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Revista Ogopogo

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Revista digital de arte, cultura e entretenimento

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Para Alguma coisa4

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De onde vem essa fagulha, essa centelha, que se transforma em arte, em tons, traços, cores e palavras? Não há apenas uma resposta. Não há uma fórmula (ou cada um tem a sua?). Ao olhar, ouvir, sentir do artista, há uma constante descoberta, como se cada olhar, ouvir e sentir fosse o primeiro. E com esse frescor, a musa se manifesta nas coisas mais corriqueiras. Pode ser uma conversa entre amigos, uma música tocando na mente, uma cena real ou de ficção... Pode es-tar num sorriso, num brinquedo esquecido, em cabelos de mola, na cor do crepúsculo, até nas formas das nuvens, numa palavra que fica ressoando na mente, num pedaço de pano, num sabor, num perfu-me, numa pessoa que passa num doce balanço... o sopro do vento, um arranha-céu, a montanha de informações de uma rua de cida-de grande, a gente que festeja e a que implora um pedaço de pão, uma pomba em meio à multidão... a dor de um coração partido, de uma coluna quebrada, de um carinho negado, de uma criança aca-mada... a paisagem da janela, uma flor vencendo o asfalto, os dife-rentes verdes de um jardim... o que sobra e o que falta, um latido, um gemido, uma gargalhada... um corpo e seus contornos, um so-nho bom ou ruim, um trem, tudo que vem e que vai... a vida, em seu incessante movimento, é fonte murmurante e transbordante.

INSPIRAÇÃO

JEANE BORDIGNON

Acesse nossa página Ogopogo Criativo e concorra a um brinde especial respondendo a seguinte pergunta: De onde vem a sua inspiração?Participe!

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Revista Digital Ogopogo Criativo

Direção Geral: Rochester Mesquita

Artes e Diagramação: Rochester MesquitaTextos e Reportagens: Jeane Bordignon ( DRT - 13.205 )Fotos e Imagens: Jeane Bordignon, Photl, Carol Branco, Valdeci C. de Souza, Rogério Porto Breier, Ester Polli, Hamilton Fialho (fotos de Fabrício Fortes), Tuane Eggers e arquivos pessoais dos entrevistadosCapa e contra-capa: André AssisDivulgação: Juliana Galdino

Contatos:Fones: 3490.7666 / 8589.7666E-mail: [email protected] [email protected]@gmail.com

Divulgação: Região Metropolitana de Porto Alegre - RS

Gravataí - RS / JANEIRO / 2013

“Toda a obra de arte é uma personalidade. O artista vive nela, depois dela ter vivido longo tempo dentro dele. ”

Vargas Vila

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vidual e a realidade coletiva.Acreditar no invisível para torná-lo visível, é obra para poucos. Talves daqueles que considere-mos loucos ou sem noção. Fazer acontecer na mente, de olhos abertos ou fechados, mas de corpo, alma e coração repletos de intensidade artística é a prova concreta que o Ogopogo é real.Desejamos, a partir de hoje, con-tar com seu apoio neste projetoque procura levar um pouco do “ogopogo” de cada artísta aqui retratado. Queremos que você faça parte deste sonho e que também acredite na nossa e na sua imaginação. Boa leitura !

Rochester Mesquita

Ogopogo é o nome dado para uma misteriosa criatura marinha que aparece no lago Okanagan, em British Columbia, no leste do Canadá. Sua existência não é comprovada científicamente, po-rém grande parte da população do local acredita que no fundo do lago realmente exista um mis-terioso animal. Não são poucos os registros feitos por diversos frequentadores do local,como fotografias e vídeos. Muitos acreditam que a aparên-cia do Ogopogo seja a de uma enorme serpente marinha. Já alguns cientistas e estudiosos do caso acreditam que o Ogopogo possa ter a aparência de uma baleia primitiva do tempo dos

dinossauros. A verdade mesmo é que nada foi comprovado até o momento.E você acredita no Ogopogo ?Não, não falo do Ogopogo mons-tro. Falo do seu próprio “ogo-pogo”. Falo daquilo que só você acredita. Falo dos seus sonhos. Falo da sua imaginação. Daquilo que você sente e acredita como sendo real, mesmo tanta gente duvidando. Falo das coisas que você projeta em sua mente. Falo da crença em sua inspiração para pintar uma tela, escrever um po-ema, compor uma canção, fazer uma ilustração. Falo de acreditarfielmente na sua arte criativa. A Revista Ogopogo Criativo é a transição entre o imaginário indi-

O OGOPOGO DE CADA UM

Editorial

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SUMÁRIO

ATELIERAGIR

BORGES NETO

2412 28

FABRÍCIO FORTES

OUVIRLERVISITAR

SONS E PALAVRAS

NO ABISMODE ROSAS

UMA CASA PARA A ARTE

A Vai & Volta, Voltou

Piquenique da Leitura

SeçãoArroz & Feijão 20 5218

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34 40 46

OUVIR E DANÇAR VER E ADMIRAR VER E CURTIR

ARLISE CARDOSO

ANDRÉ ASSIS

ALEMAGRINI

ARLISEON THE BEAT

“ZOIUDAS”DO ANDRÉ

ESTRANHO MUNDO

ParaLer e Refletir

Para Clicar

ParaAgendar 56 60 64

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12 Para Visitar

O espaço já nasceu destinado à arte. Foi construído, nos fundos da casa do poeta Edílio Fonseca, para ser a sede do Clube Literário de Gravataí. Após o falecimento de Edílio, o Clube também não permaneceu no local. As portas fi-caram fechadas até que a Associa-ção dos Artistas Visuais do Vale do Gravataí – Agir encontrou ali o lugar que buscava para a sede

da entidade. Em 27 de novembro deste ano, foi inaugurado o Ate-lier da Agir. De cara nova, com seus de-graus-arquibancada decorados pelos artistas da Agir, o Auditório Edílio Fonseca permanece aberto a saraus literários como era sua função inicial, mas o palco tam-bém será utilizado para palestras sobre arte, projeções e demais

