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Revista Tracks 16
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A TRACK&FIELD ESTÁ ONDE VOCÊ ESTÁ:São Paulo Shoppings: Jardim Sul • Iguatemi • Morumbi • Villa-Lobos • Ibirapuera • Center Norte • Paulista • Eldorado • Market Place • West Plaza • Higienópolis • Anália Franco • Daslu • Rua Oscar Freire • Campinas Shoppings: Iguatemi • Galeria • Ribeirão Preto Shoppings: Ribeirão • Santa Úrsula • Belo Horizonte Shoppings: BH • Diamond Mall • Rio de Janeiro Shoppings: Rio Sul • Barra • Fashion Mall • Leblon • Curitiba Shoppings: Mueller • Crystal Plaza • Brasília Shoppings: Pátio Brasil • Park Shopping • Porto Alegre Shopping: Iguatemi • Goiânia Shopping: Flamboyant • Loja de Fortaleza - Av. Dom Luiz, 1.049 • Loja do Recife - Dona Santa e Santo Homem
Sugestões:Fone SAC: (11) 3048-1238E-mail SAC: [email protected]
MAKING OF TRACKS16 I N V E R N O
É tempo de se exercitar
E por isso, a Track and Field anuncia novas etapas para o Run Series 2007. Além de
melhorar ainda mais em infra-estrutura, o circuito cresceu: e agora conta com etapas no
Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre, além de São Paulo e Brasília.
Continue seu passeio esportivo pela Tracks #16 descobrindo por que as mulheres
aderiram ao boxe, desvendando os mistérios e as filosofias do aikido e conhecendo
alguns “atletas de ferro” brasileiros, que competem na prova de triathlon Ironman.
Por falar em competição, estamos próximos dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro,
que acontecerão em julho. Inspirado neles, um belíssimo ensaio sobre atletismo mostra a
desenvoltura desses atletas num lugar onde eles se sentem em casa: a pista de atletismo.
Para completar, aprecie a coleção de inverno da Track&Field, que está prontinha para te
oferecer conforto e praticidade na estação mais aconchegante do ano.
Finalize a viagem pela revista conhecendo as irresistíveis belezas de um país
montanhoso e nevado chamado Suíça e as delícias gastronômicas brasileiras em pleno
bairro londrino de Knightsbridge.
Ana Claudia Tommasi
ÍNDICEI N V E R N O 2 0 0 7TRACKS 16 s p o r t s • h e a l t h • l I F e s t Y l e
P18 P40 P50 P96 P98
P102 P110 P132 P134 P138
G E A R e s p e C I a l F I T N E S S N . A V E N T U R A t r a V e l
B e a U t YE C O I IG O U R M E TR U N S E R I E Sh e a l t h
a t l e t I s M oP56r e F l e C t I o NP24
TRACKS TO GO P72
I R O N M A NP118
STAFF TRACKS
Diretora: Ana Claudia Moura Tommasi • Coordenação: Tatiana Rodrigues • Colaboradores: Cristina Carvalho, Fernanda Leone, Patrícia Bertolucci, Alice Ferraz,
Marcos Paulo Reis, Mário Sérgio, Heloisa Guarita, Vanderlei Pereira, João Montenegro, Márcio Puga, Joaquim Ferrari, Camilo Geraldi, Vania Assaly, Eduardo
Wagner, MurilLo Pessoa, Caio Mario Britto • Editorial de Moda – Fotógrafos: Johnny, Beto Riginik, Ana Lúcia Mariz – Produtores de Moda: Heleno Jr., Sofia Ortiz
– Maquiagem e Cabelo: Alex Cardoso, Luciano Ramos • Projeto Gráfico: J3P Propaganda tel. (11) 2182 - 9500 – www.j3p.com.br • Direção de Criação: Fábio
Pereira • Direção de Arte: Cesar Rodrigues Carlos, Gabriel Muchon e Thais M. Machado • Coordenação J3P: Fábio Pereira, Giuliano Pereira, Gustavo Silveira,
Giuliana Valle – Editora-chefe: Marilin Novak • Revisão: Claudio Eduardo Nogueira Ramos • Produção Gráfica: J3P Propaganda.
Tracks é um projeto da Track&Field que tem como objetivo principal levar aos clientes todas as novidades em tecnologia, produtos e tendências de moda esportiva.
Sua distribuição é gratuita, direcionada aos clientes Track&Field. Rua Eduardo de Souza Aranha, 387 – 6º andar – São Paulo – SP – tel. (11) 3048 -1200
E-mail: [email protected]
ECO I P70
NUTRIÇÃO P106
teCNoloGIa p128
M. AMBIENTE P134
CUlt p140
FASHION P142
Até que enfim as mulheres descobriram que lutar boxe
não tem nada a ver com pancadaria, sangue a rodo
ou nariz quebrado. Ao contrário. Quando questionada
sobre qual o principal benefício para quem pratica o
esporte, a ex-big brother e boxeadora Tatiana Giordano
coloca a auto-estima na frente de todos os outros resul-
tados físicos. “Se você emagrece por causa do treino
aeróbico do boxe, automaticamente melhora a sua auto-
estima. Se você fica mais forte, com músculos definidos,
também vai se sentir mais confiante”, explica. Tatiana
é amiga dos ringues desde criança e treina há cinco
anos na Cia. Athlética, em São Paulo, uma das primeiras
academias tradicionais a oferecer aulas de boxe para
homens e mulheres.
E as “meninas de ouro” que treinam com o professor Mi-
guel de Oliveira (ex-boxeador e campeão mundial em
1975) são como a protagonista do filme de Clint East-
wood, ganhador de cinco Oscar. Elas buscam na vida
real romper barreiras e preconceitos ao enfrentarem os
mesmos desafios dos homens que trabalham fora, além de
cuidarem da casa e dos filhos. Com o boxe, as meninas re-
laxam de uma forma “educativa, recreativa e terapêutica”,
explica Miguel, professor da Cia. Athlética há 22 anos. É
o tal do “boxe social”, termo que ele inventou para expli-
car a prática do esporte em academias, uma aula na qual
quase metade dos inscritos é do sexo feminino. “Em muitos
dias há mais mulheres do que homens treinando”, conta.
Ao ver as garotas durante o treino – soqueando um saco,
o ar ou a própria imagem no espelho – imagina-se o que
se passa na cabeça delas: “Toma esta seu chefe chato”,
“uma para você, ex inútil”. O bom do boxe é que, além da
terapia no estilo “bata na almofada”, a praticante ainda
sua muito, fortalece os músculos, trabalha a coordenação
motora e a concentração. “Não há como não sair daqui
de alma lavada”, conta o professor, hoje com 59 anos.
As salas de boxe na Cia. Athlética são divididas em três
MENINAS DE OuROATé ENTãO uM TERRITóRIO MASCuLINO, O RINGuE
ABRIu ESPAçO PARA AS MuLHERES PuGILISTAS,
uMA NOVIDADE quE LOTOu AS ACADEMIAS
NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS, ONDE
SE PRATICA O CHAMADO
“BOxE SOCIAL”
Por Marilin Novak
a bela campeã mundial de olhos azuis, Duda Yankovich, posando com o cinturão
Foto
Div
ulga
ção
Cia
. Ath
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Cia
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18 19GEAR
SEM MEDO DE SOCAR
pratICar o BoXe soCIal É perIGOSO?
Não. Em muitas academias não há luta com contato físi-
co. Nas que possuem a opção, a aluna escolhe lutar ou
não. Mesmo assim, os socos são dados sem força.
O QUE EU PRECISO PARA COMEÇAR?
Teoricamente, força de vontade. Se for mesmo treinar
com regularidade, compensa comprar uma luva, princi-
palmente por questões higiênicas. Um modelo nacional
custa em torno de R$ 120 e um importado, R$ 250. Tam-
bém vale a pena ter as próprias faixas, que protegem a
mão por dentro da luva. E se optar por subir no ringue, a
lutadora deve usar um protetor bucal.
QUAIS AS VANTAGENS FÍSICAS PARA O CORPO?
O boxe melhora o condicionamento aeróbico (sua-se muito
durante a aula) e a força física; tonifica os músculos, princi-
palmente dos braços, costas, barriga e pernas; desenvolve
a coordenação motora e a capacidade de concentração.
e os BeNeFÍCIos psIColÓGICos?
Muitas mulheres que aderiram ao esporte afirmam que
o trabalho antiestresse e a melhora da auto-estima são
maiores do que os benefícios físicos. O ex-pugilista Mi-
guel de Oliveira, professor da academia Cia. Athlética,
costuma brincar que cada soco é um soco hipotético no
chefe, no trânsito, no ex-namorado. “Elas (novas alunas)
chegam desconfiadas e se deparam com uma variedade
de emoções quando começam a treinar. É terapêutico”,
explica Miguel.
ONDE PRATICAR BOxE
COMPANHIA ATHLéTICA
A academia oferece aulas de boxe em oito unidades. O quadro
de professores conta com dois nomes de peso: o ex-campeão
mundial Miguel de Oliveira, que dá aulas há 22 anos na unidade
Kansas (São Paulo) e a campeã mundial superleve Duda Yankovich,
uma iugoslava naturalizada brasileira.
Mais informações: www.ciaathletica.com.br.
BIO RITMO
Eles inventaram o Bio Fight, uma aula que mistura movimentos,
técnicas e equipamentos do boxe e da luta tailandesa Muay Thai.
Segundo a academia, os alunos gastam cerca de 750 calorias por
aula com socos, chutes, esquivadas, cotoveladas e joelhadas.
A aula pode ser realizada com ou sem contato físico.
Mais informações: www.bioritmo.com.br.
COMPETITION
As aulas de Boxe.Comp acontecem em três estágios, sempre sem
contato físico: sombra solta (os alunos ficam de frente ao espelho e
aprendem movimentos de golpe e esquiva); escolinha (dois a dois,
executam os movimentos de ataque e defesa, sem contato físico) e
luta (seqüência de golpes em sacos de areia).
Mais informações: www.competition.com.br.
FóRMuLA
As aulas na Fórmula também não têm contato físico e são compostas
por três partes: aquecimento (corrida ou pula corda com alongamen-
to); exercícios de sombra no espelho, bate-saco, esquiva e speed
bag (para fortalecimento dos músculos) e parte final com séries de
abdominais, alongamento e relaxamento.
Mais informações: www.formulaacademia.com.br.
CONFEDERAçãO BRASILEIRA DE BOxE
Aulas para quem realmente quer lutar dentro das regras olímpicas.
As meninas são treinadas pelo veterano Antônio Carolo.
Mais informações no local, Ginásio Mauro Pinheiro (Rua Abílio
Soares, 1.300, SP), ou pelo telefone (11) 3052-1885.
