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PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS DE ALUNOS DE NÍVEL TÉCNICO, SUPERIOR E PROFISSIONAIS DAS ÁREAS DAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS, CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA E DIVULGAÇÃO DE EVENTOS ACADÊMICOS,MESTRADOS E DOUTORADOS BRASIL, V. 05, N. 03, JUN.-JUL., 2015 LEITURA ONLINE GRATUITA EM http://www.espacocientificolivre.com ESPAÇO CIENTÍFICO revista LIVRE ESPAÇO CIENTÍFICO LIVRE projetos editoriais ISSN 2236-9538

Revista Espaço Científico Livre v.5 n.3

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PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS CIENTÍFICOS DE ALUNOS DE NÍVEL TÉCNICO, SUPERIOR E PROFISSIONAIS DAS ÁREAS DAS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE, CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS, CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA E DIVULGAÇÃO DE EVENTOS ACADÊMICOS,MESTRADOS E DOUTORADOS.

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  • PUBLICAO DE ARTIGOS CIENTFICOS DE ALUNOS DE NVEL TCNICO, SUPERIOR

    E PROFISSIONAIS DAS REAS DAS CINCIAS BIOLGICAS E SADE, CINCIAS

    HUMANAS E SOCIAIS, CINCIAS EXATAS E DA TERRA E DIVULGAO DE

    EVENTOS ACADMICOS,MESTRADOS E DOUTORADOS

    BRASIL, V. 05, N. 03, JUN.-JUL., 2015

    LEITURA ONLINE GRATUITA EM

    http://www.espacocientificolivre.com

    ESPAO CIENTFICOre

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    LIV

    RE

    ESPAO CIENTFICO LIVREprojetos editoriais

    ISSN 2236-9538

  • ANUNCIE NA

    ESPAO CIENTFICO re

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    ENTRE EM CONTATO [email protected]

    2 pginas 1 pgina 1/2 pgina pg.

  • CURSOS ONLINE

    Uma introduo a epidemiologia, com definies e

    exemplos com artigos atuais. Saiba interpretar as medidas

    de associao de artigos cientficos, como risco relativo,

    intervalo de confiana e odds ratio. E muito mais. Ideal

    para estudantes ou profissionais que queiram conhecer e

    se aprofundar sobre o assunto.

    Uma introduo ao tema interaes medicamentosas, com

    definies e exemplos atuais. Ideal para estudantes ou

    profissionais que queiram conhecer e se aprofundar sobre

    o assunto.

    Uma introduo ao tema interaes medicamento-alimento,

    com definies e exemplos atuais. Ideal para estudantes ou

    profissionais que queiram conhecer e se aprofundar sobre o

    assunto. Quanto mais informaes buscarmos sobre as

    interaes medicamento-alimento, melhor ser nosso

    trabalho como profissionais de sade.

    Este curso tem como objetivo fornecer conhecimentos

    tcnicos e cientficos em relao a possveis dvidas sobre

    medicamentos referncia, similar e genrico. Para um

    atendimento de qualidade na dispensao de medicamentos.

    Alm da teoria, este curso apresenta exemplos prticos. Ideal

    para estudantes e profissionais.

    Verano Costa Dutra - Farmacutico e Mestre em Sade Coletiva pela

    Universidade Federal Fluminense, possui tambm habilitao em homeopatia Editor da Revista Espao Cientfico Livre

    SOBRE O AUTOR DOS CURSOS:

    COM CERTIFICADO Alm da atualizao e/ou introduo ao tema,

    esses cursos livres podem ser utilizados como

    complementao de carga horria para

    atividades extracurriculares exigidas pelas

    faculdades.

  • BRASIL, V. 05, N. 03, JUN.-JUL., 2015

    ISSN 2236-9538/ CNPJ 16.802.945/0001-67

    ................................ 07

    ................................ 28

    ................................ 36

    ................................ 49

    ................................ 62

    ................................ 84

    ................................ 92

    EDITORIAL ..........................................................................

    ARTIGOS CIENTFICOS

    Recuperao extrajudicial de empresas: uma

    alternativa para renegociao de dvidas

    Por Augusto Everton Dias Castro .....................................

    Educao ambiental para o uso sustentvel da

    biodiversidade sugesto de projeto para o refgio biolgico Tat Yup Hernandarias Paraguai Por Alexandre Joo Gretters, Edson Carlos de Deus

    Castilho, Regina Clia Soares & Srvulo Jos

    Magalhes Barros ...............................................................

    Estudo da ocorrncia de fungos em revestimentos de

    argamassa da UFRB

    Por Francisco Gabriel Santos Silva, Milena Borges dos

    Santos Cerqueira, Jos Humberto Teixeira Santos &

    Rene Medeiros de Souza ...................................................

    Normalizao de bancos de dados: uma anlise dos

    benefcios utilizando o Sistema Gerenciador de Banco

    de Dados (SGBD) SQL Server 2010 Express

    Por Janaide Nogueira de Sousa Ximenes, Rhyan

    Ximenes de Brito & Fbio Jos Gomes de Sousa ...........

    EVENTOS ACADMICOS, MESTRADOS E

    DOUTORADOS ....................................................................

    NORMAS PARA PUBLICAO .........................................

  • Saudaes...

    A Revista Espao Cientfico Livre a partir desta edio passa a ter alm da leitura grtis tambm

    seu download gratuito. Lembro que a Revista Espao Cientfico Livre recebe em fluxo contnuo

    artigos cientficos, na pgina 92 esto as normas para a publicao.

    Destaco que a Espao Cientfico Livre Projetos Editoriais publica livros digitais co ISBN e que

    dividimos em at 12 vezes o investimento. Tanto a Revista Espao Cientfico Livre e como a

    Espao Cientfico Livre Projetos Editoriais apresenta conselho editorial. Para maiores informaes

    acesse o nosso site: .

    Boa leitura,

    Verano Costa Dutra

    Editor da Revista Espao Cientfico Livre

    Este contedo pode ser publicado livremente, no todo ou em parte, em qualquer mdia,

    eletrnica ou impressa, desde que a Revista Espao Cientfico Livre seja citada como

    fonte. c

    A Revista Espao Cientfico Livre uma publicao independente, a sua participao e apoio so

    fundamentais para a continuao deste projeto. O download desta edio tem valor simblico para

    contribuir com a sustentabilidade da publicao, saiba mais como adquirir em

    [email protected]. Mas a leitura online continua sendo gratuita e o nosso

    compromisso de promover o conhecimento cientfico continua.

    s b' Os membros do Conselho Editorial colaboram voluntariamente, sem vnculo empregatcio e sem

    nenhum nus para a Espao Cientfico Livre Projetos Editoriais.

    Os textos assinados no apresentam necessariamente, a posio oficial da Revista Espao Cientfico

    Livre, e so de total responsabilidade de seus autores.

    A Revista Espao Cientfico Livre esclarece que os anncios aqui apresentados so de total

    responsabilidade de seus anunciantes.

    Imagem da capa: Afonso Lima / FreeImages.com / http://www.freeimages.com/photo/784484 /

    https://www.facebook.com/AfonsoLimaStudio

    As figuras utilizadas nesta edio so provenientes dos sites Free Images

    (http://www.freeimages.com/), Wikipdia (Sir Godfrey Kneller, 1689:

    https://commons.wikimedia.org/wiki/File:GodfreyKneller-IsaacNewton-1689.jpg). As figuras utilizadas

    nos artigos so de inteira responsabilidade dos respectivos autores.

    EDITORIAL

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  • Claudete de Sousa Nogueira

    Graduao em Histria; Especializao em Planejamento, Implementao e Gesto Educao a

    Distncia; Mestrado em Histria; Doutorado em Educao; Professor Assistente Doutor da

    Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho (UNESP).

    Davidson Arajo de Oliveira

    Graduao em Administrao; Especializao em Gesto Escolar, Especializao em andamento

    em: Marketing e Gesto Estratgica, em Gerenciamento de Projetos, e em Gesto de Pessoas;

    Mestrado profissionalizante em andamento em Gesto e Estratgia; Professor Substituto da

    Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

    Ederson do Nascimento

    Graduao em Geografia Licenciatura e Bacharelado; Mestrado em Geografia; Doutorado em

    andamento em Geografia; Professor Assistente da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).

    Edilma Pinto Coutinho

    Graduao em Engenharia Qumica; Especializao em Engenharia de Segurana do Trabalho;

    Mestrado em Cincia e Tecnologia de Alimentos; Doutorado em Engenharia de Produo;

    Professor Adjunto da Universidade Federal da Paraba (UFPB).

    Francisco Gabriel Santos Silva

    Graduao em Engenharia Civil; Especializao em Gesto Integrada das guas e Resduos na

    Cidade; Mestrado em Estruturas e Construo Civil; Doutorado em andamento em Energia e

    Ambiente; Professor Assistente 2 da Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB).

    Ivson Lelis Gama

    Doutorado em Qumica Orgnica pela Universidade Federal Fluminense, Pres. do NDE da

    Faculdade de Farmcia-FACIDER da Faculdade de Colider.

    Jacy Bandeira Almeida Nunes

    Graduao em Licenciatura em Geografia; Especializao: em Informtica Educativa, em

    Planejamento e Prtica de Ensino; em Planejamento e Gesto de Sistemas de EAD; Mestrado em

    Educao e Contemporaneidade; Professor titular da Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

    Joseane Almeida Santos Nobre

    Graduao em Nutrio e Sade; Mestrado em Cincia da Nutrio; Professora da Faculdade de

    Americana (FAM).

    Joslia Carvalho de Arajo

    Graduao em Geografia - Licenciatura; Graduao em Geografia - Bacharelado; Mestrado em

    Geografia; Doutorado em andamento em Geografia; Professora Assistente II da Universidade do

    Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

    Juliana Teixeira Fiquer

    Graduao em Psicologia; Especializao em Formao em Psicanlise; Mestrado em Psicologia

    (Psicologia Experimental); Doutorado em Psicologia Experimental; Ps-Doutorado; Atua no

    Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clnicas de So Paulo.

    Kariane Gomes Cezario

    Graduao em Enfermagem; Mestrado em Enfermagem; e Doutorado em andamento em

    Enfermagem.

    CONSELHO EDITORIAL

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  • Livio Cesar Cunha Nunes

    Graduao em Farmcia; Graduao em Indstria Farmacutica; Mestrado em Cincias

    Farmacuticas; Doutorado em Cincias Farmacuticas; Ps-Doutorado; Professor Adjunto da

    Universidade Federal do Piau.

    Mrcio Antonio Fernandes Duarte

    Graduao em Licenciatura Em Cincias; Graduao em Comunicao Social Publicidade e

    Propaganda; Mestre em Design, pela FAAC-Unesp; Professor da Faculdade de Ensino Superior do

    Interior Paulista (FAIP).

    Maurcio Ferrapontoff Lemos

    Graduao em Engenharia de Materiais; Mestrado em Engenharia de Minas, Metalrgica e de

    Materiais; Doutorado em andamento em Engenharia Metalrgica e de Materiais; Pesquisador -

    Assistente de Pesquisa III do Instituto de Pesquisas da Marinha.

