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www.embalagemmarca.com.br
MQUINAS: O incentivo oficial BIOPLSTICOS: PLA chega ao Brasil
PRMIO EMBALAGEMMARCA: Inscries vo at dia 21 de agosto
CACHAAApresentaes de luxo
renovam a imagem dodestilado brasileiro
ndncias e Perspectivasl-Mart, Pelly Design, Jequiti enson & Johnson confirmados
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}}}UMA CONvERSA COM O LEITOReDITORIaL
Pblico-Alvo
EMBALAGEMMARCA dirigida a profissionais que
ocupam cargos de direo, gerncia e super-viso em empresas integrantes da cadeia de
embalagem. So profissionais envolvidos com
o desenvolvimento de embalagens e com poder
de deciso colocados principalmente nas inds-
trias de bens de consumo, tais como alimentos,
bebidas, cosmticos e medicamentos.
emBAlAGemmARCA uma publicao mensal da
Bloco de Comunicao Ltda.Rua Arclio Martins, 53
CEP 04718-040So Paulo, SP
Tel.: (11) 5181-6533Fax: (11) 5182-9463
www.embalagemmarca.com.br
Filiada ao
O contedo editorial de EMBALAGEMMARCA
resguardado por direitos autorais. No
permitida a reproduo de matrias editoriais
publicadas nesta revista sem autorizao
da Bloco de Comunicao Ltda. Opinies
expressas em matrias assinadas no refletem
necessariamente a opinio da revista.
Det de ed: Wilson Palhares | [email protected]
Edt execut: Guilherme Kamio | [email protected]
Redao: [email protected] Esprito Santo | [email protected] Freitas | [email protected]
Contedo eletrnico:Edt: Flvio Palhares | [email protected]
Departamento de arte: [email protected] de te: Carlos Gustavo Curado | [email protected] de te: Carolina Ricciardi | [email protected]
Administrao:Eunice Fruet | [email protected]
Marcos Palhares | [email protected]
Departamento Comercial: [email protected] Lenz |[email protected]
Karin Trojan | [email protected] Ferreira | [email protected]
Circulao e Assinaturas (Assinatura anual: R$ 99,00):
Marlyan Dulz | [email protected] FOtOdecaPa:stUdiOagandrgOdOy
PRMIO EMBALAGEMMARCAGrandes cases de embalagemTECNOLOGIAPRODUTIVIDADE GIROCONVENINCIAINOVAO REDUODECUSTOS IMPACTOAMBIENTAL
VIDADEPRATELEIRAAGREGAODEVALORLOGSTICAMATERIAISDESIGNCOMUNICAOSEGURANA
2
0
0
92
0
0
9
De oportunidades mal aproveitadasreportagem de capa des-ta edio de embalagem-
marCa
, de autoria deGuilherme Kamio, aborda problemas que afetam o
vasto mercado de cachaas, mas que, noentendimento da redao, pode ser vistacomo algo recorrente a vrias outrasreas. Como acontece no caso da bebidatpica brasileira, existem diversas cate-gorias de produtos com excelentes opor-tunidades de realizar bons negcios, decrescer e de exportar. No entanto nose nota por parte de muitas empresas
com potencial para tirar proveito dessasituao a percepo de que podemfaz-lo. Pior, parece ser dbil a vontadepara tanto.
curioso observar que a aguardentefeita base de cana-de-acar, cantadaem prosa e verso como uma bebidacapaz de agradar os mais variados pala-dares, em diferentes pases, tem produ-o oficialmente contabilizada na casade 1,3 bilho de litros por ano porm
vendida basicamente nos limites dasfronteiras do Pas. Ser que somentealguns poucos especialistas estrangei-ros (mais uma avassaladora massa de brasileiros) de bom gosto so capazesde detectar com suas sensibilssimas
papilas gustativas as delcias da cani-nha? Ou ser que, de modo geral, aquele
pesado consumo se deve a que a maioriado produto oferecido, suas embalagens,seus rtulos e fechamentos so o que deo melhor o poder de compra de nossopovo consegue alcanar?
No se argumentar aqui que a rendadas classes C e D melhoraram nos lti-mos anos. O que se pergunta se elasno estariam migrando da marvada para produtos mais nobres, a fim delivrar-se do estigma de consumidor debebida de pobre? Enquanto isso, h
notcias de que uma crescente parcelados bebedores de bebidas finas est ade-rindo ao destilado de cana, seja na formade caipirinha, de batidas ou pura. S queessa faixa de consumidores exige produ-tos de qualidade e embalagens que nofiquem a dever s de usques, vodcas econhaques importados. Pelo que apuroua reportagem, quem est tirando maiorproveito dessa tendncia so fabricantesestrangeiros de embalagens. Quanto ao
produto, ouve-se cada vez com maiorfreqncia que os chineses estariam sepreparando para produzir... cachaa. Decana-de-acar.
Wilson Palhares
A
Ser que o pesadoconsumo de cachaa
se deve a que amaioria do produto,suas embalagens,
seus rtulos efechamentos so oque de melhor opoder de compra
de nosso povoconsegue alcanar?
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suMRio}}}N 120}}}AGOSTO 2009
Snacks 12rufl m mlgm
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Andrew Eyles 62dg o-mo o
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Entrevista42exuo o bndes xpl o po
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Lava-roupas10Fo ulzl p o
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Aes institucionais 14a o o Fum t
Pp 2010, mo p mo
Bioplsticos18cgll ouz o opolmo
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48MargarinasPlo oo o mlho
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Farinceos22vlul oll po ulom qu m mlgm
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Artigo54buo al,
Joho &
Joho, o
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Azeites40slm o o om mlgm
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Candies23chl, cuy, ghmlgm y op
Bebidas56comxm ou
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Reportagemde capa: Cachaa 30
Alimentos66cml l jopoo m mlgm
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Prmio52c o mo p o o
PRMIO EMBALAGEMMARCA
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3EditorialUm o om o lo
58Painel grficoPouo poo gfp pouo ulo mlg
8S na webO qu o o www.mlgmm.om. -wl ml lm o u
74AlmanaqueFo uo o m mlg
68DisplayLmo o u m mlg
36PanoramaMomo o muo mlg m
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No concurso de beleza. um reconhecimento competncia.
INSCRIES AT
O Prmio EmbalagemMarca Grandes Cases de Embalagem diferencia-se das demais
premiaes existentes por avaliar os resultados concretos que as embalagens trazem para a
indstria usuria. Melhor desempenho em linha, aumento nas vendas, menor impacto ambiental
so algumas possibilidades. O aspecto visual das embalagens importante.
Mas uma embalagem de sucesso muito mais que apenas beleza.
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21 DE AGOSTO
Patrocnio Premium
OrganizaoApoio Operacional
Patrocnio Master
Patrocnio Especial
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A Coca-Cola, que patrocina o
seriado Ugly Betty(Betty, a Feia)
no Reino Unido, lanou uma
srie limitada de embalagens
chamada The Betty Bottle. As
garrafinhas de idro tm um rtulo
termoencolhel cor de rosa comestampa de leopardo. A assinatura
da embalagem de Patricia Field,
figurinista do seriado Sex and the
City. As garrafas so acompanhadas
de enelopes com pequenos
adesios, que permitem personalizar
a embalagem.
Leia mais em www.mblgmmr.om.br/bttyf
O Senai-SP lanou o Senai So Paulo Design
(www.sp.senai.br/spdesign/), uma noa rea de negcios da
instituio que tem o objetio de prestar serios em design
para as indstrias. O ncleo ai oferecer consultoria tcnica,
capacitao profissional, desenolimento de projetos e
produtos e informaes sobre tendncias internacionais para
apoiar a produo brasileira na busca de noos mercados.
Leia mais em www.mblgmmr.om.br/ndgn
A agncia sria Peter
Gregson Studio criou a noa
marca e as embalagens dos
sucos e gelias orgnicos
Sopocani, produzidos no
mosteiro de mesmo nome.
As garrafas e os potes de
idro tm rtulos escritos
manualmente pelos monges.
Leia mais em www.mblgmmr.om.br/opon
As embalagens de caf industrializado no Brasil
j podem estampar a imagem da mascote
Supercaf, personagem da
campanha Caf Sade,
do Ministrio da Agricultura,
Pecuria e Abastecimento
(Mapa). A medida tambm
ale para as embalagens
do produto brasileiro
industrializado pela Ueshima
Coffee Company (UCC) no Japo.
O objetio da campanha estimular o consumo
da bebida entre o pblico joem acima de 15
anos de idade. Leia mais em
www.mblgmmr.om.br/motf
A Souza Cruz reformulou a marca Free, que completa 25
anos e ganha noa identidade isual em sua embalagem. A
mudana, que j inha sendo testada em Porto Alegre (RS),
Piracicaba (SP) e Londrina (PR), agora ser leada para
todo o Brasil, comeando por So Paulo.Leia mais em www.mblgmmr.om.br/novofr
s na web
Amostra da seo diria de notcias de www.mblgmmr.om.br e da e-newsletter semanal da reista
internacional
Betty, a Feia nas garrafas de Diet Coke
panorama
Senai lana ncleo de negcios em design
internacional
Orgnicos personalizados
cafs
Mascote para o caf
cigarros
Souza Cruz reformula embalagem de Free
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twttr.om/mblgmmr
Blog EmbalagemMarcaNovdd urodd. Vt omnt
mblgmmr.blogpot.om
Ed: flvio palharEs||| @embgemmc.cm.b
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}}}LaVa-RouPas
Refil na reaMarca popular lana sabo em p em frasco reutilizvel
formato curvilneo caracterstico, as paredesazuis translcidas e a tampa esfrica, que sedesdobra em copo dosador, fazem crer quese trata de mais um frasco de amaciante.Ledo engano. A embalagem plstica rgida
acondiciona sabo em p, numa aposta em diferenciaoda catarinense Dupar, empresa detentora da marca QLarde materiais de limpeza com perfil popular.
A idia que o recipiente seja reutilizado. Os lava-roupas comercializados com a mesma marca em bolsasplsticas funcionariam como refis, sustentando, na viso dafabricante, uma proposta inusitada no mercado de sabesem p que no perde o apelo da economia. A possibilidadede dosagem, com a tampa medidora, evita desperdcios eoferece um diferencial em relao aos cartuchos e embala-gens flexveis tradicionalmente utilizados para acondicio-nar lava-roupas.
A nova embalagem soluciona ainda outros inconve-nientes observados numa pesquisa que realizamos comdonas-de-casa: a instabilidade das flexveis durante o manu-seio e armazenagem e a m-conservao nos cartuchos, que
pode fazer o sabo em p umedecer e petrificar, comentaMarcos Sebben, diretor da Design Inverso, agncia respon-svel pela concepo do produto.
