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Edição maio/junho 2010
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Distribuição gratuitaAno 8 . Nº 84Maio/Junho de 2010O seu condomínio em revista
Como resolver pequenas situações sem ter que recorrer à justiça
BEM ESTARComo ter uma palmeira dentro da suacasa ou apartamento
CRÔNICAVocê sabe quemé o dono das cuecas voadoras?
Em BUSCAdo DIÁLOGO
3Portal dos Condomínios . Maio 2010
Nova equipe. Mais informaçãoQuando o Portal dos Condomínios iniciou
era apenas uma publicação considerada ‘de
bairro’, com 600 exemplares distribuídos qua-
tro condomínios. Porém, quando um trabalho
sério é realizado ele se mantém. Foram muitas
as modificações, como o aumento em 10 vezes
do número de tiragem e a entrega personal-
izada via mala direta.
Em maio, o Portal completa sete anos
e resolve inovar, se transformando em uma
revista, de veiculação bimestral e ainda con-
tará com uma equipe renovada. Uma equipe
que batalhou, enfrentou as dificuldades para
sempre oferecer material de qualidade gráfica
e editorial para um público exigente e cansado
da poluição visual do dia a dia.
Essa responsabilidade está a cargo da ‘IO
COMUNICAÇÃO INTEGRADA’, antiga Agência
Celta e agora com novo nome, mas com a
mesma garra de sempre e com uma equipe que
você encontra nesse expediente e em toda a
revista, através de seus colaboradores.
A IO COMUNICAÇÃO está disponível para
atender da melhor maneira seus leitores. Esse
é o espírito renovado que mencionamos an-
teriormente. Venha conversar com a gente,
trocar informações com Rodrigo, aprender com
Redação: Rua Bela Vista, 650 - Bela Vista
CEP.13207-780 - Jundiaí / - Tel: 4522-2142
O jornal é um produto da io comunicação integrada.
CNPJ: 06.539.018/0001-42
(www.agenciacelta.com.br)
Jornalista Responsável: Rodrigo Góes. MTB: 41.654
Designer Gráfico: Paloma Cremonesi
Arte Final: Paloma Cremonesi
Reportagens: Rodrigo Góes
Atendimento e Logística: Sérgio Porcari Filho
Tiragem: 6.000 exemplares.
Entrega: Mala direta e direto em caixa de correio,
* 7ª FEICCADFeira do Imóvel, Construção, Condomí-
nios, Arquitetura e Decoração.
Local: Maxi Shopping Jundiaí
Info: www.feiccad.com.br
* Casa Cor 2010Com mais de 50 ambientes expostos, a
Casa Cor tem como tema “Sua casa, sua
vida, mais sustentável e feliz”.
Data: 25/5 a 13/7
Local: Jockey Club de São Paulo
Info: www.casacor.com.br/saopaulo
mediante protocolo para moradores de condomínios
constantes em cadastro do Portal dos Condomínios.
Caso ainda não receba e queira o exemplar em seu
condomínio, ligue para 11. 4522-2142.
Site: www.condominioemrevista.com.br
Twitter: @pcondominios
Blog: http://portaldoscondominios.wordpress.com
Os artigos assinados são de inteira responsabili-
dade do autor e não representam o pensamento
do jornal.
EXPEDIENTE
NA WEB
o profissionalismo da Paloma, envolver-se
com a interatividade do Sérgio, acompa-
nhar a distribuição com a Kátia e o Ademir,
resolver a situação do seu condomínio com
o Newton e Carlos e se divertir com o Dr.
Simão e o Ricardo.
Aproveitamos para agradecer a todos os
porteiros e zeladores pela paciência de nossos
contatos, os síndicos que confiaram em nosso
trabalho, os anunciantes que investem de forma
consciente a sua marca, os colaboradores sempre
dispostos a nos atender e a todos os amigos e
familiares que acompanham por todos esses
anos o trabalho sério REALIZADO e PUBLICADO
no Portal dos Condomínios.
Agora você também poderá acompanhar a
edição virtual do Portal através do site: www.
condominioemrevista.com.br. Todas as novas
edições estarão nesse portal, que contará com
acesso ao blog e twitter que trará novidades em
tempo real.
Seja bem vindo a uma nova forma de trabalho
do Portal dos Condomínios. E lembre-se. O Portal
é REALMENTE distribuído em seu condomínio,
com informações dirigidas para você, morador,
síndico, conselheiro, zelador e porteiro. Tenha
uma ótima leitura.
EDITORIAL ÍNDICE
EVENTOS
Jogo de Cena
Viver em Condomínio
Capa
Puro creme do milho
Artigo: Hubert Gebara
U&D: notebook
Bem-Estar: Palmeira
Crônica: Cuecas voadoras
PARA ANUNCIAR11 4522.214211 4521.3670
4
6
8
10
11
12
13
14
4 Portal dos Condomínios . Maio 2010
DECORAÇÃO & DESIGN
Jogo dRodrigo GóesPode-se dizer que o lustre, além de uma
das principais peças de decoração, é uma pai-
xão arrebatadora para quem o compra. O estilo
do lustre também define um pouco o perfil de
quem o escolheu, sendo até considerado símbolo
de status. A referência se perdeu um pouco nos
anos 80 com a chegada dos spots, mas voltou a
toda nos últimos anos com o crescente clima de
saudosismo das pessoas que buscam resgatar o
passado.
