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Criando filhos em BH www.cangurubh.com.br | jul 2016 | 10 EXEMPLAR GRATUITO PARA ESCOLAS PARCEIRAS Como lidar com as inevitáveis brigas e birras entre irmãos tô de mal Férias de julho na fazenda  Crossfit é COISA DE CRIANÇA O que rolou no II Seminário INTERNACIONAL DE MÃES Como lidar com as inevitáveis brigas e birras entre irmãos tô de mal Férias de julho   Crossfit Seminário

revista canguru | julho de 2016 | edição nº10

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Page 1: revista canguru | julho de 2016 | edição nº10

Criando f ilhos em BHwww.cangurubh.com.br | jul 2016 | nº 10

EXEMPLAR GRATUITO PARA ESCOLAS PARCEIRAS

Como lidar com as inevitáveis brigas e birras entre irmãos

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Férias de julho na fazenda   Crossfit é

COISA DE CRIANÇA O que rolou no

II Seminário INTERNACIONAL

DE MÃES

Como lidar com as inevitáveis brigas e birras entre irmãos

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nesta edição3

Nossa capaRafael, de 7 anos, e Giovanna, de 3, são filhos de Vanessa Carneiro Rayol e Alexandre Gatti Lages.FOTO: Gustavo Andrade

Os irmãos Theo, de 2 anos, e Lara, de 7: um implica com o outro, mas sempre acabam em harmonia

30seções

Primeiras palavras

Nossos leitores

www.cangurubh.com.br

Missão Instagram

Eles dizem cada coisa

Canguru viu e curtiu

Corrente do bem

Mundo Kids

Moda

Comprinhas

Viagens, modo de usar, por Luís Giffoni

História de mãe, por Danielli Soares Melo Gaiotti

Para ler com seu filho, por Leo Cunha

Na Pracinha, por Flávia Pellegrini e Miriam Barreto

Padecendo no Paraíso, por Bebel Soares e Tetê Carneiro

Artigo, por Geraldo Santana

Artigo, por Simone Matias Santos

Crônica, por Cris Guerra

Reportagens

Férias | Dez sugestões de hotéis-fazenda para adultos e crianças curtirem em julho

Família | O que fazer quando a saudável brincadeira entre irmãos acaba em briga?

Fitness | Nada de marmanjões sarados. Escolas de crossfit abrem turmas para crianças

Evento | Palestras do II Seminário Internacional de Mães atraem 800 pessoas ao Ouro Minas

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Aula na Crossfit BH, para pequenos a partir dos 3 anos: nada de levantamento de peso

O auditório do Ouro Minas recebeu interessadas de todo o país para o II Seminário Internacional de Mães: troca de experiências

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4primeiras palavras

Freud estava enganadoLAURIE KRAMER, VICE-REITORA da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, tinha como meta fazer irmãos e irmãs ser mais amáveis uns com os outros. E entendeu claramente o tamanho do desafio assim que se reuniu com os pais que inscreveram filhos no programa de seis semanas de duração criado por ela e batizado de “Mais Diversão entre Irmãos e Irmãs”. As intermináveis disputas entre suas crianças foram des-critas como as experiências mais difíceis enfrentadas na vida por uma das mães do grupo, uma psiquiatra especializada no atendimento a veteranos feridos em guerra.

O relato está no livro Os 10 Erros Mais Comuns na Educação de Crianças, dos americanos Po Bronson e Ashley Merryman, que dedica um capítulo ao tema. “Freud estava enganado. Shakespeare, certo. Os irmãos brigam”, resume a educadora Ashley, referindo-se aos pensamentos do pai da psica-nálise e do dramaturgo inglês sobre as relações entre irmãos.

Para a reportagem de capa deste mês, a repórter Isabella Grossi entrevis-tou pais e psicólogos sobre as brigas entre filhos que tiram o sossego de tan-tas famílias. Na teoria parece simples: confie na capacidade das crianças de resolverem seus conflitos. Mas a gente sabe que na prática é outra história.

E por falar em Ashley, as reflexões da escritora americana estão em outra reportagem desta edição, sobre o II Seminário Internacional de Mães. Ela foi uma das palestrantes do evento, que se tornou um marco para seus 802 participantes. O dia 4 de junho trouxe muitas reflexões e também muita emoção para quem esteve no Ouro Minas, incluindo a equipe da Canguru, que se orgulha de fazer parte da organização do evento.

Para nós, o primeiro semestre de 2016 ficou marcado como de muito trabalho, com um calendário intenso. O seminário de mães foi o maior, mas não o único evento que promovemos. Outros catorze foram reali-zados, além de seis edições publicadas e muitas promoções on-line. E o segundo semestre já começou no mesmo pique. Confira nas páginas 10 e 11 as ações especiais que preparamos para as férias da garotada. É nossa contribuição para que o mês de julho seja bem divertido para nossos lei-tores e seus filhos.

Ivana Moreira, DIRETORA DE REDAÇÃO

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6 Canguru . JULHO 2016

Ivana e os filhos Gabriel e Pedro

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www.cangurubh.com.br

DIRETORA DE REDAÇÃO: Ivana MoreiraEDITOR EXECUTIVO: Alessandro DuarteEDITORA DE ARTE: Christina CastilhoPROJETO GRÁFICO: Christina Castilho (Mondana:IB)REPÓRTER: Rafaela MatiasESTAGIÁRIA: Daniele FrancoCOLABORADORES DESTA EDIÇÃO: Cris Guerra, Cristiane Miranda, Isabella Grossi, Leo Cunha, Luís GiffoniFOTÓGRAFOS: Gustavo AndradeREVISORA: Shirley Souza SodréCOORDENADORA DE MARKETING E PLANEJAMENTO DIGITAL: Camila CaponeANALISTA DE MARKETING E PLANEJAMENTO DIGITAL: Juliane FerreiraATENDIMENTO AO LEITOR: Gabriela LinharesGERENTE COMERCIAL E ADMINISTRATIVA: Suellen MouraASSISTENTE ADMINISTRATIVA: Laura Ramos

A Canguru é uma publicação mensal da Scrittore Comunicação e Editora Ltda. CNPJ 12243254/0001-10, Rua Alberto Bressane, 223, Belo Horizonte/MG, CEP 30240-470

TIRAGEM: 25 000 exemplaresIMPRESSÃO: Log&Print Gráfica e Logística S.A.DISTRIBUIÇÃO: VIP BHGratuita na rede de escolas parceiras*.* Instituições particulares de educação infantil que se encarregam de enviar a revista aos pais de seus alunos na mochila dos estudantes. A relação das escolas parceiras pode ser consultada por anunciantes.

PARA ANUNCIAR Suellen Moura: (31) 3656-7818 . (31) 98651-2047 [email protected] Paiva: (31) 3656-7818 . (31) 99105-6994 [email protected]

PARA FALAR COM A REDAÇÃO: mande e-mail para [email protected]

ENDEREÇO: Rua Rio Grande do Norte, 867 — sala 901, Savassi, Belo Horizonte — MG — CEP 30130-135.

(31) 3656-7818

Artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não representam, necessariamente, a opinião da revista e de seus responsáveis.

Acompanhe-nos nas redes sociais

Facebook cangurubhGoogle+ +Cangurubhbr2015Twitter @cangurubhInstagram cangurubhYouTube Cangurubhbr2015

DIRETOR EXECUTIVO: Eduardo FerrariDIRETORA DE PROJETOS ESPECIAIS: Ivana Moreira

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Canguru

A revista Canguru tem feito o maior sucesso em nosso colé-gio. Parabenizo pelo excelente material, com assuntos muito interessantes e úteis, apresen-tados de maneira criativa e instigante. A ideia de criar essa revista foi fantástica!— Irmã Roseli Hart, diretora pedagógica do Colégio Santa Marcelina

Parabéns pela revista. Amo de paixão e meus filhos também gostam. O do meio vive obser-vando as fotos para ver se en-contra algum amigo. Isso é que é o legal da revista!— Patrícia Cardoso

Encontro Canguru

Vocês estão de parabéns! Os encontros são de alto nível,

como o que aconteceu no mês de junho, sobre como lidar com os distúrbios emocionais na infância, com a psicóloga e pedagoga Patrícia Quaresma. Sou fã de carteirinha! — Leilane Paegle

Restaurantes

Quero agradecer à equipe Can-guru pelas casas selecionadas na matéria “Para a criançada curtir também”. Em dias de al-moço com a família, temos que escolher restaurantes onde nos-so pequeno se diverte também! Valeu pelas opções.— Livia Gomes Campos

Que matéria excelente. Dá para ver o cuidado ao colocar todos os detalhes. Amo as matérias da Canguru! Nós, mamães, fica-mos imensamente agradecidas pelas dicas.— Jéssica Cabral

Eu acrescentaria a Pizzaria Mangabeiras do bairro Castelo, que tem um superbrinquedão que os meus filhos amam, e o Siri, na Avenida Fleming, que tem um espaço cercadinho bem legal!— Vania Antunes

Boas opções para escolher quando o pestinha estiver junto! — Mariana Grapiuna

Ótimos restaurantes para eu e o Átila Brito levarmos a Dudinha para aproveitar.— Lidia Lages

Obrigada, Canguru, sua lin-da! Já visitamos alguns desses locais e realmente são ótimas sugestões! — Talyta Andrade

Primeiras palavras

Sou mamãe de dois rapazinhos, Davi, de 4 anos, e Benício, de 1 ano e 9 meses. Achei ótima sua justificativa, Ivana (“Ne-potismo do bem”, jun 2016). O legal é que você foi sincera. Somos mães corujas, então, eu faria o mesmo, viu? Parabéns pelo filhote Gabriel. — Adélia Gomes

Canguru viu e curtiu

Adorei a nota “Brinquedos De-mocráticos”. É isso aí! Chega de brinquedos cor-de-rosa!— Fernanda Borges

8 Canguru . JULHO 2016

FALE COM A CANGURUEntre em contato por e-mail: [email protected] deixe um comentário em

nossas redes sociais.

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Atividades físicas são boas para a saúde e toda criança deve fazer. Quanto a isso, não restam dúvi-das. Mas, diante de tantas opções, fica difícil escolher aquele esporte que mais combina com as habilidades do seu filho. Nesse aspecto, um exame que mede a aptidão genética pode facilitar a vida dos pais.

A partir do exame de sangue, o teste permite ana-lisar as condições dos músculos, ossos e tendões do indivíduo, além de sua capacidade cardiorrespirató-ria. Isso é possível graças à análise dos grupos de ge-nes ACTN3, responsáveis pelas fibras que garantem resistência e potência ao corpo, e ACE, que regulam a pressão arterial. “Podemos dizer em quais esportes o seu filho tem mais probabilidade de ter sucesso”, afirma o bioquímico Rodrigo Alvarenga, gerente da área técnica do Laboratório São Marcos.

Após a análise dos resultados, é emitido um lau-do personalizado que aponta de cinco a seis opções de esporte ideal e as modalidades mais indicadas. Se as condições físicas da criança indicarem uma pre-

disposição para o futebol, por exemplo, são discrimi-nadas no laudo as posições nas quais ele jogaria me-lhor, como zagueiro ou atacante. Já se o indicado for a natação, são descritas as modalidades e distâncias mais indicadas. Isso tudo com base em um gráfico de potência e resistência atrelado à condição cardior-respiratória, que mostra se a pessoa será melhor em esportes que exijam mais força e menos resistência, como atividades de alto impacto realizadas em um curto período de tempo, ou se ela se dará bem em exercícios prolongados, que exigem um esforço mais contínuo. “Isso não garante que o seu filho será um fenômeno naquele esporte, mas indica que ele terá as condições necessárias para se destacar.”

O exame não requer pedido médico e pode ser feito em qualquer idade — inclusive por adultos. No caso dos pequenos, o indicado é que se realize na fai-xa dos 7 anos, quando a estrutura do esqueleto mus-cular já está desenvolvida de maneira satisfatória para que as conclusões sejam mais precisas. FO

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Qual o esporte ideal?

