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Revista Plasticosul #125

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Com o final do ano batendo na nos-sa porta, começamos a refletir so-bre o que fizemos em 2011. É o fa-moso balanço, onde avaliamos se

cumprimos as metas impostas lá no início de janeiro passado, se ganhamos dinheiro, se tivemos prejuízo, se trabalhamos como gostaríamos. Da mesma forma que fazemos essa avaliação na nossa vida pessoal e na empresa, os setores chaves da economia também colocam no papel seu saldo final.

E para surpresa de alguns e confir-mação de outros, o Brasil não vai tão bem quanto aparece nos tablóides internacio-nais. Sim, somos um dos países mais bem preparados economicamente na atualida-de e não tivemos sequer um respingo da crise que abala nações européias. Somos elogiados e cá entre nós, sabemos que te-mos lá nossos méritos e nossas conquis-tas. Entretanto, não podemos fazer vistas grossas: nossa indústria anda capenga e as balanças comerciais estão amargando déficits constrangedores.

Não precisamos citar aqui o bai-xo desempenho da indústria automotiva. Esse resultado até era esperado já que os patamares de 2010 foram recordes e difi-cilmente alcançaríamos os mesmo núme-ros em 2011. Mas podemos falar sobre a indústria de máquinas e da própria indús-tria de transformação de plásticos. O déficit

da balança comercial do setor triplicou em três anos (2008/2011), crescendo 40% em 2011, em relação a 2010, um salto de US$ 1,36 bilhão para US$ 1,89 bilhão.

Mais um ano se passou e nós teremos que colocar na lista de tarefas para 2012: exportar mais, gerar mais lucro, tentar não ser esmagado pela concorrência desleal, so-breviver. Mais um ano se passou e o gover-no precisa colocar no seu plano de metas: reduzir juros, fazer a reforma tributária, ser menos burocrático, criar estratégias para aumentar a competitividade das empresas, cuidar de quem está aqui dentro, investin-do e apostando no país.

Não se trata de um discurso nacio-nalista até porque a abertura dos merca-dos e a concorrência saudável estimulam competitividade, consumo e crescimento econômico, financeiro e social. Mas a dis-puta precisa ser leal e o apoio do governo na busca por caminhos que estimulem a industrialização do Brasil, e não apenas a intervenção do mesmo sobre empresas pri-vadas, é fundamental para o crescimento de qualquer nação.

Nós queremos que o mundo entre no país com seus produtos e serviços, mas também desejamos abastecer o mer-cado doméstico e levar a outras nações o que é nosso.

Boa leitura!

O Brasil vai bem?Conceitual - Publicações Segmentadaswww.plasticosul.com.brAv. Ijuí, 280CEP 90.460-200 - Bairro PetrópolisPorto Alegre - RSFone/Fax: 51 3062.4569Fone: 51 [email protected]ção:Sílvia Viale SilvaEdição:Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844Redação: Gilmar BitencourtJúlio SorticaDepartamento Financeiro:Rosana MandrácioDepartamento Comercial:Débora Moreira, Leandro Salinose Magda FernandesDesign Gráfico & Criação Publicitária:José Francisco Alves (51 9941.5777)Capa: imagem promocional - Tron moviePlástico Sul é uma publicação da editora Conceitual - Publicações Segmentadas, destinada às indústrias produtoras de material plástico de 3ª, 2ª e 1ª geração petroquímica nos Estados da Região Sul e no Brasil, formadores de opinião, órgãos públicos pertinentes à área, entidades representativas, eventos, seminários, congressos, fóruns, exposições e imprensa em geral.Opiniões expressas em artigos assina-dos não correspondem necessariamente àquelas adotadas pela revista Plástico Sul. É permitida a reprodução de matérias publicadas desde que citada a fonte.Tiragem: 8.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacionaldas Editoras de Publicações Técnicas,

Dirigidas e Especializadas

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Estimativas apontam que um veículo de passeio no Brasil conta com apro-ximadamente 15 quilos de polímeros de performance, enquanto que esse

índice varia de 28 a 30 quilos nos carros importados. Estes números demonstram um enorme avanço do material nessa indústria quando comparamos a décadas anteriores e ao mesmo tempo mostra o enorme potencial de crescimento do setor no país.

Para crescer, entretanto, é preciso su-perar alguns desafios. Em busca de um me-lhor entendimento sobre a atual realidade dos fornecedores de plásticos para indústria automobilística, convidamos o diretor – ge-ral da MVC, Gilmar Lima, para um bate-papo sobre o setor. Lima, que também é presi-dente da Associação Brasileira de Materiais Compósitos (Abmaco), aponta a necessidade do aumento da participação do plástico na parte externa dos automóveis, reforça a im-portância da nanotecnologia para o aumen-to do consumo do material nesta indústria e afirma que o crescimento das aplicações do plástico com fibra de carbono e fibras natu-rais, muito utilizados fora do país, deve ser tendência no Brasil.

Muitas conquistas já foram feitas no que diz respeito à aplicações. Entretanto, os desafios não estão somente nos labora-

tórios de pesquisa e sim no mercado. Com a regulamentação das mudanças

na cobrança do Imposto Sobre Produtos In-dustrializados (IPI) para carros importados, reina grande expectativa nos fornecedores das montadoras aqui no país. De acordo com o decreto presidencial, os processos de fabri-cação de veículos que tenham, no minímo, 65% de conteúdo nacional e regional, estão liberados da alta do IPI. Essa nova lei visa proteger os fabricantes nacionais em um momento de aumento da concorrência com os produtos importados.

A legislação talvez mude o com-portamento de compra da indústria au-tomobilística pois estimula a aquisição de peças fabricadas por fornecedores nacionais. Será que essas empresas es-tão preparadas para absorver a demanda que provavelmente virá? Essas e outras questões são esclarecidas logo abaixo, na opinião de Gilmar Lima.

Revista Plástico Sul - A MVC realizou re-centemente o 5º Seminário Internacional de Tecnologia em Plástico (Sitep), em Curitiba (PR). Como avalia o evento?Gilmar Lima - Essa edição foi a que teve maior participação, com a presença de oito países. Mais de 300 profissionais e 78

empresas. A maior concentração foi da in-dústria automotiva, mas também transpor-tes em geral como caminhões e ônibus. A discussão não foi focada só no segmento: teve também debates sobre energia eólica, construção civil e assim por diante, sem-pre com direcionamento para a inovação e sustentabilidade. O resultado final foi mui-to bom. Todas as empresas participantes concordaram que cada vez aumentará mais a utilização do plástico principalmente na indústria automobilística devido principal-

Nova legislação desafia fornecedores

da indústria automotiva

O diretor da MVC, Gilmar Lima, opina sobre os rumos da indústria automobilística nacional, aponta oportunidades e obstáculos dos fornecedores e fala sobre as consequências da nova legislação que aumenta o IPI dos carros com mais de 65% dos itens importados.

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mente ao peso, mas também a flexibili-dade de design e resistência ao impacto. A indústria automobilística sempre tra-balhou muito a segurança do veículo na parte interna, desde o cinto de segurança obrigatório, trabalhando muito em ques-tão de segurança do passageiro. Acredito que nos últimos anos essa tendência mu-dou e passou a existir também uma preo-cupação muito grande com o pedestre em relação à acidentes e com isso os carros também utilizam cada vez mais plásticos na parte de fora, já que ele tem uma me-lhor absorção ao impacto .A indústria, portanto, está evoluindo e os plásticos estão vencendo as limitações que tinham. A própria nanotecnologia é um exemplo do avanço, pois hoje vemos plás-ticos resistindo altas temperaturas e sendo utilizados próximos ao motor, o que no pas-sado era impossível. Hoje o material passa por todas as partes do veículo. Essa evolu-ção é interessante e é impressionante a ve-locidade deste mercado.

Plástico Sul - Informações divulgadas re-centemente dizem que a produção de veí-culos no Brasil teve queda de 9,5% em re-lação ao mesmo período de 2010. O setor está mesmo perdendo o fôlego?Lima - Acredito que essa perda de fôlego seja normal até em reflexo da própria cri-se mundial anunciada. Esse é um ponto que não dá para desconsiderar. Outro fator é que a população brasileira, apesar de ter melho-rado, está hoje mais endividada, isso é algo que a longo prazo preocupa. O Brasil está num momento onde precisa tomar alguns cuidados. O governo terá que cuidar de uma maneira que possa fortalecer não só a in-dústria automotiva, mas todos os segmen-tos. Outra questão é que o setor ficou sem saber o que vai acontecer com a própria mudança dos critérios do IPI. E neste pon-to, a mudança da legislação pode até estar dando uma maquiada nos resultados já que tem gente antecipando muitas compras principalmente nos veículos pesados e nos carros que usam óleo diesel. Mas estamos otimistas e achamos que os desempenhos não cairão a ponto de piorar. Penso que isso é mesmo uma visão pessimista, pois confio que a situação irá se manter. Olhando para frente, nosso sentimento é de que teremos um primeiro bimestre de 2012 difícil onde terá uma queda de vendas dos

fornecedores, até porque a maioria das mon-tadoras está programando férias para janei-ro. Por outro lado teremos um trabalho forte em novembro e dezembro de 2011,quando os fabricantes de automóveis estarão fazen-do estoque para vender no início de 2012. Essa inércia que teremos nos dois primeiros meses do ano, e aí eu acho que não para a indústria automobilística, pois ela estará vendendo seus estoques, mas para os forne-cedores desta indústria, tende a normalizar. Acho que 2012 será um ano muito positivo.

Plástico Sul - Os plásticos de engenharia são produtos com características espe-ciais e valor agregado. O brasileiro está optando pela qualidade do produto ao in-vés de avaliar apenas o preço?Lima - Essa cultura ainda não existe no país. Há um desconhecimento muito forte da própria indústria do plástico. A ideia de plásticos que op Brasil tem ainda é a saco-la de supermercados. Saber que um avião tem 40% ou 50% de compósitos, pouca gente sabe. Os materiais que estão sendo colocados hoje nas aeronaves, trens e car-ros de Fórmula 1, são de plásticos. Mas eu também acho que nesse mundo altamente competitivo o que acontecerá é que esse mesmo plástico de alto desempenho, no custo final dele, terá que oferecer um pre-ço competitivo. Até porque hoje o leque de opções é muito grande. O Brasil ainda não está no nível de pagar mais para ter um produto mais seguro. Mas isso se deve também ao fato de que somente agora o brasileiro está tendo acesso a esse tipo de produto. Penso que as indústrias e as universidades têm que fazer a sua parte. É preciso investir mais em polímeros e plás-tico de engenharia.

Plástico Sul - Como está o Brasil em ter-mos de P&D na indústria automobilística?Lima - A maior parte da tecnologia vem com a receita pronta da Europa e dos EUA. Hoje os projetos estão vindo prontos. Tivemos um retrocesso muito grande com o conceito de globalização. Hoje há montadoras que não tem Engenharia, ou se tem Engenharia de Desenvolvimento de Produto ela é totalmen-te amarrada, dependendo da matriz de fora. Ela não pode mudar um parafuso, não pode definir um plástico novo pois tem que passar pela aprovação da matriz. Isso vai ter que mudar. E essa é a minha grande esperança

com essa exigência de 65% de nacionaliza-ção, afinal eles terão que mudar a forma de atuação. Tem que haver uma mudança, os transformadores terão de se preparar para isso porque sem ir para esse caminho per-derão a competitividade. Além disso, é preciso avaliar o custo final do produto e essa é outra conta que não se faz. Os próprios montadores vão ter que explorar mais isso: “Olha eu tenho um carro mais leve que o meu consumo de combustível é melhor.” E nós, usuários teremos que fazer essa conta. Então é toda uma cultura que em outros países já está avançada e que aqui não se tem. É todo mundo querendo comprar produto mais barato e apertando toda a cadeia. Com isso cada pedaçinho desta indústria vai perdendo qualidade. Nós temos que sair de sse círculo vicioso e começar a fabricar produtos melhores, com mais tecnologia, com custos competitivos, mas que gerem mais que só o custo.

Plástico Sul - Como está a participação de plásticos de engenharia em veículos pesa-dos como caminhões, ônibus e tratores?Lima - Aumenta a cada ano. E não só na parte interna do veículo, mas a parte exter-na está começando a apresentar aumento. E tende a crescer em função do peso, pois teremos cada vez mais legislações severas na questão da emissão de poluentes, por-tanto o consumo de combustível tem que ser menor. E como o plástico está aumentando suas características de resistência, acho que a tendência é de cada vez aumentar mais.

