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ANO VI . Nº 23 . DISTRIBUIÇÃO GRATUITA . VENDA PROIBIDA VALE SE FOR CHIQUE: ALFAIATARIA, SILHUETAS MARCADAS, GOLAS ESTRUTURADAS E XADREZ AQUECEM A MODA INVERNO D DUNAS, FOCAS, DESERTO: VASTAS EMOÇÕES NA NAMÍBIA D ESTILO SOBRE A RELVA: ARSENAL PARA PIQUENIQUE REVISTA DO PARKSHOPPING ANO VI - Nº 23 EVENTO REÚNE TOPS NAS PASSARELAS MAIS DE 70 MARCAS MOSTRAM OS HITS DO FRIO EM MIL LOOKS

Revista ParkShopping

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Revista de moda e comportamento para o ParkShopping Brasília

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Page 1: Revista ParkShopping

PARKFASHIONCLARO

ESPECIAL

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EFEITOEFEITOEFEITOVALE SE FOR CHIQUE: ALFAIATARIA, SILHUETAS MARCADAS,

GOLAS ESTRUTURADAS E XADREZ AQUECEM A MODA INVERNOVALE SE FOR CHIQUE:VALE SE FOR CHIQUE: ALFAIATARIA, SILHUETAS MARCADAS, ALFAIATARIA, SILHUETAS MARCADAS,

GOLAS ESTRUTURADAS E XADREZ AQUECEM A MODA INVERNOGOLAS ESTRUTURADAS E XADREZ AQUECEM A MODA INVERNO

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D DUNAS, FOCAS, DESERTO: VASTAS EMOÇÕES NA NAMÍBIA D ESTILO SOBRE A RELVA: ARSENAL PARA PIQUENIQUE

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VI -

Nº 2

3

EVENTO REÚNE TOPS NAS

PASSARELAS

MAIS DE 70 MARCAS MOSTRAM OSHITS DO FRIO

EM MIL LOOKS

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Page 2: Revista ParkShopping

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CARTADOEDITOR

No século passado (aquele que acabou outro dia), a palavra viagem ganhou um sentido mais amplo

do que arrumar as malas e pôr o pé na estrada (no trem ou no avião). Uma pessoa, de lá para cá, viaja

em uma ideia e dela tira grandes lições. Ou pequenas, vá lá. Pode também viajar na maionese e trans-

formar um fato burocrático em um furacão inovador. Nesta edição, o que não faltou foi viagem. Das

mais tradicionais às revolucionárias.

Nos desfi les do Claro ParkFashion, foi proibido fi car com os pés no chão. Todo mundo voou

feliz e em conjunto. A coordenação do espetáculo no shopping – com Marcelo Martins na supe-

rintendência, Cilene Vieira na gerência de marketing e sua brava equipe – deu o visto libertador

no passaporte de mais de 700 convidados que compareceram para ver a excursão sideral da tru-

pe da produção: Jackson Araujo (curadoria), Reginaldo Fonseca (direção executiva), Daniel Ueda

(styling), André Veloso (beleza), Roberto Camacho (cenografi a) e Nelson Moraes (iluminação

e som). Juntos, eles transformaram uma tenda em uma espaçonave, que fez a plateia delirar em

mais de mil looks de outono-inverno 2009.

Da revista, o fotógrafo Welison Calandria, com o olhar treinado de Ueda, mandou bem na

foto de capa da modelo Renata Klem. A produtora Anabelle Mota cuidou também com Calan-

dria das fotos do piquenique e da moda infantil – esta, aliás, teve o auxílio luxuoso das ilustra-

ções da artista plástica e estilista Rita Wainer. E na redação, para cobrir e desenhar toda essa

reportagem, tivemos uma equipe acostumada a voar e também a recolher e organizar ideias

voadoras. A editora Rosane Aubin reuniu todas as pontas deste balão de talentos para trazê-lo

a uma coerência editorial terrena.

Eu, enfi m, também viajei – para a Namíbia, um país lindo que evoca nossos elos perdidos ao

preservar a vida em vastos espaços sem limites. Esta foto aí de cima sou eu na versão Namíbia.

Agora, só falta você – boa viagem nesta edição.

QUE VIAGEM!

Mariella Lazaretti blog: http://mariellalazaretti.zip.net

COLABORADORES

WelisonCalandria: pé na estrada e

foco na moda

Anabelle Mota: bom gosto e

delicadeza na bagagem

Rita Wainer: um passeio lúdico e

criativo pela arte

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Page 5: Revista ParkShopping

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Page 6: Revista ParkShopping

é uma publi ca ção do ParkShoppingSuperintendente – Marcelo Martins

Gerente de Marketing – Cilene Alves VieiraMultiplan – Gestão de Shopping CentersDiretor-superintendente – Eduardo Novaes

Diretora Responsável – Mariella LazarettiRua Andrade Fernandes, 283

CEP 05449-050 – São Paulo-SP Tel/fax (11) 3023-5509

E-mail: parks hop [email protected]

Projeto Editorial – 4 Capas Editora

R E D A Ç Ã O Direção de Arte – Fábio Santos e Nina Franco

Assistente de Arte – Eduardo GaldieriEditora – Rosane Aubin

Repórter – Ana Paula Kuntz

Colaboraram nesta edi ção: Texto – Dalila Góes, Mariza de Macedo-Soares

e Sergio Crusco Fotos – Eduardo Rezende, FotoForum,Ricardo D´Angelo e Welison Calandria

Revisão – Gil Nunes

Produção de Moda e ProdutosAnabelle Motta e Drica Cruz

P U B L I C I DA D EDiretor Comercial – Georges Schnyder

Brasília: Solução Publicidade e Marketing Ltda., com Beth Araújo. SRTV Sul, Quadra 701, Bloco K,

Edifício Embassy Tower, 6o andar – sala 623Tel. (61) 3226-2218 – [email protected]

São Paulo: Auxi Araújo

Jornalista Responsável – Mariella Lazaretti (MTb 15.457)

I M PR E SSÃOPlural Editora Gráfica

Av. Marco Penteado Ulhôa Rodrigues, 700 – CEP 06500-000Tamboré – Santana do Parnaíba, SP / Tel. (11) 4152-9446

A Revis ta do ParkShopping é uma publi ca ção dis tri buí da exclu si va men te pelo ParkShopping. Dúvidas, crí ti cas esuges tões pelo e-mail mar ke ting@parks hop ping.com.br

A revis ta não se res pon sa bi li za pelos con cei tos emi ti dos nos arti gos assi na dos. As pes soas não lis ta das no expe dien te não

estão auto ri za das a falar em nome da revis ta ou a reti rarqual quer tipo de mate rial sem pré via auto ri za ção emi ti da pela

reda ção ou pelo depar ta men to de mar ke ting do ParkShopping. Os preços citados nesta edição estão sujeitos

a alterações sem aviso prévio, bem como osestoques dos produtos são limitados.

EXPEDIENTEB R A S Í L I A

Marcelo MartinsSuperintendente do ParkShopping

PELOSCORREDORES

O entusiasmo com que encerramos 2008 prometia um 2009

de boas-novas. E, no primeiro trimestre do ano, já pudemos

comprovar que os negócios no ParkShopping estão mesmo a

todo vapor – ainda que estejamos preparando nossas vitrines

para a mais fria das estações.

A realização do Claro ParkFashion – que nesta quinta edição

apareceu ampliado, com mais um dia de desfi le – foi novamente

um enorme sucesso, com a presença de 15 mil visitantes, a exibição

de cerca de mil looks de outono-inverno apresentados por mais de

70 marcas e a participação de modelos de renome internacional,

como Renata Klem, Mariana Weickert, Marcelle Bittar, Daniela Sa-

rahyba, Sebastian Raurell e Alexandre Verga. Evidenciando ainda

mais o prestígio do ParkShopping no circuito fashion, o evento

teve, ainda, palestra de Gloria Kalil, ofi cina com Karlla Girotto e

exposição da estilista e artista plástica Rita Wainer.

O lançamento de uma ala completamente nova, que contou

com a chegada de marcas inéditas na cidade, e as reformas

realizadas no ano passado terão continuidade com a inaugu-

ração de mais de 80 lojas.

Tudo está sendo preparado para que no segundo semestre os nos-

sos clientes tenham à disposição um shopping ainda melhor, com a

inauguração da segunda etapa da expansão do ParkShopping, que

faz valer cada vez mais a escolha do tema de sua campanha institu-

cional deste ano. O de ser um shopping “Completo pra você”.

UM INVERNO PROMISSOR

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sumário REVISTA DO PARKSHOPPING * ANO VI * NÚMERO 23

56

58

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90

96

98

PSIUObras-primas russas, hotel de cores exuberantes e saltos poderosos

PARAGENSSurpresas por água, ar e terra na Namíbia

PERSONAA trajetória da elegante Gloria Kalil

COMPRASDiversão e estilo sobre a relva

PESSOAL E INTRANSFERÍVELHumor do G7 conquista o eixo Rio-São Paulo

FOTO DE CAPAFoto: Welison CalandriaStyling: Daniel UedaBlusa, saia e acessório Cori

10

16

34

38

42

PRAZER À MESATerroir chileno produz vinhos finos

CLARO PARKFASHIONTops internacionais, celebridades, anônimos e muitos convidados especiais prestigiam evento de moda

CADERNO PARKSHOPPING Reformas nas lojas e ex-aeromoça que virou gerente

BEM PENSADOAmores, ironias e ousadias de Chanel inspiram filme e livro

PARKPRESSBastidores e musas do Claro ParkFashion

POST-SCRIPTUMA reproclamação da República

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Page 9: Revista ParkShopping

sumário

4216 58

24Moda xadrez

> Xeque-mate em elegância

46Moda hits de inverno> Os looks que vão elevar a temperatura

10

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m o d a * a r t e * c o m p o r t a m e n t o

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Page 11: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 11

Enquanto em Paris os surrealistas subvertiam as artes e o comportamen-

to, na Rússia um movimento de semelhante teor abalava as estruturas

tradicionais do país dos czares. Era a chamada vanguarda russa, que deu o

pontapé inicial da arte abstrata, com obras de Vassily Kandinski, e instituiu

o rigor geométrico nas artes. Uma exposição em cartaz até dia 7 de junho

nas salas 1 e 2 do Centro Cultural Banco do Brasil traz 123 obras desse mo-

vimento cultural, ocorrido entre as décadas de 1890 e 1930. Obras raras como

Promenade, de Marc Chagall, e três pinturas de Maliévitch que representam

uma cruz, um quadrado e um círculo negros sobre fundo branco estão entre

as mais importantes. “Pela primeira vez essas obras poderão ser vistas jun-

tas no Brasil”, diz Rodolfo de Athayde, produtor da exposição.

arte

exposiçÃo traz a mais completa e significativa mostrajá realizada no Brasil com oBras da vanguarda da rússia

Desembarque russo

Na outra página, Promenade, de

Marc Chagall; aqui, Cabeça de

Camponês, de Maliévitch; acima,

Barbeiro, de Larionov; e, à

direita, Inverno, de Goncharova

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Page 12: Revista ParkShopping

12 PAR K S H O P P I N G

UMA NOVA GERAÇÃO DE COMPUTADORES ULTRALEVES E PEQUENOS PERMITE QUE O USUÁRIO REALIZE TAREFAS ONDE QUER QUE ESTEJA

Tamanho não é documento, mas é um bom ar-

gumento quando se trata da portabilidade de

produtos eletrônicos. No universo dos computa-

dores, pequeninas novidades estão chegando ao

mercado neste ano. Uma delas é o Adamo,

notebook, da Dell, que detém o título de mais fino

do mundo, com um corpinho de apenas 1,65 centí-

metro de espessura e tela de 13,4 polegadas. Na

família dos netbooks – que são minilaptops, de-

senvolvidos para ter um bom desempenho nas ta-

refas mais simples –, um dos mais importantes

lançamentos é o Vaio P530, da Sony. Campeão da

categoria peso pena, com 620 gramas, ele tem 2

centímetros de espessura e sua tela mede 8 pole-

gadas. A HP também criou novos integrantes na

sua família de nanicos. Sucessor do modelo 2311,

o HP Mini 1000 chega cheio de estilo. Tanto a ver-

são pretinho básico quanto a vermelha fashion,

desenhada pela estilista chinesa Vivianne Tam,

possuem 2,5 centímetros de espessura e têm tela

de 9 polegadas, mas são um pouco mais pesados,

com 1,13 quilo. Apesar do tamanho reduzido, to-

dos são equipados com alguns recursos e siste-

mas de conexão, como câmeras e microfones in-

tegrados, redes Bluetooth e Wi-Fi, e portas USB e

HDMI, e já vêm com pelo menos 2 GB de memória.

Não foi por acaso que, para valorizar os contor-

nos esbeltos dos equipamentos, os três fabrican-

tes apostaram em campanhas charmosas estre-

ladas por mulheres de silhueta slim.

Adamo, de 1,81 quilo: disponível em preto e cinza

são pretinho básico quanto a vermelha fashion,

desenhada pela estilista chinesa Vivianne Tam,

possuem 2,5 centímetros de espessura e têm tela

de 9 polegadas, mas são um pouco mais pesados,

com 1,13 quilo. Apesar do tamanho reduzido, to-

dos são equipados com alguns recursos e siste-

mas de conexão, como câmeras e microfones in-

tegrados, redes Bluetooth e Wi-Fi, e portas USB e

HDMI, e já vêm com pelo menos 2 GB de memória.

Não foi por acaso que, para valorizar os contor-

nos esbeltos dos equipamentos, os três fabrican-

tes apostaram em campanhas charmosas estre-

ladas por mulheres de silhueta slim.

Adamo, de 1,81 quilo: disponível em preto e cinzaem preto e cinza

Adamo, de 1,81 quilo: disponível em preto e cinza

Adamo, de 1,81 quilo: disponível em preto e cinza

HP: vermelho fashion e preto

em 1,13 quilo

Sony Vaio:preto brilhante

de apenas620 gramas

UMA NOVA GERAÇÃO DE

620 gramas

Compactos e espertosCOMPUTA

DORES

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Page 13: Revista ParkShopping

PAR K S H O P P I N G 13

D ominar o jogo de xadrez é uma arte. E não apenas em nível intelectual.

Conceber tabuleiros com estilo e criatividade é um desafio que vem sedu-

zindo artistas renomados como o inglês Damien Hirst, cujas obras estão entre

as mais bem cotadas do mercado atualmente. São tantas versões inusitadas

que o museu islandês Artmuseum reuniu 15 exemplares para lá de ousados na

mostra The Art of Chess. O de Hirst, por exemplo, faz uma crítica à indústria

farmacêutica usando potes de remédio no lugar das peças – de um lado, são

de vidro; do outro, de prata. Seus conterrâneos Jake e Dinos Chapman visuali-

zaram a batalha sendo disputada por adolescentes pós-apocalípticos –

brancos de cabelo rastafári contra negros de black power – que duelam

sobre um tabuleiro estampado com crânios. Na interpretação do italiano

Maurizio Cattelan, a briga é do bem contra o mal. De um lado, Adolf Hitler,

no papel de rei, faz par com Cruela Cruel. Vale notar que a estilista Dona-

tella Versace está entre seus peões. Os combatentes bonzinhos são perso-

nificados por Martin Luther King, Madre Teresa e Super-Homem, entre ou-

tros. Intitulado Orgânico Amórfico, o trabalho do inglês Alastair Mackie foi

influenciado pela coleção de âmbar do Departamento de Paleontologia

do Museu de História Natural de Londres, com insetos encapsulados.

A oposição é travada entre animais rasteiros, sob o reinado do escorpião,

e animais alados, liderados por uma vespa exótica.

JOGOS DE XADREZ INUSITADOS TRAZEM HITLER NO LUGAR DO REI E EMBATE ENTRE ADOLESCENTES NEGROS E BRANCOS

Pequeno e tagarela

A Apple acaba de lançar o me-

nor tocador de música do

mundo. Com quase a metade do

tamanho do modelo anterior, a

terceira geração do iPod shuffle,

de 4 GB, tem capacidade para

armazenar até mil músicas e é

menor que uma pilha AA. E o

aparelhinho também fala com o

dono: a tecnologia VoiceOver

permite que este pequeno notá-

vel diga o nome das músicas e

dos artistas e passe informa-

ções como o tempo restante da

bateria. O português, com sota-

que ibérico, é apenas um dos 14

idiomas do iPod poliglota. Ou-

tras novidades são a possibilida-

de de montar listas de reprodu-

ção (que os outros aparelhos

tipo shuffle, de reprodução

aleatória, não permitiam) e a

disposição dos controles

no fio do fone de ouvi-

do, além do clipe de

aço acoplado que

pode ser usado

para prender

o iPod na

roupa.

APPLE LANÇA MENOR

TOCADOR DE MÚSICA DO

MUNDO

Duelo de criatividadeDESIGN

TECNOLO

GIA

Pequeno e Compactos e espertos

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14 PAR K S H O P P I N G

De um salto...OS SAPATOS SUBIRAM DE NÍVEL EM ALTURA, FORMATO E MATERIAL. NESTE INVERNO, ESCALE O SEU

Atemporada de inverno no Hemisfério Norte já

havia antecipado – as elegantes todas desfila-

ram encarapitadas em saltos estratosféricos – e as

coleções das marcas nacionais e importadas vendi-

das no Brasil comprovam: a estação mais fria do

ano será uma festa para as baixinhas. A sandália em

formato de bota que a Colcci desfilou na São Paulo

Fashion Week é a mais perfeita tradução dessa ten-

dência, must entre as frequentadoras das semanas

de moda em Paris, Milão e Nova York e registradas

nos cliques do blog The Sartorialist (http://thesarto-

rialist.blogspot.com). Conheça um pouco a história

dessa verdadeira arma de sedução feminina...

