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Distribuição gratuita Ano 8 . Nº 84 Maio/Junho de 2010 O seu condomínio em revista Como resolver pequenas situações sem ter que recorrer à justiça BEM ESTAR Como ter uma palmeira dentro da sua casa ou apartamento CRÔNICA Você sabe quem é o dono das cuecas voadoras? Em BUSCA do DIÁLOGO

Revista Portal dos Condomínios

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Edição maio/junho 2010

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Page 1: Revista Portal dos Condomínios

Distribuição gratuitaAno 8 . Nº 84Maio/Junho de 2010O seu condomínio em revista

Como resolver pequenas situações sem ter que recorrer à justiça

BEM ESTARComo ter uma palmeira dentro da suacasa ou apartamento

CRÔNICAVocê sabe quemé o dono das cuecas voadoras?

Em BUSCAdo DIÁLOGO

Page 2: Revista Portal dos Condomínios
Page 3: Revista Portal dos Condomínios

3Portal dos Condomínios . Maio 2010

Nova equipe. Mais informaçãoQuando o Portal dos Condomínios iniciou

era apenas uma publicação considerada ‘de

bairro’, com 600 exemplares distribuídos qua-

tro condomínios. Porém, quando um trabalho

sério é realizado ele se mantém. Foram muitas

as modificações, como o aumento em 10 vezes

do número de tiragem e a entrega personal-

izada via mala direta.

Em maio, o Portal completa sete anos

e resolve inovar, se transformando em uma

revista, de veiculação bimestral e ainda con-

tará com uma equipe renovada. Uma equipe

que batalhou, enfrentou as dificuldades para

sempre oferecer material de qualidade gráfica

e editorial para um público exigente e cansado

da poluição visual do dia a dia.

Essa responsabilidade está a cargo da ‘IO

COMUNICAÇÃO INTEGRADA’, antiga Agência

Celta e agora com novo nome, mas com a

mesma garra de sempre e com uma equipe que

você encontra nesse expediente e em toda a

revista, através de seus colaboradores.

A IO COMUNICAÇÃO está disponível para

atender da melhor maneira seus leitores. Esse

é o espírito renovado que mencionamos an-

teriormente. Venha conversar com a gente,

trocar informações com Rodrigo, aprender com

Redação: Rua Bela Vista, 650 - Bela Vista

CEP.13207-780 - Jundiaí / - Tel: 4522-2142

[email protected]

O jornal é um produto da io comunicação integrada.

CNPJ: 06.539.018/0001-42

(www.agenciacelta.com.br)

Jornalista Responsável: Rodrigo Góes. MTB: 41.654

Designer Gráfico: Paloma Cremonesi

Arte Final: Paloma Cremonesi

Reportagens: Rodrigo Góes

Atendimento e Logística: Sérgio Porcari Filho

Tiragem: 6.000 exemplares.

Entrega: Mala direta e direto em caixa de correio,

* 7ª FEICCADFeira do Imóvel, Construção, Condomí-

nios, Arquitetura e Decoração.

Local: Maxi Shopping Jundiaí

Info: www.feiccad.com.br

* Casa Cor 2010Com mais de 50 ambientes expostos, a

Casa Cor tem como tema “Sua casa, sua

vida, mais sustentável e feliz”.

Data: 25/5 a 13/7

Local: Jockey Club de São Paulo

Info: www.casacor.com.br/saopaulo

mediante protocolo para moradores de condomínios

constantes em cadastro do Portal dos Condomínios.

Caso ainda não receba e queira o exemplar em seu

condomínio, ligue para 11. 4522-2142.

Site: www.condominioemrevista.com.br

Twitter: @pcondominios

Blog: http://portaldoscondominios.wordpress.com

Os artigos assinados são de inteira responsabili-

dade do autor e não representam o pensamento

do jornal.

EXPEDIENTE

NA WEB

o profissionalismo da Paloma, envolver-se

com a interatividade do Sérgio, acompa-

nhar a distribuição com a Kátia e o Ademir,

resolver a situação do seu condomínio com

o Newton e Carlos e se divertir com o Dr.

Simão e o Ricardo.

Aproveitamos para agradecer a todos os

porteiros e zeladores pela paciência de nossos

contatos, os síndicos que confiaram em nosso

trabalho, os anunciantes que investem de forma

consciente a sua marca, os colaboradores sempre

dispostos a nos atender e a todos os amigos e

familiares que acompanham por todos esses

anos o trabalho sério REALIZADO e PUBLICADO

no Portal dos Condomínios.

Agora você também poderá acompanhar a

edição virtual do Portal através do site: www.

condominioemrevista.com.br. Todas as novas

edições estarão nesse portal, que contará com

acesso ao blog e twitter que trará novidades em

tempo real.

Seja bem vindo a uma nova forma de trabalho

do Portal dos Condomínios. E lembre-se. O Portal

é REALMENTE distribuído em seu condomínio,

com informações dirigidas para você, morador,

síndico, conselheiro, zelador e porteiro. Tenha

uma ótima leitura.