Divulgação Fórmula
Divulgação Fórmula Divulgação Competition
to e competição. “Os meninos recebem uma verba do
COB (Comitê Olímpico Brasileiro) que nós não temos”,
explica Juliana Piola, diretora do boxe feminino dentro
da Confederação Brasileira de Boxe. Por causa da exclu-
são, conseguir patrocínio privado também é mais difícil,
afirma Juliana.
Mesmo assim, já foram realizados quatro campeonatos
brasileiros (com um vácuo em 2006 exatamente pela fal-
ta de verba) e o Brasil tem alguns destaques, como a
ex-modelo Adriana Salles, a primeira campeã brasileira
com título reconhecido pelo Conselho Nacional de Boxe,
e a campeã mundial na categoria superleve (até 63,5
quilos) Duda Yankovich, que nasceu na antiga Iugoslá-
via, mas se naturalizou verde-e-amarela. Duda, reconhe-
cida pelos braços supertorneados que contrastam com os
cabelos loiríssimos e os olhos azuis, ganhou o cinturão
mundial em novembro de 2006, quando venceu a co-
lombiana Darys Pardo Cotera. A dama de ferro também
pode ser vista na Cia. Athlética (unidade Kansas) onde
treina e dá aulas.
Porém, infelizmente, as supermulheres estão de fora dos
Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, em julho, justa-
mente por não serem uma categoria olímpica (elas rea-
lizam seu próprio Pan, em outra data). Aos que ficaram
curiosos para assistir às meninas no ringue, Juliana dá a
dica do Bar la Gara (www.lagara.com.br), em são pau-
lo, um espaço temático que promove tanto lutas femininas
quanto masculinas. E é torcer para que a invasão dos rin-
gues pelas mulheres colabore para que o boxe feminino
se transforme em olímpico em 2012!
partes: de um lado os espelhos para os exercícios de som-
bra (no qual as atletas treinam socos, esquivas e pulam
corda – um dos melhores exercícios para a coordenação
motora); no meio, um ringue, onde um relógio marca o
round com três minutos de luta e um de descanso; e do
outro lado os sacos de areia, de ar e o Bob, um boneco
pronto para se transformar no chefe, namorado ou vizi-
nho a qualquer momento.
Campeão mundial em 1975 na categoria médio-ligeiro
(até 69,85 quilos), Miguel também conta que as mulhe-
res são mais disciplinadas do que os homens. “Acho que
por elas terem conquistado esse direito há pouco tempo
(poder lutar sem preconceito), são mais dedicadas”, diz.
Durante as aulas, as praticantes podem escolher lutar
com contato físico ou não. Se decidem subir ao ringue,
são obrigadas a usar um protetor bucal, mas apenas
como prevenção, pois os socos não são dados com
força. “Na verdade, você aprende a bater, não a apa-
nhar”, explica Tatiana.
NEM SEMPRE Só FLORES NOS RINGuESMas se de um lado o boxe social é considerado um es-
porte elitista, presente nas principais academias e com
mais de cinco mil praticantes em todo o País, do outro
as cerca de 500 lutadoras profissionais sofrem com um
problema muito maior do que uma pancada no rosto.
O boxe feminino não é uma modalidade olímpica, ao
contrário do masculino. Essa diferença é sentida princi-
palmente no bolso, quando faltam recursos financeiros
para bancar uma infra-estrutura adequada de treinamen-
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IMPERDÍVELPor Sergio Chilvarguer Fotos: Divulgação
uM PAÍS COM ESTONTEANTES PAISAGENS NEVADAS, POVO HOSPITALEIRO
(E APAIxONADO POR BRASILEIROS!), DIVERSOS POINTS PARA ESPORTES, ALéM
DE INFRA-ESTRuTuRA IMPECÁVEL: ESSA é A ALPINA SuÍçA
Deliciosos chocolates, queijos, fondues, racletes com vi-
nhos, relógios sofisticadíssimos, riqueza, discrição das
instituições bancárias, paisagens formadas por vales bu-
cólicos e grandes cadeias de montanhas nevadas. Todos
ícones da tradição suíça, um mundo tão distante do Bra-
sil. Realmente, a promoção da cultura nacional é forte e
bem mantida. Mas existe muito mais para se conhecer
nesse país que fica no coração da Europa, ao norte dos
Alpes, com quatro línguas oficiais, entre elas o dialeto
romanche, originado do latim e falado por cerca de 20
mil pessoas.
De modernas cidades e centros financeiros a minúsculas
vilas e luxuosos retiros nas montanhas, a Suíça surpreende.
Repleta de vales, montanhas, lagos, áreas verdes, a neve
constante nos picos mais altos é a imagem clássica dos
cartões-postais. O conceito “estação de esqui” existe por
lá desde meados do século 18, a partir de uma história
divertida: os ingleses, até então turistas do verão alpino,
foram convidados a passar um inverno lá, com a garantia
de terem seu dinheiro devolvido pelos suíços, caso não
gostassem. Com medo do tédio, acabaram levando para
a viagem alguns “brinquedinhos”, como cavalos, trenós,
esquis, jogo de pólo, corridas a cavalo e o bobsledge.
Foi assim que o prazer dos ingleses se tornou um dos
principais atrativos do inverno suíço, embora, nos últi-
mos tempos, o verão também tenha ganhado espaço. A
seguir, os locais imperdíveis no país das paisagens com
cores incríveis, lagos abertos às práticas esportivas aquá-
ticas, montanhas para caminhadas, escalada e biking,
além das atrações culturais, educativas e gastronômicas.
Magnífico!
40 41ESPECIAL
A MAIOR METRóPOLE DO PAÍS: ZuRIquECosmopolita, funcional e muito limpa, Zurique é a maior
cidade suíça, com uma população fixa de 350 mil pessoas,
que se multiplica por três durante o dia, com a vinda de pes-
soas do entorno. É a porta de entrada do país. Do Brasil,
são 12 horas de vôo noturno, sem a necessidade de visto.
Zurique é uma cidade focada no trabalho, mas com uma
vida cultural intensa e divertida dentro dos museus, bares
e restaurantes. Pessoas de todas as idades e estilos andam
nas ruas (desde executivos até tribos urbanas, como góticos
e punks). Na arquitetura, prédios funcionais, residências sim-
ples, construções mais antigas e algumas obras modernas
formam a paisagem local. Porém, é impossível descrever
Zurique e a Suíça sem falar dos trens. Parte indissociável do
visual das cidades, esse excelente sistema público de trans-
porte liga todos os pontos do país. Confortáveis, silenciosos
e pontuais, os trens podem ser incorporados sem medo na
sua viagem como principal meio de locomoção.
NEVE O ANO INTEIRO EM ENGELBERG-TITLISEstação de esqui a apenas duas horas de Zurique, a ci-
dade de Engelberg fica num vale selvagem e românti-
co, cercado por lindas montanhas com neve eterna. A
cidade abriga um povo hospitaleiro, alegre e que adora
brasileiros. lá está o ponto mais alto da região central
da Suíça, com 3.020 metros de altitude, local de treinos
oficiais da equipe nacional de esqui. A infra-estrutura re-
cebe muitos turistas. Se você for um deles, não deixe de
visitar a fábrica de queijos Mosteiro Beneditino, ou ainda
arriscar a sorte no cassino local.
Na montanha de Titlis as pistas são bem inclinadas, o que
exige atenção. Porém, a neve é abundante e seca, exce-
lente para o off-piste (esqui em pistas não-demarcadas).
Há muitos lifts, cabinados e confortáveis, sem filas para
se chegar ao topo. Destaque para o teleférico Rotair, uma
gôndola rotatória para 80 pessoas que oferece uma visão
panorâmica. Além de curtir a neve, claro, vale a pena
ir ao Parque dos Glaciares, formação natural com gelo
eterno. Se esquiar não é a sua praia, arrisque-se num dos
nove tipos diferentes de trenó para escorregar na neve até
cansar. No final, curta um dos bares lotados à beira da es-
tação, como o Chalet ou o animado Yucantan. engelberg
também não fica atrás quando o assunto é infra-estrutura
completa e moderna de restaurantes, lifts e lojas.
42 43ESPECIAL
O PRIMEIRO PATRIMÔNIO HISTóRICO DOS ALPESlocalizada a 195 quilômetros de Zurique, Grindelwald é
uma pequena e charmosa cidade, com apenas quatro mil
habitantes, no centro da região de Jungfrau. Por causa
da bela paisagem natural do vale, banhado constante-
mente por magníficos raios de sol, o local ganhou o título
de Patrimônio Histórico Mundial da Unesco – a primeira
região alpina a ganhar o status. Montanhas altíssimas e
desafiadoras ajudam a compor o cenário: o monte Eiger
(com 3.970 metros), o Finsteraahorn (4.274), o Monch
(4.099), o Wetterhorn (3.701) e Jungfrau (4.158) circun-
dam a cidade. Nada mais justo então do que o lugar
ter uma ótima estrutura para o esqui, com 200 quilôme-
tros de pistas, 44 modernos lifts e três estações bem di-
ferentes: First, Kleine-Scheidegg e Murren-Schilthorn, com
opções para qualquer nível técnico. Se preferir, pratique
heliski (quando se chega ao topo da montanha de heli-
cóptero), paragliding ou asa-delta, e relaxe os músculos
nas saunas e spas depois de se esbaldar nas pistas. No
dia seguinte, experimente o “velogemel”, uma bicicleta
de madeira feita para a neve, ainda muito utilizada pelos
locais para se deslocar pelas montanhas. À noite, caia
na gandaia dos bares e restaurantes.
A ESTAçãO DE TREM MAIS ALTA DO MuNDOUm passeio deslumbrante e diferente. Jungfraujoch é o
nome de uma estação de trem conhecida como o “topo
da Europa”. Isso porque ela está a 3.454 metros de al-
titude. Para chegar lá, passa-se por túneis que ficam no
meio das famosas paredes de Eiger e Monch. Num dia
de pico, quatro mil pessoas chegam a subir pela ferro-
via, cuja construção começou em 1894 e só terminou 16
anos depois. No topo, um prédio de quatro andares com
restaurantes, mirantes, um palácio de gelo, um observa-
tório, exposições e um visual que chega a exibir parte
da Alemanha. História, tecnologia, ciência e pesquisa
também compõem a estação. A alta altitude, a pureza
do ar e o fácil acesso criaram condições ideais para uma
série de pesquisas científicas de astrônomos, geólogos,
físicos e meteorologistas.
44 45ESPECIAL
BELAS PAISAGENS E LuxO EM ST. MORITZFamosa, legendária, pioneira e sofisticada. St. Moritz,
a primeira estação de esqui do mundo, está localizada
a 1.856 metros de altitude, no sul dos alpes. lá o céu é
sempre azul e o sol brilha cerca de 320 dias por ano. No
entanto, o inverno pode ser bem rigoroso, com tempera-
turas beirando os 32 graus negativos. É o único local na
Suíça que sediou dois jogos olímpicos de inverno (1928
e 1948) e quatro copas do mundo de esqui (1934,
1948, 1974 e 2003). As estações de Furtschellas, Cor-
vatch, Corviglia, Marguns e Diavolezza formam, juntas,
a maior área esquiável de toda a Europa.