Plástico Sul - Em comparação com grandes centros, como o Brasil se coloca na ques-tão de quantidade de plásticos utilizados nos veículos? Lima - Ainda se tem muito a fazer e cres-cer neste mercado. E acredito que outros setores, como construção civil e indústria

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"A própria nanotecnologia é um exemplo do

avanço, pois hoje vemos plásticos resistindo altas

temperaturas e sendo utilizados próximos ao

motor, o que no passado era impossível."

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em geral é pior. Acho que como a indústria automotiva é global hoje, nós consegui-mos estar num nível mais equilibrado com as grandes potencias. Mas ainda temos muito a melhorar.

Plástico Sul - O aumento do IPI que será aplicado sobre os carros importados terá algum reflexo nos transformadores que atuam nesta área?Lima - Eu só vejo pontos positivos para os fornecedores. Até porque essa competição que estamos tendo com as empresas de fora é desleal. Enquanto nosso custo Brasil está cada vez maior, principalmente na parte de mão-de-obra e frete, os outros países trazem seus produtos fabricados com uma mão-de--obra praticamente escrava. Isso nos faz per-der a competitividade. Além disso, o dólar favorecia muito a importação. Então eu acho que essa decisão sobre o IPI já devia ter sido tomada. Há empresas que já iniciaram sua nacionalização há mais tempo e isso é cor-reto. Nós temos que fortalecer cada vez mais a indústria brasileira. E o que acontecerá agora é que todo mundo vai correr para não perder venda e as pessoas que tiverem essa visão terão uma velocidade mais rápida. Essa lei aumenta IPI para os carros que tenham menos 65% de produtos nacionais. O carro 100% estrangeiro pagará um IPI mais alto, aquele que importa o carro e faz algumas montagens no Brasil, mas que não tem o ve-ículo com 65% de produto nacional também sofrerá aumento de IPI. Têm muitas empre-sas que estavam em uma situação muito cô-moda e que continuavam importando peças a preços muito baixos que não conseguimos competir. Há caso em que o nosso custo da matéria-prima é mais alto que o preço da peça que estão importando. Isso não é uma questão de ineficiência das empresas nacio-nais, mas uma questão do nosso país pensar em ter um custo mais barato com uma carga tributária menor etc. Esse aumento favore-cerá a indústria brasileira. A preocupação é a seguinte: como nos últimos anos os forne-cedores da indústria automobilística foram praticamente esmagados, é preciso saber se agora eles estarão prontos para responder por essa demanda que está abrindo.

Plástico Sul - E será que os fornece-dores nacionais estão prontos para absorver toda essa demanda que pro-vavelmente virá?

Lima - Se eu for responder hoje digo que não. Mas penso que isso é perfil do brasi-leiro, que tem uma forte característica de se adaptar e superar as dificuldades. Acho que a princípio as empresas não estarão prepa-radas porque a maioria está com uma saúde financeira prejudicada pelo sofrimento dos últimos anos. Desta forma acredito que de-veria ter recursos do governo através de fi-nanciamentos, por exemplo. Essas indústrias terão que estar realmente preparadas para atender essa demanda maior, pois que have-rá dificuldade eu não tenho dúvida. Mas claro que isso poderia ter sido melhor planejado. Nós, e isso serve para todos, inclusive as montadoras, fizemos planeja-mentos muito em curto prazo e sempre aca-bamos indo pelo caminho mais fácil. Neste sentido acho que o mercado tem que mudar: temos que pensar em diferenciação, pensar em fortalecer os parceiros locais.

Plástico Sul - Quais são as principais tendências nacionais e mundiais em termos de aplicações? Lima - A parte interna está muito bem, o nível de utilização está adequado. Na car-roceria pode aumentar mais. Outra opção interessante de substituição por plástico de alto desempenho é o vidro. Essa é uma tendência. Mas eu falaria mais na parte externa. Quem sabe um carro completo de plástico com foco em reciclabilidade, com design mais arrojado e consumo menor de combustível? Isso já existe, entretanto para nichos específicos de mercado. Em outros países existem muitas peças estruturais de plástico próximas ao motor com resistência a alta temperatura, a tra-ção, flexão e compressão. São peças estru-turais que o aço estava dominando e que em algumas partes do mundo já está co-meçando a ser substituídas pelo plástico, utilizando compósitos com fibra de carbo-no. Aliás, a aplicação de plástico com fibra de carbono no Brasil é muito pequena e focada para a indústria aeroespacial. Essa é uma tendência para a indústria automo-bilística: vai começar a se usar muita coisa com esse tipo de material, tanto fibra de carbono como fibras naturais.

Plástico Sul - Há algum desafio técnico a ser vencido ainda pelo plástico?Lima - Na parte técnica precisamos apri-morar muito ainda a parte de acabamento

especial. Não só na peça injetada, mas é um desafio ter cada vez mais uma super-fície perfeita. Até para podermos aumen-tar a substituição do aço pelo plástico nas partes externas. Melhorar a super-fície é um dos grandes desafios porque no restante melhoramos em tudo, como resistência a temperatura, impacto, alon-gamento, inclusive em relação a intem-péries. Todos esses problemas já foram resolvidos. Precisamos procurar fabricar peças com o acabamento superficial mui-to perfeito e com custo competitivo. Por-que fazer uma peça com superfície mara-vilhosa até é tranqüilo, agora fazê-la para ser competitiva é outro desafio.

Plástico Sul - Como avalia a participa-ção do sul no mercado transformador de peças automobilísticas?Lima - A presença das grandes monta-doras torna São Paulo um polo inques-tionável. Mas a região sul tem um polo muito importante, está muito bem colo-cada e a tendência é aumentar e melho-rar ainda mais com as montadoras que foram para o Rio Grande do Sul e Paraná. Estamos muito bem posicionados. E em relação a outros segmentos de transpor-te, agronegócio e ônibus, acho que aí o sul é o número 1.

Plástico Sul - Para finalizar, o que este setor representa para os negócios da MVC?Lima - Este ano essa indústria irá re-presentar 80% dos negócios da MVC. A empresa pretende crescer 15% em 2011 baseados no crescimento da constru-ção civil e nos novos projetos na área automotiva da empresa. Já em 2012 a ambição é maior: a companhia pretende crescer 33%. Nosso faturamento líquido em 2011 será R$ 120 milhões. PS

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"...como nos últimos anos os fornecedores da indústria

automobilística foram praticamente esmagados,

é preciso saber se agora eles estarão prontos

para responder por essa demanda que está abrindo."

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Recentemente foram divulgados nú-meros do desempenho da indústria automobilística no Brasil. Os resul-tados inferiores aos do ano de 2010

apontam uma perda de fôlego do setor. Exa-gero? Até pode ser, embora a produção de veículos no Brasil tenha atingido 265,6 mil unidades no mês de outubro, quantidade que representa queda de 9,5% em relação ao mesmo mês de 2010. Mesmo produzin-do menos, ainda há um acúmulo de esto-que que pode persistir no próximo ano. O cenário afeta diretamente os produtores de material plástico para esta indústria, já que compromete a quantidade de itens for-necidos reduzindo os resultados finais das empresas. Mas atenção: este contexto não é específico da indústria automobilística, já que outros setores da economia também amargam a perda de dinamismo e previsão de crescimento próximo a zero.

O sinal de desaquecimento de toda in-dústria merece cuidado. Paradas de monta-doras em setembro aprofundaram a redução da produção da indústria brasileira, que já vinha sendo afetada pelo desaquecimento da economia, entrada de importados e pa-ralisações em algumas atividades, afirmou o Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE). A atividade recuou 2% em setembro, a maior baixa desde abril, e con-

traiu 1,6% sobre igual mês de 2010. Com o resultado de setembro, a produção está 4% abaixo do pico de produção observado em março deste ano. Até agosto, essa distân-cia para o recorde de produção era de 2,1%. O setor de veículos automotores tem peso de 11% na formação da produção industrial e, em setembro caiu 11% ante agosto. Foi o pior resultado desde dezembro de 2008, quando começaram a surgir os primeiros si-nais da crise financeira mundial.

Segundo especialistas, há perspectiva de que a produção da Indústria Automotiva Brasileira deverá crescer ao entre 3 e 5 % em 2012. O Diretor de Business Development e OEM Automotivo da SABIC Innovative Plas-tics para América do Sul, Edson Simielli acre-dita que, apesar do momento difícil para o setor global automotivo, o primeiro semes-tre de 2011 foi muito bom. “Porém, com a redução ao crédito e o aumento nas impor-tações, sentimos uma desaceleração muito importante no 2º semestre, o que levou a in-dústria a terminar o ano num patamar muito similar, em nível de produção, ao do ano an-terior”, diz Simielli. Os gerentes de conta do segmento automotivo da Braskem, Octávio Pimenta Reis Neto (PP) e Carlos Fernando Bergmann Carlucci (PE) também confiam no potencial desta indústria e não desanimam. Para eles o setor automotivo é muito impor-

tante no Brasil. “Há uma produção anual de 3,6 milhões de veículos, sugerindo um cres-cimento médio anual de 4,5% segundo os 4 últimos anos, empregando mais de 500 mil profissionais (diretos e indiretos), responsá-vel por 23% do PIB Industrial e 5% do PIB Nacional”, afirmam os executivos.

Se por um lado a situação pa-rece delicada, por outro as montadoras injetam investimentos no país, apostando no crescimento do consumo nacional de bem duráveis. Um bom exemplo é o mer-cado de caminhões que demonstra pleno crescimento no Brasil fazendo com que as empresas instaladas aqui anunciem apor-tes substanciais nas operações brasileiras. A Ford, por exemplo, vai destinar R$ 450 milhões para o período 2011 a 2015 que, em sua maioria, serão gastos no desen-volvimento de produtos, principalmente de um caminhão extrapesado. Outra ame-ricana que prepara entrada no Brasil é a Navistar. Segundo informações publicadas em jornais de grande circulação, a mon-tadora deve investir US$ 200 milhões (R$ 370 milhões) em uma fábrica no país.

Além dos aportes financeiros, mais um acontecimento gera boas expectativas para os fornecedores da indústria automobilís-tica, incluindo os fabricantes de plásticos.

Nas curvas de uma indústria

Aos que acreditam que a indústria automobilística está perdendo forças, não percam as esperanças: investimentos e novas perspectivas de quem vive o dia-a-dia do setor revelam que nem tudo está perdido e o futuro é repleto de boas oportunidades principalmente para os fornecedores de material plástico que atuam neste setor.

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Trata-se da portaria que regulamenta a ele-vação do Imposto sobre Produtos Industria-lizados (IPI) para automóveis com menos de 65% de conteúdo nacional. A nova legisla-ção estimula as montadoras a optarem por fornecedores “made in Brazil” e promete dar um gás na produtividade da indústria.

Os dois fatores citados, portanto, de-monstram que este mercado tem um enorme potencial de crescimento ancorado ainda pela fase econômica vivida pelo país e pela alta tecnologia incorporada nos veículos de transporte que atrai milhões de pessoas às concessionárias anualmente.

Segundo o Rogério Colucci, gerente de Marketing Automotivo para a Divisão de Polímeros de Performance da DuPont Améri-ca Latina, a indústria automotiva brasileira está passando por uma grande transforma-ção. “Atualmente, existem números expres-sivos de desenvolvimentos para atender a uma nova demanda de produtos. A entrada dos importados a preços acessíveis eleva o nível de exigência dos potenciais com-pradores, que passam a procurar veículos

com pacote de opcionais a preços baixos”, avalia o executivo. Para Colucci os recen-tes lançamentos da linha 2012 comprovam uma mudança no perfil do produto na-cional onde verifica-se que a indústria já está reagindo e que as perspectivas para os próximos anos são muito desafiadoras. “Principalmente no que diz respeito ao de-senvolvimento de novas tecnologias e na integração de sistemas por meio do cresci-mento do uso de polímeros de performance em substituição ao metal”, explica.