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10 Canguru . JULHO 2016

www.cangurubh.com.br

Um dia inteiro com astros de Cúmplices de um Resgate FÃS DA NOVELA infantojuvenil Cúmplices de um Resgate vão adorar a promoção da Canguru para o mês de julho: um dia inteiro com os atores Júlia Simoura e Luckas Moura, do elen-co do folhetim do SBT, que faz o maior sucesso com o público mirim. O leitor sorteado poderá proporcionar ao filho ou à filha uma experiência única no dia 24 de julho, com todos os motivos para que ele se sinta artista de TV. A criança partici-pará de uma sessão de fotos com os dois atores na parte da manhã e, depois, será levada para a Baladinha Vip Kids, uma festa com os atores em um bufê infantil. O filho do vencedor da promoção ganhará de presente cinco peças de roupa iguais às que serão usadas por Júlia Simoura e Luckas Moura duran-te o dia em BH. E ainda terá direito a uma sessão exclusiva de fotos vestindo essas peças. A promoção é uma parceria entre a Canguru, a Top Agency, a La Guapa e a Ingrid Madureira Produções. Entre no cangurubh.com.br, confira as regras, faça sua inscrição e cruze os dedos! FO

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Férias incríveis com a CanguruPara o mês de julho, a revista preparou uma série de eventos muito bacanas — cinco sessões exclusivas para leitores e uma promoção que é coisa de novela. Fique atento às regras para participar e garanta diversão de graça para os seus filhos durante as férias.

Um passeio pelo Império Romano

Inédita no Brasil, a exposição museo-gráfica Império Romano será aberta no dia 13 de julho, em uma área de 900 metros quadrados montada dentro do Itaú Power Shopping. Uma sessão especial, exclusiva e gratuita para leitores da Canguru, será realizada no dia 16 de julho, sábado, às 10 horas. A mostra, que já passou por diver-sos países, tem alto valor educacional: retrata a história das conquistas e do de-clínio de uma das mais importantes civili-zações do mundo. São quase oitenta répli-cas construídas com os mesmos materiais que eram utilizados naquela época. A ex-posição é uma realização da Exhibition Club e tem o apoio da revista Canguru. Para solicitar ingressos, entre em contato com Gabriela Linhares pelo telefone (31) 3656-7818, das 9 às 17 horas.

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Todos os meses, a Canguru promove

seminários gratuitos sobre temas relacionados

à educação dos filhos. Fique atento à

programação dos próximos eventos.

NA CBN Às terças e quintas, às 10h40, acompanhe ao vivo o boletim Canguru: criando filhos em BH. Todos os áudios

estão disponíveis no portal cangurubh.com.br.

EDIÇÃO Alessandro Duarte

colônias

Diversão fora de casaEstá chegando o tão sonhado período de descanso no meio do ano. Tempo para a criançada relaxar a mente e voltar com tudo no segundo semestre. Mas, além de ficar de per-nas para o ar, é claro que nossos pequenos vão querer brin-car muito. Se os pais que não tiverem a mesma sorte de estar de férias para poder organizar passeios divertidos, será necessária uma ajudinha para ocupar essa meninada cheia de energia. Por isso, selecionamos quinze colônias de fé-rias para a garotada aproveitar bastante enquanto os pais trabalham despreocupados. Confira em cangurubh.com.br.

Sessões exclusivas de Branca de Neve

Leitores da Canguru poderão assistir a três sessões exclusivas da peça Branca de Neve, em uma mon-tagem da Cyntilante Produções. Elas serão rea lizadas nos dias 17, 30 e 31 de julho, às 10h30. As entra-das são gratuitas, mas as vagas são limitadas. Para garantir ingressos para você e seus filhos, fique atento ao nosso Facebook. As informações sobre a distribuição dos tíquetes serão divulgadas no nosso perfil da rede social na segunda-feira que antecede cada uma das sessões.

Um encontro muito animado com Rúbia

A educadora e apresenta-dora de TV Rúbia Mesquita é a convidada para o Encon-tro Canguru do mês de ju-lho. Desta vez, o evento não será só para adultos. As crianças são as principais convidadas para o show, cheio de música e contação de histórias. O Encontro Canguru será no dia 24 de ju-lho, domingo, às 10h30, na Casa Fiat de Cultura. As entradas são gratuitas, mas as vagas são limi-tadas. Entre no cangurubh.com.br e veja como garantir ingressos para sua família.

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Próxima missão: Eu e meu paizãoO segundo domingo de agosto, como todo mundo sabe, é Dia dos Pais. E, para celebrar a data, compartilhe uma imagem de seu filho ou filha com o paizão. Não se esqueça de usar a marcação #cangurubh. Os melhores registros serão publicados na edição de agosto.

@joanadrumond flagrou João Henrique, de 8 anos, Luca, de 7, Lucas, de 5, João, de 5, e Pedro, de 7, refrescando-se com um picolé após uma animada partida.

Para comemorar o Dia Nacional do Futebol, em 19 de julho, pedimos aos pais que enviassem fotos de seus filhos a caráter, usando a marcação #cangurubh. É a geração de craques do futuro.

O pequeno Miguel, de 3 anos, seguiu o pai, Daniel Souza, no amor pelo Galo. A tia coruja @tanitasouza clicou a cena.

Heitor, de 5 anos, fez questão de mostrar sua admiração pelo Cruzeiro, como registrou @alessandraataide.

12 Canguru . JULHO 2016

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Page 13: revista canguru | julho de 2016 | edição nº10

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POR Rafaela Matias

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SAMUEL, 5 anos, filho de Aline Silva e Dandara Andrade.

Ainda não estamos nem na metade do caminho? Se eu fosse o planeta, eu ia ajudando, ia girando.

LIS, 2 anos, filha de Renan Guzzo e Nathália Ferrari Guzzo. A pequena diz isso sempre que vê algo sujo.

LEONARDO, 3 anos, filho de Ialbas Júnior e Ingrid Saraiva.

CECÍLIA, 3 anos, filha de Samuel Carreiro Miranda e Maria Lúcia Gontijo.

Mamãe, você tem que me dar seu

celular, porque Deus mandou.

ENZO, 4 anos, filho de Bruno

Dias e Livia Gomes.

Eca, meleca, mamãe! Sujou, joga no lixo.

Se seu filho também diz pérolas, envie a frase para o e-mail [email protected].

Sabe o que eu senti quando cheguei no parque e vi a minha

festinha? Dor de barriga!

Se eu comer muito, vou ficar grande e não vou caber na

escolinha.

14 Canguru . JULHO 2016

Page 15: revista canguru | julho de 2016 | edição nº10

Quem disse que

em Minas nao

tem praia No

Minas Shopping tem

Mar de Bolinhas

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15/JUNHO A 31/JULHONA PRAÇA DE EVENTOS

Page 16: revista canguru | julho de 2016 | edição nº10

Um app para transmitir seu amorPensando em ajudar mães de bebês prematuros, a Samsung desenvolveu um projeto chamado VOICES OF LIFE. Ele consiste em um app para smartphones que permite que a mãe grave seu batimento cardíaco e mensagens de voz para serem reproduzidos em um dispositivo colocado dentro da incubadora. Antes de o áudio chegar

ao dispositivo, o app retira os sons de alta frequência, deixando-o inofensivo ao aparelho auditivo do bebê. Infelizmente, ainda não há previsão de lançamento. Enquanto a gente torce para que o app esteja disponível em breve, assista ao vídeo de apresentação do projeto, utilizando nosso QR Code.

Ou acesse bit.ly/VoicesOfLife

Pela primeira vezVer seu filho pela primeira vez é uma emoção indes-critível. Mas ver a mãe (e o mundo) pela primeira vez também deve ser uma experiência emocionante! Foi isso que aconteceu com a pequena Nicolly, que nasceu cega e quase surda. Após várias tentativas sem sucesso no Brasil, seus pais conseguiram an-gariar fundos pela internet para que a filha passasse por uma cirurgia em Miami. Veja como foi a primeira vez que Ni-colly enxergou, usando nosso QR Code. Prepare um lencinho...

Ou acesse bit.ly/PelaPrimeiraVez

EDIÇÃO Camila Capone

O QUE ESTÁ ROLANDO DE ÚTIL, DIVERTIDO OU CURIOSO NA WEB E NAS REDES SOCIAIS

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Crescer juntosQuem tem filhos sabe: você compra um sapato hoje e logo, logo ele não serve mais. Imagine então como isso é ainda mais complicado para famílias pobres. O mis-sionário americano Kenton Lee criou uma solução para as famílias carentes: o projeto SHOE THAT GROWS (sapato que cresce). Ele inventou uma sandália que consegue crescer e ser reduzida em até cinco tama-nhos, e dura cinco anos. O projeto funciona assim: você doa uma quantia e, dependendo do valor, recebe uma determinada quantidade de pares para doar às crianças que precisam. Ficou interessado em ajudar? Conheça esse projeto fantástico usando nosso QR Code.

Ou acesse bit.ly/CrescerJuntos

Curta a nossa fanpage no Facebook:Quatro Gêmeos Móveis Planejados

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EDIÇÃO Camila Capone

Para aprender a ler brincandoA agência de publicidade Lew’Lara/TBWA, em parce-ria com a Fundação Dorina Nowill para Cegos, criou o projeto experimental BRAILLE BRICKS. A propos-ta é transformar as tradicionais peças de montar, como as de LEGO, de maneira que seus pinos re-presentem todas as letras do alfabeto Braille. O registro está disponível por meio da Creative Commons, o que significa que qualquer empresa interessada pode desenvolver e distribuir o pro-duto. Para dar maior visibilidade ao projeto, foi lançada a hashtag #BrailleBri-ksForAll. Quer saber mais sobre a ideia? Confira nosso QR Code.

Ou acesse bit.ly/BBricks

Curta a nossa fanpage no Facebook:Quatro Gêmeos Móveis Planejados

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18 Canguru . JULHO 2016

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POR Rafaela Matias

Chá de bebê para todosApós ter sucesso com o projeto “Um amor de parque”, que voltou a atenção para o parque Bandeirante Silva Ortiz, localizado no limite entre os bairros Buritis e Estoril, a advogada Gabriella Lapouble embarcou em uma nova ação. Previsto para acontecer na manhã do dia 7 de agosto, o projeto “Que beleza de chá” pro-moverá um chá de bebê beneficente para mamães que não podem arcar com o custo das fraldas. Por meio de doações de fornecedores e pessoas físicas, serão arrecadadas fraldas para o Hospital Sofia Feldman. Além disso, serão seleciona-das gestantes para ser maquiadas por profissionais e fazer um ensaio fotográfico no parque. No local, haverá ações e distribuição de brindes. Para participar do projeto ou ser um doador, envie um e-mail para [email protected] ou acesse a página do “Um amor de parque” no Facebook.

Para aquecer os pequenosIncentivar a solidariedade por meio de arrecadação de roupas infantis. Esse é o objetivo da nova campanha da rede Tip Top, batiza-da de “Compartilhe Amor — Abra as gavetas e o coração”. O objeti-vo é estimular a doação de roupi-nhas infantis para ser entregues aos pequenos que não têm como se aquecer. As peças arrecadadas nas mais de 100 lojas da rede serão doa das para instituições de caridade escolhidas pelas franquias em suas respectivas regiões. Para cada peça doada, a Tip Top contribuirá com R$ 1,00 em peças novas. Em BH, a instituição beneficiada é o Projeto Assistencial Novo Céu. www.compartilheamortiptop.com.br.

Boas notícias sobre a leituraA 4ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Ibope e divulgada pelo Instituto Pró-Livro, exibiu um dado animador. O número de leitores no país subiu 6% entre 2011 e 2015. Desde 2006 duas belo-horizontinas se esforçam para que essa melhora seja progressiva. Fundadoras do Instituto Gil Nogueira, as irmãs Patrícia e Aléssia Nogueira (acima) criaram o Projeto Ler é viver, que promove ações para estimular a leitura entre alunos de escolas públicas. São 31 escolas beneficiadas, que recebem, no início de cada semestre, uma caixa contendo cinquenta obras literárias e a missão de estimular os alunos a interpretar as histórias em sala de aula. Ao fim do período le-tivo, eles são avaliados individualmente e constata-se quantos livros cada um leu. A média surpreende: de treze a quinze por criança. Em uma premiação simbólica, são contemplados ainda aqueles que devoraram mais de quarenta livros, chamados de "campeões de leitura".