Os saltos através do tempo

O salto Luís XV, usado na corte francesa e largo na base, era sinônimo de elegância. É usado até hoje

Os modelos franceses proporcionavam apoio, mas a frente do sapato, virada para cima, deixava o andar feminino para lá de desajeitado

Tortura inglesa: o Cromwell, com 13 cm de altura, fazia a mulher cambalear e usar bengala. Como não tinha a praticidade necessária para ser usado pelas classes operárias, virou símbolo de privilégio

O sapato Bally, com salto de baquelita salpicada de pedras de imitação, evidencia uma época de muito enfeite e luxo

O salto stiletto, criação que Salvatore Ferragamo (autor deste modelo), Albanese de Roma e Dal Có disputam, é um marco da moda

“Se chegar mais perto, eu salto”, dizia uma personagem de HQ nos anos 70, empoleirada em suas plataformas. A década popularizou o modelo

O salto Luís XV, usado na corte

Os modelos franceses

Tortura inglesa: o Cromwell, com 13 Tortura inglesa: o Cromwell, com 13 Tortura inglesa: o Cromwell, com 13 Tortura inglesa: o Cromwell, com 13

O sapato Bally, com salto O sapato Bally, com salto O sapato Bally, com salto O sapato Bally, com salto O sapato Bally, com salto

O salto stiletto, criação que O salto stiletto, criação que O salto stiletto, criação que O salto stiletto, criação que

“Se chegar mais perto, eu “Se chegar mais perto, eu

Os modelos franceses

Tortura inglesa: o Cromwell, com 13

O sapato Bally, com salto

O salto stiletto, criação que

“Se chegar mais perto, eu

O salto Luís XV, usado na corte

MODA

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Page 15: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 15

Listado entre os três melhores hotéis do mundo

em design, em 2009, pela Condé Nast Traveller,

uma das mais importantes publicações de turismo

do mundo, o Hotel G é praticamente uma obra de ar-

te em cada detalhe. Localizado na vibrante e char-

mosa Galway, na Irlanda, o spa-hotel tem design de

Philip Treacy, aquele mesmo que cria os chapéus

malucos usados pela stylist inglesa Isabella Blow.

Pois o artista conseguiu criar ambientes que aliam a

sua delirante criatividade ao luxo e ao conforto, ten-

do como referências o glamour hollywoodiano e a

No restaurante, a difícil arte de combinar um verdadeiro carnaval de cores e estilos; abaixo, o spa, o Grand Salon, a fachada e a sala de chá pink

Os saltos através do tempo

O salto Luís XV, usado na corte francesa e largo na base, era sinônimo de elegância. É usado até hoje

Os modelos franceses proporcionavam apoio, mas a frente do sapato, virada para cima, deixava o andar feminino para lá de desajeitado

Tortura inglesa: o Cromwell, com 13 cm de altura, fazia a mulher cambalear e usar bengala. Como não tinha a praticidade necessária para ser usado pelas classes operárias, virou símbolo de privilégio

O sapato Bally, com salto de baquelita salpicada de pedras de imitação, evidencia uma época de muito enfeite e luxo

O salto stiletto, criação que Salvatore Ferragamo (autor deste modelo), Albanese de Roma e Dal Có disputam, é um marco da moda

“Se chegar mais perto, eu salto”, dizia uma personagem de HQ nos anos 70, empoleirada em suas plataformas. A década popularizou o modelo

Design de ouroviagem

atmosfera da exótica costa irlandesa. Uma sala de

chá com predominância de tons pink, um grande sa-

lão que lembra as conchas do mar e a recepção em

preto são a verdadeira prova de que a tradição e as

ousadias contemporâneas podem resultar em am-

bientes inovadores e culturalmente ricos. O restau-

rante, comandado pelo premiado chef Stefan Matz,

é uma explosão de cores, com cadeiras de vários

tons e banquetas de veludo roxo. Isso sem falar nas

suítes: com decoração diferenciada, cada uma delas

reserva surpresas aos visitantes.

destacado na gold list da reconhecida condé nast traveller, o hotel g combina cores fortes, luxo e sensualidade

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Page 16: Revista ParkShopping

NAMÍBIA

16 PAR K S H O P P I N G

NAMÍBIA

Namíbia,

em vastas emoções

Nem vastas emoções

Namem vastas emoções

amíbem vastas emoçõesíbiem vastas emoçõesiaem vastas emoçõesa

Deserto, mar, d

unas, tribos, animais selvagens em paisagens abertas...

Um país que nos mostra um mundo ancestral e intocado

> P O R M A R I E L L A L A Z A R E T T I

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Page 17: Revista ParkShopping

PAR K S H O P P I N G 17

,

Deserto, mar, d

unas, tribos, animais selvagens em paisagens abertas...

Um país que nos mostra um mundo ancestral e intocado

Paisagem vista da subida da duna 45, em

Sossusvlei

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Page 18: Revista ParkShopping

Namíbia é um país com 2 mi-

lhões de pessoas e 1 milhão de

focas. Sim, focas. Na África. E

isso é só o começo das surpre-

sas desta viagem. Espere até

eu chegar ao mahangu. Quer

encarar um? Quem falou em

mahangu foi nosso guia, Siyepo Dias,

um fanfarrão que, ao ser questionado sobre

o que viria a ser o dito-cujo, me encarou por trás dos

óculos quadrados e respondeu com a síntese que lógicas

ululantes exigem: – Mahangu é mahangu. Ora!

Embora tenha sido apresentada ao mahangu apenas

no penúltimo dia de viagem executada em tempo re-

corde por terra, ar e rio, lutei como pude para obter de

Siyepo Dias algo menos lacônico. Mahangu tem olhos? É

verde? Respira, tem raízes? E ele, nascido em uma tribo

na região de Rundu, fronteira com Angola, e capaz

de arranjos semânticos da língua portuguesa que dis-

punham sempre de verbos, às vezes de adjetivos, mas

jamais de preposições, respondia: – Mahangu tem muito.

Lá. Nós pega. Assim. Põe lá.

E com essa enormidade de informações me despedi

de Siyepo em terra (para reencontrá-lo no fim da jor-

nada) e embarquei no avião bimotor que cuidaria de

nos propiciar uma viagem inesquecível de 2.000 qui-

lômetros pelos recantos mais surpreendentes daque-

le país e de nosso planeta. De modo que não custará

muito a você, leitor, enfrentar algumas linhas para

descobrir o que significa efetivamente “encarar um

mahangu”. Antes, vamos por partes.

Até chegar a Windhoek, a capital da Namíbia, eu mal

sabia para onde ia de verdade. Minha bagagem tinha de

namíbia

18 par k s h o p p i n g

No alto, mulher ecriança himbas. Ao la-

do, a paisagem impres-sionante de Deadvalley

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Page 19: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 19

tudo, inclusive um pavor ancestral de carrapato-estrela

e malária. Assim, na linha do vexame de Lula, que na

mesma Windhoek afirmou que “ali nem parecia África”,

eu, com o cuidado de não dizer isso num microfone, me

surpreendi com ruas limpíssimas, pouquíssimos insetos,

banheiros impecáveis e a informação segura de que toda

a água da Namíbia é tratada. O.k., estamos falando de um

país composto de 70% de deserto – o maior, mais impres-

sionante e mais seco do planeta – e 2 milhões de habitan-

tes, mas, sem dúvida, trata-se de uma joia da África.

O maior trunfo da Namíbia cabe ao fato de a natureza

ali não ter mudado muito desde a entrada na Idade do

Fogo, quando bambis saltitavam, negras nuas acendiam

gravetos e besouros se enterravam na areia em busca

de clima ameno. Boa parte de quase tudo está intacta.

Ou quase. A capital tem 600 mil habitantes que prati-

camente se conhecem pelos apelidos de infância. E olha

que nome difícil não falta – a colonização foi alemã, o

idioma oficial é o inglês, o popular é o africânder e cada

tribo mantém sua língua oriunda da idade da pedra.

Até 1990 a África do Sul dominava o país, tendo esten-

dido para lá o pavoroso regime apartheid. Hoje, o gover-

no é negro e democrático. As paisagens da Namíbia são

fascinantes e fazem você crer, ao longo de um dia de voos

e caminhadas, que alguém colocou algum tipo de ácido

No alto,rinoceronte atravessa a pista, mãe

zebra e filhote passeiam na

savana. Acima à esquerda, as

tendas doKulala Lodge.

No centro, o acampamento

Kundum; e acima o

rancho de refeições

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Page 20: Revista ParkShopping

20 par k s h o p p i n g

No alto, fotoaérea do Deserto da Namíbia. Acima, anamibenseCindel e os três idiomas para a palavra loja. Ao lado, a planta Welwistchia; e as mulheres da tribo herero

no seu café da manhã. Afora isso, as

inúmeras tribos – os bushmen, os he-

reros com chapéu de peixe-martelo,

os himbas, cujas mulheres andam

nuas e se pintam de tinta vermelha

com muitos adornos – ainda vivem

em ocas. Embora sejam obrigados

a enviar crianças para as escolas

(quando há, no meio do nada), a vida

da maioria segue sob as próprias re-

gras de seu povo. Elas convivem com

os animais, que convivem com os hu-

manos, que lutam igualmente para

sobreviver na savana e no deserto.

As distâncias na Namíbia são

enormes e algumas só podem ser al-

cançadas de avião. Um fly safári pos-

sibilita conhecer tribos afastadas de

tudo e paisagens impossíveis de ser

vistas em sua plenitude se não do

alto. O ideal, no entanto, é fazer algo

misto – parte em terra, parte pelo ar.

Ver um rinoceronte atravessar a pis-

ta a sua frente ou sentir a lufada de uma disparada de zebras é algo que cala

no fundo de nosso código genético de Lucy.

Por isso, do aeroporto de Windhoek seguimos de carro por três horas para o

sul, até a região de Kalahari. É uma área de elefantes e onde vive a maior parte

dos 35 mil indivíduos da tribo san ou bushman – aquele povo retratado no

filme Os Deuses Devem Estar Loucos, que ainda vivem da caça e pesca . Nosso obje-

tivo era chegar a Sossusvlei – o cartão-postal da Namíbia –, e em seguida tomar

os aviões para partir para as vastas paisagens.

Na estrada, antílopes, impalas e girafas nos encaravam com curiosidade. Embo-

ra o costume local por gerações tenha sido comer animais que saltavam na frigidei-

ra sem que os nativos se esforçassem demais (em números gerais, há mais animais

que gente) , a Namíbia tem um comprometimento de preservação ambiental pre-

visto em sua constituição. Os animais não têm medo dos homens. Hoje os bichos

que eram parte da cadeia alimentar são designados genericamente de meat game

(carne de caça) e criados para abate. Toda vez que vinha um prato de meat game,

tentávamos descobrir o que estávamos comendo, porque nem eles sabem ao certo.

Na segunda noite, chegamos à região de Khomas, um tapetão árido de cas-

calho marrom, com vales sombreados ao fundo. Dormimos no Kulala Lodge,

muito charmoso e confortável, com quartos de lona, mas banheiros de cimento

e água encanada. E ali, às portas do Deserto da Namíbia, começou o show de

surpresas, luzes e sombras. Com 50.000 quilômetros quadrados, a faixa de

deserto estende-se por 1.600 quilômetros ao longo do Oceano Atlântico, até

o sul de Angola. A porta da entrada do deserto é um assentamento chamado

namíbia

016-23_paragens_namibia.iokndd.indd 20 4/7/09 7:13:53 PM

Page 21: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 21

Sossusvlei (pronuncia-se sóssusf),

onde estão as mais altas dunas do

mundo, com até 325 metros de altu-

ra). As areias oxidadas têm tom ala-

ranjado. Para vê-las como convém,

levantamos muito cedo. A luz ma-

tinal incidindo nas sinuosas dunas

produz cores e movimentos. Com o

silêncio permanente do lugar, a sen-

sação é de se estar conhecendo um

mundo recém-feito. Adiante da duna

45 – as dunas têm números, sendo a

número 7 a mais alta do planeta –, há

o Deadvalley, um lago petrificado há

centenas de anos e do qual árvores

mortas levantam como mãos retorci-

das. Muito impressionante.

Depois desse programa, seguimos

para um campo aberto, em que An-

dre e Jan, os pilotos, nos receberam.

Andre Schoeman, cujos ascendentes

alemães aportaram por lá em cerca

de 1700, mantém com três irmãos o

negócio de safári aéreo aberto pelo pai na década de 70 – o Skeleton Coast Safa-

ris. São quatro aviões, quatro acampamentos, apoios de jipes para passeios nas

dunas e montanhas – e uma simpatia, disposição e empenho pessoal irrepará-

veis. Jan Friede, dono do Profile Safaris, que faz roteiros sob medida em toda a

África, se apresentou também como fotógrafo. Seu inglês perfeito (segundo ele,

aprendido nas escolas de Zimbabwe, seja lá o que isso signifique) mantinha-o

firme em qualquer combate – fossem meus gritos no banco de trás do avião

depois de um semilooping ou porque eu devia ter fotografado o casco do navio

afundado em vez de olhar as milhares de focas em Cape Cross.

Na verdade, eram coisas demais para administrar no primeiro voo sobre o Ske-

leton Coast Park, a costa selvagem na faixa do mar, que guarda tubarões, focas,

navios afundados, deserto, dunas, portos e outros animais. Eu me esforçava para

manter meu labirinto focado e não chorar de emoção com aquela paisagem toda.

Ao longo dos três dias de voos, o país ganhou sua dimensão real – ou irreal!

O céu amplificado levantando-se por todos os lados, o sol solidificando cores

no deserto de areias alaranjadas, vales sombreados por nuvens estáticas, antí-

lopes correndo sob nós num planeta bege e fofo; as negras e escarpadas forma-

ções Ugab, montanhas impressionantes de 700 milhões de anos; as margens

voluptuosas dos rios Huab e Kunene e braços de mar salpicados de flamingos.

Os voos incluíam várias paradas para piqueniques e lanchinhos no meio do

nada. Do avião, às vezes avistávamos algum movimento humano lá embaixo,

um porto e um punhado de casinhas germânicas coloridas – era a cidade de

Swakopmund, onde 6% da população loira de olhos azuis passam o verão.

Acima, muita emoção e areia

nas descidas abissais das

dunas deTerrace Bay

f o t o c a m i l a a n a u a t e

016-23_paragens_namibia.iokndd.indd 21 4/7/09 7:14:02 PM

Page 22: Revista ParkShopping

.

22 par k s h o p p i n g

De modo geral, porém, éramos nós e a brisa. No teto do jipão descemos cra-

teras profundas e sonoras de dunas de areia em Terrace Bay e conhecemos

uma das formas vegetais mais antigas do globo, a Welwitschia. Visitamos

uma tribo himba, onde as mulheres são lindas e passam no corpo tinta ver-

melha feita à base de uma semente e gordura animal. Fomos até a fronteira de

Angola descendo uma ribanceira de 40 graus e vimos jacarés nos baixios do

Rio Kunene cruzando de lancha a correnteza voluntariosa.

E tivemos, ainda, a vivência nos acampamentos, o que merece uma descri-

ção à parte. Ficamos no Kuidas Camp, no Purros Camp e no Camp Kunene

River. Foi um contato absoluto com a natureza e com nossa própria ances-

tralidade (entenda como quiser). Na Namíbia há lodges cinco-estrelas, há

lodges com serviço de hotel e quartos de lona, e há os “camps”, como os dos

irmãos Schoeman, onde ficamos. Para mim, que não acampo desde o Carna-

val de 1983, foi inicialmente um choque – designação que utilizo para qual-

quer lugar sem banheiro azulejado. No entanto, as coisas ali eram tão bem

pensadas que não geravam sofrimento, mas prazer, estimulando nosso lado

bushman. Eram cabanas de lona rodeadas por uma cerca de bambu, que

garantia privacidade. O chuveiro era um boxe externo, também de gravetos

compridos. Do alto pendia um saco de lona cheio de água colocada de ante-

mão, com uma rosca furada na ponta servindo de ducha. Você podia se secar

ao ar live, com vento por todos os lados diante da vista extraordinária.

O interior da cabana era arrumado com régua e compasso. Duas camas lade-

avam uma mesinha que mantinha uma lanterna de bateria, um repelente, um

espelho, caixinha de lenços, uma gar-

rafa de água, um rolo de papel. O vaso

sanitário clássico, com encanamento,

ficava lá fora (para minha alegria) em

cabanas de bambu – mas sem porta

( barrabás!) – , apenas com uma pare-

de em “L” que escondia o cubículo do

vaso. Uma cordinha com uma bandei-

rinha pendurada na porta indicava a

situação: se estivesse estendida, tinha

gente; se estivesse solta, livre.

As refeições eram feitas em um

rancho. De dia, o almoço era lanche

com salada, frios defumados de meat

game, pastramis e queijos. À noite,

após um banho redentor, sentávamos

em volta do fogo ou diante de um rio,

sob a brisa morna e um mar de estre-

las, enquanto as cozinheiras serviam

uma versão diferente de ensopado

regado a bons vinhos sul-africanos.

