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Edição Outubro 2008
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FILOSOFIA CLÍNICAFILOSOFIA CLÍNICAA “criança” em cada um de nós
A “criança” em cada um de nós
QUINUA REALQUINUA REAL
CARDIOLOGIA
BENEFÍCIOSTRIBUTÁRIOS
CARDIOLOGIA
BENEFÍCIOSTRIBUTÁRIOS
O alimento do momentoO alimento do momento
Cuide do seu coração
A lei ao lado dos portadores dedoenças graves
Cuide do seu coração
A lei ao lado dos portadores dedoenças graves
CriançasCriançasCriançasEspecial do mêsEspecial do mês
Ano 2 - Edição 16Outubro/2008
www.revista .com.brtotalsaude
| Índice
10
14
20
16
19
18
12
22
30
32
36
34
23
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40
42
44
52
46
54
50
49
Você Sabia?
Medicina
Fisioterapia
Estética
Homenagem
Especial do Mês
Nutrição
Bem-estar
Entrevista
Direito
Anote o Site
Endereços Úteis
ABC da SaúdeCardiologia
DermatologistaConheça este profissional tão importante na medicina
Fisioterapia e estéticaAtendimento personalizado e eficiente
Terapia ultra-sônicaAvatar IV Esthétic
Cirurgia plástica após a gravidez
Dr. Radi JafarProfessor e médico
Brincadeiras de ontemÉ hora de resgatar velhas brincadeirasda infância cujas vantagens são imensas.
DislexiaDistúrbios da leitura e da escrita
VacinasCalendário de vacinação infantil
Pequenos e gordosFofinhos não, obesos!
Crianças viciadas emtecnologia
Crianças amadas, crianças felizes!
AACC/MS
Dor de cabeça na infância
A “criança” em cada um de nós
Quinua realO alimento do momento
Receita super saudávelRisoto de Quinua
Perder peso significa emagrecer?
Alimentos que fortalecem e aumentam a imunidade
RoncoO sufoco de toda noite
Pousada geriátrica
Jairo MarquesJornalista
Benefícios tributáriosdos portadores de doençasgraves
Críticas, dúvidas ou sugestões para a revista, fale conosco.e-mail: [email protected]: 67 3321-9956horário: segunda a sexta manhã - 08h às 11h30 tarde - 13h30 às 18hfax: 67 3321-9956cartas: Rua Alberto Néder, 328 Sala 35 - Centro Empresarial Altos do Prosa - Cep 79002-160 Campo Grande/MSsite: www.revistatotalsaude.com.br
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REVISTA IMPRESSA NA GRÁFICA E EDITORA ALVORADA LTDA.
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Total Saúde é uma publicação da Editora Total Saúde Ltda, com periodicidade mensal. Artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião da revista. Distribuição dirigida gratuita e mediante assinatura anual.
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A Revista Total Saúde é distribuída gratui-tamente de forma dirigida e também disponibilizada mediante assinatura anual.
Assine: www.revistatotalsaude.com.brDiretor: Mirched Jafar Junior
Diretora de Redação: Vera de Barros Jafar (DRT/MS 484)
Direção de Arte: Bartz Propaganda Ltda. Heyder Bartz Vanessa Machado Lührs Bartz. Sandro Carvalho.
Redação: Daniela Carvalho (DRT/MS 283), Gizelli Xavier (DRT/MS 267), Natalia Razuk e Silvia Frias (DRT/MS 173)
Gerente Administrativo: Gilnei Dias Maciel
Gerente de Atendimento Comercial: Sandra Pieczykolan
Webmaster: Bartz Propaganda Ltda. Heyder Bartz
TOTAL SAÚDE ON-LINE
PARTICIPARAM NESTA EDIÇÃO
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Tiragem: 7.000 exemplares
Gerente de Produção: Denison Santos
Gerente de Atendimento ao Cliente: Henrique Attilio
Designer: Bartz Propaganda Ltda. Heyder Bartz Vanessa Machado Lührs Bartz. Sandro Carvalho.
Conselho Editorial: Vera de Barros Jafar e Henrique Attilio
Conselho Editorial Médico: Maurício Jafar (CRM/MS 2073)
Revisão: Thalitta Dias
Planejamento, Controle e Operações: Henrique Attilio e Heyder Bartz
Consultoria de Marketing: Henrique Attilio
Consultoria de Publicidade: Bartz Propaganda Ltda. Heyder Bartz
Fotografias: Jéferson de França Peixoto e Elis Regina
.
e Cirurgia Vascular pela A.M.B. e S.B.A.C.V. Membro da Academia de Medicina de MS.
Dr. Radi Jafar Professor Titular de Angiologia e Cirurgia Vascular da UFMS. Título de Especialista em Angiologia
Dra. Tatiane Savarese Attilio. Nutricionista. Especialista em Nutrição Clínica, Especialista em Obesidade e
Emagrecimento, Mestranda em Biotecnologia. CRN 3/12175.
Dr. Mauro Cosme Gomes de Andrade. Cirurgião cardíaco e Diretor Superintendente da Clínica Campo Grande.
Formação em Medicina pela UNB – Universidade Nacional de Brasília. Residência em Cirurgia
Cardiovascular pela UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Dra. Samanta Ribeiro A. Lessa. Fisioterapeuta. Pós-graduanda em Dermato-funcional pela Faculade
Estácio de Sá - Campo Grande/MS. CREFITO 9/1589 LTT-F
Dra. Daniela Bazili Soares. Cirurgiã Plástica. CRM/MS 3919
Stanley Bessa. Psicólogo. CRP 14/02950-3
Dra. Maria José Martins Maldonado. Especialista em Neurologia Infantil. Especialista em
Neurofisiologia Clínica. Mestre pela FUFMS. CRM/MS 1970
Cláudia Peruzzo. Terapeuta com base na Filosofia Clínica, professora em Extensão e
Pós-Graduação em Filosofia Clínica pelo Instituto Packter.
Creusa Izabel Gatti. Neuropsicóloga - Especialista pela Divisão de Psicologia e Divisão de
Clínica Neurológica do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
e do Departamento de Neurologia da USP e Psicopedagoga. CRP 14/03247-5
Jairo Marques. Jornalista.
Gabriela Grings Fleck. Advogada, Mestre em Direito Ambiental pela Universidade de Caxias do Sul,
atuante nas áreas Ambiental e Previdenciária. OAB/MS 12.352-A. OAB/RS 53.510.
Antonio de Barros Jafar. Advogado, Especialista em Direito Tributário, Financeiro e Econômico
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atuante nas áreas empresarial
e tributária. OAB/MS 8.481
ocê tem agora, em mãos, uma edição primorosa. Chegamos em outubro, mês farto de
datas especiais. Para começar, é mês das crianças, e tem coisa mais gostosa na vida do Vque criança? Ser criança, mesmo depois de adulto? Sem pieguices, mas manter o
espírito inocente e otimista vivo é essencial para uma vida melhor, fazer amigos facilmente,
acreditar que vai dar certo, perdoar, chorar e sorrir com a mesma facilidade!
Em outubro comemoramos ainda o dia do deficiente físico, dia do médico, dia do
dentista, dia do fisioterapeuta... Trata-se de datas importantes, dias que representam a
possibilidade de refletirmos sobre todos os setores da sociedade, as profissões e os profis-
sionais.
Entre outras reflexões, o dia 11 de outubro nos fez pensar na relação que temos com os
deficientes físicos, você ainda tem preconceito? Saberemos mais sobre como é a vida de
alguém com deficiência na entrevista exclusiva que preparamos para você.
Essas carreiras homenageadas não formam universos paralelos, afinal, elas têm muitos
pontos em comum, exigem devoção, desprendimento, pesquisa e boas relações interpes-
soais.
Preparamos matérias sobre tudo isso: especiais, entrevistas com pessoas interessantes,
novidades e dicas pra fazer este mês especial também para você!
Fazer sorrir e fazer pensar, pequenas ações de alegria e solidariedade ainda incipientes e
que pretendem se multiplicar, mas que contribuem para uma sociedade mais justa, igualitária
e acessível. E claro, tornar nossa vida muito melhor!
Abraços, e até mês que vem!
OutubroUm mês especial
EquipeRevista Total Saúde
o u t ub r o , 2 0 0 8
De início, o primeiro presente a você:
Jamais deixes de ser criança...
Nunca deixes de sentir, gostar, ver
e extasiar-te diante de coisas tão grandiosas
como o ar, o vôo e os sons
da luz do Sol dentro de ti...
Se achares preferível, usa uma máscara
para proteger a criança do mundo...
Mas lembra-te que no dia em que permitires
que essa criança dentro de ti desapareça,
terás crescido e já não estarás vivo. "
Richard Bach
8 | To t a lSaúde
Editorial | Ao leitor
1 0 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
Piercing no lábio
pode causar perda
de dentes
Aspirina contra
o Alzheimer
Cientistas do Wistar Institute, no
Estado da Filadélfia, mapearam a
enzima responsável pela reprodução
"infinita" das células cancerosas,
dando um grande passo na criação
de novos remédios para o tratamento
do câncer, segundo estudo publicado
na revista Nature. Os cientistas
conseguiram mapear a estrutura da
parte mais ativa da telomerase, que,
quando ativa, ajuda as células a se
reproduzirem, e que está em pleno
funcionamento em nove a cada dez
tipos de tumor. A descoberta pode
levar à criação de remédios que
bloqueiem a enzima. Todas as células
do corpo têm esse relógio natural, os
telômeros, que diminuem cada vez
que as células se dividem. Depois de
um determinado número de divisões,
na maioria das células, os telômeros
diminuem de tamanho, chegando a
um ponto em que não se dividem
mais. O processo é responsável pelas
mudanças no corpo durante o
envelhecimento, quando a divisão
das células diminui. Algumas células,
no entanto, como células-tronco
embrionárias, usam a enzima
telomerase para manter o
comprimento dos telômeros, e muitos
tumores "seqüestram" a enzima para
alimentar seu crescimento
indeterminado. Segundo ele, a
descoberta da estrutura é "muito
importante", e certamente ajudará na
fabricação de novos remédios.
O ácido acetilsalicílico, principal
componente da aspirina, pode reduzir
em até 23% os riscos de se
desenvolver a doença de Alzheimer. A
conclusão é de uma pesquisa da
Faculdade de Saúde Pública de
Bloomberg, nos EUA. Os estudos
contaram com a participação de
13.500 pessoas, das quais 820 já
possuíam a doença. Outros
antiinflamatórios não-esteróides
também se mostraram eficazes contra
o desenvolvimento da doença. O
coordenador da pesquisa, Peter Zandi,
afirmou que os estudos indicaram
risco reduzido de aparição do
Alzheimer entre os usuários de
aspirina. Trabalhos anteriores sugerem
que há um componente inflamatório
por trás da doença, o que explicaria os
efeitos desses remédios, que atuam
como um neuroprotetor.