Em Jundiaí, até o início de 2008, havia uma
carência de lojas especializadas para a compra
dos lustres. Para essa reportagem, o Portal dos
Condomínios consultou três delas (sendo que
uma delas, Shopping dos Lustres, não deu retor-
no), e também uma arquiteta para orientar os
moradores sobre tendências e cuidados na esco-
lha dos lustres, porém primeiro é preciso enten-
der que essa escolha envolve o conceito de
iluminação.
Para a arquiteta e urbanista Flá-
via Medina de Oliveira, “quando
se fala em iluminação é neces-
sário pensar em dois aspec-
tos: nível de luz para cada
tipo de atividade com a
quantidade de luz mínima
por metro quadrado e o
aspecto decorativo. Sendo
assim, não adianta preen-
cher a casa de luzinhas,
pois irá acabar esquentan-
do o ambiente e gastando energia desnecessa-
riamente”.
A mesma opinião é compartilhada pelo pro-
prietário da Conceito Luz, Maurício Caires, e a
engenheira civil, Andréa Segre Viveiros, da Pinhal
Luz. Ambos trabalham com projetos de ilumina-
ção. Ele afirma que analisa o ambiente e o que o
compõe para assim orientar os clientes, pois “as
vezes uma pessoa quer colocar um lustre em um
ambiente muito claro, na qual não irá se destacar,
deixando de lado o papel fundamental de um lus-
tre”. Já Andréa conta que há “um estudo de lâm-
padas e ambiente, ou seja, é um trabalho coeren-
te, além de elaborar projetos personalizados.”
Mas afinal, qual lustre é o ideal para o meu
ambiente? Como devo realizar a compra de um
item que possui um custo elevado e, além da
função de iluminar, irá decorar a minha sala de
jantar, quarto ou até
lavabo?
Andréa analisa que a tendência atual do uso
de lustres é de época: “Mas o importante é ela-
borar um projeto de iluminação. Acredito que a
moda hoje é o resgate do antigo, porém vai de-
pender do que determinado fornecedor fabrica.
Por exemplo, alguns lustres de tetos cheios de
pendentes em cristais não são mais produzidos
por determinadas empresas. Hoje é mais usado
peça em cristal, murano, tecido, acrílico e vidro.”,
conta.
Mauricio, que também é morador do Resi-
dencial Pasárgada, afirma que a tendência é o uso
de tecidos e na cor preta, principalmente: “Esta-
mos trabalhando com a mistura do tecido com o
madrepérola, cristal, vidro e acrílico.”, diz. E ainda
conta que também possui um dos modelos cita-
dos em seu dormitório. Aliás, dormitórios (veja
foto em destaque), lavabos e salas de estar são
locais indicados para o uso dos lustres. Já na sala
de TV, não. “Eu não recomendo, pois irá refletir
na tela da televisão. É necessário escolher, nesse
caso, o uso de spot ou até arandela, mas evitar os
lustres”, explica.
Em muitos apartamentos novos, na qual o
estilo é moderno, há uma certa restrição e falta
de hábito do uso de lustres clássicos. “Depende
muito do ambiente. O que tá usando é um espa-
ço moderno com uma peça antiga e assim acaba
virando destaque na decoração. Mas lembre-se de
ver um modelo ade-
quado e
Arquiteta Flávia Medina de Oliveira
Dormitório com lustre em tecido com acrílico imitando madre pérola
Lustre em aço cromado com cristal swarovski
Rodrigo Góes
Rodrigo Góes
Sérgio Porcari
5Portal dos Condomínios . Maio 2010
se preocupar com a limpeza”, ressalta Flávia.
Para isso, na hora de reformar ou limpar seu
lustre, tome alguns cuidados básicos. Lavar lustre
de cristal só com água e sabão. E, no bronze, é
recomendado passar uma cera especial para esse
material. Mas muito cuidado para não arranhar os
cristais. Quanto menos mexer, melhor. Não queira
economizar, por menos. Procure uma casa espe-
cializada para esse tipo de serviço e, de acordo
com Maurício, hoje existe já um produto em spray
que é só espirrar nos lustres que automaticamente
a poeira se dissemina.
O futuroIndependentemente do projeto de iluminação
utilizado, o futuro da iluminação já tem nome e
pode ser agregado aos lustres e sancas: é o Led.
As lâmpadas em Led têm maior durabilidade e
mesmo sendo rotuladas como caro, vale o seu
investimento, uma vez que duram em média 50
mil horas, enquanto a maioria das lâmpadas co-
muns apenas três mil horas. Essa opinião é unâ-
nime para Maurício, Andréa e Flávia. Flávia conta
que está com um projeto na qual aplica vários pontos
de leds no forro de gesso para simular o efeito de
estrelas no teto.
“O Led é uma tendência em busca da eco-
nomia. Se quer aplicar em algum pendente ou
lustre, terá um custo elevado, mas poderá
fazer do seu uso embutido no forro de ges-
so.”, esclarece Andréa. Porém, a procura
hoje maior é por pessoas que já vem com
um projeto de iluminação pronto ou se
interessa por um projeto. O público co-
mum que está em busca de apenas um
lustre ou uma mudança na iluminação
de seu apartamento, ainda não tem o
conceito definido sobre o uso de Led.