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20 Canguru . JULHO 2016

de CRIANÇAS COM MENOS DE 5 ANOS ESTÃO OBESAS OU COM SOBREPESO no mundo, segundo a Organização Mun-dial da Saúde.

O momento certo NEM TODO CASAL que está querendo engravidar consegue identificar o próprio período fértil, quando as condições estão mais favoráveis à fecundação. Um novo aliado surgiu para so-lucionar o problema: o teste de fertilidade. Assim como o teste de gravidez, a ferramenta anali-sa o hormônio feminino por meio da urina e revela, com 99% de precisão, se a mulher está ou não em seu dia fértil. O indi-cado é que a urina seja coletada durante cinco dias, sempre no mesmo horário, entre 10h e 20h. Se as tiras apresentarem dois traços bem marcados significa que e o bebê já pode ser enco-mendado. O produto da marca CONFIRME FERTILIDADE pode ser encontrado nas lojas da Drogaria Araujo, por R$ 47,90. São cinco testes por embalagem.

Cada coisa em seu lugar SE NA SUA casa brincadeira é si-nônimo de bagunça, as dicas que virão a seguir parecem feitas sob encomenda. Segundo a designer de interiores Danielle Bellini, é possí-vel manter o lar em ordem mesmo quando a energia das crianças pa-rece não ter fim. Para evitar que os brinquedos fiquem espalhados por todos os cômodos, é importante preparar um ambiente onde os guris consigam brincar e guardar os seus objetos. Pode ser no quarto, na sala, na varanda... O importante é criar um espaço lúdico e deixar com os pequenos a responsabilidade da or-ganização. “O ideal é que seja um espaço que propicie uma boa circu-lação entre os móveis e com locais específicos para guardar os brinque-dos”, explica. Baús na cama ou na lateral do sofá e nichos no mobiliá-rio em geral são algumas opções. FO

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Sem refri no recreio De olho na crescente obesidade infantil, as companhias Coca-Cola Brasil, Ambev e PepsiCo Brasil anunciaram, no fim de junho, uma medida que tem como objeti-vo beneficiar a saúde das crianças. Segundo o anún-cio feito pelas empresas, haverá uma mudança no portfólio de bebidas para escolas de todo o país, a fim de privilegiar aquelas que focam a hidratação e nutrição, especialmente para os pequenos de até 12 anos (água mineral, suco com 100% de fruta, água de coco e bebidas lácteas que atendam a critérios nutricionais específicos). A decisão foi tomada após con-versas com especialistas em saúde pública, alimentação e nutrição e também profissionais e instituições ligadas aos direitos das crianças. A política, no entanto, valerá apenas para as cantinas que compram diretamente das fabricantes e de seus distribuidores. Para chegar àquelas que se abastecem de maneira autônoma, em supermercados e outros pontos de venda, haverá uma ação de sensibilização para convidar os comerciantes a aderir à iniciativa.

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Daniela CicarelliA modelo e apresentadora nasceu e cresceu em Belo Horizonte. Moradora do bairro Gutierrez, a bela começou a modelar ainda criança e aos 12 anos já era conhecida na cidade. Aos 15, passou a desfilar no Rio de Janeiro e em São Paulo, quando seu trabalho começou a tomar projeção nacional. Em 2003, foi contratada pela MTV para apresentar o programa Notícias de Biquíni e se firmou como apresen-tadora na emissora.=

Danton MelloAssim como o irmão, Selton, Dan-ton Mello iniciou a carreira de ator ainda na infância. Natural da cidade de Passos, no Sul de Minas, ele teve seu primeiro papel na novela global A Gata Comeu, em 1985, aos 10 anos. Ganhou destaque na história como o pequeno Cuca e passou a atuar em di-versas atrações da emissora. Em 1995, protagonizou a primeira temporada de Malhação, fazendo par romântico com a atriz Juliana Martins.

eu já fuicriançacriança

César Menotti e Fabiano César Menotti nasceu em Itapira (SP) e Fabiano, em Califórnia (PR). Os ir-mãos vieram para Minas Gerais quan-do ainda eram bebês e cresceram em Ponte Nova, na Zona da Mata. Desde pequenos, tocavam e cantavam, em di-vertidas apresentações na sala de casa. Na adolescência, mudaram-se para a capital, onde formaram a dupla e se apresentavam em bares universitários.

POR Rafaela Matias

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4moda

Na hora de dormir

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Bateu aquele soninho? Então é o momento de pedir para a

mamãe ou o papai contar uma historinha até pegar no sono.

E isso não significa que o estilo tem de ser deixado de lado,

embora seja muito importante escolher uma roupinha

confortável. Opções de pijamas como o que veste a pequena Iasmin Lisboa Rodrigues, de

2 anos, mostram que é possível manter a pose até na hora de

contar carneirinhos.

POR Rafaela Matias

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de dormir

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4férias

Em contato com a natureza

Para os pais que planejam viajar nas férias do meio do ano, bem mais curtas que as de verão, escolher um

lugar pertinho de BH é uma ótima pedi-da. Assim, economiza-se um tempo precioso com deslocamento, e a família consegue curtir mais os dias de folga. Uma opção interessante para adultos e crianças são os hotéis-fazenda. “Em um mesmo espaço, as crianças têm mais liberdade e entram em contato com a natureza, enquanto os pais podem rela-xar e descansar à beira da piscina”, diz Cláudia Magalhães, que dirige o Hotel Fazenda Planalto da Jaguara, em Mato-zinhos, ao lado do marido Carlos de An-drada. Para ajudar quem ainda não se programou, Canguru selecionou dez hotéis que valem o investimento. E o melhor: todos a menos de 100 quilôme-tros da capital.

Selecionamos dez hotéis-fazenda pertinho de BH para que papais e mamães tenham o merecido descanso enquanto a garotada se divertePOR Cristiane Miranda

Boa Esperança 60 QUILÔMETROS DA CAPITALAntiga fazenda de leite transformada em pousada, tem suas cons-truções inspiradas no estilo colonial, que se integram perfeitamen-te à natureza privilegiada. Passeio a cavalo, de charrete, brinque-doteca, pescaria, quadras de tênis, piscina, sauna e salão de jogos, além de visita a uma fazenda de criação de cabras, prometem dei-xar a garotada para lá de animada. Localizado em Florestal, duran-te todo o mês de julho o hotel oferecerá monitoria para a garotada.

Diária para casal com pensão completa (café da manhã, almoço e jan-tar) a partir de R$ 650,00. Crianças até 3 anos não pagam. Fazenda Boa Esperança, s/nº, Zona Rural, Florestal. Reservas: (31) 99151-0160 e (31) 3536-2133. www.fazendaboaesperanca.com.br.

Cachoeira do Moinho 60 QUILÔMETROS DA CAPITALPara quem gosta das festas julinas com muita canjica e pipo-ca, esse hotel é uma boa alternativa. No dia 16, a atração é a “Quadrilha do Moinho”, com direito a fogueira, comidas típicas e música ao vivo. E no dia 23 será a vez da “Cavalgada-Amigos do Moinho”. Mas durante as férias todas os pequenos poderão se divertir com passeios a cavalo, pesca esportiva, pesque-pague e cachoeira natural que fica dentro do complexo do hotel-fazenda.

Diárias para casal com meia-pensão (café da manhã e almoço) a partir de R$ 300,00. Uma criança até 7 anos não paga. Cachoeira do Moinho s/nº, Vila Santana do Paraopeba, Costas, Belo Vale. Tel.: (31) 3464-1515 e (31) 99968-8320. www.hotelcachoeiradomoinho.com.br. FO

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Confins 45 QUILÔMETROS DA CAPITALBem pertinho do Aeroporto Internacional de Belo Hori-zonte, na região metropolitana. A área social conta com três piscinas (uma delas aquecida), quadras de tênis e poliesportiva, campo de futebol, sala de ginástica, salão de jogos com totó, pingue-pongue e sinuquinha, sauna, playground, espaço para caminhada e restaurante pa-norâmico. Em julho, o hotel oferece aos hóspedes um pacote especial: na compra de três ou quatro diárias, a família ganha mais uma.

Pacote de três diárias (mais uma grátis) para casal com pensão completa (café da manhã, almoço e jantar) a par-tir de R$ 1 720,00. Duas crianças até 6 anos não pagam. Rua Rui de Souza, 1500, Confins. Tel.: (31) 3686-2000. www.hotelfazendaconfin.com.br.

Parque do Avestruz 45 QUILÔMETROS DA CAPITALCom o tema “Acampamento de Férias Parque do Avestruz Hotel Fazenda”, o local promete recre-ação todos os dias a partir do dia 15. Crianças e adultos se divertem com a contação de histórias, fogueira, luau, trilha ecológica, cinema ao ar li-vre, festa do pijama e lições de escotismo. À noi-te, o festival de caldos ajuda a espantar o frio. Uma comodidade a mais é o cardápio adaptado para hóspedes com restrição alimentar. Antes de ser transformado em hotel-fazenda, no local funcionava um criatório pioneiro de avestruz em Minas.

Diárias para casal a partir de R$ 560,00 com pen-são completa (café da manhã, almoço e jantar). Até o dia 14, crianças até 6 anos não pagam. A partir do dia 15, crianças até 10 anos não pagam. Rodovia Deputado Lúcio de Souza Cruz, s/nº, Campo Alegre, Esmeraldas. Tel.: (31) 3351-0777 e (31) 99719-1931. www.parquedoavestruz.com.br. 4

Fazenda Boitempo 90 QUILÔMETROS DA CAPITAL“Entardece na roça / de modo diferente...”. Os ver-sos do poema Boitempo, de Carlos Drummond de Andrade, filho ilustre de Itabira, inspiraram o nome desta fazenda do século XIX. Desde o iní-cio deste ano, o hotel trabalha apenas com gru-pos. Uma boa opção, portanto, para quem tem família grande ou mesmo quer reunir os amigos em um fim de semana diferente. A meninada se diverte na pescaria, no parquinho, tirando o leite ao pé da vaca ou fazendo uma cavalgada. Se os adultos quiserem sossego mesmo, uma pedagoga pode ser contratada para comandar a recreação educativa.

O pacote de fim de semana (entrada no sábado de manhã e saída no domingo à tarde) sai por R$ 5 000,00, para até 65 pessoas. As refeições são con-tratadas à parte (ou podem ser providenciadas pelos próprios hóspedes). Chapada de Ipoema, Itabira. Tel.: (31) 99616-8617.

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28 Canguru . JULHO 2016

Planalto da Jaguara 60 QUILÔMETROS DA CAPITALAlém das várias opções de lazer para adultos e crianças, durante as férias a garotada se diverte com atividades monitoradas como pintura, passeios a cavalo ou de charrete, jogos, leite ao pé da vaca, diversão na piscina e muito mais. Tradicional fazenda situada no Planalto do Cerrado, é conhecida pela gastronomia mineira, doces e compotas, além dos alimentos vindos diretamente de uma horta orgânica.

Diárias para casal a partir de R$ 535,00 com pensão com-pleta (café da manhã, almoço e jantar). De 15 a 31 de ju-lho, na compra de seis diárias, a sétima sai de graça. Uma criança até 6 anos não paga. Fazenda Planalto Jaguara, s/nº, Mocambeiro, Matozinhos. Tel.: (31) 3222-2731 e (31) 3222-6327. www.planaltodajaguara.com.br.

Recanto dos Fonda 30 QUILÔMETROS DA CAPITALAntes de ser transformado em hotel-fazenda, em 1997, por três irmãos, funcionava no local a Fazenda Retiro do Palmital, fundada por um casal de eslovenos, em 1968. Passeio a cavalo, leite ao pé da vaca, caminhada ecológica, oficina de artesanato e de brinquedo, caça ao índio, gincana, passeio de tratorete (trator com char-rete) são algumas das atrações para animar a criança-da. Há também mais de 10 quilômetros de trilhas na mata para caminhadas, cavalgadas, ciclismo e obser-vação de pássaros.

