagem

2. Abordagem

 com

portam

entalista;

2.1

Cont

ribui

ções

da

abor

dage

m

comportam

entalista na explicação da 

Aprendizagem

;2.2 Teoria do condicionamento operante;

2.3 Teoria da Aprendizagem

 por observação 

de m

odel

os3. Abordagem

 cognitiva:

3.1 Contribuições da abordagem cognitiva 

na explicação da Aprendizagem

;3.2 Teoria do desenvolvimento cognitivo;

3.3 Teoria da influência do meio-am

biente;

3.4 Teoria da aprendizagem

 cum

ulativa;

3.5 Teoria da aprendizagem

 significativa;

3.6 Teoria da aprendizagem

 por descoberta

4. Abordagem

 Hum

anista:

4.1 Contribuições da abordagem hum

anista 

na explicação da aprendizagem

;4.2 Aprendizagem

 centrada no aluno

• Analisa as Teorias da Aprendizagem que explicam

 os 

diferentes pensamentos e práticas de como se adquire e se 

processa a Aprendizagem num

 contexto sócio-escolar.

• Elabora um

 esquema resumo das semelhanças e diferenças 

entre as Teorias da Aprendizagem

18

VI)

SO

LUÇÃ

O D

E PR

OBL

EMA

S E

CRIA

TIV

IDA

DE

1. Reflexão;

2. Solução de problemas;

3. Psicologia da criatividade:

3.1 Estratégias para estimular a criatividade;

3.2 Influências sócio-culturais no incentivo 

da criatividade:

3.3 Estratégias para melhorar a solução 

criativa de problem

as.

• Aplica os princípios da Psicologia da Criatividade na Solução 

de Problem

as de Aprendizagem

 num

 dado contexto sócio-

escolar

• Elabora um

a listagem de ideias criativas para a Solução de 

Problemas de contexto sócio-escolar

16

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA

Carga Horária: 54 HORAS

Com  esta  disciplina  pretende-se  que  o  formando  desenvolva  uma  abordagem  teórica e  prática  orientada  para  os  problemas  do  Ensino  Primário,  em  contexto  multilingue  e multicultural, baseada no contacto permanente com a escola, com os programas de ensino, com os livros escolares e outros materiais

As  competências  a  serem desenvolvidas  nesta  disciplina  provêm do  plano  curricular  do curso de Formação de Professores do ensino Primários e são operacionalizadas em todas as áreas curriculares e de forma específica nas disciplinas de formação, tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove  o  espírito  patriótico  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de aprendizagem:

● Analisar e aplicar estratégias de desenvolvimento de valores universais, patrióticos (amor à pátria, respeito, auto-estima) e cívicos;

● Compreender  a  importância  da  Ética  e  Deontologia,  tendo  em  consideração  as dimensões pessoal e profissional;

● Reflectir sobre dilemas éticos da profissão docente e discutir respostas adequadas à  complexidade das  situações profissionais,  inseridas num determinado contexto social;

● Propor acções que contribuem para o desenvolvimento de valores cívicos e morais e o exercício da cidadania, na escola e na comunidade;

● Formar professores capazes de:  » Educar  crianças,  jovens  e  adultos  no  respeito  pela Constituição da República, órgãos e símbolos de soberania nacional;

» Proporcionar o desenvolvimento  integral  e harmonioso da personalidade dos seus alunos;

» Inculcar na criança, jovem e adulto, padrões aceitáveis de comportamento, tais como lealdade, respeito, disciplina e responsabilidade; 

» Desenvolver a sensibilidade estética e a capacidade artística das crianças, jovens e adultos, educando-os no amor pelas artes e no gosto pelo belo;

» Educar a criança, o jovem e o adulto no espírito de cooperação internacional, de integração regional, continental e mundial;

» Analisar,  criticamente,  as estratégias de abordagem dos valores patrióticos na cultura organizacional da escola e nos materiais de ensino, propondo alternativas.

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148 149

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Visão Geral do ProgramaNº Unidade Temática HORAS1. Moçambique, um país multilingue e Multicultural 62. Nação Moçambicana 63. Símbolos da Pátria 64. Instituições do Estado 65. O papel da cultura na promoção do patriotismo 56. A Moral 57. Ética e deontologia profissional do professor 88. Educação financeira 89. Avaliações 4

Total 54

Plan

o Te

mát

ico

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sA

ulas

I) M

oçam

biqu

e, u

m

país

mul

tilin

gue

e M

ulti

cult

ural

i) Importância da socialização na formação da 

identidade individual e colectiva;

ii) Respeito pelas diferenças individuais e 

colectivas;

iii) Declaração universal dos direitos Hum

anos;

iv) Convenção internacional sobre os direitos da 

criança

• Respeita a diversidade das pessoas com

 que convive;

• Aplica as convenções internacionais sobre os direitos 

humanos, no geral e da criança, em particular

6

II) N

ação

M

oçam

bica

naSurgimento do Nacionalismo

Percurso histórico até à proclamação da 

independência nacional

• Descreve o percurso histórico do povo moçam

bicano até à 

proclamação da independência.

6

III)

Sím

bolo

s da

tria

i) Símbolos da pátria:

–Bandeira

–Em

blem

a –Hino Nacional

ii) Órgãos de Soberania

–O Presidente da República;

–A Assembleia da República;

–O Governo 

–O Conselho Constitucional

• Descreve os símbolos da pátria;

• Descreve as funções dos órgãos de soberania;

• Assume atitude de respeito perante os símbolos da pátria e 

órgãos de soberania. 

6

IV)

Inst

itui

ções

do

Esta

doi) Órgãos centrais do estado

Min

isté

rios

ii) Órgãos locais do estado:

–Governo provincial;

–Governo distrital;

–Governo do posto administrativo;

–Localidades;

–Conselhos municipais.

• Explica os conceitos de “órgãos centrais do estado” e “órgãos 

locais do estado”.

6

V)

O p

apel

da

cult

ura

na

prom

oção

do

patr

ioti

smo

i) A cultura e a identidade Moçam

bicana;

ii) Influência da cultura na coesão e unidade 

nacional

• Pratica diferentes manifestações culturais da sua região e do 

país;

5

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150 151

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosV

I) A

Mor

alDefinição do conceito “moral”

Aquisição de princípios morais;

Como conviver na diferença.

• Convive em

 harmonia com

 os colegas e a comunidade, em 

gera

l.5

VII)

Éti

ca e

de

onto

logi

a pr

ofiss

iona

l do

prof

esso

r

Diferença entre a ética e a deontologia;

i) Princípios da deontologia profissional;

ii) Estatuto Geral dos funcionários e agentes do 

esta

doiii) Os valores éticos e deontológicos relacionados 

com a tarefa de educar

iv) Código de conduta dos professores em

 M

oçam

biqu

e.

• Observa valores éticos na relação com os restantes mem

bros 

da com

unidade.

8

VIII

) Ed

ucaç

ão

fina

ncei

ra•

Pla

neam

ento

e g

estã

o do

orç

amen

to –Despesas e rendimento

–Necessidade e desejo

–Planificação das despesas

• Contas Bancárias

–Depósitos à ordem e depósitos à prazo

–Empréstim

os bancários (créditos);

–Seguros

–Poupança

–Aplicações da poupança

–Aplica os seus rendimentos de acordo com um plano;

–Avalia os riscos do plano financeiro e aposta em

 acções 

seguras;

–Pratica a poupança.

8

IX)

A

valia

ções

4

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Carga Horária: 72 (36 + 36) Horas

Introdução

A  Educação  Física  é  parte  integrante  do  processo  de  educação  que  contribui  para  o desenvolvimento integral do indivíduo. A actividade física e desportiva é relevante para o desenvolvimento físico, mental, emocional, social e moral, promove ainda um estilo de vida saudável, equilibrado e harmonioso da criança.

Os conteúdos desta disciplina deverão ser direccionados para responder, concomitantemente, à Educação Física e ao desporto escolar, incorporando questões sensíveis e contemporâneas da  sociedade  moçambicana  como  o  HIV/SIDA,  abuso  de  drogas  e  álcool,  género, aspectos legais, ambiente, paz, direitos humanos, em especial os da criança, entre outros, entendendo o movimento como actividade humana enriquecedora, visando proporcionar conhecimentos  básicos  sobre  o  estudo  da  motricidade,  nos  seus  diversos  ângulos, equacionar a relação de socialização a uma cultura motora, progressivamente realizadas ao longo do desenvolvimento da criança.

Procura-se compreender o papel da cultura motora, no processo mais amplo da socialização da criança, isto é, o contributo da actividade física e desportiva no desenvolvimento integral da criança (saber; saber ser, saber estar e saber fazer), sua personalidade e autonomia.Pretende-se que os  formandos se  familiarizem com as  regras de segurança  intrínsecas à prática desportiva e do exercício físico das diferentes modalidades desportivas individuais e colectivas  (como por exemplo,  futebol, basquetebol, atletismo, voleibol, andebol, entre outras).

Competências a Desenvolver:

A Educação Física visa dotar o formando de conhecimentos, habilidades e atitudes que lhe permitam compreender a  importância de Educação Física na escola e sua  ligação com o desporto escolar como veículo da massificação desportiva no país praticando, ele mesmo, o desporto. Ao mesmo tempo, o formando vivencia formas de participação e de organização do exercício físico e da actividade desportiva na comunidade em que está inserido.

As competências a serem materializadas nesta disciplina provém do plano curricular do curso de Formação de Professores Primários e são operacionalizadas tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove o  espírito patriótico,  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Promove  o  auto  -  desenvolvimento  profissional  e  envolve-se  num  trabalho 

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152 153

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

colaborativo e articulado. ● Pratica o exercício físico e o desporto como elemento de promoção social e cultural.

Resultados de Aprendizagem

● Demonstrar que a actividade física é um direito de todos e uma necessidade básica e contribui para o equilíbrio físico, psicológico e social de cada indivíduo;

● Aplicar regras de segurança na prática desportiva; ● Aplicar as regras específicas de cada modalidade individual e colectiva; ● Analisar criticamente a cultura e a prática da Educação Física em escolas primárias e nos manuais escolares.

Visão Geral do Programa

Unidade Temática HorasDanças e Jogos Tradicionais 10

Danças e Jogos Tradicionais 10

Atletismo 20

Desporto com a Bola 28

Organização de Eventos 4

72

Plan

o Te

mát

ico

Uni

dade

Tem

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aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sH

oras

I) D

ança

s e

Jogo

s Tr

adic

iona

is

–Dança da sua comunidade;

–Jogos da sua com

unidade.

• Apresenta a descrição de um

a dança ou jogo da sua 

comunidade;

• Organiza evento de dança ou jogos tradicionais na turma ou 

na com

unidade;

• Apresenta o relatório de actividade.

10

II) G

inás

tica

–Formas de organização da turma;

–Equilíbrio estático e dinâmico;

–Posições básicas;

–Movimentos básicos;

–Jogos lúdicos

• Executa os exercícios;

• Apresenta um

 com

plexo de exercício.

10

III)

Atl

etis

mo

–Jogos de corridas

–Jogos de lançam

ento

–Jogos de saltos

–Combinação de movimentos

–Corridas de Velocidade

–Corrida de estafeta

–Salto emcomprimento

• Distigue os tipos de exercícios

• Executa os movimentos dos exercícios;

• Explica a forma de executar;

• Apresenta o relatório das actividades organizadas.

20

IV)

Des

port

os c

om

bola

–Jogos de passes e recepção

–Jogos reduzidos

• Identica os movimentos executados

• Executa os movimentos dos exercícios;

• Explica a forma de executar;

• Apresenta o relatório das actividades organizadas.

• Jogos desportivos com

 Bola (Andebol, Futebol, Voleibol; 

basquetebol)

28

V)

Org

aniz

ação

de

even

tos

–Fases de um evento

–Plano de organização de um

 evento na 

comunidade

–Realização de um

 evento.

• Apresenta o plano de actividade

• Participa na organização do evento.

• Apresenta o relatório das actividades organizadas

4

Tota

l72

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

2º Ano, 3º SemestrePROGRAMAS E CARGA HORÁRIA

Carga Horária: 108 HORAS

Contacto Estudo Geral

CCS Didáctica da Língua Primeira (Materna) 6 2 108 36 144CCS Didáctica das Ciências Sociais I 4 1 72 18 90CCS Literatura Oral em Línguas Moçambicanas 2 1 36 18 54MCN Matemática II 5 2 90 36 126MCN Práticas Laboratoriais 4 2 72 36 108APT Educação Física 2 1 36 18 54CE Andragogia 2 1 36 18 54CE Necessidades Educativas Especiais 5 1 90 18 108CE Práticas Pedagógicas I 0 4 0 72 72

30 15 540 270 810TotalActividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)

3º Semestre (18 semanas) Horas

Área Unidades Curriculares Contacto EstudoTotal

DIDÁCTICA DA LÍNGUA PRIMEIRA (MATERNA)

Carga Horária: 108 HORAS

Introdução

A disciplina de Didáctica da Língua primeira ou materna visa fazer com que os formandos aprendam  a  desenvolver  a  comunicação  entre  os  usuários  da  língua,  empregando-a corretamente em diversas situações de comunicação. Nesta acção eles iniciarão o contacto com diversos processos didácticos implicados na aquisição e desenvolvimento das quatro habilidades linguísticas (ouvir, falar, ler e escrever). 

A  disciplina  visa  desenvolver  ferramentas  que  permitem  ao  formando  compreender  os fenómenos  relacionados  com  o  desenvolvimento  da  oralidade,  leitura  e  escrita  iniciais, familiarizar-se  com  as  dificuldades  de  aprendizagem  e  a  abordagem  das  mesmas  em contexto de sala de aulas e criar um ambiente favorável à aprendizagem de uma língua.

A  Didáctica  da  Língua  materna  pretende,  enfim,  desenvolver  a  capacidade  de  ensinar a  produzir  e  compreender  um  número  ilimitado  de  texto  bem  formados,  modificar, parafraseando o texto de acordo com as suas conveniências e classificar certas tipologias textuais.

Competências a desenvolver

As  competências  a  serem materializadas  nesta  disciplina provém do plano  curricular  do curso de  Formação de Professores Primários  e  são operacionalizadas em  todas  as  áreas curriculares e de forma específica nas disciplinas tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove o espírito patriótico, a cidadania responsável e democrática, os valores e de cidadania, regras de convivência democrática e valores universais;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra os conhecimentos científicos do ensino primário; ● Planifica, medeia e avalia os processos de ensino e aprendizagem de modo criativo e  reflexivo adaptando os processos às necessidades,  interesses e progressos dos alunos e ao contexto;

● Promove  o  auto-desenvolvimento  profissional  e  envolve-se  num  trabalho cooperativo, colaborativo e articulado.

Resultados da aprendizagem

● Sintetizar  princípios  e  metodologias  de  ensino  do  Português  como  L1  para  a aquisição e desenvolvimento da oralidade, dos processos de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita iniciais;

● Planificar  e  agir  como  mediador  dos  processos  de  ensino  e  aprendizagem, 

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156 157

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

evidenciando domínio dos princípios de ensino da matéria disciplinar do 1º e 2º Ciclos e das metodologias de ensino da oralidade, leitura e escrita iniciais, tendo em conta os contextos de aprendizagem;

● Aplicar correctamente os métodos de ensino de aprendizagem da oralidade, leitura e escrita recomendados no programa de ensino;

● Avaliar o progresso dos alunos, e usar os resultados para planificar e implementar planos de remediação das dificuldades de aprendizagem de língua;

● Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

● Desenvolver  recursos didácticos que estimulam o desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita iniciais;

Visão Geral do Programa

UNIDADE TEMÁTICA HORASi)  Diversidade linguística e cultural 8ii)  Abordagem comunicativa no ensino de línguas 8iii)  Ensino da L1 14iv)  Transferência de habilidades da L1 para L2 12v)  Tipos de ensino de línguas 4vi)   Ensino e Aprendizagem da Oralidade 14vii)   Ensino e Aprendizagem da Leitura e da Escrita 14viii)  Métodos de Ensino-Aprendizagem da Leitura e da Escrita 14ix)  . Elaboração e Utilização de Material Didáctico 14Avaliação 6Total 108

Plan

o Te

mát

ico

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sH

oras

I) D

iver

sida

de

lingu

ísti

ca e

cu

ltur

al

A L

íngu

a•

Conceito de Língua;

• Im

portância do estudo das línguas Bantu no 

desenvolvimento do país;

• Situação linguística do continente africano;

• Situação linguística de Moçam

bique;

• Características das línguas Bantu 

• Define língua e língua Bantu;

• Explica a importância do estudo das línguas Bantu para o 

desenvolvimento do país

• Localiza no mapa onde são faladas as línguas Bantu no 

continente africano;

• Identifica as línguas Bantu de Moçam

bique

• Localiza as línguas Bantu de Moçam

bique no mapa 

linguístico do país;

8

II) A

bord

agem

co

mun

icat

iva

no

ensi

no d

e lín

guas

• Definição da abordagem

 com

unicativa

• Actos de fala para diferentes finalidades

• Define ensino comunicativo das línguas;

• Identifica os diferentes actos de fala;

• Emprega os actos fala para diferentes contextos. 

8

III)

Ensi

no d

a L1

• Leitura e interpretação de im

agens;

• Método analítico – sintético;

• Planificação e simulação de aulas.

• Lê im

agens;

• Explica o funcionamento do método analítico sintético;

• Aplica o método analítico sintético;

• Planifica a aula tendo em

 conta as seguintes especificações: 

• Identifica o tema a leccionar;

• Define objectivos específicos da aula;

• Selecciona as actividades que se adequam aos objectivos;

• - Simula a aula obedecendo ao plano. 

14

IV)

Tran

sfer

ênci

a de

ha

bilid

ades

da

L1

para

L2

• Método de tradução;

• Método prever- rever;

• Situações de com

unicação;

• Planificação e simulação de aulas.

• Explica o funcionamento do método de tradução;

• Define o método prever-rever;

• Identifica os passos do método prever-rever;

• Explica a importância do método prever-reve para a 

transferência de habilidades;

• Explica o que são situações de com

unicação;

• Identifica as diferentes situações de com

unicação;

• Planifica as aulas relativas as três abordagens feitas nesta 

unidade tendo em

 conta as seguintes especificações: 

• Identifica o tema a leccionar;

• Define objectivos específicos da aula;

• Selecciona as actividades que se adequam aos objectivos;

• Simula a aula obedecendo ao plano. 

12

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158 159

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

V)

Tipo

s de

ens

ino

de lí

ngua

• Prescritivo

• Descritivo

• Produtivo.