Quando nos despedimos de Andre,

de sua filha Cindel, que nos acompa-

No alto,um prato de mahangu com larvas mopane.Acima, acidade deveraneio com casinhas germânicas. Ao lado, oentardecer no Ogawa Lodge

namíbia

Nos “camps”, o contato total com a natureza nos remete a nossa porção bushman

016-23_paragens_namibia.iokndd.indd 22 4/7/09 7:14:23 PM

Page 23: Revista ParkShopping

.

O quê, onde, como, quanto...O QUE VOCÊ PRECISA SABER• A moeda na Namíbia é o dólar namibiano. O dólar sul-africano ou rand também vale para toda a África. 1 dólar americano = 10 dólares namibianos• Não é necessário tirar visto, mas é preciso tomar a vacina contra malária e carregar o Certifi cado Internacional, que pode ser obtido no Ambulatório dos Viajantes, no Hospital das Clínicas, em São Paulo, e nos aeroportos internacionais. • Em todos os hotéis e camps há repelentes, mas na dúvida leve um Extreme Exposis 10 Horas. À venda nas lojas Alergoshop – www.alergoshop.com.br. Afasta também o carrapato-estrela.• Na primavera e no verão (de setembro a março), as temperaturas chegam a 40 graus e chove (pouco). Para quem quer ver cores nas paisagens é o momento adequado (há animais também, mas espalhados). No inverno, entre abril e julho, quando a seca concentra os pontos de água, é mais fácil ver animais. No entanto, o sol não afasta o frio e à noite as temperaturas caem bastante. Em agosto venta muito.

> Como chegarA SAA – South African Airways tem voos diários para Johannesburgo/Windhoek. A partir de US$ 999,00 + taxas por pessoa, ida e volta p/ baixa temporada (28 fev a 17 jun e 2 ago a 2 dez). Na alta temporada (18 jun a 1 ago e 3 dez a 27 fev), a partir de US$ 1.050,00 + taxas por pessoa. www.fl ysaa.com. Tel.: (55 -11)3065-5115

Onde fi carEm Johannesburgo, o Hotel Michelangelo é uma boa: fi ca dentro de um shopping Center, com saída para a praça Mandela, com vários bares e restaurantes animados à noite. US$ 170,00 pessoa/dia sem café da manhã.

Na Namíbia, as grandes redes tipo Wilderness Safaris (www.wilderness-safaris.com) ou o Leading Lodges of Africa (www.leadinglodges.com) oferecem estada mais excur-sões, em lodges e camps em vários pontos do país> Epacha Game Lodge & Spa – quartos enormes e luxuosíssimos, próximo ao Etosha Park, comida média. www.epacha.com Tel.: +264 (0) 697047. US$ 193,00 pessoa/dia.Refeições incluídas.> Ongava Lodge – também próximo ao Etosha Park, elegante, sofi sticado e confortável, comida boa. O restaurante fi ca sobre palafi tas sobre a savana, onde à noite os animais vêm beber água. www.wilderness-safaris.com . US$ 253,00 pessoa/dia, refeições incluídas> Le Mirage – Próximo a Sossusvley, exótico, boa comida, oferece balonismo e triciclos para o deserto. [email protected] Tel.: +264 (0) 63683020> Kulala Desert Lodge - Também na área de Sossusvley, com Land Rover e guia à disposição, é rústico e ao mesmo tempo muito confortável. Boa comida. www.kulalalodge.com. US$395,00 pessoa/dia com refeições, passeios e drinks.

Safári aéreo> Skeleton Coast Safaris – Dos irmãos Schoeman, oferece quatro pacotes diferentes incluindo toda alimentação, passeios de Land Rover e estada em seus camps. Uma aventura que não tem preço, mas que custa em torno de US$ 5 mil por pessoa, variando conforme o número de integrantes e dos pacotes. www.skeletoncoastsafaris.com Tel.: +264-61-224248 > Profi le Safaris – Jan é o guia que conduz o turista no espírito Indiana Jones. Preços em média de US$ 5 mil por pessoa. Trajetos por toda África, de avião ou carro, sob medida. www.profl esafaris.com Tel.: Tel.:+ 264-61-222357

nhou, e de Yan, seguimos para dois

lodges luxuosos à beira do Etosha

Park, um dos maiores santuários de

animais do planeta. E foi lá que vimos

bichos em seu habitat, compramos

artesanatos, reencontramos nos-

so querido Siyepo Dias e, enfi m,

fomos apresentados ao mahan-

gu, a comida de subsistência da

Namíbia. Trata-se de um cereal

com o qual se faz farinha e, com

ela, uma espécie de angu. Seu acom-

panhamento pode ser um guisado de

galinha ou de espinafre, mas o mais

comum é... lagartas fritas (!) chama-

das de mopane. Foi com uma porção

generosa delas, apanhadas nas folha-

gens baldias, que a chef Erika nos pre-

parou um mahangu. Nos incentivou a

comê-lo fazendo bolinhos do angu,

com uma lagarta gorducha de cober-

tura. Foi quando achei que o contato

com minha ancestralidade já tinha

ido longe demais. Preferi deixar

essa experiência para uma segun-

da visita à Namíbia. Disse adeus a

Erika e Dias e fui fotografar elefan-

tes a caminho do aeroporto, com a

certeza de que havia sido apresenta-

da ao planeta na semana de sua glo-

riosa inauguração.

Onde fi carEm Johannesburgo, o Hotel Michelangelo é uma boa: fi ca dentro de um shopping Center, com saída para a praça Mandela, com vários bares e restaurantes animados à

karas

omusati

omaheke

karas

hardap

Windhoek

Duineveld

MarientalSandwich

Harbor

Walvis Bay

Swakopmund

Terrace Bay

PurrosCampsite

Tribo Himba

Outjo

Otjiwarongo

MoltahöheSossusvlei

Windhoek

Duineveld

Mariental

MoltahöheSossusvlei

omusati

Windhoek

Sandwich Harbor

Walvis Bay

Swakopmund

Terrace Bay

PurrosCampsite

Tribo Himba

Outjo

Otjiwarongo

SossusvleiSossusvleiSossusvlei

omusatiTribo HimbaTribo Himba

Terrace BayTerrace BayTerrace Bay

PurrosCampsite

As focas emCape Cross

ANGOLA

PAR K S H O P P I N G 23

016-23_paragens_namibia.iokndd.indd 23 4/7/09 7:44:58 PM

Page 24: Revista ParkShopping

24 par k s h o p p i n g

hits de inverno

Fotos: Eduardo rEzEndE / abá Mgt • styling: drica cruz / abá Mgt • bElEza: WalMEs rangEl / abá Mgt • ModElo: JoicE büttEnbEndEr • assistEntEs dE FotograFia: FElipE barbosa E dyogo aMoriM

Conheça oito looks que resumem as prinCipais tendênCias da estação e esColha o seu!

invernoaqueça nesteme

024-31_moda-sp-Rev.ok.indd 24 4/7/09 3:58:36 PM

Page 25: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 25

inverno

Jaqueta one UpT-shirt Mara MacSaia ColcciColares Morana e Fabrizio Giannone DesignerBraceletes Guerreiro e Morana

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Page 26: Revista ParkShopping

26 par k s h o p p i n g

Vestido e bota AnimaleBraceletes Fabrizio Giannone Designer Pulseiras Francesca Romana DianaColar Morana

hits de inverno

024-31_moda-sp-Rev.ok.indd 26 4/7/09 3:59:05 PM

Page 27: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 27

Bolero Maria Garciapara Huis ClosTricô CoriSaia OsklenBota Le Lis Blanc DeuxPulseiras Francesca Romana Diana e MoranaBrinco Morana

024-31_moda-sp-Rev.ok.indd 27 4/7/09 3:59:15 PM

Page 28: Revista ParkShopping

28 par k s h o p p i n g

étnico

Vestido AlcaçuzCasaco Maria Garcia para Huis ClosBroche MoranaCarteira Elisa AthenienseAnéis Fabrizio Giannone DesignerSapato Lenny e Cia

hits de inverno

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Page 29: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 29

Blazer e calça ShoulderT-shirt Bob StoreBoina ShoulderSapato Lenny e CiaAnéis Francesca Romana Diana

024-31_moda-sp-Rev.ok.indd 29 4/7/09 3:59:36 PM

Page 30: Revista ParkShopping

30 par k s h o p p i n g

étnico

Colete e saia TVZCamisa MobCinto ForumBota Calvin KleinBolsa Elisa AthenienseRelógio Euro para Arte DesignPulseira Francesca Romana Diana

hits de inverno

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par k s h o p p i n g 31

Cachecol e tricô M. OfficerSaia Le Lis Blanc DeuxCasaco Mob

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Page 32: Revista ParkShopping

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34 par k s h o p p i n g

GLORIA KALIL

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Page 35: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 35f o t o : a d e l a i d e i v a n o v a / d i v u l g a ç ã o

onversar com Gloria Kalil é agradabilís-

simo. Escrever sobre Gloria Kalil é tarefa

hercúlea, ingrata – a “Chic entre as chiques”

dispensa apresentações, é senhora de sim-

plicidade tocante, natural, o que confirma ser

a elegância um legado de família, uma bagagem de valores trans-

mitidos em casa, um precioso (e agradável) fardo que se carrega

para sempre, sem data de vencimento, atributos que um olhar mais

atento facilmente percebe e um simples bate-papo valida. Uma con-

versa que revela a singularidade de sua trajetória desde os 13 anos,

quando leu um livro que mudaria a sua vida: Memórias de uma Moça

Bem-Comportada, uma das autobiografias de Simone de Beauvoir, a

existencialista que marcou a história da emancipação da mulher

na Paris do século passado. E também a sua

capacidade de se indignar, quando revela que

quase tudo a tira do sério.

Filha de pais elegantes e formada em socio-

logia e política, Gloria entrou em contato com o

mundo da moda nos idos de 1970, ao receber e aceitar convite para formar o De-

partamento de Moda da Editora Abril. À época, a Abril atendia aos pedidos de

produção de moda de outras revistas e a Gloria coube a (importante) tarefa de

orquestrar as produções em seu primeiro emprego, vale dizer. Íntima da moda,

quis saber tudo sobre tecidos – foi atrás de trabalho na Scala D’Or, tecelagem e

estamparia de seu primeiro marido, José (Zé) Kalil. Nos anos 80, no Brasil não

se importava nada, e os Kalil montaram em território nacional uma fábrica da

Fiorucci, a convite da matriz italiana, of course, a marca “coqueluche’’ dos mo-

dernos de então. Eram, Gloria e Zé, a Fiorucci no Brasil com 13 lojas próprias,

17 franquias e 120 pontos de venda, um feito e tanto que, somado a outro – o

> p o r m a r i z a d e m a c e d o - s o a r e s

upgrade do jeans que deixou de ser

roupa para fim de semana e foi parar

em badalos outros, mais sofisticados

–, estabelece um marco, uma mudan-

ça de estilo marcante, talvez a mais

significativa até hoje. Em 1993, com

a abertura das importações no país,

a Fiorucci brasileira deu adeus ao

mercado tupiniquim, e Gloria foi em-

prestar sua vivência e conhecimento

às agências de publicidade, empresas

e indústrias. O Senac foi o primeiro

a chamá-la para prestar consultoria

aos cursos oferecidos pela institui-

ção. Profissional cuidadosa, dedica-

da, preparou para o Senac, em vídeo,

um projeto de estilo que se transfor-

mou em livro ao ser apresentado.

Era 1997 e surgia o primeiro Chic, um

manual de estilo com foco na roupa,

dirigido às mulheres. Pouco tempo

depois, 1998, chegava às livrarias o

segundo Chic, como o primeiro, um

manual de estilo com o mesmo foco,

a roupa, só que a serviço dos homens.

Novidadeira, em 2000, Gloria Kalil

foi parar na internet, com o site Chic

Gloria Kalil, a mais famosa consultora de etiqueta e moda do país, fala de

delicadeza, compras e civilidade

034-37_persona gloria-ok.indd 35 4/7/09 5:39:40 PM

Page 36: Revista ParkShopping

36 par k s h o p p i n g

Faço um esforço altamente civilizado para me manter calma

à Disposição de Todos, para consultorias e abastecimento

diário de informações sobre comportamento, moda e es-

tilo. Em 2003, o mercado editorial recebia o Chic(érrimo),

um importante e esclarecedor “manual de moda e etiqueta

pensado para o novo século”, em que a escritora analisa

as (inevitáveis) mudanças de comportamento geradas pe-

los tempos modernos, prova que é possível ser chique em

tempos modernos e reforça, com muita categoria e discri-

ção, como é de seu estilo, o conceito de que sem a boa edu-

cação, sem a civilidade transmitida pelos pais, em casa, é

difícil ser notado como pessoa de atitudes elegantes. Após

a publicação de Chic(érrimo), a autora estreou um progra-

ma de rádio (Eldorado), um quadro de moda e outro de

etiqueta urbana em programas de televisão (Mais Você e

Fantástico, respectivamente), além de palestrar pelo Brasil

afora, incessantemente. Em 2007, em meio a palestras e

apresentações, escreveu seu quarto livro de moda, com-

portamento e etiqueta contemporânea, o Alô, Chics!, suces-

so absoluto de vendas, como os anteriores. Injusto seria

não comentar que, de tão importante, o Chic(érrimo), por

exigência da autora e merecimento dos leitores, ganhou

reedição atualizada e voltou às livrarias de cara nova e

conteúdo repleto de dicas e informações importantes,

como se espera de uma obra assinada por Gloria Kalil. By

the way, é impossível não “registrar” o que escreve e diz a

“Chic das chiques” – recentemente, ela esteve palestran-

do em Brasília, durante o Claro ParkFashion. Discorreu

sobre o tema Chic É Ter Estilo. Com firme suavidade, lin-

guajar eficiente e simples, deixou claro que “moda e eti-

queta são ligadas à civilidade”, explicou que “as etique-

tas são uma solução para os problemas que a sociedade

cria”, se fez entender quando disse que “moda é assunto

ligado a comportamento e, por isso, interessante”, e não

deixou dúvidas nem causou espécie ao divulgar que “a

travessa de batatas fritas é o maior teste de civilidade

que existe”. No Chic(érrimo), tais conceitos são explica-

dos por Gloria Kalil com a mesma eficiência e simplici-

dade usadas nas palestras. Daí o sucesso da publicação.

Daí a merecida reedição.

Três momentos : elegância cleanem 1969, cores

contrastantes em 1970 e em ação

numa festa em 1990

GLORIA KALIL

l u r o d r i g u e s ( p b ) e z é a n t o n i o . d e p r e t o ( c o r e s )

034-37_persona gloria-ok.indd 36 4/7/09 5:39:53 PM

Page 37: Revista ParkShopping

PAR K S H O P P I N G 37

Você diz que uma travessa de batatas fritas é o maior teste de civilidade que existe. Qual foi a maior travessa de fritas que en-frentou na vida?São várias. Recentemente, cedi en-

tradas de um concerto a que queria

muito assistir para uma amiga de

fora, porque ela era mais fã do artis-

ta do que eu. É uma delicadeza, um

sacrifício em nome da civilidade e de

um belo convívio com os outros.

Desde Freud, com o Mal-Estar na Cultura, sabemos que a civilidade implica frustrações e sublima-ções que colocam as pessoas no impasse entre realizar um desejo e desagradar ao outro...De fato, a civilidade exige que a

gente deixe de fazer, comer, entrar

em primeiro lugar num espaço... É

um pouco como obedecer às leis de

trânsito. Muitas vezes, seria mais

fácil entrar à direita, na contramão,

e chegar logo em casa, mas é preciso

dar a volta no quarteirão pelo bom

funcionamento da comunidade.

Qual é o livro da sua vida? E a sua música predileta?Não tem um livro apenas, mas a minha

primeira lembrança é Memórias de uma

Moça Bem-Comportada (Editora Nova

Fronteira), de Simone de Beauvoir, que

li aos 13 anos. Percebi que podia tomar

conta da minha vida, foi o primeiro li-

vro realmente marcante que li, me deu

um rumo, passei a ser outra pessoa.

Quanto à música, ouço de tudo, de clás-

sicos a vários outros ritmos. O único

gênero que eu não consigo compreen-

der é o funk, o resto vai tudo.

Qual é o maior pecado que uma mulher pode cometer ao se vestir para uma festa?Ir com a roupa errada: se é black tie,

usar esporte, ou vice-versa. Ignorar

o dress code é um erro, o maior pe-

cado. Mas é diferente, por exemplo,

de transgredir, quando a pessoa

sabe qual é o traje, mas usa outro

estilo de propósito.

Qual é a cor e predominante em seu guarda-roupa?De maneira geral, sem especifi car a

estação, gosto muito de preto e de

listras.

O que admira nos homens?

Admiro homens inteligentes, cultos

e educados, me ligo muito mais nisso

do que na aparência.

A sua forma delicada de expor ideias e conceitos é reconhecida. O que a tira do sério?Quase tudo! Faço um esforço alta-

mente civilizado para me manter

calma. Faz parte da civilidade agir

com controle, é uma tremenda falta

de educação perder a cabeça.