Especialistas da Universidade de Ohio
alertam para o fato de que quanto
mais tempo um piercing permanecer
no lábio, maior será a retração da
gengiva com instabilidade dos dentes
atingidos. O piercing, quando
colocado nos lábios, fica roçando a
região próxima aos dentes, causando
a retração da gengiva. A retração
gengival, depois de instalada, tem
pouca chance de recuperação,
passando a funcionar como porta de
entrada para as bactérias que
causarão a doença periodontal. Após
a contaminação pelas bactérias
acontece a formação de uma bolsa de
material infectado que compromete o
dente. A doença periodontal, nome
técnico da inflamação crônica das
gengivas, está associada a uma série
de doenças, podendo causar a perda
dos dentes. Além da inflamação
crônica, a retração gengival traz o
aumento da sensibilidade dolorosa
dos dentes aos estímulos de calor e
frio. A higiene rigorosa das gengivas e
dentes após a retirada do falso
piercing também diminui os riscos do
processo inflamatório infeccioso.
| Você ?Sabia Natalia Razuk
A Faculdade de Saúde Pública de Bloomberg, que fica em Baltimore, apontou ainda que a aspirina pode reduzir as chances de ataque cardíaco e ajudar na prevenção do câncer.
O remédio popular pode ser um aliado contra o Alzheimer.
Cientistas
mapeiam química
que faz câncer
crescer
To t a lSaúde | 1 1o u t u b r o , 2 0 0 8
Você Sabia ? Dicas de Leitura |
soma de seus dias como escritora e, principalmente,
como mulher.
A Soma dosDias
La Bodega
eu fui VermeerA lenda do falsário
que engana os
nazistas
Isabel AllendeEd. Bertrand Brasil
Frank WynneEd. Companhia das Letras
Noah GordonEd. Rocco Ltda
Vera de Barros Jafar
Noah Gordon, como sempre,
escreve um livro que prende
o leitor do começo ao fim.
La Bodega é um canto de
amor à Espanha e seus
vinhos.
Uma obra repleta de emoção,
mas escrita num tom irônico e
apaixonado que caracteriza a
autora, na qual nos entrega a
Frank Winne narra a história do holandês Han Van
Meegeren, um falsário especialista em criar quadros
que reproduziam, em detalhes, os quadros de
Johannes Vermeer.
Subir escada pode
aumentar expectativa
de vida
Um estudo feito por cientistas da Suíça afirma que subir
de escada em vez de usar o elevador no trabalho pode
aumentar a expectativa de vida. Abandonar o uso de
elevadores e escadas-rolantes pode melhorar a
condição física, diminuir a gordura corporal, reduzir o
tamanho da cintura e diminuir a pressão sangüínea,
afirma a pesquisa, feita com 69 pessoas. Isso
representaria uma redução de 15% nas chances de se
morrer prematuramente de qualquer doença. Os
participantes tinham um estilo de vida sedentário, com
menos de duas horas de exercício ou esporte por
semana. Eles também subiam menos de 10 degraus por
dia. Ao longo de 12 semanas, os voluntários, que eram
empregados do Hospital Universitário, usaram
exclusivamente as escadas em vez do elevador. Em
média, o número de degraus subidos pelas pessoas
aumentou para 23. Depois de três meses, os resultados
mostraram melhor capacidade pulmonar, pressão
sangüínea e níveis de colesterol. O peso, a gordura
corporal e a circunferência da cintura também caíram
com a melhora da capacidade aeróbica. A combinação
destes resultados representa uma redução de 15% nas
chances de se morrer jovem. É um estudo pequeno, mas
importante, porque fornece uma forma prática para as
pessoas ocupadas melhorarem a sua capacidade de
fazer exercícios.
Homenagem | Radi Jafar
1 2 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
Radi Jafar completou 70 anos em julho deste ano. Começou a trabalhar como médico em Campo Grande em uma época em que o quadro de profissionais não passava de 150. Fez parte do quadro docente da então Universidade Estadual de Mato Grosso (UEMT) e também na fase posterior, quando a instituição foi federalizada após a separa-ção do Estado. Nada disso quer dizer que seja somente um profissional que fez parte da história de Mato Grosso Sul. Radi Jafar continua fazendo história, sendo um angiologista atuante e mestre dedicado, ‘plugado’ e presente na vida de colegas e ex-alunos.
Para contar o início de sua vida profissio-nal, é preciso voltar a Ponta Porã, onde nasceu e, aos oito anos, já fazia pequenas intervenções cirúrgicas nos corajosos amigos. “Pegava um caco de vidro e cortava aquelas ‘verruguinhas’; tinha um menino que tinha várias", lembra. Aos dez anos, após a morte do pai, Amud, sua mãe, Kadija, mudou-se com ele e os outros cinco filhos para Campo Grande. No final da década de 40, a capital de Mato Grosso do Sul estava em franco desenvolvimento, com a forte presença da ferrovia Noroeste do Brasil. “Todo mundo sabia quando o trem chegava, fazia barulho; isso marca muito a gente”, recorda.
Em 1959, Radi Jafar mudou-se para o Rio de Janeiro (RJ) com o sonho de tornar-se um profissional da Medicina. "Naquela época só havia três escolas de Medicina no Rio de
Janeiro, cada uma com cem vagas, imagine a concorrência", diz. Em 1964, a realização pessoal chegou no mesmo momento em que a história do País mudava. Em março fez a matrícula para o curso e, dois dias depois, o Brasil mergulhava na ditadura militar. “No dia 31 de março tudo fechou, só comecei a ter aulas uma semana depois”, recorda.
Durante todo o tempo que estudou, trabalhou como bancário no Banco da Lavoura. Foi uma época de rígida disciplina, sofrimento e noites mal dormidas. Como acadêmico, cumpriu plantão no Pronto Socorro do Rio de Janeiro, Hospital Carlos Chagas e Hospital São Francisco de Paula. Em uma das noites de residência, recorda-se de ter se deparado com uma das figuras mais emblemáticas da história carioca.
“O homem chegou com uma pressão altíssima, fiquei três horas com ele e notei uma movimentação incomum, muita gente olhando, mas eu não sabia quem era”, lembra Jafar. O jovem médico estava cuidando de Natalino José do Nascimento, o Natal da Portela, famoso contraventor e presidente da escola de samba entre as décadas de 60 e 70. Depois que a pressão foi estabilizada, Natal chamou alguns homens e apontou para o Jafar. “Olha aqui, dá para o doutor o convite”, e se dirigindo ao médico: “Doutor, quando o senhor quiser ir lá nos ensaios da escola de samba, tá liberado”. “Eu nunca fui”, garante Jafar. Em 1971, depois de onze anos e meio no Rio de Janeiro, era hora do sul-mato-grossense retornar ao lar.
Silvia Frias
Radi JafarProfessor e médico
O mestre
pode dizer,
com orgulho,
que metade dos
médicos
vasculares
formados em
Mato Grosso do
Sul passou
pelas suas
aulas.
Contar um pouco da trajetória do estudante e do profissional é uma forma de traçar também o perfil do professor, uma fase que foi iniciada em 1971, ministrando aulas de Angiologia e Cirurgia na UEMT. “Eu era enérgico e pontual, sempre exigia muito deles”, afirma Radi Jafar. “Todo mundo sabia que se chegasse cinco minutos atrasado não entrava, e quem faltasse à aula prática tinha que fazer um trabalho”, conta. Apesar da rigidez, nunca teve atrito com os alunos. “Havia respeito, eu cobrava, mas também dava em troca: sempre preparei minhas aulas, e até hoje tem ex-aluno que se lembra dos slides que eu fazia”, diz.
O mestre pode dizer, com orgulho, que metade dos médicos vasculares formados em Mato Grosso do Sul passou pelas suas aulas. Aposentou-se em 1993, mas até hoje participa da formação de profissio-nais, ministrando cursos especiais em universidades do Estado. Diz-se um pouco decepcionado com a mudança do perfil dos estudantes, processo que acompanhou em 23 anos de ensino. “Antes eram mais compromissados, mais participativos, agora, parece que não levam muito a sério”, lamenta. Mesmo assim, sente falta da época em que ensinava, e diz que guarda boas recordações. “Você faz muitas amizades e se mantém sempre atualizado”. Ainda mantém contato com ex-alunos que recorrem ao professor sempre que necessário.
A atualização, aliás, é
uma faceta que pode
surpreender quem não
conhece o mestre de 70
anos. Completamente à
vontade à frente de um
computador, baixa
músicas, produz e edita
filmes e se mantém
conectado às inovações
da profissão
permanentemente. "Ah,
eu estou bem atualizado",
comemora. Até ensina
colegas da mesma
geração que não têm a
similar desenvoltura com
as novas tecnologias e
recorrem ao amigo. "Tem
uns que não mexiam em
nada, ensinei até a ligar o
computador", sorri. Ah, o
perfil não estaria
completo sem citar as
paixões: o Flamengo, a
Fotografia e Família -
esposa Dorivam, os filhos
Tatiana, Mirela e Wagner
e as netas Lorena e
Carolina, a última a
chegar ao clã, em
outubro deste ano, o mês
do professor, que
também é médico, pai,
marido e avô, Radi Jafar.
To t a lSaúde | 1 3o u t u b r o , 2 0 0 8
Radi Jafar | Homenagem
Cardiologia
1 4 | To t a lSaúde
Cursar Medicina, ter dois anos de
experiência em clínica geral, dois anos de
residência em cardiologia clínica e mais um
ano de especialização na área (pediatria,
exames, dentre outras.)
Cursar Medicina, ter um ano de experiência
em cirurgia geral e mais quatro anos de
especialização em cirurgia cardíaca.
o u t ub r o , 2 0 0 8
A cardiologia é
uma especialidade
médica que se divide
em dois tipos de
atuação: a cardiologia
clínica e a cirúrgica.
Voltada para o diagnóstico e tratamento de doenças do coração e do sistema circulatório, a cardiologia é uma especiali-dade médica que se divide em dois tipos de atuação: a cardiologia clínica e a cirúrgica.
O cirurgião cardíaco, Mauro Cosme Gomes de Andrade, explica que o cardiolo-gista clínico pode atuar em pediatria, geriatria, em exames de diagnóstico e prevenção, no atendimento à gestante e em medicina do esporte.