A iluminação, sendo através de lus-
tres, sancas ou spots, provoca um jogo de
cena. A definição clara de como e qual ob-
jetivo usá-la é fator determinante para não
incomodar e assim valorizar o ambiente. Na
hora de escolher é importante ter o seu pro-
jeto traçado para harmonizar a sua casa e ter
um espaço agradável de se morar.
HIERARQUIA: Produtos iluminados são
mais visíveis e entendidos como os mais va-
liosos, enquanto os pontos menos importantes
não devem ser destacados.
SOFISTICAÇÃO: A sombra é muito importante
para definir a atmosfera do local. Quanto maior o
contraste entre os objetos iluminados e os não ilumi-
nados, maior será a impressão de sofisticação do local.
Esse tipo de iluminação é indicado para bares, lojas e
restaurantes chiques.
SIMPLIFICAÇÃO: Os ambientes populares podem
ser mais estimulantes, uniformes e ter mais luminosi-
dade. A temperatura de cor mais elevada (luzes claras)
ajuda a transmitir a impressão de agilidade
PERFORMANCE: A uniformidade da iluminação
é interessante em locais onde é preciso ter produ-
tividade. É o caso de caixas, provadores de lojas,
cozinhas de restaurantes, academias de ginás-
tica e escritórios.
PARA ACERTAR O PONTO
e Cena
6 Portal dos Condomínios . Maio 2010
Em reportagem publicada pelo Professor Luiz Almeida Marins Filho
(Phd. em antropologia, consultor e conferencista, entre outras coisas)
ele trata da convivência e da tolerância nas empresas. Percebemos então que
poderíamos transpor seus ensinamentos para o mundo dos condomínios, assim
pedimos vênia ao nobre Professor Marins para que possamos realizar este
texto baseado nos ensinamentos do mestre.
O condomínio é uma comunidade e para viver em comunidade
é preciso saber passar por cima de pequenas ofensas, pequenas
rusgas, pequenos problemas, até para que se tenha tempo e
energia para se concentrar nas coisas realmente essenciais
e importantes. Se gastarmos toda a nossa energia em
coisas pequenas, faremos essas coisas crescerem e aí
sim teremos um grande problema.
A grande maioria dos conflitos entre os mo-
radores de condomínios é a presença de cães,
vazamentos de canos, barulhos ocasionados
pelas crianças e festas de crianças ou vagas
de carros nas garagens, sendo que tais casos
acabam indo parar no Judiciário em razão
de conflitos entre os moradores ou entre o
morador e o condomínio.
Para viver numa comunidade temos
que ter sempre em mente que ela é com-
posta de seres humanos e não há dois
seres humanos iguais. A diversidade
humana é a riqueza da humanidade,
mas nos traz, a todos, o desafio
de conviver com as diferenças, de
conviver com pessoas que pensam
e agem de forma diversa.
Viver em condomínio é a
adoção de um espírito diferente,
abrir mão de algumas individuali-
dades uma vez que existem, além
das áreas privativas, as áreas de
domínio comum. O direito de uso
da área comum e a obrigação de
conservar o que é de todos são
condições básicas para a vida em
condomínio.
Nesse sentido é que se deve
pautar a atuação do advogado
agindo como ente pacificador
e solucionador de problemas,
atuando sempre em busca da
paz e da justiça.
Desta feita, a conciliação no âmbito condominial deve ser vista como uma
forma de efetivação de Justiça, pois o advogado do condomínio atuando em
caráter preventivo antecipa a solução da demanda trazendo satisfação para as partes
demandantes evitando prejuízos. O advogado conciliador deve ser sensível aos interesses
não apenas de seu cliente, mas das partes litigantes, devendo fazer, e apresentar a todos,
uma avaliação dos custos, prejuízos e vantagens de se resolver as questões fora do âmbito
forense. A conciliação no âmbito do condomínio se caracteriza por ser informal e voluntária,
rápida e econômica. Através dela o conflito é solucionado pelos interessados, acarretando satis-
fação para ambas as partes.
Viver em paz é sonho de cada um de nós. Portanto, se a prestação jurisdicional efetiva, através da
conciliação é componente da Justiça Social para construção da paz, que tenhamos todos nós, operadores
ou não do Direito, o compromisso com a paz e tranquilidade na vida em sociedade.
Assim, é preciso não fazer tempestade em copo d’água. Não reclamar de todas as pequenas coisas que
no dia a dia nos deixa irritados. É preciso saber não guardar mágoas e rancores e passar por cima de questões
menores.
Muitas vezes um vizinho de condomínio nos trata mal ou nos responde com impaciência ou grosseria.
Nesse momento, temos que ter a sabedoria de perdoar, de pensar que algo deve ter ocorrido na
vida dessa pessoa que a tenha levado a ter esse comportamento. Se tomarmos todas as
ofensas como agressões pessoais, jamais construiremos um ambiente sadio, alegre
e colaborador. E sem esse ambiente é impossível construir uma convivência
feliz e tranquila.