O céu é o limiteOs fabricantes de componentes plás-

ticos que trabalham para a indústria auto-mobilística acompanham atentos às ten-dências de mercado que apontam para um futuro cada vez mais promissor no que diz respeito à participação do material nes-

te setor. Graças às inúmeras tecnologias e inovações dos produtores de matérias--primas, os convertedores de plásticos conseguem atender este exigente merca-do, oferecendo qualidade e características especiais que nenhum outro material é capaz de suprir. Prova disso é o crescimen-to da participação de plásticos dentro de um automóvel de passeio e o aumento das possibilidades de aplicações. Desde pai-néis, capôs, faróis, até a parte interna que exige resistência à altas temperaturas, o plástico está em todo o lugar.

Exemplo do quanto a cadeia do plás-tico brasileira tem avançado em tecnologia permitindo a ampliação de sua participa-

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AÇÃONeto e Carlucci, da

Braskem, destacam asubstituição do metal pelo

plástico nos tanquesde combustíveis

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ção na indústria automotiva é a iniciativa da Braskem em produzir um novo tipo de plástico renovável: o polipropileno produ-zido a partir de etanol. O projeto deverá consumir, inicialmente, US$ 100 milhões e poderá agregar novos clientes à carteira da companhia, já que trata-se de uma resina mais resistente e, por conta disso, usada na fabricação de peças pesadas da indústria, como em automóveis. A montadora japo-nesa Toyota foi a primeira a se interessar pelos plásticos renováveis, tanto é que se tornou parceira da Braskem na empreitada. A grande vantagem do plástico verde está em sua matéria-prima. A cana é um recur-so renovável e seu cultivo contribui para a captura do gás carbônico da atmosfera, o oposto do que ocorre com o petróleo, insu-mo tradicional dos plásticos. Apesar de não ter data prevista para o início da produção em larga escala, o relatório de 2010 de sus-tentabilidade da companhia informa que o objetivo é fabricar o polipropileno verde em meados de 2013. A produção inicial deve ficar entre 30 mil e 50 mil toneladas.

A busca por soluções menos agressivas ao meio ambiente e que econo-mizem recursos naturais faz do plástico um grande aliado. Mas é preciso considerar que a diminuição de peso do veículo gerando

economia de combustível e a possibilidade da utilização de recursos sustentáveis nas diversas aplicações dos automóveis não são os únicos diferenciais atrativos do material plástico. “Também é possível, dependendo da aplicação, conseguir uma redução no in-vestimento da construção do ferramental. Isso porque uma vez que na peça plástica é possível acoplar um número maior de com-ponentes não há necessidade da construção de uma nova ferramenta”, lembra o especia-lista técnico da unidade de negócios SCP da Lanxess, Marcelo Correa. Um exemplo citado pelo executivo é o alojamento do estepe do Audi A8. “Em um novo projeto além de subs-tituirmos o metal pelo Durethan (composto de PA6), conseguimos reduzir de 13 para 2 ferramentas necessárias para a produção desta peça”, explica Correa.

Já para Simielli, da SABIC, os ter-

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Colucci, da Dupont:“os polímeros necessitamde um capítulo à partenos manuais daindústria automotiva”

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AÇÃOmoplásticos de engenharia possibilitam

ainda flexibilidade de design e redução de custos sistêmico através da integração de componentes/peças e eliminação de pinturas. Além disso, proporcionam me-lhoria da qualidade e produtividade bem como aumento da eficiência e redução de emissões. “A substituição de outros ma-teriais pelo plástico é muito bem aceita, especialmente se resulta nesta redução de custo sistêmica (ao longo de toda a cadeia produtiva) impactando no custo final do produto automotivo”, avalia Simielli.

TendênciasEstimativas de mercado apontam que

os polímeros de performance representam atualmente entre 14 quilos e 15 quilos por veículo no Brasil. Nos importados, esse índi-ce varia de 28 quilos a 30 quilos, dependen-do da região de origem. Já se tratando de commodities, Octávio Pimenta Reis Neto, da Braskem, afirma que atualmente há 32 kg de PP em cada unidade automotiva produzida. “Com a entrada de novos projetos e monta-

doras, projeta-se um incremento de 5kg nos próximos 4 anos”, revela. Visando aumentar estes números, diversas multinacionais se debruçam em pesquisas para produção de matérias-primas eficientes e que agreguem

qualidade ao produto final. As empresas mais atentas ao mercado fazem suas apostas so-bre as principais tendências onde o plástico, se ainda não entrou, em breve chegará lá.

O Marketing Development Ma-nager da Kraton, Nei S. Domingues Jr, também acredita nas vantagens que a substituição de outros materiais pelo plás-tico podem proporcionar à indústria auto-mobilística. Ele aposta inclusive que esta é uma tendência crescente e irreversível. “Estamos atingindo uma massa crítica de transformadores com o conhecimento sufi-ciente para propor às montadoras soluções baseadas em TPEs na substituição dos ma-teriais convencionais”, diz Domingues. O executivo revela que a empresa está com diversos projetos na área automotiva e destaca o uso de Kraton na área de filmes

Simielli, da SABIC, apostaque a substituiçãodo vidro pelo LexanGlazing é tendência amédio prazo no Brasil

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de proteção. “Oferecemos uma tecnologia única ao mercado, combinando aumento de performance com sustentabilidade e ainda aliada a redução de custos de produção. Sem dúvida é uma de nossas plataformas tecnológicas mais promissoras para o mer-

cado automobilístico e estamos em fase final de homologação para fornecimento às montadoras através de nossos clientes fabricantes de filme”, explica Domingues.

A nova tecnologia de co-extrusão fil-mes de proteção de superfícies da Kraton é a

mais avançada em polímeros adesivos para a produção de filmes de proteção de superfície. Ela permite que características únicas sejam formuladas em compostos adesivos cobrin-do uma ampla extensão de processamento e propriedades adesivas. Entre os benefícios desta tecnologia está a Co-extrusão em uma única etapa; a eliminação de várias etapas da aplicação de adesivos convencionais; a resistência a ondulações, rugas e umidade; a preservação a integridade de superfícies acabadas e a proteção contra pequenos es-tragos, arranhões e raios UV.

Outra tendência apontada

pela maioria dos especialistas é quanto a busca pela redução de peso no auto-móvel. Essa característica levou a DuPont a lançar recentemente o DuPont Zytel® Plus, poliamida convencional com tec-

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Nei Domingues e RafaelZangarini, da Kraton:“nova tecnologia deco-extrusão filmes deproteção de superfícies”

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nologia de trabalho em alta temperatura (210ºC - 220ºC). O produto tem potencial de substituir até 11 quilos de peças me-tálicas nos motores atuais. Em relação aos polímeros renováveis, a empresa ofe-

rece o Sorona® (PTT a base do milho com propriedades similares ao poliéster con-vencional), o Zytel® RS (base nálion 6.10 ou 10.10) e o Hytrel® RS (PTT elastomé-rico). “Toda a nossa linha de renováveis

possui aplicação comercial na indústria automotiva mundial”, salienta Colucci.

Já a SABIC aposta em uma aplica-ção nos veículos nacionais que já está em uso em muitos carros no mundo. Trata-se da resina (PPO//PA) Noryl GTX, que substitui os para-lamas, antes feito em metal. “O uso de peças feitas de Noryl GTX reduz o peso do veículo, aumenta sua eficiência energé-tica e reduz emissões”, revela Simielli. Para aplicação em médio prazo no país e que também já está em uso em alguns veícu-los ao redor do mundo, a empresa aponta a resina (PC) Lexan Glazing, que substitui vi-dros com as mesmas vantagens de redução de peso, aumento da eficiência energética e redução de emissões, possibilitando tam-bém designs mais arrojados com integração de componentes.“Outra aplicação em rápi-

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Cresce participaçãode plásticos de engenhariae de commodities,como PP e PE, na parteinterna dos carros

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da expansão global são os Modulos Frontais (Front End Modulus) 100% em Stamax (PP com reforço de fibra longa de vidro).

Os gerentes de conta do segmen-to automotivo da Braskem, Octávio Pimenta Reis Neto (PP) e Carlos Fernando Bergmann Carlucci (PE) citam como exemplo, a substi-tuição do metal pelo plástico nos tanques de combustíveis. A empresa atende este merca-do através do PEAD, que também é aplicado em bed liners (protetores de caçamba para pick-ups), reservatórios de partida à frio, re-servatório de limpador de para-brisa e duc-tos de ar. Já o PP entra na fabricação de peças de acabamento interno e externo, tais como painéis de instrumentos, consoles, re-vestimentos de porta e para-choques. Como tendência no segmento automotivo em PE e PP no Brasil, os executivos da Braskem citam o cumprimento da Euro 5, visando a redução das emissões de poluentes. “Es-pecificamente no caso do PP, já existem muitas aplicações em substituição ao aço nas pedaleiras de embreagem e acelerador, por exemplo”, explicam.

Oportunidadese Obstáculos

Todo o mercado, por mais promissor que seja, tem seus desafios a vencer. A in-dústria automobilística por sua vez possui suas peculiaridades. Para Colucci da Dupont, por exemplo, as principais oportunidades do plástico no mercado de veículos contem-plam tecnologias que atendam as exigências técnicas de cada peça, principalmente os critérios de impacto, temperatura, ataques químicos e resistência à fadiga. Por outro lado, o principal obstáculo apontado pelo executivo consiste na necessidade de agili-zar a mudança das especificações, desenhos e propriedades. “Os polímeros necessitam de um capítulo à parte nos manuais da indús-tria automotiva, especialmente no desenvol-vimento de normativas para peças até então concebidas em metais”.

Questões econômicas estão entre os principais desafios a serem vencidos pelo setor na opinião de Edson Simielli, da SABIC. O principal obstáculo, segundo o executivo, é o custo elevado devido à carga tributaria e também à valorização da moeda, fazendo com que o custo de produção local fique mais alto. “Porém, a necessidade cada vez maior das montado-

ras em lançar novos modelos ou mesmo de realizar atualizações (face lift) de modelos atuais num espaço de tempo menor, abrem ótimas oportunidades para os Termoplásti-cos de Engenharia”, explica.

Já no caso dos TPEs, Nei Domingues, da Kraton, acredita que ainda existem al-guns gaps técnicos a serem preenchidos antes que o material possa substituir mais amplamente a borracha vulcanizada em apli-cações de maior demanda, principalmente com respeito a sua temperatura de serviço, deformação por compressão e desempenho em solicitações dinâmicas. “Quanto aos as-pectos de mercado, a indústria automobilís-tica ainda é muito focada na busca por re-dução de custo, e no caso da introdução de uma nova tecnologia nem sempre é possível conciliar ambos, o que gera uma resistência a mudança, mesmo que tecnicamente seja a solução ideal”, avalia.

A Evonik investe continuamente na fabricação de produtos que atendam às constantes evoluções da indústria automo-bilística e de outros mercados. Conforme Haroldo Paganini Rodrigues, Chefe de Pro-duto da área de Polímeros de Alta Perfor-mance da empresa, veículos sustentáveis, mais leves, que consumam menos combus-tível e sejam menos poluentes, estão entre os principais desafios do setor automotivo. Com foco nestas tendências, que prevêem a redução das emissões de poluentes e do consumo de combustíveis fósseis, entre ou-tros aspectos, a Evonik trabalha na oferta de alternativas para as tubulações automo-tivas. “Como exemplo, uma grande varie-dade de tubulações multi camadas (MLT) para linhas de combustíveis que combinam nossas PA12, que podem ser condutivas ou não e diversos polímeros de barreira, como PVDF, EVOH e EFEP, desenvolvidas para as mais severas regulamentações de emissões de combustíveis e que estão disponíveis para as montadoras brasileiras”. A empresa desenvolve ainda soluções para todos as le-gislações de emissões de combustível como LEV, PZEV e EURO 6, e possui 2 tipos de poliamidas e 2 sistemas MLT para utiliza-ção com Biodiesel. “No segmento de cami-nhões, a Evonik tem 4 tipos de poliamidas e um sistema MLT desenvolvido para tubos de SCR (Selective Catalytic Reduction), aplicação que se popularizará no Brasil com a nova regulamentação de emissão de volá-teis para caminhões”.

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No terceiro trimestre, a indústria petroquímica foi marcada pela volatilidade dos preços das ma-térias-primas, associada a espe-

culações do mercado de petróleo, e pelos menores preços de resinas e petroquímicos básicos, entre outros fatores. Mesmo nesse contexto, o EBITDA da Braskem alcançou R$ 3 bilhões no acumulado dos nove pri-meiros meses do ano, ou US$ 1,9 bilhão, com crescimento de 1% e 10%, respecti-vamente, sobre o mesmo período do ano anterior. No terceiro trimestre, o EBITDA consolidado foi de R$ 940 milhões, 9% in-ferior ao do 3T10.