Tanto na área clínica quanto na de cirurgia cardíaca, o profissional está focado na prevenção. “Pensamos na prevenção desde o nascimento do indivíduo, mas também é possível fazer isso em quem já tem fatores de risco como obesidade e colesterol alto, por exemplo”, completa.
Para o diagnóstico de doenças cardíacas o profissional também leva em conta fatores genéticos, como o histórico familiar e fatores ambientais, como o estresse diário e o sedentarismo. “A grande vantagem que temos hoje é o acesso aos serviços. A prontidão e a exatidão no atendimento recuperam um percentual muito grande de pacientes. Além, é claro, da mudança de hábitos ruins”, afirma Mauro.
Cirurgia cardíaca
Entrevistado
Dr. Mauro Cosme Gomes de Andrade
Cirurgião cardíaco e Diretor Superintendente
da Clínica Campo Grande. Formação em
Medicina pela UNB – Universidade Nacional
de Brasília. Residência em Cirurgia
Cardiovascular pela UERJ – Universidade
Estadual do Rio de Janeiro.
Formação Acadêmica
Cardiologia clínica
ABC da Saúde | Cardiologia
Daniela Carvalho
ONDE ENCONTRAR
Rua Marechal Rondon, 1.703
Campo Grande/MS
67 3323-9000 / 3323-9150
www.clinicacampogrande.com.br
Cardiologia
To t a lSaúde | 1 5o u t u b r o , 2 0 0 8
Cardiologia | ABC da Saúde
O médico é o profissional autorizado pelo Estado para
exercer a medicina; se ocupa da saúde humana, prevenindo,
diagnosticando e curando as doenças. As comemorações do
Dia do Médico, em 18 de outubro, são um reconhecimento a
estes trabalhadores da saúde, que obtêm sua recompensa
quando fazem uma vida ser salva. E nós não podemos deixar
passar em branco, aqui, a nossa homenagem àqueles que
vivem suas vidas para cuidar e salvar outras. Profissionais
humanos e generosos! Parabéns, e feliz Dia do Médico!
25 de outubro é o dia do profissional que cuida de um dos
mais bonitos atos humanos: o sorriso! Os dentes, gengivas e
alguns ossos faciais, como o maxilar, também fazem parte do
cuidado deste profissional. Até bem pouco tempo atrás, o
dentista era temido pelo barulhinho amedrontador de seus
instrumentos de trabalho. Hoje, com instrumentos mais
modernos, tratar de uma cárie já não assusta tanto. O
tratamento pode ser feito até mesmo com laser.
O dia do fisioterapeuta é comemorado em 13 de outubro.
Estes profissionais tratam de pacientes com dificuldades
respiratórias, dores musculares e dificuldades nos movimen-
tos, principalmente da coluna vertebral, através da manipula-
ção das partes afetadas no corpo e de exercícios. A
fisioterapeuta trata doenças e lesões causadas por aciden-
tes, má formação genética ou vícios de postura, seja
prevenindo, reabilitando ou curando.
Dia do Médico
Dia do Dentista
Dia do Fisioterapeuta
“Queres ser médico, meu filho? Esta é a aspiração de uma alma generosa, de um espírito ávido de ciência. Tens pensado bem no que há de ser a tua vida?” Esculápio
Falando nisso, há quanto tempo você não vai ao
dentista? Se a resposta for “há mais de seis
meses”, marque já uma consulta!
A prevenção é considerada, inclusive, a primei-
ra atribuição da fisioterapia, onde o profissional
deve alertar e orientar o paciente sobre a neces-
sidade de adotar procedimentos adequados
em determinadas situações. Nossos sinceros
parabéns a estes profissionais!
SERVIÇOS
EXAMES
- Ecocardiograma Transesofágico
- Eletrocardiograma
- Holter
- Mapa
- Radiologia Geral
- Teste Ergométrico
- Tomografia Computadorizada
- Cardiologia intervencionista (Hemodinâmica)
- Ressonância Magnética (em breve)
- 1ª Unidade de Dor Torácica da Região
Centro Oeste
- UCO - Unidade Coronariana
- CTI
- Centro Cirúrgico Completo
- Cardiologista 24 horas
- Clínico Geral 24 horas
- Pronto Socorro
A hipertensão e as doenças das artérias.
Normalmente, provocadas pelo alto
consumo de carne e sal.
Doenças cardíacas
mais comuns
Para sabermos se existe uma doença cardíaca,
geralmente começamos pelos exames mais simples,
progredindo até os mais complexos. Esta ordem
pode ser alterada conforme a gravidade de um
determinado caso.
Exames para a cardiologia
Na busca pela praticidade e aumento da qualidade de vida dos pacientes, a atuação do fisioterapeuta ultrapassa as paredes do consultório, engloba também o atendimento domiciliar e personalizado.
A clínica Fisclin, especializada em fisioterapia e estética, além de oferecer atendimento individual em Pilates, RPG, Dermato-funcional, Ortopedia e Neurologia em sua sede, possui o diferencial do atendimento Home Care, que proporciona uma recuperação mais rápida ao paciente.
Para a Dra. Samanta Ribeiro Amaral Lessa, os resultados são satisfatórios porque o paciente está em seu próprio ambiente. “Além da vantagem da comodidade e
Fisioterapia e estéticaAtendimento personalizado e eficiente
Fisioterapia| Atendimento Personalizado
1 6 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
ONDE ENCONTRAR?
Av. Mato Grosso, 1.849 - Sl. 2 e 6
Vila Célia - Campo Grande/MS
67 3042-0321
Dra. Samanta Ribeiro A. Lessa
Fisioterapeuta. Pós-graduanda
em Dermato-funcional pela
Faculade Estácio de Sá
Campo Grande/MS.
CREFITO 9/1589 LTT-F
PROMOÇÕES
Para o mês de outubro, a Fisclin preparou
duas promoções especiais:
Pacote com 10 sessões de Drenagem
Linfática, por R$ 299,00.
Pacote com 03 sessões de Limpeza de
Pele, por R$ 60,00.
HORÁRIOS
Seguda a sexta-feira
7h30 às 11h e 13h às 19h
Sábado
8h às 11h.
flexibilidade de horários, percebemos que ele aceita melhor o tratamento, pois não é necessário deslocá-lo até um consultório ou um hospital”, afirma.
Equipada com aparelhos de última geração, a Fisclin atua na área estética através de drenagem linfática, pré e pós operatório, massagens anti-estresse e relaxante, tratamento de redução de estrias, limpeza de pele, clareamento, tratamento para flacidez e redução de medidas. “Temos, inclusive, um veículo totalmente adaptado para o Home Care. Através dele podemos atender todos os casos de estética, condicio-namento e reabilitação física”, completa Samanta.
Estética | Cirurgia Plástica
1 8 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
Após a gestação e, com ela, todas as mudanças ocorridas, algumas áreas do corpo podem não voltar a ser exatamente como antes. Transcorridos seis meses do desmame, a mulher está liberada para os procedimentos estéticos que desejar, sendo que as mamas e o abdômen são as duas áreas com mais procura por procedimentos dentro da cirurgia plástica.
Qualquer que seja a queixa estética
da paciente, deve-se sempre lembrar
de manter hábitos saudáveis durante
e após a gestação, e procurar um
cirurgião plástico membro da
Sociedade Brasileira de Cirurgia
Plástica para maiores esclarecimen-
tos.
após a Cirurgia plástica
Mamas Abdômen
Dra. Daniela Bazili Soares
Dra. Daniela Bazili Soares
Cirurgiã Plástica
CRM/MS 3919
Rua Pernambuco, 680 - Centro
67 3025-2116 / 9207-2082
gravidez
MASTOPEXIA
PRÓTESE DE SILICONELIPOASPIRAÇÃO
DERMOLIPECTOMIA
Pacientes com seios flácidos e com queda. Mulheres com abdômen flácido e com
estrias.
Pacientes com seios flácidos ou com queda.
Gordura localizada.
Remodelando a mama, retirando a pele
excedente e acomodando a glândula
mamária e o tecido adiposo sobre o
músculo peitoral. É uma cirurgia possível
quando os seios não ficam muito
pequenos.
Por meio de incisão na altura da cesárea,
que se estende até as laterais, são feitos o
descolamento da pele e da gordura e
retirados os excessos. O umbigo é refeito e
mantido na mesma posição.
Também se retira a pele excedente e
remodela-se a mama, mas pela mesma
incisão é colocada a prótese, dando-se
mais volume para seios pequenos.
Cânulas finas aspiram a gordura por meio
de pequenas incisões.
Indicação: Indicação:
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Medicina | Dermatologia
2 0 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
Uma pequena verruga, a pinta que sofre ligeiras mudanças ou até mesmo uma manchinha nova são alterações da pele que muitas pessoas consideram normais, e por isso dificilmente procuram um especialista para se informar sobre o que podem causar.
Detalhes como esses, porém, mere-cem mais atenção, já que a pele é o maior órgão do corpo humano. Todas as mudanças dessas estruturas que ocorrem durante a vida devem ser acompanhadas pelo Dermatologista.
A Dermatologia é uma especialidade médica que estuda a pele e seus proble-mas, bem como os cabelos, unhas e o envelhecimento cutâneo, sendo a espe-cialidade mais indicada e que se dedica ao combate dos efeitos do tempo. Esse combate se tornou possível com o conhecimento das características e do funcionamento da pele e das causas de seu envelhecimento, juntamente com procedimento e técnicas inovadoras.
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Dermatologia um campo
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Cada caso é único, pois seu
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características da pele de
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marcas dos anos, tratamentos de
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como: textura, coloração, elasticidade,
luminosidade, oleosidade, rugas, retiram
lesões pré-cancerígenas e corrigem
sulcos e marcas da pele, que ganha um
aspecto mais jovem, ou de uma pele
rejuvenescida. Tudo isso faz com que os
consultórios Dermatológicos sejam muito
procurados.
A tecnologia avançou bastante nas duas últimas décadas. Muitas coisas mudaram, e quase não se brinca mais como há 10 ou 20 anos. Os jogos eletrônicos ficaram mais populares. Não é mais preciso comprar um vídeo-game ou um computador. Eles estão presentes em salas comerciais, shoppings, as crianças os têm em casa. Hoje, elas quase não brincam e não cantam as cantigas de roda, com exceção daquelas que moram na zona rural, ou as que estão mais afastadas dos grandes centros. Que pena! A era moderna, através da televisão, do rádio, dos trios elétricos com músicas eletrizantes, distanciou a garotada de um mundo mágico onde a beleza, a felicidade e até mesmo a inocência estavam estampadas nos rostos juvenis de todos aqueles meninos e meninas dos tempos idos...