• Aplica a gram

ática normativa, objetivando a correção formal 

da linguagem;

• Mostra como funciona a linguagem e com

o determinada 

língua funciona;

• Ensina novas habilidades linguísticas aos alunos

4

VI)

Ens

ino

e ap

rend

izag

em

da o

ralid

ade

(com

petê

ncia

s ou

vir

/ fa

lar)

Comunicação Oral

–Etapas da comunicação oral 

–Actividades de comunicação oral para O 1º 

ciclo

–Aulas-tipo de com

unicação oral

–Exercícios de aplicação

–Práticas pedagógicas

Aplica técnicas de ensino da oralidade

14

VII)

Ens

ino

e ap

rend

izag

em

da le

itur

a e

da

escr

ita

• Comunicação escrita

–Etapas de aquisição das técnicas de leitura e 

escrita

–Exercícios de aplicação

–Práticas pedagógicas

Aplica técnicas de ensino da leitura e escrita

14

VIII

) M

étod

os

de e

nsin

o-ap

rend

izag

em

da le

itur

a e

da

escr

ita

• Caracterização e crítica dos principais métodos

–Selecção do método e sua justificação

–Lições-tipo de leitura e escrita

–Exercícios de aplicação

–Práticas pedagógicas

• Exercícios de consolidação da leitura e da 

escrita

–Leitura e interpretação de pequenos textos

–Vocabulário

–Ortografia

–Produção de frases e de pequenos textos

–Gramática implícita

–Exercícios de aplicação

–Práticas pedagógicas

14

IX)

Elab

oraç

ão

e U

tiliz

ação

de

Mat

eria

l D

idác

tico

• A im

portância da utilização de material 

didáctico

• Elaboração e utilização de material didáctico

Prepara e utiliza material didáctico para a leccionação

14

Ava

liaçã

o6

Tota

l

PROGRAMA DE MATEMÁTICA II

Carga Horária: 90 HORAS

Nº Unidade Temática Horas SemestreI. Espaço e forma 26 II

II. Grandezas e medidas 28

III. Percentagens 6

IV. Correspondências 8

V. Tabelas e gráficos e estatística 18

Avaliações 4

Total Matemática II 90

TOTAL MATEMÁTICA 180 2

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160 161

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosPl

ano

Tem

átic

o: M

atem

átic

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Uni

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Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

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I) E

spaç

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Form

a

Figu

ras

e só

lidos

geo

mét

rico

s•

Ponto, recta e plano

• Relação entre duas rectas no plano:

–Posição horizontal e vertical de rectas;

–Construção de rectas paralelas e concorrentes 

(oblíquas e perpendiculares);

–Mediatriz de um

 segmento e sua construção;

• Ângulos e sua classificação;

• Triângulo:

–Construção de triângulos; 

–Construção de altura, mediana, bissectriz de 

triângulo e linhas médias;

–Ângulos de um triângulo (internos e externos);

–Soma de ângulos internos de um

 triângulo;

–Relação entre os ângulos intertnos e externos 

de um triângulo;

–Tipos de triângulos;

• Quadriláteros:

–Soma de ângulos internos de um

 quadrilátero;

–Tipos de quadriláteros;

–Propriedades de quadriláteros;

• Polígono:

–Classificação de polígonos;

–Soma de ângulos internos de um

 polígono;

• Circunferências e círculo:

–Centro, raio e diâm

etro;

–Corda, arco e semi-circunferência;

–Perím

etro da circunferência;

• Sólidos geométricos:

–Prisma e cilindro de revolução;

–Pirâmide e cone;

–Esfera;

–Planificação de sólidos geométricos.

• Identifica linhas rectas e curvas a partir da observação de 

objectos e de figuras geométricas;

• Planifica sólidos geométricos relacionando-os com os 

objectos concretos da vida real;

• Constrói figuras e sólidos geométricos;

• Compara e descreve sólidos geométricos identificando 

semelhanças e diferenças;

• Identifica polígonos e círculos nos sólidos geométricos.

26

II) G

rand

ezas

e

med

idas

• Dinheiro em circulação e movimentos 

bancários;

• Medidas de comprimento;

• Medidas de massa;

• Perímetro de figuras planas (triângulo, 

quadrado e rectângulo),

• Áreas de figuras planas (quadrado, rectângulo, 

paralelogram

o, triângulo, losango, trapézio e 

círculo),

• Unidades de áreas (km2, hm2, dam

2, m2, dm2, 

cm2 e mm2);

• Unidades agrárias (hectare, are e centiare); 

• Relação entre as unidades agrárias e de área; 

• Área da superfície de sólidos geométricos 

(prisma, cilindro, pirâmide, cone e esfera);

• Volum

e de sólidos geométricos (prisma, 

cilindro, pirâmide, cone e esfera);

• Unidades de volum

e;•

Medidas de capacidade:

–Relação entre as unidades de capacidade e 

volume;

• Tem

po:

–Unidade fundam

ental;

–Conversões;

–Operações com

 medida do tempo;

–Calendário.

• Usa o sistema monetário de Moçam

bique na resolução de 

problemas; 

• Resolve problemas da vida que envolvem grandezas de 

medidas;

• Resolve problemas concretos aplicando os conhecimentos 

de área, perímetro e volum

e das figuras e sólidos 

geom

étricos em diferentes contextos;

• Resolve problemas reais da vida envolvendo situações 

temporais.

28

III)

Perc

enta

gens

• Noção de percentagem;

• Relação de fracções, núm

eros decimais e 

percentagem; 

• Uma quandidade com

o percentagem de outra 

quantidade;

• Percentagem

 de quantidade;

• Mudança percentual;

• Lucro, prejuízo, desconto e juros.

• Relaciona as diferentes formas de representar uma 

percentagem;

• Resolve problemas concretos que envolvem cálculo de 

percentagem

6

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162 163

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

IV)

Corr

espo

ndên

cias

• Tabelas;

• Sistemas de coordenadas;

• Relação entre duas grandezas:

–Relação entre duas grandezas cuja soma é 

constante;

–Relação entre duas grandezas cuja a diferença 

é constante;

–Relação entre duas grandezas cujo quociente é 

constante (Proporcionalidade directa - Equação 

do tipo y=kx);

–Relação entre duas grandezas cujo produto é 

constante (proporcionalidade inversa - Equação 

do tipo y=x/k).

• Aplica as proporcionalidades directas e inversa na 

resolução de problem

as da vida prática.

8

V)

Tabe

las

e G

ráfi

cos

e Es

tatí

stic

a

• Noções elem

entares de estatística: população, 

amostra, variáveis (qualitativas e quantitativas);

• Recolha, organização e registo de dados em 

tabe

las

• Gráfico de barras, linhas, pictograma e 

histograma;

• Interpretação de tabelas e gráficos;

• Cálculo de média aritmética, moda e mediana.

• Aplica conhecimentos estatísticos para recolher e 

organizar dados de situações problemáticas da vida real;

• Lê, e interpreta informação apresentada em tabelas de 

frequências, gráficos pictogram

as e histogram

a• Constrói tabelas de frequências e gráficos a partir de 

dados; 

• Resolve problemas que envolvem o cálculo de média 

aritm

ética, moda e mediana.

18

Ava

liaçã

o4

PROGRAMA DE PRÁTICAS LABORATORIAIS

Carga Horária: 72 HORAS

Introdução

A  disciplina  da  Práticas  Laboratoriais  constitui  complemento  da  disciplina  das  Ciências Naturais. Ela visa a materialização prática das ciências naturais e é a etapa preparatória para a introdução da disciplina da Didáctica das Ciências Naturais.

Tendo em conta que  as Ciências Naturais  estão estreitamente  relacionadas  com o meio onde o aluno vive, a realização das Práticas Laboratoriais visa preparar o futuro professor no sentido de levar o aluno a observar com espírito crítico aquilo que o rodeia, provocar nele uma curiosidade e a necessidade de obter explicações lógicas para interpretar os factos e fenómenos naturais.

Competências

Com esta disciplina pretende-se que o  formando apenda estratégias de desenvolver, na criança,  habilidades  de  pensar  e  agir  cientificamente,  buscando  conhecimento  através da pesquisa,  isto é, uma atitude científica caracterizada por certas qualidades,  tais como curiosidade,  busca  de  explicações  para  factos  e  fenómenos,  análise  de  assuntos  até  a conclusão, etc.

As  competências  a  serem  desenvolvidas  nesta  disciplina  provêm  do  plano  curricular do  curso  de  Formação  de  Professores  do  ensino  Primários  e  são  operacionalizadas  de forma  específica  nas  disciplinas  de  formação,  tendo  sempre  em  conta  os  elementos  de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove  o  espírito  patriótico  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem:

● Utilizar estratégias para desenvolver, nas crianças, o gosto pela Ciência; ● Aplicar os conhecimentos teóricos adquiridos nas Ciências Naturais na preparação e leccionação das diferentes unidades temáticas;

● Usar recursos que o ambiente oferece para ensinar Ciências Naturais; ● Preparar meios didácticos adequados para o ensino das várias unidades temáticas; ● Valorizar a participação da comunidade no ensino desta disciplina e discute com ela sobre os perigos da má utilização dos recursos naturais;

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164 165

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

● Orientar o trabalho independente dos alunos e estimula a criatividade dos mesmos;  ● Estabelecer a interdisciplinaridade como forma de utilizar todos os conhecimentos adquiridos ao longo do curso.

Visão Geral do Programa

Unidade Temática HORAS

O método científico e sua importância no ensino das Ciências Naturais 8

Material para o ensino das Ciências Naturais 16

Projectos no ensino das ciências naturais 18

Normas de segurança 4

Experiências de ciências naturais 20

Avaliação 6

72

Plan

o Te

mát

ico

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sTe

mpo

1

O método científico 

e sua importância no 

ensino das Ciências 

Naturais

• Etapas do método científico;

–Observação; 

–Formulação de hipóteses;

–Experim

entação;

–Conclusões.

• Im

portância do método científico

• L

imita

ções

des

te m

étod

o~.

• Aplica o método científico na resolução de 

problemas científicos e quotidianos;

• Elabora projectos de ensino de Ciências 

Naturais.

• Elabora relatórios de pesquisa usando 

estr

utur

a ad

equa

da.

8

2Material para o ensino 

das Ciências Naturais

• Materiais para o ensino das ciências naturais:

–Materiais existentes na natureza;

–Materiais que podem

 ser produto de reciclagem

;• Preparar material didáctico para o ensino das 

ciências naturais;

Prepara ou adapta Materiais didácticos para o 

ensino das ciências

16

3Projectos no ensino 

das ciências naturais

O que é um projecto no ensino ciências naturais

• Projectos de pesquisa para o esclarecimento de 

factos e fenómenos;

• Projecto de criação de animai

• Projecto de um

a horta;

• Importância de realização de trabalhos através 

de pro

Organiza e executa diferentes projectos

18

4Normas de segurança 

no trabalho

Cuidados a ter com

: –Materiais inflamáveis;

–Instrumentos contundentes;

–Fogo;

–Substâncias corrosivas

Aplica normas de segurança no trabalho

4

5Experiências de 

ciências naturais

• Preparar instrumentos e outros materiais para as 

aulas práticas;

• Preparar guiões para as aulas práticas das 

ciências naturais;

• Preparar aulas experimentais;

• Realizar experiências, produzir relatórios, 

desenhos do que observa nas experiências

• Guiões de práticas laboratoriais;

• Guiões de aulas práticas (excursões, visitas 

de cam

po, etc.) 

• Relatórios de práticas laboratoriais

20

Ava

liaçã

o6

Tota

l72

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166 167

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

PROGRAMA DE DIDÁCTICA DAS CIÊNCIAS SOCIAISCarga Horária: 72 HORAS

Introdução

A disciplina Didáctica das Ciências Sociais pretende que o futuro professor conheça, com profundidade,  os  aspectos  inerentes  ao  ensino  das  Ciências  Sociais  no  Ensino  Primário, familiarizando-se  com  diferentes  metodologias  que  lhe  permitirão  fazer  uma  análise exaustiva e crítica do programa desta disciplina.

Nesta disciplina é também solicitado aos futuros professores a adopção de uma postura crítica e reflexiva face à singularidade dos vários temas a trabalhar nesta área.

Esta disciplina visa levar o formando a aplicar os princípios e metodologias de ensino da Ciências Sociais; planificar e dar aulas de acordo com programa de ensino demonstrando segurança no domínio da matéria disciplinar e capacidade de gestão do plano de lição, dos meios de ensino, da participação activa dos alunos e da disciplina na turma.

Competências a Desenvolver

As  competências  a  serem materializadas  nesta  disciplina provêm do plano  curricular  do curso de  Formação de Professores Primários  e  são operacionalizadas em  todas  as  áreas curriculares, tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove o espírito patriótico, a cidadania responsável e democrática, os valores e de cidadania, regras de convivência democrática e valores universais;

● Demonstra os conhecimentos científicos do ensino primário; ● Planifica, medeia e avalia os processos de ensino e aprendizagem de modo criativo e  reflexivo adaptando os processos às necessidades,  interesses e progressos dos alunos e ao contexto;

● Promove  o  auto-desenvolvimento  profissional  e  envolve-se  num  trabalho cooperativo, colaborativo e articulado.

Resultados da Aprendizagem da Didáctica das Ciências Sociais

● Planificar aulas de Ciências Sociais e agir como mediador dos processos de ensino e aprendizagem, evidenciando domínio do programa de ensino, da matéria disciplinar do Ensino Primário e das metodologias de ensino das Ciências Sociais; 

● Avaliar o progresso dos alunos, analisar os resultados e usá-los para melhorar o seu desempenho e de todos e de cada um dos alunos; 

● Produzir ou adaptar recursos didácticos e explorar as suas potencialidades, na sala de aula; 

● Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

● Analisar criticamente manuais escolares do Ensino Primário, quanto à abordagem metodológica e sua adequação ao nível e necessidades de aprendizagem.

Visão Geral do Programa

UNIDADE TEMÁTICA HORAS1. Didáctica de Ensino das Ciências Sociais 102. O Programa do Ensino das Ciências sociais (4ª a 6ª classe) 143. Os Problemas Específicos de Ensino das Ciências Sociais 164. Os Métodos de Ensino/ Aprendizagem das Ciências sociais 165. Os Meios de Ensino 166. A Planificação 227. Avaliação 108. Actividades Práticas 40Total 144

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168 169

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosPl

ano

Tem

átic

oU

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ica

Cont

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sEv

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cias

Req

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das

C.H

1. D

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das

Ci

ênci

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ocia

is

Intr

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ão a

o es

tudo

da

Did

ácti

ca d

as C

iênc

ias

Soci

ais

• Conceito e objecto da Didáctica de Ciências 

Sociais; 

• Relação da Didáctica de Ciências Sociais 

Didáctica de Ciências Sociais com outras 

disciplinas;

• Objecto de estudo da Didáctica de Ciências 

Sociais;

• Importância da Didáctica de Ciências Sociais;

Esboça um esquema ilustrativo da relação da Didáctica de 

Ciências Sociais com

 outras Ciências;

10

2. O

Pro

gram

a do

En

sino

das

Ciê

ncia

s so

ciai

s (4

ª a

7ª c

lass

e)

Estr

utur

a do

s pr

ogra

mas

das

Ciê

ncia

s So

ciai

s• Objectivos gerais e específicos das ciências 

sociais no ensino Primário;

• Objectivos do ensino das ciências sociais no 

período colonial e pós independência;

• Esquem

atiza a estrutura do program

a das Ciências Sociais;

• Elabora um

a tabela com

parativa dos objectivos do 

Ensino das Ciências Sociais nos períodos colonial e pós 

independência 

14

3. O

s Pr

oble

mas

Es

pecí

fico

s de

Ens

ino

das

Ciên

cias

Soc

iais

3.1

- A

bstr

acçã

o da

noç

ão d

e te

mpo

• O tempo e a História;

• A noção de tempo e o nível de desenvolvimento 

etário da criança;

• Recursos para apoiar a abstracção da noção do 

tempo;

3.2

- A

bstr

acçã

o da

noç

ão d

e es

paço

:• O jogo e a passagem do concreto para 

abstracção

3.3

– O

s co

ncei

tos

em C

iênc

ias

Soci

ais

• Conceito em Historia;

• Conceito em geografia;

3.4

– O

s fa

ctos

em

Ciê

ncia

s So

ciai

s• Facto Histórico;

• Facto geográfico; 

3.5

- Pr

incí

pios

esp

ecífi

cos

no e

nsin

o da

s ci

ênci

as s

ocia

is•

Inter-relação estudo do território e estudo dos 

componentes;

• Esquem

atiza as etapas do desenvolvimento da noção do 

tempo em função das faixas etárias; 

• Selecciona os recursos adequados;

• Constrói o gráfico do tempo;

• Prom

ove jogos locais que permitem concretizar a noção de 

espaço e fronteira (neca e tchuva e outros)

• Elabora um

 esquema demonstrando a aplicação dos 

conceitos, factos e princípios.

16

• Inter – relação das Ciências Sociais e Ciências 

Naturais;

• In

ter r

elaç

ão d

o es

tudo

da

estr

utur

a e

do

desenvolvimento territorial;

• Variação da escala;

• Comparação permanente com

 a realidade 

próxima do aluno; 

4 -

Os

Mét

odos

de

Ens

ino/

A

pren

diza

gem

das

Ci

ênci

as s

ocia

is

4.1

- M

étod

os g

erai

s• Expositivo, trabalho independente, elaboração 

conjunta

• Dedutivo/Indutivo

4.2

- M

étod

os e

spec

ífico

s• Progressivo

• Regressivo

• Genético

• Observação directa

• Observação  indirecta

• Aplica correctamente os métodos específicos;

• Combina os diferentes métodos do ensino durante a aula;

16

5 -

Os

Mei

os d

e En

sino

Os

mei

os e

sua

s ba

ses

• Conceito de meios de ensino 

• Atlas geográfico Mapa

• G

lobo

• Maquetas e gráficos

• O livro do aluno e o manual do professor

• Meios audiovisuais

• Selecciona correctam

ente os meios de Ensino;

• Constrói alguns meios de ensino, tais como mapas, 

maquetes globos usando material local;

• Explora correctamente o livro do aluno durante as aulas

16

6 -

A P

lani

fica

ção

das

aula

s de

Ciê

ncia

s So

ciai

s

• 6.

1. –

A p

lani

fica

ção

de a

ulas

e s

eus

elem

ento

s• Conceito de planificação

• Elem

entos relevantes do plano de lição

• Esboço do plano de lição

• Importância da planificação

• 6.

2 -

Dom

ínio

dos

obj

ecti

vos

(rev

isão

)• Cognitivo, afectivos, psicomotor;

• Os objectivos gerais e específicos;

• Normas para um

a correcta definição de 

objectivos;

• Constrói um plano de aula;

• Reconhece o valor da planificação

• Formula, correctam

ente, os objectivos de cada aula;

• Esquem

atiza a aula de acordo com

 as funções didácticas;

• Determina os conteúdos a desenvolver em cada função 

didáctica

22

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170 171

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos• Importância da definição de objectivos;

• 6.