O luxo está por toda parte. Só o aeroporto recebeu mais
de 60 jatos particulares, a maioria deles de turistas russos,
nesta última temporada. Numa região chamada Dorf es-
tão lojas superchiques, que exibem grandes marcas mun-
diais. Ali também encontram-se prédios históricos, caste-
los e construções modernas, muitas com a assinatura do
conceituado arquiteto inglês Normam Foster. Fora ainda
o requinte gastronômico, o calendário cultural e o cassi-
no, são mais de 150 eventos diferentes na temporada
de inverno. Uma mistura de natureza, cultura, tradição,
esporte e compras, que faz de St. Moritz um dos destinos
turísticos mais sofisticados do mundo. Aproveite!
O POVO quE AMA O BRASILA primeira impressão, de um povo sério e fechado, é
logo quebrada. A barreira entre brasileiros e suíços é
menor do que você pensa. Em primeiro lugar, mesmo
que não fale alemão, dá para se comunicar em inglês
em quase todos os lugares. De mapa na mão, buscando
informações e dicas, topamos com um povo educado e
solícito, que ajuda sem fazer cara feia. Porém, a coisa
muda, para melhor, quando eles descobrem que você é
brasileiro. Talvez o nosso calor humano, o clima quente
e a cultura, tão diferente do país alpino, façam o mais
sisudo suíço abrir um sorriso quando se depara com um
brasileiro. Mesmo assim, eles são discretos a maior parte
do tempo e poucas vezes iniciarão uma conversa com
você. Mas se foi você que quebrou o gelo, espere muitos
sorrisos e cordialidades. Outra curiosidade é a quantida-
de de portugueses que trabalham lá. Quando menos se
espera dá para matar a saudades da nossa língua mãe
do outro lado do mundo.
46 47ESPECIAL
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48
AIKIDOA ARTE DO AuTO-EquILÍBRIO
Por Samantha de Tommaso
Aiki: união entre corpo e espírito. Interpretando o termo em japonês que nomeia
essa arte marcial, herança dos antigos samurais, já dá para entender a essência do
aikido. Difundida nas telas do cinema pelo ator Steven Seagal, o aikido foi criado
pelo mestre japonês Morihei Ueshiba, que viveu entre 1883 e 1969. O aikido é uma
arte para quem busca técnicas de luta e defesa pessoal, saúde e condicionamento
físico, mas também autoconhecimento e equilíbrio. Os aikidoístas que atingem a
graduação de faixa preta também aprendem técnicas nas quais é permitido utilizar
facas, espadas e bastões (esse último representando a lança militar).
De acordo com o administrador de empresas e mestre de aikido, Eduardo Wagner,
a prática como luta marcial é claramente uma atividade física e um componente ae-
róbico, mas os objetivos “vão além de um bom exercício físico ou de uma maneira
de aprender defesa pessoal. É um permanente exercício de como lidar com o medo
e a agressividade, cada vez mais comuns nas situações do dia-a-dia”. Eduardo
descobriu o aikido em 1985, ainda na época da faculdade, e ficou fascinado
pela arte. Desde então, adotou a prática como filosofia de vida. “As pessoas vêem
aquilo, se apaixonam e dizem ‘é isso o que eu quero”. Hoje ele é 3º dan (gradua-
ção crescente a partir do momento em que o praticante vira faixa preta) e um dos
mestres e idealizadores do dojo (local onde se pratica a arte) do Aikido Macabi,
juntamente com Mauricio Fuzimoto (4o dan) e Sarah Gagliardi (3º dan). Eduardo
pratica o aikido três vezes por semana e confessa: “É o que consegue me deixar em
equilíbrio e gastar minhas energias. Sempre saio de bom humor das aulas”.
50 51FITNESS
O mestre (ou sensei, em japonês) também explica que em
relação às demais artes marciais, como o judô, caratê, kung-
fu, jiu-jítsu e tae kwon do, o aikido se diferencia por não re-
presentar uma modalidade de competição. “Ele é mais sutil
no que diz respeito ao uso da força. Auto-equilíbrio é um
termo que me vem à cabeça quando penso no aikido. Ele
atrai pessoas que estão buscando algo mais completo, não
só aprender a lutar”, acrescenta Eduardo. “É uma luta como
caminho, mas não como objetivo principal.”
O AIKIDO NO BRASILTalvez o perfil esotérico e eclético do povo brasileiro te-
nha ajudado a trazer o aikido para o Brasil, por volta da
década de 70. Em 1978 foi fundada a Federação Pau-
lista de Aikido (Fepai). Para afilidos da Fepai, o aikido
alia força à beleza para se chegar à correção, ou seja,
para estar de acordo com as leis da natureza e adquirir
um modo de vida harmônico. Em junho do ano passado,
Moriteru Ueshiba, neto do mestre Morihei Ueshiba e hoje
autoridade máxima do aikido no mundo, esteve pela pri-
meira vez no Brasil para um seminário, que reuniu quase
dois mil aikidoístas em São Paulo.
Além disso, a difusão da prática no Brasil leva, desde
1997, aikidoístas brasileiros ao World Games. Promo-
vido pela International Olympics Committee, e realizado
a cada quatro anos, o World Games reúne modalidades
esportivas não-inclusas nos Jogos Olímpicos, além de es-
portes de demonstração, como o aikido. Os últimos jogos
aconteceram em 2005, em Duisburg, na Alemanha.
Mas Eduardo conta como teve a oportunidade de experi-
mentar, de fato, a atmosfera dessa tradicional disciplina
milenar quando esteve no Japão, em 1999. “Estivemos
num templo onde se presume que foi fundado o aikido.
Ali vivia, isolado, um mestre que desenvolveu técnicas de
espada. Nos hospedamos lá e tínhamos que dormir no
chão, arrancar grama e tomar banho frio. Para absorver
tudo aquilo, você precisa olhar na perspectiva de quem
passou por um período de guerra e adquiriu uma menta-
lidade militar. Foi uma experiência fantástica. A gente se
perdeu e se achou ali”, relembra Eduardo.
DICAS PARA OS INICIANTESFazer uma avaliação médica antes de começar a prati-
car, como em qualquer outro esporte.
Participar de uma aula experimental para saber se você
se identifica com a arte marcial e com o grupo, em um
dojo filiado à Fepai (consulte o site www.fepai.org.br.)
Vivenciar a arte: “É difícil entender o que é o aikido só
olhando. Para sentir realmente, é importante praticar e
daí perceber o poder que se tem quando se está foca-
do”, orienta o professor Eduardo Wagner.
LEMAS DO AIKIDO1. Manter a disciplina.
2. Nunca perder a calma.
3. Não se entristecer.
4. Não possuir sentimento hostil.
5. Ser compreensivo.
6. ser tranqüilo.
7. Ser pacífico.
8. Manter a ética.
9. Fazer amizade com todos.
10. Respeitar a Deus e às pessoas.
11. Ser humilde.
12. Ser justo e honesto.
13. Conscientizar-se que o aikido representa o
caminho de Deus.
14. Conscientizar-se que a prática do aikido tem por
princípio o autoconhecimento.
ONDE PRATICAR AIKIDO EM SP
Associação Cultural de Aikido M. Nishida - Jabaquara
(11) 5017-3803 - www.nishidadojo.com.br
Aikido Macabi - Higienópolis (11) 4081-4005
www.aikidomacabi.com.br
Associação Templo Dojo de Aikido - Santo André
(0XX11) 9499-2499 - www.templodojo.com.br
Associação Lenwakan - Rua Cayowaá, 512 - Perdizes
(0xx11) 3862-9308 - e-mail: [email protected]
Outras academias no site: www.fepai.org.br
(Federação Paulista de Aikido)
Foto
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52 53FITNESS
Blusão Canguru de Coolcotton • Blusão Canguru softmax stretch • Calção running • tênis asics Gel Kayano Meia performance track & Field • Faixa de powertech • Freqüencímetro polar
POR JOHNNY
AGRADECIMENTOS AOS ATLETAS:
Marcelo Lima (treinador)
Aline De Assis • Claudia Carahyba
Eduardo Damazio • Karen Borges
Matheus Inocêncio • Rafael Sebastiani
leg Masculina power • Blusão tweed • Boné Dobrável • tênis asics Nimbus • Meia performance track & Field Camiseta M/l sports technology • leg Masculina power • tênis asics Nimbus • Meia performance track & Field
Blusão honeytech stretch • leg Curta lycra • tênis asics Gel Kayano • Meia performance track & Field • Freqüencímetro polar top lycra Basic • leg Curta lycra • tênis asics Gel Kayano • Meia performance track & Field • Freqüencímetro polar
regata sports Feminina • Faixa de powertech • Freqüencímetro PolarCamiseta M/l sports Casual • leg power • Faixa larga powertech
regata sports Feminina • regata power • leg Básica sports Feminina • Faixa de powertech • tênis asics Gel Kayano Meia performance track & Field • Freqüencímetro polar
Blusão Capuz plush Basic • Calça plush Basic • Camiseta Baby thermodry Cool • Óculos Ironman • tênis asics Gel KayanoMeia Performance Track & Field
Jaqueta Ultramax run • Camiseta Básica thermodry Cool • Calção Bicolor triathlon • tênis asics Gel KayanoMeia performance track & Field • Óculos IronmanJaqueta Sports Casual • Calça sports Casual • Faixa de powertech
leg 3/4 skin Fitas • top sports skin Fitas • Faixa larga honeytech stretch • Freqüencímetro polar • tênis asics Nimbus
FASHION ECOLóGICOCHEGA àS LOJAS TRACK&FIELD uMA COLEçãO DE CAMISETAS PRODuZIDAS A PARTIR
DE GARRAFAS PET RECICLADAS
Por Marilin Novak
A partir de maio as lojas Track&Field passam a comercia-
lizar uma linha de camisetas ecológicas. São modelos pro-
duzidos de garrafas pet recicladas. As pets (politerefta-lato
de etileno), apesar de serem 100% recicláveis, tornam-se
um problema quando caem em aterros sanitários, já que
são de difícil degradação. Só em São Paulo são mais de
175 mil toneladas de pets produzidas por ano, parte delas
com um destino nada correto: boiando em rios ou entupin-
do bueiros. Mesmo assim, o Brasil já consegue reciclar
cerca de 50% desse material, um número que agora a
Track&Field e seus consumidores ajudam a aumentar.
A coleção oferece modelos femininos e masculinos, nos ta-
manhos pequeno, médio e grande. As camisetas são fabri-
cadas com 50% de fibras recicladas e 50% de algodão, o
que as torna confortáveis e macias ao toque. As estampas
têm temas ambientais e parte da renda arrecadada com
a venda será doada à organização não-governamental
WWF-Brasil (www.wwf.org.br), que atua em diversos tra-
balhos para a conservação da natureza brasileira.
