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PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUINOS * ANO 4 * Nº 15 * MAIO/JUNHO revista da fnds ultrapassa 240 mil matrizes Evento reúne cerca de 400 produtores no Sul XVI SNDS - Suinocultura debate em lugar paradisíaco 1955 1961 1967 1973 1979 1984 1990 1996 2002 2008 2015

Revista da suinocultura 15ª

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Page 1: Revista da suinocultura 15ª

PUBLICAÇÃO BIMESTRAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE SUINOS * ANO 4 * Nº 15 * MAIO/JUNHO

revista da

fnds ultrapassa 240 mil matrizes

Evento reúne cerca de 400 produtores no Sul

XVI SNDS - Suinocultura debate em lugar paradisíaco

19551961

19671973

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ExpEdiEntE

Essa edição da Revista da Suinocultura traz um tema muito especial para nós da ABCS: nossos 60 anos. Apesar de ser

comemorado no dia 13 de novembro, as comemorações foram iniciadas em abril em um encontro comemorativo em Estrela (RS), com alguns dos presidentes, repleto de nostalgia e orgulho. Em uma matéria especial, trazemos detalhes desse encontro e as memórias de cada um sobre os momentos mais marcantes da suinocultura brasileira e da sua trajetória a frente da ABCS.

Outro tema de destaque desta edição é a programação do XVI Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS), maior evento do setor que será realizado no resort Vila Galé, em Cumbuco (CE). Buscamos trazer uma programação diferenciada para o evento que reunirá palestrantes de destaque apresentando temas como o bem-estar animal, assunto muito discutido atualmente; empreendedorismo e geração de valor. O evento ainda reserva uma novidade que irá surpreender o setor!

Entre outros assuntos, trazemos informações sobre o regis-tro no Congresso da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura em abril e seu principal objetivo de aprovar a Lei da Integração (6459/2013) em plenário e sobre a realização dos Fóruns de Bem-Estar na Suinocultura no sul do país.

Abordamos também a indicação de mais 14 estados brasi-leiros como livres de Peste Suína Clássica para OIE, além de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que foram reconhecidos como zonas livres no dia 28 de maio durante a 83ª Sessão Geral da OIE, em Paris e o lançamento do livro “Manual de Industrialização de Suínos” com enfoque para os pequenos e médios frigoríficos, resultado de uma parceria de sucesso com o ITAL.

A publicação também reúne ações de destaque do PNDS, como estruturação da atividade em Rondônia, capacitações na produção e varejo e ações destinadas a crianças para incentivar o consumo da carne suína.

Boa leitura!

DIRETOR EXECUTIVONilo Chaves de Sá

CONSELHEIRO PRESIDENTEMarcelo Lopes/DF

CONSELHEIRO FINaNCEIROJosé Arnaldo Cardoso Penna/MG

CONSELHEIRO TéCNICOPaulo Lucion/MT

CONSELHEIRO DE RELaçõES DE MERCaDOValdecir Folador/RS

CONSELHEIRO aDMINISTRaTIVOPaulo Hélder Braga/CE

JORNaLISTa RESPONSÁVELTayara Beraldi e Danielle Sousa

REPóRTERDaniel Azevedo e Adriana Araújo

PROJETO GRÁFICO E DIaGRaMaçÃODuo Design

Marcelo LopesPresidente da

associação Brasileirados Criadores de Suínos

Sede Brasília / Setor de Indústrias GráficasQuadra 01 | Lote 495 |Ed. Barão do Rio Branco

Sala 118 | CEP: 70610-410www.abcs.com.br

[email protected]

EDITO

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Guisado de alcatra suína com farofa

de bolão em lascas de abóbora

Giro abcs

6 ABCS apoia FIPPPA e destaca a carne

suína em abertura

6 ABCS participa de reunião da Câmara

Setorial de Aves e Suínos do MAPA

7 Fundo Nacional de Desenvolvimento da

Suinocultura ultrapassa 240 mil matrizes

entre amiGos

44 Ourofino inova e amplia linha com mais duas

soluções para a suinocultura

44 Certificação P1 GranjaProfissionalização da

gestão na suinocultura

45 Auster completa sete anos de mercado

45 Institucional Topigs Norsvin

XVI SNDS meScla traDIção, coNteúDo De

eXcelêNcIa e uNIão Do Setor

FreNte ParlameNtar mISta Da SuINocultura

é ofIcIalIzaDa e gaNha força

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aBcS INIcIa comemoraçõeS De

60 aNoS em eStrela

SINaIS De melhora e SazoNalIDaDe

crIam eXpectatIVapoSItIVa ao SuINocultor

aBcS laNça PrImeIromaNual De

INDuStrIalIzação DoS SuíNoS

maPa PreteNDe INDIcar maIS14 eStaDoS como lIVreS

De pSc para oIe

pNDSSuSteNtaBIlIDaDe Na

caDeIa De SuíNoS

mato grossoTeatro de fantoches mostra à criançada valores nutritivos da carne suína / 33

minas gerais

ASTAP e SUINCO promovem curso de cortes suínos / 34

minas geraisPrograma de Capacitação Total qualifica produtores de Ponte Nova / 35

espírito Santo

3ª edição da FA VESU recebe público recorde / 36

rondôniaABCS incentiva profissionalização da cadeia suinícola na região Norte / 38

SergipeCampanha do Frigorífico Nutrial e Rede GBARBOSA promove carne suína / 40

goiásEspaço Suinocultura Kids da AGS atende mais de 14 mil crianças / 41

Distrito federal

Suinocultura tem espaço de destaque da AgroBrasília / 42

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MSD

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Giro abcs

aBcS apoIa fIpppa e DeStaca a carNe SuíNa em aBertura

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) prestigiou a Feira Internacional de Produ-ção e Processamento de Proteína Animal (FIPPPA), organizada pela Gessulli Agrobusiness durante os dias 28 a 30 de abril, em Curitiba (PR). A abertura do evento foi palco de homenagem para o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, reconhecido como per-sonalidade da suinocultura brasileira de 2015. Para Lopes, o prêmio representa a valorização do traba-lho desenvolvido pela ABCS para o crescimento da suinocultura.

Outro ponto de destaque da FIPPPA foi participação da máster chef Elisa Fernandes, promovida pela ABCS e PNDS. Du-rante os debates técnicos, a suinocultura teve espaço em vários painéis a começar pelo primeiro que discutiu políticas públicas

para o desenvolvimento do setor, no qual o presidente da ABCS apresentou uma palestra sobre políticas pública para a cadeia suinícola. O diretor executivo, Nilo de Sá, participou como deba-tedor de painel sobre bem-animal.

aBcS partIcIpa De reuNIão Da câmara SetorIal De aVeS e SuíNoS Do mapa

A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) participou, no dia 25 de março, do primeiro encontro de 2015 da Câmara Setorial de Aves e Suínos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que tem por finalidade propor, apoiar e acom-panhar ações para o desenvolvimento das atividades das cadeias produtivas do agronegócio brasileiro. Tam-bém estiveram presentes representantes da Associa-ção Brasileira de Proteína Animal (ABPA), e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), que integram a Câmara Setorial.

Durante a reunião o representante da ABPA, Jurandi Macha-do, apresentou as perspectivas para o mercado de carnes suína e de frango. Para a suinocultura, a expectativa, segundo, ele é de um pequeno crescimento da produção impulsionado por ga-nhos de produtividade. Já no mercado externo ele avalia que a recuperação da produção suinícola americana, pode influenciar as exportações brasileiras.

Sobre o mercado de milho, o ana-lista da Conab, Thomé Guth, pontuou que o câmbio desfavorável pode ser o principal motor de um aumento no preço nacional da commodity. Ao final das apresentações os membros da Câmara decidiram que, para garantir estoques de milho nas principais re-giões produtoras de proteína animal, vão encaminhar solicitação ao setor encarregado do MAPA para a remoção

da produção do centro-oeste para os estados de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, entre outros. Outra estraté-gia será orientar as associações estaduais de produtores, sobre a importância de contribuírem com as associações nacionais encaminhando informações a respeito da necessidade de consumo de milho e farelo de soja de cada estado. Estes dados auxiliam o embasamento dos pleitos da Câmara para a manu-tenção dos estoques públicos destes componentes nas princi-pais regiões produtoras.

FIPPPA homenAgeIA PersonAlIdAdes do setor

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Giro abcs

PRINCIPaIS REGIõES PRODUTORaS DE SUíNOS JÁ GaRaNTIRaM SUa CONTRIBUIçÃO aO FUNDO

Em pouco mais de cinco meses, o Fundo Nacional de Desenvolvi-mento da Suinocultura (FNDS) já

conquistou adesões nas regiões Sudes-te, Sul e Centro Oeste, cooptando par-ticipações nos principais estados pro-dutores como Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e e São Paulo, e ultrapassou em maio o número de 240 mil matrizes.

Para o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes, o reconheci-mento, apoio e empenho dos parcei-ros em estruturar o FNDS, motiva cada vez mais contribuições e consolida a iniciativa. “Um setor que busca ser forte precisa, necessariamente, ter uma associação de classe estruturada para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades em áreas como a representação política, o marketing do produto e a formação dos integrantes da cadeia”, assegurou.

Os recursos arrecadados pelo FNDS serão utilizados para viabilizar as múl-tiplas ações, realizadas por meio do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), de promoção e representação da suinocultura brasileira com base nos resultados já entregues pela entidade nacional desde 2010, em parceria com o Sebrae Nacional. A Coordenadora do PNDS, Lívia Machado, destaca que o setor só tem a ganhar com o FNDS. “Ele veio somar recursos e possibilidades para a divulgação e aper-feiçoamento da carne suína”.

pioneirosO FNDS saiu do papel em de-

zembro de 2014 após assinatura de

termo de cooperação pela Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap), junto com a Cooperativa Coosuiponte e Frigorifico Saudali, pela Associação dos Suinocultores do Trian-gulo Mineiro e Alto Paranaíba (ASTAP) e Cooperativa Suinco.

Entusiastas da ideia, o presidente da ASTAP e diretor-conselheiro da Suinco, Ricardo Bartolo foi um dos primeiros a se comprometer com o FNDS. “Entendo que é nossa obrigação contribuir para que possamos mostrar essa carne saudável e competitiva”, comentou.

A visão também é compartilhada pela presidente da Assuvap, Patrícia Morari. “Vemos o trabalho realizado pela ABCS e, por isso, acreditamos e apoiamos a iniciativa. Esperamos que muitas outras associações e produto-res também apoiem pois será positivo para todos”, enfatizou. Outra entidade que apostou na ideia em MG foi a Asso-ciação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG). “É uma grande satisfação fazer da nossa associação parte de tudo isso” disse o presidente da entidade, Antônio Ferraz.

Em São Paulo, uma das primei-ras empresas a atender o convite da ABCS para integrar o Fundo foi a Pelé Agropecuária, que confirmou a parti-cipação no final de fevereiro. “Vimos no FNDS uma oportunidade de divulga-ção da carne suína no Brasil. Ele irá pro-porcionar um leque de ações que con-tribuem cada vez mais para alavancar os negócios e o segmento”, explicou o empresário João Paulo do Nascimento.

Também aderiram ao FNDS em SP a Fazenda Água Branca, conduzida pelo proprietário Olinto Arruda e os criadores José Ovídio Sebastiani e Renato Sebastiani, que também são proprietários do Frigorífico Cowpig, em Boituva.

Na região sul, onde está concen-trada grande parte da produção do país, a ABCS obteve o apoio Grupo Schoeler Suínos, com unidades de pro-dução nos estados do Paraná e Santa Catarina, a empresa atua na suinocul-tura desde a década de 50. “Percebe-mos que o FNDS é uma oportunidade ímpar e eficaz para incentivarmos o desenvolvimento da suinocultura bra-sileira, pois o produtor precisa da mão da ABCS para se fortalecer e ampliar sua atividade de maneira sustentável”, explicou a conselheira da empresa Reni Schoeler.

As últimas adesões vieram do Espírito Santo, com adesão da Asso-ciação de Suinocultores do estado (ASES), e do Centro-Oeste, onde o FNDS já tem o apoio da Bonasa Ali-mentos, com a entrada da Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSUIN).

fuNDo NacIoNal De DeSeNVolVImeNto Da SuINocultura ultrapaSSa 240 mIl matrIzeS

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snds

A contagem regressiva para o principal evento de lideranças da suinocultura nacional já come-çou. O XVI Seminário Nacional de Desenvolvi-

mento da Suinocultura (SNDS) vai acontecer entre os dias 1 e 3 de julho de 2015, no Hotel Galé Cumbuco, no Ceará, para comemorar os 60 anos da Associação Brasi-leira dos Criadores de Suínos (ABCS) e fortalecer a união do setor na busca por objetivos comuns.