3 -

Os

tipo

s de

funç

ões

e su

as c

ondi

ções

(r

evis

ão)

• As funções didácticas e as condições de selecção

• Introdução/Motivação;

• Mediação/assimilação

• Dom

ínio/consolidação

• Avaliação

7 -

Ava

liaçã

oEs

peci

fici

dade

s de

ava

liaçã

o em

Ciê

ncia

s So

ciai

s• Questões específicas para a elaboração de um

a prova em

 Ciências Sociais

• Elabora um

a avaliação

10

8 -

Act

ivid

ades

Pr

átic

as

Act

ivid

ades

prá

tica

s•

Elab

oraç

ão d

os m

eios

de

ensi

no• Simulação das aulas

• Concebe os meios de ensino com

 base nos materiais locais;

• Planifica e lecciona as aulas

40

PROGRAMA DE LITERATURA ORAL EM LÍNGUAS MOÇAMBICANAS

Carga Horária: 54 HORAS

Introdução

A disciplina de Literatura Oral em Línguas Moçambicanas pretende valorizar a tradição oral como uma das múltiplas manifestações culturais, nos variados contextos do quotidiano.

Os textos de tradição oral constituem um dos mais importantes meios de transmissão de valores, assumindo, deste modo, o papel de moralização de costumes.

No seu conjunto, as histórias e lendas afiguram-se como leis e costumes que governam o código e regras de comportamento, com a finalidade de estabelecer a harmonia social e moral da sociedade. Assim, assumindo-se como um factor de controlo social, os textos de tradição oral têm a função lúdica e moralizante, sendo que a literatura oral reveste-se de grande importância do ponto de vista estético e social.

As funções sociais dizem respeito aos papéis literários das artes verbais, neste caso, como fonte de educação.

Competências

Com esta disciplina pretende-se que o formando aprenda a veicular valores morais do meio social através de  textos de  tradição oral, pois estes  incutem conceitos sociais básicos na consciência da criança, constituindo, por isso, um dos meios mais úteis de socialização do indivíduo, pela transmissão de um conjunto de atitudes e valores sociais que não podem ser adquiridos através da educação formal.

As  competências  a  serem  desenvolvidas  nesta  disciplina  provêm  do  plano  curricular do  curso  de  Formação  de  Professores  do  ensino  Primários  e  são  operacionalizadas  de forma  específica  nas  disciplinas  de  formação,  tendo  sempre  em  conta  os  elementos  de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove  o  espírito  patriótico  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem:

● Dominar  estratégias  de  utilização  dos  conhecimentos  dos  alunos  (adultos  e crianças), para identificar o conteúdo principal de um texto, fazer juízos de valor e 

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172 173

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

comentários sobre os textos; ● Aplicar estratégias diversificadas para levar os alunos (adultos e crianças) a relacionar o conteúdo do texto com aspectos da vida, ou factos da época a que o texto se refere.

● Sistematizar os elementos que ajudam os alunos (adultos e crianças) a chegar ao significado das palavras, frases e do texto;

● Organizar a recolha e circulação de material, para ler ao nível da turma e da escola; ● Organizar cantos e círculos de interesse de leitura e pequenas rubricas no jornal de turma e da escola;

● Gerir uma biblioteca escolar.

Visão Geral do Programa

Unidade Temática HORAS1 Introdução ao Património Cultural (tangível ou material e intengível ou 

imaterial)2

2 Introdução à Literatura Oral 4

3 Tradições orais em Moçambique 4

4 Elementos culturais relevantes das diferentes regiões do país 14

5 Actividades práticas 12

Total 36

Plan

o Te

mát

ico

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sH

oras

Intr

oduç

ão à

Li

tera

tura

Ora

l

Noções de patrim

ónio cultural

a) Patrim

ónio cultural tangível (material)

b) Patrim

ónio cultural intangível (imaterial) 

Conceito da Literatura Oral

Evolução da Literatura oral

Importância da Literatura oral

• Introduz a noção de património cultural;

• Refere a Literratura oral com

o parte de patrim

ónio cultural 

intangível (imaterial)

• Explica o que é Literatura oral e qual o seu lugar na 

sociedade;

• Descreve o percurso da literatura oral desde os tempos 

mais remotos;

• Escreve um

 texto sobre a importância da literatura oral

4

Trad

içõe

s or

ais

em

Moç

ambi

que

• Co

nto

–Funções do conto;

–Linguagem do conto;

–Espaço e o tempo do conto;

–Estrutura do conto;

• Provérbios;

• Advinhas;

• Poesia;

• Canções – música

• D

ança

s

• Descreve, por escrito, as diferentes manifestações culturais 

e explica o mom

ento da sua execução;

• Recolhe canções populares da sua região e organiza um

 cancioneiro

4

Uso

s e

cost

umes

das

di

fere

ntes

reg

iões

do

país

Manifestações culturais em diferentes cerimónias:

–Nascimento de um

a criança;

–Passagem

 da fase da infância para a fase adulta 

– Ritos de iniciação;

–Casamento;

–Morte;

–Evocação aos antepassados

• Explica as diferentes manifestações culturais da população 

de diferentes regiões, quando ocorrem

 determinados 

eventos.

16

Act

ivid

ades

prá

tica

s• Recolha de contos, lendas, provérbios advinhas, 

canções populares na com

unidade;

• Recolha de histórias na sala de aulas

• Recolhe materiais de tradição oral (podendo ser de um

 dos 

géneros: contos, adivinhas, provérbios, canções, etc.) na 

sua comunidade e de colegas e faz um

a colectânea.

12

Tota

l36

Ava

liaçã

oA avaliação desta disciplina terá um carácter prático, isto é, o formando será orientado a realizar trabalhos de pesquisa na com

unidade e apresentar os 

respectivos relatórios ou colectâneas de quaisquer m

anifestações culturais relacionadas com

 a literatura oral desenvolvidas pela população, quer sejam

 contos, advinhas, provérbios, canções, etc., acom

panhadas pela descrição do mom

ento da sua execução. 

Os materiais coleccionados farão parte do portfólio do formando. 

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174 175

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

PROGRAMA DE NECESSIDADES EDUCATICAS ESPECIAIS

Carga Horária: 90 HORAS

Introdução

A disciplina “Necessidades Educativas Especiais” visa desenvolver competências de lidar com a diversidade escolar de alunos. Nesta perspectiva, os futuros professores devem dominar técnicas apropriadas para trabalhar com cada aluno, incluindo aqueles com necessidades educativas especiais.

A questão de  inclusão de crianças ou Jovens com Necessidades Educativas Especiais em turmas  regulares  surge  com  o  propósito  de  responder  aos  desafios  do  movimento  da escola inclusiva que se apoia no conceito de inclusão, que implica, por outras palavras, a inserção de alunos com NEE em turmas regulares, onde estes, sempre que possível, devem receber todos os serviços educativos adequados, às suas capacidades, como é referido na Declaração de Salamanca (1994).

Resultados de aprendizagem:

- Aplicar  técnicas  e procedimentos para  a  identificação,  caracterização psicopedagogica, orientação e seguimento dos alunos com Necessidades Educativas Especiais;- Aplicar técnicas para exploração diagnóstica e intervenção educativa; -  Aplicar  estratégias  de  intervenção  para  alunos  com  necessidades  educativas  de aprendizagem;  -  Usar  alternativas  de  comunicação  para  a  deficiência  auditiva,  visual  ou mental, entre outras;- Planificar aulas tendo em conta as especificidades dos alunos - Usar recursos psicoterapêuticos.

Estratégias de Ensino Aprendizagem

Este programa de Necessidades educativas especiais esta orientado para o desenvolvimento de competências buscando um olhar construtivista e no paradigma crítico-reflexivo Sustento teórico  e metodológico  do modelo  adaptado  por Moçambique  em  relação  a  Educação Especial  e  Inclusiva,  Politica  Nacional  de  Educação  em Moçambique,  tendências  actuais sobre atenção as Necessidades Educativas Especiais. Sistemas de serviços especializados, escolas especiais de nível primário.

Competências

Com  esta  disciplina  pretende-seque  o  formando  desenvolva  uma  abordagem  teórica e  prática  orientada  para  os  problemas  do  Ensino  Primário,  em  contexto  multilingue  e multicultural, baseada no contacto permanente com a escola, com os programas de ensino, com os livros escolares e outros materiais

As  competências  a  serem desenvolvidas  nesta  disciplina  provêm do  plano  curricular  do curso de Formação de Professores do ensino Primários e são operacionalizadas em todas as áreas curriculares e de forma específica nas disciplinas de formação, tendo sempre em conta 

os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove  o  espírito  patriótico  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem:

● Reconhecer e respeitar a diversidade linguística e cultural do país, como contributo para o reforço da unidade nacional;

● Exprimir, oralmente e por escrito, ideias ou comentários sobre valores éticos ligados à sua profissão;

● Interpretar a Convenção sobre os direitos da criança; ● Produzir enunciados orais adequados a situações de comunicação variadas; ● Utilizar diferentes recursos para a compreensão de textos e de obras literárias de autores nacionais e internacionais.

● Fazer juízos de valor, comentários e inferências sobre o conteúdo dos textos, obras completas e atitudes dos personagens;

● Reflectir sobre funcionamento e uso da língua e atitude do professor primário face aos desvios à norma linguística.

● Analisar  criticamente  abordagem  dos  conteúdos  de  LP  nos  materiais  de  Ensino Primário e nas aulas assistidas, quanto à sua adequação às necessidades linguísticas das crianças.

Visão Geral do Programa

Unidade Temática HORASContextualização das Necessidades Educativas Especiais 2

Diagnóstico, Orientação e Intervenção na Escola; 18

Estimulação Precoce 10

Problemas Específicos de Aprendizagem; 10

Fundamentos da Pedagogia Especial 14

Recursos Psicoterapêuticos para o Professor 14

Regularidades Psicológicas de alunos com atraso no desenvolvimento Psíquico e Mental, autismo, Deficiência múltipla e Físico motor.

18

Avaliação 4

Total 90

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176 177

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosPl

ano

Tem

átic

o

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

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sCa

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ária

1. C

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lizaç

ão

da E

duca

ção

Espe

cial

/

Nec

essi

dade

s Ed

ucat

ivas

Esp

ecia

is

1.1. Marco legal da Educação Especial / 

Necessidades Educativas Especiais

1.2. Conceitos e Categorias Básicas da 

Educação Especial / Necessidades 

Edicativas Especiais.

Des

criç

ão legal (Universal e Nacional) das convenções, sobre 

as NEE (sistematização, elaboração de portfólios, 

análise, 

enum

eração de convenções, debates 

e posicionam

ento/ 

ratificação 

de Moçam

bique 

em relação 

às Convenções 

internacionais)

Com

pree

nde 

conceitos, 

princípios e 

diferentes enfoques 

provenientes da Educação Especial e outras ciências, exigindo 

do professor que possua conhecimentos profundos em

 relação 

ao atendimento educacional de crianças e jovens e adultos com 

Necessidades Educativas Especiais (NEE)

Num

a visão mais genérica, o professor enfrenta o desafio de 

mudar sua postura frente à classe de alunos com

 Necessidades 

Educativas Especiais, proporcionando o saber fazer e exigindo 

a disposição de aprender num

a turma de diversidade escolar, 

tendo em

 conta as circunstâncias presentes e em contrapartida 

encontrar uma resposta à diversidade dos alunos na sala de aula.

2

2. D

elim

itaç

ão

conc

eptu

al d

o D

iagn

ósti

co,

Ori

enta

ção

e In

terv

ençã

o na

Es

cola

2.1. Fundamentos Psicologicos e 

Pedagogicos do Diagnóstico, Orientação e 

Intervenção na Escola;

Iden

tifi

ca diferentes concepções do diagnóstico como processo 

Pedagogico, Psicológico 

e Psicopedagogico 

de diferentes 

tipos de Necessidades Educativas Especiais (elabora tabelas/

mapeamento sobre as NEE num

a turma)

Real

iza o Processo de Diagnóstico e intervenção na escola, que 

evidenciam

 a teoria e prática e perspectivas actuais. 

Apl

ica técnicas metodologica para a identificação de alunos com 

Necessidades Educativas Especiais e os factores que dificultam, 

retardam

 ou aceleram

 aprendizagem

Det

erm

ina os factores de risco, nível de progresso que alcança 

o aluno com Necessidades Educativas Especiais e o program

a de 

intervação 

18

3. E

stim

ulaç

ão

Prec

oce

3.1. Desenvolvimento Hum

ano, Directrizes e 

importância da Estimulação Precoce

Apl

ica técnicas de estim

ulação precoce a crianças, jovens e adulto 

com Necessidades educativas especiais de carácter intelectual, 

físico-motor, conduta e dificuldades de aprendizagem

 (usa 

brinquedos e outros objectos; aplica técnicas de estim

ulação.

Prom

ove

técnicas de orientação e 

intervenção 

no 

desenvolvimento em geral em áreas específicas tais com

o o 

desenvolvimento sensório na família-escola-com

unidade.

Dis

sem

ina jogos nas idades precoces de desenvolvimento.

10

4. P

robl

emas

Es

pecí

fico

s de

A

pren

diza

gem

4.1.Problemas Específicos de Aprendizagem;

Com

pree

nde problemas específicos de aprendizagem desde 

generalidades, Conceitos, causas. Critérios, classificação dos 

transtornos específicos de aprendizagem

 e Estratégias de 

intervenção.

Iden

tifi

ca problem

as específicos de aprendizagem no (Calculo, 

Discalculia, …) Leitura, Escrita, Dislexia, Disgrafia, Desirtografia e 

suas formas mais graves.

10

5. F

unda

men

tos

da

Peda

gogi

a Es

peci

al;

5.1. Enfoque Sócio Histórico-cultural e 

Fundam

entos da Pedagogia Especial;

Dom

ina os conceitos gerais da Educação Especial, Normas 

vigentes, Diferenças existentes entre Deficiência, Impedimento, 

Incapacidade, Apoios, Prevenção, Diagnóstico, Tratam

ento, 

Seguimento, Trânsito, Correção, Compensação, Normalização, 

Integração, Inclusão, Necessidades Educativas Especiais e tipos 

de ajuda.

Ana

lisa Educação Especial / Necessidades Educativas Especiais / 

Educação Inclusiva no contexto Internacional e em Moçam

bique.

Apl

ica Modelo de Educação Especial / Educação inclusiva no 

contexto Internacional e em Moçam

bique.

14

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

6. R

ecur

sos

Psic

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Pro

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or;

6.1. Estrategias de Intervencão 

Psicoterapêuticos para o Professor;

Des

envo

lve dinâmica e sessões de psicoterapia individual, 

coletiva e familiar desde enfoque socio histórico-cultural.

Prep

ara os pais e encarregados de educação em psicoterapia 

infantil e Técnicas de relaxamento

Cria estímulos psicoterapêuticos para atendimento educacional 

de crianças e jovens com

 Necessidades Educativas Especiais.

14

7. R

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.

7.1. Concepção das Regularidades 

Psicológicas de alunos com

 atraso no 

desenvolvimento Psíquico e Mental, 

autismo, Deficiência múltipla e Físico 

mot

or.

Ana

lisa diferentes enfoques, princípios, principais postulados e 

categorias do enfoque socio histórico-cultural das regularidades 

psicológicas. Estrutura do defeito. Formas clínicas. Principais 

regularidades psicológicas destes escolares nas diferentes etapas 

do desenvolvimento, as causas, características, tipos e prevenção.

18

PROGRAMA DE ANDRAGOGIA

Carga Horária: 54 HORAS

Introdução

Na disciplina  de Andragogia  os  futuros  professores  terão  a  oportunidade  de  se  inteirar dos  pressupostos  ou  princípios  que  se  tornaram  fundamentos  da  teoria  moderna  de aprendizagem dos adultos, proporcionando-lhes ferramentas apropriadas para o trabalho pedagógico com os adultos.

Pretende  dar  a  conhecer  as  diferentes  correntes  teóricas  que  a  fundamentam, modelos de educação, o modelo pedagógico e andragógico e formação de adultos, salientando o papel do formador (facilitador) e do formando, em termos de tarefas e responsabilidades no decurso do processo de aprendizagem.

Os  futuros professores através desta disciplina serão orientados a compreender o que é um adulto-educando e os factores que influenciam a sua aprendizagem, daí que durante o processo da sua formação será priorizada o desenvolvimento de competências da prática docente na sala de aulas, através de práticas pedagógicas.

Na Andragogia, o futuro professor deve considerar que a experiência é a fonte mais rica para a aprendizagem dos adultos, e que estes são motivados a aprender de acordo com as vivências, necessidades e interesses que a aprendizagem satisfará em suas vidas. 

Competências

Com esta  disciplina  pretende-se  que o  formando desenvolva  uma  abordagem  teórica  e prática orientada para os problemas do Ensino Primário, no geral e da Educação de Adultos, em particular.

As competências a serem desenvolvidas nesta disciplina provêm do plano curricular do curso de Formação de Professores do Ensino Primário e são operacionalizadas nas disciplinas de formação, tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e  evidências  requeridas.  Assim,  no  fim  do  estudo  desta  disciplina  o  formando  deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove  o  espírito  patriótico  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário e da educaç ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem

● Explicar o surgimento da Andragogia no domínio de aprendizagem de adultos e sua 

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180 181

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

relação com a Pedagogia. ● Explicar os factores que influência na aprendizagem do adulto, bem assim a relação formador – formando no processo de aprendizagem.

● Comparar ou diferenciar o modelo pedagógico do modelo andragógico, tendo em consideração as características de aprendizagem: Papel da experiência, vontade de aprender, orientação da aprendizagem e motivação;

● Relacionar o papel do formador (facilitador) e do formando tendo em atenção as suas tarefas e responsabilidades nas diferentes etapas (experiência, relato e reflexão, conceptualização e aplicação)

● Descrever e a forma como se usa cada uma das técnicas dos métodos activos nos processos de ensino e aprendizagem, incluindo jogos didácticos;

● Elaborar planos de aulas de forma criativa e metódica; ● Aplicar planos de aulas de forma flexível, obedecendo os padrões estabelecidos nos programas de ensino; 

● Avaliar, continuamente, as competências curriculares dos alunos de modo a poder satisfazer, individual e colectivamente, as suas necessidades de inserção, progressão e sucesso escolares;

A  Educação de Adultos deve  ser governada por uma  série de princípios filosóficos, que invariavelmente  devem  responder  em  cada  uma de  suas  ações.  Também é  baseado  em uma  base  sólida  de  pressupostos  psicológicos  sobre  o  adulto.  Deve,  de  fato,  analisar cuidadosamente os interesses, necessidades, habilidades e aptidões dos adultos.

A capacidade de aprender não desaparece com a idade adulta, esta afirmação é o resultado da  pesquisa  que  foi  feita  sobre  o  assunto  de  aprendizagem  por  Edward  L.  Thorndike, considerado o pai da Psicologia Educacional. Seus estudos sobre aprendizagem trouxeram resultados  tão  importantes que muitas vezes é dito que eles eram a  “pedra angular” da Educação de Adultos.