Modernizao amplaO frasco reutilizvel surge como arauto de uma moderni-zao da marca QLar, baseada numa srie de redesenhosde embalagem executados pela Design Inverso. O mesmomodelo de recipiente ser empregado nos lanamentos delava-roupas lquidos e em gel e tambm numa nova linhade amaciantes. As flexveis de sabes em p, planejadas
para funcionar como refis para o frasco, tambm sofreramatualizaes de projetos grficos.Jefferson Meisen, diretor-geral da Dupar, explica que
a empresa quer atender ao gosto por novidades do con-sumidor menos abonado. Essa demanda cresceu com aelevao do poder aquisitivo nos ltimos anos, que temfacilitado o acesso das classes C e D a produtos de qualida-de, com embalagens mais elaboradas, considera Meisen.A torcida da empresa catarinense para que o hbito dereabastecer frascos com sabo em p QLar, no de outrasmarcas caia no gosto desse pblico. (AES)
OBazei Embalagens(54) 3225-1999
www.bazei.com.br
Darioplast(48) 3625-2000
www.darioplast.com.br
Design Inverso(47) 3028-7767
www.designinverso.com.br
Grfica Estrela
(49) 3441-0200www.graficaestrela.com.br
Componente Material e processo Fornecedor
Frasco Soprado em PPDarioplast
Tampa dosadora Injetada em PP
Rtulo Auto-adesivo, de filme de BOPP Grfica Estrela
Bolsa plstica Filme de PE laminado Bazei Embalagens
As embalagens dos sabes em p QLar
Melhorconservao do
produto e presenade tampa dosadora
so trunfos emrelao a outrasembalagens de
lava-roupas
Linha deflexveis,reformulada,ter funode refil
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}}}sNacKs
Caras-metadesVersos das embalagens de Ruffles integram sabores
der no mercado brasileiro de sna-cks de batata, a Ruffles, da PepsiCo,apresenta uma nova linha de produ-
tos para o pblico adolescente, tendoa embalagem como carro-chefe. Os
pacotes de Ruffles do seu jeito exploram smbolosdo universo feminino e masculino. Para as garotas,a embalagem tem o smbolo de Vnus, o fundo cor-de-rosa, borboletas e a figura de uma adolescente.Na verso dos garotos, o smbolo Marte, e apare-cem figuras como uma bola e uma guitarra. Nos ver-sos das embalagens, o menino e a menina podem sejuntar: quando colocadas lado a lado, as flow packscriam uma imagem com os dois se beijando.
Os jovens esto sempre juntos, pois se comple-mentam e se atraem, mas existem diferenas entre osuniversos feminino e masculino, diz Carla Arajo,gerente de marketing da PepsiCo. Em Ruffles doseu jeito, desde a embalagem, passando pelos sabo-res e formatos, ressaltam as peculiaridades de cadaum, complementa.
Nosso objetivo foi criar uma identidade visualque se comunicasse com o pblico jovem, enten-dendo as diferenas entre meninos e meninas,conta Alexandre Gama, diretor de criao da Future
Group, responsvel pelo desenvolvimen-to das embalagens, confeccionadas pelaTecnoval. Conclumos que a melhor
maneira de abordar esses universosseria utilizar cones associativos. Usa-mos cores vibrantes e elementos liga-dos moda na embalagem feminina e tons escuros,alm de objetos vinculados a esportes e msica, parao produto masculino, explica o executivo.
O argumento da PepsiCo que os novos Rufflesseguem a tendncia de consumo mundial de desen-volvimento de produtos customizados. Os consumi-dores buscam cada vez mais produtos alinhados comseu estilo de vida, gostos e jeitos. Todo o desen-volvimento do produto foi feito em parceria comos jovens, que escolheram os sabores e formatos,definiram as embalagens e ajudaram no desenvolvi-mento do plano de comunicao, ressalta a gerentede marketing da PepsiCo.
Pesquisas desenvolvidas com o pblico-alvotambm definiram os sabores e formatos da batata.Para elas, um sabor suave de Cream Cheese, emuma batata lisa e mais fina. Para eles, um sabor maisintenso: Costelinha Barbecue, com ondas maiores emais grossas. (FP)
L
Future Group(11) 5506-4160
www.futuregroup.com.br
Tecnoval(12) 2124-4400
www.tecnoval.com.br
FOtOs:divULgaO
Com sabores distintospara cada sexo,
salgadinhos tmembalagens cujosversos formam a
imagem de um casalse beijando
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}}}aes iNstitucioNais
Objetivo, compacto e densoFrum Tendncias e Perspectivas 2010 visa ajudar o planejamento das empresas
es que efetivamente acrescen-tem conhecimento e, paralelamen-te, oportunidades de ampliao darede de relacionamentos de seuspblicos. Esse o objetivo central
que orienta iniciativas da Bloco de Comunica-o, como, entre outras, o Frum Tendncias ePerspectivas 2010, que ocorrer em 16 de setem-bro prximo em So Paulo, no mbito do CiClode ConheCimento. O evento destina-se a contri-buir com informaes concretas, fornecidas poragentes ativos da cadeia de valor de embalagem,nesta fase do ano em que as empresas se voltampara o planejamento do prximo exerccio.
Ao planejar o Frum, a Bloco de Comunica-o, editora da revista embalagemmarCa, preo-cupou-se em traar o programa de maneira a quefosse objetivo e compacto, mas ao mesmo tempodenso em contedo. Com espao reservado noCentro Brasileiro Britnico, o evento ter dura-o de meio-dia e constar de quatro mdulos.
Um dos mdulos, de abrangncia global,ser levado a cabo pelo designer Chuck Pelly,da Design Academy, novo nome da renomadaagncia californiana Pelly Design Management.Com projetos consagrados em diversas reasindustriais, entre elas a de embalagem, a DesignAcademy engloba uma rede global de profissio-nais voltados para a inovao.
A
A agncia se caracteriza, entre outros atribu-tos, por seu reconhecido xito em design estrat-gico inovador, com o mrito de desenvolver seusprojetos no s com base na criatividade de seusprofissionais, mas tambm com o envolvimento
do meio acadmico, dos governos e do estadoda arte da tecnologia aplicada. Justificando amudana do nome da empresa, Pelly consideraque ele descreve mais adequadamente a capaci-dade da equipe para o relacionamento e sua apti-do para intermediar a ao entre o mundo dosnegcios, o acadmico, os governos e a pesquisa e alcanar os resultados por eles objetivados.
Neste mdulo do Frum Tendncias e Pers-pectivas 2010, Chuck Pelly far um prognsticodas principais vertentes de consumo e do design
de embalagem, num quadro global que continuase modificando radicalmente na esteira da crisefinanceira e econmica deflagrada em setembrode 2008. Dever tambm apontar as oportunida-des que podem surgir nesse panorama.
Outro dos itens ser uma apresentao de umrenomado economista brasileiro, a ser definidoentre trs nomes com os quais a equipe de orga-nizao do Frum est mantendo entendimentose cujo nome no havia sido fechado quando esta
Chuck Pelly, da Pelly Design Management e co-fundadorda The Design Academy Inc presena confirmada
d
ivULgaO
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edio de embalagemmarCa estava sendo con-cluda. Caber a esse profissional fazer combase em pesquisas e em estudos de equipe a projeo das tendncias macro da economia esua repercusso nos negcios em geral, comcorte para a cadeia de embalagens.
O terceiro mdulo ter a presena do vare- jo. Um executivo do Wal-Mart far uma pales-tra com o tema Packaging Scorecard, que vaiabordar o sistema adotado nos Estados Unidos,e que agora chega ao Brasil, para classificaras embalagens dos produtos comercializadosnas lojas da rede. O profissional tambm falarsobre o Pacto pela Sustentabilidade Wal-MartBrasil, que prev a reduo de 5% nas emba-
lagens at 2013, alm de outras aes com oobjetivo de reduo de resduos.
Entre as duas palestras, seguidas de debatescom o pblico, ser realizada uma mesa-redondacom a participao de representantes de dife-rentes segmentos industriais, a fim de verificarcomo as empresas usurias esto percebendo ocomportamento e as expectativas dos consumi-dores e como se preparam para atend-las no quediz respeito a embalagens. A mediao ficara cargo da redao de embalagemmarCa, que preparar uma interpretao das questes apre-sentadas. J confirmaram presena neste painelMarcelo Martins, diretor de inovao da Jequiti
Patrocnio
Realizao
Cosmticos, empresa que vem tendo crescentepresena em seu segmento, e Bruno Alcantara,engenheiro snior da Strategic Design Operation
da Johnson & Johnson do Brasil (ver artigo desua autoria na pg. 54). Ele dever partilhar comos presentes sua recente experincia de trabalhoem Xangai, na China, onde participou duranteseis meses do desenvolvimento de projetos deembalagem para o mercado local. A idia queestabelea relaes sobre o entendimento do con-sumidor em mercados emergentes, com nfaseno brasileiro.
O contedo do evento, devidamente editado,ser distribudo alguns dias depois de sua reali-zao, com exclusividade para os participantes,devendo se constituir num til instrumento auxi-liar para o planejamento do prximo exerccioem suas empresas. esperada a presena deaproximadamente 200 pessoas.
Antigo projeto da Bloco de Comunicao,o Frum Tendncias e Perspectivas 2010 um passo complementar de um servio que j fazparte da agenda de reportagens de embalagem-marCa inseridas no escopo de transformar infor-mao em conhecimento. Trata-se da matria
Tendncias e Perspectivas, publicada regular-mente na revista desde seu lanamento h dezanos, sempre no ms de dezembro. O contedodo Frum sem dvida adensar a qualidade dareportagem. (WP)
Veja como foram eventos anterioresdo CiClode ConheCimento no site
www.ciclodeconhecimento.com.br
Frum Tendncias e Perspectivas 2010Dt: 16 d tmbro d 2009
Horro: d 8h00 13h00
Lol: cntro Brlro BrtnoRu Frrr d arjo, 741 Pnhro, so Pulo, sP
inform nr:Mrll Frt, tl. (11) 5181-6533;
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}}}BioDegRaDVeis
1. Colheita
O milho colhidopor fazendeiros,
debulhado eencaminhado a
usinas de moagem
2. Cozimento
Nas usinas, os gros de milhopassam por um processo decozimento por at 40 horas
a 50 C, que os faz inchar eamolecer
Produo de acar
O cozido entoturado e peneirado porquinas especiais parasolar o amido, que emeguida transformado
em acar
4. Fermentao
Atravs dafermentao,
microorganismosconvertem o
acar em cidoltico
5. Polimerizao
As molculas de cido ltico se unem,formando anis chamados de monmeros
lactdeos. Os anis ento se abrem e
comeam a se ligar uns aos outros, formandouma longa cadeia de polmero poliltico
6. Granulao
Os polmeros so entoconformados como grnulos
(pellets), adquirindo o formatodefinitivo da resina PLA
FOnte:natUreWOrKs/cargiLL
Um novo campo parFamoso bioplstico de milho comea a ser ofere
Por Andra Esprito Santo
emorou, mas chegou. OIngeo, polmero verdelanado no incio da dcadae cada vez mais empregadomundo afora na produo
de embalagens, como alternativa aos plsticos convencionais, comea a ser
ofertado no Brasil pela Cargill. Trata-sedo mais famoso bioplstico do mundo, euma referncia em polmeros derivadosdo amido de milho (veja o infogrfico).
