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televisão, cinema e mídias eletrônicas ano 22_#236_abr2013 TELEVISÃO Instituto alemão GFK quer competir com o Ibope na medição de audiência TV 2.0 A disputa entre players tradicionais e entrantes no mercado de VOD PARA ONDE VAI A TV? NAB debate a migração para o 4K, a mobilidade e a concorrência com o over-the-top

Revista Tela Viva - 236 - Abril de 2013

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televisão, cinema e mídias eletrônicas ano 22_#236_abr2013

TELEVISÃOInstituto alemão GFK quer competir com o Ibopena medição de audiência

TV 2.0A disputa entre players tradicionais e entrantes

no mercado de VOD

PARA ONDE VAI

A TV?NAB debate a migração para o 4K, a mobilidade e a concorrência com

o over-the-top

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Rubens GlasbergAndré MermelsteinClaudiney Santos Samuel Possebon (Brasília)Manoel FernandezOtavio Jardanovski

André Mermelstein

Fernando Lauterjung

Ana Carolina BarbosaEdianez Parente (colaboradora)Lizandra de Almeida (colaboradora) Leandro Sanfelice (vídeo repórter)

Letícia Cordeiro

Edmur Cason (Direção de Arte)Alexandre Barros (Designer Gráfico)Geral do José Noguei ra (Designer Gráfico)Rubens Jar dim (Pro du ção Grá fi ca)Bárbara Cason (Web Designer)Debora Harue Torigoe (Web Designer)Lúcio Pinotti (Tráfego/Web)

Bruna Zuolo (Gerente de Negócios) André Ciccala (Gerente de Negócios)Patricia Linger (Gerente de Negócios)Iva ne ti Longo (Assis ten te)

Gislaine Gaspar (Gerente)

Patricia Brandão (Gerente)

Harumi Ishihara (Diretora)Gisella Gimenez (Gerente)

Vilma Pereira (Gerente)

Marcelo Pressi (Gerente)

0800 0145022 das 9 às 19 horas de segunda a sexta-feira

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No último mês, quatro das principais redes de TV realizaram eventos para o lançamento de suas programações para 2013. A sensação geral de quem acompanhou os anúncios foi de decepção.

A líder Globo fez de seu lançamento um show, exibido depois na própria TV, com apresentação de artistas e participações do casting da emissora. Tudo grandioso e bem produzido, mas sem praticamente nenhuma novidade além do que já se conhecia (como o programa de Marcelo Adnet, que já fora anunciado anteriormente).

A apresentação para a imprensa do novo diretor geral da emissora, Carlos Henrique Schroder, pouco antes do show, não fez jus à expectativa criada pelos meses de silêncio público do executivo desde sua posse no final de 2012. Foram muitas declarações vagas e quase nenhuma manchete para os noticiários. As grandes novidades, contou, serão anunciadas ao longo do ano.

As apresentações da Band e da Record, mais modestas na forma, não foram diferentes no conteúdo. Apenas o anúncio de novas temporadas ou sequências de atrações que já estão no ar.

O pouco que se viu de inovação veio da TV Cultura, que vem mostrando ganas de disputar mais a audiência, e ousou ao trazer para a TV aberta uma série como a premiada “Mad Men” e ressuscitar o game-show “Quem Sabe, Sabe”, para atrair o público adolescente dos anos 2010 e também os dos anos 1980, pelo saudosismo. Foi a única também a abordar com mais ênfase a interatividade e fenômenos como a segunda tela. Mas a continuidade do projeto da Cultura é hoje uma incógnita, pela perspectiva de mudança na presidência da Fundação Padre Anchieta. O que se costuma ver nestes casos é uma ruptura com o projeto anterior, o que na situação atual seria um prejuízo para a emissora.

A TV aberta é o principal veículo de comunicação do país e captura a maior parte das verbas publicitárias. É simples entender sua posição, de maneira geral, conservadora, pois em seu conjunto é quem mais tem a perder com a fragmentação da oferta, da audiência e das receitas. Mas a estratégia do “em time que está ganhando não se mexe” pode não ser tão eficiente no médio prazo.

Em um mundo no qual 70% dos espectadores estão com outro dispositivo nas mãos enquanto assistem à TV, e que vê o rápido crescimento da TV por assinatura e da Internet, um mundo em que os provedores over the top como YouTube e Netflix estão investindo em conteúdos originais, em que séries de TV paga têm mais repercussão no Twitter que certos programas de TV aberta, talvez a prudência não seja a melhor estratégia.

A TV aberta brasileira tem um histórico de inovação, criou programas e até formatos inéditos. Esperamos que nos próximos anúncios possamos arregalar os olhos e nos surpreender, ao invés de sair destes (ótimos) almoços e jantares com a sensação de deja-vu.

André Mermelsteina n d r e @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Tela Viva é uma publicação mensal da Converge Comunicações - Rua Sergipe, 401, Conj. 605,

CEP 01243-001. Telefone: (11) 3138-4600 e Fax: (11) 3257-5910. São Paulo, SP.

Sucursal Setor Comercial Norte - Quadra 02 Bloco D - torre B - sala 424 - CEP 70712-903.

Fone/Fax: (61) 3327-3755 Brasília, DFJornalista Responsável: Rubens Glasberg (MT 8.965)

Não é permitida a reprodução total ou parcial das matérias publicadas nesta revista,

sem autorização da Glasberg A.C.R. S/A

capa: ANNEkA/SHuTTERSTOCk.COM

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Acompanhe as notícias mais recentes do mercado

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Radiodifusão 18Broadcasters começam a debater a nova geração da TV aberta nos Estados Unidos

Scanner 10

Figuras 16

Evento 24TV 2.0 aponta as tendências no mercado de vídeo

Produção 28Produtoras que firmaram parcerias internacionais destacam boas perspectivas para os próximos anos

Making of 32

Televisão 34Chegada do grupo alemão Gfk para aferir a audiência de TV deve mexer com o mercado

Negócios 36Entretenimento digital no Brasil já representa um mercado de quase R$ 100 bilhões

Case 38Conspiração produz atração inspirada em formato da BBC para Globo e GNT

Audiência 40

Upgrade 41

Agenda 42

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Longa de Tata Amaral levou seis prêmios no Festival de Brasília.

Rangel: mais um mandato para consolidar a Lei do SeAC.

Prova ContráriaO filme “Hoje”, longa-metragem de Tata amaral, abo-

canhou vários prêmios no Festival de Brasília em 2011 (melhor filme, melhor atriz, fotografia, direção, arte e rotei-ro, além do prêmio da crítica), e estreou no circuito nacio-nal em abril. “Hoje”, adaptação do livro “Prova Contrária”, de Fernando Bonassi, é centrado em Vera (Denise Fraga) uma ex-militante política que recebe indenização do gover-no brasileiro pelo desaparecimento do marido, vítima da ditadura militar. Com o dinheiro, ela pôde comprar o tão sonhado apartamento e libertar-se desta condição de sus-pensão em que viveu durante décadas. Porém, no momento da mudança o marido retorna e a obriga a rever toda sua trajetória. O filme é coproduzido pela Primo Filmes e pela HBO Latin America Originals, com distribuição da H2O Films.

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USA Novo mandato

A recondução de Manoel Rangel ao terceiro mandato frente à ancine foi aprovada por unanimi-dade na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. Entre os desafios postos por Rangel nos próximos anos estão a consolidação da Lei do SeAC e a regionalização da produção audiovisual no Brasil. Rangel disse ainda que a agência estará atenta a serviços over-the-top prestados do exterior para o mercado brasileiro.

Em 2013, a agência contará com orçamento de R$ 870 milhões para o Fundo Setorial do Audiovisual.

Pequenos combatentesA Record disputará as audiências das tardes de

domingo com “Ídolos Kids”, cuja segunda edição estreou no dia 14. No ano passado, o programa foi ao ar às quartas-feiras, às 21h45. Neste horário, “Ídolos kids” registrava uma média de sete pontos de audiên-cia. Mafran Dutra, presidente do comitê artístico da Record, acredita que o programa no novo horário poderá reunir a família na frente da TV, mantendo a vice-liderança de audiência no horário e com potencial de conquistar um share maior, uma vez que competirá diretamente com a faixa de filmes da Globo. Os pro-gramas “Record kids” e “Tudo a Ver” foram ajustados para dividir as tardes com “Ídolos kids 2”.

O programa, um formato da Fremantle, recebeu cerca de 12 mil inscrições para a sua segunda edi-ção. A atração traz também quadros apresentados por participantes da primeira edição. A novidade é que a equipe viajará para a Disney para a grande final, que será realizada no palco do “American Idol”. A Nestlé é a patrocinadora máster da atração. As noites de quar-ta-feira serão dedicadas à ficção épica e bíblica que, segundo Dutra, tem dado bons resultados. Atualmente a emissora exibe a produção própria “José do Egito”, e em seguida vem a atração internacional “The Bible”.

Record disputa audiência nas tardes de domingo com “Ídolos Kids 2”.

25 anosA Zohar cinema, sediada no Rio de Janeiro, abriu escritó-

rio em São paulo ao completar 25 anos de atividades no mer-cado publicitário nacional. Para o comando da unidade paulista foi contratado o diretor de atendimento Nívio Alves de Souza. O profissional tem passagem pela área de RTVC da DM9DDB e

diversas produtoras. A Zohar tem em seu casting de direto-res as duplas 300ml e Tomat (esta composta por Tomas Salles e Mateus Araújo), os Hermanos Puenzo, Marcus Nispel, Hugh Johnson e Sean Thonson, além de outros dire-tores das produtoras repre-sentadas no Brasil como MJZ, Gorgeous, Academy, Park Pictures, The Sweetshop, @radical.media, Nexus, Hachiko Films e Concreto Films, entre outras.

Nívio Alves é o diretor de atendimento da Zohar Cinema que, ao completar 25 anos, abriu escritório em São Paulo.

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VizinhosO canal Futura estreia no dia 6 de maio o reality show “Os

Hermanos perdidos no Brasil”, produzido pela Medialand. A atra-ção de 12 episódios de 26 minutos reúne um argentino, um para-guaio e um uruguaio a bordo de uma kombi 1972. Eles vão encarar uma viagem pelas estradas nacionais durante um mês em um cami-nho repleto de provas desde Foz do Iguaçu, no Paraná, até Touros, no Rio Grande do Norte. O objetivo dos participantes é ajudar três ONGs brasileiras a ganhar novos espaços de entretenimento para crianças. Se eles chegarem à reta final cumprindo todas as tarefas apresentadas ao longo da jornada no tempo determinado, a Associação Projeto Cre’r, em Santo André (SP), a Casa Vó Benedita, em Santos (SP) e o Instituto do Câncer Infantil do Agreste, em Caruaru (PE), receberão brinquedos e DVDs infantis.

A série foi produzida pela Medialand utilizando investimento pri-vado da própria produtora. Além da licença para o Canal Futura, outros quatro canais pagos estão interessados no conteúdo. A atra-ção também foi vendida para a Coreia do Sul, Finlândia, Portugal, Espanha e Turquia.

“Os Hermanos Perdidos no Brasil”, reality show produzido pela Medialand, estreia no Canal Futura.

Estreia completaO aXN estreou a série original “Hannibal” no dia

16 de abril oferecendo, paralelamente, um aplicativo gratuito de segunda tela para tablets e smartphones da Apple. O second screen funciona de forma sincro-nizada ao conteúdo de cada um dos episódios da série, no momento exato de sua exibição, por meio do uso da tecnologia de marca d’agua de áudio digi-tal. O telespectador usuário do aplicativo tem acesso a detalhes e bastidores das cenas exibidas, relações e ligações entre os personagens da trama e informa-ções sobre o ator no momento em que ele aparece na tela. O aplicativo permite a integração a platafor-mas sociais. A série de 13 episódios mostra ao assi-nante o início da conhecida história do relaciona-mento entre o agente do FBI Will Graham e seu mentor, Dr. Hannibal Lecter, personagem central do longa “O Silêncio dos Inocentes”.

“Hannibal”, série original do AXN, estreou com projeto de second screen.

Tecnologia na floresta

Nova áreaO Ibope Media lançou uma nova

área denominada learning & insi-ghts. Sob o comando da gerente Juliana Sawaia, o departamento trabalhará com soluções analíticas, elaborando estudos a partir de múl-tiplas bases de dados e buscando novos métodos para prover insights para o mercado. Além de Juliana, dois consultores, três analistas e dois assistentes fazem parte da nova área.

Juliana Sawaia lidera a área learning & insights, recentemente lançada no Ibope Media.

A Discovery, a TIM e a Isolux Infrastructure apresenta-ram o documentário criado pro elas sobre a construção do LT Amazonas, um empreendimento da operadora, da construtora e do setor público para aumentar a transmissão de voz e dados nos estados do Amazonas, Amapá e Pará.

Segundo André Rossi, diretor de programação da Discovery, foi a TIM que procurou a progra-madora para sugerir o registro desta construção, que apresenta-va inúmeros desafios do ponto de vista de logística, uma vez que implicaria na construção de 1.747 quilômetros de linhas de alta tensão, com total de 3351

torres de 45 a 180 metros de altura e duas de 295 metros para que 2.500 metros de cabo pudessem atravessar o Rio Amazonas. O projeto tem orçamento total de R$ 2,5 bilhões, dos quais R$ 200 milhões foram investidos pela TIM. A estimativa é de que a iniciatiava beneficiará 7,5 milhões de habitantes do norte do País, que terão acesso à comunicação rápida.

O documentário foi produzi-do pela argentina Nippur Media e será um episódio de “Como se Resolve”, um formato da Discovery que já tem quinze episódios gravados na América Latina.

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Distribuição e conteúdoO canal BBc HD ganhou distribuição

pela Oi TV em abril. O canal que até agora estava disponível apenas para os clientes Net, chega aos assinantes dos pacotes Mais HD e Mega HD da Oi TV nas áreas atendidas por fibra óptica no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, na plataforma IPTV. O canal também passou por algu-mas mudanças em conteúdo e ganhou um bloco de lifestyle no começo de abril. Segundo o vice-presidente de programa-ção dos canais BBC Worldwide para América Latina e países hispânicos dos Estados unidos, Gareth Williams, o bloco, com programas de gastronomia, irá ao ar todos os dias entre as 17h e 20h. De acordo com o executivo, a programação reúne as melhores atrações de gastrono-mia produzidas pela BBC. “O conteúdo deve atrair homens e mulheres”, observa Williams. Entre as atrações escolhidas para o bloco estão “Planet Cake”, “Celebrity Masterchef”, “The Restaurant Inspector”, “Call the Midwife” e “Blackout”. O bloco irá ao ar durante o horário nobre estabelecido pela Lei do SeAc e, segundo Williams, a BBC tem intenção de produzir alguma atração nacional com a temática gastronomia. “Temos propostas na mesa e estamos avaliando”, conta.