RECuPERAçãO DAS GARRAFAS E PRENSAGEM
TRANSFORMAçãO EM FLOCOS MOÍDOS
PROCESSO DE CONSTRuçãO DOS FIOS
ENTENDA O PROCESSO DE TRANSFORMAçãO
FIBRA DE POLIéSTER COM ALGODãO
TRANSFORMADOS EM TECIDO / CAMISETA
1º
2º
3º
70 71ECO I
SESSAO72
SESSAO74TRACKS TO GO
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11 6271-2626TRACKS TO GO
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SESSAO92
NA MEDIDA CERTAASSIM COMO é IMPORTANTE CRIANçAS E ADOLESCENTES PRATICAREM ATIVIDADES
FÍSICAS, é PRIMORDIAL ADEquAR O TREINAMENTO A CADA FAIxA ETÁRIA
Crianças e jovens precisam movimentar-se para que o seu desenvolvimento físico e
psíquico ocorra de forma eficiente. Antigamente, escola e estilo de vida menos urbano
supriam essa necessidade. Ainda me lembro das brincadeiras de rua que marcaram
a minha infância: amarelinha, queimada, taco, vôlei, futebol, entre outras.
Atualmente, parte dessa história perdeu espaço para a televisão, jogos eletrôni-
cos, computadores e outras ações que não exigem movimento de nossos filhos e
netos. Em contrapartida, aconteceu uma mudança brusca de comportamento em
relação à prática esportiva. A busca de saúde e bem-estar por meio da atividade
CRISTINA DE CARVALHO
Diretora do Projeto Mulher e do Núcleo Aventura www.projetomulher.com.br
esportiva deixou de ser uma opção exclusiva dos atletas
profissionais. O mundo descobriu que os benefícios do
esporte são acessíveis a todos, independentemente de
idade, condição física ou sexo. Hoje, os parques rece-
bem, diariamente, centenas de corredores e caminhantes
e as ruas dividem espaço com as bicicletas.
No entanto, indicar um treinamento físico para crianças
e jovens dentro dessas novas regras não é simplesmente
reduzir o treino de um adulto e aplicar nos pequenos. Há
a necessidade de se adequar a atividade às diferentes
faixas etárias, fornecendo alternativas específicas.
Enquanto o cérebro de uma criança de seis anos tem de
90% a 95% do tamanho do de um adulto, o crescimento
geral do seu corpo nesta idade atinge apenas metade
do seu tamanho máximo. Por causa disso, a prioridade
do treinamento físico nesse período deve ser a coorde-
nação. O que vale é aprender diversas formas de mo-
vimento. Quando pré-adolescente, o indivíduo torna-se
desengonçado, por causa do aumento de peso e altura.
Nesse caso, ainda se deve manter o foco de treinamento
na coordenação e na vivência esportiva. Já na adoles-
cência, vale dar atenção ao condicionamento físico, bus-
cando desenvolver a capacidade de força, velocidade e
resistência. Assim, é importante buscar alternativas e não
tornar sedentária a infância dos nossos filhos, mas sem
criar expectativas em relação à performance e ao desem-
penho, que não devem ser o foco de desenvolvimento
dos atletas-mirins.
Foi a partir dessas necessidades que nasceram em São
Paulo grupos de treinos direcionados às crianças e ado-
lescentes, como o Núcleo16, que explora atividades multi-
disciplinares: canoagem, bicicleta e corrida. Nele, a atle-
ta Silvia “Shubi” Guimarães e Alessandro “Amendoim”
Matero criaram uma proposta de treinamento que leva
em consideração as diferenças entre as idades. Eles traba-
lham com atletas de 6 a 16 anos, resgatando um pouco
das brincadeiras de rua numa linguagem contemporânea.
Já o Adventure Camp Kids organiza corridas de aventura
com diferentes formatos, que atendem cada fase etária,
proporcionando uma vivência muito interessante.
96 97NÚCLEO AVENTuRA
A cinco minutos do Pão de Açúcar e debruçado sobre
um dos principais cartões-postais cariocas. Esse é o ce-
nário do Fasano Hotel e Restaurante, a ser inaugurado
até o fim de junho no Rio de Janeiro, bem no coração
de Ipanema. localizado em plena avenida Vieira souto,
o projeto — o primeiro na área de hotelaria da família
paulista na capital fluminense — também prima por outro
ineditismo: é o primeiro hotel assinado pelo badalado
designer Philippe Starck no Brasil.
Com decoração sóbria e elegante, sob forte influência
dos chamados Anos Dourados, todos os ambientes re-
metem a essa atmosfera intimista e romântica. São 92
apartamentos, todos com varandas panorâmicas para o
Atlântico. Entre os requintes do empreendimento, chama
a atenção a dimensão de algumas unidades. As suítes,
por exemplo, terão 70 metros quadrados. Dentro, cama
king-size, terraço com 21metros quadrados, área social,
work station, TV de plasma 32“, closet, banheiros de
mármore com luz natural e jacuzzi com chuveiros sepa-
rados. Na categoria Deluxe, os apartamentos ocupam
130 metros quadrados, a TV de plasma é de 45” e ainda
há um bar totalmente privé para os hóspedes da suíte e
lavabo para os visitantes. Mas, seja qual for a unidade
escolhida, todas contam com lençóis de linho egípcio e
travesseiros de pena de ganso.
Entre os serviços oferecidos, os hóspedes poderão des-
frutar de piscina na cobertura, fitness center, sauna, aca-
demia completa, andares para fumantes e não-fumantes
e business center com amplos recursos de multimídia (in-
cluindo videoconferência para 45 pessoas).
FASANO AL MAREFILIAL CARIOCA DO FAMOSO HOTEL DO GRuPO PAuLISTA
TEM ASSINATuRA DE PHILIPPE STARCK
Por Joâo Jacques Fotos: Divulgação
98 99TRAVEL
Fasano Rio de Janeiro
Previsão de inauguração: junho de 2007
Av. Vieira Souto, 80, Ipanema
Informações: 11 3896 – 4000 (SP)
www.fasano.com.br
SABORES DO MAR
Com origem tradicionalmente associada à
alta gastronomia, o Hotel Fasano carioca
também vai dispor de bares e restaurantes.
o lobby bar, batizado de londra, já está
sendo considerado, antes mesmo da inaugu-
ração, o futuro point de encontro da socie-
dade, assim como o imponente Fasano Al
Mare, nome dado ao templo gastronômico
concebido por Rogério Fasano com o me-
lhor da culinária italiana dedicada a peixes
e frutos do mar.
O Grupo Fasano, vale lembrar, possui mais
dois restaurantes no Rio de Janeiro, ambos com
toque e personalidade exclusivos: o elegante
Gero e a descontraída Forneria, que, não por
acaso, ficam a poucas quadras do hotel.
100 101TRAVEL
o pai da ciência ortomolecular foi o doutor linnus pau-
ling. O cientista norte-americano, falecido em 1994, era
médico, bioquímico e dono de dois prêmios Nobel, um
de Química, em 1954, e um da Paz, em 1962, por cau-
sa dos seus veementes protestos contra armas nucleares
na época da Guerra Fria.
Sociedade Brasileira de Anti-Envelhecimento, “a nutrio-
genomia é a ciência que mais se aproxima da missão
ortomolecular”.
A nutriogenomia é uma área da nutrologia que analisa
o material genético e a sua carga hereditária a partir de
agressões ambientais sofridas e das carências nutricio-
nais provocadas por hábitos alimentares não-saudáveis
e pelos vícios citados anteriormente, todos fatores que
geram uma sobrecarga de toxinas no organismo, colo-
cando-o suscetível a riscos.
Uma prática que se preocupa em cuidar da saúde e não da doença. A palavra
ortomolecular é formada pelo prefixo “orto”, do grego “certo, correto”, mais a pa-
lavra “molecular”. Na prática, a ciência faz um “acerto” dos elementos químicos do
organismo, a partir de uma dieta elaborada, na intenção de equilibrar o corpo. É o
princípio da prevenção antes do tratamento, que estimula o perfeito funcionamento do
organismo antes que ele odoeça.
Uma das principais preocupações da ciência ortomolecular é a de cuidar da revita-
lização biológica das células, tecidos e órgãos internos do organismo. Por meio de
análises bioquímicas, a dieta balanceia as reações de oxidação e antioxidação do
corpo, corrigindo os efeitos nocivos dos chamados radicais livres. Estes são toxinas
naturais que o corpo produz a partir de oxigênio expirado e não utilizado.
DIETA ORTOMOLECuLAR TRATAR PARA NãO TER EM VEZ DE ESPERAR TER PARA TRATAR
Por Caio Mario Britto
SAÚDE SEM RADICAIS LIVRESPara entender o que acontece dentro do nosso corpo e
como a ciência ortomolecular pode nos ajudar, imagine
de um lado os radicais livres e de outro os antioxidantes.
Entre os dois estão as agressões existenciais: estresse emo-
cional, químico ou físico (incluindo os ocorridos em atletas
por esforços inadequados) ocasionados pelo fumo, álcool
drogas, poluição ambiental, consumo de alimentos incor-
retos e muitos outros fatores externos. Campos férteis para
que os radicais livres se multipliquem à vontade.
Com excesso de radicais livres no corpo, as células se
tornam vulneráveis, diminuindo ainda mais a capacidade
natural de se defender de agentes externos e favorecen-
do o aparecimento de inúmeras doenças degenerativas.
Para combater esse acúmulo é necessário contar com a aju-
da da ciência ortomolecular, que vai equilibrar essa balan-
ça através da ingestão adequada de vitaminas, minerais e
aminoácidos. Esses são um tipo de guarda corporal, que
protegem as células. E claro que o fornecimento do com-
bustível ideal para o funcionamento do corpo, sem faltar
nenhum nutriente, melhora a qualidade de vida da pessoa.
NuTROLOGIA E ORTOMOLECuLARQualidade de vida é um dos focos de estudo da doutora
Vânia Assaly, que atua há 20 anos nas áreas de endo-
crinologia e nutrologia (ciência que estuda os alimentos
e a sua utilização nas dietas). Para ela,que faz parte
do corpo da Associação Brasileira de Nutrologia e da
PERFORMANCE x LONGEVIDADEOutra maneira de usufruir a dieta ortomolecular é enten-
dendo o conceito da performance versus a longevidade.
Não é raro a performance colocar em risco a longevida-
de da vida, principalmente quando os atletas se dedicam
a provas extremas, nas quais ultrapassam seus limites,
ocasionando lesões graves.
