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27/out. a 02/nov./2010 no Sabiazinho • Uberlândia • MG revista

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ação Quando se fala em Festival de Dança do Triângulo,

vislumbramos uma trajetória que atravessa o tempo.

Vinte e duas edições. Cenário em que a dança se tornou palco, conquistou a crítica, abasteceu-se de ideias, mobilizou artistas, fomentou pensamento e práti-ca, construiu sua própria identidade artística e transfor-mou Uberlândia em centro de referência e qualidade na produção e difusão desta linguagem.

Do evento tímido e acanhado no início de sua trajetó-ria, passou nos últimos cinco anos a garantir uma ex-pressiva participação de artistas, retomando o circuito das apresentações no âmbito nacional e incluindo atra-ções internacionais desde 2009.

Para a Prefeitura de Uberlândia/Secretaria de Cultu-ra, para o chancelador do projeto – Núcleo de Estudos da Dança – e os parceiros, em especial ao patrocinador CTBC, existe a satisfação de realizar um projeto que mobiliza, estimula e valoriza a classe artística, sedimen-ta sua importância na memória coletiva e se apresenta como produto e processo de uma ambientação históri-ca, rica de criatividade, potencialidade, perspectivas e conquistas.

O tema deste ano “Matrizes e Reverberações - o cor-po negro e suas identidades na dança brasileira” - foi proposto, pensado e discutido no âmbito institucional e com a Comissão de Concepção e Execução do Festival, ouvindo o segmento da dança, organizado em fóruns de debate, realizados sistematicamente ao longo de 2010.

No Festival, o corpo negro está em pauta. As interpre-

tações e seus deslocamentos que interferem e dialogam com a produção da dança na atualidade são o fio condu-tor que norteia a concepção de todo o evento.

O papel do Festival de Dança do Triângulo é formar, informar, fazer circular ideias e pensamento, buscar o universo das trocas como exercício de crescimento, transformação, debate, formação e fruição.

Os eixos temáticos direcionam os trabalhos de cada noite. O primeiro - “Recorrências e Tradição” tem por ob-jetivo identificar o corpo africano e seus desdobramen-tos, buscando a compreensão de conceitos chaves como: matrizes estéticas, etnicidade e tradições africa-nas, como elementos de permanência e resistência no contexto cultural brasileiro. O segundo eixo “Desloca-mentos e Processos Ocupacionais” se propõe a mapear a presença do corpo e da cultura negra dialogando com elementos da cidade tendo como referência os centros urbanos, estruturas ocupacionais, processo de imigra-ção e circuitos artísticos de periferia. O último eixo - “In-terferências na Produção Contemporânea” - trata de identificar na produção da dança processos como inter-ferências, hibridismos, miscigenação, contribuições e intercâmbios das matrizes afrodescendentes na constru-ção das várias tendências da dança, com vistas aos cria-dores, coreógrafos e intérpretes, independentes de sua filiação estética.

A 22ª edição do Festival de Dança do Triângulo con-templa as matrizes e as reverberações da cultura africa-na na cultura da dança, que estarão manifestadas nos dias do evento. O público poderá conferir atividades, pro-

duções e apresentações que singularizam esta temática em vários locais, dentre eles, merecem destaque os pal-cos livres.

No lançamento do Festival, teremos Missa campal ri-tual afro, Cia Baobá de Danças, mais de sessenta capo-eiristas, representados por grupos de capoeiras da cida-de, finalizando a noite com o espetáculo “O samba do criolo doido”. No Sabiazinho, a abertura oficial fica por conta do Balé Folclórico da Bahia e seu espetáculo “ Bahia de todas as cores”. No encerramento do Festival, mais jogo de capoeira, Pape Ibrahima interpretando a coreografia “Eu acuso” e o espetáculo “Incandescente” - um encontro franco-brasileiro de dança com light pain-ting, com Marko 93.

Nomes como Monsieur Longa Fo, Pape Ibrahima Ndiaye e Marko 93 são atrações internacionais.

Para dar o tom das discussões, Rui Moreira e Mon-sieur Longa Fo abordam na conferência de abertura a África mítica e a África contemporânea, corpo e corporei-dade nas práticas artísticas, dança e movimentos de matriz afrodescendentes, estudos africanos no Brasil, dentre outros. Tudo isto e as demais atividades formati-vas, tais cursos, oficinas, exposições, fóruns de debates, seminários pedagógicos, são atividades de acesso fran-queado ao público .

Os esforços do Festival são no sentido de entender a dança em seus vários estágios, processos, adequações e especificidades. O ponto central busca sobretudo en-tender a dança em seus aspectos pedagógicos, no pro-cesso de formação do artista, processos de criação e

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açãonos meios de difusão da dança. Para isto, participam do

evento especialistas no seu papel de mediador entre quem faz, pratica e quem estuda e pesquisa a dança, garantindo um diálogo crítico para o crescimento da arte.

Na etapa da seleção do Festival, realizada em setem-bro, o processo foi totalmente digital, garantindo agilida-de, exatidão e clareza nas informações. Foram inscritos 105 grupos e companhias com 112 trabalhos para a mostra amadora, 12 coreografias para a mostra infantil e 26 produções para a mostra profissional. Concorreram trabalhos amadores de 8 cidades dos Estados de Minas Gerais,Tocantins, São Paulo e Rio Grande do Sul. Na mostra profissional, disputaram vaga no Festival, 13 ci-dades dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará e Goiás.

As mostras amadoras e profissionais são também um dos pontos altos do Festival de Dança do Triângulo, que tem caráter catalisador e faz circular nos trabalhos que apresentam, suas cores, suas concepções, técnicas e criatividade.

O Festival da Dança do Triângulo conta ainda com o crítico de dança Carlinhos Santos que acompanhará toda a programação das mostras, espetáculos, cursos e palestras. Esta iniciativa, além de produzir a memória escrita do evento, funciona como instrumento de media-ção pedagógica entre a cena, a audiência e o artista. Tendo com foco as considerações acerca da dança e seus contextos de criação, todo material escrito produzi-do é disponibilizado durante o Festival para que tanto o público quanto o artista possam estabelecer reflexões

sobre a dança e seus múltiplos fazeres, estéticas, poéti-cas e, sobretudo, possibilidades.

Em nome da Prefeitura de Uberlândia/Secretaria de Cultura desejamos boas vindas aos bailarinos, visitan-tes, convidados, especialistas e a todos que prestigiam a dança.

Aos parceiros, apoiadores, à Lei Estadual de Incentivo à Cultura e ao patrocinador master os agradecimentos em nome de Uberlândia pelos aportes financeiros que tornaram possível a realização do 22º Festival de Dança do Triângulo.

Aos servidores e órgãos da Administração Municipal, à Comissão de Concepção e Execução do Festival, à co-munidade artística, à imprensa, os agradecimentos pela execução de tarefas ímpares na condução de cada gesto e tarefa do evento.

Nos movimentos, o corpo que dança. Nas memórias, a tradição e o legado da africanidade. Nos poros e nas veias, a pulsão de quem dá motivo e tônus para que as matrizes da nossa cultura permitam as reverberações, infinitas nas suas possibilidades.

Que das glórias perdidas da África permaneçam em nós o espírito aguerrido da luta, a força da ancestralida-de, porque mesmo quietos, pulsam nos nossos corpos o barulho dos tambores, a riqueza das cores e a fortaleza da sobrevivência!

Um bom Festival de Dança, com todos os movimentos e todas as cores!

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Dança negra ou afro-brasileira?Por Rui Moreira

A história da dança enquanto manifestação artística no ocidente é contada a partir das influências européias, abordando os reinos Romano, Grego com citações ao reino Egípcio, chegando à corte Francesa no século XV. As publicações desconsideram as danças Asiáticas e da África Negra. Por esta perspectiva, alguns compositores de obras operísticas incluíram na sua dramaturgia perso-nagens exóticos como escravos negros ou Mouros ára-bes e mais raramente orientais. Isto somente pontua um histórico de hegemonia branca.

As danças da África Negra, por sua característica “primi-tiva animista”, não são citadas na construção das danças cênicas até o período em que os países africanos e suas diásporas se manifestam como força social significativa.

No início do século XX na Europa ocidental surge a “Dança Contemporânea”, baseada na busca da essên-

cia expressiva do homem. Na América, Isadora Duncan (1877-1927) renova o movimento que valoriza os fenô-menos naturais, se sobrepondo à utilização de qualquer cenário. Na Europa, Rodolf Laban (1878-1958) interes-sa-se pelo movimento e pelo corpo em geral. Seu traba-lho originou o alastramento da dança a várias dimen-sões: terapia, educação e lazer.

A conquista da independência por vários países africa-nos e por colônias notoriamente diaspóricas africanas aliado a uma revisão material provocada pelos movimen-tos abolicionistas e mais tarde pelas guerras mundiais, entre outros motivos, levam a população Negra do mun-do inteiro a acirrar sua luta por conquista de espaços sociais em todas as áreas de atuação, inclusive na Dan-ça cênica dramática.

A partir daí encontraremos especialmente no Caribe e América do Norte, artistas e danças que mesmo permea-das por pensamentos e métodos europeus vão incorpo-rar em seus discursos cênicos, movimentos e estéticas encontradas em danças africanas. Obras coreográficas foram desenvolvidas por criadores negros para a expres-são corporal e espiritual de artistas negros. Desta manei-ra, estas obras foram incorporadas à narrativa histórica da arte de dançar, dentro do seleto e significativo guarda chuva das danças modernas. Algumas danças do novo mundo se originaram de ritmos musicais negros e foram metodizadas tecnicamente e ensinadas a um grande pú-blico: o jazz, o sapateado americano, a salsa, a rumba, o samba, o tango, o conjunto de danças sociais norte ame-ricanas que acabam compondo o variado repertório das

Danças de Rua - “Street dance” - que permeiam muitas danças contemporâneas. Alguns pensadores educado-res e criadores tiveram publicados em livros ou artigos, os pensamentos e técnicas estudadas e desenvolvidas por eles. katerine Duham, Alvin Ailey, Perola Primus e Germaine Acogny por exemplo, através destes tratados estabeleceram diálogos com técnicas ocidentais de dan-ça moderna e estruturam referências e caminhos de diá-logo cênico para artistas negros ou interessados pelas matrizes africanas contidas em seu próprio corpo.

Em maio de 2007 aconteceu o Encontro – África e Diás-poras em Toubab Dialaw - Senegal, organizado pela Asso-ciação JANT-BI sob a direção Artística de Germaine Acogny no Centro Internacional em Danças Tradicionais e Contem-porâneas da África “Ecole des Sables”. O objetivo deste Encontro foi reunir coreógrafos, músicos e investigadores da África e suas Diásporas para criar novas relações e com base na dança e na música. Estiveram reunidos por 15 dias, bailarinos, coreógrafos, educadores especialistas em dança e música, programadores de eventos de dança, crí-ticos de arte, músicos e jornalistas. Países africanos e diaspóricos representados neste encontro: Nigéria, Sene-gal, República Democrática do Congo, Congo Brazzavile, Madagascar, Benin, Togo, Zimbabwe, África do Sul, Tchad, Camarões, Ethiopia, Costa do Marfin, Burkina Faso, Brasil, Haiti, Peru, Barbados, Guadalupe, USA, França e Inglaterra. Naquela ocasião, Patrick Acogny, coreógrafo, filho de Ger-maine Acogny, pesquisador vinculado à Universidade Paris 8 e membro do laboratório etnocenologia de la Maison des Sciences de l’Homme de Paris Nord citou o termo Dança

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Negra como sendo o ponto conceitual que amalgamou aquele encontro.

O Brasil cita suas Danças Negras a partir do prefixo Afro. Inspiradas na história de sua descendência Africa-na as danças afrobrasileiras por princípio remontam uma cosmogonia a partir de valores espirituais que refle-tem uma corporeidade que é transmitida de geração em geração. De forma ritualizada normalmente embalada pela percussão, esta dança remete os corpos a uma re-lação com o continente africano, seja por memória an-cestral ou por impulso mimético. Existe uma grande quantidade de danças afro-brasileiras ligadas a rituais e festas - leia se manifestações populares coletivas. Divi-nas ou profanas estas danças são um dos eixos da for-mação cultural do país e delas derivam danças que acompanham vários ritmos populares.

Mesmo fazendo parte da urbanidade, estas danças ocupam as periferias ou os ambientes rurais. O aprendi-zado e a apropriação artística neste caso demandam uma imersão que produz além da coordenação motora, um sentimento de respeito aos signos deste legado. Al-gumas personalidades nacionais fizeram esta dança afrobrasileira ocupar os palcos com muita competência. Mercedes Batista, Marlene Silva, Charles Nelson for-mam uma seqüência de nomes que desenvolveram uma corporeidade específica e fizeram discípulos que seguem seus pensamentos estéticos.

Mas não é só esta a dança Negra que é concebida no contexto brasileiro ao longo dos anos. A arte universal e o pensamento político e estético de artistas negros como

Ismael Ivo, Luis de Abreu, Rui Moreira, Cristina Moura, Ricardo de Paula, Rubens Barbot, Regina Advento, Zebri-nha, Carlos Dimitri, Armando Duarte, Marquinhos (Balé de Rua de Uberlândia), Elísio Pitta, João Carlos Ramos, Carmem Luz entre outros, espalha pelo mundo marcas de uma cultura. Naturalmente permeados pelos locais onde estão sediados e pelos processos de aculturamen-to, no discurso gestual destes patrimônios nacionais, re-conhecemos um claro sotaque da terra mãe.

O país tem um longo caminho a percorrer para realmente se apropriar de sua trajetória. Mobilizações sociais para apreciação e reflexão da arte, contribuem para o fomento do pensar e fazer artístico, e reforçam o papel da Cultura como uma potente ferramenta de Educação. Avalio que fomentar esta discussão no universo das artes é de extrema impor-tância e necessária para ampliar os limites das expressões da contemporaneidade neste Brasil pós- colonial e pós- es-cravagista (...). Afinal não existe história sem arte.