Agora, não se pode negar, apesar destas facilidades e do atrativo destes jogos, as tradicionais brincadeiras que estimulam o
imaginário dos meninos mantêm um forte aspecto lúdico e, quando apresentadas à garotada, não tem quem não se divirta e goste muito!
É hora de resgatar velhas brincadeiras de infância cujas vantagens são imensas. Desenvolvimento da noção de espaço, da lateralidade, da coordenação motora, da interação com o grupo e tantas outras habilidades que podem ser desenvolvidas sem, é claro, esquecer-nos que estas brincadeiras que deixam a criançada mais ativa combatem a obesidade infantil (vide matéria nesta edição). Não podemos deixar que estas delícias sejam esquecidas. Devem perpetuar por várias gerações; é diversão e saúde passada de geração a geração.
Esperamos que as escolas e os pais resgatem tudo isso que foi vivido em algum tempo e que continua vivo dentro de cada um de nós, dando para as crianças a chance de viver neste mundo mágico!
Natalia Razuk
É hora de resgatar velhas
brincadeiras de infância cujas
vantagens são imensas.
Brincadeiras
de ontem
Especial do Mês | Brincadeiras
2 2 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
To t a lSaúde | 2 3o u t u b r o , 2 0 0 8
Crianças Felizes | Psicologia
Crianças
amadas,crianças felizes!
Stanley Bessa
Stanley Bessa
Psicólogo. CRP 14/02950-3
Cada pessoa é o reflexo do lar em que nasce e cresce: hábitos, caráter, expectativas de vida ali se formam. Veja que responsabili-dade. Por isso o papel dos pais, da família, do ambiente familiar é fundamental. Um ambiente onde haja harmonia, amor entre os membros da família, respeito e limites é essencial para o desenvolvimento sadio da criança.
É comprovado que, em famílias desestruturadas, as crianças apresentam problemas de aprendizagem, de comporta-mento, baixa auto-estima, culpa. Para que haja qualidade total na família, é de muito valor o diálogo. Conversar, ouvir e ceder são pequenas ações que fazem toda a diferença; estas atitudes criam laços.
A criança deve ser respeitada, ouvida. Afinal, ela é uma pessoa com opiniões, vontades e sentimentos, e isto precisa ser levado em conta, sempre cuidando para que ela entenda que é criança, que existe um adulto que a ama e quer o seu bem, que é responsável por ela. Aí entra o papel do limite e da disciplina. Disciplinar é ensinar a criança a ter autocontrole, respeito e responsabilidade. É ato de amor. Precisamos amar incondicionalmente nossos filhos, porém, com este amor precisamos educá-los com qualidade e prepará-los para um mundo competitivo e desprovido de alguns valores que são fundamentais para a saúde plena.
Gaste tempo com
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AACC/MS
Especial do Mês | AACC/MS
2 4 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
Desde o início, há dez anos, a casa alugada com três quartos e um banheiro na Rua Antônio de Morais já era insuficiente para o tamanho dos braços dos voluntários da Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC). Hoje, a sede própria da entidade é a edificação de um sonho alicerçado na força de vontade de 400 voluntários e 17 funcionários que batalham dia-a-dia para manter o atendimento a 350 crianças, pequenos guerreiros que travam uma luta diária contra a doença.
A AACC/MS foi fundada em 29 de março de 1998 para suprir a deficiência, em Mato Grosso do Sul, no atendimento específico a crianças com câncer. A intenção era abrigar os pacientes de outras cidades do Estado, obrigados a permanecer longos períodos em Campo Grande para o tratamento, além de oferecer apoio psicológico, social e educa-cional.
Na sede própria, localizada no bairro Orpheu Baís, as crianças contam com a Casa de Apoio, com dez apartamentos – cada um com dois beliches – para abrigar os pacientes e familiares que os acompanham, na grande maioria, mães que abandonam o trabalho e o resto da família para a dedicação exclusiva.
Os pacientes são oriundos de famílias carentes e encaminhados, via SUS, pelos médicos que fazem o primeiro diagnóstico. Na teoria, são atendidas crianças de zero a dezoito anos, mas na prática, mesmo depois que entram na maioridade, a AACC/MS mantém o auxílio. Para todos eles, o dia começa cedo: às seis da manhã são levadas pelo transporte da entidade para os tratamen-tos oferecidos no Centro de Tratamento Onco-Hematológico Infantil, no 8º andar do Hospital Regional, Santa Casa, Hospital Universitário e Hospital do Câncer Alfredo Abrão.
A coordenadora de Marketing da AACC/MS, Alexandra Almeida, conta que, além de total apoio às crianças, é necessário assistir às mães, pois muitas voltam para casa sem emprego depois que o tratamento dos filhos é finalizado. A entidade institui curso de culinária e trabalhos manuais, além de programas de alfabetização, uma forma de capacitar esses familiares para as futuras dificuldades que podem surgir no retorno para a casa. Não raro, já aconteceu de mães aprenderem a ler enquanto estão na cidade acompanhando os filhos nos procedimentos médicos.
Silvia Frias
AACC/MS
“O caminho poderá ser curto
ou longo. Mas é sua fé, o seu amor
e a sua paciência que vão determinar
qual deles você quer viver.”
Miriam Comparin Corrêa, presidente da AACC/MS.
A frase foi cunhada do quadro instalado na entrada da AACC/MS.
To t a lSaúde | 2 5o u t u b r o , 2 0 0 8
AACC/MS | Especial do Mês
Voluntários
ONDE ENCONTRAR
Av. Ernesto Geisel, 3.475
Bairro Orpheu Baís
Campo Grande-MS
Tel: 67.3325-4000
www.aacc-ms.org.br
FORMAS DE
AJUDAR A AACC/MS
Banco do Brasil
Agência 3496-7
Conta Corrente 1968-2
Assinantes da Brasil
Telecom podem doar
através da conta telefônica,
entrando em contato com a
empresa de telefonia.
Atenção: a AACC/MS não
tem telemarketing, por isso,
desconfie de qualquer
ligação pedindo fundos
para a entidade.
Doe brinquedos, calçados,
roupas para o brechó.
Compre produtos da
cozinha da Produção.
Doe parte do Imposto de
Renda.
solidariedade que nasceu há dez anos e atualmente é um pequeno adulto com sorriso de criança.
As crianças com câncer têm sempre um aliado por perto, ou melhor, na maioria, uma aliada. Na Casa de Apoio é permitida e necessária a presença de algum familiar que acompanhe o atendimento, geralmente, mães que deixam tudo para trás. Um exemplo disso é a vendedora Sandra Regina de Farias, que mora em Três Lagoas, mas há três anos adotou Campo Grande como a segunda casa, por conta do tratamento do filho Rafael, de cinco anos.
Inicialmente, a aparente inflamação no pescoço de Rafael foi diagnosticada como caxumba, mas o quadro não se confirmou. Sandra lembra que outra possibilidade seria tuberculose, mas foi em Campo Grande que o linfoma foi descoberto, depois de quinze dias de angústia e incerteza. "Eu fiquei muito desnorteada", diz a mãe.
Foi na AACC/MS que Sandra e Rafael encontraram segurança: "Aqui eu tenho a sensação de estar em casa, em um lar", disse. Durante a entrevista, Rafael estava em sala de aula, com a professora, exultante por ter finalizado alguns cálculos de matemática. "Olha, mãe, o Rafael fazendo conta rapidi-nho!", diz a professora. "Sério, Rafael? Tô orgulhosa, meu filho!". O menino se abre em um sorriso. Mais uma pequena batalha vencida.
Para manter o atendimento – hoje destinado a 350 crianças – a AACC/MS conta, integralmente, com o apoio de 400 voluntários e parceiros, pois não há uma fonte de renda fixa. Regularmente, a entidade participa de feiras e shows, comercializando artesanatos e lanches nela produzidos, além de promover festas, bazares ou bailes para angariar fundos. A luta diária surte efeito: a renda sempre cobre os gastos, e foi neste trabalho de muitas formiguinhas que eles conseguiram erguer a sede com 1,3 mil metros quadrados de área construída.
A ajuda não é necessariamente monetá-ria. Pessoas jurídicas colaboram com doação de brinquedos ou de produtos e serviços. Há os que querem oferecer carinho, trabalhar no atendimento direto com as crianças. Nestes casos, a AACC/MS faz uma seleção rigorosa que envolve três dias de treinamento, entrevista com psicóloga e questionário.
Alexandra explica que o procedimento feito a cada três meses é necessário, pois a atenção direta às crianças envolve noções de nutrição e conhecimento sobre o câncer. Outro fator é que muitos buscam, na entidade, uma forma de suprir uma carência própria, ocasionada por alguma perda familiar. "São pessoas que não estão preparadas para o trabalho". Hoje há uma lista de espera de 300 pessoas que querem colaborar, de alguma forma, com a entidade. Mais braços e corações para edificar a
A dor de cabeça, ou cefaléia, é um sintoma bastante freqüente nas crianças atendidas nas unidades de emergência, e um dos principais motivos de encaminhamento ao pediatra e neurologista pediátrico. A maior preocupação dos pais quando procuram auxílio médico é a possibilidade de doença neurológica grave (tumor, aneurisma ou meningite).
A cefaléia pode ter diversas etiologias, tais como: febre, sinusite, distúrbio odonto-lógico, psicogênica, pós-trauma, enxaqueca, meningite, tumores e outros. Felizmente, a maioria das cefaléias na infância é benigna, geralmente decorrente de enxaqueca, tensional, ou devido à febre. Os tumores, que são a grande preocupação, são responsá-veis somente por 2 % dos casos.
O histórico, também chamado de anamnese, associado a um minucioso exame físico e neurológico, é a chave para o diagnóstico correto da cefaléia na infância. Muitas vezes obtém-se um diagnóstico correto mesmo antes dos exames comple-mentares. Naqueles casos em que se suspeita de doença orgânica, os exames deverão ser solicitados de acordo com a avaliação clínica. Os exames mais freqüentes são: eletro encefalograma, raios-X de crânio, tomografia computadorizada de crânio, ressonância magnética de crânio e análise do líquido cefalorraquidiano.
Dentre as cefaléias, daremos um enfoque especial para a enxaqueca ou migrânea, responsável por grande parte da procura dos consultórios de neuropediatras. A mesma é bastante rica em sintomatologia, podendo apresentar dor localizada somente em um dos lados da cabeça do tipo pulsátil, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz, escotomas (fenômenos visuais), dor abdominal, tonturas, apatia, irritabilidade. É bastante freqüente a existência de familiares com enxaqueca. Apresenta fatores desencadean-tes como: alimentos (chocolates, queijo, produtos industrializados), esforço físico, exposição ao sol, redução das horas de sono, stress, jejum prolongado.