“Masterchef”, uma das atrações do bloco Lifestyle que estreou na BBC HD em abril. Histórias marcantes

“O Mestre e o Divino”, um dos filmes que recebeu apoio da Fundação CSN para fomento da produção nacional de documentários.

O programa Histórias que Ficam, uma iniciativa da Fundação cSN para fomentar a produção nacional de documen-tários, lançou os quatro filmes de sua primeira edição em abril, em um evento na cinemateca brasi-leira em São Paulo. Foram inves-tidos R$ 1,2 milhão na produção dos filmes “O Mestre e o Divino”, de Tiago Campos, produzido por Vincent Carelli da Vídeo nas Aldeias (PE); “Balões, lembranças e pedaços das nossas vidas”, de Frederico Pinto, produzido pela

Armazém de Imagens (RS), “Os Dias com Ele”, de Maria Clara Escobar, da Filmes de Abril (SP) e “O Prólogo”, de Gabriel Marinho, da Villa-Lobos Produções, de Brasília. A partir de maio, a Mostra Itinerante Histórias que Ficam passará por 20 cidades dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Rondônia, Ceará e Bahia. A TV Cultura também deve exibir as produções, mas ainda não há data definida.

Sai de BaixoComo parte das comemora-

ções no mês de aniversário, o canal Viva exibirá quatro novos episódios do humorístico “Sai de Baixo”. O roteiro dos episó-dios é de Miguel Falabella e a direção será de Dennis Carvalho. Falabella e os demais atores da atração original (Marisa Orth, Luis Gustavo, Aracy Balabanian e Márcia Cabrita) vão se reunir no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo, para a gravação de novas histórias dos moradores do Largo do Arouche. Além disso, o programa “Reviva” vai dedi-car oito episódios ao “Sai de Baixo”, com entrevistas e basti-dores especiais.

Elenco gravará novos episódios do humorístico para o canal Viva.

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Audiência

RelevânciaPara o diretor geral da TV Globo,

carlos Henrique Schroder, “a meta de audiência não tem que ser o fator número um, mas a relevância do con-teúdo, sim”. O executivo concedeu uma entrevista coletiva no evento de lançamento da programação de 2013 da Globo, em São Paulo. Segundo ele, que assumiu recentemente a direção da emissora, os maiores desafios que vê hoje na Globo são os mesmos encontrados pela mídia global. “O desafio da mídia, mais do que da Globo, é trazer e conquistar o telespec-tador”, disse, lembrando que a audi-ência é afetada por fatores externos ao da programação da TV, como feriados ou “um dia de sol”. “Precisamos de produtos novos e mais atraentes o tempo todo. Temos produtos com 40 anos, mas que se renovam o tempo todo”, completou.

Ele procurou não detalhar metas nem abrir números. Questionado sobre a pressão para superar os resul-tados financeiros apresentados em 2012, Schroder disse que “o fatura-mento estará atrelado ao crescimento do mercado e à economia do País”.

Sobre a programação, o diretor geral da Globo destacou que não haverá mais um lançamento anual. “Teremos lançamentos e novidades o tempo todo. Já tivemos desde o inicio do ano e teremos mais em breve”, disse.

Em relação às estratégias comer-ciais, no entanto, a Globo não preten-de inovar. O executivo descartou a pos-sibilidade de explorar novos modelos de comercialização. “Podemos discutir projetos novos, mas o modelo adotado hoje é vitorioso, não vejo porque mexer”, disse.

FicçãoO GNT estreou a série “copa Hotel”,

com produção da prodigo. A série conta a história de um fotojornalista que retor-na ao Brasil apenas com o objetivo de participar da missa de sétimo dia da morte de seu pai, assinar a venda do decadente hotel de sua família e voltar para Londres. Mas, neste meio tempo, ele revive valiosos sentimentos por sua cidade natal e por seu pai, de quem manteve distância nos últimos anos e se envolve em um triângulo amoroso. A primeira temporada tem 13 episódios e a segunda já tem encomenda do canal.

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“Copa Hotel”, série produzida pela Prodigo, estreou no GNT.

Canal estreará o game show “Quem Sabe, Sabe”, sucesso da década de 80.

A TV cultura apresentou a grade de programação para 2013 e o presi-dente da Fundação Padre Anchieta, João Sayad, contou que a meta para 2013 é aumentar a audiência da emis-sora em 20%, mantendo a média de 1,2 ponto ao longo do ano. Para 2015 a meta é de chegar a 1,5 ponto de média. O vice-pre-sidente de conteú-do da TV Cultura, Eduardo Brandini, explicou que a pro-gramação deste ano está baseada em três pilares: mais conteúdo ao vivo (o grande dife-rencial da TV aber-ta entre as opções de consumo de mídia, segundo ele), mais interativida-de e conteúdo exclusivo. Entre as novidades da programação está a nova versão do game show que foi sucesso na emissora na década de 80, o “Quem Sabe, Sabe!”. um dos objetivos com a atração é fazer a transição entre a faixa infantil e o conteúdo voltado para o público adulto com um programa

que pode ser assistido por toda a famí-lia. Todas as novas atrações infantis do canal são produções nacionais, entre elas a série “Peixonáuticos”, da TV Pinguim, “Historietas Assombradas”, da Glaz Entretenimento, e “Osmar, a Primeira Fatia do Pão de Forma”, da 44 Toons.

uma novidade na programação é a série “Mad Men”, produção original da HBO, que pela pri-meira vez será exibi-da na TV aberta no Brasil. A TV Cultura comprou as quatro primeiras tempora-das da série.

O jornalismo está bastante calcado na

interatividade, como o projeto de segunda tela para o “Jornal da Cultura” e a revista digital de “Vitrine”, disponível gratuitamente na App Store. Dois novos programas jornalísticos também fazem parte da nova grade: “Poli”, programa dominical de entre-vistas com Maria Cristina Poli, e o telejornal matutino “Guia do Dia”.

Schroder: relevância é mais importante

que audiência .

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Mesa brasileiraA Grifa fechou acordo com o Discovery channel

para a exibição da série gastronômica “Bel Etoile” na América Latina. Na atração, a chefe Bel Coelho viaja pelo Brasil para descobrir os sabores da cozinha nacio-nal. A série tem 15 episódios de 26 minutos , direção de Herbert Henning e é uma coprodução com a francesa FL Concepts & Co. A produtora também negocia a venda da série para o canal francês Arte.

Comercial de Coristina D exigiu maior integração entre pré e pós-produção.

Duplicidades

Fábio Cantero, um dos personagens da série “Meu Duplo”, uma produção da BossaNovaFilms em parceria com a Turner e com o Canal Futura.

“Meu Duplo”, uma produção independente da BossaNovaFilms em parceria com a Turner Broadcasting System e o canal Futura, estreou em abril no Canal Futura. O programa traz histórias inusitadas de famosos, como o técni-co Parreira, o modelo Paulo Zulu e a porta-bandeira Selminha Sorriso, e anônimos que conciliam atividades distintas em suas rotinas. Em 26 epi-sódios, de 30 minutos, dirigidos por Lecuk Ishida e Fabio Correa, são retratadas as histórias profissionais e pessoais de brasileiros que desen-volvem atividades paralelas total-mente e inesperadas.

Entre os protagonistas do pro-grama estão, por exemplo, o Padre Alessandro, que é também um can-tor sertanejo; Suviane, que trabalha como gerente de marketing e árbitra de caratê; e Válter, que além de se dedicar à filosofia, dirige filmes por-nôs.

Para a realização do projeto, a equipe de produção trabalhou durante um ano e passou por 11 estados brasi-leiros. As experiências foram gravadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco, Pará, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e também no Distrito Federal.

PublicidadeA comunika Filmes lançou recentemente dois filmes de

direção de Sérgio Glasberg. um deles é da Coristina D, com a atriz Giovanna Antonelli. O filme mostra a atriz passando por três ambientes diferentes que representam situações comuns do nosso dia a dia , um escritório, uma casa e uma sala clean com animações em 3D do produto. Cada situação acontece dentro de uma “caixa mágica” e Giovanna atravessa, uma por uma, ape-nas ao cruzar a porta. Os três cenários foram construídos e fil-mados na mesma “caixa” em momentos diferentes. Portanto o resultado final exigiu forte integração entre as equipes de pré--produção (principalmente arte e fotografia) e pós-produção (edi-ção, animação e finalização). O outro comercial dirigido por Glasberg é o do adoçante Zero-Cal Sucralose, com a atriz Carolina Ferraz. O filme “Café com Estrelas” tem o mood casual de uma conversa entre amigas. uma delas leva um susto ao pensar que está tomando café com açúcar, mas logo Carolina explica que se trata da novi-dade Zero-Cal, um adoçante à base de sucralose que tem o sabor muito parecido com açúcar por ser um derivado da cana.

A chef Bel Coelho viaja pelo Brasil mostrando os sabores da cozinha nacional na série gastronômica “Bel Etoile”, da Grifa.

Versão brasileiraA Fremantle licenciou séries de sucesso da Warner e

deve criar versões locais de alguns grandes sucessos da TV paga e da TV aberta. Dentre os títulos estão “ER”, “Supernatural” e “The Mentalist”. Os títulos estão em fase de preparação, e ainda não foram negociados com algum canal. A Fremantle no Brasil recebeu os roteiros origi-nais, mas o acordo permite adaptações à realidade local.

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Vice-presidênciaalessandra pontes assumiu a vice--presidência de vendas e relações com afiliados da Discovery Networks, con-forme anúncio da programadora, enquanto pitter Rodriguez foi nomea-do diretor de desenvolvimento de novos negócios. Alessandra está na Discovery desde outubro de 2010, onde trabalhou na renovação de acor-dos e no estabelecimento de novas parcerias com os afiliados da rede. A executiva será responsável por coor-

denar a distribuição e comercialização de todo portfolio da rede no País, incluindo Discovery, Discovery kids, Discovery Home & Health, ID, Animal Planet, TLC, Discovery Civilization, Discovery Turbo, Discovery Science, Discovery HD Theater e TLC HD. Pitter Rodriguez está na equipe de novos negócios desde junho de 2007, trabalhando na estruturação do depar-tamento em toda a América Latina. Ambos ficam baseados no escritório de São Paulo.

Globo Filmes

A partir de maio, a direção executiva da Globo Filmes passa a ser ocupada por Edson pimentel, que substitui carlos Eduardo Rodrigues. Edson Pimentel trabalha há 34 anos na Globo, onde vem desempenhando diferentes funções relacionadas à gestão de processos de produção de conteúdo de entretenimento desde a fundação do Projac. Atual diretor de planejamento estratégico e controle da direção geral de entretenimento, o executivo é mem-bro também do Conselho de Administração da Endemol Globo.

Diretor de cenaA Delicatessen Filmes tem novo diretor de cena: Giuliano Saade. O profissional tem passagens pela Circo Filmes, JX Plural, BossaNova Filmes e foi sócio-fun-dador da Cinegrafika. Saade estudou em Nova York e dedicou-se a filmes publici-tários, projetos documentais e trabalhos de pós-produção.

SóciaA produtora de som Play It Again comemo-ra 24 anos e anuncia Kiki Eisenbraun como sócia, ao lado de Tula Minnassian. kiki trabalha na Play desde 2004 como atendimento. Em 2010, ano em que a produtora montou uma filial no Rio de Janeiro, começou a dividir sua agenda entre São Paulo e Rio. Como sócia, ela irá fortalecer o relacionamento com os clientes e cuidar da produção executiva. Outras mudanças aconteceram na produtora:

Larissa Freitas chegou para reforçar o atendimento e pedro Jaguaribe junta-se à produção artística. Robson Schunck (Hungry Man), Marcelo Bueno (ex-Toca de Filmes) e Izabel costa (ex-Banda Sonora) assumem a coordenação de produção. Na área técnica, a novidade é a contratação de Hélio Leite (ex--Estúdios Mega), e cleide Silva (ex-Rede Starwood de Hotéis) assume como diretora financeira.

ComercialCriada no inicio de fevereiro como parte da nova estrutura organizacional do Grupo Bandeirantes, a vice-presidência de comercialização da Band (TV aberta e digital), comandada por Marcelo Mainardi, anuncia duas novas áreas de atuação. Foi criada a direção nacional de vendas, que vai ampliar a relação da cabeça de rede com as emissoras pró-prias e afiliadas da Band. A nova direto-ria ficará a cargo de carlos Brust. O executivo, que era respon-sável pelo mercado de São Paulo, vai coordenar a partir de agora a comercialização de toda a rede. Também passa a inte-grar a equipe de Marcelo Mainardi Gabriel Queiróz (ex- diretor de mídia da AlmapBBDO e da Loducca). Queiróz chega para atuar na área de BI, abastecendo a equipe de vendas com infor-mações estratégicas, além de gerenciar a implementação de um novo sistema de incentivos para o mercado.

Relacionamento institucionalA Embratel criou de uma diretoria de relacionamento institucio-nal em Brasília que terá como função atender de forma integra-da as três empresas do grupo: Net, Claro e a própria Embratel. O responsável por esta diretoria será Fábio andrade, que até então atuava como consultor para as empresas e que nos últi-mos anos se destacou como um dos mais eficientes profissionais da área, atuando junto ao Congresso, Anatel e Ministério das Comunicações. Andrade já foi diretor das Organizações Rômulo Maiorana em Brasília (maior grupo de comunicação do Pará e afiliada local da TV Globo) e da construtora OAS. Andrade cui-dará do relacionamento governamental e legislativo do grupo.