Diária para casal a partir de R$ 400,00 com pensão completa (café da manhã, almoço e jantar). Duas crian-ças até 6 anos não pagam. Em julho, quatro diárias du-rante a semana têm desconto de 15%. Rodovia BR-381, km 433, Distrito de Ravena, Sabará. Tel.: (31) 3268-3006. www.fondahotelfazenda.com.br.

Vale Amanhecer 45 QUILÔMETROS DA CAPITALVer de perto um minizoológico é diversão garanti-da para a meninada neste hotel-fazenda. Além de se entreter com os animais, a criançada tem a diver-são garantida nas três piscinas com cascata (sendo uma delas semiolímpica) e no restante da área de lazer, que conta com saunas, passeio a cavalo e de charrete, leite ao pé da vaca, pesque e solte, salão de jogos, campo de futebol, playground e tirolesa.

Pacote de duas diárias para casal a partir de R$ 980,00 (de sexta a domingo), com pensão completa (café da manhã, almoço e jantar). Uma criança até 7 anos não paga. Rua Teófilo Otoni, Bairro Fernão Dias, Igarapé. Tel.: (31) 3522-3172. www.valeamanhecer.com.br.

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Tauá Caeté 60 QUILÔMETROS DA CAPITALAntigo sítio transformado em hotel, o Tauá Caeté foi eleito duas vezes o melhor resort de Minas Gerais pelos viajantes do site TripAdvisor. A garotada pode se divertir com passeios a cavalo, ter contato com a natureza e tirar leite ao pé da vaca, além de se esbaldar em um amplo salão de jogos e em um complexo de piscinas com cas-cata e toboágua. Monitores tomam conta dos pequenos enquanto os pais relaxam.

Pacote de duas diárias para casal com pensão completa (café da manhã, almoço e jantar) a partir de R$ 1 594,80. Duas crianças até 6 anos não pagam. Rodovia BR-381, Loc. Roças Novas, 12000, Bairro Roças Novas, Caeté. Tel.: (31) 3236-1900. www.tauaresorts.com.br.

Tucano 45 QUILÔMETROS DA CAPITALLocalizado no município de Capim Branco, a 25 quilômetros do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, o hotel, em estilo colonial, possui 300 000 metros quadrados de muito verde e ar puro. A equipe de recreação oferece uma série de atividades às crianças: gincanas, atividades na piscina, esportes, jogos educativos, playground, charretes, cavalos, pes-caria, passeio de barco, trilha ecológica, totó e sinuca, karaokê, fotos com bois, pintura facial, jogo de futebol, cineminha, entre outros.

Pacote de quatro diárias para casal com pensão completa (café da manhã, almoço e jantar) a partir de R$ 1 575,00. Uma criança até 8 anos não paga. Estrada de Estiva, km 3, Zona Rural, Capim Branco. Tel.: (31) 2516-2887. www.hotelfazen-datucano.com.br. =FO

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4família

Quando a minha casa é um

Discussões entre irmãos são naturais e até saudáveis, mas é preciso saber a origem do comportamento e a hora certa de intervirPOR Isabella Grossi

ringueringue

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JULHO 2016 . Canguru 31

PRIMEIRO, VEM O choro. Depois, infalivelmente, o grito: mãaaaaaaaae! A essa altura, qualquer um que tenha mais de um filho já sabe que a brinca-deira acabou em briga. Irmãos competem, e isso não é raro. Muito pelo contrário. “É algo natural entre os seres humanos, e as desavenças surgem por vários motivos, dos mais irrelevantes aos im-portantes, mesmo. Todos têm diferenças”, explica a psicóloga e psicoterapeuta Maria Luíza Rocha de Andrade. Para ela, no entanto, é preciso entender o que os pequenos estão buscando com aquele com-portamento. “Além da personalidade, e da vontade de querer irritar o outro, pode ser ciúme, disputa por atenção ou medo de perder o lugar para o ir-mão que veio depois, por exemplo.” E não adianta achar que é possível passar ao largo dos confron-tos. De acordo com a jornalista americana Ashley Merryman, coautora do best-seller Os 10 Erros Mais Comuns na Educação de Crianças, uma das estrelas do II Seminário Internacional de Mães, realizado no dia 4 de junho (veja reportagem na pág. 38), a média de conflitos entre irmãos de 3 a 7 anos é de 3,5 ve-zes por hora. Isso mesmo: por hora! “Em muitos re-lacionamentos fraternos, a frequência dos conflitos pode ser grande, mas os momentos de diversão no quintal e no quarto servem de compensação. Esse saldo positivo é que leva a um bom relacionamento quando adultos”, diz Ashley.

Pôr limites é dever dos pais, principalmente quando existe uma ameaça real à integridade física ou psicológica de uma das partes. Mas qual a me-lhor maneira de fazer isso? “O ideal é construir uma família democrática, baseada no diálogo”, afirma Maria Luíza. “Tentar, desde sempre, compreender os motivos e fornecer subsídios para que as crianças resolvam os confrontos entre si.” Pare, pergunte e ouça com atenção. Dessa forma, é possível captar a mensagem e evitar — ou, pelo menos, amenizar — confrontos futuros. De acordo com a psicóloga, se essa atitude for adotada desde cedo, a punição, inclusive, será cada dia menos necessária. “E quan-do não houver jeito, o melhor é punir todos os que estão envolvidos. Se a briga é por causa do game, ele fica suspenso até que cheguem a um acordo.” Nesta e nas próximas páginas, leia casos de irmãos que adoram uma confusão — e como seus pais li-dam com isso. 4

Os gêmeos Gael e Arthur, de 6 anos: relação de "amor e ódio", segundo a

mãe da dupla, Débora Guimarães

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Espelho, espelho meuFoi só os gêmeos Gael e Arthur completarem 5

anos que a vida da dona de casa Débora Caram Gui-marães, de 38 anos, virou do avesso. As triviais brigas deram lugar a confrontos violentos, motivados, geral-mente, pela disputa por brinquedos. “Dia desses, o Arthur deu um soco na boca do Gael e começou a sair sangue. Depois, jogou uma caixinha de bala no olho dele e deixou um roxo e um galo”, lembra a mãe. A confusão entre os pequenos, hoje com 6 anos, é tão grande que até a caçulinha, Analu, de 1 ano, já entrou no meio. “A cadeirinha dela fica entre eles no banco de trás do carro e, quando eles começam a brigar, ela vai para cima, grita e puxa o cabelo.” Débora e o ma-rido, o engenheiro Gustavo Yamagata, de 37 anos, já tentaram de tudo. Cortar videogame, dar chinelada e fazer a duplinha ficar abraçada, pedindo desculpas. O que eles mais odeiam, no entanto, é o tal do castigo. “Eles detestam ficar separados. É engraçado porque eles brigam o tempo todo, mas são gêmeos, não con-seguem ficar longe um do outro”, diz. “É uma relação de amor e ódio”, interpreta a mãe, cuja única preocu-

pação é que os filhos comecem a brigar fora de casa, com os amigos. “Tirando isso, sei que eles ainda vão se engalfinhar, igual filhote de cachorro, por muito tempo.”

Trio maravilhaMesmo quando a administradora de empresas Ta-

tiana Cantagalli de Oliveira, de 40 anos, compra três bolas iguais para os filhos trigêmeos, Bernardo, Hen-rique e Rafael, de 7 anos, ela sabe que vai ter briga. “Chega a ser engraçado, eles disputam tudo, brinque-do, atenção, quem é o melhor, de quem é a vez, tudo”, conta. A provocação é constante, embora a mãe e o pai, o fisioterapeuta Douglas José da Silva Michel, de 39 anos, façam vista grossa quando acham conve-niente. “Sempre damos a chance de tentarem resolver os conflitos por conta própria, intervimos apenas quando não há acordo ou se passa para a briga física ou ofensas”, diz Tatiana. O objetivo é fazer com que os filhos encarem as divergências e saibam lidar com sentimentos como ciúme, rivalidade, inveja e frustra-ção. “Eles precisam aprender a se defender, a dividir, a esperar e, principalmente, a praticar o autocontrole.

Bernardo, Rafael e Henrique, de 7 anos: provocações constantes

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Acho que a briga entre irmãos ajuda nisso.” Quando a baderna passa dos limites, todavia, é hora é dar um basta. Na maioria das vezes, os pais fazem cada um deles perder a vez nas brincadeiras para pensar no ocorrido. “A atitude mais extrema, eu acho, foi colo-car pimenta na boca. Nem preciso dizer que não fun-cionou, e ainda acabou virando piada”, lembra a ad-ministradora de empresas.

Toma lá dá cáRafael, de 7 anos, nunca foi de dar muito trabalho

aos pais, a publicitária Vanessa Carneiro Rayol e o ad-ministrador Alexandre Gatti Lages, ambos de 40. Até que nasceu sua irmãzinha, a pequena Giovanna, hoje com 3. “Ele implica com ela o dia inteiro”, relata a mãe. A culpa, na maioria das vezes, não é só do pri-

mogênito. “Eles têm quarto separado, mas ela não sai do quarto dele, mexe nos brinquedos, entra na frente da TV, quer brincar junto”, esclarece. “Ela atiça e ele não gosta.” O resultado, quase sempre, é uma briga tremenda, que só chega ao fim quando o casal prome-te cortar (e corta!) as regalias, caso da TV e do iPad — embora a caçula ainda não tenha entendido muito bem como funciona o castigo, e continue espezinhan-do. Vanessa, que largou o trabalho para dedicar 100% do tempo aos filhos, sofre com a falta de afinidade dos irmãos, e já até pensou em consultar um especialista. “Eu fico o dia inteiro com eles, e acabo perdendo um pouco a paciência”, revela. “Hoje consigo lidar me-lhor com a situação, mas eu me estressava muito, bri-gava em vez de conversar e, com isso, achava que quem precisava de ajuda era eu.” 4

Rafael, de 7 anos, e Giovanna, de 3: “Ela atiça e ele não gosta”, conta a mãe, Vanessa Rayol

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34 Canguru . JULHO 2016

Theo, de 2 anos, e Lara, de 4: apesar

das brigas, se a mãe dá bronca em um, o outro sai na defesa

Um é pouco, dois é bomToda vez que Lara, de 7 anos, e Theo, de 2, co-

meçam uma peleja na frente da mãe, a psicóloga Christiane Abras Bampi, de 38 anos, ela é enfática. “Vocês são irmãos, têm de encontrar uma solução”, repete. “Se não encontrarem, eu entro. E, se eu en-trar, vocês dois vão perder.” O conselho parece sur-tir efeito. Apesar de, vira e mexe, promoverem suas desavenças, geralmente para chamar a atenção ou porque desejam o mesmo brinquedo, os pequenos nunca entraram numa briga feia. “É sempre uma implicância boba”, diz. “A Lara não come feijão, por exemplo, aí o Theo senta ao lado, pega uma colher e põe o feijão no prato dela.” Quando o con-

fronto passa dos limites, e a mãe ou o pai, o corre-tor de seguros Guilherme Villas, de 42 anos, preci-sam colocar um ponto-final na marra, a duplinha mesmo se encarrega do mea-culpa. “Não rende muito, eles saem de cena. O que se sente prejudica-do vai para o quarto e fica lá”, afirma. “Eu mesma nunca tive que colocar nenhum deles de castigo”, reconhece. Tirando os momentos de rixa, os ir-mãos passam a maior parte do tempo em harmo-nia. “Se eu chamo a atenção do Theo, a Lara já cor-re para o acolher. Ela sente dó e quer ajudar. Com ela, é a mesma coisa”, revela. “Posso estar errada, mas acho que, no futuro, a tendência é brigarem menos”, prenuncia a mãe.

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7 dicas para amenizar os conflitos dentro de casaPor Maria Luiza Rocha de Andrade

#1 ESTIMULE A AMIZADE ENTRE OS FILHOSEnsine o caminho ético o mais cedo possível. A empa-tia, a aceitação, o respeito às diferenças e a solidarie-dade. Para isso, é claro, é preciso acreditar no que se diz, porque a melhor maneira de educar é por meio do exemplo, e não do discurso.

