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17 Respostas Ð Caderno de Exercícios Respostas – Caderno de Exercícios 3 capítulo 1 Pensamento político nos séculos XVII e XVIII: Iluminismo 1. D 2. C 3. B 4. a) Nos fragmentos podemos reconhecer os privilégios da nobreza, heranças da sociedade medieval, e a concentração de poderes nas mãos do monarca absolutista. b) Entre as características criticadas pelo iluminismo, podemos mencionar: A preponderância da religiosidade cristã e da Igreja, vis- tas como empecilhos para o desenvolvimento científico. A sociedade de ordens, que marginalizava das deci- sões políticas amplos setores da sociedade. O mercantilismo, questionado pela excessiva inter- ferência estatal. 5. O texto de Voltaire, importante pensador iluminista, procura oferecer um modelo de explicação racional para o terremoto, distanciando-se de uma interpretação religiosa do fenômeno. 6. A 7. C 8. A 9. No decorrer do século XVIII e XIX, a burguesia almejava a diminuição da interferência estatal mercantilista na economia e a criação de um modelo de Estado centrado nos seus interesses. Na obra de Smith, ganhava corpo teórico a necessidade da construção de um modelo de Estado que respeitasse a livre-iniciativa e que valorizasse os homens de negócios. Para Smith, o desejo individual de enriquecer por meio dos negócios geraria condições para a melhoria da sociedade. 10. a) Serão consideradas, positivamente, as citações sobre as principais ideias do iluminismo e suas respectivas características, entre outras citações afins ou correlatas: O iluminismo foi um movimento cultural e filosófico que agitou as elites durante o século XVIII na Europa, que mobilizou a razão no sentido de transformar a sociedade e o pensamento existentes e representou um momento de intenso intercâmbio cultural. A principal ideia era o uso da razão e não da cons- ciência religiosa como instrumento para a emanci- pação humana. O iluminismo constituiu-se como um conjunto de con- cepções de grande influência em diversos domínios: político, filosófico, social, econômico e cultural. Outro pressuposto fundamental consistia na defesa da liberdade humana, reivindicando o fim de tudo aquilo que prendesse ou mantivesse os homens na servidão. Ele contestava o absolutismo monárquico que defendia a tese do poder divino dos reais, visto defender a soberania como emanação da vontade da população. Nesse sentido, entendia que o poder deveria ser dividido, que sua autoridade não deveria residir exclusivamente na vontade dos monarcas, daí derivaram todos os esforços da criação dos três pode- res – tal como propugnou Montesquieu – e a reflexão sobre o poder nas mãos dos reis e imperadores, bem como a defesa do constitucionalismo. Além de uma reação ao absolutismo, o iluminismo também representou uma reação contra a influência da Igreja na política e na vida sociocultural. Assim, reivindicava a necessidade de um ensino laico e da liberdade de culto. Para Voltaire, por exemplo, era fun- damental a tolerância religiosa a fim de se evitarem as guerras e a perseguição. O peso da Igreja na vida cultural e a censura que esta promovia, a resistência às novas ideias entendidas como perigosas também surgia como um obstáculo a vencer. O próprio nome do movimento, Luzes – tal como era conhecido na França – indica a negação da presença da Igreja como algo medieval, como uma era de obs- curantismo e superstição que atravancaram o desen- volvimento humano. Outro desdobramento importante desse ideário foi a defesa da renovação, da produção e da difusão de novos saberes tal como preconizada por Diderot e D’Alembert na elaboração d' A enciclopédia. Uma outra ideia fundamental presente no iluminismo é a defesa de uma maior igualdade entre os homens, tal como surge nos textos de Rousseau e naquilo que definiu como vontade geral. Este pensador critica a desigualdade existente e reivindica maior participa- ção política dos indivíduos no interior do Estado. Em suma, o iluminismo utilizou a razão para combater a fé e a liberdade para se contrapor ao despotismo, transformando radicalmente o pensamento e as con- cepções de mundo posteriores.

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Respostas – Caderno de Exercícios 3

capítulo 1

Pensamento político nos séculos XVII e XVIII: Iluminismo

1. D

2. C

3. B

4. a) Nos fragmentos podemos reconhecer os privilégios

da nobreza, heranças da sociedade medieval, e a

concentração de poderes nas mãos do monarca

absolutista.

b) Entre as características criticadas pelo iluminismo,

podemos mencionar:

• A preponderância da religiosidade cristã e da Igreja, vis-

tas como empecilhos para o desenvolvimento científico.

• A sociedade de ordens, que marginalizava das deci-

sões políticas amplos setores da sociedade.

• O mercantilismo, questionado pela excessiva inter-

ferência estatal.

5. O texto de Voltaire, importante pensador iluminista,

procura oferecer um modelo de explicação racional

para o terremoto, distanciando-se de uma interpretação

religiosa do fenômeno.

6. A

7. C

8. A

9. No decorrer do século XVIII e XIX, a burguesia almejava

a diminuição da interferência estatal mercantilista na

economia e a criação de um modelo de Estado centrado

nos seus interesses. Na obra de Smith, ganhava corpo

teórico a necessidade da construção de um modelo de

Estado que respeitasse a livre-iniciativa e que valorizasse

os homens de negócios. Para Smith, o desejo individual

de enriquecer por meio dos negócios geraria condições

para a melhoria da sociedade.

10. a) Serão consideradas, positivamente, as citações

sobre as principais ideias do iluminismo e suas

respectivas características, entre outras citações

afins ou correlatas:

• O iluminismo foi um movimento cultural e filosófico

que agitou as elites durante o século XVIII na Europa,

que mobilizou a razão no sentido de transformar a

sociedade e o pensamento existentes e representou

um momento de intenso intercâmbio cultural.

• A principal ideia era o uso da razão e não da cons-

ciência religiosa como instrumento para a emanci-

pação humana.

• O iluminismo constituiu-se como um conjunto de con-

cepções de grande influência em diversos domínios:

político, filosófico, social, econômico e cultural.

• Outro pressuposto fundamental consistia na defesa

da liberdade humana, reivindicando o fim de tudo

aquilo que prendesse ou mantivesse os homens na

servidão. Ele contestava o absolutismo monárquico

que defendia a tese do poder divino dos reais, visto

defender a soberania como emanação da vontade

da população. Nesse sentido, entendia que o poder

deveria ser dividido, que sua autoridade não deveria

residir exclusivamente na vontade dos monarcas, daí

derivaram todos os esforços da criação dos três pode-

res – tal como propugnou Montesquieu – e a reflexão

sobre o poder nas mãos dos reis e imperadores, bem

como a defesa do constitucionalismo.

• Além de uma reação ao absolutismo, o iluminismo

também representou uma reação contra a influência

da Igreja na política e na vida sociocultural. Assim,

reivindicava a necessidade de um ensino laico e da

liberdade de culto. Para Voltaire, por exemplo, era fun-

damental a tolerância religiosa a fim de se evitarem

as guerras e a perseguição. O peso da Igreja na vida

cultural e a censura que esta promovia, a resistência

às novas ideias entendidas como perigosas também

surgia como um obstáculo a vencer.

• O próprio nome do movimento, Luzes – tal como era

conhecido na França – indica a negação da presença

da Igreja como algo medieval, como uma era de obs-

curantismo e superstição que atravancaram o desen-

volvimento humano. Outro desdobramento importante

desse ideário foi a defesa da renovação, da produção e

da difusão de novos saberes tal como preconizada por

Diderot e D’Alembert na elaboração d'A enciclopédia.

• Uma outra ideia fundamental presente no iluminismo

é a defesa de uma maior igualdade entre os homens,

tal como surge nos textos de Rousseau e naquilo que

definiu como vontade geral. Este pensador critica a

desigualdade existente e reivindica maior participa-

ção política dos indivíduos no interior do Estado. Em

suma, o iluminismo utilizou a razão para combater a

fé e a liberdade para se contrapor ao despotismo,

transformando radicalmente o pensamento e as con-

cepções de mundo posteriores.

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• Outro desdobramento nesse sentido foi o desenvolvi-mento do liberalismo e das doutrinas liberais no sécu-lo XIX. Elas revelam a reação do iluminismo a várias práticas econômicas existentes no bojo do que se convencionou chamar de mercantilismo.

• O ideário iluminista foi desenvolvido por diferentes pensadores e suas bases encontram-se em Spinoza (1632-1677), John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647- -1706) e até mesmo em Isaac Newton (1643-1727).

• O iluminismo desenvolveu-se entre a segunda metade do século XVIII e o início do século XIX, quando dá lugar a outras correntes de pensamento doutrinas políticas, econômicas e filosóficas.

• Um de seus epicentros do iluminismo foi a França, mas também manifestou-se em vários outros países como a Inglaterra, os Estados germânicos, a Itália, a Escócia, os Países Baixos e a Rússia.

• Sob este conceito – iluminismo – estão reunidas di-versas tradições filosóficas, políticas, econômicas, sociais e até mesmo atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diferentes expressões do iluminismo dife-renciadas pelos países no momento em que surgem e devido ao seu caráter. Assim é possível falar em iluminismo tardio, iluminismo germânico de Kant e Herder, iluminismo católico.