TrioA Trator Filmes anuncia a contratação do diretor de cena Daniel Baccaro. Entre seus trabalhos está o documentário “Vida Sobre Rodas”, longa-metragem que conta a traje-tória do skate brasileiro nas últimas déca-das através de histórias e manobras de Bob Burnquist, Cristiano Matheus, Lincoln ueda e Sandro Dias. O último trabalho assinado por Daniel foi o viral “Perdi meu amor na balada”, produzido para Nokia, que teve mais de 500 mil views em menos de 24h. A produtora também contratou Danilo Koshimizu como coordenador de pós-produção e Regina Shnaider para o atendimento. koshimizu acumula passagens pela Margarida Filmes, Zulu Filmes e Academia de Filmes. Regina foi produtora de RTVC na Lew’Lara.

Kiki Eisenbraun e Tula Minnassian

Daniel Baccaro

Carlos Brust

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Broadcast em revisãoRadiodifusores americanos começam a discutir modelos de explorar as transmissões para dispositivos móveis e a transição para a TV em 4k em evento da NAB em Las Vegas.

O momento é decisivo para as empresas de radiodifusão nos Estados unidos. O futuro das emissoras

depende do caminho tomado em relação ao leilão de espectro, à adoção da plataforma de transmissão para dispositivos móveis e da evolução do padrão de TV digital no país, para adoção do 4k nas transmissões. Estes temas estiveram presentes nas discussões no congresso do evento da NAB (National Association of Broadcasters) a maior associação de radiodifusores do país. O NAB Show aconteceu em Las Vegas entre os dias 7 e 11 abril.

O leilão de parte ou de toda a faixa de frequência das emissoras de TV para uso na banda larga móvel foi apresentado há dois anos como “oportunidade sem precedentes” pela FCC (órgão regulador das comunicações nos EuA) para que as emissoras pudessem melhorar suas condições financeiras. No entanto, com a chegada das transmissões para dispositivos móveis e o início das discussões em torno de um novo padrão com ultra high definition, alguns grupos que pendiam para o leilão de parte de suas frequências agora veem mais valor agregado no espectro radioelétrico. As transmissões móveis trazem, nos Estados unidos uma forma de obter receita, uma vez que lá é permitido ter programação diferenciada para a transmissão móvel (ao contrário do que acontece no Brasil) e,

primeiras transmissões. “Mesmo em um mundo de tablets e smartphones, a radiodifusão é tão relevante hoje quanto sempre foi”, completou Smith. No entanto, disse, é necessário inovar constantemente e oferecer à audiência o que ela quer em muitas plataformas. “Nosso futuro depende de inovar e adotar tecnologias que ajudem a entregar nosso conteúdo em qualquer plataforma para as futuras gerações.

Chegou a hora de nos unirmos na adoção de novas tecnologias e perceber as consequências se não fizermos isto”.

Smith lembrou que muitas emissoras adotaram a transmissão de TV para dispositivos móveis, “entregando o sinal de televisão aos

Fernando Lauterjung, de Las Vegasf e r n a n d o @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

portanto, é possível ter publicidade exclusiva para esta plataforma. Já o novo padrão de TV digital pode ser a única chance de manter a relevância da TV aberta, quando as plataformas concorrentes já estiverem em um estágio mais avançado de tecnologia, proporcionando melhor qualidade de imagem ao consumidor final.

Para o presidente da NAB, Gordon Smith, a televisão aberta mantém seu papel no cenário convergente, mesmo competindo com outras mídias e plataformas. A radiodifusão, disse ele na abertura do evento, tem a habilidade de se adaptar à mudança de hábito dos consumidores desde as

“Nosso futuro depende de inovar e adotar tecnologias que ajudem a

entregar nosso conteúdo em qualquer plataforma para as futuras gerações.”

Gordon Smith, CEO da NAB

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consumidores onde quer que eles estejam – em suas casas, carros ou em uma partida de baseball”.

A adoção das transmissões móveis não é obrigatória nos Estados unidos. Para o presidente da NAB, no entanto, é mandatória para manter a relevância da televisão aberta e garantir novas fontes de receita. “Na minha opinião, a televisão aberta deve considerar seriamente os desafios e oportunidades de adotar um novo padrão, permitindo às emissoras a flexibilidade necessária para melhor servir os espectadores, competir no mundo móvel e encontrar novos fluxos de receita”, afirmou. Smith chegou a desdenhar das operadoras de telefonia móvel e suas estratégias para explorar a distribuição de conteúdo para celulares. “Nossa arquitetura de um para muitos nos permite entregar um produto sem a necessidade de streaming, portanto sem congestionamento do sinal. Nossos competidores na indústria wireless querem ser parte do negócio de TV móvel, e estão investindo muito dinheiro nesta iniciativa. Eles até chamam seus serviços de ‘mobile TV’, mas eles nunca terão o que nós temos, a habilidade de entregar nosso conteúdo de alta qualidade de forma confiável”.

Para tentar incentivar a decisão dos radiodifusores, o presidente FCC, Julius Genachowski, que está para deixar o cargo no órgão regulador, ligou o sucesso das transmissões móveis à realização dos leilões de espectro. Segundo ele, a liberação de espectro para as operadoras móveis permitirá trazer ao conteúdo móvel aplicações interativas, que usariam a banda larga móvel dos celulares equipados com recepção de TV como canal de retorno.

O presidente da FCC afirmou ainda que o

necessário uma faixa ampla destinada a este único serviço.

Receita por conteúdo

Outro tema que permeou os debates foi o lobby das operadoras de TV por assinatura para acabar com a cobrança pela retransmissão do

sinal das empresas de radiodifusão. Há nos Estados unidos um projeto de lei para abolir o retransmission consent. Trata-se da regra local que permite que os radiodifusores cobrem para que operadoras de cabo incluam seus sinais no line-up. “Algumas entidades estão tentando mudar isso (o retransmission consent ). Nós temos a melhor programação e precisamos ser remunerados por isso”, disse Chase Carey, presidente e CEO da News Corporation, dona da Fox. Discussão semelhante deve começar a acontecer no Brasil quando as emissoras de TV aberta desligarem seus sinais analógicos, a partir de 2015. Daí para a frente, as operadoras de TV paga não mais terão a regra do must-carry a seu favor, e as retransmissões passam para o campo da livre negociação.

O principal executivo da News Corp falou ainda sobre o Aereo. Trata-se de um serviço disponível em Nova York que encontrou um forma de contornar o retransmission consent. O serviço, disponível online e apenas com os sinais abertos locais, ao invés de reempacotar para toda a base o sinal captado do ar criou um sistema baseado em um receptor de TV digital para cada assinante, equipado com micro-antenas. Desta

forma, cada assinante recebe um stream único, diretamente de seu receptor. Em primeira instância, a Justiça dos Estados unidos decidiu que o serviço não faz reempacotamento do sinal de

leilão é uma prioridade institucional do órgão regulador, fruto de ordem direta do presidente Obama. Para ele, o leilão de frequências para as operadoras móveis traz algumas oportunidades aos radiodifusores. A primeira é a possibilidade de dividirem um único canal entre dois ou mais canais, reduzindo custos na operação, mas ainda mantendo o status de canal aberto local na regra do must carry (obrigação de carregamento pelas TVs por assinatura). Em diversos mercados norte-americanos, a maior parte da audiência da TV aberta vem dos assinantes de TV paga. Para algumas emissoras nestas localidades, manter o canal como canal de TV aberta é apenas uma forma de garantir presença nos line-ups das operadoras de TV por assinatura.

Vale lembrar, pela proposta da FCC, órgão regulador das comunicações nos Estados unidos, os radiodifusores podem participar de três formas do leilão de espectro radioelétrico: com toda a frequência do canal (6 MHz); através da divisão do espectro; e migrando do uHF para o VHF. No caso das emissoras interessadas em dividir seu espectro, elas passarão a transmitir em multiprogramação (quando mais de uma programação é transmitida em uma

mesma faixa de 6 MHz). Já a migração da faixa de frequência é fundamental para o sucesso da operação, já que para a banda larga móvel é

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>>

“Não é algo que gostaríamos de fazer, mas se necessário,

vamos mudar nosso modelo de negócios para serviço por

assinatura para proteger o nosso conteúdo.”Chase Carey, presidente

e CEO da News Corporation

“O 4k é um dos modelos viáveis de negócios, mas não o único. O mais importante é ter uma plataforma que possa se adaptar rapidamente às novas demandas do setor.”Kevin Gage, CTO da NAB

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(capa)

TV aberta. Ainda cabe recurso. “O Aereo está roubando o nosso sinal”, disse Carey, categoricamente. Segundo ele, se a Fox não encontrar uma forma judicial de resolver a questão, vai adotar uma solução mercadológica, abandonando a TV aberta e gratuita. “Não é algo que gostaríamos de fazer, mas se necessário, vamos mudar nosso modelo de negócios para serviço por assinatura para proteger o nosso conteúdo”, disse.

4KEm três ou quatro anos os

Estados unidos podem começar a migrar para o padrão de TV digital ATSC 3.0. Segundo kevin Gage, vice-presidente e CTO da NAB, o ATSC deve ter as especificações da nova versão do padrão em 2016. A ideia, em princípio, é viabilizar as transmissões para dispositivos móveis e as transmissões em 4k. No entanto, o trabalho desenvolvido é para garantir mais flexibilidade ao padrão. “O 4k é um dos modelos viáveis de negócios, mas não o único. O mais importante é ter uma plataforma que possa se adaptar rapidamente às novas demandas do setor”, disse Gage.

Os grandes grupos de mídia do país estão atentos à necessidade de mudança e alertam que o 4k é interessante, mas que talvez este não seja o único ou mesmo o principal caminho para a evolução da radiodifusão. Erik Moreno, vice-presidente sênior de desenvolvimento da Fox, diz que começar a trabalhar em padrão 4k é precipitado. “Qual é o modelo de negócios? Nós precisamos conversar nos próximos meses sobre isso. Esta (o modelo de negócios) é a peça mais importante no desenvolvimento da nova TV”, disse o executivo. Moreno lembrou que hoje a radiodifusão conta com dois modelos de negócios, a venda de publicidade e o licenciamento do

será paga. Na transição do analógico para o digital, o dividendo digital garantiu recursos ao governo para subsidiar a compra de caixas receptoras de TV digital para a população de baixa renda. Na atual transição para incluir a capacidade de transmissão para

dispositivos móveis ao ATSC, não há legado. As transmissões no novo padrão são compatíveis com a base instalada de receptores de TV. No entanto, na evolução prevista para acontecer em médio prazo, será necessário interromper as transmissões em um padrão e iniciar em outro, sem a possibilidade de usar os dois simultaneamente, uma vez que não há mais espectro disponível.

O presidente FCC, Julius Genachowski, também lembrou no evento que, desta vez, não há espectro livre para permitir a transmissão em dois padrões simultâneos. No entanto, diz, o governo, a agência e o setor já aprenderam muito com a primeira transição. Além disso, desta vez há uma mudança “fundamental”. “Será uma transição do digital para o digital”, disse.

Naquela que pode ser sua última aparição pública como chairman da FCC, Genachowski abordou no evento da NAB outro grande desafio do órgão regulador nos próximos anos: as regras de propriedade na mídia. Segundo ele, podem haver mudanças, uma vez que o cenário de setor mudou, com novos players. “O jogo não mudou. Aqueles valores continuarão presentes, mas os efeitos do novo cenário no jornalismo local não podem ser ignorados”, disse. O regulador não disse quais mudanças podem ser propostas pela FCC. Segundo ele, foi encomendado um estudo aprofundado nos cenários da algumas localidades que deverá dar subsídios à FCC para decidir se é necessário alterar as regras.

sinal e do conteúdo (para afiliadas, operadores de TV paga, OTT etc.). “Nós não estamos monetizando o espectro”, disse. Ele lembrou que a Verizon vem trabalhando no desenvolvimento de uma rede híbrida de broadcast/IP para a distribuição de conteúdo móvel. “Isto é bom, eles estão inovando. Nós (o setor de mídia) deveríamos estar fazendo o mesmo. Nós temos que ser mais rápidos que eles”, disse Moreno.

Gage e Moreno concordam que o 4k é importante para a radiodifusão manter sua relevância, frente à concorrência com outras mídias. No entanto, ambos afirmam que, no momento, a transmissão móvel é o recurso mais importante de ser implementado, uma vez que traz uma nova fonte de receita.

Para Erik Moreno, há um investimento grande a ser feito pela radiodifusão na transição para o padrão 3.0 e, segundo ele, é um investimento mandatório. No entanto, há uma parte da conta que ainda não se sabe como

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“O jogo não mudou. Aqueles valores continuarão presentes, mas os efeitos

do novo cenário no jornalismo local não podem ser ignorados nas regras

de propriedade cruzada.”Julius Genachowski, chairman da FCC

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O espaço ocupado pela feira da NAB cresceu 10% em 2013. Segundo a organização do evento, 1,6 mil empresas

expuseram seus produtos e serviços para 92,4 mil pessoas. O número é o de pessoas registradas para visitar o evento, e não o número real. O número final em 2012 foi de aproximadamente 91 mil pessoas.

Os visitantes internacionais, de 155 países, foram responsáveis por 24,4 mil inscrições. Segundo projeções da SET (Sociedade de Engenharia de Televisão, associação brasileira que conta com espaço para seminário próprio no evento da NAB), cerca de 2 mil brasileiros frequentaram a feira este ano.

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(evento)

Convergência de gerações Produtores, serviços tradicionais de distribuição de conteúdo e as novas plataformas apontam as tendências em consumo de vídeo em evento realizado por TELA VIVA.

Os meios tradicionais de distribuição de vídeo, grandes produtores e produtores independentes de

conteúdo audiovisual e plataformas digitais que até há pouco tempo se resumiam à disponibilização de conteúdos amadores convergem para a distribuição digital de conteúdo premium, entregue a qualquer momento e em qualquer dispositivo. A nova realidade traz oportunidades em toda a cadeia do mercado de conteúdo audiovisual. O Congresso TV 2.0, promovido por TELA VIVA no início de abril, em São Paulo, reuniu agentes de todos os elos desta indústria com o intuito de apontar o futuro do consumo e da produção de vídeo.

Mesmo os meios de distribuição já considerados tradicionais devem se beneficiar das novas plataformas digitais. Segundo Renato Pasquini, gerente de telecom da consultoria internacional Frost & Sullivan para a América Latina, os serviços não-lineares (vídeo on-demand, ou VOD) devem representar 35% do faturamento das operadoras de TV por assinatura em 2017, contra os atuais 17%. A expansão do serviço de IPTV, que hoje tem 1% de penetração na América Latina e deve chegar a 4% em 2017, deve gerar efeitos positivos para a oferta do não-linear.