EDITORIAL ÍNDICE

EVENTOS

Jogo de Cena

Viver em Condomínio

Capa

Puro creme do milho

Artigo: Hubert Gebara

U&D: notebook

Bem-Estar: Palmeira

Crônica: Cuecas voadoras

PARA ANUNCIAR11 4522.214211 4521.3670

4

6

8

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Page 4: Revista Portal dos Condomínios

4 Portal dos Condomínios . Maio 2010

DECORAÇÃO & DESIGN

Jogo dRodrigo GóesPode-se dizer que o lustre, além de uma

das principais peças de decoração, é uma pai-

xão arrebatadora para quem o compra. O estilo

do lustre também define um pouco o perfil de

quem o escolheu, sendo até considerado símbolo

de status. A referência se perdeu um pouco nos

anos 80 com a chegada dos spots, mas voltou a

toda nos últimos anos com o crescente clima de

saudosismo das pessoas que buscam resgatar o

passado.

Em Jundiaí, até o início de 2008, havia uma

carência de lojas especializadas para a compra

dos lustres. Para essa reportagem, o Portal dos

Condomínios consultou três delas (sendo que

uma delas, Shopping dos Lustres, não deu retor-

no), e também uma arquiteta para orientar os

moradores sobre tendências e cuidados na esco-

lha dos lustres, porém primeiro é preciso enten-

der que essa escolha envolve o conceito de

iluminação.

Para a arquiteta e urbanista Flá-

via Medina de Oliveira, “quando

se fala em iluminação é neces-

sário pensar em dois aspec-

tos: nível de luz para cada

tipo de atividade com a

quantidade de luz mínima

por metro quadrado e o

aspecto decorativo. Sendo

assim, não adianta preen-

cher a casa de luzinhas,

pois irá acabar esquentan-

do o ambiente e gastando energia desnecessa-

riamente”.

A mesma opinião é compartilhada pelo pro-

prietário da Conceito Luz, Maurício Caires, e a

engenheira civil, Andréa Segre Viveiros, da Pinhal

Luz. Ambos trabalham com projetos de ilumina-

ção. Ele afirma que analisa o ambiente e o que o

compõe para assim orientar os clientes, pois “as

vezes uma pessoa quer colocar um lustre em um

ambiente muito claro, na qual não irá se destacar,

deixando de lado o papel fundamental de um lus-

tre”. Já Andréa conta que há “um estudo de lâm-

padas e ambiente, ou seja, é um trabalho coeren-

te, além de elaborar projetos personalizados.”

Mas afinal, qual lustre é o ideal para o meu

ambiente? Como devo realizar a compra de um

item que possui um custo elevado e, além da

função de iluminar, irá decorar a minha sala de

jantar, quarto ou até

lavabo?

Andréa analisa que a tendência atual do uso

de lustres é de época: “Mas o importante é ela-

borar um projeto de iluminação. Acredito que a

moda hoje é o resgate do antigo, porém vai de-

pender do que determinado fornecedor fabrica.

Por exemplo, alguns lustres de tetos cheios de

pendentes em cristais não são mais produzidos

por determinadas empresas. Hoje é mais usado

peça em cristal, murano, tecido, acrílico e vidro.”,

conta.

Mauricio, que também é morador do Resi-

dencial Pasárgada, afirma que a tendência é o uso

de tecidos e na cor preta, principalmente: “Esta-

mos trabalhando com a mistura do tecido com o

madrepérola, cristal, vidro e acrílico.”, diz. E ainda

conta que também possui um dos modelos cita-

dos em seu dormitório. Aliás, dormitórios (veja

foto em destaque), lavabos e salas de estar são

locais indicados para o uso dos lustres. Já na sala

de TV, não. “Eu não recomendo, pois irá refletir

na tela da televisão. É necessário escolher, nesse

caso, o uso de spot ou até arandela, mas evitar os

lustres”, explica.

Em muitos apartamentos novos, na qual o

estilo é moderno, há uma certa restrição e falta

de hábito do uso de lustres clássicos. “Depende

muito do ambiente. O que tá usando é um espa-

ço moderno com uma peça antiga e assim acaba

virando destaque na decoração. Mas lembre-se de

ver um modelo ade-

quado e

Arquiteta Flávia Medina de Oliveira

Dormitório com lustre em tecido com acrílico imitando madre pérola

Lustre em aço cromado com cristal swarovski

Rodrigo Góes

Rodrigo Góes

Sérgio Porcari

Page 5: Revista Portal dos Condomínios

5Portal dos Condomínios . Maio 2010

se preocupar com a limpeza”, ressalta Flávia.

Para isso, na hora de reformar ou limpar seu

lustre, tome alguns cuidados básicos. Lavar lustre

de cristal só com água e sabão. E, no bronze, é

recomendado passar uma cera especial para esse

material. Mas muito cuidado para não arranhar os

cristais. Quanto menos mexer, melhor. Não queira

economizar, por menos. Procure uma casa espe-

cializada para esse tipo de serviço e, de acordo

com Maurício, hoje existe já um produto em spray

que é só espirrar nos lustres que automaticamente

a poeira se dissemina.

O futuroIndependentemente do projeto de iluminação

utilizado, o futuro da iluminação já tem nome e

pode ser agregado aos lustres e sancas: é o Led.

As lâmpadas em Led têm maior durabilidade e

mesmo sendo rotuladas como caro, vale o seu

investimento, uma vez que duram em média 50

mil horas, enquanto a maioria das lâmpadas co-

muns apenas três mil horas. Essa opinião é unâ-

nime para Maurício, Andréa e Flávia. Flávia conta

que está com um projeto na qual aplica vários pontos

de leds no forro de gesso para simular o efeito de

estrelas no teto.