BibliografiaSASPORTES, J. (1983) - Pensar a Dança, a reflexão estética de Mallar-mé a Cocteau.Colecção arte e artistas. Imprensa Nacional – Casa da Moeda, LisboaAcogny, Germaine (1994) – Danse Africaine Afrikanischer Tanz African Dance – Editora Kunstverlag Weingarten Martins, Leda Maria (1997) – Afrografias da Memória – Editora Perspec-tiva, Mazza Edições Gilroy, Paul (2001) - O Atlântico Negro - Editora 34Hall, Stuart (2003) - A identidade cultural na pos-modernidade - Editora DP&A Munanga, Kabengele e Gomes, Nilma Lino (2006) – O Negro no Brasil de Hoje – editora Global.

Rui Moreira é original de São Paulo e está radicado em Belo Horizonte desde 1984.

Mercedes Baptista, bailarina brasileira com formação erudita que, na década de 50, a partir da criação de seu grupo, passa a estudar os movimentos rituais do candomblé e de danças folclóricas. “Balé de pé no chão” revela o papel central da cultura afro-descendente na dança moderna brasileira, e o pioneirismo de Mercedes Baptista na luta pela afirmação do negro na dança cênica nacional; ela é considerada a principal precursora da dança afro-brasileira.

As histórias da primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro rendeu um livro: “Mercedes Baptista: a criação da identidade negra na dança”, de Paulo Melgaço da Silva Jr.

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ca 27/out. a 02/nov.Pedagogia da escrita - a crítica como instrumento mediador entre o público, o artista e a obra.

A crítica de dança faz a mediação entre as informações da obra artística e o público que a assiste. Neste processo, realimenta a cadeia de produção de pensamento enunciada pelos corpos que dançam.

Carlinhos Santos

Nesta edição o Festival recebe o crítico de Dança Carlinhos Santos que acompanhará toda a programação das mostras, espetáculos, cur-sos e palestras. Essa ação para além de produzir a memória escrita do evento funciona como instrumento de mediação pedagógica entre a cena, a audiência e artista. Focado nas consideração acerca da dança e seus contextos de criação, todo material escrito produzido é dispo-nibilizado durante o Festival para que tanto o público e quanto o artista possam estabelecer reflexões sobre a dança seus múltiplos fazeres, estéticas, poéticas e sobretudo, possibilidades.

Carlinhos Santos tem formação em História, Licenciatura Plena,

pela Universidade de Passo Fundo e Comunicação Social,

Jornalismo, pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos, ambas no Rio

Grande do Sul. Atua na área de jornalismo cultural há 20 anos, com

enfoque na crítica jornalística. Tem Pós-Graduação em Corpo e Cultura -

Ensino e Criação, desenvolvido junto à Universidade de Caxias do Sul (RS), com

o trabalho O Corpo e Crítica de Dança, orientado pela pesquisadora Helena Katz.

É mestrando em Educação pela Universida-de de Caxias do Sul, com o projeto Corpo,

Dança e Educação, Mediações Epistemológi-cas. Recentemente, participou como crítico de

dança da quarta edição do projeto Interações + Conectividade, realizado em junho, em

Salvador, pelo grupo Dimenti, com uma produção textual publicada pelo site Idança, no qual

publicou outros textos. Desde 2003, é titular da coluna 3por4, contracapa do caderno cultural

diário Sete Dias, veiculado pelo jornal Pioneiro, de Caxias do Sul, além de exercer a função de crítico.

Também publica textos no blog 3por4.

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27 de out. - quartaIgreja Nossa Senhora do Rosário

19h – Missa Campal Ritual AfroMissa Afro Campal

A Missa Afro é um Ritual Reli-gioso Católico que é celebrada com grupos específicos da cultu-ra negra no Brasil e contém ele-mentos africanos.

Diferem das celebrações tra-dicionais pela liturgia afro, que envolve canto e muita dança, ao som dos tambores e elementos da cultura negra. O ato de cele-brar torna-se assim rico e diver-sificado, abrindo espaço para a criatividade do gesto e das ex-pressões litúrgicas, inovando-as de forma notável. A característi-ca principal das celebrações inculturadas é a alegria e a descontração devido à dinâmica canto-dança, porque é assim que o negro manifesta a sua fé: na alegria. O povo negro canta rezando e reza dançando - oração que se faz envolvendo o corpo por inteiro. Desta forma,o can-to, a dança, o toque dos atabaques e as vestes de tradi-ção africana são parte integrante e importante dessas celebrações.

PE. Geraldo Martins da MotaDIOCESE: Paracatu-MGREGIÃO: Leste 2, Noroeste Mineiro.Pároco desde 1992, Pe. Prego é graduado em Filosofia e Teologia pela Pontifícia Universidade Católica – PUC/MG, especialização em Pastoral e pós-graduado em estudos Afro-Brasileiros também pela mesma instituição. Atua também como Professor de Filosofia – Faculdade FINON/Paracatu, Coordenador de Pastoral da Diocese de Paracatu. Com enfoque nas questões sociais, Pe. Prego também é agente do Programa Luz para Todos do Noroeste de Minas e assessor da Religiosida-de Popular no Noroeste de Minas.

20h – Cia Báoba de Danças – MG Fragmentos dos espetáculos “Ancestralidade – Herança do Corpo” e “Quebrando o Silêncio”

“A escrita é uma coisa, e o saber, outra. A escrita é a fotografia do saber, mas não o saber em si. O saber é uma luz que existe no homem. A herança de tudo aquilo que nossos ancestrais vieram a conhecer e que se encontra latente em tudo o que nos transmiti-ram, assim como o Baobá já existe potencial em sua semente.”

Tierno Bokar

Criada em 1999, por Júnia Bertolino junto com o tam-bém bailarino e coreógrafo William Silva e o músico Jor-ge Áfrika, a Cia. Baobá de Arte Africana e Afro-brasileira surgiu para estimular e propor no cenário das artes cêni-

cas de Belo Horizonte a representação e valorização das matrizes africanas presentes na identidade do povo bra-sileiro, retratados através da dança, música, poesia e teatro, a partir de pesquisas sobre a presença dessas matrizes no caldeirão da cultura nacional. Ano passado Cia. Baobá de Dança - Minas completou 10 anos de trajetória com os espetáculos de dança, intitulado An-cestralidade: Herança do Corpo”. Concebido, dirigido e coreografado por Júnia Bertolino, sendo que o penúltimo espetáculo da Cia é Quebrando o Silêncio. O Trabalho conta com elenco 15 integrantes entre bailarinos, atores e percussionistas: Jander Ribeiro, Tico Percussão, Lú Sil-va, Andréia Pereira, Gabriela Rosário, Marisa Veloso, Jú-nia Bertolino, Yara Nascimento, Kênia Caroline, Victória Capilo, Tatiane Barbosa, Fred Santos, Erika Rocha, Alex Diego e Karú Torres (produção). O Espetáculo apresenta cantos populares e de artistas como Mamour Bá e Mari-lene Santos. Poemas: Conceição Evaristo, Júnia Bertoli-no, Jú Faria, Jorge África e Evandro Nunes.

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to“Quebrando O Silêncio” e “Ancestralidade: Herança do Corpo”, da Cia. Baobá de Arte Africana e Afro-brasileira Direção geral e coreografia: Júnia Bertolino Direção musical: Mamour Ba Consultoria artística: Rui Moreira Preparação corporal: Mestre João Bosco Figurino: Marcial Ávila e Lu Silva Cenário: Luciana dos Santos Iluminação: Geraldo Otaviano Cabelos e maquiagem: Dora Alves, Marisa Veloso e Lú Santana Registro fotográfico e audiovisual: Netun Lima, Renata Mey e João Álvaro Elenco: Lú Silva, Andréia Pereira, Gabriela Rosário, Marisa Veloso, Júnia Bertolino, Yara Nascimento, Kênia Caroline, Victória Capilo, Tatiane Barbosa, Jander Ribeiro, Erika Rocha, Tico Percussão, Fred Santos, Alex Diego e Karú Torres(produção).

20h30 – Balé Folclórico da Bahia “Samba de Roda e Capoeira” Fragmentos do espetáculo “Bahia de Todas as Cores”

21h00 – Roda Livre de CapoeiraApresentação do grupo Abadá Capoeira - Associação

Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte-Capoeira, coordenado pelo Instrutor Sardinha (Atan Gonçalves Sousa) e do grupo de Capoeira Angola Malta Nagoa co-ordenado pelo Professor Foguinho (César Paulo Silva).

22h – Sessão Maldita (Classificação 16 anos)

Teatro Rondon Pacheco

O intérprete: Luiz de AbreuNatural de Araguarí lugar onde trava seu primeiro con-

tato com a dança nos terreiros de umbanda. Iniciou seus estudos em dança em Uberlândia e mudou-se para Belo Horizonte, onde trabalha em várias companhias. Em me-ados dos anos 90 migrou para São Paulo, onde começou sua carreira solo. Se apresentou na França, Alemanha, Portugal, Croácia, Cuba, Espanha, Inglaterra, África - Mali, e em todos os festivais de dança contemporânea do Bra-sil. Atualmente mora entre São Paulo e Salvador, aprofun-dando suas investigações a respeito do ‘corpo negro’.

O espetáculo: O Samba do Crioulo Doido“O Samba” trata da resistência do negro na história

brasileira e da importância do seu corpo na construção de sua identidade. O espetáculo discute a inter-relação entre o corpo-objeto construído pela diáspora e o corpo-sujeito que transgride, afirma e resiste, cria uma corporeidade que devolve ao corpo-objeto o sujeito que lhe foi extirpado ao longo da história, junto com sentimentos, valores, cren-ças, a palavra e suas singularidades estéticas.

Samba, carnaval e erotismo constituem elementos aos quais o corpo negro brasileiro geralmente é associa-do. Dentro de um cenário composto por bandeiras brasi-leiras, Luiz de Abreu constrói em cena imagens corporais reconhecíveis e fragmentadas, questionando este ‘corpo negro’ objetificado.

Ficha TécnicaCriação, direção, interpretação, cenário e figurino: Luiz de Abreu; Trilha sonora: Luiz de Abreu e Teo Ponciano; Percussão ao vivo: Teo Ponciano; Iluminação: Luiz de Abreu e Alessandra Dominguez; Operação de Luz: Décio Filho Apoio do Rumos Itaú Cultural Dança.

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28 out. - 20hSabiazinho

Companhia Balé Folclórico da BahiaCompanhia de dança folclórica profissional do Brasi-

leira foi criada em 1988 por Walson Botelho e Ninho Reis com o objetivo de preservar e divulgar, no mais puro estado, as principais manifestações folclóricas da Bahia. o BALÉ FOLCLÓRICO DA BAHIA desenvolve uma lingua-gem cênica que parte basicamente dos aspectos popu-lares da cultura baiana rumo a contemporaneidade , sem, contudo perder suas raízes, e reafirmando a cultura negra como fonte de pesquisa. Por meio da dança, músi-ca e outros aspectos que compõem o espetáculo, o Balé traz pela primeira vez a Uberlândia toda a variedade, complexidade e riqueza da cultura representativa do nor-te do país. Em funcionamento integral, a Companhia é formada por 38 artistas entre músicos, bailarinos e can-tores que além de uma extensa agenda de produções internacionais, vem recebendo diversos prêmios e acla-mações de crítica, ressaltando o vasto potencial do cor-po, da cena e da cultura brasileira.

Espetáculo Bahia de Todas as CoresCom forte narrativa poética o espetáculo traz 7 peças

do repertório da companhia, apresentando por meio dos estilos e variações coreográficas a versatilidade do uni-verso popular baiano e domínio técnico/interpretativo do corpo de baile da companhia.

1ª peçaDANÇA DE ORIGEMCoreografia de Augusto Omolú

2ª peçaPUXADA DE REDECoreografia de Walson Botelho

3ª peçaMACULELÊCoreografia: Walson Botelho

4ª peçaBERIMBAUCoreografia: Zebrinha

5ª peçaSAMBA DE RODACoreografia e mise-en-scéne: Walson Botelho, José Carlos Arandiba e a companhia

6ª peçaCAPOEIRACoreografia e mise-en-scéne: Walson Botelho e José Carlos Arandiba e a companhia

7ª peçaAFIXIRÊCoreografia: Rosângela Silvestre

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alFicha TécnicaDireção Geral: Walson BotelhoDireção Artística: José Carlos ArandibaDireção Musical: José Ricardo SousaAssistentes de coreografia: Nildinha Fonseca e Reinaldo PepeFigurinos e acessórios: Antonio das Graças, Ninho Reis, Walson BotelhoTécnico de iluminação: Marcos SouzaTécnico de som: Caíque VidalTécnicos: Carlos Matias, Fernando Bergen, Jairo Fonseca, Patrícia Souza

Elenco:Adeilton Ribeiro, Ághata Souza, Alan Santos, Alisson Klismann, Darlan Silva, Diogo França, Edileuza Santos, Estevam Costa, Jair Oliveira, Joice Santos, Luana Franca, Nildinha Fonseca (solista em Puxada de Rede e Afixirê), Priscila Vaz, Rafael Leal, Reinaldo Pepe (solista em Afixirê), Rose Soares (solista em Afixirê), Uanderson Lima.

Cantoras:Ângela Mendonça e Dora Santana (solista)Músicos:Alcides Morais, Fábio Santos (solo de Berimbau in Capoeira e solo de Congas in Afixirê), Joel Souza, José Ricardo Sousa, Mário Sérgio Santos.

WALSON BOTELHO, fundador, diretor geral e coreógrafo do Balé Folclórico da Bahia, é formado em Antropologia pela Universida-de Federal da Bahia. Com o Balé Folclórico conquistou diversos prêmios pelos trabalhos apresentados, tais como: “Prêmio Fiat”, em 1990; “Prêmio Estímulo”, em 1993, “Prêmio Mam-bembão” em 1996 e “Prêmio Bom do Brasil” em 2004. Foi responsável, também, pela organização das inúmeras turnês, que a companhia realizou pelo Brasil, América do Norte, Europa, África e Oceania, recebendo os maiores reconhecimentos pelo trabalho apresentado nos mais importantes teatros nesses continentes.

JOSÉ CARLOS SANTOS (ZEBRINHA), diretor artístico do Balé Folclórico da Bahia, é diplomado em técnica de dança moderna pela Stadeljik Conservatorium em Dans Academie te Arnhem (Holanda), em dança clássica pela Academie Pricess Grace, de Mônaco. Especializou-se em dança moderna e jazz pela University of British Columbia Vancouver (Canadá) e pelo Alvin Ailey Dance Center (USA).