Conhecido tecnicamente como PLA(sigla em ingls para cido poliltico), oIngeo tem como pontos fortes, alm daorigem num recurso natural renovvel,as caractersticas de compostabilidade ebiodegradabilidade. O material se desin-tegra em cerca de trs a quatro meses sob
condies de compostagem industrial(umidade de 80% e temperaturaconstante superior a 60 C) ouum pouco mais se descartado na
D
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7. Aplicao
resina recebe aditivos de acordoom o processo de transformao
pela qual passar, podendo entoser utilizada na confeco de
embalagens (sopradas, injetadas,rmoformadas ou extrudadas) e de
outros produtos
8. Descarte
Os objetos de PLA sobiodegradveis, desintegrando-sena natureza sem deixar resduos
txicos. So tambm compostveis,ou seja, podem ser transformados
em adubos para fertilizar, porexemplo, plantaes de milho
o Ingeo Brasil pela Cargill
Algumas das aplicaes do Ingeo. Material compatvel cominjeo, sopro, termoformagem e extruso de plsticos
FOtO
:carLOs
cUradO
bLOcOcOMUnica
O
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reWorks LLC ampliou a capacidade produtivade sua fbrica de Blair, no Nebraska, de 70 mil
toneladas/ano para 140 mil toneladas/ano.Desde maro a Cargill busca um local para
instalar uma segunda fbrica de PLA, que podeser construda fora dos Estados Unidos. O Bra-sil pode ser um dos candidatos, diz Andrade.Temos condies favorveis a esse propsitocomo acares competitivos, estrutura adminis-trativa e uma fbrica de cido ctrico em Uber-lndia (MG), processo similar ao de obteno docido ltico, matria-prima do polmero.
Garrafas para bebidas esto entre as aplica-
es mais promissoras para o PLA, biopls-
tico deriado do amido de milho. Mais de
inte marcas estrangeiras de gua mineral,
por exemplo, j as utilizam a australiana
Cool Change, a neozelandesa Good Water e
a italiana SantAnna so algumas delas (foto).
Dedicada troca de informaes sobre
essa embalagem, a PLA Bottle Conference,
realizada pela primeira ez em 2007, ter
sua segunda edio entre os dia 14 e 16 de
setembro em Munique, Alemanha. A con-
ferncia ocorrer paralelamente drinktec,
feira de tecnologia de bebidas. Informaes
sobre o eento podem ser istas em
www.pla-bottle-conference.com.
Holofotes nas garrafas
natureza, sem produzir resduos txicos.A chegada do Ingeo ao Brasil pelas mos da
Cargill tem motivo: a multinacional americana a dona da NatureWorks LLC, a fabricante dobioplstico. Marcelo de Andrade, diretor da Uni-dade de Negcio Amidos e Adoantes da Cargillbrasileira, diviso responsvel pela importao edistribuio do material, explica que o momento considerado oportuno, devido ao crescenteinteresse das empresas nacionais na sustenta- bilidade e irrupo do mercado local de bio-plsticos. J obtivemos aprovao da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa) paraconfeco de embalagens para alimentos, o queampliar muito nosso campo de atuao, desta-ca o executivo.
O Ingeo pode ser empregado na fabricaode embalagens rgidas ou flexveis, sendo com- patvel com os processos de extruso, injeo,sopro ou termoformagem. Alm de embalagens para alimentos, bebidas e cosmticos, o PLApode tambm ser utilizado na produo de fibraspara a confeco de roupas e de descartveis. Noentanto, o material sensvel ao calor, o que vetasua aplicao em produtos acabados submetidosa altas temperaturas, como peas automotivas.Segundo Andrade, a Cargill ir tambm desen-volver localmente aditivos para processamentodo bioplstico.
No Brasil, o Ingeo ser vendido a preosentre 3 e 4 dlares o quilo e chegar pelo Portode Santos (SP) para armazenagem no centrode distribuio da Cargill, localizado em SoBernardo do Campo, na Grande So Paulo. Ameta comercializar 500 toneladas do PLA emdoze meses. O primeiro lote do produto, de 8,5toneladas, importado em julho, j est sendotestado por indstrias alimentcias, caladistas ede cosmticos, alm de instituies financeiras,
que esto verificando o desempenho do bio- plstico na confeco de cartes bancrios. Osnomes das empresas so mantidos em sigilo pelaCargill, que est avaliando o uso da resina emembalagens dos seus prprios produtos.
Fbrica no Brasil?A disponibilidade do Ingeo no Brasil sinaliza ofim de um velho problema associado ao mate-rial: a oferta limitada. Recentemente, a Natu-
Cargill(11) 5099-3311
www.cargill.com.br
NatureWorks LLC+1 (952) 742-0400
www.natureworksllc.com
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btidas com a mistu-ra de um aditivo pr-degradante a plsti-cos convencionais, asembalagens oxi-biode-
gradveis que se desintegram empoucos anos quando em contato comagentes naturais como raios sola-res, gua e microorganismos estodebutando no mercado nacional de
alimentos. Lanamento da Bimbo, alinha de pes Nutrella Vitta Natural100% Integral acondicionada emsacos produzidos com polietileno(PE) de rpida degradao.
O aditivo utilizado na confecodas embalagens o d2w, fabricado pela inglesa Symphony Plastics edistribudo no mercado nacional pelaRes Brasil. A Bimbo prefere norevelar os nomes dos fabricantes dos
invlucros.De acordo com a Bimbo, a tecno-
logia oxi-biodegradvel no interferenas propriedades dos alimentos. E aresistncia, a transparncia e as pro-priedades de selagem e impresso danova embalagem, entre outras carac-tersticas, so idnticas s dos sacosconvencionais de PE.
Tudo indica que a iniciativa com
a Nutrella Vitta Natural s um ape-ritivo. De acordo com planos divul-gados no incio de 2008 no Mxico,seu pas natal, a Bimbo pretende uti-lizar a tecnologia oxi-biodegradvelem larga escala. No Brasil, o impactode tal ao teria grande magnitudeno setor de pes. Alm da Nutrella,a Bimbo controla outras duas marcasfortssimas desse mercado: Pullmane Plus Vita. (AES)
A primeira fornada
Res Brasil(19) 3871-5185
www.resbrasil.com.br
Symphony Plastics+44 (20) 8207-5900www.degradable.co.uk
OOxi-biodegradveis estriam em pes da
Bimbo no Brasil. Ao dever se expandir
Nutrella Vitta Natural:primeira linha de pes da
Bimbo a adotar embalagensde rpida degradao
}}}Pes
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dindo ao fato de a embalagem de papelser reciclvel e biodegradvel, alm deostentar o selo FSC (Conselho de Mane- jo Florestal), que garante sua proce-dncia de fontes naturais corretamenteadministradas.
Quanto ao custo, um ingredienteimportante em qualquer proposta demigrao de sistemas de acondiciona-mento de produtos, Andruciolli, da Kla-bin, assegura: a despeito da sofisticao,a embalagem valvulada extremamen-te competitiva numa comparao comos sacos de rfia. (GK)
ambientes nos moinhos e nas padariasconstantemente sujos, podendo atrairinsetos e roedores aos ambientes deestoque e manipulao, afirma o exe-cutivo. A vlvula tambm prtica para
os confeiteiros e padeiros: facilita o des-pejo e a dosagem dos ingredientes.
Diferencial competitivoPara o enchimento e a selagem adequa-dos dos sacos valvulados, adotados naslinhas de 25 quilos de farinha de trigo ede misturas para pes, o Moinho Cata-rinense investiu um valor no reveladona aquisio de duas ensacadoras esta-cionrias da multinacional alem Haver
& Boecker, referncia em mquinas para trabalhos pesados com sacaria dealimentos em p.
Egon Werner, presidente do Moinho,espera que a novidade impulsione ven-das. O saco valvulado se encaixa naqualidade cada vez maior implantada pelas padarias e pelos demais clientesdo setor de food service, entende oindustrial. Outro ponto positivo oapelo ecolgico, aponta Werner, alu-
}}}FaRiNceos
Nem todas do mesmo sacoEmbalagem com vlvula moderniza o acondicionamento de farinhas e similares
rimeiro foi o Moinho Pau-lista, com a marca Nita,alguns meses atrs. Agora,outro importante expoentedo mercado de farinceos,
o Moinho Catarinense, dono da marcaWerner, passa a utilizar sacos de papeldotados de uma vlvula soldvel porultrassom. Trata-se de uma proposta
da Klabin para substituir com alega-das vantagens o hegemnico pormrstico acondicionamento de grandesvolumes de farinhas e preparados parapanificao em sacaria de rfia.
A vlvula, um prolongamento simi-lar a uma manga, enxertado no topo dossacos, facilita o enchimento em linhasde automatizao avanada, minimizan-do perdas nas usinas de moagem. Apso enchimento essa vlvula fechada
por um sistema de ultrassom, tornandoa embalagem inviolvel.De acordo com Antonio Andruciolli,
diretor da Unidade de Sacos Industriaisda Klabin, a vlvula um complementoque impede os vazamentos corriqueirosdos sacos de rfia, cuja trama perme-vel, e as tradicionais costuras de bocaso muitas vezes precrias. Alm decausar grandes perdas, a rfia permitecontaminaes dos produtos e deixa os
P
Haver & Boecker(19) 3879-9100
www.haverbrasil.com.br
Klabin(11) 3046-5888
www.klabin.com.br
Localizada no topo da embalagem, vlvulafacilita o enchimento e o manuseio nas padarias
Aps o enchimento a vlvula selada porultrassom, tornando o saco de papel inviolvel
Moinho Catarinense est adotando a embalagemem farinhas e preparados com a marca Werner
FOtOs:MOnicazanOn
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}}}caNDies
Abre-te, ChicletsCadbury adota um sistema easy open parasua tradicional goma de mascar em caixinha
mbalagem com mais de seis dca-das de presena no Brasil, e que setornou uma marca registrada dasgomas de mascar Chiclets, o peque-nino cartucho de papel carto con-
tendo duas unidades de produto jamais disps deum sistema de fcil abertura. Isso acaba de mudar.Um picote agora permite quebrar as caixinhas pela metade, secionando-as parcialmente. Idia
da agncia argentina Believe Branding, o sistemade abertura produz um estalo, parecido com umclique, ao ser partida a caixinha.