“O Led é uma tendência em busca da eco-

nomia. Se quer aplicar em algum pendente ou

lustre, terá um custo elevado, mas poderá

fazer do seu uso embutido no forro de ges-

so.”, esclarece Andréa. Porém, a procura

hoje maior é por pessoas que já vem com

um projeto de iluminação pronto ou se

interessa por um projeto. O público co-

mum que está em busca de apenas um

lustre ou uma mudança na iluminação

de seu apartamento, ainda não tem o

conceito definido sobre o uso de Led.

A iluminação, sendo através de lus-

tres, sancas ou spots, provoca um jogo de

cena. A definição clara de como e qual ob-

jetivo usá-la é fator determinante para não

incomodar e assim valorizar o ambiente. Na

hora de escolher é importante ter o seu pro-

jeto traçado para harmonizar a sua casa e ter

um espaço agradável de se morar.

HIERARQUIA: Produtos iluminados são

mais visíveis e entendidos como os mais va-

liosos, enquanto os pontos menos importantes

não devem ser destacados.

SOFISTICAÇÃO: A sombra é muito importante

para definir a atmosfera do local. Quanto maior o

contraste entre os objetos iluminados e os não ilumi-

nados, maior será a impressão de sofisticação do local.

Esse tipo de iluminação é indicado para bares, lojas e

restaurantes chiques.

SIMPLIFICAÇÃO: Os ambientes populares podem

ser mais estimulantes, uniformes e ter mais luminosi-

dade. A temperatura de cor mais elevada (luzes claras)

ajuda a transmitir a impressão de agilidade

PERFORMANCE: A uniformidade da iluminação

é interessante em locais onde é preciso ter produ-

tividade. É o caso de caixas, provadores de lojas,

cozinhas de restaurantes, academias de ginás-

tica e escritórios.

PARA ACERTAR O PONTO

e Cena

Page 6: Revista Portal dos Condomínios

6 Portal dos Condomínios . Maio 2010

Em reportagem publicada pelo Professor Luiz Almeida Marins Filho

(Phd. em antropologia, consultor e conferencista, entre outras coisas)

ele trata da convivência e da tolerância nas empresas. Percebemos então que

poderíamos transpor seus ensinamentos para o mundo dos condomínios, assim

pedimos vênia ao nobre Professor Marins para que possamos realizar este

texto baseado nos ensinamentos do mestre.

O condomínio é uma comunidade e para viver em comunidade

é preciso saber passar por cima de pequenas ofensas, pequenas

rusgas, pequenos problemas, até para que se tenha tempo e

energia para se concentrar nas coisas realmente essenciais

e importantes. Se gastarmos toda a nossa energia em

coisas pequenas, faremos essas coisas crescerem e aí

sim teremos um grande problema.

A grande maioria dos conflitos entre os mo-

radores de condomínios é a presença de cães,

vazamentos de canos, barulhos ocasionados

pelas crianças e festas de crianças ou vagas

de carros nas garagens, sendo que tais casos

acabam indo parar no Judiciário em razão

de conflitos entre os moradores ou entre o

morador e o condomínio.

Para viver numa comunidade temos

que ter sempre em mente que ela é com-

posta de seres humanos e não há dois

seres humanos iguais. A diversidade

humana é a riqueza da humanidade,

mas nos traz, a todos, o desafio

de conviver com as diferenças, de

conviver com pessoas que pensam

e agem de forma diversa.

Viver em condomínio é a

adoção de um espírito diferente,

abrir mão de algumas individuali-

dades uma vez que existem, além

das áreas privativas, as áreas de

domínio comum. O direito de uso

da área comum e a obrigação de

conservar o que é de todos são

condições básicas para a vida em

condomínio.

Nesse sentido é que se deve

pautar a atuação do advogado

agindo como ente pacificador

e solucionador de problemas,

atuando sempre em busca da

paz e da justiça.

Desta feita, a conciliação no âmbito condominial deve ser vista como uma

forma de efetivação de Justiça, pois o advogado do condomínio atuando em

caráter preventivo antecipa a solução da demanda trazendo satisfação para as partes

demandantes evitando prejuízos. O advogado conciliador deve ser sensível aos interesses

não apenas de seu cliente, mas das partes litigantes, devendo fazer, e apresentar a todos,

uma avaliação dos custos, prejuízos e vantagens de se resolver as questões fora do âmbito

forense. A conciliação no âmbito do condomínio se caracteriza por ser informal e voluntária,

rápida e econômica. Através dela o conflito é solucionado pelos interessados, acarretando satis-

fação para ambas as partes.

Viver em paz é sonho de cada um de nós. Portanto, se a prestação jurisdicional efetiva, através da

conciliação é componente da Justiça Social para construção da paz, que tenhamos todos nós, operadores

ou não do Direito, o compromisso com a paz e tranquilidade na vida em sociedade.

Assim, é preciso não fazer tempestade em copo d’água. Não reclamar de todas as pequenas coisas que

no dia a dia nos deixa irritados. É preciso saber não guardar mágoas e rancores e passar por cima de questões

menores.

Muitas vezes um vizinho de condomínio nos trata mal ou nos responde com impaciência ou grosseria.

Nesse momento, temos que ter a sabedoria de perdoar, de pensar que algo deve ter ocorrido na

vida dessa pessoa que a tenha levado a ter esse comportamento. Se tomarmos todas as

ofensas como agressões pessoais, jamais construiremos um ambiente sadio, alegre

e colaborador. E sem esse ambiente é impossível construir uma convivência

feliz e tranquila.