    Raquel Tonioli Arantes do Nascimento

    Graduao em Pedagogia; Especializao em Psicopedagogia; Doutorado em andamento em

    Neurocincia do Comportamento; Professor Titular da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

    Reinaldo Monteiro Marques

    Graduao em Educao Fsica; Graduao em Pedagogia; Graduao em Fisioterapia;

    Especializao: em Tcnico Desportivo de Especializao em Voleibol, em Tcnico Desportivo de

    Especializao em Basquetebol, em Fisioterapia Desportiva; Mestrado em Odontologia; Doutorado

    em Biologia Oral; Coordenador Aperfeioamento Fisio Esportiva da Universidade do Sagrado

    Corao.

    Richard Jos da Silva Flink

    Graduao em Engenharia Quimica; Especializao em: Engenharia de Acar e lcool, em

    Administrao de Empresas, em em Engenharia de Produo; Mestrado em Engenharia Industrial;

    Doutorado em Administrao de Empresas; Atua no Instituto de Aperfeioamento Tecnolgico.

    Verano Costa Dutra

    Farmacutico Industrial; Habilitao em Homeopatia; Mestrado em Sade Coletiva; Editor da Revista

    Espao Cientfico Livre; Coordenador da Espao Cientfico Livre Projetos Editoriais; Docente da

    Faculdade Pitgoras de Guarapari.

    CONSELHO EDITORIAL

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    ISSN 2236-9538/ CNPJ 16.802.945/0001-67

    CONSELHO EDITORIAL

  • COLABORADORES DESTA EDIO

    EQUIPE REVISTA ESPAO CIENTFICO LIVRE

    Verano Costa Dutra

    Editor e revisor Farmacutico, com habilitao em Homeopatia e Mestre em Sade Coletiva pela UFF [email protected]

    Monique D. Rangel Dutra

    Editora da Espao Cientfico Livre Projetos Editoriais - Graduada em Administrao na

    UNIGRANRIO

    Vernica C.D. Silva

    Reviso - Pedagoga, Ps-graduada em Gesto do Trabalho Pedaggico: Orientao,

    Superviso e Coordenao pela UNIGRANRIO

    AUTORES

    Alexandre Joo Gretters

    Mestre em Gesto Ambiental pela Universidad

    Nihon Gakko-AbraceBrasil

    Augusto Everton Dias Castro

    Enfermeiro pela Universidade Federal do Piau.

    Acadmico de Direito do CESVALE.

    Especialista em Sade e Qualidade de Vida

    pelo Centro Universitrio Campos de Andrade.

    Docente do Sistema de Ensino Acadmickos

    Edson Carlos de Deus Castilho

    Mestre em Gesto Ambiental pela Universidad

    Nihon Gakko-AbraceBrasil

    Fbio Jos Gomes de Sousa

    Bacharel em Cincias da Computao

    Francisco Gabriel Santos Silva

    Professor Assistente/Centro de Cincias

    Exatas e Tecnolgicas/UFRB

    Janaide Nogueira de Sousa Ximenes

    Bacharel em Sistemas de Informao

    Jos Humberto Teixeira Santos

    Professor Assistente/Centro de Cincias

    Exatas e Tecnolgicas/UFRB

    Milena Borges dos Santos Cerqueira

    Engenheira Civil/Centro de Cincias Exatas

    e Tecnolgicas/UFRB

    Regina Clia Soares

    Mestre em Gesto Ambiental pela

    Universidad Nihon Gakko-AbraceBrasil

    Rene Medeiros de Souza

    Professor Assistente/Centro de Cincias

    Exatas e Tecnolgicas/UFRB

    Rhyan Ximenes de Brito

    Bacharel em Cincias da Computao

    Srvulo Jos Magalhes Barros

    Mestre em Gesto Ambiental pela

    Universidad Nihon Gakko-AbraceBrasil

    BRASIL, V. 05, N. 03, JUN.-JUL., 2015

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    COLABORADORES DESTA EDIO

  • QUANTO VALE A SUA F? A TENDNCIA CAPITALISTA DA F EVANGLICA

    FORTALEZENSE NAS LTIMAS DUAS DCADAS

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de George Sousa Cavalcante

    Este livro oferece uma anlise

    sociolgica, antropolgica,

    teolgica e, sobretudo histrica

    sobre a relao entre crena e

    dinheiro no Ocidente, e que tem

    se exacerbado em um mundo

    capitalista como o nosso, do qual

    faz parte a cidade de Fortaleza.

    LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O

    LIVRO DIGITAL

  • O ARQUITETO EM FORMAO NA ERA

    DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL OS NOVOS PARADIGMAS DA EDUCAO

    AMBIENTAL NO ENSINO DA

    ARQUITETURA E URBANISMO

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Ctia dos Santos Conserva

    O desenvolvimento traz ao mundo, alm de

    conforto e comodidade, danos muito srios ao

    meio ambiente pela maneira displicente pela

    qual fazemos usos dos recursos da terra. O

    Brasil, inserido em um mundo em pleno

    desenvolvimento, enfrenta o desafio de educar

    sua populao para formar cidados

    comprometidos com a sustentabilidade em

    seus aspectos social, econmico e ambiental.

    Com a Revoluo Industrial e o crescimento

    das cidades, os paradigmas mudaram, de uma

    viso ecocntrica passamos para a busca de

    uma viso mais complexa, a viso da

    sustentabilidade. Nesse cenrio, esse livro

    apresenta e analisa uma proposta de insero

    da Educao Ambiental em uma comunidade

    acadmica, na Asa Sul, Braslia-DF.

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  • A QUESTO RACIAL COMO

    EXPRESSO DA QUESTO SOCIAL UM DEBATE NECESSRIO PARA O

    SERVIO SOCIAL

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Renata Maria da Conceio

    Este livro tem como objetivo contribuir com o

    debate acerca da temtica da questo tnico-

    racial no processo de formao em Servio Social.

    Essa temtica se apresenta relevante para um

    exerccio profissional comprometido com a

    questo social e com a garantia dos direitos

    humanos. A pesquisa buscou analisar se a

    questo tnico-racial est inserida no processo de

    formao profissional em Servio Social, com

    nfase para identificar a percepo de estudantes

    do curso de Servio Social da Universidade de

    Braslia UnB sobre a temtica tnico-racial como expresso da questo social. A pesquisa realizada

    justifica-se pelo fato da questo racial ser uma

    demanda presente no cotidiano do fazer

    profissional do assistente social.

    LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O

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  • ESTUDO DA USINABILIDADE DO

    POLIETILENO DE ULTRA ALTO PESO

    MOLECULAR PELA ANLISE DA

    FORA DE CORTE

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Luiz Otvio Corra &

    Marcos Tadeu Tibrcio Gonalves

    Este livro teve o objetivo realizar um estudo do

    desempenho do corte do material Polietileno de

    Ultra Alto Peso Molecular (UHMWPE), em

    operao de torneamento, atravs da medio da

    fora principal de corte, analisando-se a influncia

    dos seguintes parmetros: avano, velocidade de

    corte, profundidade de corte e geometria da

    ferramenta. A medio da fora de corte foi feita

    por um dinammetro conectado ao sistema de

    aquisio de dados, durante a usinagem realizada

    em um torno mecnico horizontal. A partir dos

    resultados obtidos, foi possvel indicar as

    condies de corte mais adequadas em relao

    aos valores da fora de corte medidas, para as

    condies de qualidade superficial aceitveis em

    operaes de desbaste.

    LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O

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  • Produo da protena

    recombinante Fator IX da

    coagulao sangunea humana

    em clulas de mamfero

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Andrielle Castilho-Fernandes,

    Lucinei Roberto de Oliveira,

    Marta Regina Hespanhol,

    Aparecida Maria Fontes &

    Dimas Tadeu Covas Esse livro mostra a potencialidade do sistema

    retroviral para a expresso do FIX humano em

    linhagens celulares de mamfero e a existncia

    de peculiaridades em cada linhagem as quais

    podem proporcionar diferentes nveis de

    expresso e produo do FIX biologicamente

    ativo. Alm de estabelecer toda a tecnologia

    para gerao de linhagens celulares

    transgnicas produtoras de rFIX e futuros

    estudos em modelos animais podero ser

    conduzidos para a elucidao minuciosa da

    molcula recombinante rFIX gerada.

    LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O

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  • FLUXO DE CO2 DE VEGETAO

    INUNDADA POR REPRESAMENTO QUANTIFICAO PR

    ALAGAMENTO

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Andr Lus Diniz dos Santos,

    Mauricio Felga Gobbi,

    Dornelles Vissotto Junior &

    Nelson Luis da Costa Dias

    Alguns estudos recentes indicam que lagos de usinas

    Hidreltricas podem emitir quantidades significativas de gases

    de efeito estufa, pela liberao de dixido de carbono oriundo

    da decomposio aerbica de biomassa de floresta morta nos

    reservatrios que se projeta para fora da gua, e pela

    liberao de metano oriundo da decomposio anaerbica de

    matria no-lignificada. No entanto, para quantificar a

    quantidade de gases de efeito estufa liberada para a

    atmosfera devido ao alagamento por barragens, necessrio

    quantificar tambm o fluxo de gs carbnico da vegetao

    que ali estava anteriormente ao represamento. Este trabalho

    procura descrever um mtodo para calcular o fluxo de gs

    carbnico da vegetao antes de ser alagada, utilizando o

    SVAT de interao superfcie vegetao-atmosfera conhecido

    como ISBA baseado em Noilhan e Planton (1989); Noilhan e

    Mahfouf (1996).

    LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O

    LIVRO DIGITAL

  • CARACTERSTICAS SCIO-

    DEMOGRFICAS DO PROJETO DE

    ASSENTAMENTO RECANTO DA

    ESPERANA EM MOSSOR/RN

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Maxione do Nascimento Frana Segundo

    & Maria Jos Costa Fernandes

    Este livro analisa os aspectos scio-

    demogrficos do Projeto de Assentamento

    Recanto da Esperana, situado no municpio

    de Mossor, no Estado do Rio Grande do

    Norte (RN).

    LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O

    LIVRO DIGITAL

  • AGRICULTURA FAMILIAR E

    AGROECOLOGIA: UMA ANLISE DA ASSOCIAO DOS

    PRODUTORES E PRODUTORAS DA FEIRA

    AGROECOLGICA DE MOSSOR

    (APROFAM) - RN

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Eriberto Pinto Moraes &

    Maria Jos Costa Fernandes

    Este livro faz uma anlise da agricultura

    familiar e da agroecologia praticada pela

    Associao dos Produtores e Produtoras da

    Feira Agroecolgica de Mossor (APROFAM)

    no Municpio de Mossor (RN).

    LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O

    LIVRO DIGITAL

  • Metodologia do ensino da

    matemtica frente ao paradigma

    das novas tecnologias

    de informao e comunicao:

    A Internet como recurso no ensino

    da matemtica

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Paulo Marcelo Silva

    Rodrigues

    Este livro analisa alguns exemplos de

    recursos encontrados na Internet,

    ligados a rea da Matemtica.

    Especialmente, os aspectos

    pedaggicos dos mesmos, com o intuito

    de contribuir para o aperfeioamento das

    relaes entre professor e aluno.

    LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O

    LIVRO DIGITAL

  • CONSTRUES GEOGRFICAS: teorizaes, vivncias e prticas

    http://www.espacocientificolivre.com/

    Organizadores:

    Joslia Carvalho de Arajo

    Maria Jos Costa Fernandes

    Otoniel Fernandes da Silva Jnior

    Este livro pretende ser uma fonte na qual os

    profissionais da geografia podem encontrar

    diversas possibilidades de no apenas

    refletirem sobre, mas de serem efetivos

    sujeitos de novas prticas e novas vivncias,

    frente s novas configuraes territoriais que

    se apresentam no mundo atual, marcada por

    processos modernos e ps-modernos.

    LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O

    LIVRO DIGITAL

  • O RINGUE ESCOLAR: O AUMENTO DA BRIGA ENTRE

    MENINAS

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Mara Darido da Cunha

    Esta obra contextualiza historicamente as

    relaes de gnero ao longo da histria;

    identificando em qual gnero h a maior

    ocorrncia de brigas; assim como, elencar os

    motivos identificados pelos alunos para a

    ocorrncia de violncia no ambiente escolar.

    LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O

    LIVRO DIGITAL

  • O HOMEM, A MORADIA E AS GUAS: A CONDIO DO

    MORAR NAS GUAS

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Moacir Vieira da Silva

    & Joslia Carvalho de Arajo

    Este livro um estudo que objetiva analisar

    as imposies socioeconmicas inerentes

    condio do morar numa rea susceptvel a alagamentos, no bairro Costa e Silva,

    Mossor/Rio Grande do Norte.

    LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O

    LIVRO DIGITAL

  • LEIA E BAIXE GRATUITAMENTE O

    LIVRO DIGITAL

    Mulheres Negras: Histrias de Resistncia,

    de Coragem, de

    Superao e sua Difcil

    Trajetria de Vida na

    Sociedade Brasileira

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Adeildo Vila Nova

    & Edjan Alves dos Santos

    O desafio de estudar a trajetria de mulheres negras e pobres que

    em sua vida conseguiram romper as mais diversas adversidades e

    barreiras para garantir sua cidadania, sua vida, foi tratada pelos

    jovens pesquisadores com esmero, persistncia e respeito quelas

    mulheres com quem se encontraram para estabelecer o dilogo que este livro revela nas prximas pginas, resultado do Trabalho de

    Concluso de Curso para graduao em Servio Social.

  • AVALIAO DO POTENCIAL

    BIOTECNOLGICO DE PIGMENTOS

    PRODUZIDOS POR BACTRIAS DO

    GNERO Serratia ISOLADAS DE

    SUBSTRATOS AMAZNICOS

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Raimundo Felipe da Cruz Filho

    & Maria Francisca Simas Teixeira

    Existem diversos pigmentos naturais,

    principalmente de origem vegetal, mas poucos

    esto disponveis para aproveitamento

    industrial, pois so de difcil extrao, custo

    elevado no processo de extrao ou

    toxicidade considervel para o homem ou

    meio ambiente. A atual tendncia por produtos

    naturais promove o interesse em explorar

    novas fontes para a produo biotecnolgica

    de pigmentos para aplicao na indstria. Este

    trabalho teve como objetivo a identificao de

    espcies de Serratia, e entre estas, selecionar

    uma produtora de maior quantitativo de

    pigmentos de importncia para a indstria

    alimentcia e farmacutica.

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    Moluscos e Sade

    Pblica em Santa

    Catarina: subsdios para a

    formulao estadual de

    polticas preventivas

    sanitaristas

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Aisur Ignacio Agudo-Padrn, Ricardo Wagner Ad-Vncula Veado

    & Kay Saalfeld

    O presente trabalho busca preencher uma lacuna nos estudos

    especficos e sistemticos sobre a ocorrncia e incidncia/

    emergncia geral de doenas transmissveis por moluscos

    continentais hospedeiros vetores no territrio do Estado de Santa

    Catarina/SC, relacionadas diretamente ao saneamento ambiental

    inadequado e outros impactos antrpicos negativos ao meio

    ambiente.

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    Mtodos de

    Dimensionamento

    de Sistemas

    Fotovoltaicos:

    Aplicaes em

    Dessalinizao

    http://www.espacocientificolivre.com/

    de Sandro Juc & Paulo Carvalho A presente publicao apresenta uma descrio de dimensionamento de sistemas

    fotovoltaicos autnomos com trs mtodos distintos. Tendo como base estes

    mtodos, disponibilizado um programa de dimensionamento e anlise econmica

    de uma planta de dessalinizao de gua por eletrodilise acionada por painis

    fotovoltaicos com utilizao de baterias. A publicao enfatiza a combinao da

    capacidade de gerao eltrica proveniente da energia solar com o processo de

    dessalinizao por eletrodilise devido ao menor consumo especfico de energia

    para concentraes de sais de at 5.000 ppm, com o intuito de contribuir para a

    diminuio da problemtica do suprimento de gua potvel. O programa proposto

    de dimensionamento foi desenvolvido tendo como base operacional a plataforma

    Excel e a interface Visual Basic.

  • 28

    Recuperao extrajudicial de

    empresas: uma alternativa para

    renegociao de dvidas

    EXTRAJUDICIAL RECOVERY COMPANIES: AN ALTERNATIVE FOR

    RENEGOTIATING DEBTS

    Augusto Everton Dias Castro Enfermeiro pela Universidade Federal do Piau. Acadmico de Direito do CESVALE. Especialista em Sade e Qualidade de Vida pelo Centro Universitrio Campos de Andrade. Docente do Sistema de Ensino Acadmickos. Teresina, PI. E-mail: [email protected]

    CASTRO, A. E. D. Recuperao extrajudicial de empresas: uma alternativa para renegociao de dvidas. Revista Espao Cientfico Livre, Duque de Caxias, v. 05, n. 03, p. 28-35, jun.-jul., 2015.

    RESUMO A recuperao extrajudicial de empresas uma forma de negociao prpria entre devedor e seus credores, e funciona como uma alternativa para renegociao de dvidas sem a interferncia direta do Poder

    Judicirio. Este artigo tem como objetivo refletir a respeito da temtica, especialmente com base nos artigos 161 a 164 da lei 11.101/2005 e reviso da literatura pertinente.

    Palavras-chave: Recuperao de Empresas. Recuperao Extrajudicial. Renegociao de Dvidas.

    ABSTRACT The extrajudicial recovery of companies is a form of negotiation between the debtor and its creditors, and functions as an alternative to renegotiating debts without the direct interference of the Judiciary. This article

    aims to reflect on the theme, especially based on the articles 161 to 164 of the brazilian law 11.101/2005, and review of the literature.

    Keywords: Recovery of Companies. Extrajudicial Recovery. Renegotiating Debts.

  • 29

    1. INTRODUO

    instituto da recuperao extrajudicial, inserido no ordenamento jurdico por

    meio da edio da lei ordinria 11.101/2005, tem como objetivo permitir ao

    devedor entrar em acordo junto aos credores, sem que, com isso, necessite

    de interferncia do Poder Judicirio. Trata-se de uma inovao no direito empresarial

    brasileiro, tendo como modelo o prepackaged chapter 11 plan estadunidense

    (SANTOLINI, 2013).

    Uma anlise histrica do direito de empresas brasileiro aponta que, at a promulgao

    da supracitada lei, caso a empresa estivesse diante de dificuldades econmicas,

    raramente poderia ser evitada sua extino, em decorrncia da morosidade e

    burocratizao trazidas pelo processo falimentar. Ainda que existisse a possibilidade

    da concordata, esta tambm se mostrava ineficiente, visto que raramente a empresa

    que utilizava deste recurso conseguia sobreviver, deixando-a sem esperana

    (CERQUEIRA, 2012; MACHADO, 2005).

    Aragos (2008) defende que a recuperao extrajudicial (nascida, assim como a

    recuperao judicial, da concordata preventiva) funciona como uma alternativa prvia

    recuperao judicial, dado que, para que ocorra, necessita de condies econmicas

    e financeiras compatveis, que tornem apta a empresa a renegociar seus dbitos.

    Durante o procedimento negocial, pode o credor estabelecer os credores com os quais

    deseja ajustar-se.

    Com base nos pressupostos acima, este artigo tem como objetivo refletir a respeito da

    recuperao extrajudicial de empresas, demarcadamente no que se refere aos arts.

    161 a 164 da Lei 11.101/2005, a partir de reviso da literatura pertinente.

    O

  • 30

    2. RESULTADOS E DISCUSSO

    2.1. Da legitimidade

    Conforme aponta Restiffe (2008), possuem legitimidade ativa para o requerimento da

    recuperao extrajudicial o empresrio individual e a sociedade empresria. Excluem-

    se dessa prerrogativa as instituies de carter financeiro, seguradoras, cooperativas

    de crdito, empresas pblicas e sociedades de economia mista, instituies de

    capitalizao, quem exerce profisso que no constitui exerccio de empresa (art. 966,

    pargrafo nico), dentre outras (PACHECO, 2009; SANTOS, 2008).

    Por outro lado, possuem legitimidade passiva os credores sujeitos recuperao

    extrajudicial.

    2.2. Dos crditos suscetveis negociao

    Leonardi (2007) afirma que a finalidade precpua da recuperao extrajudicial est em

    permitir ao devedor a negociao junto aos credores de crditos com garantia real

    (observe-se aqui o limite do valor do bem), crditos com privilgio (especial ou geral),

    quirografrios, subordinados, previstos em contrato ou definidos em lei, assim como

    aqueles devidos aos scios ou administradores sem vnculo empregatcio.

    O autor ainda esclarece que os crditos no albergados por essa recuperao so:

    aqueles de natureza tributria; derivados da legislao trabalhista ou decorrentes de

    acidentes de trabalho; do credor proprietrio fiducirio de bens (mveis ou imveis); de

    arrendamento mercantil; promitente vendedor de imvel com clusula de

    irrevogabilidade ou irretratabilidade; compra e venda com reserva de domnio.

    Adiciona-se ainda o credor decorrente de aditamento de contrato de cmbio para

    exportao.

  • 31

    2.3. Do plano de recuperao extrajudicial

    Pode o empresrio apresentar duas modalidades de plano de recuperao

    extrajudicial: plano que obriga os subscritores (art. 162) e plano que obriga a todos os

    credores abrangidos por ele (art. 163) (BIDVB, s/d).

    No plano que obriga os subscritores, todos os credores concordam e aceitam o plano.

    Nesse caso, o empresrio poder requerer sua homologao, anexada a justificativa e

    documento com os termos e condies da transao, ficando sujeitos a ele aqueles

    credores signatrios. Trata-se de homologao voluntria, segundo Matos (2009).

    No plano que obriga todos os credores abrangidos por ele, o pedido de homologao

    poder ser requerido caso os credores ali assinantes representem mais que 3/5 dos

    crditos de cada espcie. Diante dessa situao, caso seja homologado, sero

    atingidos tanto os que aderiram como os que no aderiram ao plano. Matos (2009) a

    define como homologao obrigatria.

    Seja qual for o plano, no ser possvel o pagamento antecipado das dvidas, ou ainda

    tratamento desfavorvel aos credores no sujeitos a ele (art. 161, 2). Ou seja, os

    credores que no se sujeitarem aos termos do plano podem exercer seus direitos de,

    inclusive, pedir a falncia do empresrio (art. 161, 4).