“Com seu carnaval coreografado (Samba, Reggae), a dança dos escravos (Maculelê) e a Capoeira (dança de golpes altos, também uma forma de arte marcial) e sobretudo com a alegria do Samba de Roda, este exuberante e único grupo brasileiro deve, absolutamente, ser visto...”

Anna Kisselgoff, The New Yourk Times - USA

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29 out. - 20hSabiazinho

Noite temáticaDeslocamentos e processos ocupacionais

Os espetáculos convidados da noite apresentam uma proposta de diálogo entre a cultura negra e aspectos do fenômeno das cidade contemporâneas. Possibilidades de ocupação urbana, a condição do negro no sistema de produção e relações de trabalho, e a o universo das pe-riferias são os prismas poéticos dos trabalhos. O primei-ro apresenta o contexto do samba na cidade de São Paulo e o segundo, a diversidade dos costumes moder-nos na Rio de Janeiro. Ambos engendram estéticas da dança contemporânea e são bons exemplares da atual produção e da dança de excelência do Brasil.

Espetáculo Sapatos BrancosO espetáculo de dança contemporânea – SAPATOS

BRANCOS - concepção e direção de LUIS FERRON partiu da proposta de investigar temas e questões que envol-vem tradições pertinentes ao carnaval paulistano, as suas escolas de samba e especialmente o ritual presen-te na dança do Mestre Sala e Porta Bandeira.

Ao desvelar significados desse ritual, na sua forma de apropriação espacial e temporal, transitamos por onde todas as culturas se comungam: onde gerações, cren-ças e etnias se misturam, ou seja, na diversidade cultu-

ral numa das maiores festas populares do mundo: o car-naval. Sapatos Brancos – Contemplado pelo IV e VI Edital de Fomento a Dança da Secretária Municipal de Cultura de São Paulo – Prêmio APCA 2009 – Composição – São Paulo – SP.

Núcleo Artístico Luis Ferron O Núcleo Artístico assume a pesquisa com singulari-

dades corporais como ponto de partida para a composi-ção do seu elenco perante a solicitação temática; a mes-ma determina o perfil corporal para a construção cênica. Tais características definem a identidade desse Núcleo o qual assume a hibridação corpo-experiência como matriz

para as suas criações. Uma extensão do próprio diretor e organizador cênico, Luis Ferron, no que se refere a criação em dança cênica o qual entende que cada obra implica um ou vários tipos de experiências corporais. Para o coreógrafo a idéia de um elenco estável se opõe a sua filosofia enquanto artista criador pois as variáveis temáticas e dramatúrgicas, elementos primordiais das cênicas, pressupõe corporeidades singulares e disponí-veis para estabelecer coerência entre concepção cênica e dramaturgia corporal. Nesse sentido o núcleo trabalha com diversos artistas e também, junto a Companhias de Dança de São Paulo e Brasil.

Ficha técnicaConcepção e Direção: Luis FerronAssistente de Ensaios: Tony SiqueiraCriadores Intérpretes: Luis Ferron, Tony Siqueira, Zélia de Oliveira, Mestre Ednei Mariano, Mestre André, Maurici Brasil e Jorge NascimentoTrilha Sonora Digital: Loop BDesenho de Luz: Juliana Pedreira e Luis FerronMúsicas (letras): Samba Celestial; Chegança; Partida; Samba com Marshmalloow: Luis Ferron / Dora; Hino ao Pavilhão; Sinhá Lavadeira: Mestre André e Luis FerronArranjos Musicais: Maurici Brasil, Jorge Nascimento e Luis FerronPercussão: Jorge Nascimento, Maurici Brasil, Tony Siqueira, Mestre André e Luis FerronPreparação corporal: Luis Ferron, Uxa Xavier e Tony Siqueira - Abordagens Contemporâneas; Maurici Brasil – Danças Afro-Brasi-leiras e Danças de Orixás; Alexandre Tripicciano – Capoeira; Mestre Geneci e Mestre Julião: Capoeira D’angola; Ednei

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Mariano, Zélia de Oliveira e Luis Ferron – Dança do Mestre Sala e Porta Bandeira; Andréa Soares – Maracatu; Valéria Cano Bravi – Educação Somatica.Operação de Som: Suzana BayonaPesquisa: Núcleo Artístico Luis Ferron; UESP – União das Escolas de Samba Paulistanas; AMESPBESP – Associação dos Mestres Sala, Portas Bandeira e Estandarte do Estado de São Paulo; Associação Cultural Cachuera.

Espetáculo Radiografia Carioca“Radiografia Carioca”, numa viagem tão atemporal

quanto bem humorada, faz alusões a lugares, histórias, costumes, tradições do Rio de Janeiro, que escorre em samba, religião e cultura sobre os trilhos da cidade ma-ravilhosa.

‘Viagem que traz em sua concepção a flexibilidade e variedade da identidade do subúrbio a partir da historias de pessoas do próprio lugar’

Cia KhorosA Cia Khoros de Dança foi fundada em 2000, no Rio

de Janeiro, pela bailarina Marta Bastos. Prioriza, desde a sua fundação, engrandecer a cultura brasileira nas suas criações.

Com projetos coreográficos premiados ao longo des-tes anos, destacamos a criação de “Radiografia Cario-ca” em 2004, que se apresentou em diferentes teatros, dentre os quais o Centro Cultural Suassuna e Teatro Ca-cilda Becker, ambos no Rio de Janeiro, obtendo neste ano a premiação de Melhor Criação Coreográfica no Fes-tival de Dança do Rio de Janeiro/Tápias.

Em 2006 este projeto viveu uma releitura e voltou a se apresentar no circuito nacional de dança , se apresen-tando na íntegra no Centro Coreográfico da Cidade do Rio de Janeiro em agosto.

Com esta e várias outras produções em dança, tais como “Dança em Transito”, “Teoria da Involução”, “Im-provisos”, dentre outros, a Cia Khoros vem afirmando

seu espaço no cenário da dança como uma companhia de propostas contemporâneas sérias, inovadoras e sin-gulares bastante relevantes. A Cia é conhecida por valo-rizar e incentivar a dança, dando importância a sua bra-silidade e perpetuando esta arte para públicos de diferentes locais e cidades.

Direção Geral de Marta BastosCoordenação e Concepção de Luz de Renata DinizCoreografia e Figurino de Marta Bastos e Renata Diniz Sonoplastia: Jorge Tavares Vídeo Make: David ValcárcelTécnico Áudio e Vídeo: Thiago Frazão e Erick SantosCenotécnicos: Júlio Rocha e Thiago CavalcanteTécnica de Capoeira: Mestre RobaloElenco: Jefferson Cruz; Jorge Tavares; Júlio Rocha; Thiago Cavalcante e Ricardo Martins.Assistência de palco: Thiago Franco

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eçãoProcesso de seleção

13 a 17 de setembro

Em 2010, o Festival de Dança do Triângulo chega à sua 22ª edição, su-blinhando seu caráter pungente e vanguardista. Reafirmando a natureza de um evento não competitivo, o festival se lança à frente e ratifica a idéia da dança enquanto linguagem artística, em detrimento de um abordagem cartesiana que privilegia a concorrência e a valoração. Os esforços do festival são no sentido de entender a dança em seus vários estágios, processos, adequações e especificidades. O ponto central é buscar enten-der a dança em seus aspectos pedagógicos, no processo de formação do artista, no processo de criação e nos meios de difusão da dança.

As inscrições foram abertas a todo o país, através um processo total-mente informatizado, garantindo a agilidade, exatidão e clareza das infor-mações. Foram inscritos 105 grupos e companhias com 112 trabalhos para a mostra amadora, 12 coreografias para a mostra infantil e 26 pro-duções para a mostra profissional. Concorreram trabalhos amadores de 8 cidades dos estados de Minas Gerais, Tocantins, São Paulo e Rio Gran-de do Sul. Na mostra profissional, disputaram vaga no festival, 13 cida-des dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Cea-rá e Goiás.

Através de um processo democrático e participativo, o Fórum Permanente de Dança e a Comissão de Concepção e Execução do Festival, elegeram para a comissão de seleção, três especialistas de grande atuação no pano-rama artístico do país. Esta comissão realizou um trabalho transparente e imparcial, pautado pela coerência e ética nos julgamentos e considerações. Seguindo o formato dos anos anteriores, todo o processo foi aberto à audi-ência pública, no qual o bailarinos, diretores e coreógrafos puderam acom-panhar a dedicação da comissão e seriedade na avaliação dos trabalhos.

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Alex SilvaIniciou sua carreira em 1991 na cidade de Uberlândia/MG, onde estudou Ballet Clássico, Dança Moderna, Dança Contem-porânea e outras. Foi bailarino e diretor artístico da Cia Balé de Rua/Uberlândia/MG. Integrou o elenco da Dança Corpo e Cia/Uberlândia/MG. Em 1994 passou a fazer parte da Uai Q Dança Cia do Triângulo Mineiro/MG. Em Novembro /2000 integrou-se ao elenco da Cia de Dança Palácio das Artes da Fundação Clovis Salgado em Belo Horizonte/MG sob a direção de Christina Machado, onde atualmente é bailarino. Atuou em diversos eventos por todo país – Participou dos eventos “ Ano Brasil na França” em 2005 e do “FIMA/2008” em Portugal. Atualmente desenvolve trabalhos como bailarino-intérprete--criador, professor, preparador corporal, diretor, ensaiador e coreógrafo. Desenvolve projetos de vídeo-arte e videodança e foi indicado aos prêmios SESC SATED para as Artes Cênicas e USIMINAS / SIMPARC de Artes Cênicas, como melhor bailarino do ano de 2007 e 2009 prêmio SINPARC.

Luli Ramos Dançarina, antropóloga e pesquisadora das corporalidades de matriz africana desde 2002. Foi pesquisadora no David C. Driskell Center for the Study of the African Diaspora, em Maryland, EUA. Suas criações em dança dialogam com linguagens contemporâneas, tangenciando-as e extrapolado-as. Agrega a seus trabalhos exercícios de consciência corporal fruto de experiências em BMC e eutonia. É professora de dança na Sala Crisantempo, co-autora na Cia Abieié e fundado-ra do DIASPÓROS coletivo de dança. Atua na Casa das Áfricas – Centro de pesquisas e de promoção de atividades culturais ligadas ao continente africano. Entre seus trabalhos mais recentes citamos a pesquisa de campo realizada entre 2009 e 2010 no Senegal, com as Cias de dança do país. Entre suas referências estão os mestres Clyde Morgan, Inaycira Falcão, Mário Gusmão, Germaine Acogny e Irineu Nogueira.

Sigrid Nora Pesquisadora, coreógrafa e professora, Sigrid Nora é Douto-ra(2005) e Mestre(2001) em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Integrou o Conselho Nacional de Incentivo a Cultura/ MinC de 2006 a 2008. Criou e dirigiu a Cia Municipal e a Escola Preparatória de Dança de Caxias do Sul. Foi Bailarina e diretora do Grupo Raízes(RS). Atualmente é docente na Universidade de Caxias do Sul onde coordena o programa Ciências e Artes do Corpo. Organizadora da coleção HÙMUS e do livro Raízes.

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Movimento e Método3º Seminário Pedagógico do Festival de Dança do Triângulo

Comprometido efetivamente não apenas com a dança em suas práticas de espetá-culo, o Festival de Dança do Triângulo, realiza em 2010, a 3ª edição do Seminário Pe-dagógico Movimento e Método. Com o intuito de estimular o desenvolvimento técnico/poético dos artistas e profissionais envolvidos no segmento da dança, o seminário vai de encontro aos objetivos do Festival. Objetivos estes que se constituem em promover uma dança de excelência e, paralelamente, acesso, tanto para o público, quanto para seus agentes. Neste sentido, comprometido com a dança, sobretudo em seus aspectos técnicos, reflexivos e de formação, o Seminário Pedagógico representa um importante momento do projeto, proporcionando um espaço aberto às várias interlocuções, inter-câmbios, saberes e tecnologias da dança. A sua programação conta com fóruns de debates, palestras, conferência, mesa redonda e comunicações de pesquisas. Destina-das aos bailarinos, coreógrafos, professores, pesquisadores de áreas afins, as ativida-des são abertas ao público e serão realizadas na Oficina Cultural de Uberlândia.

Conferência de AberturaMatrizes e Reverberações28 .10 | 14h – Oficina Cultural

Inaugurando oficialmente as atividades teóricas, o Festival em 2010 traz para a conferência de abertura dois importantes pesquisadores, do Brasil Rui Moreira, e da África, Mr.Longa Fo. Ambos são grandes referências atuais no que se refere às pesqui-sas contemporâneas no que tange a assuntos ligados ao continente africano e suas disseminações, artistas e culturas.

Neste momento, serão tratados temas como a África Mítica e África Contemporâ-nea, corpo e corporeidade nas práticas artísticas, dança e movimentos de matriz afro-

descendente, estudos africanos no Brasil, dentre outros. Buscando a contextualização do tema geral do Festival, os conferencistas Rui Moreira e Mr. Longa Fo acompanham toda a programação do evento, estabelecendo diálogos entre os espetáculos e as ati-vidades do Seminário Pedagógico. A explanação de Mr.Longa Fo será proferida em francês com tradução simultânea.

Mr. Longa FoDepois de obter seu diploma no teatro, em 1976, obteve dois certificados na área teatral na Universidade Nacional do Congo, em 1978, antes de ser enviado pelo governo para Senegal, para o Centro Pan Africano de pesquisa sobre performances e artes interpretativas (Mudra Afrique). Lá conheceu Germaine Acogny que era Professora e Diretora Artística da Mudra Afrique. Foi co-fundador da primeira Cia de dança contemporânea africana, chamada de “Balé Contemporâneo Africano – TCHEZA”, com ex-estudantes da Mudra Afrique de Dakar (Senegal). Hoje, professor de teatro e dança do Instituto Nacional de Artes Cênicas do Senegal, onde é Chefe do Departamento de Dança e do Centro de Pesquisas Avançadas em Dança. Além disso, é doutorando em Literatura Africana na Universidade Nacional de Pedago-gia do Senegal e está finalizando uma publicação sobre dança africana - Dança Africana: Origens, Problemáticas e Perspecti-vas. Desde 2001, Mr. Longa Fo ensina, e também assiste (auxilia) Germaine Acogny em suas tarefas como professora, além de atuar como coreógrafo e diretor artístico da École de Sables e da Cia Jant-BI.