Com mais de 30 anos de tradição, o aguardado evento bianual terá como tema “ABCS, há 60 anos asso-ciando sonhos e construindo o futuro”. “A suinocultura brasileira passa, necessariamente, pelas seis décadas

de trabalho da ABCS. No XVI SNDS, vamos poder come-morar esta rica história com uma edição muito especial em um local paradisíaco”, destaca o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

A história do SNDS comprova sua importância por oferecer informação altamente qualificada sobre economia, política e gestão; troca de experiência entre os participantes e alinhamento de ações. Por exemplo, na edição realizada em 2013, a cadeia consolidou um “pacto” capaz de transformar o quadro da suinocultura em menos de dois anos.

Sob o slogan “A carne suína é 10!”, lideranças de todos os elos aproximaram-se e realizaram esforços conjuntos que, hoje, contribuem para importantes resultados. A união de produtores, empresas de in-sumos, frigoríficos e varejo permitiu avanços como mais representatividade política, maior visibilidade no mercado, conquistar consumidores, melhorar a produção, entre outros.

“O SNDS se posicionou como o principal evento de mobilização da suinocultura nacional. É uma oca-sião especial de troca de experiências e de alinhamen-to das ações do setor com objetivo do desenvolvimen-

XVI SNDS meScla traDIção, coNteúDo De

eXcelêNcIa e uNIão Do SetorENCONTRO COMEMORa 60 aNOS Da aBCS EM RESORT PaRaDISíaCO NO CEaRÁ

( 01 - 03 / julho / 2015 . cumbuco / CEará / Brasil )

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snds

to comum. Durante o seminário, o setor reforça seus laços e renova as energias para passos cada vez mais decisivos a fim de levar a carne suína ao lugar que ela merece”, finaliza Lopes.

O SNDS é também reconhecido como encontro fundamental para atualizar os participantes com algu-mas das melhores palestras do Brasil e do mundo, bem como para fortalecer o alinhamento do setor na busca por objetivos comuns.

“Além de reunir lideranças, trazemos renomados especialistas para palestrar sobre as tendências políti-cas, econômicas, mercadológicas e de marketing na busca por prever desafios, desenvolver estratégias e encontrar oportunidades em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo”, comenta o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

Todo este conteúdo e celebração da história da ABCS e da suinocultura brasileira terão como palco um local especial. O Hotel Vila Galé Cumbuco, também chamado de “resort dos sonhos”, conta com estrutura excelente nas paradisíacas dunas da Costa dos Ventos, a apenas 33 Km do centro de Fortaleza, em um terreno de 100.000 m², na linda Praia de Cumbuco.

O XVI SNDS conta com o patrocínio ouro de seis das principais empresas do setor no Brasil. A Agroceres PIC, a Bayer, a DB Genética Suína, a MSD, a Ourofino e a Zoetis, tradicionais parceiras da ABCS e da suinocultura nacional, confirmaram o apoio e garantiram a quota de maior destaque no evento.

programaçãoCom o tema “ABCS, há 60 anos associando sonhos

e construindo o futuro”, o XVI SNDS vai comemorar 60 anos de lutas e conquistas para a suinocultura brasileira

e reafirmar-se destacado espaço de debate, troca de informações e alinhamento estratégico do setor.

O evento começará na quarta-feira, dia 1º de julho, com a palavra da ministra da Agricultura Kátia Abreu e as análises do economista Eduardo Giannetti na ceri-mônia de abertura, que será seguida pela Conferência Magna e o Baile de Abertura.

Na manhã do dia seguinte, o 1º painel contará com as palestras do ex-secretário de política agrícola do Mapa, Seneri Paludo, do político e ativista Ricardo Young; e do consultor internacional Niels Peder Nielsen para tratar do tema “O Desafio da Adaptabilidade: A sui-nocultura no mundo competitivo e sustentável”.

Durante a tarde do mesmo dia, o 2º painel “Ati-tudes empreendedoras: um diferencial no mercado contemporâneo” terá como foco mostrar que o em-preendedorismo é ainda mais importante para manter do que alcançar o sucesso.

Para tratar deste tema, os palestrantes convida-dos serão a especialista em branding Ana Couto, o diretor da Data Popular Renato Meireles e o repre-sentante da Disney no Brasil, David Lederman, que vai mostrar as estratégias de gestão da empresa mais amada do mundo.

Na manhã de sexta-feira, dia 3 de julho, durante o terceiro e último painel “Geração de valor: quando reinventar é preciso”, será a vez do diretor-presidente do Elektro, Márcio Fernandes, explicar como a rede conseguiu ser eleita como a melhor empresa para se trabalhar pela revista Época pelo segundo ano conse-cutivo e o efeito disso para os negócios.

O período da manhã contará ainda com mais um participante “surpresa” para encerrar o principal evento de líderes da suinocultura brasileira com chave de ouro.

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1 de julho - quarta-feira(ABERTURA OFICIAL)

2 de julho - quinta-feira10 PAINEL - O Desafio da Adaptabilidade:

A Suinocultura no Mundo Competitivo e Sustentável

19h30 Conferência de

AberturaO valor do

hoje - Fatores conjunturais e estruturais do

Brasil atual

21HFesta de Abertura 60 anos de história

Eduardo GianEtti Um dos mais renomados

economistas do país, graduado em Economia

sociologia pela USP, PhD em Economia em Cambridge

SEnEri PaludoSecretário de Desenvolvimento Econômico de MT e Ex-secretário de Política Agrícola do MAPA

P r o g r a m a ç a o

08h30* Mercado de gr*os e carne suína: perspectivas e cenários mundais e nacionais

09H30Gest*o Sustentável: ser socialmente responsável agrega valorriCardo YounGEspecialista em Sustentabilidade, Articulista do jornal Folha de São Paulo e Membro do Conselho Superior de Responsabilidade Social – FIESP

11h40Bem-Estar: um olhar sobre as novas práticas na suinocultura europeia*

12h30 Debate - ModeradorLuciano Roppa - Proprietário da ROPPA Consulting

niElS-PEdEr niElSEn25 anos de experiência no bem-estar dos suínos na UE, especialista no processo de legislação, prática de implementação e conversão

18h30 Abertura Oficial do XVI SNDS

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2 de julho - quinta-feira10 PAINEL - O Desafio da Adaptabilidade:

A Suinocultura no Mundo Competitivo e Sustentável

09h30Marcos Fava Neves

Moderador

Especialista em Planejamento e Gestão

Estratégica de Empresas Orientadas para o Mercado.

Doutor em Administração pela FEA/USP, com

especialização na Holanda. Mestre em Administração

também pela FEA/USP.

10H30Sonhar é bom, realizar é melhor. O poder é seu!

14h30 Grandes marcas: como sobreviver à crise no consumo brasileirorEnato MEirEllESEspecializado na análise do comportamento da classe média Presidente do Instituto de pesquisa Data Popular

MÁrCio FErnandESPresidente da Elektro - eleita por 4 vezes consecutivas a Melhor Empresa para Trabalhar no Brasil, líder mais admirado do país em 2014 segundo a revista Você S/A,.

ana CoutoCEO da 1ª agência de branding do Brasil, formada em Design, mestre em Comunicação Visual e especialista em Branding

15h30 A marca mais amada do mundo: conheça o jeito Disney de encantar clientes

daVid lEdErManÚnico palestrante autorizado pela Disney no Brasil, busca envolver organizações mundiais em torno de melhores práticas de gestão.

16h30Vitrine da carne suína: resultados da Semana Nacional 2014

daVid BuarquEGerente Comercial de Compras do GPA

17h30Marcas fortes: construindo valor para o negócio e para as pessoas

08h30*Felicidade dá lucro*

raFaEl BaltrESCaUm dos mais requisitados palestrantes motivacionais, pesquisador de Psicologia Comportamental e Psicanálise aplicada a negócios

2 de julho - quinta-feira20 PAINEL - Atitudes Empreendedoras:

Um diferencial no mercado contemporâneo

3 de julho - sexta-feira30 painel - geraçAo de valor:quando reinventar é preciso!

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60 anos abcs

aBcS INIcIa comemoraçõeS De

60 aNoS em eStrelaPRESIDENTES E COLaBORaDORES BRINDaRaM aS SEIS DéCaDaS Da ENTIDaDE

Conquistas e dificuldades fazem parte da história da Associa-ção Brasileira dos Criadores de

Suínos (ABCS). Lembranças de anos de dedicação a suinocultura foram o destaque do encontro dos presidentes da associação no dia 7 de abril, que abriu as comemorações de 60 anos da ABCS, em Estrela (RS), cidade onde tudo começou.

A ABCS organizou um encontro e convidou oito presidentes anteriores da instituição para esse momento especial. Entre os convidados, o atual presidente Marcelo Lopes recebeu Paulo Tramonti-ni (1987-1990), João Luis Seimetz (1991-1994), José Adão Braun (1999-2005), Rubens Valentini (2005 a 2009) e Irineu Wessler (2009-2011), todos com cola-borações inestimáveis ao setor ao longo dos anos de atuação da entidade.

Marcelo Lopes abriu a solenidade apresentando o trabalho da instituição na última década. Foi exposto um pa-norama das ações da instituição desde 2009, como o aumento do consumo da carne suína para 15 kg per capita, a oferta de diferentes cortes para o con-sumidor, a capacitação de açougueiros e da indústria e o envolvimento polí-tico da ABCS na busca por melhores condições para os criadores que traba-lham de forma integrada com grandes empresas. O momento contou com a presença do diretor executivo da ABCS, Nilo de Sá, e da coordenadora do Pro-jeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), Lívia Machado.

Apesar das diversas conquistas, o desafio na suinocultura continua presente. O melhoramento genético da carne suína, que passou do porco banha para a proteína mais saudável que conhecemos hoje, e o registro genealógico foram os primeiros desa-fios vencidos pela ABCS junto com os produtores.

O presidente João Luis Seimetz tem orgulho da qualidade que a carne suína alcançou. “Só precisamos des-mistificar preconceitos e melhorar a apresentação do produto nas redes de varejo. O produtor já fez sua parte e oferece um produto excelente”. Paulo Tramontini compartilha da opinião e acredita que é preciso fazer um traba-

lho sério com o consumidor brasileiro. “Não adianta produzir se não temos quem coma esse produto. Temos informações técnicas fantásticas, mas ainda temos dificuldade de levar isso para a população porque não temos recursos suficientes”.

José Adão Braun se junta ao coro e ressalta que todos os presidentes caminham em direção ao mesmo obje-tivo, que é sempre melhorar o mercado interno da carne suína. De acordo com ele, “houve um aumento extraordinário em termos de produtividade, produção e na área sanitária e muitas mãos contri-buíram pra isso”, e completou: “Lutamos muito para a suinocultura brasileira dei-xar de produzir banha e produzir carne,

PresIdentes brIndArAm seIs décAdAs de conquIstAs

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Page 13: Revista da suinocultura 15ª

60 anos abcs

porque a banha estava com os dias contados, pois foi substituída rapidamente pelos óleos vegetais e hoje me emociono de ver aonde chegamos”.

Para Rubens Valentini a continuidade das ações mesmo com a mudança de presidentes é um ponto positivo para a associação e para a suinocultura.

a história da aBcS em documentário e livroDurante o encontro em Estrela, aconteceu

também parte da gravação do documentário his-tórico da ABCS. Durante os dias 7 e 8 de abril, a dire-tora Deborah Andrade entrevistou os presidentes presentes, que relembraram os desafios e conquis-tas durante o mandato de cada um e falaram sobre as perspectivas para o setor.

Outro material comemorativo que será lan-çado no XVI SNDS é um livro de memórias dos 60 anos de ABCS. A produção da publicação foi minu-ciosa e examinou desde depoimentos dos presi-dentes e registros de doenças a atas de reuniões e outros documentos históricos que foram decisivos para o rumo do setor suinícola.

O documentário e o livro serão lançados no XVI Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS), que acontece entre os dias 1 e 3 de julho, no Hotel Vila Galé Cumbuco, no Ceará.

“Sempre que a gente puder integrar aquilo que já foi realizado, teremos um salto de qualidade”. Entusiasta de ações de marketing para melhorar a aceitação da carne suína no país e responsável pela criação de um dos programas mais atuantes da associação, o PNDS, Valentini acredita que a ABCS está no caminho certo.

comemorAção reunIu rePresentAntes dA Abcs Aos longos dAs seIs décAdAs

Gravação de documentário relembrou principais desafios do setor

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Page 14: Revista da suinocultura 15ª

Irineu Wessler considera um dos maiores desafios do seu mandato e da própria ABCS integrar os três elos da cadeia, a produção, industrialização e comercialização. Mas comemora as re-lações firmadas durante seu mandado. Além de importantes parcerias com o Serviço Nacional de Aprendizagem Ru-ral (Senar) e com o Ministério da Agri-cultura (MAPA), Wessler ainda estreitou a relação com a Confederação Nacional de Agricultura (CNA).