“Apesar das incertezas imediatas na economia internacional, estamos con-fiantes na força e resiliência do mercado doméstico, na consistência da estratégia de negócios adotada pela empresa e nas boas perspectivas para o mercado petro-químico global no médio prazo, o que nos leva a seguir com nossos projetos de expansão de capacidade produtiva”, diz Carlos Fadigas, presidente da Braskem. “Estamos entrando na reta final de cons-trução da nova planta de PVC em Alagoas e a de butadieno no Rio Grande do Sul e

concluindo o projeto de engenharia para construção de um complexo integrado de polietileno no México, além de avançar na definição do projeto do Comperj com a Petrobras”, acrescenta.

A economia brasileira, mesmo afe-tada pela conjuntura global, continuou a apresentar bom desempenho. Os aspectos sazonais do terceiro trimestre impulsiona-ram as vendas de resinas termoplásticas da Braskem no mercado doméstico, que totalizaram 857 mil toneladas, com alta de 12% em relação ao trimestre anterior.

O volume de importados no merca-do doméstico foi de 29% para as polio-lefinas (polietileno e polipropileno) e de 35% para o PVC, patamares semelhantes aos verificados no segundo trimestre. Esse movimento reflete aspectos como a apre-ciação do real, que se reverteu em setem-bro, o crescente mercado de PVC e a entra-da oportunista de material com benefícios fiscais via portos incentivados, que conce-dem crédito de ICMS ao importador.

A receita líquida alcançou R$ 8,7 bi-lhões no terceiro trimestre, montante 15% superior ao obtido no mesmo período de 2010 e 4% acima do obtido no trimestre

imediatamente anterior. Em dólares, a re-ceita líquida cresceu 23% e 1%, respecti-vamente. A receita com exportações teve alta de 51% no terceiro trimestre, atingin-do US$ 1,9 bilhão, e de 59% nos 9M11, para US$ 4,9 bilhões, sobre os períodos equivalentes de 2010.

Ao final de setembro, a dívida líquida da Braskem somava R$ 10,8 bi-lhões. Em função de sua exposição ao dó-lar, o efeito da variação cambial no perío-do fez com que a alavancagem financeira, medida pela relação dívida/EBITDA, saísse de 2,30x para 2,62x no terceiro trimestre. Medida em dólares, a alavancagem caiu 6%, para 2,32x, mantendo o compromisso da Braskem com o investment grade.

Em julho, a Braskem emitiu US$ 500 milhões em bônus de 30 anos e alongou o prazo médio de sua dívida para 12 anos – ou 17 anos para os compromissos ape-nas em dólar. Ao final de setembro, foi anunciada a conclusão da aquisição dos negócios de polipropileno da Dow Chemi-cal, divulgada no final de julho. Com a compra, a Braskem torna-se líder em po-lipropileno nos EUA.

Braskem anuncia resultados do terceiro trimestreApesar do EBTIDA consolidado ser 9% inferior ao mesmo período de 2010, Companhia aumenta sua participação no mercado doméstico.

Mercado

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Expansão

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Com os olhos voltados para 2015, a companhia Innova aumentará a capacidade de produção de estireno no polo petroquímico de Triunfo,

passando das atuais 260 mil toneladas ao ano, para 520 mil toneladas anuais. Con-forme divulgado na mídia, o aporte inicial nessa etapa será de US$ 250 milhões. Em um segundo momento, confirmando-se as perspectivas de crescimento do mercado, a empresa planeja realizar outro investimento similar para incrementar ainda mais sua ca-pacidade produtiva.

A perspectiva é de que a primeira plan-ta comece as operações a partir do segundo semestre de 2014. “Vislumbramos um cresci-mento de mercado a partir de 2015 e deverá haver espaço para uma nova unidade”, relata a diretora-superintendente da Innova, Marga-reth Feijó Brunnet. O estireno é base para as resinas acrílicas, que servem para a produção de tintas acrílicas, resina poliéster utilizada no revestimento de piscinas, produção de bor-racha sintética, isopor, entre outros produtos. O insumo também é usado para a fabricação de poliestireno, aplicado, por exemplo, no revestimento de geladeiras, equipamentos eletroportáteis, gabinete de televisores, in-dústria de móveis e construção civil.

Conforme Margareth, o início das obras da primeira unidade se dará assim que fo-rem fechadas questões como a negociação de matéria-prima e os licenciamentos am-bientais. Ela adianta que a Innova está de-senvolvendo tratativas para que companhias que consomem seus produtos instalem-se no Rio Grande do Sul. Nesse sentido, o secretá-rio estadual de Desenvolvimento e Promo-ção do Investimento, Mauro Knijnik, revela que já existem conversas com empresas do setor para atraí-las para o Estado. Contudo, ele prefere aguardar a definição dos grupos para divulgar os nomes. Quanto ao empre-endimento da Innova, Knijnik detalha que o projeto contará com os incentivos previstos no Fundopem.

O presidente da Agência de Desenvolvi-mento e Promoção do Investimento (AGDI), Marcus Coester, salienta que o complexo da Innova contribuirá para a consolidação do segmento petroquímico no Rio Grande do Sul. Ele reitera que o aumento de oferta de matéria-prima permitirá a ampliação de ou-tras companhias do setor no Estado. Já a Pe-trobras informa que a duplicação da Innova é o segundo maior investimento da estatal no setor petroquímico.

Produção de estireno será duplicadaem Triunfo

Innova anuncia aumento da capacidade de estireno e prevê inicio das operações da primeira planta para o segundo semestre de 2014.

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O déficit na balança comercial de produtos químicos, nos úl-timos 12 meses, até outubro, alcançou US$ 25,5 bilhões. O

valor é recorde histórico. De novembro de 2010 a outubro deste ano, o Brasil importou US$ 41,1 bilhões em produtos químicos e exportou US$ 15,6 bilhões. Na comparação com os 12 meses anteriores (novembro de 2009 a outubro de 2010), as importações cresceram 27,4% e as ex-portações tiveram incremento de 24%.

Em outubro, especificamente, fo-

Resinas lideram asexportações em outubro

ram importados US$ 3,6 bilhões em pro-dutos químicos, valor 12,1% superior ao registrado no mesmo mês de 2010. As exportações, de US$ 1,3 bilhão, cresce-ram 18%, na mesma comparação. Frente a setembro deste ano, as importações recuaram 9,2% e as exportações declina-ram 14,9%. No acumulado até outubro, as importações somaram US$ 34,9 bi-lhões e as exportações chegaram a US$ 13,2 bilhões. Em relação ao mesmo perí-odo de 2010, as compras externas cres-ceram 26,7% e as exportações aumenta-ram 24,1%. As importações de produtos químicos representaram 18,7% de todas as compras externas realizadas pelo País e 6,2% do total exportado.

As resinas termoplásticas, com ven-

das de US$ 2 bilhões, foram os produtos químicos mais exportados pelo País, até outubro. Em relação ao mesmo período de 2010, as vendas externas de resinas cresceram 38,3%. As importações de re-sinas termoplásticas, no mesmo período, alcançaram US$ 3,6 bilhões, o que re-presenta aumento de 34,4%, na mesma comparação. Os intermediários para ferti-lizantes permaneceram como o principal item da pauta de importações químicas. De janeiro a outubro, as compras desses produtos somaram US$ 7 bilhões, valor 80,4% superior ao de igual período de 2010. Os intermediários para fertilizantes responderam por 20% do total das impor-tações de produtos químicos realizadas pelo Brasil de janeiro a outubro.

Déficit em produtos químicos atinge recordede US$ 25,5 bilhões.

Balanço

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Os US$ 55 bilhões que a Petro-bras investirá no pré-sal até 2015 abrem a oportunidade para a indústria catarinense ser

fornecedora dos 350 mil itens que a cadeia petrolífera demandará. Durante seminário realizado na Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), o diretor financeiro e de relações com investidores da Petrobras, Almir Guilherme Barbassa, afirmou que estão em fase de construção 19 plataformas que terão de 60% a 70% de conteúdo nacional. Até 2020 serão mais 35 plataformas que equipadas custam entre US$ 5 e 6 bilhões cada uma, disse ele.

Barbassa, que ministrou o primei-ro painel do evento disse que a estatal está solicitando que todos os fornecedo-res incluam nos seus bens e serviços uma quantidade de produto nacional. Também está em desenvolvimento programas para facilitar o crédito e permitir que quem esteja fornecendo até o quarto elo da ca-

deia possa ter acesso com custo menor. “Temos no pré-sal a grande alavan-

ca. É uma demanda que estará presente por até 30 anos. O empresário quando faz investimento não é para curto pra-zo”, salientou ele, destacando que a demanda é consistente, de longo prazo e com escala. “Estamos falando de um programa real”, reforçou.

Em seu discurso na abertura do semi-nário, o presidente do Sistema FIESC, Glau-co José Côrte, afirmou que Santa Catarina tem uma indústria atualizada, diversificada e preparada para atender essa demanda. Ele lembrou que dentro dos 350 mil itens es-tão produtos que vão do setor de alimentos até o metalmecânico. “Temos uma cadeia de oportunidades. Vamos fazer um grande esforço para estar presente nessa fase ad-mirável de investimentos no país”, afirmou Côrte. Ele chamou a atenção para os 200 mil novos empregos que a Petrobras vai criar até 2015 e ressaltou que o Sistema

FIESC, por meio do SENAI e do SESI, quer investir na formação da força de trabalho. “Estamos nos preparando para qualificar o jovem catarinense”, disse.

Para o secretário executivo do Minis-tério de Minas e Energia (MME), Márcio Zim-mermann, um dos grandes desafios do pré--sal na fase atual é encerrar as discussões do projeto de lei dos royalties, que está no Congresso Nacional. “Com a regularização do aspecto dos royalties se completará o marco regulatório com relação ao pré-sal e será possível fazer as primeiras licitações no regime de partilha de produção”, disse ele.

Durante o seminário, o secretário afirmou que na década de 80 o Brasil era o segundo maior produtor naval e depois essa indústria praticamente desapare-ceu, mas a partir de 2003 começou a ser revitalizada. Para Zimmermann, “Santa Catarina deve e muito se mobilizar para participar do programa de desenvolvi-mento da indústria local”.

SC mobiliza-se para receber investimentos

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Pré-Sal

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Mercado em alta exige máquinas que ofereçam redução de custos, alta

produtividade e que agreguem valor às peças injetadas

Injetoras Por Gilmar BitencourtDESTAQUE

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Considerado um dos principais processos de fabricação de peças plásticas, a injeção está em ple-no crescimento tanto em volume

de negócios como na sua participação na indústria da terceira geração.Um conjun-to de fatores tem colaborado para o bom desempenho do segmento, entre eles o aquecimento da economia nacional e o aumento da participação do plástico em vários setores, substituindo outros mate-riais, como ocorre na indústria automo-tiva. A cada novo projeto de automóvel cresce o volume de peças plásticas embar-cadas nos veículos.

Outro fator importante que tem mo-vimentado a indústria de máquinas é a re-novação do parque industrial dos transfor-madores brasileiros. Conforme informações da Pavan Zanetti, o Brasil tem aproximada-mente 30 mil injetoras em funcionamento e em torno de 65% destas máquinas tem mais de 10 anos de uso. Diante deste qua-dro e da necessidade dos transformadores de investir em novos equipamentos para ampliar e aprimorar o processo produtivo, os fornecedores de injetoras classificam o Brasil como um grande mercado. Isso in-clusive tem atraído fabricantes de várias partes do mundo, ampliando a concorrên-cia com as empresas nacionais.

E uma das principais exigências do mercado é a redução do consumo de ener-gia. A procura por máquinas com eficiên-cia energética tem sido a tônica do setor.

Mas os fabricantes comentam que, apesar da tecnologia, o equipamento tem que ter preço competitivo, o que ainda é um fator determinante na maioria das vendas.

Ao analisar o segmento de injeção de plásticos, o diretor de co-mercialização da Pavan Zanetti, Newton Zanetti, comenta que o setor é sem dú-vida um dos grandes motores entre os processos de transformação de materiais plásticos no mundo. Para respaldar a sua afirmação, o executivo destaca a grande participação de máquinas para este pro-cesso de moldagem nas feiras e exposi-ções. “Atualmente, de 16 a 18 % de toda resina transformada no Brasil é pelo pro-cesso de injeção”, observa.