    No plano, podem estar abrangidas uma ou mais espcies de crdito, ou ainda grupos

    de credores da mesma natureza (art. 163, 2).

    Ressalta-se que, aps a distribuio do pedido de homologao, no ser mais

    possvel a desistncia do plano por parte do credor, a no ser com a concordncia

    expressa dos demais credores.

    2.4. Dos requisitos para homologao do plano

    Figueiredo (2010), Coelho (2009), dentre outros autores, dividem os requisitos para

    requerer a recuperao extrajudicial em subjetivos e objetivos.

  • 32

    Entendem-se como requisitos subjetivos aqueles que caracterizam a figura do

    empresrio requerente. So eles (art. 48, art. 161):

    1) Exercer regular atividade empresarial por perodo superior a dois anos;

    2) No tramitar pedido de recuperao judicial, ou ter obtido-a ou homologado

    plano de recuperao extrajudicial h menos de 2 anos.

    3) No estar falido, ou, se foi, terem sido extintas suas obrigaes por

    sentena transitada em julgado.

    4) No ter prvia condenao por crime falimentar (empresrio individual) ou

    ter como administrador ou controlador pessoa condenada por este crime

    (sociedade empresria).

    J os requisitos objetivos dizem respeito ao plano de recuperao extrajudicial.

    Elencam-se (art. 161, art. 163):

    1) O plano no pode contemplar pagamento antecipado de dvidas.

    2) O plano no pode favorecer credores alcanados por ele, em detrimento

    dos demais credores. Preza-se, aqui, por um tratamento paritrio dos

    credores.

    3) O plano s pode abranger os crditos que foram constitudos at a data do

    pedido de homologao.

    4) Caso seja prevista a alienao, supresso ou substituio de garantia real

    como medida para recuperao, essa medida s poder ser efetivada com

    a concordncia do titular dessa garantia.

    2.5. Do procedimento de homologao

    O procedimento para homologao do plano de recuperao extrajudicial pode ser

    resumido da seguinte forma (FIGUEIREDO, 2010; MATOS, 2009; PACHECO, 2009;

    RESTIFFE, 2008):

    1) O juiz, aps receber o pedido de homologao, ordena a publicao de edital

    em rgo oficial ou jornal de circulao nacional ou nas localidades onde h a

    sede ou filiais do devedor, convocando os credores.

  • 33

    2) Os credores, ento, tero o prazo de trinta dias para apresentar suas

    impugnaes ao plano, apontando suas justificativas para tanto (no

    preenchimento do percentual mnimo de 3/5 para aprovao, prtica de ato de

    falncia, atos prejudiciais a credores, descumprimento dos requisitos ou

    qualquer outra exigncia legal), e juntando a prova de seus crditos.

    3) No mesmo prazo de trinta dias, o empresrio deve comprovar que enviou carta

    a todos os credores domiciliados ou sediados no pas, explicitando as

    condies e prazos.

    4) Apresentadas impugnaes, o devedor ter o prazo de cinco dias para se

    manifestar, sob pena de revelia caso no se manifeste. O procedimento segue

    na forma de jurisdio voluntria.

    5) Aps o prazo de cinco dias, tendo ou no o empresrio se manifestado, o juiz

    decidir sobre a impugnao, tendo mais cinco dias para apontar se o pedido

    cumpre as exigncias legais e se a impugnao ser ou no acatada.

    Da sentena, caber apelao (sem efeito suspensivo). A rejeio da homologao

    no obsta novo pedido do autor, preenchidos os requisitos no observados no pedido

    feito anteriormente.

    Observe-se que, conforme dita o art. 161, 6, a sentena que homologa o plano de

    recuperao extrajudicial se constitui em ttulo executivo judicial.

    3. CONCLUSO

    ntendida como uma forma de negociao particular entre o devedor e seus

    credores, a recuperao extrajudicial representa uma inovao jurdica

    trazida pela lei 11.101/2005, com fortes influncias do modelo americano

    prepackaged chapter 11 plan. Trata-se, portanto, de uma alternativa de devedores

    que, caso renegociem suas dvidas, apresentem possibilidade de evitarem a extino

    ou falncia de sua empresa.

    Por tratar-se de um instituto para recuperao de empresas, so legitimados ativos os

    empresrios individuais ou ainda as sociedades empresrias. So legitimados

    passivos os credores com crditos sujeitos recuperao extrajudicial (ou seja,

    E

  • 34

    excluem-se aqui os crditos trabalhistas, decorrentes de acidentes de trabalho,

    tributrios, arrendamento mercantil, de credor fiducirio, dentre outros apontados no

    decorrer da pesquisa).

    As negociaes realizadas por meio da recuperao extrajudicial levam a elaborao

    de um plano, que dever homologado pela autoridade judicial para que possa ser

    efetivado. Nesse nterim, o credor que se sentir prejudicado pode buscar o

    cumprimento de seus direitos por meio de impugnao ao plano, alegando, de forma

    justificada, seus motivos.

    Observa-se que, embora deva cumprir exigncias legais, a recuperao extrajudicial

    se mostra uma alternativa mais clere e amigvel para negociao entre devedor e

    credores quando comparada recuperao judicial, permitindo s partes debaterem

    com maior liberdade sobre seus interesses.

    REFERNCIAS

    ARAGOS, Rafael. Recuperao extrajudicial de empresas. Faculdades Integradas Antonio Eufrasio de Toledo Faculdade de Direito de Presidente Prudente (Monografia). 2007. BIDVB. Recuperao Extrajudicial. S/d. BRASIL. Lei 11.101, de 09 de fevereiro de 2005. Regula a recuperao judicial, a extrajudicial e a falncia do empresrio e da sociedade empresria. Disponvel em: . Acesso em: 08 maio 2014. CERQUEIRA, Daniel da Silva Araujo. Da natureza contratual da recuperao de empresa Uma anlise sob a tica da teoria dos jogos. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XV, n. 96, 2012. COELHO, Fbio Ulha. Manual de Direito Comercial. Direito de Empresa. 21 Ed. Saraiva: So Paulo, 2009.

    FIGUEIREDO, Ivanildo. Recuperao extrajudicial. Faculdade de Direito do Recife. Apresentao em Power Point (color., 14 slides). 2010. LEONARDI, Marcel. Empecilhos utilizao da recuperao extrajudicial. Jus Navigandi, Teresina, ano 12, n. 1407, 2007. MACHADO, Rubens Approbato (coord.). Comentrios Nova Lei de Falncia e Recuperao de Empresas. SP: Ed. Quartier Latin, 2005. MATOS, Daniel Oliveira. Recuperao extrajudicial de empresas. In: mbito Jurdico, Rio Grande, XIV, n. 92, 2011. PACHECO, Jos da Silva. Processo de Recuperao Judicial, Extrajudicial e Falncia. Rio de Janeiro: Forense, 2009.

  • 35

    RESTIFFE, Paulo Srgio. Recuperao de Empresas. So Paulo: Manole, 2008. SANTOLINI, Ricardo Benevenuti. A recuperao extrajudicial e sua eficincia na sociedade brasileira.

    In: mbito Jurdico, Rio Grande, XVI, n. 114, 2013. SANTOS, Paulo Penalva. Brevssima Notcia sobre a Recuperao Extrajudicial. Revista do Advogado AASP, So Paulo, ano XXVIII, n 96, 2008.

    CASTRO, A. E. D. Recuperao extrajudicial de empresas: uma alternativa para renegociao de dvidas. Revista Espao Cientfico Livre, Duque de Caxias, v. 05, n. 03, p. 28-35, jun.-jul., 2015.

    Recebido em: 11 maio 2014.

    Aprovado em: 02 jun. 2015.

  • 36

    Educao ambiental para o uso

    sustentvel da biodiversidade

    sugesto de projeto para o refgio

    biolgico Tat Yup Hernandarias

    Paraguai

    ENVIRONMENTAL EDUCATION FOR SUSTAINABLE USE OF BIODIVERSITY - PROJECT SUGGESTED BIOLOGICAL REFUGE TATI YUP - HERNANDRIAS -

    PARAGUAY

    Alexandre Joo Gretters Mestre em Gesto Ambiental pela Universidad Nihon Gakko-AbraceBrasil Assuno, Paraguai E-mail: [email protected] Edson Carlos de Deus Castilho Mestre em Gesto Ambiental pela Universidad Nihon Gakko-AbraceBrasil Assuno, Paraguai E-mail: [email protected] Regina Clia Soares Mestre em Gesto Ambiental pela Universidad Nihon Gakko-AbraceBrasil Assuno, Paraguai E-mail: [email protected] Srvulo Jos Magalhes Barros Mestre em Gesto Ambiental pela Universidad Nihon Gakko-AbraceBrasil Assuno, Paraguai E-mail: [email protected]

    GRETTERS, A. J. et al. Educao ambiental para o uso sustentvel da biodiversidade sugesto de projeto para o refgio biolgico Tat Yup Hernandarias Paraguai. Revista Espao Cientfico Livre, Duque de Caxias, v. 05, n. 03, p. 36-48, jun.-jul., 2015.

  • 37

    RESUMO O presente artigo foi elaborado com vistas a apresentar, como foi realizada a elaborao de uma sugesto de projeto de educao ambiental, direcionado ao uso sustentvel da biodiversidade, como requisito da disciplina de Educacin Ambiental y Uso Sustentable de La Biodiversidad do Programa de Ps-Graduao Internacional da Universidad Nihon Gakko (Paraguai). Nele esto descritos os passos que foram realizados at culminar no projeto escrito, utilizando como referencia o Refgio Biolgico de Tat Yup, em Hernandrias, unidade de preservao da Itaipu Binacional/Paraguai. Esto inseridos conceitos e importncia da educao ambiental, sustentabilidade e biodiversidade, temas centrais deste artigo. Reconheceu-se a regio de aplicao do projeto por meio de consultas a internet e

    visitao do local, onde foram levantadas informaes que serviram de ponto de partida para elaborao do projeto em questo. O refgio apresenta uma srie de atividades voltadas comunidade local e a turistas, atividades estas, principalmente ligadas a trilhas com uso de bicicleta, carro eltrico, carroas e trator. As atividades so acompanhadas por guias, funcionrios da Itaipu/Paraguai, muito bem preparados, conhecedores das caractersticas locais, facilitando a compreenso. Foram levantadas informaes sobre a flora e fauna local, sendo que a fauna foi observada no Zoolgico do Centro Ambiental O grupo elaborou um projeto com sugestes de melhoria no que concerne a preservao da biodiversidade local, atravs de atividades ldicas, oficinas e mini-cursos.

    Palavras-chave: Educao ambiental. Sustentabilidade. Biodiversidade. Projeto Ambiental.