O atual presidente da ABCS, Mar-celo Lopes, acredita que todas as ações desenvolvidas pelos presidentes até hoje resumem ainda a um desafio presente e atual: quebrar paradigmas e preconceitos com relação a carne suína perante especialistas da área de saúde e consumidor e melhorar o consumo interno da proteína. A expectativa é que em um futuro próximo esse pro-blema seja mais uma conquista. “Resol-ver essa questão trará oportunidades para que possamos focar em outros assuntos. Quero que os futuros presi-dentes tenham novos desafios para aprimorar nossa suinocultura”.

Brinde aos 60 anosApós a apresentação, os presi-

dentes brindaram seis décadas de ABCS, seguido por um jantar come-morativo junto com os colaborado-res de associação em Estrela (RS) e al-guns de Brasília (DF). A comemoração também contou com a presença do presidente da Associação de Criado-res de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Fulador.

Além de celebrar os 60 anos de extenso trabalho da Associação, o en-contro também foi oportunidade para convidar os presentes para o XVI Semi-nário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (SNDS), que será realizado em julho no resort Vila Galé de Cumbu-co, no Ceará.

memóriasDiferentes épocas, diferentes

desafios, conquistas e dificuldades. Os presidentes da ABCS contam um pouco sobre o que mais marcou a tra-jetória de cada um durante os anos 60 anos de associação.

Quebrar paradigmas e preconceitos com relação

a carne suína ainda é um desafio presente.

60 anos abcs

loPes APresentou resultAdos dA AtuAção dA Abcs nos últImos Anos

JAntAr esPecIAl encerrou o encontro

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paulo tramontini Paulo Tramontini considera

sua maior conquista a frente da ABCS no período de 1987 a 1990 o programa de integração entre a agroindústria e o setor produ-tivo de carne suína, que tinha como objetivo aumentar o con-sumo per capita no mercado brasileiro. Segundo ele, na épo-ca havia problemas seríssimos de preconceitos com a carne suína e essa parceria possibilitou

esclarecer ao consumidor final as qualidades desse alimento. Entre as medidas tomadas estava o melhoramento ge-

nético das matrizes e o aumento de oferta de cortes suínos para o consumidor. “Um dos grandes problemas das pessoas que iam ao supermercado era a falta de diversidade de cortes e de tamanhos. Muitas vezes só encontrava um pernil muito grande que não sabia preparar nem quais eram os temperos que poderia utilizar, o que prejudicava muito o consumo”. Hoje a realidade é diferente. “Encontramos cortes de carne suína diferenciados, muitos já temperados, que é só pegar e colocar no forno e em meia hora está pronto”.

Essas mudanças e ações integradas possibilitaram um crescimento de consumo de 7kg per capita para 12 kg em cin-co anos. Tramontini acredita que o mercado interno ainda tem muito o que crescer. “Se atingirmos pelo menos a metade do potencial dos outros países da Europa, teríamos que triplicar a produção de suínos brasileira. E eu acho que esse é o grande objetivo futuro e permanente da ABCS”, finaliza.

João luís Seimetz

Presidente da ABCS no período de 1991 a 1994, João Luís Seimetz chegou na entidade para estreitar relações com os associados. “A ABCS estava em um período em que havia necessidade de crescimento em termos de associativismo. Trouxemos nessa época mais três entidades estaduais no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, focando no desenvolvi-mento do Centro-Oeste, e em Alagoas”.

Foi também nesse período que a suinocultura brasi-leira se abriu para as experiências do exterior e iniciou sua participação no Congresso Ibero-Americano de Suinocul-tura, onde percebeu as portas que o marketing podia abrir para o setor no Brasil. A ABCS contratou uma consultoria de marketing para executar um trabalho junto a consu-midores, supermercadistas, nutricionistas e médicos para conhecer o que pensavam a respeito da carne suína. “O marketing é vital para nosso setor. Com o resultado dessa pesquisa, conseguimos sensibilizar os associados e as empresas para sensibilizá-los a nos apoiar na missão de crescer o consumo da proteína”.

José adão BraunJosé Adão Braun só

foi presidente da ABCS no período de 1999 a 2005, mas sua história com a associação começou a 57 anos. Após os três primeiros anos, em que o foco da ABCS foi defender politicamente os pequenos produtores de suínos, em sua maioria localizado na região Sul, iniciou-se em 1958

o trabalho mais técnico de melhoramento genético, já voltado para a mudança do suíno produtor de banha para o suíno produtor de carne.

“Na época, a associação promoveu um concurso para escolher um secretário que pudesse assumir a tarefa de tocar o registro genealógico e por sorte estava precisando de em-prego. Passei em primeiro lugar”, conta Braun, que também foi diretor administrativo. Após anos de experiência, que segundo ele, foram essenciais para conhecer melhor o setor, Braun foi convidado para assumir a presidência da associação em 1999.

O mandato foi marcado pela manifestação organizada no Congresso Nacional, em Brasília, em 2002, época de uma das piores crises do setor que durou 18 meses. “Hoje, com uma suinocultura pujante, uma das melhores do mundo, a gente vê que teve a nossa participação. Sempre que como uma costelinha que tem muita carne e está gostosa, sei que tem um pouco da minha contribuição ali”, se emociona.

60 anos abcs

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rubens ValentiniRubens Valentini esteve à

frente da ABCS no período de 2005 a 2009, mas é suinocultor há mais de 30 anos e acompanhou de perto as mudanças tanto do setor quanto da associação. De acordo com ele, a ABCS de hoje é completamente diferente da-quela que começou em Estrela (RS). “Ela passou por períodos significativos em que o foco aca-bou sendo direcionado para

problemas efetivos da suinocultura, mas sempre mantendo a confiança dos produtores”, conta ele.

Defensor do planejamento estratégico, Valentini acredi-ta que ele foi essencial para a ABCS expandir sua atuação para os outros elos além da produção, buscando envolvimento também com a indústria e com as vendas. “Hoje temos uma participação significativa nas ações junto aos produtores, indústria, frigoríficos e também no varejo e vemos resulta-do. A carne suína tem uma aceitação, uma imagem, muito melhor do que tinha a dez anos atrás”, destaca. Ele lembra que foi nesse momento que a associação começou a abor-dagem “Um novo olhar sobre a carne suína” e foi a partir daí que iniciou a história de sucesso entre a ABCS e o Sebrae Na-cional, através do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), lançado em 2009. “O PNDS veio integrar ações, auxiliando a fortalecer cada elo da cadeia”.

Irineu WesslerIrineu Wessler assumiu a

presidência da ABCS em 2009 e, até o final do seu mandato, em 2011, percebeu mudanças profundas no setor. Segundo ele, começou a aumentar cada vez mais a preocupação sobre como a carne suína era exposta nas gondolas dos mercados. “Vimos que não existia pratici-dade na forma em que a carne era apresentada. E a partir daí

foi começar a trabalhar os cortes de acordo com o que o consumidor exige, com a praticidade do dia-a-dia, com o objetivo de aumentar nosso consumo per capita.”, conta Wessler, que frisa a importância do PNDS para fortalecer o mercado interno e para sempre oferecer diversidade de cortes para o consumidor.

Nesse mesmo período, a relação da associação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) rendeu parcerias significativas para o setor, como o registro genealógico online e o manual de cortes, consi-deradas por Wessler decisões acertadas da diretoria. “Hoje, todos os cursos do PNDS que são dados para os açouguei-ros e para o pessoal que trabalha nos frigoríficos e super-mercados tem nosso manual de cortes, um material muito bem produzido”.

marcelo lopesO atual presidente da associa-

ção, que iniciou seu mandato em 2011, aprendeu muito com as difi-culdades que enfrentou a frente da associação. Uma das memórias mais marcantes foi a ação da ABCS no Congresso Nacional, em Brasília, em 2012. Reivindicando apoio e criação de políticas públicas para lidar com a crise que afetava dramaticamente a suinocultura brasileira, a ABCS trouxe mais de mil produtores ao

cenário político do país. “Foi um divisor de águas. Passamos a ser reconhecidos nacionalmente como uma classe extre-mamente competente, produtiva e organizada e isso abriu muitas portas, tanto política quanto economicamente para a suinocultura brasileira”, relembra Lopes.

Foi nessa época que foi criada a primeira Frente Parla-mentar da Suinocultura Brasileira, onde são tratados assun-tos pertinentes ao setor. “Considero uma grande vitória. Com a Frente, temos a oportunidade de ter nossas demandas tra-tadas por uma série de deputados. Temos uma equipe traba-lhando diuturnamente no congresso onde qualquer assunto relacionado com a carne suína é debatido e transformado em interesses da cadeia”. Prestes a iniciar seu terceiro manda-do na associação nacional, Lopes garante que está prepara-do para escrever mais histórias de conquistas no setor.

60 anos abcs

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Topig

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OBRa TRaz CONHECIMENTOS PaRa EVOLUçÃO DE PEQUENOS E MéDIOS PROCESSaDORES

aBCS LaNça PRIMEIROmaNual De INDuStrIalIzação DoS SuíNoS

lançamento

A Associação Brasileira dos Cria-dores de Suínos (ABCS) e o Insti-tuto Tecnológico de Alimentos

(ITAL) lançaram, em março, o primeiro Manual de Industrialização dos Suínos. Assim, micros, pequenos e médios processadores têm acesso ao conhe-cimento necessário para adequar sua produção ao gosto do consumidor moderno e ganhar mercado.

A obra, que pode ser baixada gratuitamente no site da ABCS (www.abcs.org.br), vem de encontro aos ob-jetivos da associação que, por meio do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), visa ampliar o consumo de carne suína pela desmis-tificação de preconceitos, adequação às preferências de consumidores e divulgação das qualidades do produto, entre outras estratégias.

“Grande parte do mercado brasi-leiro é atendido por micros e pequenos

frigoríficos que poderiam aprimorar suas técnicas, mas não tinham referên-cias completas até agora. Com o Ma-nual de Industrialização, mostramos o caminho para estes frigoríficos atende-rem o consumidor atual e, consequen-temente, estimulamos o consumo de carne suína”, comenta o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

Anfitrião do evento, o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, elogiou a iniciativa da ABCS para a ela-boração do Manual de Industrialização dos Suínos e ressaltou o empenho do ITAL, que é ligado ao governo paulista, no projeto.

“É uma alegria participar de um lançamento como este e quero para-benizar a associação nacional pelo pas-so à frente do ponto de vista da gera-ção de empregos, agregação de valor e para o desenvolvimento do país. Muito

obrigado por termos uma associação com esta visão e ousadia”, resumiu.

Apoiado pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e pela Em-brapa, o manual conta com 442 páginas divididas em 17 capítulos e oito anexos que abrangem todas as fases do proces-samento da carne suína, desde prepara-ção dos animais, tipificação de carcaça, equipamentos, controle de qualidade, gestão do frigorífico, embalagem, lista de fornecedores, entre outros.

O pesquisador do Centro de Tec-nologia de Carnes (CTC) do ITAL, Ma-nuel Pinto Neto, conduziu a coordena-ção técnica do livro e destaca que os conhecimentos apresentados permi-tem aos micro e pequenos produtores e processadores, praticamente sem investimentos, agregar valor e atender melhor aos consumidores atuais.

“O Manual justifica-se pelo poten-cial de micro e pequenos produtores

obrA InédItA será bAse PArA treInAmentos nA IndústrIA

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Page 19: Revista da suinocultura 15ª

lançamento

no mercado da suinocultura que muitas vezes não é desenvolvido pela carência de informações que possam melhorar seus produtos. O conteúdo abrange todas as etapas desde o ma-nejo pré-abate até o processamento e apresentação, entre outros tópicos. A maior parte destas informações é de aplicação praticamente sem investi-mento”, cita Neto.

Já o diretor-geral do ITAL, Luis Madi, lembrou de que o órgão sempre enfatizou a importância do traba-lho com as associações de produtores e parabenizou a ABCS por este e ou-tros projetos.

“O livro preenche uma lacuna no mercado com um conteúdo extrema-mente prático para o micro, pequeno e médio produtores e processadores que tem um nicho onde os grandes não conseguem chegar. Isso é muito bom para o setor, a economia e, principal-mente, para a saudabilidade, o prazer e a praticidade do consumidor”, comenta.

conhecimento práticoApesar do excelente status sani-

tário da suinocultura brasileira, o mer-cado doméstico ainda demanda de um crescimento mais sustentável por conta de temas que, em grande parte, são abordados no Manual de Industria-lização dos Suínos.