Visão Geral do Programa de Andragogia na Educação de Adultos

Unidade Temática HORASI. Introdução ao estudo de Andragogia na Educação de Adultos. 6II. Princípios e componentes da Andragogia na Educação de Adultos. 4III. Aprendizagem nos Adultos. 6IV. Dimensões andragógicas 4V.  Os  aspectos  distintivos  do  Modelo  Andragógico  em  relação  ao  Modelo Pedagógico

10

VI. O papel do andragogo-facilitador 4VII. Métodos, técnicas e estratégias andragógicas na Educação de  adultos 8VIII. Planificação de  aulas de baseado em príncipios andragógicos 6IX. Avaliação 6Total 54

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ÁTIC

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1. In

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de

And

rago

gia

na

Educ

ação

de

Adu

ltos

1.1. Conceito de Educação

1.2. Surgimento da Andragogia

1.3. Da Pedagogia a Andragogia: Aspectos distintivos

1.4. Conceito e objecto de Andragogia e Educação de 

Adul

tos.

1.5. Perspectivas andragógicas de educação de adultos

1.6. Finalidade e contextos de aplicação da Andragogia 

na Educação de Adultos

1.7. Problem

as da Educação de Adultos

1.8. Conceitos e teorias sobre o adulto

1.9. Etapas da vida adulta.

1.10. Noção de Educação ao longo da vida.

Explica os conceitos da educação e educação de 

adultos;

Exem

plifica as características e etapas da vida adulta;

Argumenta a importância a educação ao longo da 

vida;

6

2. P

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Educ

ação

de

Adu

ltos

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2.1. Princípios e objetivos da Educação de Adultos

2.2.  Os Princípios da Andragogia da:

 Necessidade

Aut

onom

ia Experiência

Von

tade

Orie

ntaç

ão Motivação

2.3. Instrução e formação

2.4. O relacionam

ento dialógico.

Identifica os principais fundamentos da abordagem

 andragógica

Reconhece 

a importância 

e a 

necessidade 

da 

Andragogia para a aprendizagem

 de adultos

4

3. A

pren

diza

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nos

A

dult

os

3.1. Conceito de aprendizagem

3.2. As Características dos adultos na aprendizagem

3.3. O Processo de aprendizagem nos adultos

3.4. Aprendizagem experiencial. 

3.5. Aprendizagem auto-dirigida

3.6. Aprendizagem significativa

Reconhece as situações de aprendizagem de adultos 

em que a abordagem

 andragógica não seja adequada

6

4. A

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sões

A

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gógi

cas

4.1.Os Princípios fundam

entais da aprendizagem

 de 

adul

tos

4.2.Os Objectivos e propósitos para a aprendizagem

4.3. As diferenças individuais e situacionais dos adultos

Descreve os princípios fundam

entais da aprendizagem

 de

adu

ltos

4

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

5. O

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os

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Mod

elo

And

ragó

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ação

ao

Mod

elo

Peda

gógi

co

5.1. As características do Modelo Pedagógico e do 

Modelo Andragógico

5.2. As principais piferenças entre os Modelos: 

Andragógico e Pedagógico  (O conteúdo, a 

metodologia, o program

a, a avaliação e o processo 

de aprendizagem)

5.3. As particularidades do Modelo Andragógico

5.4. O processo de ensino-aprendizagem

 no Modelo 

Andragógico

5.5. O ciclo andragógico de ensino e aprendizagem

Reconhece as características e as fases do processo de 

aprendizagem

 do modelo andragógico

10

6. O

pap

el d

o an

drag

ogo-

faci

litad

or

6.1. Os facilitadores e as condicionantes na 

aprendizagem

 de adultos

6.2. A função de andragogo

6.3. As características e o perfil do facilitador

Relaciona a função do andragogo com o perfil do 

facilitador

Estabelece uma relação andragógica com os 

participantes na aprendizagem de adultos

4

7. M

étod

os, t

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cas

na

Educ

ação

de

adu

ltos

7.1. O ambiente de aprendizagem

 andragógico

7.2. A relação andragógica

7.3. Métodos e técnicas de ensino (participativos e 

activos) na Educação de Adultos

7.4. As técnicas experienciais na Andragogia

Adequa as práticas educacionais e de desenvolvimento 

às características, necessidades e interesses dos 

adultos educandos

Aplica métodos, técnicas e estratégias em

 situações 

de aprendizagem de adultos

8

8. P

lani

fica

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Funções didácticas

• E

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Plan

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a•

Práticas e simulação de aulas

6

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Carga Horária: 72 (36 + 36) Horas

Introdução

A  Educação  Física  é  parte  integrante  do  processo  de  educação  que  contribui  para  o desenvolvimento integral do indivíduo. A actividade física e desportiva é relevante para o desenvolvimento físico, mental, emocional, social e moral, promove ainda um estilo de vida saudável, equilibrado e harmonioso da criança.

Os conteúdos desta disciplina deverão ser direccionados para responder, concomitantemente, à Educação Física e ao desporto escolar, incorporando questões sensíveis e contemporâneas da  sociedade  moçambicana  como  o  HIV/SIDA,  abuso  de  drogas  e  álcool,  género, aspectos legais, ambiente, paz, direitos humanos, em especial os da criança, entre outros, entendendo o movimento como actividade humana enriquecedora, visando proporcionar conhecimentos  básicos  sobre  o  estudo  da  motricidade,  nos  seus  diversos  ângulos, equacionar a relação de socialização a uma cultura motora, progressivamente realizadas ao longo do desenvolvimento da criança.

Procura-se compreender o papel da cultura motora, no processo mais amplo da socialização da criança, isto é, o contributo da actividade física e desportiva no desenvolvimento integral da criança (saber; saber ser, saber estar e saber fazer), sua personalidade e autonomia.Pretende-se que os  formandos se  familiarizem com as  regras de segurança  intrínsecas à prática desportiva e do exercício físico das diferentes modalidades desportivas individuais e colectivas  (como por exemplo,  futebol, basquetebol, atletismo, voleibol, andebol, entre outras).

Competências a Desenvolver:

A Educação Física nos blocos I a IV visam dotar o formando de conhecimentos, habilidades e atitudes que lhe permitam compreender a importância de Educação Física na escola e sua ligação com o desporto escolar como veículo da massificação desportiva no país praticando, ele mesmo, o desporto. Ao mesmo tempo, o formando vivencia formas de participação e de organização do exercício físico e da actividade desportiva na comunidade em que está inserido.

As competências a serem materializadas nesta disciplina provém do plano curricular do curso de Formação de Professores Primários e são operacionalizadas tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove o  espírito patriótico,  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário;

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

● Promove  o  auto  -  desenvolvimento  profissional  e  envolve-se  num  trabalho colaborativo e articulado.

● Pratica o exercício físico e o desporto como elemento de promoção social e cultural.

Resultados de Aprendizagem

● Demonstrar que a actividade física é um direito de todos e uma necessidade básica e contribui para o equilíbrio físico, psicológico e social de cada indivíduo;

● Aplicar regras de segurança na prática desportiva; ● Aplicar as regras específicas de cada modalidade individual e colectiva; ● Analisar criticamente a cultura e a prática da Educação Física em escolas primárias e nos manuais escolares.

Visão Geral do Programa

Unidade Temática Horas

Danças e Jogos Tradicionais 10

Danças e Jogos Tradicionais 10

Atletismo 20Desporto com a Bola 28

Organização de Eventos 472

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TEM

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I. D

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Jogo

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is

–Dança da sua comunidade;

–Jogos da sua com

unidade.

• Apresenta a descrição de um

a dança ou jogo da 

sua comunidade;

• Organiza evento de dança ou jogos tradicionais na 

turma ou na comunidade;

• Apresenta o relatório de actividade.

10

II. G

inás

tica

–Formas de organização da turma;

–Equilíbrio estático e dinâmico;

–Posições básicas;

–Movimentos básicos;

–Jogos lúdicos

–Executa os exercícios;

–Apresenta um

 com

plexo de exercício.

10

III. A

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ism

o

–Jogos de corridas

–Jogos de lançam

ento

–Jogos de saltos

–Combinação de movimentos

–Corridas de Velocidade

–Corrida de estafeta

–Salto emcomprimento

• Distigue os tipos de exercícios

• Executa os movimentos dos exercícios;

• Explica a forma de executar;

• Apresenta o relatório das actividades organizadas.

20

IV. D

espo

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com

bo

la

–Jogos de passes e recepção

–Jogos reduzidos

• Identica os movimentos executados

• Executa os movimentos dos exercícios;

• Explica a forma de executar;

• Apresenta o relatório das actividades organizadas.

• Jogos desportivos com

 Bola (Andebol, Futebol, 

Voleibol; basquetebol)

38

V. O

rgan

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ão d

e ev

ento

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–Fases de um evento

–Plano de organização de um

 evento na com

unidade

–Realização de um

 evento.

• Apresenta o plano de actividade

• Participa na organização do evento.

• Apresenta o relatório das actividades organizadas

4

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Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

2º ANO, IV SEMESTREDISCIPLINAS E CARGA HORÁRIA

Contacto Estudo Geral

CCS Didáctica da Língua Segunda I 5 2 90 36 126MCN Didáctica da Matemática II 5 2 90 36 126MCN Didáctica das Ciências Naturais I 4 2 72 36 108CCS Didáctica das Ciências Sociais II 4 2 72 36 108CCS Língua de Sinais de Moçambique 5 1 90 18 108CCS Didáctica de Educação Musical 4 1 72 18 90APT Didáctica da Educação Física 3 1 54 18 72CE Práticas Pedagógicas II 0 4 0 72 72

30 15 540 270 810TotalActividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)

4º Semestre (18 semanas) Horas

Área Unidades Curriculares Contacto EstudoTotal

DIDÁCTICA DA LÍNGUA SEGUNDA I (PORTUGUESA I)

Carga Horária: 90 Horas

Introdução

Na  disciplina  de  Didáctica  da  Língua  Segunda  I  (Portuguesa)  pretende-se  que  os formandos iniciem o contacto com diversos processos didácticos implicados na aquisição e  desenvolvimento  das  quatro  habilidades  linguísticas  (ouvir,  falar,  ler  e  escrever).  Esta disciplina concentra-se no desenvolvimento da primeira fase da aquisição de uma língua, compreender e falar, como um dos pré-requisitos para aprendizagem da leitura e da escrita, considerando os diferentes contextos de aprendizagem da Língua Portuguesa.

A  disciplina  visa  desenvolver  ferramentas  que  permitem  ao  formando  compreender  o contexto de aprendizagem do Português,  estudar e experimentar métodos e estratégias de ensino do Português como  língua segunda  (e materna),  reflectir sobre os  fenómenos relacionados com o desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita iniciais, familiarizar-se com as dificuldades de aprendizagem e a abordagem das mesmas em contexto de sala de aulas e criar um ambiente favorável à aprendizagem de uma língua.

Competências a Desenvolver

As  competências  a  serem materializadas  nesta  disciplina provém do plano  curricular  do curso de  Formação de Professores Primários  e  são operacionalizadas em  todas  as  áreas curriculares e de forma específica nas disciplinas tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove o espírito patriótico, a cidadania responsável e democrática, os valores e de cidadania, regras de convivência democrática e valores universais;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Domínio dos conhecimentos das ciências da Educação relacionadas com o ensino primário;

● Planifica, medeia e avalia os processos de ensino e aprendizagem de modo criativo e  reflexivo adaptando os processos às necessidades,  interesses e progressos dos alunos e ao contexto;

● Promove  o  auto-desenvolvimento  profissional  e  envolve-se  num  trabalho cooperativo, colaborativo e articulado.

Resultados da aprendizagem

● Sintetizar  princípios  e  metodologias  de  ensino  do  Português  como  L2  para  a aquisição e desenvolvimento da oralidade, dos processos de ensino e aprendizagem da leitura e da escrita iniciais;

● Planificar  e  agir  como  mediador  dos  processos  de  ensino  e  aprendizagem, evidenciando domínio dos princípios de ensino da LP, da matéria disciplinar do 1º e 2º Ciclos e das metodologias de ensino da oralidade, leitura e escrita iniciais, tendo em conta os contextos de aprendizagem de LP;

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188 189

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

● Aplicar correctamente os métodos de ensino de aprendizagem da oralidade, leitura e escrita recomendados no programa de ensino;

● Avaliar o progresso dos alunos, e usar os resultados para planificar e implementar planos de remediação das dificuldades de aprendizagem de língua;

● Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

● Desenvolver  recursos didácticos que estimulam o desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita iniciais;

● Analisar  criticamente manuais  escolares  de  Português  quanto  à  sua  abordagem metodológica  e  sua  adequação  ao  contexto  e  às  necessidades  das  crianças  do Ensino Primário.

Visão Geral do Programa: Didáctica da Língua Segunda I

UNIDADE TEMÁTICA HORASA Língua Portuguesa 2

Princípios Gerais de Didáctica 6

A aula da Língua Portuguesa 20

Ensino e Aprendizagem da Oralidade 10

Ensino e Aprendizagem da Leitura e Escrita 10

Métodos de Ensino e Aprendizagem da Leitura e Escrita 10

Modalidades da leitura e Técnicas Correspondentes 4

Ensino e aprendizagem do vocabulário 4

Leitura e Interpretação de Textos 6

Ensino e aprendizagem da ortografia 8

Ensino e aprendizagem da gramática 4

Avaliação do Ensino e Aprendizagem da Língua Portuguesa 4

Técnicas de Elaboração e Utilização de materiais 2

PLA

NO

TEM

ÁTIC

O

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sC.

H

1. A

líng

ua

Port

ugue

sa

1.1.

Con

ceit

os d

e lín

gua:

–oficial;

–materna;

–segunda,

–de instrução;

–de unidade nacional.

• Define o conceito de Língua Portuguesa como 

língua:

–Oficial;

–Materna;

–Segunda;

–De instrução; 

–De unidade nacional.

2

2. P

rinc

ípio

s G

erai

s da

Did

ácti

ca d

a: –Língua materna,

–Língua Portuguesa 

como língua 

Segunda (L2)

2.1.

A D

idác

tica

da

Líng

ua P

ortu

gues

a co

mo

Líng

ua

Segu

nda:

–Metodologias gerais do ensino e aprendizagem da 

Língua Portuguesa como língua segunda;

– Percurso metodológico do ensino – aprendizagem

 da Língua Portuguesa;

–Correcção fonética, morfológica, sintáctica e 

semântica;

• Interferência da L1 na L2.

• Situações de com

unicação relacionadas com

 as 

diferentes unidades temáticas do programa (família, 

escola, com

unidade, ambiente, saúde e higiene

• Aplica os métodos de ensino da Língua Portuguesa 

como Língua segunda;

• Distingue as diferentes situações de com

unicação;

• Orienta a participação do aluno em

 diferentes 

situações de com

unicação referentes à escola, 

família etc.

6

3. A

Aul

a de

Lín

gua

Port

ugue

sa

3.1

Aná

lise

e In

terp

reta

ção

do P

lano

Cur

ricu

lar

do

Ensi

no P

rim

ário

3.2

Aná

lise

e In

terp

reta

ção

dos

Prog

ram

as d

a Lí

ngua

Po

rtug

uesa

do

1º C

iclo

: –A importância da consulta do programa do ensino 

na preparação de aulas

3.3.

Pla

nifi

caçã

o do

s Pr

oces

sos

de E

nsin

o e

Apr

endi

zage

m:

–Planificação a longo Prazo,

–Planificação a médio prazo,

–Planificação a curto Prazo.

3.4.

Prá

tica

s Pe

dagó

gica

s: –Elem

entos de um plano de aulas;

–Determinação de objectivos específicos de uma aula;

• Identifica a estrutura e o conteúdo do Plano 

Curricular do Ensino Prim

ário

• Interpreta de forma correcta o conteúdo do Plano 

Curricular do Ensino Prim

ário;

• Reconhece a importância da consulta dos 

programas do Ensino Prim

ário para a preparação 

de a

ulas

• Distingue os diferentes tipos de planificação;

• Identifica as três etapas de planificação de ensino 

aprendizagem

;• Elabora o plano de aula tendo em

 conta os 

princípios e mom

entos da realização de aulas;

• Reconhece a importância da planificação de aulas;

• Identifica os elem

entos de um plano de aula;

20

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190 191

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos –Relação entre objectivos específicos da aula e as 

actividades de aprendizagem

 do conteúdo;

–Princípios e mom

entos da realização da aula;

–Escolha e realização de actividades;

–Planificação de aula;

–Simulação de aulas.

3.5.

Inte

rdis

cipl

inar

idad

e3.

6. T

raba

lhos

de

Casa

3.7.

Act

ivid

ades

Prá

tica

s

• Elabora um

 plano de aula tendo em

 conta os 

objectivos específicos, o conteúdo, as actividades 

de aprendizagem e os mom

entos de realização de 

uma aula; 

• Identifica as diferentes técnicas de correcção de 

trabalhos;

• Usa diferentes técnicas de correcção de trabalhos;

• Faz simulação de aulas;

• Prom

ove a interdisciplinaridade.

4. E

nsin

o e

Apr

endi

zage

m d

a O

ralid

ade

4.1.

Com

unic

ação

Ora

l: –Características da língua oral;

–Correcção fonética e jogos de linguagem;

–Correcção morfológica, sintáctica e semântica.

4.2.

Eta

pas

de c

omun

icaç

ão O

ral p

ara

o 1º

Cic

lo:

–Oralidade inicial;

–Oralidade na iniciação da leitura e escrita;

–Oralidade na consolidação da leitura e escrita;

–Oralidade no desenvolvimento da leitura e da escrita;

–Oralidade pela oralidade.

4.3.

Act

ivid

ades

de

Com

unic

ação

Ora

l par

a o

Cicl

o: –Descrição de imagens;

–Jogos diversos;

–Resposta física com

pleta;

–Expressões diversas previstas no program

a de LP do 

1º ciclo;

–Exercícios de reem

prego de vocabulário e estruturas 

já aprendidas;

• Diálogos;

• Dramatização;

• Canções educativas;

• Interpretação oral de textos;

• Contagem de pequenas histórias.

• Identifica as acracterísticas da língua oral;

• Identifica as etapas da comunicação oral;

• Usa as diferentes estratégias da comunicação oral;

• Realciona as etapas da com

unicação oral e o 

processo de ensino-aprendizagem;

• Aplica técnicas adequadas para o desenvolvimento 

de actividades de comunicação oral;

• Aplica as técnicas para a descrição, leitura e 

interpretação de im

agens;

• Usa técnicas adequadas para o ensino das 

expressões previstas nos program

as de ensino em 

diferentes situações de com

unicação.

10

5. E

nsin

o e

Apr

endi

zage

m d

a Le

itur

a e

da E

scri

ta

5.1

Com

unic

ação

Esc

rita

–Acto de lêr;

–Acto de escrever.

5.2.