• Um pressuposto fundamental é entender o Iluminismo como uma visão de mundo que prega a necessidade da ação para transformar ou reformar o mundo.

b) Serão consideradas, positivamente, as análises sobre as inter-relações entre o pensamento iluminista e o despotismo esclarecido, que levem em conta aspec-tos afins ou correlatos:

• O desenvolvimento do ideário iluminista acabou inspirando e pressionando os monarcas reinantes a adotarem alguns de seus preceitos, tendo surgido alguns personagens que coadjuvaram alguns Estados europeus a implementarem reformas na condução dos aspectos políticos e administrativos. Isso repre-sentou uma mudança social e politicamente mais abrangente, que foi denominada como despotismo esclarecido (ou ilustrado, ou ainda absolutismo ilus-trado), uma expressão que identifica uma forma de governar característica da Europa continental a partir da segunda metade do século XVIII.

• Embora o poder dos soberanos não fosse questionado e estes se mantivessem à frente da condução dos as-suntos ou negócios dos Estados, foram assumidos ou incorporados determinados princípios reformistas do Iluminismo. Ou seja, surgiu uma alteração no princípio que fundamentava o poder real desde a Idade Mé-dia, inclusive o direito divino dos reis, sendo adotadas

algumas ideias defendidas pelo iluminismo, havendo uma combinação entre estes. Dessa forma, a autorida-de absoluta dos reis foi abrandada por reformas cujos princípios inspiravam-se no pensamento iluminista, con-ferindo sobrevida ao Antigo Regime.

• O despotismo esclarecido desenvolveu-se em vários países, destacando, sobretudo, providências ou me-didas aplicadas à economia, visando superar alguns entraves que a mantinham atrasada e essencialmen-te agrícola, coadjuvando no desenvolvimento da bur-guesia junto ao Estado.

• Os déspotas esclarecidos implementaram reformas administrativas, políticas, jurídicas e econômicas, incentivaram reformas no ensino e incorporaram uma maior dose de tolerância e de liberdade ao pensamento e a certas práticas. Isso representou a consolidação daquilo que entendemos como a modernidade, que exerceu impulsos sensíveis no processo de modernização na Europa.

• Do ponto de vista político, o despotismo esclarecido representa uma abertura da monarquia a determi-nadas pressões sociais, aproximando-se dos intelec-tuais, da burguesia em expansão e acolhendo, no interior do Estado, segmentos de uma burocracia ad-ministrativa, em especial os magistrados, que passam a adquirir cada vez mais importância na condução do governo. Lentamente agentes patrimoniais deram lugar a funcionários que ingressam na burocracia estatal, cujo exercício profissional encontra-se de-finido principalmente na retração do princípio da hereditariedade no cargo.

• Do ponto de vista religioso o despotismo esclarecido não encontrou homogeneidade, embora seja carac-terizado pela ampliação da tolerância e pela ênfase sobre a laicização. De qualquer modo, em alguns países caracterizou-se por um espírito secular e, em outros casos, foi demasiado hostil a certas expressões religiosas. Em alguns países o déspota manteve alian-ças com a religião.

• Em Portugal, o expoente do despotismo esclarecido foi o marquês de Pombal, ministro do rei D. José I; na Prússia, o rei Frederico II; na Rússia, a representante do despotismo esclarecido foi Catarina II; na Suécia, foi Gustavo III; na Áustria destacaram-se D. Maria Teresa e seu ministro Kaunitz, bem como José II; nos Estados italianos os principais representantes foram o arqui-duque Leopoldo de Habsburgo e o grão-duque da Toscana; no Reino de Nápoles, o ministro Bernardo Tanuci; na Espanha, os reis Filipe V, Fernando VI e Carlos III.

Resposta disponível em: <www.ccv.ufes.br/sites/default/

files/ps2012_Etp2_Historia.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2015.

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11. B

12. E

13. C

14. Entre os ideais liberais, ressaltamos:

• O personagem, sozinho em uma ilha, traz representa-

ções do individualismo econômico, em oposição ao

controle mercantilista sobre os homens de negócios.

• A valorização do empreendedorismo de Crusoé se

relaciona com a construção dos valores burgueses,

em oposição à sociedade do Antigo Regime, que

valoriza os privilégios e não o empenho individual.

15. a) Denis Diderot foi um filósofo do iluminismo.

b) O sistema criticado é o absolutismo monárquico, mar-

cado pela concentração de poderes nas mãos do

monarca e pelos privilégios do clero e da nobreza.

c) Entre os motivos, podemos mencionar:

• Consideravam que o clero, uma das bases sociais do

poder dos reis, dificultava o desenvolvimento científico.

• O controle do Estado dificultava a liberdade de ex-

pressão.

• A concentração de poderes no absolutismo impedia

a ampliação da participação da sociedade na vida

política.

• A divisão em estamentos não era compatível com a

realidade econômica do período.

• O intervencionismo mercantilista dificultava o desen-

volvimento econômico.

16. E

17. D

18. A

19. B

20. A

21. D

22. E

23. C

cap’tulo 2

Crise do Antigo Sistema Colonial

1. C

2. A

3. A

4. A

5. B

6. a) Podemos, dentre as medidas econômicas, citar a

criação do monopólio diamantino, a instauração da

derrama e a criação das Companhias de Comércio.

A primeira decretou a exclusividade da atuação da

Coroa na extração de diamantes no distrito diamantino;

a segunda estipulou o confisco de bens dos colonos

caso não fossem atingidas metas de arrecadação

de ouro; e a terceira aprofundou a política comercial

de controle metropolitano sobre a circulação de

produtos, acentuado a política monopolista da Coroa.

Nas três observamos o caráter autoritário e controlador

da política pombalina, interessada em aumentar a

arrecadação de riquezas na colônia.

b) Pombal expulsou os jesuítas das possessões portu-

guesas, o que afetou diretamente o ensino e a cate-

quese no Brasil, atividades conduzidas quase exclu-

sivamente pelos jesuítas.

7. a) De acordo com o texto, o comando das tropas era

dado aos brancos.

b) Além das funções de comando de guerra, segundo o

texto, também era responsabilidade do comandante

estabelecer a disciplina e conservar a submissão dos

“homens pardos”.

8. O autor evidencia que os déspotas esclarecidos

conduziam as políticas de Estado com base em

avaliações práticas e objetivas das opções, misturando

elementos iluministas e absolutistas, para que o Estado

interfira de maneira seletiva na sociedade.

9. E

10. C

11. A

12. E

13. D

14. A Inconfidência Mineira pode ser caracterizada como

uma manifestação conduzida pela elite, que não foi às

ruas e tinha propostas de implantação de uma república

de inspiração iluminista. No caso da Conjuração Baiana,

a participação popular foi intensa, o movimento foi às

ruas e as propostas estavam mais próximas do modelo

republicano jacobino. Nos desfechos das duas também

notamos uma diferença: a mineira teve um inconfidente

executado, enquanto a baiana levou quatro revoltosos

à morte.

15. a) O movimento ao qual o texto e a imagem fazem

referência é a Conjuração Baiana ou Revolta dos

Alfaiates.

b) O movimento teve influências da Revolução Haitiana,

da Revolução Francesa, do iluminismo, do jacobinis-

mo e também da Independência dos Estados Unidos.

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capítulo 3

Revolução Industrial

1. A

2. E

3. E

4. Entre outros fatores, podemos mencionar:

• A acumulação de capitais através do comércio;

• A Revolução Gloriosa;

• O desenvolvimento da produção têxtil;

• As reservas de carvão e ferro;

• A liberação de mão de obra através dos cercamen-

tos.

5. a) Segundo a Bíblia, um castigo divino; para a burguesia

seria uma virtude e para a aristrocracia era algo

desprezível.

b) Segundo o texto de Peter Gay, buscando construir

uma ideologia de que o trabalho dignifica o homem.

Nos espaços de trabalho, pela fiscalização sistemáti-

ca, pela organização da divisão do trabalho e pela

repressão.

6. B

7. A

8. D

9. Sobre a Revolução Industrial, o candidato deve articular

uma resposta que aponte suas características: o

surgimento da manufatura, a urbanização, o surgimento

do proletariado, o surgimento da indústria de bens

de consumo, a expulsão do homem do campo, o

cercamento das terras, a exploração do trabalho

assalariado.

Resposta disponível em: <www.cops.uel.br/vestibular/

2013/provas/fase2_2d_historia.pdf>. Acesso em: 6 jun. 2015.

10. a) Dentre os fatores, podemos citar:

• Condições de trabalho nas fábricas;

• Longas jornadas de trabalho;

• Concorrência das máquinas com o trabalho dos ar-

tesãos.

b) No plano social destacou-se o surgimento do pro-

letariado, a consolidação da burguesia industrial

com a separação entre capital e trabalho e a urba-

nização acelerada; no plano tecnológico ocorreu a

introdução da máquina a vapor e a ampliação da

produção.

11. E

12. C

13. E

14. B

15. B

16. A

17. D

18. C

19. A

capítulo 4

Criação da Ordem Liberal

1. C

2. B

3. A

4. O personagem que aparece carregando os outros dois

homens representa o terceiro Estado, que se destacava

por sua importância econômica e por estar submetido

à cobrança de impostos. Porém, de uma maneira geral,

estava distante dos privilégios da Corte francesa. Em

cima e à frente, aparece um membro do clero, seguido

por um personagem que representa a nobreza. Essas

ordens, respectivamente o primeiro e o segundo

Estados, detinham os privilégios do Antigo Regime e

sustentavam a manutenção de um Estado absolutista

que se colocava acima da sociedade.