Qual foi a maior gafe que já co-meteu?É difícil cometer uma gafe monu-

mental, tipo pisar no pé da rainha

da Inglaterra. O pior são as peque-

nas gafes que cometemos no coti-

diano, lapsos que fazemos frequen-

temente, sem querer. Detalhes como

mandar um e-mail ou carta com o

nome errado da pessoa ou mesmo

passar a noite chamando alguém

por outro nome.

Qual é sua grife predileta? O que faz com que compre uma peça de roupa ou acessório?São várias. No começo das estações,

sempre tenho vontade de refrescar

o guarda-roupa com novas peças.

Como trabalho com moda, é sempre

automático ter algo para renovar.

O que já comprou para a próxima estação?Um paletó curto Huis Clos e uma

camiseta cinza. Em breve, vou dar

um rolê nas lojas para ver o que vou

pôr para misturar com as minhas

coisas antigas.

Chanel dizia que disfarçar-se é encantador; parecer disfarçada é triste. O que acha disso?

Concordo plenamente. Sou pela spre-

zzatura (ideal do Renascimento que pre-

gava que o homem deveria dominar várias

artes e ciências sem esforço). É você fazer o

esforço sem parecer que faz. O símbo-

lo máximo é a bailarina, porque não se

percebem o sofrimento, a dor, o tombo,

as horas de treino e a força física. Tudo

parece natural e fácil. Com a moda é a

mesma coisa: usar algo que parece fa-

zer parte da pessoa é a melhor forma

de ser elegante.

Quem é seu ícone de elegância?São várias pessoas. É uma questão de

informação, de olho, de observação.

Qual é seu ponto forte?Conhecer meus limites: físicos, orça-

mentários e conhecer bem as comu-

nidades e os lugares onde circulo.

Qual é sua fórmula para fugir de momentos constrangedores?E quem escapa? O humor ajuda, mas

tem horas em que não cabe. Ajuda

em grande parte dos casos, mas é im-

possível fugir de tudo.

ISTO ÉGLORIA

KALIL

ISTO ÉGLORIAGLORIA GLORIAGLORIA

KALILKALIL KALILKALIL

O que já comprou para a próxima

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Page 38: Revista ParkShopping

C O M P R A S

Amanditas Lojas

Americanas

Toalha de banho Brisa

Lojas Americanas

Câmera digital Cyber

Shot Rosa Sony Style

Chapéu de palha Arte

Design

Cesta de pão Spicy

Cesta de palha

L’Occitane

Flores artificiais Imaginarium

Lenços florais Samvara

Caixa de taças para

espumante Spicy

Garrafas de vidro azul e rosa Spicy

Caixa para vinho Papel Craft

Sombrinha Arte Design

Anel Celebration Antonio Bernardo

Caixa de bombons Sonho de Valsa Lojas Americanas

Cangas de algodão floridas azul e rosaBlue Man

Xícara de chá, pires e prato raso Giverny Trousseau

Sandálias Havaianas azul e

verde Lojas Americanas

Taças decoradas

para espumante

Spicy

Jogo americano

matelassado Giverny

TrousseauXícara de café, pires e prato para

sobremesa Giverny Trousseau

Toalha de mesa Blanc redonda

TrousseauEspumante Chandon Restaurante Dom Francisco

A vida é um piquenique

Como transformar um domingo no parque em exercício de estilo. Passeie à vontade

38 PAR K S H O P P I N G

R O M Â N T I C O

A vida é umpiquenique

A vida é umpiquenique

A vida é um Como transformar um domingo no parque em exercício de estilo. Passeie à vontadeComo transformar um domingo no parque em exercício de estilo. Passeie à vontadeComo transformar um domingo no parque

P R O D U Ç Ã O A N A B E L L E M O T A | F O T O S W E L I S O N C A L A N D R I A

038-41_piquenique.ok.indd 38 4/7/09 4:36:45 PM

Page 39: Revista ParkShopping

Caixa para vinho Indian azul e roxa Papel Craft

Honey & Lemon Foaming Jelly – Espuma gelatinosa L’Occitane

Pulseiras indianas Samvara

Incensos variados

L’Occitane

Incensos variados

L’Occitane

Caixa de bombons

Ferrero Rocher

Lojas Americanas

Chapéu de crochê Blue Man

Sapatilhas indianas Arte Design

Lenço indiano rosa Samvara

Lenço indiano roxo Samvara

Bolsa de palha com fita Lojas Americanas

Óculos femininos Be Hold

Buda Imaginarium

Capa de almofada de seda Malacca amarela Trousseau

almofada de almofada de

Cesta com Coleção nº 09

Tânia Bulhões Perfumes

Toalha de rosto oriental MMartan

SombrinhaLe Postiche

Conjunto de três porta-joias indianos Arte Design

Canga lilás Blue Man

Lenço indianolaranjaSamvara

Sandálias Havaianas High Light Lojas Americanas

Lenço indianoLenço indianoLenço indiano

Manta de seda

Malacca amarela

Trousseau

Colar turquesa Samvara

Castiçal Flor de Lótus Imaginarium

L’Occitane L’Occitane

Chaleirade ferro

Chanoyu azul Spicy

Guardanapoe porta-

guardanapo indiano Paola

Da Vinci

Jogo americano

indiano Paola Da

Vinci

Flores artificiais Imaginarium

Caixa para

Caixa para

Caixa para vinho Indian vinho Indian azul e roxa azul e roxa Papel CraftPapel Craft

Buda cofre Imaginarium

PAR K S H O P P I N G 39

O R I E N T A L • Z E N

038-41_piquenique.ok.indd 39 4/7/09 6:51:58 PM

Page 40: Revista ParkShopping

40 PAR K S H O P P I N G

Baldes com blocos de

montar Lojas Americanas

Jogo Vira e Mexe Madagascar

Lojas Americanas

Bolas para vôlei e

futebol Adidas

Bloqueador Solar

L’Occitane

Boinaazulclaro

Lacoste

Bolsarosa para

criança Lacoste e

prendedores rosa para

cabelo Lojas Americanas

Cesta de palha grande L’Occitane

Ruban D’Orange Marmalade Body Scrub L’Occitane

Flores artificiais Imaginarium

Copos de resina

coloridos Spicy

Toalha Lounge branca listrada de vermelho TrousseauÓculos

infantil roxo Chilli Beans

Quebra-cabeça Pucca Lojas Americanas

Jarra de acrílico

verde Lojas Americanas

Toalha de praia vermelha e laranja MMartan

Óculos infantil azul-claro Chilli Beans

Óculos feminino amarelo Chilli Beans

Toalha de mesa florida Karsten Lojas Americanas

Conjunto de xícaras Spicy

Tigela branca listrada de vermelho Spicy

Boné azul-claro

Lacoste

Óculos feminino

verde e rosa Be Hold

Cestinha de palha Lojas Americanas

Cestinha de palha Lojas Americanas

Óculos esportivo

masculino Be Hold

Óculos feminino

preto Chilli Beans Minimesa

de totó Papel Craft

Boné azul infantil Lacoste

Sandálias Havaianas Top laranja e rosa Lojas Americanas

Cintos infantis rosa e vermelho

LacosteBloqueador solar Nivea Sun Lojas Americanas

Jarra para café alaranjada Spicy

Garrafa térmica

vermelha Lojas

Americanas

C O M P R A S

F A M Í L I A

038-41_piquenique.ok.indd 40 4/7/09 4:39:08 PM

Page 41: Revista ParkShopping

PAR K S H O P P I N G 41

M O D E R N O

Copos de acrílico

verde Spicy

Bloqueador solar Nivea Sun Spray

Lojas Americanas

Caneco Club da Cerveja

ImaginariumBaldinhos coloridos Papel Craft

Cerveja Heineken Pizza Tonka

Bolsa Míni retrô

Reebok Le Postiche

Bombay Pimentas

Spicy

Jarra de acrílico Joy Spicy

Champanheira transparente Spicy

Boné bordô com brasão masculino Lacoste

Óculos esportivo

preto Chilli

Beans

Boné azul-marinho masculino Lacoste

Boina branca masculina Lacoste

Bola de futebol Adidas

Kit de mesa com toalha e guardanapos MMartan

Bolsa de palha L’Occitane

Garrafa de água Sport fumê Adidas

Óculos esportivo cinza Be Hold

Saca-rolhas vermelho Rabbit Spicy

Toalhas de banho Royal Noble Santista (preta, amarela e azul) Lojas Americanas

Óculos para

natação Adidas

MP4 vermelho

Sony Style

Raquetes Unis e

bolinha de tênis azul Blue Man

Sandálias Havaianas Top Lojas

Americanas

Rádio de acrílico

vermelho Papel Craft

Lenço palestino

Arte Design

Jogo americano de plástico trançado Lojas Americanas

Sanduíche com fritas

Restaurante Dom

Francisco

Canga estampada Blue Man

038-41_piquenique.ok.indd 41 4/7/09 4:41:00 PM

Page 42: Revista ParkShopping

42 par k s h o p p i n g

humorPESSOALEintrAnSfErívEL

Anarquistas do planaltoGrupo G7 contabiliza 500 mil espectadores com escracho das bizarrices do cotidiano brasileiro em linguagem que desafia a caretice

>A n A PA u l A K u n t z

042-45_pessoal_G7.ok.indd 42 4/7/09 4:04:01 PM

Page 43: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 43f o t o s : r i c a r d o d ' a n g e l o

elipe conhecia Rodolfo, que conheceu Frederico, que conhe-

ceria Benetti. Os dois primeiros são amigos de infância, os

do meio se conheceram durante o ensino médio e o último

entrou para o time porque viu talento nos demais. Ele, a

propósito, é o único graduado em artes cênicas – os outros

são formados, respectivamente, em jornalismo, Direito e

ciência política. Reunidos, esses quatro brasilienses for-

mam o G7, grupo teatral de comédia que vem expandindo

seu poder de fazer rir para além do Planalto Central, cujo nome não se ex-

plica em lógica alguma. A trupe, que estreou em 2001 no Espaço Cultural

Anatel, em Brasília, com a peça Baseado em Fatos Reais, passou temporada

de um ano no Rio de Janeiro com Como Passar em Concurso Público e desde o

início deste ano está em cartaz em São Paulo, no Teatro Gazeta, com o mes-

mo espetáculo. A comédia mostra a via-crúcis do personagem Zé Brasil na

busca por uma vaga no funcionalismo público.

Sem muita experiência no ramo teatral, o quarteto, movido pelo impulso

passional e uma notável capacidade burlesca, teve um árduo início de carrei-

ra: a produção era caseira, os figurinos eram resgatados dos próprios guarda-

roupas – ou dos armários das irmãs, o que rendia alguns atritos familiares

– e os ensaios eram de fundo de quintal. “Foram cinco anos de ralação em

Brasília até conseguirmos decolar”, diz Felipe Gracindo. “A capital não é um

lugar fácil para se lançar como ator, pelo número reduzido de teatros e pelos

hábitos do brasiliense, que ainda prefere ir ao cinema. Mas há uma popula-

ção bem instruída, que deseja consumir cultura e, por isso, logo que emplaca-

mos uma boa produção fomos recompensados com plateias lotadas.”

042-45_pessoal_G7.ok.indd 43 4/7/09 4:04:13 PM

Page 44: Revista ParkShopping

Ao satirizar o nível de absurdo, mostramos ao espectador também a nossa indignação

PESSOALEintrAnSfErívELhumor

44 par k s h o p p i n g

Escolhida pelo grupo para

mostrar a que vieram em palcos fora de Brasília, a

peça Como Passar em Concurso

Público satirizaa saga dos

concurseiros e a cobrança de pai,

mãe e tia, que apostam no

sucesso de Zé Brasil como funcionário

público

Os meninos também tiveram a felicidade de participar de um momento de

transformação cultural da cidade. “Brasília está se convertendo em um polo

das artes cênicas. Foi-se a época do rock, agora é a do teatro”, completa Benetti

Mendes. Um dos marcos desta nova era é a Cia. de Comédia Os Melhores do

Mundo. Antecessora do G7 no gênero, a companhia, criada em 1997, ficou co-

nhecida pela especialidade em satirizar os fatos do cotidiano e as manchetes

do noticiário. A comparação, inevitável, não aborrece os quatro do G7, que

reconhecem o outro grupo como um exemplo e uma motivação.

Mas o estilo único e debochado, quase anárquico, faz do G7 um grupo

autêntico. O fato de cada um vir de uma área acadêmica é um ingrediente

importante de sua fórmula. Com bagagens intelectuais diversificadas, fica

mais fácil explorar assuntos diferentes. Na mão deles, tudo vira piada, seja

a notícia de um assalto, seja o consumo infantil de drogas, seja a influência

da televisão na sociedade ou a agonia de prestar uma prova de concurso

público. E até mesmo uma reflexão filosófica sobre o tempo, numa peça com

o título O Servo Nu e a Desconstrução do Tempo Psicológico, improvável para

uma comédia. Essa abrangência rendeu ao G7 a montagem de mais de 500

esquetes – umas que nem foram

encenadas e outras que receberam

prêmios. Um dos mais importantes,

aliás, foi o primeiro lugar do projeto

Criação Teatral Volkswagen, dispu-

tado entre 488 grupos, conquistado

em 2004 com a peça “Otelo para to-

dos os brasileiros”.

Além da grande concorrência,

participar da final deu ao G7 a pri-

meira oportunidade de se apresen-

tar no emblemático e quase centená-

rio Teatro Municipal de São Paulo.

“Essa molecada do G7 de Brasília

é sensacional. Os caras tinham de

fazer uma cena de 15 minutos a par-

tir de um texto chato demais. Achei

042-45_pessoal_G7.ok.indd 44 4/7/09 4:04:24 PM

Page 45: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 45

No alto à esquerda,

Benetti, de amarelo, seguido

por Felipe, Frederico e Rodolfo: os

quatro do G7 prontos para

entrar em cena . Acima, as perucas que compõem os

personagens. Ao lado, um dos

quadros que mais arrancam

gargalhadas da plateia, com o

cantor brega, o pastor charlatão

e a hilária tradudora Glenda

1. Estude2. Comece desde cedo3. Na dúvida, marque a alternativa correta4. Concentre toda sua energia sexual nos estudos5. Pratique exercícios físicos6. Aprenda a conviver com a pressão familiar7. Seja brasileiro e não desista nunca!8. Amarre a boca de um sapo em uma encruzilhada e antes de dormir deixe um biscoito para os duendes9. Nas horas de lazer estude as matérias de que mais gosta10. Tenha fé

Como Passar emConcurso Público, em10 lições esdrúxulas

que não tinha jeito de fazer nada bom com aquilo, mas eles me mostraram

que eu estava errado”, afirmou o dramaturgo Mário Bortolotto, que assistiu

à encenação. “Os moleques passaram por cima dos dogmas teatrais e, com

as referências mais díspares, misturam tudo e usam o palco de cobaia de

seus desvarios experimentais.”

Além de cumprir a missão de provocar risos, o G7 procura explorar a crí-

tica social, sempre com humor, para fazer as pessoas refletir sobre a própria

realidade. Em “Como passar em concurso público”, por exemplo, eles cons-

troem toda uma cena que mostra a morosidade e ineficiência de uma repar-

tição pública para usar a frase “nesse país é preciso morrer para conseguir

um relatório!”. “Queremos com isso passar uma ideia de que as coisas po-

dem ser melhores. Ao ridicularizar uma situação como essa, ao satirizar o

nível de absurdo, mostramos ao espectador também a nossa indignação”,

diz Frederico Braga. Nesse quesito, a política e a sociedade brasileira, e não

só Brasília, são um prato cheio para os comediantes. As absurdas situações

por que passam os concorrentes a um cargo público – coisas que, como se

mostra também na peça, até Deus duvida! – são as mesmas de norte a sul do

país. E foi por isso, inclusive, que a peça foi a escolhida para ser a primeira

encenada em palcos fora de Brasília.

Apesar de verem graça em tudo, eles não acham que o Brasil é o país da

piada pronta. “O que acontece é que existem muitos bons comediantes, gen-

te de talento que sabe explorar o humor em temas de todas as naturezas”,

diz Rodolfo Cordón. “No nosso

caso, não achamos que uma repar-

tição pública ineficiente seja ‘engra-

çada’, mas tiramos sarro e fazemos

as pessoas rir com o intuito de levar

o público a uma reflexão também.

Queremos fazer da experiência tea-

tral cada vez mais uma catarse.”

Mesmo com a peça em cartaz

em São Paulo, o G7 já prepara o

próximo espetáculo, que estreará

no segundo semestre, em Brasília.

De acordo com o produtor André

Deca, a capital foi escolhida para a

estreia para prestigiar o público da

cidade natal dos atores. “Brasília é

a nossa casa, e os brasilienses es-

tão esperando ansiosamente pelo

nosso retorno ao lar.”