Atelier da AgirUMA CASA PARA A ARTE

A ASSOCIAÇÃO DOS ARTISTAS VISUAIS DO VALE DO GRAVATAÍ

ABRE AS PORTAS DO SEU NOVO ATELIER

Gravataí - RS

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atividades. Completam o espaço a loja para venda de obras de arte e artesanato, e salas para oficinas e cursos. Mas principalmente a sede funciona como atelier coleti-vo para os associados. “A inauguração da nossa sede representa o início de uma rea-lização. Sempre precisamos de um ponto de referência, tínha-mos muita vontade e ânimo, mas

faltava um espaço para ampliar o trabalho. Agora, tendo um local, podemos convidar outras pessoas a visitar e a se somarem com a gente neste trabalho”, comemora o presidente da Agir, Waldemar Max.Para celebrar a abertura do ate-lier, o palco recebeu apresenta-ções musicais de Sheemeny Padi-lha, Neno Baz, JB Negão & Jonas,

além da participação do Clube Literário de Gravataí. E obras dos associados estavam expostas em uma mostra coletiva.

A inauguraçãoda nossa sede representa o início de uma realização.

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Para Visitar14

A AGIR A Associação dos Artistas Visu-ais do Vale do Gravataí, funda-da em 02 de Junho de 2007, é uma entidade privada de cunho artístico-cultural que tem entre seus objetivos utilizar a Arte como instrumento de educação popu-lar, ativando a criatividade e sua expressão, contribuindo na parti-cipação cidadã através da promo-ção de manifestações artísticas e culturais, de forma a garantir a participação de todos os mem-bros e a valorização do indivíduo.

História A Associação dos Artistas Gra-vatahy, criada em 1986 e que concentrava todas as vertentes artísticas da cidade, mais tarde foi desmembrada e uma das ramifi-cações originou a Associação dos Artistas Plásticos de Gravataí, a qual também não teve continui-dade. Mais uma vez a vontade constante dos artistas de ter um espaço para as suas diversas

A AGIR também conta com

uma Bibliotecapara enriquecer

a mente

manifestações mostrou a neces-sidade de união e eliminação de vaidades, e com isto em 2007 surgiu a Associação dos Artistas Visuais do Vale do Gravataí, que conta agora com associados de outras cidades e estende sua atuação não apenas na Aldeia, mas tem participação constante e grupal em diversos e importantes eventos.

Convidados assistem ao show

de Sheemany Padilha

Escadaria e arquibancadas decoradascom arte

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AçõesEm seus cinco anos de existên-cia, a Agir já promoveu oficinas de pintura em tela, papietagem, encadernação, papel machê, toy arte, escultura, cerâmica, ceno-grafia, xilogravura, serigrafia, alegoria/adereço e textura. Tam-bém desenvolve projetos como o CorDeLinha (oficina de gravura para crianças), Negras Faces (con-fecção de máscaras africanas com papietagem), Traçando a Cidade e Barcos de Papel. Em 2012, execu-tou o Movimento Arte Viva, proje-to aprovado no I Fundo Municipal de Cultura de Gravataí, promo-vendo oficinas de arte gratuitas nas praças de Gravataí.

Mini ateliê infantilAs crianças a partir de cinco anos também tem podem fazer arte na Agir. Aos sábados, acontece o Mini Ateliê Infantil, com oficinas de diferentes téc-nicas, como desenho, pintura, toy art e papietagem, direcionadas aos pequenos.

Amplo espaçopara os frequentadoresda Associação

Faça parteA Agir convida os Artistas Visuais, que trabalham com desenho, pintura, fotografia, escultura, grafite, gravura, arte digital, toy art e outras, a associarem-se para mostrar sua arte.

Atelier: Rua José Marques Viana, 358 – Bairro Parque Ely - GravataíBlog: arteagir.blogspot.com E-mail: [email protected] Fones: (51) 92787691 / 92157001

É das 10h às 12h.Agende-se com a Denise Pacheco Lopes:[email protected] ou (51) 92157001

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Para Alguma coisa16

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18 Para Ler

Quem foi adolescente na déca-da de 90 deve lembrar da Vai & Volta, uma livraria, no cen-tro de Gravataí, onde se locava livros da mesma forma como se fazia com os filmes. Era destino certo para procurar as leituras solicitadas pelos professores quando não havia exemplares suficientes na biblioteca da es-cola. E também para os aprecia-dores de um bom livro.

A comerciante Cláudia Maia era frequentadora constante e fã da locadora de livros que ficava na rua Anápio Gomes. Considerava o aluguel uma óti-ma prática, pois percebia que as pessoas liam mais locando do que comprando livros, devi-do ao comprometimento de ter que entregar em uma semana. Depois que o estabelecimento fechou, Cláudia continuou sen-

A Vai &Volta, voltou !