    ABSTRACT This article was prepared with a view to presenting, as the elaboration of a suggestion of environmental education project was carried out, aimed at the sustainable use of biodiversity, as a requirement of the Environmental Educacin y discipline Sustentable Use of La Biodiversidad the Post-graduate International Program the University Nihon Gakko (Paraguay). It describes the steps that have been performed culminating in the writing project, using as reference the Biological Refuge Tat Yup in Hernandrias, preservation unit of Itaipu / Paraguay. Are inserted concepts and importance of environmental education, sustainability and biodiversity, central themes of this article. Recognized the project application area through

    consultation with the internet and visit the place where they were raised information that served as the starting point for preparing the project in question. The refuge has a number of activities aimed at the local community and tourists, these activities, mainly linked to trails with bicycle use, electric car, carts and tractor. The activities are accompanied by guides, Itaipu / Paraguay staff, very well prepared, knowledgeable of local characteristics, facilitating the understanding. Information about the local flora and fauna have been raised, and the fauna was observed in the Environmental Center Zoo The group prepared a project with improvement suggestions regarding the preservation of local biodiversity through play activities, workshops and short courses.

    Keywords: Environmental education. Sustainability. Biodiversity. Environmental Design.

  • 38

    1. INTRODUO

    Educao Ambiental, to mencionada um mecanismo de orientao,

    informao e comunicao com a finalidade de preservar o meio ambiente,

    dando assim a sustentabilidade para as geraes futuras. Segundo Ministrio

    de Meio Ambiente (1999), atravs da lei n 9795/1999, art. 1: entendem-se por

    educao ambiental, os processos por meio dos quais o indivduo e a coletividade

    constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competncias

    voltadas para a conservao do meio ambiente, bem de uso comum do povo,

    essencial sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

    A sustentabilidade est relacionada a aes que visem o desenvolvimento econmico

    e material sem agredir o meio ambiente, integrando-se questes sociais com respeito

    ao ser humano, questes econmica, energticas e ambientais para que a qualidade

    de vida e a condio da vida humana no venham se deteriorar.

    A biodiversidade se aplica ao conjunto constitudo pela diversidade gentica,

    diversidade especfica e diversidade ecolgica bem como suas interaes. essencial

    tambm para o ser humano. Como medida de preveno contra a destruio da

    biodiversidade enfatiza-se a criao de parques, reservas, refgios, jardins botnicos

    ajudando a conservar muitas espcies, reduzir a degradao dos habitats e a

    explorao exagerada da fauna e flora (CADERNO JOVEM CIENTISTA, 2006).

    O Paraguai assim como o Brasil, faz parte da administrao da Represa de Itaipu,

    geradora de energia para ambos os pases, a qual de origem ao grande lago de Itaipu.

    Sua contrapartida ambiental e social em razo do impacto causado durante a

    construo da mesma foi criao de reas de conservao e proteo do bioma

    local, sendo que, em ambas as margens, brasileira e paraguaia, foram-se criando

    alguns Refgios e Reservas.

    Como matria do modulo Educao Ambiental para o Uso Sustentvel da

    Biodiversidade do Curso de Mestrado em Gesto Ambiental do Programa de Ps-

    Graduao da Universidade Nihon Gakko, foi realizada uma visita a um destes

    refgios na margem paraguaia do Lago de Itaipu e a partir desta visita, procurou-se

    elaborar uma sugesto de Projeto de Educao Ambiental para Biodiversidade local.

    A

  • 39

    Este artigo tem como objetivo mostrar a construo deste projeto a partir da visitao

    do Refgio Biolgico Tat Yupi, no departamento de Alto Paran, municpio de

    Hernandarias, no Paraguai.

    2. MATERIAIS E MTODOS

    construo de um Projeto de Educao Ambiental demanda de algumas

    pesquisas, reviso de literatura, consultas e campo, principalmente quando

    diz respeito conservao e a proteo da biodiversidade

    2.1. rea de Estudo

    2.1.1. Localizao Geogrfica da rea

    O Refgio Biolgico Tat Yup, est distante da cidade de Hernandarias, cerca de 17

    km indo em direo a Salto Del Guair. As coordenadas geogrficas da rea so: 25

    36 71 de latitude sul e 54 58 02 de longitude oeste (Figura 1). Possui uma rea de

    2.245 hectares entre a Floresta Atlntica do Interior Oriental e a prpria rea turstica.

    Como um dos Refgios Biolgico, geridos pela Itaipu Binacional Paraguaia, apresenta

    uma srie de atividades voltadas visitao da comunidade local e visitantes

    estrangeiros, alm de ser rea de estudo para pesquisadores da prpria instituio e

    externos, segundo informaes da equipe que l atendeu o grupo.

    Figura 1 - Localizao geogrfica do refugio Biolgico Tat Yup

    Fonte: (CMG, 2015)

    A

  • 40

    2.1.2. Caracterizao Fsica da rea de Estudo

    Em seus aspectos fsicos a regio do Refugio Biolgico Tat Yup, em Hernadrias,

    apresenta um solo de origem basltica, profundos, os chamados latossolos. Seu clima

    subtropical apresenta precipitaes abundantes, sendo que a temperatura media

    anual varia de 21 a 22C. Umas das caractersticas desta rea a amplitude trmica

    diria alta. A umidade relativa local varia entre 70 a 80%, com ventos predominantes

    de noroeste e sudeste (GOBERNACIN ALTO PARAN, 2015).

    Em seu aspecto vegetativo, a rea esta inserida no bosque Atlntico de Interior

    Oriental do Paraguai, onde so encontradas reas em regenerao, alm de

    pequenos espaos de cerrado. As principais espcies so Cedro (Cedrus), Guatambu

    (Balfourodendron riedelianum), Pind (Syagrus romanzoffiana), Peroba

    (Aspidosperma polyneuron) nomes locais, alm de vrias gramneas. Sua fauna

    rica contendo 39 espcies de mamferos, 286 aves e 21 rpteis, mostrando ser a rea

    de grande diversidade faunstica e florstica (GOBERNACIN ALTO PARAN, 2015).

    2.2. Pressupostos Tericos

    Os problemas que temos na atualidade, quando relacionamos com a questo

    ambiental, esto diretamente ligados ao processo produtivo humano. a sociedade

    que se encontra em desarmonia, provocando assim um caos na natureza. Sempre

    esquecendo que esta natureza importante para prpria sobrevivncia humana.

    Silva (2014, p. 3), coloca bem apropriadamente que,

    Construmos uma sociedade de risco e somos obrigados a geri-la. Faz-se necessrio tomar medidas que levem o ser humano a se afeioar a natureza, estabelecer respeito entre os seres vivos que existem no planeta e aprender a conviver com dignidade, procedendo a favor do bem, do bom-senso e de nosso compromisso com a vida.

    Neste processo de medidas a serem tomadas para manuteno da natureza

    encontra-se na educao ambiental um instrumento para se estabelecer esta relao

    homem x meio da melhor forma possvel.

  • 41

    Pensar em educao Ambiental pensar em um mtodo que de alguma forma v

    resgatar ou resignificar valores que, de um modo geral atingem a sociedade, quando

    diz respeito diversidade no s biolgica, mas cultural tambm.

    Silva (op cit, p.4) vai definir Educao Ambiental como um ramo da educao cujo

    objetivo a disseminao do conhecimento sobre o ambiente, a fim de ajudar sua

    preservao e utilizao sustentvel dos seus recursos.

    A Educao Ambiental passa por um processo longo para poder se estabelecer como

    uma atividade educacional permanente. Das primeiras reunies e ideias, do Clube de

    Roma (1968), a reunio de Estocolmo/72 como uma premissa mais que vivel, a

    reunio de Tbilise/77 quando se estabelece os princpios da Educao Ambiental, a

    Rio/92, com a Agenda 21(IBAMA, 1996; MEC, 2000; SILVA, 2014).

    Nestes longos anos de estruturao como disciplina formal e no formal muito se fala

    que a sociedade deve viver de uma forma sustentvel, de equilbrio com a natureza e

    que atravs da educao ambiental pode-se conseguir estabelecer esta relao. Mas

    importante que se estabelea as diferenas de sustentabilidade e

    desenvolvimento sustentvel para se chegar a um efetivo processo de educao

    ambiental. Segundo Mikhailova (2004, p. 25-26), estes termos so assim

    diferenciados,

    Uma sociedade sustentvel aquela que no coloca em risco os elementos do meio ambiente. Desenvolvimento sustentvel aquele que melhora a qualidade da vida do homem na Terra ao mesmo tempo em que respeita a capacidade de produo dos ecossistemas nos quais vivemos.

    Levando em considerao estes aspectos levantados, a educao ambiental voltada

    para o uso sustentvel da biodiversidade, uma das formas de se conseguir uma

    conscincia ecolgica e proteger a fauna e a flora terrestre, uma vez que esta vem

    sendo destruda pela atividade antrpica, atravs de impactos diretos e indiretos

    (SILVA, 2009).

    A biodiversidade segundo Silva (2009, p. 1) pode ser definida como, os ecossistemas

    terrestres, marinhos, e outros ecossistemas aquticos, incluindo seus complexos e

    compreendendo a diversidade dentro de espcies, entre espcies e de ecossistemas

  • 42

    O refugio biolgico de Tat Yup em Hernandrias, Paraguai apresenta um excelente

    trabalho junto comunidade local e aos visitantes. Por ser uma unidade pertencente

    Itaipu Binacional, possui programas de educao ambiental, que atingem seu objetivo

    especifico. Um projeto de educao ambiental voltado biodiversidade local traria

    para unidade mais destaque e complementaria as atividades j propostas.

    Todo projeto nasce de uma ideia, buscando resolver algum problema, ou dar resposta

    a alguns questionamentos. Segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de So

    Paulo (2005, p. 7), um projeto:

    Para ser bem sucedido, deve ser bem elaborado. Isso significa conter o maior detalhamento possvel das atividades propostas, de forma clara e organizada, para revelar aos interessados o que a instituio pretende fazer, por que deve fazer, e quais as possibilidades reais de obter os resultados esperados.

    Segundo esta mesma Secretaria (op cit.p. 7) um projeto define-se como,

    Um empreendimento detalhado e planejado com clareza, organizado em um conjunto de atividades contnuas e interligadas a ser implantadas, voltadas a um objetivo de carter ambiental, educativo, social, cultural, cientfico e/ou tecnolgico. O projeto considera os mesmos elementos do programa, mas se acha em nvel maior de especificidade, com prazo, verba e equipe bem definidos.

    Um projeto de educao ambiental voltado biodiversidade traz novas perspectivas

    para comunidade, para escolas, para turistas, uma vez que ir mostrar o que existe

    em biodiversidade, como cuidar destes elementos, sua importncia para o ambiente.

    Isto far com que os visitantes saiam sensibilizados com a causa.

    2.3. Materiais e Mtodos

    A proposta de Projeto Ambiental foi construda a partir dos contedos explicitados em

    sala de aula, onde foram definidos conceitos de educao ambiental, sustentabilidade

    e biodiversidade.

  • 43

    2.3.1. Mtodo

    Para elaborao do Projeto foram levados em considerao os Princpios de

    Interpretao da Natureza proposto por Freeman Tilden (1957), pois estes princpios

    levam em considerao aspectos pertinentes aos processos de educao ambiental,

    tais como: tratar do todo em conjunto e no de partes isoladas; os temas devem estar

    inter-relacionados; a interpretao deve ser dirigida para pblicos e interesses

    determinados: grupos de escolas, adultos em frias, etc.; a linguagem interpretativa

    adota os componentes fundamentais da comunicao.