Todos conhecemos pessoas que reclamam de pequenas coisas e
de tanto reclamar as tornam grandes e insuportáveis. Conhecemos
pessoas que falam mal de seus vizinhos e ao falar mal aumentam
muito os seus defeitos e anulam suas possíveis virtudes. Todos
nós temos defeitos e virtudes. Assim viver em condomínio
exige um espírito diferente, sendo que a sabedoria nos en-
sina que devemos prestar atenção às virtudes e procurar
esquecer os defeitos para que a vida em comunidade
seja viável e prazerosa.
VIVER EM CONDOMÍNIO
Viver em condomínio exige um espírito diferente
COLABORADORES:
* Newton Nery Feodrippe
de Sousa Neto, advogado espe-
cializado em direito condominial e
de vizinhança, assessor especial da presi-
dência da 33ª Subsecção da OAB de Jundiaí,
presidente da Comissão Cultural da 33ª Subsecção
da OAB de Jundiaí gestão 2007/2009, Síndico de
Condomínio, pós-graduando em Direito Civil e Processo
Civil, colaborador do programa Viver em Condomínio da
Rádio Difusora Jundiaí.
* Carlos Eduardo Quadratti, advogado especializado em direito
condominial e de vizinhança, diretor tesoureiro da 33ª Subsecção
da OAB de Jundiaí, membro da Comissão Cultural da 33ª Subsecção
da OAB de Jundiaí gestão 2007/2009, membro associado da ProEmpi
(Associação das Empresas e Profissionais do Setor Imobiliário de Jundiaí
e Região), representante da 33ª Subsecção da OAB de Jundiaí no Conse-
lho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Jundiaí 2008/2009,
colaborador do programa Viver em Condomínio da Rádio Difusora Jundiaí,
possui ainda formação técnica em administração de empresas.
Se o leitor ainda tiver dúvidas ou desejar sugerir novos assuntos para abordagem desta coluna, poderá encaminhar “e-mail” para o endereço especialmente criado para esta finalidade: [email protected]
Rodrigo Góes
7Portal dos Condomínios . Maio 2010
8 Portal dos Condomínios . Maio 2010
Capa
Bom senso, tolerânciaRodrigo GóesPode ser rico ou pobre, gordo ou magro, car-
rancudo ou simpático, homem ou mulher, mas
basta apenas morar em um condomínio que não
há raça, credo ou sexo que evitará os conflitos en-
tre vizinhos. Na mídia em geral, nas conversas de
elevador ou então nas fofocas com o porteiro é
possível descobrir as histórias infelizes de transtor-
nos diários em um condomínio.
Mas quando termina a liberdade de um e
se inicia a do outro? Conversamos com diversos
setores da sociedade para desvendar os mistérios
que envolvem e transcendem as paredes dos con-
domínios.
Desde 2006, o Sindicato da Habitação – Se-
covi-SP, oferece um serviço chamado “Câmara de
Mediação”, com o objetivo de promover a con-
ciliação e evitar que os problemas de quem vive
em condomínio residencial se transforme em pro-
cessos judiciais levando
anos para serem
resolvidos.
Em Jundiaí,
o Sindicato é
representado
pela Proempi
( A s s o c i a ç ã o
das Empre-
sas de Profissionais do Setor Imobiliário de Jundiaí
e Região). Segundo ela, na cidade existem 490
condomínios residenciais. Para o coordenador da
Câmara de Mediação, Márcio
Chéde, apesar de não atender
diretamente em Jundiaí, os
condôminos podem utilizar
desse serviço na capital. “Geral-
mente, os casos mais comuns
relacionados a condomínios
como barulho, inadimplência e
vagas em garagem são resolvi-
dos em uma sessão. Mas a Câ-
mara atende por cinco sessões,
até que só realmente continua
a mediação se houver interesse
pelas partes”, esclarece. O Se-
covi planeja, a longo prazo, ex-
pandir a Câmara para o interior
do estado de São Paulo, porém sem previsão de
data e local até o momento.
Os advogados Carlos Eduardo Quadratti e
Newton Nery Feodrippe de Sousa Neto, co-
laboradores da revista Portal dos
Condomínios, são espe-
cializados na área
cível e tra-
balhista para condomínios. “Sem o uso da justiça
conseguimos resolver um caso em que pessoas in-
vadiam apartamentos para comerem guloseimas
da geladeira e dos armários
da cozinha. Descobrimos que
se tratavam de alguns filhos
de moradores do condomínio.
Fizemos uma reunião com
os pais dos garotos e com os
moradores que foram vítimas.
Depois de muita conversa foi
resolvido e o caso não mais
se repetiu, além do quê, o
restante dos condôminos não
ficou sabendo do fato”, conta
Feodrippe.
Ele informa que proble-
mas de barulho com crianças
são comuns em Jundiaí, assim
como animais nos apartamentos, vazamentos e
vagas de garagem. “Porém presenciamos até um
Administrar um con-domínio é também ad-
ministrar pessoas. Morar em prédio tem sido uma
novidade para muita gente. Veja o crescimento de prédios nas classes B e C nos últimos 20 anos, sendo que esse pessoal
todo estava acostumado a viver em casas.