#2 NÃO COMPARE SEU FILHO COM NINGUÉMNem com o irmão, nem com o primo, nem com o colega. Ele é único, com suas potencialidades e limitações. Va-lorize o que ele tiver de melhor e não ressalte o que lhe falta. As comparações só servem para gerar orgulho, ar-rogância e dificuldade de socialização. Ou, por outro lado, baixa autoestima, autoconceito negativo e insegurança.

#3 DIALOGUE. EXAUSTIVAMENTE, SE FOR PRECISO

Não adianta pensar que uma só conversa é capaz de resolver tudo. Educar dá trabalho, mas, quem ama educa. Converse, argumente e comunique. Aprenda a ouvir e desenvolva habilidades para ser compreendido.

#4 CONFIE NA CAPACIDADE DAS CRIANÇAS DE RESOLVEREM SEUS CONFLITOS

Aguarde o momento adequado para intervir. Isso demonstra que você está de olho, acompanhando o comportamento dos pequenos, mas, ao mesmo tempo, entende que eles podem resolver suas dife-renças sozinhos.

#5 CONVERSE DE IGUAL PARA IGUALProcure abaixar para ficar na mesma altura da criança quando for chamar sua atenção, e não aumente o tom de voz. O berro intimida, mas não resolve a briga, e, para piorar, ensina que é possível ganhar no grito.

#6 JAMAIS MINTA PARA UMA CRIANÇARepercuta todos os assuntos da maneira mais natural possível, utilizando uma linguagem adequada à faixa etária da criança. Não a trate como incapaz nem lan-ce mão de mentiras. Os pequenos são muito sensíveis para perceber que estão sendo enganados.

#7 AVALIE BEM O CASTIGOO limite deve ser colocado no comportamento, e não no sentimento. Por isso, ajude a criança a se expressar e, depois, a refletir sobre o erro. Jamais deixe que ela seja punida sem saber a razão. E cuidado para não penalizar somente os maiores. É preciso ser justo. =

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36 Canguru . JULHO 2016

4fitness

Força, garotada!

QUANDO FOI CRIADO, em meados dos anos 1990, na Califórnia, o crossfit era um programa para poucos. Só os bem fortões encaravam os treinamentos de força e condicionamento físico baseados em movi-mentos funcionais como puxar cordas, erguer pneus de trator e fazer malabarismo em argolas. Tudo bem rápido e com intensidade alta. Atualmente, a modali-dade tem cerca de 13 000 academias e 4 milhões de praticantes em mais de 120 países. Com sua expansão mundo afora, ela conquistou novos públicos, como mulheres em busca de um corpo torneado e até crian-ças. Isso mesmo. Em algumas escolas já se vê o cross-fit kids. A novidade tem dois dos três pilares do cros-sfit: os exercícios funcionais e a constante variação.

Apenas os exercícios com alta intensidade ficaram reservados aos adultos.

Com três unidades na capital mineira, a Crossfit BH tem em sua grade aulas para crianças a partir de 3 anos. Além de ser mestre em educação física pela UFMG, o professor Luciano Coelho fez uma especia-lização em crossfit kids em Buenos Aires antes de atender os pequenos. Segundo ele, a ideia de ampliar o atendimento veio dos pais que praticavam o esporte e queriam os mesmos benefícios para os filhos. As au-las trabalham de maneira lúdica atividades parecidas com as do crossfit adulto. Mas nada de levantamento de peso, por exemplo. Os exercícios lembram as aulas de educação física nas escolas. “Todo e qualquer exer-cício físico voltado para crianças precisa considerar as particularidades e a fisiologia delas, que é muito dife-rente da do adulto”, diz Coelho. Uma de suas alunas é a Laura Rocha, de 10 anos, que começou na moda-lidade por influência dos pais. “Eu entrei porque esta-va engordando um pouco, mas já perdi peso, e agora continuo porque gosto”, diz. Com seus quase 1,60 metro de altura, ela também joga vôlei.

“O crossfit se tornou uma grande comunidade e os alunos quiseram trazer suas crianças para o meio”, afirma Leonardo Bahia, proprietário da academia The Box Crossfit, com unidades na Savassi e no Belvedere. “Aos poucos os pais foram descobrindo que os pe-quenos também podiam usufruir benefícios como equilíbrio, coordenação motora e condicionamento.” Bahia ressalta que seus professores também passam por especializações e recebem a preparação necessária para lidar com os menorzinhos.

A prática de exercícios na infância é de extrema importância para o desenvolvimento físico e mental das crianças. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma hora por dia de exercícios para quem tem entre 5 e 17 anos, tempo que deve ser distribuído

Depois de virar febre nas academias, o crossfit chega ao universo infantil. Mas os pais podem ficar tranquilos que a intensidade dos exercícios é moderada

POR Daniele Franco

Laura, de 10 anos, que começou por influência dos pais: “Entrei porque estava engordando um pouco, mas já perdi peso, e agora continuo porque gosto”

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4CROSSFIT BH Rua da Bahia, 1605, Lourdes. Tel.: 3222-5862; Praça Arcângelo Maletta, 12, São Bento. Tel.: 3293-7704; e Avenida Bandeirantes, 1776, Mangabeiras. Tel.: 2511-1136. A partir de 3 anos de idade. R$ 158,00 por mês (duas aulas por semana).

4CROSSFIT CIPÓRua Piauí, 1433, Funcionários. Tel.: 99775-7007. A partir de 6 anos de idade. R$ 160,00 por mês (duas aulas por semana).

4CROSSFIT KABUTORua Manoel Elias de Aguiar, 127, Ouro Preto. Tel.: 3081-9865. A partir de 4 anos de idade. R$ 200,00 por mês (duas aulas por semana).

4THE BOX CROSSFITAvenida Luiz Paulo Franco, 591, Belvedere. Tel.: 2510-0595; e Rua dos Inconfidentes, 911, Fun-cionários. Tel.: 3504-2402. A partir de 3 anos de idade. R$ 130,00 por mês (duas aulas por semana).

ao longo da rotina diária. Segundo o pediatra e médi-co do esporte Carlos Eduardo Reis da Silva, presiden-te do Comitê de Medicina do Esporte da Sociedade Mineira de Pediatria, diversos estudos já mostraram que o que se pensa a respeito da interrupção do cres-cimento causada por exercícios como musculação ou crossfit é mito. “O que importa em um exercício físico para crianças é a supervisão”, explica. “Se o exercício é bem monitorado por um profissional habilitado para exercer tal função, não há problema nenhum.” Na fase de crescimento infantil, também é importante não prender a criança em uma única atividade, já que a prática de exercícios variados ajuda no desenvolvi-mento de todo o corpo e de todas as habilidades mo-toras dos pequenos. E nunca é demais lembrar que antes de começar qualquer atividade, é fundamental procurar orientação médica.=

A meninada se diverte enquanto se exercita: movimentos que lembram as aulas de educação física nas escolas

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4evento

Uma aula sobre

maternidadeII Seminário Internacional de Mães reúne mais

de 800 pessoas no Ouro Minas Palace Hotel

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A MATERNIDADE É uma experiência individual. Mas é sempre válido trocar experiências, comparti-lhar medos e discutir inseguranças. O contato com outras pessoas que, muitas vezes, estão passando ou já passaram por situações semelhantes torna a carga um pouco mais leve. E as mamães sabem disso. Caso contrário, o II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE MÃES não teria reunido mais de 800 interessadas, de quinze estados brasileiros e do Distrito Federal, no Ouro Minas Palace Hotel, no dia 4 de junho.

O evento, mediado pela colunista da Canguru Cris Guerra, contou com profissionais renomadas de diferentes áreas para compartilhar informações va-liosas sobre a criação dos filhos e o processo da ma-ternidade. Entre as palestrantes, a psicoterapeuta familiar argentina Laura Gutman, autora dos best--sellers A Maternidade e o Encontro com a Própria Sombra e O Poder do Discurso Materno; a escritora americana Ashley Merryman, autora do best-seller Os 10 Erros Mais Comuns na Educação de Crianças; a nutricionista Gabriela Kapim, no ar com o programa

Socorro!, Meu Filho Come Mal, do canal por assinatu-ra GNT; a psicóloga e palestrante Lígia Guerra; e a médica Filomena Camilo do Vale, conhecida como Doutora Filó, uma das pediatras mais requisitadas de BH.

Para a dona de casa Marina Lapesqueur, mãe de Helena, de 1 ano, o seminário representou uma opor-tunidade para pegar dicas e aprender com as expe-rientes palestrantes. “Eu gosto muito de trocar infor-mações sobre esse assunto, mas as minhas amigas ainda não têm filhos”, conta. “Por isso, esse momento foi enriquecedor para mim.” Entre os presentes no evento — que contou, além das mamães, com 24 pa-pais interessados em aprender um pouco mais sobre o universo dos pequenos —, a maior parte era forma-da por pessoas casadas e com um filho de até 5 anos de idade. Duas mães se destacaram na multidão pela coragem: uma têm seis e a outra, sete filhos. Haja energia para cuidar dessa meninada!

Veja nas páginas a seguir um resumo do que rolou de mais interessante nas cinco palestras. 4

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40 Canguru . JULHO 2016

A nutricionista Gabriela Kapim ressaltou que deixar de fazer algumas vontades do filho é essencial para seu crescimento saudável

POR Daniele Franco

UMA COISA QUE deixa a maioria das mulheres en-tristecida é ouvir “mãe, você é muito chata”. Afinal, quando se chega à maternidade, tudo o que se quer é ser a melhor mãe de todas e fazer o melhor para os filhos. Mas fazer o que as crianças consideram “me-lhor” nem sempre é o ideal. Crianças gostam de se divertir e praticar atividades lúdicas, que não venham como uma exigência. Tomar banho, escovar os den-tes, comer salada, ir à aula e várias outras obrigações acabam sendo verdadeiros suplícios para a garotada. Para eles, uma mãe legal seria aquela que não os obri-gasse a realizar essas tarefas.

Nutricionista e apresentadora do programa Socor-ro! Meu Filho Come Mal, do canal por assinatura GNT, Gabriela Kapim não é muito diferente das outras mães no trato com sua filha, Sofia. Para convencer a pequena de que ela só queria seu bem, fez uma pe-quena brincadeira. Perguntou o que a faria ser uma mãe “legal” e anotou todas as coisas que a menina foi falando. Ao terminar, escreveu ao lado de cada item as

consequências de fazer tudo o que a filha queria. Re-sultado: Sofia entendeu que “mãe chata cuida bem dos filhos”. Segundo Gabriela, é importante que as crianças tenham essa consciência, de que tudo o que a mãe faz é para o bem delas.

Com a alimentação, é necessário que as famílias tenham o cuidado de ensinar aos filhos o que faz bem. Mas, ao contrário do que muita gente pensa, também é preciso ouvir a criança. E entender que muitas das reclamações têm fundamento. “Certa vez atendi uma criança que não gostava de comer na mesa, o que é muito comum”, contou. “Quando quis saber o motivo, ela me disse que o móvel era muito alto. E não era confortável comer com ele tapando seu nariz.” Outra dica importante é nunca mentir para a criança, mesmo que o objetivo seja evitar que ela coma besteiras. Se os pais dizem, por exemplo, que batata frita tem gosto ruim, assim que a criança provar e gostar, vai começar a ques-tionar tudo o que eles falam. Confiança é funda-mental. É preciso saber dizer não. E é importante também que os pais se façam entender, usando ar-gumentos sólidos e sem mentiras.

A importância de dizer não

Com a alimentação, é necessário que as famílias tenham o cuidado de

ensinar aos filhos o que faz bem. Mas, ao contrário do que muita gente

pensa, também é preciso ouvir a criança. E entender que muitas das

reclamações têm fundamento.

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JULHO 2016 . Canguru 41

A psicóloga Lígia Guerra falou sobre o resgate do universo feminino após a maternidade

POR Rafaela Matias

QUANDO NASCE UM bebê, nasce também uma mãe. Quem já não ouviu isso? A psicóloga e pales-trante Lígia Guerra concorda em parte com a afirma-ção. Segundo ela, toda mulher carrega dentro de si a maternidade, desde o próprio nascimento. No entan-to, existe uma série de mitos que rondam esse assunto e levam-na a crer que sabe tudo o que virá pela frente. “Mas a verdade é que a mulher tem muito pouca consciência das implicações que a função materna terá em sua vida”, afirma.