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29.out | 14h – Oficina CulturalRecorrências e Tradição

Tem como objetivo identificar o corpo africano e seus desdobramentos, buscando para tanto a compreensão de conceitos-chaves como: matrizes estéticas, etnicida-de e tradições africanas, como elementos de permanên-cia e resistência no contexto cultural brasileiro.

Palestrante Renata de Lima SilvaProfessora Doutora da Universidade Federal de Goiás, onde trabalha na implementação do curso de licenciatura em dança; é Bacharel em Dança, Mestre e Doutora em Artes pela UNI-CAMP; Diretora Artística do Núcleo de Dança Coletivo 22, um dos ganhadores do prêmio Klauss Vianna 2008.

30.out – 14h – oficina cultural Deslocamentos e Processos Ocupacionais

O foco é mapear a presença do corpo e da cultura negra dialogando com elementos da cidade moderna, tendo como referência os centros urbanos, estruturas ocupacionais, processos de imigração e circuitos artísti-cos de periferia.

Palestrante Luis FerronArtista da Dança Cênica Paulis-tana e artista educador (desde 1985), mantém sua linha de pesquisa focada em aborda-gens e técnicas destinadas a singularidades corporais inseridas na criação. Tem como característica principal a transição entre espaços culturais, alimentando-se do novo em locus. Periferia-Cen-tro-Periferia. Há dez anos envolvido nas pesquisas da origem, tradição e transforma-ção do carnaval paulistano (objeto de investigação desse projeto), além de dirigir projetos de criação e difusão da dança cênica, desenvolvendo criações coreográficas para e com diversos núcleos e artistas independentes.

31.out – 14h – oficina cultural Interferências na Produção Contemporânea

Objetiva identificar na produção da dança da atualida-de processos como: interferências, hibridismos, miscige-nação, contribuições e intercâmbios das matrizes afro-descendentes na construção das várias tendências da dança, com vistas aos criadores, coreógrafos e intérpre-tes, independente de sua filiação estética.

Palestrante Luiz de AbreuLuiz de Abreu é natural de Araguari, onde trava seu primeiro contato com a dança nos terreiros de Umbanda. Inicia seus estudos em dança em Uberlândia e muda-se para Belo Horizonte, onde trabalha em várias companhias. Em meados dos anos 90, chega a São Paulo, onde começa sua carreira solo. Apresenta-se na França, Alemanha, Portugal, Croácia, Cuba, Espanha, Inglater-ra, África - Mali e em todos os festivais de dança contemporânea do Brasil. Atualmente mora entre São Paulo e Salvador, aprofun-dando suas investigações a respeito do “corpo negro”.

Seminário Pedagógico

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Sidney Washington Oliveira Santos Licenciado em Educação Física pela Universidade Federal de Uberlândia e com especialização em Ciência da Religião pela Faculdade Católica de Uberlândia . Dançarino há 26 anos, desde 1994, no estilo Afro. Integrante por 10 anos do Grupo Cultural de Dança Afro da UFU como dançarino, nos quais, em 6 deles, participou como coreógrafo e coordenador do projeto na Faculdade de Educação Física da UFU. Participante de festivais de dança tanto de Uberlândia como de outras cidades como Uberaba-MG, Teresópolis-RJ, Grajaú-RJ. Participou, apresentan-do-se e ministrando oficinas teóricas e práticas de dança afro em congressos, encontros estudantis e profissionais tanto em Uberlândia como Salvador -BA, Maringá-PR, Belém-PA, Belo Horizonte-MG, João Pessoa-PB. Participa como dançarino e diretor coreográfico da CIA. WULTOS DE DANÇA, de Uberlândia desde 2009, apresentando-se na cidade e região.

Guimes Rodrigues FilhoProfessor e Coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade Federal de Uberlândia. Contra-Mestre de Capoeira Angola e pesquisador da diáspora negra através da capoeira angola, reinventando a memória nas terras brasileiras e a ocupação dos espaços, fortalecendo e descobrindo identidades em projetos socio-raciais, entrelaçando as linguagens da surdez, da cegueira e da periferia. Fundador do Instituto de Educação e Cultura Gunga.

Antônio JúniorIniciou sua pesquisa prático-teórica no grupo de dança-afro da Universodade Federal de Uberlândia, orientado pelos mestres Edilson de Souza e Dulcinéia Silva, no período de 1995 até 1998.Mestrando em artes na Universidade Federal de Uberlândia- UF, pesquisa sobre a dança dos orixás brasileiros desenvolvida pelo mestre Augusto Omolu (ator/bailarino do Odin Teatret - Dina-marca e mestre em dança dos orixás - ISTA escola internacional de teatro antropológico) e as suas relações com a metodologia da antropologia teatral de Eugênio Barba. Graduado em filosofia(UFU) e especialista em interpretação teatral (UFU).Coordenador e diretor artístico do projeto de extensão “Corpo em Cena - linguagens híbridas das artes cênicas” - Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás (campus Catalão). Intérprete Pesquisador do grupo de dança contempo-rânea Strondum. Ator/bailarino do grupo de pesquisa do Mestre Augusto Omolu (Salvador-Bahia).

01.nov – 14 h – Oficina CulturalO Corpo Negro e suas Identidades

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uisa Ormezinda Abadia Santos Ferrreira

Professora e pedagoga da rede municipal de ensino aposentada e Coordenadora da Cia de Dança Manos do Hip Hop, sito à Rua Serra Formosa 366, no Bairro Serin-gueiras. Como coordenadora tem uma experiência de 6 anos, através dos quais viu o início, o fortalecimento e o desenvolvimento da Cia de Dança, principalmente do grupo: Manos do Hip Hop.

Susilene Ferreira de OliveiraNatural de Goiânia/GO. Graduada em Habilitação em

Artes Plástica / Licenciatura Plena em Artes Plásticas Universidade Federal de Uberlândia/ 1994 . Pós – Gradu-ação “Lato Sensu”: Especialização em Planejamento Educacional. 1998. Pós – Graduação “Lato Sensu”: Es-pecialização em Orientação Sexual. 2001 e Especializa-ção em Interpretação Teatral - Universidade Federal de Uberlândia. 2007. Atualmente desenvolve trabalhos como atriz e diretora teatral atuando em produções do Grupo Teatral DiFerente.

Instituição ou grupo a que está vinculada: Grupo Teatral Diferente

Título: Matrizes - 3º Eixo temático - Interferências na Produção Contemporânea

Resumo da pesquisaAssinalar a Mulher Negra, que até hoje de acordo com dados do IBGE continua sendo econômica e socialmente discriminada. A atriz que rompeu barreiras e foi a primeira atriz negra em uma peça de Shakespeare. Hoje fala-se da mulher negra, da cor, da cultura e a atriz, o que mudou? O teatro atravessou os séculos, transformando-se numa expressão artística de suma importância dentro da sociedade e, pouco a pouco, foi se transformando, virou um trabalho de arte literária. Do que se fala quando se fala negro? Da cor do dramaturgo ou da atriz? Do tema? Da cultura? Da raça? Ao propor as perguntas, a autora admite como seu campo de investigação é um território minado por evasivas. Através da indefinição conceitual a cultura negra procura os intervalos para se reafirmar, falaremos de tudo, porque são esses entrecruzamentos que formam a “tessitura da Cultura Negra.”

Instituição ou grupo a que está vinculada: Cia de Dança Manos do Hip Hop

Título: Resgatando Valores Pela Dança -1º Eixo temático – Recorrências e Tradição

Resumo da pesquisaA pesquisa visa resgatar valores pela dança, através da cultura urbana e da matriz africana, com aprendizado de técnicas de dança, percussão e estruturação coreográfica. O principal objetivo é despertar nas crianças, jovens e adolescentes o interesse pela Dança de Rua ou para as suas tendências, buscando preencher o tempo ocioso deste segmento, introduzindo-os no mundo da dança, despertando-lhes talentos,formando multiplicadores, abrindo portas e oportunidades para o exercício da criatividade, da arte e da iniciação da profissão de dançarino.

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uisaIara Aparecida Ferreira

Iara Aparecida Ferreira é militante defensora da cultu-ra negra com forte representação nas manisfestações da cultura afro-brasileira, com destaque para o Congado. Fundadora do Projeto Pró- Mirim Estrela Guia do Amanhã, ação que visa capacitação de crianças e adolescentes por meio de cursos de dança, teatro, música, artesana-to, aulas práticas e teóricas sobre a cultura afro-brasilei-ra. Cursou Gestão e Informação de Políticas Públicas, Capacitação do Programa A Cor da Cultura da Fundação Roberto Marinho tendo também recebido o Certificado Prêmio Grande Othelo de Cultura.

Neirimar da Silva Genuíno filho da cultura popular, participa das festas

do Congado desde os 3 anos de idade. Desde os 8 anos, desfila na Escola de Samba Tabajara como passista e desde 1997, é diretor da bateria da escola. Desde os 8 anos é Ogán em terreiros de Umbanda levantado e con-firmando no culto de Omoloko desde 1998. É fundador e coordenador do Grupo Tabinha, ação dedicada a preser-vação da musicalidade de origem afro-brasileira.

Instituição ou grupo a que está vinculada: Terno Moçambique Estrela Guia

Título: Projeto Pró-Mirim Estrela Guia do Amanhã

Resumo da pesquisaEstabelecer uma rede de capacitação através de oficinas de dança de ritmos brasileiros, teatro, percussão, música e artesanato, objetivando incluir na formação dos participantes, informações e ensinamentos práticos focados nas tradições. O Projeto oportuniza a geração de uma consciência cultural, artística, ambiental e de cidadania capaz de permitir a inclusão social e a geração de renda complementar através das dinâmicas aplicadas na capacitação proposta. Os participantes adolescentes devem estar, obrigatoriamente, cursando alguma escola.

Instituição ou grupo a que está vinculado: Instituto de Artes e Cultura Popular do Grupo Tabinha

Título: A Musicalidade Africana como elemento de Criação.

1º Eixo temático – Recorrências e Tradição

Resumo da pesquisaAtravés da percussão, da música e da dança de cultura popular de matriz africana, o grupo Tabinha desenvolve, desde 1998, junto a crianças e adolescentes de Uberlândia o relevante traba-lho de resgate e manutenção da oralidade, musicalidade e danças da cultura negra. Sendo amplamente reconhecido por todo o Brasil, o Grupo Tabinha atua em parceira com grupos musicais de grande expressão como o mineiro Uakti, tendo também se apresentado em Portugal. O tambor é o principal instrumento de pesquisa do grupo, agregando também instrumentos alternativos e outros materiais.

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uisa Maria Cristina Andrade Florentino

Possui graduação em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia, aluna da especialização em Histó-ria e Cultura Africana e Afro/NEAB-UFU Atualmente é pesquisadora do Centro Cultural ÒRÉ Egbé ILÈ IFÁ, docente do Núcleo de Estudos Afro - Brasileiros e professora de educação artística. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia das Populações Afro-Brasileiras, atuando principalmente nos seguintes temas: cultura afro-brasileira, religiões de matrizes africanas e religiosidade afro-brasileira, educação artística, pintura acrílica e máscaras de buriti. Professora do Programa de Formação Continuada com Docentes da Educação Básica da PROEX--UFU/NEAB - Eixo Gênero, Raça e Etnia desde 2009.Professora da Formação Inicial NEAB,capacitadora do projeto “A Cor da Cultura” da TV Futura - parceria NEAB-UFU/Centro Cultural ÒRE.

Instituição ou grupo a que está vinculada: NEAB-UFU E Centro Cultural ORE

Título: Oralidade Africana e Religiosidade afro-brasileira: caminho para implementação da Lei Federal 10639/03 nos espaços educacionais.

2º Eixo temático – Deslocamentos e Processos Ocupacionais

Resumo da pesquisaApresentar a pluralidade e a diversidade das religiões de matrizes africanas, desconstruindo preconceitos em espaços educacio-nais é objetivo deste trabalho. As matrizes de religião africana no Brasil vêm sofrendo modificações desde a sua formação, mas algumas raízes continuam mantendo o objetivo principal que é a manutenção da cultura e da oralidade africana em seus espaços sacralizados, o uso da oralidade africana como princípio de sua cosmovisão. Como educadores precisamos oportunizar o conheci-mento da nossa cultura afrodescendente, para engendrar uma nova perspectiva de ensino nos espaços educacionais. A escola na sociedade contemporânea possui uma imagem heróica diante de tantos outros espaços sociais como um lugar de privilégio. Em uma relação simbólica ela é a detentora do saber que liberta o indivíduo da ignorância e que possibilita a sua ascensão social. A política educacional exclui quando ainda se faz necessário e cria uma lei para que se ensine a cultura da formação do seu povo afrodescendente e desmistifique sua cosmogonia. Hoje, além da Lei 10639/03, é necessário ainda criar metodologias permeando a oralidade africana, superar as adversidades, para desconstruir e reconstruir um novo olhar instigando a reflexão, valorizando o positivo desta cultura.

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29 de out. - 17h30Teatro Rondon Pacheco

Pensar a formação do bailarino, tanto nos aspectos práticos e conceituais é um das pre-missas do Festival de Dança do Triângulo que entende a criança em seus processos de for-mação intelectual e artístico. Nesse compro-misso com processo formativo dos bailarinos do futuro, desde a 21º edição do festival em 2009, acontece a Mostra Infantil no Teatro Rondon, com objetivo de valorizar e adequar a produção dos trabalhos dançados pelas crian-ças e adolescentes entre 7 a 12 anos. Este ambiente visa proporcionar um espaço melhor adequado à natureza de cada trabalho, propor-cionando uma recepção aproximada e detalha-da de cada cena, considerando os princípios que orientam as especificidades do processo criativo nessa etariedade.

Nessa edição do festival, para direcionar as intenções pedagógicas dessa atividade, ter-mos na coordenação pedagógica infantil a Sil-via Rosembaum acompanhado as apresenta-ções da mostra, coordenando no dia seguinte, o Fórum Pedagógico Infantil. Nesta atividade o intuito é criar um ambiente de diálogo com pro-fessores, coreógrafos e diretores de escolas e academias que enfocam a criação e produção de trabalhos infantis.