Além do grande potencial do seg-mento, Zanetti também chama a atenção para a nova ordem do mercado de injeção, que é a redução do consumo de energia por kg de material transformado. Segundo

ele, as barreiras de qualidade e a questão da repetibilidade já foram vencidas. “Ago-ra vem a eficiência energética”, observa o diretor. Neste contexto, ao falar sobre as tendências de equipamentos, o Zanet-ti divide o setor de injeção no Brasil em duas grandes fatias, de uso geral e de es-pecialidades. “Veja o exemplo mais comum da especialidade, o caso de pré-formas de PET, é hoje uma área em constante evo-lução nas grandes quantidades, redução de custos com automação”. No caso do uso geral ele comenta que a exigência é de “máquinas econômicas, robustas, com suporte garantido de assistência técnica e alta confiabilidade”.

Ainda falando em tendências no país, na disputa com as hidráulicas, as injeto-

Mercado brasileiro em expansão movimenta indústria de máquinasAo mesmo tempo, voltaà tona a discussão sobreo custo x benefíciona comparação entreelétricas e hidráulicas.

Atualmente, de 16a 18 % de toda

resina transformadano Brasil é pelo

processo de injeção

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ras elétricas estão longe de vencer este jogo, mesmo que um dos seus principais diferenciais seja a economia de energia. Conforme Zanetti, a cultura brasileira ain-da está na máquina hidráulica. Ele fala que o número de máquinas elétricas no mercado brasileiro vem aumentando, mas em relação à economia de energia houve uma evolução muito grande das máquinas hidráulicas que estão apresentando um consumo energético muito próximo das elétricas e com custo menor. “Da bomba de vazão fixa à servo bomba, disponível hoje, a redução de consumo energético pode chegar aos 40, 50% dependendo do modelo e aplicação”, acrescenta. O exe-cutivo crê que as máquinas equipadas com servo bomba “ou algo similar” devem ganhar o mercado antes da totalmente elétricas. “Servo bomba com plastificação elétrica reduzindo ainda mais o consumo energético das máquinas hidráulicas”.

Conforme o diretor, na atual con-juntura de mercado, as necessidades dos transformadores vão além de máquinas. “Entendemos na Pavan Zanetti que a má-quina deve ser um produto ampliado, ou seja, máquinas e serviços”. Para atender este objetivo a empresa está investindo R$ 15.000.000,00 em uma nova fábrica, com 13.200 m2 “e pessoas que farão a diferença entre as injetoras e os commo-dities”, acrescenta. Ainda de acordo com o executivo o parque industrial brasileiro está em fase de renovação, mas além de novos equipamentos, os transformadores brasileiros sofrem com a falta de mão de obra especializada. Segundo ele, esta é mais uma razão para que o fabricante de máquinas se empenhe em ministrar o trei-namento para seus clientes..

Para o fechamento de 2011 a empre-sa prevê uma performance semelhante a do ano passado, que foi considerado pela Pavan Zanetti um dos melhores períodos nas vendas de máquinas. “Não acredita-mos ultrapassar esse valor esse ano, mas seguramente será maior do que em 2009”, observa o diretor. Para 2012 a meta é de crescer 20%, “pois o mercado brasileiro tem condições e necessidade de trocar

máquinas antigas, inseguras e improduti-vas para os modelos que fornecemos.

O mais recente lançamento da em-presa é a Série J5, composta por máqui-nas equipadas com servo bomba. Zanetti destaca que as injetoras produzidas pela empresa contam com tecnologia de pon-ta disponível no mercado, tanto as má-quinas com bomba fixa como de bomba variável e máquinas com servo bomba (Sunitono, made in Japan). “Desta for-ma temos condições tecnológicas idênti-cas a máquinas do mundo todo, com in-jetoras de 58 a 2.200 toneladas de força de fechamento”, salienta.

O gerente de negócios da Husky, Paulo Carmo comenta sobre a mudança de perfil do setor de injeção de plásticos no país, que de uns anos para cá teve o ingresso de empresas multina-cionais, através de aquisições de com-panhias nacionais ou por instalação de operações locais. “Em outras palavras, o mercado de injeção de plásticos no Bra-sil segue o quadro geral da indústria no país”, resume o executivo.

Segundo Carmo, a entrada de com-petidores globais, somado a elevação de exigências por parte dos clientes finais, estes muitas vezes grandes players mun-diais, tem acirrado a competitividade do setor. Neste cenário, a indústria da ter-ceira geração tem que buscar reduções de custos e incrementos de produtivida-de, para garantir a sua participação no mercado. “Este ambiente competitivo é o mesmo que se observa em mercados mais

maduros, ou seja, estamos em sintonia em termos de exigência em relação à Europa e América do Norte”, acrescenta. Porém o gerente destaca que existem no Brasil muitas similaridades com a Amé-rica do Norte em termos de volumes e distâncias de distribuição, “mas ao mes-mo tempo também existe em nosso país o interesse pelo design europeu para os produtos injetados”, salienta.

Neste ambiente competitivo, o ge-rente comenta que é possível observar que os transformadores começam a se voltar para atributos de qualidade, confiabilida-de, velocidade, precisão e eficiência dos equipamentos, embora o quesito investi-mento inicial ainda tenha um peso consi-derável. Entretanto ele observa que o fa-tor investimento preço tende a ser menos impactante na hora da compra, quando o convertedor já teve acesso a tecnolo-gias de transformação mais avançadas e já reconhece seus benefícios. Além disso, Carmo frisa que outro ponto determinante é a confiabilidade do equipamento, seja pela capacidade de serviço do fornecedor ou pela busca por células integradas de produção, compostas por injetora, molde, câmara quente, periféricos e automação pós-moldagem. “A escolha por uma solu-ção com um só fornecedor concentra a res-ponsabilidade e permite a otimização da célula de produção”, reforça o executivo.

Conforme o gerente uma tendência que se percebe no mercado é o cresci-mento das injetoras com tecnologia elé-trica e híbrida (acionamentos elétricos e hidráulicos) em relação às máquinas pu-

DESTAQUE Injetoras

Entre as característicasda Série Meglio, da

Sandretto, está a grandepassagem entre colunas

e a mecânica robusta

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ramente hidráulicas. Carmo diz que estas novas tecnologias são complementares e apresentam vantagens mais ou menos per-ceptíveis conforme a aplicação. Segundo ele a melhor metodologia de decisão deve levar em conta a peça que será produzida, os volumes requeridos de produção e qual-quer demanda especial no projeto da peça. “A decisão da tecnologia da injetora deve se basear num critério muito mais amplo do que simplesmente o investimento ini-cial ou uma potencial economia de ener-gia. Uma decisão baseada em qualquer destes conceitos pode parecer vantajosa no curto prazo, mas não interessante no longo prazo”, orienta.

A Husky oferece ao mercado injetoras híbridas com força de fechamento entre 90 e 1000 ton e máquinas elétricas com força de fechamento entre 80 e 350 ton.

A Sandretto também confirma que o setor de injeção de plásticos é um mercado em expansão. Segundo o ge-rente de Marketing da empresa, Gilberto

Baksa Júnior, demanda por novos produ-tos, mudanças de design e novas apli-cações têm impulsionado o segmento. “Comparado aos grandes centros mun-diais é claro que temos sempre a crescer, porém no que diz respeito a tecnologias o mercado nacional ainda busca por so-luções de automação”, acrescenta.

O gerente fala que as vertentes da injeção são diversas, mas há uma forte tendência ao mercado automotivo, que busca sempre pela melhoria continua de seus produtos e processos, redução de custos, aumento da produtividade e qualidade. O executivo comenta que a máquina injetora define as melhorias nos quesitos ciclo, repetibilidade, qua-lidade, peso do produto final, economia de energia, entre outros. “Estes quesitos se atendidos pelos equipamentos são os diferenciais determinantes para a venda de uma nova máquina”, salienta.

Na disputa entre as máquinas elé-tricas e hidráulicas, Baksa comenta que a injetora elétrica possui um custo eleva-

do de investimento inicial e nem sempre representa o ganho que o cliente poderia recuperar no tempo de vida do produ-to. “Já é conhecido por muitos que esta linha de equipamento economiza muita energia elétrica, porém em relações as máquinas hidráulicas com servo-motor, estes valores representam um percentu-al menor”, observa. A Sadretto do Brasil não possui uma linha totalmente elétri-ca, mas disponibiliza uma linha com ser-vo-motor, “a Série ecológica, que atual-mente tem superado as expectativas no que diz respeito a consumo de energia elétrica”, destaca o gerente.

Conforme Baksa, a Sandretto do Bra-sil possui mais de 4500 máquinas no mer-cado nacional e desde 1989 tem produzido os equipamentos nacionalmente. A última novidade da empresa para o setor é Série Meglio, “que hoje reúne o que a Sandretto tem de melhor em apenas um equipamen-to, com grande passagem entre colunas, movimentos orientados por guias linea-res, hidráulica precisa, rápida e repetiti->>>>

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DESTAQUE Injetoras

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va, mecânica robusta”, salienta. Entre os diferenciais do equipamento ele também cita a grande flexibilidade na aplicação em diversos segmentos, além de oferecer uma linha completa de soluções de processa-mento de qualquer tipo de produtos ou materias plásticos.

Com aproximadamente 4.500 máquinas injetoras horizontais instala-das no país, a FCS comenta que o merca-do de injeção teve um bom desempenho no primeiro semestre de 2011. Na segun-da metade do ano a empresa destaca que houve uma pequena queda nas vendas, mas o ritmo foi retomado a partir de ou-tubro. Em 2010, a companhia registrou um crescimento de 14%, comparando com o ano anterior.

Segundo o gerente comercial da FCS, Jonas Vogel, atualmente o Brasil se en-contra em uma situação bem mais confor-tável do que a Europa e América do Norte. Se a economia do país se mantiver neste patamar, o gerente acredita que o mer-cado nacional deva fechar o ano “muito bem”. Ele destaca que o bom desempenho da indústria automotiva e de outros seto-res produtivos está impactando positiva-mente a economia do país.

O aquecimento do mercado nacional e a valorização do real ampliaram a com-petitividade no setor de transformação de plásticos, motivado principalmente pela entrada de produtos importados. Neste sentido, Vogel fala que uma das principais exigências dos convertedores é o preço, devido à invasão de produtos chineses. Mas ele alerta sobre os riscos

de trabalhar só com a questão de valo-res, “devemos tomar cuidado para que o mercado não se nivele por baixo”. O executivo conta que uma das estratégias adotadas é oferecer a melhor relação custo benefício, “ter o melhor equipa-mento em tecnologia e oferecer o me-lhor apoio técnico aos nossos parceiros”.

Referente às injetoras elétricas, Vo-gel comenta que há muito tempo estas máquinas são amplamente utilizadas nos países de maior poder aquisitivos. “Essa tecnologia vem crescendo em nosso país, porém depende muito da condição em que se encontra a empresa, pois esses produtos exigem um nível mais refinado de manutenção e processo”, observa. Para atender a demanda do mercado a FCS conta em seu portfólio com injeto-ra hidráulicas, elétricas e híbridas, que combinam os dois sitemas. “Temos por princípio adequar o melhor produto para o processo do cliente, evitando gastos desnecessários”, salienta o gerente.

Entre as últimas novidades da FCS, o executivo destaca a linha de injetoras da Série K, “com maior curso de abertura, co-mando automata e tecnologia de ponta”. Vogel salienta que essa máquina pode ser montada de acordo com as exigências téc-nicas do cliente, “ou seja, não são máqui-nas de prateleira e sim produtos para for-necer o maior desempenho”, acrescenta.

O diretor da Arburg no Brasil, Kai Wender, faz coro com os demais produ-tores de máquinas ao afirmar que o merca-do brasileiro de injeção de plásticos está em crescimento nos últimos anos devido

ao aumento da demanda interna. Mas ao mesmo tempo em que destaca que a eco-nomia do país está puxando as vendas do setor, ele salienta a dificuldade enfrenta-da pelas empresas na área de exportação. Wender aponta a questão do câmbio como uma das principais responsáveis pela per-da da competitividade global das nossas indústrias.Outra constatação do executivo é referente a mudança de comportamen-to na área de injeção. Segundo ele, os transformadores passaram a investir mais em processos de automação na área de in-jeção, principalmente para driblar o alto custo da mão de obra qualificada, que está cada vez mais escassa. “É uma tendência criar pequenas células que trabalhem sem operadores e com autonomia. Nes-tas células são necessários equipamentos confiáveis, com funções de auto correção e integração dos periféricos no comando central da máquina”, comenta.