Os cinco primeiros capítulos abor-dam a fase de manejo pré-abate, que reflete diretamente na qualidade da carne e dos produtos. A relação entre bem-estar animal e a qualidade da car-ne á discutida no capitulo 6.

A descrição das etapas de abate e desossa estão apresentadas no capí-tulo 7, evidenciando sempre o aspecto das boas práticas de fabricação. Nos ca-pítulos 8 e 9, a tipificação de carcaças e os sistemas utilizados estão tratados mais profundamente.

A preparação, a embalagem e a apresentação de vários cortes de carne

suína são descritas no capitulo 10 com o intuito de oferecer alternativas para aumentar a disponibilidade e o consu-mo no varejo.

Já o capitulo 11 aponta alterna-tivas para direcionar o processador entre tantas possibilidades de pro-dutos. A importância da segurança alimentar recebe atenção especial no capitulo 12, no qual são abordadas boas práticas de fabricação e técnicas de higienização.

A questão da embalagem, tão impor-tante para conservação da carne e atração de consumidores, é discutida nos capí-tulos 13 e 14. Já as melhores maneiras de transportar e armazenar produtos frescais ou congelados é o tema do capítulo 15.

O capitulo 16 trata da captação e do uso de água nos abatedouros e frigoríficos suínos brasileiros. Por fim, a questão financeira, de fundamental importância na vida de uma empresa, é o tema do capitulo 17.

“Grande parte do mercado brasileiro é atendido por

pequenos frigoríficos”

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Política

A Frente Parlamentar Mista da Suinocultura, princi-pal representação do setor no poder legislativo federal, ganhou força com a oficialização de seu

registro no Congresso Nacional no início de abril e a ade-são de 208 parlamentares, que representam a maioria dos estados da federação.

A Frente, criada a partir de esforço político da Associação Brasi-leira dos Criadores de Suínos (ABCS) durante a da crise da suinocul-tura em 2012, definiu também seu novo estatuto, que estabeleceu coordenadores regionais em 16 estados, e o Deputado Covatti Filho (PP/RS) como seu presidente nos próximos dois anos.

“Os desafios são muitos, mas nosso principal objetivo é a aprovação do Projeto de Lei da Integração (6459/2013), que aguarda a orientação dos setores produtivo e industrial de diversas cadeias para ser apreciado em plenário. Este projeto garante equilíbrio e segurança jurídica na relação entre indústria e produtor rural”, ressalta.

Composta por deputados e senadores, a Frente Par-lamentar Mista da Suinocultura vai se reunir periodica-mente para debater as principais reivindicações do setor e agregar força política na defesa dos interes-ses de toda a cadeia produtiva da suinocultura, desde o produtor até a indústria.

A senadora Ana Amélia Lemos (PP/RS) inte-gra o grupo desde sua criação e avaliou que a Frente Parlamentar tem grande relevância por ser um espa-ço político de pressão e de debate para avaliar pro-blemas e encontrar soluções para o suinocultor.

“A Frente Parlamentar tem se mostrado muito eficiente neste sentido. Nas recentes crises do segmento, o envolvimento da Frente foi importante para encontrar alívio ou soluções para os produtores. Temos pontos muito relevan-

Frente Parlamentar mista da suinoculturaé ofIcIalIzaDa e gaNha força

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Page 21: Revista da suinocultura 15ª

Política

tes na agenda política para este ano, como a Lei da Integração, mas vários outros”, introduziu a senadora.

prioridades A prioridade da Frente Parlamentar Mista da Suinocultura nos

próximos meses é o trâmite da PL da Integração (6459/2013), que estabelece condições, obrigações e responsabilidades entre produ-tores integrados e agroindústrias integradoras.

“Nossa proposta, se aprovada, trará benefícios para toda a cadeia produtiva, aumentando a efi-ciência das relações contratuais e promovendo ainda mais o Brasil como referência na suinocultu-

ra mundial. Estamos mobilizados com a ABCS para que haja equilíbrio e proteção, especialmente, para

a parte mais fraca da relação, que é o produtor”, diz Covatti Filho.

Entre outros pontos de atenção, estão a aprovação do Projeto de Lei da Merenda Escolar

(inclusão apenas da carne suína), a rejeição ao Pro-jeto de Lei que obriga rótulos sobre a existência de carne suína em produtos alimentícios, a obtenção de novas linhas de crédito para o setor e a recomposição dos estoques públicos de milho.

No entanto, os parlamentares também estarão prontos para defender o setor em futuros projetos de interesse, sejam

eles questões tributárias, de bem-estar ani-mal, exigências ambientais e outras, bem como para auxiliar o setor na interlocução com o executivo, seja com o Ministério da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ou demais ministérios.

coordenadores regionaisO novo estatuto definiu a criação de coorde-

nadores regionais entre os deputados integran-tes da Frente em cada um dos 16 estados com entidades filiadas à ABCS. “Eles serão líderes de

suas bancadas nos temas relativos à suinocultu-ra”, explica Covatti Filho.Em visitas ao Congresso, a ABCS já iniciou o pedido

para que parlamentares dos estados de Minas Gerais (MG), São Paulo (SP), Rio Grande do Sul (RS), Paraná (PR), Goiás (GO), Mato Grosso (MT), Santa Catarina (SC) e do Nordeste se envolvam mais com a Frente Parlamentar e

se inscrevam como coordenadores regionais.Os deputados Dilceu Sperafico (PP/PR), Nilson Leitão (PSDB/MT), Valdir Colatto (PMDB/SC), Heuler Cruvinel (PSD/GO), Rai-

mundo Gomes de Matos (PSDB/CE) e Domingos Sávio (PSDB/MG) foram os primeiros a assumir a posição em seus respectivos estados.

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Page 22: Revista da suinocultura 15ª

bem-estar

Pensado como uma ferramenta para levar informações direto para os produtores, o Fórum de

Bem-Estar e Integração já foi realizado em dois estados da Região Sul, no Paraná, em Toledo, no dia 16 de abril e no Rio Grande do Sul, em Carazinho, no dia 06 de maio, e mobilizou cerca de 400 produtores e profissionais da cadeia suinícola.

Voltados para temas que impac-tam a produção suinícola diretamente, a função dos fóruns é promover o de-bate e apresentar informações sobre

Fórum de Bem-estar e integraçãoreúNe cerca De 400 proDutoreS No Sul

REaLIzaDOS Na REGIÃO DE MaIOR EXPRESSIVIDaDE Da SUINOCULTURa, aS DUaS EDIçõES DOS

FóRUNS REUNIRaM PRODUTORES PaRa DEBaTER aSSUNTOS IMPORTaNTES PaRa O SETOR.

toledo (Pr) sedIou A PrImeIrA edIção do Fórum ItInerAnte

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Page 23: Revista da suinocultura 15ª

bem-estar

bem-estar animal e legislações relacionadas, bem como o Projeto da Lei da Integração e o Fundo Na-cional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). É mais uma ação do Projeto Nacional de desenvolvi-mento da Suinocultura (PNDS) em busca da profissio-nalização da atividade.

Realizado pela Associação Brasileira dos Cria-dores de Suínos (ABCS), pela Associação Paranaen-se de Suinocultores (APS) e Associação de Cria-dores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), o evento contou com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Embrapa Suínos e Aves e Fundo de Desenvolvi-mento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e teve resultados positivos.

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, avaliou positivamente as duas edições. Para ele, o principal ganho foi a sensibilização das lideranças do setor. “Atingimos nosso objetivo de levar informações de qualidade aos produtores para que possamos avançar em relação ao bem-estar, integração e estru-turação do Fundo. Com apoio dos suinocultores da região conseguiremos financiar a iniciativa para que possamos ter mais autonomia e dar continuidade aos avanços obtidos por meio trabalho desenvolvido nos últimos quatro anos”, explicou.

Segundo o presidente da APS, Jacir Dariva, a representatividade do setor no Fórum mostrou que a iniciativa foi muito bem acolhida pelos suinocul-tores. “A associação tem esse papel de despertar o interesse para assuntos que impactam a atividade e influenciam nos resultados da produção”, destacou.

O Presidente da ACSURS, Valdecir Folador, concorda que o Fórum cumpriu o objetivo de conscientizar os suinocultores. “Com certeza os produtores saíram daqui com a visão ampliada a respeito dos temas dis-cutidos”, enfatizou.

Para o coordenador de suinocultura do Sebrae Nacional, João Fernando Nunes, a iniciativa da ABCS de dialogar com as regiões produtoras, por meio des-te evento itinerante é fundamental para aproximar os produtores de temas que refletem na capacidade de comercialização da produção.

Colaborador de peso para a realização dos fóruns e para discussão sobre o bem-estar animal, o Ministério de Agricultura Pecuária e Abasteci-

PrImeIrAs edIções do Fórum ForAm mArcAdAs PelA PresençA do PúblIco

evento APresentou PAnorAmA mundIAl sobre A questão do bem-estAr

Page 24: Revista da suinocultura 15ª

mento (MAPA) foi representado pela Médica Veterinária e Fiscal Federal Agropecuária, Lizie Buss, que se sur-preendeu com a qualidade dos de-bates e acredita que com o desenvol-vimento de outros fóruns em outros estados gerará maior engajamento das entidades de representação da suinocultura brasileira.

A chefe geral da Embrapa Suínos e Aves, Janice Zanella, também se sur-preendeu com a grande participação dos produtores. Segundo ela, o debate despertou a atenção para as temáticas. “A continuidade do diálogo apontará soluções para os desafios postos ao setor hoje, como as demandas pela aplicação de boas práticas no manejo animal”. O evento também contou com a presença da Federação dos Trabalha-dores na Agricultura do RS (Fetag).

Bem-estar animalOs eventos foram abertos com

painel do médico veterinário e consul-tor da Integrall Iuri Machado que falou sobre tendências do mercado suinícola, como se deu a implantação de modelos adaptados às exigências de bem-estar

animal em outros países produtores e aplicação dessas práticas aliadas à produtividade. O veterinário acredita que o objetivo do Fórum foi alcançado. “O envolvimento de vários atores da cadeia – produtores, Embrapa, MAPA, profissionais do setor – contribuíram para qualidade dos debates”, opinou.

O pesquisador da Embrapa Suí-nos e Aves, Osmar Dalla Costa, que participou das discussões do painel, destacou ainda que a suinocultura baseada no bem-estar animal supõe a adoção de critérios e práticas em todas as suas fases, desde o nasci-mento até o abate.

lei de IntegraçãoO diretor executivo da ABCS, Nilo

de Sá, ministrou a segunda palestra dos eventos com o tema integração. Nilo apresentou aos produtores prin-cipais definições do Projeto de Lei, em tramitação no Congresso Nacional, que visa facilitar as relações contratuais entre criadores de suínos e indústria, por meio de regras que resguarde os interesses dos produtores e tragam mais transparência a negociação.

“A CONTINUIDADE DO DIÁLOGO

APONTARÁ SOLUçõES PARA

OS DESAFIOS POSTOS AO SETOR

HOJE, COMO AS DEMANDAS PELA

APLICAçãO DE BOAS PRÁTICAS NO

MANEJO ANIMAL”

bem-estar

esPecIAlIstAs de renome reForçArAm os debAtes

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Page 25: Revista da suinocultura 15ª

Segundo o diretor, além da falta de diálogo com as integradoras, a ca-rência de dados técnicos e o desfasa-mento das planilhas que compõem os custos do produtor no sistema integrado são empecilhos que im-pedem a melhora das condições de produção e da remuneração do sui-nocultor nessa modalidade. Embora, ainda não esteja em vigor medidas da futura lei já podem ser colocadas em prática, para trazer segurança ao produtor um exemplo disso, é a criação de Comissão de Acompanha-mento, Desenvolvimento e Concilia-ção da Integração (CADEC) em cada uma das unidades integradoras. Essa comissão já foi instituída em alguns estados e sua função é defender os interesses da categoria na relação com a agroindústria.

Para o suinocultor de Pato Branco (PR), Reny Gerardi de Lima “o Fórum veio abrir os olhos dos produtores para mudanças que virão pela frente”. “É im-portante fortalecer a cadeia em temas como a integração, principalmente aqui [Paraná] onde a maioria produz nesse modelo”, mencionou. A proprie-tária da Granja Lagoa Grande no muni-cípio de Três Passos (RS), Jéssica Andrea

Goetz, que acompanhou os debates, é criadora de suíno no modelo integra-do. Para ela, os temas apresentados no evento vão auxiliá-la na rotina diária da granja, além de facilitar a negociação com a indústria.

fNDSO presidente da ABCS, Marcelo

Lopes, encerrou os Fóruns apresentan-do aos produtores locais a atuação do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) criado pela Associação Nacional, no final de 2014, para potencializar o trabalho desenvol-vido em prol do crescimento e susten-tabilidade do setor. Atualmente, o Fun-do se aproxima das 200 mil matrizes e a última adesão veio do Centro-Oeste com a adesão da DFSUIN.