TRADICIONAL LIVRARIADOS ANOS 90

REABRE SUAS PORTAS PARA OS AMANTES

DA LEITURA

Gravataí - RS

LIVROS PARA COMPRAR E ALUGAR

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do leitora assídua, e em algum tempo possuía uma biblioteca com cerca de 200 volumes em casa.Motivada pela vontade de dar oportunidade a outras pessoas para ler as obras da sua cole-ção, e também de resgatar a prática da locação de livros, ela reabriu a Vai & Volta em abril deste ano, agregando à livraria (que também tem livros para

venda) um café e espaço para eventos e exposição de artes. Tudo isso em uma casa onde foi mantido o máximo de ca-racterísticas originais. Um local não apenas para buscar livros, mas encontrar com os amigos, sentar para conversar...Para locar livros, basta fazer um cadastro. A locação custa de R$ 3 a R$ 5 reais por semana (para obras maiores, duas semanas).

Os mais procurados tem sido os romances e os livros espíritas. “Os romances atraem pelo lú-dico, pela fantasia, levam a sair um pouco da realidade e esque-cer os problemas do dia-a-dia. Já os espíritas trazem conhe-cimento, informação e cresci-mento”, explica a proprietária. O sucesso mundial 50 Tons de Cinza também tem sido bastan-te buscado na livraria.

A Vai &Volta, voltou ! Onde fica:Rua Anápio Gomes, 1244 (em frente ao Sesc) Centro – GravataíTelefone: 3484.3006Horário de atendimento: 8h30min às 19h

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Uma toalha colorida coberta de livros se destaca em todo domingo de sol no Parcão de Cachoeirinha. Obras para todas as idades à disposição de quem quiser chegar e ler, ou trocar por outras. É o Piquenique da Leitura, que começou no dia 11 de março por iniciativa da contadora de histórias Rosane Castro e da coor-denadora da área infanto-juvenil da Feira do Livro de Porto Alegre, Sônia Zanchetta. Já no primeiro

UMA AÇÃO SIMPLES E CRIATIVALEVA A MAGIA DOS LIVROS

PARA JUNTO DA NATUREZA.QUE TAL UM PIQUENIQUE PARA UMA BOA LEITURA ?

Cachoeirinha - RS

Piquenique da leituraPARA QUEM TEM FOME DE LER

Para Ler20

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dia, Lígia Araújo e Rogério Porto Breier se juntaram ao time. Desde então, crianças e adul-tos desfrutam deste piquenique. Podem ler ali mesmo na praça ou então levar outros livros que já leram e trocar por novos volu-mes. Gente começando a desco-brir a leitura, ou redescobrindo. Outros voluntários se juntaram ao grupo inicial, se revezando para recepcionar quem se aproxima da toalha onde os livros se multipli-

cam. A iniciativa já se espalhou por outras cidades e estados, que também estão fazendo seus pi-queniques da leitura, como Porto Alegre, São Leopoldo, Camaquã, Glorinha, Caxias do Sul, Curve-lo e Belo Horizonte (essas duas em Minas Gerais). E as tardes de domingo em Cachoeirinha con-tinuam tendo destino certo para quem deseja se alimentar de leitura.

Conheça o blog do Piquenique da Leitura:http://www.piqueniquedaleitu-ra.wordpress.com/

Piquenique da leitura

A placa indicaque o piqueniquejá começou e que podeser aproveitado por todos

Crianças e adultosdisputam espaço

na procura dos melhores títulos

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Para Ler22

O Piquenique da Leitura de Cachoeirinha nasceu da convic-ção que a contadora de histó-rias Rosane Castro e eu temos de que, se cada um de nós se desapegar daqueles livros que ninguém pretende voltar a ler em nossas casas, poderemos contri-buir de fato para a construção de uma sociedade mais leitora.Eu já mantinha o projeto Quitanda da Leitura, que surgiu como desdo-bramento de outras experiências, nem todas bem sucedidas, que desenvolvi, na área, desde que me mudei para a cidade no ano 2000. A ideia era fazer o livro cir-cular e, logo, eu havia reunido, na

minha casa, não só uma grande quantidade de livros, mas tam-bém revistas, jornais e textos, que dispus em caixas rústicas e cestos, como em uma quitanda, e come-çaram a passar de mão em mão através de troca-trocas. Mas era preciso fazer mais. Sentíamos a necessidade de tirar os livros de casa, de levá-los a passear nos espaços verdes da cidade, de colocá-los no meio do caminho de outras pessoas.Então, num determinado do-mingo, estendemos uma toalha xadrez no Parcão e colocamos vá-rias cestas sobre ela com leituras crocantes para oferecer a quem

O livro no meio do caminhoSônia Zanchetta...era preciso fazer

mais. Sentíamos a necessidade de tirar os livros de casa, de levá-los a passear nos es-paços verdes da cidade...

Diversidade de títulosé um dos fatoresque fazem a diferençanesta ação cultural

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por ali passasse. Quatro meses depois, seguimos lá, religiosamente, todo domin-go, cada vez com mais livros, revistas e gibis, com mais amigos dispostos a colaborar e com mais leitores a nossa volta. Alguns apa-recem para fazer trocas, outros nos levam doações e há, tam-bém, quem, não tendo nada para trocar, escolha um livro ou revista do seu gosto e leve para casa com a sugestão de que seja passado a outra pessoa depois de lido.

Chegando “De Mansinho”O tradicional concurso Poemas no Ônibus e no Trem, promovido anualmente pela Prefeitura de Porto Alegre teve a jornalista e escritora Jeane Bordignon, de Gravataí, entre os 57 selecionados de 2012. O lançamento da coletânea que reúne os poemas ven-cedoras aconteceu no dia 28 de novembro, dentro da programação da 58ª Feira do Livro de Porto Alegre.“Autografar na Feira do Livro era um grande sonho. Essa sessão foi como um batismo de escritora. Como se a partir de agora eu realmente possa me conside-rar como tal”, conta Jeane.Além de compor o livro, as poesias selecionadas vão circular nos ônibus e trens da capital a partir de 2013.