VÍDEO INSTITUCIONAL

ABERTURA OFICIALGRUPO COREOGRAFIA

ESCOLA DE DANÇA CRNS MINEIRINHO

CORPO DE BAILE DO NÚCLEO DE DANÇA FADA AMARELA

TRIBO DO TAP PARA BILL BOJANGLE

GRUPO EXPERIMENTAL DO NÚCLEO DA DANÇA A COLOMBINA

BELE FUSCO AZIZA DE DANÇA DO VENTRE DA CLÁSSICA AO FOLCLORE

STUDIO V ESCOLA DE DANÇA SONHO E FANTASIA

TAP TEEN DANCING QUEEN

GRUPO TALENTINHOS MINNIE MOUSE

CIA BALLET CLAUDIA NUNES DIARIAMENTE

UAI Q DANÇA COMPASSO DE TRÊS

Considerações da comissão de seleção 2010 – modalidade infantilA Comissão de Seleção da 22 ª Edição do Festival de Dança do Triângulo, decidiu por consenso, não aplicar notas diferenciadas aos trabalhos infantis, considerando a nota máxima como padrão para todos os inscritos. Esta comissão, composta por Alex Silva, Sigrid Nora e Luciane da Silva entende que as propostas da modalidade infantil, não comportam avaliações baseadas em escala numérica, entende sim que as considerações efetuadas cumprem seu papel pedagógico e acompanham o pensamento proposto pelo Festival.

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30/10 – Sábado

Cia de Dança Bittencourt Cidade: UberlândiaCoreografia: Corpos em trânsitoCoreógrafo/Diretor: Cristiano ReisEstilo/Forma de apresentação: Dança Contemporânea/GrupoJogo; trocas; transitoriedade; parcerias efêmeras; organização e reorganização dos corpos urbanos; procura-se um lugar no mundo, em trânsito.

Débora BossaCidade: UberlândiaCoreografia: PeasantCoreógrafo/Diretor: Jules Perrot e Jean Cora/ Michele Ferreira GonzagaEstilo/Forma de apresentação: Bale de repertório / Solo femininoCoreografia de camponesa do 1º ato do Ballet Giselle.

Grupo Simone GonçalvesCidade: UberlândiaCoreografia: Tango- dois pontos-fragmentoCoreógrafo/Diretor: Simone Gonçalves e Luis HenriqueEstilo/Forma de apresentação: Dança de salão/ DuoTango, dois pontos - trata-se de um trecho do espetáculo “dançar faz bem pra vida”, onde a dança se encaixa no drama pessoal de um e outro e como elemento sensibilizador da palavra “encontro”.

Rodrigo NogueiraCidade: UberlândiaCoreografia: Nuances Coreógrafo/Diretor: Rodrigo Nogueira GomesEstilo/Forma de apresentação: Composição livre“Nuances” foi desenvolvida a partir de uma minuciosa observação e análise sobre as várias fases que um casal apaixonado passa. O amor é o sentimento mais puro que Deus nos ensinou, mas ao vivermos este, acabamos descobrindo vários outros sentimentos, que muitas vezes eram desconhecidos por nós mesmos.... “Nuances” retrata uma história de amor, suas transformações e toda a sua entrega!!!

Grupo Experimental do Núcleo de DançaCidade: UberlândiaCoreografia: Pas de Trois das FadasCoreógrafo/Diretor: Marius Petipa / César FernandesEstilo/Forma de apresentação: Balé de repertório/ GrupoFragmento do Ballet A Bela Adormecida – 3º ato.

Cia de Dança BittencourtCidade: UberlândiaCoreografia: Plug-InCoreógrafo/Diretor: Cristiano ReisEstilo/Forma de apresentação: Dança contemporânea/ Solo masculinoEnquadre: enquarto-me. conecto: desordem. Esquartejo: organizo-me

Damaru Cia de DançaCidade: UberlândiaCoreografia: Somos todos umCoreógrafo/Diretor: Ana Marta Yalla BinaEstilo/Forma de apresentação: Danças étnicas/ GrupoO trabalho reúne os elementos da tradicional dança indiana clássica (Bharatanatyam), seguido pelo estilo Bollywood. Nesta composição, os bailarinos somam suas contribuições individuais para oferecer sincronismo e saudar a força universal: o amor. “Somos todos um” é a mensagem que as bailarinas exteriorizam.

TerraCotta Dança Afro ContemporâneaCidade: UberlândiaCoreografia: Roda d’água – quedas e vaporesCoreógrafo/Diretor: Erickson Damasceno / Gustavo HenriqueEstilo/Forma de apresentação: Dança contemporânea/ GrupoFragmento do espetáculo “aguadores de iphá” a coreografia resgata o mito africano da criação da chuva. Recontextualizando elementos da dança afro e da capoeira através de técnicas da dança contemporânea, o trabalho busca outras possibilidades para tratar os signos e a musicalidade da cultura negra. O ciclo da água surge aqui como costura poética entre a tradição e a contempo-raneidade.

Grupo Simone GonçalvesCidade: UberlândiaCoreografia: Tango –fio de noveloCoreógrafo/Diretor: Claudio Henrique OliveiraEstilo/Forma de apresentação: Dança de salão/ GrupoTrecho do espetáculo “dançar faz bem pra vida” onde a aparente sensação de estar só se desenvolve em forma de caminhos emaranhados, que parte de um ponto a outro como um fio de novelo, que ao se desenrolar surge, encontro e re-encontro na tradicional forma e cumplicidade com o outro, tecendo, assim, um fio para a vida.

Cia de Dança de UberlândiaCidade: Uberlândia Coreografia: O lugar é meuCoreógrafo/Diretor: José Eurípedes SilvaEstilo/Forma de apresentação: Dança contemporânea/ DuoA coreografia retrata a disputadas pessoas por um lugar de destaque na sociedade, mostrando assim, que para conseguir as coisas, não há necessidade de derrubar uns aos outros, mas ter força de vontade, muita garra e companheirismo.

Grupo AtividançaCidade: UberlândiaCoreografia: Michael Jackson Coreógrafo/Diretor: Priscilla Simari e Verônica AnselmoEstilo/Forma de apresentação: Sapateado/GrupoSapateado homenageando Michael Jackson, relembrando os movimentos executados por ele e fazendo a junção ao sapateado.

Grupo Flamenco Veruska MendesCidade: UberlândiaCoreografia: Aire FlamencoCoreógrafo/Diretor: Veruska MendesEstilo/Forma de apresentação: Danças étnicas/ GrupoNeste trabalho as bailarinas interpretam um ritmo flamenco originário das ferrarias de Triana em Sevilla. Um ritmo elaborado no qual o martinete, a percus-são e o som do sapateado marcam o compasso. Para compor ainda mais o cenário flamenco e dar um ar moderno ao baile, no espaço, são projetadas imagens características do flamenco, como o bolado.

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31/10 – Domingo

DivinadançaCidade: São PauloCoreografia: Tempo EscassoCoreógrafo/Diretor:Estilo/Forma de apresentação:

Marcelo Rosa Cardoso FilhoCidade: UberlândiaCoreografia: TOCCoreógrafo/Diretor: Marcelo RosaEstilo/Forma de apresentação: Composição livre/ DuoTrabalho em processo de montagem. Esta coreografia vem com intuito de demonstrar características do transtorno obsessivo compulsivo, toc, com momentos de ambiguidade relacionados à semelhança fonética com a palavra toque, inserido no contexto de um relacionamento. Desta forma, visualiza-se um ciclo de situações doentias que se repetem de forma discreta, mas que aprisionam imperceptivelmente.

Arte MovimentoCidade: UberabaCoreografia: Siga seus sonhosCoreógrafo/Diretor: Regina DragoneEstilo/Forma de apresentação: Jazz / GrupoVocê não pode ser o que deseja, se estiver satisfeito com aquilo que é... escute seu coração, viva intensamente, siga seus sonhos...

Yalla Bina Cia de DançaCidade: UberlândiaCoreografia: PrimaveraCoreógrafo/Diretor: Ana Marta Yalla BinaEstilo/Forma de apresentação: Danças étnicas/ GrupoInspiradas na obra de Cecília Meireles, as bailarinas interpretam a primavera... e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz...”

Karyne BittencourtCidade: UberlândiaCoreografia: Se permaneço ou me desfaçoCoreógrafo/Diretor: Estilo/Forma de apresentação: Dança contemporânea / Solo femininoSe desmorono ou se edifico, se permaneço ou me desfaço, não sei, não sei. Não sei se fico ou passo. (Cecíia Meireles).

RN Dança de SalãoCidade: UberlândiaCoreografia: Eu sou do sambaCoreógrafo/Diretor: Robert BráulioEstilo/Forma de apresentação: Dança de salão/ DuoEsta coreografia tem como intuito apresentar a modalidade dança de salão(samba), no formato duo. Os dançarinos se movimentarão no estilo samba, voltado para show, com passos mais elaborado, interagindo os aéreos e os de chão. Também pode se observar momentos do teatro gestual.

Arte MovimentoCidade: UberabaCoreografia: Sequência dos sonhosCoreógrafo/Diretor: Fernando MartinsEstilo/Forma de apresentação: Dança contemporânea/GrupoProcuro amor e tenho alucinação, procuro prazer e quando vejo não posso tocá-lo, mas sei que posso sentí-lo.Trabalho minha energia de forma que possa me controlar, e me controlando, me descontrolo na espera do autocontrole. Fico inerte escorregando por este lugar que chamo: sequência dos sonhos.

Cia de Dança Manos do Hip HopCidade: UberlândiaCoreografia: Negra ArteCoreógrafo/Diretor: Marcos Paulo e Jivago AfonsoEstilo/Forma de apresentação: Dança de rua / GrupoA coreografia mostra a dança contemporânea e hip hop, iniciando na tribo lá na África, convocando seus guerreiros para lutar e comemorar sua vida. A seguir, passa para o lamento dos negros no porão do navio negreiro que entram no transe do krump. Passa para a comemoração maior do Congado e finaliza com a atual dança de rua.

Arte Jovem /MGCidade: UberabaCoreografia: Oú La DanseCoreógrafo/Diretor: Cleber FernandesEstilo/Forma de apresentação: Dança contemporânea/ GrupoObra criada com o uso de técnicas contemporâneas utilizando o elenco como matéria prima.

Ana Marta e André RuasCidade: UberlândiaCoreografia: A Dança NúbiaCoreógrafo/Diretor: TarikEstilo/Forma de apresentação: Danças étnicas/ DuoA Núbia é a região situada no vale do rio Nilo que atualmente é partilhada pelo Egito e pelo Sudão,onde na Antiguidade se desenvolveu o que se pensa ser a mais antiga civilização mulata da África. Na dança,o povo núbio uniu elementos da dança afro e da dança egípcia formando uma dança alegre, festiva, envolvente, cheia de força e energia, a qual o duo procura resgatar...

Grupo Talentos JúniorCidade: UberlândiaCoreografia: DetonandoCoreógrafo/Diretor: Karyne BittencourtEstilo/Forma de apresentação: Jazz/ GrupoCoreografia inspirada no filme “As panteras” (Charlie’s angels), na qual o elenco representa através da dança, as três belas e talentosas mulheres que trabalham para Charlie, o chefe de uma agência de detetives. Contrárias ao uso de armas, elas precisam solucionar crimes com suas habilidades em lutas e seu charme feminino...

Tríade Cia de Dança ExperimentalCidade: UberlândiaCoreografia: QüendaCoreógrafo/Diretor: Itair Oliveira / Anna CorsinoEstilo/Forma de apresentação: Dança contemporânea/ GrupoMovimentos possíveis para um tango de dois(as). o trabalho busca retomar a discussão sobre “gênero” nas danças de salão. Tendo o tango como estética predominante, a coreografia apresenta experimentações sobre formas de se dançar em três, uma técnica criada para dois. O diálogo musical entre Piazzola e Bach em contraste com um figurino feminino e intimista, sugere relações sutis e inacabadas.

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Cia de Dança El MarouniCidade: UberlândiaCoreografia: Marzuq (Abençoado por Deus )Coreógrafo/Diretor: Guilhermy Quartim RangelEstilo/Forma de apresentação: Danças étnicas/ GrupoOriente Médio, berço da humanidade onde a cultura floresceu. Caracteriza-se por grande diversidade étnica e religiosa de um povo, sendo estes, trabalhado-res, sofridos mas que ainda assim, acreditam em dias melhores. O dabke marca o ritmo com a batida dos pés, os homens com sua virilidade e precisão nos movimentos fortes e sedutores, contam sua história com alegria e determinação que contagia a todos.

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Grupo Experimental do Núcleo de DançaCidade: UberlândiaCoreografia: PaysantCoreógrafo/Diretor: Jean Correli Jules Perrot / César FernandesEstilo/Forma de apresentação: Balé de repertório/ Solo masculinoFragmento do Ballet Giselle – 1º ato.

Escola de Dança Leandro TheodoroCidade: UberlândiaCoreografia: Duo de Amor PortenhoCoreógrafo/Diretor: Leandro TheodoroEstilo/Forma de apresentação: Dança de salão/ DuoEsta coreografia tem como intuito apresentar a modalidade dança de salão (tango), no formato duo. Os dançarinos cuidarão de movimentar no estilo “tango show”, que se caracteriza por apresentar passos aéreos e de chão. Também pode se observar momentos do teatro gestual (pantomima em que o casal desenvolve um drama do tango portenho). O figurino é adequado ao show.

Cia de Dança Nurred TannousCidade: UberlândiaCoreografia: PrecisãoCoreógrafo/Diretor: Gabriela Gurgel /Gleici MartinsEstilo/Forma de apresentação: Danças étnicas / Solo femininoA precisão dos movimentos torna a dança oriental uma dança de rigor e profissionalismo. O Derbake é um instrumento onde a bailarina acompanha as

batidas da percussão com o corpo,mostrando sua força e magia. A mulher em si é um ser mágico que consegue ao mesmo tempo, mostrar sua delicadeza e sensualidade com a alma de uma deusa.

Cia um Passo Del TangoCidade: UberlândiaCoreografia: Tango do desassossegoCoreógrafo/Diretor: Itair Oliveira / Clarita ClauperoEstilo/Forma de apresentação: Dança de salão/ DuoAmbientado na literatura existencialista de Fernando Pessoa, a coreografia busca traduzir por meio da estética de um tango contemporâneo, conflitos cotidianos de uma relação desgastada, desassossegada. Ruídos domésticos e figurinos desmaterializados revelam a difícil intimidade de uma solidão compartilhada.