Minha Casa, Minha VidaO programa do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida” elaborou
um projeto social para orientar os futuros moradores que nunca viveram em
condomínios, para famílias de 0 a 3 salários mínimo. O trabalho social tem o objetivo
de integrar as famílias, apoiar o momento de mudança, promover discussões e aprendizados,
desenvolver ações educativas sobre questões ambiental, patrimonial e orientar as famílias para
trabalharem de forma conjunta na gestão do espaço, entre outras ações visando fomentar o desen-
volvimento social, econômico e ambiental de forma integrada, em busca da sustentabilidade
do empreendimento.
De acordo com a Técnica Social da Representação de Apoio ao Desenvolvimento
Urbano da CAIXA em Jundiaí, Naíra Corrêa Daubermann, para o programa social
serão focadas as atividades para a auto-gestão dos condomínios como: rela-
ções de convivência, noções de administração, elaboração da Convenção e
formação e trabalhos da comissão administradora, entre outros.
Esse tipo de ação poderia ser muito bem aplicada também para mo-
radores de condomínios de classes A e B. “Toda moradia em condomínio
requer certo grau de envolvimento de todos. Assim, o trabalho social é
uma boa oportunidade não só para integração dos moradores, como
instrução sobre regimentos de condomínio, oportunidades de troca de
aprendizados, discussões para melhoria do espaço, oferecimento de
cursos, realização de oficinas e atividades de cunho ambiental, entre
outras. Acreditamos que esse conteúdo deve ser trabalhado com todas
as classes sociais”, afirma Naíra..
Na prática, a HM Engenharia, empresa do Grupo Camargo Corrêa,
implantou o projeto em 2006. Segundo o presidente da companhia,
Henrique Bianco, todos os empreendimentos da empresa contam com o
programa social Minha Casa, Minha Vida e o resultado foi positivo, sendo
que são tratadas ações como reuniões e palestras informativas, ações edu-
cativas e culturais, sustentabilidade e meio ambiente, uso racional da água e
energia elétrica, atividades de lazer e de integração e educação sanitária.
Síndica Marlene Melo Bastos com o formulário de reclamação e sugestão
Rodrigo Góes
9Portal dos Condomínios . Maio 2010
Principais vantagens da Câmara de Mediação: 1- Processo sigiloso e rápido;2- Recupera o valor da pala-vra e resgata a relação entre as pessoas;3- Benefícios mútuos;4- Acelera processos no Judiciário.
Fonte: Secovi-SP
caso do morador que andava nú pelo apartamento
e outro casal que exagerava na hora do relaciona-
mento íntimo.”.
A reportagem constatou também outros casos,
como em um condomínio horizontal, onde alguns
cachorros resolveram morar em frente a entrada
principal. Depois de um morador entrar em con-
tato com a carrocinha, outro morador resolveu in-
tervir e até comprou uma casinha de cachorro para
colocar no lado de fora do condomínio. O prob-
lema é que, com o tempo, os cachorros deixaram
de aderir à proposta positiva do morador. Segundo
uma fonte, os animais ainda ficam na frente do
portão e parece que até conhecem quem habita
no condomínio, latindo para os desconhecidos.
Em um outro condomínio, a síndica Marlene
Melo Bastos pode não ter usado o mesmo artifí-
cio da Câmara de Mediação, mas as suas dores
de cabeça, pelo menos, diminuíram. Cansada de
ficar ‘no meio do tiroteio’, ela criou um formulário
de reclamação e sugestão, muito comum em con-
domínios. “Eu ficava em uma saia-justa, pois um
morador reclamava e o outro dizia que não fazia
nada. E, por incrível que pareça, o que mais rec-
lama geralmente é o que mais infringe as regras”,
esclarece a síndica que está no cargo do Cond. Res.
Hortolândia 3 desde 2003.
Há casos ainda do ‘morador-problema’, ou
seja, como seria possível obter êxito em uma rec-
lamação, se o morador nem se quer paga a taxa
condominial? Feodrippe afirma que independent-
emente se o condômino deve a referida taxa, caso
ele descumpra as normas internas do condomínio,
deve-se conversar com ele, pois a melhor ação é o
diálogo antes de advertir e multar”.
No condomínio da Marlene, os casos, assim
como as reclamações, diminuíram após o uso do
formulário, pois, segundo ela, agora as pessoas
pensam duas vezes antes de quebrarem as regras.
“A convivên-
cia realmente
é difícil em um
c o n d o m í n i o ,
mas não é por
isso que a gente
não irá respeitar.
A minha parte eu
faço, que é atender
a todos. Porém, no
dia a dia, as pessoas
até evitam se cumpri-
mentar. Disfarçam. Mas
elas precisam entender
que é necessário uma in-
tegração e respeito”, afirma
Marlene.
A síndica tem nas crianças a
maior ocorrência das reclamações.
“Geralmente é na área comum, pois
os pais as deixam brincando e não tem
uma visão do filho. Assim é difícil eles ad-
mitirem que o filho cometeu alguma infração
e as vezes culpam o condomínio dizendo que de-
terminado local estava com falta de manutenção
e foi o causador do problema”, diz. Mas para ela,
a maior preocupação é com a entrada de drogas
no condomínio: “Muitos fazem vista grossa, mas
é uma realidade”.
O formulário deve ser preenchido em sua
totalidade, com os dados dos moradores para
que o pedido tenha procedência. Além disso, o
condomínio possui um quadro de aviso com o
objetivo de expandir a comunicação interna. Tal
informativo recebe orientação jurídica para evitar
qualquer problema entre moradores.