A pracinha ao fundoserve de cenário

para o piquenique

Jeane (esq.) com o livroonde contém o seu

poema

De mansinho

Palavra meninaQue espia por detrás da cortinaQuerendo sair e gritar...Mas não,Ela sorri, lembrandoQue já aprendeu:é tão mais bonito sussurrar...

Jeane Bordignon

( Publicado em agostode 2012 no blog do Piquenique da Leitura)

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Para Ler24

As histórias dos quase 80 anos de vida de Pedro Paulino, o Pedrão, músico seresteiro de Gravataí inspiraram o mais recente de Borges Netto. “Eu sempre o ouvia contar seu passado e sempre considerei tudo muito pitoresco, material bom, de primeira linha. Bastavam apenas os alinhavos. E a necessidade dele narrar aquelas aventuras foram vistas como o grito desesperado de quem preci-

sa deixar um legado à sociedade. E depois, eu adoro contar histó-rias”, justifica o escritor. O romance No Abismo de Rosas foi construído a partir dos relatos de Pedrão, que foram gravados e decodificados até formarem blo-cos. Passado e presente por vezes se misturavam nas narrações do músico, e Borges precisou organi-zar os relatos, buscando a ordem cronológica dos fatos. Novo desa-

No Abismo de RosasLIVRO DO ESCRITOR

BORGES NETONARRA A HISTÓRIA

DO SERESTEIRO PEDRÃO

Gravataí - RS

A VIDA DE PEDRO PAULINO

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fio surgiu na elaboração do texto, em que alguns acontecimentos foram alternados para melhor desenvolvimento da história, mas sem perder o foco da narrativa. E personagens fictícios foram cria-dos para completar os vazios. “Utilizei os relatos para compor a espinha dorsal do romance, e procurei não dar muita asa à imaginação, sob risco de perder o controle, o que geralmente acontece num livro de ficção. Neste, em especial, eu precisava ser o mais fidedigno à realidade,

sem por em risco a índole atual da personagem”, explica Borges. Até chegar ao resultado final, foram 32 cópias impressas do texto, cada uma trazendo modi-ficações. Não é a primeira vez que o escritor trabalha com um per-sonagem real. Em 2007, publi-cou Max, O Príncipe Guerreiro, história do menino Maximilian, nascido com mielomeningocele (espinha bífida). Nesse caso, o livro partiu de diários escritos pela mãe do garoto, e o mais

importante era contar a história a partir do olhar dela. “Quanto ao Pedrão foi diferente. As motiva-ções eram diferentes. Tive liberda-de para criar à vontade, apesar de me manter naquela coluna dorsal sugerida nas gravações”, comple-ta.

O livro Abismo de Rosas, de Bor-ges Netto, está à venda na livraria Vai & Volta, no centro de Gravataí.

Pedro Paulino,por Borges NettoEle é mais conhecido pelo apelido, Pedrão. Aos setenta e nove anos ainda trabalha numa pequena oficina, como mecânico, para manter-se. Nas horas de folga se trans-forma no músico que acompanha o Clube Literário, seresteiro conhecido e muito aplaudido. Também é palestrante no Curso de Noivos da Igreja Católica, conforme cons-ta no livro. Pessoa respeitada na sociedade pela importância de sua vivência.

...procurei não dar muita asa à imaginação, sob risco de perder o controle...

Pedro Paulinoe seu inseparável violãosão retratados por Borges Neto

Borges Neto autografa no lançamento do seu livro na Vai&Volta

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Fabrício FortesFabrício FortesSONS E PALAVRAS

FABRÍCIO FORTESÉ O NOVO TALENTO

QUE VEM CONQUISTANDO O SEU ESPAÇO

NA MPB

Gravataí - RS

A palavra, ora agregada à música em forma de canção, ora separada e logo religada pelo violão, é a substância mais ativa do trabalho do músico, cantor e compositor Fabrício Fortes. Há 15 anos dedicando-se ao estudo do violão popular brasileiro, há 10 anos trabalhando como professor de música, Fabrício começou em 2012 uma nova etapa: a produção do primeiro disco e do primeiro show totalmente autoral.

28 Para Ouvir

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Fabrício FortesFabrício Fortes

Sentido EssencialSentido Essencial, um cd com 11 faixas em formato voz e violão, virá encartado na contracapa interna do livro Aforismos Desaforados, uma coletânea de frases curtas e reflexões, escritas também por Fabrício, que mesclam humor, poesia e crítica social. Temáticas que igualmente aparecem nas canções, onde o músico transita pelas sonoridades mais genuínas da nossa música, num trabalho que anda entre a MPB, a Bossa Nova e o samba.

A mesma combinação entre música e literatura é levada ao palco no show Todos Os Sentidos, onde os aforismos são interca-lados às canções e entremeados por frases musicais, levando a um efeito quase simbiótico entre as duas formas de arte. O espetáculo já teve uma pré-estreia em se-tembro, na Fundação Ecarta, em Porto Alegre, dentro do projeto Ecarta Musical.

# A cura A arte nos bota nos eixos, mesmo quando o mundo nos tira do sério.

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Artista do som e da palavra, Fabrício Fortes tem como principais inspira-ções e referências grandes nomes da música brasileira como João Gil-berto, Caetano Veloso, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Raphael Rabello, Baden Powell, Guinga, Chico Buar-que, Noel Rosa, além do jazz e do violão erudito. Tudo isso se combina num estilo muito próprio de tocar, cantar e compor, em um trabalho que ao mesmo tempo em que busca ressaltar a sonoridade da música brasileira, também retrata a mistura de raças, culturas e linguagens que formaram nosso povo.