    2.3.2. Procedimentos Metodolgicos

    Para elaborao do projeto, como relatado anteriormente, iniciou-se com as atividades

    acadmicas com discusses pertinentes ao tema (educao ambiental,

    sustentabilidade e biodiversidade), os quais geraram duas avaliaes escritas. Aps a

    realizao das avaliaes, direcionaram-se as atividades em como construir um

    projeto de educao ambiental, para tal, informou-se que seria feita uma visita de

    sensibilizao ao Refugio Biolgico Tat Yup, local este sendo parte do Complexo

    Itaipu Binacional, lado Paraguaio, o qual j havia sido agendado pela Universidade.

    Iniciou-se ento uma pesquisa durante as atividades de sala de aula para se obter

    informaes sobre o local da visita, sua distancia da Cidade de Leste (Paraguai),

    acesso e demais informaes.

    O objetivo da visita foi conhecer o Refgio, identificar as atividades, verificar a nfase

    que dada as atividades de educao ambiental, e se privilegiada a questo da

    biodiversidade, para ento estruturar o projeto escrito propriamente dito.

    A visita ao refgio gratuita, mas para adentrar ao local necessrio se dirigir ao

    Centro de Visitantes de Itaipu/Paraguai, para retirada de permisso de visita, onde se

    obtm as normas vigentes no local. So duas permisses a do porto principal e a que

    deve ser entregue ao Centro de Visitantes do refgio.

  • 44

    O grupo foi recepcionado pelos atendentes da Itaipu, responsveis pelo guiamento.

    Todas estas informaes foram sendo registradas, para posterior analise e

    aproveitamento na elaborao do projeto.

    As atividades direcionadas aos visitantes (comunidade e turistas) so quatro, mas

    apenas trs ficam disponveis a cada visita: bicicleta, carro eltrico, carroa e trator,

    so as opes (Figuras 2, 3 e 4).

    Figura 2 - Carro eltrico

    Fonte: (CMG, 2015)

    Figura 3 Bicicletas

    Fonte: (CMG, 2015)

    Figura 4 Trator

    Fonte: (CMG, 2015)

    O Refgio apresenta vrios caminhos internos ou trilhas, nomeados com nomes

    guaranis (Figura 5).

  • 45

    Figura 5 Trilhas Internas

    Fonte: (CMG, 2015)

    Estes caminhos internos so utilizados ento para realizao das trilhas, que na

    realidade so passeios ldicos, onde so passadas algumas informaes locais. O

    pessoal do Refgio bem preparado para as atividades propostas. Durante o trajeto

    pode-se observar a diversidade de flora e fauna, j que foram observadas famlias de

    macacos chamados ali de Capuchinho e no Brasil de Macaco Prego, e espcies

    vegetais como perobas, guatambus e outros (Figura 6).

    Figura 6 Espcies vegetais presentes no Refgio Biolgico Tat Yup

    Fonte: (CMG, 2015)

  • 46

    Questionaram-se os guias sobre a biodiversidade local, os quais responderam

    prontamente a todas as perguntas, indicando literatura, doando material sobre a

    regio. A rea e visitada anualmente por aproximadamente 24 mil pessoas, segundo a

    Asesora de Comunicacin Social Divisin de Relaciones Pblicas de

    Itaipu/Paraguai.

    Alm destas atividades o local apresenta-se com um alojamento para 60 pessoas,

    mais quadra de vlei e futebol, banheiros pblicos e churrasqueiras para aqueles que

    desejam passar o dia, visto que a distancia do local para a Supercarretera, estrada

    principal, relativamente longe e no local no h lanchonetes ou restaurantes.

    Com todas as informaes disponveis da rea, o grupo se encaminhou ao Centro

    Ambiental, da Itaipu/Paraguai, para obter mais informaes principalmente da fauna j

    que o local tem um zoolgico apenas com as espcies locais

    Aps estas visitas e de posse das informaes necessrias, procurou-se elaborar um

    Projeto que se denominou SUGESTO DE PROJETO DE EDUCAO AMBIENTAL

    PARA O REFUGIO BIOLGICO TAT YUP (UNIDADE AMBIENTAL DE ITAIPU)

    HERNANDRIAS PARAGUAI, onde foram discutidas aes que poderiam ser

    incorporadas ao cotidiano do refgio quando da visitao da comunidade e de turistas.

    Na elaborao do projeto foram sugeridas varias aes que contemplam a proteo da

    biodiversidade local, mostrando ao visitante a importncia da preservao deste

    espao, so oficinas, atividades ldicas e mini-cursos que privilegiam o tema.

    3. RESULTADOS E DISCUSSES

    omo atividade acadmica, a elaborao do projeto se mostrou extremamente

    significativa, uma vez que, o grupo pode manipular as informaes

    pertinentes ao Refgio Biolgico, visit-lo, questionar sobre as caractersticas

    locais, conhecer as atividades desenvolvidas pela Itaipu do lado Paraguaio, o que

    mostrou algumas diferenas (positivas) em relao ao lado Brasileiro.

    C

  • 47

    Percebeu-se que a educao ambiental uma ferramenta de conscientizao, de

    mudana de postura diante das questes humanas em relao ao meio. A

    sustentabilidade no ocorre se no houver a participao de todos os envolvidos e a

    biodiversidade deve ser preservada para que as prximas geraes possam ter

    acesso a uma diversidade to rica.

    A rea usada para elaborao da sugesto de Projeto de Educao Ambiental

    perfeita para se trabalhar com a preservao da biodiversidade. A aplicao de

    atividades ldicas com o visitante e turista, e a participao de escolas e universidades

    em oficinas e mini-cursos, trariam um enriquecimento a todos os envolvidos, se

    pudessem ser aplicados.

    4. CONSIDERAES FINAIS

    pesar de ser apenas uma sugesto de Projeto Ambiental, esta atividade

    desenvolvida a nvel acadmico, trouxe uma realidade no conhecida sobre a

    atuao da Itaipu/Paraguai, em seu aspecto ambiental. Sugere-se que as pessoas ao

    se dirigirem ao Paraguai possam visitar estes locais de extrema beleza.

    A preservao e o uso sustentvel da biodiversidade tanto animal quanto vegetal

    devem ser realizados a partir de estudos e pesquisas srias, que tenham como foco a

    no destruio de ecossistemas, muitas vezes frgeis a visitao humana.

    Para os locais onde j so feitas as visitaes, a necessidade de um manejo mais

    condizente com a rea preciso. Educar a comunidade e informar o turista pode

    trazer resultados muito positivos as reas em questo.

    REFERNCIAS

    AMBIENTE, So Paulo (Estado) Secretaria de Meio. Gesto de Unidades de Conservao e Educao Ambiental. So Paulo: Secretaria de Meio Ambiente, 2008. 24 p.

    CADERNO Prmio Jovem Cientista. Gesto Sustentvel da Biodiversidade: Desafio do Milenio. Rio de Janeiro: Fundao Roberto Marinho, 2006. 105 p.

    A

  • 48

    IBAMA. 1996. Diretrizes para a Implementao do PRONEA. Srie Meio Ambiente em Debate 09. Braslia: IBAMA. MEC, 2000. Poltica Nacional De Educao Ambiental. Coordenao Geral de Educao Ambiental. Texto elaborado para Programa Salto para o Futuro TV Escola. MIKHAILOVA, Irina. Sustentabilidade: Evoluo dos Conceitos Tericos e os Problemas da Mensurao Prtica. Revista Economia e Desenvolvimento, n 16, 2004. Disponvel em: . Acessado em: 27/01/2015. PARAN, Gobernacin Alto. Distrito de Hernandrias. 2014. Disponvel em: . Acesso em: 26 jan. 2015. SO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratgico e

    Educao Ambiental. Manual para Elaborao, Administrao e Avaliao de Projetos Socioambientais / Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Coordenadoria de Planejamento Ambiental Estratgico e Educao Ambiental. So Paulo: SMA / CPLEA, 2005. Disponvel em: www.ecoar.org.br/web/files/files/Manual_para_Elaboracao_Administracao_e_Avaliacao_de_Projetos_Socioambientais.pdf. Acessado em: 29 jan. 2015. SILVA, Anne Caroline de Lima. Biodiversidade e Educao Ambiental: Desenvolvendo a Conscincia Ecolgica. Disponvel em: . Acesso em: 26 jan. 2015. SILVA, Danise Guimares da. A importncia da educao ambiental para a sustentabilidade. Faculdade Estadual de Educao, Cincias e Letras de Paranava. Trabalho de Concluso de Curso. Paranavai, 2014.

    GRETTERS, A. J. et al. Educao ambiental para o uso sustentvel da biodiversidade sugesto de projeto para o refgio biolgico Tat Yup Hernandarias Paraguai. Revista Espao Cientfico Livre, Duque de Caxias, v. 05, n. 03, p. 36-48, jun.-jul., 2015.

    Recebido em: 24 maio 2015.

    Aprovado em: 04 jun. 2015.

  • 49

    Estudo da ocorrncia de fungos em

    revestimentos de argamassa da

    UFRB

    STUDY OF THE OCCURRENCE OF FUNGI IN THE COATING OF MORTAR UFRB

    Francisco Gabriel Santos Silva Professor Assistente/Centro de Cincias Exatas e Tecnolgicas/UFRB Cruz das Almas, BA E-mail: [email protected] Milena Borges dos Santos Cerqueira Engenheira Civil/Centro de Cincias Exatas e Tecnolgicas/UFRB Cruz das Almas, BA E-mail: [email protected] Jos Humberto Teixeira Santos Professor Assistente/Centro de Cincias Exatas e Tecnolgicas/UFRB Cruz das Almas, BA E-mail: [email protected] Rene Medeiros de Souza Professor Assistente/Centro de Cincias Exatas e Tecnolgicas/UFRB Cruz das Almas, BA E-mail: [email protected]

    SILVA, F. G. S. et al. Estudo da ocorrncia de fungos em revestimentos de argamassa da UFRB. Revista Espao Cientfico Livre, Duque de Caxias, v. 05, n. 03, p. 49-61, jun.-jul., 2015.

  • 50

    RESUMO O presente trabalho apresenta um estudo sobre a ocorrncia de fungos em revestimentos de argamassa da UFRB submetidos patologia de umidade. Foi realizado um levantamento das patologias de umidade nos quatro campi da universidade, que se divide entre mdulos construtivos novos e antigos com mais de 60 anos. Em todas as construes estudadas foram detectadas patologias de diversos tipos e causas, porm os problemas decorrentes da umidade foram frequentes e despertaram preocupao devido ao seu poder de acelerao da

    deteriorao das construes, alm de possvel comprometimento da sade dos usurios. Nas paredes em que a patologia de umidade ocorreu, foi realizado o mapeamento e recolhimento de amostras de revestimentos, as amostras foram submetidas anlise microbiolgica, e foram identificados 4 tipos de fungos patognicos: Clasdosporium cladosporioides (Fresen) de Vries, Aspergillus niger Van Tieghem, Aspergillus flavus Linnk ex Gray e Acremoniu kiliense Grutz.

    Palavras-chave: Patologia. Umidade. Microbiologia.