As novas embalagens tambm esto sendointroduzidas na Colmbia. No Brasil, confeccio-nadas pela Brasilgrafica, sero utilizadas para
todos os sabores do Chiclets de caixinha (Tutti-frutti, Hortel, Menta e Fuso Refrescante). Almdo novo dispositivo easy open, as embalagens deChiclets passam a ostentar novos grafismos.
De acordo com Oswaldo Nardinelli, gerente-geral de negcios da Cadbury para o Brasil, asmudanas fazem parte de um processo de ino-vao constante, e tm o objetivo de ampliara identificao da marca com os consumidores
jovens. Por isso investimos em embalagens cujoconceito se adapta ao pblico que est na faixa dos14 aos 17 anos, diz o executivo da fabricante doChiclets. Para comunicar as mudanas, a Cadburybancar uma campanha publicitria de 3 milhesde reais com alcance nacional. (FP)
EBelieve Branding+54 (11) 4545-4445
www.believebranding.com
Brasilgrafica(11) 4133-7777
www.brasilgrafica.com.br
No sistema defcil abertura,
as pequenasembalagens soabertas ao meio
FOtO:carLOscUradObLOcO
cOMUnicaO
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}}}Latas caRtoNaDas
A alternativa alemWeidenhammer chega ao Brasil prometendo latas multifoliadas mais baratas
ecipientes tubulares constitudospor um corpo de papel carto espi-ralado preso a uma base metlica, aslatas cartonadas multifoliadas ainda podem intensificar sua presena
nas gndolas brasileiras. por essa sensao, etambm pelo fato de o mercado nacional contarsomente com uma fornecedora dessas embala-
gens, a Sonoco For-Plas, que a alem Weidenham-mer acaba de anunciar sua chegada oficial aoPas. A princpio, seus produtos sero distribudospela Innovapack, fornecedora de embalagens comquem fechou uma parceria comercial.
A empresa, que j tem atuao destacada naEuropa, pretende adotar um perfil de negcios parecido ao da Sonoco For-Plas. Assimcomo a concorrente, ir fornecer solu-
RPor Andra Esprito Santo
es completas, ou seja, cartonadas multifoliadaspr-formadas, com o topo fechado pelo conjuntomembrana de selagem e sobretampa plstica(nesse caso, o enchimento das embalagens ocorrepelo fundo aberto, com o posterior recrave da basemetlica). O mercado precisava de uma alternati-va nesse campo, diz Hlio Kikuchi, executivo devendas da Innovapack.
Fabricantes de alimentos, de pet food, de taba-co, de produtos qumicos e de defensivos agrco-las so os alvos primrios da operao brasileirada Weidenhammer. O intuito capturar end-users que utilizam latas de ao, como forma dealavancar suas marcas, explica Kikuchi. Ocorre
que a lata multifoliada enobrece produ-tos, por sua apresentao visual
de maior qualidade combinadacom um custo mais competi-tivo em relao ao da emba-
lagem metlica. De acordo
FOtOs:carLOscUradO
bLOcO
cOM
Algumas das embalagens daWeidenhammer. Membranas com
custo 25% menor resultam emlatas cartonadas mais acessveis
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com o profissional, o preo atrativo se manterpara algumas aplicaes mesmo com as embala-gens sendo inicialmente importadas a partir dasdoze plantas da empresa espalhadas pelo mundo.A empresa adquire matrias-primas por preosreduzidos e detm um processo produtivo maisbarato, diz Kikuchi.
A Weidenhammer tambm buscar conquistarempresas que j adotam latas multifoliadas atra-vs de opes mais baratas e racionais aos peeloff, como so conhecidas as membranas (selos)de alta barreira confeccionados em alumnio e uti-lizadosno acondicionamento de alimentos secos.Ocorre que diversos fabricantes nacionais de ali-mentos utilizam membranas peel off desnecessa-riamente, afirma Kikuchi. Segundo o executivo,
membranas projetadas para o acondicionamentocom atmosfera modificada (insero de gases nointerior das embalagens, para prolongar a conser-vao de alimentos), como acontece, por exem- plo, com leite em p, so indiscriminadamenteempregadas em produtos que no so submetidosa tal processo. So os casos dos achocolatados emp, dos capuccinos, dos suplementos alimentarese das sopas desidratadas em p. Para Kikuchi,alm de resultar em desperdcio de dinheiro, essaprtica configura overpackaging, ou seja, super-dimensionamento das embalagens uma prticaincorreta em tempos de preocupao ecolgica.
Promovendo a mudanaPara capitalizar sobre essa situao, a empresaalem comea a prospectar no mercado nacio-nal dois tipos de fechamentos supostamente sobmedida para combater os exageros cometidosna selagem das latas. Um deles um selo con-feccionado em alumnio, que proporciona shelflife de um ano em mdia para alimentos secos. Ooutro consiste numa membrana trilaminada cuja
estrutura combina papel, alumnio e PET. Ambasas solues, diz Kikuchi, custam 25% menos queas membranas peel off disseminadas no Brasil mesmo a segunda opo sendo compatvel comatmosfera modificada ( similar quela utilizada,por exemplo, nas multifoliadas do snack de batataPringles, da Procter & Gamble).
De acordo com o executivo de vendas da Inno-vapack, o preo mais em conta das novas opesse deve a um processo produtivo de menor custo
Luiz Geraldo Biagioni Martins, diretor-
geral da Sonoco For-Plas, admite
que determinados alimentos, como
achocolatados em p e suplementos
alimentares, so acondicionados
em latas cartonadas que utilizam
membranas peel off sem requerer o
nel de barreira oferecido por esse
tipo de fechamento. Entretanto, o
predomnio da peel off, tanto para
latas multifoliadas quanto para latas
de ao, ocorre no Brasil muito mais
por demanda dos end-users, que
estabeleceram essa soluo como
um fechamento padro, graas
sua qualidade, diz Martins. Como
alternatia peel off aplicada a latas
multifoliadas usadas para o acondi-
cionamento de alimentos que no so
manipulados em ambiente de atmos-
fera modificada, como o leite em p,
a Sonoco For-Plas oferece um modelo
de membrana laminada que combina
papel e alumnio. Mas nosso carro-
chefe em membranas mesmo a peel
off, diz o diretor da empresa.
O hbito explica o excesso
e ao fato de as membranas no requererem osaros de ao ou alumnio que formam o conjuntoda peel off. A princpio, a Weidenhammer impor-tar as membranas de uma operao da AlcanPackaging na Alemanha. Elas sero distribudasaplicadas s embalagens multifoliadas.
Embora tenha identificado uma oportunidadeno Brasil para substituies da peel off, a Wei-denhammer tambm pretende comercializar essetipo de fechamento. A empresa considera impor-tante mostrar que domina essa tecnologia, porentender que h espao para mais fornecedores nomercado nacional, que consome anualmente cercade 1,5 mil toneladas de membranas peel off e queatualmente conta com apenas duas fabricantes: aSonoco For-Plas, com fbrica em Araras (SP) e a
Metalgrfica Renda, de Abreu e Lima (PE).Como prova de sua firme inteno de se esta-
belecer no mercado nacional, a Weidenhammerdiz estar disposta a investir em uma fbrica noBrasil, o que deve ocorrer at 2011, em local aindano definido, onde produzir latas multifoliadase as membranas que oferecer em seu portflio.A Weidenhammer tem como meta vender emseu primeiro ano de atuao no pas cerca de 20milhes de embalagens multifoliadas.
Peel off suscita discussesem torno de sua real
necessidade
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abricante das gelias premium Que-ensberry, a Kiviks Marknad lanouem julho uma linha degelias em pores indi-viduais, voltada ao seg-
mento de food service, cujas embalagens(pequenas bandejas de alumnio, inditasno segmento de gelias individuais, geral-mente acondicionadas em blisters plsticos)marcam a primeira adoo, no Brasil, de mem-
branas peel off retortable capazes de suportaresterilizao de alimentos sensveis em autocla-ve. Essas embalagens propiciam o aumento doshelf-life do produto sem a necessidade do uso deconservantes qumicos, comenta Gerto de Rooij,diretor industrial da empresa. Essa caracterstica,aliada apresentao diferenciada, vai nos ajudara marcar presena no food service.
A membrana da linha Alufix Retort, pro-duzida pela Alcan Packaging na Alemanha. Suaimportao feita pela trading Interkommerz, que
h cerca de quinze anos trabalha com membranaspeel off de alumnio para fechamento de latas dealimentos secos. O conjunto do fechamento, quegarante um shelf-life de at 18 meses aos produ-tos, formado por uma membrana de fcil abertu-ra confeccionada em alumnio reciclvel e seladaa um aro de alumnio ou de ao para aplicao arecipientes de ao ou de alumnio especial, expli-ca Horst Klausgraber, diretor da Interkommerz
Em setembro, a fabricante de pet food Her-cosul Alimentos, de Ivoti (RS), promete lanarraes midas para ces e gatos em bandejas dealumnio com o selo peel off retortable. A adoo
desse tipo de embalagem, com a membrana dealta barreira, uma tendncia mundial, avalialvaro Martinez, gerente da Hercosul. As mem- branas tambm sero fornecidas pela Interkom-merz, mas importadas da Alcan holandesa.
As duas fabricantes de peel off instaladas noBrasil, a Metalgrfica Renda e a Sonoco For-Plas,
garantem tambm deter tecnologia para produzirmembranas retortable. O gerente corporativo daRenda, Ricardo Dehn, afirma que a empresa colo-car no mercado a partir de outubro uma mem- brana confeccionada em alumnio policromadocom revestimento interno e externo, fabricadapela Alcan Packaging na Alemanha. Os alvos dasoluo sero produtos midos que podem seresterilizados em autoclave como milho, ervilha,molhos de tomate e conservas em geral.