O coordenador de suinocultura do Sebrae Nacional, João Fernando Nunes, é apoiador do fundo e disse que a ação pioneira irá alavancar o crescimento do setor que tem tido bons resultados. “O FNDS servirá de vitrine para outros setores do agro-negócio brasileiro. A ação atende os critérios de contrapartidas exigidos pelo Sebrae para apoiar o setor, por meio do PNDS”, enfatizou.

“O FóRUM VEIO ABRIR OS OLHOS DOS

PRODUTORES PARA MUDANçAS QUE

VIRãO PELA FRENTE”

outros fórunsNo dia 15 de maio, o Fórum

chegou ao Centro Oeste. A Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DF-SUIN) e a ABCS promoveram o evento dentro da Feira Interna-cional dos Cerrados – Agrobra-sília e contou com cerca de 90 participantes.

Ainda para o primeiro se-mestre de 2015, está em de-senvolvimento a realização dos fóruns nos estados de Goiás e Espírito Santo. A in-tenção é levar o debate de bem-estar para os produtores de todo país para que o setor possa evoluir no tema.

bem-estar

PresIdente dA Abcs APresentou Fnds Ao setor

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Page 26: Revista da suinocultura 15ª

SINaIS De melhora e SazoNalIDaDecrIam eXpectatIVa poSItIVa ao SuINocultor

 aPESaR DE QUEDa NOS PREçOS aTé INíCIO DE MaIO, PRODUTOR MaNTEVE LUCRO Na aTIVIDaDE

A montanha russa das cotações da carne suína pode assustar mas, ao menos desde o ano passado, os números inspiram confiança em

mais um ano positivo. Depois atingir recordes em no-vembro de 2014, os preços caíram 36% até início de maio, mas recuperam-se 13% até meados de junho, o que já representava um valor pago ao produtor 2,6% acima do mesmo período de 2014.

Levando em conta que 2014 foi um excelente para a suinocultura e a sazonalidade do setor (os pre-ços melhoram a partir de meados do ano), os dados do CEPEA indicam que não há motivos para alarmis-mo e, talvez, até certo otimismo, pois a recuperação ainda não refletia a chegada do inverno e sustenta-se com um nível de custos menores para insumos como os grãos.

“Confiamos em mais um ano de margens po-sitivas por diversos fatores econômicos e sociais no Brasil e no exterior. Com certeza, a responsabilidade do produtor em não haver aumentado a oferta no pe-ríodo de preços mais altos no ano passado foi muito importante para evitarmos quedas ainda maiores no início de 2015”, comentou o presidente da Associa-

ção Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Marcelo Lopes.

Segundo ele, o período do ano menos favorável para a suinocultura está acaban-

do e, mesmo com uma demanda tímida, foi possível manter as margens positivas. “Agora

começa um período melhor para a suinocultura, mas a orientação é de cautela e aposta na eficiência pro-dutiva para potencializar a lucratividade”, comentou.

Esta também é a leitura de outras instituições,

mercado

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Page 27: Revista da suinocultura 15ª

como o Rabobank, que preveem uma margem menor mas ainda positiva para os produtores bra-sileiros em 2015, especialmente os mais eficientes.

Ainda assim, a demanda enfraquecida nos mer-cados interno e externo nos primeiros meses do ano e queda nos valores pagos chegaram a preocupar suinocultores mesmo com a pressão baixista sobre os principais insumos.

A soja e o milho, por exemplo, também caíram e estão cerca de 10% mais baratos na comparação entre abril de 2015 com o mesmo mês do ano passado, ape-sar de outros insumos, como aminoácidos, combustí-veis e energia elétrica, sofrerem significativos reajustes.

Segundo o presidente da Associação dos Criado-res de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS), Valdecir Folador, o mercado gaúcho apresentava bons sinais em meados de junho, como o aumento da demanda e crescimento das exportações.

“O mercado realmente reagiu e nossas perspec-tivas para o segundo semestre continuam sendo positivas, não excepcionais como em 2014, mas com boas margens para os produtores conseguirem se equilibrar economicamente”, disse.

Historicamente, é a partir de meados do ano que a carne suína melhora seus preços pa-

gos ao produtor. Também no ano passado, foi a partir de maio que as cotações iniciaram subidas sucessivas até chegarem a patamares recorde para o setor nas semanas próximas às festas de final de ano.

O início de maio de 2015, a partir dos dias 7 e 8, trouxe sinais de leve recuperação em algumas das praças mais importantes como São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. As expectativas entre os produ-tores também eram melhores do que semanas antes.

O diretor-executivo da Associação dos Suinocul-tores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), José Arnal-do Cardoso, adiantou a expectativa de uma recupera-ção mais expressiva já nas próximas semanas e meses.

“Eu estou acreditando em uma alta nas cotações por conta da baixa disponibilidade de suínos no mer-cado. Temos esta informação em Minas Gerais e em São Paulo. Além disso, o inverno também favorece assim como o início do período com maior volume de exportações”, comenta.

Assim, diferentes fatores que contribuíram para quedas nas cotações, como o calor, contas de início de ano, poucas exportações e demanda interna enfra-quecida, já começam a se alterar e os compradores não acumularam estoques desde o final do ano passado.

No front externo, houve melhora nos embarques de abril e maio e o período mais quente na Europa, es-pecialmente na Rússia, é a principal janela de exporta-ções para o setor. Ainda assim, o relatório trimestral do Rabobank sobre o mercado global de carne suína indi-ca crescimento robusto da oferta nos Estados Unidos (recuperando-se da PEDv) e na Rússia, o que pode derrubar as cotações.

“O aumento da concorrên-cia no mercado global de ex-portação irá resultar em preço e margem de pressão contí-

mercado

2015 será PosItIvo PArA A suInoculturA

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Page 28: Revista da suinocultura 15ª

“Historicamente, é a partir de

meados do ano que a carne suína

melhora seus preços pagos ao

produtor. “

A NOVA HISTÓRIA DA NUTRIÇÃO ANIMAL BRASILEIRA COMEÇA AQUIPesquisa, produção e distribuição de produtos de grande eficiência para um novo conceito em nutrição animal. Esse é o papel da Auster que leva ao mercado brasileiro a mais alta qualidade com a confiança plena do produtor nacional.

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nuas na maioria dos países em todo o mundo. Portanto, depois da flutuação dos preços dos últimos anos, a indústria de carne suína global está se movendo lentamente para o fundo do ciclo”, avalia o analista de proteína animal da Rabobank, Albert Vernooij.

No entanto, a desvalorização do real frente ao dólar em relação ao ano passado pode favo-recer os exportadores de carne suína brasileira, assim como os embates políticos comerciais en-tre Estados Unidos e Rússia, e ser suficiente para evitar excesso de oferta no mercado interno.

Para os próximos meses, Folador revelou um quadro mais positivo do que em relação aos primeiros meses do ano, apesar de situações pontuais serem a explicação de atraso de algu-mas semanas para recuperação dos preços.

“A partir de junho temos informação de que deve melhorar com o inverno e estabiliza-ção da economia, já como resultado de alguns

ajustes do governo federal. Do lado do produ-tor, a oferta está ajustada, mas temos uma par-te de suínos mais pesados ainda como reflexo da greve dos caminhoneiros”, lembrou.

De maneira geral, ninguém acredita em um ano tão bom como o de 2014 e, muito menos, tão ruim como o de 2012. Pode-se dizer que o setor amadureceu em vários aspectos, mas sempre é importante lembrar que a oferta deve seguir a demanda e não o contrário. O melhor caminho para aumentar os ganhos é a eficiência produtiva e de gestão e não o maior alojamento.

“É o momento de termos muita cautela e preocuparmos com gestão e administração de custos. Investir apenas no estritamente necessário e ficarmos unidos para encontrar-mos as melhores alternativas. A médio prazo a tendência é melhorar com mais consumo interno e exportação. Daí a insegurança dimi-nui”, explicou José Arnaldo.

mercado

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DIAMANTE

OURO CRACHÁ REVISTA OFICIAL APOIO:

A GESTÃO COMO FERRAMENTA DE SUCESSO NA SUINOCULTURA MODERNA

REALIZAÇÃO

Page 30: Revista da suinocultura 15ª

Psc

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) pretende indicar, até junho, mais 14 estados brasileiros para reconhecimento internacional como

áreas livres de PSC (Peste Suína Clássica) à Organização Mun-dial de Saúde Animal (OIE).

Atualmente, apenas Rio Grande do Sul e Santa Catarina completaram os requisitos e conquistaram o status no órgão internacional em assembleia prevista para ocorrer ainda no final de maio. Outros 14 (PR, SP, MG, MS, MT, GO, TO, RJ, ES, BA, SE, RO, AC e DF) tem o reconhecimento apenas nacional como áreas livres de PSC.

A intenção foi anunciada em março, em Curitiba, no Paraná, durante reunião entre representantes do Mapa, Asso-ciação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e das defesas sanitárias estaduais, graças à evolução apresentada por este conjunto de estados no atendimento às exigências para o reconhecimento internacional.

“O Mapa está dando um voto de confiança até junho, quando estão previstos o envio dos relatórios à OIE. Ainda assim, vamos promover auditorias em cada estado para cons-tatar o cumprimento das exigências antes de encaminhar os pleitos”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Guilherme Marques

O representante do Mapa explica que o objetivo inicial é formar uma área contígua, ou seja, incluindo todos os estados a partir do sul do país. Caso um ou mais estados não cumpram os requisitos, existem planos de contingência. “Estou otimista pois acredito na competência, na disposição e no compro-misso das defesas agropecuárias e nos governos destes 14 estados”, completa.

O diretor-executivo da Associação Brasileira dos Cria-dores de Suínos (ABCS), Nilo de Sá, participou do evento em Curitiba e disse considerar “factível” a indicação de todos os 14 estados. No entanto, ele destacou a importância da mo-bilização da iniciativa privada e poder público em cada um deles para cumprir o prazo até junho.

“O ideal é avançar para formar uma área contígua livre de PSC com reconhecimento internacional de 16 estados. Com esta nova exigência, os estados sem reconhecimento

internacional não podem enviar animais para recria em estados com o reconhecimento da OIE. Como este trânsito atualmente existe e é intenso, o avanço de somente alguns estados pode ser um entrave”, esclarece Nilo.

Ele explica que os requisitos para o reconhecimento estão previstos na NI nº 5/2009 do Mapa e prevêem coleta de sangue de reprodutores descartados, de criatórios de subsistência e suídeos asselvajados (javalis), além de noti-ficações de aumento de mortalidade e estrutura do serviço oficial (número de veterinários, veículos, postos fixos e vo-lantes), entre outras.

“É uma gama de exigências que já são conhecidas desde 2009. Alguns estados avançaram muito nisso e outros nem tanto. Estimulamos que se adequem e façam o dever de casa pois o benefício do reconhecimento internacional, certamente, compensará o esforço e os investimentos”, orienta o diretor-exe-cutivo da ABCS.

reconhecimento internacionalO reconhecimento internacional da OIE sobre o status

de livre de PSC tem várias etapas. Inicialmente, cada estado deve cumprir as exigências descritas na NI nº 5/2009 e passar por auditoria do Mapa para, caso aprovado, ser indicado ao órgão internacional.

Depois, o pleito é avaliado por um grupo Ad Hoc e poste-riormente, caso aprovado, passa pelo Comitê Científico OIE e, finalmente, pela Assembleia Geral. Rio Grande do Sul e Santa Catarina foram indicados pelo Mapa no ano passado e tiveram seus pleitos aceitos pelo Comitê Científico da OIE em fevereiro.

maPa PreteNDe INDIcar maIS14 eStaDoS como lIVreS De pSc para oIeESTaDOS aVaNçaM MaS aINDa PRECISaM COMPLETaR EXIGêNCIaS aTé JUNHO

O ideal é avançar para formar uma área contígua livre de PSC com

reconhecimento internacional de 16 estados. O avanço de somente

alguns estados pode ser um entrave”, esclarece Nilo.

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Page 31: Revista da suinocultura 15ª

Psc

Estes estados aguardam a aprovação da Assembleia Ge-ral para obter o status de livres de PSC. Depois disso, estados ou países sem o reconhecimento internacional podem ser alvo de restrições por países importadores de carne suína.

primeira mãoA mudança na regra, definida pela resolução 29 da OIE

em maio de 2013, estabeleceu que a PSC deixasse de ser de enfermidade de autodeclaração para doença de reco-nhecimento oficial, juntamente com febre aftosa, peste bovina, pleuropneumonia contagiosa dos bovinos, en-cefalopatia espongiforme bovina (doença da vaca louca), peste dos pequenos ruminantes e peste equina.