Cães de Rua – Espaço do CorpoCidade: UberlândiaCoreografia: Sinfonia do GuetoCoreógrafo/Diretor: Jhony Marcos/Paulo EdsonEstilo/Forma de apresentação: Dança de Rua / GrupoA dança e o movimento expressam a vida do favelado sendo ele preto ou branco, que luta para não compartilhar dos acordes da sinfonia do gueto que é formada de tiroteio, preconceito, dor e morte. Mesmo assim, Deus nunca sai da cabeça deste povo, que luta contra essa maldita sinfonia, para a qual o sistema fecha os olhos. O intuito é mostrar através da dança e da melodia que com fé dias melhores virão.

Grupo TalentosCidade: UberlândiaCoreografia: Assim te queroCoreógrafo/Diretor: Cristiano ReisEstilo/Forma de apresentação: Dança contemporânea/ DuoComo se te perdesse, assim te quero. Como se não te visse, assim te apreendo, brusco, inamovível, e te respiro inteiro... (trecho do poema “amavisse” de Hilda Hilst).

Grupo R49Cidade: UberlândiaCoreografia: Correnteza Coreógrafo/Diretor: Alexandre B da SilvaEstilo/Forma de apresentação: Dança de rua / GrupoA coreografia se assemelha a um fluxo, como torrente de água e de gente que se encontra e desencontra, buscando passagens para a realização de seus sonhos,

promessas de vida. A vida: correnteza - remanso e corredeira. Coisas, seres, influências, vão se amontoando e nos atravessando no cotidiano como enxurrada; às vezes traçando rumos, às vezes causando inundação. A água é vida. A vida correnteza.

Cia de Dança Nurred TannousCidade: UberlândiaCoreografia: Norr(Luz)Coreógrafo/Diretor: Gleici MartinsEstilo/Forma de apresentação: Danças étnicas/ GrupoO clássico ( na busca pela deusa interior transformando a alma e realçando a forma do corpo é que são desvendados os mistérios... expressando assim o sentimento mais profundo;a bailarina dança e encanta).

Fabiana França Cia de DançaCidade: UberlândiaCoreografia: Mercadoria HumanaCoreógrafo/Diretor: Fabiana FrançaEstilo/Forma de apresentação: Composição livre/ Grupo“Ontem, liberdade; hoje porão negro, sujo. de homem a bicho presos à mesma corrente; odor que emana da teia da escravidão.”

Grupo TalentosCidade: UberlândiaCoreografia: De pedras e folhasCoreógrafo/Diretor: Cristiano ReisEstilo/Forma de apresentação: Dança contemporânea/ Solo femininoPrimitivo,esdrúxulo, torto, de perto: belo.

Corpo de Baile do Núcleo de DançaCidade: UberlândiaCoreografia: O Corsário Coreógrafo/Diretor: Malzilier / César FernandesEstilo/Forma de apresentação: Balé de repertório/ Pas de deuxFragmento do Ballet O Corsário, aqui representado pelo pas de deux do 2º ato

Focus Cia de DançaCidade: Rio de JaneiroCoreografia: PathwaysCoreógrafo/Diretor:Estilo/Forma de apresentação:

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A produção da dança contemporânea, considerando seus elementos de criação poético/poética, reflexões conceituais e economias é uma das questões que gerem a Mostra Profissional do Festival de Dança do Triângulo. Juntamente com os espetáculos convidados as produ-

ções dessa mostra funcionam como um painel artístico das discussões que são travadas em cada edição do pro-jeto. Em 2010 o corpo negro e seus desdobramentos estão em cena, provendo o debate em diferentes pris-mas que vão desde diálogos com as matrizes de tradição

até aspectos da contemporanedade. A Curadoria selecio-nou para esse momento do festival espetáculos que, por sua natureza de concepção ou execução, proponha um diálogo estético ou conceitual como elementos da cultura negra ou com questão contemporâneas como um todo.

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alGrupo Strondum - Udia/MG - “Carcaça”01/11 – 19h - Estacionamento Sabiazinho30/11 – 16h - Praça Zumbi dos Palmares 31/11 - 17h - Praça do C. Administrativo

Grupo StrondumO grupo Strondum possui sua fase embrionária em 2003. O grupo foi fundado pelo coreógrafo Claudio Henrique Eurípedes de Oliveira, onde propõe a reflexão através do impacto estético. O Strondum se caracteriza como um grupo de pesquisa físico-corporal, que busca evocar as potencialidades do corpo, inserido nos desdobramentos filosóficos urbanos. A direção do grupo é composta por Eduardo Antônio Lopes e Cláudio Henrique Euripedes de Oliveira. Além dos diretores compõe atual formação: Antônio Júnior, Jonnhy Charles e Manuel Ozires.

CarcaçaCarcaça – primeira parte de uma trilogia que versa sobre os valores efêmeros da sociedade atual. Esta obra consiste numa investigação que reside na fronteira entre a dança e performan-ce . A obra é divida em três planos de ação sendo duas instalações e uma performática com dança , onde cinco interpretes/performer interagem com uma carcaça de carro em três pontos da cidade. Ficha técnicaConcepção coreográfica: C.Henrique de Oliveira Interpretes/pesquisadores: Antônio Junior, Cláudio Henrique, Eduardo Lopes, Johnny Charles e Manuel Ozires / Fotografia – Vanessa AndradeDireção Eduardo Antônio Lopes de Paiva e Cláudio Henrique Euripedes de Oliveira

Ana Reis - Udia/MG“Mulher sobre o torno”19h - 30/10 no Pátio Sabiazinho

Ana Reis é graduada em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Uberlândia e mestranda pelo PPGArtes da mesma instituição. Pesquisa o corpo na contemporaneidade e seus desdobramentos através da performance, intervenção urbana, fotografia e vídeo. Integrou o grupo Maria do Silêncio e a Cia. UaiQDança (2001 a 2006), participou do 10 Salão de Artes Visuais de Uberlândia (2005), foi bolsista do Fórum Internacio-nal de Dança FID (2006), recebeu o Prêmio Minas pela I Bienal de Arte do Triângulo (2007), integrou o MIR Festival Grécia (2008) e participou de exposições, residências, festivais e mostras de dança no país. Integra o Transobjeto Coletivo e o Núcleo Platô de Performance. Blog: www.diagramadeprocessos.blogspot.com

Espetáculo – Mulher sobre o tornoRelease do espetáculo: Uma mulher sobre um torno de cerâmica move-se constantemente envolta de si mesma, manipula objetos e cores, provoca alterações em seu rosto, amplifica e distorce sua respiração e voz. Explora identidades possíveis de serem “acopladas” ao seu corpo numa recriação dos modos pelos quais ele se mostra ao outro. Compondo com códigos estéticos do feminino, instaura-se um ritual/um show/um teste, que pode ser também um convite ao delírio.Ficha técnica Criação e performance: Ana ReisFotografias: Luana MagrelaVídeo: Gastão Frota e Guarany Lavor

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Grupo Estado Dramático - Salvador/BH“Casa de Ferro”31/10 – 16h - Palco de Arte (UAI Q Dança)

Estado Dramático é uma linha de pesquisa cênica que entende o próprio sentimento como matéria passível de ser representada, dando formas ao corpo de acordo com o grau de agregação de determinados estados psicofísicos. Para modificar a percepção física e sensitiva do intérprete, a pesquisa toma como base as manifestações populares, identificando nessas expressões movimentações corporais, ritmos, mitos, adereços, representações de fé e de profanação. Enfim, elementos espetaculares que estruturam a criação de um trabalho cênico, buscando um estado alterado, uma energia híbrida e amorfa, dando vida real a um ser, um ente.

Espetáculo Casa de Ferro“Casa de Ferro” é o espetáculo que traz como temática a diáspora africana. Expondo o desenraizamento do povo africano e de sua cultura, passando pelo processo de dominação forçada e a posterior transcendência no âmbito mítico-ritualístico, mostrando assim, a força desses seres humanos que encontraram, na sua identidade ancestral, o poder para lutar e propagar sua cultura. Então temas como nascimento, raiz (Terra Mãe), captura, travessia, cativeiro, evangelização, resistência, castigo, morte e a própria transcendên-cia metafísica são os enfoques trabalhados na construção artística deste projeto. Para isso, trechos das poesias “A Mãe do Cativo”, “Navio Negreiro”, “Vozes D’África”, “Canção do africano”, de Castro Alves e trechos de canções de Caetano Veloso, Dory Caimmy e Paulo César Pinheiro são usados para guiar o público nessa história que tem início na África e é continuada na Bahia até os dias de hoje.

Grupo Tripé - Udia/MG - “Quanté”31/10 – 17h30 - Rodoviária

O grupo Tripé foi criado em 2006 no curso de Artes Cênicas da UFU com o objetivo de pesquisar elementos da dança-teatro para a criação espetacular. Com novos integrantes o grupo passou a pesquisar a influência do espaço urbano na criação de suas obras. Seguindo essa linha, surge CoTIQUEdiano (2008) espetáculo que mescla música ao vivo e partituras corporais criadas a partir da observação de tiques de transeuntes. Contemplado com o Fundo Municipal de Cultura em 2009 o grupo cria o Quanté, continuando a pesquisa do urbano e das diferentes linguagens. Com este espetáculo, o Tripé, foi contemplado com o prêmio Klaus Vianna de dança (2009) e realizou o projeto Interferências Fora do Eixo (2010) percorrendo algumas cidades da região.

Espetáculo - Quanté No espetáculo Quanté, o grupo Tripé imprime como condição fundamental de suas obras as relações suscitadas em espaços urbanos. Aspectos de transitoriedade também são reforçados na composição das cenas, jogos improvisacionais em diálogo e contato direto com os passantes e com espaços livres públicos da cidade. Entre o lúdico e a crítica social a proposta do grupo é levar divaga-ções poéticas acerca do tema comércio e propor uma reflexão sobre as relações com o espaço urbano. Comprar, vender, roubar, transpor-tar, lutar, liquidar, seduzir, celebrar. Tudo isso em até 3x no cartão.Concepção geral - Getúlio Góis Direção - Cássio MachadoCoreografias - Grupo Tripé e Lakka.Adereços e figurinos - Grupo Tripé.Intérpretes / performers - Ana Zumpano, Cássio Machado, Daniela Reis, Jacqueline Carrijo, Poliana Diniz e Thiago Xavier.

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alGrupo Pró-Posição - Sorocaba/SP“Linhagens”01/11 - 16h - Palco de Arte (UAI Q Dança)

O grupo Pró-Posição foi fundado em 1973, em Sorocaba, interior de São Paulo, por Janice Vieira e Denilto Gomes, despontando no cenário da dança paulista como uma das únicas ocorrências de dança moderna no interior do estado. Em 1983, o grupo encerrou suas atividades e, em 2008, foi relançado por Janice Vieira e sua filha, Andréia Nhur. Desde o relançamento, o grupo foi contem-plado duas vezes pelo Programa de Ação Cultural da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (ProAC) e circulou por mostras e festivais internacionais do Brasil.

Espetáculo “Linhagens”Continuação da pesquisa iniciada em “Swan – Corpo Adapta-do”(2007) e seguida em “O Cisne, minha mãe e eu”(2008), “LinhaGens” relança e dá continuidade às atividades do Grupo Pró-Posição (1973-1983). Em cena, mãe e filha bailarinas destrincham as historicidades de seus corpos, colapsando passado e presente, como emergências de tempos multidirecio-nais, não causais, não factuais. Um jogo entre as heranças que o corpo carrega e o modo de se lidar com os legados da dança. Ficha técnica atualizada: Criação e Execução: Janice Vieira e Andréia NhurComposição de Trilha Sonora Original: Janice VieiraIluminação: Roberto Gill CamargoColaboração Artística: Helena BastosPreparação Corporal/Educação Somática: Regina ClaroAssessoria de Imprensa: Luciana Cassas e Eliane NielsenFotos: Lenise Pinheiro

Focus Cia de Dança/RJ “Pathways01/11 - 20h - Palco Oficial Sabiazinho

A Focus Cia de Dança vem desenvolvendo um trabalho cada vez mais maduro e conquistando seu espaço entre as principais cias cariocas. Dirigida e coreografada por Alex Neoral, a Focus tem o apoio do SESC Rio e por dois anos consecutivos fez parte do Projeto de Residência Artística, também do SESC Rio. Esse grupo de artistas vem fortalecendo sua trajetória, já tendo se apresenta-do em mais de 30 cidades brasileiras e também no exterior. Em julho de 2010, a Cia realizou uma tournée por 10 cidades france-sas com o espetáculo “IMPAR” e em setembro integrou a Biennale de La Danse de Lyon com o espetáculo “3 PONTOS...” (Pathways/Interpret./Um a Um).

Release do espetáculo“Pathways” foi criado especial-mente para 50 Jahre Noverre-Gesells-chaft em Stuttgart, Alemanha. Essa peça se estrutura pela união de trechos de trabalhos anteriores da cia como: “Inter-cessão”(2000), “Por partes” (2002), “Quase Uma” (2005), “B-612 - o essencial é invisível aos olhos”(2008) e “Trilhas”(2008). O desafio da obra foi unificar partes distintas, que se diferem tanto pelo tempo que foram criadas como nas propostas oferecidas como estímulo, em um único assunto que se articula na cena. Essa obra consegue mostrar a linha coreográfica que a cia vem desenvolvendo durante sua trajetória. Ficha técnicadireção artística e coreografia | Alex Neoral direção de produção | Tatiana Garcias designer de luz |Tatiana Garcias bailarinos | Alex Neoral, Clarice Silva, Carol Pires, Marcio Jahu e Mônica Burity Agradecimentos: SESC Rio, CEART e Centro de Artes Nós da Dança

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ulosUm dos principais objetivos da realização de um evento de

tal porte como o Festival de Dança do Triângulo é o comprome-timento com a formação e aperfeiçoamento da dança por meio da qualificação de seus agentes. Um referência desse pensamento se faz por meio do Fórum de Debantes dos Espe-táculos que se configura com uma das mais importantes ações educacionais e formativas do evento. Sempre nas ma-nhãs do dia seguinte às apresentações os grupos podem par-ticipar desse importante momento de diálogo junto a comis-são de especialistas. Por meio de um debate franco e aberto podem discorrer sobre os processos de criação, escolhas es-téticas, aspectos técnicos e demais elementos contido em cada obra apresentada. Em um ambiente favorável as discus-sões da dança em todos os seus campos, o Fórum de Deba-tes ao logo de todos esses anos do Festival de Dança do Tri-ângulo tem se configurando com uma das mais férteis atividades que favorecem sistematicamente o aprimoramento técnico/estético dos grupos e companhias de dança de Uber-lândia e demais cidades que participam do Festival.