# Do violão É pelo violão que passa o poder da criação.

# Da ignorância É como um mau hálito, quem tem não se percebe.

# Música ruimÉ como carne processada, faz mal ao coração.

# De você Ah, essa tua ausência que faz sempre presente...

30 Para Ouvir

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Fabrício Fortes foi escolhido o Melhor Intérprete do I Festival de Música da Univates, em Laje-ado, no começo de novembro. A primeira etapa aconteceu no dia 9, durante a programação da Expovale. No dia 11, foi realizada a final, onde Fabrício conquistou também o terceiro lugar na Cate-goria Individual.Ele concorreu com a canção Baião pra Dois, que será a música de trabalho do cd Sentido Essencial. Os prêmios vêm consolidar todo o trabalho realizado até chegar a esse momento da carreira. “Além da vitória pessoal, partici-par desse festival também foi um aprendizado. O entrosamento entre os músicos foi ótimo, e a equipe muito atenciosa”, comenta o músico.

# Música ruimÉ como carne processada, faz mal ao coração.

Prêmio de Melhor Intérprete

Ouça Fabrício Fortes em:fabricio-fortes.wix.com/fabriciofortes

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Arlise on the beatArlise on the beatPORQUE DANÇAR É PRECISO

Fã incondicional de rádio e estudante de Publicidade, a porto-alegrense Arlise Cardoso teve a sua carreira de DJ iniciada por acaso. Amante da música, sempre estava informada sobre o que acontecia no mercado musical e isso a levava a “brincar” de DJ nas festas de amigos e parentes, sem a menor pretensão comercial. Em 2011, convidada pelo amigo e produtor Juliano Nunes, o Zu, Arlise se viu no desafio de tocar por uma hora em uma

MEDOS E ALEGRIASFAZEM PARTE DE

UMA ROTINA CHEIA DE DESAFIOS

NA VIDA DE UMA DJ

Cachoeirinha - RS

Para Ouvir e Dançar3434

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Arlise on the beatArlise on the beat

das festas mais concorridas da capital gaúcha, a Footlosers. A “brincadeira” deu tão certo que, além de ser convidada segui-damente por três vezes, caso raro na época, também recebeu convite para assumir o posto de DJ Residente da Casa. Um ano depois, sentindo a necessidade de se aprofundar mais no assunto, como técnicas de discotecagem e equipamentos, fez um curso para DJ. Uma das maiores curiosida-des, na atuação desta talentosa Disk Jockey, é o fato de Arlise ter pânico de estar em público, o que se torna um desafio constante em sua carreira. “Não sou tímida, me comunico bem, sou falante; o pro-blema é quando tem este certo destaque. Tremo sempre antes de começar o set”, confessa. Mesmo assim, enfrentando esta situação, a DJ se diz realizada ao ver uma pista de dança cheia e repleta de energia. Inclusive sente arrepios de emoção quando vê os vídeos que costuma gravar das festas onde toca. “É uma sensação mui-to boa saber que aquelas pessoas estão sendo felizes e que tu tens uma parcela de ‘culpa’ nisso”, sentencia.

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Para Arlise a “vibe” de uma festa conta muito na hora de tocar. Cada pista, festa, cidade tem um estilo próprio e ele precisa ser descoberto no momento mais crucial da discotecagem. “Certa vez fui contratada pra tocar logo após um show de rock, numa casa rock do interior do estado. Abri a pista com clássicos super dançantes que nunca, mas nunca falham. Tentei Beatles, Stones, AC/DC e nada. Quando vi que começaram a ir embora chutei o balde e toquei o que tinha de mais Pop tocando nas rádios na época. E assim a pista ficou lota-da até às 7h da manhã”, relata. No conceito de Arlise, a mesma música pode não “funcionar” na mesma casa em dias diferentes. Por isso é preciso que o DJ sinta a pista. Além disso, é preciso que a festa esteja repleta de pessoas felizes, dispostas a se divertirem. “Não gosto de gente que vai pra festa e não dança, não interage, que vai só pela pegação e esque-ce do resto. Esquece de ser legal, de sorrir para o segurança, de dizer obrigada para o barman”, declara.

Na carreira de DJ, Arlise possui

algumas referências que para ela fizeram e ainda fazem toda a diferença no seu trajeto profissio-nal. Seus colegas de Footlosers, por exemplo, são sempre consul-tados antes que ela tome alguma decisão. Nomes como de Fabrício Peçanha e Doble S são lembrados pela forma de trabalho e caráter que ambos possuem. “Os caras bons são aqueles que souberam trabalhar, que respeitaram os colegas e não mudaram sua per-sonalidade”, afirma, lembrando que estes DJs, de quem é fã, con-tinuam com a mesma postura e carisma mesmo depois de terem alcançado fama internacional. Para aqueles que querem seguir o mesmo caminho desta “domadora de pistas” o conselho dela é: “Estude! Pesquise música. Conheça equipamentos. Se es-pecialize. Daí você terá a técnica. Procure respeitar o staff da casa onde está trabalhando. Acho isso fundamental, eles que salvam a tua pele. Se você tem festa fixa, com público fiel, procure saber quem são, nomes. Cumprimente essas pessoas que vão na tua fes-ta pra escutar a tua música. Elas estão ali pra você fazê-las felizes. Essa é a obrigação do DJ!”