A médica Vânia conta que na rotina do seu consultório
tem crescido o número de pacientes de 30 a 70 anos,
principalmente os que estão na faixa dos 40 anos e pra-
ticam muito esporte. A maioria dessas pessoas espera
melhorar a qualidade de vida e a longevidade a partir
da performance física.
Mas, segundo a médica, é preciso ter cautela. “Muitas
vezes, por causa do excesso de exercícios os atletas se
deparam com doenças crônicas, como artrites, obesi-
dades, depressão e, principalmente, infecções severas
ocasionadas pela repetição excessiva dos movimentos.”
Nesses casos, os tratamentos funcionais, como os da ci-
ência ortomolecular, primeiro identificam as agressões
responsáveis pelas lesões e pela formação dos radicais
livres, depois funcionam como uma barreira contra todos
esses males que afligem os atletas. O tal prevenir para
não remediar.
Dr. Vânia Assaly
102 103HEALTH
uMA quESTãO DE FIBRANãO é Só INGERIR FIBRAS E PRONTO: PARA OTIMIZAR A EFICIÊNCIA DESSE
NuTRIENTE NO ORGANISMO, VALE A PENA ENTENDER A DIFERENçA ENTRE FIBRAS
SOLÚVEIS E INSOLÚVEIS E COMO AMBAS AGEM NO CORPO
Que é importantíssimo comer alimentos ricos em fibras,
isso você já está cansado de saber. Agora, conhecer
os dois tipos de fibras (solúveis e insolúveis), e entender
como ambos agem no organismo, pode otimizar a efi-
ciência desse nutriente, principalmente nas pessoas que
praticam atividades físicas. Confira:
PATRÍCIA BERTOLuCCI
Nutricionista especializadaem nutrição esportivawww.patriciabertolucci.com.br
40 gramas de fibra por dia. Esse valor pode ser atingido
se o indivíduo consumir, diariamente, a seguinte quanti-
dade de alimentos: três porções de frutas, duas porções
médias de salada crua, duas porções de vegetais cozi-
dos, uma porção de cereal integral e uma porção de
leguminosa.
COMO? Beber de oito a dez copos de líquidos por
dia também é importante para permitir que as fibras de-
sempenhem seu papel e para que o sistema digestivo se
adapte à situação. Um bom exemplo de cardápio rico
em fibras solúveis e insolúveis é compor o café-da-manhã
ou lanche com leite, pão integral, queijo branco e ma-
mão papaia e o almoço ou jantar com arroz integral com
lentilha, couve-manteiga refogada, filé de frango grelha-
do e salada de folhas e legumes crus (alface americana,
agrião, tomate, cenoura e beterraba raladas).
POR quÊ? No caso dos esportistas, eu reforço: é
bom tomar cuidado com o excesso de fibras no organis-
mo, porque, além de causar desconforto, as fibras po-
dem carregar muita água para fora do corpo, causando
desidratação e, até, em casos raros, inibir a absorção
de cálcio, zinco e ferro. Por isso, é imprescindível balan-
cear os nutrientes nas refeições e variar o cardápio dos
alimentos fontes.
FIBRAS SOLÚVEISSão encontradas nas frutas, vegetais, farelos de aveia e
leguminosas, como feijão, lentilha e grão-de-bico. São
assim classificadas porque retêm a água no corpo. Elas
também promovem outras boas ações no organismo: as
fibras solúveis diminuem o nível de colesterol no sangue,
prevenindo as doenças cardiovasculares; promovem a
saciedade (matam a fome!) e ajudam a manter um nível
constante de glicose na corrente sanguínea, já que esti-
mulam a absorção desta de uma forma lenta.
As fibras solúveis podem ser ingeridas antes dos treinos,
para manter um nível de energia (glicose) constante e
manutenção da performance. Mas, fique atento! Comer
fibras em excesso antes do exercício físico pode estimular
o funcionamento do intestino.
FIBRAS INSOLÚVEISJá estas têm esse nome pelo motivo óbvio: elas não se
dissolvem na água. São encontradas em todos os alimen-
tos vegetais e a melhor fonte é o trigo integral, grão,
arroz e pão, além das frutas consumidas com a casca,
como maçã, pêra e ameixa. As insolúveis são responsá-
veis pelo bom funcionamento intestinal e pela prevenção
do câncer nesta região.
quANTO? A maioria das pessoas necessita de 20 a
106 107NuTRIçãO
RuN SERIES 2007COMEçOu O CIRCuITO TRACK&FIELD RuN SERIES 2007 DE CORRIDA DE RuA,
AGORA COM PROVAS EM SãO PAuLO, RIO DE JANEIRO, BELO HORIZONTE,
BRASÍLIA E PORTO ALEGRE
Foi dada a largada para o Track&Field Run Series 2007,
um dos principais circuitos de corrida de rua 10K do
Brasil. A principal novidade este ano é que, além das
etapas em São Paulo e Brasília, estréiam provas no Rio
de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre (confira calen-
dário no fim da matéria).
Assim como em São Paulo e Brasília, as novas etapas
também têm largadas em shoppings das capitais. Uma
parceria que resulta numa infra-estrutura impecável ofe-
recida aos participantes: estacionamento com seguro,
banheiros limpos, aquecimento pré-prova em ambiente
fechado, guarda-volume, além de uma mesa com frutas
fresquinhas ao final da prova. O percurso passa pelas
imediações dos shoppings.
Mas as novidades não param por aí. Em 2007, os corre-
dores terão a ajuda dos marcadores de ritmo. Funciona
assim: alguns atletas contratados pela organização cor-
rem o percurso puxando diferentes ritmos. Na parte de
trás das camisetas desses corredores especiais é fixado
qual ritmo cada um está puxando (por exemplo, o núme-
ro “6”, de 6 min/km). A idéia é ajudar os participantes a
manterem um ritmo regular, já que para isso basta correr
atrás de um desses marcadores.
Outras exclusividades do Run Series, já aprovadas pelos
atletas nos anos anteriores, continuam em 2007: o Es-
paço Criança e a camiseta Thermodry. O primeiro é um
espaço no qual os pais podem deixar os filhos enquanto
correm. Este ano, o pai ou a mãe tira uma foto com a
criança e esta só é entregue à pessoa da foto, para ga-
rantir a segurança. Além de levar a imagem como lem-
brança, a criança também ganha uma camiseta persona-
lizada do evento, igual às dos pais.
Já as exclusivas camisetas Track&Field Thermodry, de te-
cido tecnológico de poliamida, serão entregues a todos
os participantes com o kit. As camisetas continuam com
cores diferentes a cada etapa, para os colecionadores
de plantão. Assim como nos anos anteriores, haverá o
modelo feminino babylook e o modelo tradicional, nos
tamanhos pequeno, médio ou grande.
A Track&Field aposta em corridas de rua desde o começo
desse movimento no Brasil, há cerca de dez anos. A grife
apoiou, por exemplo, os primeiros passos da assessoria
esportiva MPR, em 1995, uma das precursoras no seg-
mento. A T&F também esteve presente na primeira edição
do Ironman Brasil, em 2001. “Por tudo isso criamos o Run
Series. O principal objetivo é demonstrar a preocupação
real que nós, da Track&Field, temos com o bem-estar dos
nossos clientes. Queremos estar com eles o tempo todo,
não apenas no ponto-de-venda”, explica Tatiana Rodri-
gues, do departamento de marketing da marca.
Por Marilin NovakFotos: Divulgação
110 111RuN SERIES
Por Murillo Pessoa
PRIMEIRA ETAPA PAuLISTAA CHuVA quE CAIu EM MARçO NãO IMPEDIu quE DOIS MIL CORREDORES
LEVANTASSEM CEDO PARA DISPuTAR A 10a ETAPA DO TRACK&FIELD RuN SERIES
SHOPPING VILLA-LOBOS, quE ABRIu O CALENDÁRIO 2007. A PROVA
COMEMOROu A DéCIMA ETAPA REALIZADA EM SãO PAuLO, DESDE A ESTRéIA
DO CIRCuITO, EM 2004
A personal trainer Silvia Pinhel disputa cerca de seis
provas por ano. “Gosto de correr pela sensação de liber-
dade, já que posso praticar em qualquer lugar”, explica.
“Considero o Run Series a melhor competição graças à
excelente infra-estrutura” diz.
Lilia Brizola e Daniela Troya são colegas de traba-
lho, mas a amizade ultrapassou as portas do escritório
e hoje elas correm juntas. “Sempre gostei de esportes e
admirava os atletas”, conta Daniela, que treina há cinco
anos. Já lilia, que corre há um ano e meio, começou por-
que todo mundo corria e acabou gostando.
Edgar José da Silva venceu a prova ao completar os
10K em 30min26s. O corredor da equipe Run&Fun de
Maringá (PR) chega a correr 150 quilômetros por sema-
na nos treinos. Ganhou desta vez depois de um quarto e
um quinto lugares em etapas anteriores.
Já na primeira participação, a atleta Eliane Luanda
Pereira da Silva se deu bem: venceu entre as mulhe-
res, com o tempo de 37min15s. Ela começou a correr
há 12 anos, e graças ao seu talento e esforço mudou
sua vida. “Eu era empregada doméstica e treinava quan-
do podia. Hoje consigo viver do atletismo”, orgulha-se a
atleta, também da equipe Run&Fun.
O corredor Marcelo Teixeira e seu fiel companheiro
de corrida, o golden retriever Malbec, fizeram suces-
so. “É a sétima prova dele”, conta Marcelo. “Viemos
de Campinas só para a etapa. Ele corre bem, só pára
quando quer beber água”, orgulha-se Marcelo. Malbec
é mascote da equipe D-Run.
Oswaldo da Silveira era só alegria. Aos 77 anos, ele
deixou muitos jovens boquiabertos ao completar os 10K
em 50min22s. “Comecei a correr há vinte anos, porque
estava ficando barrigudo, e não parei mais”, conta. Ele
treina de quatro a cinco vezes por semana e faz, pelo me-
nos, uma prova por mês. Essa foi a primeira participação
no Run Series. “Achei ótimo! É especial, alegre e divertido.
Um local onde podemos rever muitos amigos”, celebra.
112 113RuN SERIES
PREPARE-SE! COM AS DICAS DOS MELHORES ASSESSORES ESPORTIVOS DO BRASIL
COMO DEVEM SER OS TREI-
NOS PARA CORRER uM 10K?
Se for um iniciante sedentário,
o atleta deve primeiro fazer
uma base durante dois meses
e depois treinar mesmo por
mais quatro meses. A base é
um misto de caminhada com
trotes leves. Depois, ele passa
para o trote leve integral (40
ou 50 minutos correndo, por
exemplo), lembrando que a
prova será realizada num ritmo
leve, com objetivo apenas de
completá-la. Neste período
é legal saber o próprio ritmo
(em quantos minutos ele faz
cada quilômetro). Também
variar o tipo de treino durante
a semana (treino de quali-
dade, treino de intensidade
moderada, treino longo, etc).
