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ClimAdaPT.Local
Resumo da Conferência “Empresas” na Adaptação Local:
Desafios e Oportunidades das Alterações Climáticas
23 de novembro, Reitoria da Universidade de Lisboa
Esta conferência, que reuniu cerca de 150 representantes de empresas, associações e municípios
portugueses, surgiu no sentido de criar um espaço de diálogo e aprendizagem, com o objetivo de:
Divulgar estratégias de adaptação às alterações climáticas na Europa e em Portugal, e
oportunidades de financiamento para as empresas;
Capacitar empresas e autarquias para um papel mais ativo enquanto potenciais atores-chave
na adaptação às alterações climáticas;
Promover o envolvimento e interligação entre os diversos agentes, nomeadamente os
municípios-piloto do projeto ClimAdaPT.Local.
Durante a manhã tiveram lugar apresentações em dois painéis temáticos; durante a tarde,
decorreram sessões participativas/mesas redondas, tendo a conferência terminado com um terceiro
painel temático.
O 1º painel de apresentações “Estratégias de Adaptação a Diferentes Escalas” discutiu a
problemática da adaptação às alterações climáticas ao nível europeu, nacional e local. Depois da
abertura da conferência por Madalena Callé Lucas (EEA Grants), o coordenador do projeto BASE -
Bottom-up Climate Adaptation Strategies Towards a Sustainable Europe, Hans Sanderson, fez uma
introdução sobre os desafios e oportunidades das alterações climáticas na Europa e sublinhou o
crescente interesse do setor privado pela temática da adaptação.
Seguiu-se a apresentação de José Paulino (Agência Portuguesa do Ambiente – APA) sobre a
experiência nacional das alterações climáticas, em que referiu a Estratégia Nacional para a
Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC), o Programa AdaPT e o Quadro Estratégico da
Politica Climática (QUEPiC).
Na apresentação seguinte, Filipe Duarte Santos (Faculdade de Ciências, ClimAdaPT.Local)
sublinhou o carater pioneiro do projeto ClimAdaPT.Local no que diz respeito à elaboração de 26
estratégias municipais de adaptação às alterações climáticas.
Depois do coffee-break que contou com um momento musical pela banda Gutkin & Queener1,
seguiu-se o 2º painel de apresentações sobre “Caminhos de Adaptação” com exemplos de
1 A banda Gutkin & Queener é composta por Yara Gutkin (de descendência Luso-espanhola, harpista e
vocalista do grupo) e por Kent Queener (teclista e compositor americano). Este grupo nasceu do amor que
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iniciativas adaptativas nos diferentes setores, incluindo agricultura, construção/arquitetura, energia
e zonas costeiras.
Na primeira apresentação, Mafalda Evagelista (BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o
Desenvolvimento Sustentável) falou sobre o papel das empresas na adaptação, identificando as
dificuldades das empresas face a esta temática e como poderão ser ultrapassadas.
Na apresentação seguinte, Miguel Guimarães (Associação Portuguesa dos Seguradores) referiu o
projeto CIRAC (Cartas de Inundação e Risco em Cenários de Alterações Climáticas) como um bom
exemplo sobre como lidar com a crescente vulnerabilidade e risco de inundação em Portugal.
Seguiu-se uma apresentação sobre o setor da energia, por Luísa Serra (EDP), que sublinhou o
papel importante das empresas na adaptação bem como as necessidades das empresas para
ultrapassar os desafios relacionados com a adaptação às alterações climáticas.
Em seguida, Patrícia Arruda (Grupo MSF – Natura Towers) explicou numa apresentação técnica
sobre as Natura Towers o possível funcionamento de edifícios mais sustentáveis.
Na apresentação seguinte Alexandra Brito (Confederação dos Agricultores de Portugal – CAP) e
Ana Paiva Brandão (Agro.Ges) identificaram os desafios e oportunidades, presentes e futuros, que
a agricultura enfrenta face à alteração do clima.