O tratamento do episódio agudo deve ser instituído o mais precocemente possível, não se deve esperar a exacerbação da dor. O uso de analgésicos se faz necessário, assim como os anti-eméticos (medicação para vômito). O tratamento profilático deverá ser instituído todas as vezes que as crises de cefaléia chegarem à freqüência de três episódios por mês. Muitas vezes, a simples tranqüilização da família e do paciente cuja cefaléia não é devida a nenhuma patologia intracraniana faz com que haja uma melhora espontânea dos sintomas. A utilização de uma agenda de crises de cefaléia é impres-cindível para um acompanhamento adequado dos pacientes.
na infância
Dra. Maria José Martins Maldonado
A cefaléia pode
ter diversas
etiologias, tais
como: febre,
sinusite, distúrbio
odontológico,
psicogênica, pós-
trauma, enxaqueca,
meningite, tumores
e outros.
Dor de cabeça
Dra. Maria José Martins
Maldonado
Especialista em Neurologia
Infantil. Especialista em
Neurofisiologia Clínica. Mestre
pela FUFMS.
CRM/MS 1970
Rua Rui Barbosa, 4.112
67 3325 8031
Especial do Mês | Cefaléia Infantil
2 2 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
A “criança”em cada um de nós
Especial do Mês | Filosofia Clínica
Cláudia Peruzzo
2 8 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
Definida ao pé da letra, a palavra proveniente do latim infantia significa incapacidade de falar. Este é o significado primeiro e muito antigo de infância, carregando este peso de ser incompleto perante os mais experientes (ou seja, um quase incapaz, que não recebia um espaço social definido devido à pouca importância que lhe era concedida). Tão longe dos dias atuais, onde ser criança é estar em contato com tantas e novas possibilidades, tantas mídias direcionadas ou não, esta nova criança tem um espírito mais independente. É claro que ainda necessita, talvez mais agora do que antes, do adulto “cuidador” intervindo nas ações de elaboração da realidade e do desenvolvimento do seu próprio olhar.
Hoje é reconhecida como Ser, e também é reconhecida a importância de um bom ambiente para o seu desenvolvimento, enfim, há espaços e discussões específicas sobre crianças e infância. Os anos passam, muitas coisas mudam e outras tantas continuam presentes, mesmo que em camadas mais profundas, sempre prontas para subir, assumindo o papel principal. Pode-se, então, recorrer às palavras de Napoleão: os homens não passam de crianças adultas. São palavras sábias, e, bem observado, o comportamento adulto carrega
em si muito da criança.Os anos passam, as brincadeiras mudam,
os brinquedos ficam mais específicos e caros, mas, ainda assim, a porção criança permanece viva. Quando essa porção é equilibrada com maturidade fica tudo tranqüilo, porém, quando mais do que a criança, o infantil, permanece, então este adulto infantilizado vai enfrentar alguns problemas. Talvez seja por isso: para evitar, nos adultos, comportamentos demasiados infantis, é que aquela recomendação dos avós, de deixar uma criança cair alguns tombos, queimar alguns dedos, cometer alguns erros, seja tão importante ainda hoje. Sábios seriam, então, os pais que proporcio-nam oportunidades de errar, não intervindo logo, não evitando sempre, não protegendo muito.
E é assim, através de alguns erros, que na vida adulta nos é proporcionado o prazer de aprender, a alegria de descobrir. E é essa sensação, tanto de descoberta quanto de aprendizado, que desperta nossa criança interior. A criança é aquela que necessita de atenção e cuidados permanentes. Os adultos sabem que não desfrutam de tamanha atenção, mas são sabedores também do quanto é bom obter carinho e cuidados, mesmo quando se tem a capacidade de ser o cuidador.
"A criança é
aquela que
necessita de
atenção e
cuidados
permanentes,
até mesmo
quando se tem
capacidade de
ser cuidador."
A “criança”em cada um de nós
To t a lSaúde | 2 9o u t u b r o , 2 0 0 8
Filosofia Clínica | Especial do Mês
Recorrer à espontaneidade
da criança talvez seja a
melhor saída para o atribula-
do e sisudo dia-a-dia de
qualquer adulto. Saber-se
autônomo traz boas sensa-
ções, mas a energia, a
curiosidade e a capacidade
de surpreender da criança
fazem muito bem aos corpos
e mentes adultos.
Uma estima elevada, boa
criatividade e uma vida mais
leve são características que
se espera obter com essa
boa e saudável convivência
do adulto com o infante
interno. Porém, isso não se
ensina; como disse Galileu,
“não se pode ensinar alguma
coisa a alguém, pode-se
apenas auxiliar a descobrir
por si mesma”. Nietsche, por
sua vez, dizia que “a maturi-
dade do homem consiste em
ter reencontrado a seriedade
que em criança se colocava
nos jogos.”
Cláudia Peruzzo é terapeuta
com base na Filosofia Clínica,
professora em Extensão e Pós-
Graduação em Filosofia Clínica
pelo Instituto Packter.
(67) 3349-0804 (Clínica Saman)
www.filosofiaperuzzo.com.br
Creusa Izabel Gatti
Especial do Mês | Neuropsicologia
3 0 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
Dislexiadisléxicos, podendo chegar a dominar as habilidades da leitura informativa ou do estudo, domínio que irá lhe exigir certo esforço. Pesquisas revelam que, em torno de 80% dos casos, o disléxico terá condições de desempenhar seu papel dentro da sociedade.
O disléxico necessita de uma boa orientação e de uma instrução organizada a fim de contribuir com a sua capacidade de interpretar notícias, propagandas, jornais, mas é provável que continuem sendo leitores não tão interessados, buscando, na vida profissional, uma área que não exija tanto a leitura e escrita.
Através do entrelaçamento de descober-tas realizadas em diferentes áreas relaciona-das aos campos de Saúde e Educação, foram surgindo respostas importantes no trato do modo de ver e compreender a dislexia.
O olhar da Psicopedagogia sobre a dislexia é peculiar. O psicopedagogo não olha para a “dislexia”, mas para um sujeito e sua história de dificuldade de leitura/escrita, no contexto de sua modalidade de aprendiza-gem. De que o sujeito disléxico pode ter um bom desempenho escolar se adquirir consciência de que seu funcionamento mental não é inferior, porém, diferente e peculiar a sua condição existencial.
Portanto, se o disléxico vai apresentar seus sintomas com maior ou menor intensi-dade, durante toda a sua vida, porque é um distúrbio hereditário e neurológico, é importante saber que em hipótese alguma o disléxico tem comprometimento intelectual, perda auditiva ou visual, e que os fatores etiológicos são múltiplos e que não se podem afirmar com segurança que este ou aquele seja o causador da dislexia.
Devemos ver os disléxicos como um novo jeito de ser e de aprender, que reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes, arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente.
De acordo com a International Dyslexia Association, a dislexia pode ser vista e compreendida como “um dos muitos distúrbios da aprendizagem. É um distúrbio específico da linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificulda-de de decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico. Estas dificuldades de decodificar palavras simples não são esperadas em relação à idade. Apesar de submetida à instrução convencional, adequada à inteligência, oportunidade sócio-cultural e não possuir distúrbios cognitivos e sensoriais fundamen-tais, mesmo assim, a criança falha no processo da aquisição da linguagem. A dislexia é apresentada em várias formas de dificuldades, com as diferentes formas de linguagem, freqüentemente incluídas em problemas de leitura, em aquisição e capacidade de soletrar e escrever.”
A dislexia, distúrbio hereditário e neurológico, afeta os meninos numa proporção maior do que as meninas. Essa dificuldade torna-se mais explícita quando a criança inicia seu processo formal de escolaridade.
Durante a educação infantil, a escola e a família raramente percebem que existe um problema de aprendizagem. A criança tem desenvolvimento físico, social e cognitivo condizente à sua faixa etária, sem apresentar indícios de dificuldades escolares que certamente ocorrerão no futuro. Mas alguns aspectos podem ser observados desde cedo, se professores e pais estiverem informados de sua importância.
O fato de apresentar alguns destes sintomas não indica necessariamente que ela seja disléxica; há outros fatores a serem observados antes de fechar um diagnóstico, mas precisamos estar atentos.
Através de técnicas terapêuticas, o prognóstico é favorável à maioria dos
O uso do termo
dislexia, ao longo
do tempo, tem
gerado muita
controvérsia, pois
tem sido aplicado a
problemas gerais
de saúde, à imaturi-
dade, a fatores
emocionais, fami-
liares e sociais ou
por inadequação
dos métodos
escolares e da
postura de alguns
professores. Mas a
criança disléxica
realmente não
apresenta, aparen-
temente, nenhuma
das causas
citadas.
To t a lSaúde | 3 1o u t u b r o , 2 0 0 8
Neuropsicologia | Especial do Mês
SINTOMAS
Tendência à inversão de signos gráficos;
Dificuldade de organização;
Dificuldade de memória imediata;
Vocabulário pobre ou atraso de linguagem;
Falta de interesse por livros;
Dificuldade em acompanhar histórias;
Dificuldade em aprender rimas e canções;
Fraco desenvolvimento de coordenação motora;
Fraco desenvolvimento de atenção.
Distúrbios da leitura e da escrita
Os pais ou responsáveis devem buscar
profissionais especializados da área da saúde
e da educação para uma avaliação
multidisciplinar, sendo: avaliação neurológica,
audiométrica, oftalmológica, psicológica,
psicopedagógica e fonoaudiológica, para que
não restem dúvidas de que o problema é esse
mesmo, ou não.
O disléxico, mesmo possuindo nível de
inteligência normal, apresenta disfunções
cognitivas típicas do distúrbio que interferem
em sua capacidade de aprendizagem da
leitura e da escrita, em seu relacionamento
social e em sua vida escolar e profissional.
Portanto, é necessário que o trabalho
terapêutico seja multidisciplinar e que vise o
desenvolvimento cognitivo, a elevação de sua
auto-estima, a identificar as causas dos erros
que comete e, assim, poder corrigi-los,
mediando-se a si mesmo, contribuindo em
sua capacidade de aprendizagem e de
realização de um ser humano atuante em seu
meio com plenas realizações no campo
afetivo, intelectual, profissional e social.
Creusa Izabel Gatti
Neuropsicóloga - Especialista
pela Divisão de Psicologia e
Divisão de Clínica Neurológica
do Instituto Central do Hospital
das Clínicas da Faculdade de
Medicina e do Departamento
de Neurologia da USP e
Psicopedagoga.