5. Entre os motivos para a convocação dos Estados Gerais

em meados de 1789, o aluno pode citar a crise financeira,

a proposta de equidade fiscal, o endividamento do

Estado francês e o encaminhamento de uma reforma

tributária por parte do Estado.

6. D

7. A

8. D

9. a) O período da Convenção Nacional (21 de setembro

de 1792 a 1º de outubro de 1795) começa com a

abolição da monarquia e a instauração da Primeira

República Francesa. Neste período, a República

Francesa conduzirá, ao mesmo tempo, uma guerra

revolucionária contra as coalizões europeias e uma

guerra civil contra realistas e federalistas, qualificados

de “contrarrevolucionários”. A percepção de que a

pátria e a república estavam em perigo levou os

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republicanos a tomarem um conjunto de medidas para enfrentar os “inimigos da revolução” como as insurreições federalistas contra Paris, os levantes realistas contra o regime republicano (Vendeia e Lyon) e a penúria, a carestia e a crise econômica e social. As medidas concretas tomadas para enfrentar os riscos da divisão interna foram:

• A criação do Tribunal Revolucionário (março de 1793), que julgava os opositores da República e não permi-tia nenhum tipo de recurso às decisões que emana-va. Durante o período do Terror, este tribunal emitiu cerca de 5 342 sentenças, das quais mais da metade resultaram na pena de morte.

• A reorganização dos exércitos (agosto de 1793) e a imposição do alistamento em massa para todos os homens celibatários entre 18 e 25 anos, aumentando os efetivos e incorporando batalhões de voluntários que agora integram um exército que aos poucos é “nacionalizado”.

• O decreto da “Lei dos Suspeitos” (setembro de 1793), pela qual o clero refratário é declarado suspeito, parentes da nobreza emigrada são aprisionados ou eliminados e membros da nobreza em geral são in-diciados e presos.

• A proclamação do “governo revolucionário” (outubro de 1793), suspende a aplicação da Constituição de 1793 e as liberdades individuais são suspensas até o “retorno da paz”. A tomada de decisão é centralizada e as decisões da Convenção são aplicadas de imediato.

• A repressão à Guerra da Vendeia (1793-1796), que explodiu como reação ao recrutamento obrigatório no exército revolucionário decretado pela Conven-ção Nacional, à perseguição do clero e à imposi-ção de novos impostos para custear as despesas militares na contenção das invasões dos exércitos coligados externos. Estas e outras medidas que pos-sam ser citadas pelos candidatos estão incluídas no Regime do Terror (1793-1794), período caracterizado pelo predomínio político dos membros do Comitê de Salvação Pública (liderados por M. Robespierre), que adotaram um programa repressivo contra os adversários da República Jacobina.

• A execução do rei Luis XVI e de alguns membros da família real.

b) A segunda parte da questão solicita ao candidato que se refira ao processo de expansão revolucioná-ria decorrente da decisão de enfrentar a Primeira Coalizão (1793-1797) das monarquias europeias, criada após o julgamento e a execução de Luís XVI (janeiro de 1793). O contexto de produção da gravu-ra é marcado pela internacionalização da guerra re-volucionária, que passa a se apresentar como uma

oposição entre duas ordens políticas e sociais opos-tas: a da França republicana e revolucionária (com os seus valores destacados nas legendas dentro da gravura) e a da Europa do Antigo Regime (repre-sentada pelos soberanos em queda). Fizeram parte dessa Primeira Coalizão os impérios austríaco e russo; os reinos da Prússia, da Espanha, de Portu-gal, de Nápoles, Sardenha e Sicília; a Grã-Breta-nha as Províncias Unidas e os realistas franceses emigrados. Neste contexto, em 1793, o Comitê de Salvação Pública tomou uma decisão grávida de consequências: anexar os territórios conquistados fora da França, implantando neles a nova ordem republicana. O candidato, para referir-se a este pro-cesso de internacionalização/expansão da guerra revolucionária que motivou o autor da gravura a produzir aquela sátira política, poderá referir-se à expansão dos ideais revolucionários, seja em ter-mos das conquistas militares, seja em termos da difusão das ideias revolucionárias operadas em decorrência da guerra.

Resposta disponível em: <www.puc-rio.br/vestibular/

repositorio/provas/2015/download/gabaritos/

VEST2015PUCRioGabarito%20G2_20141013_

completoD_v2.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2016.

10. A

11. A

12. D

13. B

14. A Marselhesa foi composta no período de guerra entre a França e as outras monarquias europeias. Conside-rando-se suas distintas apropriações, muitas passagens da composição relacionam-se ao contexto revolucioná-rio francês, por exemplo (o candidato deve relacionar apenas um trecho da composição ao contexto):

• “Avante filhos da Pátria” ou ainda “Às armas, cida-dãos”: nestas passagens, a conclamação à guerra se sustenta no sentimento nacional (daí a referência a filhos da pátria e cidadãos), emergente durante a era revolucionária.

• “Que um sangue impuro/banhe o nosso solo”: nesta passagem, a alusão à sangue impuro (do invasor) é uma metáfora da ambiência da guerra. A composi-ção explicita a presença dos inimigos (da revolução e/ou da mudança) e a ameaça à pátria.

• “Contra nós da tirania”: nesta passagem, encontra-se a exposição do princípio da revolução: a luta contra a tirania, identificada no privilégio aristocrático e re-presentada, sobretudo, pela figura do rei.

Resposta disponível em: <www.vestibular.ufg.br/2013/ps2013_1/

site/sistema/respostas/ps-2013-1-respostasesperadas-oficiais-

grupos34.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2016.

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15. O candidato deve explicar o contexto histórico da

Revolução Francesa como resultado de descontenta-

mentos da burguesia em relação ao Antigo Regime,

em especial, quanto aos privilégios do alto clero e da

nobreza. A situação econômica, a agricultura em de-

cadência, os altos impostos cobrados dos camponeses,

o pensamento iluminista, etc. são fatores que desenca-

dearam a Revolução Francesa.

Resposta disponível em: <www.cops.uel.br/vestibular/

2014/provas/2a_Fase/2d/historia.pdf>. Acesso em: 19 jul. 2016.

16. E

17. C

18. C

19. D

20. a) O Código Civil caracterizou-se pela defesa da

propriedade privada, da afirmação da igualdade

jurídica, mas também pela proibição da organização

de sindicatos e da realização de greves.

b) Ao proibir sindicatos e greves, o Código chocava-se

com o ideal da liberdade de expressão presente na

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão

de 1789.

21. Ao afirmar que as populações locais acabariam

repelindo os “missionários armados [...] como inimigos”,

o texto de Robespierre antecipa a resistência oferecida

pelo povo espanhol às tropas de Napoleão.

22. B

23. C

24. B

25. O Congresso de Viena visava: 1) reorganizar o

mapa político europeu, modificado pelas guerras

napoleônicas; 2) garantir, por meio do princípio da

legitimidade, o retorno das fronteiras europeias anteriores

à Revolução Francesa; 3) conter os movimentos liberais,

por meio da ação militar da Santa Aliança.

26. C

27. D

28. E

29. D

30. C

31. E

32. E

33. A

cap’tulo 5

Independências na América

1. E

2. E

3. B

4. Entre os principais motivos, o candidato poderia citar: a

incompatibilidade entre o desenvolvimento econômico

interno das colônias promovido pela elite criolla e a

vigência do Pacto Colonial imposto pela metrópole;

a influência das ideias iluministas e do processo de

independência dos Estados Unidos; os desdobramentos

da Revolução Francesa, com a invasão napoleônica

da península Ibérica; o apoio inglês aos movimentos de

emancipação; a crescente afirmação da identidade

dos “povos americanos”, conforme expresso numa

produção cultural que antecipava o nacionalismo.

5. A Revolução Francesa baseou-se nos princípios

iluministas que propagaram os ideais de liberdade e

igualdade civil entre os homens. Quando os jacobinos

assumiram o comando do país, durante a Revolução,

propuseram o fim da escravidão nas colônias e, dessa

forma, fortaleceram a luta pela libertação no Haiti. A

luta pela independência do Haiti é considerada uma

“Revolução Negra” pelo seu caráter antiescravagista

e representou um conflito entre a população negra

oprimida e escravizada e a elite branca, até então

dominadora. A luta haitiana vivenciou diferentes etapas

e se consolidou apenas em 1804.

6. E

7. B

8. D

9. D

10. B

11. Entra as consequências:

• Dissolução da Confederação do Reno;

• Ausência de partilha territorial na França;

• Recolocação no poder das dinastias europeias, des-

tronadas durante a expansão napoleônica;

• Reorganização do mapa europeu, levando-se em

consideração os direitos tradicionais das dinastias

consideradas legítimas e restaurando-se as fronteiras

anteriores a 1791.

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Explicação: Esse princípio, por tentar frear os proces-

sos de autonomia que haviam se instalado na região,

ampliou ainda mais as insatisfações dos diferentes se-

tores das aristocracias coloniais que, organizadas em

cabildos livres, comandaram as lutas pela independência

dos vice-reinos coloniais.