Ainda falando sobre tendências, o di-retor destaca que o número de injetoras elétricas no país ainda é pouco expressivo. “Conquistaram apenas uma pequena fatia do mercado nos últimos anos”, observa. Como são máquinas que exigem grandes investimentos, Wender comenta que não compensa optar pelo equipamento apenas pela questão da redução de consumo de energia. “A principal vantagem das má-quinas elétricas ou híbridas é o potencial no aumento de produtividade e repetibi-lidade e a qualidade do produto injetado”, acrescenta. Ele explica que atualmente as máquinas com comando hidráulico ou hí-brido contam com sistemas de regulagem sofisticados, que permitem a redução do consumo de energia, chegando próximo ou igual das injetoras totalmente elétricas.

Sem em entrar em detalhes sobre nú-meros, o diretor da Arburg salienta que a em-presa tem uma situação de vendas de máqui-nas estável nos últimos cinco anos, “estamos esperando um leve crescimento nos próximos anos”, informa. Atualmente a empresa alemã tem 850 máquinas instaladas no Brasil.

Neste ano a Arburg lançou uma nova linha de máquinas elétricas, a Edrive, indi-cada para produção de peças técnicas. Se-

Allrounder, da Arburg,possui moldagempor injeção de múltiploscomponentes eprecisão em série

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gundo Wender o lançamento complementa a linha Alldrive, composta por máquinas elétricas de alta performance, para ci-clos rápidos. Na área de automação a em-presa lançou o Multilift V select, um robô com três servo-eixos totalmente integrado no comando da injetora, que permite até fazer movimentos simultâneos do robô com a injetora, “todo programado via o comando Selogica”, complementa.

Em uma análise do mercado de injeção de plásticos o gerente de ven-das da Starmach, Samuel Vogel fala que o setor está em franca expansão. “Verifica-mos muitas empresas com investimentos em aquisição ou renovação de injetoras no país”, comenta. O executivo também observa que em comparação com outros centros mundiais, o Brasil ainda tem um

parque industrial muito defasado. Além disso, ele destaca que as indústrias nacio-nais investem pouco em periféricos, que otimizam o processo ou em “injetoras com qualidade diferenciada”.

Vogel salienta que o mercado de plásticos vem crescendo em vários seg-mentos, mas observa que os transfor-madores que optarem por injeção de peças com design diferenciado, trazen-do inovação para o consumidor, devem ter um retorno mais rápido. Ele comenta que o setor de peças plásticas comuns e de preço baixo encontra uma grande concorrência, muitas vezes desleal entre os fabricantes. “E para se diferenciar é preciso cada vez mais de injetoras com maior tecnologia”, complementa.

Porém na hora do investimento em novas máquinas, o gerente comenta que itens como ciclo rápido, que permitem otimizar a produção, baixo consumo de energia e assistência técnica, pesam na decisão dos transformadores, mas nem sempre são determinantes. Vogel diz que existem muitas empresas interessadas em

preço. “Creio que componentes diferencia-dos, como é caso da Starmach, aliado a um CLP com o máximo de recursos disponíveis hoje, vão proporcionar um ciclo de injeção totalmente eficaz, com repetibilidade, a um preço justo”, comenta.

A Starmach é uma empresa nova no mercado, mas de acordo com o Vogel, “vem apresentando níveis de crescimen-to surpreendente”. O executivo informa que o sucesso da empresa se deve prin-cipalmente a qualidade do seus equi-pamentos. Ele informa que a empresa desde o início de seu projeto optou por produzir máquinas com uma robustez em sua estrutura, colunas e placas . “A nos-sa máquina foi montada em cima de pa-drões europeus de engenharia”, salien-ta. As injetoras da empresa contam com motor Siemens, bomba variável ou ser-vo-motor Rexroth Bosch, válvulas Festo, motor de dosagem Danfos, e comando Automata, “que estamos na 25ª edição de programa, que hoje proporciona o máximo em recursos para um processo diferenciado, como injeção sequencial, controle deaté 10 fases de injeção por tempo ou posição, entre outro”, conclui.

Segundo o diretor comercial da BPS, Venceslau Salmeron, a indústria de transformação de plásticos sempre foi composta por muitos fabricantes de inje-tados nos diversos segmentos. O executi-vo comenta também que o setor cresce a cada ano, principalmente pelo aumento da utilização do plástico em substituição de outros materiais. Para ele o parque indus-trial do setor também está passando por uma renovação, mas o processo ainda é lento. “Há poucos anos atrás o segmento era composto por injetoras que chegavam à média de 20 a 25 anos de trabalho.Con-seguimos baixar uns cinco anos nesta de-fasagem, mesmo assim ainda temos equi-pamentos com 15 a 20 anos, o que é uma quantidade muito significativa”, salienta.

Salmeron observa que a tendência do setor é de continuar investindo em má-quinas e moldes de novos produtos, subs-tituindo gradativamente os equipamentos

Injetoras da Starmachcontam com motorSiemens ecomando Automata

Em seu quarto ano deatividade, BPS contacom aproximadamente200 máquinasinstaladas no país

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AÇÃOmais antigos. Mas ele comenta que

a procura ainda é por valor. “Como comercializamos máquinas asiáti-cas de Taiwan e da China (Jon Wai e Tederic ) o sentimento em concor-rências com máquinas o primeiro quesito ainda é o preço”, informa. Porém, segundo ele, atualmente os clientes já estão valorizando o pós- venda, a boa assistência técnica e também a configuração dos equi-pamentos, “as vezes descartando máquinas com componentes de se-gunda ou até terceira linha”.

Quanto às máquinas elétricas, o diretor explica que estas injeto-ras ainda não têm a relação custo beneficio atrativa ao ponto de dar grande um salto em sua participa-ção, tanto no Brasil como no exte-rior. Ele conta que uma prática que está sendo adotada com boa acei-tação no setor, são as máquinas com servo motor e driver no motor principal e até no secundário de-pendendo do equipamento. “Todas as máquinas que colocamos no mercado este ano são dotadas de servo e driver, de origem européia, principalmente Rexroth (Alema-nha). Diferencial significativo frente aos concorrentes, e garantia de 70% de eco-nomia em relação às máquinas com bomba de vazão fixa e 35 a 40% em relação as de bomba de vazão variável, mesmo em ciclos bem rápidos”, destaca.

A BPS lançou em 2011 a linha Tede-ric M. As injetoras da série são dotadas de conjunto de injeção monobloco com um pistão central que atua na dosagem e na injeção, todas dotadas de servo motor. A empresa está no seu quarto ano de ativi-dade e conta com aproximadamente 200 máquinas instaladas no país.

“O mercado está em alta”. A afirmação do gerente de marketing da Deb’Maq, Eduardo Trevisan resume o sen-timento das indústrias e fornecedores de máquinas para injeção de plásticos no país. O executivo fala que o desempenho do setor reflete o bom momento da eco-nomia nacional. “Percebe-se uma preo-cupação dos clientes em aproveitar bem essa fase e realizar novos investimen-tos”, afirma. O executivo acrescenta que

a indústria tem renovado o seu parque industrial e pode-se afirmar “que esta-mos em um nível tecnológico excelente com tendências inclusive de otimização de produção mediante muita automati-zação”, complementa.

Atenta à boa fase que as indústrias do país está passando, a Deb’Maq está investindo fortemente na estrutura técni-ca e na produção de máquinas. Segundo o gerente, a empresa conta com dezenas de injetoras a pronta entrega na fábrica, localizada em Camanducaia (MG). O es-toque conta com injetoras de 90 a 1250 toneladas. A área técnica, oferece assis-tência por pessoal qualificado e reposição de peças. No segmento comercial, “Temos uma equipe de vendedores em praticamen-te todos os estados do país e contamos com uma estrutura adequada para atender nosso grande mercado”, informa. A expec-

tativa da empresa é de encerrar o ano com um crescimento na ordem de 30% a 40%, comparado a 2010.

Trevisan destaca que existe um otimismo no país na maioria dos ramos de atividade, neste sen-tido o mercado do plástico tende a ser impulsionado por segmentos representativos como a indústria automobilística e da construção. Isso deve promover a busca de tecnologia avançada de produção, a altura dos grandes centros mun-diais. Para atender esta tendência os fornecedores de equipamentos têm que estar atentos as neces-sidades e exigências dos trans-formadores de plástico, que de acordo com o gerente são bem va-riadas. Ele explica que podem ser de ordem produtiva com máquinas de ciclos rápidos, como tecnológi-ca com máquinas de alta repeti-bilidade , ou até econômica com máquinas equipadas com inversor de frequência de servo-motor.” Claro que o preço dos equipamen-tos pesam muito na hora de ne-gociar assim como principalmente a disponibilidade rápida das má-

quinas e da assistência técnica a altura”, complementa.

Com o objetivo de atender esta demanda a Deb’Maq está apostando na máquinas injetoras de baixo consumo (servo-motor), que de acordo com Trevi-san possibilitam uma economia de 40% a 70%, no consumo de energia . O gerente diz que há de fato uma preocupação em economizar energia elétrica, sendo que a nossa é uma das mais caras do mundo. A atual tendência no Brasil para enfrentar essa realidade é de investir em máquinas injetoras com bomba de vazão variável ou equipadas de Servo-motor e inversor de frequência, “sendo que a alternativa da aquisição de injetora elétrica continua sendo onerosa”, comenta.

Melissa Casali, diretora da Ste-elmach fala que vários acontecimentos estão favorecendo o crescimento da in-dústria de transformação de plásticos, em especial, o setor de injeção, que “tem apresentando crescimento desde a en-xurrada de máquinas chinesas no Brasil”.

DESTAQUE Injetoras

Trevisan, da Debmaq:empresa está investindofortemente na estrutura

técnica e na produçãode máquinas

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Além disso, observa que existem muitos processos que devem ser substituídos pelo plástico e “muita tecnologia ainda será importada ao Brasil”. Em paralelo, comenta que todos os demais setores da indústria têm se beneficiado com a as-censão e imagem positiva que o Brasil tem frente aos demais países do mundo. “No ano passado, ficamos em quinto lu-gar entre os países que mais receberam investimentos estrangeiros diretos”, des-taca. Ela acrescenta que existe um grupo

especial de estrangeiros querendo aportar aqui no país, a partir de 2012, como os asiáticos: XCMG, Hyundai, Suzuki, Chery e Lifan, Sumitomo Rubber, Toyota, entre outros. “O mercado já está se preparan-do para receber essa demanda e todos os setores estarão em crescimento, embora tenhamos passado por uma crise recen-te”, complementa.

Para a diretora o mercado do plástico tem grandes particularidades, dentre elas o dinamismo com que os negócios acon-

tecem e a principal exigência do cliente na hora da compra é a relação custo be-nefício. “Obviamente que o preço também é fator importante, mas não decisivo na hora de fechar um negócio. O pós-venda também é fundamental”, salienta. E como tendência do segmento de transformação por injeção, ela destaca as máquinas eco-logicamente corretas, híbridas ou 100% elétricas. Estas injetoras apresentam bai-xo consumo de energia, são livres de óleo e refrigeração do mesmo, “tudo graças ao acionamento por servo motor que substi-tui os motores hidráulicos, responsáveis pelos movimentos de abertura, fechamen-to e injeção”, explica.

Apesar da opção pela grande maioria dos transformadores brasileiros pelas má-quinas hidráulicas, este panorama deve sofrer mudanças de acordo com a executi-

Máquina daSteelmach, queplaneja umcrescimento de 100%no ano de 2012

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va. Ela estima que 75% do merca-do é de equipamentos hidráulicos. A executiva explica que o custo da energia elétrica, aliado a crescen-te influência da questão ambiental e da necessidade de diminuir os contaminantes em operações de salas limpas, além da constante melhoria de ciclos das peças inje-tadas, vem aumentando a procu-ra e interesse dos clientes pelas máquinas elétricas. A Steelmach está trabalhando no planejamento de 2012 e as expectativas da em-presa, frente ao contexto atual é de que o crescimento seja de 100%. “Em 2010, fechamos o ano com 72 máquinas e até outubro de 2011 já estávamos com 82 equipamentos vendidos”, informa a di-retora da companhia. Com 192 máquinas instaladas nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará, no ano que vem a empresa vai disponibili-zar ao mercado quatro séries de máquinas chinesas Rhino, como a Classic, que com-preende as máquinas injetoras de bomba fixa, e Classic Eco, que são máquinas com servo motor acoplado a bomba hidráuli-ca, que auxilia na redução de consumo de energia em até 50%.