042-45_pessoal_G7.ok.indd 45 4/7/09 4:04:41 PM

Page 46: Revista ParkShopping

46 par k s h o p p i n g

xadrez

Vestido Planet GirlsCamiseta Planet GirlsAcessórios acervo pessoalMeia LupoBota Arezzo

046-52_moda-brasilia.ok.indd 46 4/7/09 3:48:27 PM

Page 47: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 47

par k s h o p p i n g 47

C A D A

Q u AD r AD o

n o s e uu m

Fotos: Welison Calandria • assistente de FotograFia: tiago BaCCarin • Modelo: renata

KleM • stylist: daniel Ueda • assistentes de stylist: Joana Wood e PaUlo CaFFé • BeaUty:

andré Veloso (sChWarzKoPF) assistente de BeaUty: FáBio Moreira

Nem couNtryNem gruNge, mais

sofisticado e misturado a

outras estampas,o xadrez é o rei

do outoNo

046-52_moda-brasilia.ok.indd 47 4/7/09 3:48:38 PM

Page 48: Revista ParkShopping

48 par k s h o p p i n g

Blusa, vestido e casaco TVZMeia LupoBota Arezzo

xadrez

046-52_moda-brasilia.ok.indd 48 4/7/09 3:49:04 PM

Page 49: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 49

Vestido, trench coat, cachecol, colar de pedras e flor GregoryMeia LupoBota Arezzo

046-52_moda-brasilia.ok.indd 49 4/7/09 3:49:26 PM

Page 50: Revista ParkShopping

Vestidos sobrepostos, lenço e cinto OpçãoMeia LupoBota ArezzoLuva acervo pessoal

xadrez

046-52_moda-brasilia.ok.indd 50 4/7/09 3:49:54 PM

Page 51: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 51

Vestido, blusa, lenços e casaco Área KBMeia LupoBota Arezzo

046-52_moda-brasilia.ok.indd 51 4/7/09 3:50:09 PM

Page 52: Revista ParkShopping

Vestido de manga longa, camisa e colete Luigi BertolliMeia LupoBota Arezzo

xadrez

046-52_moda-brasilia.ok.indd 52 4/7/09 3:50:27 PM

Page 53: Revista ParkShopping

anuncios.indd 2 4/2/09 4:54:36 PM

Page 54: Revista ParkShopping

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Page 55: Revista ParkShopping

anuncios.indd 3 4/2/09 5:13:33 PM

Page 56: Revista ParkShopping

P o r R i c a r d o C a s t i l h o , d e S a n t a C r u z , C h i l e *

56 par k s h o p p i n g

Faz dez anos que os vinhos da chi-

lena Viu Manent são importados

para o Brasil com regularidade e, coi-

sa rara, sem trocar de importadora.

Trazidos pela Hannover, tradicional

empresa de Porto Alegre, os vinhos

conquistaram nosso mercado pela

elegância que mostram nas taças,

mas também pela constância de qua-

lidade que apresentam em todas as

safras. “Buscamos sempre reunir o

melhor do terroir chileno”, diz José

Miguel Viu Bottini, descendente de

don Miguel Viu Garcia, que em 1935

fundou a Bodegas Viu.

Situada no Vale de Colchagua, uma

das melhores regiões produtoras no

Chile, a Viu Manent elabora vinhos fi-

nos e elegantes, tanto os brancos como

Excelência em todo o processo: terreno de grande qualidade, cepas primorosas e vinificação cuidadosa

vinhos

os tintos. O seu produto top nasce das melhores uvas encon-

tradas nos 250 hectares próprios da empresa. Nesse caso, o

diferencial é a idade das cepas, que chegam a 90 anos. O re-

sultado é o Viu 1, elaborado com cerca de 90% de Malbec –

outra aposta de Bottini, que sempre acreditou no potencial

da uva no país – e 10% ou menos de outras uvas – já entraram

a Cabernet Sauvignon e a Carmenère e, no da safra de 2006

(que em breve estará no mercado), serão 4% de Petit Verdot.

Em geral, esse Malbec oferece um delicioso nariz, com notas

de frutas do bosque, e especiarias. Na boca, é amplo, muscu-

loso, com taninos que ainda vão terminar de amadurecer

com alguns meses na garrafa.

Mas até chegar ao Viu 1, a empresa foi ao longo dos

anos escrevendo parte da história do vinho chileno. O

primeiro capítulo começou com a aquisição do vinhedo

Hacienda San Carlos de Cunaco, localizado no Vale de

Colchagua, próximo à cidade de Santa Cruz. Além da

grande qualidade do terreno, numa altitude de 200 me-

tros acima do nível do mar, conta com videiras que fo-

Terroir chilenoA vinícola Viu Manent faz um grande Malbec, com a cara do Chile e bem diferente dos argentinos

056-57_prazeramesa.ok.indd 56 4/7/09 3:54:45 PM

Page 57: Revista ParkShopping

PAR K S H O P P I N G 57* RICARDO CASTILHO É DIRETOR DA REVISTA PRAZERES DA MESA

ram trazidas da França antes do

ataque da Phylloxera, o inseto que

destruiu os vinhedos europeus no

fim do século XIX. Depois foram ad-

quiridos os vinhedos de La Capilla e

El Olivar, este com mais de 300 hec-

tares. Cada pedaço de terra é minu-

ciosamente estudado e pensado

para receber a variedade certa para

seu desenvolvimento. As bem cuida-

das uvas que resultam são traba-

lhadas depois na cantina pela com-

petente equipe do enólogo Juan

Pablo Lecaros, que conta entre ou-

tros com o jovem Grant Phelps, es-

pecialista em moldar vinhos com a

Sauvignon Blanc e Chardonnay,

mas que também tem testado com

sabedoria a Viognier.

A nova aposta da empresa é um

interessante Pinot Noir, da safra de

2008, elaborado com uvas do Vale de

Casablanca. Depois de colhidas ma-

nualmente e vinificadas calmamen-

te, resultaram em um vinho elegante,

complexo e com as melhores carac-

terísticas da Pinot Noir. Para quem

conhece a trajetória da empresa,

não se esperava outro resultado.

Os vinhos da Viu Manent refletem

o cuidado do cultivo, em que cada pedaço de terra é estudado minuciosamente

> Mordidas Sonoras,

Uma Turnê Gastronômica com

Franz Ferdinand, Alex Kapranos,

Conrad Editora do Brasil, 2007.

Quem gosta muito de rock, diga-se, do

bom rock, deve estranhar a princípio

qual a relação de Alex Kapranos, com-

positor e líder da banda Franz Ferdi-

nand, com gastronomia. Explica-se:

antes de fundar a banda – que lem-

bra o pós-punk inglês da década de

80, e em que as guitarras são presen-

ça mais que fundamental –, Kapranos

trabalhou em restaurantes na Grã-

Bretanha e depois assinou uma colu-

na de gastronomia no jornal The

Guardian, um dos mais respeitados

da Inglaterra. Quando começou a

viajar com a banda, passou também

a buscar restaurantes e pratos típicos

por onde passava. Como anotava tu-

do o que comia e os lugares em que

ia, foi fácil dar o passo seguinte e pu-

blicar. É um livro despretensioso e,

por isso mesmo, delicioso.

PAR K S H O P P I N G 57

por isso mesmo, delicioso.

> O Vinho Mais Caro da História,

de Benjamin Wallace

(Jorge Zahar, 280 páginas)

Quando ninguém esperava, o mundo

dos vinhos antigos foi atingido de

maneira fatal pela suspeita de falsi-

ficações. Tudo começou em 1985,

num disputado leilão promovido pe-

la Christie’s, de Londres, tradicional

casa de leilões, onde uma garrafa de

Château Lafite de 1787, um dos Bor-

deaux ícones da enologia mundial, foi

arrematada num lance de 156 mil

dólares por um membro da família

Forbes. Segundo constava do catálo-

go do leilão, a garrafa provinha de um

esconderijo e supostamente perten-

cera a Thomas Jefferson, terceiro pre-

sidente dos Estados Unidos e um dos

primeiros americanos a conhecer o

fascinante mundo dos grandes vi-

nhos. O responsável pelo achado era

Hardy Rodenstock, um alemão que,

depois de fazer certo sucesso como

empresário de bandas de música pop,

se transformou em um dos principais

colecionadores e organizadores de

degustações especiais do mundo,

quando o assunto são os grandes vi-

nhos. Seus achados raros, porém,

começaram a despertar rumores e

desconfianças, já que Rodenstock se

recusava a revelar onde encontrava

suas garrafas. Com jeito de romance

e com o melhor do jornalismo, o autor

prende o leitor e faz uma viagem fas-

cinante pelo mundo dos brancos e

tintos. Uma leitura cuidadosa mostra

quem são as pessoas sérias desse

universo. Imperdível.

056-57_prazeramesa.ok.indd 57 4/7/09 3:55:02 PM

Page 58: Revista ParkShopping

58 PAR K S H O P P I N G

D E S F I L E S

oram cinco dias de Claro ParkFashion e mais de 15 mil visitantes em uma programação interativa

com palestra, ofi cina de fantasias, workshop de tendências e desfi les de mais de 70 marcas. Profi s-

sionais tarimbados, público atento e o time bem selecionado de celebridades discutiram e vivencia-

ram o conceito Moda Real, inspirado na ideia de que a moda é expressão e atitude, portanto, cada um

tem a sua. A quinta edição, realizada entre os dias 16 e 20 de março, teve maior duração e número recorde de

marcas, colocando de vez o evento entre os principais do país e fi rmando-o como o maior do Centro-Oeste.

As duas passarelas, com 20 metros de comprimento e capacidade para 750 convidados cada uma, foram mon-

tadas dentro da tenda de 3.5 00 metros quadrados, que incluía várias outras atrações. Foram mais de mil looks,

26 marcas em desfi les exclusivos e 46 em três desfi les coletivos. Cinco tops internacionais – Renata Klem, Maria-

na Weickert, Marcelle Bittar, Daniela Sarahyba e Alexandre Verga –, 46 modelos, além de 20 celebridades como

Dalton Vigh e Caco Ciocler, revezaram-se nos desfi les com as principais tendências do outono-inverno 2009.

À boca das passarelas, dois painéis de LED com 23,6 metros quadrados trouxeram o brilho da tecnologia.

Nos bastidores, grandes nomes da moda comandaram o espetáculo. Jackson Araújo fez a curadoria, Reginal-

do Fonseca cuidou da direção executiva, Daniel Ueda do styling, André Veloso da beleza, Roberto Camacho da

cenografi a e Nelson Moraes da iluminação e do som. Nos eventos paralelos, destacaram-se a palestra de Gloria

Kalil, uma ofi cina com Karlla Girotto e a exposição da dublê de estilista e artista plástica Rita Wainer.

Como nas outras edições, o Claro ParkFashion abriu espaço para novos talentos. Um dos desfi les reuniu as

alunas Maria Paula Azevedo e Ana Paula Alcântara, do curso de moda do Instituto de Educação Superior de

Brasília (Iesb). O outro mostrou o trabalho dos novos estilistas Márcio Santos, Fernanda Ferrugem, Efi gênia

Costa, Fabíola Alves e Andrea Monteiro. Confi ra os principais momentos do evento nas páginas a seguir.

> P O R D A L I L A G Ó E S . F O T O S : F O T O F O R U M

É TER ESTILO

A

A QUINTA EDIÇÃO DO CLARO PARKFASHION TRAZ O CONCEITO MODA REAL: MAIS DO QUE NUNCA, O IMPORTANTE É CRIAR A PRÓPRIA MANEIRA DE SE VESTIR

058-67_parkfashion_abre_2.indd 58 4/7/09 7:16:47 PM

Page 59: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 59

Carlos Miele Iran Malfitano para VR

058-67_parkfashion_abre_2.indd 59 4/7/09 7:17:07 PM

Page 60: Revista ParkShopping

60 PAR K S H O P P I N G

D E S F I L E S

Adidas

Barbara Piquet e a filha Helena para Paola Da Vinci

Elisa AthenienseEmanuel BBB para UW

Regina Krillow para Mandi & Co

058-67_parkfashion_abre_2.indd 60 4/7/09 8:10:10 PM

Page 61: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 61

Dalton Vigh para Renner Tania Kalil para Riachuelo

058-67_parkfashion_abre_2.indd 61 4/7/09 7:17:59 PM

Page 62: Revista ParkShopping

62 PAR K S H O P P I N G

D E S F I L E S

Eriberto Leão para TNG

Larissa Maciel para Mara Mac

Francesca Romana Diana

Caroline Bittencourt para Carmen Steffens

Forum Tufi Duek

058-67_parkfashion_abre_2.indd 62 4/7/09 8:09:46 PM

Page 63: Revista ParkShopping

anuncios.indd 2 4/2/09 4:55:59 PM

Page 64: Revista ParkShopping

64 PAR K S H O P P I N G

D E S F I L E S

Anuska Prado para Patachou

Mariana Weickert para Cori

Renata Klem para Avec Nuance

Carla Lamarca para Calvin Klein

Tessuti

058-67_parkfashion_abre_2.indd 64 4/7/09 8:09:19 PM

Page 65: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 65

Caco Ciocler para Márcio Santos • Talentos de Brasília

Fernanda Ferrugem • Talentos de Brasília

Fabíola Alves • Talentos de Brasília

Efigênia Costa • Talentos de Brasília

Andrea Monteiro • Talentos de Brasília

Carla Lamarca para Calvin Klein

058-67_parkfashion_abre_2.indd 65 4/7/09 8:45:47 PM

Page 66: Revista ParkShopping

66 PAR K S H O P P I N G

D E S F I L E S

Marcelle Bittar para Avanzzo

Sebastian para C&A

Rodrigo Hilbert para estilista Maria Paula, do Iesb

Desfile estilista Ana Paula, do Iesb

058-67_parkfashion_abre_2.indd 66 4/7/09 8:25:01 PM

Page 67: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 67

Fiorella Matheis para Mob

Alexandre Herchcovitch

Daniela Sarahyba para Alcaçuz

058-67_parkfashion_abre_2.indd 67 4/7/09 8:46:36 PM

Page 68: Revista ParkShopping

68 PAR K S H O P P I N G

S O C I A L

Primeira classeA sociedade brasiliense, os políticos e profi ssionais do mercado fi zeram questão de prestigiar os desfi les do Claro ParkFashion e marcar presença na primeira fi la. Mais uma vez, oParkShopping convidou o promoter Guilherme Siqueira para cuidar do estrelado mailing list

Guilherme Siqueira com Cleucy Oliveira

Moema Leão e Roberta Vairolatti

Marcelo Martins, Governador José Roberto Arruda, Cilene Vieira, Vice-governador Paulo Octávio e Ana Cristina Kubitschek

As irmãs Natalie e Juliana Mazaro com Isadora Campos

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Page 69: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 69

A embaixatriz Lúcia Flecha de Lima faz um mimo na pequena Maria Luiza

Os gerentes de marketing: Patrícia Gonçalves (BarraShoppingSul), Cleiton Martins (RibeirãoShopping) e Débora Cruz (ParkShoppingBariugüi)

Carla Amorim

Bruno Melo, Ana Paula Gonçalves, Paula Raposo e Liliane Roriz

Marco Antonio Vieira e Lutero Leme

Isabela Lima, Julia Piquet e Nicole Nars

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Page 70: Revista ParkShopping

70 PAR K S H O P P I N G

S T R E E T F A S H I O N

70 PAR K S H O P P I N G70 PAR K S H O P P I N G

oram centenas de cliques e pelo menos dez estilosos desconhecidos até Aman-

da Abreu, 17 anos, topar com a cabeleireira Láisa no meio da rua. Na verdade,

Amanda bem que sabia onde Láisa trabalhava, mas quem disse que o horário

das duas era compatível? Quando Amanda podia, Láisa estava cortando, lavando

ou escovando. Quando Láisa estava livre, a garota estudava.

O bom é que as duas se ajudaram, e a dois dias do encerramento das inscrições do concur-

so StreetFashion: Tudo É uma Questão de Estilo, Láisa saiu mais cedo do salão e Amanda

aproveitou para dois cliques espontâneos antes de o sol ir embora. “Minha afl ição é que não

podia fi car escuro de jeito nenhum”, diz. “Eu conhecia o blog e tinha visto que as melho-

res fotos eram sempre de dia”, garante. O blog a que Amanda se refere é o The Sartorialist

(http://thesartorialist.blogspot.com), que registra o estilo de anônimos em ruas do mundo

inteiro e inspirou o concurso de fotografi as deste ano do Claro ParkFashion.

A câmera que fez a foto vencedora é da própria Amanda, talvez igualzinha à que

você tem em casa, bem simples, sem muitas firulas, mas com 8 megapixels. Não

R$ 5 mil por um cliqueAMANDA ABREU, DE 17 ANOS, VENCE CONCURSO

STREETFASHION COM FOTO EM QUE REGISTROU O ESTILO INCONFUNDÍVEL DA CABELEIREIRA LÁISA MANOELA

que a estudante acreditasse que

tanta resolução fosse dar a ela

o superprêmio de R$ 5 mil em

compras no ParkShopping.

Apesar da fé na foto e na persona-

gem, a estudante jura que levou um

susto quando anunciaram Amanda

Abreu como a vencedora do Stre-

etFashion. “É que eu olhava os ou-

tros retratos e pensava: ‘Nossa, esse

é bem melhor. Olha só que lindo!’’’,

conta. Na lista de coisas a fazer com

o prêmio, a prioridade é uma câmera

melhor. Amanda sonha com carrei-

ra em publicidade e, também, foto-

grafi a. Depois da máquina, vêm os

livros e alguns presentes para a mãe

e a irmã. Ah, e claro, para Láisa.