Todos conhecemos pessoas que reclamam de pequenas coisas e

de tanto reclamar as tornam grandes e insuportáveis. Conhecemos

pessoas que falam mal de seus vizinhos e ao falar mal aumentam

muito os seus defeitos e anulam suas possíveis virtudes. Todos

nós temos defeitos e virtudes. Assim viver em condomínio

exige um espírito diferente, sendo que a sabedoria nos en-

sina que devemos prestar atenção às virtudes e procurar

esquecer os defeitos para que a vida em comunidade

seja viável e prazerosa.

VIVER EM CONDOMÍNIO

Viver em condomínio exige um espírito diferente

COLABORADORES:

* Newton Nery Feodrippe

de Sousa Neto, advogado espe-

cializado em direito condominial e

de vizinhança, assessor especial da presi-

dência da 33ª Subsecção da OAB de Jundiaí,

presidente da Comissão Cultural da 33ª Subsecção

da OAB de Jundiaí gestão 2007/2009, Síndico de

Condomínio, pós-graduando em Direito Civil e Processo

Civil, colaborador do programa Viver em Condomínio da

Rádio Difusora Jundiaí.

* Carlos Eduardo Quadratti, advogado especializado em direito

condominial e de vizinhança, diretor tesoureiro da 33ª Subsecção

da OAB de Jundiaí, membro da Comissão Cultural da 33ª Subsecção

da OAB de Jundiaí gestão 2007/2009, membro associado da ProEmpi

(Associação das Empresas e Profissionais do Setor Imobiliário de Jundiaí

e Região), representante da 33ª Subsecção da OAB de Jundiaí no Conse-

lho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Jundiaí 2008/2009,

colaborador do programa Viver em Condomínio da Rádio Difusora Jundiaí,

possui ainda formação técnica em administração de empresas.

Se o leitor ainda tiver dúvidas ou desejar sugerir novos assuntos para abordagem desta coluna, poderá encaminhar “e-mail” para o endereço especialmente criado para esta finalidade: [email protected]

Rodrigo Góes

Page 7: Revista Portal dos Condomínios

7Portal dos Condomínios . Maio 2010

Page 8: Revista Portal dos Condomínios

8 Portal dos Condomínios . Maio 2010

Capa

Bom senso, tolerânciaRodrigo GóesPode ser rico ou pobre, gordo ou magro, car-

rancudo ou simpático, homem ou mulher, mas

basta apenas morar em um condomínio que não

há raça, credo ou sexo que evitará os conflitos en-

tre vizinhos. Na mídia em geral, nas conversas de

elevador ou então nas fofocas com o porteiro é

possível descobrir as histórias infelizes de transtor-

nos diários em um condomínio.

Mas quando termina a liberdade de um e

se inicia a do outro? Conversamos com diversos

setores da sociedade para desvendar os mistérios

que envolvem e transcendem as paredes dos con-

domínios.

Desde 2006, o Sindicato da Habitação – Se-

covi-SP, oferece um serviço chamado “Câmara de

Mediação”, com o objetivo de promover a con-

ciliação e evitar que os problemas de quem vive

em condomínio residencial se transforme em pro-

cessos judiciais levando

anos para serem

resolvidos.

Em Jundiaí,

o Sindicato é

representado

pela Proempi

( A s s o c i a ç ã o

das Empre-

sas de Profissionais do Setor Imobiliário de Jundiaí

e Região). Segundo ela, na cidade existem 490

condomínios residenciais. Para o coordenador da

Câmara de Mediação, Márcio

Chéde, apesar de não atender

diretamente em Jundiaí, os

condôminos podem utilizar

desse serviço na capital. “Geral-

mente, os casos mais comuns

relacionados a condomínios

como barulho, inadimplência e

vagas em garagem são resolvi-

dos em uma sessão. Mas a Câ-

mara atende por cinco sessões,

até que só realmente continua

a mediação se houver interesse

pelas partes”, esclarece. O Se-

covi planeja, a longo prazo, ex-

pandir a Câmara para o interior

do estado de São Paulo, porém sem previsão de

data e local até o momento.

Os advogados Carlos Eduardo Quadratti e

Newton Nery Feodrippe de Sousa Neto, co-

laboradores da revista Portal dos

Condomínios, são espe-

cializados na área

cível e tra-

balhista para condomínios. “Sem o uso da justiça

conseguimos resolver um caso em que pessoas in-

vadiam apartamentos para comerem guloseimas

da geladeira e dos armários

da cozinha. Descobrimos que

se tratavam de alguns filhos

de moradores do condomínio.

Fizemos uma reunião com

os pais dos garotos e com os

moradores que foram vítimas.

Depois de muita conversa foi

resolvido e o caso não mais

se repetiu, além do quê, o

restante dos condôminos não

ficou sabendo do fato”, conta

Feodrippe.

Ele informa que proble-

mas de barulho com crianças

são comuns em Jundiaí, assim

como animais nos apartamentos, vazamentos e

vagas de garagem. “Porém presenciamos até um

Administrar um con-domínio é também ad-

ministrar pessoas. Morar em prédio tem sido uma

novidade para muita gente. Veja o crescimento de prédios nas classes B e C nos últimos 20 anos, sendo que esse pessoal

todo estava acostumado a viver em casas.