O fato de que após o nascimento do bebê a mãe precisa se redescobrir enquanto mulher é uma das verdades que, muitas vezes, só serão vivenciadas na prática e podem causar uma série de desconfortos. De acordo com Lígia, pesquisas mostram que a mulher demora até um ano no processo de reconstruir o seu universo feminino e, nesse aspecto, a ajuda e a com-preensão do parceiro são fundamentais. “O processo de maternidade é lindo, mas pode deixar a mulher ferida, e alguém precisa acolhê-la. ”

Para explicar os mitos que tornam mais difícil a evolução da mulher enquanto mãe, a psicóloga enu-merou os mais relevantes e indicou o que deve ser feito para superá-los (veja o quadro). Para ela, se a mulher conseguir passar por essa dolorosa fase bus-cando aprender com as dificuldades, verá que pes-soa incrível se tornou. E, como dizem: após a mater-nidade nada volta a ser como antes. Tudo se torna muito melhor.

Reapreendendo ser mulher

Mitos da maternidadeMÃE SABE DE TUDONão sabe. E a matriarca precisa compreender que ela também erra, tem dúvidas e medos, como todo ser humano. Não é vergonhoso pedir ajuda.

MITO DO EUA mulher se cobra para voltar rapidamente ao corpo e para retomar os afazeres de antes da gravidez. Mas isso é quase impossível num curto espaço de tempo e ela não precisa se culpar.

INDIFERENÇA MASCULINACada vez mais, os homens querem ajudar. Querem se tornar maridos e pais melhores. Mas existem os “3 'D' da paternidade” que atrapalham essa busca: o despreparo, já que eles raramente são ensinados a ser pais; a disputa que alguns travam com os filhos pela mulher; e o demérito, quando a esposa conside-ra errado tudo aquilo que ele faz.

INVEJA FEMININAAs mulheres devem contar umas com as outras. Apesar de muitos tentarem vender uma competi-ção entre mulheres, elas são capazes de se unir e se ajudar muito.

NADA SERÁ COMO ANTESNa verdade, tudo será muito melhor. A mulher deve olhar para todas as dificuldades como uma oportuni-dade de aprendizado. Tudo isso dará a ela uma força digna de se orgulhar no futuro. 4

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42 Canguru . JULHO 2016

Conhecida como Doutora Filó, a pediatra Filomena Camilo do Vale deu dicas sobre como agir nos primeiros anos de vida do bebê

POR Rafaela Matias

A FASE DA vida que recebe o nome de primeira infân-cia vai do tempo em que o bebê ainda está sendo gerado no útero até os 5 anos de idade. Segundo especialistas, é uma das etapas mais importantes do desenvolvimento infantil, pois será determinante sobre o progresso da criança nos anos seguintes. Sabendo disso, a pediatra Doutora Filó, que conta com uma longa fila de espera em seu consultório, pratica o que ela chama de pediatria geriátrica. “Quando vejo um bebê pela primeira vez, eu penso o que preciso fazer agora para que ele ainda esteja saudável aos 80 anos”, explica.

Além dos fatores genéticos do pai e da mãe, o estilo de vida do bebê nos primeiros 1 000 dias — que vão do início da formação intrauterina até a faixa dos 2 anos de idade — contribui diretamente para evitar ou incentivar o surgimento de patologias. E a principal ferramenta nessa fase é a alimentação. Estu-dos apontam que crianças que são amamentadas te-rão um Q.I. mais alto e menos riscos de desenvolver doenças como obesidade e diabetes no futuro. Mas, e quando a amamentação não é possível? “Isso não

deve ser motivo de sofrimento. Basta pedir ao seu pediatra que receite uma fórmula o mais próximo possível do leite materno”, recomenda a médica. Quando a amamentação deixar de ser exclusiva e for possível introduzir outros alimentos, é preciso muita moderação com o açúcar, já que ele pode causar pro-blemas ao fígado. Adoçantes também são contraindi-cados, por estar associados a algumas doenças infla-matórias do intestino.

Mas nem só de alimentação saudável é feita a pri-meira infância. Aos 3 anos, já se deve começar a pra-ticar esportes, que contribuirão para a coordenação motora, o equilíbrio e os reflexos. Outro ponto im-portante é que nessa fase o pequeno começa a conhe-cer seus limites e os pais precisam mostrar que exis-tem regras. “Um amor que permite tudo é leviano”, afirma Doutora Filó. Segundo ela, a criança não deve, por exemplo, ser exposta à televisão até os 2 anos. Depois disso, a orientação é que ela fique no máximo duas horas por dia em frente ao aparelho. “Conversar, brincar e socializar são tarefas muito mais importan-tes para o desenvolvimento que qualquer programa educativo.” O hábito de dormir cedo foi outro tópico levantado pela especialista. O ideal é que isso aconte-ça entre 20 e 21 horas. Assim, é provável que a crian-ça se desenvolva de forma saudável e tenha muitos anos de vida para dar amor e orgulho aos pais.

Desafios da primeira infância

Quando vejo um bebê pela primeira vez, eu penso o que preciso fazer agora para que ele ainda esteja saudável aos 80 anos.

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A escritora Ashley Merryman explicou a importância de saber como e quando elogiar as crianças

POR Daniele Franco

AUTORA DE DIVERSOS artigos para jornais e revis-tas americanos e de best-sellers sobre a arte de criar os filhos, Ashley Merryman fez um alerta: é preciso elogiar as crianças da maneira correta. Muitos pais, no intuito de agradar aos filhos e também motivá-los, costumam dizer quanto a criança é perfeita e que tudo o que ela faz é maravilhoso. Mas será que essa é a melhor forma de motivar os pequenos? Ashley diz que não. Para ela, o elogio é responsável por definir a motivação da criança, sim, mas apenas se realizado da maneira certa. Isso sig-nifica que ele tem de ser feito ao processo, ao resultado de uma ação, e não à pessoa. Quando se diz a uma criança que ela é perfeita, ela para de se esforçar e passa a pensar que não precisa trabalhar duro para conseguir o que deseja. A partir daí começam as frustrações, se não for bem-sucedida.

Proteger da frustração é uma das mais recorrentes preocupações de mães e pais, mas elogiar as crianças à toa, apesar de parecer o caminho, acaba piorando a si-tuação. “Se uma criança quebra um vaso em casa, não se pode xingar e dizer ‘você é terrível’ ou desmerecê-la como um todo”, exemplifica. “Se essa mesma criança fizer um vaso na escola, não se pode dizer ‘você é mara-vilhosa’.” Elogios e críticas devem se referir às ações e ser completamente honestos.

A principal lição que precisa ser tirada pelos pais é que a meta para a criação dos filhos deve ser a motiva-ção. Fazer com que as crianças se sintam perfeitas não é a resposta, mas sim fazer com que se sintam motiva-das. Permitir que elas conheçam as próprias limitações é essencial, pois a partir desse conhecimento se cons-troem valores como humildade e perseverança. 4

O grau certo da motivação

O elogio é responsável por definir a motivação da criança, sim, mas

apenas se realizado da maneira correta. Isso significa que ele tem de

ser feito ao processo, ao resultado de uma ação, e não à pessoa.

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44 Canguru . JULHO 2016

Para a psicopedagoga argentina Laura Gutman, só o autoconhecimento materno garante que os filhos se sentirão seguros e amados

POR Daniele Franco

“MÃE E FILHO estão imersos em uma mesma bacia, cheia d’água. E a mãe sente tudo o que o filho sente daquela água.” É assim que a psicopedagoga e escrito-ra argentina Laura Gutman exemplifica a relação ideal entre mãe e filho. Ao citar esse exemplo, Laura já dá uma pista do que faz com que as mães experimentem tanta angústia e sofrimento ao criarem seus pequenos: “Ao sentir que a água está muito quente, a mãe a abandona. A partir daí, não sente mais seu filho, não o percebe mais. Vendo que ele sofre, ela procura aju-da externa”. Se ela estivesse dentro da água com ele, saberia perfeitamente o que fazer, pois a melhor refe-

rência para uma mãe é seu bebê. Segundo Laura, a principal causa para esse desligamento é o fato de que as mães não têm memórias válidas de sua própria in-fância. As lembranças que uma pessoa tem de sua época de criança são histórias contadas por outros, a partir de seus pontos de vista.

Por não ter esse autoconhecimento, a mãe passa a não sentir seu filho, não percebê-lo. E essa percepção é fundamental para que a criança se sinta segura e amada. Perceber o filho é muito mais do que um exer-cício de empatia, de acordo com a psicopedagoga. Ela explicou que empatia é quando uma pessoa se coloca no lugar da outra, mas um filho não é um outro, “o filho é a própria mãe”. Os dois — retornando ao exemplo da bacia — fazem parte da mesma água em uma cadeia transgeracional. Não seria necessário, en-tão, procurar respostas para os dilemas da maternida-de no exterior, já que elas estão dentro de cada mãe. Por isso, para encontrá-las, é preciso fazer o exercício de conectar-se com o próprio interior.

Onde estão as respostas paraos “dilemas da maternidade”

Perceber o filho é muito mais do que um exercício de empatia.

Empatia é quando uma pessoa se coloca no lugar da outra, mas

um filho não é um outro, o filho é a própria mãe.

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Além das palestras

Rostos interessados, sorrisos, gargalhadas, lágri-mas, semblantes pensativos. Dentro do salão onde ocorriam as palestras, o clima era de muita reflexão, muita emoção e muito aprendizado. As lições dei-xadas pelas palestras foram, sem dúvida, o maior ganho para as participantes do II Seminário Interna-cional de Mães. Mas elas levaram para casa mais do que isso: saíram também com uma sacola recheada de brindes oferecidos por patrocinadores e parceiros.

Do lado de fora do salão principal, nos estandes montados pelas marcas patrocinadoras, as mamães foram mimadas com ações especiais, feitas sob me-dida para o evento. Havia espaço para maquiagem, para massagem relaxante, para degustar queijos, bebidas lácteas e deliciosos quitutes mineiros, entre outras atrações. Sobrava animação entre uma pales-tra e outra.

“O evento superou todas as minhas expectativas”, diz o diretor da empresa Vou Ser Pai, Fernando Dias, que promove cursos para pais de primeira viagem. “Saí de lá com propostas para desenvolver projetos em várias cidades.” Em parceria com a organização do seminário, a Vou Ser Pai promoveu um concur-so sobre a importância da presença dos homens na criação dos filhos e convidou as participantes para gravarem vídeos com depoimentos sobre a atuação de seus maridos e companheiros. As protagonistas dos dois melhores vídeos, segundo a comissão jul-gadora, foram premiadas com estadias para a família em hotéis-fazenda.

O seminário era de mães, mas ninguém se es-queceu de que a qualidade da parceria delas com os pais — vivendo na mesma casa ou não — faz toda a diferença na vida dos filhos. “As mães são fundamen-tais para sensibilizar os pais. São elas que geralmente compram os meus cursos para os maridos”, conta Dias, que a partir do mês que vem também fará parte do time de blogueiros da Canguru e passará a com-partilhar com nossos leitores suas experiências como “instrutor de pais”. =

Patrocinadores proporcionaram momentos especiais às mamães

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46 Canguru . JULHO 2016

4viagens, modo de usar

Férias na fazendaUM DE MEUS sobrinhos achava que leite dava em caixinha. Ficou impressionado ao ver uma vaca e o líquido que saía em jatos das tetas. O filho de um amigo fugiu de uma galinha, que lhe pareceu um mons-tro jurássico. Outro, até hoje, aos 6 anos, acredita que porco seja bicho de zoológico.

A vida numa metrópole possui vantagens, muitas, porém, rom-pem nosso contato com a natureza. Adquirimos o rompante de uma espécie desvinculada das demais, especial, nascida nesta geração. Or-gulho humano exagerado. Poucos se lembram de que temos mais de 90% da carga genética igual à dos micos-estrela, esse habitante tão comum das matas mineiras. Para descobrirmos a interdependência da vida na Terra, é preciso retomar o contato com a natureza.