Na sua 22º edição, o Festival recebe orgulhosamente como membros da Comissão de Especialistas em Dança três impor-tantes figuras do cenário da dança em atuação do pais.

Fórum de Debates dos Espetáculos31 de outubro – domingo01 de novembro – segunda-feira02 de novembro – terça-feira9h – Sala Roberto ResendeOficina Cultural de Uberlândia

Arilton AssunçãoBailarino clássico formado pela Escola Municipal de Bailados de São Paulo. Foi solista da companhia Blow Up, da cidade de Salto – SP, com direção de Mariza Gil. Dançou no Corpo de Baile da cidade de Salto, com direção de Ismael Guiser e Daniel Luppo. Integrou no elenco experimental do Balé Stagium por 2 anos, tendo aulas com Ricardo Ardones, Luiz Arrieta, Décio Otero, Márica Gidale. Foi diretor artístico do Balé da Cidade de Taubaté-SP, da Companhia de Novo Hamburgo do Rio Grande do Sul –RS e Companhia Sogipa de Porto Alegre – RS.Já teve trabalhos premiados no Canadá, no The great Canadian Dance Challenge em Vancouver. Foi premiado no Dance Power Competition 2006 North Vancouver – BC;

Ernesto GadelhaBailarinos e curador do Festival de Dança Litoral Oeste, Erneto Gadelha é forado em Pedagogia da Dança pelo Instituto de Danças Cênicas da Escola Superiro de Música de Colônia e fez pós-graduação em Dança Contemporânea da Escola Superior Folkang em Essen, ambas na Alemanha. Atuou como bailarino profissional em companhias e grupos de dança do Brasil, Holanda e Alemanha. Ministrou aulas para companhias, teatros e estúdios do Brasil, Holanda e Alemanha, Israel, Costa Rica e Brasil. Como curador, tem no currículo a Bienal Internacional de Dança do Ceará, o Festival de Dança do Recife e o Festival de Dança Litoral Oeste. É curador da Escola de Dança da Vila das Artes e professor em diversas escolas de Fortaleza. Participou em 2009 da Comissão de Seleção do Festival de Dança do Triângulo.

Sigrid NoraPesquisadora , coreógrafa e professora. Doutora(2005) e Mestre(2001) em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP.Integrou o Conselho Nacional de Incentivo a Cultura/ MinC(2006 a 2008).Criou e dirigiu a Cia Municipal e a Escola Preparatória de Dança de Caxias do Sul .Foi Bailarina e diretora do Grupo Raízes(RS). Atualmente é docente na Universidade de Caxias do Sul onde coordena o programa Ciências e Artes do Corpo.Organizadora da coleção HÙMUS e do livro Raízes.

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oA cada edição, os processos que definem a constru-

ção do Festival de Dança do Triângulo estão mais de-mocratizados. O poder público através da Secretaria de Cultura de Uberlândia e a sociedade civil, representada pelos artistas do segmento da dança, cada vez mais trabalhando sobre os mesmos princípios. O que antes parecia um binômio distante, agora se estabelece num mesmo discurso, trazendo para todas as etapas de pro-dução do evento um pensamento coerente com as

mais atualizadas políticas que contornam a produção da dança no país. Instituída em 2008, esta comissão vem atuando efetivamente, legitimando os encaminha-mentos e as decisões do projeto e buscando sempre atender aos anseios comunidade. Viabilizando o desen-volvimento técnico e conceitual do projeto, o trabalho da comissão tem sido um importante instrumento para o fortalecimento do Festival. Em conformidade com o regimento dessa comissão, um dos membros do ano

anterior permanece – Vanilton Lakka – e os outros dois são eleitos pela comunidade. Em março de 2010, em reunião do Fórum Permanente de Dança foram defini-dos os nomes de Fábio Vladimir, Leandro Theodoro como membros titulares e Ketry Furlaneto como su-plente. Juntamente como os representantes da secre-taria de cultura, Flávia Fonseca e Dickson Duarte traba-lham na coordenação do Festival de Dança do Triângulo – 22º edição.

Fábio Vladimir SilvaProfessor, coreógrafo e dançarino, nascido em Uberlândia. Iniciou na Dança de Salão aos 18 anos na Academia Ritmo como dançarino de samba. Aprendeu na prática o que o seu talento já demonstrava . Assim começou a ministrar aulas de samba e pagode, e isto fez com que despertasse o interesse pelos outros

ritmos da Dança de Salão. Desde então, frequentou cursos na cidade de Belo Horizonte Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Florianópolis e Goiânia. A Academia faz este ano 15 anos de profissionalismo e dedicaçãoà dança de salão formando grandes professores,dançarinos, coreografando p/ bandas e duplas sertanejas e de samba, fazendo espetáculos e shows em várias cidades no Brasil.

Leandro TheodoroDiretor, coreógrafo e psicólo-go, atua na dança de salão de Uberlândia e região desde 1997. Participou como bailarino e coreógrafo em várias edições do Festival de Dança do Triângulo, tendo sido contemplado com o prêmio-estímulo na 20ª edição com a coreografia Tango Mirim. É professor e proprietário da Escola de dan-

ça Leandro Theodoro, onde desenvolve pesquisas voltadas para o bem estar e qualidade de vida, utilizando a dança de salão como alicerce. Psicólogo graduado pela UNITRI com especiali-zações em “Psicomotricidade” e “Dança-movimento e Terapia”. Pesquisador corporal e Professor no CAPS – Centro de Atenção Psicossocial desde 2002, foi proponente do projeto “Vem Dançar” e atual Proponente do Projeto “Loucos Pela dança”.

Dickson DuarteDiretor, coreógrafo, artista cênico, graduado em Artes Cênicas pela Universidade Federal de Uberlândia. Mantém linhas de pesquisas ligadas à Performance Art, com foco nas mediações entre Corpo, Dança, Cidade e suas relações com o fazer cênico contemporâneo. Coordenador artístico-peda-

gógico do Festival de Dança do Triângulo desde 2007 e coordenador do Setor de Danças da Secretaria Municipal de Cultura de Uberlândia. Fundador do Coletivo Íntimo Fortuito Dança-Performance, grupo ligado à pesquisa da dança, espaços públicos urbanos e associações performáticas. Fundador e coordenador do projeto TerraCotta Dança AfroContemporânea, ação social ligada à pesquisa e preservação da cultura afro-brasileira, em atividade desde 2009.

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Vanilton LakkaLakka é criador-intérprete premiado pela APCA (2005). Mestrando em Artes no PPGArtes-UFU, bacharel em Ciências Sociais-UFU, membro da RSD (Rede Sudamericana de Danza), compõe o grupo de trabalho: criação e intercâmbio. Apresentou-se e ministrou oficinas no Brasil, Alemanha, Venezuela, Uruguai, Equador,

Peru, Bolívia, Espanha, Suécia, Costa Rica, Cabo Verde e Cuba. Compôs a Comissão de Execução do Festival de Dança do Triângulo nas edições 2009/10. Atualmente mantém carreira solo e desenvolve trabalhos com colaboradores.

Ketry FurlanettoKetry Furlanetto,diretora da Bele Fusco Aziza Escola de Danças,integrante do Dancers South America (DSA), é bailarina de dança do ventre e danças folclóricas árabes. Estudante de Educação Física, estudiosa de

dança do ventre e folclóricas árabes há 8 anos. É formada no curso profissionalizante de Dança do ventre em São Paulo Também se formou em balé clássico, tendo ministrado aulas durante 12 anos. Conta com a participa-ção no corpo docente de sua escola, da professora Adriana Bele Fusco (criadora do DSA). Já fez cursos com os professores renomados do Brasil como: Soraya Zaied, Nasser Mohamed, Lulu Sabongi, Shaide Halim, Renata Lobo e professores internacionais: Karen Barbie (U.S.A.), Djamila (Alemanha), Sharon Kihara (U.S.A.), Mardi Love , Arriellah (U.S.A.), Saida(Argentina), Romina Maluf (Argentina). Foi membro do Conselho Municipal de Cultura e da CAS- e recebeu em 2009, o selo Amigos da Cultura. Participou de grandes festivais e eventos como o Encontro Internacional de Dança do Ventre (S.P.),onde é diretora de palco há 3 anos, e Mercado Persa(S.P.) onde seu grupo conquistou prêmio de terceiro lugar na categoria infantil em 2010.

Flávia FonsecaGraduada em Cinema e TV pelo Centro Universitário do Triângulo (UNITRI); Produtora Cultural e gestora do projeto Circuladança. Fundou e dirigiu o grupo de dança UDIDANÇA – Pesquisa do Movimento, de l998 a 2003. Produtora Local do “Observa-tório da Diversidade Cultural”

em Uberlândia em 2009Assessora Técnica de Projetos da Secretaria Municipal de Cultura de Uberlândia/MGCoordenadora Técnica Executiva do Festival de Dança do Triângulo de 2008 a 2010.

O Festival de Dança do Triângulo consiste em uma ação fundamental para compreender os caminhos que a dança uberlandense tomou. Ele estimulou o surgimento de grupos, companhias, criadores, bailarinos e professores, moldando a face da dança local. O festival é a prova concreta de como uma iniciativa realizada pelo Estado muda a cultura de uma região, assim como reelabora o perfil de uma comunidade. Por esse motivo a elaboração e implementação de políticas públicas merece tanta atenção. Nos últimos dois anos compus a comissão de execução do festival de dança do Triângulo, sendo eleito pelo

fórum de dança. Foi uma chance de contribuir com a sociedade, mas também foi a chance de aprender com um processo democrático e que cada vez está mais maduro. Deixo esse papel convicto da importância de nós cidadãos, participarmos das decisões coletivas e do diálogo entre Estado e sociedade civil.

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A dança por sua característica coletiva, apresenta-se den-tro das artes como um linguagem múltipla e multifacetada. Essa especificidade se verifica pelo fato de que a dança, mesmo nas suas variações mais contemporâneas, tem no corpo o seu principal suporte. Dessa forma, considerar as alternativas de construção dos corpos dançantes é uma questão que cada vez mais aparece como premissa para dança, em suas possibilidades de movimentos e expressão.

Quando se pensa nos processos de formação dos cor-pos dançantes brasileiros é inevitável perceber a forte presença de um signo de “brasilidade” que perpassa mesmo as danças de origem clássica e acadêmica. Nes-se sentido, é fundamental considerar as técnica e estéti-ca da capoeira e sua grande permeabilidade social, por suas possibilidades de interação com esporte, luta e dan-ça. Estes elementos possibilitam profundas contribui-ções para a formação técnico/corporal dos elencos de importantes grupos e companhias de dança de todo o mundo, em diferentes contextos históricos. Mais do que a apropriação técnica, a capoeira aparece, principalmente nas vertentes da dança contemporânea, como uma forte presença estética através da utilização literal ou ressigni-ficada de elementos como o berimbau, os abadás e os cantos, além da movimentação e do vocabulário corporal.

Reconhecendo a Capoeira como uma das mais expres-sivas manifestações de origem afrodescendente e suas apropriações no universo da dança, nessa edição que tem como tema O Corpo Negro e suas Identidades, o Festival

Capoeira: linguagens de um corpo que ginga entre a dança de resistência e a luta pela superação

convida os mais importantes grupos e associações de capoeira de Uberlândia para comporem oficialmente a programação. Em momentos distintos, pretende-se reali-zar três rodas livres, abertas, inclusive, à participação do público. Com essa iniciativa, o Festival também faz um mapeamento de todos os grupos da cidade, além de pro-mover um diálogo entre eles, a fim de se pensar os rumos da capoeira e suas possibilidades de difusão.

Lançamento 27 de out. - quarta - 21hPraça da Igreja Nossa Senhora do Rosário

Abadá Capoeira - Associação Brasileira de Apoio e Desenvolvimento da Arte-CapoeiraRepresentante: Instrutor Sardinha (Atan Gonçalves Sousa)Data de criação do grupo: Rio de Janeiro, criado em 20/08/1988; Uberlândia: criado em fevereiro de1993Endereço da sede: Av. Cesário Crosara, 4187- Uberlândia/MG

Grupo Capoeira Angola Malta Nagoa Representante: Professor Foguinho (César Paulo Silva)Data de criação do grupo: 1996. Endereço da sede: Rua dos Jasmins, 123- Cidade Jardim -Uberlândia/MG

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BMC - Berimbau me chama Representante: Mestrando MORCEGOEndereço da sede: Rua Joaquim Carlos Fonseca, 967 – Santa Mônica - Uberlândia/MG

EncerramentoSabiazinho - Dia 02/11 às 21:30h

Grupo Semente da África Representante: Mestre ANGOLAData de criação do grupo: 26/02/2007 - Endereço da Sede: Rua Cometa,763 -Jardim BrasiliaUberlândia/MG.

Palco Livre 31 de out. - domingo17h - Praça Clarimundo Carneiro

Academia de Capoeira Herança do Cativeiro Representante: Contra-mestre PHANTROData de criação do grupo: 23/02/2003 - Endereço da Sede: Rua Alberto Alves Cabral, 1293 – Bairro Santa Mônica – Uberlândia/MG.

ASCCAP - Associação Cultural de Capoeira Quilombo dos Palmares Representante: Mestre Chocolate Endereço da sede: Rua do Artesão, 138 - Bairro PlanaltoUberlândia/MG

ASCAU - Associação de Capoeira de Uberlândia Representante/Presidente: Mestre MIÚDA Data de criação do grupo: 1972Endereço da sede: Rua Ibiá, 260 – Bairro Oswaldo Resende - Uberlândia/MG

Grupo de Capoeira do Cerrado Representante: Prof.Neto - Data de criação do grupo: 2004Endereço da Sede: Rua Fenícia, 641- Bairro CanãaUberlândia/MG.

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oExposição Roberto Pereira

O Festival de Dança do Triângulo / 22ª edição de 2010 traz a Uberlândia a exposi-ção Roberto Pereira diretamente do 28ª Festival de Dança de Joinville realizado em julho deste ano.

A exposição faz um apanhado da obra deste respeitado crítico e professor de dança que dedicou a carreira a pensar a dança e contribuiu de maneira significativa para a produção de bibliografia para os que se dedicam a esta arte.