Para Ouvir e Dançar36

NA PISTA COM ARLISE

Phoenix – lisztomania,

Two Door Cinema Club - What You Know ,

Foster The People – Pumped Up Kicks,

Mika – Elle Me Dit

The Strokes - Under Cover of Darkness

O desafio das pistas

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40 Para Ver e Curtir

ILUSTRADOR GAÚCHOEXPLORA A ESSÊNCIA

DA SIMPLICIDADEPARA PRODUZIR SUA ARTE

Montes Claros - MG

Natural de São Leopoldo, André, 45 anos, é casado e atualmente mora em Montes Claros, Minas Gerais. Sua arte com as belas pin-ups “zoiudas”, como costuma chamá-las carinhosamente, já percorreu o mundo em diversas exposições. A inspiração para criá-las pode vir de musas do cinema da década de 20 como Loiuse Brooks, de músicas cantadas por vozes femininas e pela literatura

André Assis é um daqueles artis-tas que passaram parte da sua infância assistindo a desenhos animados como Pantera Cor de Rosa e lendo revistas em qua-drinhos como Turma da Mônica e Recruta Zero. A consequência disso foi a criação de suas pró-prias revistas em quadrinhos na distante Belém do Pará, onde brincava com seu imaginário e sua criatividade.

“Zoiudas” do AndréARTE PARA ENCHER OS OLHOS

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café ou em cima da cama mesmo, mas não gosto que fiquem me espionando, isso tira toda a minha concentração”, relata. Também prefere não mostrar seu trabalho antes de terminá-lo. Preferências à parte, o artista André Assis consegue mesclar a delicadeza da sua arte visual com a essência de outras formas de expressão, resultando em um tra-balho digno de um mestre.

retrata suas pin-ups, demonstra extrema sensibilidade no manu-seio dos materiais que utiliza: lápis de cor aquarelável, nanquim, papel canson e caneta Posca. Outro detalhe importante é o modo como André desenvolve seu trabalho. Particularmente, não gosta de acordar cedo e se debruçar em uma mesa super or-ganizada para desenhar. “Algumas vezes desenho sobre mesas de

de autoras como Clarice Lispec-tor e Sylvia Plath. Além disso, complementos de inspiração podem vir de artes como as de Sas Christian, Ray Caesar e Mark Ryden. “Delicadezas e perversida-des fazem uma bela combinação”, afirma André. Um dos grandes diferenciais na obra deste artista está na simplici-dade dos seus traços. Mas mesmo na forma quase infantil como

“Zoiudas” do André

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42 Para Ver e Curtir

André não pode ser considerado santo, porém afirma que vive de milagres quando o assunto é viver de sua arte. Sempre procu-ra diversificar seu trabalho para uma forma vendável, mas algo que não desvie o heróico ideal da arte. Para isso, seus desenhos são produzidos individualmente ou em parcerias em bottons, pop car-ds, telas, tênis de lona (All Star), entre outros produtos. Além dis-so, procura manter contato com

outros artistas, não só visuais, editoras, produtoras, pois desta forma consegue ampliar o leque de serviços que consegue prestar. Entre eles estão ilustrações para capas de disco, storyboards e ce-nários para espetáculos teatrais.“Acredito que existe campo para todo mundo, mas é preciso que o artista saiba valorizar seu traba-

Fazendo Milagres

lho” afirma. Para 2013, André planeja levar sua arte para mais longe com exposições e ampliar os espaços onde possa comercia-lizar seus produtos. Além disso, quer manter as parcerias de 2012 como a do Canteiro de Alfaces, da Luisa Cardoso, que produz cadernos artesanais, com espaço para a arte nas suas capas.

As artes de Andréestampam diversos produtos

artesanais, que vão desde cadernos artesanais

personalizadosa botons,

e até mesmo guarda-chuvas

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Contato

e-mail: [email protected]: fabricadecataventos.blogspot. comFlickr: www.flickr.com/photos/beebox

Arte Loja - Casa de Cultura Mário QuintanaBeatnikCasa da Traça

Onde encontrar os produtos do André

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Para Alguma coisa44

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Para Ver e Curtir4646

Ale MagriniESTRANHO MUNDO

INFLUENCIADA PELOS ESTILOS STREET ART E POP, ALE MAGRINISE DESTACA NAS ARTES VISUAIS

COM SEUS BELOS TRABALHOS

São Paulo - SP

As habilidades artísticas de um pai marceneiro inspiraram os primeiros passos nas artes desta paulista da cidade de Poá . Fã ar-dorosa de Tim Burton, Ale, como gosta de ser chamada, desenvol-veu um estilo próprio em seus trabalhos, que mesclam a ousadia de seus traços com a harmonia de suas cores. Admiradora incontestável de artistas como Nina Pandolfo,

Junko Mizuno e Mari Yamagiwa, Ale também as têm como fontes inspiradoras de suas ilustrações e criações. “Essas pessoas embo-ra não saibam que eu exista são parte deste meu estranho mun-do”, confessa e logo se corrige dizendo que Nina Pandolfo sabe de sua existência, pois esteve com ela nos trabalhos de conclusão da faculdade e pós-graduação. Formada em Artes Visuais e pós-

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graduada em Artes e Educação,esta artista de 40 anos não gosta de rotular seu trabalho, mas acre-dita que ele possui características de Street Art e de Pop Art, pois reconhece que sua arte demons-tra exatamente o que ela gosta de fazer: pintar e se expressar. Além disso, Ale Magrinni gosta de explorar diversos suportes como materiais para compor as suas obras. Papel, tecidos, telas e ma-

deiras servem de base para quase todo o seu trabalho. “Trabalhei com papel durante muitos anos, e ainda trabalho. As colagens, pinturas e costuras em papéis, pinturas em tecidos... são minhas grandes paixões” confessa. Para a artista, a vida pessoal e profissional se confundem, quando o assunto é a influência do seu trabalho em sua vida. “Meu trabalho é parte de mim.