12. B

13. E

14. C

15. E

16. a) O estudante deverá relacionar os processos revolu-

cionários na América espanhola ao Bloqueio Con-

tinental imposto pela França sobre a Inglaterra e às

invasões napoleônicas de 1808, que na Espanha

levaram à renúncia forçada de Fernando VII e a um

vazio de poder, posteriormente preenchido pelas

Juntas de governo.

b) O estudante deverá avaliar a independência como

um processo construído ao longo dos anos de 1810

a 1816, quando a independência política das Pro-

víncias Unidas do Rio da Prata foi formalmente de-

clarada em 9 de julho de 1816. Assim, o estudante

deverá identificar as diferenças entre os dois textos

citados: o primeiro, moderado; o segundo, radical. O

primeiro aponta para a possibilidade de a Província

do rio da Prata permanecer como parte integrante

do Império espanhol. No segundo texto, o estudante

deverá perceber um ataque ao absolutismo com a

dissolução dos títulos de nobreza e a identificação

da Espanha como inimiga.

17. E

18. C

19. E

20. C

21. D

22. A

23. D

24. D

25. C

26. Simón Bolívar e José de San Martín foram dois dos

principais líderes das independências das colônias

espanholas na América. O primeiro atuou na região

de Caracas e o segundo, de Buenos Aires. Após as

independências, San Martín se retirou da vida política,

devido ao fracasso de seu projeto monarquista. Bolívar,

ao contrário, tornou-se governante da Venezuela e

liderou um movimento político em busca da unidade

dos novos países latino-americanos, denominado

“pan-americanismo”. A imagem de Bolívar é resgatada,

de forma heroica, como expoente da luta contra os

interesses imperialistas sobre a América (naquele

momento, da Inglaterra, e hoje, dos Estados Unidos).

27. a) O contexto político no qual a Carta de Jamaica

foi escrita foi o das lutas pela independência das

colônias espanholas na América. Nesse momento,

Bolívar foi derrotado pelo Exército espanhol e havia

se deslocado da Capitania Geral da Venezuela

para a Jamaica. Ele defendia, então, a necessidade

de união das sociedades americanas em face da

possível contraofensiva da Espanha, apoiada pela

Santa Aliança.

b) O aluno pode citar, entre outros: o MCCA (Mercado

Comum Centro-Americano – 1958); a ALALC (Associa-

ção Latino-Americana de Livre Comércio – 1960); a

ALADI (Associação Latino-Americana de Integração

– 1981); o MERCOSUL (1991); a OEA (Organização dos

Estados Americanos – 1948); o TIAR (Tratado Interame-

ricano de Assistência Recíproca ou Pacto do Rio de

Janeiro – 1947); CARICOM (Comunicado do Caribe

– 1973); Pacto Andino (1969); Comunidade Andina

de Nações (1996).

28. a) No primeiro plano da pintura de Helguera, dois

símbolos constitutivos da nacionalidade mexicana

estão representados:

• a figura do padre Miguel Hidalgo, considerado o “Pai

da Pátria”, localizada no centro e com a mão e a

cabeça levantadas, marca sua importância como

liderança das rebeliões camponesas nas aldeias;

• o Estandarte da Nossa Senhora de Guadalupe, em-

punhado pelo padre, expressa a importância da Vir-

gem como símbolo da interação entre as culturas

hispânica e indígena.

b) Para construir a relação entre os referidos símbolos e

a Independência Mexicana, há dois pontos a serem

considerados:

• Primeiro, o apoio de religiosos do “baixo clero” às

reivindicações populares que surgiram nesse con-

texto. No processo de Independência Mexicana,

dois padres – Hidalgo e Morelos – defendiam a dis-

tribuição de terras aos camponeses (inclusive, a

terra que era patrimônio da Igreja). Em 1810, por

meio do Decreto de Guadalajara, declarava-se,

nas terras livres do domínio espanhol, a abolição

da escravidão e do tributo indígena.

• Segundo, a presença do Estandarte de Guadalupe

indicava o potencial mobilizador desse símbolo em

virtude da crença religiosa das populações campo-

nesas, que lutavam pelo acesso às terras dominadas

pelos espanhóis.

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29. a) A vitalidade estava associada ao expansionismo em

direção a Cuba e ao Brasil; a adaptabilidade, a uma

disciplina maior e a novas técnicas produtivas.

b) Marcado pelas ideias radicais da Revolução France-

sa, o movimento haitiano contou com a liderança

dos negros em violento confronto contra as forças

das elites locais e metropolitanas.

30. O projeto de Simón Bolívar tinha como objetivo a

independência política das colônias da América

espanhola, de modo a formar uma poderosa nação

unificada, forte o bastante para comandar politicamente

o continente, sem sofrer influência da Europa e dos

Estados Unidos. Tal projeto possuía um caráter elitista,

uma vez que atendia aos interesses sociais da elite

criolla, sem incluir eficazmente os indígenas e mestiços.

O plano fracassou, sobretudo devido às disputas pelo

poder entre os líderes locais e pela hostilidade da

Inglaterra, que não desejava o surgimento de uma

potência econômica rival na América do Sul.

31. B

32. C

33. A

34. C

35. A transferência da Corte para o Brasil foi determinante

para a descaracterização de sua situação de colônia de

Portugal. Com a abertura dos portos em 1808, os tratados

assinados com a Inglaterra em 1810 e a elevação do

Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves

em 1815, as relações entre metrópole e colônia foram

profundamente alteradas. A sede do Império português

passou a ser o Rio de Janeiro e não mais Lisboa. Assim,

podemos afirmar que o Pacto Colonial deixou de existir

e o comércio entre Brasil e Inglaterra passou a ser mais

intenso do que aquele realizado há séculos com os

portugueses.

36. Os dois primeiros textos apresentam a transferência da

Corte como uma fuga vergonhosa e sem heroísmo,

típica de um rei ocioso e mal preparado. No terceiro

texto, conseguimos perceber uma visão que exalta as

questões estratégicas envolvidas na manobra, que

não foi exclusiva da Corte portuguesa. Esse último texto

chega a exaltar o feito como uma “ousadia”, ao propor

uma viagem arriscada e transoceânica.

37. a) Podemos citar a abertura dos portos de 1808 e a

elevação do Brasil à condição de Reino Unido a

Portugal e Algarves em 1815.

b) No século XVIII, a transferência da Corte já tinha sido

defendida em situações de ameaça estrangeira e

dificuldades. A mineração e as riquíssimas jazidas de

ouro haviam estimulado o imaginário da população

europeia a respeito do Brasil, visto a partir de então

como um território próspero, mais rico que Portugal,

o que justificaria a mudança. O terremoto de Lisboa,

que destruiu a capital portuguesa, também pesou

na possibilidade de transferência.

38. B

39. A

40. A

41. E

42. Podemos identificar, em primeiro lugar, uma política de

imigração voltada para o povoamento, como aquela

iniciada no período joanino. Em um segundo momento,

há uma mudança na política, que passa a priorizar a

imigração para atrair mão de obra para as lavouras de café.

43. a) A Corte portuguesa no Brasil tornou necessária a

criação de órgãos administrativos e tributários, como

os ministérios, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a

Imprensa Régia, entre outros. Tal processo promoveu,

efetivamente, a centralização administrativa no Brasil

e o início de construção do Estado brasileiro.

b) Descontentes com o declínio da economia açuca-

reira, com a presença maciça de portugueses na

liderança do governo e na administração pública,

e com a criação de novos impostos por D. João VI

em favor dos “portugueses da nova Lisboa”, setores

liberais mais radicais de Recife iniciaram a chamada

Revolução Pernambucana de 1817, estabelecendo

uma república federativa. Os revoltosos chegaram

ao poder e ganharam o apoio de outras províncias

(Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará),

mas o movimento foi duramente reprimido.

44. A

45. Podemos indicar a elevação do Brasil à condição de Reino

Unido a Portugal e Algarves, que transformou a cidade

do Rio de Janeiro na sede do Império português, atraindo

pessoas e negócios de diversas partes do mundo para

a cidade. Também podemos assinalar a vinda de uma

missão artística francesa, responsável pela adequação

das estruturas urbanas e artísticas da cidade.

46. C

47. A

48. D

49. C

50. B

51. D

52. B

53. a) Na pintura de Pedro Américo, D. Pedro I é retratado

como uma figura central, com a espada em riste,

demonstrando a clara orientação belicosa do

episódio da independência. Na obra de Moreaux, o

príncipe é saudado e responde aos acenos com o

chapéu, conferindo uma versão mais conciliatória

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para a independência do Brasil. O mesmo ocorre

com a guarda real, que na primeira obra está se

posicionando para a batalha, enquanto na segunda

dá suporte ao imperador. O povo, na obra de Pedro

Américo, é retratado à margem dos acontecimentos,

no canto esquerdo, enquanto que, na tela de Moreaux,

a participação e o envolvimento da população na

cena é mais intensa.

b) Em ambos os quadros, o processo histórico da sepa-

ração do Brasil fica centrado na figura de D. Pedro I,

retratado como um “herói romântico”. Os dois autores

ressaltam a condução e a importância do imperador

para a independência do Brasil, diminuindo as in-

fluências contextuais e sociais. Trata-se de uma visão

histórica idealizada e pouco complexa, baseada na

ideia de que os processos e as transformações ocor-

rem principalmente devido às vontades de indivíduos

únicos e centralizadores.

cap’tulo 6

A formação do Estado brasileiro (1822-1840)

1. B

2. E

3. D

4. E

5. a) Havia uma grande quantidade de projetos políticos no

Primeiro Reinado, contudo, aquele que se sobressaiu

e está presente na pintura é o da construção de um

Império centralizador e capaz de reunir todas as

raças presentes no Brasil em torno do imperador.

b) D. Pedro I passou por um intenso desgaste político

durante o Primeiro Reinado, provocado, dentre outros

motivos, pelos conflitos com a elite agrária, pelo seu

interesse na Coroa portuguesa, pela crise econômica

e pelos gastos militares decorrentes da construção

de uma nação de dimensões continentais.