Independentemente do problema, a reco-
mendação é o bom senso. Márcio Chéde, do Seco-
vi, orienta para “sempre se colocar na posição do
Márcio Chéde, Coordenadorda Câmara de Mediação
outro
e seguir o
regulamento e a conven-
ção condominial”. E Feodrippe comple-
menta: “administrar um condomínio é também
administrar pessoas. Morar em prédio tem sido
uma novidade para muita gente. Veja o cresci-
mento de prédios nas classes B e C (veja destaque
na página ao lado) nos últimos 20 anos, sendo
que esse pessoal todo estava acostumado a viver
em casas, a ter quintal, criar bichos e agora tem
que viver em coletividade, seguir regras. As pala-
vras mágicas para viver em condomínio são tol-
erância e diálogo”.
e diálogo
Div
ulga
ção
10 Portal dos Condomínios . Maio 2010
Rodrigo GóesA infância (ou adolescência)
de muita gente foi marcada pela liberdade de poder ficar mais tempo na rua com segurança, menos violência e, porque não dizer, menos carro? Mas um desses veículos chamava a aten-ção, principalmente das crianças,
que saiam atrás deles quando surgia um jingle, entoado nos
megafones instalados no carro: “...pamonhas de Piracicaba, é o puro
creme do milho-verde, venha provar minha senhora, é uma delícia, pamon-
has fresquinhas, pamonhas caseiras, pamonhas de Piracicaba, é o puro creme
do milho-verde, é uma delícia, venha provar! Pamonhas, pamonhas, pamonhas...”
Abrindo uma série de reportagens especiais sobre mitos gastronômicos e lugares inóspitos
para conhecer, fomos vasculhar a história da famosa pamonha de Piracicaba. O jingle em questão é de Dirceu
Bigelli, que se destacava pelo sotaque caipira e logo ganhou popularidade junto à clientela. E a responsável pela explosão da pamonha foi a família Rodrigues, representada pelas irmãs
Vasthy e Noemi (ambas já falecidas). Quem ajudou trazer a realidade para o Portal dos Condomínios foi Doroti Rodrigues, que tinha
em Noemi, um amor de mãe. Segundo Doroti, quando Noemi tinha 10 anos (entre as
décadas de 60 e 70) estava passando por necessidades e resolveu seguir os
passos da irmã Vasthy, que já pro-duzia pamonha. Porém, Noemi
não tinha habilidade para as vendas e chamou alguns en-
graxates para ajudá-la. “Eles adoraram, pois a venda
de pamonha trazia mais lucro”, conta Doroti.
O auge da fama das pamonhas da família Rodrigues foi na década de 70 e, com o pas-sar dos anos, a
produção aumentou chegando a seis mil unidades por dia. “A minha ‘mãe’ começou comprando um saco de milho e usava um latão de óleo como fogão”, conta. Depois, já com um barracão montado, Noemi tinha a produção organizada: “a gente cortava rentinho o sabugo, deixando um pouco do milho, para não amargar. Na hora de cozinhar era tudo rápido. De manhã o milho chegava, o pessoal descascava e outro já costurava a palha. A tarde era o corte do milho. Depois já ligavam a máquina para moer e fazer as caldas, porque às 22h cozinhava. De manhãz-inha, ainda quentinha, a pamonha saia para ser vendida”, revela o segredo.
Doroti se orgulha em contar que o bar-racão de produção da família era higiênico e se tornou um atrativo turístico, também por se localizar no centro de Piracicaba. “Hoje eu não como pamonha em qualquer lugar. É necessária muita higiene”, relata. Para ela, as pamonhas eram únicas e hoje não se encontra as originais. Em Piracicaba é comum encon-trar vendedores ambulantes e barracas no Mercadão da Cidade. Visite e comprove.
É o puro creme do milho
QUATRO CANTOS
DICA DA FAMÍLIA- O milho tem de ser o híbrido, de dente pequeno e amarelinho. Existem os brancos que não dá pamonha de jeito nenhum.- Simples de fazer, difícil de acertar a mão: água, milho e açúcar, deixando o caldo bem denso.
MARQUE ESSA DATAFesta do Milho Verde, no bairro Tan-quinho em Piracicaba, sempre no mês de março.
FUTUROA Pamonha de Piracicaba receberá um incentivo e ganhará uma fábrica com o objetivo de incentivar pequenos produtores rurais e garantir a deman-da de consumo durante a tradicional Festa do Milho.
Div
ulga
ção
Rod
rigo
Góe
s
11Portal dos Condomínios . Maio 2010
Eu, os condomínios e eu mesmoBasta ler o Diário Oficial para comprovar.
Como entidade comprometida com o bom
sindicalismo – leia-se, com a devida contrapartida
aos representados em termos de serviços, assessoria
jurídica, cursos, publicações, eventos, orientação, etc.
– o Secovi-SP tenta acompanhar essas assembleias, o
que nem sempre é possível, em razão da quantidade
delas. As reuniões são fechadas. Saber quem é quem
é um verdadeiro exercício de investigação, à altura de
Sherlock Holmes e, “elementar meu caro Watson”,
numa apuração profunda descobre-se que, na maioria
dos casos, as pessoas por trás dessas iniciativas estão
direta ou indiretamente vinculadas a entidades de
trabalhadores.