    ABSTRACT This paper presents a study on the occurrence of fungi in coatings of mortar UFRB submitted to pathology moisture. A survey of pathologies of moisture in the four campuses of the university, which is divided between old and new construction modules with more than 60 years. In all constructions studied were detected pathologies of various types and causes, but the problems arising from humidity were frequent and aroused concern because of its power to accelerate the deterioration of

    buildings, and possibly compromising the health of users. Walls in the pathology of moisture has occurred, mapping was performed and collect samples of coating, the samples were subjected to microbiological analysis and identified four types of pathogenic fungi: Clasdosporium cladosporioides (Fresen) de Vries, Aspergillus niger Van Tieghem, Aspergillus flavus Linnk ex Gray e Acremoniu kiliense Grutz.

    Keywords: Pathology. Moisture. Microbiology.

  • 51

    1. INTRODUO

    onforme Perez (1985) apud Souza (2008), a umidade nas construes

    representa um dos problemas mais difceis de serem resolvidos dentro das

    cincias da construo civil. Pois, as causas das manifestaes patolgicas

    decorrentes dela podem ser vrias, alm de gerar custos altos de manuteno e

    causar um aspecto de rpida deteriorao da construo, causando desconforto aos

    usurios.

    O surgimento frequente de problemas ocasionados por umidade pode ser decorrente

    da adoo de tcnicas e detalhes construtivos inapropriados, novos materiais

    empregados, mo-de-obra no qualificada, dentre outros fatores que colaboram para a

    caracterizao da m qualidade das construes.

    Nesse contexto, de constantes patologias nas estruturas, surgiu a cultura de realizar

    manutenes preventivas e corretivas e investir em novas tcnicas para a preservao

    do desempenho necessrio. Os defeitos decorrentes da penetrao indevida de gua

    nas construes podem gerar problemas graves e de difceis solues, tais como:

    perda funcional da edificao, insalubridade do ambiente; danos aos bens materiais

    existentes no ambiente, alm de gastos financeiros com correes no previstos.

    Os defeitos relacionados umidade podem se manifestar em diversos elementos das

    edificaes, tais como: alvenarias, pisos, lajes, pilares, fachadas, dentre outros. Sendo

    que, na maioria dos casos, eles no esto relacionados a uma nica causa.

    Silva (2006) afirma que os detalhes construtivos so elementos de fundamental

    importncia no desempenho do revestimento de fachada, pois contribuem de forma

    decisiva no comportamento da mesma. Assim como, as propriedades dos materiais

    empregados na superfcie (tais como absoro, textura e cor), e caractersticas

    arquitetnicas.

    O objetivo deste trabalho identificar a existncia de fungos em revestimentos de

    argamassa submetidos patologia de umidade, utilizando para isso anlises

    microbiolgicas.

    C

  • 52

    2. REVISO BIBLIOGRFICA

    s formas de manifestaes das umidades nas construes podem ser

    classificadas, conforme HENRIQUES (1994) em: Umidade de construo;

    umidade do terreno; umidade de precipitao; umidade devido a fenmenos

    de higroscopicidade; umidade de condensao; umidade devido a causas fortuitas.

    2.1. Manchamento de bolor

    Segundo Alucci et al. (1988) apud Antunes (2010):

    Nas edificaes, os fungos promovem a decomposio de diferentes tipos de componentes, notadamente dos revestimentos, ou de material orgnico sobre estes depositados. Para tanto, secretam enzimas que quebram molculas orgnicas complexas at compostos mais simples, que so assimilados e utilizados no seu desenvolvimento. O bolor se apresenta com colorao escura normalmente, preta, marrom ou verde.

    A mesma autora comenta que um ambiente com umidades relativas do ar acima de

    75% e temperatura variando entre 10C e 35C torna a edificao vulnervel

    proliferao de microrganismos responsveis pelo aparecimento de bolor. Sendo

    assim, o municpio de Cruz das Almas (BA), com umidade relativa do ar de

    aproximadamente 80% e temperatura mdia anual de 24,5 favorece o aparecimento

    dessa patologia.

    Terra (2001) complementa que a presena de umidade aumenta expressivamente a

    aderncia da poeira atmosfrica sobre os paramentos. E que alm da umidade, os

    fungos necessitam, para o seu desenvolvimento, da presena de sais minerais,

    geralmente existentes nos materiais de construo.

    O surgimento de bolor nas platibandas frequente, j que so elementos

    constantemente expostos umidade e variao trmica. Por isso esto sujeitos s

    manifestaes de trincas que contribuem para o surgimento de manchas ao longo de

    sua extenso. Tornando-se evidente, o dano ocorrido devido a no utilizao de

    chapins considerado importante para tal situao, j que prope o devido escoamento

    A

  • 53

    da gua de chuva.

    2.2. Eflorescncia

    A ocorrncia de eflorescncia na estrutura se deve combinao da existncia de

    gua, sais solveis, exposies da superfcie da estrutura ao meio ambiente, presso

    hidrosttica, alm da porosidade dos materiais empregados na construo. Tal

    patologia percebida devido ao surgimento de manchas esbranquiadas na superfcie

    da parede.

    Os sais solveis so dissolvidos e conduzidos at a superfcie por difuso e

    evaporao, por meio da ligao entre os poros existentes nos materiais que

    constituem a parede. Tais sais podem estar presentes na areia, no concreto, na

    argamassa, dentre outros. E ao chegar superfcie, que se encontra mida devido

    exposio s chuvas e a prpria umidade dos componentes da estrutura, Cerqueira et

    al. (2011) comentam os sais solveis como o hidrxido de clcio reage com o dixido

    de carbono existente no ar, e forma-se o carbonato de clcio que se deposita na

    superfcie como um p de colorao branca.

    A eflorescncia pode aparecer tanto em estruturas j prontas para a utilizao do

    usurio se desenvolvendo logo no incio da sua vida til, quanto numa obra que ainda

    est em processo construtivo.

    De acordo com Xavier (2010), a eflorescncia normalmente no causa danos maiores

    do que o mau aspecto resultante, mas h casos em que seus sais constituintes podem

    ser agressivos e causar degradao profunda.

    Antunes (2010) comenta que a manuteno corretiva de uma superfcie afetada pela

    eflorescncia realizada por meio da remoo dos depsitos salinos nas reas

    atingidas, atravs de uma simples lavagem da fachada com gua, e caso necessrio a

    utilizao de outro componente devido grande aderncia da eflorescncia,

    necessria a precauo de no utilizar cido muritico, pois possivelmente ir atingir a

    armadura existente nos elementos estruturais e formar um composto qumico

    extremamente corrosivo.

  • 54

    No caso das fachadas pintadas provvel que aps a remoo das manchas brancas

    de hidrxido de clcio, elas tornem a aparecer depois de algum tempo, logo, torna-se

    necessrio utilizar um selador eficiente ou ento realizar a remoo do reboco

    atacado.

    2.3. Infiltrao

    Antunes (2010) comenta que os problemas de infiltrao geralmente so ocasionados

    pela percolao da gua de chuva do exterior da parede para o seu interior produzindo

    manchas na face interna. A porosidade do material empregado na construo, seu

    coeficiente de absoro e o aparecimento de trincas e fissuras colaboram para tal

    patologia.

    Para Antunes (2004) apud Righi (2009), extremamente necessrio um projeto de

    impermeabilizao, pois reduz consideravelmente a ocorrncia de problemas

    patolgicos nas estruturas, permitindo assim o controle da execuo. Caso contrrio,

    os gastos com reformas sero altos e ser necessrio um especialista em

    impermeabilizao para determinar a soluo mais eficaz.

    Vale ressaltar a importncia da anlise do local que ser aplicado o material de

    impermeabilizao para fazer a escolha apropriada. Levando em considerao a

    exposio do local, o comportamento da estrutura e a presena da gua. Alm de ter

    um profissional qualificado para fazer a aplicao devida desse material e garantir a

    estanqueidade prevista.

    necessrio o levantamento de mais subsdios, investigao na laje, para se

    diagnosticar o ponto de infiltrao na laje para assim se estabelecer o procedimento

    teraputico de correo adequado.

    2.4. Empolamento da pintura

    Segundo Thomaz (1989), a gua presente no solo poder ascender por capilaridade

  • 55

    da base da construo, desde que os dimetros dos poros capilares e o nvel do lenol

    dgua assim o permitam. E a parede que no suporta esse mecanismo tpico de

    umidade ascendente, apresenta sintomas de empolamento da pintura.

    O empolamento da pintura aplicada superfcie ocorre frequentemente nos

    acabamentos de fachadas (principalmente aqueles compostos por material poroso)

    construdos em locais de direto contato com o terreno consideravelmente mido e sem

    a execuo de impermeabilizao.

    A causa do empolamento na base da parede apresentada devido ao contato direto

    entre a parede e as gramas, proporcionando o transporte da umidade por capilaridade,

    que provavelmente no foi interferida por um corte hdrico e no passou pelo processo

    de impermeabilizao, acelerando o dano e deixando-a, portanto, suscetvel ao

    empolamento e breve descascamento da mesma.

    Aps o devido tratamento, recomenda-se que a pintura seja realizada aps todas as

    etapas de correo e preveno, pois, segundo Canovas (1994), a umidade

    superficial pode reduzir a aderncia de muitas pinturas e, portanto, conveniente que

    as superfcies estejam secas e desta forma assegurar a sua durabilidade.

    3. MATERIAIS E MTODOS

    trabalho experimental foi realizado atravs de mtodo de microbiologia

    bsica segundo modelo adotado por SHIRAKAWA et al. (1995), que inclui

    no seu procedimento as etapas de coleta, transporte, semeadura,

    isolamento e identificao dos microrganismos.

    Os fragmentos dos revestimentos foram extrados nas paredes onde se encontrou

    manchamentos de umidade, o material coletado foi colocado em recipiente esterilizado

    e analisado no laboratrio de microbiologia da Universidade Estadual de Feira de

    Santana (UEFS). Os locais de coleta foram nos campus da UFRB nas cidades de

    Amargosa, Cruz das Almas e Santo Antnio de Jesus, e so mostradas nas Figuras 1,

    2, 3 4, e 5.

    O

  • 56

    Figura 1 Manifestao patolgica de umidade na parede do corredor do prdio de gabinetes de professores da UFRB - campus de Santo Antnio de Jesus/BA

    Figura 2 Manifestao patolgica de umidade na parede da sala de aula da UFRB Campus de Santo Antnio de Jesus/BA

  • 57

    Figura 3 - Manifestao patolgica de umidade na parede do corredor das salas de aula UFRB Campus de Amargosa/BA

    Figura 4 - Manifestao patolgica de umidade na parede da sala de aula da UFRB Campus de Amargosa/BA

  • 58

    Figura 5 - Manifestao patolgica de umidade na parede da biblioteca central da UFRB Campus de Cruz das Almas/BA

    Foi realizado o processo de semeadura nas amostras coletadas, que definida

    como a maneira de inoculao da amostra em um meio de cultura adequado para que

    o microrganismo atinja seu crescimento, Neste estudo, foi realizada a semeadura por

    meio de cultura slido no seletivo do tipo Sabouraud Dextrose, aps isso, foi realizdo

    o isolamento das colnias de fungos.

    A identificao dos fungos em nvel de gnero foi realizada aps a cultura pura,

    sendo feita uma anlise microscpica de uma cultura crescida sobre um pequeno

    pedao de meio slido (Sabouraud Dextrose) colocado sobre uma lmina de vidro e

    abaixo de uma lamnula.