Eta

pas

de A

quis

ição

das

Téc

nica

s de

Lei

tura

e

Escr

ita

–Preparação para a leitura;

–Orientação no espaço e no tempo;

–Expressões da lateralidade:

–Dentro/fora; perto/longe; em cima/em

baixo; ao 

lado/ para o lado; frente/atrás; para frente/ para trás; 

à direita/ à esquerda; para dentro/para fora.

• Ex

ercí

cios

de

Coor

dena

ção

Sono

ra –Canções educativas

–Jogos

–Poem

as educativos

–D

ança

s –Atenção visual:

–Observação de tamanho e forma das coisas (cubos 

de encaixe, cartazes de parede);

–Observação da cor:

• (vermelha, azul e amarela);

• Formar novas cores, juntando-as e misturando-as;

–Observação de posição dos objectos e a distância 

entre eles;

–Indicação da direcção em que alguém cam

inha ou 

em que alguns objectos são atirados.

• A

tenç

ão A

udit

iva:

–Realização de actividades de:

• Ouvir, im

itar, distinguir e comparar sons 

semelhantes;

–Sensibilidade ao som das palavras.

• P

repa

raçã

o pa

ra a

Esc

rita

–Exercícios de coordenação psicom

otora;

–Traços livres;

–Rabiscos e garatujas;

• Reconhece a importância das actividades 

psicom

otoras para a prendizagem da leitura e da 

escrita;

• Identifica as etapas de aquisição das técnicas de 

leitura e de escrita;

• Aplica técnicas adequadas para o desenvolvimento 

de actividades de pré-leitura e pré-escrita;

• Orienta de forma correcta a leitura e interpretação 

da banda desenhada.

10

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192 193

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos –Desenhos livres;

–Jogos: neca, jogo de pedrinhas e outros jogos 

tradicionais.

– Atenção visual:

• Grafismos livres;

•  Grafismos sem

i-livres;

• Grafismos preparatórios da introdução de cada 

grafem

a;•

Treino do pautado.

• N

oçõe

s de

Tam

anho

–Grande/pequeno, curto/cum

prido, gordo/magro.

• N

oçõe

s de

Qua

ntid

ade:

–Muito/pouco; vazio/cheio;

–Leitura de imagens e banda desenhada;

–Exercícios de pré-leitura e pré-escrita;

–Lição-tipo de leitura e interpretação de im

agens.

5.3.

Prá

tica

s Pe

dagó

gica

s

6.

Mét

odos

de

Ens

ino-

Apr

endi

zage

m d

a Le

itur

a e

da E

scri

ta

6.1.

Car

acte

riza

ção

e Cr

ític

a do

s Pr

inci

pais

Mét

odos

: –Métodos sintéticos;

–Métodos analíticos;

–Métodos mistos:

• Analítico-sintético;

• Métodos especiais (M

étodos Decroly, M

ontessori 

e Lamaire).

6.2. Selecção Criteriosa do Método e sua Justificação

6.3. Esquema de Lições de Leitura e Escrita.

6.4. Estratégias de Trabalho em Turmas Num

erosas e 

com Crianças com

 Necessidades Educativas Especiais

6.5. Práticas Pedagógicas.

• Identifica os principais métodos de aprendizagem

 de leitura e da escrita;

• Compara os principais métodos de aprendizagem

 da leitura e escrita;

• Aplica o método analítico-sintético (em vigor) para 

o ensino e aprendizagem de leitura e escrita;

• Reconhece as vantagens e desvantagens de cada 

um dos métodos;

• Usa estratégias adequadas para trabalhos 

em turmas num

erosas e com

 criançasa com 

necessidades educativas especiais.

10

7. M

odal

idad

es d

e Le

itur

a e

Técn

icas

Co

rres

pond

ente

s

7. Tipos de Leitura e Etapas de sua Aplicação

–Diversificação de actividades de leitura;

–Práticas Pedagógicas;

–Biblioteca escolar/turma.

• Identifica os tipos de leitura e as etapas de sua 

aplicação;

• Diversifica as actividades de leitura;

• Reconhece a importância da biblioteca escolar/

turma;

• Orienta a organização da biblioteca escolar e da 

turm

a

4

8. E

nsin

o e

Apr

endi

zage

m d

o Vo

cabu

lári

o

8. O

Voc

abul

ário

–Situações de com

unicação e selecção do vocabulário 

básico para o 1º ciclo;

–Áreas do dom

ínio do vocabulário;

–Metodologia e técnicas do ensino e aprendizagem 

do vocabulário;

–Os manuais dos alunos e o ensino e aprendizagem 

do vocabulário

–Preparação para o uso do dicionário.

–Práticas Pedagógicas.

• Reconhece a importância do estudo do 

vocabulário;

• Identifica os métodos de ensino e aprendizagem 

do vocabulário;

• Aplica os métodos de ensino e aprendizagem do 

vocabulário;

• Utiliza as técnicas de manuseamento do dicionário.

4

9.

Leit

ura

e In

terp

reta

ção

de

Text

os

9.1

Leit

ura

do T

exto

–Análise do texto: etapas de progressão

–Esquem

a metodológico de leitura e interpretação do 

text

o –Lição tipo de leitura e interpretação do texto.

–Práticas pedagógicas

• Orienta as etapas de leitura e interpretação de 

textos;

• Aplica o esquem

a de leitura e interpretação de 

text

os.

6

10. E

nsin

o e

Apr

endi

zage

m d

a O

rtog

rafi

a

10. O

rtog

rafi

a –Algumas técnicas de ensino e aprendizagem da 

ortografia;

–Estratégias de resolução de exercícios de ortografia;

–Algumas estratégias de ensino e aprendizagem da 

ortografia;

–Lição tipo de ortografia;

–Práticas Pedagógicas.

• Identifica as técnicas e estratégias de ensino e 

aprendizagem

 da ortografia;

• Aplica as estratégias de ensino e aprendizagem da 

ortografia;

• Dom

ina o esquem

a de lição de ortografia.

8

11. E

nsin

o e

Apr

endi

zage

m d

a G

ram

átic

a

11.1

. Gra

mát

ica

impl

ícit

a –Metodologia de ensino de gram

ática implícita;

–Prática da gramática implícita;

–Etapas do desenvolvimento da gram

ática;

–Exercícios estruturais e jogos de linguagem;

–Lição tipo de gramática implícita;

–Práticas Pedagógicas.

• Reconhece a importância do ensino e 

aprendizagem

 da gram

ática;

• Distingue a gram

ática implícita da explícita;

• Aplica estratégias de ensino e aprendizagem

 da 

gram

ática implícita;

• Aplica esquem

as de lição de gram

ática implícita.

4

12. A

valia

ção

do E

nsin

o e

Apr

endi

zage

m d

a Lí

ngua

Por

tugu

esa

12. A

valia

ção

12.1

Função da avaliação nos processos de ensino e 

aprendizagem

;12

.2. M

odalidades de avaliação: avaliação diagnóstica, 

formativa e sumativa;

• Identifica os recursos de avaliação;

• Avalia as habilidades exigidas na Língua 

Portuguesa;

• Aplica os diferentes procedimentos metodológicos 

da avaliação do ponto de vista do professor.

4

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194 195

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos12

.3. R

ecur

sos

de a

valia

ção

12.4

. Pro

cedi

men

tos

met

odol

ógic

os:

–Avaliação no ponto de vista do aluno;

–Avaliação do ponto de vista do professor e das 

práticas;

–Como supervisionar as práticas e o que observar no 

1º ciclo;

–Elaboração de testes para o 1º ciclo pelo professor

–Produção de exercícios estruturais específicos para 

as classes do 2º ciclo;

–Interpretação dos resultados dos testes;

–Utilização dos resultados de avaliação na prática 

pedagógica;

–Estratégias de recuperação dos alunos com

 dificuldades de aprendizagem adequadas ao 1º ciclo.

12.5

.Prá

tica

s pe

dagó

gica

s

13. T

écni

cas

de

Elab

oraç

ão e

U

tiliz

ação

de

Mat

eria

is D

idác

tico

s

13.1

Téc

nica

s de

Ela

bora

ção

e U

tiliz

ação

de

Mat

eria

is D

idác

tico

s –Uso do quadro preto;

–Exposição do material didáctico (cartazes, quadros 

expositores, etc.);

–O caderno diário do aluno;

–Os registos a efectuar no caderno diário do aluno;

–O livro do aluno;

–Registos a efectuar no livro caderno do aluno;

–Caderno de desem

penho; 

–Elaboração do quadro silàbico;

–Uso do quadro silábico;

–Letras móveis e jogos de palavras;

–Conservação do material didáctico.

–Usa correctam

ente o quadro preto;

–Elabora de forma criativa material didáctico 

diverso e expõe na sala de aulas;

–Verifica os cadernos diários dos alunos;

–Regista informação pertinente no livro, caderno e 

no caderno diário dos alunos;

–Reconhece a importância do uso adequado do 

caderno de desem

penho;

–Elabora o quadro silábico;

–Usa o quadro silábico, letras móveis e jogos de 

palavras, com

o auxiliares do processo de ensino e 

aprendizagem

; –Aplica técnicas de conservação do material 

didáctico.

2

DIDÁCTICA DA MATEMÁTICA II

Carga Horária: 90 Horas

Visão Geral do Programa

Unidade Temática Tempo

VII VII Espaço e forma 20

VIII VIII Grandezas e medidas 20

IX IX Percentagem 16

X X Correspondências 14

XI XI Tabelas, gráficos e estatística 16

Avaliações 4

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196 197

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosD

IDÁ

CTIC

A D

A M

ATEM

ÁTIC

A II

Uni

dade

Tem

átic

aCo

nteú

dos

Evid

ênci

as R

eque

rida

sTe

mpo

Espa

ço e

form

a

Objetivos; avaliação; conteúdos; mapa conceptual

i) Construção de rectas paralelas

ii) Medição de ângulos (medir e traçar)

iii) Triângulos e quadriláteros

iv) Som

a dos ângulos internos de um

 triângulo

v) O quadrado e o rectângulo

vi) Som

a dos ângulos internos de quadriláteros

vii) Planificação de um cubo

Simulação e estudo da aula

–Define objetivos, conteúdos, critérios de avaliação 

e mapa conceptual;

–Aplica estratégias correctas para o ensino dos 

conteúdos de espaço e forma (Contruir rectas, 

figuras planas e sólidos geométricos, medir e 

traçar ângulos e aplicar as propriedades das 

diferentes figuras geom

étricas nas actividades de 

identificação e representação de figuras);

–Planifica e simula aulas sobre espaço e forma.

20

VIII

Gra

ndez

as e

m

edid

as

Objetivos; avaliação; conteúdos; mapa conceptual

i) Conversão de medidas de comprimento

ii) Área do rectângulo

iii) Área do triângulo

iv) Relação entre o Perímetro da Circunferência e o seu 

diâm

etro.

v) Área de círculo

vi) Volum

e do prisma rectangular

vii) Volume de uma pirâmide

viii) Conversão de unidades de tempo

Simulação e estudo da aula

–Define objetivos, conteúdos, critérios de avaliação 

e o mapa conceptual;

–Aplica estratégias correctas para abordar os 

conteúdos sobre grandezas e medidas (Converter 

as medidas de comprimento e de tempo, 

determinar a área de figuras planas, relacionar o 

perím

etro da circunferência e o seu diâmetro e 

determinar o volum

e de sólidos geométricos);

–Planifica e simula aulas sobre grandezas e 

med

idas

.

20

IX P

erce

ntag

em

Objetivos; avaliação; conteúdos; mapa conceptual

i) Relação entre fracções, núm

eros decimais e 

percentagem

ii) Uma quantidade como percentagem de outra 

quan

tidad

eiii) Desconto

Simulação e estudo da aula

–Define os objetivos, critérios de avaliação, 

conteúdos e o mapa conceptual;

–Aplica estratégias correctas para o tratam

ento 

de percentagem

 (Relacionar fracções, números 

decimais e percentagem entre si, Resolver 

problemas que envolvem cálculo de percentagem 

e de desconto)Planifica e simula aulas sobre o 

tratam

ento e cálculo de percentagem.

16

X Co

rres

pond

ênci

as

Objectivos; avaliação; conteúdos; mapa conceptual

i) Relação entre duas grandezas cuja soma é constante

ii) Relação entre duas grandezas cujo quociente é 

constante

–Define os objetivos, critérios de avaliação, 

conteúdos e o mapa conceptual; 

–Aplica as relações entre as diferentes grandezas 

nas actividades de identificação do tipo de relação 

entre as grandezas;

14

iii) Relação entre duas grandezas cujo o produto é 

constante

Simulação e estudo da aula

–Aplica estratégias correctas para o tratam

ento dos 

conteúdos de correspondência;

–Planifica e simula aulas sobre correspondência;

XI T

abel

as, g

ráfi

cos

e es

tatí

stic

a

Objectivos; avaliação; conteúdos; mapa conceptual

i) Construção de um

a tabla e pictograma

ii) Interpretação de um gráfico de barras

iii) Construção de um gráfico de linhas

iv) Construção de um gráfico circular

v) Média aritmética

Simulação e estudo da aula

–Define os objetivos, critérios de avaliação, 

conteúdos e o mapa conceptual; 

–Aplica as relações entre as diferentes grandezas 

nas actividades de identificação do tipo de relação 

entre as grandezas;

–Aplica estratégias correctas para abordar tabelas, 

gráficos e estatística;

–Planifica e simula aulas sobre o ensino de tabelas, 

gráficos e estatística.

16

Ava

liaçõ

es5

Tota

l90

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198 199

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

LÍNGUA DE SINAIS DE MOÇAMBIQUE

Carga Horária:108 HORAS

Introdução

A disciplina de Língua de Sinais de Moçambique (LSM) surge no contexto da operacionalização dos princípios legais universais e nacionais que defendem a utilização da língua gestual na educação dos surdos, cuja característica é serem eternos bilingues e biculturais mesmo em sociedades homogéneas (Constituição da República de Moçambique, 2004; Resolução nº 48/96 das Nações Unidas; Declaração de Salamanca de 1994).

A disciplina de  LSM visa desenvolver  a  competência  comunicativa  linguístico-gestual do formando para que o direito de todos à educação se torne real no nosso país, promover o reconhecimento da mesma como uma das línguas moçambicanas, tornando imperioso o seu mapeamento no quadro desse exercício no nosso país e respectiva massificação. 

Ela  tem enfoque no estudo da situação  linguística das pessoas com deficiência auditiva, definição, classificação, causas e prevenção da perda auditiva e implicações para os processos de ensino e aprendizagem, estrutura da língua, cultura dos surdos e uso da mesma como disciplina e como meio de ensino-aprendizagem da leitura e escrita da linguagem verbal, tendo em conta a peculiaridade dos alunos surdos. 

O  material  escrito  em  Língua  Portuguesa  (LP)  delimitará  a  exploração  e  reflexão  da importância  da  língua  de  sinais  como  uma  das  línguas  moçambicanas  e  de  mediação, tendo em conta a especificidade da expressão da mesma em relação ao funcionamento da língua oral, o processo de padronização e as implicações para o ensino e aprendizagem no contexto da inclusão escolar.

Competências

Com esta  disciplina  pretende-se  que o  formando desenvolva  uma  abordagem  teórica  e prática orientada para a  resolução de problemas  inerentes à  inclusão efectiva de alunos com  necessidades  educativas  especiais  resultantes  da  surdez  no  Ensino  Primário,  em contexto multilingue e multicultural, baseada no contacto permanente com a escola e a sua comunidade, com os programas de ensino, com os livros escolares e outros materiais adquiridos e os de produção local.

As competências a serem desenvolvidas nesta disciplina provêm do Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e são operacionalizadas transversalmente através do desenvolvimento do vocabulário básico das outras áreas curriculares de formação baseado em  critérios de desempenho e  evidências  requeridas. Assim,  no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove a cidadania responsável e democrática, os valores universais e os direitos da criança;

● Comunica gestual e adequadamente em diferentes contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão 

docente; ● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem:

● Estabelecer relação entre o respeito pela diversidade linguística e cultural do país; ● Fundamentar  a  introdução  da  LSM  no  sistema  educativo  moçambicano  e  sua importância para comunidade de gestuantes em geral e para os surdos em particular;

● Indicar  as  implicações dos diferentes graus de perda auditiva para  a  aquisição e desenvolvimento  da  comunicação  oral/gestual  e  para  o  processo  de  ensino- aprendizagem;

● Descrever  a  estrutura da  Língua de Sinais nos  aspectos elementares da  fonética, fonologia, morfologia e sintaxe; 

● Sistematizar as diferenças estruturais entre a LSM e a LP;  ● Ler  em  LSM  textos  escritos  em  LP,  respeitando  as  regras  de  funcionamento  da mesma;

● Elaborar discursos gestuais com recurso à palavras da LP, respeitando as regras da LSM; 

● Analisar,  criticamente,  os  materiais  da  LSM  e  da  LP,  quanto  à  adequação  ao contexto, necessidades linguísticas das crianças e à observância das suas regras de funcionamento; 

● Seleccionar  as  estratégias de  ensino  e  aprendizagem adequadas  a  cada grau de perda auditiva; 

● Produzir histórias de pessoas surdas a partir de entrevistas e pesquisas e registá-las em vídeo, banda desenhada e glosa; 

● Criar materiais de apoio de acordo com as necessidades dos alunos com necessidades educativas especiais decorrentes da deficiência auditiva. 

Visão Geral do Programa

Unidade Temática HORASIntrodução ao estudo da Língua de Sinais de Moçambique 08

Literacia em Língua de Sinais de Moçambique 30

Funcionamento da Língua de Sinais de Moçambique 44

Língua de Sinais de Moçambique, comunidade e cultura dos surdos 26

Total 108

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200 201

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosPl

ano

Tem

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Cont

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Lín

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Moç

ambi

que

–Apresentação do programa e objectivos da disciplina

–Conceptualização 

–Implicação da perda auditiva para os processos de 

ensino e aprendizagem 

–Auto-apresentação 

–O diálogo em LSM

 e suas nuances

–Conhece o programa e os objectivos da disciplina 

–Explica a diferença entre hipoacúsico e surdo e 

suas im

plicações para os processos de ensino e 

aprendizagem

  –Livra-se dos ruídos visuais para optim

izar a 

comunicação gestual

–Dispõe o mobiliário e a ilum

inação para um

a boa 

comunicação gestual

–Adopta estratégias que facilitem

 a concentração 

visual

–Apresenta-se usando a LSM 

8

–Dactilologia (alfabeto manual)

–Ve

rbos

Dá respostas motoras/gestuais à mensagens curtas 

dadas em

 LSM

 (nom

e gestual, nome próprio/colega, 

entre outros)

Cumpre orientações e instruções simples, dadas em 

LSM;

–Comunicação não-verbal

–Formas de cumprimentar/despedir

–D

ias

da s

eman

a

Usa com

unicação não-verbal e em LSM

 em 

declarações, orientações ou explicações.