Nos Estados Unidos, a americana Sonoco, daqual a Sonoco For-Plas subsidiria, desenvolveurecentemente a membrana Retortable Ultra Seal(RUS) como soluo para a selagem de emba-lagens de produtos como alimentos prontos. O
diretor-geral da Sonoco For-Plas, Luiz Geral-do Biagioni Martins, diz que esse tipo desoluo ainda no tem data certa para chegarao Brasil. No entanto, deixa no ar certo ar demistrio, afirmando que a empresa prepara
novidades. Elas sero oportunamente divul-gadas ao mercado, explica. (AES)
Tecnologia incrementa peel offMembrana retort estria no Brasil
F
Innovapack
(Weidenhammer)(11) 4646-4462
www.innovapack.com.br
Interkommerz(11) 5042-4046
Renda(81) 2121-8100
www.renda.com.br
Sonoco For-Plas(19) 3543-2500
www.sonocoforplas.com.brRecipiente e peel off retortable em aplicao no segmentode pet food: tendncia mundial chega ao pas em setembro
Exemplaresde peel off
retort que aInterkommerz
comercializar no Brasil
FOtOs:carLOscUradObLOcOcOMUnicaO
}}}FecHaMeNtos
Peel off aplicado aembalagem especial a aposta da Kiviks para
introduzir gelias premiumno setor de food service
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}}}RePoRtageM De caPa
A sofisticao da marvadaCom prestgio em alta, a cachaa avana no segmento superpremium.E passa a exigir mais e melhores opes para o seu acondicionamento
cachaa 51. Da mesma fabricante.Contudo, as semelhanas com a popu-larssima aguardente, aquela do cle- bre slogan uma boa idia, acabama. Novidade da Companhia Mller de
Bebidas, a Reserva 51 produzida com garapa decana-de-acar selecionada e destilada em aparatoexclusivo. Nem branquinha ela . Sua cor amareladaevidencia o envelhecimento em barris de carvalho.
Acondicionada numa garrafa luxuosa, a bebidano vendida por bagatela, como a maioria das pin-gas. Custa em torno de 120 reais. O produto chega aomercado cercado de expectativas. Alm de se tratarde um requinte sem precedentes da marca lder, donade quase um tero do mercado, ele tende a dar maisvisibilidade valorizao de imagem por que passa acachaa. Na verdade, uma revalorizao.
Ocorre que a cachaa j foi praticamente uma
unanimidade no Brasil, reverenciada at pelos ricose famosos. Mas passou a ser vista como bebida de pobre, nauseabunda, a partir do fim do sculo 19.Foi quando a elite brasileira, vida por produtosestrangeiros, passou a degustar champanhe e us-que e a discriminar a aguardente de cana, afirmao economista e especialista em cachaas RobertoMorais Santiago, neto de Ansio Santiago o criadordaquela que muitos entendidos consideram a melhorcachaa artesanal do Brasil, a mineira Havana (vejao quadro na pgina 32).
Curiosamente, um movimento contrrio, refora-do de cerca de cinco anos para c, tem contribudopara resgatar o prestgio da caninha e amansar suarejeio entre os brasileiros. Americanos e europeussedentos por novas descobertas em destilados vm seencantando com a bebida. Aconteceu uma glamou-rizao de fora para dentro, diz Carlos Lima, diretorexecutivo do Instituto Brasileiro da Cachaa (Ibrac),entidade de classe criada em 2006 para promover odesenvolvimento da indstria aguardenteira. Criou-se um ciclo virtuoso, de aprimoramento de qualida-
de, o que no poderia deixar de abarcar as roupagensdos produtos.
O efeito mais extremado disso tudo foi o sur-gimento das cachaas superpremium. So caninhasselecionadas, de fabricao meticulosa e apresen-taes sofisticadas, que se nultiplicam no mercadopara atrair os apreciadores de bebidas finas, acostu-mados com os destilados apresentados em embala-gens pomposas e marcantes.
Para os exigentes justamente nessa faixa que a Reserva 51 se encai-xa. Alm de passar por uma produo diferentedaquela realizada nas grandes colunas de destilaodas cachaas populares, a bebida envasada numagarrafa parecida com as dos melhores cognacs fran-ceses, de vidro ultracristalino. O recipiente fechadopor uma rolha sinttica, da italiana Tapi, e decorada
com um rtulo de papel reciclado com detalhes emhot stamping, produzido pela Color G. Valorescomo status, requinte e exclusividade sero agrega-dos marca atravs desse lanamento, entende acoordenadora de marketing da Cia. Mlller, PaulaVideira.
Sagatiba Preciosa, Magnfica Reserva Soleira,Prazer de Minas Gold, Itagib Reserva Especial,Rochinha 1978, Cachaa da Quinta e Fogo da CanaPremium so cachaas que tambm buscam essestatus. Mas guardam, ainda, uma outra semelhanacom a Reserva 51. Assim como o novo produtoda Cia. Mller, elas tambm adotam garrafas daSaverglass. Famosa pelas embalagens de alta finesse,essa vidraria francesa tem sido a principal fonte dasgarrafas utilizadas pelas aguardentes de sangue azul.J atendemos dezoito marcas de cachaas. As con-sultas no param, relata Marcelo Falco, diretor daPremier Pack, representante exclusiva da Saverglasse de outras solues para acondicionamento de bebi-das (como as rolhas da Reserva 51).
No novidade que a globalizao encurtou
Por Guilherme Kamio
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A Reserva 51 e sua garrafaluxuosa. Lanamento da
lder Cia. Mller umatestado do boom das
cachaas superpremium
FOtO:stU
diOagandrgOdOy
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distncias para os fornecedores internacionaise aumentou as opes em embalagens para asempresas nacionais. Mesmo assim, o sucesso deuma empresa estrangeira na seara daquela que uma bebida brasileira por excelncia pode causarestranhamento ainda mais porque os produtos daSaverglass, pela qualidade, pelo cmbio e peloscustos de transporte, no so exatamente baratos.O motivo, segundo diversas fontes ouvidas porembalagemmarCa, uma questo de oferta. E desavoir-faire.
No encontramos, nas vidrarias nacionais,formatos satisfatrios para fugir daquela imagemsimplria da cachaa, alega Cristiane Uhlmann
Lanada em 1943, a aguardente de cana
Haana, de Salinas (MG), tornou-se uma
erdadeira lenda entre os apreciadores de
cachaas. Sua garrafa comercializada por
preos que ariam entre 180 e 300 reais,
embora no seja nada rebuscada. Muito pelo
contrrio. A bebida acondicionada em gar-
rafas mbar de cereja, e seu rtulo mar-
cado pela rusticidade. J houe tentatias
de se mudar a embalagem, mas os clientes
protestaram, diz o proprietrio Osaldo
Santiago, filho do criador da cachaa, Ansio
Santiago, falecido em 2002. Mas pelo menos
uma modernizao a bebida j sofreu. Para
impedir falsificaes e iolaes da tampa
(uma rolha metlica, como as de cereja), a
famlia Santiago adotou um lacre termoen-
colhel, com mecanismo tamper eident, h
cerca de dois anos. Osaldo no se recorda
do nome do fornecedor.
A Haana tambm conhecida por uma
questo judicial. Em 2001, a bebida tee de
trocar de nome, mudando para aquele do
seu fundador, Ansio Santiago, deido a uma
reclamao do grupo Pernod Ricard, que
haia registrado no Brasil o nome a faor do
rum cubano Haana Club. Em 2005, porm,
o Poder Judicirio mineiro concedeu tutela
antecipada famlia Santiago, para noamen-
te ter o direito de utilizar a marca Haana at
o julgamento final do mrito em instncias
superiores. Curiosamente, corre a lenda de
que Fidel Castro f da bebida e coleciona
algumas garrafas.
Havana, uma lenda protegida
Havana: briga judicial mudou temporariamenteo nome da bebida para Ansio Santiago
Magnfica ReservaSoleira, Itagib
Reserva Especial e
Sagatiba Preciosa(do alto, no sentidohorrio): algumas
das cachaassuperpremium
com garrafas daSaverglass
Ao centro, as versessuperpremium da Fogo da Cana,
em garrafas francesas. Nos lados,as verses regulares, com garrafas
standard modificadas
stUdiOagandrgOdOy
FOtOs:divULgaO
stUdiOagandrgOdOy
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Ramos, da rea de desenvolvimento da destilariacatarinense Rex. Recm-lanada pela empresa, alinha de cachaas Fogo da Cana conta com varian-tes premium envasadas em garrafas da Saverglasse decoradas com rtulos auto-adesivos de esta-nho confeccionados pela francesa EtiqEtains,tambm representada pela Premier Pack). Por suavez, Euler Chaves, responsvel pela produo dacachaa Prazer de Minas, cuja verso Gold empre-ga garrafas francesas, aponta outro inconveniente.As garrafas brasileiras so leitosas, no tm altacristalinidade, aspecto que consideramos funda-mental para seduzir o consumidor mais exigente.
Pulverizao um problemaOutra questo, colocada pela coordenadora de
marketing da Cia. Mlller, Paula Videira, dizrespeito aos volumes de pedidos. A escolha pelavidraria francesa s ocorreu porque as vidrariasbrasileiras que consultamos tinham batch mnimomuito alto para a Reserva 51, que ter tiragemlimitada, diz a executiva, que evita revelar o
tamanho do pedido. A demanda da Cia. Mllerno foi considerada pequena pela Saverglass.Tanto que a garrafa da 51 Reserva a primeiro projeto personalizado da vidraria francesa parauma cachaa. A garrafa tem formato totalmentecustomizado e gravaes em relevo com a marca51, diz Falco, da Premier Pack. Para ns, esseprojeto personalizado, com molde encomendado,
Prazer de Minas: opopela garrafa importada
(no centro) pela altssimatransparncia
FOtO:divULgaO
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Atentos procura de americanos e
europeus por opes em destilados,
diersos empresrios estrangeiros
iram oportunidades na cachaa. Hoje,
marcas de cachaas for export, pro-
duzidas no Brasil mas endidas basi-
camente l fora, fazem imenso suces-
so nos Estados Unidos e na Europa
(vejaEmbalagEmmarcan 93, maio de
2007). Boa parte dessas bebidas
tambm acondicionada em garrafas
da Saerglass. E pelos mesmos moti-os alegados pelos fabricantes das
aguardentes superpremium nacionais.
Consultamos idrarias brasileiras,
mas elas no nos apresentaram uma
garrafa atratia, com idro de alta qua-
lidade, diz o americano Olie Berlic,
CEO da cachaa Beleza Pura, oltada
ao mercado dos Estados Unidos.
Aquela que talez seja a mais famosa
dessas cachaas para exportao,
a Leblon, tambm tem uma histria
similar. Tentamos nacionalizar nossa
garrafa, mas o setor de embalagens
muito carente de opes, aalia
Patricia Maltez, gerente-geral para o
Brasil da Leblon Cachaa. A executia
conta que a embalagem da Leblon
uma garrafa da Saerglass no estilo
(da vodca) Grey Goose tem sido
uma ferramenta importante para o
sucesso da marca. Para se ter idia,
queramos comear um programa
de reciclagem das garrafas, mas os
consumidores no as deolem. Eles
as cortam para fazer copos grandes
ou as utilizam como adorno, objeto
de design, diz Patricia. H dezesseis
meses o produto, destilado em Minas
Gerais, comeou a ser distribudo no
mercado nacional, onde j pode ser
encontrado em 780 pontos-de-enda.