6. a) A independência a que o autor se refere, a separação

entre Brasil e Portugal, não era necessariamente

sinônimo de unidade, ou seja, nem todas as regiões do

Brasil desejavam se manter unidas após a separação.

b) Entre os conflitos que demonstram a divergência de

interesses no processo separatista, podemos citar a

Confederação do Equador e a Guerra da Cisplatina.

7. Entre as influências políticas liberais, podemos identificar

a ideia de um “imperador constitucional”, a existência

de Câmaras, ou seja, um poder Legislativo e um

projeto de Constituição. A existência desses termos no

preâmbulo demonstra influências do pensamento liberal,

que defendia a existência de monarquias constitucionais,

representativas e com tripartição do poder.

8. A

9. C

10. C

11. Entre os setores, podemos citar a elite agrária, que

acusava o governo de D. Pedro I de ser autoritário e

centralizador. A instabilidade econômica deu-se devido

à crise do setor agroexportador, que não gerava

impostos suficientes para organizar as finanças do

Estado brasileiro na época.

12. B

13. E

14. a) D. Pedro II tinha cinco anos de idade quando seu pai

abdicou do trono brasileiro.

b) A crise de legitimidade dos governos regenciais e o

avanço de reformas descentralizadoras contribuíram

para a eclosão de rebeliões no período.

15. a) Segundo o texto, o termo “federação” foi usado

equivocadamente como sinônimo de República e

de democracia, mas também se identificava com

a autonomia das províncias unidas sob a égide da

monarquia.

b) O processo de independência foi alimentado, no âm-

bito interno, pelos interesses comerciais da aristocracia

rural exportadora, que não abria mão da quebra do

domínio colonial lusitano, iniciada com a abertura

dos portos de 1808. No plano externo, a emancipação

política brasileira atendia aos interesses capitalistas

do empresariado britânico, empenhado na amplia-

ção dos mercados fornecedores de matérias-primas e

produtos primários, além de mercados consumidores

para os produtos industrializados ingleses.

16. C

17. E

18. C

19. E

20. a) A Revolta dos Malês ocorreu na Bahia, em 1835, e foi

liderada por negros muçulmanos, que criticavam a

escravidão e a imposição do catolicismo. A Revolta

da Farroupilha ocorreu no Rio Grande do Sul, entre

1835-1845, e possuía um caráter separatista, ou seja,

tinha a intenção de separar-se do Brasil e adotar uma

República. A Balaiada ocorreu no Maranhão e suas

origens remetem às disputas políticas pelo controle

do poder local.

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b) A Balaiada foi constituída por elementos populares,

incluindo escravos que sonhavam com a liberdade.

Estes sujeitos históricos contestavam os privilégios dos

comerciantes portugueses e da elite agrária. Devido

à divergência entre os líderes e a falta de unidade em

torno de um projeto, o movimento entrou em declínio

e foi derrotado em 1841. A Farroupilha, por sua vez,

foi um movimento de elite liderado pelos estancieiros

contra os impostos abusivos cobrados sobre o char-

que, que acabavam beneficiando a carne dos paí-

ses vizinhos. Dessa forma, o movimento defendeu a

separação, surgindo a República Rio-Grandense e a

República Juliana, em Santa Catarina. O movimento

terminou em 1845, depois de uma intensa luta entre

as tropas do Império e os revoltosos.

c) Essas revoltas ocorreram no Período Regencial, en-

tre 1831 e 1840, momento em que começou a to-

mar forma o Estado Nacional brasileiro e os partidos

políticos: Partido Liberal (defensor do federalismo e

de maior autonomia para as províncias) e o Partido

Conservador (defensor da centralização do poder).

21. Uma das propostas era acentuar o federalismo e a

autonomia provincial no Império – concepção que

evoluiu dentro do movimento para um ideal separatista

e republicano, que ameaçava a continuidade da

monarquia e da unidade territorial brasileira.

capítulo 7

Desenvolvimento e crítica do pensamento liberal no século XIX

1. D

2. C

3. B

4. D

5. a) Sua propaganda estava endereçada a setores de

classes influentes. Pessoas que, por sua instrução,

estariam aptas a entender seus projetos.

b) Ao considerar que as elites instruídas estariam dispos-

tas a alterar a ordem social vigente que as favorecia,

almejavam algo de difícil realização. Além disso, ao

desprezar os trabalhadores, vistos como ignorantes,

colocavam-se em posição de superioridade do ope-

rariado das fábricas.

6. D

7. C

8. a) Marx considerava que os chamados socialistas

utópicos eram ingênuos, pois acreditavam ser

possível construir uma sociedade ideal sem, no

entanto, apontar os meios eficazes para alcançá-la.

Eles sonhavam com uma sociedade ideal, que na

visão de Marx, seria irrealizável, pois a burguesia não

aceitaria reformas que modificassem o sistema.

b) Karl Marx supunha que, no futuro, o movimento dos

trabalhadores iria destruir a sociedade capitalista e

construir uma sociedade sem classes sociais e sem

propriedade privada. O comunismo aponta para

uma utopia, um desejo de uma sociedade melhor,

sem exploradores nem explorados.

9. B

10. D

11. B

12. Tanto o movimento comunista como o anarquista

surgiram como forma de reação aos efeitos do

capitalismo industrial e criticavam a exploração

do homem pelo homem e a burguesia, visando acabar

com a injustiça social ao atingir, em seu estágio final,

uma sociedade sem Estado, sem classes e sem a

propriedade privada dos meios de produção.

Porém, enquanto os anarquistas pregavam a passagem

“direta” do capitalismo ao anarquismo, os comunistas

defendiam que o movimento operário deveria implantar

o socialismo (uma fase intermediária), com um Estado

forte e centralizado, que promoveria uma distribuição

das riquezas até o objetivo final, o comunismo, quando

reinaria a justiça social.

13. A defesa da manutenção da propriedade privada, as

críticas ao conceito de luta de classes e a proposta do

convívio cristão harmonioso entre as classes sociais.

14. D

15. B

16. C

17. C

18. C

19. A

20. C

21. D

22. E

23. A

24. C

25. A

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capítulo 8

Movimentos sociais e políticos no século XIX

1. D

2. E

3. D

4. Tomando a Revolução Francesa como marco de um

período permeado pelas revoluções liberais, que

tomavam corpo mundo afora, o historiador busca

estabelecer uma cronologia das revoluções burguesas

e do avanço da economia capitalista. A Primavera dos

Povos, em 1848, é símbolo do alcance dos ideais liberais

em diversas partes do mundo e da consolidação da

Revolução Francesa de 1789 como parâmetro para

outras revoluções.

5. C

6. A

7. D

8. B

9. O termo “nação” está relacionado a qualquer corpo

suficientemente grande de pessoas que se consideram

membros de uma comunidade nacional. Nesse sentido,

a nação pode ser entendida como uma população

que partilha uma cultura comum e que tem, ou aspira

ter, o próprio espaço político. Para elas, quem está fora

da comunidade nacional é considerado “estrangeiro”.

Em torno da nação ocorre uma ênfase nas qualidades

singulares e na história de determinado povo.

10. D

11. D

12. D

13. Entre os efeitos da unificação alemã, podemos mencionar

a alteração do mapa estabelecido pelas forças reunidas

no Congresso de Viena, o surgimento do revanchismo

francês e o crescimento industrial alemão, que alterou o

equilíbrio europeu.

14. A

15. A

16. D

17. a) O Destino Manifesto (1839) explicita dois princípios,

o de povo escolhido por Deus (destinado) e o da

premência de uma missão civilizatória (expansão).

A relação entre discurso religioso e político, presente

no Destino Manifesto, reafirmará, constantemente, a

imagem de um país que tem uma missão planetária,

zelando pela liberdade e impondo-se como uma

grande nação. Essa autoimagem da nação se vê

atualizada nos discursos políticos norte-americanos

e na empreitada cinematográfica hollywoodiana.

b) A relação entre a autoimagem norte-americana e

sua política externa, na década de 1840, explicita-

-se no fato de que o Destino Manifesto expressa um

estímulo à expansão, não apenas de territórios, mas

de ideias. A expansão geográfica viu-se efetivada

na Marcha para o Oeste, que conquistou territórios

para a nação norte-americana por meio de uma

política externa ora ofensiva (a guerra com o México

e a dizimação das tribos indígenas), ora diplomática

(a compra de territórios que pertenciam aos países

europeus). A expansão de ideias dependeria de um

movimento contínuo de exportação de políticas cul-

turais, conhecido como “americanismo”.

18. a) O abolicionismo, presente na opinião pública do norte

do país, foi um dos elementos que desencadearam

a guerra. Ao final, a elite branca do sul foi obrigada

a aceitar a abolição da escravatura, o que acirrou

ainda mais os ânimos dos racistas. Neste contexto, os

governos do sul estabeleceram leis segregacionistas

que limitavam os direitos da população negra.