–Co

nto

–M

eses

do

ano

Registo de reconto em

 LSM

–Divisões da casa

–Cores primárias e secundárias

–Províncias e cidades de Moçam

bique 

–Símbolos Nacionais

Identifica as divisões da casa e as cores estudadas

Efectua diálogo em

 situações simuladas 

Usa os sinais correspondentes às províncias e 

cidades de Moçam

bique e dos Símbolos Nacionais 

correctamente

–Jogos de linguagem – vestuário e verbos

Gestualiza correctamente em diversos tipos de jogos 

e actividades lúdicas

–Formas de tratam

ento:

• Tratamento Formal 

• Tratamento Informal

Distingue e usa níveis de formalidade adequadas às 

diversas situações de com

unicação com

 pessoas, em 

LSM

Lite

raci

a em

ngua

de

Sina

is d

e M

oçam

biqu

e

–Mem

bros da família

Identifica aos mem

bros da família usando a LSM

30

–Pronom

es pessoais 

–Pronom

es possessivos 

–Formação e leitura de frases gestuais 

–Flexão

• V

erba

l•

Gén

ero

• Núm

ero 

• G

rau

Identifica pronomes pessoais e possessivos 

Forma frases simples sobre assuntos familiares em 

LSM, flexionando em

 género, núm

ero, grau e o verbo

–Textos narrativos:

• Recursos estilísticos 

• Adaptação do texto narrativo 

–Pronom

es interrogativos

Advérbios de negação

Formação e expressão de frases gestuais livres

Trabalha recursos estilísticos com

o a mudança de 

personagem

 e a narração segundo a perspectiva de 

uma personagem

, entre outros 

Produz enunciados gestuais, tendo em conta a

melhoria do ritmo e da fluência

Expressão em

 LSM

, respeitando a originalidade 

gest

ual

–Animais domésticos 

–Animais selvagens

Descrição de objectos, animais e pessoas ausentes, 

reais ou im

aginárias;

Func

iona

men

to d

a Lí

ngua

de

Sina

is d

e M

oçam

biqu

e

A prosa e a Banda Desenhada na LSM;

Narra, cria e grava histórias em

 vídeo/Banda 

desenhada, obedecendo a estrutura e as nuances da 

LSM

44

Análise de enunciados gestuais: 

Entrevista a pessoas gestuantes (intérpretes, surdos, 

professores e outros)

Redacção/registo electrónico  da crítica da sua 

produção e da dos outros

Criatividade

Registo da concepção de fins diferentes para a 

mesma história

Leitura, interpretação e expressão gestual de textos 

escritos em

 Língua Portuguesa

Textos redigidos em

 Língua Portuguesa lidos e 

interpretados em

 LSM

O cartaz e outros instrumentos publicitários

Leitura e interpretação da expressão gestual.

Figuras, cartazes publicitários, gráficos, entre outros 

descritos em LSM

 e gravados em

 vídeo ou em

 banda 

desenhada

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202 203

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosRegisto, com

 uso de palavras da Língua Portuguesa, 

da interpretação de discurso gestual lido ou 

visualizado 

A LSM com

o meio de com

unicação e de ensino

Explica em

 LSM

 da diferença entre a LSM com

o meio 

de com

unicação e de ensino

Líng

ua d

e Si

nais

de

Moç

ambi

que,

co

mun

idad

e e

cult

ura

surd

a

Formas de sinais e configurações

Explicita os enunciados, tendo em conta as diferentes 

formas de sinais e configurações e expressão 

corporal

26

Incorporação num

érica em

 LSM

:•

Núm

eros cardinais

• Núm

eros ordinais

• Num

eração romana

Delimita acontecimentos, através incorporação 

numérica na LSM

 (dias, idade, horas, dinheiro, 

períodos de tempo) em frases simples e com

plexas

Análise de sinais em

 LSM

:•

Sinais icónicos, arbitrários e outros resultantes da 

dactilologia

Expõe com desenvoltura  sinais icónicos, arbitrários e 

os que derivam

 da dactilologia;

–Análise se sinais em

 LSM

:•

Com

posição de sinais

• Configuração dos sinais

• As posições e os movimentos 

Exibe dos sinais constituídos por  uma mão e com

 duas, verificando, detalhadamente, as configurações, 

as posições e os movimentos;

Diferenças entre os sinais, na sua expressão gestual e 

na d

os o

utro

s.Diferencia a articulação dos sinais  na sua expressão 

gest

ual e

na

dos

outr

osO espaço gestual e a expressão facial e corporal no 

discurso gestual

Usa o espaço gestual e a expressão facial e corporal 

para transmitir conhecimentos, dúvidas, surpresa, 

indignação, etc;

Parâmetros dos sinais

Identifica e usa correctam

ente dos regras dos sinais

Sinais manuais e não manuais

Utiliza correctamente sinais manuais e não manuais 

nos seus enunciados gestuais

Elem

entos fundam

entais da LSM

Usa os elem

entos fundam

entais da LSM de forma 

lúdica

Formação dos sinais

Dem

onstra com

o a combinação de elementos 

manuais e não manuais constituem

 um sinal

Aspectos não manuais

Explica a função dos aspectos não manuais em várias 

actividades

Cultu

ra d

os s

urdo

sCu

ltura

dos

sur

dos

DIDÁCTICA DA EDUCAÇÃO MUSICAL

Carga Horária: 72 HORAS

Introdução

A  Didáctica  da  Educação  Musical  pretende  que  os  formandos  sejam  capacitados  para ensinar os aspectos fundamentais da música no Ensino Primário e aprendam a valorizar a música como manifestação artística, na sociedade. Assim, nesta disciplina, o futuro professor conhecerá  o  programa  de  Educação  Musical  (EM)  do  Ensino  Primário  e  desenvolverá metodologias e estratégias de ensino de Educação Musical. Pretende-se que o formando construa  instrumentos,  para  que,  posteriormente,  na  sua  prática  profissional,  planifique e  leccione de acordo com os programas de ensino, e preveja  instrumentos de avaliação, contribuindo  para  a  recreação,  hábitos  de  apreciação  e  prática musical,  na  escola  e  na comunidade.

Competências

Com  esta  disciplina  pretende-se  que  o  formando  desenvolva  uma  abordagem  teórica e  prática  orientada  para  os  problemas  do  Ensino  Primário,  em  contexto  multilingue  e multicultural, baseada no contacto permanente com a escola, com os programas de ensino, com os livros escolares e outros materiais

As  competências  a  serem desenvolvidas  nesta  disciplina  provêm do  plano  curricular  do curso de Formação de Professores do ensino Primários e são operacionalizadas em todas as áreas curriculares e de forma específica nas disciplinas de formação, tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove  o  espírito  patriótico  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem:

● Planificar aulas de EM e agir como mediador do PEA, evidenciando domínio dos programas de ensino, da matéria disciplinar do Ensino Primário e das metodologias de ensino;

● Avaliar o progresso dos alunos, analisar os resultados e usá-los para melhorar o seu desempenho, de todos e de cada um dos alunos; 

● Produzir, ou adaptar recursos didácticos e explorar as suas potencialidades, na sala de aula; 

● Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

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204 205

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

● Analisar,  criticamente,  manuais  escolares  do  Ensino  Primário  e  aulas  assistidas, quanto à abordagem metodológica e sua adequação ao nível e necessidades de aprendizagem.

Visão Geral do Programa

Unidade Temática HORASIntrodução à Didáctica da Educação Musical  2

Métodos e Técnicas de Ensino de Educação Musical 14

Métodos e Técnicas de Ensino da Educação Rítmica 14

Métodos e Técnicas de Ensino da Educação Auditiva 14

Métodos e Técnicas de Ensino da Educação Vocal e Canto 12

Métodos e Técnicas de Ensino da Notação Musical 12

Avaliação 4

Total 72

Plan

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Educ

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Mus

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Conceito da Educação Musical  Importância da Música 

na formação da personalidade do hom

eAplica o conceito, objecto e im

portância da Educação 

Musical no PEA. Relaciona o conceito de música e a 

sua importância com o program

a de ensino básico

2

Mét

odos

e T

écni

cas

de E

nsin

o de

Ed

ucaç

ão M

usic

al

Métodos e Técnicas do ensino Dosificação das Aulas 

Planificação das Aulas Avaliação

Aplica métodos e técnicas do ensino de educação 

musical. Dosifica os conteúdos programáticos. 

Elabora planos de aulas. Aplica técnicas de avaliação 

(continua e formativa).

14

Mét

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ão R

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Jogo

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ão g

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o ri

tmo

Com

pass

os m

usic

ais

e pu

lsaç

ãoAplica as técnicas de ensino de Jogos rítmicos 

populares Representação gráfica do ritmo e de 

Compassos musicais e pulsação

14

Mét

odos

e T

écni

cas

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nsin

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Ed

ucaç

ão A

udit

iva

Fontes sonoras Som

 e suas propriedades Representação 

gráfica da duração do som

 Solfejo melódico

Aplica as técnicas de ensino Fontes sonoras Som e 

suas propriedades Representação gráfica da duração 

do som

 Solfejo melódico

14

Mét

odos

e T

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)Aplica as técnicas do ensino de canções. Conhece e 

respeita as normas e regras de canto.

12

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Intervalos Figuras de valor rítm

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206 207

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

DIDÁCTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA

Carga Horária: 54 HORAS

Introdução

A disciplina de Didáctica da Educação Física permitirá ao formando, conhecer as diferentes abordagens e/ou princípios didácticos capazes de auxiliar o aluno a compreender a cultura corporal de movimento. As  implicações destas abordagens na elaboração de objectivos, organização de conteúdos, experiências de aprendizagem e avaliação serão ainda assuntos relevantes a tratar nesta disciplina. 

Deste modo, o formando deve desenvolver habilidades para leccionar alunos na aquisição de habilidades básicas, em danças, jogos, desportos e ginástica, que constituem conteúdos essenciais  para  crescimento  e  desenvolvimento  da  aptidão  física,  formação  de  carácter, lazer e aquisição de estilo de vida saudável através do desenvolvimento de conhecimentos teóricos e práticos sobre a educação física e o desporto escolar.

Competências

O formando deve dominar os objectivos, conteúdos, métodos de Educação Física no Ensino Primário; os meios de ensino, os processos e/ou as formas de exercitação e de avaliação de Educação Física no ensino primário. No processo de formação os formandos deverão desenvolver a reflexão sobre a melhor maneira de leccionar a disciplina na escola e analisar os documentos de orientação pedagógica.

As competências a serem materializadas neste módulo provém do plano curricular do curso de Formação de Professores Primários e são operacionalizadas de forma específica desta disciplina, tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências  requeridas. Assim, no fim deste módulo o  formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove  o  espírito  patriótico  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

● Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem:

● Planificar aulas de Educação Física e agir como mediador dos processos de ensino e aprendizagem, evidenciando domínio do programa de ensino, da matéria disciplinar do Ensino Primário e das metodologias de ensino das EF; 

● Avaliar o progresso dos alunos, analisar os resultados e usá-los para melhorar o seu desempenho e de todos e de cada um dos alunos; 

● Produzir ou adaptar recursos didácticos e explorar as suas potencialidades, na sala 

de aula;  ● Autoavaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

● Analisar  criticamente  manuais  escolares  do  Ensino  Primário  e  aulas  assistidas, quanto à abordagem

Visão Geral do Programa

UNIDADE TEMÁTICA HORASEducação Física na Escola Primária 4

Estudo de Documentos de Orientação Pedagógica 6

Planificação de Aulas de Educação Física 12

Ensino de Jogos e Danças Tradicionais 14

Ensino de Jogos Pré-Desportivos e Desportos Individuais e Colectivos 10

Noções de Primeiros Socorros 6

Avaliações  2

54

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208 209

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosPl

ano

Tem

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Pri

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–O que é Educação Física;

–Objectivo de EF na escola;

–Benefícios da prática da EF;

–Interdisciplinaridade.

• Apresenta síntese das suas reflexões sobre o tema

4

II) E

stud

o de

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s de

Ori

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Peda

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CEB)

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Bás

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(I C

iclo

, II c

iclo

e II

I ciclo);

–Manual do Professor ;

–Livro do Aluno.

• Apresenta a síntese da análise dos documentos;

• Interpreta os documentos.

6

III)

Plan

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ção

de

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taçã

o;- Avaliação em

 EF.

• Apresenta um

 plano trimestral e quinzenal;

• Elabora um

 plano de lição;

• Usa o caderno de desempenho para avaliar.

12

IV)

Ensi

no d

e Jo

gos

e D

ança

s Tr

adic

iona

is

–A recolha dos jogos;

–Formas de organização da aula;

–Adaptação de jogos tradicionais;

• Sistem

atiza a informação de jogo recolhido;

• Organiza a turma ;

• Combina os conteúdos de outras disciplinas na 

aula de EF.

14

V)

Ensi

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e Jo

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Pré-

Des

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ivos

e

Des

port

os

Indi

vidu

ais

e Co

lect

ivos

–Atletismo;

–Andebol;

–Futebol;

–Basquetebol;

–Voleibol;

–Ginástica.

• Identifica o tipo de lesões e doenças,

• Explica os cuidados a ter em conta perante lesões e 

doenças que se apresentam;

• Aplica regras de primeiros socorros perante lesões 

e do

ença

s.

6

Ava

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Tota

l36

3º ANO, V SEMESTREDISCIPLINAS E CARGA HORÁRIA

Contacto Estudo Geral

CCS Didáctica da L. Segunda (Portuguesa) II 6 2 108 36 144MCN Resolução de Problemas Matemáticos 4 2 72 36 108MCN Didáctica das Ciências Naturais II 4 2 72 36 108CCS Didáctica da Ed. Visual e Ofícios 6 2 108 36 144CCS Literatura Infanto-juvenil em L. Port. 2 1 36 18 54APT Sistema Braille 5 2 90 36 126CE Organização e Gestão Escolar 3 1 54 18 72CE Práticas Pedagógicas III 0 4 0 72 72

30 16 540 288 828TotalActividades Co-Curriculares (cultura, desporto e produção)

5º Semestre (18 semanas) Horas

Área Unidades Curriculares Contacto EstudoTotal

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210 211

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

DIDÁCTICA DA EDUCAÇÃO VISUAL E OFÍCIOS

Carga Horária: 108 HORAS

Introdução

A disciplina de Didáctica  de Ofícios  e  Educação Visual  assume um papel  importante  na sociedade,  pois  visa  dar  a  conhecer  os  diversos  ofícios mais  relevantes  na  comunidade. Os  futuros  professores  conhecerão  diversas  técnicas  relacionadas  com  a  moldagem,  a modelagem, o papel, os têxteis, a madeira, os metais, a agro-pecuária, a culinária e a costura. A utilização de diferentes ferramentas, utensílios e equipamentos será uma constante, bem como o desenvolvimento de hábitos de higiene e de segurança no trabalho.

O foco desta disciplina é o estudo de metodologias de ensino da Educação Visual e Ofícios e a sua prática, em contexto de sala de aula.

Competências

Com  esta  disciplina  pretende-se  que  o  formando  ganhe  a  destreza  de  manipular  as ferramentas, utensílios e equipamentos para a produção de artigos de utilidade. A higiene e segurança durante os trabalhos serão constantemente observados

As  competências  a  serem  desenvolvidas  nesta  disciplina  provêm  do  plano  curricular do  curso  de  Formação  de  Professores  do  ensino  Primários  e  são  operacionalizadas  de forma  específica  nas  disciplinas  de  formação,  tendo  sempre  em  conta  os  elementos  de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove  o  espírito  patriótico  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

●  Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de aprendizagem:

● Descrever a importância das artes visuais e ofícios para o desenvolvimento integral das crianças;

● Enunciar as fases de desenvolvimento gráfico da criança e utilizar a imagem como meio de comunicação e expressão;

● Planificar aulas de Educação Visual e Ofícios (EVO), e agir como mediador do PEA, evidenciando  domínio  do  programa  de  ensino,  da matéria  disciplinar  do  Ensino Primário e das metodologias de ensino da EVO; 

● Avaliar o progresso dos alunos, analisar os resultados e usá-los para melhorar o seu desempenho e de todos e de cada um dos alunos; 

● Produzir ou adaptar recursos didácticos e explorar as suas potencialidades, na sala 

de aula;  ● Auto-avaliar-se, analisar a prática pedagógica dos colegas e engajar-se no trabalho colaborativo;

● Analisar,  criticamente,  manuais  escolares  do  Ensino  Primário  e  aulas  assistidas, quanto à abordagem metodológica, sua adequação e ao nível e necessidades de aprendizagem.

Visão Geral do Programa

Unidade Temática HORASIMPORTÂNCIA DE EDUCAÇÃO VISUAL E DOS OFÍCIOS NA FORMAÇÃO INTEGRAL DO INDIVÍDUO

2

ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO GRÁFICO DA CRIANÇA 2MOLDAGEM 8MODELAGEM 10PAPEL 3TÊXTEIS. 2MADEIRAS 10 METAIS 2AGRO-PECUÁRIA 20CULINÁRIA 5COSTURA 4CARTAZ 4COR/PINTURA 10DESENHO GEOMÉTRICO 16IMPRESSÃO E ESTAMPAGEM 4Avaliações 6Total 108

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212 213

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de AdultosPl

ano

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IMPORTÂN

CIA DE 

EDUCAÇÃO VISUAL E 

DOS OFÍCIOS

–Importância de Ofícios para o desenvolvimento do ser 

humano

• Defende a im

portância de Ofícios como forma de 

desenvolver o “s

aber

faze

r” e resolução de problem

as 

concretos;

• Menciona a contribuição da  disciplina de Ofícios na 

formação equilibrada e integral do indivíduo;

• Enum

era algumas acções de interdisciplinaridade 

(produção de material didáctico).

2

ETAPAS DO 

DESENVO

LVIMENTO 

GRÁFICO DA CRIANÇA

• Garatuja

• Pré-Esquem

ático

• Esquem

ático

• Pseudo-Realismo

• Início do realismo

• Re

alis

mo

• Interpretação da arte infantil

• Formas de trabalho com

 alunos com necessidades 

educativas especiais

• Analisa o conteúdo das mensagens dos desenhos 

infantís;

• Propõe acções para trabalho com

 crianças com

 necessidades educativas especiais;

• Aplica métodos de ensino das etapas de 

desenvolvimento gráfico da criança.

2

MO

LDAG

EM

–Noção de moldagem

–Materiais e utensílios para moldagem;

–M

olde

–Acabam

entos

–Fornos

–Secagem e cozedura

• Executa alguns processos simples de moldagem;

• Executa moldes simples para produção de peças em

 série;

• Prepara barro crem

e (barbotina);

• Distingue o processo artesanal do processo industrial 

de produção de objectos;

•  Produz objectos decorativos e utilitários com base 

nos moldes previamente elaborados por ele;

• Faz acabam

ento e decoração das peças moldadas;

• Constrói fornos artesanais;

• Faz a secagem e cozedura das peças.