Nos Estados Unidos, onde comercia-
lizada desde o fim de 2004, a Leblon j
conta com 10 mil pontos-de-enda.
pode representar um divisor de guas.Existem cerca de 5 mil marcas de cachaas
no Brasil, e algo em torno de 60 mil produtores.Destes, 90% so micro e pequenos alambiques.As baixas escalas caractersticas desse mercadoseriam a razo para um suposto desinteresse dasvidrarias nacionais nas aguardentes. Representan-tes do setor, entretanto, rebatem essa interpretao. claro que a pulverizao influencia a capacida-de de a indstria produzir garrafas especiais paracada marca, afirma Amrico Denes, diretor-geralda Saint-Gobain Embalagens. Mas estamos sem-pre buscando oferecer alternativas que atendam necessidade da maioria dos clientes.
A escassez de embalagens especficas paracachaas uma discusso antiga. Para evitar a utili-
zao e principalmente a reutilizao das garra-fas mbar de cerveja e daquelas de outras bebidas, prtica arraigada entre os pequenos alambiques,a Saint-Gobain lanou h alguns anos modelosde garrafas flint (transparentes) exclusivos parao produto. Tais garrafas recebem gravao, emrelevo, de uma inscrio que as associam bebida(Cachaa do Brasil ou Cachaa Brasileira).Essas embalagens ganharam diversos adeptos,mas no atendem suficientemente aos requisitos denobreza exigidos pela vertente superpremium.
Chaves, da Prazer de Minas, afirma ter sido umdos primeiros a adotar essas garrafas de cachaa.Mas elas so corretas apenas para linhas standard,que o que muitas marcas tm feito, observa.Cristiane, da Rex, conta que adotou modelos degarrafas nacionais para as verses mais simplesda Fogo da Cana, mas as modificou. Tentamosdisfar-las aplicando acabamento fosco e rtu-los em serigrafia, diz a profissional.
Diversificao possvelFrente a isso, Denes ressalta que uma possibilidade
da Saint-Gobain vivel para cachaas nacionaisde alta nobreza a linha de garrafas SelectiveLine, extra-brancas e produzidas na Europa. So produtos especiais, cujo custo de fabricao noBrasil seria muito alto devido questo da escalaprodutiva, explica. Podemos oferec-las mesmoem pequenas quantidades.
Rildo Lima, diretor comercial e de marketingde outra grande vidraria nacional, a Owens-Illinoisdo Brasil, destaca que, apesar das limitaes apon-
tadas pelos produtores de aguardentes, a empresaatende a um nmero enorme de clientes nomercado de cachaas, inclusive no segmento pre-mium. Nessa rea, aponta o exemplo da linha decachaas Ful, da Diageo. uma linha de baixa produo, que mostra que no temos restriesquanto a pedidos menores, diz.
No entanto, Lima admite que, embora detenhatecnologia, a O-I no oferece no mercado nacionalgarrafas de alta transparncia (superflint) poruma questo de demanda. O executivo antecipaque a empresa est prestes a abrir uma operao
Leblon e Beleza Puratentaram nacionalizar
suas embalagens
Cachaas estrangeiras
apontam o mesmo problema
FOtOs:divULgaO
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de especialidades na Colmbia, que ir produzirgarrafas diferenciadas, de alta nobreza, para todosos clientes da Amrica do Sul. Essa linha colom-biana poder aglutinar as demandas por embala-gens de altssima nobreza e atender aos requisitosdas cachaas mais exigentes, destaca o executivo.Alm disso, em setembro lanaremos no Brasildois novos modelos de garrafa premium exclusi-vos para cachaas.
As notcias de movimentao dos fornecedoreslocais so alentadoras. Afinal, mesmo com todasas discusses envolvendo opes de embalagense a categoria de maior nobreza ainda incipiente, acachaa ocupa o posto de terceiro destilado maisconsumido no mundo. S perde para a vodca, cujafaixa superpermium j bastante desenvolvida,
e o soju, uma bebida asitica base de arroz ebatata-doce. O potencial da cachaa enorme,diz Lima, do Ibrac.
Color G(11) 2273-4666
www.colorg.com.br
EtiqEtains+33 (055) 356-2408
www.etiq-etains.fr
Owens-Illinois do Brasil(11) 2542-8000
www.oidobrasil.com.br
Premier Pack(11) 7320-6274
www.premierpack.com.br
Saint-Gobain Embalagens(11) 2246-7214
www.sgembalagens.com.br
Saverglasswww.saverglass.com
Tapi+39 (049) 579-7300
www.tapi.it
Ful, da Diageo, produzida em pequenas escalas. Nem porisso deixa de ser atendida por uma grande vidraria
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}}}MOvIMENTAO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCASPanORaMa
Com o objetio de alaancar negcios
em noos mercados, a Suzano Papel
e Celulose quer estimular a utilizao
de embalagens cartonadas pelo
setor de carnes in natura. O primeiro
fruto dos trabalhos de prospeco
da empresa a linha de embalagens
utilizada na linha de carnes frescas
Taeq, marca prpria do Grupo Po de
Acar, em substituio s bandejas
de poliestireno. Essas embalagens
so produzidas pela Antilhas (www.
antilhas.com.br) com o TP Polar, papel
carto triplex oltado para o segmentode alimentos resfriados e congelados.
O material lea um reestimento
que dispensa a plastificao interna,
garantindo segurana e proteo
ao alimento, explica Sandra Leal,
gerente de Suporte a Clientes da
Suzano Papel e Celulose.
CELULSICAS
Apetite por novos segmentosSuzano, Antilhas e Po de Acar levam cartonadas ao balco de carnes
Pioneiro entre os isotnicos, o
Gatorade ie maus bocados na
Amrica do Norte. Nos primeiros
seis meses do ano as endas do
produto caram 17,5% na regio,
fazendo o share da marca recuar
4,5%. O culpado? Segundo
reportagem publicada pelo The
New York Times, o ousado projeto
lanado em janeiro pela fabricante da
bebida, a PepsiCo, para reinentaro produto. Um dos pilares dessa
ao foi uma mudana radical de
embalagem, com o nome Gatorade
sendo substitudo nos rtulos por
um simples e grande G. A iniciatia
foi mal-digerida pelo pblico norte-
americano e acabou tachada pelo
jornal noa-iorquino como segundo
tropeo de marketing da empresa
em seis meses. O primeiro haia
sido o boicote dos consumidores
a um redesign da caixinha do suco
de laranja Tropicana, que obrigou a
PepsiCo a ressuscitar, em maro,
uma embalagem retirada do mercado
um ms antes (vejaEMBALAGEMMARCA
n 117, maio de 2009).
DESIGN
Lambanacom o Gatorade
Reinveno da imagem doisotnico fracassa e d prejuzo
Uma manifestao grandiosa para
mostrar o alor da reciclagem de
embalagens pde ser ista no fim
de junho na costa de Sussex, na
Inglaterra. Contratada pela Coca-
Cola, uma equipe de artistas utilizou
latinhas de alumnio ps-consumo,
coletadas no territrio britnico, para
criar um desenho
com mais de 50
metros de largura.
Brandido como a
maior obra de arte
j feita no mundo
com embalagens
recicladas, o desenho
reproduz um pster
da Coca-Cola
lanado em 1949,
em que uma mulher
estida com trajes de
banho relaxa ao sol.
RECICLAGEM
Monumento inspiradorObra de arte gigante, feita com latinhas, busca estimular a reciclagem
FOtOs:divULgaO
Montagem, com 50 metros delargura, reproduz pster clssico
Carnes Taeq: soluo cartonadaem vez de bandejas plsticas
Gatorade:troca donome porum G noagradou
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Ed: GUilhErME KaMio||| [email protected]
GENTEAparecido Borghi o novo gerente de desenvolvimento de embalagens de marcasexclusivas do Grupo Po de Acar. Borghi, que assume o posto antes ocupado por
Iorley Lisboa, hoje no Wal-Mart, tem no currculo passagens pelos departamentos de
embalagem de empresas como Unilever, Kimberly-Clark e Bertin. Meu objetivo ser o
de acrescentar a experincia de indstria a um grupo varejista que grande referncia
em embalagens bem desenvolvidas, inovadoras e de qualidade, diz o profissional.
lvaro Azanha, gerente de desenvolvimento de embalagens da Sadia, assumiu ocago de coordenador do Comit de Usurios de Embalagem da Associao Brasileira
de Embalagem (Abre). O Comit composto por representantes de indstrias de bens
consumo associadas Abre e discute estratgias para promover a integrao efetiva
dos fabricantes de bens de consumo com os fabricantes de embalagem.
Dona da Dixie Toga, importante
fornecedora de embalagens do mercadonacional, a americana Bemis Company
est prestes a adquirir o controle do
negcio de embalagens para alimentos
da Alcan Packaging nas Amricas.
Conforme reelado no incio de julho,
a oferta da Bemis, de 1,2 bilho de
dlares, j foi aceita pela mineradora
anglo-australiana Rio Tinto, dona da
Alcan Packaging. No Brasil, o reflexo
dessa transao, que aguarda parecer
de rgos internacionais de defesa
econmica para ser sacramentada,
seria a unio entre a maior produtora
de embalagens flexeis do Pas, a DixieToga, com a segunda maior, a Alcan
Packaging Mau que, entre outros,
atende clientes do porte de Kraft Foods
e Nestl. O anncio do negcio refora
a expanso da Bemis na Amrica Latina,
sobretudo no Brasil. H cerca de dois
meses a empresa anunciara a compra da
diiso latino-americana de embalagens
plsticas rgidas da finlandesa Huhtamaki,
que conta com clientes expressios das
reas de iogurtes e de requeijes no
mercado brasileiro.
FLEXVEIS
Uma superpotncia vistaNegcio iminente pode fundir Dixie Toga e Alcan Packaging Mau
Embalagensda Nestl e da
Kraft Foodsproduzidas pela
Alcan Mau:perto da Dixie
Toga
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}}}MOvIMENTAO NO MUNDO DAS EMBALAGENS E DAS MARCASPanORaMa
No incio de julho a DuPontinaugurou um Centro de
Inoao e Tecnologia na
cidade de Paulnia (SP).
Fruto de um inestimento
de 4,5 milhes de reais e
com estrutura de 722 metros
quadrados, a instalao ser
utilizada na criao de noas
solues e no aprimoramento
de tecnologias,
principalmente para as
reas de combusteis e de
agricultura. O segmento de
embalagens, porm, tambm
ser objeto de estudos.