A foto vencedora, de Amanda (abaixo): visual ousado mistura estampas com bom gosto e harmonia

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Page 71: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 71

p a r k f a c e s

rocura-se uma nova Gisele (ela

dispensa sobrenome) ou um

futuro Giselo (pois é, o equiva-

lente da über model brasileira ain-

da não existe). Serão eles Ana Oliveira, 15

anos, Amanda Araújo e Jefferson Perotto,

16? Se depender da persistência e respon-

sabilidade, além, óbvio, da beleza e caris-

ma do trio, sim! Eles foram selecionados

entre mais de 300 candidatos inscritos e

16 finalistas como os ParkFaces de 2009. O

concurso existe desde 2005 dentro da pro-

gramação do Claro ParkFashion e procura

novos rostos para o mundo da moda. Pe-

dro Albuquerque, por exemplo, vencedor

de 2006, hoje está nas passarelas e edito-

riais produzidos em Milão, na Itália.

Ana, o primeiro lugar deste ano, ganhou

uma viagem com direito a acompanhante

para um destino nacional, além da chance

de participar de editorial de moda na revis-

ta ParkShopping e campanha publicitária,

e mais um laptop Sony Vaio de última

geração. Amanda e Jefferson, segundo e

terceiro lugares respectivamente, também

levaram o computador portátil para casa.

Sobre o concurso e as muitas chances

que aparecerão, Ana é pé no chão e põe a

humildade em primeiro lugar. “É um dos

segredos para domar a ansiedade. Sei que

ainda tenho muito o que aprender e estou

aqui de coração aberto”, anima-se. Amanda

e Jefferson, que há pouco mais de um mês

nem sequer sonhavam em ser modelos

profissionais, enxergam na oportunidade

só o primeiro passo de uma corrida cheia

de responsabilidades. “Não é só glamour e

gente bonita. É um trabalho sério, e estamos

prontos para começá-lo”, diz Jefferson.

Um trio entre 300Vencedores do ParkFaces ganham Viagem, comPutadores e a chance de brilhar na carreira

AMANDA ARAÚJO – 2º lugar JEFFERSON PEROTTO – 3º lugarANA OLIVEIRA – 1º lugar

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Page 72: Revista ParkShopping

E V E N T O S P A R A L E L O S

72 PAR K S H O P P I N G

oda não é só desfi le, turma bem arruma-

da, modelos que correm nos bastidores e

gente louca para saber o que será deixado

de lado no guarda-roupa nos próximos

meses. De verdade, moda é um mix de informações que

reúne no mesmo liquidifi cador música, interatividade e

principalmente informação. Mais uma vez, a programa-

ção do Claro ParkFashion deixou claro que os fl ashes es-

tão por todo o shopping. Logo na abertura, a exposição Os

Lugares Onde nunca Estive e as Pessoas Que não Conheço trouxe

a sensível criatividade da estilista Rita Wainer expressa

em obras repletas de cores e bordados, prática quase es-

quecida. A mostra, que já esteve em cartaz em São Paulo,

Além da vitrineARTE, BRINCADEIRA EDUCATIVA PARA CRIANÇAS E REFLEXÕES SOBRE TENDÊNCIAS E ESTILO ENRIQUECEM EVENTO

chegou a Brasília em oito quadros, sendo quatro inéditos,

produzidos especialmente para o evento.

O trabalho de Rita fi cou em exposição na ala nova do

ParkShopping até o dia 31 de março. Além da mostra,

Rita Wainer aproveitou a oportunidade para desenvolver

uma ofi cina de fantasias com crianças entre 5 e 10 anos.

Durante três dias, a estilista e artista plástica ajudou 15

crianças cheias de imaginação a transformar heróis e

princesas encantadas em personagens reais. A partir de

uma história elaborada pela turminha, duas costureiras

e dois assistentes deram formas a panos cheios de brilho,

cola, cartolinas e tudo o que criança adora. Rita nem sabe

medir o tamanho da felicidade com o resultado do traba-

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Page 73: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 73

Karlla Girotto orientou workshop de tendências: de textos filosóficos à interpretação de fotos

Gloria Kalil mostrou sua maneira refinada e culta de lidar com os temas moda e etiqueta

lho. Vale destacar que a oficina foi desenvolvida especial-

mente para o Claro ParkFashion e que foi só o pontapé

inicial para muitas outras iguais ou diferentes.

Outro trabalho concorridíssimo foi o workshop de ten-

dências de Karlla Girotto. Com lista de espera e dirigido a

estudantes, fashionistas e todo e qualquer curioso sobre

moda. No dever de casa dos participantes, textos que iam

da filosofia à simples interpretação de uma foto. E tudo

isso para quê? Para lembrar que a cópia é o fim de qual-

quer carreira, que pode existir sim uma pesquisa criati-

va, novas ideias e conceitos com enfoque no que o mundo

já nos apresenta como material investigativo.

A palestra Chic É Ter Estilo, da consultora de moda

Gloria Kalil, também apimentou o Claro ParkFashion

com dicas valiosas para o visual e também a boa con-

vivência. Por quase duas horas, Glorinha lembrou que

educação e moda andam de mãos dadas. Outra: nem

sempre o que está ali na passarela ou nas páginas das

revistas está de acordo com a sua estrutura física. Se

os ditadores de tendências gritam “use calça de cintu-

ra alta” e você é baixinha e com muito quadril, por que

o sacrifício de usar uma roupa que não lhe cai bem?

Uma das profissionais mais respeitadas quando o as-

sunto é moda ensina que o espelho é sim o seu melhor

amigo e que, antes de sair de casa, por favor, veja-se de

frente e, não se esqueça, de costas.

f o t o c o m a s c r i a n ç a s : p e d r o p i n h o

Ao lado, obras de Rita Wainer em exposição no ParkShopping; Acima, a estilista em oficina com crianças

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Page 74: Revista ParkShopping

M O M E N T O S

Gritos, suspiros e ação socialCELEBRIDADES AUMENTAM A

TEMPERATURA NAS PLATEIAS E

PRIMEIRA-DAMA LANÇA INSTITUTO

A primeira-dama Flávia Arruda e sua filha: moda e filantropia

Ricardo Pereira no Desfile Coletivo – Dia 18

Sabrina Sato para Claro – Dia 19

ue tal aproveitar a semana do Claro PakFashion para aprender sobre moda, descobrir tendências e – por que não? –, ver o seu ídolo de pertinho? Em quatro dias de desfi les, quatro celebridades acordaram o si maior que existe no grito de cada fã. Cauã Rey-

mond, Ricardo Pereira, recém-saído da novela Negócio da China, o galã Marcello Antony e a garota Pânico Sabrina Sato subiram às passarelas com aparelhos de última tecnologia da Claro, fi zeram muitas fotos do público e ainda foram ao lounge da tenda de desfi les para um tête-à-tête com os fãs. Além dos bonitões, muitos outros famosos como Caco Ciocler, Larissa Ma-ciel e Rodrigo Hilbert, participaram dos desfi les exclusivos. Antes, logo no primeiro dia, a pri-meira-dama do Distrito Federal, Flávia Arruda, escolheu o Claro ParkFashion para o lançamento do Instituto Fraterna, entidade sem fi ns lucrativos que chega para fortalecer a rede de instituições sociais já existentes no DF. O lançamento aconteceu ali mesmo na passarela, logo após o desfi le da grife infantil Paola Da Vinci. Nos desfi les coletivos, formados por mix de lojas do shopping, os des-taques fi caram por conta de Maryeva Oliveira, Nathália Dill e Guilherme Arruda.

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Page 75: Revista ParkShopping

PAR K S H O P P I N G 75

Guilherme Arruda no Desfile Coletivo –Dia 20

Nathália Dill no Desfile Coletivo – Dia 19

Maryeva Oliveira no Desfile Coletivo – Dia 18

Marcello Antony para Claro – Dia 20

Cauã Reymond para Claro – Dia 17

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76 PAR K S H O P P I N G

T R I L H A S O N O R A

O som da hora

LUCY AND THE POPSONICS THE RANDOM Uma garota, um garoto e um MP3. Talvez o Lucy and the Popsonics seja a primeira banda a desafi ar as leis da matemática e criar uma du-pla com três integrantes. Além de Fernanda, completam o grupo o guitarrista Pil Popsonic e a bateria eletrônica Lucy, todos brasilienses, bonitos e bem vestidos. Os sons digitais dão a base da música: um pop deliciosamente des-pretensioso e fofo, que não deixa de lado certa, e importante, acidez. O repertório do primeiro álbum, A Fábula (ou a Farsa?) de Dois Eletropan-das, gruda como chiclete e vem recheado de referências de cultura de massa, como Sharon Stone, Coldplay e brinquedos eletrônicos japo-neses. Com dois anos de formação, Lucy and the Popsonics se prepara para o lançamento europeu pela gravadora francesa Nacopajaz e já está escalado para os festivais Les Femmes s’en Mêlent e Printemps des Bourges. Para ouvir:www.myspace.com/lucyandthepopsonics

CLUB SILÊNCIOPode não parecer, mas a Club Silêncio é uma banda tímida. Fora o pacotão de mú-sicas que lançaram em novembro de 2007, e chamado de Laissez-Faire (em uma tradu-ção livre, algo como “deixa rolar”), eles ju-ram que tudo o que você precisa saber so-bre a banda é que estão juntos desde 2006 e que Luis Fernando e Fábio Pop tocam guitarra, Daniel Spot, baixo e Jéferson Barbosa, bateria. Ah, e todos se revezam na programação e nos sintetizadores. E gostam de rock. E de elementos eletrôni-cos. E adoram samplear o trabalho alheio. Pronto. E se você achou estranho a foto de divulgação ter uma menina e três rapazes – o Jefferson não está na foto –, eles expli-cam que é tudo marketing, estratégia, um novo jeito de trabalhar. O resto só se des-cobre escutando as músicas. Para ouvir:www.myspace.com/clubsilenciomusic

Tony Roballo e Rogi d’Or são DJs e pro-dutores, trabalham juntos desde 2007 e fazem música para balançar o esquele-to. A dupla toca em dois formatos: cada um em suas picapes, sintonizados mu-sicalmente em grooves típicos da disco-music dos anos 70 e riffs de guitarras bem roqueiros. O nome dessa mistura: disco-punk. Já o live set, o formato dois, é um verdadeiro show, tudo ao vivo. Roballo e Rogi são famosos em Brasí-lia: têm fã-clube que os segue em festas exclusivas e espera um bocado para vê-los tocar. Vontade e convites de lançar um álbum não faltam. Mas o tempo é curto, outros projetos são prioridade. Enquanto o CD não vem, o melhor é se conectar à internet e ouvir e dançar bastante com os dois. Para ouvir:www.myspace.com/therandomlive

DEPOIS DE MUITAS HORAS NA INTERNET GARIMPANDO NOVOS SONS DE BRASÍLIA, O CURADOR JACKSON ARAUJO CHEGOU ÀS TRÊS NOVAS BANDAS QUE EMBALARAM OS DESFILES COLETIVOS. CONHEÇA UM

POUCO DE LUCY AND THE POPSONICS, CLUB SILÊNCIO E THE RANDOM, OS GRUPOS QUE ANIMARAM MODELOS E PLATEIAS

076_parkfashion_trilhas.ok.indd 76 4/7/09 5:20:07 PM

Page 77: Revista ParkShopping

anuncios.indd 2 4/2/09 4:52:56 PM

Page 78: Revista ParkShopping

P H O T O S

78 PAR K S H O P P I N G78 PAR K S H O P P I N G

A estilista e artista plástica Rita Wainer Jackson Araujo

Daniel Ueda

A estilista Karlla Girotto

Andrea Monteiro e Fernanda Ferrugem

Soraia Tupinambá e Marcelo Martins

Suprassumo fashionEXPOSIÇÃO DE RITA WAINER MARCOU A ABERTURA DOCLARO PARKFASHION 2009. EXPERTS, PARCEIROS, JORNALISTAS E FÃS PRESTIGIARAM O COQUETEL DE INAUGURAÇÃO

078-79_parkfashion_photos.ok.indd 78 4/7/09 4:58:13 PM

Page 79: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 79

Antônio Jotta e Luryan Savi Carina Azevedo e André Luis de Camargos (Claro)

Adriana de Macedo-Soares, Max Fivelinha e Mariza de Macedo-Soares Cilene Vieira e Rita Wainer

André Veloso e Reginaldo FonsecaDJ Hopper

par k s h o p p i n g 79

Suprassumo fashion

078-79_parkfashion_photos.ok.indd 79 4/7/09 4:58:38 PM

Page 80: Revista ParkShopping

80 PAR K S H O P P I N G

I N F A N T I L

> P R O D U Ç Ã O: A N A B E L L E M O T A . F O T O S: W E L I S O N C A L A N D R I A . I L U S T R A Ç Õ E S: R I T A W A I N E R

Garotada-prodígioA MODA INVERNO ESBANJA ESTILO EM VESTIDINHOS ELEGANTES

PARA AS MENINAS E UMA MISTURA EQUILIBRADADE ALFAIATARIA E ESPORTE PARA OS MENINOS

Vestido e sapatos Paola da VinciArco Green by Missako

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Page 81: Revista ParkShopping

PAR K S H O P P I N G 81

Vestido e sapato Paola da VinciBichinho Green by Missako

Blusa, saia e chapéu Green by MissakoSapato Paola da VinciBichinho Green by Missako

080-83_parkfashion_infantil.okindd.indd 81 4/7/09 4:52:56 PM

Page 82: Revista ParkShopping

82 PAR K S H O P P I N G

I N F A N T I L

Camisa, calça, casaco e tênis Paola da VinciBicho de pelúcia Green by Missako

Casaco, calça e sapato Paola da VinciCachecol e chapéu Green by Missako

080-83_parkfashion_infantil.okindd.indd 82 4/7/09 4:54:09 PM

Page 83: Revista ParkShopping

PAR K S H O P P I N G 83

Vestido, tênis e calcinha Paola da VinciArco Green by Missako

Camisa, casaco e calça Paola da VinciTênis e touca Green by Missako

080-83_parkfashion_infantil.okindd.indd 83 4/7/09 4:55:06 PM

Page 84: Revista ParkShopping

84 par k s h o p p i n g

ParkShopping

l o j a s r e f o r m a d a s l o j a s r e f o r m a d a s l o j a s r e f o r m a d a s l o j a s r e f o r m a d a s l o j a s

TAIPAN GOURMET CHINESE FOODO restaurante está com mais personalidade agora que o branco das paredes deu lugar ao revestimento amadeirado que compõe um visual xadrez. Durante a reforma, o teto recebeu nova pintura. O toque final foi dado com a colocação de dois grandes dragões junto ao letreiro, além de outros quatro menores perto da mesa de réchaud. As mudanças deram mais destaque à comida, que ficou mais atraente aos olhos dos clientes. 2º Piso – Praça de Alimentação

PLANET GIRLSO tradicional cor-de-rosa da marca deu lugar a outras cores na loja do ParkShopping. O azul ganhou destaque, assim como o branco, usado nos provadores. As vitrines agora têm um fundo espelhado, e o chão foi decorado com um charmoso tapete no centro do ambiente, deixando a loja mais aconchegante. 1º Piso – próxima à Entrada A

TIMA retirada dos painéis luminosos e a colocação de vitrines de vidro deram mais amplitude, e a nova “mesa de degustação” deixou a loja mais convidativa. Ali, ficam à disposição dos clientes mais de 30 aparelhos em funcionamento, o que permite experimentar toda a tecnologia que a telefonia celular oferece. 2º Piso, próxima aos Cinemas

084_Caderno_reformadas.ok.indd 84 4/7/09 4:11:58 PM

Page 85: Revista ParkShopping

par k s h o p p i n g 85par k s h o p p i n g 85

g e n t e n o v a g e n t e n o v a g e n t e n o v a g e n t e n o v a g e n t e n o v a g e n t e n o v a g e n t e n o v a g e n t e n o v a

O ParkShopping acaba de ganhar uma Livraria Saraiva, que, além de livros nacionais e

importados, oferece amplo portfólio de CDs e DVDs. A loja chega para substituir a Sici-

liano, seguindo o padrão das recentes inaugurações e renovações da rede. Fundado em

1929, o grupo detém quase uma centena de lojas distribuídas em 13 Estados do país, e

também no Distrito Federal, e ocupa a liderança entre as empresas do mercado livreiro.

Os clientes do shopping poderão conhecer o programa de fidelidade Saraiva Plus, que

reverte pontos em descontos para futuras compras; o cartão de crédito Saraiva, que per-

mite financiamento em até dez vezes; a Encomenda Garantida, que busca os produtos não

disponíveis para o cliente; e o Cartão Presente Saraiva.

2º Piso - próxima à Praça Cen-tral . Telefone: (61) 3323-6789

085_caderno_lojanova.ok indd.indd 85 4/7/09 5:25:19 PM

Page 86: Revista ParkShopping

86 par k s h o p p i n g

ParkShopping

Paixão pelo desafio

bela e simpática Frida Ferreira já foi modelo e comissária

de bordo. Nascida em Goiânia e formada em Direito, ela

viveu 25 anos no Rio de Janeiro durante o período em

que trabalhou fazendo desfiles e posando para fotos

e também enquanto não estava cruzando fronteiras

em algum avião. Hoje, Frida está onde queria: com

os pés bem no chão, na cidade onde criou suas raízes, e com uma rica expe-

riência de vida na bagagem. “Fui muito feliz na época em que vivi no Rio,

mas tinha vontade de regressar a Brasília. Na primeira oportunidade que

apareceu, em 1996, com um emprego no ParkShopping, voltei”, diz. No

comando da recém-inaugurada Tânia Bulhões Perfumes, que abriu em

novembro do ano passado sua primeira loja fora de São Paulo, a gerente já

passou por outras lojas do varejo, em setores bem distintos. Primeiro, foi a

moda feminina; depois, os cristais; e agora os perfumes. Em comum, todos

eles têm o glamour. “Sempre atuei em empresas que prezam por um estilo

de vida sofisticado. Inclusive na época em que trabalhava em companhia

aérea, que mantinha como lema ‘a elegância de voar’, vivenciei experiên-

cias culturalmente enriquecedoras dentro desse universo glamoroso.”