Cerca de um mês depois, a ABCS promoveu o primeiro debate continental sobre o tema, quando recebeu repre-

sentantes de 22 países das Américas, durante simpósio que antecedeu o Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (XV SNDS), em Gramado, em agosto de 2013.

O evento, que contou com a participação de represen-tantes da OIE e da da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), apresentou em primeira mão as novas exigências do órgão internacional sobre o tema para os produtores e lideranças do setor de todo o continente.

Desde então, a ABCS promoveu e participou de deba-tes sobre o tema com apoio do Mapa, entidades estaduais e representantes da iniciativa privada em diferentes estados do país com objetivo de esclarecer as dúvidas sobre o reco-nhecimento internacional bem como estimular as iniciati-vas nos estados para adequação às novas exigências.

30 milhões de suínos

88% da população suína

79% das matrizes alojadas

16ESTADOS

02ESTADOS

04ESTADOS

05ESTADOS

RS, SCJá conquistaram o status no órgão internacional (OIE).

SP, MS, BA, SEAinda precisam avançar.

PR, GO, MT, MG, ROApresentaram boa evolução.

Reconhecimento apenas nacional como áreas livres de PSC.

Coleta de sangue de reprodutores descartados, de criatórios de subsistência e suídeos asselvajados (javalis)

Notificações de aumento de mortalidade e estrutura do

serviço oficial (número de veterinários,

veículos, postos fixos e volantes), entre outras.

Zona Nacional Infectada de PSC

Zona Nacional Livre de PSC

Zona Internacional livre de PSC

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apoio

Um novo

objetivo

Uma nova

meta

Um novo

caminho

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mato Grosso

teatro De faNtocheS moStra à crIaNçaDaValoreS NutrItIVoS Da carNe SuíNa

MaIS DE 7 MIL ESTUDaNTES JÁ PaRTICIPaRaM Da aTIVIDaDE PROMOVIDa PELa aCRISMaT

O consumo de proteínas animais durante a infância auxilia no crescimento das crianças e a

carne suína pode ser uma importante aliada para essa fase. Essa informação é reforçada pelo manual da Sociedade Brasileira de Pediatria, publicado em 2012 para orientar a alimentação infantil e confirma que a proteína suína pode ser incluída na alimentação dos peque-nos já nos primeiros anos de vida. A Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) resolveu mos-trar esses benefícios de forma lúdica, por meio de apresentações de teatro de fantoches, iniciadas em abril, nas escolas municipais de Cuiabá (MT).

Até o fechamento desta publicação, mais de 7 mil crianças já haviam parti-cipado das atividades oferecidas pela Acrismat com o apoio do Projeto Nacio-nal de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS). “A apresentação foi bastante esclarecedora e educativa, alcançando o objetivo de mostrar que a carne suína é saudável e saborosa. Usar o teatro fan-toche auxiliou na compreensão e atraiu a atenção dos estudantes”, reforçou An-drea Alves, diretora da escola Rita Caldas Castrillo, uma das 14 a receber o projeto.

As apresentações teatrais com foco na saudabilidade da carne suína, fazem parte de uma parceria firmada, no início deste ano, entre a Acrismat e a Secretaria de Educação de Cuiabá para estimular o consumo da carne suína, mostrando valores nutricionais da proteína e a im-portância dos bons hábito alimentares. Segundo o diretor executivo da associa-ção, Custódio Rodrigues, mais de 60 mil

crianças serão beneficiadas pelas ações conjuntas. Para incluir de vez a proteína na merenda escolar, o acordo incluí também a capacitação dos técnicos de nutrição escolar da capital mato-gros-sense, por meio de cursos oferecidos pela SENAC-MT que ensinará diferentes cortes suínos, técnicas e receitas.

Para o presidente da Acrismat, Rau-lino Machado, a parceria com as escolas é uma grande oportunidade de divul-gar a importância da inclusão da carne suína no cardápio diário e de conscien-tizar a nova geração de consumidores. “O uso de uma linguagem direcionada a criança e adolescentes contribui para efetivar o aprendizado”, disse.

Segundo o secretário municipal de Educação, Gilberto Figueiredo, a parceria permite enriquecer e incre-mentar a alimentação oferecida aos estudantes. “ Servimos diariamente 86 mil refeições, com um cardápio especial, elaborado por profissionais

especializados, como nutricionistas e gastrônomos. Com essa iniciativa va-mos valorizar a produção e incentivar o consumo da carne suína em nosso estado”, acrescentou.

Saudável e Saborosa De acordo com a especialista em

nutrição esportiva, Thaliane Dias, nos últimos anos o padrão de qualidade do suíno brasileiro há muito alcançou os mais elevados patamares, o que resultou numa carne de alta qualidade com baixos teores de colesterol e rica em nutrientes como fósforo, potássio, riboflavina, niacina, ferro, vitamina B6 e vitamina B12.

Mais de 60 mil crianças serão beneficiadas pela

parceria da Acrismat e Secretaria de Educação

teAtro de FAntoche AtrAI Atenção de estudAntes PArA sAbor dA cArne suínA

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O Curso de cortes suínos, ofe-recido pela Associação dos Suinocultores do Triângulo

Mineiro e Alto Paranaíba (ASTAP) e a Cooperativa Suinco, com o apoio do PNDS e da Associação dos Suinoculto-res do estado de Minas Gerais (ASEMG) e Sebrae, capacitou mais de 70 profis-sionais de açougue da Rede Smart de Supermercados e lojistas filiados, em abril, na cidade de Belo Horizonte.

Presente em 620 municípios brasi-leiros, a Rede Smart atua em 23 estados, por meio de 950 estabelecimentos. A parceria com a ASTAP em MG, permitiu a capacitação de profissionais de 50 lojas, das 200 em atividade no estado. “Nosso intuito é estreitar cada vez mais essa parceria com o varejo e assim ofe-recer mais opções de cortes e inserir a carne suína no dia a dia do consumidor”, explicou a gestora executiva da ASTAP, Fernanda Caixeta.

Durante o curso, o mestre açou-

gueiro Daniel Furtado mostrou aos participantes como aumentar a renta-bilidade da carcaça suína e apresentou cerca de 40 opções de cortes suínos.

A ação contou também com pa-lestra conduzida pela coordenadora do PNDS, Lívia Machado. Ela falou da evolução da produção de suínos no Brasil que resultou numa carne de alta qualidade, com baixo teor de gorduras, versatilidade e saudabilidade. “A evolu-ção genética alcançada na produção brasileira gerou um suíno de ponta e uma carne de qualidade. Contudo, ainda precisamos levar essa informa-ção àqueles que são essenciais no tra-tamento do nosso produto no ponto de venda. Eles são agentes influencia-dores da decisão dos consumidores, capacita-los é muito importante”, destacou.

Para a supervisora comercial re-gional da Rede Smart, Joiceny Macedo, o curso ampliou a visão dos lojistas

filiados trazendo um novo olhar para o produto. Segundo a supervisora, junto com a ASTAP/SUINCO, a rede Smart planeja expandir a iniciativa para todo o estado, capacitando parceiros de todas as lojas em Minas Gerais. “Cons-cientizar o lojista que a carne suína é versátil, saudável e que agrada o con-sumidor é fundamental para fazer com que ele passe oferecer essa opção nas gôndolas de sua loja”, constatou.

A opinião também é comparti-lhada pelo superintendente do Fri-gorífico Suinco, Carlos Lanna Júnior. “Treinar colaboradores de uma rede grande como a Smart é muito im-portante para difundir ainda mais os benefícios do consumo da proteína suína”. De acordo com Lanna, o curso mostrou também que a rede varejista pode incrementar seus lucros a partir da aplicação de técnicas de cortes que proporcionem mais rentabilidade e qualidade a carne suína.

minas Gerais

aStap e SuINco promoVemcurSo De corteS SuíNoS

a açÃO COM aPOIO DO PNDS CaPaCITOU MaIS DE 70 PROFISSIONaIS DE açOUGUE

rede smArt Pretende cAPAcItAr ProFIssIonAIs de 200 loJAs de mg

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Page 35: Revista da suinocultura 15ª

minas Gerais

programa De capacItação totalqualIFIca ProDutoreS De PoNte NoVaPCT 2015 aBORDa PRÁTICaS ROTINEIRaS Da GRaNJa E TéCNICaS MOTIVaCIONaIS

O 2º módulo do Programa de Capacitação Total da Suino-cultura (PC T ) reuniu mais

de 70 participantes, em Ponte Nova, em maio. Realizado pela Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap) e Coosuiponte em parceria com o Projeto Nacional de Desen-volvimento da Suinocultura (PNDS) e Sebrae Nacional, essa etapa do PCT tratou do manejo reprodutivo do ma-cho suíno.

Com foco na capacitação de pro-dutores e gerentes de granjas, o PCT 2015 na região foi organizado em três módulos que abordarão além do ma-nejo da granja, técnicas motivacionais para os colaboradores do setor. Para a gestora executiva da Assuvap, Paula Gomides, além de profissionalizar os procedimentos da produção, a forma-ção é uma maneira de valorizar os cola-boradores das granjas. “O PCT permite aos produtores e seus funcionários cor-rigir possíveis falhas que possam haver nos procedimentos rotineiros, além de melhor o desempenho da atividade no dia a dia”, constatou.

A médica veterinária e consul-tora da Integrall Djane Dllanora foi a responsável pela palestra oferecida no último módulo PCT que abordou principais aspectos relacionados ao manejo reprodutivo do macho suíno. Durante o curso, a profissional ressal-tou a importância dessa fase do mane-jo que compreende todo o processo reprodutivo e produtivo do sistema, devendo ser conduzido com toda a

atenção, pois dele depende o atingi-mento de melhores índices produtivos e o retorno econômico da atividade.

Sandra Neves proprietária de uma grande na região participou da pales-

tra e disse que o tema debatido escla-receu procedimentos diários. “É uma oportunidade de trocar conhecimento e ajustar práticas da rotina da granja”, comentou.

 Dia da carne Suína mineira A ASEMG comemorou, em 04 de maio, em Belo Horizonte, o “Dia da Car-

ne Suína Mineira”, instituído pela Lei nº 21.125, estabelecida a pedido da Fren-te Parlamentar da Suinocultura Mineira. As celebrações não pararam por ai, a data festiva marcou também os 43 anos de atuação da associação e a con-firmação da adesão ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS). O evento aconteceu no Mercado Central, ícone da gastronomia na capital mineira, com a presença de líderes do setor e autoridades ligadas a todos os elos da cadeia suinícola.

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, compareceu a comemoração e reforçou a importância da parceria da ABCS com a ASEMG para a evolução do setor. “Parabenizo a associação por esta data e pelo trabalho desenvolvido no estado para o desenvolvimento da suinocultura”. A coordenadora do PNDS, Lívia Machado, também prestigiou o evento e enalteceu a participação da entidade no desenvolvimento das ações do projeto. “Temos na ASEMG uma parceira de peso, que colabora sempre com excelência para projetar a suino-

cultura mineira”.

dIA dA cArne suínA mIneIrA

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Page 36: Revista da suinocultura 15ª

esPírito santo

3ª eDIção Da faVeSu receBe PúBlIco recorDe

ORGaNIzaDa PELa aSES/aVES, FEIRa CONTOU COM UMa aMPLa PROGRaMaçÃO

A 3ª Feira da Avicultura e Suino-cultura Capixabas (FAVESU) foi

sucesso de público com mais de 2.600 visitantes. Realizada em Venda Nova do Imigrante (ES), entre 11 e 12 de junho, a Feira é uma iniciativa da Associação de Suinocultores do Espírito Santo (Ases) e Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santos (Aves), apoiada pelo Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS).

Voltada para produtores, empre-sários, técnicos, e representantes de atividades ligadas direta e indireta-mente com os segmentos envolvidos, a FAVESU contou com uma ampla programação técnica, incluindo a apresentação de monografias científi-cas. O evento também trouxe grandes oportunidades em relação a negócios, capacitação de produtores, sensibi-lização do público consumidor além da troca de informação e experiências entre os participantes.

Para o presidente da ASES, José Puppin, a FAVESU é uma oportu-nidade de fortalecer os trabalhos desenvolvidos nos últimos anos pela

suinocultura e avicultura capixabas. “O evento contribui para trazer os nossos parceiros para mais perto do setor”, explicou. Puppin destaca tam-bém que a avicultura e suinocultura tem alcançado um importante papel socioeconômico no Espírito Santo, a exemplo disso, as duas atividades juntas alcançaram um faturamento superior a R$ 1 bilhão, em 2013.