Segundo John Julio Jansen,
ice-presidente de P&D da
DuPont, o Centro realizar
pesquisas para aprimorarpropriedades de matrias-
primas de inlucros e para
desenoler bioplsticos
um deles deriado do
milho. Nossa meta tornar
a tecnologia mais acessel
e obter polmeros que
proporcionem a reduo
de custos da embalagem
para produtos de massa, ao
mesmo tempo em que sejam
amigeis ao meio ambiente,
disse o profissional. Um plano
da DuPont o de executar
projetos tecnolgicos atras
de parcerias com indstrias
usurias de embalagens.
(aes)
INOVAO
Uma nova manjedouraDuPont inaugura Centro de Inovao em Paulnia
O NMERO
768toneladas
delixo domstico
contaminado, armazenadosem 99 contineres, foram encontrados
nos portos de Santos (SP) e de Rio Grande(RS) no ms de julho. A carga, apreendida
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dosRecursos Naturais (Ibama), era classificada como
polmeros de etileno e resduos plsticos, importadosdo Reino Unido por quatro empresas nacionais com fins dereciclagem no Brasil. Continha, porm, dejetos como restos
de comida e pilhas, seringas, fraldas e preservativos usados. Asimportadoras foram multadas e o governo britnico afirmou querecolher o material. a falta de coleta seletiva e, portanto, de
matria-prima a ser reciclada que abre espao para a importaoilegal de lixo no Brasil, diz o presidente da Plastivida (InstitutoScio-Ambiental dos Plsticos), Francisco de Assis Esmeraldo.
Segundo ele, a ocupao da indstria de reciclagem deplsticos no Pas, hoje com 30% de ociosidade,
evitaria episdios como esse.
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39EmbalagemMarcaagosto 2009www.embalagemmarca.com.br
Aps dois anos dedesenolimento, com
participao de profissionais de
empresas da cadeia de alor
de embalagens, bem como
de entidades e de centros de
pesquisa, a Associao Brasileira
de Embalagem (Abre), por meio
de seu Comit de Meio Ambiente
e Sustentabilidade, lanou em
junho a cartilha Diretrizes de
sustentabilidade para a cadeia
produtiva de embalagens e bens
de consumo. O objetio da obra
possibilitar a cada empresaa aaliao de indicadores
ambientais com base no
conceito de ecodesign (design
for environment), indo desde a
produo de matrias-primas,
fabricao de embalagens,
acondicionamento de produtos,
distribuio (logstica e arejo)
e consumo, at o descarte
adequado. A cartilha sugere
mtricas de aaliao para cada
indicador. A cartilha conta com
erses impressa e on-line.
SUSTENTABILIDADE
Por embalagens mais ecolgicasAbre lana cartilha com orientaes de sustentabilidade
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}}}azeites
Colombo descobre o BrasilEmbalagem italiana desembarca no mercado de azeites atravs da Selmi
uma lata? Uma garrafa de vidro? No.Trata-se da nova embalagem de azeite damarca Renata, que a Selmi lana em agostoem todo o Pas. Apesar de se assemelhara um hbrido de lata comum com algum
enxerto na forma de gargalo, trata-se de um design nico,composto por 99% de banda stagnata uma placa de aorecoberta por uma pelcula de extrato de estanho, que evitaa oxidao do produto. A nova embalagem a aposta deRicardo Selmi, presidente da empresa, para conquistar umpedao do mercado que fatura cerca de 800 milhes dereais por ano e teve um crescimento de 13% em 2008.
O design e a tecnologia so italianos e foram desen-volvidos pelo grupo ASA Metal Packaging. O interiorda embalagem, batizada pelo fabricante de Colombo, tratado com um verniz epxi comestvel para garantir aconservao dos alimentos, uma vez que o azeite extra-virgem de oliva tem no seu contedo um resduo muito baixo de umidade. No gargalo da garrafa, uma pelculade revestimento plstica soldada no corpo da lata garantea segurana e a conservao do azeite. O bocal da garrafa
acopla um batoque plstico, e fechado por uma tampa derosca de alumnio.
Segundo Selmi, a vantagem do ao ser mais leveque o vidro, o que reduz o custo do transporte, sem contaro fato de ser to reciclvel quanto o vidro. A lata aindadispensa a utilizao de rtulo, pois todas as informaesso gravadas diretamente na embalagem, acrescenta.Apesar da comparao, a marca tambm conta com umaverso de embalagem em vidro, que estria no mercadosimultaneamente.
O Azeite Extra Virgem Renata Superiore prensa-
do a frio, feito com azeitonas selecionadas, com acidezmxima de 0,5%, envasado e importado da regio daToscana, na Itlia, dispensando a compra de maquinriono Brasil. No total, foi investido 1 milho de reais paraa Selmi entrar nesse mercado. o primeiro azeite damarca e logo apostamos em um produto extra-virgem dealtssima qualidade para entrar no mercado, diz Selmi.Mas como nosso produto tem uma qualidade superior eum design inovador, temos certeza que estamos entrandopara sermos bastante competitivos com preo e qualida-de. (Luiz de Frana)
Metal Packagingwww.colombo.sm
rePrOdUO
divULgaO
Lata com formato degarrafa produzidaa partir de umachapa de ao comextrato de estanho
Acima, o batoque plstico dogargalo da embalagem
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m dos setores que maissentiram os efeitos dacrise econmica mundialfoi o de bens de capital.Com a interrupo de
projetos em andamento e a suspensode novos investimentos pela inds-
tria, a produo nacional de mquinase equipamentos recuou 31,4% entresetembro de 2008 e maro deste ano. No fim de junho, o governo federalanunciou um pacote de medidas paratentar reverter esse quadro, com des-taques para a reduo da cobranade Imposto sobre Produtos Industria-lizados (IPI) para uma srie de itens euma generosa reduo dos juros para
Um estmulo aos upgradesCom juro real zeropara o financiamentode mquinas at o fimdo ano, BNDES esperareverter quadro
desfavorvel do setorde bens de capitalaprimorando os grausde competitividadee de inovao dasindstrias. Executivo do
rgo governamentalexplica a estratgia
U
ENTREVISTA }}} cLauDio BeRNaRDo De MoRaes
financiamentos de maquinrio atravsdo Banco Nacional de Desenvolvimen-to Econmico e Social (BNDES). De10,25%, a taxa praticada para comprae produo de bens de capital caiu para4,5% ou juro real zero, haja vistaque o novo percentual o mesmo da
meta de inflao para 2009.Nesta entrevista, o superintendente darea de Operaes Indiretas do BNDES,Claudio Bernardo de Moraes, explicacomo o pacotao, vlido at o fimdo ano, poder facilitar as renovaesdos parques de mquinas inclusiveaqueles de embalagem , beneficiando,assim, o aumento da competitividadebrasileira. (AES)
FOtO:divULgaO
Qual a relevncia das linhas do BNDESno financiamento de bens de capital noBrasil?So instrumentos de grande relevncia,pois as estratgias do Banco visam for-talecer as indstrias do nosso Pas, uma prioridade do governo federal. Nos
ltimos anos, o segmento industrialsofreu uma desacelerao de investi-mentos considervel e vem enfrentan-do forte concorrncia de equipamentose mquinas importados de pases comoa China, situao que levou o governofederal a fortalecer esse setor da eco-nomia com um estmulo de peso comoa reduo de juros dos financiamentos.Alm disso, h a necessidade, avaliada
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pelo governo, de facilitar o caminho para que asempresas possam antecipar investimentos em atu-alizao dos seus parques fabris, para acompanharo esforo federal de estimular o consumo com a
reduo de outros impostos como o IPI (Impostosobre Produtos Industrializados) estratgia quese mostrou bem-sucedida depois da desaceleraorepentina causada pela crise financeira mundial.Se o Pas crescer, a capacidade produtiva tem defazer o mesmo, seno haver presso nos custosmais adiante, o que no interessa ao governo.
O senhor pode exemplificar como a reduo dos juros de financiamentos pelas linhas do BNDESpoder facilitar a aquisio de mquinas e equi-
pamentos?Quanto maior o prazo, maior o benef-cio. Se uma empresa conseguir compraruma mquina num prazo de dez anoscom taxas de juros de 4,5% no financia-mento, o custo do investimento cai cercade 20% se comparado s taxas correntes praticadas, ou seja, fora do pacote deestmulos, que so de cerca de 10,25%. como se uma empresa estivesse pagan-do apenas 80% do valor do bem queadquiriu. Alm de trazer uma reduo decustos, o pacote ainda estimula uma ante-cipao de investimentos programadospara depois de 2010.
Existe uma meta ou um limite de conces-ses a ser atingido at o fim do perodode vigncia do pacote de estmulos?O governo estabeleceu uma cifra de 42 bilhesde reais, mas esse valor se refere ao volume deemprstimos para o setor de bens de capital em2008. Apesar da reduo na concesso de crditos
por causa da crise, o ministro da Fazenda, GuidoMantega, garante que o Tesouro Nacional estpronto para equalizar crditos at esse valor.
Como as empresas interessadas devem proceder para requisitar financiamentos com as novastaxas de juros?Para requisitar o financiamento, as empresas inte-ressadas devem procurar os agentes financeiros ecomprar equipamentos e mquinas que estejam
credenciados no programa Finame (Financiamen-to de Mquinas e Equipamentos), uma linha paraproduo e comercializao de bens com no mni-mo 60% de nacionalizao. Equipamentos impor-
tados no esto contemplados no novo pacote deestmulos, tampouco no Finame.
A propsito, a Associao Brasileira dos Impor-tadores de Mquinas e Equipamentos Industriais(Abimei) j teria solicitado ao BNDES a reaber-tura de uma linha de financiamentos para bens decapital importados, pleiteando que o pacote noauxilie apenas fabricantes nacionais. O BNDESj estudou e tem uma definio sobre isso?O BNDES no tem atualmente uma poltica de
financiamento de mquinas e equipa-mentos importados e, mesmo que tives-se, no seria com estmulos como opacote recm-lanado, mas sim a preoscomo os praticados no mercado e emcondies excepcionais, como quandono existe similar nacional. Se existirsimilar nacional, interessa muito mais aoBNDES apoiar a empresa instalada noBrasil, que gera empregos no mercadointerno, nosso verdadeiro foco. Imagineo que aconteceria se o BNDES financias-se mquinas e equipamentos importadoscom a mesma taxa de juros que estamosoferecendo no novo pacote de incen-tivos... Certamente seramos engolidospela oferta dos fornecedores asiticos.