8

MO

DEL

AGEM

• Noção de modelagem

• Matarias e ferram

entas

• Técnica do rolo, da bola e da placa

• Secagem e cozedura das peças

• Distingue a moldelagem da moldagem;

• Identifica os diferentes materiais e ferram

entas usadas 

na modelagem

;• Levanta peças para o uso decorativo e utilitário;

• Constrói teques de madeira ou aram

e;• Faz acabam

entos e decoração das peças criadas;

• Faz a secagem e cozedura das peças

10

PAPE

L

–Origem

 e propriedade do papel

–Selecção do papel

–Pasta de papel

• Recolhe e selecciona papel reciclável;

• Faz artesanalmente o papel;

• Faz objectos com

 pasta de papel (bolinhas, máscaras, 

etc.)

• Faz objectos com

 pasta de papel usando moldes 

(tigelas, vasos, patos, etc.)

3

TÊXTEIS.

–Propriedades dos materiais têxteis

–Tecelagem, tapeçaria e cestaria

–Cu

rtum

e

• Faz trabalhos de reciclagem

 com

 diversos materiais 

naturais com

o algodão, sisal, palha, folhas de 

palmeiras, etc;

• Faz teares;

• Faz batuques;

• Faz pastas para escola em tecelagem;

2

MADEIRAS

–Origem

 e propriedade da madeira

–Técnicas de transformação da madeira

–Ferram

entas

• Identifica os tipos de árvores que produzem

 madeira;

• Identifica derivados de madeira (contraplacado, 

unitex, cartão prensado, carvão vegetal, serradura, 

etc);

• Faz o aproveitamento de desperdícios de madeira 

para construir objectos lúdicos simples (jogo de 

damas, dom

inó, xadrez, brinquedos) e utilitários 

(bases para panelas, bancos, cadeiras, carteiras e 

material didáctico)

1

 METAIS

• Origem

 e propriedade dos metais

• Técnicas de transformação de metais

• Processo de fundição de metais (chumbo, alumínio)

• Identifica alguns dos metais mais comuns;

• Caracteriza os metais mais comuns (ferro, chumbo, 

alum

ínio, cobre, zinco, e latão)

• Descreve o processo de fundição;

• Faz o aproveitamento e reciclagem

 de metais (latas, 

tampas de garrafas, etc);

• Constrói brinquedos simples em metais.

2

AGRO-PECUÁRIA

–Funções dos instrumentos de agro-pecuária

–Construção de instrumentos de agricultura

–Construções rurais básicas

–Métodos e técnicas de combate à pragas, doenças e 

ervas daninhas

–Rotação de culturas

• Conhece as funções de enxada, catana, sachola, 

machado, ancinho, pá, etc.

• Prepara cabos de enxadas, machados e ancinhos;

• Faz ancinhos com

 pregos e paus;

• Constrói capoeiras para a criação de aves;

• Faz preparação do solo, sem

enteira e plantio;

20

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214 215

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos –Defesa dos recursos florestais e faunísticos

–Apicultura

–Preparação do solo, sem

enteira e plantio

–Técnicas de produção agro-pecuária

–Piscicultura

–Processamento e conservação de produtos perecíveis

• Faz a sacha, a colheita e a respectiva conservação de 

produtos agrícolas;

• Cria animais domésticos;

• Constrói currais e pocilgas;

• Conserva produtos perecíveis;

• Prepara um

 local para criação peixe;

• Usa, limpa e arrum

a o instrumentos e utensílios após 

o trabalho.

CULINÁRIA

–Pesquisa de receitas

–M

ediç

ão d

e in

gred

ient

es –Confecção de alimentos

• Faz recolha de receitas locais, nacionais e 

internacionais;

• Constrói uma balança artesanal;

• Utiliza utensílios para medir (copos, copo graduado, 

balança);

• Cozinha alimentos em

 água e óleo;

• Faz bolos e salgadinhos

5

COSTURA

–Pontos de costura

–Confecção de vestuário

Orientações para alinhavo de costuras e coser

Mol

dage

mPrincipais Moldes Básicos

Orientações sobre a execução dos molde

Tipos de Malha

Cálculo da Elasticidade da Malha

Com

o Ti

rar M

edid

aMolde Básico para uma Blusa

Cortando no tecido

Molde Básico da Saia para Tecido Plan

Camisa Masculina

Molde Básico da Calça Masculina para Tecido Plano

Abot

oam

ento

da

Cam

isa

Lado

Esq

uerd

oLa

do D

ireito

• Alinhava costuras antes de coser;

• Remata para não desmanchar;

• Cose as costuras em ponto de máquina;

• Prega botões;

• Passaja buracos;

• Faz colchas, lençois ou cobertores, juntando pedaços 

de tecidos;

• Coloca elástico;

• Prega zipes;

• Faz moldes simples;

• Faz peça simples de vestuário para crianças;

• Faz vestuário para o grupo teatral da escola,

4

CARTAZ.

Conceito de cartaz

Tipos de cartaz

a) Com

ercial

b) Social

c) Cultural

d) Político

Elem

entos do cartaz

a) Imagem

b) Texto

c) Cor

d) Forma

e) Tam

anho

f) Com

posição

• Distingue o cartaz segundo a sua finalidade;

• Faz cartazes criativos utilizando diferentes técnicas 

de expressão (desenho, pintura, colagem

, impressão, 

etc.);

• Cria postais, logótipos e convites;

• Cria cartazes ilustrando temas de outras áreas 

disciplinares e questões transversais;

• Aplica métodos de ensino e estratégias de avaliação.

4

COR/PINTURA

Técnicas de pintura

a) Pinturas a aguarela e a guache

b) Pinturas a lápis de cor e de cera 

c) Pintura usando tintas artesanais

Mistura de cores

Círculo crom

ático

Gradação da cor

Simbologia da cor

Pintura colectiva

• Aplica as diferentes técnicas de pintura;

• Faz experiência de mistura de cores;

• Aplica as cores prim

árias, secundárias, quentes, frias e 

complem

entares em

 com

posições com

 temas livres 

ou orientados;

• Pinta painéis colectivos;

• Exem

plifica a relação da cor no contexto social.

• Aplica métodos de ensino e estratégias de avaliação 

nos trabalhos.

10

DESENHO 

GEO

MÉT

RICO

Materiais para o desenho geom

étrico

Formas geométricas dos objectos 

Método geral da divisão de segmentos de recta em

 partes iguais 

Conc

ordâ

ncia

sEspirais

Conc

ordâ

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sCo

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ão d

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o de

âng

ulos

Mul

tiplic

ação

de

ângu

los

Construção de polígonos pelo método geral e específico

Construção de polígonos estrelados

• Identifica as formas dos objectos (triangular, 

quadrangular, circular, esférica, cilíndrica, cónica, 

prismática e piramidal) em objectos da natureza;

• Faz composição utilizando as construções 

geom

étricas;

• Aplica métodos de ensino e estratégias de avaliação.

20

Avaliações

6

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216 217

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

LITERATURA INFANTO-JUVENIL EM LÍNGUA PORTUGUESA

Carga Horária: 36 HORAS

Introdução

Com a disciplina de Literatura Infanto-juvenil, objectiva-se que os formandos promovam, ao nível da escola, o gosto pela leitura, através do desenvolvimento de competências de leitura e compreensão de texto e obras infanto-juvenis. 

Neste contexto, serão retomadas e experimentadas técnicas motivadoras de exploração de textos que permitam levar a criança a compreender, dar opinião e fazer juízos sobre o que lê. 

Competências

Com esta disciplina pretende-se que o formando desenvolva capacidades de gerir acervos bibliográficos e de promoção de eventos culturais, tais como concursos literários, exposições de trabalhos feitos pelos alunos, jornal da turma, etc.

As  competências  a  serem  desenvolvidas  nesta  disciplina  provêm  do  plano  curricular do  curso  de  Formação  de  Professores  do  ensino  Primários  e  são  operacionalizadas  de forma  específica  nas  disciplinas  de  formação,  tendo  sempre  em  conta  os  elementos  de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove  o  espírito  patriótico  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

●  Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem:

● Dominar  estratégias  de  utilização  dos  conhecimentos  dos  alunos  (adultos  e crianças), para identificar o conteúdo principal de um texto, fazer juízos de valor e comentários sobre os textos;

● Aplicar estratégias diversificadas para levar os alunos (adultos e crianças) a relacionar o conteúdo do texto com aspectos da vida, ou factos da época a que o texto se refere.

● Sistematizar os elementos que ajudam os alunos (adultos e crianças) a chegar ao significado das palavras, frases e do texto;

● Organizar a recolha e circulação de material, para ler ao nível da turma e da escola; ● Organizar cantos e círculos de interesse de leitura e pequenas rubricas no jornal de turma e da escola;

● Gerir uma biblioteca escolar;

● Analisar, criticamente, a problemática do desenvolvimento de hábitos de leitura na escola  primária  e  propor  acções  exequíveis  que  contribuem para  a  formação de pequenos leitores competentes.

15. Visão Geral do Programa

Nº Unidade Temática HORAS1. Introdução geral sobre a literatura 4

2. Literatura Infantil 1

3. Literatura Juvenil 1

4. Literatura Infantil versus Literatura Juvenil 2

5. Autores e obras de referência mundiais 4

6. Literatura Infanto-juvenil moçambicana 4

7. Actividades práticas 20

Total 36

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218 219

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos16

. Pla

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liter

atur

aBreve história da literatura

Importância da literatura

• Faz um

 breve resumo sobre a história da literatura

4

Literatura Infantil

Conceito, Origens e características

• Define Literatura Infantil

• Indica as origens da Literatura Infantil

• Define os objectivos que ditaram a sua criação

• Enum

era as características da Literatura Infantil

1

Literatura Juvenil

Conceito e características

• Define Literatura Juvenil

• Enum

era as características da Literatura Juvenil

1

Literatura Infantil 

vers

us L

itera

tura

Juvenil

Características e faixas etárias

Distingue Literatura Infantil da Juvenil

2

Auto

res

e ob

ras

de

referência mundiais

Dos clássicos aos contemporâneos

• Enum

era as obras infanto-juvenis clássicas

• Identifica as obras infanto-juvenis clássicas

• Distingue as obras infanto-juvenis clássicas das 

contem

porâneas

4

Literatura Infanto-

juvenil m

oçam

bicana

Percurso da Literatura Infanto-juvenil m

oçam

bicana

Autores da Literatura Infanto-juvenil m

oçam

bicana e 

respectivas obras

• Desenha o percurso da Literatura Infanto-juvenil

• Faz um

 portfólio de autores de Literatura Infanto-

juvenil m

oçam

bicana e respectivas obras

4

Actividades práticas

Leitura e interpretação de livros infanto-juvenis de 

referência mundial e nacional

• Lê livros infanto-juvenis

• Interpreta-os

• Reconta histórias lidas

• Faz resumos

• Escreve textos de sua autoria para crianças e jovens

20

Tota

l36

SISTEMA BRAILLE, ORIENTAÇÃO E MOBILIDADE

Carga Horária: 90 HORAS

Introdução

A disciplina “Sistema Braille” visa desenvolver competências e habilidades aos novos canais de  informação e comunicação  (táctil,  auditivo, olfactivo e gustativo) que caracterizam-se por factores determinantes no processo ensino-aprendizagem da criança, jovem e adulto com deficiência visual- cego.

O Sistema Braille é, pois, o código universal que serve a língua, no nosso caso a portuguesa, línguas moçambicanas, levando-a às pessoas cegas em termos de palavra escrita. E não é só a simples palavra, é  também o símbolo matemático,  fórmula química, complexa nota musical, para uso de símbolos abreviativos de palavras em diferentes idiomas.

O Sistema Braille, assim estruturado pelo seu criador, Louis Braille (França, a 4 de Janeiro de 1809 a 6 de  Janeiro de 1852) é utilizado, mediante convenções, para a  comunicação dos mais  diferentes  ramos  do  conhecimento  humano.  Com o  propósito  de  aumentar  a eficiência, na comunicação literal (escrita e leitura táctil de textos).

A célula Braille é a unidade estrutural do alfabeto Braille. É composta por seis pontos em duas colunas, numerados de 1 a 6. A partir dos seis pontos salientes, é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, algarismos, sinais algébricos e notas musicais. Com as 63 combinações não cobrem todos os símbolos existentes, o Braille recorre a símbolos duplos e prefixos para obter todas as combinações. Por exemplo, as letras maiúsculas são feitas com recurso a um prefixo (pontos 4 e 6). Os números são feitos com um prefixo seguido de uma letra.

Os formadores devem privilegiar uma postura única na vivência da relação com a criança, jovem e adulto cego, na perspectiva da afectividade, do compromisso do desenvolvimento de  suas  potencialidades.  Os  estilos  de  aprendizagem  da  pessoa  cega  é  orientada  para modalidade táctil-cinestésica e normalmente processam a informação por blocos.

Ao  educar  uma  pessoa  cega  é  necessário  entender  sobre  a  sua  percepção,  investir-se em  recursos  didácticos  apropriados  (gráficos  em  relevo,  livro  em  Braille,  informáticos, computador,  impressora  Braille,  de  entre  outros)  às  suas  capacidades  de  percepção.  A limitação imposta pela deficiência não deve gerar atitudes superprotectoras que impeçam –lhes de vivenciar regras, actividade e limites estabelecidos no ambiente escolar, quanto na proposta inclusiva.

“ Inclusão trata justamente de aprender a viver COM o outro. Inclusão significa ´estar com.” (Forest e Pearpoint, 1997).

Nesta perspectiva, a Educação Inclusiva se apresenta com a sua meta principal: a de não deixar ninguém fora do ensino regular. Incluem-se nesse ideal, as pessoas cegas.

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220 221

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Competências

Com  esta  disciplina  pretende-se  que  o  formando  desenvolva  uma  abordagem  teórica e  prática  orientada  para  os  problemas  do  Ensino  Primário,  em  contexto  multilingue  e multicultural, baseada no contacto permanente com a escola, com os programas de ensino, com os livros escolares e outros materiais

As  competências  a  serem desenvolvidas  nesta  disciplina  provêm do  plano  curricular  do curso de Formação de Professores do ensino Primários e são operacionalizadas em todas as áreas curriculares e de forma específica nas disciplinas de formação, tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove  o  espírito  patriótico  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

●  Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem:

● Propiciar  a  descoberta  do  próprio  corpo  como  agente  explorador  do  ambiente escolar, através de vivência de movimentos, acções e sensações;

●  Elaborar noções espaciais, temporais; ●  Despertar a consciência corporal na construção de uma auto-imagem positiva, bem como a autonomia;

● Promover o desenvolvimento da afectividade e socialização, a partir da convivência e  troca de experiências  com outras  crianças da mesma  idade e adultos que não pertençam ao seu meio familiar;

● Possibilitar  a  superação  progressiva  do  egocentrismo,  nesta  etapa  do desenvolvimento;

● Explorar  o  ambiente  através  de  experiências  sensório-motoras  vivenciadas  pela própria criança para formação de conceitos, selecção de ideias, estabelecimento de relações lógicas;

● Dar oportunidade à descoberta do Sistema Braille pautada no caracter lúdico, para construir esquemas necessários ao seu domínio.

Visão Geral do Programa

Unidade Temática HORASIntrodução ao Sistema Braille 3Alfabeto Braille 20Transcrição do Sistema comum (em tinta) para o Braille e vice-versa 12Simbologia Matemática 6Representação das operações fundamentais e datas 20Requisitos básicos para Orientação e Mobilidade 3Utilização dos sentidos remanescentes 2Aquisição e desenvolvimento do sentido de orientação 2Técnicas de Mobilidade dependente 10Técnicas de Mobilidade independente em ambientes fechados 4Técnicas com o auxílio da bengala branca 2Vivências especiais 2Avaliações 4

90

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222 223

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos16

. Pla

no T

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ico

Uni

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Te

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sEv

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Hor

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Sist

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Brai

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I Int

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ção

Bre

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rico

do

Sist

ema

Brai

lle.

1.2

Inst

rum

ento

s ut

iliza

dos

para

a e

scri

taa) Reglete e punção;

b) M

áquina de dactilografia Braille.

• Elabora um

 resumo sobre a evolução histórica do Sistema Braille.

• D

ram

atiz

a si

tuaç

ões

• Identifica diferentes instrumentos para a escrita do Sistema Braille.

2

II O

Sis

tem

a Br

aille

a) Alfabeto Braille;

b) Letras acentuadas.

c) Sinais auxiliares da escrita 

• Maiúscula;

• Caixa alta; 

• Grifo. 

d) P

ontu

ação

• Realiza com destreza diferentes actividades manuais, preparatórios 

para manuseamento da célula Braille.

• Identifica o alfabeto Braille, letras acentuadas, sinais auxiliares da 

escrita e pontuação

• Escreve o alfabeto Braille, letras acentuadas, sinais auxiliares da 

escrita e pontuação.

20

III T

rans

criç

ão d

o Si

stem

a co

mum

(em

tin

ta)

para

o B

raill

e e

vice

-ver

saa) Letras, sílabas, palavras, frases e pequenos 

textos;

b) Parágrafo e centralização de títulos;

c) Leitura de textos em interponto.

• Lê as letras, as sílabas, palavras e frases simples e pequenos textos 

com as letras já aprendidas.

• Escreve as letras, as sílabas, palavras e frases simples e pequenos 

textos com

 as letras já aprendidas.

16

IV S

imbo

logi

a M

atem

átic

a4.

1 In

stru

men

tos

utili

zado

s pa

ra a

mat

emát

ica

a) Abaco,

b) C

ubar

itmo.

4.2

Sina

l de

núm

ero

4.3

Num

eraç

ãoa) Árabe;

b) Rom

ana; 

c) Ordinal; 

d) Decimal;

e) Fraccionária;

f) Percentagem

.4.

4 Re

pres

enta

ção

das

oper

açõe

s fu

ndam

enta

is4.

5 Re

pres

enta

ção

de d

atas

• Distingue os instrumentos para o cálculo na Matem

ática;

• Usa diferentes instrumentos para cálculos auxiliares de matem

ática. 

• Identifica sinal de número e de num

eração

• Escreve números (Árabes, Romanos, Ordinais, Decimais, Fraccionários 

e Percentagem) em Braille 

• Faz a numeração 

• Lê e escreve a num

eração.

• Realiza as operações fundam

entais.

• Escreve as datas do calendário civil

• Escreve as datas do calendário civil e assinala as datas festivas e 

comem

orativas

• Expressa-se sobre o significado de datas festivas e com

emorativas

10 30 1

Uni

dade

Te

mát

ica

Cont

eúdo

sEv

idên

cias

Req

ueri

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Hor

as

Ori

enta

ção

eM

obili

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Des

envo

lvim

ento

dos

req

uisi

tos

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O

rien

taçã

o e

Mob

ilida

dea) Cognitivos;

b) Psicomotores;

c) Emocionais;

d) Tácteis;

e) Auditivos

Uti

lizaç

ão d

os s

enti

dos

rem

anes

cent

esa) Utilização da visão residual para as pessoas de 

baixa visão;

b) Interpretação de pistas e estabelecimento de 

pontos de referência, através dos sentidos 

remanescentes.