Além disso, foram criadas organizações terroristas

clandestinas, como a Ku Klux Klan.

b) Mesmo antes da Guerra de Secessão, Lincoln mos-

trara-se contrário à escravidão. Ao liderar os estados

do norte durante a guerra, tornou-se um dos grandes

responsáveis pela vitória do abolicionismo. Sua ação

deu impulso ao Congresso para a aprovação da

Décima Terceira Emenda.

c) A vitória de um afro-americano em um estado do sul

do país, de forte tradição segregacionista, represen-

tou uma vitória na luta contra um modelo de racismo

que mantém vínculos com o contexto da Guerra de

Secessão.

19. C

20. B

21. B

22. D

23. C

24. D

25. D

26. C

27. B

28. D

29. E

30. A

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cap’tulo 9

A consolidação do Estado brasileiro (1840-1889)

1. B

2. A

3. No Período Regencial (1831-1840) surgiram os partidos

políticos brasileiros: o Partido Liberal, ou Luzia, e o

Partido Conservador, conhecido como Saquarema.

Ambos representavam os interesses da elite agrária,

portanto, não havia diversidade entre os representantes

políticos daquele período. Entre 1840 e 1850, o Brasil

viveu uma grande instabilidade política fruto, em parte,

da imaturidade política de D. Pedro II, manipulado pelos

dois partidos. Desta forma, em 1847, o parlamentarismo

foi criado como forma de alcançar a estabilidade

política no país. Este sistema político foi inspirado no

modelo inglês, porém, no Brasil ganhou outros contornos:

foi o chamado “parlamentarismo às avessas”. Aqui, o

imperador nomeava o primeiro-ministro, que escolhia

os demais membros do Conselho de ministros que,

por sua vez, promoviam as eleições para a Câmara

dos Deputados. Nas eleições, o partido vencedor

possuía a maioria no Legislativo. Tal sistema favorecia

o fortalecimento do poder Executivo (exercido pelo

imperador) e a centralização político-administrativa

do Império, beneficiando os grupos que apoiavam o

imperador. Vale destacar que não havia diferenças

ideológicas entre os dois partidos: “nada mais parecido

com um saquarema do que um luzia no poder”.

4. E

5. B

6. B

7. B

8. A

9. Semelhanças: o aluno pode citar, entre outros, o

latifúndio e a monocultura visando ao mercado externo.

Diferenças: é possível citar, entre outros aspectos, o sur-

gimento de uma elite em São Paulo (denominada “bur-

guesia cafeeira paulista”) que detinha uma mentalidade

empresarial e empreendedora vinculada ao capitalismo

internacional – muito diferente da elite tradicional do nor-

deste colonial. Já no nordeste, prevaleceu a utilização

do trabalho escravo africano nos engenhos, enquanto

em São Paulo ocorreu, com a chegada dos imigrantes,

a transição do trabalho escravo para o trabalho livre.

10. No período considerado, a cafeicultura estimulou a

modernização do setor de transportes – ferrovia e portos

– forneceu a maior parte do capital para o crescimento

do setor industrial e promoveu a expansão do mercado

consumidor interno.

11. a) Inicialmente, a ocupação limitou-se ao litoral, par-

ticularmente na região nordeste, com a atividade

açucareira. Nos séculos XVII e XVIII, a ocupação

expandiu-se para o interior do território, com base em

atividades como a pecuária (no sertão do nordeste,

extremo sul e centro-oeste), a coleta de drogas do

sertão (na região amazônica) e a mineração de ouro

e diamantes (nas regiões sudeste e centro-oeste).

b) A expansão da cafeicultura, o crescimento dos inves-

timentos ingleses no setor de serviços e a expansão

da urbanização e do comércio interno nas regiões

servidas pela malha ferroviária.

12. Na década de 1820, o açúcar; nas décadas de 1830 e

1880, o café.

13. A

14. A

15. B

16. C

17. D

18. a) A elite brasileira herdou da Europa o racismo vigente

no período. O depoimento do jornalista francês

Ribeyrolles externa uma argumentação racista,

contrária à imigração chinesa para o Brasil no século

XIX, uma vez que os chineses seriam, segundo a visão

do autor, inferiores racial, moral e culturalmente.

Desse ponto de vista, a miscigenação levaria à

degradação do brasileiro, devendo ser evitada

para a constituição de um povo. A preferência do

jornalista era pelo imigrante europeu, considerado

mais saudável e evoluído.

b) Desde o início da colonização do Brasil, imperava um

racismo exacerbado em relação aos negros e índios.

A elite agrária brasileira, branca, foi se consolidando

e, pautada no etnocentrismo, reproduziu discursos

e práticas racistas. Na segunda metade do século

XIX, quando ocorreu a transição do trabalho escravo

para o trabalho livre assalariado, esse racismo ficou

ainda mais evidente. A elite agrária brasileira, ne-

cessitando de mão de obra para a lavoura de café,

poderia substituir a escravidão pelo trabalho livre

dos índios ou dos próprios negros na condição de

trabalhadores livres, no entanto, optou pelo imigrante

europeu, acreditando que este era superior do ponto

de vista moral, racial e cultural.

19. D

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21. C

22. a) Podemos identificar no texto, como motivos para o

incentivo da imigração de famílias para as fazendas

paulistas, a menor probabilidade de abandono do

trabalho (em comparação com os trabalhadores

solteiros) e a maior quantidade de braços para a

colheita, formando uma reserva de trabalho barata.

b) O governo paulista subvencionou a imigração para

diminuir o déficit de mão de obra provocado pela

crise do escravismo e pelo rápido crescimento da

cafeicultura, ambos ocorridos na segunda metade

do século XIX. Também devemos ressaltar a política

de “branqueamento” da sociedade, defendida pelas

elites dirigentes da época.

23. E

24. A

25. E

26. A tabela destaca a queda acentuada nos números

da população escrava no Brasil ao longo do século

XIX, em contraste com o crescimento também rápido

da população livre. Esta população cresceu não

apenas pela incorporação daqueles que deixaram a

escravidão, como também pela adição de grandes

contingentes de imigrantes que chegavam ao país.

Com a aprovação da Lei Eusébio de Queirós (1850),

que punha fim ao tráfico de escravos nos portos

brasileiros, o preço dos escravos nos mercados teve

aumento significativo, tornando a mão de obra

escrava cada vez mais custosa. A participação de

soldados negros na Guerra do Paraguai (1864-1870)

contribuiu para aumentar o tom dos protestos contra a

exploração e a imoralidade associadas à manutenção

da escravidão, levando a aristocracia a aprovar

novas leis para promover uma transição lenta para

o trabalho livre, tais como a Lei do Ventre Livre (1871)

e a dos Sexagenários (1885). Desse modo, a tabela

apresenta um processo que se iniciou em 1850 e que

foi se acentuando diante do contexto de mudança da

própria sociedade brasileira.

27. a) A Lei dos Sexagenários.

b) A campanha abolicionista deixou o governo imperial

numa situação difícil. Por um lado, não queria preju-

dicar a elite escravocrata, da qual era representante.

Por outro lado, precisava manter a fachada de um

regime progressista e civilizado. A solução encontra-

da – e que o tempo se encarregou de mostrar que

não foi a melhor – foi o gradualismo, que pretendia

mostrar que o Estado imperial caminhava para a

abolição e, ao mesmo tempo, buscava causar o me-

nor prejuízo possível aos escravocratas.

28. A charge expressa a ambiguidade entre o projeto

do regime imperial, que pretendia modernizar o país,

aproximando-o das referências civilizatórias e de

desenvolvimento das grandes potências da época.

Por outro lado, sua vinculação ao arcaísmo resultava

na manutenção da escravidão como peça chave da

estrutura socioeconômica brasileira.

29. O aluno pode mencionar a questão da permanência.

Pouca coisa mudou em relação à comunidade afro-

-brasileira desde 13 de maio de 1888. Basta observar a

condição de miséria da criança negra apresentada

na charge, sua inferioridade social e econômica. A

elite política brasileira, no contexto da abolição, era

branca e racista e, apesar de libertar os negros da

escravidão, não criou condições socioeconômicas

para a sua inserção na sociedade. Além disso, as elites

restringiam a cidadania à grande parte da sociedade

brasileira, considerando que, pela Constituição de 1891,

para ser cidadão era preciso ser homem e alfabetizado.

Ainda hoje, mais de cem anos após a abolição, pouca

coisa mudou para os afro-brasileiros, que ainda são

ínfima minoria nas universidades e maioria no sistema

carcerário. No Brasil atual, existem muitas permanências

em relação à estrutura colonial e imperial. Racismo,

preconceito e violência ainda compõem o nosso

cotidiano.

30. C

31. C

32. A

33. a) O quadro da esquerda, pintado pelo artista brasilei-

ro Victor Meirelles, retrata uma das mais importan-

tes batalhas da guerra (Batalha do Riachuelo), na

qual o Exército brasileiro se faz vencedor. Tal obra

exalta o Exército brasileiro como uma força superior,

que acabaria definitivamente com o conflito e mar-

caria a hegemonia brasileira na região. Já o quadro

da direita, pintado pelo artista uruguaio, represen-

ta a destruição e miséria na qual se encontram as

localidades marcadas pela guerra (mais especifica-

mente, as áreas paraguaias). Vale ainda a ressalva

de que essa obra retrata uma mulher solitária em

meio à destruição e morte, situação que marcou o

Paraguai após o fim do conflito devido ao alto índice

de mortandade masculina.

b) A Guerra da Cisplatina (Brasil 3 Argentina), entre 1825

e 1828, que resultou na independência do Uruguai. A

região havia sido anexada por D. João VI e a popula-

ção local, assim como os argentinos, nunca aceitou

tal situação. Apesar do desejo argentino de controlar

a região, a guerra garantia a independência e a

origem de um novo Estado, o Uruguai.