De acordo com Pasquini, um dos principais desafios das operadoras de TV por assinatura hoje é criar um ecossistema para integrar os set-top boxes. Ele observa que as operadoras ainda precisam ganhar escala, chegando a novos

produtores não sabiam sequer se tinham os direitos para licenciar suas propriedades nas novas plataformas, menos ainda como precificar o conteúdo. O consumo de conteúdo no VOD cresce muito e, com isso, a percepção de valor das plataformas de distribuição. No entanto, diz o executivo, para um produto over the top funcionar, é necessário estar em todos os dispositivos, com investimentos para acompanhar a evolução tecnológica.

No evento, o executivo apresentou o Neon. Trata-se de uma plataforma de video on-demand oferecida às operadoras de TV por assinatura com conteúdo licenciado pela DLA.

Legítimo vs. pirataPara Jose Rivera-Font, vice-

presidente de digital networks da Sony Pictures Television para a América Latina, atuar nas novas

Ana Carolina Barbosa e Fernando Lauterjunga n a c a r o l i n a @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

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assinantes, e o mercado publicitário precisa se adaptar a essa realidade.

Pasquini deu exemplos de serviços de VOD bem sucedidos na América Latina, entre eles o Now, da Net, que cresceu 126,8% entre 2011 e 2012 e teve 70 milhões de streamings de vídeo, dos quais 90% de conteúdo gratuito. “O consumo de conteúdo pago deve crescer. O consumidor vai se acostumar a esse tipo de serviço. Há a facilidade de cobrança, que vem na própria fatura do cliente”, afirma o executivo. Outro destaque é a GVT, que saiu de 32 mil assinantes para 400 mil assinantes em um ano em seu serviço linear, mas que utiliza uma plataforma híbrida com banda larga e satélite.

No entanto, as operadoras precisam se preparar para um aumento no valor do conteúdo, que já é, hoje, o maior custo de suas operações. Isto porque, nos últimos anos, o custo do conteúdo para os serviços over-the-top cresceu muito. Segundo Antônio Barreto, CEO da DLA, há três anos os estúdios e os

Fotos: Ian SBF, Juliano Prado, Marcelo Coutinho

EVENTO

Modelos de negócio em VOD foram foco dos debates.

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(evento)

Convergência de gerações Produtores, serviços tradicionais de distribuição de conteúdo e as novas plataformas apontam as tendências em consumo de vídeo em evento realizado por TELA VIVA.

Os meios tradicionais de distribuição de vídeo, grandes produtores e produtores independentes de

conteúdo audiovisual e plataformas digitais que até há pouco tempo se resumiam à disponibilização de conteúdos amadores convergem para a distribuição digital de conteúdo premium, entregue a qualquer momento e em qualquer dispositivo. A nova realidade traz oportunidades em toda a cadeia do mercado de conteúdo audiovisual. O Congresso TV 2.0, promovido por TELA VIVA no início de abril, em São Paulo, reuniu agentes de todos os elos desta indústria com o intuito de apontar o futuro do consumo e da produção de vídeo.

Mesmo os meios de distribuição já considerados tradicionais devem se beneficiar das novas plataformas digitais. Segundo Renato Pasquini, gerente de telecom da consultoria internacional Frost & Sullivan para a América Latina, os serviços não-lineares (vídeo on-demand, ou VOD) devem representar 35% do faturamento das operadoras de TV por assinatura em 2017, contra os atuais 17%. A expansão do serviço de IPTV, que hoje tem 1% de penetração na América Latina e deve chegar a 4% em 2017, deve gerar efeitos positivos para a oferta do não-linear.

De acordo com Pasquini, um dos principais desafios das operadoras de TV por assinatura hoje é criar um ecossistema para integrar os set-top boxes. Ele observa que as operadoras ainda precisam ganhar escala, chegando a novos

produtores não sabiam sequer se tinham os direitos para licenciar suas propriedades nas novas plataformas, menos ainda como precificar o conteúdo. O consumo de conteúdo no VOD cresce muito e, com isso, a percepção de valor das plataformas de distribuição. No entanto, diz o executivo, para um produto over the top funcionar, é necessário estar em todos os dispositivos, com investimentos para acompanhar a evolução tecnológica.

No evento, o executivo apresentou o Neon. Trata-se de uma plataforma de video on-demand oferecida às operadoras de TV por assinatura com conteúdo licenciado pela DLA.

Legítimo vs. pirataPara Jose Rivera-Font, vice-

presidente de digital networks da Sony Pictures Television para a América Latina, atuar nas novas

Ana Carolina Barbosa e Fernando Lauterjunga n a c a r o l i n a @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

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assinantes, e o mercado publicitário precisa se adaptar a essa realidade.

Pasquini deu exemplos de serviços de VOD bem sucedidos na América Latina, entre eles o Now, da Net, que cresceu 126,8% entre 2011 e 2012 e teve 70 milhões de streamings de vídeo, dos quais 90% de conteúdo gratuito. “O consumo de conteúdo pago deve crescer. O consumidor vai se acostumar a esse tipo de serviço. Há a facilidade de cobrança, que vem na própria fatura do cliente”, afirma o executivo. Outro destaque é a GVT, que saiu de 32 mil assinantes para 400 mil assinantes em um ano em seu serviço linear, mas que utiliza uma plataforma híbrida com banda larga e satélite.

No entanto, as operadoras precisam se preparar para um aumento no valor do conteúdo, que já é, hoje, o maior custo de suas operações. Isto porque, nos últimos anos, o custo do conteúdo para os serviços over-the-top cresceu muito. Segundo Antônio Barreto, CEO da DLA, há três anos os estúdios e os

Fotos: Ian SBF, Juliano Prado, Marcelo Coutinho

EVENTO

Modelos de negócio em VOD foram foco dos debates.

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plataformas não é mais uma questão opcional para os grandes grupos de mídia e grandes produtores de conteúdo. “Há um novo modelo de negócios. A sala de estar agora está em todo lugar”, disse o executivo, explicando por quê o grupo de mídia resolveu criar o Crackle, serviço de video on-demand gratuito com modelo de receitas baseado em publicidade.

Segundo ele, é o comportamento do consumidor que está impulsionando as mudanças no mercado, e não a tecnologia de forma independente.

A pirataria de conteúdo online é uma espécie de termômetro do que o consumidor está pensando. Segundo Rivera-Font, 25% de todo o tráfego da Internet envolve conteúdo roubado. “Nós temos que prover ao usuário opções”, diz, apresentando mais uma justificativa para o lançamento do serviço, que conta com conteúdo dos estúdios Sony e também comprados de outros provedores.

Novas plataformas e novos produtores

O diretor de conteúdo do YouTube para América Latina, Alvaro Paes de Barros, apresentou no evento os pontos que considera importantes para quem quer explorar o portal de vídeos. O executivo tem a missão de mudar a percepção do YouTube no mercado e junto aos consumidores. “O YouTube não é só um depositório de vídeos”, diz. Para ajudar o consumidor a encontrar conteúdo de qualidade na plataforma, o YouTube vem apostando na ideia de criar canais de conteúdo. “Se os 20 maiores canais do YouTube dos EUA fossem canais de TV por assinatura, seriam os 20 maiores”, diz, referindo-se ao alcance destes canais.

Para Paes de Barros, o produtor

complicada para a equipe do Porta dos Fundos. “Sempre que a gente pensa em marcas, a gente pensa em ‘escrotizar’ as marcas. O Spoleto entendeu a brincadeira, procurou a gente e perguntou como participar disso”, afirma SBF. Segundo o realizador, é difícil conciliar as propostas do programa de humor com as marcas. “A gente não faz o que a gente acha que é ruim. Nos perguntamos: dá para fazer? É engraçado? Funciona para a gente?”, explica. SBF conta que já houve casos de marcas que pediram o conteúdo, mas não tiveram

coragem de utilizá-lo. “Esse não é o nosso nicho. Queremos parar de fazer isso”.

O Porta dos Fundos lançou em abril seu aplicativo para celular e tablet, estuda o

licenciamento da marca para diversos produtos, como vestuário e outros, e já recebeu diversas propostas de ir para a TV. SBF conta que recebe mais propostas da TV aberta. “A gente já teve conversas com a televisão e sempre se depara com o problema de manter nosso formato. Não queremos fazer televisão, queremos fazer o ‘Porta dos Fundos’ na televisão”, diz.

Já o produtor executivo do hit “Galinha Pintadinha”, Juliano Prado, da Bromelia Produções, contou que metade do faturamento da produção já vem de licenciamento. São mais de 400 produtos licenciados. A

receita que vem dos produtos audiovisuais é equilibrada entre os aplicativos para celular (iOS e Android), publicidade (no YouTube) e venda de DVDs. Os três DVDs lançados venderam mais de 500 mil cópias cada um.

A “Galinha Pintadinha” foi parar no

de conteúdo e programador de canais para o YouTube deve: pensar sempre no mercado global (citando exemplos como o rapper coreano PSY); considerar

todas as telas; valorizar seu acervo; entender o usuário como seu fã (como as gravadoras, que licenciam seus fonogramas para que os usuários do YouTube usem em seu vídeos); como colaborar; programar de acordo com cada plataforma; permitir que a audiência colabore; e valorizar o consumidor que assina os canais do YouTube (assinantes de um canal consomem mais conteúdo do que não-assinantes).

Um dos canais que vem fazendo sucesso no Brasil é o Porta dos Fundos, com conteúdo criado especificamente para o YouTube. Ian SBF, um dos criadores e sócios do hit da Internet, contou que as operações da produtora são quase inteiramente pagas pelo YouTube (que divide a receita de publicidade). Ele deixou no entanto uma crítica ao sistema de remuneração da plataforma de vídeos. “Minha esperança é tentar mudar o sistema de pagamento do Google. Acho muito injusto a gente ter um CPM (Custo por Mil) igual ao de um cara que filma outro cair no palco”, disse.

A maior parte das receitas da produtora vem da publicidade e da produção de vídeos para terceiros, como o que fizeram para a rede de restaurantes Spoleto. Produzir para marcas, no entanto, é uma tarefa

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HN “Não queremos fazer

televisão, queremos o ‘Porta dos Fundos’ na televisão.”Ian SBF, da Porta dos Fundos

“A ideia original era produzir só os DVDs, mas

vimos que a Galinha na verdade é uma marca.”

Juliano Prado, da Bromelia Produções

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SE OS 20 MAIORES CANAIS DO YOUTUBE

DOS EUA FOSSEM CANAIS DE TV POR

ASSINATURA, SERIAM OS 20 MAIORES.

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(evento)

YouTube “quase sem querer” em 2007. Os produtores colocaram o primeiro vídeo no site para mostrar a um potencial cliente, que o recusou. Seis meses (e 500 mil acessos) depois os produtores perceberam que o produto era um sucesso. Vieram na sequência os DVDs, os aplicativos, os licenciamentos. “A ideia original era produzir só os DVDs, mas vimos que a Galinha na verdade é uma marca”, cona Prado.

A produtora está levando o conteúdo para os mercados em inglês e espanhol. Foi aberta uma página de YouTube no México e o número de visualizações diárias já ultrapassa os acessos em português. Um longa-metragem também está sendo desenvolvido.

Questionado sobre a possibilidade de levar a “Galinha Pintadinha” para a televisão, Prado explicou que pretende explorar as oportunidades que vieram por meio da viralização do conteúdo para não correr o risco de matar o produto. “Se resolvem tirar o programa do ar, fica a impressão de que o produto acabou, mesmo ele sendo muito maior na Internet”, explicou.

Disputa pela atenção64% dos brasileiros consomem

Internet e TV ao mesmo tempo, mas o foco de atenção de quem consome ambos simultaneamente raramente está na TV. O dado foi apresentado por Marcelo Coutinho, professor da Fundação Getulio Vargas e diretor de inteligência de mercado para América Latina do Terra. Ele apresentou números de uma pesquisa inédita feita pelo Terra com o instituto Ipsos que aponta onde está o foco de atenção dos espectadores multitask. Segundo o estudo, no Brasil apenas 7% diz que o foco de atenção é a TV, enquanto 49% tem o foco na web e 44% em ambos.

ele cita a audiência dos Jogos Olímpicos em TVs conectadas. O consumo da Olimpíada neste dispositivo crescia nos finais de semana, mas não para ver conteúdo ao vivo, e sim partidas exibidas durante a semana.

“Como uma empresa de mídia sobreviverá ao fim da grade? Não há mais o monopólio da atenção na exibição de um programa”, provocou.

Segundo Coutinho, a atenção do consumidor torna-se escassa, com o aumento de informação disponível. “Hoje, a atenção é o bem mais valioso”. Por isso, diz, construir relevância na mídia deve seguir uma nova fórmula, somando o alcance à capacidade de gerar interação em múltiplas telas e diversos momentos e à capacidade de disseminação do conteúdo.

Flavio Ferrari, sócio da Qual Canal, startup brasileira que criou uma ferramenta para monitorar a repercussão de programas de televisão nas mídias sociais, discorda do fim do conceito de grade. Segundo ele, “o conceito de grade é o que permite tornar o conteúdo inclusivo. Para juntar 50 mil pessoas vendo o conteúdo ao mesmo tempo, somente com a grade”, diz.

Para Coutinho, “será decisivo para as empresas de mídia fazer seus conteúdos

transitar entre as telas”.Segundo ele, a Unilever fez o

acompanhamento de um comercial lançado na TV para jovens de 18 a 24, buscando levantar qual foi a captura de atenção do filme. O resultado foi que apenas 60% da audiência registrada no trade foi impactada. Para Coutinho, o estudo Terra/Ipsos explica o fenômeno.

Para ele, não há uma disputa entre os meios. Pelo contrário, o conteúdo televisivo é que alimenta as interações nas redes sociais. A pesquisa aponta ainda que 34% das pessoas pesquisa na web os produtos apresentados na publicidade na TV.

Com ou sem disputa, o professor da FGV acredita que o conceito de grade horária está desaparecendo. “Mas esse é o modelo sobre o qual a industria foi criada”, diz. Para comprovar a sua tese,

26 • T E L A V I V A • A B R 2 0 1 3

Viva o gratuitoJose Rivera-Font, executivo responsável pelo Crackle na América Latina fala sobre a oferta de conteúdo subsidiado pela publicidade.