As férias de julho podem ser o primeiro passo. Que tal visitar um hotel-fazenda? Há vários nos arre-dores de Belo Horizonte, dezenas em Minas Gerais. Alguns oferecem caminhadas nas montanhas e nas matas, com guias que conhecem as

espécies nativas. Você distinguiria um tiziu de uma viuvinha, um sabiá de um joão-de-barro? Um jacarandá de um ipê, uma painei-ra de uma embaúba? E seu filho, como se sai?

Alguns hotéis-fazendas, além de preservarem o meio ambiente, conservam a arquitetura colonial mineira, num belo casamento de nossa cultura com a natureza. Um exemplo é o BOITEMPO, em Ipoe-ma, perto de Itabira, que possui construções centenárias e, além disso, serve nossa culinária típica, saída do fogão a lenha. Um requin-te para os olhos e para o paladar de crianças e adultos. Com direito a pássaros ao despertar, cachoeira, Mata Atlântica e passeios a cavalo.

Em Brumadinho, há o HORI-ZONTE BELO, com vista e conforto tipicamente mineiros. Cavalgadas também são oferecidas para os hóspedes. Uma vantagem adicio-nal: fica perto do Instituto Inhotim, onde as obras de arte modernas se somam aos jardins que encantam qualquer visitante.

Em Pedro Leopoldo, vale a pena conferir o PLANALTO DA JAGUARA; em Confins, o hotel- fazenda CONFINS. Se quiser ir um pouco mais longe, procure os da SERRA DA MANTIQUEIRA, no Sul de Minas. Além da beleza da ser-ra, das matas, das cachoeiras, há acomodação para todos os gostos e orçamentos em São Lourenço,

Aiuruoca, Passa Quatro, Virgínia. Ou no oeste do estado, na região de Furnas, como em Capitólio.

O importante é estabelecer ou restabelecer o contato com a natu-reza. Isso aumenta nossa dimen-são, pois nos insere num mundo maior e de maior variedade que o da metrópole. E ajuda a preservar a natureza. O hotel-fazenda cola-bora nesse objetivo. As crianças agradecem. Sabiás, tizius, micos-es trela, jacarandás e ipês também. Boas férias.=

Luís Giffoni é cronista, romancista e palestrante. Autor de 26 livros, tem nas viagens uma de suas paixões. Nelas aprende a diversidade do mundo e das pessoas, experiência que acaba traduzindo em suas obras. Neste espaço, dá dicas sobre como aproveitar o mundo com os pequenos.

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4História de mãe

Percepção de criança

E FINALMENTE CHEGOU o dia da nossa reunião individual com a professora do Gabriel. Essas reuniões são habituais e acontecem periodicamente. Logo na che-gada, a professora justificou que estáva-mos sendo chamados apenas na segunda etapa, pois o processo de aprendizagem do Gabriel não requereu uma conversa específica anteriormente. Após fazer os comentários inerentes a uma reunião des-sa natureza, todos muito positivos, para minha alegria de mãe coruja, a professora manifestou o interesse em relatar uma si-tuação específica com relação a um com-portamento do Gabriel em sala de aula que chamou atenção. Em um determina-do dia da semana anterior, os alunos es-tavam bastante “exaltados”, dificultando o repasse da matéria. Após várias tentativas sem sucesso de conseguir silêncio, a pro-fessora alterou o tom de voz e, de repente, rasgou uma folha de papel em branco e jogou na lixeira da sala de aula.

Segundo o relato, os olhares se vol-taram para ela e o tão almejado silêncio pairou. Ela aproveitou o momento e disse que o que tinha acabado de fazer com a folha de papel era o que eles estavam fa-zendo com o dinheiro dos pais que, com certeza, estavam trabalhando duro para que eles pudessem estudar. Nesse con-texto, o Gabriel levantou a mão e pediu a palavra: “Pessoal, a professora tem razão. O meu pai está trabalhando no Estado do Ama-zonas, muito longe de Belo Horizonte. Esta-mos sentindo muito a falta dele, e para ele também está sendo muito difícil ficar longe

da família. Vamos fazer silêncio e pres-tar atenção, pois nos-sos pais estão trabalhando muito para estarmos aqui”.

Confesso a vocês que meus olhos lacrimejaram. Não esperava essa percep-ção de uma criança de 10 anos de idade. Esse relato me fez refletir sobre quantas vezes subestimamos a capacidade de per-cepção e o olhar atento dos nossos filhos. Muitas delas justificadas pela nossa corre-ria do dia a dia. De fato, a transferência profissional recente do meu marido para o Estado do Amazonas tem me feito vi-venciar as mais desafiadoras situações no processo diário de educação das crian-ças. Temos de reconhecer que esta nova geração tem uma versão de “software” muito mais avançada do que a nossa, mas também convive com o inusitado, o que reforça a necessidade de nossa presença, amor, carinho, limite, apoio incondicional e, acima de tudo, nossa atuação cada vez mais assertiva.

Agradeço a Deus todos os dias pela dá-diva de ser mãe da Marina e do Gabriel. A maternidade é a mais sublime das minhas atribuições.=

POR Danielli Soares Melo Gaiotti

Danielli Soares Melo Gaiotti é mãe de Gabriel, de 10 anos, e Marina, de 6 anos, e é casada com Gustav Gaiotti. É relações-públicas, especialista em comunicação corporativa e relações institucionais da ArcelorMittal Brasil e diretora da Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais (ABM).FO

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4para ler com seu filho

Nas mãos das crianças FOTO

: LUÍ

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leo cunha e os filhos André e Sofia

Leo Cunha é escritor e publicou mais de cinquenta livros, como O sabiá e a girafa (Ed. FTD) e As fantásticas aventuras da Vovó Moderna (Ed. Cia das Letrinhas). Recebeu os principais prêmios da literatura infantil brasileira, como Jabuti, Nestlé e João-de-Barro. Na Canguru, dá dicas de livros para crianças.

[email protected]

CRIANÇA ESCREVENDO LIVRO? Hummm, nem sempre dá certo. Os autores mirins são capazes de bolar boas cenas e personagens, mas poucos dão conta de criar uma estrutura narrativa coerente. Ainda são novos para dominar a linguagem, o tom, o ritmo e outros “truques” literários.

Não é à toa que os livros infantis são produzidos, quase sempre, por gente bem grandinha: escritores, ilustradores e editores que conhecem — e curtem! — o ima-ginário do leitor mirim, sua visão de mundo, seus interesses, sua linguagem, suas habilidades.

Recentemente tive a oportunidade de participar de um projeto muito bacana, que aliou a criatividade infantil com as “manhas” de escritores já experientes.

O livro Filhos de Peixe, pensado e organizado por Alexandre de Castro Gomes, traz nove histórias, escritas por crianças de 7 a 11 anos — todos filhos ou netos de escritores. Cada texto foi construído sob a orientação e acompanhamento do pai/mãe ou avô/avó, que funcionaram como "personal editores" da meninada. O resultado é um livro cheio de humor, imaginação e fantasia. Meu filho Dedé, por exemplo, inspirado no bicho de estimação da avó, escreveu o conto "A tartaruga que confundiu o pai com um abacaxi". Amélie, filha da escritora Claudia Nina, recontou a Branca de Neve, sob o ponto de vista da maçã! A história mais divertida de todas, com um final arrasador, é "O menor monstro do planeta Rof", escri-ta por Nina, filha do Alexandre Gomes. Essa me deu inveja de não ter escrito!

SOBRE OS AUTORES: O livro tem nove autores, filhos ou netos de escritores da literatura infantil brasileira. As ilustrações são de Guigo, carioca, adolescente, filho do escritor Alex Gomes e da ilustradora Cris Alhadeff.

Indo ao futuro para entender as mães é outra experiência bem-sucedida de literatura escrita por crianças. Aos dez anos de idade, Bárbara Muniz bolou essa história que gira em torno de um dos maiores sonhos infantis (e de muitos adultos também): viajar no tempo. Entrelaçado com esse tema vem outro também muito caro aos pequenos: a relação com os pais, seus conselhos, suas manias. Bárbara não é filha de escritor — como os autores do livro Filhos de peixe —, mas certamente teve o apoio e o incentivo da mãe, pedagoga e pesquisadora, da irmã atriz, uma família mais que acostumada com os livros e com a arte.

SOBRE OS AUTORES: Barbara Muniz, mineira, escreveu este livro aos 10 anos e publi-cou aos 13. Está atualmente no 2º ano do ensino médio. Leonora Weissmann, formada e pós-graduada em artes, já expôs seus trabalhos no Brasil e no exterior. Este foi seu primeiro livro como ilustradora.

INDO AO FUTURO PARA ENTENDER AS MÃES. Texto de Bárbara Muniz. Imagens de Leonora Weissmann. Editora Scriptum Jovem, 2013.

FILHOS DE PEIXE. Diversos autores. Imagens de Guigo. Editora Mar de Ideias, 2016.

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Praça da AssembleiaRecentemente reformada, é consi-derada a segunda maior de nossa cidade e conta com projeto paisagís-tico de Roberto Burle Marx. A pra-cinha ganhou dois parquinhos com brinquedos para bebês e crianças até 10 anos, além de bancos, muitas áreas de sombras e espaço para cor-rer à vontade.

Rua Rodrigues Caldas, s/nº – Santo Agostinho

Praça Floriano PeixotoUma praça cheia de charme, com muito espaço para brincar, muito verde e bancos para contemplação. Está sempre florida e conta com uma área ótima para exercícios.

Avenida do Contorno, entre Rua Manaus e Avenida Brasil – Santa Efigênia

Praça Professor Godoy BetônicoUma área super agradável para passear com as crianças. Pertinho do Museu Histórico Abílio Barre-to, por lá encontramos uma fonte, brinquedos e muitos bancos para contemplação.

Entre as ruas Conde de Linhares, Bernardo Mascarenhas e Tenente Renato César – Cidade Jardim

Praça Padre Dino Barbieri (da Igrejinha)Passear na Pampulha faz parte da nossa infância. Agora, brincar por lá ficou ainda mais seguro após a última reforma. A praça abriga a fa-mosa Igrejinha de São Francisco e está localizada em uma área conhe-cida como Mangueiras, por causa de suas frondosas árvores. O trânsito foi impedido em sua proximidade, por isso é possível brincar de patinete, patins, skate e bicicleta.

Avenida Otacílio Negrão de Lima, 300 – Pampulha

Praça da PampulhaUma grande esplanada para a prá-tica de esportes com vista para a Lagoa da Pampulha. Recentemente, ganhou brinquedos para tornar o passeio ainda mais atrativo. Dá para soltar pipa, brincar de baldinho de areia, correr e se jogar na diversão.

Avenida Fleming, s/n – Pampulha

Na pracinha é possível fazer um piquenique com os amigos, e, com a ajuda de elementos simples, tor-nar a diversão prazerosa para todo mundo: corda, elástico, bola e giz. Um passeio para a família, de graça, aberto 24 horas. Sem desculpa para não sair de casa com as crianças. Va-mos brincar lá fora! =

4na pracinha

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Cinco praças para brincar nas férias

O Na pracinha é um movimento que incentiva o tempo livre para o brincar na infância e o resgate da relação criança/cidade com a ocupação dos espaços públicos pelas famílias. O brincar e o contato com a natureza são fundamentais para saúde física e mental da criança. Criado pelas mães Flávia Pellegrini e Miriam Barreto, o projeto promove eventos brincantes gratuitos e compartilha dicas de passeios pela capital mineira.

www.napracinha.com.br

JULHO 2016 . Canguru 49

Vamos aproveitar as férias de julho e levar a criançada para brincar na praça? Dá para correr livremente, se divertir nos parquinhos, explorar o gramado, andar de bicicleta, brincar de pique, se aventurar no trepa-trepa, escorregar e soltar a imaginação. E não tem essa de fugir do frio, a pracinha é o melhor lugar para tomar um solzinho pela manhã e se exercitar em companhia dos filhos. Selecionamos cinco praças para que os leitores curtam as férias da meninada.