Podemos citar ainda a guerra contra Oribe e Aguirre,

líderes blancos uruguaios contrários à influência do

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Brasil em sua nação; e a guerra contra Rosas, líder argentino que buscava anexar o Uruguai e ameaça-va o domínio brasileiro na região.

34. a) O quadro de conflitos que marcou as relações entre os países da bacia Platina no século XIX tem suas origens em disputas herdadas no período colonial e no caudilhismo, que contrapunham grupos sociopolíticos autoritários, cujos objetivos incluíam o controle da navegação na bacia Platina – área de intenso comércio –, o expansionismo territorial, e a concorrência nos mercados do mate e de produtos pecuários. Assim, o Império brasileiro compôs a Tríplice Aliança com a Argentina e o Uruguai, enfrentando o Paraguai de Solano Lopes.

b) A vitória da Tríplice Aliança transformou o equilíbrio de forças políticas e econômicas na região. Com o Paraguai destroçado, Brasil e Argentina emergiram como nações determinantes na condução dos desti-nos da área platina. O Uruguai manteve sua postura pendular, em relação ao Império e à República Por-tenha, e a Inglaterra pôde continuar exercendo sua hegemonia sobre o mercado da região.

35. a) O texto ressalta o heroísmo paraguaio contra a Tríplice Aliança (Argentina, Brasil e Uruguai).

b) A representação ilustra o ideal republicano e aboli-cionista que se fortaleceu no Brasil após a Guerra do Paraguai.

c) Antes da Guerra do Paraguai, os militares, devido à ori-gem de setores médios e ao grau de esclarecimento, já eram contrários à escravidão durante a guerra, e esse ideal se fortaleceu, pois lutavam lado a lado com os negros. A adesão dos militares aos movimentos abolicionistas contribuiu para a Lei Áurea de 1888.

36. Entre os motivos do envolvimento do Brasil na Guerra do Paraguai destacam-se: a necessidade de assegurar a livre navegação nos rios da bacia Platina e o desejo de pôr um ponto final nos problemas políticos e militares nas fronteiras sul e sudoeste.

37. C

38. A

39. D

40. a) Angelo Agostini criticava o imobilismo do imperador diante dos problemas enfrentados pelo Império brasileiro no final da década de 1880.

b) A crise vivida pelo Império pode ser explicada por uma série de fatores, a saber: transformações so-cioeconômicas derivadas da expansão cafeeira, imigração estrangeira, fim do tráfico negreiro, cres-cimento da campanha abolicionista e o aumento do movimento republicano.

41. a) Poder Moderador.

b) O trecho citado do Manifesto Republicano propõe a reorganização do Estado com base no federalismo, portanto tinha como princípio a grande autonomia das províncias frente ao governo central.

42. C

cap’tulo 10

O fim do século XIX

1. E

2. C

3. E

4. a) A urbanização estava associada ao processo de industrialização, que promovia a concentração de trabalhadores e mercadorias em torno das fábricas. Na segunda metade do século XIX, ocorreu, com a Segunda Revolução Industrial, um aprimoramento tecnológico e um aumento significativo do número de fábricas, que ampliou os processos de concentração humana.

b) As cidades contemporâneas carregam inúmeras heranças das cidades industriais do século XIX. O texto aponta diversos transeuntes que ainda se fa-zem presentes na cidade atual: pessoas voltando do trabalho, a presença de trajes fúnebres e a questão da violência urbana com policiais e bandidos trafe-gando pelas cidades.

5. Entre os elementos, podemos destacar:

• o aumento da produção industrial;

• o acentuado progresso técnico-científico;

• o aparecimento do capitalismo monopolista;

• a crescente concentração da produção e do capital;

• a revolução dos meios de comunicação e de trans-porte.

6. A

7. A

8. a) A principal ideia defendida no texto I é a da superioridade racial, moral e material do homem branco europeu. Essa pretensa superioridade serviu para legitimar a expansão imperialista europeia no final do século XIX, ou seja, o homem branco teria o “direito de dirigir o resto da humanidade”, ou teria ainda uma “missão civilizadora” em relação aos povos considerados inferiores.

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b) Ambos os textos estão relacionados à concepção política imperialista, porém, enquanto o texto I apre-senta a visão eurocêntrica do colonizador, o texto II descreve uma visão orientalista do colonizado.

9. C

10. B

11. C

12. Durante o imperalismo, teses pseudocientíficas que afirmaram a superioridade dos brancos em relação a outros grupos étnicos, como negros, eram usadas como justificativa para a colonização e domínio europeu no continente africano. No cartaz, fica nítido o racimo vigente em Portugal em 1917, país que manteve colônias na África até meados da década de 1970. No século XIX, durante a Conferência de Berlim, a África foi partilhada pelas potências europeias com o objetivo de se apropriar dos recursos naturais, mão de obra e novos mercados consumidores. A introdução da civilização ocidental, por meio do cristianismo e de ideologias racistas, estava a serviço do capitalismo industrial. Na África, os europeus impuseram fronteiras artificiais que não respeitavam as diferenças étnicas e religiosas preexistentes, o que deu origem a conflitos culturais, guerras civis e separatismos após a descolonização.

13. D

14. C

15. B

16. A política do Big Stick, de Theodore Roosevelt, pode ser vista como um desdobramento da Doutrina Monroe. Enquanto a doutrina apontava para o desejo dos Estados Unidos de se fazer mais presente nos assuntos do continente, a política externa de Roosevelt transformou tal anseio em realidade. Como exemplo, podemos mencionar a ação para separar o Panamá da Colômbia e, desta forma, garantir a construção de um canal que interligava o Atlântico e o Pacífico.

17. A

18. E

19. O contexto cultural da belle époque foi marcado por um otimismo em relação à tecnologia e sua capacidade de construir valores e melhorar a humanidade. Na gravura, a máquina de escrever e a lâmpada aparecem capazes de alterar a “inspiração” dos escritores, por possibilitar condições melhores para o ofício de escrever. Como se a simples melhora da tecnologia fosse capaz de produzir melhores autores.

20. A

21. C

22. E

23. B

24. E

25. C

26. A

27. C

28. C

29. D

30. D

cap’tulo 11

Conflitos do século XX: a Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

1. A

2. D

3. C

4. A formação das alianças político-diplomáticas foi um processo que antecedeu a guerra e, mesmo ao longo do conflito, os interesses de cada nação levaram a uma frequente reconfiguração dos acordos. Referimo-nos a dois grandes blocos de países: a Tríplice Aliança, formada por Alemanha, Áustria-Hungria e Império Turco Otomano (em 1915 a Bulgária declara guerra à Sérvia e se junta à Aliança), e a Tríplice Entente, que reunia França, Inglaterra e Rússia – essa aliança também contou com o apoio de outros países, como Sérvia, Itália, Japão, Estados Unidos, Portugal e mesmo o Brasil.

5. C

6. A

7. B

8. Desmembramento dos impérios russo, austro-húngaro e otomano com o surgimento de novos países; fim da hegemonia europeia e início da hegemonia dos Estados Unidos; fragilização econômica da Alemanha.

9. B

10. C

11. B

12. E

13. C

14. E

15. C

16. A

17. C

18. A

19. D

20. B

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capítulo 12

Grandes revoluções do século XX

1. D

2. D

3. B

4. A participação da Rússia na Primeira Guerra Mundial

provocou transformações no regime político, econômico

e social do país. As perdas ocasionadas pela guerra

propiciaram o questionamento do poder absoluto dos

czares e da condição econômica e social – caracterizadas

pela inflação, pela fome e greves –, criando condições

para a eclosão da Revolução de 1917.

Resposta disponível em: <www.comvest.unicamp.br/vest_anterio-

res/2013/download/comentadas/cha.pdf>. Acesso em: 3 fev. 2016.

5. D

6. A

7. B

8. A NEP (Nova Política Econômica), implementada por

Lenin, foi marcada pelo uso de algumas práticas

capitalistas, como a presença da pequena propriedade

e de uma economia de mercado. Os planos quinquenais

de Stalin, por sua vez, aboliram a propriedade privada

e promoveram a estatização da economia.

O stalinismo reafirmou a imagem de Lenin como gran-

de líder da revolução e, ao mostra Lenin e Stalin juntos,

buscava construir uma ligação entre ambos e ressaltar

a ideia de continuidade da revolução. Esse recurso con-

tribuía para o culto à personalidade do líder.

9. C

10. B

11. B

12. A

13. B

14. C

15. E

16. C

17. B

18. A

19. O texto alude à permanência de conflitos sociais no

campo na história política latino-americana, decorrentes

de um grave problema agrário: a concentração da

propriedade fundiária. O México foi um dos países

da América Latina que, no início do século XX, mais

passou por transformações em suas instituições devido a

esses conflitos, desencadeando a Revolução Mexicana.

Pela participação das camadas populares camponesas

e pelas propostas reformistas, esse movimento serviu de

modelo para outras regiões do continente.

Resposta disponível em: <www.revista.vestibular.uerj.br/

questao/questao-discursiva.php?seq_questao=492>.

Acesso em: 21 jul. 2016.