Preciso da arte para viver. É como o ar que respiro... Amo! É simples assim”, declara. Com todo este amor pela arte, Ale mantém sua rotina diária: acordar cedo, orga-nizar a casa, correr para o atelier, responder e-mails, passar pelo Facebook, cuidar do site e depois trabalhar, ou seja, pintar, cortar, montar, enfim, fazer do seu dia uma completa obra de arte em todos os sentidos.

Em sua nova fasenasceu a obra

Sol de Verão

Arte de Ale MagriniMinha Borboleta

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Se sua vida artística pudesse ser retratada em um livro ou filme, este seria o nome escolhido: Es-tranho Mundo. Baseado em fatos não mais que reais, o “estranho mundo” de Ale Magrini se expres-sa na utopia de todo artista em ver a arte mais reconhecida como sendo algo indispensável para a humanidade. Quem sabe um maior reconhecimento para aque-les que fazem de tudo um pou-co com muita criatividade para tornar o mundo mais belo, com pessoas mais sensíveis. Neste “estranho mundo” também reside o desejo de haver mudanças em nossa educação, valorizando-a de uma forma que faça Ale um dia trabalhar na área para se dedicar

a ensinar as crianças a amarem a arte. Enquanto isso não acontece, a artista se dedica exclusivamente a seus trabalhos , divulgando-os na internet e prospectando novos adeptos e simpatizantes com seu blog magriniartes.wordpress.com. Em seu estranho mundo tam-bém estão suas exposições e participações em ações culturais como a Rino Mania patrocina-da pela Duratex. “Nossa, foi o máximo... Mandei dois proje-tos e fiquei só na oração para aceitarem um. E qual foi minha surpresa, fui selecionada com os dois projetos... .Amei!”, conta. E assim o mundo de Ale Magrini vai ganhando forma neste nosso universo artístico tão “normal”.

Inspiração e técnica apuradafazem parte do trabalho de Ale,como em suas caixas de presentes

site:magriniartes.wordpress.comflickr: magrinitwitter: @Magrininunes

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O Estranho Mundo de Ale

Contato

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Felicidade plena ao participar da ação cultural Rino Maniapatrocinada pela Duratex

site:magriniartes.wordpress.comflickr: magrinitwitter: @Magrininunes

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Para Alguma coisa50

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Seção Arroz & Feijão52

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TIRAS

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Sabe aquele livro que ao virar a última página você se sente órfão? Foi essa a sensação ao terminar Mormaço na Floresta, do poeta amazonense Thiago de Mello. Uma poesia visceral, que nos transporta para a umidade da floresta amazônica... umidade essa que não é só do clima, mas da vida sofrida dos ribeirinhos, os conterrâneos de Thiago. Gente que não esmorece jamais. O poeta também nos faz sentir sua dor em ver a floresta sendo destruída pela ganância humana. Nos faz sentir a dor da própria floresta, da natureza mutilada. Nas palavras de Thiago, a luta por justiça e o amor pela humanidade andam de mãos dadas.

Outro livro que me fisgou, de uma forma bem diferente, foi Ai meu Deus, Ai meu Jesus, de Fa-brício Carpinejar. Uma coletânea de crônicas que vão muito além do tema “amor e sexo” que avisa o subtítulo. Carpinejar esmiúça a natureza de homens e mulheres, nos atentando às diferenças entre eles e elas, coisas que muitas vezes passam despercebidas e causam conflitos que não precisavam acontecer. São apenas as particularidades de cada sexo, modos de pensar e reagir diferentes, e muitas vezes mal in-terpretados por aqueles que, apaixonados, esperam por uma compreensão daquela pessoa que acaba nos decepcionando (mas quem criou expectativas foi você mesmo).

Thiago de Mello e Carpinejar passaram na frente de outra leitura que estava me encantando: Rua Descalça, de José Mauro de Vasconcelos. Em uma prosa que transpira lirismo poético, o autor de Meu Pé de Laranja-lima conta uma história onde os tipos mais humanos, no sentido dos sentimentos e ações menos nobres, se encontram com o que pode haver de mais puro. E não temos todos os dois dentro de nós? O mais mesquinho e o mais generoso, o mais egoísta e o mais amoroso? Andar pela Rua Descalça é encontrar gente e anjos. Nós, os imperfeitos, e os sublimes, capazes de acalmar um coração com poucas palavras.

LIVROS QUE ME FAZEM LIVREJEANE BORDIGNON

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Para Ler, Refletir e Opinar56

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Mais um ano se inicia e com ele renovam-se nos-sas esperanças em algo melhor. Melhor emprego, melhores salários, melhores amizades, amores, enfim, uma infinidade de desejos que acabaram não se concretizando no ano que se encerrou. O interes-sante disso tudo é que muito poucos foram aqueles que realmente fizeram por merecer aquilo que de-sejaram. Foram poucos que não esperaram melho-rar a situação vivida para irem atrás de seus sonhos e de suas metas. Mesmo em condições adversas, conseguiram se sobressair com empenho e deter-minação. Determinação essa, que os levou para um degrau mais alto. Mais um passo dado. Mais uma batalha vencida.

Em contrapartida os outros, os frustrados, formaram fila para contar suas desgraças, seus azares, suas mazelas, criadas por demônios fictícios, persegui-dores implacáveis, sugadores da felicidade alheia e por gatos pretos. Ali ficaram. Os dias passaram, a lágrima correu, o sol nasceu, a semente brotou e o oportunista a colheu. Que azar!