CRP 14/03247-5
Rua Brasil, 573
(67) 3324-3941
O disléxico,
mesmo
possuindo nível
de inteligência
normal, apresenta
disfunções
cognitivas típicas
do distúrbio, que
interferem em sua
capacidade
de aprendizagem
da leitura e da
escrita.
As vacinas existem para ensinar o sistema imunológico a reconhecer agentes agressores que podem provocar doenças e a reagir produzindo anticorpos capazes de combatê-los. Na preparação das vacinas pode ser utilizado um componente do agente agressor, o próprio agente agressor numa forma atenuada, ou morto, ou outro agente que seja semelhante ao causador da doença. No Brasil, um dos programas de maior sucesso do Ministério da Saúde é o Programa Nacional de Imunizações.
Pode-se dizer, hoje, que a grande maioria das crianças brasileiras recebe, regularmente, vacinas contra quase todas as doenças graves. A eficiência desse programa chegou a tal ponto que certas enfermidades desapareceram por completo ou estão desaparecendo das clínicas médicas e hospitais. A poliomie-lite é um exemplo indiscutível de doença que desapareceu do cenário nacional graças a esse programa de imunização. Acompanhe a relação das principais vacinas e quando devem ser aplicadas:
VacinasCalendário de Vacinação Infantil
Natalia Razuk
VACINA PREVINE CONTRA IDADE ADEQUADA DOSE
BCG-ID
Hepatite B (1)
Hepatite B
Hepatite B
Febre Amarela
VOP (Vacina Oral Contra Pólio)
VOP (Vacina Oral Contra Pólio)
SRC (tríplice viral)
VOP (Vacina Oral Contra Pólio)
SRC (Tríplice Viral)
DTP (Tríplice Bacteriana)
BCG-ID
DTP (Tríplice Bacteriana)
Febre Amarela
DTP+Hib (Vacina Tetravalente)
DTP+Hib (Vacina Tetravalente)
Tuberculose
Hepatite B
Hepatite B
Hepatite B
Febre amarela
Paralisia infantil
Paralisia infantil
Sarampo, rubéola e caxumba
Paralisia infantil
Sarampo, rubéola e caxumba
Difteria, tétano e coqueluche
Tuberculose
Difteria, tétano e coqueluche
Febre amarela
Difteria, tétano, coqueluche,
meningite e outras infecções
Difteria, tétano, coqueluche,
meningite e outras infecções
Ao nascer
Ao nascer
1 mês
6 mês
9 mês
2 meses
4 meses
12 meses
15 meses
4 a 6 anos
15 meses
6 a 10 anos
4 a 6 anos
10 anos
2 meses
6 meses
Única
1ª dose
2ª dose
3ª dose
Única
1ª dose
2ª dose
Única
Reforço
Reforço
1º Reforço
Reforço
2º Reforço
Reforço
1ª dose
2ª dose
Especial do Mês |Vacinação
3 2 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
TecnologiaCrianças viciadas em
Especial do Mês | Tecnologia
3 4 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
atendem a uma galera, no mínimo, precoce. Algumas delas vêm do maternal, com três ou quatro anos de idade. Cedo demais para mexer no computador? Depende. Há especialistas que garantem: quanto mais cedo uma criança dominar a tecnologia que lhe vai servir no futuro, melhor. Outros são mais reticentes e acham fundamental esperar até que a garotada viva outras experiências antes de dedicar-se à informática. Na lista de atividades essenciais para uma infância sadia estão as brincadeiras de roda, o contato com amigos e, claro, as raladas no joelho.
Mexer no computador não é uma atividade danosa em si. Longe disso. Bem utilizado, ele pode ser um tremendo aliado do ensino, ajudando nas lições de casa e tornando mais suportáveis as tardes chuvosas dentro de casa. Há programas específicos para que a criançada desenvol-va a coordenação motora fina, a percepção de cores, as formas, e ainda estimule o raciocínio lógico. Assim como a televisão, porém, o computador exige limites rigorosos. Não deve ser usado por longos períodos, sob o risco de amplificar a ansiedade infantil. É preciso haver um
Natalia Razuk
O grande
problema é
saber quando
e como usar
corretamente o
computador.
Ainda sem saber ler nem escrever, muitas crianças, hoje, dominam o mouse com a mesma destreza com que brincam de carrinho. O contato com a tecnologia começa cada vez mais cedo – para constrangimento geral dos pais, muitas vezes obrigados a tomar lições com seus filhos para não fazer feio no escritório. Nas escolas particulares, onde os PC's são mais comuns do que no ensino público brasileiro, as aulas de computação
TecnologiaCrianças viciadas em
To t a lSaúde | 3 5o u t u b r o , 2 0 0 8
Tecnologia | Especial do Mês
A criação do Dia das Crianças, no Brasil, foi
sugerida pelo deputado federal Galdino do
Valle Filho na década de 1920. Arthur
Bernardes, então presidente do Brasil, aprovou
por meio do decreto nº. 4.867, no dia 5 de
novembro de 1924, a data de 12 de outubro
como sendo o dia dos pequenos. O Dia das
Crianças só passou a ser comemorado
mesmo em 1960, quando a fábrica de
brinquedos Estrela fez uma promoção junto à
empresa Johnson & Johnson para lançar a
"Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas
vendas. A idéia das duas empresas deu tão
certo, que outros comerciantes resolveram
adotar a mesma estratégia. E assim, dia 12 de
outubro é dia de criança ganhar presente!
Evite fazer do micro uma babá
eletrônica para deixar seu filho
ocupado enquanto você
também estiver.
Controlar o conteúdo da
Internet é praticamente
impossível. Por isso, separe um
tempo de seu dia para brincar
no micro junto de seu filho.
Fuja dos programas violentos
ou aqueles em que é preciso
apenas fazer exercícios
repetitivos, sem estímulo
intelectual para a criança. Dê
preferência para jogos que
envolvam raciocínio e o uso da
memória.
Equilibre bem o dia da
garotada. Crianças precisam
brincar, relacionar-se com os
amigos na escola, ler, praticar
esportes, assistir à TV e jogar
videogame. Tudo com limites.
Ajude a desenvolver a
consciência crítica de seu filho
explicando que, assim como
na televisão, nem tudo o que
aparece na Internet é verdade.
Muitos países comemoram o Dia das Crianças
em outros dias do ano. Na Índia, é em 15 de
novembro. Em Portugal e Moçambique, a
comemoração acontece no dia 1º de junho.
Na China e no Japão, a data é comemorada
em 5 de maio.
A Organização das Nações Unidas, também
conhecida como ONU, comemora o dia de
todas as crianças do mundo em 20 de
novembro. Foi nesta data que os países
aprovaram a Declaração dos Direitos das
Crianças.
Dia da
Criança
Dicas para o seu
filho tirar proveito
do computador
Dia das Crianças
no Mundo
Dia Universal
da Criança
equilíbrio entre as atividades do dia-a-dia e os momentos de brincadeira online.
O grande problema é saber quando e como usar corretamente o computador. Uma das instituições que resolveu especializar-se na investigação de novas tecnologias de comunicação aplicadas à educação foi a Escola do Futuro, núcleo de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP). Lá se buscam propostas pedagógicas inovadoras utilizando recursos como a Internet e a multimídia para maximizar as possibilidades do ensino e da aprendizagem. O computador é um ótimo motivador para as crianças. Seu objetivo é a informação. Até os quatro anos, elas estão na fase do descobrimento, e o uso de qualquer tecnologia deve ser lúdico.
Manter um equilíbrio saudável entre mídia de entretenimento e outras atividades na vida de seus filhos sempre foi um desafio para os pais. A Internet tornou este desafio ainda mais difícil. Algumas crianças se envolvem tão profundamente na comunicação pela Internet e nos jogos interativos, que muitas perdem a noção do tempo quando estão on-line. Essas são algumas maneiras de ajudar seus filhos a estabelecer um equilíbrio saudável entre o uso da Internet e outras atividades.
A obesidade infantil tem crescido muito no Brasil nas últimas duas décadas. Esta pode estar relacionada a fatores hereditários, mas também a maus hábitos alimentares e sedenta-rismo.
Engordar na infância é mais perigoso do que parece. Poucos pais sabem, mas, nos dois primeiros anos de vida e até os dez anos de idade, as células adiposas das crianças estão em multiplicação. Isso significa que elas terão mais depósitos de gordura para serem preenchidos ao longo da vida porque têm mais células formadas para tal fim. Se a criança é obesa com dois anos, ela tem 50% de chances de ser tornar um adulto obeso. Aos dez anos, o índice pula para 60%. Muitos ainda acham que uma criança gordinha é sinal de saúde, e chegam ao ambulatório de obesidade depois que o pediatra constatou níveis alterados de colesterol, glicemia e pressão arterial. A situação é tão caótica - uma em cada dez crianças está obesa, segundo dados recentes da Organização Mundial da Saúde - que a Sociedade Americana de Hipertensão acaba de divulgar uma nova recomendação: a partir de agora, os pediatras devem medir a pressão arterial dos pacientes maiores de quatro anos. Estudo americano mostrou que 20% das crianças na faixa de dez anos, que moram nos grandes centros urbanos,
estão com a pressão 12 por 8. O ideal é 11 por 7.
Uma alimentação mais saudável e a prática de atividades físicas podem ser favorecidas através de pequenas mudanças no hábito das crianças. Por enfrentarem várias complicações decorrentes da vida moderna, é essencial que os pais proporcionem aos filhos uma dieta equilibrada e atividades físicas.
A criança aprende pelo modelo dos pais, por isso, quando os vêem exercitando, tal atitude serve de estímulo para que ela aprenda desde cedo a adquirir hábitos saudáveis. Quando os pais são sedentários, os filhos provavelmente o serão, e futuramente podem desenvolver doenças como hipertensão, diabetes e problemas cardíacos.
Fugir da atração da TV e dos computadores e adotar brincadeiras que requerem movimentação, como esconde-esconde, pega-pega e amarelinha é um hábito saudável que pode ser estimulado pelos pais.Quanto à prática de alguma atividade física, esta precisa ser bem orientada, para que o exercício seja adequado à faixa etária. Outro aspecto importan-te é considerar a preferência da criança, assim ela desfruta mais dos benefícios do exercício, que, além de físicos, propicia também o convívio com o outro e o aprendizado de regras.
Pequenos
e gordosFofinhos não, obesos!