E não esquecer os exames
clínicos, que constatam a
capacidade do atleta para
realizar exercícios físicos.
Marcos Paulo Reis, diretor
técnico da MPR Assessoria
Esportiva (São Paulo)
COMO SE AquECER E
ALONGAR ANTES E DEPOIS
DA PROVA?
Fazer um trote leve de cinco
a dez minutos, com o intuito
de aumentar a temperatura
corporal. Depois, para ajustar
o corpo à velocidade, fazer
de quatro a seis acelerações
(tiros), de 50 a 100 metros de
distância. Já o alongamento
deve ser leve, mantendo-se
em cada posição por cerca
de 20 a 30 segundos. Priori-
zar músculos da coxa (frente
e trás), panturrilhas e glúteos.
Alongar os dorsais e os peito-
rais com menos intensidade.
Depois da prova, também
fazer um alongamento suave.
Se possível, duas passagens
de 20 segundos em cada
posição. Dar atenção aos
mesmos músculos, mais coluna
lombar, quadril e posteriores
do pescoço.
Vanderlei Pereira, da V10
Treinamento Esportivo
(São Paulo)
COMO ADMINISTRAR O
MEu RITMO NuMA PROVA
COM 10 quILÔMETROS?
use um relógio para controlar
o ritmo por quilômetro,
principalmente nos três
primeiros, quando acontece a
maioria dos erros. Concentre-
se no seu ritmo habitual de
treinos e não se abale com a
adrenalina da largada. Mas
dá para ganhar um pouco
de tempo no começo. Veja:
suponhamos que você queira
completar os 10K em uma
hora (ritmo médio de 6 min/
km). Corra os três primeiros
quilômetros um pouco abaixo
dos seis (por exemplo, 5:55),
para ganhar de 15 a 30
segundos no tempo total. Do
terceiro ao oitavo quilômetro,
corra a 6 min/km. Após o
oitavo, se estiver se sentindo
bem, aumente o ritmo pro-
gressivamente. Mas, se você
não estiver bem, compense
com aquele bônus do início e
termine o percurso dentro da
sua meta.
João Montenegro, diretor
técnico da Runners Club (Rio
de Janeiro)
COMO DEVO ME HIDRATAR
ANTES, DuRANTE E DEPOIS
DA PROVA?
Duas horas antes ingira 500
ml de líquido (água, suco ou
bebida esportiva), mas não
tudo de uma vez. Divida esse
valor de casa até a hora
do aquecimento. Depois da
largada, beba entre 150 ml
e 250 ml de líquidos nos pri-
meiros 15 minutos, mantendo
uma repetição em intervalos
de 15 a 20 minutos. Isso dá
uma hidratação a cada três,
quatro quilômetros. Depois
da prova, é importante
continuar o processo, mesmo
sem vontade, ao longo de
todo o dia.
Mário Sérgio, diretor técnico
da Run&Fun (São Paulo)
quANTO E COMO DEVO
COMER ANTES E DEPOIS
DA PROVA?
Na véspera, aumente a quan-
tidade de alimentos com car-
boidrato. Também não ingira
bebidas alcoólicas e evite
gorduras. No dia do evento,
não vá à prova em jejum:
coma antes alimentos de fácil
digestão e com poucas fibras
e gorduras. Se preferir, leve o
café-da-manhã na mochila e
coma aos poucos. Durante a
corrida, cuide da hidratação
[leia dica específica]. Depois
da chegada, a completa re-
cuperação muscular acontece
até seis horas depois, mas
os primeiros 60 minutos são
os mais importantes. Assim,
aproveite as bebidas e frutas
oferecidas pela organização.
Após o alongamento, tome
um café-da-manhã, já em
casa. Coma alimentos ricos
em carboidratos e proteínas,
na proporção 3:1 ou 2:1
(exemplo: duas fatias de pão
com uma fatia de queijo, mais
um suco).
Heloisa Guarita, nutricionista
e diretora técnica da
RGNuTRI (São Paulo)
COMO DEVO CORRER
EM SuBIDAS E DESCIDAS,
DuRANTE TREINOS E
CORRIDA?
Iniciantes devem treinar
em subidas escolhendo as
não muito íngremes e com
pouca distância, aumentando
progressivamente. Em esteiras
é mais fácil controlar esse cres-
cimento. O ideal é começar a
subir uma vez por semana e
depois duas. Durante a prova,
o mais importante é o atleta
conhecer o seu potencial de
força numa subida. Se você
conseguir fazê-la conversando,
é porque ainda não está no
seu limite. Mas nunca chegue
ao seu limite. Aprenda a anali-
sar a inclinação da subida. O
tempo de treino lhe dará essa
capacidade. Já as descidas
também não devem ser feitas
com força, a não ser que o
corredor esteja acostumado.
Desloque o tronco ligeiramente
para frente e dê passadas
firmes. Evite dar piques e
depois diminuir, mantendo um
ritmo constante.
Márcio Puga, professor da
academia Estação do Corpo
(Rio de Janeiro)
O quE LEVAR E VESTIR NO
DIA DA PROVA DE ACORDO
COM O CLIMA?
use uma camiseta leve, de
preferência as que facilitem
a troca de calor, como a
Thermodry, da Track&Field.
Os tênis não devem ser
novos, para evitar bolhas.
Se estiver chovendo, use
a mesma roupa, mas não
fique na chuva até a hora
do aquecimento. Se estiver
frio, vista uma blusa para
manter o conforto térmico
só até a hora da largada.
Para completar, um óculos
escuro, boné e protetor solar,
principalmente para quem
tem pele clara, e um relógio
para marcar o ritmo.
Joaquim Ferrari, da Joaquim
Ferrari Treinamento Outdoor
(Rio de Janeiro)
COMO “DOMAR” O LADO
PSICOLóGICO E ENFREN-
TAR AS DIFICuLDADES AO
LONGO DO PERCuRSO?
Os piores momentos aconte-
cem no km 7. Aí, o corredor
experiente, que calculou erra-
do o tempo, terá que mudar o
ritmo para chegar ao objetivo.
Já os iniciantes percebem a
real dimensão de um 10K
quando o cansaço e a vonta-
de de chegar surgem, também
neste ponto. São sensações
que minam o prazer. Um exer-
cício preventivo é mentalizar
a prova antes do início: faça
uma previsão do ritmo, da
hidratação, da alimentação
e outros itens. Imagine tudo,
quilômetro por quilômetro.
Outro exercício usado quando
chega a vontade de parar é
lembrar dos treinos: recorde
fatos que mostrem que você
é capaz. é durante o treino
que o corredor experimenta
diversas dores e níveis de
fadiga. A cada nova sen-
sação, entenda o que está
acontecendo, para que du-
rante a prova a dor não seja
uma novidade. Esqueça um
pouco o cronômetro e escute
o seu corpo, administrando-o
até a chegada.
Camilo Geraldi, da academia
Cogtri Sports (Belo Horizonte)
114 115RuN SERIES
ONDE TREINAR NAS CIDADES quE RECEBEM O RuN SERIES
SãO PAuLO
A Cidade universitária (uSP) tem características semelhantes às etapas do Run Series
(percurso plano e rápido). Há também o Parque Villa-Lobos, ao lado do shopping; e o
Ibirapuera, o preferido dos corredores paulistanos.
RIO DE JANEIRO
Na orla, para treinos planos: Aterro do Flamengo, Bosque da Barra, pista Cláudio Coutinho
(que circunda o Pão de Açúcar) e Lagoa Rodrigo de Freitas, onde a volta completa tem
7,5 quilômetros e há marcação a cada 100 metros; Mesa do Imperador, para treinos em
subidas, com seis quilômetros de extensão e trechos bem puxados; Paineiras, onde há um
percurso de nove quilômetros; Floresta da Tijuca, que tem trilhas com planos e subidas; e
nos bairros que ficam nas encostas e morros, como Gávea, Horto e São Conrado – ótimos
locais para subidas.
BRASÍLIA
O entorno do Lago Paranoá e o Parque da Cidade são bem procurados pelos corredores
brasilienses.
BELO HORIZONTE
Um lugar legal é o bairro Belvedere, com percursos planos e inclinações variadas. Há trechos
de 700 metros a nove quilômetros e a convivência com os carros costuma ser pacífica. Já o
parque municipal da capital é bem arborizado e o complexo Alphaville Lagoa dos Ingleses tem
percursos planos e inclinados, além de trilhas de terra e asfalto.
PORTO ALEGRE
O Parque Moinho dos Ventos (ou Parcão) conta com várias pistas para corrida ao longo
dos seus 115 mil metros quadrados.
As inscrições abrem 40 dias antes da data da prova e costumam se esgotar rapida-
mete, já que são limitadas para garantir o conforto dos participantes. Qualquer pessoa
pode participar e menores de 16 anos precisam de autorização dos pais. Para saber
valores e locais de inscrições na sua cidade acesse o site www.tfrunseries.com.br. Nas
praças com mais de uma etapa o participante poderá se inscrever para todas as
provas de uma vez.
CALENDÁRIO TRACK&FIELD RuN SERIES 200718 de março 1a etapa shopping Villa-lobos (são paulo) realizada!
03 de junho 1a etapa Park Shopping (Brasília)
17 de junho 1a etapa Barra Shopping (Rio de Janeiro)
29 de julho 2a etapa shopping Villa-lobos (são paulo)
26 de agosto 1a etapa BH Shopping (Belo Horizonte)
30 de setembro 2a etapa Park Shopping (Brasília)
21 de outubro 1a etapa Iguatemi (Porto Alegre)
25 de novembro 3a etapa shopping Villa-lobos (são paulo)
116 RuN SERIES
IRONMAN
Correr um Ironman não é apenas nadar 3,8 quilômetros, pedalar mais 180 e finali-
zar correndo uma maratona completa, com 42 quilômetros. Para ser um triatleta de
longa distância é preciso muito mais. Além de completar a prova em si, os “homens
e mulheres de ferro” precisam conciliar sessões de treinos, quase diários, com as
suas respectivas profissões, casas, filhos, namorados, momentos familiares, lazer e
descanso. Eles são os super-homens ou mulheres-maravilha da vida real.
Uma das provas mais difíceis do mundo nasceu no Havaí, em 1978. No primeiro
desafio, apenas 15 atletas largaram. Hoje, só no Brasil, mais de 15 mil pessoas
praticam as três modalidades. Dessas, menos de 1% consegue ser atleta profissional
de verdade, com salário e tempo apenas para treinar e competir. É por isso que os
mais de mil atletas que largam todos os anos na etapa brasileira do Ironman são
vencedores natos quando cruzam o pórtico final.