Esta é uma homenagem póstuma do Festival de Dança do Triângulo à esta figura marcante no cenário da dança brasileira que por suas várias passagens no festival contribui sobremaneira para o desenvolvimento do projeto.

A exposição está montada no hall de entrada do Sabiazinho e permanece no período de realização do Festival.

Concepção: Aldice Lopes

Roberto PereiraCrítico, pesquisador, professor, curador, doutor em comunicação, mestre em filosofia, idealizador. Esta última vocação talvez seja a que mais defina Roberto Pereira, idealizar e fazer possível. Foi assim que teve uma participação determinante no cenário da dança nacional nos quatro cantos do Brasil, informando, provocando, instigando, produzindo, colaborando, propondo, reunindo, dividindo. Foi um dos idealizadores do Encontro Internacional de Dança e Filosofia (2005-2006); curador do Festival Panorama de Dança (RJ), de 1998 a 2003; teve presença marcante na Bienal de Dança do Ceará; no Festival Internacional de Dança de Recife; no Festival de Londrina (PR); no Seminário Nacional de Dança e Educação (RS); e, no Festival de Dança de Joinville. Neste último, integrou as comissões de júri, o Conselho Artístico (2004 e 2005), idealizou os Seminários de Dança e a Mostra Contemporânea. Entre suas inúmeras publicações estão: Eros Volusia (2004); A Formação do balé brasileiro: nacionalismo e estilização (2003); Giselle, o vôo traduzido (2003); Aldo Lotufo - O Eterno Príncipe (2002) e, ao lado de Silvia Soter, cinco inestimáveis volumes da coleção Lições de Dança.

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Mostra Internacional - 02 de novembroSabiazinho

Como convidados para a programa de encerramento oficial, o Festival de Dança do Triângulo traz em 2010 dois importantes espetáculos internacionais. Estes tra-balhos além de ilustrar as discussões do tema central na perspectiva da dança é um grande oportunidade para o público de conferir espetáculos de grandes dimensões estéticas, conceitais e que traze em seus cernes a ques-tão do corpo e da corporeidade negra em diálogos com elementos e questões da arte contemporânea.

20h Pape Ibrahima Ndiaye (Kaolack) – SenegalEspetáculo: J’accuse! (Eu acuso!)

Release do espetáculoLevantando-se contra o revoltante potencial do coração

humano de torturar e massacrar os inocentes, Pape Ibrahima Ndiaye não consegue aceitar o ensinamento dos livros sagrados : “o homem é o remédio do homem”. Abordando a questão da finalidade humana, J’accuse! (Eu acuso!) oferece um testemunho brilhante: corpos viaja-ram nessa estrada antes de nós; a dança é o sinal de sua passagem e ainda hoje é viva. Esta memória abrangente nos dá o detalhe e o ritmo, ela nos faz colocar nossos

passos nos passos dos passos. Por muito tempo, algo conhecido e indecifrável nos esperou aqui, um projeto imenso e misterioso que envolve retraçar o espaço, o cor-po e o tempo juntos, uma totalidade ausente ou submis-sa, da qual só percebemos os fragmentos e os sinais.

Fotos: Antoine Tempe / Robin GalantCoreografia e interpretação: Pape Ibrahima Ndiaye (Kaolack)Música: Fabrice Boulion la forestProdução: Pape Ibrahima Ndiaye (Kaolack)Cenário: Pape Ibrahima Ndiaye (Kaolack)Iluminação: Heydi HeckwallIdioma: Francês (com legendas em português)Fotos: Antoine Tempe / Robin Galant

Release do bailarinoO dançarino e coreógrafo, Pape Ibrahima Ndiaye, tam-

bém conhecido como Kaolack, foi iniciado na dança con-temporânea com o Passtef Ballet Theatre, em 2000. Ele participou de diversos workshops na Jant Bi École des Sables, com diferentes professores convidados dos Es-tados Unidos, Europa, Japão e áfirca e dançou com a Jant Bi Dance company, dirigida por Germaine Acognie, um ponto de encontro e um lugar de intercâmbio para dançarinos e coreógrafos pertencentes à diáspora Afri-cana e diferentes culturas de todas as partesd o mundo, e que se apresentou em vários paises. Em 2008, ele ganhou o primeiro prêmio por seu trabalho solo no Cho-regraphic Concour Danse Afrique Danse e j’accuse! Rea-lizou uma turnê de seis meses pela Europa e participou de 13 concursos internacionais de dança solo.

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21h Incandescente - Um encontro franco--brasileiro de dança com light painting

Espetáculo de dança contemporânea que utiliza técni-cas e estéticas das danças urbanas – b.boys como es-têncil para o trajeto da luz. A relação com a criação é in-terativa e direta: a ferramenta cabe na bolsa. Marko pode sacá-la e por seus traços em poucos segundos sobre a parte do corpo que lhe chamou a atenção, pre-senteando uma obra pessoal e efêmera.

Artista Grafiteiro UrbanoMarko 93 é uma figura notória do grafite na Île de Fran-

ce, mais precisamente em Seine-Saint-Denis. Membro de vários grandes grupos (3DT, DDF), Marko evolui entre a pichação e o grafite, usando várias disciplinas anexadas: desde 1994, ele inventa o caligrafismo, mistura de cali-grafia árabe “abstrata” e de grafite que ele trabalha lapi-dando em bisel a tampa dos sprays. Em 1999, Marko se interessa pela luz; ele desenvolve a técnica do ligth-pain-ting, o grafismo em 3D e ecológico. Ele substitui suas pistolas por lâmpadas portáteis e gelatinas coloridas. O light-painting permite criar um ambiente novo e artificial, colocando em cena paisagens urbanas, fotos, e objetos, sendo algumas vezes os três ao mesmo tempo.

“O retorno é imediato e interativo. O espaço de dispo-nibilidade da performance livre é multiplicado. Nossas

criações, revelações impalpáveis, põe a luz, o movimento e a forma ao serviço do sonho instantâneo.” Este artista complete viajou bastante pelo mundo (Ásia,Europa do leste), tirando das suas viagens uma inspiração fértil.”

Artistas: Marko93, Cyrille Brissot, Wagner e JP (b.boys)

Currículo Marko 93Artista grafiteiro Marko 93 contribui para a integração

das artes urbanas na dinâmica da arte contemporânea. Desde 1988 dedica-se ao Grafite – sobe a forte influên-

cia dos estilos americanos. Até os anos 90, ele aguça sua técnica : letragens, personagens realistas e char-ges. Os grafites de Marko são indissociáveis das pare-des de sua cidade. Em 1999, Marko começa a explorar o universo do light-painting: é o início da Future School. Associações com o body-painting e o body-writing, agre-garam contribuições a sua técnica que depois é adapta-da a linguagem do vídeo.

Como autêntico artisita do Hip hop, Marko 93 guardou a marca das influências deste movimento. Hoje, vinte anos depois, ele é um artista bem ancorado na sua época: polivalente com traços artísticos poliglotas, está sempre em busca de novos campos de aplicação, usando a luz e seus efeitos como ponte entre o corpo e a tecnologia.

Ficha técnicaConcepção e criação: Marko93 – Light Painter - FrançaCriação Musical: Cyrille Brissot – França.Bailarinos: Wagner José de Faria e João Paulo Félix da Cruz – Rio de Janeiro/Brasil.Direção de Arte: Daniel Solis - Espanha

21h30 - Roda livre de Capoeira

UNAC – União Amigos da Capoeira

Grupo Semente da África| Mestre Angola

Academia de Capoeira Herança do Cativeiro | Contra--mestre Phantro

Grupo de Capoeira do Cerrado| Professor Neto

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Secretaria de Cultura Coordenação geral Mônica Debs Diniz

Coordenação técnica executivo Flávia Fonseca Campos

Coordenação artística e pedagógica Dcikson Duare Pires

Auxiliar grupos profissionais Aryadne Cristiny de Oliveira Amâncio

Coordenação seminário pedagógico Elaine Corsi

Assessoria executiva Lúcia Helena Teodoro

Coordenação grupos profissionais Débora Brancalhão de Souza

Programação visual Disney Wagner Moraes Torbitoni

Assessoria financeira Kelen Matias de Carvalho Cruz

Documentação financeira Ana Maria Rodrigues de Sousa

Coordenação técnica geral Bruno Rodrigues Santos

Assessoria jurídica Leciane Leandra Medeiros

Assessoria Maria José Moreira de Oliveira Torres

Revisão de textos Maria Beatriz Ramos Costa

Sabiazinho Secretaria Alessandra Aparecida Lúcia Pereira

Ivonete Terezinha Camargos Martins

Divulgação Ana Cláudia Costa Souza Oliveira

Maria Aparecida Rocha Perfeito

Secretaria de Comunicação - SECOM

Locução Fernando Prado

Daiane Castro Silva

Pessoal e transporte Lidiane Marques da Costa

Transporte Rosana Borges Kawaguici Fernandes

Bilheteria Anália Pereira de Carvalho

Leandro Aparecido Cláudio

Tiago de Paula Pereira

Washington Luiz dos Santos

Recepção Célia Guirelli Borges de Freitas

Flávia Arantes

Nathalia Ayumi Prado Kaminici

Laura Reis

Mirella Olicio Guimarães

Iane Christina Alves Rodrigues da Silva

Portaria Alan Kardec de Souza

Celso Aparecido de Brito

Abraão Cardoso de Oliveira

Walter Rosa de Andrade

Palco Rosane Malagoni Marquez

Maria Dulce Barbosa Borges Faria

Cronometragem e ensaio Belchiene da Silva

Portaria – bailarinos Fausta Cristina Alves

Marlene Ignês Centenaro

Juraciara Rezende Oliveira

Cabine técnica José Carlos Batista

Diretoria Técnica Heitor Paparotto Neto

Sérgio Chaves Spini

Antônio Aureliano Dutra

Gilberto Cândido Evaristo

Hermes Quirino da Silva Júnior

Rogério Barros da Silva

Marcelo Felizardo Rodrigues

Cleiton Ricardo Ferreira de Araújo

Gilberto Nunes Moreira

Carlos Wesley da Silva

Carlos Alexandre de Jesus

Leonardo Jesus de Farias

Rubens Olavo da Silva

Jessé Rodrigues Pereira

Cabine jurados e secretaria executiva Ludmila da Costa Lobo

Nisia Maria Teresa Salles

Yone Corrêa de Araújo

Maria José de Oliveira Ribeiro

Roteiro João Virmondes Alves Simões

Marcos Henrique Silva

Camarins Clene de Leles Pereira

Leidiany Reis Guedes

Osmair Marcelino Costa

Marcel Henrique Lira Espíndola Duarte

Contra regra Agnelo Felício da Silva

José Lourenço Rodrigues Silva

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teLimpeza de palco Sônia Maria Gomes

Sabiazinho Eliana Ferreira da Silva

Limpeza geral Ilenilda Aparecida de Assis

Silvana Alves da Silva Freitas

Gleine Aparecida de Oliveira Silva

Amaury Aparecido Valadares Ramos

Motoristas Adriano Bernardes de Freitas

Paulo Alves de Souza

Cleverson Crisante Boaventura

Marcelo Lúcio Souza

Márcio Konstantino Dias

Ivânia Lourenço de Oliveira

Sidanildo Rosário de Oliveira

Auxiliar Carlos Henrique da Silva

Palco Livre Coordenação Rosa Maria Marra Dias

Equipe Cesar Ribeiro

Valéria Silva

Gabriel Rimoldi de Lima

Thais Medeiros Floriano

Flávia Roberta Diamantino Dutra

Lusia Joana Basilio

Locução Carlos Silva de Sousa

Lucas Nascimento

Técnica Cássio Murilo dos Santos

José Antônio de Freitas

Robson Marcos Silva

Walter Garcia de Sales

Jorge Omar Gomes da Silva

Eduardo Alves dos Reis

Luiz Carlos Minaré

Teatro Rondon Teatro Rondon Emerson José Brasileiro

Beatriz da Conceição Lima

Lusia Joana Basílio

Claudia Sara Santos

Mariana Vitaliano Faria

Fabiana da Silveira Calábria

Denyson Messias Andrade Almeida

Luciano Gonçalves Ferreira

João Carlos Baptista de Paula

Wladimir Dias Monteiro

Marcelo Garcia Silva

João Luis Sobrinho

Cledison José Duarte

Luiz Carlos da Silva Júnior

Oficina Cultural Receptivo Maria Regina Ribeiro Gonçalves

Denise Vieira Alves Martins

Dayse Bruna Gonzaga de Oliveira

Interprete/Francês Sônia Sejour

Clara Rodrigues Couto

Oficina Cultural Vera Lúcia Santos Vilela

Joana Dárc da Silva Borges

Heloisa Helena Costa Rodrigues da Cunha

José Humberto de Oliveira

Vânia Leila Alves Ferreira

Andréia Fernandes

Deuswilton Ribeiro Silva

Elias Rodrigues da Silva

Maria de Lourdes da Silva

Nizia Maria Batista Alves

Zenilda Ferreira da Silva Mendes

Selma das Virgens Idelfonso

João Eduardo Laborão de Souza

Casa da Cultura Casa da Cultura Alice Marta Barbosa Teodoro

Ivone de Oliveira Gomes Ribeiro

Rojeane Soares de Lima

Virgínia Lúcia Dutra

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27/10 - 18h30 • Praça da Igreja Nossa Senhora do Rosário27/10 - 22h • Sessão Maldita • Teatro Rondon Pacheco (Classificação 16 anos)

28/10 - 17h30 • Mostra Infantil • Teatro Rondon Pacheco28 e 29/10 - 20h • Espetáculos de Abertura • Sabiazinho28/10 a 01/11 - 16h • Palcos Livres • Vários locais30/10 a 01/11 - 16h • Mostra Profissional • Vários locais30/10 a 01/11 - 20h • Mostra Profissional e Amadora • Sabiazinho02/11 – 20h • Espetáculos de Encerramento • Sabiazinho

programação27/out. a 02/nov./10 • Uberlândia • MG

Realização

Patrocínio Apoio

Entrada para os espetáculos no Sabiazinho: 1 litro de leite longa vida Inscrições para atividades do Seminário Pedagógico: 25 a 29/10Oficina Cultural: (34) 3231 8608 / 3239 2450 / 3219 4923