Minha Casa, Minha VidaO programa do Governo Federal “Minha Casa, Minha Vida” elaborou

um projeto social para orientar os futuros moradores que nunca viveram em

condomínios, para famílias de 0 a 3 salários mínimo. O trabalho social tem o objetivo

de integrar as famílias, apoiar o momento de mudança, promover discussões e aprendizados,

desenvolver ações educativas sobre questões ambiental, patrimonial e orientar as famílias para

trabalharem de forma conjunta na gestão do espaço, entre outras ações visando fomentar o desen-

volvimento social, econômico e ambiental de forma integrada, em busca da sustentabilidade

do empreendimento.

De acordo com a Técnica Social da Representação de Apoio ao Desenvolvimento

Urbano da CAIXA em Jundiaí, Naíra Corrêa Daubermann, para o programa social

serão focadas as atividades para a auto-gestão dos condomínios como: rela-

ções de convivência, noções de administração, elaboração da Convenção e

formação e trabalhos da comissão administradora, entre outros.

Esse tipo de ação poderia ser muito bem aplicada também para mo-

radores de condomínios de classes A e B. “Toda moradia em condomínio

requer certo grau de envolvimento de todos. Assim, o trabalho social é

uma boa oportunidade não só para integração dos moradores, como

instrução sobre regimentos de condomínio, oportunidades de troca de

aprendizados, discussões para melhoria do espaço, oferecimento de

cursos, realização de oficinas e atividades de cunho ambiental, entre

outras. Acreditamos que esse conteúdo deve ser trabalhado com todas

as classes sociais”, afirma Naíra..

Na prática, a HM Engenharia, empresa do Grupo Camargo Corrêa,

implantou o projeto em 2006. Segundo o presidente da companhia,

Henrique Bianco, todos os empreendimentos da empresa contam com o

programa social Minha Casa, Minha Vida e o resultado foi positivo, sendo

que são tratadas ações como reuniões e palestras informativas, ações edu-

cativas e culturais, sustentabilidade e meio ambiente, uso racional da água e

energia elétrica, atividades de lazer e de integração e educação sanitária.

Síndica Marlene Melo Bastos com o formulário de reclamação e sugestão

Rodrigo Góes

Page 9: Revista Portal dos Condomínios

9Portal dos Condomínios . Maio 2010

Principais vantagens da Câmara de Mediação: 1- Processo sigiloso e rápido;2- Recupera o valor da pala-vra e resgata a relação entre as pessoas;3- Benefícios mútuos;4- Acelera processos no Judiciário.

Fonte: Secovi-SP

caso do morador que andava nú pelo apartamento

e outro casal que exagerava na hora do relaciona-

mento íntimo.”.

A reportagem constatou também outros casos,

como em um condomínio horizontal, onde alguns

cachorros resolveram morar em frente a entrada

principal. Depois de um morador entrar em con-

tato com a carrocinha, outro morador resolveu in-

tervir e até comprou uma casinha de cachorro para

colocar no lado de fora do condomínio. O prob-

lema é que, com o tempo, os cachorros deixaram

de aderir à proposta positiva do morador. Segundo

uma fonte, os animais ainda ficam na frente do

portão e parece que até conhecem quem habita

no condomínio, latindo para os desconhecidos.

Em um outro condomínio, a síndica Marlene

Melo Bastos pode não ter usado o mesmo artifí-

cio da Câmara de Mediação, mas as suas dores

de cabeça, pelo menos, diminuíram. Cansada de

ficar ‘no meio do tiroteio’, ela criou um formulário

de reclamação e sugestão, muito comum em con-

domínios. “Eu ficava em uma saia-justa, pois um

morador reclamava e o outro dizia que não fazia

nada. E, por incrível que pareça, o que mais rec-

lama geralmente é o que mais infringe as regras”,

esclarece a síndica que está no cargo do Cond. Res.

Hortolândia 3 desde 2003.

Há casos ainda do ‘morador-problema’, ou

seja, como seria possível obter êxito em uma rec-

lamação, se o morador nem se quer paga a taxa

condominial? Feodrippe afirma que independent-

emente se o condômino deve a referida taxa, caso

ele descumpra as normas internas do condomínio,

deve-se conversar com ele, pois a melhor ação é o

diálogo antes de advertir e multar”.

No condomínio da Marlene, os casos, assim

como as reclamações, diminuíram após o uso do

formulário, pois, segundo ela, agora as pessoas

pensam duas vezes antes de quebrarem as regras.

“A convivên-

cia realmente

é difícil em um

c o n d o m í n i o ,

mas não é por

isso que a gente

não irá respeitar.

A minha parte eu

faço, que é atender

a todos. Porém, no

dia a dia, as pessoas

até evitam se cumpri-

mentar. Disfarçam. Mas

elas precisam entender

que é necessário uma in-

tegração e respeito”, afirma

Marlene.

A síndica tem nas crianças a

maior ocorrência das reclamações.

“Geralmente é na área comum, pois

os pais as deixam brincando e não tem

uma visão do filho. Assim é difícil eles ad-

mitirem que o filho cometeu alguma infração

e as vezes culpam o condomínio dizendo que de-

terminado local estava com falta de manutenção

e foi o causador do problema”, diz. Mas para ela,

a maior preocupação é com a entrada de drogas

no condomínio: “Muitos fazem vista grossa, mas

é uma realidade”.