A carne suína teve espaço de des-taque na Feira, que é o maior evento dos setores no estado. Por meio de ofi-cinas gastronômicas e curso de cortes suínos, a ASES destacou todo o poten-cial da proteína. Além de acompanhar

as aulas demonstrativas como a vitrine da carne, os visitantes puderam degustar receitas à base da proteína e compro-var todo o sabor, versa-tilidade e praticidade do preparo dessa carne.

Ent re vár ios de -bates de interesse dos produtores de suínos, a FAVESU também abriu

espaço para o Fórum de Bem-Estar Ani-mal, uma realização da ABCS e ASES, em parceria com o Sebrae Nacional. Com objetivo de apresentar os diver-sos sistemas usados para atender as exigências de boas práticas e orientar o produtor brasileiro para que ele possa avaliar qual o modelo mais adequado à sua realidade, o Fórum contou com palestra do veterinário e consultor da Integrall, Iuri Machado, e do presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

Lopes também participou da reunião de conjuntura da suinocul-tura e avicultura, realizadas desde a primeira edição da Feira, com o tema Panorama e Oportunidade da Suino-cultura Brasileira. Para Lopes, a FAVESU mostra a qualidade da suinocultura no Espírito Santo e as perspectivas de crescimento. “A ASES tem feito um trabalho diferenciado para disseminar o conhecimento sobre a carne suína com cursos de cortes, feiras, ações em universidade, concurso gastronômico, entre outras ações” concluiu.

Fonte: ABCS

receItAs PrátIcAs

vAlorIzAm sAbor dA

cArne suínA

com ProgrAmAção AmPlA FAvesu AtrAI PúblIco dIversIFIcAdo

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Rondônia tem potencial para de-senvolver a suinocultura, mas ainda é preciso profissionalizar

a cadeia produtiva na região. A ava-liação é da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento e Regula-rização Fundiária (SEAGRI) local. Hoje, o estado conta com apenas 3.000 matrizes tecnificadas. Para incentivar a organização da atividade em Rondô-nia e a produção em escala industrial, o governo estadual e os produtores buscaram apoio da Associação Brasi-leira dos Criadores de Suínos (ABCS) e do Projeto Nacional de Desenvolvi-mento da Suinocultura (PNDS).

A estruturação da cadeia produtiva interna é o primeiro passo para o de-senvolvimento da suinocultura no es-

tado. Com esse objetivo, os produtores rondonienses se organizam para criar a primeira associação estadual da região norte, filiada à ABCS. As tratativas com a entidade nacional envolvem orienta-ção sobre o mercado, apoio técnico e treinamentos. No último mês de março, o diretor executivo da entidade, Nilo de Sá, esteve reunido com produtores na Câmara Municipal de Colorado do Oeste, onde apresentou a dinâmica do funcionamento do mercado nacional e internacional da carne suína, além de compartilhar a experiência da entidade com a gestão do PNDS, com seis anos de atuação, a iniciativa da ABCS em parceria com o Sebrae levou sustentabi-lidade a suinocultura de vários estados, em todo o território nacional.

Considerada a nova fronteira agrí-cola no país, com destaque para a re-gião do Cone Sul, Rondônia caminha a passos largos para se tornar um gran-de celeiro de alimentos, impulsionado pelo crescimento das linhas de crédi-to rural, investimentos em maquinário e o clima favorável. A expansão das safras de grãos que servem de base para a ração de animais, – segundo dados da SEAGRI, o estado colheu, em 2014, 613 mil toneladas de soja, sendo o 3º maior produtor da oleaginosa na região Norte, e 542 toneladas de mi-lho, o que representa a 4º maior safra na região –, e o atendimento aos cri-térios do programa de sanidade suína do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) são pontos

rondônia

aBcS INceNtIVa profISSIoNalIzaçãoDa caDeIa SuINícola Na regIão Norte

O ESTaDO DE RONDôNIa PODE SER O PIONEIRO Na ESTRUTURaçÃO Da aTIVIDaDE

dIretor -executIvo dA Abcs PArtIcIPou de reunIão com Produtores em rondônIA

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Page 39: Revista da suinocultura 15ª

que contribuem para a ampliação da produção suinícola na região.

Ao participar da reunião em Co-lorado, o secretário de Agricultura de Rondônia, Evandro Padovani, disse que o governo do estado busca o desenvolvi-mento sustentável das diversas cadeias produtivas: café, bovinocultura de corte, leite, a piscicultura e agora suinocultura. “Temos o grão, água e produtores com vontade de produzir. Buscamos a ABCS, pois ela tem o know how da tecnologia e produtividade que o estado precisa para ter uma suinocultura forte e pujante. Já plantamos a semente da associação esta-dual de produtores”, afirmou o secretário.

O presidente da ABCS, Marcelo Lopes, reforça que a organização dos suinocultores contribui para fortalecer a atividade em Rondônia. “A criação de uma associação de representatividade, filiada ao sistema nacional, possibilita o acesso desses produtores a políticas nacionais para o crescimento e finan-ciamento do setor e a construção de parcerias”, mencionou. Segundo Lopes, entre outras medidas, a existência de um corpo associativo no estado abre portas para a participação em iniciativas

como o Fundo Nacional de Desenvolvi-mento da Suinocultura (FNDS), criado no final do ano passado para potenciali-zar o trabalho do setor e o PNDS.

A visão do presidente da ABCS é partilhada também pelo coordenador de suinocultura do Sebrae Nacional, João Fernando Nunes, para quem a instituição de uma entidade forte que represente a base produtiva do estado é fundamental para trazer legitimidade aos pleitos dos produtores junto ao setor privado e aos órgãos públicos de fomento. “Em coletividade, os pro-dutores poderão comprar insumos para ração mais baratos, investir em treinamento e outras ações que be-neficiarão o setor, além de facilitar o

acesso a financiamentos”, destacou. “O Sebrae tem interesse em estruturar um projeto que apoie o desenvolvimento, a formação dos suinocultores e da cadeia em Rondônia”, complementou.

Para o suinocultor de Colorado do Oeste (PR), Gustavo de Moura, pro-prietário de 500 mil matrizes, fortalecer a atividade na região é uma oportu-nidade para o produtor diversificar seus investimentos e gerar emprego e renda para população local. “Hoje boa parte da carne suína consumida em Rondônia vem de outros estados, então temos um potencial de mercado grande na região”, ressaltou.

O Plano de ações do governo local para expansão da produção suinícola prevê ainda a implantação de um frigo-rífico suíno no município de Colorado do Oeste que irá beneficiar os criadores do Cone Sul. A iniciativa conta com o apoio da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondô-nia (Idaron) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO).

Fonte: Com informações da SEAGRI

MIlho Produção de grãos base da ração de suínos em RO

SojA

* Dados da SEAGRI em 2014

rondônia

3º maior safra da Região Norte

613 mil toneladas

4° maior safra da região

542 toneladas

A estruturação da cadeia produtiva interna

é o primeiro passo para o desenvolvimento

da suinocultura no estado.

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Parceiro do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocul-tura (PNDS) e da Associação de

Suinocultores de Sergipe (SUINSE), o Frigorífico Nutrial lançou em abril cam-panha para promover o consumo da carne suína. A ação acontece nas lojas da Rede GBarbosa, em Aracaju (SE), e conta com degustações de pratos à base da proteína, esclarecimentos sobre saudabilidade e ofertas de cortes suínos a preços especiais.

Com foco nos benefícios e sabor da proteína, os organizadores da campa-nha planejaram uma série de materiais informativos e também brindes perso-nalizados como camisetas e bonés que serão utilizados durante a execução de ações de marketing em lojas do grupo GBarbosa. “Queremos desmistificar preconceitos e mostrar para o consu-midor que a carne suína é uma ótima

opção para a mesa da família brasileira”, reforçou o gerente comercial do Nutrial, Roosevelt Mendonça.

A campanha, iniciada no supermer-cado GBarbosa do Shopping Jardins, passará pelas 32 lojas da rede na capi-tal Sergipana, até agosto. De acordo com representante da GBarbosa Luís Milanez, para atrair a atenção dos con-sumidores sergipanos, durante a ação em cada loja, a rede oferecerá também vários cortes suínos com descontos especiais entre eles filé, alcatra, picanha, copa lombo. “Nossos colaboradores foram capacitados por meio de cursos de cortes do PNDS para oferecer novas opções de cortes aos clientes”, explicou.

Para o presidente da SUINSE, José Evairton Brito, a presença do Frigorífico

Nutrial no estado facilita a industrializa-ção da produção local e contribui para que a carne suína chegue ao varejo, e logo ao consumidor final, porcionada em cortes diferenciados.

A coordenadora do PNDS, Lívia Machado, ressaltou a importância do trabalho do PNDS no Nordeste: “foi a partir do nosso trabalho de parceria e apoio ao Frigorífico Nutrial que conse-guimos despertar uma rede importan-te como a GBarbosa para a oportuni-dade lucrativa que é a carne suína, essa campanha, pautada em informação e diversidade de produtos, trará resulta-dos diretos no aumento de consumo da carne suína”, reforçou.

Fonte: ABCS

serGiPe

campaNha Do frIgorífIco NutrIal ereDe gBarBoSa PromoVe carNe SuíNa

a açÃO aPOIaDa PELa PNDS E SUINSE aCONTECE EM LOJaS DE aRaCaJU

cAmAPAnhA do nutrIAl InovA nA APresentAção do Produto

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Page 41: Revista da suinocultura 15ª

Mais de 14 mil crianças parti-ciparam das atividades do Espaço Suinocultura Kids

promovido pela Associação Goiana de Suinocultores (AGS) na 70ª Exposição Agropecuária do Estado de Goiás e 30ª Exposição Agropecuária de Suínos do Estado de Goiás, realizadas entre os dias 08 e 24 de maio. Estudantes das escolas públicas de Goiânia e região metropolitana aprenderam de forma lúdica como funciona o sistema de produção de suínos e os benefícios do consumo da carne suína.

O espaço suinocultura kids é uma ação do Projeto Escola, uma das atra-ções da Exposição Agropecuária or-ganizada pela AGS em parceria com a Sociedade Goiana de Pecuária e

Agricultura (SGPA) e que contou com o apoio do Projeto Nacional de Desen-volvimento da Suinocultura (PNDS).

Segundo a gerente administra-tiva da AGS, Crenilda Neves, ação visa incentivar o consumo de carne suína in natura, fortalecer a cadeia suinícola do estado, e mostras os benefícios do produto e sua relação com um car-dápio saudável, além de desconstruir paradigmas e preconceitos em relação à proteína. “De uma maneira descon-traída, o espaço kids da suinocultura consegue imprimir no imaginário infantil o conceito de que a carne suína é parceira de um cardápio saudável”, explicou Crenilda.

O espaço kids contou com várias atividades pedagógicas entre elas

oficina de escrita, leitura, exposição de mini-granjas e vitrine da carne. “As apresentações auxiliaram os estudan-tes a entender a quantidade de nu-trientes contidos na carne suína”, men-cionou secretária da Escola Intelectual, Solange de Oliveira.

Com intuito de orientar as crianças sobre a saudabilidade da carne suína e bons hábitos alimentares, a coordena-ção do PNDS planejou várias ações já em andamento como a elaboração de cartilha e gibis voltados para esse públi-co. “A iniciativa da AGS reforça o trabalho nacional e nos aproxima cada vez mais do consumidor”, ressaltou a coordena-dora do PNDS, Lívia Machado.

Fonte: ABCS

Goiás

eSpaço SuINocultura KIDS Da agS ateNDe maIS De 14 mIl crIaNçaS

a açÃO OCORREU DENTRO Da EXPOSIçÃO aGROPECUÁRIa DO ESTaDO DE GOIÁS

ProJeto escolA oFereceu esPAço esPecIAl PArA crIAnçAs dentro dA 70ª exPosIção AgroPecuárIA de go

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Page 42: Revista da suinocultura 15ª

A suinocultura teve espaço de desta-que na AgroBrasília,

a Feira Internacional do Cerrado, que recebeu cer-ca de 100 mil visitantes, entre os dias 12 e 16 de maio no Parque Tecno-lógico Ivaldo Cenci, em Brasília (DF). A Associação dos Criadores de Suínos do Distrito Federal (DFSUIN), com apoio do Projeto Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS) e Sebrae DF, marcou presença no evento com as ações voltadas para divulgação da carne suína e capacita-ção de produtores.