    Este mtodo chamado de microcultivo e utilizado para identificar o fungo em

    nvel de gnero, e foi realizado sem repeties. O corpo de frutificao do fungo fixa

    na superfcie da lamnula depois de 10 dias de incubao temperatura de 25 C a

    28 C, sendo essa lamnula retirada e depositada em uma nova lmina com uma gota

    de corante (lactofenol - azul de algodo) e a sua identificao.

  • 59

    4. RESULTADOS E DISCUSSES

    odas as estruturas mapeadas da Universidade Federal do Recncavo da

    Bahia apresentaram casos de manifestaes patolgicas de umidade. Sendo

    detectadas como principais causas, a inexistncia ou ineficincia da

    impermeabilizao, falta de manuteno preventiva e corretiva, o que acaba por

    agravar o quadro, utilizao de materiais inadequados, pr-existncia de outras

    patologias e problemas referentes ao projeto arquitetnico.

    A anlise microbiolgica identificou 4 tipos de fungos filamentosos em todas as

    amostras coletadas, a seguir so apresentados e descritos cada um deles.

    a) Clasdosporium cladosporioides (Fresen) de Vries, 1952.

    Descrio: Espcie extremamente cosmopolita, frequentemente isolada do solo, ar,

    material vegetal, tecidos, plsticos, revestimentos, derivados de petrleo. Envolvida

    com infeco humana subcutnea.

    b) Aspergillus niger Van Tieghem, 1867

    Descrio: Espcie encontrada em toda parte do mundo, frequentemente isolada do

    solo, ar, material vegetal, alimento. Fungo oportunista, envolvido com infeco do

    ouvido (otomicoses) e pulmonar alrgica.

    c) Aspergillus flavus Linnk ex Gray, 1821

    Descrio: Espcie cosmopolita, frequentemente isolada do solo, ar, material vegetal.

    Fungo oportunista, envolvido com infeco pulmonar alrgica.

    d) Acremoniu kiliense Grutz, 1925

    Descrio: Espcie isolada no solo, nos esgotos, na vegetao e nos alimentos.

    Dissemina-se no ar. Tem sido tambm, envolvida com infeces cutneas e

    sistmicas nos seres humanos.

    Foi verificado que os fungos encontrados nas amostras no afetam apenas a estrutura

    das construes analisadas, mas tambm prejudicial sade dos seus usurios,

    sendo sujeitos principalmente s doenas alrgico-respiratrias. Sendo recomendado,

    portanto, realizaes de manutenes preventivas e corretivas, para tornar a

    construo durvel e satisfazer as necessidades daqueles que a utilizam.

    T

  • 60

    Problemas referentes umidade devem ter uma ateno especial j que o contato

    direto dos seres humanos com sua manifestao podem causar srios riscos sade,

    podendo em alguns casos serem irreparveis.

    5. CONCLUSO

    anlise microbiolgica realizada permitiu identificar 4 famlias de fungos

    filamentosos: Clasdosporium cladosporioides (Fresen) de Vries, Aspergillus

    niger Van Tieghem, Aspergillus flavus Linnk ex Gray e Acremoniu kiliense

    Grutz. As caractersticas patognicas associadas a estes fungos indicam que

    necessrio tomar medidas preventivas relacionadas sua eliminao, por meio das

    aes corretivas das patologias de umidade encontradas.

    REFERNCIAS

    ANTUNES, G. R. (2010). Estudo de Manifestaes Patolgicas em Revestimentos de Fachada em Braslia Sistematizao da Incidncia de Casos. Dissertao de Mestrado em Estruturas e Construo Civil, Publicao E.DM-001A/10, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Braslia, Braslia, DF, 178p. CANOVAS, M. F. Patologia y Terapeutica Del Hormigon Armado. Madrid, Colegio de Ingenieros de Caminos, Canales y Puertos, Servicio de Publicaciones, Coleccin Escuelas, 3 edio atualizada, 1994. CERQUEIRA, M. B. dos S.; PAES, F. P.; SANTANA, D. da S.; SANTANA, V. M. de; SILVA, F. G. S. Mapeamento e avaliao de manifestaes patolgicas nas construes e estruturas da UFRB / Campus de Cruz das Almas. Encontro Latino Americano de Iniciao Cientfica, 2011.

    HENRIQUES, F. M. A. Umidade em paredes. Laboratrio Nacional de Engenharia Civil, 1994. SHIRAKAWA, M. A.; MONTEIRO, M. B. B.; SELMO, S. M. S.; CINCOTTO, M. A. Identificao de fungos em revestimentos de argamassa com bolor evidente. In: SIMPSIO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, 1., 1995, Goinia. Anais... Goinia: UFG , 1995. p. 402-410. SILVA, F. G. S. Proposta de Metodologias Experimentais Auxiliares Especificao e Controle das Propriedades Fsico-mecnicas dos Revestimentos em Argamassa. 2006. 266p. Dissertao (Mestrado) Programa de Ps-Graduao em Estruturas e Construo Civil, Universidade de Braslia, 2006. SOUZA, M. F. Patologias ocasionadas pela umidade nas edificaes. Monografia (Especialista em Construo Civil), Escola de

    A

  • 61

    Engenharia, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2008. TERRA, R. C. Levantamento de manifestaes patolgicas em revestimentos de fachadas das edificaes da cidade de Pelotas. Dissertao de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001.

    THOMAZ, E. Trincas em edifcios: causas, preveno e recuperao. 1 ed. So Paulo: PINI/EPUSP/IPT, 1989. XAVIER, J. P. M. (2010). Influncia de Projetos e Detalhes Arquitetnicos em Patologias de Estruturas: Estudos de Caso. Dissertao de Mestrado em Estruturas e Construo Civil, Publicao E.DM-007A/10, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de Braslia, DF, 155p.

    SILVA, F. G. S. et al. Estudo da ocorrncia de fungos em revestimentos de argamassa da UFRB. Revista Espao Cientfico Livre, Duque de Caxias, v. 05, n. 03, p. 49-61, jun.-jul., 2015.

    Recebido em: 16 abr. 2015.

    Aprovado em: 16 jun. 2015.

  • 62

    Normalizao de bancos de dados:

    uma anlise dos benefcios

    utilizando o Sistema Gerenciador de

    Banco de Dados (SGBD) SQL Server

    2010 Express

    DATABASE STANDARDS: AN ANALYSIS OF BENEFITS USING THE SYSTEM

    DATABASE MANAGER (DBMS) SQL SERVER 2010 EXPRESS

    Janaide Nogueira de Sousa Ximenes Bacharel em Sistemas de Informao. Tiangu, CE. E-mail: [email protected] Rhyan Ximenes de Brito Bacharel em Cincias da Computao. Tiangu, CE. E-mail: [email protected] Fbio Jos Gomes de Sousa Bacharel em Cincias da Computao. Tiangu, CE. E-mail: [email protected]

    XIMENES, J. N. de S.; BRITO, R. X. de; SOUSA, F. J. G. de. Normalizao de bancos de dados: uma anlise dos benefcios utilizando o Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) SQL Server 2010 Express. Revista Espao Cientfico Livre, Duque de Caxias, v. 05, n. 03, p. 62-79, jun.-jul., 2015.

  • 63

    RESUMO Dada importncia dos SGBDs, ou seja, Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados utilizados nos processos de automao para o armazenamento de dados, deve-se salientar que existem algumas tcnicas que garantem qualidade nos softwares a serem desenvolvidos configurando-se como elementos de grande importncia. Dentro desse enfoque o presente trabalho visa analisar as vantagens prticas da normalizao de bancos de dados, bem como as caractersticas necessrias para que um projeto possa atingir um determinado nvel

    de qualidade. Nesse contexto deve-se salientar que as formas normais so regras utilizadas em bancos de dados, de forma encadeada para assegurar que a normalizao seja feita gradativamente de modo a atingir vrios aspectos para a devida utilizao dos operadores da teoria de conjuntos, sob os quais suas regras esto fundamentadas. Na normalizao substitudo gradativamente um conjunto de entidades e relacionamentos por outros, os quais se apresentam sem anomalias que poderiam originar problemas.

    Palavras-chave: Normalizao. Banco de Dados. Armazenamento. Dados. Sistemas.

    ABSTRACT Given the importance of SGBD's, ie Database Systems Managers used in process automation for data storage, it should be noted that there are some techniques that guarantee quality in the software to be developed configured as elements of great importance. Under this approach the present work analyzes the practical advantages of standardization databases, as well as the characteristics necessary for a project to achieve a certain

    level of quality. In this context it should be noted that the normal forms are rules used in databases, in a pipeline fashion to ensure that standardization is gradually made to achieve various aspects for the proper use of set theory operators, under which their rules are based. In standardization is gradually replaced a set of entities and relationships by others, which are imported without the anomalies that could cause problems.

    Keywords: Normalization. Database. Storage. Data. Systems.

  • 64

    1. INTRODUO

    utilizao de sistemas computadorizados elevou consideravelmente a

    quantidade das informaes que as companhias possuem. Dados estes que

    vo desde informaes bsicas como histrico de compras at informaes

    mais sigilosas como dados bancrios ou informaes sobre clientes e funcionrios.

    Para manipular e armazenar esta imensa quantidade de informaes faz-se

    necessrio utilizao de um sistema gerenciador de banco de dados que possua a

    capacidade de desempenhar suas funes sem perda de desempenho, conseguindo

    assim o armazenamento de uma grande quantidade de dados sem inconsistncias.

    Nesse contexto fica evidente a necessidade da utilizao da modelagem de dados

    obedecendo a normas como as formas de normalizao existentes.

    Vale ressaltar que a normalizao de tabelas uma ao reguladora, onde todos os

    formatos so unificados, mostrando-se de suma importncia e oferecendo muitas

    vantagens, entre elas esto reduo da duplicao de dados, isto , assegura que

    cada dado seja guardado apenas uma vez, agrupando-os logicamente, facilitando a

    manuteno do sistema, garantindo a integridade referencial dos dados, evitando que

    uma tabela perca a conexo com outras.

    2. BANCO DE DADOS

    s Bancos de Dados esto em situaes corriqueiras, diariamente podem-se

    mencionar vrios exemplos, desde um cadastro em uma loja de comrcio

    eletrnico ou at mesmo uma anotao de um nmero de um amigo no

    celular.

    De acordo com Elmasri e Navathe (2010, p.3), um Banco de Dados uma coleo de

    dados relacionados, nesse sentido Korth e Silberschatz (1995, p.26) afirmam que

    banco de dados uma coleo de dados inter-relacionados, representando

    informaes sobre um domnio especfico.

    A

    O

  • 65

    Sobre esse aspecto vale salientar que Bancos de Dados podem ser entendidos como

    colees de dados armazenados para alguma finalidade.

    Nesse contexto fica evidente que dado uma abstrao que representa algo, podendo

    ser usado de diferentes formas, j uma informao a identificao significativa dos

    dados e a correlao entre eles, pode-se dizer que informao um conjunto de fatos

    organizados de tal forma que obtm um valor adicional alm do valor do fato em si, ou

    seja, informao o resultado do tratamento dos dados.

    Os dados possuem pouco valor, mas quando so classifi