O formulário deve ser preenchido em sua

totalidade, com os dados dos moradores para

que o pedido tenha procedência. Além disso, o

condomínio possui um quadro de aviso com o

objetivo de expandir a comunicação interna. Tal

informativo recebe orientação jurídica para evitar

qualquer problema entre moradores.

Independentemente do problema, a reco-

mendação é o bom senso. Márcio Chéde, do Seco-

vi, orienta para “sempre se colocar na posição do

Márcio Chéde, Coordenadorda Câmara de Mediação

outro

e seguir o

regulamento e a conven-

ção condominial”. E Feodrippe comple-

menta: “administrar um condomínio é também

administrar pessoas. Morar em prédio tem sido

uma novidade para muita gente. Veja o cresci-

mento de prédios nas classes B e C (veja destaque

na página ao lado) nos últimos 20 anos, sendo

que esse pessoal todo estava acostumado a viver

em casas, a ter quintal, criar bichos e agora tem

que viver em coletividade, seguir regras. As pala-

vras mágicas para viver em condomínio são tol-

erância e diálogo”.

e diálogo

Div

ulga

ção

Page 10: Revista Portal dos Condomínios

10 Portal dos Condomínios . Maio 2010

Rodrigo GóesA infância (ou adolescência)

de muita gente foi marcada pela liberdade de poder ficar mais tempo na rua com segurança, menos violência e, porque não dizer, menos carro? Mas um desses veículos chamava a aten-ção, principalmente das crianças,

que saiam atrás deles quando surgia um jingle, entoado nos

megafones instalados no carro: “...pamonhas de Piracicaba, é o puro

creme do milho-verde, venha provar minha senhora, é uma delícia, pamon-

has fresquinhas, pamonhas caseiras, pamonhas de Piracicaba, é o puro creme

do milho-verde, é uma delícia, venha provar! Pamonhas, pamonhas, pamonhas...”

Abrindo uma série de reportagens especiais sobre mitos gastronômicos e lugares inóspitos

para conhecer, fomos vasculhar a história da famosa pamonha de Piracicaba. O jingle em questão é de Dirceu

Bigelli, que se destacava pelo sotaque caipira e logo ganhou popularidade junto à clientela. E a responsável pela explosão da pamonha foi a família Rodrigues, representada pelas irmãs

Vasthy e Noemi (ambas já falecidas). Quem ajudou trazer a realidade para o Portal dos Condomínios foi Doroti Rodrigues, que tinha

em Noemi, um amor de mãe. Segundo Doroti, quando Noemi tinha 10 anos (entre as

décadas de 60 e 70) estava passando por necessidades e resolveu seguir os

passos da irmã Vasthy, que já pro-duzia pamonha. Porém, Noemi

não tinha habilidade para as vendas e chamou alguns en-

graxates para ajudá-la. “Eles adoraram, pois a venda

de pamonha trazia mais lucro”, conta Doroti.

O auge da fama das pamonhas da família Rodrigues foi na década de 70 e, com o pas-sar dos anos, a

produção aumentou chegando a seis mil unidades por dia. “A minha ‘mãe’ começou comprando um saco de milho e usava um latão de óleo como fogão”, conta. Depois, já com um barracão montado, Noemi tinha a produção organizada: “a gente cortava rentinho o sabugo, deixando um pouco do milho, para não amargar. Na hora de cozinhar era tudo rápido. De manhã o milho chegava, o pessoal descascava e outro já costurava a palha. A tarde era o corte do milho. Depois já ligavam a máquina para moer e fazer as caldas, porque às 22h cozinhava. De manhãz-inha, ainda quentinha, a pamonha saia para ser vendida”, revela o segredo.

Doroti se orgulha em contar que o bar-racão de produção da família era higiênico e se tornou um atrativo turístico, também por se localizar no centro de Piracicaba. “Hoje eu não como pamonha em qualquer lugar. É necessária muita higiene”, relata. Para ela, as pamonhas eram únicas e hoje não se encontra as originais. Em Piracicaba é comum encon-trar vendedores ambulantes e barracas no Mercadão da Cidade. Visite e comprove.

É o puro creme do milho

QUATRO CANTOS

DICA DA FAMÍLIA- O milho tem de ser o híbrido, de dente pequeno e amarelinho. Existem os brancos que não dá pamonha de jeito nenhum.- Simples de fazer, difícil de acertar a mão: água, milho e açúcar, deixando o caldo bem denso.

MARQUE ESSA DATAFesta do Milho Verde, no bairro Tan-quinho em Piracicaba, sempre no mês de março.

FUTUROA Pamonha de Piracicaba receberá um incentivo e ganhará uma fábrica com o objetivo de incentivar pequenos produtores rurais e garantir a deman-da de consumo durante a tradicional Festa do Milho.

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11Portal dos Condomínios . Maio 2010

Eu, os condomínios e eu mesmoBasta ler o Diário Oficial para comprovar.

Como entidade comprometida com o bom

sindicalismo – leia-se, com a devida contrapartida

aos representados em termos de serviços, assessoria

jurídica, cursos, publicações, eventos, orientação, etc.