A evolução do mercado de inje-ção também foi destacada pelo o gerente comercial da Milacron, Hercules Piazzo. Ele fala que atualmente muitos transfor-madores já contam em seu parque fabril com equipamentos de primeira linha, com

alta tecnologia incorporada, “oriundos dos EUA, Japão e Europa”. O gerente comenta que este processo renovação de máquinas e equipamentos vem de encontro com as necessidades atuais da indústria da tercei-ra geração, de se tornar mais competitiva para enfrentar a grande concorrência in-ternacional. Porém ele fala que a maioria das empresas do setor ainda conta com máquinas antigas e defasadas.

Diante desta procura por novas tec-nologias, Piazzo acredita que deve aumen-tar a procura por máquinas injetoras to-talmente elétricas. Segundo ele a empresa já vende mais elétricas do que hidráulicas. Ele justifica que o equipamento prima pela economia de energia, além de oferecer ou-tros benefícios como precisão, repetibili-

dade, confiabilidade, baixos níveis de ma-nutenção e de ruída, alta velocidade dos movimentos, entre outros. “Atualmente, com o aumento da escala fabril, os preços de elétricas e hidráulicas estão muito pró-ximos, ao menos para equipamentos pro-duzidos pela Milacron”, comenta.

A Milacron possui mais de 720 uni-dades instaladas no mercado Brasileiro. Atua em vários estados do país, princi-palmente na região Sudeste. Para 2011, o gerente informa que a empresa deve fechar o ano com um crescimento em

torno de 5% a 8% superior ao registrado em 2010. A previsão acima está baseada no aqueci-mento do mercado e nas inova-ções apresentadas pela empresa, como o aperfeiçoamento da linha de injetoras elétricas Powerline.

A Meggaplástico, empresa do Grupo MEGGA, destaca o cres-cimento do mercado de injeção, mas salienta uma nova caracte-rística do setor, que tem buscado máquinas de maior porte, na faixa de 350 a 1000 ton. De acordo com

a empresa, isto ocorre devido a um mer-cado cada vez mais globalizado e a entra-da de equipamentos asiáticos que tornou mais acessível para os transformadores a aquisição de injetoras de todos os portes. “Ficamos contentes por saber que fazemos parte deste avanço”, comenta.

Falando sobre tendências do setor, a companhia destaca que a redução do consumo de energia é uma das principais exigências das empresas. Acrescenta que a maioria das indústrias da terceira geração querem adquirir equipamentos com alta tecnologia agregada, com valores menores e que consumam menos energia. “Com a chegada no Brasil, das injetoras equipadas com servo motor, tecnologia que economi-za até 80% de energia, reduzir custos com a conta de luz ficou ao alcance de todos”, salienta a Meggaplástico. Outra tendência evidenciada pela empresa é o aumento de investimentos na automatização. “Além dos custos no passado serem altos para

DESTAQUE Injetoras

Meggaplástico salientaa globalização comoum dos fatores quetrouxeram expansãoao mercado nacional

Piazzo, da Milacron,destaca a necessidade

da aquisição demáquinas para aumento

de competitividade

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Christoph Rieker:

“setor de injeção é

o elo mais importante

na cadeia do plástico”

este tipo de investimento, muitas injeto-ras não dispunham de espera para perifé-ricos mais técnicos. Hoje, temos uma rea-lidade totalmente diferente”, acrescenta.

Assim como aumentaram os trans-formadores por injeção, houve um au-mento no número de empresas que co-mercializam injetoras e periféricos. Isso tornou os transformadores mais exigen-tes, que além de produtos de qualidade, querem um atendimento mais personali-zado. “Quando falamos de bom atendi-mento, não estamos nos referindo ape-nas no pós-vendas, mas principalmente no processo de venda”, frisa.

Para o gerente geral da Sumi-tomo Demag do Brasil, Christoph Rieker, o setor de injeção é o elo mais importan-te na cadeia de transformação de plásti-cos, representando mais de 60% do total de maquinas instaladas no país. Destaca que vários fatores estão colaborando para o crescimento do setor, como o aumen-to da quantidade de peças plásticas nos

automóveis em substituição de itens me-tálicos. Na área de embalagens, o geren-te comenta que novas embalagens estão sendo produzidas com máquinas de ciclo rápido em substituição ao processo reali-zado por extrusão e termoformagem.

Falando em investimentos, Rieker acredita que deva crescer o número de injetoras elétricas no país. Segundo ele,

hoje no Brasil a quantidade de máqui-nas elétricas vendidas versus máquina hidráulicas ainda é baixa, “não deve chegar a 10% do total de máquinas, mas este percentual vem crescendo de forma constante o que nos deixa bem otimistas”, observa. Para exemplifica o potencial deste mercado no país, o exe-cutivo faz uma comparação com o mer-cado japonês onde as injetora elétricas já absorvem 50% do segmento. “Certa-mente o alto custo da energia elétrica influencia e puxará cada vez mais este crescimento”, prevê.

A Sumitomo Demag do Brasil pre-vê um crescimento em de 32%, para o fechamento de 2011, em comparação com o ano. De acordo com o gerente da indústria,“os últimos lançamentos da empresa estão focados em maquinas de ciclo rápido, na série El-Exis e no seg-mento de máquinas elétricas, com de-senvolvimento em equipamentos cada vez mais econômicos, eficientes e preci-sas”, informa Rieker.

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A Associação Brasileira da Indús-tria de Máquinas (ABIMAQ), di-vulgou dados do setor de bens de capital referente ao mês de Outu-

bro. Seguindo o comportamento verificado em anos anteriores, o faturamento bruto real da indústria de bens de capital mecâ-nicos registrou, no mês de outubro, queda de 5,8% comparado com o mês anterior. O faturamento acumulado de janeiro a ou-tubro de 2011, alcançou o resultado de R$ 67.513 bilhões, o que representa um crescimento de 11,2% na comparação com o mesmo período de 2010, não obstante esse crescimento significativo se dá sobre uma base de comparação baixa, aquém do resultado obtido em 2008.

Os setores de máquinas têxteis e válvulas tem se mostrado cada vez mais preocupante, o faturamento desses se-tores em 2011 ficou -48,2% e -20,8% abaixo dos valores verificados em 2010, respectivamente.Os resultados positivos foram destaques do setor de máquinas

agrícolas e bens sob encomenda, os quais têm importante participação no fatura-mento da indústria de bens de capital e apresentaram crescimento expressivo no acumulado de 2011 na comparação com o mesmo período de 2010.

Balança comercialO resultado da balança comercial de

máquinas e equipamentos continua im-pactante, os déficits vêm se ampliando expressivamente ao longo dos anos, nota-damente a partir de 2008, e chegou a US$ 14.668 bilhões no acumulado de 2011. Esse resultado representa um crescimento de 13,6% na comparação com o período de janeiro a outubro de 2010, e a previsão é que o déficit ultrapasse os US$ 18,0 bi-lhões no fechamento de 2011, superando o recorde já alcançado no ano anterior. O expressivo déficit da balança comercial se deve à elevada diferença entre os níveis de importação e exportação de bens de capital mecânicos, os quais foram de US$

24.357 e US$ 9.689, respectivamente, no acumulado de 2011.

O crescimento das exportações em 2011 foi influenciado, principalmente, por máquinas para logística e construção civil e infra-estrutura e indústria de base, seto-res esses que realizam um grande volume de transações intercompany, as quais de-pendem apenas das políticas estabeleci-das entre matrizes e suas subsidiárias. Os principais destinos das exportações são os Estados Unidos, Argentina, Países Baixos (Holanda) e México. Já o crescimento das importações foi puxado por máquinas para logística e construção civil, máquinas para bens de consumo e máquinas para a indús-tria de transformação, e dentre as princi-pais origens das importações cabe destacar os EUA, Alemanha e China, sendo que esse último país ocupava a 10ª posição em 2004 e atualmente já é o 3º principal em termos de valor e o 1º em termos de kg importado, o que ressalta o crescimento de sua partici-pação no mercado nacional.

Faturamento cai e déficit continua em plena ascensãoPrevisão é que o déficit ultrapasse os US$ 18,0 bilhões no fechamento de 2011, superando o recorde já alcançado no ano anterior.

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Máquinas

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AÇÃODow e Mitsui concluem

a formação de JointVenture no Brasil

A The Dow Chemical Company comu-nicou que obteve, juntamente com a Mit-sui & Co. Ltd., de Tóquio, Japão (NASDAQ: MITSY), todas as aprovações regulatórias governamentais necessárias para a con-clusão da formação da joint venture pre-viamente anunciada. Com isso, a Mitsui torna-se parceira com 50% de participa-ção na operação da Dow em Santa Vitória, Minas Gerais, Brasil. O escopo inicial da joint venture inclui a produção de etanol derivado da cana-de-açúcar como matéria--prima e fonte de energia renovável, tra-zendo novas alternativas para a Dow com base em biomassa, substituindo, assim, os tradicionais recursos fósseis.

A conclusão dessa transação dá con-tinuidade ao anúncio feito pela Dow, em 19 de julho deste ano, sobre os planos de formar a nova joint venture e a assinatura de um Memorando de Entendimento com a Mitsui visando fornecer soluções de pro-dutos inovadores e sustentáveis para os mercados mundiais de produtos médicos, de higiene e de embalagens flexíveis de alta performance. Isso representa a maior aposta de biopolímeros do mundo e é o maior investimento da Dow no Brasil, onde a companhia atua com sucesso há mais de 50 anos. A engenharia e a produ-ção de equipamentos para uma nova uni-dade de cana-de-açúcar em etanol foram aceleradas durante o terceiro trimestre de 2011 e estão prosseguindo de acordo com o cronograma, com o início das operações previsto para o segundo trimestre de 2013.

Sustenplást lançarevista infantil visandoconscientização ambiental

O Programa Sustenplást – RS Plás-tico com Inteligência, do Sindicato das Indústrias de Material Plástico do RS (Sinplast/RS), lança a revista educativa “A Turma dos R’s – É Brincando que se Aprende”. Voltada ao público infantil, a publicação orienta as crianças sobre a

conscientização ambiental e busca ensi-nar os pequenos sobre a importância dos três R’s: reduzir, reutilizar e reciclar.

A revista mostra, de forma divertida, a importância do descarte correto de ma-teriais como o plástico, o vidro, o papel e o alumínio, e ainda ensina a criança a montar um divertido brinquedo com estes materiais. Lançado em 2009, o Programa Sustenplást – RS Plástico com Inteligên-cia tem como meta educar e conscientizar crianças e adultos acerca da reutilização, descarte e reciclagem total do plástico. Outras informações sobre a iniciativa po-dem ser obtidas pelo site www.susten-plast.org.br ou pelo Twitter @sustenplast.

Produção de PETune RS e Uruguai

Durante o Encontro Estadual de Em-preendimentos Econômicos Solidários, ontem, na Igreja da Pompeia, em Porto Alegre, no RS, foi assinado um termo de cooperação entre os governos do RS e do Uruguai, com o objetivo de promo-ver ações conjuntas para a construção da Cadeia Solidária Binacional do PET. A assinatura foi efetivada pelo titular da Secretaria da Economia Solidária e Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sesampe),

Maurício Dziedricki, e pelo presidente do Instituto Nacional de Cooperativismo da República Oriental do Uruguai (Inacoop), Juan J. Sarachu Onetto.

Conforme Dziedricki, o acordo re-presenta um marco legal nas relações do RS com o Uruguai no desenvolvimento da economia solidária. “O termo prevê que a transformação do PET em flake seja feita por empreendimentos gaúchos, após en-viada para a cooperativa uruguaia Coopi-ma, que do flake faz a fibra. Essa fibra vai para uma cooperativa têxtil mineira, que, a partir dela, cria o fio e envia para as cooperativas do RS, que irão confeccionar os produtos. Serão instalados cinco polos de tratamento de transformação do PET em flake no Rio Grande do Sul.”