Na última apresentação deste painel, sobre zonas costeiras e estuarinas, Filipe Duarte Santos
alertou para o problema da erosão costeira e o agravamento futuro por várias razões, entre elas a
subida do nível do mar.
Durante o intervalo para almoço, os participantes da conferência puderam assistir a mais um
momento musical pela banda Gutkin & Queener e recolher informação sobre adaptação e
financiamento em vários balcões de divulgação presentes no átrio.
Depois do intervalo de almoço seguiram-se três sessões paralelas em que foram debatidas
temáticas iminentes para os municípios, empresas e associações num ambiente mais próximo,
promovendo a participação ativa e partilha de experiência. As temáticas das sessões paralelas
foram “Gestão do Risco e Adaptação - Incêndios Florestais”, “Municípios e Empresas – Sinergias
para a Adaptação” e “Adaptação na Cadeia de Valor - O caso do setor Agrícola e Agro-Alimentar”.
A sessão sobre incêndios florestais foi moderada por Mário Pulquério (Faculdade de Ciências) e
contou com a presença de João Silva e Tomás Calheiros (Faculdade de Ciências, ClimAdapt.Local),
estes dois músicos nutrem por diferentes estilos de música e fundem a world music, folk, jazz e música
clássica. O grupo utiliza uma ampla variedade de instrumentos não convencionais- harpa, acordeão, hang
drum e instrumentos de percussão étnicos provenientes de variadas regiões do mundo para trazer vitalidade
e inovação à sua música, uma mistura de canções folclóricas e composições originais com foco em questões
ambientais, de sustentabilidade e transição cultural.
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Rui Almeida (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas – ICNF) e Tiago Oliveira (grupo
Portucel-Soporcel). Depois das apresentações-flash concluiu-se na discussão com os participantes
que, com o crescente risco de incêndios, é necessário mais conhecimento para melhorar um plano
de defesa e uma gestão integrada de prevenção de incêndios.
Na sessão paralela sobre municípios e empresas, moderada por Rui Lopo (Associação Nacional de
Municípios Portugueses), estiveram presentes representantes de vários setores: Pedro Perdigão
(Águas de Cascais), Pedro Vilas Boas (Circuitespecial), Nuno Ferreira (Transportes do Barreiro),
Carlos Ribas (com uma intervenção sobre espaços verdes), Armando Pinto (projeto ACT:Turismo)
e António Tadeu (projeto AdaptIS). Depois das apresentações-flash de cada representante
identificou-se na discussão as dificuldades e oportunidades dos vários setores.
A terceira sessão paralela, sobre o setor agroalimentar, foi moderada por João Tiago Carapau (We
Consultants). Os oradores António Saraiva (Companhia das Lezírias) e Ana Coelho (Sumol +
Compal) e os participantes concluíram que este setor enfrenta uma crescente problemática face à
dependência da água por este tipo de empresas e à possível escassez deste recurso e/ou poluição
do mesmo.
Após o coffee-break, que contou com mais um momento musical pela banda Gutkin & Queener,
seguiu-se o 3º painel sobre a aplicação prática e oportunidades de financiamento em que foram
demostradas medidas específicas para empresas e municípios.
Lucas Brochard (Carbon Disclosure Project) falou na sua apresentação sobre os serviços climáticos
com ênfase no enquadramento económico. Seguiu-se a apresentação de Sérgio Barroso (CEDRU),
que identificou oportunidades de financiamento para medidas de adaptação para empresas e
municípios.
A conferência foi encerrada por Rui Lopo (Associação Nacional de Municípios Portugueses) e Gil
Penha-Lopes (Faculdade de Ciências, ClimAdapt.Local): ambos sublinharam o papel crucial das
empresas e municípios na adaptação às alterações climáticas.
Nas páginas seguintes encontram-se algumas fotos do evento, bem como alguns sketches
produzidos pela empresa Live Sketching.