Para chegar à gerência da loja Tânia Bulhões Perfumes do ParkShop-

ping, Frida contou principalmente com seu entusiasmo. Ao saber que a

marca inauguraria uma loja ali, ela se candidatou por iniciativa própria.

Para conquistar o cargo, foi preciso passar por um longo processo de

triagem, que durou cerca de três meses. “Fiquei muito ansiosa, mas ao

mesmo tempo aproveitei muito essa fase. Gosto de participar de seleções

como essa, pois é uma excelente chance de refletir sobre o que se quer da

vida e fazer um trabalho de autoavaliação”, afirma.

Quando se trata de encarar desafios, nem o céu é o limite para Frida. Ape-

sar da vasta experiência no varejo, ela admite que participar da inauguração

de uma marca nova na cidade traz bastante responsabilidade. “Montar a

equipe, estudar as melhores formas de divulgação e desenvolver o trabalho a

partir da estaca zero não é fácil, e talvez por isso mesmo seja tão empolgante.

Fiquei muito motivada em fazer parte desta equipe, que está trazendo uma

marca nova para o mercado brasiliense.” Para Frida, a maior gratificação é a

confiança e a fidelidade que ela inspirou em seus antigos clientes, e que pode

ser percebida na expressão de surpresa deles quando a veem na nova loja.

“Fico muito feliz quando ouço meus clientes dizerem que, ‘se a Frida está lá,

é porque a loja deve ser muito boa’. Formar esse elo é maravilhoso.”

A gerente FridA FerreirA, ex-modelo e ex-comissáriA de bordo, inAugurA A primeirA lojA tâniA bulhões ForA de são pAulo

Frida na loja de perfumes: muita responsabilidade e prazer de fazer

parte de um universo glamoroso

t a l e n t o t a l e n t o t a l e n t o t a l e n t o t a l e n t o t a l e n t o t a l e n t o t a l e n t o t a l e n t o t a l

f o t o : c r i s t i a n o s é r g i o

086_caderno_talento.ok.indd 86 4/7/09 4:07:16 PM

Page 87: Revista ParkShopping

anuncios.indd 2 4/2/09 4:51:56 PM

Page 88: Revista ParkShopping

o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n -

88 par k s h o p p i n g

ParkShopping

o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n -

Acessórios BE HOLD • 3233.3779 - Superior

CHiLLi BEans • 3234.2446 - Térreo

CHILLI BEANS (QuioSQue)• 3362.0667 - Superior

COnFRaRia • 3361.0374 - Superior

ELisa aTHEniEnsE • 3245.2433 - Térreo

KIPLING • 3363.2869 - Superior

LE POSTICHE • 3234.5626 - Superior

MONICA SANCHES • 3361.9668 - Superior

SWATCH (QuioSQue)• 3233.8707 – Térreo

TRITON ÓCULOS (QuioSQue)• 3234.0761 - Superior

Artigos esportivos aDiDas • 3234.1025 - Térreo

BY TENNIS • 3363.3830 - Superior

CENTAURO ESPORTES • 3363.2523 - Superior

DENY SPORTS • 3233.1105 - Superior

WORLD TENNIS • 3234.3025 - Superior

ALiMeNtAÇÃo/restAurANtes BAKED POTATO (QuioSQue)• 3361.2679 - Superior

BisTROT GOURMET • 3245.8382 – Térreo

BON GRILLê • 3361.1519 - Superior

CaFé Cassis • 3234.2968 – Térreo

CaFé Cassis EXPREss • 3361.2910 - Superior

CONFRARIA DO CAMARÃO • 3361.9786 - Superior

DIVINO FOGÃO • 3233-5782 - Superior

DOM FRanCisCO • 3363.3079 - Superior

GRanDE MURaLHa sUsHi • 3234.2090 - Superior

LA BOCCA • 8408.0022 - Superior

MARIETTA • 3233.5460 - Superior

O ÁRABE DO BRASIL • 3361.8283 - Superior

OUTBACK STEAK HOUSE • 3234.7958 -Térreo

pASTTiNe • 3361.3826 - Superior

piZZA ToNKA • 3233.1413 - Superior

QuANTo priMA • 3361.0477 - Superior

roSSo pASTA & GriLL • 3233.1073 - Superior

SALAD CreATioNS • 3233.8995 - Superior

SpoLeTo • 3233.6106 - Superior

sUBWaY • Superior TAIPAN GOURMET CHINESE FOOD • 3234.4858 - Superior

FAst-Food BOB’S • 3361.2676 - Superior

BRAHMA (QuioSQue) • 9303-8763 – Térreo

GIRAFFAS • 3361.3734 - Superior

McDONALD’S • 3234.8208/3233.5369 - Superior

ORIGINAL COOKIES (QuioSQue)• 8122.6614 - Superior

sorveteriA/coNFeitAriA aMOR aOs PEDaÇOs • 3361.0388 - Superior

GULA GELADA • 3361.8427 - Superior

HÄAGeN-DAZS • Térreo

cAFé/doceriA CAFÉ DO PONTO • 7811.2605 - Superior CAFÉ INNAMORATO (QuioSQue)• 3233.8440 - Térreo

CASA DO PÃO DE QUEIJO • 3234.1882 - Superior

FRAN’S CAFÉ • 2105-2019 - Térreo

BoMBoNière KOPENHAGEN • 3361.0837 - Superior

BANcos 24 HORAS • (CAixA eLeTrôNiCo) - Superior

ABN AMRO REAL • (CAixA eLeTrôNiCo) - Superior

BANCO DO BRASIL • 3361.4775 - Térreo

BANCO DO BRASIL • (CAixA eLeTrôNiCo) - Superior

BRADESCO • (CAixA eLeTrôNiCo) - Superior

BrB • 3412.8282 – Térreo

CaiXa ECOnÔMiCa FEDERaL • (AuTo ATendimenTo) – Térreo

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL • (CAixA eLeTrôNiCo) - Superior

ITAÚ • (CAixA eLeTrôNiCo) - Superior

UNIBANCO • (CAixA eLeTrôNiCo) – Superior

BiJuteriAs ARTE DESIGN • 3233.8616 - Térreo

ESTASI • 3233.8377 - Superior

FaBRiZiO GiannOnE DEsiGnER • 3233.4958 – Térreo

FRANCESCA ROMANA DIANA • 3361.3946 - Superior

MORANA • 3361.9151 - Térreo

SAMVARA • 3234.0339 - Superior BriNQuedos HAPPY TOWN (QuioSQue) • Superior PBKIDS • 3234.8007 - Térreo

RI HAPPY • 3233.9607 - Térreo

cALÇAdos ALEATTO • 3233.6622 - Superior

AREZZO • 3234.1432 - Superior

as BRasiLEiRÍssiMas • 9286.7401 - Superior

ÁViDa • 3361.2125 – Superior

BIRELLO • 3361.3295 - Superior

CaPODaRTE • 3234.2333 - Superior

CARMEN STEFFENS • 3234.0129 - Superior

CITY SHOES • 3361.0028 - Superior

CNS • 3362.8747 - Térreo

DATELLI • 3233.5225 - Térreo

DUMOnD • 3363.1292 - Térreo

FASCAR • 3233.8513 - Superior

LENNY E CIA • 3362.7018 - Superior

MR. CAT • 3361.8156 - Superior

MR. FOOT • 3233.3399 - Superior

NeW orDer • 3361.0412 - Térreo

SIDE WALK • 3362.9758 - Superior

VIA UNO • 3462.1584 - Térreo

cAMA, MesA e BANHo BANHO DE ESPUMA • 3363.3739 - Superior

MMARTAN • 3362.0680 - Superior

TROUssEaU • 3245.1108 - Térreo

cosMéticos COSMÉTICA PERFUMARIA • 3361.7567 - Superior

EMPÓRIO BODY STORE • 3233.8891 - Superior

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LORD • 3234.2761 - Superior

O BOTICÁRIO • 3233.2703 - Superior

Tania BULHÕEs PERFUMEs • 3362.0089/3362.0199 - Térreo

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decorAÇÃo/Artigos do LAr iMaGinaRiUM • 3234.0272 - Térreo

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eLetrodoMésticos NOVO MUNDO • 3905.2852 - Térreo

PONTO FRIO • 3363.1415 - Superior

iNForMÁticATERRa DO nOTEBOOK • 3462.1112 – Superior

JoALHeriAs anTOniO BERnaRDO • 3233.0403 -Térreo

GUERREIRO • 3233.1571 - Superior

H.STERN • 3234.5600 - Térreo

MOnTBLanC • 3361.3051 - Térreo

NATAN • 3233.9070 - Térreo

PEDRaRT EXCLUsiVE • 3233.2520 - Superior

ROMARIO VERAS • 3361.8898 - Superior

SF JÓIAS • 3363.4008 - Térreo

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Page 89: Revista ParkShopping

o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n -o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n t r a r o n d e e n c o n -

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Planet Girls • 3361.1855 - Térreo QUessaDa • 3361.0962 - Superior

saCaDa • 3233.2100 - Térreo

sHOUlDer • 3361.6062 - Superior

TESSUTI • 3361.0031 - Térreo

TVZ • 3361.1293 - Térreo

VESTUÁRIO MaScUlInO ARAMIS • 3233.5503/3233.8007 – Térreo BrOOKsFielD • 3363.3176 -Térreo BUCKman • 3361.5621 -Térreo CrawFOrD • 3234.9733 - Superior

HarrY’s • 3361.2666 - Superior

HUGO BOSS • 3233.2273 – Térreo

TESTO • 3234.1588 - Térreo Via VenetO • 3233.2945 - Superior

Vila rOmana • 3234.2077 - Térreo

Vr • 3361.9823 - Térreo

VESTUÁRIO InfanTIl BrOOKsFielD JUniOr • 3234.3788 - Térreo

CHEEKY• 3234.0850 - Térreo CHiCCO • 3361.1216 - Térreo

Green • 3362.7091 - Superior liliCa & tiGOr • 3234.1747 - Superior

merCaDO inFantil • 3234.6335 - Térreo

pAoLA DA ViNCi • 3361.1767 - Térreo

PreCOCe • 3234.0049 - Superior VESTUÁRIO UnISSEx aleXanDre HerCHCOVitCH • 3362.9169 - Superior

BaD BOY • 3233.9599 - Superior

CalVin Klein • 3462.1723 - Térreo COlCCi • 3233.5507 - Térreo DRILL • 3234.5029 - Superior

ECKZEM • 3361-5006 – Superior

elle et lUi • 3234.1991 - Superior

ellUs • 3361.4177 - Térreo FOrUm • 3233.4959 - Térreo

HerinG stOre • 3234.6833 - Superior

laCOste • 3234.9145 - Superior

leVi’s • 3233.3924 - Térreo lUiGi BertOlli - Térreo MANDI & CO. • 3233.1527 - Térreo M. OFFICER • 3252.7049 - Superior OPçãO • 3362.9406 - Térreo OsKlen • 3361.2124 - Térreo

PUma • 3221.7862 - Térreo SIBERIAN • 3361.9137 - Térreo TIMBERLAND • 3233.9192 - Térreo TNG • 3233.9467 - Térreo

TOMMY HILFIGER • 9909.0453 - Térreo

wÖllner OUtDOOr • 3362.8881 - Superior

Zara • 3361.4408 - Superior

IMOBIlIÁRIamGarZOn • Térreo

ÍnTIMO/lIngERIE anY anY • 3361.2127 - Superior

CASA DAS CUECAS U|W • 3233.6466 - Superior

JOGÊ • 3234.3890 - Térreo lUPO • 3361.1899 - Superior PUKet • 3362.7054 - Superior PRaIa BLUE MAN • 3233.1138 -Térreo

BODY FOr sUre • 3362.9690 - Superior

sUmmersHOP • 3361.6396 - Superior

traCK&FielD • 3234.5238 - Térreo

TURISMO ViaGens CVC • 3234.0446 - Térreo

UTIlIDaDES COlCHÕes OrtOBOm • 33234.3121 - Superior

swarOVsKi • 3363.5111 - Térreo ViVara • 3233.3854 - Superior

laZER Cine ParKPleX • 3223.1617 - Superior

HOt ZOne • 3362.7439 - Superior

ParK BOwlinG • 3361.6677 - 3º piSo

lIVRaRIaSARAIVA • 3362.8823 - Superior

lOJaS DE DEPaRTaMEnTOS C&a • 3233.4455/3233-4076 -Térreo

FnaC • 2105.2020 - Térreo lOJas ameriCanas • 3361.0002 - Superior

renner • 2101.3000 - Superior

riaCHUelO • 2102.3100 - Térreo

PaPElaRIapApeL CrAFT • 3233.5461 -Térreo

SERVIÇOS BaBY FrOta (QuioSQue)• 9555.1565 - Superior

GOlDen serViCes • 3233.5186 – Superior

imPerial COstUra e aViamentOs • 3361.6374 - 3º piSo ParKClUB • 3234.9446 - Superior

ParK serViçOs (QuioSQue)• 3361.5142/9258-3717 - Térreo

ParKsOrte (LoTériCA) • 3234.7888 - 3º piSo ParK tÁXi • 3234.5588 - Térreo/Superior – NAS porTAriAS Valet ParK (MANobriSTA) • 3362.1352 - Terr./Sup. - eNTrADA C1, D e e SOM/cInE/fOTO/ÓTIca FUJiOKa • 3905-2295 - Superior

SoNY STYLe • 3361.0171 - Térreo

TElEfOnIaBrasilteleCOm (QuioSQue)•Térreo

BrasilteleCOm • Superior

ClarO • Superior

ClarO (QuioSQue)• Superior

POntO tim (QuioSQue)• 3361.6119 - Superior

tim • Superior

ViVO (QuioSQue)• 3361.6428 - Superior

ViVO (QuioSQue)• 3234.1357 - Térreo ViVO • Superior

VESTUÁRIO fEMInInO ALCAÇUZ • 3362.0046 - Térreo

ANIMALE • 3234.3965 - Térreo

Área KB • 3361.7319 - Superior

aVanZZO • 3361.0331 - Superior

AVEC NUANCE • 3361.0166 -Térreo

BarreD’s • 3234.1801 - Térreo BOB stOre • 3361.8187 - Superior

CARLOS MIELE • 3462.1390 - Térreo

CHARMING • 3234.2396 - Térreo

CORI • 9909-0226 - Superior

ENJOY • 3233.0513 -Térreo

FORUM TUFI DUEK • 3346.7055 - Térreo

GREGORY • 3233.7049 - Térreo HUis ClOs • 3361.2681 -Térreo

iSAbeLLA Giobbi • 3363.7033 - Térreo

le lis BlanC DeUX • 3361.7579 – Superior MADAME MS • 3361.5258 - Superior

MArA MAC • 3234.8157 -Térreo

MARIA BONITA • 3234.5464 -Térreo MARIA FILÓ • 3361.0959 - Térreo

MARIE CLAIRE • 3234.0147 - Térreo marY ZaiDe • 3362.7462 - Térreo

merCearia • 3233.5515 - Superior

Mob • 3361.0043 – Térreo

naKissKa • 3363.4444 – Superior

OH,BOY! • 3233.6100 - Superior

One UP • 3234.8764 - Superior

PataCHOU • 3361.0200 - Superior

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Page 90: Revista ParkShopping

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Page 91: Revista ParkShopping

PAR K S H O P P I N G 91

Obstinada e tirânica, mas dona de um charme e de um estilo fabulosos, Gabrielle Coco Chanel submetia suas modelos a intermináveis sessões de provas de roupas – que podiam durar uma noite inteira – e munida de alfinetes eliminava cada ruga ou imperfeição do tecido. No dia a dia, era dona de língua afiada e ferina, e cunhava frases irônicas e cheias de personalidade. A vida dessa mulher, nascida no fim do século XIX em uma família pobre, abandonada num orfanato na infância, cortesã na idade adulta e rainha da moda desde muito cedo, é um prato cheio para romancistas, cineastas, poetas ou qualquer um que goste de uma história bem contada. Bem contada, é bom frisar, porque a trajetória da literatura mostra que figuras interessantes podem render tanto grandes romances quanto narrativas pífias. Um livro já à venda e um filme a ser lançado em junho no Brasil tentam vencer esse desafio. O primeiro, intitulado A Era Chanel (Editora Cosac Naify, 384 páginas), é um delicioso e bem ilustrado – tem mais de 400 imagens – relato de sua vida. O segundo, Coco Avant Chanel, promete dar conta do recado com a mesma qualidade: a atriz Audrey Tautou, de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, interpreta a estilista. E vai usar figurinos especialmente desenhados pelo atual responsável pelas roupas da grife Chanel, Karl Lagerfeld . Imagine a elegância... O livro, escrito pela romancista francesa Edmonde Charles-Roux, mescla um viés literário, quando fala da vida da protagonista, à linguagem histórica, quando situa o cenário sociopolítico de seu entorno, o que deixa a narrativa interessante e rica. Coco não se curvava a nada e a ninguém, e foi com essa valentia que ela mudou drasticamente a maneira de as mulheres se vestirem e viveu grandes amores com vários homens, um verdadeiro escândalo para a época. (ROSANE AUBIN)

LIVRO E FILME REVELAM A PERSONALIDADE

FORTE, IRÔNICA E OUSADA DE GABRIELLE

COCO CHANEL

Obstinada e tirânica, mas dona de um charme e de um Obstinada e tirânica, mas dona de um charme e de um estilo fabulosos, Gabrielle Coco Chanel submetia suas estilo fabulosos, Gabrielle Coco Chanel submetia suas

LIVRO E FILME REVELAM LIVRO E FILME REVELAM LIVRO E FILME REVELAM A PERSONALIDADE A PERSONALIDADE

FORTE, IRÔNICA E

LIVRO E FILME REVELAM LIVRO E FILME REVELAM A PERSONALIDADE A PERSONALIDADE

FORTE, IRÔNICA E

As alfinetadas de mademoiselleFORTE, IRÔNICA E FORTE, IRÔNICA E

OUSADA DE GABRIELLE OUSADA DE GABRIELLE FORTE, IRÔNICA E

OUSADA DE GABRIELLE FORTE, IRÔNICA E

COCO CHANEL

FORTE, IRÔNICA E

Gabrielle Chanel com uma de suas invenções, o maiô, e em seu ateliê parisiense; na foto maior, Audrey com os figurinos masculinos que a estilista introduziu no guarda-roupa feminino; nas imagens coloridas, cenas do filme

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O dia a dia de uma família de operários, numa cidade praiana da Itália nos anos 60, é esmiuçado em Meu Irmão É Filho Único, de Daniele Luchetti. Accio(Elio Germano) sente-se inferiorizado pelos pais e pelo irmão mais velho, Manrico (Ricardo Scamarcio). O jovem faz camaradagem com um militante fascista, alinha-se ao movimento de direita e com isso procura ir à forra (Manrico é comunista). Une-os, no entanto, o amor pela mesma mulher: a estudante aristocrata Francesca. O roteiro descortina, de maneira íntima, um período turbulento da história italiana e mundial e nos brinda com o talento dos jovens protagonistas – sobretudo Germano, brilhante como o tempestuoso Accio.