Natalia Razuk
Especial do Mês | Obesidade Infantil
3 6 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
Natalia Razuk
O alimento do momento
Nutrição | Quinua
3 8 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
Quinua Real
do bem que impedem a deposição de gorduras maléficas nas artérias. Esse trio de nutrientes controla a liberação de glicose, impedindo aquele sobe-e-desce do açúcar no sangue, o que dá fome rapidinho. O mix de vitaminas (tiamina, riboflavina, niacina e vitamina E), fibras e minerais (magnésio, potássio, zinco e manganês) e a ausência de glúten (ótima notícias para quem tem alergia a este elemento) somam mais pontos na ficha nutricional da quinua. O que os estudiosos estão tentando descobrir agora é se o vegetal, originalmente cultivado nas altas montanhas da Bolívia, possui fitoestrógenos seme-lhantes aos da soja — substâncias naturais que imitam a ação de certos hormônios, ajudando a amenizar os sintomas da TPM e da menopausa. Com certeza, você já está de bolsa em punho para sair atrás de um pacotinho. Nas prateleiras vai encontrar versões em grãos, flocos, farinha e até macarrão. A embalagem com meio quilo custa cerca de 15 reais. O preço é salgado, mas como seu volume chega a triplicar depois de cozida, não fica tão caro. Os vegetarianos já o conhecem há muito tempo, mas o grão faz bem pra todo mundo, e é uma delícia. Para você se convencer de vez, olha só uma receita que experimentamos e adoramos!
Se você ainda não ouviu falar dela, prepare-se: a quinua é o alimento mais festejado do momento. Os incas a chamavam de “grão de ouro” e a consideravam um alimento sagrado. Para começar, cada grão tem 20 aminoácidos diferentes, entre eles a metionina e a lisina, responsáveis pela formação da proteína completa, o que é quase uma exclusividade dos alimentos de origem animal. O que despertou de vez a atenção para a quinua foi o fato da FAO, Órgão das Nações Unidas para a agricultura e alimentação, considerá-la um dos alimentos mais completos e perfeitos do planeta, e também pela NASA incorporá-la na dieta dos astronautas em vôos espaciais, sem falar que alguns pesquisadores a comparam ao leite materno pelo seu altíssimo valor protéico. O que você ganha com isso? Proteína tem tudo a ver com o efeito do seu treino e com sua boa forma – ajuda a aumentar e manter o volume dos músculos, o que acelera o ritmo do metabolismo e faz o corpo queimar mais calorias. Completa e de fácil digestão, a proteína da quinua é perfeita até para quem pega pesado nos exercícios. Aliás, esse novo queridinho do prato saudável é também uma excelente alternativa protéica para quem não come carne. Além da proteína e do carboidrato, o poderoso grão esbanja ômega 3 e 6, gorduras
Alguns pesquisa-
dores a comparam
ao leite materno
pelo seu altíssimo
valor protéico.
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To t a l Saúde | 3 9o u t u b r o , 2 0 0 8
Quinua | Nutrição
RISOTO DE QUINUA
-1/2 cebola picada
-1/2 alho poró cortado em rodelas
-1/2 colher (sopa) de azeite de oliva
-1/2 abobrinha pequena ralada no ralo
grosso
-1 colher (sopa) de manjericão fresco
-1/2 xícara de broto de alfafa
-1/2 xícara (chá) de grãos de quinua
-1 xícara de (chá) de água
-25 gramas de azeitonas verdes
recheadas com pimentão, cortadas em
rodelas
Em uma panela sapeque a cebola e o
alho poró no azeite. Junte a abobrinha, o
manjericão, o broto de alfafa e a quinua.
Regue com água e cozinhe até a água
secar e a quinua amolecer. Adicione as
azeitonas, mexa bem e sirva.
Ingredientes
Preparo
Receita Super
Saudável!
Dra. Tatiane Savarese Attilio
Nutricionista. Especialista em
Nutrição Clínica, Especialista em
Obesidade e Emagrecimento,
Mestranda em Biotecnologia.
CRN 3/12175.
Rua Euvira Coelho Machado, 532
Chácara Cachoeira
67 3349-1569
www.atitudesaude.com.br
Este é um tema que eu, particularmente, adoro, pois a resposta para esta pergunta esclarece muito quando o assunto é emagre-cer com saúde. Bem, vamos lá. A balança está subindo e, com ela, a sua ansiedade para que ela volte ao tão sonhado peso ideal. A balança é odiada e amada ao mesmo tempo, basta você começar a reparar nas farmácias: sempre tem alguém fazendo uso dela. Mas, a balança não mostra a realidade do nosso peso. É verdade, pode acreditar! Quer ver? Pense comigo: o peso é a soma de tudo o que está em nosso organismo, certo? Isto inclui ossos, vísceras, órgãos, sangue, líquidos, músculos (denominados massa magra), além da gordura (denominada massa gorda). Logo, quando subimos na balança, ela mostra o resultado da soma de tudo isso. O problema é que a balança não separa o que é massa magra do que é massa gorda, e para emagrecer precisa-se eliminar gordura, e não musculatura. E é justamente pela falta de informação sobre a composição corporal (estimativa de quanto de massa magra e quanto de massa gorda) que muitas pessoas comprometem sua saúde quando fazem "dietas malucas", diuréticas, laxativas, restritivas, da sopa, etc. Ficam na ilusão de que o peso "perdido" na balança representa perda de gordura, ou seja, emagrecimento. Quando, na verdade, toda vez que fazemos uma dieta que não é adequada (individualiza-da), levando em consideração a sua composi-ção corporal, você acaba perdendo, na maioria das vezes, água. Por isso, cuidado com dietas que não foram elaboradas especialmente para você, a partir da estimativa da sua composição corporal, pois somente conhecendo a composição corporal é que se obtém o direcionamento adequado para a elaboração de um plano alimentar eficaz, duradouro e sem efeito sanfona.
Perder pesosignifica emagrecer?
Quando a balança
começa a subir a
cada vez que você
vai conferir seu
peso, logo você
pensa: "Preciso perder
peso". Mas, será que
perder peso significa
emagrecer?
Dra. Tatiane Attilio
4 0 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
Nutrição | Peso
4 2 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
Nutrição | Alimentos
Pode estimular a produção de anticorpos e de
interferon gama. Os lactobacilos do iogurte
podem também combater as células cancero-
sas. Dose: 180grs/dia.
O lentinana do shitake aumenta a imunidade,
estimula os macrófagos e linfócitos e aumenta a
produção de interleucina 1, substância que
combate tumores. Dose: 100g/dia.
Pode estimular a resposta imunológica, já que
estimula os macrófagos. O alho é agente
modificador da resposta imunológica.
Dose: 2 dentes/dia.
Rejuvenesce o sistema imunológico. O zinco faz
com que o timo, que desempenha papel
importante em nossas defesas, seja estimulado
a se desenvolver após a atrofia natural da meia-
idade. Dose: 80 g/dia de ostras.
O betacaroteno presente na cenoura estimula
células imunológicas protetoras combatentes de
infecções. Dose: 60 g/dia.
Alimentos
É possível
combater
pequenas
infecções
e até mesmo
evitar tumores
apenas
ingerindo
determinados
alimentos.
Iogurte
Shitake
Alho
Zinco
Cenoura
Encontrar uma fórmula que garanta uma vida saudável por tempo indeterminado parece um tanto quanto impossível. No entanto, buscar alternativas que nos auxiliem a atingir o objetivo de viver de forma saudável, não é uma tarefa difícil. Isso porque simples hábitos podem fazer toda a diferença para o seu organismo.
O grande segredo para se ter uma boa saúde é fortalecer o sistema imunológico. Com isso é possível combater pequenas infecções e até mesmo evitar tumores. O que muitas pessoas ainda não sabem é que garantir o bom funcionamento do sistema imunológi-co é muito mais fácil do que se imagina. Uma alimentação balanceada é a grande arma para aumentar a imunidade, já que os alimentos contêm substâncias bioativas que podem estimular o sistema imunológico, aumentando a resistência às bactérias e vírus.
Aquilo que ingerimos exerce grande influência sobre as células brancas do sangue, responsáveis pela defesa dos organismos agressores de nosso corpo, tanto é que os vegetarianos, por exemplo, têm duas vezes mais resistência ao câncer do que quem ingere carnes. Ainda não se sabe por que os glóbulos brancos dos vegetarianos são mais resistentes, mas eles apresentam níveis mais elevados de caroteno no sangue, comprovadamente benéfico para o sistema imunológico.
Quem quer fortalecer o organismo e aumentar a imunidade pode adotar uma dieta diária que inclua a ingestão dos seguintes alimentos:
fortalecem e aumentam a imunidade
que
Natalia Razuk
A cama aguarda mais uma noite de orquestra, e basta encostar a cabeça no travesseiro para começarem os roncos. A respiração ruidosa, porém, é só o início do espetáculo. Na ânsia de recuperar o fôlego, existe uma espécie de engasgo, a respiração volta e, em seguida, engata-se uma nova série de sons barulhentos. Brincadeiras à parte, esta ópera que persiste madrugada adentro é coisa séria e atende pelo nome de apnéia do sono.
O ronco é um sonoro sinal da doença. Sete em cada 100 pessoas têm o distúrbio em grau acentuado, e outras 20, em cada 100, o apresentam pelo menos uma noite ao longo da vida, estimam as pesquisas do Instituto do Sono da Unifesp. A apnéia costuma surgir por volta dos 40 anos, sobretudo nos homens e com uns quilos a mais. A partir dessa faixa etária, a musculatura da faringe fica mais flácida. Quando o indivíduo se deita, então, esse tubo se estreita e, com a ajuda de possíveis amontoados de gordura na região da garganta, interrompe o caminho do ar. Esse estreitamento provoca uma vibração, o ronco, seguida de uma parada silenciosa da respiração. A faringe se fecha por, no mínimo, dez segundos e, em casos graves,
pode ficar assim por um minuto.O regente dos roncos e dos breques na
respiração nem percebe o sufoco. Quem tem apnéia dorme muito, mas dorme mal porque não respira direito. É um sono que não repõe as energias. E o pior: a falta de ar e a inconstante entrada de oxigênio disparam a pressão arterial. Um fenômeno que, no início, se restringe à madrugada, mas, com o tempo, ganha o dia e a vida do apnéico. Quando a pressão já está nas alturas, a apnéia pode torná-la incontrolável, ou seja, mais do que predispor ao problema, ela agrava a situação. A associação entre os males também foi flagrada por um trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Aliás, esse foi um dos primeiros estudos no mundo a demonstrar que o elo entre ambas as doenças independe de fatores como idade, sexo ou obesidade. A apnéia aumenta em cinco vezes o risco de hipertensão resistente.Por isso, enquanto a apnéia não é tratada, a pressão alta também não cede. Se você acha que o ronco esporádico ou uma apnéia leve não oferecem riscos, um alerta: A apnéia pode evoluir com a idade, ainda mais se a pessoa engordar.
Mais comum do
que se pensa, o
ronco afeta 40% dos
homens e 25% das
mulheres.