Responsável pela expansão do serviço de video on-demand baseado em publicidade (AVOD) Crackle na América Latina, Jose

Rivera-Font, vice-presidente de digital networks da Sony Pictures Television para a região, conta por que a empresa resolveu investir em uma plataforma própria de distribuição de conteúdo. Segundo o executivo, o serviço, lançado localmente há pouco mais de um ano, já

conta com 1,5 milhão de usuários no Brasil. Com títulos de Hollywood, o Crackle explora a distribuição pela Internet e os novos dispositivos de consumo de mídia para criar uma oferta gratuita de conteúdo premium.

TELA VIVA Há uma oferta grande de serviços digitais de distribuição de vídeo, e a maioria dos grandes produtores optou por

“Como uma empresa de mídia sobreviverá ao fim da grade? Não há mais o monopólio da atenção na exibição de um programa.”Marcelo Coutinho, da FGV e do Terra

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(evento)

YouTube “quase sem querer” em 2007. Os produtores colocaram o primeiro vídeo no site para mostrar a um potencial cliente, que o recusou. Seis meses (e 500 mil acessos) depois os produtores perceberam que o produto era um sucesso. Vieram na sequência os DVDs, os aplicativos, os licenciamentos. “A ideia original era produzir só os DVDs, mas vimos que a Galinha na verdade é uma marca”, cona Prado.

A produtora está levando o conteúdo para os mercados em inglês e espanhol. Foi aberta uma página de YouTube no México e o número de visualizações diárias já ultrapassa os acessos em português. Um longa-metragem também está sendo desenvolvido.

Questionado sobre a possibilidade de levar a “Galinha Pintadinha” para a televisão, Prado explicou que pretende explorar as oportunidades que vieram por meio da viralização do conteúdo para não correr o risco de matar o produto. “Se resolvem tirar o programa do ar, fica a impressão de que o produto acabou, mesmo ele sendo muito maior na Internet”, explicou.

Disputa pela atenção64% dos brasileiros consomem

Internet e TV ao mesmo tempo, mas o foco de atenção de quem consome ambos simultaneamente raramente está na TV. O dado foi apresentado por Marcelo Coutinho, professor da Fundação Getulio Vargas e diretor de inteligência de mercado para América Latina do Terra. Ele apresentou números de uma pesquisa inédita feita pelo Terra com o instituto Ipsos que aponta onde está o foco de atenção dos espectadores multitask. Segundo o estudo, no Brasil apenas 7% diz que o foco de atenção é a TV, enquanto 49% tem o foco na web e 44% em ambos.

ele cita a audiência dos Jogos Olímpicos em TVs conectadas. O consumo da Olimpíada neste dispositivo crescia nos finais de semana, mas não para ver conteúdo ao vivo, e sim partidas exibidas durante a semana.

“Como uma empresa de mídia sobreviverá ao fim da grade? Não há mais o monopólio da atenção na exibição de um programa”, provocou.

Segundo Coutinho, a atenção do consumidor torna-se escassa, com o aumento de informação disponível. “Hoje, a atenção é o bem mais valioso”. Por isso, diz, construir relevância na mídia deve seguir uma nova fórmula, somando o alcance à capacidade de gerar interação em múltiplas telas e diversos momentos e à capacidade de disseminação do conteúdo.

Flavio Ferrari, sócio da Qual Canal, startup brasileira que criou uma ferramenta para monitorar a repercussão de programas de televisão nas mídias sociais, discorda do fim do conceito de grade. Segundo ele, “o conceito de grade é o que permite tornar o conteúdo inclusivo. Para juntar 50 mil pessoas vendo o conteúdo ao mesmo tempo, somente com a grade”, diz.

Para Coutinho, “será decisivo para as empresas de mídia fazer seus conteúdos

transitar entre as telas”.Segundo ele, a Unilever fez o

acompanhamento de um comercial lançado na TV para jovens de 18 a 24, buscando levantar qual foi a captura de atenção do filme. O resultado foi que apenas 60% da audiência registrada no trade foi impactada. Para Coutinho, o estudo Terra/Ipsos explica o fenômeno.

Para ele, não há uma disputa entre os meios. Pelo contrário, o conteúdo televisivo é que alimenta as interações nas redes sociais. A pesquisa aponta ainda que 34% das pessoas pesquisa na web os produtos apresentados na publicidade na TV.

Com ou sem disputa, o professor da FGV acredita que o conceito de grade horária está desaparecendo. “Mas esse é o modelo sobre o qual a industria foi criada”, diz. Para comprovar a sua tese,

26 • T E L A V I V A • A B R 2 0 1 3

Viva o gratuitoJose Rivera-Font, executivo responsável pelo Crackle na América Latina fala sobre a oferta de conteúdo subsidiado pela publicidade.

Responsável pela expansão do serviço de video on-demand baseado em publicidade (AVOD) Crackle na América Latina, Jose

Rivera-Font, vice-presidente de digital networks da Sony Pictures Television para a região, conta por que a empresa resolveu investir em uma plataforma própria de distribuição de conteúdo. Segundo o executivo, o serviço, lançado localmente há pouco mais de um ano, já

conta com 1,5 milhão de usuários no Brasil. Com títulos de Hollywood, o Crackle explora a distribuição pela Internet e os novos dispositivos de consumo de mídia para criar uma oferta gratuita de conteúdo premium.

TELA VIVA Há uma oferta grande de serviços digitais de distribuição de vídeo, e a maioria dos grandes produtores optou por

“Como uma empresa de mídia sobreviverá ao fim da grade? Não há mais o monopólio da atenção na exibição de um programa.”Marcelo Coutinho, da FGV e do Terra

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licenciar seus conteúdos a estes serviços. Porque a Sony decidiu criar o seu próprio serviço?

JOSE RIVERA-FONT Porque os consumidores queriam isso. Eles estão passando muito tempo na web e atualmente a web não está disponível apenas no seu computador, mas também em TVs conectadas, tablets e smartphones. Nós vimos uma oportunidade de unir a audiência online com a offline, na TV tradicional. Há a tecnologia, os dispositivos e o conteúdo. Colocar estes poderosos componentes juntos nos permitiu dar um passo adiante e oferecer este serviço.

A Sony optou por um modelo de negócios peculiar com o Crackle, gratuito para o usuário. Por que esta escolha?

O modelo de negócios não é novo, mas é novo para filmes de Hollywood. Nossos competidores estão oferecendo conteúdo gerado por usuário ou semi-profissional. Em alguns casos, estão produzindo conteúdo profissional, mas de curta-metragem. Nós decidimos que o melhor nicho para atuarmos seria o conteúdo de longa-metragem de Hollywood, de forma gratuita, para o maior número possível de usuários. Estamos focados neste modelo, em oferecer, de forma gratuita, o conteúdo de Hollywood. Não há previsão em atuarmos de outra forma

Este modelo de negócios já conseguiu se estabelecer?

Ainda está crescendo. Nos Estados Unidos, cresceu muito rapidamente e na América Latina está começando a crescer.

Seu conteúdo está também disponível em outras plataformas. Há uma disputa entre estes modelos de negócios?

São coisas completamente diferentes. O TVOD (o vídeo por demanda em modelo transacional)

basicamente oferece filmes novos, logo depois da sala de cinema. Tradicionalmente, os filmes saem do cinema, vão para o home video, canais premium de TV por assinatura e canais abertos. No nosso caso, atuamos onde há conteúdo não exclusivo, que é a última janela. O encurtamento das janelas que vem acontecendo permite que os conteúdos sejam disponibilizados mais cedo no Crackle.

Estes modelos podem canibalizar a TV por assinatura?

Há uma evolução. A evolução de ter algumas centenas de canais na TV por assinatura para ter VOD, AVOD, TVOD, SVOD (video on-demand por assinatura). Os usuários gravitam por onde o conteúdo está. Eles não veem as fronteiras entre os serviços. Eles não se importam. O que importa é a conveniência para ver “Homens de Preto”. Quem oferecer imediatamente

este conteúdo e na melhor qualidade, receberá estes usuários.

Você espera ter a concorrência de outros grandes estúdios e produtores de conteúdo?

Sim. Alguns outros devem entrar no mercado, não sei quais e nem quando.

Seria um modelo semelhante ao dos canais de TV?

Definitivamente. Acho, inclusive, que todos os canais de TV paga terão seu serviço de Internet no futuro, como já existe nos Estados Unidos. Há alguns grupos que estão preparando suas plataformas de TV everywhere.

Como é a venda de publicidade do Crackle? É global ou local?

Nós temos uma empresa de vendas, que é a Sony Pictures Television. Eles vendem para todas as redes do grupo, incluindo o Crackle, com escritórios locais.

Vocês também licenciam conteúdos de outros estúdios. Há espaço para conteúdos independentes e regionais?

Sim. De tempos em tempos, vamos escolher quais filmes licenciaremos dos mercados locais. Atualmente, oferecemos o longa brasileiro “Dois Coelhos”, na América Latina com exceção do Brasil. Esperamos continuar licenciando conteúdo de produtores locais, no Brasil e em outros países.

Qual é o papel da smart TV para este tipo de serviço?

Vemos o consumidor passando muito tempo neste tipo de tela, muito mais que em telas menores, como dispositivos móveis. Acredito que o tempo médio passado em OTTs ou TVs conectadas tende a aumentar ainda mais. No entanto, o volume de usuários é maior em dispositivos móveis.

FERNANDO LAUTERJUNG

Jose Rivera-Font

“OS USUÁRIOS GRAVITAM POR ONDE O CONTEÚDO

ESTÁ. ELES NÃO VEEM AS FRONTEIRAS ENTRE

OS SERVIÇOS.”

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(produção)

Além das fronteiras Produtoras brasileiras que têm parcerias internacionais para publicidade e conteúdo apontam as vantagens competitivas e as perspectivas de colocar o Brasil na rota de produção.

No audiovisual, ter parcerias internacionais de produção não é apenas modismo: é

planejar crescimento e se preparar para futuras oportunidades de negócio. A Dogs Can Fly, que tem uma parceria de representação exclusiva da argentina Fight, vê as coisas dessa forma. Para o diretor executivo Guto Figueiredo, essa aproximação dos vizinhos tem aberto muitas possibilidades. “A gente faz projetos e está sempre orçando. Essa questão de marcas que fazem filmes para a América Latina, e com estrutura em mais de um país, você consegue atender em full service”, explica.

Outra questão bastante positiva, na visão de Figueiredo, é a demanda dos criativos brasileiros por diretores argentinos. “A parceria funciona muito bem. Teve um primeiro momento de adequação cultural. No mercado brasileiro é tudo mais rápido, o timing é diferente. A Fight já se acostumou a trabalhar com as agências brasileiras”, conta Figueiredo. um dos trabalhos mais recentes feito pela parceria foi um filme para a General Motors que teve atendimento e parte comercial feitos pela Dogs Can Fly em São Paulo e foi filmado na Argentina. Foram feitos dois filmes, um para a América Latina e um para a Rússia.

argentina para o Brasil está um filme para Gilette encomendado pela BBDO do México, voltado para as Olimpíadas. “Os grandes eventos vão aumentar muito o número de clientes interna-cionais”, palpita o produtor.

VizinhosFerreira destaca que outro

aspecto muito importante nas parcerias internacionais é a possibilidade do intercâmbio de profissionais. “Trazer um fotógrafo de Buenos Aires para nossos filmes, por exemplo. Isso enriquece bastante o trabalho”, afirma.

A produtora executiva Anna Martinez também levou há dois anos para a Dínamo Filmes parcerias exclusivas com as produtoras argentina Hermanos Mundo e Turbo Trueno, dos diretores Javier Blanco e Lemon, respectivamente. A outra parceira

Ana Carolina Barbosaa n a c a r o l i n a @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

A Trator Filmes firmou há quatro meses uma parceria com a Casta Diva, produtora de origem italiana que tem nove escritórios espalhados pelo mundo. Embora seja possível usar estrutura e diretores de todos os escritórios, a maior parceira é a Casta Diva de Buenos Aires. “Estamos com alguns orçamentos bem encaminhados”, conta Igor Ferreira, produtor executivo da Trator Filmes. A Casta Diva faz parte do pool de produtoras que atende às demandas da Procter & Gamble, por isso Ferreira acredita que algumas oportunidades

podem surgir daí.Entre os

orçamentos de trabalhos que vieram da produtora

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O diretor argentino Hernan Bargman, da Fight, e o produtor executivo Guto Figueiredo, da Dogs Can Fly: grandes marcas que atendem América Latina pedem produções fora.

“Violeta foi Para o Céu”: longa coproduzido pela BossaNovaFilms e pela chilena Wood Producciones rendeu uma parceria fixa para a produção de cinema e televisão.

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internacional é a inglesa Rattling Stick. Anna conta que o trabalho com as produtoras vizinhas e com a europeia oferecem dois panoramas completamente diferentes.

Embora já tenha feito trabalhos de production service no Brasil para a Rattling Stick, Anna destaca que é bastante difícil trabalhar com os diretores ingleses. Nestes dois anos de parceria, nenhum projeto foi fechado com eles. “Os ingleses são muito solicitados e buscam basicamente a criatividade. Eles querem roteiros muito criativos e às vezes precisam de prazos maiores e não coincidem as datas. São diretores que não participam de concorrências. Em dois anos eu não concretizei nenhum projeto,

Assim como Ferreira, Anna acredita que o suporte de profissionais internacionais acaba elevando o nível dos diretores da casa e da produtora em si. “Acaba subindo o nível dos trabalhos como um todo”, observa. Ela afirma, no entanto, que é um “trabalho de formiguinha”.

Guto Figueiredo, da Dogs Can Fly, conta que o entusiasmo que os criativos brasileiros têm pelos diretores argentinos não acontece da mesma forma no caminho

contrário. “A Argentina é mais fechada nesse sentido”, explica. Sobre novas parcerias com outros países, o produtor acredita que é melhor agir com cautela, para que

não houve roteiro interessante o suficiente”, observa a produtora.

Anna conta que com a Argentina existe uma proximidade maior e os

diretores são mais maleáveis. “Os argentinos são muito procurados para

filmes de humor. Eles trabalham bem com isso. Normalmente são filmes de empresas maiores, que têm roteiro mais elaborado, com alguma pegada de humor e de acting”, explica.