20. A

21. D

22. D

capítulo 13

Brasil: formação da República (1889-1914)

1. B

2. C

3. C

4. A

5. a) Segundo o texto, além da idealização cristã da

imagem de Tiradentes, associada à do próprio Cristo,

o herói republicano é apresentado como “plebeu,

humilde e popular”, ao gosto dos jacobinos, porém

em confronto com as elites dominantes.

b) Os governos de marechal Deodoro e Floriano Peixoto

foram marcados pela disputa de poder entre milita-

res, associados ao governo, e a oligarquia cafeeira,

na oposição. Dessa característica, desdobrou-se a

postura autoritária do regime, expressa no golpe de

Estado arquitetado por Deodoro, em 1891, no contra-

golpe de Floriano, e na violenta repressão à Revolu-

ção Federalista e à Revolta da Armada.

6. B

7. A

8. A

9. a) Havia uma forte tendência monarquista na Marinha,

junto ao sentimento de marginalização de seus oficiais

em um regime político dominado pelo Exército. Além

disso, havia ainda o argumento da ilegitimidade da

presidência de Floriano Peixoto, que assumiu antes

de passados dois anos do mandato de Deodoro.

b) Havia intensa oposição entre grupos oligárquicos

locais (maragatos e pica-paus) e o apoio de Floria-

no aos pica-paus fez com que a disputa local se

tornasse uma questão nacional. Como resultado, os

maragatos aliaram-se aos integrantes da Revolta da

Armada, por terem em Floriano um inimigo comum.

10. D

11. D

12. E

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13. a) Podem-se identificar alguns episódios conflituosos

nos primeiros anos da República no Brasil, tais como:

a Revolução Federalista, iniciada no Rio Grande do

Sul (1893-1895); o movimento social de Canudos

(1896-1897) e a Revolta da Armada que, de acordo

com determinadas interpretações historiográficas,

pode se dividir em Primeira e Segunda Revolta.

Destacando a última: após o conflito iniciado, ainda

no governo constitucional de marechal Deodoro

da Fonseca, a Marinha, conduzida pelo almirante

Custódio de Melo, bombardeou a capital brasileira

(Rio de Janeiro), na tentativa de derrubar o governo

de Floriano Peixoto. As tropas do governo resistiram

à ofensiva, amplamente apoiada pelo Exército,

pelas estruturas do Estado (conduzidas por ele) e

por grupos políticos fiéis ao marechal de Ferro, como

era conhecido o presidente naquele período.

b) Desde o fim da Guerra do Paraguai, em 1870, o Exér-

cito assumiu uma postura de questionamento da

ordem nobiliárquica imperial. Tal postura contribuiu

para a formação do espírito republicano no Brasil.

Em 1879, o Exército participou ativamente da queda

da monarquia, adquirindo maior poder político e se

projetando como um dos principais agentes defen-

sores da ordem republicana.

14. E

15. C

16. D

17. C

18. a) O aluno poderia citar como exemplos da ultrapassada

estrutura urbana do Rio de Janeiro: o porto antigo

e deficiente, as ruas estreitas da zona central, as

dificuldades de abastecimento de água e saneamento

que potencializavam epidemias e as condições

precárias de moradia e transporte que estimulavam

o surgimento de cortiços e favelas.

b) No princípio do século XX, a cidade do Rio de Janeiro

passou por um processo de modernização provoca-

do pela crescente atividade industrial e pelas refor-

mas do prefeito Pereira Passos. Ele destruiu cortiços,

reformou e ampliou a Avenida Central e desmontou

o Morro do Castelo, abrindo espaço para a cons-

trução de edifícios voltados para o uso da elite. De

modo geral, tais mudanças incentivaram a exclusão

socioespacial das camadas mais populares.

19. A

20. A

21. C

22. E

23. C

24. E

25. E

26. C

27. C

28. C

29. B

30. E

31. C

32. D

33. D

34. B

35. C

36. a) A principal característica da gestão do Barão do

Rio Branco no comando do ministério das Relações

Exteriores (1902-1912) foi a defesa de uma maior

aproximação com os Estados Unidos. Além disso, ele

propôs o encaminhamento das questões de fronteiras

pela via diplomática, como atesta a compra do

Acre, consubstanciada pelo Tratado de Petrópolis,

assinado com o governo boliviano.

b) Ainda que os Estados Unidos tenham sido o primeiro

país a reconhecer a independência do Brasil, duran-

te o período monárquico o principal parceiro brasilei-

ro no campo das relações internacionais – herança

da política portuguesa – foi a Inglaterra. Sendo assim,

é correto dizer que o posicionamento da gestão do

Barão do Rio Branco representou um novo encami-

nhamento da política externa brasileira.

37. B

38. A

39. B

40. a) Os nordestinos que migraram para a Amazônia na

segunda metade do século XIX eram, principalmente,

sertanejos, castigados pelas secas e submetidos à

exploração brutal dos coronéis. Foram atraídos para

aquela região pela miragem do enriquecimento fácil,

que então se associava à exploração da borracha.

b) A esmagadora maioria dos seringueiros viviam mise-

ravelmente, isolados na mata meses a fio e na total

dependência dos seringalistas que os contratavam,

os quais monopolizavam tanto a compra da borracha

bruta por eles produzida como o fornecimento dos

mantimentos, utensílios e armas por eles utilizados.

41. C

42. a) A queda no preço foi consequência do aumento

da oferta, por sua vez provocada pelo surgimento da

concorrência asiática, através da produção das

colônias inglesas e francesas na região (por exemplo,

Malásia e Indochina).

b) Além do gigantesco volume da produção, a cafei-

cultura contava com o apoio do governo oligárquico

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que, por meio de mecanismos intervencionistas da

valorização do café, manteve os preços de compra

do produto elevados, ainda que artificialmente.

43. A

44. B

45. A

46. D

47. a) Além de centro administrativo nacional – posição,

aliás, que já ocupava desde 1763 –, o Rio de Janeiro

tornou-se, a partir de meados do século XIX,

graças à expansão cafeeira, um expressivo centro

comercial e financeiro e um importante porto do

litoral brasileiro. Por tudo isso, o Rio de Janeiro dos

primeiros tempos da República tornou-se também

um agitado centro de atividade cultural, incluindo

mesmo a presença constante de companhias

europeias de teatro, dança e ópera.

b) Os dois autores foram considerados exceções, uma

vez que centravam suas obras muito mais na des-

crição e na problematização do viés social (rural e

urbano) da realidade brasileira.

48. D

49. C

50. A

capítulo 14

O período entreguerras (1918-1939)

1. D

2. B

3. D

4. Entre os fatores, é possível mencionar:

• a especulação financeira;

• a superprodução industrial;

• a desaceleração do consumo;

• a quebra da Bolsa de Nova York;

• a diminuição das exportações para a Europa.

5. B

6. C

7. C

8. Com a implementação do New Deal, foram adotadas

as seguintes medidas:

• maior intervenção do Estado na economia;

• realização de inúmeras obras públicas para gerar

empregos;

• criação do seguro-desemprego e do salário mínimo;

• criação de agências reguladoras da economia;

• financiamentos para a agricultura.

9. D

10. A

11. B

12. Ao exaltar a figura de Mussolini, o texto evidencia o

culto à personalidade do líder. Além disso, sobressai

o nacionalismo ao afirmar que “surge o Estado dos

italianos” e seu caráter militarista e expansionista ao dizer

que “seu império está em formação”. A centralização do

poder na figura do líder se opõe ao modelo democrático

que pressupõe a participação ativa da população nas

decisões políticas.

13. D

14. E

15. E

16. Nos anos que se seguiram à Primeira Guerra Mundial

(1914-1918), uma série de tratados internacionais foram

assinados pelos países envolvidos. Entre eles, o Tratado de

Saint-Germain (que versava sobre o desmembramento

do Império Austro-Húngaro) e também o Tratado

de Versalhes (que impunha duríssimas sanções à

Alemanha — considerada a principal responsável pelo

conflito). Esses tratados foram totalmente rechaçados

pelo Partido Nazista no item 2 de seu programa, pois

eram considerados uma espécie de complô dos países

vencedores da guerra contra os povos de raça ariana

(no caso, alemães e austríacos), e que, por isso, deviam

ser revogados.

Já os itens 4 e 5 do programa nazista faziam menção

à questão racial, considerada central para os ideólo-

gos do partido. Declaram, abertamente, o dever do

Estado de excluir as minorias não alemãs (em especial

os judeus) de quaisquer direitos de cidadania ou de

livre circulação.

Com a ascensão dos nazistas ao poder, o programa

partidário foi paulatinamente imposto ao país, sobretu-

do após a adoção das chamadas Leis de Nuremberg

(1935), quando as ações antissemitas foram oficialmen-

te postas em prática. Entre elas, pode-se mencionar:

confiscos de bens e propriedades da comunidade ju-

daica (colocadas à disposição do Estado); a exigên-

cia da exibição de uma “estrela de Davi”, costurada às

vestes, em locais públicos; a proibição de judeus como

funcionários públicos; a exclusão de obras artísticas e

literárias de autores judeus; e, ainda, a oficialização de

um programa de propaganda antissemita, fomentado

pelo Estado e veiculado em todos os meios de comu-

nicação.

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anotações

17. C

18. B

19. C

20. D

21. C

22. E

23. A

24. C

25. B

26. B

27. D

28. C

29. B

30. C

31. C

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