Dentro do estande da Federação da Agricultura e Pecuária (FAPE-DF), a DFSUIN recebeu mais de 5 mil visitan-tes que estavam presentes na Feira e

puderam acompanhar a exposição de cortes suínos, degustar pratos à base da proteína, além de receber matérias com informações de saudabilidade da carne e cartilha com receitas práticas. Produtores e profissionais do setor também participaram de oficinas de cortes suínos e palestras técnicas.

Outra novidade desta edição foi a parceria da associação com o Restau-

rante Egóns, que ofereceu um cardápio especial com um prato suíno por dia. O estabelecimento serviu mais de 1.200 refeições diá-rias. Segundo o proprietário Jandir Prediger a aceitação dos pratos suínos foi um su-cesso. “Foram servidos cerca de 200 quilos de carne suína por dia, uma tonelada em menos de uma semana, o

que representou metade da carne con-sumida no Egóns”, comemorou.

Para o presidente da DFSUIN, Ivo Jacó de Souza, os números de ações e os resultados da Feira comprovam a efetividade do trabalho desenvolvidos por meio do PNDS. “A AgroBrasília é um evento muito representativo para o setor. É sempre uma grande oportuni-dade de mostrar os benefícios da carne suína e se aproximar dos consumido-res em razão da quantidade de visitan-tes que a Feira recebe todos os anos e da participação da DFSUIN, inovada este ano por parcerias inéditas como a do Egóns”, reforçou.

A coordenadora do PNDS, Lívia Machado, esteve presente na Feira e se surpreendeu com a diversidade de ações direcionadas à suinocultura e promoção da carne suína. “Precisamos potencializar a presença da carne suí-na em cortes diferenciados nas feiras pelo Brasil. A proatividade e parceria da DFSUIN em inserir a carne suína no restaurante da AgroBrasília foi exce-lente” ressaltou.

distrito federal

pct capacita produtores do Df sobre aplicação de tecnologias sustentáveis

A DFSUIN em parceria com o Sindisuínos realizou, em abril, o 1º módulo do Programa Capacitação Total de Suinocultura – PCT 2015, em Brasília. Com tema voltado para aplicação de tecnologias sustentáveis na produção, o pro-grama, apoiado pelo PNDS e Sebrae DF, capacitou mais de 40 suinocultores e profissionais da área. A palestra ministrada pelo engenheiro agrônomo da DSM, Maurício Prata, abordou principais tendências do mercado de suínos e como elas influenciam os resultados da produção.

Consolidado como uma das mais importantes ações da suinocultura local, o PCT reúne palestrantes capacitados na área técnica e em recursos humanos. Segundo o presidente da DFSUIN, Ivo Jacó de Souza, a escolha do tema atende à demanda do setor que, influenciado pelas ações do PNDS, está cada vez mais

atento a aplicação de práticas sustentáveis na produção suinícola.

SuINocultura tem eSpaço De DeStaque Da agroBraSílIa

açõES Da DFSUIN E PNDS Na FEIRa IMPULSIONaRaM O CONSUMO Da CaRNE SUíNa

desgustAção mostrou sAbor e versAtIlIdAde dA ProteínA

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ourofINo INoVa e amplIa lINha com mais duas soluções Para a suinocultura

Com o objetivo de ampliar a eficiência na produção de suínos, a Ourofino Saúde Animal apresenta duas soluções de sua Linha Aves e Suínos: o Maxicam 2% injetável, o anti-inflama-tório não esteroide à base de meloxicam, e o Lactofur, antimicrobiano de amplo espectro de ação à base de Ceftiofur a 10%.

O Maxicam 2% injetável apresenta potente ação analgésica e anti-inflamatória prolongada (24 horas), con-droprotetora e seletiva ao sítio específico da inflamação (COX2). A seletividade faz com que o produto tenha ação antiexsudativa, além de possibilitar a realização do tratamento de médio a longo prazo (acima de dez dias), o que as demais moléculas presentes no mercado não permitem, por predisporem a ocorrência de quadros de gastrite com possível evolução para úlceras. O Maxi-cam 2% injetável é o único anti-inflamatório à base de meloxicam registrado para suínos no Brasil, sendo o princípio ativo de eleição

na União Europeia para manejos com leitões em cas-tração, corte de cauda e desbaste de dentes.

Novidade no mercado, o Lactofur é um antimi-crobiano de amplo espectro de ação à base de ceftio-fur. Apesar de ser uma molécula já conhecida e utili-zada, o produto tem em sua formulação tecnologia inovadora que permite longa ação (cinco dias), sem período de carência e dose única. Ao contrário das

demais moléculas de ceftiofur, o grande diferencial da solução da Ourofino é a possibilidade de administração em dose única em qualquer fase de produção, sem período de carência para o abate. Além disso, após aberto o frasco, se for armazenado em condições adequadas, o produto possui validade de seis meses, sem alteração de qualidade.

Para mais informações sobre estes e demais produtos da Ourofino acesse www.ourofinosaudeanimal.com ou entre em contato com o nosso 0800 941 2000.

certIfIcação p1 graNJa PROFISSIONaLIzaçÃO Da GESTÃO Na SUINOCULTURa

Em 2014, com o lançamento do livro Suíno.Cultura, a Agriness disponibilizou ao mercado o PENSAMENTO+1, uma metodologia de gestão especialmente desenvolvida para a produção de suínos. Através dos pilares Pessoas e Informação, esta metodologia trabalha princípios e conceitos que contribuem para aumentar, de forma constante e sustentável, a produtividade da granja, entendida aqui como produzir mais com os mesmos recursos disponíveis, a custos adequados e garantindo, assim, o aumento de lucratividade e a sustentabilidade do negócio.

Baseada nos resultados positivos da aplicação prática da metodologia PENSAMENTO+1 no campo, a Agriness criou a Certificação P1 Granja, um programa de capacitação de profis-sionais para excelência em gestão da produção de suínos. Com 6 turmas já realizadas e mais de 70 alunos em formação, a certi-ficação vem gerando impactos positivos no mercado. A chave para o seu sucesso é a orientação para uma rápida aplicação prá-tica, fazendo com que o aluno saia da primeira etapa do curso e

já possa colher frutos dos conhecimentos e técnicas trabalhadas.

No programa do curso, destinado a produtores, gerentes de granjas, técnicos, veterinários e supervisores, o profissional é

habilitado a aplicar o PENSAMENTO+1 nas granjas. O participan-te passa primeiro por uma etapa de imersão, onde é apresentado a conhecimentos, técnicas e ferramentas para atuar melhor com pessoas, informação e o método criado pela Agriness. Para obter a certificação P1 Granja, o participante segue para a etapa de apli-cação prática, com duração de 6 meses, onde é apoiado e avalia-do por um tutor P1 Agriness. “A suinocultura deu grandes saltos em produtividade, mas vemos que ainda há muita oportunidade de melhoria, principalmente em como usar a gestão para dimi-nuir desperdícios e aumentar resultados. Foi com essa motivação que criamos o PENSAMENTO+1 e esta certificação”, comenta Junior Salvador, Consultor de Negócios e sócio da Agriness.

Saiba mais sobre a Certificação P1 Granja em academia.agriness.com.

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auSter completa Sete aNoS De mercaDo

A Auster Nutrição Animal completa sete anos em 2015 e tem orgulho de ser uma empresa 100% nacional. Sendo uma empresa inovadora, seu crescimento é ex-pressivo em todos os anos de funcionamento. Apenas no ano de 2014, a Auster cresceu 51%, atingindo recorde de venda e de lucratividade.

Sua produção é dividida em sete braços - especialidades lácteas, substitutos de leite, enzimas, aditivos, proteínas es-peciais, especialidades energéticas e premixes, com produ-tos e prestação de serviço. Ao todo, são mais de 30 produtos no portfólio. Para tanto, a empresa elabora a fórmula de seus produtos adaptados à realidade do mercado brasileiro, respondendo rapidamente a uma demanda, com um preço acessível a realidade do produtor, qualidade de padrão mun-

dial e conseguindo atender aos mais restritos padrões de qualidade e de Boas Praticas de Fabricação, além de elevado grau de precisão em microdosagens.

A empresa investe mais de R$ 2 milhões por ano em P&D e co-desenvolvimento de tecnologias e produtos em parce-ria com os clientes e instituições de pesquisa, com capacida-de de introduzir real inovação e ao mesmo tempo manter parcelas razoavelmente grandes de Marketshare.

Com tantas ações em diferentes setores, temos obti-do resultados expressivos, como a empresa estar presente em 42% da produção de suínos no Brasil. E esse número tende a aumentar com novas tecnologias e novas linhas de produtos que chegarão ainda este ano. Auster, a nutri-ção em ótimas mãos.

INStItucIoNal topIgS NorSVINA TOPIGS Internacional e Norsvin Internacional

fundiram suas atividades e criaram uma nova empresa, com o nome de Topigs Norsvin. A fusão destas duas companhias resultou em uma empresa líder mundial em genética suína, com faturamento anual superior a 179 milhões de dólares/130 milhões de euros. A sede será em Vught, na Holanda. A operação da TOPIGS na Holan-da, a revista Varkens K.I. Nederland e as operações da Norsvin na Noruega não fazem parte da fusão.

As empresas TOPIGS e Norsvin são de propriedade de produtores cooperados, com uma filosofia idêntica de pagar dividendos através do progresso genético derivado de pes-quisa e desenvolvimento aplicados (P&D).

TOPIGS e Norsvin estão alinhando suas atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D) para maiores e estraté-gicos investimentos, com o objetivo de acelerar o progresso genético e desenvolvimento de novos produtos. Por muitos anos, as duas empresas têm cooperado com sucesso em projetos específicos de P&D e agora, estão alinhando com-pletamente todas essas atividades. O orçamento de P&D combinado é de cerca de 25 milhões de dólares / 18 milhões de euros, equivalente a 14% do faturamento.

A combinação de fenótipos de alto rendimento, tomografia computadorizada em larga escala, núcleos

multiplicadores espalhados pelo mun-do, coleta massiva de dados de produ-ção e seleção genômica irão acelerar

o progresso genético e agregar valor a toda a cadeia produtiva.

A Topigs Norsvin tem um portfólio de produtos comple-mentares que garantem ganhos para os nossos clientes. Os produtos atuais de ambas as empresas permanecem dispo-níveis no mercado.

Com uma produção de mais de 1,55 milhões de matrizes e mais de 8 milhões de doses de sêmen por ano, a Topigs Nor-svin (www.topigsnorsvin.com) é uma das maiores fornecedo-ras de genética suína do mundo. Cada ano, mais de 90 milhões de suínos são produzidos para abate com a genética da marca.

Em 2015, a Topigs Norsvin completa 20 anos no Brasil e continua investindo na implantação de novas tecnologias e com foco contínuo na produção de suínos eficientes. Pesquisa, inovação e difusão de melhoramento genético serão os pilares da empresa. A forte e constante melhoria dos produtos, permite que os parceiros agreguem um valor significativo as suas produções.

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sabor sublime

INGREDIENTES GuiSAdO• 800 gramas de alcatra suína;• 250 ml de azeite de oliva;• 2 cenouras;• 2 cebolas;• 2 Tomates concassé;• 1 caixa de creme de leite; • 50 ml de extrato de tomate;• 350 ml de água;• 30 ml de cachaça;

Tempere a carne com: salsinha, coen-tro, cebolinha, alho poró, pimenta do reino, cominho, salsão e sal a gosto

FAROFA• 250 gramas de farinha

de mandioca crua;• 70 gramas de abóbora pescoço;• Sal e coentro a gosto.

MODO DE PREPaRO:1. Aquecer o azeite e dourar bem a carne,

acrescentar a cachaça, o cominho, a pimenta do reino, o sal, deixar cozinhar por 2 h;

2. Acrescentar o extrato de tomate, o tomate concasse, o salsão, o alho poró e a água;

3. Adicionar a cenoura e a cebola, o creme de leite e deixar reduzir; Finalizar com a salsinha, coentro e cebolinha e servir.

MODO DE PREPaRO Da FaROFa:1. Colocar em prato fundo farinha de

mandioca crua de boa granulação e salgar; 2. Misturar água quente aos poucos. Vão ser

formadas bolas com a farinha; 3. Acrescentar abóbora (de pescoço) cozida e

tire estrias de abóbora com um garfo para colorir a farofa.

Quando estiver tudo misturado, jogar o coentro e misturar também.

*Rende cinco proções

Guisado de alcatra suína com farofa de bolão em lascas de abóbora

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Maxicam 2% é um anti-infl amatório não esteroide com excelente atividade anti-infl amatória, analgésica e antiexsudativa com mínimos efeitos gastrolesivos ou ulcerogênicos.

Anti-infl amatório seguro.

Maxicam 2%

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60 anos de históriac o m e m o r a d o s e m g r a n d e e s t i l o !

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