O Ironman Brasil 2007 acontece no dia 27 de maio, na paradisíaca ilha de Floria-
nópolis (SC), cenário do evento desde a estréia em 2001. A prova, além de apontar
o triatleta mais forte e rápido do Brasil, é a única etapa classificatória na América
latina para a corrida no havaí, que ocorre no próximo dia 13 de outubro. Cinqüen-
ta latino-americanos irão para a prova na ilha de Kailua-Kona, a maior do arquipé-
lago norte-americano. Veja mais informações no site www.ironmanbrasil.com.br.
Nas próximas páginas, você vai conhecer quatro desses ultra-esportistas, trabalha-
dores, mães, pais, esposos, namoradas, filhos...
Por Marilin NovakFotos: Johnny
PARA SER uM HOMEM Ou MuLHER DE FERRO, NãO BASTA APENAS
NADAR, PEDALAR E CORRER. O DESAFIO é BEM MAIOR...
SESSAO118
Óculos Ironman • Maiô Ironman Boné Dobrável • tênis asics Gel Kayano • relógio timex • Meia performance Track & Field
Cristina de Carvalho, 38 anos, é diretora do Projeto
Mulher e do Núcleo Aventura e
triatleta há 20 anos. Cris treina
entre uma hora e meia a duas,
seis vezes por semana. A mãe
do pequeno Luigi, de um ano
e meio, já fez nove Ironman,
sendo que foi campeã mundial
na categoria 25-30 anos no
Havaí, em 1996. O próximo
objetivo é ver as suas alunas
e alunos terminarem o próxi-
mo Ironman Brasil, no final de
maio. O maior desafio, sem-
pre, é tornar o Ironman acessí-
vel a qualquer pessoa.
Óculos Ironman • Camiseta Masculina M/l Jacquard Ironman Óculos oakley • Camiseta Jacquard Ironman • Calção run • relógio timex
Fred Azevedo, 39 anos,
é empresário e triatleta há 15
anos. Ele treina cinco vezes por
semana e já fez 36 provas de
curta duração, uma maratona e
um Ironman. Entretanto, a prin-
cipal conquista foi se curar de
uma grave doença em 2002
e completar novamente uma
maratona depois de dois anos.
Brinca que seu trio de filhos
homens é uma homenagem ao
triathlon: Ricky, de 11 anos, Ra-
phael, 8, e Rodrigo, 6. Sonha
em correr um short-distance com
os pequenos (seu próximo obje-
tivo) e chegar à terceira idade
treinando e competindo.
Calça Feminina Ironman • Camiseta Feminina Jacquard Ironman • Jaqueta Capuz Feminina Ironman leg Básica powertech • Óculos oakley Macaquinho Feminino Ironman • relógio timex • touca de Silicone track & Field • Óculos de Natação track & Field
Lidiane Souza, 31 anos,
é engenheira e triatleta há
cinco anos. Treina de uma a
duas vezes por dia, sete dias
por semana. Ela já fez mais
de 20 provas e não esquece
a emoção de ter cruzado a
linha de chegada de um Iron-
man na Austrália. Seu próximo
objetivo é correr o Ironman na
Áustria, em julho. Seu maior
desafio, sempre, é conseguir
manter uma rotina.
Macaquinho Masculino Ironman • regata Ziper Monocolor Masculina Ironman • relógio timexCamiseta Masculina M/l Ironman • Bermuda Masculina Ironman • Óculos Ironman • relógio timex Ironman
Tito Angelucci, 35 anos,
é empresário e triatleta há oito
anos. No ápice da prepara-
ção para um triathlon, treina
21 horas por semana. Ele já
fez dezenas de provas curtas,
médias e de longa distância.
Considera que cruzar as linhas
de chegada sempre é a maior
conquista. As próximas provas
são o Ironman do Brasil (final
de maio) e o da Áustria, em
julho. Considera que conci-
liar trabalho e treinos é o seu
maior desafio diário.
CORREDOR HI-TECHDESDE INDISPENSÁVEIS TOCADORES DE MP3 ATé VERDADEIROS
COMPuTADORES DE PuLSO COM GPS, A TECNOLOGIA INVADIu
DE VEZ A VIDA DOS ESPORTISTAS DO SéCuLO 21
Por Marilin NovakFotos: Divulgação
Não se vive mais sem tecnologia, principalmente na hora de praticar uma atividade
física. Desde os já indispensáveis tocadores de MP3, que embalam o ritmo da corrida,
até relógios de pulso com GPS (sistema de posicionamento global) para não se perder
na trilha, a tecnologia entretém e auxilia a performance dos esportistas. Os três brinque-
dinhos a seguir são bons exemplos do trio “tecnologia, entretenimento e resultado”.
TRÊS EM UM
Um verdadeiro computador de pulso: o Iron-
man Bodylink, da Timex, é relógio, monitor
cardíaco e GPS, tudo ao mesmo tempo. Como
relógio, tem memória de voltas, cronômetro,
alarme e outras funções. Já o monitor marca o
batimento por meio de uma cinta peitoral, ana-
lisando diversos dados em cima desses resulta-
dos, como batimento médio e máximo e zona
alvo do usuário. E o GPS, além de posicionar
a pessoa no planeta, marca os passos, mede
distância e altitude, além de outras funções. A
marca ainda comercializa, à parte, um apa-
relho chamado Data Recorder, que grava as
informações do treino e depois as descarre-
ga num programa de computador. O Iroman
Bodylink está à venda nas lojas Track&Field.
Acesse o site: www.tf.com.br para encontrar a
loja mais próxima de você.
aUMeNte a tela Do
SEU IPOD!
Conecte o seu iPod Vídeo de 30GB, 60GB
ou 80GB ao myvu personal media viewer e
experimente a sensação de assistir a vídeos
como se estivesse em frente a uma TV de
tela grande.
O aparelho superleve, com design de óculos
futurista, tem fone de ouvido estéreo acopla-
do com capacidade de isolar o som exterior.
Além disso, o myvu também vem equipado
com uma bateria ultrafina que aumenta a ca-
pacidade de reprodução de vídeos do seu
iPod para 8 horas.
Essa combinação de áudio e vídeo portáteis
com alta qualidade certamente transformará
o myvu num produto cobiçado. Dos aman-
tes de cinema aos assíduos freqüentadores
de salas de embarque dos aeroportos, myvu
cumpre o papel da companhia perfeita. Em
breve nas lojas Track & Field.
128 129TECNOLOGIA
lUGar De toCaDor
DIGItal É No Bolso
Além de muito bonita, a jaqueta RedTech, da
Track&Field, tem um bolso interno especial-
mente formatado para levar um tocador de
música digital. Todos os produtos da linha
RedTech Ultramax não têm costura, o que
os tornam itens mais leves e confortáveis, já
que não há atrito de costura com a pele.
Encontre uma loja no site www.tf.com.br.
130 TECNOLOGIA
MOCOTó BRITâNICOCOMIDA TÍPICA BRASILEIRA VIRA ITEM DE GASTRONOMIA CINCO ESTRELAS
NO BAIRRO MAIS CHIquE DE LONDRES
Fotos Divulgação
MOCOTó
Endereço: 145, Knightsbridge, Londres
Telefone: 44 020 7225 2300
E-mail: [email protected]
Caldinho de feijão, vatapá, rabada, feijoada, suco de
cupuaçu e açaí com granola. Comidinhas e ingredien-
tes típicos dos pratos brasileiros, que agora compõem o
circuito cinco estrelas da gastronomia inglesa. Situado
no bairro mais chique de londres, o Knightsbridge, e vi-
zinho à famosíssima loja de departamento Harrod’s, o
restaurante Mocotó abriu as portas em janeiro desse ano,
depois de um investimento de quase US$10 milhões do
dono David Ponte em parceria com outros sócios.
Ponte, que morou alguns anos no Rio de Janeiro e já foi
dono do marroquino Momo’s, também na capital inglesa,
contratou o arquiteto brasileiro Isay Weinfeld (que aqui as-
sina os empreendimentos do Grupo Fasano) para projetar
um prédio com piso térreo, subsolo e capacidade para cer-
ca de 130 pessoas. A decoração abriga diversos elemen-
tos importados do Brasil, como as cadeiras de jacarandá
do designer Sergio Rodrigues e o teto de juta brasileira.
Como o próprio nome sugere, a parte interna da pata
do boi – consumida principalmente no interior do Brasil
como o famoso “caldo de mocotó” – nomeia o sofistica-
do restaurante especializado em comida tupiniquim, com
receitas vindas dos quatro cantos do País: logo como
entrada, o cliente pode saborear os mineiríssimos pães
de queijo, os bolinhos de bacalhau ou ainda uma man-
dioca frita com carne-de-sol nordestina. Já como prato
principal, não faltam, por exemplo, os baianos vatapá e
moqueca, a picanha na chapa ou ainda a feijoada. Tudo
acompanhado de arroz e farofa de banana.
O chefs Darryl Healy e Gustavo Rozzino são os responsá-
veis por adaptar os ingredientes e temperos brasileiros ao
glamoroso paladar dos ingleses que freqüentam o Knights-
bridge. Uma transposição que reflete não só na apresenta-
ção final dos pratos, como na hora de pagar a conta: cada
cabeça gasta, em média, US$130. Um investimento que
vale cada centavo para quem reconhece o valor da diversi-
dade e sabores da gastronomia verde-e-amarela.
132 133GOuRMET
Por Caio Mario Britto
uM DIA PELO PLANETA
àS VéSPERAS DE MAIS uM DIA MuNDIAL DO MEIO AMBIENTE,
O WWF-BRASIL RELEMBRA AS AçõES PROMOVIDAS NOS ANOS
ANTERIORES EM PROL DO MEIO AMBIENTE
Uma das ações mais marcantes do WWF-Brasil no Dia
Mundial do Meio Ambiente, comemorado todo dia 5 de
junho, fez parte da campanha “Água para a Vida, Água
para Todos”, em 2005. Na ocasião, um balde do WWF-
Brasil, com 15 metros de altura, foi instalado aos pés do
Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. A iniciativa lembrou
a sociedade sobre a necessidade de conservação dos
recursos hídricos nacionais. A imagem tornou-se símbolo
da semana do meio ambiente naquele ano.
Um ano depois, na mesma data, a exposição itinerante
“Água para a Vida, Água para Todos” chegou no Rio de
Janeiro. A mostra já percorreu diversas cidades do Brasil
e continuará passeando ao longo de 2007. O principal
objetivo é envolver a sociedade na transmissão de infor-
mações sobre o tema, ajudando na educação de cerca
de 70 mil pessoas de todo o País, com foco nas crianças
e jovens de 6 a 16 anos.
E nunca o Dia Mundial do Meio Ambiente foi tão im-
portante como em 2007, ano em que foram divulgados,
pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
(IPCC), dois relatórios nada animadores sobre o aque-
cimento global do planeta. As pesquisas, amplamente
publicadas pela mídia, serão um dos principais temas
abordados neste ano. A data é simbólica, mas serve
como uma importante ferramenta para alertar a socieda-
de e os políticos. E é exatamente “contribuir para que a
sociedade brasileira conserve a natureza” que existe o
WWF-Brasil.