Praça da Pampulha

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Para viver em sociedade, é preciso saber onde seu es-paço termina e onde começa o do outro. Seguem al-gumas dicas sobre como se comportar em eventos da escola. Vamos dar bons exemplos às crianças:

1. Deixe a família de quem está se apresentando assistir à apresentação;

2. Existem várias crianças e pais no evento, não aja como se fosse apenas a sua família;

3. Seja pontual;

4. Se você não puder ficar até o final de uma apre-sentação em auditório, sente-se em um local discreto;

5. Não fure a fila nem guarde o lugar para outras pessoas nas brincadeiras;

6. Não estacione seu carro em local proibido nem pare em fila dupla. Não apenas em eventos da escola, não faça isso nunca!

7. Não converse durante as apresentações;

8. Não fique empurrando os outros pais e se enfian-do na frente de todos para filmar e fotografar seu fi-lho. Todos os outros pais querem o mesmo que você!

9. Não julgue a crise de pirraça ou comportamento de uma criança alheia. Essa criança poderia ser a sua!

10. Cuide do lixo produzido por sua família! Lu-gar de lixo é na lixeira.=

4padecendo no paraíso

Coordenado pela arquiteta Bebel Soares e pela designer Tetê Carneiro, o grupo Padecendo no Paraíso nasceu em março de 2011, no Facebook, e é formado atualmente por mais de 6 000 mães. Na Canguru, as fundadoras do Padecendo discutem assuntos como saúde, alimentação, sexo, viagens, educação, estética e beleza.

www.padecendo.com.br

50 Canguru . JULHO 2016

Seja o exemplo

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POR Bebel Soares

Manual de boas maneiras para pais e familiares em festas e eventos da escola

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JULHO 2016 . Canguru 51

4artigo | Geraldo Santana

Baixa estatura:quando procurar tratamento?A ESTATURA É um atributo físico valorizado social-mente e, com frequência, motivo de preocupação dos pais. Do ponto de vista clínico, a baixa estatura ou crescimento deficiente ocorre quando a criança apre-senta uma altura abaixo da esperada se comparada à população geral, uma altura abaixo do potencial de estatura familiar ou uma velocidade de crescimento abaixo da esperada para a faixa de idade.

A subnutrição é uma causa importante de baixa es-tatura e pode estar relacionada a alterações do apetite, maus hábitos alimentares ou problemas de absorção intestinal. Doenças genéticas, respiratórias, renais, in-testinais e cardíacas podem afetar o crescimento, além de fatores comportamentais como sedentarismo, ca-rência afetiva e sono inadequado. Entre as causas hormonais, as principais são o hipotireoidismo e a deficiência do hormônio de crescimento.

Confirmada a baixa estatura, uma radiografia para avaliação da idade óssea é sempre solicitada. Quando o raio-X indica que a idade óssea está atrasada, sig-nifica que a criança apresenta potencial para crescer mais do que o esperado para a sua idade cronológica, mas deve-se investigar se há algum problema hormo-nal ou de saúde que esteja causando esse atraso. Uma idade óssea adiantada, por si só, não é um problema desde que a estatura esteja compatível com esse acha-do. Exames de laboratório também podem ser neces-sários de acordo com a avaliação clínica.

O tratamento da baixa estatura varia de acordo com as causas encontradas. A primeira abordagem envolve a correção de erros alimentares, principal-mente em relação ao consumo de proteínas, cálcio, ferro, zinco e complexo B. Além disso, recomenda--se o estímulo à atividade física, adequação do sono e a manutenção da vitamina D em nível suficiente. O hormônio de crescimento está formalmente indicado

quando há confirmação de sua deficiência, mas seu uso também pode ser considerado nos casos de baixa estatura familiar ou constitucional, que não respon-dem ao tratamento usual.

Embora alguns sinais eventualmente já possam ser percebidos na infância, é comum os pais só pro-curarem orientação especializada após a puberdade, quando começa a afetar a autoestima do adolescente em razão da demanda social da estatura. Nessa épo-ca, entretanto, as possibilidades de tratamento podem ficar diminuídas, pois as epífises ósseas já se encon-tram em processo de fechamento adiantado devido à ação dos hormônios da puberdade.

Mesmo com todo o avanço da medicina, grande parte da estatura final ainda depende do potencial ge-nético. Atualmente, é possível corrigir carências nu-tricionais, repor deficiências hormonais e até bloque-ar hormônios que aceleram o fechamento das epífises ósseas para que seu potencial seja aproveitado ao má-ximo. Porém, quando os ossos atingem a maturação completa, o que normalmente ocorre por volta de 18 a 19 anos, medicamentos ou hormônios não trazem mais benefícios para ganho de estatura.=

Geraldo Santana é endocrinologista, membro titular da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e diretor do Instituto Mineiro de Endocrinologia

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O tratamento da baixa estatura varia de acordo com as causas que foram encontradas. A primeira abordagem

envolve a correção de erros alimentares, principalmente em relação ao consumo de proteínas, cálcio, ferro, zinco e complexo B.

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52 Canguru . JULHO 2016

4artigo | Simone Matias Santos

Às vezes, dói ser mãe e amar tanto

SEGUNDO SIGMUND FREUD, criador da psica-nálise, o impacto da maternidade em cada mulher é singular. Cada mulher é única e vive essa fase com conflitos e necessidades diferentes. Muitas mulheres sentem que essa experiência lhes permite assumir quem realmente são. Desperta a mulher forte que vive dentro dela. Mas o que se observa nos grupos de mulheres e nos consultórios é que há momentos em que dói ser mãe e amar tanto. A mulher sente-se fragilizada diante de um novo ser e já não tão vigo-rosa. No consultório, é comum escutar as mulheres dizerem que estão divididas, sentindo solidão e que não encontram o apoio que desejam e precisam à sua volta. Diante disso, elas podem fazer diferentes escolhas, inclusive não amamentar ou não ser uma mãe presente. Mas a diferença está nas consequên-cias dessas escolhas.

Para Donald Woods Winnicott, pediatra e psica-nalista, a função da sociedade nos primeiros meses do bebê é favorecer um ambiente tranquilo para a mãe, que se doa inteiramente para o filho. As pessoas ao redor precisam estar atentas às necessidades dessa mãe e oferecer orientação, apoio, ajuda e amizade. A mulher também precisa ser mais bem preparada, para que não tenha medo dos sentimentos que emergem e para que possa tomar decisões planejadas junto com esse outro ser que está ao seu lado, inclusive sobre sua carreira, que na atualidade sempre exige muito dessa mulher. Cada mulher e família vão ter a própria vivência. As experiências das outras pessoas serão apenas repertório de luz inspiradora para que essa fa-mília possa criar o próprio caminho. As corporações e a sociedade como um todo precisam conhecer melhor esse fenômeno fundamental na vida de uma mulher e

de um bebê: a maternagem. Uma das maiores dificul-dades que a mulher mãe enfrenta é separar-se do filho tão precocemente como ocorre hoje com a licença--maternidade de quatro ou seis meses em nosso país. Aqui, é comum o abandono da carreira.

Finalmente, de acordo com a socióloga Suely Fer-reira Deslandes, as mulheres mães precisam, sim, da contribuição de todos. Precisam de suporte. Todos, enquanto família e sociedade, têm o interesse comum de colocar um ser humano saudável e melhor neste mundo. Essa jornada de autoconhecimento e cresci-mento é a soma do muito que cada mulher é. E que cada uma possa dar o melhor de si mesma e se rea-lizar pessoalmente e profissionalmente! Aqui, serão muito úteis às escolhas dessa mulher a intuição ou as sensações espontâneas que nos permitem fluir em essência no nosso caminhar.=

Simone Matias Santos é psicóloga e administradora com curso de coaching e inovação pela PUC-MG. Membro efetivo do Grupo de Recursos Humanos Gerir com Pessoas, atualmente atua em consultório particular como psicoterapeuta e coach.

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Uma das maiores dificuldades que a mulher mãe enfrenta é separar-se do

filho tão precocemente como ocorre hoje com a licença-maternidade de quatro ou

seis meses em nosso país. Aqui, é comum o abandono da carreira.

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POUCO DEPOIS DE descobrir que eu estava grávi-da de um menino, me vi diante de uma loja de roupas para crianças e resolvi comprar a primeira peça para o Francisco. Era um macacãozinho de malha com o desenho do carneiro de O Pequeno Príncipe. O cor-de--rosa era bem mais lindo que o azul. Rapidamente pedi para embrulhar e levei pra casa um exemplar daquele tom, na ilusão de que bastaria a vontade para criar um menino despido de preconceitos. Dias de-pois, conversando com uma amiga que já era mãe, achei por bem trocar pelo macacãozinho azul.

Educar sem machismo parece simples, já que é fá-cil sonhar com um mundo em que os direitos mascu-linos não se sobreponham aos femininos. Mas quan-do me pego arrumando o quarto do meu filho, sem paciência para esperar que ele mesmo o faça, percebo que o trabalho tem de se iniciar em mim. Preciso me educar primeiro — e não sei por onde começar.

Cresci num lar tipicamente machista, realidade ilustrada à perfeição nos almoços de domingo, em que cabia à mamãe cozinhar. Ao fim da refeição, os homens permaneciam à mesa enquanto as mulheres se levantavam para cuidar da louça. Quinta filha, che-gando depois de uma dupla de homens e outra dupla de mulheres, eu me rebelava, claro. Sem efeito, já que era mais fácil ser combatida pelos seis juntos e acabar me resignando na solidão.

Curiosamente, hoje me vejo em uma casa em que homens e mulheres são igualmente representados — eu de um lado, Francisco de outro, os dois tateando no escuro em busca de um modelo de família. De nada adianta o que penso e prego: serão as minhas atitudes o seu mapa. E me pego caminhando trôpega, tendo sob os pés uma estrada que não é de pedras, tampouco de asfalto. É areia fofa, que exige de mim músculos fortes e resistentes.

Se nós mesmas nos flagramos em atitudes ma-chistas, como criar filhos para relações mais gene-rosas em ambas as direções, que não sejam regidas pelos preconceitos? (E que linda a proximidade entre as palavras gênero e generosidade.) É para uma so-ciedade ainda em construção que educamos nossos filhos — ou, para ser mais exata, é para construir esse novo tempo que os formamos. Está aí a opor-tunidade: crianças são campos férteis, estão abertas a novos pensamentos e formas de convivência. Será preciso voltar para elas algumas interrogações, antes das certezas. Para falar alto é preciso falar grosso? Um mundo contra as mulheres seria mesmo a favor dos homens? Usar a força física contra o outro é superio-ridade? Não seria a delicadeza uma espécie de força?

“Dessine-moi un mouton” (“Desenha-me um car-neiro”), teria dito o pequeno príncipe ao aviador. Va-mos precisar desenhar juntos, nós e nossos filhos, um mundo que ainda não existe. Talvez começando pela caixa com buracos para depois descortinar o carneiro. Fofo, lindo e extremamente frágil. Mas de verdade.=

54 Canguru . JULHO 2016

4crônica

Desenhando um mundo sem machismo

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cris guerra e o filho francisco

Cris Guerra é publicitária, escritora e palestrante. Fala sobre moda e comportamento em uma coluna na rádio BandNews FM e a respeito de muitos outros assuntos em seu site www.crisguerra.com.br. Na Canguru, escreve sobre a arte da maternidade.

[email protected]

Se nós mesmas nos flagramos em atitudes machistas, como criar filhos

para relações mais generosas em ambas as direções, que não sejam

regidas pelos preconceitos?

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Muitas atrações nas férias. Confira e não fique de fora!

Cinema

A ERA DO GELO: O BIG BANG Estreia: 7 de julho

PROCURANDO DORIEstreia: 1º de julho

Pista de KartDE tERçA A DOmINGO

De terça a sexta-feira, das 15h às 22h. Sábados, das 14h às 22h.

Domingos e feriados, das 14h às 20h.

Castelo de BolinhasAté 31 DE JULhO

De segunda a sábado, das 10h às 22h. Domingos e feriados, das 12h às 22h.

Na Praça de Eventos.

Circus Maximuscom Marcos frota

A PARtIR DE 1º DE JULhODe segunda a sexta-feira, às 20h.

Sábado, domingo e feriados, às 16h, 18h e 20h.

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