O.k., você prefere Ella Fiztgerald, Antônio Carlos Jobim, Edith Piaf ou Miles Davis. Mas atire a primeira pedra quem nunca explodiu de alegria numa pista de dança ao ouvir “Dancing Queen”. Ou, bem cá entre nós, não curtiu uma dor de cotovelo daquelas ao som de “The Winner Takes It All”. Aproveite: a maior e melhor banda cafona de todos os tempos tem sua história passada a limpo com uma caixa de CDs definitiva, contendo seus oito álbuns e mais um disco de raridades. A embalagem bacaninha (que reproduz as capas originais dos LPs) traz todos os hits que queremos ouvir: “Chiquitita”, “Mamma Mia”, “Fernando”, “Waterloo”, “Voulez-Vous”, “Super Trouper”, “The Name of the Game”... Luxo!

Luxo cafona

dvd'scoleção

O dia a dia de uma família

PAR K S H O P P I N G

O.k., você prefere Ella Fiztgerald, Antônio O.k., você prefere Ella Fiztgerald, Antônio Carlos Jobim, Edith Piaf ou Miles Davis. Mas Carlos Jobim, Edith Piaf ou Miles Davis. Mas atire a primeira pedra quem nunca explodiu atire a primeira pedra quem nunca explodiu de alegria numa pista de dança ao ouvir de alegria numa pista de dança ao ouvir “Dancing Queen“Dancing Queencurtiu uma dor de cotovelo daquelas ao curtiu uma dor de cotovelo daquelas ao som de “The Winner Takes It Allsom de “The Winner Takes It Alla maior e melhor banda cafona de todos os a maior e melhor banda cafona de todos os tempos tem sua história passada a limpo tempos tem sua história passada a limpo com uma caixa de CDs definitiva, contendo com uma caixa de CDs definitiva, contendo seus oito álbuns e mais um disco de seus oito álbuns e mais um disco de raridades. A embalagem bacaninha (que raridades. A embalagem bacaninha (que reproduz as capas originais dos LPs) traz reproduz as capas originais dos LPs) traz todos os hits que queremos ouvir: todos os hits que queremos ouvir: “Chiquitita“Chiquitita“Waterloo“WaterlooTrouper

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PAR K S H O P P I N G 93

A iraniana Marjane Satrapi ficou conhecida pela série autobiográfica de histórias em quadrinhos Persepolis. O sucesso das HQs resultou neste singelo longa-metragem de animação (candidato ao Oscar em 2008), dirigido pela própria Marjane. Nascida em uma família de esquerda, ela sofre desde criança com a intolerância do regime instaurado em seu país após a Revolução Islâmica. Adolescente, no auge da guerra do Irã contra o Iraque, é mandada pelos pais a Viena, onde vive delícias e decepções. Sua trajetória revela – de maneira irônica e desprovida de autopiedade – os percalços femininos em uma ditadura fundamentalista. Uma boa forma de entender a cultura e o cotidiano islâmicos.

Milton Hatoum é um dos maiores romancistas brasileiros contemporâneos. A sua prosa única revela os mistérios de uma região, condição que ele mesmo admite, distante do país: a Amazônia. Filho de libaneses, arquiteto e professor de literatura, foi premiado com obras como Cinzas do Norte e Dois Irmãos. A Cidade Ilhada é seu primeiro volume de contos, escritos em diferentes períodos. São fragmentos de memórias da infância e da juventude, desde a umidade do Norte ao frio europeu: a primeira visita a um bordel, à beira de um igarapé, a primeira paixão, os encontros com a língua e com as letras no Brasil e alhures, o drama dos exilados nos idos do regime militar.

Um dos casos extraconjugais mais picantes da história americana é dissecado por François Forestier, cujo trabalho incansável em recolher vasta documentação e fazer entrevistas com testemunhas oculares do romance Monroe-Kennedy desaguou neste best-seller. Alguns mistérios da relação do presidente americano, assassinado em 1963, com a atriz de Hollywood mais desejada na época são esclarecidos, garante o autor. A hipótese de que a morte de Marilyn tenha sido arquitetada pela própria família Kennedy, por exemplo, é afastada. Quer saber mais? Aventure-se pelo texto que extrapola a narrativa jornalística, ganhando contornos literários e clima de filme de suspense.

A americana Patricia Cornwell começou a vida profissional como jornalista, no Charlotte Observer, da Carolina do Norte, cobrindo notícias policiais. Ganhou prêmios por algumas reportagens audaciosas e revelou sua veia literária no começo dos anos 90, ao lançar a série de histórias protagonizadas pela médica-legista Kay Scarpetta. Em Predador, a doutora Scarpetta investiga eventos sem aparente ligação entre si: uma ocorrência em uma loja de produtos natalinos, o sumiço de duas crianças e um suicídio. Aos poucos, vai decifrando a trama macabra que une esses acontecimentos. Para quem cresceu lendo Agatha Christie e Georges Simenon, Patricia Cornwell é a pedida da hora.

Memórias manauaras

A diva e o presidente

Tramamacabra

ficou conhecida pela série autobiográfica de histórias

. O sucesso das HQs resultou

2008), dirigido pela própria

após a Revolução Islâmica.

desprovida de autopiedade

fundamentalista. Uma boa

A iraniana Marjane Satrapi

A Cidade IlhadaMilton Hatoum128 págs., R$ 31Companhia das Letras

Marilyn e JFKFrançois Forestier216 págs., R$ 33,90Editora Objetiva

PredadorPatricia Cornwell424 págs., R$ 49Companhia das Letras

Animaçãopara adultos livros

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Resultado da realização de um sonho do fotógrafo mineiro Érico Hiller, o livro Emergentes é um documentário fotográfico que retrata o cotidiano dos países que compõem o Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), além de Argentina e México. O objetivo é mostrar como é viver em um país emergente. A obra traz 250 imagens coloridas captadas durante três anos de viagens e pesquisas, organizadas em 288 páginas, com textos em português e inglês. “Queria registrar os extremos, mostrando o que há de fascinante e de frustrante no cotidiano dos cidadãos emergentes”, diz o autor. “Constatei que há muito desespero e desigualdade no atual modelo de emergência. E o meio ambiente está sendo exaurido de forma irreversível. Estes países crescem em ritmos acelerados, mas as desigualdades sociais se agravam e a natureza pena de uma forma mais intensa e rápida.” Em seu blog (http://pelomundo2008.blogspot.com), Érico relata mais algumas impressões.

Mais do que Cleópatra – personificada por Elizabeth Taylor no épico hollywoodiano da 20th Century Fox –, Nefertiti é a soberana egípcia misteriosa por excelência. Seu busto, de rara beleza, até hoje intriga os visitantes do Altes Museum, em Berlim. A californiana Michelle Moran é uma dessas apaixonadas pela rainha da oitava dinastia do Egito (anos 1300 a.C.). Vasculhou tratados históricos e criou um romance fácil e rápido de ler. Se Nefertiti, o livro, não é um tratado sério sobre a relação da nobre com o faraó Akhenaton (que unificaram o antigo Egito, criando uma nação monoteísta), pode muito bem servir de porta de entrada para leituras mais profundas.

Vidaemergente

A belado Nilo

Lições aprendidas

livros

viver em um país emergente.

“Queria registrar os extremos,

fascinante e de frustrante no

desespero e desigualdade no atual modelo de emergência. E o meio ambiente está sendo

agravam e a natureza pena de

NefertitiMichelle Moran416 págs., R$ 44,90Suma de Letras

Aprendi com Meu ChefeRicardo GaluppoEditoras Versar e Saraiva

livroslivros

EmergentesÉrico Hiller288 págs, R$ 96Editora Érico Hiller

Histórias de sucesso de nomes públicos costumam ser inspiradoras. No entanto, raramente conseguimos avaliar a extensão de sua influência. No livro Aprendi com Meu Chefe, o jornalista e escritor Ricardo Galuppo faz o caminho inverso e convida o “influenciado” a falar de seu influenciador. Galuppo entrevista 14 personagens e os convoca a falar dos chefes que marcaram sua carreira e conduta. Assim, Alcides Tápias cita a simplicidade obstinada do banqueiro Amador Aguiar, o executivo Paulo Pompilio pontua a disciplina de Abilio Diniz e Washington Olivetto lembra a simplificação aprendida com Sergio Graciotti. Às vezes, uma frase do chefe é o que basta. Aécio Neves, por exemplo, cita uma frase do avô, o ex-presidente da República Tancredo Neves, que o ajudaria a tomar atitudes impopulares, mas necessárias, ao assumir o governo de Minas Gerais.

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O U2 nunca lança um disco igual ao outro. Bono e sua turma ora são pop, ora partem para o rock-and-roll nu e cru, ora flertam com a música eletrônica. Line on the Horizon, o novo álbum, tem sabor experimental, o que se deve em grande parte à produção de Brian Eno e Daniel Lanois, antigos colaboradores da banda, que também atuam como músicos no CD. Músicas como “I´ll Go Crazy If I Don’t Go Crazy Tonight” e “Magnificent” (forte candidata a grande hit do disco) lembram o som da banda nos meados dos anos 80. Os fãs da antiga (o U2 completa 29 anos de estrada!) não têm do que reclamar e os que dizem não à pirataria serão brindados com um belo trabalho gráfico.

U2 aos quase 30 Vozes da MotownOs 50 anos da gravadora americana Motown estão sendo comemorados luxuosamente, com reedições caprichadas de discos históricos e coletâneas de sucessos de primeira linha. Da mais nova fornada, a pérola fina é o CD triplo Marvin 50, contendo o melhor da produção de Marvin Gaye, de 1961 a 1978. Obras fundamentais da música pop como “What’s Going On”, “Let’s Get It On” e “Trouble Man” estão aqui. Mas, se você prefere variedade de vozes, vai se encantar com o também triplo Motown 50. Além de Marvin, brilham outras estrelas da gravadora black: Stevie Wonder, Jackson 5, Diana Ross & The Supremes, Smokey Robinson, The Temptations, The Isley Brothers e mais uma porção de bambas.

cd's

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Page 96: Revista ParkShopping

96 par k s h o p p i n g

Acontecimentos O ParkShopping viveu, em março, dias de moda,

glamour e gente em profusão bordejando pelos

corredores do mall e se atropelando, umas às

outras, nas necessárias filas de acesso às salas

de desfile. Tudo normal – isso faz parte de even-

tos importantes de moda, nacionais e interna-

cionais, e o Claro ParkFashion se enquadra nes-

sa categoria. Para a próxima edição, com certe-

za, tais filas estarão de volta e uma vez mais

exigirão pulso firme e traquejo dos seguranças,

dos assessores de imprensa, dos organizadores,

de quem trabalha no evento, enfim.

Dentro das salas de desfile, outra fila gera pro-

blemas: a primeira, a fatídica e atraente fila A,

que existe em função de privilegiar o público que

trabalha (jornalistas, compradores), “acarinhar’’

convidados especiais (clientela de fidelidade

inquestionável, altas autoridades, celebridades)

Ma

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d

e

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do

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s

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e assentar os parentes mais diretos dos estilistas

e donos das marcas. Como já foi observado, isso

tudo confirma o que se comenta sobre ParkFashion

– é o terceiro maior evento de moda do país e o

mais importante do Centro-Oeste.

A respeito de primeira fila/convidados especiais/

celebridades, duas famosas merecem aplausos: Bru-

na Lombardi e Larissa Maciel. O motivo? A atitude low

profile, aquela de quem encara com naturalidade a

fama, sabe que ela é o resultado de um trabalho e

pode ser passageira.

Bruna Lombardi esteve na primeira fila do fashion

show de Elisa Atheniense – entrou na sala de desfi-

les com as luzes já apagadas (culpa de um atraso

no voo Bahia-DF). Viu toda a coleção da designer

– sua amiga e anfitriã. Aplaudiu, saiu da sala e ca-

minhou com tranquilidade pela ala nova do shop-

ping até chegar à loja de Elisa Atheniense para

( A )

Filas na área de lounges do Claro ParkFashion para garantir o melhor lugar na sala de desfiles

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Leonardo Carvalho, superintendente das marcas VR Menswear, Calvin Klein Jeans e Mandi em Brasília; Emanuel Milchevski, BBB; Pedro Calmon Filho, proprietário do HIll Music Bar; e Iran Malfitano, ator; à esquerda, a elegância de Bruna Lombardi

( A )

drinques e bocaditos elegantes pós-desfile.

Larissa Maciel, a Maysa da minissérie da Globo, por

sua vez, convidada da Mara Mac, pretendia apenas

conferir, sentadinha na fila A, of course, os looks de

outono-inverno da marca. Reginaldo Fonseca, diretor-

executivo do ParkFashion, um sedutor que entende

tudo de celebridades (a neomusa é tímida), convenceu

Larissa a encerrar a apresentação da Mara Mac. Não

sem antes deixar que a bonitona conferisse como será

a temporada fria da marca, como (bem) prova a foto.

Nesta edição do Claro ParkFashion, inúmeras grifes

abriram as portas de suas lojas para brindar convidados

e coleções, à medida que rolavam as apresentações nas

passarelas. Uma coisa rápida, digamos assim, cada um

na sua, cada marca com seus convivas. Agora, como co-

memorar quando três marcas de um mesmo grupo se

apresentam em seguidinha, uma atrás da outra, com

modelos badalados e famosos na passarela, além de vips

na plateia? É fácil – basta juntar todos os convidados em

algum point da cidade e deixar a festa correr solta. Quem

fez isso? Calvin Klein, VR Menswear e Mandi & Co.

As três marcas, pertencentes a um mesmo grupo,

recepcionaram em grande estilo seus famosos da

plateia e as celebridades que atuaram na passarela

e no backstage. Após a apresentação, todos reuni-

ram-se no Hill Music Bar, casa de shows, bar e bistrô

da QI 09 do Lago Sul. Com Moët & Chandon, Johnnie

Walker Black Label e música de qualidade.

Larissa Maciel (à esquerda); os modelos Sebastian Raurell e Carla Macarini (ao lado)

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post-scriptum

T T C a t a l ã o *

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República multicoloridaSe a roupa é segunda pele, a casa um segundo corpo, a cidade é a segunda alma, ampliada, com coisas, prédios,

carros e instituições.

Brasília é um manifesto de arte contemporânea ao ar livre, que instiga como cenário aos espetáculos públicos fora

das quatro paredes.

Sem falar nessa bolha azul de céu que nos transpassa em luz e visão horizontal, dos muitos cortejos, desfiles ou

passeatas que a cidade permite. Aconteceu no último 15 de novembro, data da Proclamação da República, um corte-

jo com a cultura popular que percorreu em cores, imagens, dança, canto e som a “séria” Esplanada dos Ministérios

(da rodoviária ao Palácio do Planalto). A ideia era encerrar a III Teia (o encontro nacional de pontos de cultura) com

uma celebração do ideal republicano (liberdade, igualdade e fraternidade) pela linha comum de afeto, beleza e jus-

tiça da arte popular, mestiça e plural de tantos Brasis. Privilégio de uma capital que reúne a magnífica diversidade

cultural do Brasil. Um cortejo em que o desfile ocupa as ruas para dizer que nossa segunda pele, nosso segundo

corpo, precisa comungar com a nossa segunda alma ampliada na cidade.

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