A maior rede ambientalista do mundo foi formada a par-
tir de 1961, com ações pontuais no Brasil desde 1971.
Já o WWF-Brasil foi criado em 1996 e está em fase de
preparação final das atividades-surpresas que marcarão
o próximo dia 5 de junho, a 35o edição do evento inter-
nacional. O Dia Mundial do Meio Ambiente nasceu em
1972, numa época em que os assuntos sobre a preser-
vação da natureza ainda não eram tão discutidos como
hoje. A data foi institucionalizada na conferência das
Nações Unidas de Estocolmo, na Suécia, reunião que
também marcou o surgimento da Declaração sobre o
Meio Ambiente.
“Esperamos que essa data sirva para que, a partir dela, as
pessoas comecem um envolvimento maior com a causa am-
biental. Afinal, é necessário que cada um faça a sua parte
para garantir a qualidade de vida do planeta hoje e no
futuro”, expõe a lista de objetivos do WWF-Brasil para o
evento. Para saber mais acesse o site www.wwf.org.br.
134 135MEIO AMBIENTE
É inevitável: a situação atual do planeta exige que seus
moradores ajam em prol das questões ambientais. Uma
atitude simples e útil é optar por produtos que colaboram
para a sustentabilidade. Ou seja, comprar itens produzi-
dos a partir de recursos naturais não esgotáveis, que se
regeneram com facilidade. Contribuindo com a questão,
a Track&Field desenvolveu e lançou uma linha de camise-
tas produzidas a partir de fibras de bambu.
Assim como o algodão, o bambu é um material natural. A
vantagem em cima do seu concorrente fica por conta do
tempo de crescimento e recomposição do vegetal, bem mais
rápido, e das exigências mais simples para o seu cultivo.
BAMBuTRACK&FIELD LANçA CAMISETA TECNOLóGICA 100% ECOLóGICA, PRODuZIDA
A PARTIR DE FIBRAS DE BAMBu
Agregadas às vantagens ambientais, os tecidos de bam-
bu ainda têm funções tecnológicas que o algodão não
possui, com características indispensáveis aos consumi-
dores esportistas e atletas. São elas: capacidade de ab-
sorver o suor da pele; secagem ultra-rápida do tecido;
poder antibactericida (elimina odores) e função termodi-
nâmica (adapta as funções tecnológicas à temperatura
do momento).
E não pára por aí. O produto final é altamente con-
fortável, maleável e macio ao toque. Conheça a linha
completa numa das lojas Track&Field ou acesse o site
www.tf.com.br.
136 ECO II
ROSTO MASCuLINOquANTO AOS CuIDADOS COM A PELE MASCuLINA, uSAR uM BONé PARA
PROTEGER O ROSTO DO SOL JÁ é uM BOM COMEçO. PORéM, AMENIZAR
Ou ADIAR AS RuGAS E MANTER A CÚTIS SEM OLEOSIDADE REquER
ALGuMA ATENçãO A MAIS
Por Marilin NovakFotos: Divulgação
Não são todos os homens que têm paciência para cuidar
da pele. Uns colocam, no máximo, um boné na cabe-
ça para se proteger do sol. Outros, nem isso. Segundo
a esteticista Maria Helena Aggio, do centro de estética
Franck Provost, o que eles deveriam saber é que incluir
cuidados bem simples na rotina ajuda a adiar ou a ame-
nizar o aparecimento das “charmosas” rugas masculinas,
além de evitar que a pele fique excessivamente oleosa.
Maria Helena ensina aos clientes da Barbearia VIP – um
espaço dentro do Franck reservado especialmente aos
homens – três cuidados básicos: passar protetor solar
diariamente; lavar o rosto com sabonete pelo menos uma
vez ao dia; e executar uma limpeza de pele, uma vez por
mês, num salão especializado. Esta última dica é impor-
tantíssima para os esportistas, que dão “a cara a tapa”
quando enfrentam vento, areia, água salgada e outras
intempéries durante a atividade física.
Por que a rotina de cuidados dos homens é mais simples do
que a das mulheres, que dependem dos hidratantes, ads-
tringentes, exfoliadores e companhia? Segundo Maria He-
lena, porque “fazer a barba diariamente já é um processo
de exfoliação. Além do mais, os homens param de produ-
zir colágeno (uma proteína que dá firmeza e elasticidade à
GARAGEM BARBEARIA E ESTéTICA
Av. Agami, 183
Moema / São Paulo
Tel. (11) 5052-7511
BARBEARIA VIP (no espaço Franck Provost)
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Itaim Bibi / São Paulo
Tel. (11) 3849-0433
pele) bem mais tarde do que as mulheres (décadas depois).
Para finalizar, ainda é muito difícil o homem ter a pele seca,
o que exclui a necessidade de creme hidratante”. Mesmo
com todas essas vantagens naturais, eles compõem 70%
da clientela quando a questão é rejuvenescimento, conta
Maria Helena. De acordo com a esteticista, os homens se
preocupam muito mais com os pés-de-galinha.
Rejuvenescimento da pele é uma das especialidades de
um outro centro de estética masculina. O Garagem (leia
quadro maior) oferece um poderoso tratamento contra as
rugas, com aplicações iniciais semanais. Segundo espe-
cialistas do local, logo após as primeiras sessões o ho-
mem já enxerga a pele mais lisa ao se olhar no espelho.
Dá para entender agora por que Maria Helena afirma,
categoricamente, que os homens têm a pele 80% mais
bonita do que a das mulheres. Que sorte!
CuIDADOS MÍNIMOS PARA uMA PELE COM MENOS RuGAS Ou OLEOSIDADE
• passar protetor solar diariamente, principalmente os es-
portistas que treinam em horários críticos (como na hora
do almoço), nunca se esquecendo do pescoço, braços e
mãos. Os homens têm tendência a ter pele oleosa, por
isso, protetores em gel são bem-vindos;
• Usar boné e óculos quando treinar debaixo do sol;
• lavar o rosto com sabonete pelo menos uma vez ao dia;
• aplicar uma limpeza de pele uma vez por mês, em
salões de beleza especializados;
• aos que desejam amenizar as rugas, aplicar um trata-
mento de rejuvenescimento.
BONITO SEM PRECONCEITO
Foi-se o tempo que só mulher freqüentava salão de be-
leza. Hoje, em vez das antigas barbearias, os homens
cortam o cabelo em modernos “centros de estética mas-
culina”. Um espaço precursor foi o Garagem, inaugu-
rado em 2001, no bairro de Moema, em São Paulo. O
foco neles já começa pelo nome, tema da decoração do
local. O proprietário Enrico Damasceno Montes explica
que teve a idéia de abrir o negócio depois de ler uma
pesquisa de tendência, na qual os brasileiros pediam o
serviço. “Antes, as próprias mulheres tingiam o cabelo
dos maridos em casa”, conta Enrico. Aliás, cabelo é o
carro-chefe da casa. Normalmente, os homens chegam
apenas para cortar e com o tempo se permitem outros
cuidados, como fazer um revés nos fios (um tipo de tin-
tura para cabelos grisalhos), dar um trato nas unhas,
curtir uma massagem antiestresse ou fazer uma limpeza
de pele, tudo com linhas de cosméticos masculinos, com
fragrâncias, texturas e oleosidades específicas. Depi-
lações também fazem sucesso, principalmente entre os
esportistas, um serviço executado em salas super-reser-
vadas, sem qualquer tipo de constrangimento durante o
trabalho. Para relaxar, um bar reúne os clientes, já que
a maioria vem com amigos e parentes, numa divulgação
boca a boca que já formou uma carteira com 3.500
nomes, relata o proprietário.
138 139BEAuTY
Selecionar três livros do catálogo de uma livraria é uma tarefa deliciosamente ingra-
ta. Um romance campeão de vendas, porque realmente é espetacular, é O Caçador
de Pipas, de Khaled Hosseini. O médico afegão, que mora nos Estados Unidos, con-
ta uma bela história a qual o leitor não consegue abandonar enquanto não chega
ao fim. O roteiro é tão plástico que está para ser lançado em filme.
Outra obra best-seller é Quando Nietzsche Chorou, de Irvin D. Yalom, um romance
denso sobre um dos pais da psicanálise e mentor de Freud. Na história, o principal
desafio do personagem é tratar das angústias do filósofo Friedrich Nietzsche. Por
fim, aos apreciadores de arte, a obra Goya, de Werner Hofmann, é imperdível.
AS BOAS LEITuRASPor Caio Mario Britto
Livraria Cultura
São Paulo: Conjunto Nacional; Shopping Villa-Lobos e Market Place Shopping Center
Porto Alegre: Bourbon Shopping Country / Recife: Paço da Alfândega
Brasília: CasaPark Shopping Center / www.livrariacultura.com.br
140 CuLT
LEGGINGSDIRETO DAS ACADEMIAS PARA AS RuAS
Há alguns anos, leggings eram calças para praticar esporte, vistas apenas
dentro das academias. Os modelos foram ícones dos anos 80 e eram
encontradas em cores fortes, como amarelo ou roxo. Superconfortáveis, as
leggings permitiam total mobilidade na hora do exercício.
Recentemente, a peça voltou e hoje ela é utilizada não apenas como
itens de sportswear, mas também para passear, trabalhar e até sair à
noite. É fácil vermos muitas mulheres usando leggings nos dias atuais.
A mudança aconteceu desde a temporada passada e se consolida
como tendência também na próxima estação: tênis com terno, t-shirts
com calças de alfaiataria e leggings com camisas de seda. Um mix de
elementos e fórmulas que permite a criação de identidades femininas
únicas, com a cara de quem as usa.
COMO uSAR AS LEGGINGSPara as mais altas, a legging três quartos é a ideal. As mais baixas
preferem as que vão até o início do pé, alongando a silhueta. A cor
mais usada é a preta, pois combina com quase tudo e emagrece qual-
quer perna. Mas, cuidado com as peças estampadas, mais difíceis de
combinar. As sobreposições são bem-vindas. Use e abuse das túnicas,
batas, chemises, camisetas mais compridas, vestidinhos pelo joelho ou
logo acima e até sob minissaias e shorts.
E os sapatos? Uma peça-chave do inverno, as ankle boots, são usadas
com leggings pelas mulheres que têm canelas mais finas. Também dá
para combiná-las com sapatilhas sem salto ou sandálias rasteiras. As
botas de cano mais comprido, estilo montaria, combinam perfeitamen-
te. Enfim, uma peça bacana para criar um look mais descontraído e
casual, usado em todos os momentos.
A legging da Track&Field, fabricada com fibras únicas, proporciona conforto
e está totalmente coerente com as últimas tendências da moda, ideal para a
academia ou para a rua.
Foto: Divulgação
142 FASHION