– o Secovi-SP tenta acompanhar essas assembleias, o

que nem sempre é possível, em razão da quantidade

delas. As reuniões são fechadas. Saber quem é quem

é um verdadeiro exercício de investigação, à altura de

Sherlock Holmes e, “elementar meu caro Watson”,

numa apuração profunda descobre-se que, na maioria

dos casos, as pessoas por trás dessas iniciativas estão

direta ou indiretamente vinculadas a entidades de

trabalhadores.

Ora, o que significa isso, na prática? Esses “sindi-

catos patronais”, formados por trabalhadores, vão

negociar com quem? Não existem mais partes. Tudo

pertence ao mesmo todo.

Eu, os condomínios e eu mesmo. Esta é a equação,

cujos resultados só poderão ser desastrosos para todos

os condôminos, pois já vimos organismos, sem registro

algum, portanto, ilegais, “celebrando” convenções

coletivas de trabalho com funcionários e definindo

reajustes irreais e insuportáveis. Sem qualquer amparo,

distribuem cobranças e notificações, dizendo ser o que

não são (sindicatos de condomínios) e criando verda-

deiro caos na vida de milhares de pessoas (condôminos

Historicamente, empregados e empregadores

negociam convenções coletivas de trabalho por meio

de suas respectivas representações. Os sindicatos de

cada lado cumprem esse papel, de forma a garantir

equilíbrio às discussões e deliberações. Cada um cede

um pouco e, em último caso – na ausência de acordo,

cabe à Justiça definir (os dissídios que pessoas inteligen-

tes sempre buscam evitar por meio do diálogo).

Esse regime sempre funcionou. Não que seja

tudo uma maravilha. Às vezes, as partes, sindicatos

dos trabalhadores e patronais, se mostram inflexíveis,

os debates não prosperam, enfim, uma série de

problemas inerentes ao processo. Mas uma coisa é

certa: cada parte defende os interesses da categoria

que representa. São dois lados em busca da melhor

solução.

E por que falamos que “funcionou”? Porque hoje

vivemos uma situação no mínimo atípica – para não

dizermos extremamente preocupante. Estão surgindo

sindicatos patronais fundados e/ou induzidos por

trabalhadores.

No Estado de São Paulo isso vem ocorrendo de

forma assustadora, notadamente no que diz respeito

à categoria dos condomínios, que é legítima e legal-

mente representada pelo Secovi-SP.

Há uma verdadeira onda de convocação de assem-

bleias para constituição de sindicatos de condomínios.

e funcionários são igualmente prejudicados).

Com base em documentação sem fundamento,

essas organizações dizem que o Secovi-SP não rep-

resenta a categoria dos condomínios. Mas basta ir

ao Ministério do Trabalho e confirmar o registro. Nós

estamos lá como guardiões dos condomínios. Somos

o presente e o futuro da mais moderna forma de mo-

radia e espaço de trabalho. Condomínios não são uma

entidade fantasma. Vieram para ficar e crescem mais

rapidamente do que as cidades onde estão. Abrigam

pessoas de carne e osso, gente que representa todas as

categoria sociais. Condôminos, síndicos e administra-

doras precisam estar alertas nesta hora em que navios

piratas se aproximam.

O Secovi-SP vai continuar cumprindo suas

responsabilidades, permanecendo firme na defesa

dos condomínios, ou seja, exercendo plenamente

suas atribuições de sindicato patronal da categoria

de maneira ética, lícita e honesta, sempre em prol da

harmonização das relações capital

e trabalho.

ARTIGO

*Hubert Gebaraé vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP, o Sindicato da Habitação.

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12 Portal dos Condomínios . Maio 2010

UTILIDADES DOMÉSTICAS

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BEM-ESTAR

Uma palmeira (dentro) de casa

Quando a moradora do Residencial Alto di Fellicità, Raquel Marques, descobriu que poderia

contratar uma paisagista ficou receosa. Ela acreditava que o serviço seria custoso, mas resolveu

arriscar e não se arrependeu. O resultado foi a inclusão de um vaso considerado grande para um

apartamento considerado pequeno. E a planta escolhida: uma palmeira.

Apesar de existirem mais de 300 tipos de espécies brasileiras, duas são mais comuns nas casas

e apartamentos: a Ráfis (Rhapis excelsa) e a Chamedoria (Chamaedorea elegans). A primeira é mais

resistente e a segunda, mais delicada. “Na verdade são bem parecidas, porém a Chamedoria deve-

se ter um cuidado melhor na rega e necessita de uma terra boa, de preferência um substrato”,

conta a paisagista Francine Picardi.

Visto que cada uma atinge uma média de dois metros de altura, por que optar pela

palmeira dentro de casa? Além de Raquel, sua filha, Luana, também gostou da indicação

da paisagista.

Luana, moradora do residencial Janaina, escolheu por questão de estética. Já a

mãe, que mora no residencial Alto di Fellicità, “acreditava que ficaria mais próxima

da natureza”. A paisagista teve um papel fundamental na escolha. “Ela sugeriu a

palmeira, pois a sombra do apartamento era adequada”, conta as duas.

As palmeiras Ráfis e Chamedoria se adaptam bem aos ambientes internos

e também próximas a sacadas e janelas. Elas são consideradas plantas de meia-

sombra, que precisam de luminosidade sem exposição direta aos raios solares

das 10 horas da manhã às cinco da tarde. A rega não deve ser abundante, sendo

que no calor no máximo três vezes por semana e no frio, duas. “Deve-se usar o

bom senso. A terra não pode estar rachada e ter uma aparência úmida”, orienta

a paisagista.