“Os grandes eventos vão aumentar muito o número de clientes internacionais.”Igor Ferreira, da Trator Filmes

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o TRABAlho CoM PRoDuToRAS INTERNACIoNAIS E o INTERCâMBIo DE PRoFISSIoNAIS ENRIquECEM o TRABAlho DA PRoDuToRA CoMo uM ToDo.

>>

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(produção)

não haja mão-de-obra além da demanda. “É um degrau de cada vez. Primeiro a gente consolida as parcerias que a gente tem. Prefiro ter um grupo enxuto de diretores”, observa.

Mercado internoA Zohar Cinema completou 25

anos de mercado e abriu um escritório em São Paulo. Desde sua fundação, a produtora de filmes publicitários tem base no Rio de Janeiro e parcerias com produtoras internacionais dos Estados unidos e Europa como MJZ, a Gorgeous, a Academy, a Park Pictures, a The Sweetshop, a @radical.media, a Nexus, a Hachiko Films e a Concreto Filmes, entre outras. Com vários production services para empresas de fora no portfólio, Níveo Alves de Souza conta que um dos objetivos da produtora agora é focar mais no mercado brasileiro, que tem apresentado boas oportunidades. “A ideia é equilibrar o atendimento da demanda interna e o production service, e a abertura do escritório em São Paulo veio para respaldar a proposta de se aproximar das agências brasileiras”, diz Souza.

Produtoras de fora também viram o potencial brasileiro de integrar uma rede de escritórios internacionais e globalizar a produção. É o caso da Hungry Man Brasil, que chegou por aqui em 2005. O sócio e produtor executivo Alex Mehdeff conta que no começo a resistência para trabalhar com diretores estrangeiros era grande, mas aos poucos as barreiras foram caindo e o aproveitamento de diretores de fora acontece basicamente em três situações: quando o filme faz parte de um projeto regional e há necessidade de elenco falando em determinada língua; quando o cliente tem necessidade de gastar a verba em outro país e quando há algum elemento no filme que exija

permanente para cinema e televisão (e também para publicidade) com a chilena Wood Producciones, do diretor Andrés Wood.

A ideia surgiu após uma bem sucedida coprodução para o cinema, do longa “Violeta foi para o Céu”, lançado em 2012. Para Denise Gomes, sócia e produtora executiva da área de entretenimento da BossaNovaFilms, o cenário atual do audiovisual brasileiro, com as demandas que vêm da Lei do SeAc, que impõe regras para o setor de televisão por assinatura, favoreceram o estabelecimento da primeira parceria fixa da produtora em conteúdo. “Para os canais de TV por assinatura, adquirir conteúdos que funcionem na América Latina é muito mais interessante”, explica

Denise. “O ideal é que os projetos tenham fundos internacionais para compor o business plan. Os parceiros ajudam a propor formatos que funcionam não só no mercado local”.

A escolha da Wood como parceira tem fundamento em uma experiência de êxito e na qualidade.”Eles têm experiência de série de ficção lá fora, bons roteiristas de ficção e experiência em formatos”, conta Denise. Atualmente, as produtoras desenvolvem o roteiro de um longa-metragem e estudam propostas de séries. A coprodução de “Violeta foi Para o Céu” rendeu também uma série de televisão que está sendo negociada no Brasil.

Novas parcerias internacionais fixas para a produção de conteúdo podem acontecer. “É natural que a gente vá cada vez mais desenvolver negócios com parceiros que se repetem”, destaca Denise.

gravações em um país específico.A demanda externa pelo Brasil

Mehdeff ainda classifica como “curiosidade”. “A janela Brasil foi descortinada. O Brasil está preparado profissionalmente? Tem empresas que sim, tem empresas que não”, observa o produtor.

A Landia, produtora de origem argentina com escritórios em Buenos Aires, Madri, Barcelona, Los Angeles e Cidade do México incluiu São Paulo em sua rota. Segundo o produtor executivo

Sebastian Hall, dois motivos fazem do Brasil um País bastante atraente para a produção audiovisual: primeiro, o grande mercado interno; segundo a atração que o País tem exercido nos diretores internacionais, que encontram por aqui uma combinação de boas e variadas locações além de bom nível tecnológico.

conteúdoEmbora a publicidade tenha dado

os primeiros passos na área de parcerias internacionais, a área de

conteúdo das produtoras começa a seguir os movimentos. A BossaNovaFilms fechou no ano passado uma parceria

30 • T e l a V i V a • a b r 2 0 1 3

A Hungry Man veio para o Brasil em 2005 acreditando no potencial do mercado brasileiro e na sua inserção na rota de produção internacional. Segundo o produtor executivo Alex Mehdeff, no começo havia muita resistência.

É PRECISo SER SElETIVo NA ESColhA DAS PRoDuToRAS INTERNACIoNAIS PARCEIRAS PARA Não TER CAPACIDADE AlÉM DA DEMANDA.

Filme da Dínamo Filmes em parceria com a argentina Turbo Trueno e direção de Lemon: criativos brasileiros gostam de filmar com diretores argentinos.

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4 e 5 de junho, 2013CENTRO DE CONVENÇÕES FREI CANECA | SÃO PAULO | SP

INSCREVASE:0800 77 15 [email protected]

PATROCINE: 11 3138 [email protected]

Venha conhecer os caminhos para o amadurecimento de uma nova indústria.

A nova regulamentação movimentou o setor de televisão por assinatura e de produção independente.

• Congresso internacional com debates sobre coprodução, fi nanciamento, regulamentação, multiplataformas e novos modelos de negócio• Networking com dezenas de canais nacionais

e internacionais.

• Sessões 30 Minutos: encontros com os principais executivos de programação e aquisição• Workshops de capacitação profi ssional em

roteiro e produção executiva

forumbrasiltv.com.br

Parceiros de MídiaAssociated Partner Techno PartnerPatrocínio Silver Parceiros Promoção Realização

J O R N A L P R O P A G A N D A & M A R K E T I N G - E D I T O R A R E F E R Ê N C I A

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4 e 5 de junho, 2013CENTRO DE CONVENÇÕES FREI CANECA | SÃO PAULO | SP

INSCREVASE:0800 77 15 [email protected]

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Venha conhecer os caminhos para o amadurecimento de uma nova indústria.

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(making of )

A mesma paixão que move os personagens dos três filmes que integram a campanha

comemorativa dos 70 anos do banco Bradesco também move o diretor, Breno Silveira. Diretor de longas-metragens como “Dois filhos de Francisco” e “Gonzaga, de Pai para Filho”, ele se encantou com a proposta da agência de apresentar pessoas muito brasileiras cuja motivação está justamente em interagir com outras pessoas. “Os filmes reúnem as duas coisas que eu mais gosto na vida: personagens brasileiros e viajar pelo País. Meus longas também são sobre isso, esses filmes eram a minha cara”, afirma o diretor.

Os personagens são muito peculiares: uma trapezista de circo que percorre pequenas cidades com sua trupe; um fotógrafo que viaja o País em busca dos melhores cliques, e uma médica que se dedica a comunidades afastadas dos grandes centros urbanos. Para apresentá-los, o diretor optou por uma linguagem documental e poética, com testemunhais e cenários naturais deslumbrantes. “Não gosto de trabalhar em estúdio, fiz questão de percorrer o Brasil, porque isso traz realidade. Fomos a Ibitipoca, em Minas Gerais; Mambucaba, no Rio de Janeiro; Chapada dos Veadeiros, em Goiás, São Paulo e Belém do Pará. E os personagens foram conosco”, diz. Cada personagem é protagonista de um filme e também faz figuração nos demais.

Durante três semanas de produção, 400 figurantes foram envolvidos, em cinco locações em quatro estados diferentes e uma equipe de quase 90

Lizandra de Almeidac a r t a s . t e l a v i v a @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

Minha vida é andar por esse país

Para apresentar os personagens do filme do Bradesco, diretor optou por testemunhais e cenários naturais.

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integrantes. “Procuramos as locações mais bonitas e mais verdadeiras, não queríamos fazer um filme todo clean, todo limpinho. Os bastidores do circo são daquele jeito mesmo, em Ibitipoca as casas são caiadas, a figuração é toda local.”

O grande desafio foi a logística de todas essas viagens, mas Breno – que já conhece todas as capitais do Brasil – não achou complicado. “Sempre tem questões de aeroporto e locação, mas não muito além disso. Voltamos com todo o material, praticamente não houve pós-produção”, afirma.

A fotografia foi assinada por Adrian Teijido, parceiro de Breno tanto na publicidade como no cinema, assim como o diretor de arte Claudio Amaral Peixoto.

FIChA TÉCNICA

Cliente BradescoAgência WMcCannDireção Breno SilveiraDiretor de produção Tim MaiaProdutora de elenco Taty HortaDiretor de arte Claudinho Amaral PeixotoProdutora de figurino Ana AvelarDiretor de fotografia Adrian TeijidoCoordenador de Adriana Basbaum pós-produçãoFinalizador Luiza WaddingtonSupervisor de efeitos Claudio PeraltaTrilha Antonio Pinto

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O produto se chama i9 – leia-se ‘inove’ – e o tema não podia ser outro: o que as pessoas estão fazendo

para inovar em seu dia a dia. E o formato também é inovador: uma parceria inédita entre agência, produtora, canal e patrocinador, num programa híbrido que mistura conteúdo com publicidade. O resultado é a série de programas “Inove Sempre”, criada pela NBS, produzida pela Duo Produtora, com exibição pelo Multishow e patrocínio da marca de bebidas hidratantes i9, da Coca-Cola.

“Criamos o programa a partir dos valores da marca, que é voltada para o público jovem”, explica Bruno Pinaud, à frente da equipe de criação. “A ideia é reunir amigos e não só vender o produto. Trazer informações relevantes e dar combustível para a convivência nas redes sociais”, continua. A estreia aconteceu no dia 7 de abril. Com dez programas de 15 minutos, a série será exibida ao longo de três meses, no domingo às 21h15.

O programa é apresentado pela atriz Luisa Michelleti e cada episódio aborda um assunto, a partir do tema geral de propor novas formas de lidar com os problemas cotidianos. “O formato do programa é simples, mas o grande desafio da produção foi selecionar os personagens que representassem melhor as pautas”, explica a diretora Cassia Dian. “Cada programa investiga um problema e as várias soluções que as pessoas estão encontrando”, diz Bruno. Em cada episódio, dois convidados são entrevistados.

A ação está toda conectada com as redes sociais, para reforçar o conceito de troca de ideias entre amigos. Entre os temas, estão trânsito, música, esporte, viagem, entre outros. “Com a nova legislação

que amplia a programação nacional na TV por assinatura, o mercado está todo se movimentando para criar novos formatos. Por isso, trabalhar com um patrocinador disposto a investir em conteúdo e com a parceria do canal pode ser uma maneira muito interessante”, acredita Bruno.

Toda a identidade visual do programa foi criada a partir da marca i9, tanto na abertura como nas vinhetas e letterings. Segundo Bruno, o produto aparece durante o programa de maneira discreta e associada ao tema. “Como estamos trabalhando com os valores do produto, fica tudo muito natural”, afirma. “Estamos propondo um formato mais duradouro do que a propaganda,

Programa baseado no produto i9, da Coca-Cola aborda soluções inovadoras e ganhou a grade do Multishow.

Bebendo na fonte da inovação

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FIChA TÉCNICA

Cliente The Coca-Cola CompanyAgência NBSDireção André Lima, Pedro de criação Feyer, Marcelo Noronha, Moacyr Moa NettoCriação Bruno Pinaud, Miguel Pacheco, Marcos HoskenProdutora DuoDireção Cassia DianDireção de Leonardo Mendonça fotografiaCanal Multishow

que traz informação para o consumidor e trabalha a marca de uma forma muito mais próxima do público-alvo.”

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(televisão)

Audiência com sotaque alemão Empresário brasileiro se une à Gfk para fazer concorrência ao Ibope na aferição da TV brasileira.

Fábio Wajngarten, sócio da empresa de aferição de conteúdo, publicidade e merchandising em

televisão Controle da Concorrência, afirma estar prestes a dar um passo maior em se tratando de coleta de dados da TV. Vai partir para a medição de audiência das emissoras brasileiras, com um serviço que promete fazer concorrência e, ainda, prevalecer sobre o do Ibope. A busca foi pelo instituto Gfk, que no Brasil não atua na área de medição eletrônica de audiência, mas já atua aqui com pesquisa do mercado de varejo, enquanto que na Europa faz aferição de ratings.

O empresário angariou recursos junto a investidores – que ele ainda não revela quais são - e se associou ao Gfk. Ao fechamento deste texto, segundo ele, a fase era ainda de aprovação de minutas de contratos, com os executivos da empresa alemã já tendo vindo algumas vezes ao País para costurar detalhes. A previsão era de que tudo se resolvesse em até 40 dias, para um serviço que só vai começar sua medição para valer no final de 2014.

Procurado pela reportagem de Tela Viva, o head global de medição de audiência da Gfk, baseado em Nuremberg (Alemanha), Stefan Raum, disse que o “Brasil sempre desempenha um papel importante na

este serviço significa uma ampliação de fronteiras, já que não atua em medição eletrônica em continente americano.

Wajngarten não fala de cifras, mas garante que chegou-se a uma equação que deixou as partes contentes. Diz que o mercado – em especial as emissoras de TV - está ávido para um sistema mais sólido, transparente e que tenha atendimento ao cliente 24/7. No entanto, ninguém ainda assinou sua contratação.

O SBT mantém um questionamento há vários anos sobre a metodologia do Ibope – quase sempre alegando que este o prejudica-, e houve um tempo em que a emissora de Silvio Santos até tentou investir num projeto próprio de aferição, que não foi adiante. A Record também já demonstrou insatisfação.

O mercado de agências e de anunciantes é mais discreto em criticar publicamente o Ibope – ainda mais por ser sob seus índices que a maior parte dos investimentos em TV é avalizada, das compras de cotas de patrocínio aos breaks convencionais da programação. Mesmo porque há um comitê com vários profissionais de agências, veículos e anunciantes, envolvendo Grupo de Mídia, ABA (Associação Brasileira de Anunciantes) e Abap (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), denominado Abap-Redes, que avalia constantemente questões de amostra e metodologia e cujo trabalho é periodicamente

Edianez Parentec a r t a s . t e l a v i v a @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

estratégia de qualquer empresa”. Ele diz que o momento é de avaliação do mercado e de conversas com parceiros-chave, mas que não poderia dar mais nenhum detalhe sobre o tema.