Seria vivel a criao de um mecanismopermanente no BNDES para estimular a substitui-o de importaes e o desenvolvimento dos fabri-cantes locais, uma vez que muitos empresrios dosetor de bens de capital reivindicam maior auxlio
estatal pata poder concorrer com fabricantes daChina, da Coria do Sul e de outros pases queatualmente so muito mais competitivos?O BNDES j tem um mecanismo que funciona deforma permanente para desenvolver os fabricantesde mquinas e equipamentos locais que o pro-grama Finame. Ele tem como objetivo financiar aaquisio de mquinas e equipamentos novos, defabricao nacional, credenciados no Banco, comvistas dinamizao do setor de bens de capital e
Se o BNDESfinanciasse
equipamentosimportados coma nova taxa de
juros, seramosengolidos pelaoferta dosasiticos
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modernizao geral da indstria. Um pacote deestmulos como o que o BNDES acaba de lanar um esforo do governo federal para estimular osinvestimentos. Quem vai pagar o custo o gover-no federal e nesse mbito que ser decidido sehaver outro mecanismo alm do Finame.
O BNDES fez algum estudo que mostrou comoest o setor de embalagens no que se refere a bensde capital?No fizemos um estudo especfico sobre o setorde embalagens. Mas o consideramos um dosmais importantes, pois demonstra o dinamismointerno da nossa economia. Sabemos de algumasde suas particularidades, listadas pelas entidades
de classe que congregam seus representantesem diversos nichos. Alm de ser um dos setoresque mais demandam mquinas e equipamentos,muitas vezes trazidos de pases da Europa ou dosEstados Unidos, que detm tecnologia que no
encontrada por aqui, o setor enfrenta concorrnciade bens de capital importados de pases asiticos,de qualidade questionvel.
Mquinas com esse perfil, de baixa qualidadee preo baixo, no tendem a se difundir ante ocenrio nebuloso e o receio do empresariadoem investir pesado? O BNDES pode criar algummecanismo para proteger a indstria de renova-es baseadas em maquinrio desse tipo? difcil para o BNDES criar um mecanismo queimpea a entrada de mquinas e equipamentosde baixa qualidade importados de outros pasespara o Brasil. O que podemos dizer que o fatode a instituio centrar seus esforos no mercado
interno, com o financiamento da indstria nacio-nal de bens de capital e mantendo um cadastro deempresas que fornecem equipamentos e mquinasque se enquadram nas regras do Finame, j podeser considerada uma forma de proteo. Entre-
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tanto, mais eficientes so as aes empreendidaspelo Ministrio do Desenvolvimento, Indstria eComrcio, pelo Ministrio das Relaes Exterio-res e pela Receita Federal que agem nos casos de
concorrncia desleal e nos de outras ocorrncias.O que o BNDES fiscaliza, por exemplo, o casode fraude quando um fornecedor inserido no Fina-me, que exige que os equipamentos tenham maisde 60% de nacionalizao, tenta burlar a regraaplicando uma identidade made in Brazil, masos componentes do equipamento so todos feitosem outro pas. Nesse caso, o BNDES age descre-denciando esse fornecedor.
O pacote incentiva somente grandes empresas
ou tambm micro, pequenas e mdias(MPMEs)?O pacote abrange empresas de todosos portes. As micro, pequenas e mdiasempresas agora podem pleitear aportesdo Fundo Garantidor para Investimen-tos, que tambm foi lanado junto comas novas medidas. ele quem dar asgarantias necessrias s operaes derepasse do Banco s MPMEs, j queum dos entraves enfrentados por elasao pleitear financiamentos justamen-te a dificuldade de constituir garantias.Esse fundo garantidor, que vai assegu-rar at 80% do financiamento, sendoque os 20% restantes sero um riscoassumido pelos agentes financeiros queapresentarem as propostas, privado,mas ser administrado pelo BNDES. Eas empresas tero de passar pelos critrios dosagentes financeiros que estiverem articulando ofinanciamento. O limite de cobertura ser de 10milhes de reais.
O pacote do Governo tambm quer que o BNDESestimule projetos de inovao. Que tipo de investi-mento relacionado inovao pode ser auxiliadopelo crdito mais acessvel no BNDES?Hoje estamos praticando as taxas mais baixas doBNDES para inovao, que desceram de 4,5%para 3,5% e estamos estimulando o BNDES ProEngenharia para o desenvolvimento da engenharianacional e do setor de bens de capital. E, especi-
ficamente para o setor de embalagens, estamosalavancando o desenvolvimento de embalagens.Acreditamos que as empresas que at ento nodirecionaram investimentos para fazer da ino-
vao um processo natural de seu negcio seroestimuladas a isso com o incentivo, j que paramuitas delas o problema est mais na falta defluxo de caixa para viabilizar pesquisas.
No anncio do lanamento do pacote de incenti-vos, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho,destacou que o carto do BNDES Inovao faci-litaria o financiamento ao design de produtos edesenvolvimento de embalagens. Como?O carto BNDES passou a poder financiar a
inovao sob um conceito amplo. Nocaso de embalagens, o carto pode serutilizado para o desenvolvimento de umaembalagem para uma necessidade espe-cial, uma pesquisa que esteja focada nasustentabilidade ou que envolva tecno-logia ainda no disponvel. O projeto deinovao tem de ser aprovado pelo MCT(Ministrio da Cincia e Tecnologia),que colabora com 80% do financiamen-to. A contrapartida exigida do empresriopode ser dada com auxlio do carto doBNDES, cuja nova taxa de juros a quecomea a vigorar neste ms.
Ento um mesmo projeto de inovaopode se beneficiar de recursos tanto do BNDES quanto da Finep (Financiadorade Estudos e Projetos do MCT)?
Desde que no haja duplo financiamento, sim. Ummesmo projeto pode ter como fontes de recursoslinhas e programas do BNDES e da Finep, atuan-do de maneira complementar. O carto BNDES
pode ser utilizado para financiar as contrapartidasfinanceiras exigidas em programas executadospelo MCT/Finep voltados para projetos de inova-o e extenso tecnolgica de MPMEs, em coope-rao com instituies cientficas e tecnolgicas.H um grupo de trabalho permanente formadopelo Ministrio da Cincia e Tecnologia, BNDESe Finep que se rene periodicamente com o obje-tivo de coordenar as aes e discutir a agendaconjunta das instituies.
O cartoBNDES passou
a poderfinanciar a
inovao sob um
conceito amplo,inclusive nodesenvolvimentode embalagens
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}}}MaRgaRiNas
Ungida com ineditismoSurge no Brasil a primeira margarina do mundo em pote de plstico de milho
amais, no mundo, margarinas ousimilares haviam sido comerciali-zados em um pote de plsticoverde, biodegradvel eproveniente de fonte natu-
ral renovvel. A Bunge, no Brasil, estquebrando essa escrita.
De leve, sem alarde, h cerca dedois meses a agroindustrial comeoua abastecer alguns supermercados do RioGrande do Sul com seu creme vegetal CyclusNutrycell numa nova roupagem: um pote decido poliltico, material derivado do amidode milho e mais conhecido por sua sigla emingls, PLA. Agora, o produto comea a ter suadistribuio expandida para o restante da regioSul e tambm para todo o Sudeste do Pas.
Por meio da embalagem biodegradvel que-remos unir o benefcio sade, uma caractersticada linha Cyclus, responsabilidade ambiental,diz Adalgiso Telles, diretor corporativo da Bunge.
um ciclo ideal que, alm de revolucionar omercado brasileiro de alimentos, consolida nossapoltica de sustentabilidade.
Suor e aprendizadoO pr-marketing em solo gacho funcionou comoprova de fogo para a novidade, cuja adoo pelaBunge exigiu investimento de cerca de 10 milhesde reais e mais de dois anos de estudos e de bate-rias de testes de desempenho. Devido ao inedi-tismo do projeto e ao uso at agora incipiente do
PLA no Brasil, equipes de P&D e de engenhariada fabricante da margarina e a Poly-Vac, trans-formadora que capitaneou o desenvolvimento daembalagem, tiveram trabalho duro.
Foram necessrios ajustes de moldes e umasrie de adaptaes de processo, sobre a qual aPoly-Vac mantm sigilo, para se chegar a um potede PLA com performance similar daqueles con-vencionais de margarina, de polipropileno (PP). Aimpresso do pote tambm trouxe desafios. Comoo PLA poroso, houve necessidade de diversos
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Cereplast+1 (310) 676-5000
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ajustes das tintas para ancoragem satisfatria.Aprendemos demais, diz Antonio Carlos SilvaJr., diretor comercial da Poly-Vac. Atualmente,um consrcio formado por mais duas especia-listas em termoformagem, a Emplal e a Fibrasa,garantem escala produtiva necessria para o poteverde do Cyclus Nutrycell.
A embalagem de PLA tambm demandoumodificaes nas linhas de enchimento e fecha-mento do produto, que a Bunge prefere no espe-cificar. E, dada uma peculiaridade do PLA, o fatode o material originar objetos mais quebradios doque outros plsticos, a logstica tambm teve deser revisitada. Houve alteraes significativas nosistema de acondicionamento dos potes nas caixasde papelo, para maior proteo contra choquese vibraes, comuns no sistema de transporte,
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Bunge investiu10 milhes dereais e adaptou seu
parque fabril para adotar opote de cido poliltico
8/14/2019 Revista EmbalagemMarca 120 - Agosto 2009
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49EmbalagemMarcaagosto 2009www.embalagemmarca.com.br
Uma das laterais do pote traz as recomendaes para aembalagem renovvel e natural: no reutiliz-la nem
aquec-la e descart-la no lixo orgnico
comenta Rosa Nascimbeni, gerente de marketingda Bunge. Em princpio, diz Rosa, a elevao docusto de produo do Cyclus Nutrycell devido matria-prima diferenciada do pote e s adapta-es de maquinrio no dever ser repassada aoconsumidor.
Resduo orgnicoA gerente de marketing da Bunge explica que onovo pote do Cyclus Nutrycell se decompe emcerca de seis meses ao sofrer ao simultnea deoxignio, umidade, microorganismos e calor. A biodegradabilidade e a conformidade do invlu-cro com padres nacionais e internacionais para ocontato com alimentos tm chancelas da Anvisa,do Cetea e da Universidade Regional de Blu-
menau (Furb), e a capacidade de decomposionatural do material segue normas internacionaisde biodegradao e compostabilidade. A emba-lagem deve ser descartada junto aos resduosorgnicos, recomenda Rosa, apontando que osaterros sanitrios dispem de condies ideaispara a desintegrao do recipiente.
A resina empregada na fabricao do novopote verde do creme vegetal da Bunge, especialpara termoformagem, produzida