O serviço de cuidados com a palmeira pode ser realizado por qualquer pessoa,

porém caso queira solicitar o serviço de um paisagista, esta tem a possibilidade de

desmontar o vaso no local e resolver tudo. “Muitas vezes, quando o espaço dentro

da casa permite, já desmonto o vaso no local e dá para saber se foi adubado cor-

retamente e descobrir se a raiz está com bactérias ou fungos”, completa.

Para o uso de adubo é bom tomar bastante cuidado, pois se houver contato

com a raiz é capaz de matar a planta. Ela recomenda: “usar a proporção correta

determinada na embalagem na base do vaso ou na parte superior. Mas se opta

por comprar o substrato, não precisa do adubo. Com um tempo maior, precisará

do adubo. Acredito que seja melhor consultar um paisagista nesse momento”.

Na preparação do vaso de palmeira é importante a colocação de uma manta

para não deixar a terra cair na pedra (base) e não tampar o buraco que terá o furo

que cairá água para um recipiente externo. Assim a raiz tem toda a respiração

adequada. O ideal é colocar algo em cima da terra como o cascalho que protege a

terra, e assim quando molhar, não criará buracos na terra e mantérá a umidade.

Raquel e Luana regam a palmeira uma vez por semana e hoje tem um ambiente

mais harmonioso, graças a persistência de Raquel que conheceu o trabalho da

paisagista por obra do acaso quando descobriu o serviço dela em uma empresa.

“A princípio fiquei receosa pelo preço, mas aí a Francine explicou sobre o serviço

e tudo ficou mais acessível”, DIZ. Para Luana, “o horário dela foi determinante,

além do que ela cuidou de todos os preparativos, sem sujeira e de uma forma

organizada”.

Com ou sem paisagista, plantas como palmeira são mais fáceis de tê-las em

casa, já que são robustas e não precisam de cuidados especiais. Apenas siga as dicas

dessa reportagem e, se precisar de alguém especializado, consulte um paisagista

ou as floras, mas não desista de trazer o verde para dentro da sua casa e deixá-la

tão bonita como na imagem dessa reportagem.

Vaso de Palmeirana casa de Raquel

Mais fotos e informações na web!Confira endereços no expediente (pag.3)Rodrigo Góes

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14 Portal dos Condomínios . Maio 2010

O préd io era bastante antigo e

seus moradores to-dos se conheciam, mas

um fato marcou aquela sexta-feira. Uma cueca

usada voou de um aparta-mento e caiu quase na cabeça da sub-

síndica, que não sabia o que fazer. Quando ventava, não era comum, mais algumas vezes peças de roupas escapavam das áreas de serviço e caiam no jardim, mas sempre aparecia um proprietário, com um pedido de desculpas, o que era sempre aceito.

Mas aquela vez era diferente. Por que alguém queria se desfazer de uma cueca usada e arremessar para fora de seu apartamento fazendo–a voar e aterrissar quase sobre a subsíndica? Os moradores fizeram uma reunião prévia se deveriam ou não marcar uma reunião para discutir o caso da cueca. Prontamente a prova do crime foi colocada em um saco plástico para que todos pudessem verificar se os maridos tinham perdido sua peça íntima e, por fim, descobrir o autor de tal façanha.

Dona Dirce, moradora do 303, sugeriu que o zelador verificasse se todos os que saíssem do prédio naquele dia es-tavam ou não de cuecas. Assim o autor seria desmascarado. Dona Gilda, do 707, informou que seu genro nunca usava cuecas e que seria imputado a ele um “crime impossível” já que tal peça não fazia parte do guarda-roupa.

Polêmica armada, qual seria a tática para desvendar quem era o autor? Passada uma semana, nova cueca é achada, desta vez foi o Sindico que observou sua aterrisagem

junto ao playground. Quem seria o desavergonhado que atiraria pela janela sua

ceroula, e o que é pior, já bastante usada e desgastada pelo tempo. O Síndico não sabia mais o que fazer, pois o assunto era sempre o mesmo: as cuecas voadoras.

Na manhã seguinte uma comissão de senhoras fez uma reclamação em conjunto no livro de ocorrência do prédio exigindo do Síndico uma assembléia extraordinária, com um único assunto: as cuecas voadoras.

Enquanto a administradora preparava o edital de con-vocação outra cueca, usada, desta feita vermelha, apareceu na quadra poliesportiva, que de imediato foi fechada para qualquer prática enquanto aquela peça não fosse retirada das quatro linhas.

Já bastante chateado com a situação de incompetente, o Síndico já preparava sua carta de renúncia quando, no eleva-dor, encontrou sua empregada Dona Socorro com uma sacola plástica de supermercado cheia de trapos. Questionando à sua “secretária para serviços domésticos”, soube que esses eram para limpeza geral, mas para os vidros. Cuecas usadas eram a melhor ferramenta, porem já não conseguia mais repor seu estoque, pois por azar já havia perdido três, uma inclusive era do patrão, que achara guardada na caixa de fer-ramentas com uma dedicatória ilegível. O Síndico deu férias para a empregada, fez a assembléia e prometeu que na sua Administração nunca mais voariam cuecas pelo condomínio e recolheu a vermelha para exame grafotécnico que nunca teve resultado.

Por Dr José Miguel Simão

Advogado e cronista

CRÔNICA

Cuecas voadoras

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