Afinal, a ideia, de acordo com Fábio Wajngarten, é instalar um parque de até 10 mil medidores, com foco na TV aberta e também nos canais por assinatura em 16 praças do País. A tecnologia e equipamentos são propriedades do sócio alemão. A Gfk

entrou recentemente no mercado de Portugal, onde a briga não tem sido fácil (leia box). Para o instituto, adentrar o Brasil com mais

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“Brasil sempre desempenha um papel importante na estratégia de qualquer empresa.”Stefan Raum, da GfK

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submetido a auditoria independente. No mais, os próprios anunciantes tentam otimizar seus recursos gastos com pesquisas. Quando entregam suas contas a mais de uma agência, por exemplo, costumam ratear o estudo entre elas, de modo a diluir as despesas. Assim, com a entrada de um novo player, a maior probabilidade é de que haja disputa entre os institutos, já que não se prevê em budgets a compra de dois estudos concorrentes.

Vale lembrar que na segunda metade dos anos 90 a Nielsen norte-americana dispendeu diligência e esforços para implementar um serviço de medição de audiência no País concorrente do Ibope. Fez à época várias apresentações, uma vez que pretendia aferir a audiência da então nascente indústria de TV por assinatura – que o Ibope passaria a medir no início dos anos 2000. Tanto a empreitada não vingou que, anos depois, a Nielsen acabou por se associar ao próprio Ibope

empresa Controle da Concorrência, de medição de breaks comerciais. “No começo, éramos eu, um caderno de anotações e um videocassete”, descreve.

Ele explica que o contato com a empresa alemã foi uma iniciativa sua, que procurou a Gfk há quase um ano explicando que havia no Brasil uma oportunidade de entrada de um novo player para a medição de ratings.

para medição de audiência dos portais de Internet no Brasil, com um serviço que é hoje referência do mercado. Também, em 2011, voltou-se a ventilar a intenção nunca confirmada de a Nielsen investir em medição de TV no País, uma área de amplo domínio de sua sócia local para a área de web.

EmpreendedorWajngarten costuma lembrar seu

empreendedorismo, ao iniciar a

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A GfK estreou há dois anos a medição eletrônica de audiência de TV no mercado português, desbancando a Marktest, que prevalecia até então e agora enfrenta a concorrência. Não demorou e as redes TVI e RTP questionaram os resultados, que colocaram a SIC à frente de ambas em

alguns horários-chave. Os dois canais insatisfeitos até solicitaram à Comissão de Análise de Estudo de Meios (Caem) – formada por anunciantes, agências e veículos daquele país - que fosse feita uma auditoria do painel de medição pela PriceWaterhouseCoopers (PwC). A Caem não acatou o pedido de auditoria, mas solicitou que a Gfk melhorasse alguns aspectos técnicos.

Vale lembrar que a liderança recente da SIC no horário nobre coincide com algumas novelas que exibe da TV Globo, como um remake local de “Dancin’ Days”. Também, a emissora exibiu as brasileiras “Gabriela” e “Avenida Brasil”. O que faz lembrar que em TV sempre pode ser um grande negócio, além de medir, também investir em programação relevante.

MEDIção AlEMã SoFRE quESTIoNAMENTo EM PoRTuGAl

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(negócios)

Um mercado de R$ 100 bilhões Levantamento mostra grande crescimento do negócio de games no País e uma queda na pirataria de CDs e DVDs por conta do aumento no streaming de conteúdos.

Alguns fatores contribuíram para o crescimento do mercado de entretenimento digital

no Brasil em 2012: desenvolvimento e consumo de novas tecnologias, aumento da produção local de hardware de videogames e o aumento do consumo no segmento. Estes são alguns dos pontos de um estudo feito no varejo nacional: “Tecnologia e Entretenimento no Brasil – O que Busca o Consumidor Brasileiro?”, feito pela Gfk Consumer Choice e apresentado durante a segunda etapa da 9ª Conferência Anual da empresa, em março em São Paulo.

Os profissionais da empresa global de pesquisas de consumo, que tem sede na Alemanha, apresentaram dados inéditos do mercado de varejo nacional, nos segmentos de games (consoles e jogos), calçados esportivos, filmes, brinquedos e livros – sempre fazendo comparativos com outros mercados, em especial os da Europa e Japão. Estes segmentos somados no mercado brasileiro atingiram em 2012 um faturamento de R$ 97,4 bilhões.

Há dados interessantes sobre a participação regional no mercado de entretenimento. O Nordeste brasileiro foi a região que apresentou a maior variação percentual em relação a 2011, com um crescimento de 9%. Em segundo lugar no ranking de maior crescimento está o rico interior do Estado de São Paulo, com um acréscimo de 5,5% em relação a 2011. No entanto, a principal região para o entretenimento no País segue sendo a Grande São Paulo, que tem participação de 25% do faturamento total deste mercado.

ascensão vertiginosa, enquanto em mercados da Europa há sinais de saturação no segmento de consoles, o que abre mais espaço ao crescimento de outros dispositivos, como smartphones e tablets. Em termos globais, o setor de games movimenta uS$ 1 trilhão. “Os top 5 apps na App Store (loja de aplicativos da Apple) são de games”, afirmou, ao assinalar que o tempo médio de jogo do usuário em console é de cerca de uma hora, enquanto no smartphone e tablets, onde predominam os chamados jogos casuais, a média de permanência é de 15 minutos. “E ainda, 99,9% dos jogos para celular não são lucrativos”, destacou Römercheidt.

No Brasil, a indústria de consoles vendeu um total de quase R$ 1 bilhão – o equivalente a um mercado mais maduro como o da Rússia, por exemplo –, um crescimento expressivo de 43% em relação a 2011 em moeda local. Isso, a despeito do preço médio dos equipamentos seguir em valores altos – a título de comparação, um console de videogame custa em média 353 euros no Brasil, ante os 197 euros que custa na Espanha e 227 euros no Reino unido.

Em software, o crescimento também foi grande: 72% a mais em faturamento, totalizando 242 milhões de euros no mercado brasileiro – ou mais de R$ 600 milhões. Neste aspecto, o preço médio dos jogos no Brasil está bem mais próximo à média mundial – o ticket médio do game no Brasil em 2012 foi de R$ 127.

Chama atenção a maior presença de jogos de catálogo (67%), lançados há mais de seis meses, entre os 15

De acordo com a Gfk, deve-se esperar para 2013 uma participação mais significativa de consumidores de regiões das chamadas comunidades e favelas, locais com alto potencial de consumo - daí uma necessidade premente de também o varejo ter um foco social. Ainda, a chegada do Vale Cultura, criado pelo governo – um incentivo que destina R$ 50,00 para o trabalhador gastar em bens culturais -, deve beneficiar principalmente o segmento de livros. O Ministério da Cultura já sinalizou que o valor não será utilizado para a área de games, nem para TV por assinatura.

Games, o nome do jogoOliver Römercheidt, da Gfk, durante a

apresentação do segmento de games – consoles e jogos de consoles (exclui jogos para PCs) -, lembrou que o Brasil está na contramão dos demais mercados. De acordo com ele, por aqui, o setor está em

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Um mercado de R$ 100 bilhões Levantamento mostra grande crescimento do negócio de games no País e uma queda na pirataria de CDs e DVDs por conta do aumento no streaming de conteúdos.

títulos mais vendidos – alguns de 2007 -, o que denota uma diversificação do mercado. Mas os títulos são todos de sucessos globais. Em 2012, tal como ocorrera em 2011, os três primeiros colocados foram: 1) Call of Duty, 2) Pro-Evolution Soccer e 3) Fifa Soccer – todos em suas novas versões do ano passado. Por gêneros, os mais populares são: ação/aventura, esportes e “shooter”. Os períodos de concentração de vendas correspondem às férias de julho, Dia das Crianças (outubro) e dezembro (Natal). “A venda conjunta de consoles de games com acessórios de ‘movimento’ é o que vem dinamizando o mercado”, apontou o especialista da Gfk.

TelasNo item denominado filmes, na

verdade a Gfk relata dados referentes aos mercado de TVs, DVDs e home theater (HT). No levantamento da empresa, apresentado por Gisela Pougy, foram relatadas algumas das tendências detectadas em nível global, como por exemplo, de que o consumo de streaming de vídeo é tão crescente que no futuro deverá superar o mercado de TV por assinatura. Também, de que o maior interesse dos consumidores é por produtos voltados à multiplataforma e que 30% dos aparelhos vendidos no Brasil já são TVs conectadas à Internet. No mercado nacional, há predominância das telas de 40 a 42 polegadas, representando 43% das vendas.

Já foram comercializadas 11,2 milhões de unidades de TVs de LED, 1,3 milhão de aparelhos de Blu-Ray e 380 mil home-theaters Blu-Ray.

Segundo a pesquisa da Gfk junto aos consumidores, os principais atributos na hora da compra de um novo aparelho de TV são, nesta ordem: resolução de imagem, preço, e se é full HD. Já na compra de um home-theater, os critérios são: se tem entrada uSB, a facilidade de uso e se tem conexão para TV e PC. Confrontados estes atributos, conclui-se que o consumidor tem em vista

3DNo que diz respeito à tecnologia

de TV 3D, foram vendidos no varejo brasileiro 1,7 milhão de aparelhos – vale lembrar que o preço médio do

kit TV+aparelho Blu-Ray era R$ 6 mil em 2010 e caiu para a metade em 2012. São 3 mil títulos em Blu-Ray no mercado nacional – que apresentaram uma queda de preços da ordem de 20%. Mas o que chama mesmo a atenção é o baixo número de títulos disponíveis na tecnologia 3D: apenas 129. Ou seja:

enquanto houve uma erosão de preço em hardware, a limitação dos títulos na tecnologia ainda leva a uma evolução menos acelerada deste consumo de mídia.

Das intenções de compras para os próximos seis anos, no mercado brasileiro, 35% dos entrevistados dizem pretender adquirir um tablet, enquanto 33% querem um notebook, 21% um home theater e 13%, um aparelho de Blu-Ray.

EDIANEz PARENTE

consumo de vídeo online – o que nem sempre é feito de forma legal, o que remete a outro indicador: os volumes de pirataria física (CDs e DVDs) seguem em queda.

A Gfk detectou uma queda significativa na incidência de pirataria física (CDs, principalmente). um agravante é que os usuários de forma geral não veem problemas em baixar arquivos no ambiente online, o que é um agravante ao se considerar que em termos globais 98% dos dados transferidos pelos sistemas P2P se referem a conteúdos protegidos por direitos autorais – os dados globais mostram que 35% do público baixa filmes online, enquanto 15% admitem baixarem séries de TV. “uS$ 800 é o valor médio de músicas pirateadas em um iPod”, exemplificou a especialista da empresa de pesquisas, referindo-se ao mercado de música. No Brasil, 38% dos pesquisados admitiram ter comprado pirataria em 2012, num estudo encomendado pela Fecomercio-Rio ao instituto Ipsos. Verifica-se no Brasil uma queda na incidência de pirataria nos CDs, enquanto ainda aumenta nos DVDs.

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O Mundo Sem MulheresConspiração produziu para GNT e TV Globo o formato da BBC em que mulheres se ausentam do lar, deixando tudo sob os cuidados dos maridos.

um projeto que o então sócio da Mixer Gil Ribeiro apresentou ao GNT há quatro anos ganhou forma e está

no ar no canal pago e na TV Globo, como quadro do “Fantástico”. “Mundo Sem Mulheres”, que teve a produção assinada pela Conspiração, produtora da qual Gil hoje é presidente, é baseado em um formato da BBC que já foi feito no Reino unido, nos Estados unidos, na Índia, em Marrocos, na França, na Alemanha e no Canadá. A proposta é mostrar como os homens assumem as tarefas domésticas e os cuidados com os filhos na ausência das mulheres da casa.

Na versão brasileira do programa, as mulheres de onze famílias do Parque Leopoldina, em Bangu, no Rio de Janeiro, deixaram suas casas para passar uma semana de descanso em um SPA na região serrana. Neste período, os homens experimentam o trabalho em dobro, sem a ajuda de suas mulheres, mães, sogras ou faxineiras.

Segundo Daniela Mignani, diretora do GNT, o canal chamou os produtores do “Fantástico”, da TV Globo, para conversar e chegar a um modelo em que a proposta funcionasse tanto para o canal pago quanto para o programa dominical da TV aberta, de forma que os custos pudessem também ser divididos, viabilizando a produção. Para o GNT, o grande apelo da atração era o fato de ser uma experiência observacional bem sucedida. “Em nenhum momento propusemos uma guerra de sexos. Há questões emocionais muito maiores do que as tarefas”, observa Daniela.

Preparo meticulosoLuiz Noronha, produtor executivo da

atração, afirma que o principal diferencial de produção de “Mundo Sem Mulheres” em relação às demais produções feitas para a televisão na Conspiração é a preparação extremamente meticulosa, a começar pela escolha da comunidade, uma etapa que levou cinco meses. A equipe de pesquisa ficou entre duas comunidades, uma em São Paulo e outra no Rio de Janeiro e acabou optando pelo bairro carioca por causa da qualidade e variedade dos personagens. Além disso, Noronha destaca que havia alguns requisitos do formato que era preciso seguir. O local, por exemplo, precisava ser isolado geograficamente, o que fez da opção do Rio de Janeiro mais propícia para as gravações.

Após as escolha, foram dois meses de trabalho no local, que contava inclusive

(case)

com apoio psicológico para as famílias. Os produtores da Conspiração alugaram uma casa na comunidade e escalaram doze equipes de filmagem completas para o projeto. As gravações aconteceram ao longo de uma semana após o Carnaval de 2013. Na base da produtora dentro da comunidade, fazia-se o trabalho de edição e de

roteiro associado à edição.

De acordo com Noronha, algumas adaptações foram feitas no formato original da BBC para agradar ao público

brasileiro, por questões culturais. Na versão inglesa, por exemplo, a experiência é feita em cidades pequenas. No Brasil, a opção foi fazer em um contexto urbano. As outras produções de “Mundo Sem Mulheres” mundo afora também não mostram o que acontece com as

Inspirada em formato da BBC, “Mundo Sem Mulheres”, produção da Conspiração para o GNT e TV Globo, mostra como os homens assumem as tarefas da casa na ausência das mulheres.