Dizem por aí que a vida é tudo aquilo que você faz quando não está dormindo. Mas você precisa des-cansar. Caso contrário, você não vive. Então porque perder tempo? Durma bem e viva a vida em toda sua plenitude enquanto estiver com os olhos bem abertos. Sonhe caminhando na calçada! Anime-se pelas vitórias daqueles que o cercam. Não os inveje. Copie-os. Crie na sua mente a oportunidade que está logo ali esperando para te abraçar. Mire o alto. Caminhe com passo firmes e confiantes e não se abale por qualquer “não” ouvido. Seja persistente e ao mesmo tempo coerente. Refaça planos. Arme estratégias. Erre e se corrija. Acerte e comemore. Verás que o azar é só uma mentira inventada pela falta de capacidade. Mas calma lá. Você não sabe tudo.Nem eu! Ouça muito. Leia mais ainda. Fale pouco. Ria infinitamente. Chore de vez em quando.Não reclame. Apenas crie a chuva que regará a se-mente que plantou e que um dia colherá.

CRIE SUA CHUVAROCHESTER MESQUITA

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60 Para Clicar

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300 capas free super criativas para o seu facebookCirco, teatro, poesia , literatura e muita Música.Conheça o belo trabalho deste grupo.

Daniel Danger e suas artesque ilustram os medos e angustias.

366 dias em 366 segundos.Vídeo criativo com belas imagens.

On ou Off ? De que lado você está ?Reflexão para 2013

Críticas à sociedade contemporânea, é o que se encontra nos trabalhos do artista Dran

VÍD

EOG

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AL

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AQUI300 capas free super criativas para o seu facebook Fotos belíssimas da vida dos índios americanos no início do século passado

Pinturas realistas de Robin EleyVale a apena conferir !

Keaton Henson - Small HandsTriste e lindo ao mesmo tempo !

Daniel Danger e suas artesque ilustram os medos e angustias.

366 dias em 366 segundos.Vídeo criativo com belas imagens.

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Para Agendar Exposições / Oficinas64

Até 1º/3

“Pintura Impura”

Pinacotecas Aldo Locatelli e Ruben Berta Porto Alegre (Praça Montevidéu, 10)

A exposição reúne obras de diversos artistas tendo como tema as diversas influências na pintura.

De segunda à sexta, das 9h às 12h e das 13h30 às 18hConfira AQUI

Até 24/2

Giorgio Morandi no Brasil

Fundação Iberê Camargo Porto Alegre (Av. Padre Cacique, 2000)

Cerca de 40 pinturas e 15 gravuras do artista italiano, organizadas cronologicamente, compõe a exposição, incluindo quatro obras nunca antes apresentadas em solo brasileiro, além do documentário "La polvere di Morandi", de Mario Chemello, sobre a vida do artista.

Terça a domingo, das 12h às 19h e quinta, das 12h às 21h.Último acesso: Terça a domingo, às 18h30min, e quinta-feira, às 20h30minConfira AQUI

Até 31/3

Cromomuseu

Margs – Porto Alegre (Praça da Alfândega, s/n)

A exposição mostra a produção artística brasileira e estrangeira do acervo do MARGS, localizada entre meados do século 19 até a contemporaneidade, com 223 obras de 147 artistas brasileiros e estran-geiros. Mas no lugar do tradicional cubo branco, as paredes do museu ganharam múltiplas cores, sobre as quais estarão sendo expostas as obras.

De terças a domingos, das 10h às 19h.Confira AQUI

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8 a 29/1

Atelier Portas Abertas

Oficina de Arte Sapato Florido – 5º andar da CCMQ – Porto Alegre (Andradas, 736)

Atividades lúdicas que podem envolver desenho, pintura, reciclagem e fotografia. Não se trata de um curso, e sim de um momento de lazer e expressão relaxante.

Sábados, das 14h30min às 17h.Inscrições: no local,pelo email: [email protected] ou telefone 3226-4825.

8/1 a 4/2

Oficina de Teatro-Fórum

2º andar da CCMQPorto Alegre (Rua dos Andradas, 736)

Por meio de jogos e exercícios teatrais do méto-do do Teatro do Oprimido, criado pelo drama-turgo Augusto Boal, os participantes montarão um teatro-fórum baseado em algumas experi-ências que viveram de opressão.

Terças e quintas-feiras, das 19h às 21hInformações e inscrições: [email protected] ou telefone (51) 9161.5014

Atividade gratuita

Confira AQUI

8/1 a 25/4

Oficina de Teatro e Consciência Corporal

Oficina de Arte Sapato Florido5º andar da CCMQ Porto Alegre (Andradas, 736)

Direcionada à faixa etária entre 8 e 14 anos, esta atividade é um híbrido de artes visuais e teatro, pois a partir da construção dos acessó-rios cênicos surgem as propostas de expressão cênica e exercícios teatrais.

Das 14h às 16hInscrições: no local, pelo email :[email protected] telefone 3226-4825.

26/1

2ª Exposição Internacional de Artes Visuais

Usina do Gasômetro (Av. Presidente João Goulart, 551)

Abertura da exposição organizada pela AAV-RS- Associação dos Artistas Visuais do RS. Em paralelo será realizada a 2ª Brasil Sul Comiccon, uma Mostra e Convenção de Histórias em Qua-drinhos, no Mezanino da Usina.A 2ª EXPO será inaugurada às 18h, com uma vernissage para os artistas e seus convidados, na Galeria dos Arcos, apresentação de um desfile/performance de Esculturas Vestíveis e um Show musical com DJs e Música Instrumental ao vivo.

As obras estarão expostas até o dia 30 de janeiro, das 10h às 21h.

Entrada franca

Confira AQUI

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ESTAMOS AQUI :

JANEIRO

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ESTAREMOS AQUI :

ABRIL

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A REVISTA OGOPOGO CRIATIVO

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