RoncoO sufoco de toda noiteSe você ronca ou dorme com alguém que tem esse problema, procure já um médico e inicie um tratamento adequado.
Natalia Razuk
Bem-Estar | Ronco
4 4 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
4 6 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
Entrevista | Jairo Marques
Natalia Razuk
Jairo 11 de outubro, Dia Nacional da Pessoa Portadora de Deficiência Física
Entrevista com Jairo Marques, Jornalista.
Não sei afirmar se o preconceito está diminuindo.
Prefiro afirmar que os deficientes estão se impondo
mais, aparecendo mais e exigindo seu espaço em
todos os setores da sociedade, como tem de ser. As
mesmas conquistas foram as dos negros, dos
homossexuais. O “povo da Matrix”, como costumo
dizer, está um pouco atrasado.
Sem dúvida, a maior dificuldade é a rua. É impossível
se fazer presente no mundo se a gente não
consegue nem sair de casa por causa da falta de
rampas, das calçadas sem padrão e destruídas.
rebelião ou de um fato que eu necessite, além do
preparo intelectual, de condições físicas para realizá-
la. Acho que o bom profissional, sendo ou não
deficiente, precisa pensar em suas responsabilida-
des profissionais, e que à frente dele está uma
empresa. De forma geral, no tempo em que trabalhei
como repórter, eu sabia exatamente o que eu poderia
ou não assumir como responsabilidade.
Não vejo como um "estigma", mas como uma
realidade. Eu sou cadeirante e, em alguns momen-
tos, preciso de uma condição diferente para cumprir
minha função. Por exemplo, não tenho condições,
por motivos óbvios, de fazer uma cobertura de uma
Ainda falando de profissão, aparecem hoje,na mídia, atrizes, modelos e cadeirantes em profissões, até então, impensáveis para pessoas com deficiência física. Isso é uma demonstração de que o preconceito está diminuindo, portas novas estão sendo abertas?
No dia-a-dia, qual a maior dificuldade do cadeirante?
Jairo, você é um jornalista bem sucedido, e possui uma deficiência física. Você acha que existe esse estigma de “o jornalista cadeirante”? Em algum momento o cadeirante pode vir antes do jornalista?
MarquesNo dia 11 de outubro é comemorado do Dia do
Deficiente Físico. A população brasileira é composta por mais de 24,5 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que representa 14,5% população, e os deficientes físicos representam cerca de 4,1%. Apesar deste número expressivo, as pessoas com deficiência ainda enfrentam inúmeras dificuldades, desde a locomoção e educação até o preconceito pela falta de informação. O preconceito infelizmente aparece em diferentes maneiras: em um olhar, uma palavra mal expressada, a falta de tolerância. As barreiras físicas também expressam preconceito no sentido de mostrar que as ruas, os transportes, as lojas, em muitos casos, não estão preparados para receber uma pessoa com deficiência.
Entrevistamos Jairo Marques, 33 anos, jornalista da Folha de São Paulo e cadeirante, que nos contou, em uma entrevista exclusiva, um pouco mais do cotidiano de um deficiente físico em uma cidade brasileira.
Jairo Marques | Entrevista
To t a lSaúde | 4 7o u t u b r o , 2 0 0 8
Há uma sensível melhora no transporte público,
com mais ônibus acessíveis. Porém, como disse
anteriormente, se eu não consigo andar pela
calçada, não consigo chegar ao ponto de ônibus.
Falta fiscalização aos nossos direitos de vaga
especial, de banheiros e rampas em locais públicos
e privados. Vejo avanços, mas não vejo vontade
política de fôlego para tornar o mundo mais pleno
para todos.
Algumas empresas empurram a lei com a barriga e
não estão preocupadas com um processo de
inclusão, e somente recrutam pessoas com
deficiência. Pra mim, há um grande mito divulgado
por alguns setores de que falta mão-de-obra
qualificada para preencher as vagas reservadas. O
que falta é a divulgação dessas vagas. Há milhares
de deficientes físicos com ótima qualificação e
ávidos por trabalhar. A maioria das vagas, entretan-
to, fica mesmo para setores de menos qualificação.
Em tempos de eleição, temos que saber o que está sendo feito? O que precisa melhorar?
A Lei 8.213/91, regulamentada em 1999, obriga as empresas a contratar de 2 a 5% de deficientes físicos para seus quadros. Funciona? As empresas levam em conta a aptidão das pessoas ou contratam deficientes para qualquer cargo só para cumprir a lei?
Jairo é autor do blog http://assimcomovoce.folha.blog.uol.com.br/, que conta de uma forma bastante bem humorada sagas cotidianas da vida de um deficiente físico, além, é claro, de entrevistas e matérias bem interessantes, sem ser piegas deste universo.Leiam, que vale muito a pena!
Há uma sensível melhora
no transporte público, com
mais ônibus acessíveis. Porém,
se eu não consigo andar pela
calçada, não consigo chegar ao
ponto de ônibus.
Endereços | Úteis Advogados
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Unidade CentroRua Padre João Crippa, 1098 - CentroTelefones: 3383-7000 / 3323-1842
Unidade Centro IIRua Barão do Rio Branco, 2590Telefone: 3323-9368
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Advogada, Mestre em Direito Ambiental pela Universidade de Caxias do Sul, atuante nas áreas
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Hoje, a Pousada Geriátrica atende a 22 pacientes que passam por tratamento médico e precisam de cuidados constantes e específicos. Antes de entrar na Casa de Repouso, o paciente fornece vários detalhes que serão importantes para a excelência do atendimento: o tratamento médico em andamento, qual medicamento foi receitado, se foi submetido a alguma cirurgia e se há alguma especificidade no quadro clínico, por exemplo.
A partir daí, recebem o atendimento conforme a orientação médica: os idosos têm sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e atendimento psicológico. Nos dois últimos casos, somente se houver indicação específica. A Pousada ainda conta com o trabalho de uma nutricionista e nove
técnicos de enfermagem, estes em atenção constante às necessidades das Vós e Vôs, como são, carinhosamente, chamados.
Os idosos ainda participam de sessões de Terapia Ocupacional, com atividades feitas em grupo, uma forma de exercitar o convívio social. A Casa de Repouso oferece ainda recreação com atividades manuais e passeios.
Silvia Samara explica que o atendimento não tem a intenção de substituir o carinho da família, que tem papel imprescindível na vida dos idosos. A Pousada possui um livro de visitas, uma forma de verificar se todos mantêm contato com os familiares. "Alguns chegam desconfiados, mas aí eles percebem que nós trabalhamos de forma diferente", afirma a terapeuta. Caso o familiar não possa estar na Pousada, é oferecido um serviço de transporte para que o idoso possa estar em casa, com maior contato possível com a família.
Muitas instituições religiosas visitam a casa e prestam serviço de orientação, outro alento para os idosos que precisam enfrentar problemas de saúde. Membros das igrejas evangélicas, católicas ou centros espíritas costumam visitar as Vós e os Vôs. São canais diferentes, mas com o mesmo objetivo de comunicação com o Pai, como Silvia fala. "Sem Ele, a gente não estaria aqui", conclui.
O serviço espe-
cializado pode
ser a longo prazo
ou hotelaria, onde é necessária
a estadia por
período curto. Em
qualquer dos casos,
o objetivo é o
mesmo: "A intenção
é que eles se
sintam em casa,
que possam se
adaptar e sentir que
essa é uma grande
família", explica
Silvia.
ONDE ENCONTRAR
Rua Eduardo S. Pereira, 520
Bairro São Francisco
67 3027 1237
Bem-Estar | Idoso
5 2 | To t a lSaúde o u t ub r o , 2 0 0 8
O imposto de renda é um tributo que incide sobre determinados ganhos proveni-entes do trabalho assalariado e demais atividades econômicas, entre elas, os ganhos auferidos com os rendimentos de aplicações financeiras, com aluguéis, entre outros.
No entanto, a legislação brasileira concedeu aos portadores de determinadas doenças consideradas graves a isenção do imposto de renda de pessoa física em alguns desses rendimentos.
Assim, os rendimentos, sem qualquer limite de valor, referentes à aposentadoria, pensão ou reforma, incluindo a complemen-tação recebida de entidade privada e a pensão alimentícia dos portadores de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), alienação mental, cardiopatia grave, cegueira, contaminação por radiação, doença de Paget em estados avançados (osteíte deformante), doença de Parkinson, esclerose múltipla, espondiloartrose anquilosante, fibrose cística (mucoviscidose), hanseníase, nefropatia grave, hepatopatia grave (neste caso apenas os rendimentos auferidos após 01/01/2005), neoplasia grave, paralisia irreversível e incapacitante e tuberculose ativa, nos termos do artigo 6º, inciso XIV, da Lei nº 7.713/88, cuja redação foi dada Lei nº 11.052/04, são isentos do imposto de renda.
Contudo, segundo a Receita Federal, no caso do contribuinte não ter se aposentado, ainda que seja portador de uma das doenças acima referidas, não estão isentos deste
tributo os rendimentos decorrentes de sua atividade econômica.
No caso de aposentados, não estão isentos os rendimentos de atividade empregatícia ou autônoma e os rendimentos de outra natureza como os aluguéis, que sejam recebidos, em ambos os casos, de forma simultânea com os de aposentadoria, reforma ou pensão.
Para poder usufruir desta benesse legal, o contribuinte deverá requerer a isenção, que poderá ser reconhecida de forma retroativa pela fonte pagadora, e comprovar, através de um laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios, ser portador de uma das doenças citadas.
Serviço médico oficial da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios é o serviço médico dos Órgãos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como de suas autarqui-as e fundações públicas.
dos portadores de doenças graves
Gabriela Grings Fleck
Antonio de Barros Jafar
E lembre-se:
sempre consulte
seu advogado
para lhe orientar
e prestar assistência
de forma técnica
para defender, o
mais adequadamente
possível, os seus
direitos.
VALE LEMBRAR!
A isenção do Imposto de Renda de Pessoa
Física não isenta o contribuinte dos seus
deveres fiscais e, no caso de preencher
uma das condições de obrigatoriedade de
entrega da Declaração IRPF, de apresentá-
la e entregá-la normalmente.
Gabriela Grings Fleck
Antonio de Barros Jafar
Advogada, Mestre em Direito
Ambiental pela Universidade de
Caxias do Sul, atuante nas áreas
Ambiental e Previdenciária.
OAB/MS 12.352-A
OAB/RS 53.510
Advogado, Especialista em
Direito Tributário, Financeiro
e Econômico pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul,
atuante nas áreas empresarial
e tributária.
OAB/MS 8.481
Benefícios Tributários
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