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sinoPse: A série documental “Mundo Sem Mulheres” desafia onze famílias a viverem uma semana atípica, sem as

mulheres. Realizada em vários países ao redor do mundo, como Grã Bretanha,

Estados Unidos, Índia, Marrocos, França, Alemanha e Canadá, a série mostra, em formato de reportagem comportamental,

como os homens assumem as tarefas domésticas e os cuidados com os filhos

na ausência das mulheres da casa.

mulheres quando elas estão longe de suas casas. A produção brasileira também incluiu um apresentador, no caso, o ator Alexandre Borges.

Dois em umEmbora todo o material tenha

saído deste mesmo período de filmagens, a produtora entregou produtos diferentes para o “Fantástico” e para o GNT. Para a atração da TV Globo, foram feitos programas de oito minutos mais focados na construção dos temas. Para o GNT, que está exibindo os 12 episódios de 45 minutos, houve um aprofundamento da construção narrativa, trabalho de personagens e arcos dramáticos.

O programa tem potencial para uma segunda temporada, feita em outra comunidade, mas depende dos resultados apresentados na primeira temporada. Daniela Mignani, do GNT, ressalta que a experiência de produzir “Mundo Sem Mulheres” com o canal aberto e com a produção independente foi bastante satisfatória e novas atrações baseadas neste modelo podem surgir. “Era um projeto que o GNT queria colocar de pé. Não conseguiríamos sozinhos. Encontramos um excelente parceiro e um produtor entusiasmado”, afirma.

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MUNDO SEM MULHERESFormato série/quadroProdução executiva gil Ribeiro, Luiz noronhadireção geral Pachoal samoraCoordenação de produção Patrícia ZerbinatoRoteirista chefe Hainá VaismanProdutora Conspiração

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(audiência - TV paga)

Os canais Telecine foram destaque em fevereiro junto ao público infantil. Em janeiro, o Telecine

Pipoca tinha sido o único canal da rede a figurar entre os 20 mais assistidos pelo público de 4 a 17 anos, ocupando a 19ª posição, com 2,7% do share, mas em fevereiro, o canal saltou para a 10ª posição (com 4,73% do share).

Os Telecines Action, Fun e Premium também entraram na lista, ocupando respectivamente a 11ª posição (4,21% do share), 13ª posição (4,11%) e 15ª posição (3,8%).

Segundo a gerente de programação dos canais, Bianca Serra, não foi feita nenhuma ação voltada para esse público, mas os canais vêm atraindo mais o público adolescente. Bianca atribui isso à parceria estabelecida com a Disney.

Alcance (%) Indivíduos (mil) Tempo MédioTotal TV Paga 43,31 7.406,17 02:37:48Multishow 8,99 1.536,90 00:20:31TNT 8,53 1.458,58 00:32:40Fox 8,43 1.440,94 00:31:12Megapix 7,87 1.345,07 00:28:18Sportv 7,82 1.338,02 00:35:24Viva 6,81 1.164,39 00:27:44Globo News 6,21 1.061,32 00:25:33universal Channel 5,79 990,68 00:28:10 Cartoon Network 5,76 985,56 00:44:16Telecine Action 5,74 980,78 00:37:05Space 5,72 977,99 00:30:53Telecine Pipoca 5,62 960,74 00:35:06Discovery Kids 5,48 937,08 01:06:40Discovery Channel 5,13 876,55 00:26:18Sportv 2 5,02 858,67 00:18:31National Geographic 5,02 858,21 00:24:32Telecine Premium 4,98 852,14 00:27:49Disney Channel 4,95 846,57 00:39:37Fx 4,89 835,90 00:27:51Warner Channel 4,64 793,81 00:29:28

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*Alcance é a porcentagem de indivíduos de um “target” que estiveram expostos por pelo menos um minuto a um determinado programa ou faixa horária.

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Alcance (%) Indivíduos (mil) Tempo MédioTotal TV Paga 43,78 2.033,44 03:04:37Cartoon Network 14,73 684,03 01:20:09Disney Channel 13,97 648,78 01:05:51Discovery Kids 11,32 525,67 01:13:55Nickelodeon 10,43 484,32 00:54:52Fox 8,63 400,87 00:38:36Multishow 6,56 304,77 00:21:18TNT 6,38 296,54 00:33:42Disney xD 6,24 289,68 01:02:52Megapix 6,05 281,15 00:28:32Telecine Pipoca 4,73 219,46 00:36:11Telecine Action 4,21 195,36 00:37:13Sportv 4,18 194,27 00:22:02Telecine Fun 4,11 190,63 00:32:40universal Channel 3,93 182,71 00:24:53Telecine Premium 3,80 176,27 00:27:00Space 3,79 176,19 00:24:03Fx 3,78 175,52 00:31:09Viva 3,70 171,62 00:22:32Discovery Channel 3,19 147,96 00:29:01National Geographic 2,97 137,78 00:21:06

Programação para toda a família

Segundo Bianca, o Pipoca teve algumas ações especiais em função do Oscar, que ajudaram nesse resultado. uma delas foi a programação de quatro animações premiadas: “Procurando Nemo” (Disney), “Rango” (Paramount), “Rio” (Fox) e “Os Incríveis” (Disney). “Também tivemos um especial da Selena Gomez, que é um ídolo teen, e outro do Justin Bieber, no qual nem apostávamos tanto, mas que trouxe ótimos resultados”, comemora.

O canal Premium apresentou estreias como “O Lórax” e “As aventuras de Hugo Cabret”, que também podem ter contribuído para o resultado. Bianca destaca que filmes de aventura, como os protagonizados por grandes heróis dos quadrinhos, os filmes norte-americanos ambientados na escola, assim como os que têm um toque de terror sempre fazem sucesso entre os adolescentes.

Em relação ao público adulto, a audiência teve um ligeiro aumento, de 42,99% em janeiro para 43,31% em fevereiro. Os cinco primeiros colocados se mantiveram, mas com uma leve redução no share. Multishow, com 8,99%, ocupou a primeira posição, seguido por TNT (8,53%), Fox (8,43%), Megapix (7,87%) e Sportv (7,82%).

lIzANDRA DE AlMEIDA

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Acima de 18 anos** (das 6h às 5h59)

De 4 a 17 anos** (das 6h às 5h59)

AlCANCE* E TEMPo MÉDIo DIáRIo – FEVEREIRo/2013

Telecine Pipoca ficou em 10º lugar entre o público de 4 a 17 anos.

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T e l a V i V a • a b r 2 0 1 3 • 41

(upgrade)Fernando Lauterjung

f e r n a n d o @ c o n v e r g e c o m . c o m . b r

A Adobe apresentou no NAB Show, em Las Vegas, o Adobe Anywhere. Trata-se de uma solução para edição colaborativa. usando um storage de vídeo do

próprio cliente, a solução permite fazer o ingest e editar conteúdo do servidor em estações clientes. uma das novidades é que a solução não usa um editor baseado em web nas estações clientes, mas o próprio Première Pro. Além disso, não edita material em proxy ou low res, mas na definição nativa do material, incluindo 4k. Por enquanto, o conteúdo pode ser editado apenas dentro da rede do usuário. Segundo o gerente de desenvolvimento de negócios da área para a América Latina, Gustavo Brunser, já foram feitos testes nos quais a edição de conteúdo HD, em resolução nativa, foi feita através de uma conexão pela Internet com o servidor. É possível, segundo ele, manter a resolução nativa até mesmo em redes móveis 4G. “Ainda é necessário um ajuste fino”, por isso a solução ainda está restrita à rede interna do usuário.

A solução gerencia o acesso dos editores e eventuais

conflitos, como quando um conteúdo é editado e gravado simultaneamente por mais de um editor cliente.

A solução chega ao mercado em maio, ainda sem preço definido. Ela pode trabalhar com o Première Pro, para edição de vídeo, e o Prelude, para ingest de material. No futuro próximo, poderá trabalhar ainda com o After Effects.

Edição colaborativa

Harris lança nova solução para gap filling de sinal digital e plugin para inserção de informações no sinal local.

Mais um modelo da linha de câmeras LDX foi apresentado pela Grass Valley no NAB Show, em Las Vegas. Esta linha de câmeras conta com a

possibilidade de upgrade por software, sendo o hardware idêntico em todos os modelos. A nova LDX Flex suporta apenas os formatos 1080i ou 720p. O upgrade é possível para qualquer outro modelo da linha, bastando a compra de uma licença online. A licença pode ser comprada por período, sendo possível, por exemplo, fazer o upgrade do equipamento somente durante a cobertura de um evento esportivo.

A linha conta ainda com os modelos LDX Première, que suporta 1080i e 720p; LDX Elite, que suporta também o formato 1080p em 25 ou 30 quadros por segundo; e a

LDX WorldCam, com suporte a 1080p também em 50 e 60 qps.

A Harris apresentou em Las Vegas a série de transmissores Platinum VAX Compact Class, adequada para emissoras de baixa potência e aplicações de gap

filling (quando um transmissor de baixa potência preenche uma falha de cobertura em determinada área), especialmente útil para a cobertura de regiões específicas nos mercados extensos ou terrenos difíceis. A nova série integra os excitadores de transmissão Apex M2X, permitindo mudanças de modulação simples e atualizações analógico-digitais, com suporte aos padrões ATSC, DVB-T/T2 e ISDB-Tb.

Outra novidade apresentada pela fabricante no evento dos radiodifusores norte-americanos é um plug-in remux ISDB-Tb, que permite que as emissoras insiram informações de difusão local, incluindo o guia de programação eletrônico (EPG) de dados, ao usar seus sistemas de distribuição existentes. O módulo ISDB-Tb é integrado dentro do excitador Apex M2X para reduzir o uso de energia e evitar impacto sobre o espaço físico do sistema transmissor.

Modelo de entrada Lacunas preenchidas

Nova linha de câmeras conta com a possibilidade de upgrade por software, sendo o hardware idêntico em todos os modelos.

Adobe Anywhere permite fazer o ingest e editar conteúdo do servidor em estações clientes, usando o Première Pro.

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(agenda)

30/5 Rose D’or Festival 2013, Bruxelas, Bélgica. Tel.: +41 79 743-3278; E-mail: [email protected] Web: www.rosedor.com/festival-2013

JuNho10 a 12 NCTA – The Cable Show ’13,

Washington, DC, EUA. Tel.: (202) 222-2430. E-mail: [email protected]. Web: www.thecableshow.com

16 a 22 60º Cannes lions, Palais des Festivals, Cannes, França. Tel: (44-20) 7239-3400. Web: www.canneslions.com

AGoSTo2 a 18 Anima Mundi, Rio de Janeiro,

RJ, e São Paulo, SP. E-mail: [email protected]. Web: www.animamundi.com.br

9 a 17 41º Festival de Cinema de Gramado, Gramado, RS. E-mail: [email protected]. Web: www.festivaldegramado.net

20 a 22 Broadcast & Cable 2013, São Paulo, SP. Web: www.broadcastandcable.com.br

22 a 30 24º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, São Paulo, SP. Tel.: (11) 3134-5538. E-mail: [email protected]. Web: www.kinoforum.org.br

SETEMBRo16 a 21 Curta-SE 13, Aracaju, SE.

Web: www.curtase.org.br

18 a 22 ottawa International Animation Festival, Ottawa, Canadá. Ottawa, Canadá. E-mail: [email protected]. Web: www.animationfestival.ca

20 a 29 Festival Internacional de Curtas de Belo horizonte, Belo Horizonte, MG. Tel.: (31) 3236-7400. Web: festcurtasbh.com.br

27 a 11/10 Festival do Rio, Rio de Janeiro, RJ. Web: www.festivaldorio.com.br

ouTuBRo5 a 6 MipJunior, Cannes, França.

Web: www.mipworld.com

7 a 10 MipCom, Cannes, França. Web: www.mipworld.com

18 a 31 Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, São Paulo, SP. Web: mostra.org

NoVEMBRo6 a 13 American Film Market,

Santa Mônica, EUA. Tel.: (1 310) 446-1000. E-mail: [email protected].

Web: www.americanfilmmarket.com

DEzEMBRo3 a 13 35º Festival

Internacional del Nuevo Cine latinoamericano, Havana, Cuba. E-mai: [email protected]. Web: www.habanafilmfestival.com

ABRIl25 a 5/05 hot Docs Canadian

International Documentary Festival, Toronto, Canadá. Tel.: (416) 203-2155. E-mail: [email protected]. Web: www.hotdocs.ca

26 a 2/05 – xVII Cine-PE, Recife, Pernambuco. Tel.: (81) 3343-5060. E-mail: [email protected] Web: www.cine-pe.com.br/2013

MAIo15 a 26 66º Festival de Cannes,

Palais des Festivals, Cannes, França. Tel.: (33-1) 5359-6100. E-mail: [email protected]. Web: www.festival-cannes.org

21 e 22 57º Painel 2013 Telebrasil, Unique Palace, Brasília, DF. Tel: (11) 3138-4660. E-mail: [email protected]. Web: www.paineltelebrasil.com.br

23 a 28 4º CINEfoot Festival de Cinema de Futebol, Rio de Janeiro, RJ. Tel.: (21) 8111-8030. E-mail: [email protected] Web: www.cinefoot.org

30 a 04/06 4º CINEfoot Festival de Cinema de Futebol, São Paulo, SP. Tel.: (21) 8111-8030. E-mail: [email protected] Web: www.cinefoot.org

Comunicação e marketing na palma da sua mão: temas atuais do mercado de conteúdo móvel, como as apps, redes sociais móveis, marketing e conteúdo patrocinado, entre outros.

16 e 17 de maio 12º Tela Viva Móvel, Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP. Tel: (11) 3138-4660. E-mail: [email protected] Web: www.telavivamovel.com.br

Focado na realização de negócios e com público qualificado, o evento reúne produtoras e distribuidoras de conteúdo e emissoras de TV para debater temas de interesse nacional e internacional.

4 e 5 14º Fórum Brasil de Televisão, Centro de Convenções Frei Caneca, São Paulo, SP. Tel.: (11) 3138-4660. E-mail: [email protected]. Web: www.forumbrasiltv.com.br.

Encontro sobre mídias convergentes. Reúne em um mesmo ambiente, os principais operadoras de TV por assinatura e banda larga, empresas de telecomunicações, produtores e programadores.

6 a 8 ABTA 2013 Feira e Congresso, Transamérica Expo Center, São Paulo, SP. Tel: (11) 3138-4660. E-mail: [email protected] Web: www.abta2013.com.br

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