Ora, o que significa isso, na prática? Esses “sindi-
catos patronais”, formados por trabalhadores, vão
negociar com quem? Não existem mais partes. Tudo
pertence ao mesmo todo.
Eu, os condomínios e eu mesmo. Esta é a equação,
cujos resultados só poderão ser desastrosos para todos
os condôminos, pois já vimos organismos, sem registro
algum, portanto, ilegais, “celebrando” convenções
coletivas de trabalho com funcionários e definindo
reajustes irreais e insuportáveis. Sem qualquer amparo,
distribuem cobranças e notificações, dizendo ser o que
não são (sindicatos de condomínios) e criando verda-
deiro caos na vida de milhares de pessoas (condôminos
Historicamente, empregados e empregadores
negociam convenções coletivas de trabalho por meio
de suas respectivas representações. Os sindicatos de
cada lado cumprem esse papel, de forma a garantir
equilíbrio às discussões e deliberações. Cada um cede
um pouco e, em último caso – na ausência de acordo,
cabe à Justiça definir (os dissídios que pessoas inteligen-
tes sempre buscam evitar por meio do diálogo).
Esse regime sempre funcionou. Não que seja
tudo uma maravilha. Às vezes, as partes, sindicatos
dos trabalhadores e patronais, se mostram inflexíveis,
os debates não prosperam, enfim, uma série de
problemas inerentes ao processo. Mas uma coisa é
certa: cada parte defende os interesses da categoria
que representa. São dois lados em busca da melhor
solução.
E por que falamos que “funcionou”? Porque hoje
vivemos uma situação no mínimo atípica – para não
dizermos extremamente preocupante. Estão surgindo
sindicatos patronais fundados e/ou induzidos por
trabalhadores.
No Estado de São Paulo isso vem ocorrendo de
forma assustadora, notadamente no que diz respeito
à categoria dos condomínios, que é legítima e legal-
mente representada pelo Secovi-SP.
Há uma verdadeira onda de convocação de assem-
bleias para constituição de sindicatos de condomínios.
e funcionários são igualmente prejudicados).
Com base em documentação sem fundamento,
essas organizações dizem que o Secovi-SP não rep-
resenta a categoria dos condomínios. Mas basta ir
ao Ministério do Trabalho e confirmar o registro. Nós
estamos lá como guardiões dos condomínios. Somos
o presente e o futuro da mais moderna forma de mo-
radia e espaço de trabalho. Condomínios não são uma
entidade fantasma. Vieram para ficar e crescem mais
rapidamente do que as cidades onde estão. Abrigam
pessoas de carne e osso, gente que representa todas as
categoria sociais. Condôminos, síndicos e administra-
doras precisam estar alertas nesta hora em que navios
piratas se aproximam.
O Secovi-SP vai continuar cumprindo suas
responsabilidades, permanecendo firme na defesa
dos condomínios, ou seja, exercendo plenamente
suas atribuições de sindicato patronal da categoria
de maneira ética, lícita e honesta, sempre em prol da
harmonização das relações capital
e trabalho.
ARTIGO
*Hubert Gebaraé vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP, o Sindicato da Habitação.
Divulga
ção
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UTILIDADES DOMÉSTICAS
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BEM-ESTAR
Uma palmeira (dentro) de casa
Quando a moradora do Residencial Alto di Fellicità, Raquel Marques, descobriu que poderia
contratar uma paisagista ficou receosa. Ela acreditava que o serviço seria custoso, mas resolveu
arriscar e não se arrependeu. O resultado foi a inclusão de um vaso considerado grande para um
apartamento considerado pequeno. E a planta escolhida: uma palmeira.
Apesar de existirem mais de 300 tipos de espécies brasileiras, duas são mais comuns nas casas
e apartamentos: a Ráfis (Rhapis excelsa) e a Chamedoria (Chamaedorea elegans). A primeira é mais
resistente e a segunda, mais delicada. “Na verdade são bem parecidas, porém a Chamedoria deve-
se ter um cuidado melhor na rega e necessita de uma terra boa, de preferência um substrato”,
conta a paisagista Francine Picardi.
Visto que cada uma atinge uma média de dois metros de altura, por que optar pela
palmeira dentro de casa? Além de Raquel, sua filha, Luana, também gostou da indicação
da paisagista.
Luana, moradora do residencial Janaina, escolheu por questão de estética. Já a
mãe, que mora no residencial Alto di Fellicità, “acreditava que ficaria mais próxima
da natureza”. A paisagista teve um papel fundamental na escolha. “Ela sugeriu a
palmeira, pois a sombra do apartamento era adequada”, conta as duas.
As palmeiras Ráfis e Chamedoria se adaptam bem aos ambientes internos
e também próximas a sacadas e janelas. Elas são consideradas plantas de meia-
sombra, que precisam de luminosidade sem exposição direta aos raios solares
das 10 horas da manhã às cinco da tarde. A rega não deve ser abundante, sendo
que no calor no máximo três vezes por semana e no frio, duas. “Deve-se usar o
bom senso. A terra não pode estar rachada e ter uma aparência úmida”, orienta
a paisagista.