Plástico Verde da Braskem será usado nos assentos do Amsterdan ArenA

A Braskem fechou uma parceria com o Amsterdam ArenA e vai fornecer o seu Plástico Verde para a fabricação dos assen-tos do estádio multifuncional holandês. Já nos próximos meses serão instalados 2 mil bancos feitos com plástico de etanol da Braskem, em adição aos 52 mil existen-tes. Ao final dos próximos dois anos, todos os 54 mil assentos serão de plástico feito com matéria-prima 100% renovável e tec-nologia brasileira. O anúncio está sendo feito nesta sexta-feira, dia em que a Ho-landa comemora nacionalmente o Dia da Sustentabilidade.

A instalação dos “sugar seats”, como estão sendo chamados os assentos, faz parte da estratégia de fazer do Amster-dam ArenA o cartão de visitas da capital mais sustentável do mundo. O estádio foi inaugurado em agosto de 1996 e passa por obras de melhoria na parte destinada ao público, sem prejuízo para os espetá-culos como o amistoso de hoje entre as seleções de futebol da Holanda e Suíça. Toda a reforma é norteada por diretrizes de sustentabilidade. Em 2015, o estádio será ecologicamente neutro, sem qualquer emissão de gás carbônico.

Foco no Verde

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Maurício Groke assume diretoriade novos negócios da Cromus O presidente da ABRE – Associação Brasileira de Embalagem, Maurício Groke, assumiu a Diretoria de Novos Negócios da Cromus Embalagens, uma das maiores empresas de embalagens decorativas do país. À frente da Diretoria de Novos Negócios, Maurício terá como um dos principais desafios fortalecer o segmento corporativo da empresa, gerenciando seu planejamento estratégico, ampliando os programas e iniciativas de desenvolvimento e geração de oportunidades e negócios, além de dar continuidade ao trabalho desenvolvido pela empresa. Outra missão da profissional é estreitar o rela-cionamento com clientes, parceiros e formadores de opinião por meio de múltiplos canais. Para Maurício, a Cromus é um exemplo a ser seguido. “Tenho grandes desafios pela frente, espero contribuir com seu sucesso e aprender muito nesta grande empresa” complementa o executivo.

Nord West – Industrial de casa novaBuscando melhor atender seus clientes, a Nord West está em novo local com área ampliada para 450 m2 e com novos equipamentos para ampliar nossa disponibili-dade de atendimento às empresas parceiras. Adriano Francisco Reinert reforça os principais destaques da empresa em processos: injeção de peças plásticas com a cor final metálica sem a necessidade de pintura posterior, injeção de peças técni-cas de precisão e injeção de materiais especiais, com forte embasamento técnico no mercado Europeu.

SIMPEP e Braskem promoveram palestras econômicas e ambientaisO Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná – SIMPEP – e a Braskem promoveram recentemente um café da manhã com palestras econô-micas e ambientais. Uma das palestras foi ministrada pelo diretor de Desenvol-vimento Sustentável da Braskem, Jorge Soto, que mostrou a importância de um crescimento pautado em medidas susten-táveis. Segundo Soto, a Braskem decidiu oferecer as palestras para levar ainda mais informações aos seus clientes, com o objetivo de aumentar a competitividade deles no mercado. “Temos que dialogar as questões sobre sustentabilidade, porque é esse o futuro, além de ser uma excelente oportunidade de alavancar os negó-cios”, diz o diretor. Para a presidente do SIMPEP, Denise Dybas Dias, as palestras são importantes para que o setor plás-tico paranaense possa aprender com os palestrantes e se aproximar do princi-pal fornecedor do Brasil. “Vejo nesses encontros a oportunidade de estreitar os relacionamentos entre os transformadores e a Braskem”, afirma.

Mexichem Brasilé uma das 21empresas-modeloem sustentabilidade A Mexichem Brasil, por meio da sua marca comercial Amanco, foi escolhi-da pelo quinto ano consecutivo uma das 21 empresas-modelo em susten-tabilidade no Brasil pelo Guia Exame de Sustentabilidade 2011. No Guia a matéria sobre a empresa destacará o curso técnico promovido pela marca Amanco em parceria com o Senai para formação de instaladores hidráulicos. A reportagem revelará que dos 32 mil profissionais que já passaram pelo curso em todo o país, 41% relataram melhoras na remuneração e outros 72% disseram ter aprendido a utilizar de forma mais eficiente os recursos hídricos durante uma obra.

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Bloco de Notas

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Jairton Dupont recebe homenagemno Prêmio Pesquisador GaúchoOs destaques da pesquisa gaúcha que estão contribuindo para o desenvol-vimento da ciência mundial foram conhecidos duranteo Prêmio Pesquisa-dor Gaúcho 2011. Neste ano, em comemoração ao Ano Internacional da Química, a Braskem fez uma homenagem especial a Jairton Dupont, único representante do Brasil e da América Latina a figurar entre os 100 maiores químicos do mundo. Dupont é pesquisador e professor da UFRGS e desen-volveu pesquisa para a aplicação na indústria petroquímica e química.

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Lubrizol assina acordo para adquirir MerquinsaA Lubrizol Corporation acaba de assinar um acordo para a compra da Merquinsa, líder em poliuretanos termoplásticos especiais. Esta aquisição irá expandir os negócios da Lubrizol polímeros de engenharia e fortalecer sua capacidade de atender às necessi-dades de seus clientes globais. Localizada em Barcelona, Espanha, a Merquinsa serve aos segmentos mais exigentes do mercado de polímeros especiais, como automotivo, esportes e mobiliário de lazer. “Estamos muito animados por adicionar as capacidades e produtos da Merquinsa aos nossos polímeros de engenharia. A empresa tem reconhecimento de marca global, juntamente com o seu sólido histórico de crescimento rentável, o que amplia nosso portfólio de produtos, aumenta nosso alcance global e reforça a nossa capacidades de fabricação “, disse Rocco Mango, vice – presidente da Lubrizol e gerente geral Enginee-red Polymers Estane. “No geral, esta aquisição permite-nos continuar a expandir nossa ofertas aos nossos clientes em todo o mundo. “

Importações gaúchas sobem 22,7%As exportações da indústria gaúcha somaram US$ 1,48 bilhão, em outubro, um incremento de 11% em relação ao mesmo mês em 2010, enquanto as importações do segmento cresceram 22,7% e chegaram a 1,38 bilhão. As compras do setor industrial foram puxadas por pedidos dos segmentos de Coque e Produtos Deriva-dos do Petróleo, com alta de 134%, e Extrativa Mineral, elevação de 104%. Entre os produtos mais adquiridos estão óleo diesel, naftas para petroquímica, petróleo e gás natural. A indústria gaúcha respondeu por 86,4% das vendas externas em outubro, US$ 1,71 bilhão. Esse índice chegou a 93,3% no mesmo mês de 2010. Os crescimentos mais significativos foram Veículos Automotores, Reboques e Carroce-rias (59,2%), Químicos (39,7%) e Máquinas e Equipamentos (26,2%). Já as quedas mais expressivas ocorreram nos segmentos de Madeira (-75%), Tabaco (-15,4%) e Couro e Calçados (-11,7%). O RS foi o quarto estado que mais exportou em outu-bro, com 7,7% da pauta nacional. No que se refere a destinos, a China manteve a primeira colocação em outubro, apesar de ter reduzido de 22,3% para 16,7% a sua participação ante o mesmo mês de 2010.

Pós-graduação em materiais compósitosA Universidade Positivo, em parceria com a Associação Brasileira de Materiais Compósi-tos (ABMACO) abrem as inscrições para o curso de Pós-Graduação em Materiais Compó-sitos, em Caxias do Sul (RS), um dos principais pólos de transformação de compósitos do País. O intuito do curso de pós-graduação é promover a capacitação e especia-lização dos profissionais na área de materiais compósitos para atender a crescente demanda por profissionais para este segmento. O curso é destinado aos profissionais graduados em Design, Administração, Engenharia, Arquitetura e áreas afins; executi-vos, consultores e todos os profissionais envolvidos com os materiais compósitos, além de docentes interessados em aprofundar seus conhecimentos na área.

Refrisat destacaUnidade de Água Gelada, com controlador CLPA Refrisat está divulgando sua unidade de água gelada com o inédito controlador CLP Siemens programado por software com sua lógica desenvolvida pela própria empresa de refrigeração industrial. Desta forma, conforme informações da Refrisat, a companhia disponibiliza todos os recur-sos para proporcionar o melhor desempe-nho e maior eficiência do equipamento. Sua lógica foi elaborada para possibilitar a operação independente nos circuitos, realizando um rodízio automático dos compressores, para que o tempo de ope-ração seja equivalente. “Considerando que na maioria das empresas há uma grande dificuldade na partida dos equipamentos de grande porte, a Refrisat desenvolveu uma partida aliviada, tendo um pequeno retardo entre os circuitos, e desta forma, torna-se possível reduzir o consumo elétrico excessivo ou possíveis quedas de tensão na rede elétrica utilizada”, explica o material divulgado pela companhia.Ainda segundo o conteúdo, os demais componentes do sistema são projetados e desenvolvidos para operar nesta mes-ma condição, sendo eles condensadores e evaporadores tipo shell and tube, além de válvulas de expansão, visor de líqui-do, e filtro secador. Já o quadro elétrico dos equipamentos é desenvolvido e projetado seguindo normas nacionais e internacionais de identificação, posicio-namento dos componentes, segurança e temperatura interna.“O Sistema Touch de visualização e diagnóstico de falhas é totalmente inovador, dispondo de uma interface homem x máquina que possi-bilita a fácil compreensão e execução”, informa a empresa.

Bloco de Notas

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Nova Deli, na Índia

Agende-se para 2012

Interplastica - Feira Internacionalde Plásticos e BorrachaDe 24 janeiro a 27 de janeiroMoscou (Rússia)www.interplastica.de

PlástIndiaDe 01 a 06 de fevereiroNova Deli – Índiawww.plastindia.org

NPE 2012De 01 a 05 de abrilCentro de Convençõesde Orange CountyOrlando, Flórida – EUAwww.npe.org

Plastshow 2012De 10 a 13 de abrilExpo Center Norte – Pavilhão AzulSão Paulo (SP)www.arandanet.com.br

Plast 2012 – Salão Internacionaldo Material Plástico e da BorrachaDe 8 a 12 de maioFiera Milano - Milão (IT)www.plastonline.org

Argenplás 2012 - XIV Exposição Internacional de PlásticosDe 18 a 22 de junho Centro Costa Salguero - Prédio de Exposição de Buenos Aires(AR)Buenos Aires(AR)www.argenplas.com.ar

Interplast 2012 - Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do PlásticoDe 20 a 24 de agostoPavilhões da ExpovilleJoinville (SC)www.messebrasil.com.br

Euromold Brasil –Feira Mundial de Construtoresde Moldes e Ferramentas,Design e Desenvolvimentode ProdutosDe 20 a 24 de agostoPavilhões Expoville Joinville(SC)www.brasilmold.deE-mail: [email protected]

Metalurgia – Feira eCongresso de Tecnologiapara Fundição, Forjaria,Alumínio e Serviços18 a 21 de setembroPavilhões Expoville Joinville(SC)www.metalurgia.com.br

Mercopar - Feira de Subcontrataçãoe Inovação IndustrialDe 18 a 21 de outubroCentro de Feiras e Eventos Festa da UvaCaxias do Sul (RS)www.mercopar.com.br

Powergrid Brasil – Feira e Congressode Energia (consumo eficiente)27 a 29 de novembroCentreventos Cau Hansen – Joinville/SCwww.powergridbrasil.com.br

AgendaAnunciantes

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ActivasApema

ARCR (Grupo)Argenplas

ArtekAX Plásticos

BorbamecBPS

BrasfixoCabot

ChiangCilros

Detectores BrasilDigitrol

ÉtimoFCS

FreewalG.A.M.

GabiplastGedel

HaitianIJ Plásticos

IncoeItatexKraton

Magga SteelMecanofar

Multi UniãoMVC

NazkomNPE

NZ CooperpolymerNZ Philpolymer

PevelitPlastimaster

ProcolorProquimil

RadialReplas

RoneRosciltec

RulliSemana da Embalagem

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