Aqu

isiç

ão e

des

envo

lvim

ento

do

sent

ido

de

orie

ntaç

ãoa) Pontos de referência;

b) Orientação direccionada pelos pontos cardinais;

c) Auto-familiarização.

1.1

Técn

icas

de

Mob

ilida

de d

epen

dent

ea) Deslocamento com

 guia;

b) M

udança de direcção;

c) Troca de lado;

d) Passagens estreitas;

e) Passagem por portas;

f) Sentar-se com

 ajuda do guia vidente;

g) Subir e descer escadas;

h) Aceitar, recusar ou adequar a ajuda;

i) Entrar no carro.

• Reage aos estím

ulos.

• Explora o am

biente através dos sentidos remanescentes. 

• Estabelece as relações corporais, espaciais e temporais com

 o 

ambi

ente

.

• Utiliza as técnicas aprendidas.

• Emprega adequadamente as técnicas aprendidas da bengala branca.

3H 2H 2H 10H

10H

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224 225

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos1.

2 Té

cnic

as d

e M

obili

dade

inde

pend

ente

em

am

bien

tes

fech

ados

a) Autoprotecção;

b) Protecção inferior e superior;

c) Rastreamento com

 a mão;

d) Enquadram

ento e tomada de direcção;

e) M

étodo de pesquisa (localização de objectos e 

familiarização com

 ambiente).

1.2.

1 Té

cnic

as d

e m

obili

dade

com

o a

uxíli

o da

be

ngal

a br

anca

a) Rastreamento com

 a bengala;

b) Detecção e exploração de objectos com

 bengala;

c) Subir e descer escadas; 

d) Acesso a elevadores;

e) Reconhecimento de áreas residenciais e áreas 

comerciais;

f) Travessia de rua sem ou com sem

áforos;

g) M

obilidade em áreas com

 intenso tráfego de 

pedestres;

1.2.

2 V

ivên

cias

esp

ecia

isa) Passagem por autoposto;

b) Fam

iliarização com

 veículos; 

c) Travessia de linhas férreas

d) Feiras livres, mercados, shopping Centers

e) Estação rodoviárias, ferroviárias, portuárias e 

aeroviárias

• Restabelece a sua locomoção.

• Locomove-se com

 segurança em áreas externas com características 

diversas.

• Apela-se aos sentidos remanescentes para reconhecer locais, coisas, 

objectos, de entre outros.

3H 3H

Ava

liaçõ

es4

Tota

l

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS

Carga Horária: 72 HORAS

Introdução

Nesta disciplina desenvolver-se-ão algumas estratégias de resolução de problemas: usar uma ou mais variáveis, completar uma tabela, considerar um caso especial, identificar um padrão, usar o raciocínio dedutivo, verificar soluções, resolver equações, testar hipóteses, desenhar um esquema ou diagrama, fazer uma lista, procurar uma fórmula, usar coordenadas, tentar resolver problemas semelhantes, etc. 

Mostrar-se-á que a criatividade é essencial na arte de resolver problemas. Para além dos problemas escolares, este módulo abordará jogos de estratégias, incluindo puzzles (como por exemplo os Bisos – peças constituídas por dois trapézios isósceles e Billies ou por dois rectângulos na forma de L, desenvolvidos pelo matemático moçambicano Paulus Gerdes) e exercícios de olimpíadas.

Resultados de aprendizagem:

• Promover o gosto pela Matemática no Ensino Primário;• Seleccionar estratégias de resolução de problemas matemáticos, adaptadas à realidade da criança;

• Criar ambientes lúdicos de aprendizagem da Matemática.

Visão Geral do ProgramaUnidade Temática Horas

I Introdução 3

II Números naturais e operações 4

III Divisibilidade de números naturais 5

IV Fracção 4

V Números decimais e Operações 4

VI Razões e proporções 4

VII Espaço e forma 5

VIII Grandezas e medidas 5

IX Percentagens 4

X Correspondência 6

XI Tabelas e gráficos e estatística 6

XII Problemas Aleatórios 10

XIII Prolemas em forma de jogos 6

Avaliações 6

Total 72

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226 227

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

Plan

o Te

mát

ico

Capí

tulo

Cont

eúdo

sEv

idên

cias

Req

ueri

das

Hor

as

IIn

trod

ução

1. Introdução ao estudo de resolução de problem

as 

matem

áticos

–Identifica problem

as matem

áticos e descreve as 

estratégias correctas;

–Identifica conceitos matem

áticos aplicados nos 

jogos.

3

IINúm

eros naturais e 

operações

1. Resolução de problemas práticos envolvendo a 

composição de núm

eros naturais;

2.   Resolução de problem

as práticos  envolvendo 

operações básicas ( adição, subtracção, multiplicação 

e divisão);

–Identifica problem

as sobre núm

eros naturais;

–Resolve problemas aplicando a com

posição  de 

números naturais;

–Resolve problemas conducentes a expressões 

numéricas com

/sem

 parenteses envolvendo as 

quatro operações básicas;

–Explica a resolução dos problemas sobre os 

números naturais;

–Identifica problem

as sobre divisibilidade de 

números naturais;

–Resolve problema envolvendo múltiplos e divisores 

de núm

eros naturais;

–Resolução de problem

as práticos, aplicando os 

critérios de divisibilidade;

–Resolve problemas envolvendo a decomposição em

 factores prim

os, mínimo múltiplo com

um e máximo 

4divisor com

um;

–4Explica a resolução dos problemas sobre a 

divisibilidade de núm

eros naturais;

4

IIIDivisibilidade de 

números naturais

1. Resolução de problemas envolvendo múltiplos e 

divisores de núm

eros naturais; 

2. Resolução de problemas práticos, aplicando os 

critérios de divisibilidade;

3. Resolução de problemas envolvendo a  decom

posição 

em factores prim

os, mínimo múltiplo com

um e 

máximo divisor com

um;

5

IVFracção

1. Resolução de problemas envolvendo fracções de 

quantidade;

2. Resolução de problemas práticos envolvendo 

operações básicas (adição, subtracção, multiplicação e 

divisão) de fracções;

–Identifica problem

as sobre fracções;

–Resolve problemas envolvendo fracções de 

quantidade;

–Resolve problemas práticos envolvendo operações 

básicas (adição, subtracção, multiplicação e divisão) 

de fracções;

–Explica a resolução dos problemas sobre fracções.

4

VNúm

eros decimais e 

Operações

1. Resolução de problemas práticos envolvendo 

operações básicas (adição, subtracção, multiplicação e 

divisão) de números decimais.

–Identifica problem

as sobre núm

eros decimais;

–Resolve problemas e exercícios práticos que 

envolvem

 operações básicas sobre núm

eros 

decimais;

4

–Explica a resolução dos problemas sobre os 

números decimais;

1º T

este

esc

rito

2

VIRazões e proporções

1. Resolução de problemas que envolvem a aplicação das 

razões e proporções.

2. Resolução de problemas que envolvem a aplicação da 

escala.

–Identifica problem

as sobre razões e proporções;

–Resolve problemas aplicando as razões e 

proporções;

–Resolve problemas que envolvem a aplicação da 

escala;

–Explica a resolução dos problemas sobre razões e 

proporções;

4

VII

Espaço e forma

1. Resolução de problemas sobre a identificação de 

figuras planas, sólidos geométricos e dos ângulos.

2. Resolução de problemas que envolvem a determinação 

de amplitudes de ângulos, medidas de figuras planas e 

o comprimento de sólidos geométricos.

–Identifica problem

as sobre espaço e forma;

–Resolve problemas sobre a identificação de figuras 

planas, sólidos geométricos e dos ângulos;

–Resolve problemas que envolvem a determinação 

de amplitudes de ângulos, medidas de figuras 

planas e o com

primento dos sólidos geométricos; 

–Explica a resolução dos problemas sobre espaço e 

forma;

5

VIII

Gra

ndez

as e

med

idas

1. Resolução de problemas que envolvem a determinação 

de perímetro e de área de figuras planas;

2. Resolução de problemas que envolvem a determinação 

de capacidade e volumes de sólidos geométricos;

–Identifica problem

as sobre grandezas e medidas;

–Resolve problemas que envolvem a determinação 

de perímetro e de área de figuras planas;

–Resolve problemas que envolvem a determinação 

de capacidade e volume de sólidos geométricos;

–Explica a resolução dos problemas sobre grandezas 

e medidas;

2º T

este

esc

rito

2

IXPercentagens

1. Resolução de problemas envolvendo percentagem de 

uma quantidade;

–Identifica problem

as sobre percentagem

; –Resolve problemas que envolvem percentagem

 de 

uma quantidade;

–Resolve problemas que envolvem o cálculo do lucro, 

prejuízo, desconto e juros;

–Explica a resolução dos problemas sobre 

percentagem;

4

2. Resolução de problemas práticos  envolvendo 

operações básicas ( adição, subtracção, multiplicação e 

divisão) de percentagem;

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228 229

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

XCorrespondência

1. Resolução de problemas que envolvem a relação entre 

duas grandezas;

–Identifica problem

as sobre correspondência;

–Resolve problemas que envolve a relação entre duas 

grandezas;

–Explica a resolução dos problemas sobre 

correspondência;

XITabelas e gráficos e 

estatística

1. Resolução de problemas que envolvem noções básicas 

de estatística e tabelas;

–Identifica problem

as sobre tabelas e gráficos e 

estatística

–Resolve problemas que envolvem noções básicas de 

estatística e tabelas;

–Resolve problemas que envolvem a identificação, 

construção e interpretação de gráficos de barras, de 

linhas, histogramas e pictogram

as;

–Resolve problemas que envolvem medidas de 

tendência central.

6

2. Resolução de problemas que envolvem a Identificação, 

construção e interpretação de gráficos de barras, de 

linhas, histograma e pictograma;

3. Resolução de problemas que envolvem medidas de 

tendência central (média, mediana e moda)

3º T

este

esc

rito

2

XII

Problemas Aleatórios

1. Resolução de problemas que envolvem todos os 

capítulos;

–Identifica problem

a sobre os capítulos abordados 

nas aulas de matem

ática;

–Resolve problemas diversificados sobre todos 

capítulos abordados nas aulas de matem

ática;

–Explica a resolução dos problemas diversificados 

sobre todos capítulos abordados nas aulas de 

matem

ática;

10

XIII

 Prolemas em forma 

de jogos

1. Resolução de problemas em forma de jogos 

relacionados com

 conceitos matem

áticos;

–Identifica conceitos matem

áticos aplicados nos 

jogos.

–Resolve problemas em forma de jogos relacionados 

com conceitos matem

áticos;

–Explica a resolução dos problemas em forma de 

jogos relacionados com

 conceitos matem

áticos;

6 2

ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR

Carga Horária: 54 HORAS

Introdução

Esta  disciplina  visa  desenvolver  competências  de  gestão  pedagógica  e  administrativa numa escola primária, contribuindo, assim, para a criação de um ambiente propício para a aprendizagem. Estas competências incluem o saber fazer nas áreas pedagógicas, escrituração escolar, saúde e higiene escolar, currículo local, manutenção e gestão de espaços. 

Nela, o formando deverá ainda familiarizar-se e saber utilizar técnicas básicas de construção, de forma a participar no desenvolvimento de espaços da escola e da comunidade, e resolver problemas relacionados com a sua própria habitação.

A Organização e Gestão Escolar deve ser da responsabilidade de todos os profissionais da educação, porque permite a aquisição de conhecimentos científicos, pedagógicos e outros relacionados com a gestão e liderança organizacional.

Competências

Com  esta  disciplina  pretende-se  que  o  formando  desenvolva  uma  abordagem  teórica e  prática  orientada  para  os  problemas  do  Ensino  Primário,  em  contexto  multilingue  e multicultural, baseada no contacto permanente com a escola, com os programas de ensino, com os livros escolares e outros materiais

As  competências  a  serem desenvolvidas  nesta  disciplina  provêm do  plano  curricular  do curso de Formação de Professores do ensino Primários e são operacionalizadas em todas as áreas curriculares e de forma específica nas disciplinas de formação, tendo sempre em conta os elementos de competências, critérios de desempenho e evidências requeridas. Assim, no fim do estudo desta disciplina o formando deverá desenvolver as seguintes competências:

● Promove  o  espírito  patriótico  a  cidadania  responsável  e  democrática,  os  valores universais e os direitos da criança;

● Comunica adequadamente em vários contextos; ● Age  de  acordo  com os  princípios  éticos  e  deontológicos  associados  à  profissão docente;

●  Demonstra domínio dos conhecimentos científicos do Ensino Primário; ● Demonstra uma cultura científica e promove o autodesenvolvimento profissional.

Resultados de Aprendizagem:

● Sistematizar os fundamentos teóricos sobre a Organização e Gestão de uma escola primária;

● Explicar o papel da liderança, na melhoria da qualidade de ensino; ● Propor intervenções de melhoria do desempenho da escola, a partir da análise dos resultados de aprendizagem dos alunos e da reflexão sobre a prática docente; 

● Utilizar  a  legislação  escolar  e  as  demais,  inerentes  à  organização  político-

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230 231

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

administrativa do país; ● Dominar o uso dos instrumentos de escrituração escolar; ● Elaborar um plano de desenvolvimento da escola; ● Implementar o Currículo  Local,  de  acordo  com os  recursos humanos  e materiais disponíveis;

● Aplicar  as  regras  básicas  de  saúde  e  higiene  escolar  e  primeiros  socorros  em situações reais ou simuladas;

● Apresentar planos de manutenção da escola, fundamentados no conhecimento de regras básicas de construção e de utilização dos espaços escolares;

● Planificar e gerir a construção da sua casa, usando materiais locais, ou convencionais.

Visão Geral do Programa

UNIDADE TEMÁTICA HORASFundamentos da Gestão 7

Componentes da Gestão Escolar 7

Componentes da Gestão  8

Componentes da Gestão Escolar 6

Noções Gerais sobre Legislação e Escrituração Escolar 20

Estratégias de integração dos saberes Locais 6

54

Plan

o Te

mát

ico

UN

IDA

DE

TEM

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ACO

NTE

ÚD

OS

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ÊNCI

AS

REQ

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IDA

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S

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G

estã

o

Mod

elos

e O

rgan

izaç

ão d

e ad

min

istr

ação

–Conceito de administração escolar;

–Conceito de Organização.

A e

scol

a co

mo

Org

aniz

ação

–Missão, objectivos e valores da escola.

Org

anog

ram

a da

esc

ola

• Definir os modelos de administração;

• Definir os conceitos de adm

inistração e organização;

• Reconhecer a escola como organização;

• Identificar as componentes de um

a escola Prim

ária.

7

II- C

ompo

nent

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a G

estã

o Es

cola

r

Ges

tão

Peda

gógi

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Did

ácti

ca –Organização, Coordenação e Supervisão.

Ges

tão

Adm

inis

trat

iva

e Fi

nanc

eira

–Gestão dos Recursos Hum

anos;

–Gestão dos Recursos Financeiros; 

Supe

rvis

ão e

Ava

liaçã

o da

Edu

caçã

o. –Supervisão escolar;

–Avaliação escolar;

–Inspecção escolar

–Identifica os elem

entos da Gestão pedagógica/ 

Didáctica

–Planifica, usa e controla os recursos materiais e 

financeiros;

–Usa os instrumentos da gestão;

–Monitora e avalia a realização de actividades 

escolares.

7

III-C

ompo

nent

es d

a G

estã

o

Plan

ifica

ção

de a

ctiv

idad

es e

scol

ares

–Plano estratégico da escola;

–Plano anual da escola;

–Elem

entos do plano de actividades.

Lide

ranç

a –Tipos de líder,

–Estilos de liderança;

–Poderes do líder;

–Liderança escolar.

–Planifica e realiza as actividades de escola

–Identifica a liderança;

–Caracteriza e usa o elem

entos de liderança;

–Implem

enta a liderança escolar.

8

IV-C

ompo

nent

es d

a G

estã

o Es

cola

r

Reso

luçã

o de

pro

blem

as e

tom

ada

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ecis

ões

–Resolução de problem

as;

–Gestão de conflitos.

A e

scol

a e

o m

eio

(com

unid

ade)

Prim

eiro

s so

corr

os

–Identifica e usa as pessoas para a resolução de 

problemasa e tomada de decisão;

–Medeia os conflitos resultantes da actividade 

escolar; identifica e reconhece os elementos de 

ligação escola/comunidade;

–Valoriza a importância da ligação escola/

comunidader;

–Auxilia os elem

entos da com

unidade escolar sobre 

saúde e segurança.

6

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232 233

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

V-N

oçõe

s G

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slaç

ão e

Es

crit

uraç

ão E

scol

ar

Deo

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Pro

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l do

Prof

esso

r –Constituição da República;

–Política nacional de Educação e Estratégia de 

Implem

entação;

–Lei do SNE;

–Estatuto Geral do Funcionário e Agentes do Estado;

–REGEB

–Regulamento Tipo das Escolas do Ensino Primário;

–Estatuto do Professor;

–Escrituração Escolar.

Aplica os dispositivos legais relativos à educação em

 particular e ao Estado em geral.

20

VI-

Est

raté

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de

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os

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Loca

is

Conc

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curr

ícul

o Lo

cal;

Etap

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e el

abor

ação

do

curr

ícul

o lo

cal

–Recolha de dados na comunidade;

–Sistem

atização de dados

–Articulação entre os conteúdos locais e os 

centralmente definidos

Cont

eúdo

s do

cur

rícu

lo L

ocal

–Cultura;

–História

–Econom

ia loca;

–Educação de valores;

– Ambiente,

– Saúde e nutrição;

–Actividades económicas da população

–O papel dos diferentes intervenientes no processo 

educativo;

–Professor, aluno, com

unidade, instituições

–Formas de integração dos saberes locais no PEA

–Aprofundam

ento;

–Ex

tens

ão.

• Elabora um

 plano de recolha de dados sobre o 

currículo local;

• Recolhe dados usando fontes orais e escritas;

• Selecciona materiais e conteúdos relevantes;

• Usa correctam

ente o manual do currículo local;

• Aplica estratégias de integração dos conteúdos do 

currículo local.

6

Bibliografia

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234 235

Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos Plano Curricular do Curso de Formação de Professores do Ensino Primário e Educadores de Adultos

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29. MEC (2006) Estratégia para a Formação de Professores; 

30.  MEC (2006) Plano Curricular de Formação de Professores do Ensino Primário; 

31. MEC (2006), Plano Curricular de Formação de Professores do ensino primário para o Ensino Primário.

32. MEC  Plano  Estratégico  da  Educação  1999-2003  “  Combater  a  Exclusão,  Renovar  a Escola”.

33. MEC  Plano  Estratégico  da  Educação  2006-  2011“Fazer  da  escola  um  pólo  de desenvolvimento consolidando a Moçambicanidade”.

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