O serviço de cuidados com a palmeira pode ser realizado por qualquer pessoa,
porém caso queira solicitar o serviço de um paisagista, esta tem a possibilidade de
desmontar o vaso no local e resolver tudo. “Muitas vezes, quando o espaço dentro
da casa permite, já desmonto o vaso no local e dá para saber se foi adubado cor-
retamente e descobrir se a raiz está com bactérias ou fungos”, completa.
Para o uso de adubo é bom tomar bastante cuidado, pois se houver contato
com a raiz é capaz de matar a planta. Ela recomenda: “usar a proporção correta
determinada na embalagem na base do vaso ou na parte superior. Mas se opta
por comprar o substrato, não precisa do adubo. Com um tempo maior, precisará
do adubo. Acredito que seja melhor consultar um paisagista nesse momento”.
Na preparação do vaso de palmeira é importante a colocação de uma manta
para não deixar a terra cair na pedra (base) e não tampar o buraco que terá o furo
que cairá água para um recipiente externo. Assim a raiz tem toda a respiração
adequada. O ideal é colocar algo em cima da terra como o cascalho que protege a
terra, e assim quando molhar, não criará buracos na terra e mantérá a umidade.
Raquel e Luana regam a palmeira uma vez por semana e hoje tem um ambiente
mais harmonioso, graças a persistência de Raquel que conheceu o trabalho da
paisagista por obra do acaso quando descobriu o serviço dela em uma empresa.
“A princípio fiquei receosa pelo preço, mas aí a Francine explicou sobre o serviço
e tudo ficou mais acessível”, DIZ. Para Luana, “o horário dela foi determinante,
além do que ela cuidou de todos os preparativos, sem sujeira e de uma forma
organizada”.
Com ou sem paisagista, plantas como palmeira são mais fáceis de tê-las em
casa, já que são robustas e não precisam de cuidados especiais. Apenas siga as dicas
dessa reportagem e, se precisar de alguém especializado, consulte um paisagista
ou as floras, mas não desista de trazer o verde para dentro da sua casa e deixá-la
tão bonita como na imagem dessa reportagem.
Vaso de Palmeirana casa de Raquel
Mais fotos e informações na web!Confira endereços no expediente (pag.3)Rodrigo Góes
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O préd io era bastante antigo e
seus moradores to-dos se conheciam, mas
um fato marcou aquela sexta-feira. Uma cueca
usada voou de um aparta-mento e caiu quase na cabeça da sub-
síndica, que não sabia o que fazer. Quando ventava, não era comum, mais algumas vezes peças de roupas escapavam das áreas de serviço e caiam no jardim, mas sempre aparecia um proprietário, com um pedido de desculpas, o que era sempre aceito.
Mas aquela vez era diferente. Por que alguém queria se desfazer de uma cueca usada e arremessar para fora de seu apartamento fazendo–a voar e aterrissar quase sobre a subsíndica? Os moradores fizeram uma reunião prévia se deveriam ou não marcar uma reunião para discutir o caso da cueca. Prontamente a prova do crime foi colocada em um saco plástico para que todos pudessem verificar se os maridos tinham perdido sua peça íntima e, por fim, descobrir o autor de tal façanha.
Dona Dirce, moradora do 303, sugeriu que o zelador verificasse se todos os que saíssem do prédio naquele dia es-tavam ou não de cuecas. Assim o autor seria desmascarado. Dona Gilda, do 707, informou que seu genro nunca usava cuecas e que seria imputado a ele um “crime impossível” já que tal peça não fazia parte do guarda-roupa.
Polêmica armada, qual seria a tática para desvendar quem era o autor? Passada uma semana, nova cueca é achada, desta vez foi o Sindico que observou sua aterrisagem
junto ao playground. Quem seria o desavergonhado que atiraria pela janela sua
ceroula, e o que é pior, já bastante usada e desgastada pelo tempo. O Síndico não sabia mais o que fazer, pois o assunto era sempre o mesmo: as cuecas voadoras.
Na manhã seguinte uma comissão de senhoras fez uma reclamação em conjunto no livro de ocorrência do prédio exigindo do Síndico uma assembléia extraordinária, com um único assunto: as cuecas voadoras.
Enquanto a administradora preparava o edital de con-vocação outra cueca, usada, desta feita vermelha, apareceu na quadra poliesportiva, que de imediato foi fechada para qualquer prática enquanto aquela peça não fosse retirada das quatro linhas.
Já bastante chateado com a situação de incompetente, o Síndico já preparava sua carta de renúncia quando, no eleva-dor, encontrou sua empregada Dona Socorro com uma sacola plástica de supermercado cheia de trapos. Questionando à sua “secretária para serviços domésticos”, soube que esses eram para limpeza geral, mas para os vidros. Cuecas usadas eram a melhor ferramenta, porem já não conseguia mais repor seu estoque, pois por azar já havia perdido três, uma inclusive era do patrão, que achara guardada na caixa de fer-ramentas com uma dedicatória ilegível. O Síndico deu férias para a empregada, fez a assembléia e prometeu que na sua Administração nunca mais voariam cuecas pelo condomínio e recolheu a vermelha para exame grafotécnico que nunca teve resultado.
Por Dr José Miguel Simão
Advogado e cronista
CRÔNICA
Cuecas voadoras